Edicao 272

20
DOMINGO , 04/03/2012 | DIÁRIO | ANO 1 | N° 272 | CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM E REGIÃO SUL R$ 1,00 www.aquies.com.br @folhadocaparao » facebook.com/grupofolhadocaparao » AMBIENTALISTA É PRÉ- CANDIDATA EM DORES DIVULGAÇÃO/PMCI MARCOS FREIRE PISO NACIONAL DO MAGISTÉRIO GERA POLÊMICA NA REGIÃO SUL MOTORISTAS DE CACHOEIRO SÃO VALORIZADOS E PREMIADOS NO ESTADO » GRAÇAS AOS INVESTIMENTOS REALIZADOS PELA EMPRESA O ENDEREÇO NA REDE SOCIAL SERVE COMO » PONTO DE VENDA E TROCA DE PRODUTOS PREFEITURAS FALAM SOBRE O IMPACTO NA FOLHA E SINDICATOS PROMETEM DENUNCIAR QUEM NÃO CUMPRIR » EDUCAÇÃO | Págs 06, 07 e 08 SEGURANÇA | Págs 18 e 19 POLÍTICA| Pág 14 UM PRÊMIO À QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL PC DIVULGA FOTO DE OITO FORAGIDOS QUE TOCAM TERROR EM CACHOEIRO CACHOEIRENSE CRIA BAZAR NO FACEBOOK POLÍTICA | Pág 13 SECRETÁRIO RODRIGO COELHO ENTRE O GOVERNO E A ASSEMBLEIA LEGISLATIVA GERAL| Pág 16 PESQUISA ELEITORAL EM MIMOSO DO SUL SERÁ DIVULGADA NA PRÓXIMA TERÇA-FEIRA GUSTAVO RIBEIRO ESPECIAL | Págs 04 e 05 LEANDRO MOREIRA FILIPE RODRIGUES

description

Edição 272 do Jornal Aqui Notícias

Transcript of Edicao 272

Page 1: Edicao 272

DOMINGO, 04/03/2012 | DIÁRIO | ANO 1 | N° 272 | CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM E REGIÃO SULR$ 1,00

www.aquies.com.br @folhadocaparao » facebook.com/grupofolhadocaparao » AMbIENTALISTA É PRÉ-CANDIDATA EM DORES

divu

lgaç

ão/p

mci

mar

cos

frei

re

PISO NACIONAL DO MAGISTÉRIO GERA POLÊMICA NA REGIÃO SUL

MOTORISTAS DE CACHOEIRO SÃO VALORIZADOS E PREMIADOS NO ESTADO »GRAÇAS AOS INVESTIMENTOS REALIZADOS PELA EMPRESA

O ENDEREÇO NA REDE SOCIAL SERVE COMO »PONTO DE VENDA E TROCA DE PRODuTOS

PREFEITuRAS FALAM SOBRE O IMPACTO NA FOLHA E SINDICATOS PROMETEM DENuNCIAR QuEM NÃO CuMPRIR » EDUCAÇÃO | Págs 06, 07 e 08

SEGURANÇA | Págs 18 e 19

POlítiCA| Pág 14

UM PRÊMiO À QUAliFiCAÇÃO PROFiSSiONAlPC DiVUlGA FOtO DE OitO FORAGiDOS QUE tOCAM tERROR EM CACHOEiRO

CACHOEIRENSE CRIA bAzAR NO fACEbOOk

POlítiCA | Pág 13

SECREtÁRiO RODRiGO COElHO ENtRE O GOVERNO E A ASSEMBlEiA lEGiSlAtiVA

GERAl| Pág 16

PESQUiSA ElEitORAl EM MiMOSO DO SUl SERÁ DiVUlGADA NA PRÓXiMA tERÇA-FEiRA

gust

avo

rib

eiro

ESPECiAl | Págs 04 e 05

lean

dro

mor

eira

fili

pe r

odri

gues

Page 2: Edicao 272

EXPEDIENTEDIRETOR GERAL: Elias CarvalhoEDITOR CHEFE: Ilauro OliveiraEDITOR DE CRIAÇÃO E ARTE: Luan Ola

REPóRTEREs: Alissandra Mendes, Gustavo Ribeiro, Filipe Rodrigues,Leandro Moreira e Marcos Freire

E-mails: [email protected]@gmail.com; [email protected]@gmail.com

Circulação: Es - Afonso Cláudio, Alegre, Alfredo Chaves, Anchieta, Apiacá, Atílio Vivacqua, Bom Jesus do Norte, Brejetuba, Cachoeiro de Itapemirim, Castelo, Conceição do Castelo, Divino de São Lourenço, Dores do Rio Preto, Guaçuí, Ibatiba, Ibitirama, Iconha, Irupi, Itapemirim, Iúna, Jerônimo

DIAGRAmADORA: Suheley Garcia SuhettDEPARTAmENTO COmERCIAL: Joana Campos (28) 3521 7726COLAbORADOREs: Sérgio Oliveira, Wellington Santiago, José Montoni, Sérgio Garschagen, Luiz Trevisan, Adilson Conti, Antônio Fernando de Souza, Maurílio Carvalho, Gilvan Rodolpho, Sérgio Neves, Wagner Medeiros Junior, Daniel Diirr, Edison ZardiniDPTO. JuRíDICO: MIGNONE ADVOGADOSDR RICARDO MIGNONE - OAB/ES 12.699

Monteiro, Marataízes, Mimoso do Sul, Muniz Freire, Muqui, Piúma, Presidente Kennedy, Rio Novo do Sul, São José do Calçado, Vargem Alta, Venda Nova do Imigrante.

Editora e Jornal Sul Capixaba Ltda - ME | CNPJ: 10.916.216.0001-55. Rua Resk Salim Carone, S/N º - Ed. Ibisa - Loja 03 - Bairro Gilberto Machado. Cachoeiro de Itapemirim-ES (Próximo à rodoviária) . Tel: (28) 3521 7726

DOMINGO, » 04/03/2012 CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM E REGIÃO SUL

www.AQUIES.com.br02 OPINIÃO

As matérias assinadas publicadas neste jornal, necessariamente não traduzem a opinião do próprio jornal. A veracidade das informações publicitárias veiculadas é de responsabilidade de quem as patrocina (anunciante). A legislação não impõe ao órgão que veicula o anúncio (jornal) a obrigatoriedade de verificação e comprovação da fidedignidade e correção destes anúncios. Fonte: STJ (Superior Tribunal de Justiça).

Há alguns anos foi realizada uma pesqui-sa mundial sobre o trabalho e o resultado surpreendeu negativamente: apenas 8% da população economicamente ativa estavam felizes com as suas atividades. Ou seja, em cada grupo de 100 trabalhadores de diver-sas categorias, apenas oito eram felizes com o que faziam. Se o resultado dessa pesquisa se aplicar aos brasileiros entenderemos a razão pela qual milhares de pessoas quase entram em de-pressão quando ouvem a voz do Faustão nos domingos à tarde. Além da tonalidade desagradável, a voz lembra que o dia se-guinte será uma segunda-feira, quando o tormento laboral recomeçará.Além disso, a carga horária diária aumen-tou significativamente nos últimos anos. Acabou os tempos românticos em que se trabalhava em velocidade de cágado das 8 às 12h e das 14 às 18h. A velocidade de hoje é de coelho perseguido e nas grandes cidades o horário de almoço há muito foi sacrificado. Em alguns setores da economia tirar férias é perigoso: a empresas pode per-ceber que você não faz tanta falta assim.Um velho amigo, que começou a trabalhar muito jovem em 1958, lembrou-me dia desse que os contatos com clientes e forne-cedores eram feitos via postal. Os telefones existiam, mas simplesmente demoravam horas para dar linha:- Eu escrevia cartas manuscritas, passava para a secretária datilografar, relia o texto, consertava alguns erros. Ela datilografava mais uma vez o documento e todo esse pro-cesso tomava a manhã inteira praticamen-te. As respostas demoravam pelo menos 10 dias para chegar. O ritmo de trabalho era calmo.E completou: “Hoje, em uma única ma-nhã respondo e escrevo pelo menos 30 e-mails envolvendo 50 assuntos diferentes e atendo diversos telefonemas, em um ritmo impensável nos anos 50 e 60”. Nesse ritmo frenético dos dias atuais não é à toa que uma enfermeira norte-americana, especializada em atender doentes terminais, acaba de lançar um livro em que relata os cinco maiores arrependimentos dos seus pacientes nos dias que antecedem a hora da morte. É simplesmente um libelo con-tra esse ritmo frenético da vida moderna. Segundo ela anotou e comentou, as confis-sões mais comuns são:1. Eu gostaria de ter tido a coragem de viver a vida que eu quisesse, não a vida que os ou-

tros esperavam que eu vivesse - “Esse foi o arrependimento mais comum. Quando as pessoas percebem que a vida delas está qua-se no fim e olham para trás, é fácil ver quan-tos sonhos não foram realizados. A maioria das pessoas não realizou nem metade dos seus sonhos e têm de morrer sabendo que isso aconteceu por causa de decisões que tomaram, ou não tomaram. A saúde traz uma liberdade que poucos conseguem per-ceber, até que eles não a têm mais.” 2. Eu gostaria de não ter trabalhado tanto - “Eu ouvi isso de todo paciente masculino que eu trabalhei. Eles sentiam falta de ter vivido mais a juventude dos filhos e a com-panhia de seus parceiros. As mulheres tam-bém falaram desse arrependimento, mas como a maioria era de uma geração mais antiga, muitas não tiveram uma carreira. Todos os homens com quem eu conversei se arrependeram de passar tanto tempo de suas vidas no ambiente de trabalho.” 3. Eu queria ter tido a coragem de expres-sar meus sentimentos -”Muitas pessoas su-primiram seus sentimentos para ficar em paz com os outros. Como resultado, ele se acomodaram em uma existência medíocre e nunca se tornaram quem eles realmente eram capazes de ser. Muitos desenvolveram doenças relacionadas à amargura e ressenti-mento que eles carregavam.” 4. Eu gostaria de ter ficado em contato com os meus amigos - “Frequentemente eles não percebiam as vantagens de ter velhos amigos até eles chegarem em suas últimas semanas de vida e não era sem-pre possível rastrear essas pessoas. Muitos ficaram tão envolvidos em suas próprias vidas que eles deixaram amizades de ouro se perderem ao longo dos anos. Tiveram muito arrependimentos profundos sobre não ter dedicado tempo e esforço às ami-zades. Todo mundo sente falta dos amigos quando está morrendo.” 5. Eu gostaria de ter me permitido ser mais feliz -”Esse é um arrependimento surpreen-dentemente comum. Muitos só percebem isso no fim da vida que a felicidade é uma escolha. As pessoas ficam presas em anti-gos hábitos e padrões. O famoso ‘conforto’ com as coisas que são familiares O medo da mudança fez com que ele fingissem para os outros e para si mesmos que eles estavam contentes quando, no fundo, eles ansiavam por rir de verdade e aproveitar as coisas bo-bas em suas vidas de novo.” Repensemos a vida profissional.

Arrependimento

CONEXÃO BRASÍLIASERGIO GARSCHAGEN » - [email protected]

SéRGIO [email protected] »

Do mais pé sujo até o salão mais requintado, o assunto mais discutido da semana encerrada ontem, foi à ques-tão de o sujeito ter ficha suja ou ficha limpa; tendo como pano de fundo as eleições de outubro. E tome as mais di-versas teorias sobre o caso.

A gente já nasce fichado – no momento em que a mãe da gente dá entrada no hos-pital para o parto, uma ficha é preenchida, depois de nas-cido, o pai vai até o cartório e faz outra ficha – a certidão de nascimento – quando o pai declara para a sociedade que o filho é seu, aficha lim-pa, mas quando na lacuna da ficha do cartório no lugar do nome do pai aparece o tal de desconhecido – é inaugu-radaa ficha suja, nesta nossa jornada.

O tempo passa e já estamos indo para a escola e mais uma ficha é aberta – a do histórico escolar e a cada ano que pas-samos sentados nas carteiras escolares é registrado o nosso desempenho, com as notas azuis ou vermelhas. Já adul-tos, prosseguimos nesta sina e quando começamos a tra-balhar, temos de fazer várias fichas – carteira de trabalho, RG, CNH, e o famigerado CPF – que vai nos acompa-nhar a vida inteira e mostra como vai a nossa ficha finan-ceira. E ainda temos a ficha do INSS, do FGTS e ainda lutamos para manter mais ou menos limpa a ficha no SPC, que suja um ano, fica limpa em outro e por aí vai.

Já perto dos 50 anos neste frio chão, passei e ainda pas-so por tudo isso. No nasci-mento, tenho a ficha limpa, com direito a até pedigree. Nos tempos de escola, era

ficha azul – depois, cansei de ser Ruy Barbosa e me tornei um simples estudante latino americano – apesar de nunca ser chegado ao Che Guevara – gostava do Brizola. Já era a ditadura militar e por cau-sa do envolvimento no mo-vimento estudantil, ganhei uma fichaonde era considera-do um militante da esquerda não festiva, com tendências socialistas; em resumo a ficha ficou vermelha.

Depois, na carreira pro-fissional, por conta de um processo que levei nas costas, onde provei que um “ho-mem de deus” não era tão santo assim, com a ajuda do Dr. Romulo Louzada; tive que prestar um depoimento na PF e lá, descobri que tam-bém era fichado como “escri-tor” e “jornalista”. Hoje, só me preocupo em limpar a minha ficha com o homem lá de cima, pois não quero che-gar láe deparar com ela suja e ter de penar um tempo até limpá-la.

Esta história de ficha suja ou ficha limpa é apenas para os chamados representantes do povo e cada um sabe o que fez para sujá-la ou não e o povo tem o livre arbítrio, com o voto para condenar ou absolver.

Tenho saudades de outras fichas, como as ficha da cer-veja nas domingueiras do Ita, as fichas do fliperama, as fichas de metal dos antigos orelhões e a melhor de todas: as fichas do Jukebox da Tia Lúcia, onde a gente colocava a mesma só para ouvir Barros de Alencar, cantando “Eu te-nho apenas 3 minutos”. Os tempos são outros e as fichas são outras, pois assim cami-nha a humanidade.

As fichas nossas de cada dia

Page 3: Edicao 272

domingo, 04/03/2012 CACHoEiRo dE iTAPEmiRim E REgiÃo SUL 03oPiniÃowww.AQUiES.com.br

Pelos diálogos feitos até agora em Castelo, o PSDB é um dos partidos que tem boas chances de emplacar o candidato a vice-prefeito na chapa que terá como cabeça o Jair Ferraço, do PSB. Dentro da sigla tem bons nomes, mas é consenso entre os tucanos que essa avaliação não deve passar apenas pela direção municipal.

A executiva estadual do PSDB está de olho bem aberto porque não quer perder o posto, hoje ocupado pelo Dr. Abílio. Ele cederá a vez a um “sangue novo”, até porque o atual vice-prefeito traz consigo o DNA da administração atual que certamente terá uma rejeição alta até o fim do mandato, praxe entre prefeitos que governaram oito anos, como é o caso de Cleone (PT).

No ninho tucano os nomes mais cogitados para a vice seriam os do ex-prefeito Luiz Carlos Piassi e Eltemar Venturim. Mas a avaliação interna é que o primeiro não agrega e pode trazer desnecessariamente à chapa de Jair Ferraço alguma rejeição histórica, posto que

Todo mundo sabe que sou o que muitos chamam de aliancista. Sempre defendi a prioridade na aliança com o PMDB, partido fundamental para a governabilidade. Mas trazer a questão da eleição de São Paulo e do pleito municipal à baila quando se discute a relação com o governo federal não faz sentido.

A história recente comprova isso. O PMDB apoiou o ex-governador José Serra e o atual governador Geraldo Alckmin em 2010; apoiou e deu o vice a Gilberto Kassab (PSD) na disputa à prefeitura, em 2008. O partido tem candidato e bom este ano, está fazendo alianças, tem chances reais. O PT, idem, e ponto final.

Agora, em nível nacional, o PT está em 118 cidades, incluindo capitais e cidades de mais de

PSdB dE CASTELo E SUA TERCEiRA viA

A ALiAnçA PT-PmdB nÃo é PoUCA CoiSA

iLAURo oLivEiRA

JoSé diRCEU

[email protected]

do blog do Zé

tem longo caminho político na cidade: já foi prefeito duas vezes e deputado estadual.

O nome mais aceito pelo PSDB regional é do tucano Eltemar. Ocorre que existe um fato novo. Ele é mais empresário do que político e uma ala dentro do Sindirochas (Sindicato das Indústrias de Rochas Ornamentais) quer vê-lo presidente da entidade a partir de junho deste ano. A concretização deste fato por si só inviabilizaria a pré-candidatura como vice-prefeito na chapa ao lado de Jair Ferraço. Não haveria compatibilidade de tempo e nem de agenda, tanto para a campanha como para um eventual governo.

Diante do quadro, imagina-se que a direção estadual do PSDB já trabalha rapidamente com uma terceira via para colocar como opção, uma vez que outros partidos castelenses também têm o interesse em compor com o PSB, que afinal de contas é a sigla de Renato Casagrande, governador do Estado.

*************************************** Com as contas rejeitadas pelo Tribunal de Contas

e pela Câmara Municipal de Itapemirim, o ex-prefeito

150 mil habitantes. Nesse âmbito, o PT já apoia o PMDB em quatro cidades e pode apoiar em oito.

Outros motivos que não as eleições municipais Só para dar um exemplo, com o PSB o PT apoia

o partido em uma e pode apoiar em dez. Nas últimas eleições tivemos quase o mesmo tanto de votos que o PMDB nos municípios. O PMDB elege prefeituras em maior número, em pequenas cidades. Já, nos estados, o PMDB tem uma posição superior à do PT nos governos estaduais, começando pelo Rio de Janeiro e por São Paulo, onde o partido é aliado do PSDB. Assim, parte da bancada do PMDB pode ter outras razões e motivos para o manifesto divulgado ontem, que não as eleições municipais.

Vale lembrar, também, nas eleições de 2010, quando o PMDB indicou Michel Temer para vice de Dilma

Alcino Cardoso (PDT) praticamente está fora da disputa eleitoral deste ano. Mas nem por isso deixa de ser peça fundamental no tabuleiro eleitoral. Com uma grande força no interior do município, passa a ser o cabo eleitoral mais cobiçado da região.

Tudo indica que pela sua proximidade com Carlos Magno Caprini (PR) e pela antipatia que nutre pelo casal Ferraço (Theodorico e Norma), ele deve aproximar-se do republicano. Mas é evidente que a conversa precisa ser macia.

**************************************Por falar em Itapemirim, o vereador Estevão

(PMDB) que se cuide. O seu colega de partido, Bricinho Alves, que é protegido do deputado federal Lelo Coimbra, está de olho para ser o candidato a prefeito dos peemedebistas.

**************************************“A rosa não se compara / A essa judia rara

/ Criada no meu país / Rosa de amor sem espinhos / diz que são meus carinhos / E eu sou um homem feliz...” – Judia Rara ( Jorge Faraj /Moreira da Silva)

Rousseff, que no Amazonas, Mato Grosso, Rio de Janeiro e Maranhão estivemos juntos nas vitórias nesses estados. Apoiamos, ainda, o PMDB em Minas Gerais e Tocantins. Trabalhamos em conjunto, também, no Paraná, Espírito Santo, Ceará, Paraíba e Alagoas.

É importante termos em mente que, no pleito de 2012, o número de alianças no primeiro turno não reflete a realidade do amplo arco de alianças entre os dois partidos. É no segundo turno que vemos o quanto a aliança PT-PMDB é vital para ambos.

Como vemos a aliança PT-PMDB não é pouca coisa. Então, vamos deixar os municípios em paz e discutir o que interessa ao PMDB: suas relações com o governo federal.

Page 4: Edicao 272

O engarrafamento é problema na maioria dos centros urbanos do país. Não obstante, Cachoeiro de Itapemirim vive a mes-ma realidade. E a situação fica ainda mais complicada para quem trabalha nesse contexto. Como forma de orientar os profissionais da área, as empresas têm investido em qualificação profissional. O resultado não poderia ser outro: va-lorização do trabalhador e diminuição em índices negativos, como aciden-tes, por exemplo.

A empresa Flecha Branca é uma dessas que faz ques-tão em investir no profis-sional. Eles até ganharam a fama de “papa títulos”. Isso por que, os motoristas ficaram em primeiro lugar no Prêmio Destaque, nos últimos quatro anos. Todos são cachoeirenses e dispu-taram com motoristas de outras regiões e empresas.

Para Sabrina Cyp r i ano , responsá-vel pelo s e t o r

de Recursos Humanos da empresa, a política de qua-lificação existe há algum tempo e, desde então, os resultados são os melho-res possíveis. “Temos dois programas anuais de qua-lificação oferecidos pela própria empresa, além daqueles em parceria com o Sest/Senat”, resumiu Sa-brina.

Entre as ações, ela destaca o foco em atendimento ao cliente e direção defensiva. “Depois que iniciamos os trabalhos nessas duas vertentes, percebe-mos a diminui-ção em vários índices, como o de acidentes, por exemplo. Pela quantida-de de ônibus e viagens que eles fazem dentro de Cachoeiro, atualmente,

as reclamações, em se tra-tando de motoristas, são muito baixas”, acrescen-tou Sabrina.

Sabrina conta ainda que os critérios mudaram para contratação de motoristas. “Estamos mais rigorosos quando vamos contratar algum motorista. Ainda que os candidatos apresen-tem alguma qualificação, eles têm que passar por treinamento para saber li-dar e ter cuidados especiais

com crian-ças, ido-

s o s , p e s -s o a s c o m s a -c o l a

DOMINGO, 04/03/2012 CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM E REGIÃO SUL

www.AQUIES.com.br04 ESPECIAL

CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM

Qualificação que resulta em prêmios e valorização profissional

MOTORISTAS DE CACHOEIRO SÃO DESTAQUES NO ESTADO E ExEMPLOS DE DISCIPLINA NO TRâNSITO »

filipe [email protected]

filip

e rod

rigu

es

Para o presidente do Sindicato dos Motoristas, Cobradores e Operadores de Máquinas Sobre Pneus (Sindimotoristas) do Sul do Estado, Elias Spoladore Brito, toda qualificação profissional é importante e o mercado, atualmente, exige isso.

“É importante para o desenvolvimento pessoal do motorista. Os cursos de qualificação e a valorização da empresa pelo seu empregado resultam em índices positivos. A redução do número de acidentes é visível, principalmente no transporte de pessoas em âmbito municipal. Isso tudo, certamente, é resultado desses investimentos”, comentou Elias.

Elias revela um número curioso: “existe mais vaga de emprego do que profissional qualificado. Alguns motoristas encontram dificuldade de se inserir no mercado de trabalho justamente por conta da falta de qualificação profissional”.

Ainda segundo o presidente, antigamente era mais difícil encontrar empresas que investiam nos profissionais. “Agora, o trabalhador investe em qualificação por conta própria, porque já entende a importância desses cursos”, ponderou Elias.

O presidente do Sindimotoristas acrescenta ainda que a jornada de trabalho e o trânsito intenso sempre foram um problema, por isso, cursos e orientações são fundamentais para saber lidar com essas situações. “O motorista vai para a garagem as 4h00 e trabalha até as 13h00. Durante seu trajeto, tem que cumprir horário e enfrentar todo o estresse do trânsito. É uma situação complicada”, finalizou.

A IMPORTâNCIA DA QUALIfICAçÃO PROfISSIONAL

de compra, entre outras situações”, acrescentou Sabrina.

Atualmente, a Flecha Branca conta com 198 motoristas. Quando al-gum desses profissionais se envolve em qualquer tipo de acidente, ainda que uma simples colisão, a empresa os recruta para uma espécie de curso de reciclagem. “Nós chama-mos de ‘Preferência pela Vida’. Os motoristas não têm resistência em partici-par”, disse Sabrina.

Além dos treinamentos direcionados específicos para motoristas, Sabri-na disse ainda que existe acompanhamento com psicólogo. “É uma profis-sional que atende a todos os funcionários, inclusive os motoristas. É um com-plemento, porque a gente entende que tudo isso in-fluencia no resultado final,

de forma positiva”, dis-se.

Todo esse in-vestimento

em quali-f i c a ç ã o

e va-

lorização do profissional, além dos resultados práti-cos, como diminuição de acidentes, os motoristas ganham prêmios estaduais e é uma motivação a mais para todos eles.

DEsTAquESobre a premiação, Sa-

brina destaca que há oito anos a empresa participa. “No início, não tínhamos tanto empenho. Quando começamos a nos empe-nhar de verdade os resul-tados começaram a apare-cer, tanto que nos últimos quatro anos os nossos mo-toristas foram os primeiros colocados”, comemorou Sabrina.

Entre os requisitos bási-cos levados em conta pe-

los jurados estão: tempo de profissão e qualificação profissional, além de ou-tras exigências. “Muitos dos nossos motoristas que participaram do prêmio não acreditavam que ven-ceriam, porque a disputa era com profissionais anti-gos e de renome”, revelou Sabrina.

Com tantos bons resul-tados, ela finaliza dizendo que os motoristas da Fle-cha Branca têm conquis-tado respeito e admiração no mercado. “Nós prepa-ramos os motoristas para o mercado de trabalho e não apenas para atuar na Flecha Branca. Hoje, quem decide mudar en-contra as portas abertas em qualquer empresa”.

sabrina ativa no setor de Recursos Humanos

Page 5: Edicao 272

domingo, 04/03/2012 CACHoEiRo dE iTAPEmiRim E REgiÃo SUL 05ESPECiALwww.AQUiES.com.br

CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM

Os motoristas que são exemplos filipe rodrigues

Antigamente, alguns motoristas de ônibus man-tinham certas práticas que maculavam a imagem de toda a categoria. Com o tempo, isso foi mudando e graças a profissionais como Francisco Antônio Olivei-ra, Marciolino Monteiro, José Bolhões de Assis e An-tônio Carlos Meirelles.

Antônio Carlos está na Flecha Branca há 29 anos. Ele entrou como cobrador e há 12 anos atua como motorista. Já Francisco, conduz coletivos desde 2007; Marcionlino desde 1983; José Bolhões, 1989.

Todos esses quatro mo-toristas levaram o prêmio

destaque, em anos dife-rentes, mas consecutivos, garantindo para a Flecha Branca a fama de “papa títulos”. Eles afirmaram que apesar do reconheci-mento, não pensam em parar de fazer cursos.

Em relação ao prêmio, eles contam qual foi a sensação, no dia em que receberam a notícia. “A gente vai para o evento sem saber se vai ganhar ou não. Quando vi o nível dos candidatos quase tive a certeza que não daria para levar nem o tercei-ro colocado. No entan-to, quando anunciaram o primeiro lugar eu não

acreditei”, comentou An-tônio Carlos.

“Na hora que minha foto apareceu naquele te-lão foi uma emoção enor-me. Logo depois, ainda, teve show do Sérgio Reis e ele ainda me cumprimen-tou. Foi uma noite muito agradável. Isso nos motiva ainda mais”, contou Mar-ciolino.

Francisco também co-mentou sobre o dia de sua premiação e que “pagou mico”. “Fiquei tão feliz, que me esqueci de cum-primentar as autoridades que estavam no palco en-tregando o prêmio. Fui di-reto buscar o troféu. Teve

um que co-mentou que nunca viu alguém tão feliz, parecia que tinha ga-nhado um mi-lhão de reais”, disse.

José Bolhões acrescentou que a ansiedade é gran-de, na hora da en-trega do prêmio. “Eles anunciam o terceiro colado, depois o segundo e por último o pri-meiro. A gente fica numa expectativa enor-me”, enfatizou.

Todos os quatro moto-ristas reclamam, entretan-to, do trânsito de Cachoei-ro. Para ele, os motoristas de veículos domésticos são o maior problema. “Estão todos sempre apressados e não dão preferência para ninguém. Taxistas e mo-tociclistas nos respeitam. Agora, os motoristas de carros pequenos, não”, disseram.

Sobre a qualificação, os motoristas acrescentaram que desde que a empre-sa adotou essa política, as coisas só melhoraram. “Hoje, os motoristas da Flecha Branca chegam até receber proposta de outras empresas. É muito impor-tante o profissional buscar se atualizar e avançar den-tro daquilo que se propõe a fazer”. (FR)

Os premiados: Marciolino, José Bulhões, Francisco Antonio e Antonio Carlos

Page 6: Edicao 272

O Ministério da Educa-ção (MEC) definiu em R$ 1.451 o valor do piso na-cional do magistério para 2012, um aumento de 22,22% em relação a 2011. Conforme determina a lei que criou o piso, o reajuste foi calculado com base no crescimento do valor míni-mo por aluno do Fundo de Manutenção e Desenvolvi-mento da Educação Básica (Fundeb) no mesmo perío-do. Entidades sindicais do Espírito Santo, entretanto, alegam que as prefeituras não estão respeitando a lei e onerando os professores. Há, inclusive, a possibili-dade de os sindicatos acio-narem o Poder Judiciário para terem seus direitos garantidos.

Para Ildebrando José Pa-ranhos, do Sindicato dos Trabalhadores em Educa-ção Pública do E s p í r i t o S a n t o

(Sindiupes), caso as prefei-turas insistam em não cum-prir a determinação federal, a saída será uma ação judi-cial. “Na Grande Vitória, o diálogo com os prefeitos já está avançado e acreditamos

que eles irão cumprir o que manda a

lei. Do contrá-rio, não teremos outra saída a não ser acio-nar o Poder Judiciário, as-

sim como nos municípios do interior, como I t a p e m i r i m ,

Marata ízes , Iconha e

Alfredo Chaves”, comentou Ildebrando.

Para o presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Cachoeiro (Sindimuni-cipal), Jonathan Willian, que é quem representa a categoria, o prefeito Car-los Casteglione terá até o próximo dia 8 para se manifestar. “Esse é o dia que vamos realizar nova assembleia com o magisté-rio. O que nós queremos é o cumprimento do piso salarial e mais nada”, pon-derou Jonathan.

Os dois representantes do sindicato têm a mesma opinião, quando o assun-to é o não pagamento do novo piso: para eles, as prefeituras utilizam o re-curso federal destinado a pagamento de salário do professor em outras finali-dades. “Não é falta de re-curso, porque essa Lei do Piso valoriza a educação de fato. O problema é a velha prática do “cabide de em-prego” no poder público,

DOMINGO, 04/03/2012 CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM E REGIÃO SUL

www.AQUIES.com.br06 EDUCAÇÃO

Regional

Sindicatos denunciam: prefeituras não respeitam piso salarial dos professores

SindiupeS e Sindimunicipal alegam que a lei nº 11.738 não é reSpeitada. para algunS municípioS o novo valor vai cauSar impacto na folha »

LEANDRO [email protected]

MARCOS [email protected]

FILIpE [email protected]

ou município recebeu os recursos porque, segundo o MEC, não conseguiu comprovar a falta de verbas para esse fim.

Em 2011, o piso foi R$1.187 e em 2010, R$ 1.024. Em 2009, primeiro ano da vigência da lei, o piso era R$ 950. Alguns governos estaduais e municipais criticam o critério de reajuste e defendem que o valor deveria ser corrigido pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), como ocorre com outras carreiras.

A Lei do Piso determina que nenhum professor pode receber menos do que o valor determinado por uma jornada de 40 horas semanais. Questionada na Justiça por governadores, a legislação foi confirmada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no ano passado.

Entes federados argumentam que não têm recursos para pagar o valor estipulado pela lei. O dispositivo prevê que a União complemente o pagamento nesses casos, mas, desde 2008, nenhum estado

A LEI

que consome o dinheiro dos professores”, enfatizou Ildebrando.

Joanthan concorda com Ildebrando e acrescenta outro problema. “A gente tem notícia que o recurso destinado para a educação é utilizado, muitas vezes, para compra de materiais que vão para outras secre-tarias do município. O que o governo precisa para pa-gar o piso é parar de admi-nistrar o dinheiro e apenas repassar para o professor”, disse Jonathan.

Outra situação que cer-tamente será alvo de reivin-dicações dos sindicalistas é a questão da carga horária. “Agora, o professor de 25 horas tem que separar nove horas para planeja-mento. E o de 40 horas se-para 16. No modelo atual, os dois estão com apenas cinco horas para planejar”, comentou Jonathan.

SaláRioOs sindicalistas esclare-

ceram à reportagem como

funciona a escala de piso salarial dos professores. Em Cachoeiro, por exem-plo, é da seguinte forma: divisão em seis níveis, de acordo com a formação de cada um deles.

Funciona assim: o pri-meiro nível, segundo Jonathan Willian, é do professor que cursou o antigo e já extinto ma-gistério, aquela formação feita em substituição ao segundo grau; o segun-do nível é para quem fez o curso de magistério e tem outro curso comple-mentar; o terceiro nível é para professores com graduação em licencia-tura curta; o quarto ní-vel, licenciatura plena; o quinto nível se enquadra quem tem pós gradua-ção; e o sexto é de quem fez mestrado.

Desse modo, o primei-ro nível é quem deve rece-ber o novo piso salarial de R$ 1.450. “Para o segun-do nível, o piso é outro, mais elevado, obviamen-te. E assim por diante, até fechar a escala. O que acontece hoje é o profes-sor que está no quarto nível receber o piso do primeiro. Está errado”, enfatizou Jonathan.

CONTINUA

divulgação

Page 7: Edicao 272

A secretária de Educa-ção de Cachoeiro, Maria Deuceny, disse em entre-vista à reportagem que, atualmente, os professores já recebem o piso salarial determinado por lei. A ca-tegoria só não recebia os R$ 1.450, porque, explica a secretária, aguardavam definição do MEC, feita nesta semana.

“O magistério pode ficar tranqüilo. Nós vamos pa-gar o reajuste, que ficou em pouco mais de 22%, retroa-tivo a janeiro. O que precisa ficar claro, entretanto, é que a lei contempla os que es-tão no primeiro nível. Não são todos que receberão o reajuste nesse percentual, porque os demais a gente trabalha com o plano de carreira”, esclareceu a secre-tária Maria Deuceny.

Em relação ao planeja-mento, a secretária disse que o município também cumpre o que determina a lei. “Desde o ano pas-sado nossos professores destinam um terço de suas horas de trabalho para pla-nejamento. Estamos tran-qüilos, mas vamos con-tinuar dialogando com a categoria para saber quais são as reivindicações”, acrescentou Deuceny.

Ainda segundo a secretá-ria, são mais de mil profes-sores, entre aqueles que es-tão em designação tempo-rária (DT) e efetivos. “A política do nosso prefeito Carlos Casteglione é de valorização ao profissio-nal. Por isso, desde o seu primeiro ano de governo ele vem buscando conce-der aumento salarial para todos os servidores, espe-cialmente os da educação”, disse a secretária.

Há receitaAo contrário de alguns

municípios, Cachoeiro de Itapemirim não tem moti-

vos para se desesperar, em relação ao novo piso nacional do salário dos professo-res. A se-cretária D e u -c e n y d i s s e que se preocu-pa sim, mas que não vai d e i -xar de c u m -prir a lei e nem será pre-ciso r e -duzir cargos e despesas para tal exigência.

“Nós somos obrigados a repassar 60% dos recursos do Fundeb para pagamen-to de professores. No ano passado, nós repassamos 70%. O restante nós apli-camos em investimento na própria educação”, disse.

Até o ano passado, qua-tro estados não pagavam o piso (R$ 1.187) e 11 já usavam valores iguais ou superiores ao que foi defi-nido para este ano. A lei, aprovada em 2008, prevê que haja complementação da União caso o município ou estado comprove que não tem capacidade finan-ceira para pagar o piso a seus professores. Entretan-to, as prefeituras que soli-citaram a verba ao MEC não atenderam aos pré-requisitos previstos, como, por exemplo, ter um plano de carreira para os docentes da rede e investir 25% da arrecadação de tributos em educação, como determina a Constituição.

DOMINGO, 04/03/2012 CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM E REGIÃO SUL 07EDUCAÇÃOwww.AQUIES.com.br

REGIONAL

filipe rodrigues

Segundo informações da Secretaria Municipal de Educação de Iúna, o município já cumpre o piso, e já não tem mais professores enquadrados como iniciantes. O salário daqueles que não possuem pós-graduação está R$ 1.179,00, para uma carga horária de 25 horas. Enquanto os, com pós-graduação, têm o salário de R$ 1.297,77, para a mesma quantidade de horas/aula.

No entanto, segundo a Secretaria de Iúna, a folha irá sofrer um impacto a partir do momento que a lei determina que o professor passe um terço de sua carga horária dentro da sala de aula e o restante em planejamento. Com isso, o professor fica na sala de aula por 16 horas, faltando 4 horas semanais para completar

E, segundo ela, a folha de pagamento do município não comporta este reajuste. “E se a Educação estiver ultrapassando seu limite para gasto com salários, terá que complementar com recursos da Prefeitura, o que acaba prejudicando os outros setores do município, e isso precisa ser conversado”, colocou.

Já a secretária municipal de Educação de Alegre, Maria Lúcia Rubini de Oliveira, afirma que o reajuste vai causar impacto em todas as prefeituras, de modo geral, já que a receita é reduzida. Contudo, afirmou que o município irá aplicar o reajuste colocado pela lei para o magistério do município, em que o piso, referente ao salário do professor MAP1, do ano passado, é de R$ 750,00, para 25 horas semanais.

Na região do Caparaó, os professores da Rede Municipal de Ensino cumprem a carga horária de 25 horas semanais e, segundo alguns secretários, o impacto pode ter mais a ver com a adequação desta carga horária, do que com o valor do salário, já que o piso nacional é de R$ 1.451,00 por 40 horas. Sendo assim, nos municípios da região os pisos terão que ser adequados à carga horária existente, mas haverá impacto nas folhas de pagamento, de uma forma ou de outra, apesar de haver aqueles que estão dentro do piso nacional.

A secretária municipal de Educação de Guaçuí, Maria do Rosário Mendonça, para fazer a adequação ao novo piso nacional, o salário inicial do município terá que passar para R$ 968,00, para 25 horas semanais.

NO CAPARAó, MUNICíPIOS TEMEM POR AUMENTO DA fOLHA

IúNA E IbATIbA já ESTÃO DENTRO DO PISO NACIONAL

Prefeitura de Cachoeiro diz que vai pagar o piso retroativo a janeiro

CONTINUA

com o Ministério Público do Estado (MPES), que estes reajustes do Magistério acabam prejudicando a folha de pagamento das prefeituras, de forma geral. “Estes reajustes nos salários dos professores acabam achatando os salários dos

outros servidores, porque a folha da Prefeitura não pode ultrapassar a 51% da arrecadação, por causa da Lei de Responsabilidade Fiscal, e com o reajuste do magistério, é preciso cortar de outros lugares”, afirma.

O secretário Fábio Trindade: reajustes do magistério achatam salários de outros servidores

as 20 horas/aula que os alunos precisam receber. Logo, será necessário mais professores para cumprir as 4 horas restantes, o que deve onerar a folha de pagamento. “Por isso, vamos sofrer certo impacto na nossa folha, com certeza”, afirma a secretária municipal de Educação, Vera Lúcia.

AChATAmENTO

Já em Ibatiba, o município está praticamente dentro do piso nacional, com o salário inicial em R$ 970,00, por 25 horas semanais. No entanto, o secretário municipal de Educação, Fábio Ambrózio do Nascimento Trindade, coloca que o município está se adequando à nova legislação aos poucos, e está mantendo os professores na sala de aula por 20 horas, com 5 horas para planejamento.

Além disso, ele afirmou que colocou, numa reunião

Page 8: Edicao 272

DOMINGO, 04/03/2012 CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM E REGIÃO SUL

www.AQUIES.com.br08 EDUCAÇÃO

REGIONAL

Novo piso aumenta folha em R$ 80 milO prefeito de Mimoso

do Sul, Angelo Guarçoni (PMDB), o Giló, avaliou que o magistério merece o novo piso salarial anunciado nesta semana pelo Ministé-rio da Educação (MEC), por outro lado o benefício traz uma preocupação eco-nômica e financeira, já que nem todos os municípios terão capacidade de arcar.

Em Mimoso, a equipe técnica do governo ainda re-aliza estudos para ver a via-bilidade em aplicar o novo piso, que deve ser retroativo ao mês deste janeiro. De acordo com o MEC, o piso teve aumento de 22,22%, alcançando o valor de R$ 1.451,00 para 40 horas se-manais trabalhadas.

“A estimativa é de que a folha de pagamento au-mente em R$ 80 mil devi-do ao novo piso do magis-tério. A nossa equipe estuda o impacto, considerando também as despesas com o funcionalismo para não in-fringir a Lei de Responsabi-lidade Fiscal”, explicou.

Giló contou que nos últi-mos três anos foram concedi-dos reajustes salariais a todos os servidores: 8%, em 2009; 6,14% em 2010 e 6,86% em 2011. Para o magistério, os benefícios salariais tam-bém foram contínuos: 8% em 2009; 7,86% em 2010 e 13,5% em 2011.

“Em janeiro deste ano, terminamos de pagar os dois meses restantes refe-rente ao piso anterior. O novo índice foi anunciado somente nesta segunda-

feira. A grande questão é que os municípios têm que se empenhar sozinhos, sem a ajuda do governo federal. Mais de cinco mil cidades brasileiras utilizam mais de 71% dos recursos do Fun-deb para os vencimentos do magistério, porque os 60% não são suficientes”, afirmou o prefeito.

Em Mimoso, existem seis escolas de 1ª à 8ª série e a Secretaria de Educação conta com 410 funcioná-rios. Desses, 235 profissio-nais serão beneficiados com o novo piso. No entanto, o regime aplicado no municí-pio é de 25 horas semanais, neste caso o pagamento é proporcional. Outra infor-mação é que 95% dos pro-fessores são da classe ‘P5’, cujo requisito é ter curso de pós-graduação.

LEANDRO [email protected]

divu

lgaç

ão

lEaN

dRo

MoRE

iRa

Ministro Mercadante apela para que professores e gestores busquem entendimento e evitem greve

Agência Brasil

O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, reco-nheceu que o reajuste de 22,2% no piso nacional do magistério é elevado e que algumas prefeituras terão dificuldade com as novas folhas de pagamento. Ele fez um apelo a professores e gestores municipais para que busquem o entendimento e evitem paralisações.

“É preciso equilíbrio, responsabilidade. Os pro-fessores têm que ajudar para que isso seja absorvido e para que não haja retro-cesso”, ressaltou, ao parti-

cipar do programa Bom Dia, Ministro, produzido pela EBC Serviços.

Alguns estados e municí-pios alegam dificuldade fi-nanceira para pagar o valor determinado. Governadores reuniram-se nesta semana com o presidente da Câma-ra dos Deputados, Marco Maia (PT-RS), e pediram a aprovação de um projeto de lei que altere o critério de correção do piso, que passa-ria a ser feito com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que mede a inflação.

Mercadante lembrou que, em alguns estados, 57% da

folha de pagamento são destinados a pagamento de aposentados. “Não é só um problema do piso, há problemas localizados”, avaliou. Para o ministro, a qualidade da educação constitui o maior desafio histórico brasileiro e, sem incentivo financeiro, os bons profissionais não vão querer lecionar.

“Precisamos de uma so-lução que seja sustentável e progressiva. O que não po-demos é congelar o piso”, disse. “Para este ano, a lei é esta. Já divulgamos os pa-râmetros e a lei é para ser cumprida”, concluiu.

Vendo uma Capitiva ano 2010, cor preta, com 20.000 km. Telefone para contato 3526-2750 / 9905-2121. Kleber

VENDE-SE

Page 9: Edicao 272

Segundo dados do Institu-to Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no Brasil são quase 80 milhões de pes-soas com acesso a internet. Esse meio de comunicação se tornou indispensável nos dias atuais. Grande parte das nossas tarefas diárias são feitas no computador. Além disso, o usamos para intera-gir em fóruns, com mensa-geiros instantâneos e redes sociais.

As redes sociais, principal-mente o Facebook, tiveram crescimento nos últimos anos. E hoje, quem manda é

a rede social criada por Mar-ck Zuckerberg. Ela permite que os usuários tenham per-fil, fan pages e grupos. Com isso, o cachoeirense Gui-lherme Guidi trouxe para cá uma ideia que surgiu de um amigo da capital Vitória. Ele criou um bazar no Face-book.

“Vim do Rio para Cacho-eiro e gostei da ideia e resolvi implanta - lá aqui. Diferente do bazar que existe lá, que só atende ao público masculi-no, o de Cachoeiro é geral”, explicou Guilherme.

A princípio ele criou uma Fan Page para o Bazar,que quando criado recebeu nome de Bazar Cachoei-

ro como forma de chamar atenção das pessoas da cida-de. Esse nome seria mudado mais tarde para Bazar no Face, mas no endereço con-tinua Bazar Cachoeiro, pois na rede social quando uma Fan Page recebe determina-dos números de membros (pessoas que ‘curtem’) o en-dereço fica inalterável. “Isso é bom, pois dá mais seguran-ça à página”, revelou.

O Bazar A ideia do bazar é bem

simples, os membros devem ler as regras das quais eles ficam cientes sobre todos os passos. Após isso, basta pu-blicar no álbum do grupo o

produtor que será vendido de acordo com o a catego-ria do mesmo. “Agora que a páginas está começando a andar, mas desde o início foi muito bem recebida”, con-tou Guidi.

Uma mudança recente no layout do Facebook, permite que o um cabeçalho perso-nalizado seja colocado na página do grupo, com isso Guilherme conseguiu dire-cionar melhor os membros para as regras e os alguns. “As regras do grupo são bem rápidas de ler e simples de entender, hoje eu ainda sou o mais cauteloso possível e explico as pessoas que vão contra elas. Entretanto, não poderei fazer isso sempre”, explicou.

PrOdutOsOs produtos são

os mais diversos, no Bazar você encon-tra desde a venda de carros a cosmé-ticos. Atualmente são mais de 2100 membros. “A palavra

bazar gerava um certo pre-conceito, mas participam do grupo pessoas de classe alta da cidade e também temos nele lojas da cidade.

Conheça o Bazar no FaCe

Acesse: http://www.facebook.com/groups/bazarnoface

domingo, 04/03/2012 diÁrio | ano 1 | n° 272

Cachoeiro de itapemirim e região Sul

CaChoeiro tem Bazar no FaCe

a ideia de montar um grupo de venda e troCa de produtoS »partiu do jovem guilherme guidi

www.aquies.com.br @folhadocaparao » facebook.com/grupofolhadocaparao »

Gustavo [email protected]

Guilherme Guidi é um dos administradores do Bazar no Face

Page 10: Edicao 272

02 DOMINGO, » 04/03/2011

www.aquies.com.br

“Eles são irresistíveis. Têm curvas sensuais, formatos surpreendentes, cores provocantes, materiais inusitados. Melhor ainda: num mundo em que manequim acima de 40 parece uma anomalia, caem bem até em quem está acima do peso. Para muitas mulheres, comprar um par de sapatos é prazer capaz de aliviar demissão, dor-de-co-tovelo, traição, coração partido e até algum desastre na cadeira do cabeleireiro (...) Um sapatinho de cristal (tremen-damente incômodo, com certeza, mas quem é que vai se importar com isso numa hora dessas?) uniu Cinderela a seu príncipe encantado e desde então muitas mulheres viveram infelizes para sempre por não ter um igual. “Um belo par de sapatos faz a mulher se sentir tão poderosa que pode mudar totalmente a maneira como ela se porta”, garante Tamara Mellon, presidente da empresa que fabrica os cobiçadíssimos Jimmy Choo”. Recebi a ajuda das meninas da loja Scarpabella para fazer essa coluna, fui às duas lojas e fiquei encantado com o preview da coleção outono/inverno 2012, selecionei as peças mais luxuosas para mostrar para todos o que vem de novo nessa nova coleção.

Todos os modelos mostrados aqui são da marca Carmen Steffens, que está consolidando-se como uma das marcas mais desejadas da moda nacional. São mais de 170 lojas espalhadas pelo Brasil e 200 pelo mundo, como Argentina, Estados Unidos, França, Austrália e Espanha. Em 2011, a marca ganhou ainda mais status no cenário fashion nacional: abriu uma concept store na Rua Oscar Freire, em São Paulo, ponto concorrido de grifes luxuosas. Em Cachoeiro a Carmen Steffens é encontrada com exclusividade nas lojas Scarpabella.

CINDERELAS MODERNAS

Sempre que vai chegando o lançamento das coleções de Inverno todos já esperam aquelas enxurrada de sapatos com cores frias (preto, cinza e marrom), nada contra essas cores, aliás, elas salvam o look de qualquer mulher, só que o mais quente do inverno é saber que grande parte dos lançamentos de calçados vem repletos de cores fortes, o roxo no seu tom mais claro é o que manda nas coleções, você pode ver que todas as grandes marcas trazem essa cor em muitos itens da sua coleção, o gran-de diferencial dessas peças é que a cor vem acompanhado do couro personalizado. Reparem nessa peça com a plataforma de pelo de zebra e o salto rosê, um luxooooo.

Paetê: É complicado usar sapato de paetês em pleno verão, mas chegou a época certa de usar peças brilhantes e não lembrar o carnaval, invista sempre em tons neutros, o ouro-velho é um dos mais chiques e o preto é sempre harmônico para o inverno.Glitter: É o mesmo caso dos paetês, para você não ser confundida com uma menina de 10 anos aposte nos clássicos como o prateado.Franjas: As sandálias com franjas de couro são sempre esperadas para o inverno, eu as acho chiquérrimas, sei que não agrada a todas, mas posso garantir que elas são espetaculares e deixam a mulher poderosa. Essa peça da foto tem aplicações de tachas em banho ouro, exclusivíssimas.

Essa é provavelmente a estampa queridinha do Inverno 2012, fora do Brasil ela já faz sucesso com as famosas, tanto que Lady Gaga apareceu com um look com-pleto pied de poule para se apresentar em um programa americano. Nos sapatos ela finalmente deslanchou, geralmente com duas cores essa estampa veio para ficar e o melhor é que essa tendência chega com tudo no Brasil. Carmen Steffens trouxe essa estampa-luxo em várias opções, no scarpin, na sapatilha, no peep toe e no sempre lindo oxford, você tem que ter.

O QUENTE DO INVERNO

SEMPRE CLÁSSICOS

PIED DE POULE@Lulucasoliveira

LUCAS OLIVEIRA

[email protected] (28) 9271 4803

CONSULTOR DE

MODA

Page 11: Edicao 272

DOMINGO, 04/03/2012CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM E REGIÃO SUL 03www.aquies.com.br

Em casa, de repouso absolu-to para se recuperar da crise renal diagnosticada após o show des-ta quinta-feira, Valesca Popozuda mandou, um recado para os fãs:

“Quase não consegui terminar o show de ontem, mas sou guerreira e fui até o fim. Senti muita dores no estômago, mas quero dizer aos meus fãs que já estou medicada, passando bem, e que segunda-feira estarei de volta”, tranquilizou a funkeira. Com o susto, Valesca teve que cancelar os shows que faria neste fim de semana em Vitória, no Espírito Santo.

Grávida de 8 meses, Luana Piovani aprovei-tou a tarde ensolarada do Rio de Janeiro para nadar na piscina de um hotel do Rio de Janeiro ao lado da mãe, dona Francis. Luana registrou o momento no Twitter. “Rycas! Dia pago! 45 me-tros de nadada. Musa-dêlas”. Minutos depois, a atriz usou o Twitter para anunciar que vai se casar ainda em 2012 com Pedro Scooby. “Vamos ca-sar esse ano, mas sem véu nem grinalda. Vestido de croché e coroa de flores na cabeça”, postou.

Com Crise renal, ValesCa PoPozuda

manda reCado Para os

fãs

luana PioVani anuncia casamento

para este ano

Page 12: Edicao 272

GENTE & NEGÓCIOS DE KHALI GIBRAN - QuANDo o AmoR vos fIzER sINAL, sEGuI-o; AINDA QuE os sEus cAmINHos sEjAm DuRos E EscARpADos. E QuANDo

As suAs AsAs vos ENvoLvEREm, ENtREGAI-vos; AINDA QuE A EspADA EscoNDIDA NA suA pLumAGEm vos possA fERIR.

DOMINGO, 04/03/2012 CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM E REGIÃO SUL

www.AQUIES.com.br04

@ramonbarros [email protected] (28) 8111 4881por RamON BaRROS

Atuando em Cachoeiro, leitores assíduos do Jornal AQUI Noticias, desejamos um bom domingo para Tiara e Julio Ferrari.

Leitora assídua da Coluna, que recebe os parabéns e votos de sucesso

e saúde, por mais um aniversário comemorado esta semana: Tatiane

Monteiro é o destaque de hoje.

FOTO RAMON BARROS

ALVARO REGALL está lançando o primeiro curso para DJ no sul do estado. Quem gosta de baladas poderá ganhar dinheiro se divertindo.

FECHOU EM ALTA

FECHOU EM BAIXA

A ciência pode estar mais próxima de poder detectar o câncer de prósta-ta utilizando um sim-ples exame de urina, de acordo com um estudo realizado nos Estados Unidos..

Para as pessoas mal educadas que continuam jogan-do lixo nas ruas, mesmo passando por várias lixeira, uma forma de falta de educação e de conscientização.

CRESCE o número de con-sumidores dos medicamen-tos genéricos no país. Os números chegaram a 32%, com 581 milhões de unidades comercializadas em 2011.

MARCOS PASSAMANI TORRES farmacêutico, garante que os medicamentos gené-ricos tem o mesmo efeito e segurança dos tradicionais.

CURSOS GRATUITOS serão oferecidos pelo Senai de Ca-choeiro nos próximos dias. Mas é bom correr para garantir vaga. Todos são profissionalizantes.

O QUE VOCÊ ESPERA do novo prefeito de Cachoeiro? Vá fazendo suas avaliações dos pré candidatos e veja qual tem perfil para acompanhar o cres-cimento que a cidade merece.

FILMAGEM DE PARTO com qualidade digital, em DVD, editado, com trilha sonora e menu. Acesse agora www.bebevideo.blogspot.com

FUTURAS MAMÃES po-dem garantir que terão du-rante toda a vida o registro do momento mais feliz para relembrar em aniversários e homenagens aos filhos.

FOTO RAMON BARROS

Page 13: Edicao 272

O secretário estadual de Assistência Social e Direitos Humanos, Ro-drigo Coelho, pode assu-mir vaga na Assembleia Legislativa (Ales) por ser suplente na coliga-ção PT, PSB, PMDB nas eleições de 2010. É que o presidente da Ales, Ro-drigo Chamoun (PSB), está cotado para ser con-selheiro no Tribunal de Contas (TC).

Rodrigo preferiu ado-tar a prudência ao tratar do assunto, uma vez que a vacância no legislativo estadual ainda não ocor-reu definitivamente. Chamoun tem o apoio dos parlamentares para se tornar conselheiro, o que pode ocorrer ainda neste mês.

“Rodrigo Chamoun ainda é deputado e tenho muito carinho e respeito por ele. Também estou muito focado nos traba-lhos da secretaria. Neste mês de março, por exem-plo, 5,9 mil famílias se-rão beneficiadas com o Bolsa Capixaba, dentro do Projeto Incluir”, in-formou.

Ainda assim, Rodrigo Coelho mostrou-se hon-rado com a possibilidade de se tornar deputado es-tadual. “Foi o que almejei nas eleições de 2010, con-quistando mais de 20 mil votos em 71 municípios. Sou muito grato a esta confiança depositada ao meu trabalho”, agradeceu.

PermanênciaEm encontro realiza-

do na quinta-feira pela cúpula estadual do PT,

as lideranças do partido se manifestaram favorá-veis à permanência de Rodrigo na secretaria, onde coordena o princi-pal projeto do governo do Estado: o combate à pobreza.

Assim que Chamoun se desligar do mandato, a Casa de Leis tem 48 horas para convocar o suplente, que passa a ter 30 dias para tomar pos-se. Rodrigo nem cogita a possibilidade de não tomar posse, já o exercí-cio do mandato ou o re-torno ao governo ainda é uma incógnita.

“Tanto o fato de eu poder ser deputado esta-dual como ser secretário de Assistência Social foi possível, primeiramente, graças ao apoio que tive dos mais de 20 mil eleito-res do estado. Portanto,

DOMINGO, 04/03/2012 CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM E REGIÃO SUL 13POLÍTICAwww.AQUIES.com.br

cacHOeirO De iTaPemirim

“Quero orgulhar a todos, onde estiver”O SECRETáRIO ESTADUAL RODRIGO COELHO fALA SObRE SER DEPUTADO OU PERMANECER NO GOvERNO »

LEANDRO [email protected]

quero orgulhar a todos, onde estiver”, garantiu.

cacHOeirOO petista Rodrigo Co-

elho foi secretário muni-cipal de Governo, em Ca-choeiro, nos dois primei-ros anos da administração de Carlos Casteglione (PT). Na ocasião, ele implantou o Orçamento Participativo (OP), criou o Escritório de Gestão de Projetos Prioritários e aparelhou a Defesa Civil.

LEAN

DRO

MORE

IRA

Page 14: Edicao 272

A ambientalista e secretá-ria executiva do Consórcio Caparaó, Dalva Ringuier, é pré-candidata a prefeita do município de Dores do Rio Preto, na região do Caparaó, sul do estado. A decisão foi tomada em reunião do PSB – partido a qual Dalva é filia-da – no mês passado, mas só agora ela declarou a intenção de buscar a vaga para candi-data, oficialmente.

Em entrevista ao Aqui Notícias, Dalva Ringuier afirmou que resolveu colo-car seu nome à disposição por acreditar nas potencia-lidades do município, onde hoje mora e é reconhecida por várias lideranças como a responsável por empreendi-mentos que têm colaborado para o desenvolvimento de

Dores do Rio Preto. “Hou-ve consenso entre muitas lideranças, que destacaram o trabalho que tenho coor-denado e que trouxe bene-fícios, como o asfaltamento de estradas, infraestrutura, o projeto cama e café – que se transformou no Circuito Turístico do Caparaó Capi-xaba, etc”, destacou.

O PSB de Dores está ouvindo outras siglas, com o objetivo de formar uma grande frente de partidos que, segundo ela, terão o direito de apresentar outros nomes como pré-candida-tos. “Porque o nosso maior objetivo é conversar e buscar um município que seja para todos, acabando com as ares-tas políticas, as picuinhas e brigas, onde o adversário vira inimigo e a administração só beneficia um grupo, e o único prejudicado é o desen-

volvimento do município e sua população”, afirmou, colocando que o objetivo é buscar uma nova forma de administrar.

Além disso, Dalva Rin-guier adiantou que, caso sua candidatura se conso-lide, pretende ouvir todos os segmentos da sociedade de Dores do Rio Preto para preparar um plano de gover-no, aproveitando sua expe-riência frente ao Consórcio Caparaó, onde todas as ações são feitas por meio de plane-jamento. “Quero ouvir to-dos, inclusive o magistério e os estudantes, para conhecer as necessidades e planejar o governo, porque sem plane-jamento não se sabe aonde vai”, enfatizou.

CapaCidadeE já falando com discurso

de pré-candidata, disse que

DOMINGO, 04/03/2012 CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM E REGIÃO SUL

www.AQUIES.com.br14 POLÍTICA

dOReS dO RiO pReTO

Dalva Ringuier é pré-candidata a prefeitaO NOME DA AMbIENTALISTA fOI LANçADO PELO PSb E SEU ObjETIvO, CASO SEjA CANDIDATA, é »

OUvIR A POPULAçÃO DENTRO DE UMA fILOSOfIA QUE bUSCA fORMAR UM GOvERNO PARA TODOS

MARCOS [email protected]

pretende fazer o que Dores do Rio Preto merece, dando o exemplo dos distritos de Pedra Menina que, segundo ela, está crescendo de forma desordenada e é um ponto turístico de suma impor-tância para todo o estado, e de Mundo Novo, onde a população, de acordo com ela, precisa ser ouvida para dizer o que realmente preci-sa. “Além de todas as outras comunidades”, disse. E des-tacou que o município não pode só depender da prefei-tura, criando sua autosus-tentabilidade. “Temos que desenvolver novos mercados de trabalho, aproveitando o potencial dos próprios moradores – que não têm a valorização necessária, in-clusive, profissionalizando o turismo”, destacou.

Segundo Dalva, o poder público precisa reconhecer a

capacidade que os cidadãos do município possuem para transformar para melhor, um dos melhores lugares do estado para se morar. “E Dores tem muitas possibili-dades de desenvolvimento – econômico, rural, cultural, turístico – que estão sendo tratadas de forma incipien-

te”, disse, mas sem fazer crí-ticas diretas à administração da prefeita Cláudia Bastos (PSDB), com quem preten-de manter a relação de res-peito – já que são conhecidas há muito tempo, como com qualquer outro candidato. “Mas cada um tem seus ob-jetivos”, afirmou.

dalva disse que, se for candidata, quer ouvir a população

marc

os fr

eire

Page 15: Edicao 272

A reportagem fez o levan-tamento do cenário políti-co de Mimoso do Sul nesta semana. Foram ouvidos os principais personagens, que irão influir nas elei-

ções municipais deste ano. Percebe-se, até o momen-to, que a polarização entre a ex-prefeita Flávia Cysne (PSB) e o prefeito Giló irá se repetir neste ano.

Flávia informou que con-ta com o apoio de 11 par-tidos para fortalecer o seu

projeto. Além disso, ela já tem reuniões agendadas até meados do ano com lide-ranças políticas e moradores da sede e dos distritos. Des-tes encontros, ela confeccio-nará seu plano de governo. Maurício Rocha (PV) está cotado para ser o seu vice.

DOMINGO, 04/03/2012 CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM E REGIÃO SUL 15POLíTICAwww.AQUIES.com.br

MIMOSO DO SUL

Giló e Cysne no páreo PREfEITO E Ex-PREfEITA DEvEM »POLARIzAR AS ELEIçõES NO MUNICíPIO

LEANDRO [email protected]

LENADRO MOREIRA/DIVULGAÇÃO

CENáRIO é DE POLARIzAçÃO

LEANDRO MOREIRA

Até as convenções partidárias, os dois nomes que polarizam as eleições de Mimoso do Sul são o da ex-prefeita Flávia Cysne (PSB) e o do atual prefeito Angelo Guarçoni (PMDB), o Giló. Este duelo ocorreu uma vez no município, no pleito de 2008, e o hiato foi de apenas 3%.

Naquelas eleições, havia grande expectativa de que Flávia emplacaria a reeleição. Após um governo de realizações importantes, faltou um pouco de pé no chão para conduzir a campanha eleitoral. Como ela mesma disse, o excesso de confiança foi um dos fatores que pesou para sua derrota.

Assim como na vida, um tropeço traz muitos aprendizados na política. E, sem dúvida, a socialista não cometerá os mesmos erros e poderá agregar força ao seu projeto, considerando o currículo de serviços prestados ao município, o tempo integral para fazer política e os possíveis deslizes que seu adversário possa cometer.

O seu grupo político deve repetir a chapa de 2008, com

o ex-vereador Maurício Rocha (PV) na vice. Ele exerceu quatro mandatos como vereador e já presidiu a Câmara Municipal; é uma liderança que goza de importante prestígio do eleitorado local.

Outro ponto favorável à Flávia Cysne é o apoio declarado da deputada Luzia Toledo (PMDB). A parlamentar tem histórico de dedicação a Mimoso do Sul em todos os seus mandatos e a gratidão da população local é grande e visível nas urnas.

Desde 2002, quando ficou na suplência no legislativo estadual, Luzia teve votação crescente. Vale considerar que ela nunca teve o apoio do grupo do Giló, mesmo estando no mesmo partido nos últimos anos. Em 2010, sem a ajuda da máquina, ela ampliou a votação em relação ao pleito anterior.

O atual prefeito fez inúmeras promessas na campanha eleitoral, fator que cria expectativas junto ao eleitorado e

nem sempre os cofres públicos guardam o suficiente para atender o que foi planejado.

Apesar disso, Giló afirmou que já cumpriu cerca de 90% do plano de governo apresentado nas eleições. No entanto, ainda não houve uma conversa definitiva sobre a sua reeleição junto ao seu grupo político.

Grande parte dos gestores de municípios com baixa arrecadação tende a receber marcação implacável da rejeição, uma vez que quem tem necessidades ignora trâmites burocráticos e escassez de recursos. Neste caso, a rejeição pode ser um agravante ao prefeito, já que no pleito anterior ele era um nome novo e não havia essa possibilidade.

Como terceira via, surge o nome de Sérgio Bertonceli (PT). Ele acredita que a rejeição dos dois pré-candidatos pode lhe favorecer. Porém, Sérgio ainda não tem capital político para emparelhar uma disputa com os dois personagens principais deste processo eleitoral.

[email protected] » @moreira238 »facebook.com/leandromoreira23 »

Giló está confiante e crê que tem a aprovação dos mimosenses. Seu alicerce é o fato de, segundo ele, ter cumprido quase 90% daquilo que prometeu nas eleições. Mas, a sua candi-datura ainda não foi defi-nida por seu grupo políti-

Passo Ponto ComercialEm frente ao Shopping Cachoeiro,todo montado.Valor R$ 40.000,00Permuto por chapas de GranitoContato 9917-6987 Júnior

co. As conversas iniciarão nos próximos dias.

Outra ouvida pela re-portagem foi a deputa-da estadual Luzia Toledo (PMDB). Mesmo sendo do partido do prefeito, ela afirmou que apoiará a Flá-via. Na verdade, ela sem-

pre pertenceu ao grupo da socialista e quando se filiou ao PMDB já trazia a incompatibilidade com as lideranças do partido no município.

Não é certo que ela pos-sa desequilibrar as eleições em Mimoso, mas sem dú-vida há um peso político de se respeitar. Luzia está em seu terceiro mandato como deputada estadual e sua votação é crescente na cidade, devido aos traba-lhos prestados.

Por lá, o PT ensaia uma candidatura para ser a ter-ceira via. Trata-se de Sér-gio Bertonceli. Ele tem como bandeira principal a geração de empregos, para que os jovens não saiam no município após os es-tudos.

Page 16: Edicao 272

O Jornal Aqui Notícias e o Instituto Ipeses publicam na próxima terça-feira a pri-meira pesquisa eleitoral em parceria, feita na região sul do estado. O município des-taque será Mimoso do Sul, governada atualmente pelo prefeito Ângelo Guarçoni – o Giló – do PMDB.

Os números vão mostrar a tendência eleitoral para o pleito deste ano, conside-rando que uma pes-quisa reflete o

“Quero contribuir para es-timular a doação de sangue como prática de solidariedade e torná-la umaatividade re-gular para ajudar o próximo e proteger a si mesmo”, disse o vice-governador Givaldo Vieiraenquanto doava sangue na última sexta-feira (02). Ele esteve na Unidade Móvel do Hemocentro da Secretariade Estado da Saúde (Hemoes) durante ação externa realizada na Faculdade Salesiana, em Vitória. Quemcompareceu ao local também pode fazer cadastramento de medula óssea.

Das 8h às 13h, dezenas de alunos da faculdade e mora-dores da Capital acompanha-ram o vice-governadorna ação solidária. Ele ressaltou que o ato é simples, no entanto,

momento atual da coleta das informações. Foram ouvidas 450 pessoas das mais varia-das idades, sexo, escolarida-des e religiões diferentes, e distribuídas na sede do mu-nicípio e nos distritos.

Além de mostrar a corrida pela sucessão, os números mostram a influência de personalidades da política estadual na disputa. A ges-tão do prefeito também foi avaliada, bem como a atua-ção da Câmara Municipal de Vereadores.

Para o diretor do Institu-to, Fábio Soares, os números são importantes para revelar uma tendência eleitoral e também para situar alguns atores que estarão nesta dis-puta: “De certa forma esta-remos contribuindo com o quadro eleitoral não só do ponto de vista do eleitor, mas também para os par-tidos e políticos que diante da avaliação popular ainda terão tempo para se progra-marem melhor para a dispu-ta”, disse.

O diretor do jornal Elias Carvalho lembrou que essa

DOMINGO, 04/03/2012 CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM E REGIÃO SUL

www.AQUIES.com.br16 GERAL

ILAURO [email protected]

MiMoso do sul

Estadual

Jornal divulga primeira pesquisa eleitoral do ano

O TRAbALHO é UMA PARCERIA DO INSTITUTO IPESES E DO JORNAL AQUI NOTíCIAS »

rhayan esteves

grupo folha do caparaó

é apenas uma das várias pesquisas que serão feitas ao longo deste ano. “Temos uma parceria sólida com o Ipeses e com um histórico positivo de acertos em nossos números. Por isso o jornal resolveu investir novamente neste aspecto, considerando que vamos dar ao eleitor um posicionamento eleitoral da sua cidade, o que acaba en-riquecendo as eleições”. A pesquisa está registrada sob o número 00004/2012.

Vice-governador adere à campanha do Governo e doa sangue

fundamental para a preserva-ção demilhares de vidas. “A doação contempla o bem-estar das pessoas e um banco de sangue fortalecidooferece segurança ao serviço público de saúde. Em poucos minu-tos, você realiza uma ação de-solidariedade e, caso necessite, pode ter o retorno”, afirmo.

Givaldo Vieira ainda pon-tuou que a atividade realizada pelo Hemoes em parceria com mídias sociais doGoverno do ES é importante para repor

o estoque do Hemocentro e atender àqueles que precisam. Ainiciativa percorrerá outros municípios capixabas.

doação EM doMinGos Martins

O ônibus do Hemoes es-tará em Domingos Martins na próxima terça-feira (06). Quem quiser doar sangue eparticipar do cadastramen-to de medula óssea poderá comparecer à Praça Arthur Gerhardt, das 08 às 16horas.

Page 17: Edicao 272

Enquanto a maioria dos municípios capixabas so-fre com a falta de recursos, Venda Nova do Imigrante dá uma aula de adminis-tração e acumula um su-perávit de R$ 10 milhões. Isso mesmo. Dez milhões de reais. Essa quantia é, em parte, de convênios federais e estaduais, e de arrecadação própria. O prefeito Dalton Perim disse que apesar do bom índice mantém os pés no chão e trata a situação como dever de casa.

Ao contrário de mui-tos prefeitos, Dalton preferiu não dar publici-dade gratuita ao assunto e acabar dando ao fato um tom de política. Mas

também não esconde a realidade, se pergunta-do, obviamente. Em en-trevista a este jornal, por telefone, Dalton contou a “receita de bolo”.

“Não foi preciso redu-zir nada, nem em despe-sas, ou número de servi-dores. O que acontece é a implementação de novas maneiras de arrecadar. Nos empenhamos em desenvolver projetos para convênios estaduais e fe-rais. Fomos em busca de recursos junto aos depu-tados capixabas também. Além da arrecadação mu-nicipal”, revelou.

O prefeito acrescenta que a responsabilidade na hora de aplicar o re-curso também é funda-mental. “Não dá para sair ‘gastando dinheiro’

sem que ele esteja em caixa. Só fazemos aqui-lo que é possível e o que não buscamos meio de viabilizar, para conceder bem estar e qualidade de vida à população”, acres-centou Dalton.

Os recursos, entre-tanto, parte tem desti-no certo e outra é livre para aplicar. “Cerca de 70% desse montante é de convênios, portanto, vinculado. O restante é da própria administra-ção”, disse.

O que pode ser apli-cado pela prefeitura, Dalton já sabe o que vai fazer. “Vamos cumprir o cronograma previsto pelo Orçamento Parti-cipativo. Nossa intenção é concluir todas essas obras”, resumiu.

DOMINGO, 04/03/2012 CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM E REGIÃO SUL 17CIDADESwww.AQUIES.com.br

VENDA NOVA DO IMIGRANTE

Em Venda Nova, o caixa disponível é de R$ 10 milhões

PREfEITO »IMPLEMENTA NOvAS

MANEIRAS DE

ARRECADAR E fECHA

EM SUPERávIT

filipe [email protected]

Apesar de ser ano eleito-ral, Dalton disse que “vai dar o mesmo tratamento ao ano anterior”. “Nos-so foco é deixar sempre recursos disponíveis em caixa, para que a prefei-tura cumpra suas obriga-ções normais, como folha de pagamento e seus cre-dores, e consiga inves-tir onde for necessário”, completou o prefeito.

Ele finalizou dizendo que pela história do mu-nicípio, não se recorda de um superávit nessa quan-tidade. “Quando assumi a prefeitura, existiam pouco mais de R$ 3 mi-lhões, mas 95% disso era vinculado. Não dava para fazer muita coisa livre. Foi um passo importante que demos e vamos con-tinuar focados nisso”.

divu

lgaç

ão

Page 18: Edicao 272

A Polícia Civil divulgou a foto de oito foragidos de disputar o tráfico de dro-gas no bairro Zumbi, um dos mais populosos de Cachoeiro de Itapemirim, com mais de 20 mil ha-bitantes. Há um ano, os moradores da comunida-de convivem com o medo e a insegurança por causa da rixa entre três gangues que dividiram o bairro.

A guerra no Zumbi existe desde 2007 e em junho do ano passado,

ela tomou grandes pro-porções. São três bandos que disputam o ponto de vendas de drogas e cada um tem seu território. Dois deles são arqui-rivais e isso tem deixado víti-mas. Já foram registradas inúmeras tentativas de homicídios e assassinatos na comunidade.

De um lado, os irmãos Altair Leandro Men-galli Virginia, conhecido como ‘Léo’, e Luiz Cláu-dio Ferreira, conhecido ‘Claudinho’, que coman-dam a área do Alto Eu-calipto. Do outro, Siloé

Correia de Souza Filho, que comanda parte do bairro Zumbi, e a outra parte é território do ter-ceiro bando.

Segundo o delegado Guilherme Eugênio, da Delegacia de Crimes Contra a Vida (DDCV), o bando de Siloé é o mais forte da comunidade. Mas, isso aconteceu após os irmãos Paulo Hen-rique Rodolfo e Erivel-ton Rodolfo, conhecido como ‘Peu’, perderam o controle do bairro.

“O ‘Peu’ está foragido, ele fugiu do Presídio Re-

gional de Cachoeiro de Itapemirim, e o irmão Paulo está preso. Eles comandavam o tráfico no Zumbi em 2007 e viviam em guerra com o Siloé e hoje são parceiros do terceiro bando. Eles se uniram contra Siloé. Sa-bemos que ‘Léo’ e Siloé não entram em conflito, e agora eles se uniram para combater o tercei-ro bando”, conintuou o delegado.

O líder do terceiro ban-do é um antigo conhecido da polícia, que é aponta-do por envolvimento no

assassinato de Jacival Oli-veira Santos, 31 anos, co-nhecido como “Peruá”; o assassinato de Lion Silva Madeira, uma tentativa de homicídio ocorrida no dia 31 de dezembro de 2008; o assassinato de Fabiano Carloto Sil-va, também ocorrido em 2008, um assalto a um condomínio em Cacho-eiro, quando um policial militar foi baleado.

Ele também é autor do atentado que matou o adolescente Wellison Lo-pes da Silva, 15 anos, e mais três tentativas. “Esta-

mos apurando e sabemos que eles estão traficando e matando. Esperamos contar com a ajuda da po-pulação para localizarmos os foragidos”, ressaltou o delegado.

Guilherme espera que os foragidos sejam loca-lizados. “Por enquanto o terceiro bando não foi alcançado, mas hoje con-seguimos desestabilizar o bando do Siloé e do ‘Claudinho’ com essas prisões. A nossa esperan-ça e expectativa é inibir a onda de violência”, co-mentou Eugênio.

DOMINGO, 04/03/2012 CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM E REGIÃO SUL

www.AQUIES.com.br18 SEGURANÇA

CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM

Acusados de disputar o tráfico no Zumbi estão foragidos EM OPERAÇÃO REALIzADA NA MANHÃ DE SExTA-fEIRA, »

10 PESSOAS fORAM DETIDAS, SENDO TRêS MENORES

ENvOLvIDOS EM HOMICíDIOS E TRáfICO DE DROGAS

ALISSANDRA [email protected]

Siloé Correia de Souza Filho mantém o controle do tráfico em parte do bairro Zumbi

divulgação PC divulgação PC

Luiz Cláudio Ferreira, o ‘Claudinho’ mantém o controle no Alto Eucalipto

divulgação PC

Altair Leandro Mengalli Virginia, conhecido como “Léo’, comanda o tráfico ao lado do irmão ‘Claudinho’

No mês de junho de 2011, a guerra entre tra-ficantes ganhou grandes proporções e a população foi pega de surpresa com um toque de recolher es-tipulado pelos trafican-tes. Os bandidos ligaram para uma escola munici-pal e outra estadual do bairro e ordenou que as

aulas fossem suspensas. Com medo, muitos pais não deixaram os filhos nas escolas.

No dia 24 de novembro, Siloé ordenou aos gerentes do tráfico e aos vapores que eliminassem o ado-lescente Diego Sant’Anna de Paula, 15 anos, que trabalhava para o terceiro

Tentativas e mortesbando. Ele foi espancado, assassinado e teve os gló-bulos oculares arrancados e guardados em um vidro de maionese.

Reginaldo Silva Ribei-ro e Marcos Rodrigues Prates Garcia, presos em uma ação da Polícia Mi-litar, são apontados como executores do crime, além do co-autor Alex Miran-da da Silva e o menor I.O.G.C, que permane-cem foragidos.

No início de janeiro deste ano, policiais mili-tares do Grupo de Apoio Operacional (GAO) trocaram tiros com um grupo de rapazes, após denúncias anônimas. Após perseguição, um deles foi detido: Jhona-tan Moreira da Silva, 19 anos, que contou sobre a rivalidade entre as fac-ções que disputam o trá-fico no bairro. Ele disse que andava armado por

causa das ameaças de um bando, que tenta assumir o controle do tráfico no bairro.

Ainda no início do mês, no dia 02, o estu-dante Vitor Mello Perei-ra, 28 anos, que residia no bairro Santo Antô-nio, foi assassinado com golpes de enxada, no bairro. O crime acon-teceu em frente a uma residência apontada pela polícia como ponto

de vendas de drogas do bairro.

De acordo com o dele-gado, Vitor foi assassinado a mando de ‘Claudinho’ por causa de uma dívida de drogas de R$ 2 mil. “O Vi-tor era viciado e comprava muita droga. Como era de família de classe média, os traficantes vendiam para ele tranquilamente. Só que ele comprava direto com o dono da boca”, contou o delegado.

Page 19: Edicao 272

Um dos braços direitos de “Claudinho” era Walla-ce Soares Almeida, 23 anos, que residia no bairro Alto Eucalipto, conhecido como “Café”, que morreu após um acidente motociclístico na Rodovia Ricardo Barbie-ri, que liga Cachoeiro a Atí-lio Vivácqua, uma semana após o assassinato de Vitor. Em novembro do ano passa-

do, “Café” esteve na casa de Vitor e como ele não estava, cobrou a divida de R$ 3 mil de drogas ao pai da vítima. Como não tinha todo o di-nheiro, ele pagou R$ 1 mil e faltava ainda R$ 2 mil.

Nesse período, Vitor, que comprava nas bocas rivais, foi para Marataízes, onde ficou até o fim de dezembro. “En-quanto estava foram, ‘Clau-

dinho’ deu ordem a ‘Café’ para matar o estudante, e ele avisou todos que trabalham no Alto Eucalipto. Sem sa-ber que haviam pedido sua cabeça, Vitor retornou de Marataízes e foi até o bairro e foi assassinado”, ressaltou.

O crime foi cometido por Estevão Rainho Sil-veira, 24 anos, conhecido como “Miojo”, os irmãos

Gutierri de Souza Rufino e Flávia Rufino, além do menor G.S.A., que foi apreendido na operação. Estevão foi preso e confes-sou o crime, e os irmãos continuam foragidos.

Na semana seguinte à morte de Vitor, mais uma vez a polícia trocou tiros com homens armados no bairro, mas ninguém foi

detido. Na noite do dia 07 de janeiro, o estudante Maurício Paes do Amaral, 22 anos, residente no bair-ro, foi vítima de tentativa de homicídio, próximo à sua residência. Ele contou que estava na rua quando um grupo formado por 10 homens armados se aproxi-mou e perguntou em que lado do bairro Maurício

residia. Após responder ele foi atingido por quatro ti-ros que acertaram os dois braços, a barriga e o pesco-ço do estudante.

No mês de fevereiro, em menos de 15 dias, seis pesso-as foram baleadas no bairro. “Moradores que estão em uma determinada parte do morro, não pode ir para a outra”, frisou o delegado.

DOMINGO, 04/03/2012 CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM E REGIÃO SUL 19SEGURANÇAwww.AQUIES.com.br

CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM

Autoridades preocupadasNa semana passada,

durante uma reunião en-tre o poder Executivo, o Judiciário, o Ministério

Público, a Polícia Militar e a Polícia Civil foram debatidas soluções para levar a paz ao bairro, que

virou alvo da disputa de traficantes de drogas.

De acordo com o de-legado Guilherme Eugê-nio, o direito de ir e vir dos moradores está ame-açado por causa da rixa

entre traficantes. “Nos juntamos para eliminar o confronto que está se estendendo há meses. Cada um está fazendo sua parte. A PM inten-sificou o preventivo no

bairro, a PC está con-cluindo os inquéritos”, contou o delegado.

Guilherme destacou que a participação da po-pulação através das de-núncias passadas ao 181

na captura dos foragidos. “Quem denuncia tem a identidade preservada e quem quiser vir até a delegacia, pode ter certe-za que a identidade será mantida em sigilo”.

divulgação PC

Alex Miranda da Silva é apontado como co-autor da morte de Diego Sant’Anna de Paula, da gangue rival

Gutierri de Souza Rufino é procurado por envolvimento na morte de Vitor Mello Pereira

divulgação PC

Márcio Castro dos Santos, conhecido como ‘P’ também é foragido da polícia

divulgação PC

Erivelton Rodolfo, o ‘Peu’, teve seu 7º mandado de prisão decretado pela Justiça

divulgação PC

Flávia Rufino, irmã de Gutierri, também tem envolvimento da morte de Vitor

divulgação PC

A Polícia Civil realizou na manhã de sexta-feira, a Operação ‘Palmares’, que prendeu sete pessoas e apreendeu três menores no Zumbi

alissandra mendes

Page 20: Edicao 272

domingo, 04/03/2012 CACHoEiRo dE iTAPEmiRim E REgiÃo SUL

www.AQUiES.com.br20