Edição 380

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Edição de 5 de julho de 2012

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5 de julho de 2012N.º 380 ano 10 | 0,50 euros | Semanário

DiretorHermano Martins

ExpoTrofa abre portas sábadoCD Trofense págs. 22 e 23

Atualidade pág. 13

Incêndiodestrói fábricadecolchões

Bombeiros pág. 3

Rui Silvaquebrasilêncio

JoanaLimanaadministraçãodaMetro

Atualidade pág. 32

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www.onoticiasdatrofa.pt 5 de julho de 2012

Agenda

2Atualidade

Fundadora: Magda AraújoDiretor: Hermano Martins (T.E.774)Sub-diretora: Cátia Veloso (T.P. 1639)Editor: O Notícias da Trofa, PublicaçõesPeriódicas Lda.Publicidade : Maria dos Anjos AzevedoRedação: Patrícia Pereira (T.P. 1637),Cátia VelosoSetor desportivo: Diana Azevedo, MarcoMonteiro (C.O. 744), Miguel Mascarenhas(C.O. 741)Colaboradores: Atanagildo Lobo, JaimeToga, José Moreira da Silva (C.O. 864),

Tiago Vasconcelos, Valdemar SilvaFotografia: A.Costa, Miguel Trofa Pereira(C.O. 865)Composição: Magda Araújo, CátiaVeloso, Ana Assunção (T.P.E 155)Impressão: Gráfica do Diário do Minho,Lda,Assinatura anual: Continente: 20 euros;Extra europa: 59,30 euros; Europa: 42,40euros; Assinatura em formato digitalPDF: 15 eurosNIB: 0007 0605 0039952000684Avulso: 0,50 Euros

Os artigos publicados nesta edição dojornal “O Notícias da Trofa” são da inteiraresponsabilidade dos seus subscritores enão veiculam obrigatoriamente a opiniãoda direção. O Notícias da Trofa respeita aopinião dos seus leitores e não pretende demodo algum ferir suscetibilidades.

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Nota de redaçãoFicha TécnicaE-mail: [email protected] e Redação: Rua das Aldeias de Cima,280 r/c - 4785 - 699 TrofaTelf. e Fax: 252 414 714Propriedade: O Notícias da Trofa -Publicações Periódicas, Lda.NIF.: 506 529 002Registo ICS: 124105Nº Exemplares: 5000Depósito legal: 324719/11Detentores de 50 % do capital ou mais:Magda Araújo

Farmáciasde Serviço

Telefonesúteis

Bombeiros Voluntáriosda Trofa

252 400 700GNR da Trofa252 499 180

Polícia Municipal da Trofa 252 428 109/10

Dia 5Farmácia Nova

Dia 6Farmácia Moreira Padrão

Dia 7Farmácia Sanches

Dia 8Farmácia Trofense

Dia 9Farmácia Barreto

Dia 10Farmácia Nova

Dia 11Farmácia Moreira Padrão

Dia 12Farmácia Sanches

Patrícia [email protected]

Numa cerimónia solene,na noite de segunda-feira, dia2 de julho, foi apresentadoaos companheiros do RotaryClub da Trofa o presidente doano 2012/13.

O Rotary Club da Trofa pro-moveu a sua transmissão de ta-refas, que decorreu no restauran-te Julinha Gourmet, em Santia-go de Bougado, onde AntónioPontes foi empossado presiden-te para 2012/13.

Victor Boucinha, past-president do Rotary Club daTrofa, passou o testemunho paraAntónio Pontes, que, na sua opi-nião, vai ter um mandato “exce-lente”, visto ser “ uma pessoacom bastante capacidade, umbom companheiro” e com “umespírito empreendedor”. Outrora,António Pontes, conjuntamentecom Victor Boucinha e outrocompanheiro, foi considerado“companheiro 100 por cento”.

Relativamente ao seu anorotário, o past-president fez umbalanço “excelente”, tendo daíretirado uma “experiência muitorica e boa”, que não seria possí-vel sem a “ajuda de todos oscompanheiros, que foramespetaculares”.

O lema “dar de si, sem pen-sar em si” esteve presente emtodo o seu mandato, onde foramdesenvolvidas várias atividadescom o intuito de ajudar “os maiscarenciados”. Exemplo disso foio jantar de Natal com fins debeneficência e o prémio que ga-nharam com um projeto apresen-tado na Fundação Rotária, quereverteram a favor da Conferên-cia S. Vicente de Paulo de San-tiago de Bougado, para ajudar os“mais necessitados comcabazes de apoio”.

Além disso, promoveu um jan-tar de homenagem profissional a

Rotary Club da Trofa

Victor Boucinha transmitiutarefas a António Pontes

dois designers da Trofa, MicaelaOliveira e Júlio Torcato, partici-param no peditório nacional daLiga Portuguesa Contra o Can-cro e na ExpoTrofa, com o temaTrofa Saudável.

“Paz através do servir” é olema que António Pontes, presi-dente da Rotary Club da Trofa,vai seguir, promovendo-a “atravésdo serviço ao próximo”. Seguin-do a ideologia apresentada porSakuji Tanaka, presidente daRotary Internacional, AntónioPontes informou que vão “procu-rar, durante este ano, por coisasmais simples e pequeninas quepossamos fazer, ajudar aqueleque está ao nosso lado”, sendoeste “um ato de promoção dapaz”. “Vamos procurar, atravésdo Rotary, promover iniciativas,ações, no sentido de ajudaraqueles que mais precisam. Nofundo ajudar, dentro das neces-sidades, naquilo que for possívelfazer. É evidente que os recur-sos que o Rotary tem não sãoimensos, mas naturalmente sãoalguns, e temos sobretudo mui-ta vontade e muito trabalho parapoder obviamente fazer”, expla-nou.

A primeira atividade do seumandato será a participação doRotary Club da Trofa na Ex-potrofa, onde vão ter em exposi-ção e também para venda um“conjunto de trabalhos” desenvol-vidos na Universidade SéniorRotary da Trofa (USR-Trofa), cu-jas verbas vão reverter para “aspessoas que a queiram frequen-tar mas que têm dificuldades,nomeadamente, no pagamentode propinas, que ajudam nasdespesas que o projeto acarre-ta”. Relativamente a “projetosconcretos”, o presidente desta-cou dois projetos. O primeiro écontinuar a “aprofundar aindamais” o projeto da USR-Trofa,com o intuito de fazer com queas pessoas se mantenham ati-vas, ao mesmo tempo que enri-quecem culturalmente. A Ceia deNatal solidária será outro proje-to, que será realizado em de-zembro, um pouco antes do Na-tal. O objetivo é “angariar fundospara poder ajudar as famílias doconcelho que mais precisam”,para que tenham “um Natal e umano um bocadinho mais feliz ecom mais comodidade”. Um pro-jeto que será desenvolvido em

parceria com a Conferência S.Vicente de Paulo.

Como já vem sido habitual, aRotary Club da Trofa vai partici-par no peditório nacional da LigaPortuguesa contra o cancro. Ou-tro dos desejos é voltar “a recu-perar as bolsas de estudo, paraoferecer aos estudantes commais carência, para que possamvoltar a prosseguir os seus estu-dos”. Nos grupos dos mais no-vos, Juliana Goulart e Ângela Fon-seca assumiram a presidência doInteract e do Rotaract Club daTrofa, respetivamente. Foi aindaapresentada uma nova compa-nheira, Elisa Penouço, residenteem Ribeirão, sócia na empresaGMLUX, LDA e ainda responsá-vel pela USR-Trofa. No jantar tam-bém marcaram presença os com-panheiros rotários dos Clubes deVizela, Pombal, Santo Tirso, VilaNova de Famalicão, TeresaFernandes, vereadora da Câma-ra Municipal da Trofa, e, ainda,movimentos associativos sociaise empresariais, tais como AEBA, Associação Humanitária dosBombeiros Voluntários da Trofa,Delegação da Trofa da Cruz Ver-melha, entre outros.

António Pontes é o novo presidente

Dia 0717 horas: Abertura daExpoTrofa/Feira dos Povos

Dia 08ExpoTrofa/Feira dos Povos

Dia 09ExpoTrofa/Feira dos Povos

Dia 10ExpoTrofa/Feira dos Povos

Dia 11ExpoTrofa/Feira dos Povos

Dia 12ExpoTrofa/Feira dos Povos

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www.onoticiasdatrofa.pt5 de julho de 2012 Atualidade3

Patrícia PereiraHermano Martins

Ficou reduzida a cinzas e escom-bros a área de enchimento de umaempresa de colchões localizada emLantemil, na freguesia de Santiagode Bougado.

A área de enchimento de colchões daFuturocol situada na Rua das Indústriasem Santiago de Bougado, foi consumidapelas chamas ao inicio da noite de quin-ta-feira.

Quando os Bombeiros Voluntários daTrofa (BVT) chegaram ao local depararam-se com uma parte da fábrica “totalmenteenvolvida pelas chamas”. O alerta foi dadopelas 20.11 horas, tendo sido enviadaspara o local sete viaturas de combate aoincêndio, com 22 elementos dos BVT.

Segundo Filipe Coutinho, 2º coman-dante dos BVT, a principal preocupaçãoera evitar que “as chamas não se propa-gassem a outras áreas da fábrica”, e paraisso, os bombeiros fizeram “um ataquemusculado e rapidamente controlaram aschamas”. A parte de enchimento, ondeenchiam travesseiros e colchões, foi

Área de enchimentoda Futurocol destruída

destruída pelas chamas.Apesar de existirem testemunhas que

alegaram ter ouvido um estrondo seme-lhante ao de uma explosão, FilipeCoutinho assegura que desde a chegadados bombeiros ao local nada ouviram ouvisualizaram nenhuma explosão. “O tetojá tinha desabado, por isso, é possível quetenham ouvido algum estrondo”, justificou.

O 2º comandante asseverou que aágua utilizada para combater as chamas,possa ter afetado um pouco da área, fri-sando que, depois de estarem “totalmen-te dominadas”, “não usaram mais água,para não estendermos os prejuízos a ou-tras dimensões”. O fogo foi dado comoextinto pelas 23.40 horas, mas, por pre-caução, Filipe Coutinho decidiu “manteruma viatura no local, para fazer uma vigi-lância ativa”.

Os BVT tinham indicações que a em-presa “não estava a laborar” na altura emque deflagrou o incêndio.

No local também estiveram presentesa Guarda Nacional Republicana da Trofae a Polícia Municipal.

Contactados os responsáveis da em-presa recusaram prestar qualquer escla-recimento à comunicação social.

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www.onoticiasdatrofa.pt 5 de julho de 20124 Atualidade

Cátia [email protected]

Assembleia Municipal dis-cutiu mudança de localizaçãoda ExpoTrofa, do Parque paraa zona da estação da CP.

Em 1977, a Assembleia daRepública interrompeu a sessãopara os deputados assistirem aoúltimo episódio da novela brasi-leira Gabriela. Na quarta-feira, dia27 de junho, na Trofa, aconteceualgo similar. A Assembleia Muni-cipal, marcada para as 21.30,começou cerca uma hora e meiadepois, devido ao jogo de Portu-gal.

Ainda a refazerem-se do azarna lotaria dos penáltis, onde aEspanha carimbou a presençana final do Euro, os elementosprotagonizaram uma sessãomarcada pela discussão de vári-os assuntos.

Um dos temas mais discuti-dos foi a mudança de localiza-ção da ExpoTrofa para a zona daestação da CP. Jorge Curval, doCDS, foi o primeiro a questionaro executivo camarário, ao qual apresidente Joana Lima respon-deu que “na altura da decisãopara começar a trabalhar colo-cava-se a questão de os parquesNossa Senhora das Dores e Dr.Lima Carneiro estarem em obras.Entretanto, houve alguns cons-trangimentos, pois o Governochamou a si, através da secre-taria de Estado da Economia ede uma equipa interministerial,para avaliar todas as candidatu-ras ao QREN (Quadro de Refe-rência Estratégico Nacional) dopaís. Demorou cerca de doismeses e, hoje, já temos um ce-nário diferente”.

O esclarecimento da ediltrofense não convenceu AlbertoFonseca, do PSD, que afirmouque “não deixa de ser, no míni-mo irónico” e “insultuoso para opróprio parque”, que “a mudançada localização da ExpoTrofa doParque para a zona da estaçãointegra-se na dinamização”, re-ferindo-se ao facto de a iniciativaestar integrada na Candidatura aoPrograma de Ação (PRU/2/2008)– Grandes Centros” no âmbito doinstrumento de Politica “Parceri-as e Regeneração Urbana”, ins-crito no Eixo IV – Qualificaçãodo Sistema Urbano do ProgramaOperacional Regional do Norte

Assembleia Municipaldiscute localização da ExpoTrofa

“Se no tempo do PSD não setivesse construído aquela esta-ção, não sei onde a presidenteiria fazer tantas atividades”, ati-rou.

Joana Lima contrapôs: “Atéagora dizia ‘obra do PSD’, agorajá diz ‘obra do tempo do PSD’ e,entretanto, vai perceber quequem fez aquela obra foi o Go-verno do Partido Socialista”.

A autarca concordou que ainiciativa “estava bem” no Parque,no entanto, salvaguardou que “aExpoTrofa nem começou ali”.“Quem sabe, com a experiênciaforçada deste ano, não ficará ummelhor local para o evento?”,questionou.

Perante a discordância deModesto Torres, que interveio noperíodo de intervenção do públi-co, afirmando que o local daExpoTrofa “sempre foi” no Par-que Nossa Senhora das Dores,Joana Lima respondeu que “ainiciativa, que tinha como objetivoangariar fundos para as festas daNossa Senhora das Dores come-çou nos pavilhões do senhorCelestino Araújo, na Gandra”.

Lei dos compromissospode ser entrave a projetos

Joana Lima informou aindaque, devido à lei dos compromis-sos, não há certezas quanto àcapacidade económica daautarquia para executar obrascomo a requalificação dos par-ques. “Esta lei prevê que qual-quer adjudicação que se faça,seja de que valor for, tenhamosque garantir, nos três meses sub-sequentes, o pagamento dessaobra e esta está na ordem dosseis milhões de euros”, frisou.

Apesar de concordar com asmedidas implementadas peloatual Governo, alegando que“chega de endividar a torto e adireito, com dívida de gaveta eprocedimentos mal feitos”, aautarca não concorda com a“não operacionalização” da leidos compromissos. “Vamos verse temos condições para avan-çar, com base nesta lei, se nãopudermos os trofenses vão per-ceber porque não avançou”.

Quanto ao projeto darequalificação das margens ribei-rinhas, Parque das Azenhas, aedil trofense anunciou que o con-curso público da empreitada “foilançado em dezembro de 2011,prevendo-se que a adjudicação

da obra ocorra durante o mês dejulho” deste ano.

A sessão ficou ainda marcadapela abstenção dos elementos doPSD e do CDS, e aprovação doPS, à criação de dois lugares detécnico de engenharia civil, atra-vés da cedência da empresamunicipal Trofáguas.

O social-democrara AntónioBarbosa justificou que “a infor-mação técnica que acompanhaesta proposta é tudo menos cla-ra” e “do ponto de vista jurídicohá um movimento de contra-natura, no mínimo estranho”. “Nonosso entender, o preenchimen-to das vagas só poderá ter lugarao abrigo da lei da mobilidade ouda abertura de um concurso pú-blico. Tudo o resto nos pareceestranho e ilegal”, frisou.

Joana Lima explicou que,este ano, a autarquia ficou semquatro técnicos e uma está emlicença de parto, pelo que “aoabrigo da lei saíram mais pesso-as do que as necessárias paraentrarem dois técnicos”.

Reforma administrativaA reforma administrativa tam-

bém foi levada a discussão.Carlos Martins, do CDS, defen-de que as juntas de freguesiadeviam extinguir-se, repetindo oponto de vista já anunciado naúltima assembleia de freguesiado Muro, realizada há duas se-manas.

João Fernandes anunciou quea pronúncia sobre a reforma ad-ministrativa do concelho deve serentregue no parlamento até 14de outubro e apelou à participa-ção das juntas de freguesia e aum consenso entre os membrosda assembleia municipal. É que,relembrou, “se não houver porparte da Assembleia Municipalnenhuma proposta concreta paraser votada, já estamos a ver oque vai para a Assembleia daRepública e a resposta que tere-mos da chamada unidade técni-ca (responsável por analisar ouelaborar as propostas da refor-ma administrativa do território) “.

Modesto Torres mostrou-se“surpreso” pelo facto de não terchegado “à Assembleia Munici-pal a decisão da Assembleia deFreguesia de S. Mamede doCoronado” tomada “em devidotempo”. Para além disso, consi-dera que João Fernandes está“errado” ao afirmar que “devem ser

os grupos políticos a solicitaruma decisão sobre estatemática”, alegando que “tantoquanto a lei nos diz, a nada tema ver com o pedido de realiza-ção de uma assembleia atravésdeles, mas sim através da Câ-mara Municipal e, se a Câmaranão o entender, a AssembleiaMunicipal, na pessoa do senhorpresidente, deve convocar umaassembleia no sentido de sedebruçar sobre o tema”.

Confirmando “não ter nada deS. Mamede do Coronado”, JoãoFernandes contrariou as decla-rações de Modesto Torres quan-to à convocação da assembleiapara debater a reforma adminis-trativa das freguesias do conce-lho da Trofa, referindo: “Eu admi-to que saiba o número da lei,agora não sabe, rigorosamentenada do que está lá escrito”.

Brisa e as obras na A3No período de intervenção do

público, Domingos Faria, mem-bro da Assembleia de Freguesiade Covelas, questionou aautarquia acerca de um alegado“protocolo” com a Brisa acercadas obras na autoestrada núme-ro 3 (A3) e de como ficarão asruas da freguesia covelense nofim da intervenção. Joana Limarespondeu que “o que existe nãoé um protocolo, mas sim um le-vantamento da situação das ruasde Covelas e de outros locais,antes de começar as obras, fei-to pelo consórcio, a Câmara e aJunta de Freguesia”. “Quandoterminar a obra, eles (Brisa) têmde deixar igual ou melhor do queestavam”, sublinhou.

Na Assembleia foi ainda elei-to o autarca que vai representara Trofa no 20º congresso extra-

ordinário da Associação Nacio-nal de Municípios Portugueses.Guilherme Ramos, presidente daJunta de Freguesia de S. Romão,foi escolhido. Joaquim Oliveira,de Alvarelhos, é o substituto.

Foi ainda aprovado o protocolode delegação de competênciasentre a autarquia e a Junta deFreguesia de Alvarelhos para aexecução de obras em diversasruas, na sequência das intempé-ries de outubro e novembro de2011.

Divisão do desporto tambémfoi tema debatido

Antes da ordem do dia, Joa-quim Ferreira, do PSD, criticouo método utilizado para “aextinção” da divisão do desportoe juventude da autarquia: “Reco-nhecemos a coerência daextinção desta divisão, pois essadecisão vai de encontro à políti-ca de desporto e juventude queeste executivo tem para o con-celho da Trofa, ou seja, a Câma-ra não tem uma política visívelpara a nossa juventude nem parao desporto”.

Joana Lima refutou a acusa-ção, referindo que foi feita “umaagregação” à divisão de educa-ção. “Quando este executivo to-mou posse, a divisão de despor-to e juventude tinha dez profes-sores com contrato a termo, quefaziam atividades nas escolasprimárias e com os idosos. Aca-bou o vínculo e ficamos com adivisão vazia. O desporto séniorfoi assegurado pelo Aquaplace,e para retenção de custos, asatividades nas escolas primári-as estão asseguradas pelos pro-fessores das AEC (Atividades deEnriquecimento Curricular)”, res-pondeu.

Assembleia discutiu localização da Expotrofa

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Cátia VelosoMagda Araújo

Assembleia de Alvarelhosaprovou proposta de parecerem que defende que fregue-sia “reúne as condições paranão se agregar”.

Foi com um voto de pesar,pelo falecimento de Vítor Azeve-do, que a Assembleia de Fregue-sia de Alvarelhos iniciou maisuma sessão, no dia 26 de junho.O alvarelhense, que foi presidenteda Assembleia de Freguesia, fun-dador da JSD da freguesia, pre-sidente do Grupo Cultural e Re-creativo de Alvarelhos, vereadorda autarquia e sócio-fundador evice-presidente do Centro Comu-nitário de Alvarelhos, foi recorda-do pelos membros da assem-bleia, que lhe prestaram um mi-nuto de silêncio. Depois da ho-menagem, a reforma administra-tiva foi o tema discutido, devidoà apresentação de uma propos-ta conjunta de todos os membroscom assento na assembleia,aprovada por unanimidade, emque concordam que “Alvarelhosreúne as condições para não seagregar, mas concorda que po-derá ser considerada como polopreferencial de atração de fregue-sias contíguas no âmbito dasorientações para a reorganizaçãoadministrativa”.

O socialista Adriano Teixeiraafirmou que a freguesia “saberiareceber bem a comunidadetrofense, seja ela do Muro ou deGuidões”. “Posso mesmo consi-derar que seria uma boa junçãoAlvarelhos, Muro e Guidões esermos nós a gerir”, comple-mentou. O elemento do PS estáciente que “ninguém quer perdera sua freguesia”, mas defendeque, a acontecer a reforma ad-ministrativa, “mal por mal, que osde Guidões e os do Muro venhampara cá”.

Por seu lado, Joaquim Olivei-ra, presidente da Junta de Fre-guesia, está “apreensivo”, relati-vamente a este assunto e acon-selhou “prudência” nas palavras:“Não é correto termos o princí-pio de que nós é que vamosmandar. As pessoas que irãogerir serão as melhores pesso-as das freguesias que foremaglutinadas. Devemos ter muitaprudência, não devemos dizercoisas que amanhã nos possamvir cair em cima”.

A Assembleia de Freguesia

Alvarelhos é “polo preferencialde atração de freguesias”

aprovou ainda, por unanimidade,o protocolo de delegação decompetências celebrado entre aautarquia e a Junta para a exe-cução de trabalhos de recupera-ção dos danos provocadosaquando as intempéries de ou-tubro de 2011.

Joaquim Oliveira referiu que “aJunta percebeu que se não pu-sesse os pés a caminho e senão se oferecesse para colabo-rar, porventura nesta data aindaestaria tudo por fazer, ao contrá-rio do que se verificou na fregue-sia vizinha (Guidões), porque to-dos os meios foram acionadospara que de uma forma célere,tudo ficasse resolvido, inclusiva-mente, a pavimentação de umcaminho onde passa uma pes-soa de 15 em 15 dias”.

“Passaram oito meses e vemagora um protocolo para que afreguesia de Alvarelhos seja res-sarcida dos custos de uma res-ponsabilidade que não era sua”,acrescentou. O autarca informouainda que “85 por cento do tra-balho está realizado desde ou-tubro”, faltando agora “fazer pe-quenas coisas”, que a Junta “irádiligenciar a sua execução”.

O presidente da Junta apro-veitou a sessão para referir que“a situação financeira da Juntade Freguesia é dramática”, devi-do “aos seis meses em atrasodo pagamento do protocolo daCâmara Municipal”. “Não seicomo vou resolver os pagamen-tos que temos para fazer, mastenho esperança que vamos en-contrar uma solução”, frisou.

No período de intervenção dopúblico, Pedro Sousa questionouo executivo se a freguesia se iráfazer representar na ExpoTrofa,já que no programa do evento viu

que um dia é dedicado aAlvarelhos. Joaquim Oliveira afir-mou que também “ficou surpre-so” por ver o programa da Ex-poTrofa, mas garantiu que “co-municou que Alvarelhos não iaparticipar”.

“Não há qualquer retaliação,mas sendo as festas de NossaSenhora das Dores cada vezmais de S. Martinho, não faziasentido que as outras freguesi-as colaborassem nas festas de-les, já que eles não colaboramcom as nossas”, asseverou.

Também questionado porPedro Sousa, o autarca deu aconhecer um processo que estáem tribunal contra a Junta deFreguesia, desde “2008”. Emcausa está a realização de“obras de beneficiação no cami-nho e na fonte do Escarigo”, nolugar da Grova, contígua a umapropriedade privada, no qual odono reclama serem também dodomínio privado.

Uma das testemunhas que aJunta de Freguesia levou a tribu-nal foi o antigo presidente, Fran-cisco Sá, ao qual Joaquim Oli-veira acusa de “mentir”. “Foi di-zer que sempre soube que aqui-lo era privado e que enquanto foipresidente da Junta nunca fez lánada nem limpezas”, afirmou. Oedil alvarelhense referiu aindaque analisou documentos anti-gos da Junta e um dos quais,datados de 1991, é uma missivade resposta ao Instituto Técnicode Laboratório de Análises deLisboa, onde especifica a fonteda Grova - “ou fonte do Escarigo,é a mesma coisa”, afirmou –como fontanário público.

Joaquim Oliveira afirmou queaguarda sentença do processo.

O presidente da Junta referiu que “a situação financeira é dramática”

EDITAL

José da Costa e Sá, Presidente da Junta de Freguesia de S.Martinho de Bougado, Cidade e Concelho da Trofa, faz público quede harmonia com a deliberação tomada por esta Junta de Freguesiaem reunião ordinária de doze de Junho do ano dois mil e doze, comas competências que lhe são conferidas pela alínea h) do nº 1 do artº34 da Lei 169/99, de 18 de Setembro, com as devidas alterações daLei 5-A/2002 de 11 de Janeiro, que perante o mesmo Executivo seprocederá à venda em hasta pública do seguinte:

1ºUm terreno situado na Rua Cabide da Sé, lugar da Gandra, com

a área de 1548 m2, a confrontar de Norte com caminho, Sul com RuiManuel Azevedo Sá, Nascente com Fernando Silva Coroa e Poentecom ribeiro, inscrito na matriz urbana sob o artigo nº 5166 e omissona Conservatória.

2ºO valor base para venda é de cinquenta mil euros (50.000,00 €).

3ºA venda será feita por meio de proposta em carta fechada pelo

valor base referido no número anterior.4º

As propostas deverão ser entregues na secretaria da Junta deFreguesia, contra recibo, ou remetidas pelo correio, sob registo ecom aviso de recepção até às doze horas e trinta minutos do dia três(3) de Agosto e as propostas deverão ser apresentadas em subscri-to opaco, no qual deverá escrever “ Proposta para aquisição de umterreno na Rua Cabide da Sé– Gandra” .

5ºDa proposta deverá constar a identificação do interessado, no-

meadamente, o nome, o número fiscal de contribuinte, estado civil eresidência ou, no caso de se tratar de pessoa coletiva, a sede e onome dos sócios ou de outras pessoas com poderes a obrigarem eo valor das propostas de aquisição.

6ºO ato de abertura é público e terá lugar na Junta de Freguesia de

S. Martinho de Bougado, pelas onze horas do dia seis (6) de Agostodo ano dois mil e doze, perante a maioria do executivo.

7ºExistindo mais do que uma proposta será o terreno vendido ao

que oferecer maior preço.8º

Caso se verifique a existência de propostas iguais abre-se logoa licitação entre os proponentes não podendo cada lanço ser inferiora quinhentos euros (500,00 €) .

9ºEstando presente só um dos proponentes pode esse cobrir a

proposta dos outros. Se nenhum deles estiver presente ou nenhumquiser cobrir a proposta dos outros, proceder-se-á a sorteio paradeterminar a proposta que deve prevalecer.

10ºO pagamento do preço será feito da seguinte forma: 20% no

prazo de oito (8) dias úteis a contar da notificação da atribuição doterreno; o restante na data da realização da escritura.

11ºNo caso da falta de pagamento da 1ª prestação dentro do referi-

do prazo, será dada sem efeito a atribuição do terreno, não havendolugar a devolução da importância já paga.

12ºA escritura será celebrada no cartório Notarial da Trofa, dentro do

prazo de quinze (15) dias, sendo o comprador notificado por cartaregistada com aviso de recepção.

13ºA falta de cumprimento por parte do comprador no que respeita

ao anteriormente clausulado será dada sem efeito a atribuição doterreno perdendo o comprador as importâncias já pagas.

14ºAs despesas resultantes da escritura, pagamento de IMT e ou-

tros serão suportadas pelo compradorE para se constar se lavrou este e outros de igual teor que vão ser

afixados na sede da Junta de Freguesia, no terreno e também publi-cado em jornal.

Junta de Freguesia de S. Martinho de Bougado,aos 3 de Julho de 2012

O Presidente da Junta(José da Costa e Sá)

Junta de Freguesiade S. Martinho de Bougado

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Cátia [email protected]

A Assembleia de Fregue-sia de S. Martinho de Bougadovai marcar uma sessão extra-ordinária para debater a re-forma administrativa.

Diferendo. Esta é a palavraque melhor classifica as sessõesda Assembleia de Freguesia deS. Martinho de Bougado. A últi-ma, realizada no dia 26 de junho,começou de forma atribulada,porque Delbarque Dias, presiden-te da Assembleia, apresentouum documento sobre a reformaadministrativa, sem pedir paracolocar à votação a sua discus-são. Mas, o que levantou maisinconformismo foi o facto de odocumento terminar como se játivesse sido votado: “No nossoentender não é de interesse dapopulação da nossa freguesiauma agregação com qualqueroutra freguesia”.

Depois de cinco minutos con-cedidos para analisar o docu-mento, os elementos do PSDcriticaram a forma como Delbar-que Dias levou o assunto à As-sembleia, acusando-o de estar“a brincar com a população”. Osocial-democrata Jorge Campos,também justificou o desacordopelo facto de “a população nãosaber que se está aqui a discutiruma das decisões mais impor-tantes deste mandato”.

Documento sobre reforma administrativa“inflama” Assembleia de S. Martinho

Para além de chamar à aten-ção para “a questão proce-dimental” de não ter submetidoa leitura do documento à aprova-ção, o elemento do PSD mos-trou-se indignado com a conclu-são do documento: “Onde foibuscar a verdade absoluta de quenão é do interesse da populaçãoa agregação da freguesia?”,questionou. E acrescentou que“o presidente não permite quenenhum cidadão tome posição”e que “por força da lei, nenhumadecisão pode ser tomada semque a convocatória não faça men-ção disso mesmo”.

A bancada do PSD solicitoua Delbarque Dias a marcação deuma sessão extraordinária paradebater este assunto, “prescin-dindo da remuneração”, sob penade abandonar a Assembleia,pois, alegaram, “não vamoscompactuar com falta de demo-cracia”.

Daniel Lourenço, do PartidoSocialista, concordou que não foiutilizada a melhor forma paraapresentar o documento e tam-bém defendeu a realização deuma assembleia extraordinária,mas respondeu à oposição: “So-mos eleitos por maioria, pelo quetemos legitimidade para falar emnome da população e o direitopara achar se esta agregação éou não do interesse da fregue-sia”.

Relativamente à reforma ad-ministrativa, o socialista consi-

dera que vem criar “um desiqui-líbrio demográfico”, pois a fregue-sia criada com a fusão de Santi-ago e S. Martinho de Bougadoficaria “com mais de 50 por cen-to da população” que o resto doterritório.

Também Botelho da Costa,do PS, fez uma “chamada deatenção” à mesa da Assembleia,referindo que “não se pode tratareste assunto com tanta ligeire-za”. Perante a solicitação,Delbarque Dias cedeu, justifican-do que apresentou o documentopor considerar que “o interesseseria da Trofa”. “É preciso darforça a este assunto”.

Aprovada venda de terrenopara “reequilibrar finanças”

A Assembleia levou a discus-são e votação a alienação de umterreno. José Sá justificou a ne-

cessidade da venda para “reequi-librar” as finanças da Junta deFreguesia.

Jorge Campos considerouque “o terreno pode ou não terinteresse, por estar incluídonuma zona habitacional, masnão parece lógico que o presi-dente assuma que é para venderpara pagar dívidas”. “O orçamentofoi aprovado em dezembro, as re-ceitas, com algumas dificulda-des, estão a ser cumpridas, peloque devíamos estar tranquilosquanto às contas de gerência”,acrescentou o social-democrata,que anunciou que a oposição iriavotar contra “se a venda servirpara pagar dívidas”.

José Sá assumiu que a Jun-ta de Freguesia “está desequili-brada financeiramente”, devido“às obras de requalificação dasruas junto ao cemitério e pertodo cruzeiro e da rua da Sauda-

de”, que custaram “130 mileuros”. “Na altura, o doutor Ber-nardino Vasconcelos, então pre-sidente da Câmara, disse-me,verbalmente, para fazê-las, poisdepois me daria o subsídio natotalidade. Até hoje, não vi sub-sídio nenhum”, frisou.

Botelho da Costa justificou ovoto favorável “com a necessida-de de obter dinheiro para reequili-brar as finanças”, no entanto di-vulgou “uma reticência moral”,por se tratar de “património quese vende uma vez”. A alienaçãodo terreno foi aprovada, com osvotos favoráveis do PS e votoscontra do PSD.

A social-democrata IsabelCruz interveio no ponto de assun-tos de interesse para a fregue-sia, para questionar José Sá darazão pela qual a ExpoTrofa nãose realizar no Parque NossaSenhora das Dores. José Sá,que também é presidente da co-missão de festas, garantiu ser“responsável” pela “deslocação”do evento para a zona da esta-ção da CP. “Foi uma opção dacomissão de festas e foi autori-zada. Estou esperançado queserá um sucesso. O local mere-ce tanta nobreza como o Parquee se for mal sucedido, a comis-são suportará os prejuízos. Paraalém disso, outra das razõespara a deslocalização foi “aperceção de que as obras podi-am começar no Parque”.

Assembleia vai reunir em sessão ordinária para discutir reforma administrativa

6 Atualidade

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www.onoticiasdatrofa.pt5 de julho de 2012 Atualidade 7

Cátia VelosoMagda Araújo

A reforma administrativafoi um dos temas mais impor-tantes que se discutiu naAssembleia de Freguesia deS. Romão do Coronado.

Os elementos do PSD apre-sentaram uma proposta de pa-recer, na qual consta que “aAssembleia de Freguesia” é “fa-vorável à reorganização adminis-trativa do território e poderá serconsiderada como polo preferen-cial de atração de freguesiascontíguas”.

O documento mereceu aaprovação dos cinco elementossociais-democratas, mas foramrejeitados por três socialistas,enquanto Rui Damasceno, tam-bém do PS, absteve-se. Este é“a favor das alterações” que pos-sam acontecer à luz da reformaadministrativa, mas defende que“é necessário debater bem comoas fazer”. “Tem que haver umdebate construtivo e devemosesquecer a parte política. Euconsidero que esta reforma podeunir forças, fazer uma freguesiamais forte.

Já os restantes elementos doPS apresentaram uma declara-ção de voto, em que “rejeitamcompletamente e de forma ine-quívoca a reorganização adminis-trativa territorial autárquica pro-posta e consideram que estaAssembleia de Freguesia deve-rá também pronunciar-se desfa-voravelmente”.

A presidente da Assembleia,Alexandra Martins Oliveira , de-cidiu não convocar uma sessãoextraordinária para discutir otema. “Pensava que iria ter umaplateia mais cheia. Estamos emrepresentação do público e sefosse uma plateia com muitaspessoas, alargava-se o diálogo.Neste caso, a proposta avança-rá”, referiu.

Esta decisão levantou a indig-nação dos romanenses presen-tes que, no período de interven-ção do público, condenaram ofacto de não se poderem pronun-ciar antes de a proposta ser apro-vada.

José Carvalho lamentou “aatitude dos membros” ao “apre-sentarem um parecer e declara-ção de voto sem quererem ouvir

Assembleia divide-sequanto à reforma administrativa

o parecer da população”. “Todaa gente tem o direito de apresen-tar a sua opinião”, acrescentou.

Também Joaquim Pereiraconsiderou que “esta propostadevia ter sido apresentada comantecedência”. Este romanensecondena a fusão das freguesias,por considerar que “não são elasque endividam o país, mas simo Governo e as câmaras”. “Asfreguesias devem manter a iden-tidade e a parte administrativa,as juntas de freguesia, é que sepoderão agregar”, sublinhou.

Guilherme Ramos, presiden-te da Junta de Freguesia doMuro, interveio para referir que“ninguém vai perder ou ganharautoridade, porque todos partemem pé de igualdade”.

Outro dos temas que inflamoua sessão foi o protocolo assina-do pelo Futebol Clube de S.Romão e a empresa Savinor.Ricardo Faria, do PSD, criticoua conduta de Rui Damasceno,elemento da assembleia e pre-sidente do clube: “Sendo nóseleitos democraticamente porvontade manifestada nas urnaseleitorais pelos romanenses paraos representar e decidir em suadefesa nas decisões de seu in-teresse, fico de cerca formaabananado com o facto ocorrido,uma vez que algumas iniciativaslevadas a cabo pelos membrosda assembleia, tantos espaçosna imprensa escrita foram ocu-pados, tanta tinta foi gasta parachamar a atenção e agora pare-ce que nada de anormal aconte-ceu. Apetece-me perguntar aosenhor Rui Damasceno de o pro-blema dos maus cheiros estáresolvido?”.

O socialista preferiu aguardarpelo período de intervenção dopúblico para responder como ex-responsável pelo clube, referin-do que “o S. Romão não vivesem dinheiro e não é gente comovocê que vai levar o clube para afrente, mas no dia 7 há eleiçõese encorajo-o a que concorra”.

Rui Damasceno explicou ain-da que a assinatura do protoco-lo tratou-se de uma “questãoburocrática”, pois o mesmo “re-fere-se à época de 2011/2012”.

“Depois de ter feito o proto-colo, já vim para a assembleiacriticar a Savinor. Eu não me ven-do, mas todo o dinheiro para oclube será bem-vindo, porque éassim que ele vive”, justificou.

Já Guilherme Ramos admitiuter ficado “admirado” com o que“fizeram o S. Romão, a escola eos Bombeiros, recentemente”, aoassinaram protocolos com aempresa, mas quer “acreditarque estas ações não sirvam paracalar as pessoas”. “Mas, umacoisa é certa: quanto ao movi-mento que nasceu há um ano etal (contra os maus cheiros), jáse deixou de falar nele”, frisou.

Na discussão dos assuntosde interesse para a freguesia,enquanto Rui Damasceno suge-ria a realização de uma visita ofi-cial à Quinta de S. Romão paraver o andamento das obras,Ricardo Faria garantia ao presi-dente do executivo que se aautarquia não transferisse o va-lor do subsídio para a empreita-da, “vamos para a porta de al-guém pedir”. “Os romanensessão mais fortes que as questõespolíticas, são pessoas de traba-lho”, sublinhou.

Guilherme Ramos esclareceuque, apesar da sugestão “perti-nente” do socialista, neste mo-mento, a obra “não tem condi-ções para ser visitada”, uma vezque “foi retirado o andaime e nãohá escada interior”. Quanto aosubsídio a atribuir pela autarquia,o presidente romanense fez sa-ber que a Junta de Freguesia pre-cisa “do contributo da Câmara”.“Faz-se algumas promessas,mas não passa disso. Acredita-mos que um dia seja realidade.Há uma deliberação, em 2009,de 210 mil euros para toda aobra. Desse valor, foi-nos entre-gue 80 mil, 50 mil em 2009 e 30mil em 2010. Independentemen-te da crise financeira que é gra-

ve, não há justificação para se-melhante constrangimento. Éuma opção política que está aprejudicar a freguesia. As pesso-as de S. Romão também mere-cem ter os seus espaços e con-dições de funcionamento”, frisou.

O autarca acrescentou que“muito tem feito a Junta que, comos valores atribuídos pelo Esta-do, tem conseguido o que estáà vista”.

O estado das vias também foitema levantado pelo social-de-mocrata Ricardo Faria, que afir-

mou que “os buracos estão dife-rentes, existem mais e são mai-ores” e que “daqui a uns meses,será impraticável andar nasruas”.

Guilherme Ramos concordousobre o mau estado das vias,com “os buracos mais significa-tivos” a existirem “na EN 318”.“Não podemos fazer muito maisdo que já fazemos e cada vezpodemos fazer menos, porqueprimeiro foi a redução dos proto-colos (com a autarquia) e agoraa falta de pagamento”, frisou.

Reforma administrativa divide membros da assembleia

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www.onoticiasdatrofa.pt 5 de julho de 2012

Patrícia PereiraA.Costa

O dia de aniversário deArmindo Gomes marcou o iní-cio das festividades do Jubi-leu dos 50 anos de pároco nafreguesia de Santiago deBougado.

“Entrei em Santiago deBougado numa quinta-feira à noi-te com uma camisa e maisnada. Na sexta-feira fui prepara-do e no dia seguinte fui celebrar”.Foi com estas palavras que Ar-mindo Gomes recordou os pri-meiros dias que chegou à paró-quia de Santiago de Bougado,onde tem permanecido até aosdias de hoje. O dia 1 de julho,domingo, foi marcante para opároco que comemorou os seus89 anos.

A Capela de S. Gens foi aescolhida para acolher a euca-ristia solene, no domingo, quealém de contar com a presençade Luciano Lagoa, vigário daVigararia Trofa/Vila do Conde, eBruno Ferreira, vigário paroquialde Santiago e S. Martinho de

Pároco Armindo Gomes celebrou aniversárioBougado, também marcaram pre-sença todos os movimentos pa-roquiais de Santiago de Bougado.

Armindo Gomes estava satis-feito com este dia, aproveitandopara agradecer e louvar a “Deuspor ter dado tantos anos de tra-balho e de vida”, procurando“cumprir sempre o melhor quepuder”. O pároco denotou que osparoquianos são “os melhores”que encontrou na sua vida, pe-dindo “a Deus que os abençoe atodos”.

Já para José Maria Vascon-celos, um dos responsáveis pelaorganização, a comemoraçãoteve “uma adesão muitíssimoboa”, onde as pessoas ficaram“muito satisfeitas”. O responsá-vel garante que os membros daorganização empenharam-se,sentindo-se “realizados pelo tra-balho desenvolvido”.

No final da cerimónia seguiu-se um lanche convívio, onde nãofaltou o bolo de aniversário e ocântico de parabéns, que contoucom a animação do RanchoEtnográfico de Santiago deBougado.

O dia 1 de julho marcou o iní-

cio do jubileu dos 50 anos daentrada de Armindo Gomes emSantiago de Bougado, que con-tará com várias iniciativas ao lon-go do ano até ao dia 21 de outu-bro. Uma comemoração dinami-zada pelos diversos movimentosda paróquia, desde catequistasa acólicos.

Segundo José Maria Vascon-celos, estas iniciativas têm oobjetivo de “prestar-lhe uma ho-menagem, mais do que justa,porque é um homem que se temdedicado quer ao povo de Santi-ago de Bougado, quer ao seupatrimónio”. “As obras estão àvista. Podem ser constatadasmesmo no local onde estamos,em S. Gens. Toda esta obra éda iniciativa dele, tudo por forçada sua vontade, claro que com aajuda de toda a paróquia. Tem-se investido muito dinheiro nãohá dúvida alguma, mas é um lu-gar aprazível, no fundo um pul-mão da nossa cidade”, acrescen-tou.

Durante estes três meses, aparóquia de Santiago de Bougadovai acolher “concertos corais”, aatuação de “um coro gregoriano”

e, provavelmente em meados deoutubro, “uma semana dedicadaà formação litúrgica”. Ainda inse-rido nestas comemorações, ha-verá “a semana de pregação”,que costuma ser realizada emhonra do Coração de Jesus mas,este ano, será antecipada umasemana, que contará com a pre-sença de “três oradores”.

Já durante o mês de outubro,

por “orientação do Santo PadreBento XVI”, a paróquia vai inici-ar o Ano da Fé, onde, provavel-mente, a “pregação vai desen-volver-se sobre o catecismo daIgreja Católica”, abordada portrês oradores distintos.

As comemorações culmi-nam no dia 21 de outubro, comuma “celebração final do jubi-leu dos 50 anos”.

8 Atualidade

Pároco comemorou 89 anos

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www.onoticiasdatrofa.pt5 de julho de 2012

Cátia [email protected]

Marchas de S. Pedro daMaganha atraíram centenasde pessoas. Associação pre-parou três dias de festa, no“maior orçamento de sem-pre”.

Mais um ano de santos po-pulares, mais um ano de festana Maganha. Nesta aldeia deSantiago de Bougado festeja-seo S. Pedro há mais de uma dé-cada. E para além dos elemen-tos habituais numa festa popu-lar, como as pipocas, o algodãodoce e as farturas, há outros tan-tos anos que as gentes daMaganha habituaram a surpreen-der com as marchas populares.

Várias centenas de pessoasreuniram-se na zona onde “mora”o santo popular, no sábado ànoite, para ver as roupas e ascoreografias deste projeto, quejá existe há 14 anos. Cerca de70 elementos, entre os três e os60 anos, compuseram os trêsgrupos ensaiados por CristinaSá. E o facto de ter menos parti-cipantes parece não ter retiradosucesso às marchas.

“Normalmente são as mes-

Marchas de S. Pedro continuam a atrair multidõesmas pessoas dos outros anos.Às vezes entram elementos no-vos, porque os outros não podemir, por causa do trabalho. É as-sim que nós trabalhamos todosos anos”, explicou ao NT e àTrofaTv.

Responsável pelas marchashá já alguns anos, Cristina Sáexplicou como consegue inovar:“Começo a pensar nas marchasmeio ano antes, sensivelmente.Começo a ver revistas, filmes detempos antigos, tiro ideias devestidos de noiva. Há sempre no-vidades, aparecem sempre idei-as novas”.

E nem o facto de a freguesiade Guidões ter criado também asmarchas populares em honra deS. João desmoralizou os daMaganha, que nem as conside-ram como concorrentes. “Nãovou estar a dizer que vou con-correr com eles nem motivar-mepor isso, até porque confecionoroupa para duas marchas de lá.Mas estas são diferentes, são asque estão no meu coração. Saitudo da alma. Apaixonei-me poristo e só espero continuar”, refe-riu.

Este ano, a Associação Re-creativa de S. Pedro da Maganhacelebra uma década de existên-

cia, pelo que a direção decidiuapostar no “maior orçamento desempre” nas festas. O presiden-te António Castro admitiu ter fi-cado “surpreendido” com a aflu-ência do público na noite de sá-bado para ver as marchas. “Es-tavam lindíssimas. O grupo erapequeno, mas esteve perfeito”,desabafou. A Banda de Músicaatuou no mesmo dia e parece teragradado ao público, que nãoarredou pé enquanto a atuaçãonão terminou.

O balanço global das festasé “positivo”, acrescentou AntónioCastro, que afirmou que acoletividade “está de parabéns”não só pelo aniversário, mas tam-bém pelo sucesso do programa,que foi alargado para três dias.Para além da música, quem pas-seou pela festa podia sempre darum salto à tasquinha onde sepreparavam petiscos à boa ma-neira tradicional.

“A tasquinha é o nosso gran-de suporte. Temos vários parcei-

ros, mas sem a tasquinha achoque não conseguiríamos fazernada que se parecesse comaquilo que temos aqui hoje. Aspessoas trabalham de graça e sónão o fazem a seco, porque têmcomida e bebida à discrição”, fri-sou.

Os fundos angariados pelaAssociação vão reverter para asobras da nova sede que está aser construída.

Atualidade 9

Associação preparou três dias de festa no “maior orçamento de sempre”

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www.onoticiasdatrofa.pt 5 de julho de 201210Atualidade

Patrícia PereiraA.Costa

Foi numa celebração religio-sa, presidida pelo seu irmão,padre Fernando Campos, que airmã Fernanda Campos celebrou50 anos de Profissão Religiosa,na presença de familiares, mem-bros da Congregação das IrmãsPaulistas, à qual pertence, equi-pa paroquial, ligada às vocaçõesconsagradas, entre outros movi-mentos paroquiais.

Durante a eucaristia a irmãfez a renovação da ProfissãoReligiosa perante os sacerdotespresentes, tais como AlbertoVieira, Luciano Lagoa, pároco deS. Martinho de Bougado, e a

Irmã Fernanda celebrouBodas de Ouro

comunidade paroquial. A irmã fi-cou “maravilhada” com esta ce-lebração, afirmando que “já sa-bia” que a paróquia de S.Martinho de Bougado tem “mui-tas possibilidades de crescer”,devido à “juventude, organismose atividades que tem”, para issobasta “só escutar o Senhor”.

Apesar das “muitas dificulda-des” ao longo destes 50 anos,tais como a saudade, a irmã as-severou que “Deus é muito bome que a continua a chamar”, des-tacando os momentos de “ale-gria, felicidade e de muitas açõesde graça”, onde mesmo estando“muito longe da família”, teve-asempre consigo.

Patrícia PereiraA.Costa

A festa em honra de S.Pedro em Paradela, que de-correu nos dias 29 e 30 de ju-nho, superou as expectativasda organização.

“Acho que correu tudo muitobem e o pessoal aderiu”. Foi comestas palavras que José Luís,membro da Comissão de FestasS. Pedro de Paradela, contoucomo decorreu a Festa em hon-ra de S. Pedro, em Paradela, aírealizada anualmente.

Durante dois dias, a Comis-são de Festas de Paradela pro-porcionou aos visitantes um pro-grama dedicado aos “grupos daterra”, sendo que a tasquinhacom os tradicionais comes ebebes não podia faltar. A festivi-dade, que começou na noite desexta-feira, contou com asatuações do Conjunto Típico doVal, do Rancho das Lavradeirasda Trofa e de um conjunto deconcertinas.

Paradela acolheu festaem honra de S. Pedro

José Luís fez um “balançopositivo” das festas que “supe-rou as suas expectativas”.

Apesar de o orçamento tersido mais baixo do que nos anosanteriores, o membro é da opi-nião que, este ano, conseguiramfazer “melhor do que o ano pas-

sado”.“Como tínhamos planeado

apareceram bastantes pessoas,que participaram vivamente nafesta. O único problema foi noalmoço de sábado, em que tive-mos porco no espeto, pois apa-receu pouca gente”, asseverou.

Festas foram “melhor do que o ano passado”

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Cátia [email protected]

Clube Trofense de Auto-móveis Antigos promoveuuma exposição de carros emotas antigos no Parque Nos-sa Senhora das Dores. Cole-tividade está a desenvolverprojeto para abrir museu aopúblico.

Oitenta e sete anos de vidapodem esconder muitas históri-as e o Chevrolet de Eduardo Reisé prova disso. A relação entreproprietário e a relíquia de qua-tro rodas, “mais velho que odono”, nasceu há 50 anos, emCaracas, Venezuela, em temposem que Eduardo Reis era “cons-trutor” e utilizava os automóveispara promover os imóveisconstruídos.

Hoje, este trofense conservao seu património automobilísticocom carinho. “É preciso respei-tar os objetos antigos e incenti-var a juventude para conservar asrelíquias e em épocas passadasparecia que construíam melhorque agora. Agora os automóveistrazem muito plástico”, explicou,

História do século XX em carros e motasconsiderando que os atuais para-choques adotaram uma novadesignação para “não me to-ques”.

Eduardo Reis adquiriu estemodelo em Caracas, mas trata-se de um exemplar da GeneralMotors originário do Canadá.Este carro, “mais conquistadorque o proprietário”, era o maisantigo dos que estiveram emexposição no Parque Nossa Se-nhora das Dores.

Aproveitando a realização daSuper Especial da Trofa, o Clu-be Trofense dos Automóveis An-tigos (CTAA) fez questão de re-petir a exposição anual, queatraiu muitos curiosos.

Para além dos carros, tam-bém as motas de outros temposderam nas vistas. No total, aexposição percorria a históriaautomobilística do século XX atéà década de 80, pois só são clás-sicos automóveis com mais de25 anos.

Jorge Curval, presidente doCTAA, afirmou ao NT e à TrofaTvque “é um prazer” dar “a oportu-nidade aos aficionados de car-ros e motas antigos de se junta-rem e compartilharem ideias”.

Perante um “parque de clás-sicos bonito”, onde salta à vista“a qualidade de restauro” e a “ra-ridade” de alguns exemplares emexposição, Jorge Curval explicouque a iniciativa “é uma forma dehomenagear a tradição automo-bilística da Trofa”. Esta foi, ali-ás, uma das razões para a cons-tituição da coletividade, há seteanos.

E para manter essa tradiçãoviva, o CTAA está a desenvolver

um projeto de modo a divulgar opatrimónio automobilístico doconcelho no Museu BaptistaAndrade, situado em Santiago deBougado, face à EN 104.

Jorge Curval referiu que “o clu-be tem um projeto para apresen-tar à Câmara Municipal, no quediz respeito a tirarmos a mais-valia desse museu”.

Acrescentando que a Trofa“tem duas ou três coleções par-ticulares muito boas”, Jorge

Curval acrescentou que é neces-sário ultrapassar “algumas ques-tões legais” para celebrar “umaparceria entre o clube e o propri-etário do museu para abri-lo a vi-sitas”. O projeto “já existe hácerca de um ano e será apresen-tado no decurso deste, certa-mente”, sublinhou.

Depois da exposição, as cer-ca de 150 relíquias seguiram emdesfile pelas principais ruas dacidade.

Diana Azevedo

A Eucaristia ao ar livre e opiquenique convívio foram ospontos altos da comemora-ção do Dia da Paróquia, emS. Romão do Coronado. Osjovens e a Família foram pon-tos centrais desta iniciativa,que pretendeu promover umamaior aproximação entre acomunidade e a Igreja.

Dia da Paróquia é o nome daatividade desenvolvida pelos vá-rios grupos que se juntaram paracriar um dia diferente na Quintade S. Romão do Coronado, como objetivo de “aproximar as pes-soas da religião e mostrar que adimensão Cristã vai muito maisalém das Celebrações Litúrgi-cas”, uma vez que está presen-te em todo lado.

A iniciativa, que partiu do gru-po da catequese e contou coma ajuda do pároco Manuel Do-mingues e do vigário paroquialRui Alves, decorreu no domingo,dia 1, onde os romanenses alémde falarem de Cristo, também se

Dia da Paróquia celebrada em Famílialembraram da importância da fa-mília e da juventude.

A data foi marcada com umaEucaristia em pleno espaço ver-de da Quinta, onde vários fiéisestiveram presentes. Ligeiramen-te diferente dos moldes habitu-ais, a celebração religiosa con-tou com a participação de váriosgrupos da paróquia, embelezan-do a cerimónia. “Todos os movi-mentos da paróquia estiverampresentes e isso é muito bom. AIgreja é isto mesmo, um corpoúnico, uma união”, referiu Manu-el Domingues, pároco responsá-vel pela freguesia de S. Romãohá cinco anos.

O convívio da tarde, com o pi-quenique, os jogos e a atuaçãode alguns grupos, mostraramuma outra vertente da comemo-ração religiosa deste dia. O vi-gário Rui Alves, sucessor do pa-dre Manuel Domingues, assumeque “nós somos um pouco res-ponsáveis pelo afastamento dosjovens da Igreja”. “Os jovens sãoirreverentes e chateia-me profun-damente que haja pessoas quese esquecem que também já fo-

ram jovens e sentiram o mesmo.Nós não podemos chegar a Deusse nos esquecermos que somoshumanos. Há regras que são ine-vitavelmente necessárias, mas areligião e a Igreja não devem serespaços fechados e cheios deregras, porque isso afasta os jo-vens”, justificou.

O vigário é da opinião que areligião “não passa por chamaros jovens até Deus, mas a fazercom que eles próprios tenhamvontade em caminhar nessadireção”. E é por essa razão, queRui Alves considerou a atividadecomo “um contributo importantís-simo”, comprovando com a “gran-de adesão de jovens”.

Há cerca de um ano na paró-quia de S. Romão, o novo páro-co, que sucederá o padre Manu-el Domingues no final de julho,valorizou “a dedicação das pes-soas”. “Entregam-se muito e porvezes deixam, para segundo pla-no, as suas vidas pessoais e assuas famílias. Quando as comu-nidades respondem desta formaaos apelos são capazes de coi-sas extraordinárias e o Dia da

Paróquia é apenas mais umexemplo da dedicação destaspessoas”, explanou.

Questionado sobre os cincoanos de acompanhamento aosfiéis da freguesa de S. Romão,Manuel Domingues confessouque “vão ficar saudades”. “Quan-do o Senhor Bispo me envioupara cá, disse-me que seria umaparóquia provisória, mas eu nun-ca encarei como provisório. De-

diquei-me e assumi na íntegra,apesar de todas as minhas limi-tações de saúde, e, com alegriae muito espírito de sacrifício,penso ter desempenhado o me-lhor e estou de consciência tran-quila”, afirmou, salientando queo sucesso só foi possível, por-que encontrou “grupos muitocooperantes e líderes muito de-dicados”.

Dia da Paróquia comemorado em S. Romão

CTAA está a desenvolver projeto para divulgar património automobilistico do concelho

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www.onoticiasdatrofa.pt 5 de julho de 201212 Atualidade

Foi uma assembleia paracumprir calendário aquela que serealizou na noite de terça feira,dias 26 de junho em Guidões. Aunião da população foi “exalta-da” pelos partidos presentes.Para Atanagildo Lobo, do PCPfoi “pertinente e louvável” a juntaajudar e incentivar as festas emhonra de S. João. DesafiouBernardino Maia a intervir naAssembleia Municipal (AM), parareferenciar que as “festas foramfeitas com prata da casa, quan-do se promove a fusão e extinçãodas freguesias , Guidões mos-trou que é uma freguesia comtradição, com gente capaz, comcarácter e que consegue fazer elevar a bom porto aquilo a quese propõe, e que é uma fregue-sia que merece ficar como fre-guesia.

Bernardino Maia, afirmou queseria melhor outros guidoensesfazerem isso na assembleiamunicipal, uma vez que segun-do ele “não é uma pessoa com o

Assembleia para cumprir calendáriodom da palavra”. Convidou mes-mo Atanagildo para que ele fizes-se isso na AM, no período dopublico, uma vez que reconheceas capacidades de oratória docomunista. Atanagildo afirmouque não o faria, contudo no diaem que for discutida as fusõesdas freguesias, estará presentena Assembleia Municipal. Con-tudo afirmou que “espera que aassembleia municipal se abste-nha de tomar qualquer posiçãosobre essa matéria”

Nesta sessão os elementospresentes foram ainda informa-dos pelo edil guidoense, que asegunda fase da obra da capelamortuária já se encontra em exe-cução, foi entregue por ajustedireto ao mesmo empreiteiro quedesenvolveu a primeira fase daobra. Na Assembleia ficou o de-safio lançado por AtanagildoLobo, para que no dia da fregue-sia na Expotrofa, o stand da jun-ta tivesse decoração alusiva ànão fusão da freguesia.

Patrícia PereiraHermano Martins

A Guarda Nacional Repu-blicana da Trofa deteve umindivíduo, que tinha na suaposse 15,6 gramas de haxixe.

Um indivíduo foi intercetadopela patrulha apeada da GuardaNacional Republicana (GNR) daTrofa, na Rua Conde S. Bento.

O jovem, com cerca de 20anos, foi surpreendido pelas au-toridades, na manhã de quarta-feira, dia 4 de julho, na possede 15,6 gramas de haxixe. O in-divíduo já se encontravareferenciado por suspeita de trá-fico de estupefacientes, junto aestabelecimentos de ensino doconcelho da Trofa.

O jovem foi detido e presenteno Tribunal de Santo Tirso, masaté à hora de fecho desta edi-ção, desconheciam-se as medi-das aplicadas.

Já no sábado, dia 30 de ju-nho, a GNR deteve um indivíduo,na Rua das Indústrias, que con-duzia um veículo ligeiro sem ha-bilitação. O homem, com cercade 50 anos, já é reincidente, umavez que, em janeiro, também foipresente no Tribunal de SantoTirso, pelo mesmo delito.

Detido por posse de drogaO transgressor foi novamen-

te presente a Tribunal, sendo queainda não se conhece as medi-das de coação aplicadas.

Mulher surpreendida a furtarem hipermercado

Uma senhora, residente daTrofa, foi surpreendida a furtarprodutos de higiene e limpeza,no valor de 125 euros, numhipermercado. Tudo terá aconte-

cido na segunda-feira, dia 2 dejulho, pelas 15 horas, quandoefetuava compras no dito esta-belecimento, onde colocava osprodutos dentro de uma saca.Quando se dirigiu para a caixade pagamento, apenas colocoualguns produtos sobre a caixa,deixando os restantes dentro dasaca.

A mulher, com cerca de 36anos, foi presente a Tribunal,

A união da população foi “exaltada” pelos partidos presentes

desconhecendo-se ainda asmedidas aplicadas.

Também na madruga de quar-

ta-feira, foi furtada uma viatura demarca ford transit, na RuaAntónio Sérgio, em S. Romão.

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www.onoticiasdatrofa.pt5 de julho de 2012 Atualidade13

Patrícia [email protected]

A ExpoTrofa decorre entreos dias 7 e 15 de julho, con-tando com novidades e sur-presas, sendo que a principalé a localização do certame naEstação da CP.

É já neste sábado que arran-ca mais uma edição da Ex-poTrofa. A Comissão de Festasde Nossa Senhora das Dorespromete muitas novidades e sur-presas ao longo destes 8 dias,com vista a atrair milhares depessoas.

A principal novidade desteano é mesmo o local da sua rea-lização, a estação da CP e se-gundo José Sá, presidente daComissão de Festas de Finzes,“o local é mais apropriado e con-fortável”. As obras da regenera-ção dos parques foram a causada alteração do local da exposi-ção, uma vez que se contava queestas tivessem início antes daExpoTrofa. Apesar da obrigatorie-dade de alterar a localização daexposição, José Sá é perentórioem afirmar que esta foi “uma boaescolha”, uma vez que o local éo “mais dimensionado, nivelado,com pavimento mais confortável”,com “todas as acessibilidades deruas, mais o espaço para esta-cionamento” e o facto de estarperto da estação que “dá ligaçãoa todas as partes do país”, es-pera que este traga “muita gen-te”.

Para além dos cerca de 180expositores, que vão mostraraquilo que melhor sabem fazer,o certame vai contar com a Fei-ra dos Povos que, com a partici-pação de 12 associações de vá-rios países, vão demonstrar “a

ExpoTrofa’12

Comissão de Festas apresenta novidadescultura do seu país”.

O presidente da Comissão deFestas espera que o tempo per-mita a realização normal destecertame que acredita que serádo “agrado de todas as pesso-as” que o visitarem. Sendo queesta será “marcante”, não só pelonovidade da localização, mastambém “pela grandeza da feira”.

José Sá está com boas ex-pectativas para este certame, vis-to ser um “espaço nobre e comas melhores condições”.

“É o primeiro ano, ninguémpode garantir êxitos ou fracassos,mas estou convicto de que irá serum êxito, porque, como referi, assurpresas vão ser enormes, oespaço de stands está todo pre-enchido. Dou a garantia de queeste sítio tem as melhores con-dições até onde era realizada atéagora, desde melhores condi-ções no aspeto de animação, nagrandeza da exposição, noaspeto de pavimentação ao con-forto das ruas”, garantiu.

No final, o presidente da Co-missão de Festas convidou aspessoas a visitarem este certa-me, “não só pela curiosidade donovo local, mas também paraapoiar a organização, frisandoque “vão sair satisfeitas”.

Relativamente ao orçamentopara a ExpoTrofa, José Sá as-severou que os valores serão“mais ou menos o mesmo dosoutros anos”, salientando quepelo facto de o “lugar ter maiseficiência e ser nivelado torna amontagem do equipamento maisfácil”.

Três juntas de freguesianão participam no certame

Esta é a primeira vez que trêsdas oito juntas de freguesia do

concelho, não se farão “represen-tar” na ExpoTrofa. As Juntas deSantiago de Bougado, Alvarelhose Covelas não aceitaram o con-vite da Câmara Municipal daTrofa para assegurar a animaçãode um dia durante o certame. Noentanto a Câmara convidou as-sociações das três freguesiasconseguindo asseguram a suarepresentação na maior exposi-ção de artesanato, associati-vismo e empreendedorismo doconcelho.

Uma situação que José Sánão entende uma vez que essasjuntas têm participado todos osanos, desde a sua criação. “Nãosei se é pelo facto de ter algocontra o presidente da Comissãode Festas ou contra o presiden-te da Junta de Freguesia de S.Martinho. Não sei se se sentemcansados por algum motivo polí-tico ou pessoal. Não sei, nemlhes pergunto. Eles lá o sabem”,afirmou, referindo que mesmoassim a “ExpoTrofa vai realizar-se na mesma”.

Fernando Moreira, presiden-te da Junta de Freguesia deCovelas, informou que não vaimarcar presença neste certamepor “motivos de Saúde”. Quandoquestionado o porquê da fregue-sia não se fazer representar, opresidente afirmou que isso nãodeveria de ser da competênciada Junta, uma vez que “causagrandes despesas”, visto quetem que “contratar pessoas defora”, já que não tem ninguém nafreguesia. Um “investimento quedeveria ser da Câmara”.

Já o executivo da Junta deFreguesia de Santiago deBougado justificou a sua ausên-cia, devido à decisão da autarquiatrofense ao “deslocalizar esteevento, para a nova centralidade,

que a todo o custo quer im-plementar, longe do restante con-celho e da maioria da popula-ção”. Sendo esta uma parceriaentre Câmara Municipal e juntasde freguesia, a autarquia deveria“dialogar com todos os presiden-tes”, com o intuito de escolher“o melhor local”. O executivo su-geriu ainda que poderia “iniciar-se uma descentralização pelasrestantes freguesias”, que tam-bém têm “locais magníficos e quepoderiam acolher muito bem esteevento”.

Joaquim Oliveira, presidenteda Junta de Freguesia deAlvarelhos, já tinha informado oporque da sua ausência naExpoTrofa, na Assembleia Ordi-nária do mês de abril. O autarcadecidiu que a Junta não estariarepresentada, por considerar que“foram alterados os conceitos” e“os pressupostos” desta iniciati-va. “Há dois anos houve coisasdesagradáveis que se passarame o ano passado aconteceramoutras ainda mais desagradá-

veis. Há 11 ou 12 anos, a comis-são instaladora tinha o objetivode transformar a ExpoTrofa/Fes-tas de Nossa Senhora das Do-res em grandes festas con-celhias (…) A iniciativa tambémtinha como fim movimentar omundo associativo e fazer comque ele arranjasse uma forma deangariar dinheiro através da par-ticipação nas tasquinhas. Curio-samente, o ano passado, a ges-tão da ExpoTrofa passou para acomissão de festas da Senhoradas Dores, que instituiu o valorde 500 euros que cada associa-ção tinha de pagar para exploraras tasquinhas. O resultado dis-so é que o Rancho de Alvarelhosentendeu que não deveria parti-cipar, porque pouco sobraria denove dias de trabalho”, afirmou.Por esta razão, o presidente con-sidera que “a população de S.Martinho já deixou bem claro quenão quer que as festas sejamconcelhias e que quer ser gran-de à custa dos outros”.

Patrícia [email protected]

A Trofa recebe a partir desábado, 7 de julho, mais umaedição da ExpoTrofa/Feirados Povos na zona envolven-te à Estação da CP, propondonove dias de animação e fes-ta.

Numa organização conjuntaentre a Comissão de Festas emHonra de Nossa Senhora dasDores e a Câmara Municipal da

ExpoTrofa/Feira dos Povos começa já este sábadoTrofa, está a ser promovido aExpoTrofa/Feira dos Povos, coma inauguração marcada para estesábado, pelas 17 horas.

A organização deste certametem o intuito de divulgar e pro-mover o tecido económico eempresarial do concelho, bemcomo dinamizar o movimentoassociativo da Trofa, propondoainda uma viagem pelas culturasdo mundo, permitindo um conhe-cimento alargado das vivênciase da forma de estar de outrospovos.

Joana Lima, presidente daCâmara Municipal da Trofa adi-anta estar confiante no sucessode mais esta edição do certameque já nos habituou a ter casacheia em todos os espetáculos.Este ano fomos forçados a alte-rar o local da realização daExpotrofa/Feira dos Povos poiscom a iminência do inicio da obrade requalificação dos parques ti-vemos de decidir pela alteraçãodo local”. A autarca garante que“ o facto de o Governo ter cha-mado assim a reprogramação do

QREN atrasou o início das obrasque deveriam por esta altura es-tar no terreno”. Como em anosanteriores, a autarquia trofenselançou o convite a todas as fre-guesias do concelho, bem comoàs várias coletividades, para queassumissem a animação notur-na deste evento, com o objetivode as “integrar nas ações promo-vidas pela autarquia”. Desta for-ma, o recinto de dez mil metrosquadrados, será animado pelasvárias associações, grupos e ran-chos, que prometem muita ani-

mação para os diferentesespetáculos.

O certame decorre no âmbi-to do projeto de dinamização eRequalificação Urbana dos Par-ques Nossa Senhora das Dorese Dr. Lima Carneiro abrangidapela Candidatura ao Programa deAção (PRU/2/2008) – GrandesCentros” no âmbito do instrumen-to de Politica “Parcerias e Rege-neração Urbana”, inscrito no EixoIV – Qualificação do SistemaUrbano do Programa OperacionalRegional do Norte.

“Dou a garantia de que este sítio tem as melhores condições”

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www.onoticiasdatrofa.pt 5 de julho de 201214Atualidade

Câmara e FAPTrofa levam crianças à praiaCátia [email protected]

Centenas de alunos parti-cipam nas colónias balnearesorganizadas pela FAPTrofa.Autarquia apoia iniciativa,que se prolonga até sexta-fei-ra.

A bandeira amarela denunci-ava que o mar não convidava abanhos, mas havia alternativapara a diversão. A música soavaalta e as crianças da Trofa atraí-am curiosos com as suas core-ografias mais ou menos alinha-das. O importante era mesmodescomprimir.

Desde 18 de junho e até 6 dejulho, os alunos do 1º ciclo dasescolas do concelho invadem apraia das Caxinas, em Vila doConde, todas as manhãs agoraque as aulas terminaram.

Andreia Torres era uma dasorgulhosas veraneantes que con-firmava o sucesso da estadia napraia. “Está a correr bem”, afir-mava, para logo a seguir justifi-car: “Já fomos à água”.

Para além dos banhos, An-

dreia divertiu-se nas atividadespreparadas pelos professores,como “o futebol e o andebol”,sem esconder que, “às vezes”,a criançada fez asneiras.

Já Miguel Ângelo, maisdesinibido, utilizava um adjetivopara classificar o dia de praia:“Fantástico”. A água, incrivelmen-te (ou não), estava “quentinha” efez as maravilhas deste miúdoque garante que também fez “acoisa mais preferida” na praia:“Jogar futebol”. Para além disso,não tirou os olhos das meninas:“Tem ali uma do outro lado que éboa”.

Enquanto o Miguel Ângelonão perdia de vista o seu amorde verão, as crianças aproveita-vam o último dia de colóniasbalneares, com brincadeira e umgelado para refrescar. Para asemana, são outras a terem omesmo prémio.

José Oliveira, presidente daFederação de Associações dePais da Trofa (FAPTrofa), or-ganizadora da atividade, afirmouque “é uma atividade merecida”para as crianças “depois de umano de escola”. “Temos o apoio

dos professores das atividadesde enriquecimento curricular(AEC) e da Câmara Municipal,pois não temos receitas própri-as. Também é partilhado com ospais, porque os alunos nãoescalonados pagam uma partepara financiar esta iniciativa”.

Teresa Fernandes, vereadorado pelouro da Educação, consi-dera que as colónias balnearesdão a única oportunidade a que

“muitas crianças possam vir apraia”. “E depois de um ano pre-enchido, é mais que merecidotrazermos as nossas crianças àpraia”.

No próximo ano letivo, com amudança de competências daFederação da Associação dePais, será a autarquia a respon-sabilizar-se pela organizaçãodas colónias balneares, assegu-rou a vereadora.

Segundo a autarquia, no to-tal participam nesta ediçãodas colónias balneares “cercade 800 alunos”. Na primeira se-mana participaram as criançasdas EB1 do Agrupamento deCastro e a EB1 de Finzes, se-guindo-se os alunos das esco-las do Agrupamento da Trofa. Aúltima semana é dedicada aosmeninos do Agrupamento doCoronado.

Centenas de crianças participaram nas colónias balneares

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www.onoticiasdatrofa.pt5 de julho de 2012 Atualidade15

Hermano Martins

Comissões Administrativasprovisórias dos agrupamentosde Escolas da Trofa e deCoronado/Covelas já toma-ram posse. Paulino Macedo eJosé Magalhães são os res-ponsáveis pelas equipas quetêm como missão gerir as es-colas até maio de 2013

Da fusão dos três agrupa-mentos de escolas do concelhoda Trofa resultou a criação deapenas dois: Agrupamentos deCoronado e Covelas e o agrupa-mento da Trofa. A DREN, respon-sável por esta fusão terá convi-dado José Magalhães e PaulinoMacedo para constituírem ascomissões administrativas provi-sórias que tem como missão agestão do agrupamento até àseleições dos novos directores deagrupamentos que tem de ocor-rer até maio de 2013.

O processo está longe de serpacífico. Se no agrupamento deEscolas da Trofa e na EscolaSecundaria da Trofa houve enten-dimento entre Paulino Macedo eDenis Rio, o mesmo não acon-teceu nos Agrupamentos de Cas-tro e no de Coronado/Covelas. Onome do novo agrupamento pas-sa agora a ser Agrupamento deCoronado e Covelas desapare-cendo a denominação de Cas-tro. A DREN incumbiu José Ma-galhães de formar a CAP para oagrupamento que junta as esco-las de Guidões, Alvarelhos, Muro,S.Mamede, S.Romão e Covelas.Renato Carneiro até agora diretordo Agrupamento de Escolas doCastro afirmou ter sido “convida-do por José Magalhães para in-tegrar a comissão, mas recusou,uma vez que apenas ele foi con-vidado da direcção do agrupa-

Comissões Administrativastomaram posse

mento, afirmando que achavaque deveriam ter sido duas pes-soas do agrupamento do Castro,mas reconhece a legitimidade deJosé Magalhaes para convidarapenas uma. Contudo, se fosseele o incumbido para propor umaequipa “convidaria dois ou trêselementos, em função daproporcionalidade da actualdireção do agrupamento Co-ronado e Covelas”, adiantou.

Já José Magalhães que pre-side à CAP do Agrupamento deCoronado/Covelas adiantou terapenas convidado um elementode Castro por causa da dimen-são já que comparativamente aode Coronado e Covelas tem me-nor dimensão. Com a recusa deRenato Carneiro de fazer parteda CAP, a mesma passa a sercomposta pelos 4 elementos quejá faziam parte da direção doagrupamento liderado por JoséMagalhães.

Quanto às expectativas adi-anta que espera “cumprir a mis-são para a qual fomos nomea-dos, constituir de facto uma uni-dade organizacional compostaneste caso por o agrupamentode Coronado e Covelas e peloAgrupamento do Castro de for-ma que correspondámos aosanseios da comunidadeeducativa.”

Também o Conselho Geral doAgrupamento de Escolas doCastro, em reunião extraordiná-ria de 28 de junho manifestou,em documento enviado à DREN,ao Ministério da Educação, àCâmara Municipal da Trofa e àSecretaria de Estado do Ensinoe administração escolar, dúvidas“acerca dos critérios para a cons-tituição da CAP, nomeadamentequanto à escolha do seu presi-dente, tendo em consideraçãoque o número de alunos do agru-

pamento não foi tido em consi-deração noutros municípios como mesmo processo” mostrandoo seu “ total desagrado pelo modocomo o processo de constituiçãoda CAP foi desenvolvido.”

Contactada a DREN para es-clarecer quais os critérios paraa formação das CAP, até à horado fecho desta edição não foiremetido qualquer esclarecimen-to. Aliás esta não é a primeiravez que este organismo públicodeixa por responder às questõescolocadas pelos jornalistas.

Já Teresa Fernandes,vereadora da Educação daautarquia da Trofa adiantou quea Câmara Municipal da Trofa “Ofi-cialmente e por parte da DRENnão tem nenhum conhecimentodos elementos nomeados, factoque estranhamos porque duran-te todo este processo de agre-gação esta autarquia agiu sem-pre com toda a responsabilida-de e cooperação com a DREN.”A autarca adiantou que “na reu-nião que a autarquia teve naDREN com o Diretor Regional,Dr. João Granjo e os senhoresdiretores dos agrupamentos dasescolas da Trofa e da EscolaSecundaria, no dia 2 de Abril,para oficializar as agregaçõespropostas, foi-nos transmitidopelo Sr. Diretor Regional e pelaSrª Adjunta, Drª Isabel Cruz quena altura da constituição dasCAP´S a autarquia seria ouvidae envolvida em todo o processo.Ficamos então a aguardar e atéà data ainda não fomoscontactados”.

Apesar disso a vereadora es-pera que “ todo o processo de-corra com toda a normalidade eponderação, porque a nossa pre-tensão é que estas alteraçõesnão interfiram negativamente coma preparação e o inicio do próxi-mo ano lectivo” concluiu.

Agrupamento da Trofamais pacífico

Paulino Macedo e Denis Riovão formar equipa juntamentecom mais três elementos daEscola Secundaria da Trofa e doAgrupamento de Escolas daTrofa que absorve assim a Se-cundária. A CAP é assim consti-tuída por três elementos do Agru-pamento da Trofa e dois da Es-cola Secundária da Trofa.

Denis Rio afirma ter aceiteesta fusão e o consequente con-vite para formação da CAP “deforma natural e para o bem daEscola”.

Já Paulino Macedo, que en-cabeça esta estrutura provisóriaadianta que “a dimensão destaAgregação de Escolas é subs-tancialmente elevada, requererá,por isso, necessidades apuradasde gestão quer pedagógica queradministrativa, acrescida daracionalidade de recursos querhumanos quer financeiros que opaís atravessa e que as escolasnão são exceção”.

A Escola Secundária da Trofae a EB2/3 de S. Romão doCoronado serão as sedes dosrespetivos agrupamentos agoracriados.

EB 2/3 de S. Romão continuará como sede do agrupamento

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www.onoticiasdatrofa.pt 5 de julho de 201216Região

Patrícia [email protected]

A Junta de Freguesia deRibeirão realizou uma sessãosolene comemorativa da suaascensão a Vila. Festas decor-rem até domingo, dia 8 dejulho.

A data três de julho de 1986ficará para sempre marcada nahistória da freguesia de Ribeirão.Foi neste dia, que a Assembleiada República votou e aprovou a

Vila de Ribeirão comemorou 26º aniversárioelevação de Ribeirão à categoriade Vila. De forma a comemorareste marco importante, a Juntade Freguesia de Ribeirão organi-zou um programa de sete dias,repletos de animação.

O ponto alto das comemora-ções foi na terça-feira, dia em quese comemoraram os 26 anos deelevação a Vila. A cerimónia co-meçou pelas 8 horas com umacelebração solene, seguido dohastear das bandeiras e lança-mento de morteiros. Já à tarde,pelas 18.30 horas, teve início a

sessão solene comemorativa, noedifício da Junta de Freguesia,que contou com a presença deArmindo Costa, presidente daCâmara Municipal de Vila Novade Famalicão, Reverendo Monse-nhor Manuel Joaquim, restantes

membros autárquicos e comuni-dade ribeirense.

No discurso, o presidente daJunta de Freguesia, Adelino San-tos Oliveira, asseverou que amelhor forma de celebrar estadata é “relembrar o crescimento

desta terra, no que diz respeitoao parque industrial, comercial ehabitacional, impulsionado pelotítulo de vila, atraindo pessoas,projetos e desenvolvimentos”.“Valeu a pena este título, por maishonorífico que seja, que funcio-nou como ponto de partida paramuito do que hoje somos, paramuito do que esta terra se temtransformado”, realçou.

Uma distinção que significou“um desafio” para os autarcas,que, ao longo destes anos, de-ram “o seu melhor”. Esta sessãotambém serviu para os relembrar,devido ao “esforço e dedicaçãoa esta terra e a esta gente”.

Durante o seu discurso, agra-deceu a Armindo Costa, por per-ceber a “dimensão e as poten-cialidades desta terra de Ribei-rão”, tendo sido capaz “de avali-ar a forma equitativa, no contex-

Autarcas e pároco cantaram os parabéns à vila de Ribeirão

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www.onoticiasdatrofa.pt5 de julho de 2012 Região 17

to concelhio, aquilo que a fregue-sia represente e aquilo a que temdireito”. Uma vez que, durante asua década de mandato, foi “ape-trechando não só a nível de ne-cessidades básicas, como vias,saneamento e água, como tam-bém ao nível de educação, des-porto e lazer”, através do parquemunicipal de piso sintético, pis-cinas e o centro escolar.

Adelino Santos Oliveira apro-veitou para pedir a Armindo Cos-ta, na qualidade de presidente daautarquia famalicense, “um pre-sente especial”: a implementa-ção de um parque infantil no re-novado souto de Santa Ana,que teria um “grande impacto po-sitivo na população”. Além dis-so, demonstrou que tem outros“sonhos a médio prazo” para afreguesia, tais como a constru-ção de um auditório e de umaponte alternativa à ponte do rioAve na Estrada Nacional 14.

Armindo Costa recordou ahistória de Ribeirão, consideran-do a sua elevação “um marcoimportante no desenvolvimentodo concelho”, pois tornava-se“mais forte com a criação dasvilas de Joane e de Ribeirão”.

“De uma terra de agriculto-res e pequenos industriais têx-teis, confeções e metalurgia, Ri-

beirão transformou-se num im-portante polo industrial e residen-cial, que oferece aos seus habi-tantes uma qualidade de vida deexcelência. O município de Fa-malicão orgulha-se do progres-so e do desenvolvimento de Ri-beirão, e eu, como presidenteda Câmara Municipal, sinto umaenorme honra e uma enorme ale-gria por ter participado ativa-mente no crescimento de Ribei-rão, em particular nos últimos10 anos e meio”, reconheceu.

O autarca famalicense afir-mou que a freguesia cresceu“imenso”, sendo que o desen-volvimento está “à vista de to-dos”. As obras que considera“emblemáticas” de Ribeirão sãoas piscinas e o centro escolar,uma vez que significam uma“aposta forte no desporto e naeducação”.

Armindo Costa promete quevai “continuar a fazer de tudo”para que os ribeirenses tenhamesperança num futuro melhorpara todos.

Na sessão solene, a Junta deFreguesia aproveitou para home-nagear duas associações, aCasa do povo de Ribeirão e oClube Cultura e Desporto de Ri-beirão, pelos seus 75º e 25º ani-versários, respetivamente.

Freguesia em festaaté domingo

O programa de festas da co-memoração do 26º aniversáriocontinua até domingo. A noite desexta-feira, dia 6, está reserva-da para uma Noite Cultural, quecontará com a atuação das Mar-chas de Ribeirão – CCDR e do

Grupo Millenium.Já no sábado, decorre o 3º

Encontro de motos antigas, di-namizado pelo Moto clube de Ri-beirão e, ainda, várias atividadesdesportivas, desde aventuras ra-dicais no Souto Santa Ana, meiamaratona de pesca, nas margensdo Rio Ave, mega-aula de hidro-ginástica e regime livre nos três

tanques, nas Piscinas de Ribei-rão.

A noite termina com a Noi-te popular, com o XXIV Festi-val de Folclore de Ribeirão. Asfestividades encerram no do-mingo, com uma prova de ci-cloturismo.

Sessão solene contou com música

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www.onoticiasdatrofa.pt 5 de julho de 201218Atualidade

Tânia Sousa

A Câmara Municipal da Trofa fomenta atividades “Avós enetos” na para e assinala ano, Ano Europeu do Envelheci-mento Ativo e da Solidariedade Intergeracional.

Começou esta semana a edição 2012 das Colónias BalnearesSeniores, promovida pela Câmara Municipal da Trofa e direcionadapara todos os seniores do concelho.

Uma vez que este ano se comemora o Ano Europeu do Enve-lhecimento Ativo e da Solidariedade Intergeracional, a AutarquiaTrofense juntou os seniores Trofenses que estão a participar nascolónias balneares seniores e as crianças do Agrupamento Esco-lar de Coronado e Covelas, que também estão a participar na edi-ção das Colónias Balneares dos mais pequenos em Vila do Con-de, em atividades desportivas e lúdicas conjuntas.

Nestes encontros intergeracionais, as crianças que estão aparticipar nas colónias deslocam-se à praia do Leixão, para junta-mente com os seniores participarem nas atividades promovidaspela Academia Municipal da Trofa – Aquaplace, na terça-feira equinta-feira, enquanto na quarta-feira e sexta-feira decorrerá a horado conto e jogos tradicionais na areia.

Esta quarta-feira a presidente da Câmara da Trofa Joana Limae a vereadora da Educação Teresa Fernandes juntaram-se aosavós e aos netos para perceber como está a correr “esta atividadeconjunta que se realiza pela primeira vez” adiantou a autarca.

Com estas atividades, a Câmara Municipal da Trofa, “procuraincentivar a partilha de experiências e a troca de conhecimentosfomentando estas atividades intergeracionais de “avós e netos”.

As colónias estão a decorrer durante o mês de julho, sendoque os participantes são divididos pelas duas quinzenas. A primei-ra quinzena que está a decorrer terminará a 13 de julho e a segun-da realizar-se-a entre os dias 16 a 27 de julho.

Com o intuito de assegurar segurança e mobilidade aos partici-pantes, a praia escolhida é a praia do Leixão, na Póvoa de Varzim,que se localiza no centro da cidade.

A Câmara Municipal disponibiliza transporte, seguro, estruturade estadia (barracas) e organiza atividades desportivas e lúdicasdiárias, ao longo da quinzena de praia, que têm como objetivomelhorar e potencializar o bem-estar e a alegria dos seniores.

No final da edição 2012 das Colónias Balneares Seniores, aEdilidade Trofense vai promover a grande festa de convívio finaldesta atividade, programada para 28 de julho, nas instalações daAcademia Municipal da Trofa – Aquaplace.

O dia será de muita animação, com muita música, piqueniquee atividades para todos, coincidindo com a festa de encerramentodas atividades do ano 2011-2012 do Aquaplace.

Patrícia PereiraA. Costa

O Colégio da Trofa promo-veu para a comunidade esco-lar, uma festa de encerramen-to do final do ano letivo, naCasa das Artes, em Vila Novade Famalicão.

Depois de um longo períodode trabalho, o Colégio da Trofadecidiu recompensar os alunos,que se esforçaram ao longo des-te ano letivo.

Os alunos que agora termi-naram o 9º ano vestiram-se a ri-gor para celebrarem o fim de maisuma etapa no percurso educati-vo, onde acompanhados por fa-miliares, receberam das mãosdos responsáveis do Colégio odiploma de conclusão do 3º ci-clo.

A opinião dos alunos relativa-mente ao fim do 3º ciclo foi unâ-nime, significa “mais responsabi-lidade”, onde tem que se ter emconta “os objetivos, para lutar poraquilo que querem”. Mesmo ten-do sido uma fase “complicada”,conseguiram sempre superar osobstáculos que foram surgindo.

O fim do ano letivo no Colé-

Colégio da Trofaem festa de final do ano

gio da Trofa ficou ainda marcadopelo espetáculo que decorreu naCasa das Artes, na quarta-feira,dia 27 de junho, que contou coma participação dos alunos do jar-dim de infância e do 3º ciclo. Aolongo das atuações, os alunosapresentaram as coreografiasque aprenderam para mostrar aopúblico que encheu o auditório.

Para Beatriz Azevedo e Cla-ra Ribeiro, que concluíram o 6ºano, os exames correm bem, es-tando a contarem com boas no-tas.

Manuel Pinheiro, diretor peda-gógico do Colégio da Trofa, con-tou que esta foi uma “festa fabu-losa”, pois, pela primeira vez,saíram das paredes da escola,para a realizarem numa “casa deespetáculos muito digna”. “Foium epílogo feliz, um fim de anoabsolutamente de alegria, de feli-cidade e de magia, para os nos-sos alunos e para todos aquelesque tiveram o privilégio de estarnesta festa, nomeadamente ospais e familiares dos nossos alu-nos”, afirmou, agradecendo a to-da a comunidade educativa pela“colaboração e confiança, porparte dos pais que depositaram

os filhos no projeto educativo doColégio”.

Já existe há quatro anos. OColégio da Trofa, que “nasceusobre os escombros do antigoExternato Nossa Senhora dasDores”, já existe há quatro anos.Um projeto diferente, com outravisão do que “deve ser o ensinoe a educação de hoje em dia”.

Com 24 anos de experiênciacomo professora, Zoraida Areallecionou no antigo Externato Nos-sa Senhora das Dores. A profes-sora elogiou a qualidade do colé-gio, que registou “um crescimen-to bem notável”, tendo melhora-do “a 100 por cento”.

“Este é um projeto educativofabuloso. Os nossos alunossentem-se extremamente feli-zes, gostam de lá estar e todosos docentes e colegas adoramtrabalhar no Colégio”, acrescen-tou.

Apesar de as aulas terem ter-minado, o Colégio da Trofa vaimanter-se aberto durante o mêsde julho para desenvolver ativi-dades extracurriculares com osalunos do jardim de infância e 1ºciclo.

Câmarajuntaavósenetosnapraia

Alunos do 9º ano receberam diploma

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www.onoticiasdatrofa.pt5 de julho de 2012 Desporto 19

Cátia [email protected]

Durante a sessão extraor-dinária da assembleia-geraldo Trofense, muitos sóciosquiseram saber como está asituação financeira do clube.

“A situação que se tem vividoneste último ano, pelo menos, éde uma perfeita ingovernabilida-de”. Foi com estas palavras queLuís Cameirão, que dirigiu a as-sembleia-geral do Trofense res-pondeu a um dos sócios que soli-citaram esclarecimentos acercado estado financeiro do clube.

Durante a sessão foi notóriaa divisão entre aqueles que de-fenderam a gestão de Rui Silva,presidente entre as épocas 2006/2007 e 2010/2011 e os que lheimputam responsabilidades so-bre a situação atual do clube.

Armando Martins, tio de RuiSilva, afirmou que “ninguém podeduvidar da idoneidade” do sobri-nho, acusando a comissão admi-nistrativa de fazer “gestão dano-sa” ao deixar que o processoCharles Chad chegasse a hastapública. “Quando chegou ao clu-

Situação financeira marcouassembleia extraordinária

be esta penhora, porque não foifeita oposição por esta comissãoadministrativa?”, questionou.

O sócio e também antigo diri-gente do clube acrescentou ain-da que “no primeiro ano de presi-dência, o Rui Silva teve que avan-çar com 200 mil euros” para ins-crever a equipa. “O investimentoem cinco anos foi de dez milhõesde euros e desses, perdoou cin-co milhões. Entre 2003 e 2005,as finanças reclamaram uma dí-vida de 400 mil euros, que já vaimuito além disto. Entraram doismilhões de euros nessa altura,não houve saída de dinheiro enem os 400 mil euros para pa-gar. Onde está esse dinheiro?”,interpelou.

Em jeito de resposta, Luís Ca-meirão referiu que “havia uma dívi-da fiscal de 400 mil euros, estácontabilizada e foi dito por quemse seguiu que a liquidaria, factoque não aconteceu”. “Quanto aosdois milhões de euros que entra-ram, lamento, mas não tenhomemória disso. Houve entradascorrentes na época, mas doismilhões não foram de certeza”,frisou.

Depois de Vasco Sampaio,

que também compôs a mesa deassembleia, ter afirmado que“não se sabe quanto o clubedeve” pois “são tantas as surpre-sas que aparecem todos osdias”, Paulo Melro, ex-elementoda direção liderada por Rui Silvae da comissão administrativa, in-terveio para “esclarecer” que “ascontas a 30 de junho de 2011foram já apresentadas nesta as-

sembleia e se não foram coloca-das a votação a comissão admi-nistrativa é que se tem que pro-nunciar sobre isso”. O relatórioanual, acrescentou, “está fecha-do” e foi “efetuado por um gabine-te externo ao clube, e as contasforam devidamente auditadas porRevisores Oficiais de Contas con-ceituados na praça”.

Paulo Melro referiu ainda que,

à data da saída de Rui Silva, “ha-veria cerca de 900 mil euros dedívidas a fornecedores não pa-gas”, salvaguardando que “atransferência de saldo foi nego-ciada com a comissão adminis-trativa”. “Há, depois, contas delongo prazo, dívidas a 30 de ju-nho que diziam respeito a em-préstimos bancários de cerca detrês milhões de euros e um mi-lhão e 316 mil euros devidos auma empresa do doutor Rui (Imo-biliária Quinta dos Miguéis, SA)cujos empréstimos já apresen-tados e aprovados nesta assem-bleia”, asseverou.

Depois de Charles Chad,também Milton do Ó

reclama milhares de eurosO tema da penhora do está-

dio do Trofense também esteveem cima da mesa da assem-bleia. O processo de CharlesChad, ex-jogador que reclama200 mil euros, fez com que o es-tádio e o complexo desportivo,em Paradela, fossem a hasta pú-blica, mas há mais penhoras. Se-gundo Luís Cameirão “há outras,uma das quais efetuada ontem(sexta-feira), outra “da adminis-tração tributária” e “outras dasmais diversas proveniências, des-de a empresa dos autocarros,aos indivíduos da relva, jogado-res e seguros”.

Outro dos casos que veio apúblico foi a do também antigojogador do Trofense, Milton do Ó,que exige o pagamento de 118mil euros. Luís Cameirão afirmouque o processo refere-se a “in-cumprimento contratual”. “Alegaele que não lhe pagaram o últi-mo ano do contrato, incluindosubsídio de férias e de Natal”, fri-sou.

Já Paulo Melro referiu que oúnico caso que conhece ligadoa Milton do Ó foi “um processode acidente de trabalho”, no qualo Trofense, assim como a segu-radora, foi chamado a pagar umapercentagem da compensaçãopela incapacidade do jogador.Cameirão, cujo gabinete estáresponsável pelo departamentojurídico do clube “pro bono” (gra-tuitamente), explicou que os 118mil euros exigidos advêm de um“caso diferente”, ligado com a“falta de pagamento de salários”.A comissão administrativa deuainda a conhecer outro proces-so do jogador Gegé, que recla-ma 33 mil euros.

Paulo Melro quis “esclarecer” sobre relatório de contas

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www.onoticiasdatrofa.pt 5 de julho de 201220 Desporto

Cátia [email protected]

Face à cessação de contra-to da LS Soccer e à saída deJosé Leitão, o Trofense caiunum vazio diretivo. Sete só-cios voluntariaram-se paratentar inscrever clube na 2ª Li-ga.

A situação do Clube Desporti-vo Trofense está cada vez maisinsustentável. A assembleia ge-ral extraordinária que iria servirpara a eleição dos novos órgãossociais, com a presença do in-vestidor Lucas Santos, acaboupor ditar um vazio diretivo no clu-be.

O representante LS Socceresteve reunido com José Leitãona sexta-feira, um dia antes daassembleia, e acabou por rescin-dir o contrato onde estava previs-to que a empresa gerisse as pró-ximas cinco épocas desportivasdo clube. José Leitão anunciouaos sócios a reviravolta nesteprocesso, afirmando que “ele nãofugiu, fizeram-no fugir”. “O con-trato constava que ele se respon-sabilizava por um milhão e meiode dívidas, mas com as últimasnotícias e penhoras feitas, essasjá vão em dois milhões. E eu nãosei o que está atrás da porta, por-que podem aparecer mais. Ocontrato estabelecia que se qual-quer uma das partes quebrasseo acordo, teria de pagar 300 mileuros, que era o caso do Trofen-se, pelo que conseguimos ces-sá-lo por mútuo acordo”, expli-cou.

Lucas Santos terá abandona-do o projeto “triste”, como referiuJosé Leitão, pois “o Trofense erauma porta aberta para o seu fu-turo”. Já o Trofense ficou “órfão”de uma alternativa e sem a bom-ba de oxigénio para sobreviver.

Sem parceria, o emblema daTrofa estava refém da apresenta-ção de uma nova lista que suce-desse a José Leitão. Como nãoapareceu, Luís Cameirão, que foiconvidado a dirigir a assembleia,sugeriu que alguns sócios se vo-luntariassem para encetar diligên-cias para dotar o clube de umanova direção ou comissão admi-nistrativa, para se apresentar nanova assembleia marcada para 13de julho. Eugénio Gomes, Ricar-

Sete sócios tentam inscrever Trofensena 2ª Liga e arranjar direção

do Santos, Bruno Ferreira, ToméCarvalho, Vasco Sampaio, JoãoCastro Gomes e Alfredo Gomesaceitaram o desafio.

O grupo tem muito que fazere a primeira tarefa é criar condi-ções para inscrever o Trofensena Liga de Honra até 12 de ju-lho, mas para isso é necessáriosaldar uma dívida ao fisco, de“cerca de 62 mil euros”, anunciouLuís Cameirão, já que, acrescen-tou, “a declaração em como nãohá dívidas a jogadores de fute-bol” e “a certidão da SegurançaSocial, comprovando situaçãoregularizada” foram dificuldades“superadas” pela comissão ad-ministrativa. Caso não consigampagar a totalidade desse débitoàs Finanças e ter o acordo depagamento de 140 mil euros dedívidas da comissão administra-tiva, referentes “ao IVA”, justifi-cou José Leitão, o Trofense des-ce à 2ª Divisão B.

José Leitão “desconhecia”dívida de 62 mil euros

José Leitão afirmou desco-nhecer a existência da dívida aofisco de 62 mil euros, referente“ao segundo trimestre da direçãoanterior”, acusando Paulo Melro,que fez parte da direção de RuiSilva e da comissão administra-tiva, de esconder a contabilida-de do clube: “Esse cavalheiro éque pagava e nem permitia que

o meu colega Pedro Cerejo vis-se as contas. Tive conhecimen-to desta dívida há 15 dias, no Por-to, onde me informaram que setinha feito um acordo de paga-mento e que nenhuma prestaçãotinha sido paga. Como não sa-bia de nada, fui-me informar nasFinanças da Trofa e fiquei a sa-ber que esse acordo foi feito eassinado por ele a 22 de setem-bro de 2011”. O ex-presidente dacomissão administrativa acres-centou que “esse pedido demo-ra cerca de um mês a ser diferi-do” e que Paulo Melro já “tinhaem mente demitir-se a 10 de ou-tubro”. “Fui enganado e essa pes-soa foi a mais me enganou. Hoje,estou inibido de passar chequespessoais e pelo clube, por ter as-sinado cheques à confiança”,acrescentou.

Mas, muitos outros assuntosvieram à baila durante a assem-bleia. A sessão teve muitos mo-mentos inflamados, com a trocade acusações entre elementosda comissão administrativa e dadireção anterior liderada por RuiSilva. Um dos temas que maisdeu que falar foi o estado dascontas do clube.

Perante um pedido de escla-recimento de um sócio, Luís Ca-meirão explicou ainda o porquêde ainda não ter sido levado avotação o relatório de contas daépoca 2010-2011: “A comissãoadministrativa não as colocou a

votação, porque refletem atos degestão que no seu entender nãoestão conformes e que deverãoser auditadas de uma forma in-dependente, antes de serem co-locadas à votação”.

Luís Cameirão acrescentouque a comissão administrativa“procurou desencadear uma au-ditoria independente”, com “aempresa que analisou as contasdo Sporting”, mas “não conse-guiu reunir os fundos necessári-os para proceder a essa audito-ria”, no valor de “dez mil euros”.

No entanto, o NT sabe que ogrupo de sócios já se reuniu, nanoite de segunda-feira, e decidiuavançar para um pedido de audi-toria às contas relativas à ges-tão da última direção do clube.

“Presidente nunca mais”

O tempo para começar umaépoca sem sobressaltos está aesgotar-se. Para além das inter-

rogações quanto à capacidadede regularizar a dívida, o planodesportivo desmontou-se com asaída do investidor.

“Não fiz nenhuma contrata-ção, a LS Soccer estava a to-mar conta da época. Já tinha al-guns jogadores e treinador, masvoltou tudo à estaca zero. A LSSoccer foi um parceiro impecá-vel, o homem (Lucas Santos) éde trabalho”, afiançou.

José Leitão quis deixar umamensagem “de união” à massaassociativa do clube, mas consi-dera que “não morre ninguém naTrofa se descer de divisão ou secomeçar de novo como o Sal-gueiros”. “Se os trofenses foremcomo eu não tenho dúvidas quearranjam uma dúzia para que oclube jogue na 2ª Liga”.

O ex-presidente da comissãoadministrativa afirmou ainda que“se não tivesse que pagar outrascoisas, deixaria o clube a zero”,porque, garantiu, apesar de dei-xar “140 mil euros de passivo refe-rentes ao IVA, paguei 160 mil eu-ros de dívida da gestão anterior”.

Depois de uma época queapelidou de “inferno”, José Lei-tão deixou uma certeza: “Gravembem o dia de hoje, 30 de junhode 2012, pois presidente nuncamais”.

Sorteio da 2ª Ligaé esta quinta-feira

José Leitão revelou aos jor-nalistas já ter pedido “autoriza-ção” à nova comissão para re-presentar o emblema da Trofa nosorteio agendado para quinta-fei-ra na Liga, que definirá o calen-dário da época 2012/13.

O NT sabe também que o clu-be terá sido notificado pela LigaPortuguesa de Futebol Profissi-onal para inscrever 12 jogadoresaté ao dia 11 de julho.

Na Assembleia, José Leitão comunicou aos sócios que LS Soccer tinha desistido da parceria

Eugénio Gomes – Foi presidente do Clube Desportivo Trofense de1975 a 1977Ricardo Santos – É administrador do blogue SouTrofense(soutrofense.blogspot.com) e provedor do adepto do clubeBruno Ferreira – Líder da claque UltrasTrofaTomé Carvalho – Empresário e pai de Marco Carvalho, diretor dodepartamento de formação do CD Trofense na época 2011/2012.Vasco Sampaio – Antigo membro da comissão administrativaJoão Castro Gomes – Empresário, foi presidente da comissão ad-ministrativo do Trofense em 1994Alfredo Gomes – Colaborador da Rádio Trofa e antigo membro dacomissão administrativa

Sócios que tentam resolver situação do clube

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www.onoticiasdatrofa.pt5 de julho de 2012 Desporto 21

Cátia Veloso

Lucas Santos apresentouas razões que levaram a LSSoccer romper o contrato deparceria com o Trofense, queentrava em vigor a 1 de julho.

A parceria entre a LS Soccere o Trofense foi “um doente, cujovírus foi atacando aos poucos,até se formar num cancro” e que“não deu tempo de reação”. Estafoi a metáfora utilizada por LucasSantos, representante da empre-sa LS Soccer SA, para explicaro fim do contrato assinado como clube da Trofa e que deveriater entrado em vigor a 1 de julho.

O empresário convocou umaconferência de imprensa para ex-plicar os motivos que levaram àcessação da parceria, mas tam-bém para promover a empresa,que “quer continuar a trabalharem Portugal”.

Apesar de, supostamente, jánada ligar a LS Soccer ao clube,Lucas Santos convocou os jor-nalistas ao estádio, onde falouna sala de imprensa. Para alémdos órgãos de comunicação,também estiveram cinco dossócios que se voluntariaram paratentar inscrever a equipa na 2ªLiga (à exceção de Tomé Carva-lho e João Castro Gomes), Jo-sé Leitão, ex-presidente da co-missão administrativa, e outrossócios que se mantiveram à por-ta a ouvir as explicações do em-presário.

Lucas Santos afirmou que co-mo novo “inquilino” estava à es-pera da “casa limpa” mas, afinal,“estava suja”: “Dia após dia fo-ram surgindo penhoras e maispenhoras, situações que não fo-ram divulgadas pela comissãoadministrativa. A LS Soccer con-fiou plenamente na credibilidade,honestidade e carácter da comis-são administrativa e essa confian-ça foi abalada com estas situa-ções”.

Apesar de defender José Lei-tão, a quem apelidou de “homem

Lucas Santos ainda pondera “trabalhar” no clubedo povo” e que acredita ter sidoutilizado como “testa de ferro” daanterior direção, Lucas Santosconsidera que a empresa foi en-carada como “um escudo nomeio de uma guerra”, acabando“num precipício”. Situações co-mo o processos instaurados porCharles Chad (que reclama 200mil euros), Milton do Ó (118 mileuros) e Gegé (33 mil euros) fo-ram alguns dos factos que foram“omitidos” e que fizeram com queo negócio fosse “abalado”.

Já sobre a anterior direção deRui Silva, e mesmo sem referen-ciar nomes, Lucas Santos apon-tou armas “às pessoas que es-tão a destruir a instituição” e para“ironizar” afirmou: “Como possoeu fazer um reconhecimento deinvestimento de dívida a um clu-be, no qual eu e quatro amigosassinam documentos? E eu façoa assinatura em que as canetasde diferentes datas são iguais.É engraçado que até o mesmocarimbo está da mesma forma elocalidade do documento e as da-tas nos documentos não condi-zem com aquilo que poderia vira ser”.

O empresário foi mais longe,referindo-se aos “documentoscomprometedores” que “se umjurista quiser levar uma investi-gação adiante, isto dá uma boamatéria”.

“A antiga administração dizque investiu milhões de euros eperdoou cinco milhões. Se fos-se eu, não perdoaria”, acrescen-tou.

As críticas estenderam-se àautarquia, pelo facto de o proto-colo ainda não ter sido regulari-zado. “Se não tem condições pa-ra investir no desporto, não pro-meta”, afirmou Lucas Santos,.

No entanto, segundo a lei,uma entidade pública não podepagar a nenhuma instituição quenão apresente uma declaraçãode não dívida à Segurança Soci-al e às Finanças. Ora, é sabidoque o Trofense tem débito ao fis-co de cerca de “700 mil euros”,

segundo o que afirmou LucasSantos. Mais: o protocolo, a serefetivado, teria de se destinar aodepartamento de formação e nãopara suportar a equipa profissio-nal que era a parte que a LSSoccer iria gerir, caso o parceriaentrasse em vigor.

José Leitão interveio para ex-plicar que sem o protocolo, a co-missão administrativa foi supor-tando as despesas da formação“durante o ano”, pelo que “o di-nheiro foi gasto” e “era necessá-rio usar” o do protocolo “para ou-tras coisas, além da formação”.

Já Lucas Santos adiantouque esteve em equação o adian-tamento do montante do proto-colo através de “um empréstimopessoal”, mas, “devido à instabili-dade financeira não havia garan-tia nenhuma” de que esse valorfosse ressarcido.

“Não está fora de hipótese”parceria para esta época

Lucas Santos adiantou queo acordo feito com o Trofensevisava, por parte da empresa, opagamento de 1,5 milhões deeuros de dívidas a fornecedoresem cinco anos, através de acor-dos com os credores. O orça-mento da época seria de “1,2milhões de euros”, que “não po-diam ser utilizados para pagaroutras contas”.

Como as “surpresas” nas últi-mas semanas, como as penho-ras, elevariam as responsabilida-des da empresa, Lucas Santosrompeu o contrato, alegando es-tar “a defender a imagem da LSSoccer”. “A instabilidade é tãogrande que a pergunta é: vamosjogar onde?”, questionou, referin-do-se ao facto de o estádio e ocomplexo de Paradela estaremem hasta pública.

O empresário garantiu aindaque ficou a saber da dívida de“3,9 milhões de euros” do clubea Rui Silva “por bocas”. “No mo-mento em que me apresentaramos documentos, o advogado daempresa esteve em reunião coma do doutor Rui Silva”, revelou.

Ou seja, Lucas Santos esta-ria a tentar chegar a um acordopara que esse montante “nãocaísse na cabeça da LS Soccer”.

Essa seria, aliás, uma dascondições para que a empresapudesse celebrar um novo con-trato com o clube da Trofa, poisLucas Santos ainda “está a ten-tar ajudar” e “não está fora de hipó-tese” uma parceria para a épocaque vai começar. “Eu quero ex-portar o meu produto, vender osmeus jogadores. Se tudo for es-clarecido dá para trabalhar. Ain-da há esperança. Mas, eu tenhode apresentar contas e o temponão ajuda”, frisou.

O empresário afirmou aindaque o novo contrato teria que ga-rantir que, além de garantir queos 3,9 milhões de euros não cai-rão na cabeça da LS Soccer, oTrofense continuasse com o es-tádio e o complexo. “Se tudo formuito bem esclarecido, eu tenho15 jogadores à espera assim co-mo o treinador e um grupo de tra-balho. Se conseguirem inscrevera equipa, se não houver surpre-sas e se as contas forem nego-ciadas com os credores para operíodo de cinco anos, talvezpossamos desempenhar comtranquilidade o que queríamos”,asseverou.

Além de todas as questõesfinanceiras e burocráticas, LucasSantos afirmou que a parceriaterá de ser sustentada com “oapoio dos adeptos e de toda acidade” para “levar a equipa à 1ªLiga”.

LS Soccer“não tinha autonomia”

para fazer auditoria

Questionado por um sócio seestaria em condições para com-participar uma auditoria às con-tas do clube, Lucas Santos afir-mou que qualquer investimentono clube teria que ter “retorno”,pelo contrário, frisou: “Porque fa-ria isso? Por amor, caridade? Eusou empresário, defendo osmeus interesses. Aprendi a gos-tar deste clube, mas não possoser a Igreja Católica ou a MadreTeresa de Calcutá”.

E a acontecer, questionou oempresário, “daria tempo?”. “Vera equipa na 2ª Liga e comprovardepois que aquela pessoa preju-dicou a equipa como uma formade vingança ou retaliação a umapessoa ou outra? O importanteé que a LS Soccer não saia man-chada deste negócio”, sublinhou.

O empresário afirmou quecabia “à comissão administrati-va” pedir a auditoria, garantindoque a propôs e que “nos últimosdias, foi dado conhecimento aoutra parte que iria ser feita umaauditoria, se tinha dinheiro na al-tura, cabe ao presidente (JoséLeitão) responder”.

A LS Soccer vai “manter-seem Portugal” e até já recebeuconvites “do Beira-Mar”, que apre-sentou “uma oferta muito gratifi-cante”. No entanto,os objectivosos responsáveis pela empresaainda não passa pela 1ª Liga:“Não podemos dar um passomaior que a perna”.

Lucas Santos falou de “documentos comprometedores”

Sócios participaram na “conferência de imprensa”

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www.onoticiasdatrofa.pt 5 de julho de 201222 Desporto

Cátia Veloso

Hermano Martins

Rui Silva decidiu quebraro silêncio e defender-se dasacusações de que tem sidoalvo. O NT publica uma gran-de parte de uma entrevista decerca de meia hora, realiza-da na manhã de terça-feira,com o antigo presidente doTrofense, que pode servisualizada, na íntegra, a par-tir das 18 horas desta quinta-feira, na TrofaTv, na internete na Meo.

O Notícias da Trofa (NT):Por que é que esteve em si-lêncio até agora?

Rui Silva (RS): Antes de res-ponder à sua pergunta acho quedeveríamos começar pelo início,estive cinco anos como presi-dente do clube, mas a família Sil-va está ligado ao Trofense há 15anos. Acho que é importante avi-var a memória a algumas pesso-as que, se calhar, durante esteperíodo, andaram um pouco dis-traídas. A família, através do gru-po Ricon, foi sempre o patroci-nador principal do clube e inves-tiu milhares de euros, sem ne-nhuma contrapartida, sem ne-nhum interesse pessoal ou dequalquer outro tipo, a não sercom o intuito de ajudar o clube.Se não fosse assim, se calharjá não estávamos a falar do Tro-fense na Liga de Honra, mas emescalões muito mais baixos.

Respondendo à sua questão,eu não sou pessoa de andar noscafés a lavar roupa suja e en-quanto as pessoas falavam e di-ziam o que lhes interessava, euestive sempre calado para defen-der o clube e não prejudicar nin-guém, para que o clube se sa-fasse no campeonato e atingis-se os objetivos. Achei que eraesta a altura de dizer algumacoisa

NT: Qual foi o valor que in-vestiu no clube trofense, nes-ses cinco anos como presiden-te?

RS: Nesses anos a família foicerca de 10 milhões de euros.

NT: Não acha que um clu-be como o Trofense, dez mi-

Entrevista a Rui Silva, antigo presidente do CD Trofense

“Estou disponível para arranjar umasolução em conjunto com outras pessoas”

lhões de euros não era um va-lor um pouco alto?

RS: É relativo. Quando aspessoas pensam baixinho e pe-quenino se calhar pensam as-sim. Eu pensava alto demais. Eupensava no clube na Primeiro Li-ga e era esse o nosso objetivo.

Não podemos esquecer quequando entrei para o clube, asinfraestruturas serviam para jogarna 2ª B ou 3ª divisão. Quando su-bimos para a Liga Orangina foinecessário fazer um investimen-to nesse aspeto, senão não tí-nhamos hipóteses nenhumas decompetir nos campeonatos pro-fissionais. Foi preciso colocarmais cadeiras no estádio. Foi fei-to um investimento no sintético,em Paradela. Além dos orça-mentos serem deficitários, as re-ceitas não serem suficientes paracobrir os custos, nós tivemosque investir em infraestruturas.

NT: Não temia que aconte-cesse ao Trofense como acon-teceu a outros clubes, comoao Tirsense ou o Famalicão?

RS: Não temia, porque pen-sava nisso como um investimen-to. Em termos desportivos tive-mos perto. Não ficamos na 1ª Li-ga mais anos por um ponto. Ena época 2010/2011 por um pon-to também não subimos de divi-são.

NT: Encarou sempre os dezmilhões de euros como ver-

dadeiro investimento? Acre-ditava que os iria recuperar?

RS: Sim. Com o retorno na1ª Liga ao longo dos anos. Po-tencializamos ativos e estáva-mos a começar na época 2010/2011. Tínhamos ativos que na 1ªLiga poderiam ser apetecíveis pa-ra trazerem mais-valias, com avenda desses jogadores. Masnão tivemos tempo para isso, foiesse o nosso problema.

NT: Quando saiu, qual o va-lor da dívida do clube?

RS: Anda muita confusão noar. As pessoas dizem que nãopercebem, que é preciso uma au-ditoria, mas o relatório de con-tas está limpinho. Quando saí,não gostava que o clube ficassenum vazio diretivo, pelo que ficoutudo combinado com a pessoaque ficou à frente da comissãoadministrativa. Foi-lhe mostradoum orçamento, que baixou, oscustos e os proveitos. Foi feitotudo com muito rigor. A pessoaviu o orçamento concordou. Foitudo claro como a água.

Quando o senhor José Leitãoentrou para a comissão adminis-trativa o valor que estava no ba-lancete de junho era 1 milhão e100 mil euros. Eu comprometi-mea pagar IVA, partes de SegurançaSocial e sintético. Por isso, o clu-be iria ficar a pagar 750 mil euros.Com o fornecedor principal tam-bém tínhamos um acordo, che-ques pré-datados. Trata-se da

empresa Eurico Ferreira, que co-locou a iluminação no estádio.Metade dessa verba era dela.

NT: Mas comprometeu-se aajudar o Trofense durante es-ta época?

RS: As pessoas não sabemno que é que ajudei. Ele tinhaque cumprir com o orçamentoque estava ali. Também perce-bemos que entrou a crise, asempresas tiveram mais dificulda-des, o orçamento tinha receitasque não foram atingidas. Tínha-mos a receita da Câmara Muni-cipal do protocolo do ano aindade 2011, que não tinha sidopago, assim como o de 2012.Publicidade, não era nada de ou-tro mundo, porque sabíamos dasdificuldades, e mesmo assimnão se chegou aos valores pre-tendidos. As receitas não eramsuficientes para o orçamento cor-rente. Tínhamos que deixar algu-ma coisa para trás, por isso foicombinado com os fornecedoresir atrasando, fazendo acordos.Sabíamos que era importante irpara a liga principal, tivemossempre os salários em dia, nun-ca atrasamos, ao dia 30 estavatudo pago. Fazíamos esse esfor-ço, sabíamos que os profissio-nais eram fundamentais. Nuncaatrasamos seguranças sociais eIVA. A comissão ia tomar contado orçamento, tentar cumpri-lo,e eu aquilo que fiquei de dar aoclube e comparticipar ao clube

durante esta época que já esta-va fora do clube, cumpri com tu-do. Foram cerca de cem mil eu-ros que entreguei ao clube. Eusaí em maio, mas a situação doIVA foi paga até dezembro, as-sim como as prestações men-sais do sintético de Paradela. Ti-vemos que fazer um empréstimobancário de dois milhões e 900mil euros e eu comprometi-me apagá-lo. Foi pago em fevereiro.Eu tive de meter dinheiro e a co-missão tinha de arranjar dinhei-ro para cumprir o orçamento epagar aos fornecedores paranão deixar avançar com penho-ras. Se houvesse negociações,se as pessoas tratassem dascoisas com profissionalismo, secalhar, a esta hora não haveria ne-nhuma penhora neste momento.

NT: Porque não preferiuinvestir também estes 750mil euros para que o Tro-fense não ficasse com estepassivo a fornecedores?

RS: Não podia investir maise foi por isso que sai. Estava nolimite. No limite físico, psicológi-co e financeiro. Não havia hipó-tese de pagar mais nada.

NT: Se nesta altura fossepresidente do Trofense, qualé que seria a sua opção: ins-crever o clube na 2ª Liga ounum campeonato inferior?

RS: Tinha dúvidas. Não sei seo clube tem receitas para a 2ªLiga, devido à crise que está. E,onde é que estão as receitas paraa 2ª B? Continuam os custos,mais baixos, é certo, mas as re-ceitas também não estou a veronde é que elas estão. Não hátelevisão na 2ª B. A solução pas-sava por juntar as pessoas daTrofa, mas isso já ando a falarhá cinco anos, mas fogem todos.

NT: Acredita que o futurodo Trofense passe por umcomo o do Maia, do Marco edo Felgueiras?

RS: Eu não gostava que as-sim fosse. Por todo o trabalhoque fizemos, por todo o esforçoque a família fez para chegaraqui. Não era bom que isso acon-tecesse. Estou disponível paraajudar numa solução, a lutar, por-que a situação do estádio é uma

Rui Silva decidiu quebrar o silêncio

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situação que nunca poderiaacontecer. Foi das poucas situ-ações que nos apanharam desurpresa e que a comissão tam-bém não sabia que isso poderiavir acontecer, porque os nossosadvogados sempre disseram queo problema do estádio era paraesquecer, que estava resolvido eque íamos ganhar. Foi uma sur-presa, mas podia ser parado. Eusei que há instrumentos jurídicosantes de chegar à penhora e oTrofense tinha de fazer uma opo-sição forte. A comissão adminis-trativa trabalhou mal e não de-fendeu os interesses do clube.

NT: Foi por causa dos acor-dos que ia chegando com asdiferentes entidades, que sóagora é que essa penhorasapareceram?

RS: O problema é esse. Éque elas já foram aparecendomuitos delas antes. Não chegoutudo agora, claro que agoraquando se começou a falar noinvestidor, alertou todos os forne-cedores. Um investidor disponí-vel cheio de dinheiro que é outrasituação que deixa dúvidas. Masisso é a comissão administrati-va que tem de comentar essasituação.

NT: Houve alguma situa-ção, enquanto presidente doclube, que tenha chegado oinício de uma penhora deanteriores direções que tenharesolvido ou renegociado?

RS: Eu não queria falar mui-to nisso, mas quando cheguei aoclube as Finanças foram fazeruma vistoria às contas do clubee detetaram algumas irregulari-

dades, que fizeram com que oclube tivesse uma multa avulta-da, sobre questões anteriores de2003/2005. Tivemos que fazeruma oposição, e essa oposiçãocontinuou ao longo dos anos.Penso que agora, quando fala-ram em investidor, atacaram ou-tra vez o clube e com juros nãosei o quê e esse valor já estámuito acima dos 400 mil euros.

NT: Tem contabilizado o in-vestimento feito, quer pelogrupo Ricon, quer da famíliaSilva?

RS: Foram tantos milhares deeuros que nem foram contabiliza-dos. Mas foi muito dinheiro. Semcontabilizar o empréstimo pes-soal. Mas nunca reclamei nada.Quando saí, estavam contasaprovadas 2010/2011, com omelhor balanço de sempre des-de que estava no clube, com oativo superior ao passivo, ou se-ja, o estádio, o sintético e as coi-

sas que tínhamos valiam muitomais do que as dívidas do clube.Se formos a ver os clubes das li-gas nacionais devem haver pou-cos. Tinha um perdão meu de cin-co milhões e 600 mil euros emesmo assim o relatório de con-tas nunca foi votado não perce-bo porquê.

NT: A comissão administra-tiva alega que as contas nãoestão conformes, por isso éque não levaram à votação.

RS: Não sei do que é que elesestão a falar , contas auditadaspor revisor independente. Os re-quisitos da Liga exigem que o re-latório do ano anterior seja apro-vado e assinado pela direção.Tenho a certeza que eles tiveramque ter assinado e mandar paralá.

NT: Depois do término doseu mandato, porque nuncafoi a nenhuma assembleia do

clube?RS: Eu achava que ia ser para

me desgastar. Bastava olhar pa-ra as pessoas que estavam namesa da assembleia para perce-bermos que ela ia ser controla-da pelas pessoas que estavam,neste momento, no poder e euestou a dizer que estou aqui porrespeito que tenho aquelas pes-soas que gostam do Trofense.

NT: Criou inimizades en-quanto presidente do trofensee depois de sair da direção?

RS: O futebol é um cargo umbocado público. Arranja-se al-guns amigos, mas também searranja muitos inimigos e muitaspessoas que se calhar gostavamde estar no lugar que eu estive enão tinham essa capacidade epossibilidade.

NT: A determinada alturada sua gestão, foi notória asaída de alguns elementos dasua direção. Foi traído poralguém?

RS: Isso não tem nada a vercom traições. Eu queria fazer doclube um clube-empresa e profis-sional e as pessoas tinham quedar tudo dentro daquilo que euexigia e quando as pessoas nãoestavam à altura tinha que subs-titui-las para melhorar a estruturae a orgânica do clube, isso é nor-mal como em qualquer empresa.

NT: Houve alguma coisaque tivesse feito e que se te-nha arrependido?

RS: O problema principal dis-to tudo é que fala na gestão,mas a pessoa prejudicada nomeio disto tudo fui eu e a mi-nha família. Se calhar não de-via ter posto tanto dinheiro noclube, sempre com expectati-va de chegar a 1ª Liga para re-cuperar o investimento que foirealizado. Se calhar foi esse omeu erro.

NT: Perdoou cinco milhõese 600 mil. Já equacionou...

RS: As pessoas não tem aperceção do que são cinco mi-lhões. Devem julgar que são cin-co mil escudos. Não percebembem o que é isso ou não queremperceber.

NT: Ainda é credor na to-talidade, uma vez que as con-tas não foram aprovadas. Seestes valores fossem aprova-dos...

RS: Sim, mas na minha cabe-ça o clube deve quatro milhões e400 mil euros, mas nunca pedi umtostão ao contrário de outros ilu-minados da Trofa, empresáriosimportantes, que já estão em cimado clube a exigir meia dúzia detostões comparados com aquiloque a família Silva tem a haver.

NT: Alguma vez equacio-nou perdoar também essesquatro milhões?

RS: Neste momento, está fo-ra de questão. Estou sempre dis-ponível para ajudar o clube paraque não acabe. Não quero fazerparte do problema, quero fazerparte da solução.

NT: Estava prevista a entra-da de uma empresa no clubepara gerir o futebol profissio-nal e pagar em cinco anos ummilhão e 500 mil euros de dí-vidas. Como encarava estasafirmações, esquecendo queo Rui Silva era o maior cre-dor?

RS: Tem que perguntar à co-missão demonstrativa qual era oobjetivo. São estratégias que acomissão administrativa tem deexplicar, porque uma empresaquando aparece não compra par-tes e esquece o resto. Teria deser negociado, porque não ia exi-gir os quatro milhões de uma vez.Mas via-se logo que as coisasnão estavam bem feitas.

NT: Esteve reunido com oempresário que pretendiagerir o futebol profissional doTrofense?

RS: Na altura sim, mas o RuiSilva estava sempre fora, mas is-so tem que perguntar ao presi-dente da comissão e ao investi-dor qual era a estratégia.

NT: Equaciona voltar àdireção do Trofense?

RS: Nos próximos anos não.Estou disponível para arranjaruma solução em conjunto comoutras pessoas, mas tem queser muita gente a querer e nãome parece que isso possa acon-tecer.

Os ânimos estão exaltadosnas hostes do Clube DesportivoTrofense.

Na noite segunda-feira, osmuros que delimitam a habitação

Habitação vandalizadade familiares de Rui Silva, na fre-guesia do Muro, serviram de su-porte para mensagens de indig-nação relacionadas com o Clu-be Desportivo Trofense. Nas pa-

redes de pedra e no portão exte-rior da propriedade, a tons rosa,podia-se ler “CDT PAGA O QUEDEVES”.

C.V.

Rui Silva está “disponível” para tentar arranjar uma solução para o Trofense

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www.onoticiasdatrofa.pt 5 de julho de 201224 Desporto

Patrícia [email protected]

Inserido nas comemorações de ani-versário da Associação Recreativa Ju-ventude do Muro, realizou-se no do-mingo, dia 1 de julho, uma caminha-da turística.

“Ponha-se andar” foi o nome da cami-

“Ponha-se andar” para festejar 34 anos de ARJ Muro

nhada turística promovida pela Associa-ção Recreativa Juventude do Muro (ARJMuro), com o intuito de comemorar o seuaniversário.

Cerca de 270 pessoas participaramnesta atividade, com “boa parte do per-curso” entre pinhais e floresta, contandocom uma passagem pela Estação Arque-ológica de Alvarelhos e terminado na an-

tiga linha do comboio do Muro.“Neste dia a ARJMuro esteve viva. A

Caminhada superou as expetativas e foiconsiderada, por todos, o maior eventorealizado pela associação nos últimosanos, tendo recebido um feedback muitopositivo. Todos os participantes adorarame muitos manifestaram interesse em re-petir a experiência no futuro”, afirmou opresidente da direção, José Pedro Lima,frisando que quem viu a caminhada “la-mentou não se ter inscrito”.

É com esta iniciativa que a direção “ter-mina o seu primeiro ano de exercício como sentimento de dever cumprido e muitasatisfação”, estando neste momento con-

centrada na participação da ExpoTrofa.A organização aproveita para agra-

decer a presença dos participantes,que, graças ao esforço, contribuíram pa-ra o “sucesso da atividade”, agradecen-do também a “amabilidade dos proprie-tários dos terrenos privados” por ondepassaram.

A iniciativa contou com o apoio e pa-trocínio de 37 instituições e empresas,que foram publicitadas na t-shirt usadapelos caminhantes, contando ainda coma oferta de vouchers do mais recente par-ceiro, o AGRACLUB, que foram distribuí-dos aos participantes no final da cami-nhada.

s. mamedeCaminhada turística está inserida nas comemorações de aniversário da ARJ Muro

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www.onoticiasdatrofa.pt5 de julho de 2012 Publicidade 25

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www.onoticiasdatrofa.pt 5 de julho de 201226 Desporto

Patrícia [email protected]

Rui Pedro Silva participou,na jornada de sábado, na pro-va dos 10 mil metros no Euro-peu de Atletismo de Helsín-quia, na Finlândia, onde con-quistou o 8º posto.

O atleta trofense Rui PedroSilva foi o único português a con-seguir terminar a prova de 10 mil

Patrícia [email protected]

Atletas do Ginásio da Trofaparticiparam no CampeonatoNacional de Juvenis, emAbrantes, onde Andreia Ro-drigues se sagrou campeãnacional de atletismo

Neste fim de semana, as atle-tas Andreia Rodrigues e ElsaMaia participaram no Campeona-to Nacional de Juvenis, emAbrantes, onde a primeira sa-grou-se campeã na prova dosdois mil metros obstáculos.

Andreia Rodrigues tambémparticipou na prova de três milmetros, tendo ficado no 4º pos-to. Elsa Maia obteve 4ª posição,nas provas de 300 e 800 metros.

Também no domingo, o Giná-sio da Trofa fez-se representar noGrande Prémio de S. Pedro, naPóvoa de Varzim.

José Silva, em benjamis,Tiago Silva, em iniciados mas-culinos, e João Ferreira, em ju-venis masculinos, participaramnesta prova, onde obtiveram o 3º,3º e 4º posto, respetivamente. Jáem iniciados femininos, Ana Ri-beiro alcançou o 3º lugar.

Europeu de Atletismo

Rui Pedro Silvafoi em 8º no Europeu

metros nos Europeus de Atletis-mo, disputado em Helsínquia,conseguindo terminar em 8º lu-gar.

Apesar de ter permanecidonos lugares cimeiros ao longo detoda a corrida, chegando mes-mo a liderar, o atleta trofense per-deu nove segundos para os pri-meiros, nos últimos 400 metrosda corrida. Mesmo assim, RuiPedro Silva terminou a prova com

o tempo de 28:31:16, a sua me-lhor marca esta temporada emprovas internacionais, mas “nãoo melhor recorde pessoal”.

O atleta trofense fez um ba-lanço positivo desta participação,onde conseguiu cumprir o obje-tivo, ficar nos oito primeiros luga-res. Rui Pedro Silva encontra-seneste momento a “treinar para oJogos Olímpicos”, onde tem per-corrido “muitos quilómetros”,sendo esta a razão de não seter preparado a “100 por centopara a prova” desse fim de se-mana.

Recorde-se que o atleta tro-fense já se encontra apurado paraa maratona dos Jogos Olímpicosde Londres 2012. Uma corrida,na sua opinião, “diferente, ondetudo pode acontecer”. Com aparticipação de “alguns melhoresdo mundo”, Rui Pedro Silva ga-rante que seria um “bom resulta-do”, ficar entre os 15 primeiroslugares.

Andreia Rodriguescampeã nacional

Vigorosa com“bons resultados”

A Associação Cultural Recre-ativa Vigorosa participou, no sá-bado, dia 30, na 2ª Corrida popu-lar de S. Pedro, em Vermoim, VilaNova de Famalicão, onde obtive-ram “bons resultados”.

Em benjamins B masculinos,Paulo Noronha foi 4º lugar. AliceOliveira, Jessica Faria e JulianaTeixeira participaram em infantisfemininos, onde obtiveram o 2º,8º e 12º posto, respetivamente,tendo conseguido alcançar o 1ºlugar coletivo.

Já em infantis masculinos,Tiago Sá subiu ao pódio, por tersido 1º classificado.

Nelson Batista e Pedro Sáparticiparam em seniores mas-culinos, obtendo a 15ª e 16ª po-sição. Em veteranos femininos,Deolinda Oliveira obteve a 2ª po-sição, Conceição Correia eGoreti Sá conseguiram o 6º e 7ºlugar, respetivamente. Já emmasculinos, António Neto e Alva-ro Oliveira alcançaram o 30º e43º posto. Coletivamente em ju-niores, seniores e veteranos, fe-mininos e masculinos, as equi-pas ficaram em 2º lugar.

A Escola de Kickboxing LifeCombat vai apoiar o projeto “TER(Trofa em Rede) Prevenção” daCruz Vermelha Portuguesa dadelegação da Trofa. Para tal, vaidinamizar atividades para osmais novos, uma das quais nodia 9 de julho, no auditório daJunta de freguesia de S. Martinhode Bougado, entre as 14.30 e as17.30 horas.

A Life Combat irá demonstrarparte do seu trabalho através deuma sessão informativa acercada modalidade, da escola, dosseus atletas e das suas conquis-tas. De seguida, os mais novosvão ter a oportunidade de inte-ragir com os alunos e assim ex-

Life Combat apoiao projeto “TER Prevenção”

perimentar a modalidade. Porfim, os alunos da escola LifeCombat vão realizar uma de-monstração de kickboxing e dassuas variantes.

“TER Prevenção” é um proje-to composto por ações de carác-ter universal, que tem por objetivoa criação de redes de prevençãoentre os diferentes intervenientes.Para Carla Lima, responsável doprojeto, “as ações chave dese-jam promover fatores de proteçãoe reduzir os fatores de risco, tan-to a nível individual, como famili-ar e comunitário, tentando envol-ver, em todos os momentos, acomunidade de uma forma pro-longada no tempo. Assim, esta

parceria com a escola LifeCombat é um bom exemplo dotrabalho de aproveitamento dasforças comunitárias e de ofertade alternativa de vidas saudá-veis”. É importante referir que aLife Combat tem desenvolvido umtrabalho muito positivo e conse-quentemente, começa a ter orespeito e admiração de todos.

O treinador, Luís Ferreira, re-vela que o atleta trofense e cam-peão nacional Diogo Freitas, alu-no da escola, irá competir nagala de Amarante. Uma gala degrande prestígio, na variante delow kick + 91 kg, deixando a clas-se de amador e estreando-se emneoprofissional. T.S.

O Dojo Murakami da Associ-ação Recreativa de Juventude doMuro está a promover uma de-monstração de Karate-DoShotokai, que vai decorrer naExpoTrofa/Feira dos Povos, no

Dojo Murakami preparademonstração na ExpoTrofa

sábado, dia 14 de julho, pelas20 horas. Caso esteja interes-sado em praticar esta modalida-de, dirigida pelo mestre ArlindoFerreira, pode fazê-lo às segun-das, quartas e sextas-feiras, das

19 às 21 horas, no ginásio loca-lizado junto ao cemitério da fre-guesia do Muro. Como forma deincentivo, no segundo domingode cada mês, realiza-se umaaula de oferta, pelas 10 horas.

Atleta conseguiu o melhor resultado pessoal em pista coberta

Atleta da Vigorosa subiu ao pódio

Andreia Rodrigues (à dir.) foi campeã nacional

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www.onoticiasdatrofa.pt5 de julho de 2012 Desporto 27

Cátia [email protected]

Mais de 60 pilotos partici-param na Super Especial daTrofa que, pelo segundo anoconsecutivo, se realizou nazona da estação da CP.

O som estridente dos moto-res, as marcas no asfalto, ospneus derretidos. O público vi-brante com as manobras maisperigosas num circuito citadino,com a estação da CP da Trofacomo pano de fundo. Estes fo-ram os ingredientes para maisuma edição da Super Especial,que contou com 64 participantese mais de quatro horas de prova.

Pela frente, os pilotos tiverampouco mais de um quilómetro deasfalto para percorrer nas suasmáquinas e tentar obter o me-lhor tempo. Tiveram duas opor-tunidades. Houve quem corres-se para ganhar e outros que,excecionalmente, preferiram darshow com drifts que arrancarammuitos aplausos. No intervalodas duas mangas, o piloto RuiAlves fez questão de dar um pre-

Super Especial a “derreter pneus” na Trofa

sente a duas crianças acolhidaspela ASAS, que tiveram um per-curso de sucesso na escola.

Tiago Reis, da Transfradelos,num BRC vistoso pela cor encar-nada e pelo design futurista, le-vou a melhor nas duas mangas,obtendo um tempo de um minu-to e 29 segundos. E nem o ir-mão, Edgar, que correu na mes-ma viatura, desfez o bom mo-mento de forma do piloto, con-tentando-se com o 3º lugar. Éque na posição intermédia, intro-meteu-se Luís Barros, o “suspeito

do costume”, com o seu potenteFord Escort, e que na ediçãopassada tinha vencido a prova.

Tiago Reis “nunca” encarou otítulo como adquirido, antecipa-damente, mas partiu para a pro-va com o objetivo de ganhar. Nasegunda participação na SuperEspecial conseguiu arrasar a con-corrência, “num traçado muito bo-nito” e sem defeitos a apontar.“O ano passado tive um azarcom um acidente e este ano tivede dar o meu melhor para alcan-çar os lugares cimeiros. Fui ovencedor, que era o que quería-mos”, afirmou.

Carlos Cruz, diretor da prova,considera que o ponto positivodeste ano prendeu-se com a reti-ficação realizada face à ediçãoanterior: “Corrigimos aquilo queachamos que correu menos beme acho que conseguimos o tra-çado ideal nesta zona para fazera prova”.

A organização teve que limi-tar o número de participantes, de-vido à dúvida se Portugal iria che-

gar à final do Euro2012. “Tivemosque ajustar o horário para quetudo encaixasse da melhor for-ma e acho que não erramos emnada”, sublinhou.

O diretor da prova não tem dú-vidas que, mediante o sucessoda prova, a Trofa “tem condições”para realizar uma nova edição daSuper Especial.

Joana Lima, presidente daCâmara Municipal da Trofa, cor-roborou, admitindo que a autar-quia “tem como objetivo fazer asexta edição”. “No entanto, ascoisas estão sempre a mudar enós, infelizmente, teremos queir ao resgate que o Governo estáa preparar para um empréstimode cerca de 30 milhões de euros.Teremos de ir ao encontro do quea Administração Central nosmandar fazer”.

A autarca não deixou de agra-decer a “todos os elementos daorganização”, pois “sem eles nãoera possível termos uma provacom tanto sucesso”. “Tambémagradeço ao magnífico público

que durante toda a tarde vibrou,mas com responsabilidade”, fri-sou.

Daro continuaa apoiar iniciativa

Presença assídua na SuperEspecial da Trofa, a empresaDaro tem honras de inaugurar otraçado com o carro “zero”, con-duzido por Aleixo Roriz, membroda organização e representanteda concessionária. O piloto elo-giou a prova, por “divulgar, local-mente, as novas tecnologias eos carros antigos, mas commuita potência”. “Ir aos circuitosestá cada vez mais difícil peladistância, pelos custos e, às ve-zes, pela falta de emoção nes-ses traçados”, explicou.

Aleixo Roriz referiu ainda que“as super especiais são eventosque os pilotos não gostam, por-que exigem muita mecânica e aprova é curta” e “só se tem estaqualidade de pilotos, porque aspessoas envolvidas na organiza-ção têm muita força”. O repre-sentante da Daro considera queo novo traçado na zona da esta-ção da CP é uma aposta ganha.

Mas as iniciativas não se fi-cam por aqui: ainda em julho serápromovido um circuito de profis-sionais de ciclismo, “organizadapelo Boavista Ciclismo Clube”,afirmou. “Trata-se de uma provanacional, integrada nos circuitosnacionais. Como faço parte doclube, apresentei a proposta àCâmara e como não tem custosassociados, foi aceite. É maisum evento para as pessoas daTrofa apreciarem”, frisou.

Primeiro Torneio de Fifa 12organizado pela Comissão deFestas em honra de NossaSenhora das Dores foi “umsucesso”.

Real Madrid, Barcelona eBrasil foram algumas das equi-pas que estiveram em campo noI Torneio de Fifa12 organizadopela Comissão de Festas emhonra de Nossa Senhora dasDores. Os 13 participantes, quese juntaram no Bar junto à Ca-pela de Nossa Senhora das Do-res, começaram a ginasticar osdedos no sábado, logo pela ma-nhã, e só acabaram depois das

Fifa12 no bar da Capela16 horas.

A final foi disputada entre Fá-bio Gesto, do Porto, e VascoSampaio, trofense. Não terá sidoa primeira vez que se defronta-ram, mas a vitória sorriu a VascoSampaio que soube “aproveitarmelhor as oportunidades” e ven-ceu por 2-0, no entanto garantiuque “não foi fácil”. A prática “numaloja de videojogos e em casa”valeu-lhe uma Playstation portá-til, por isso mostrou-se satisfei-to não só por ter recebido oprémio, mas também com a or-ganização: “Estiveram todosmuito bem e aconselho a parti-ciparem nas próximas iniciati-

vas”.Para além destes dois jovens

ficou ainda classificado em ter-ceiro lugar Dima Dimytro.

Os membros da organizaçãoconsideraram que a iniciativa foi“um sucesso”, aproveitando aocasião para agradecer os patro-cínios das lojas Filimarc eMegali7. Prometendo outros Tor-neios para breve, Nuno Moreira,membro da Comissão de Festas,frisou que “o principal objectivo étambém fazer com que os jovensvisitem o Parque Nossa Senho-ra das Dores e participem nes-tas grandiosas Festas”.

Tiago Reis foi o vencedor da Super Especial da Trofa 2012, ao volante do BRC

Vasco Sampaio foi o vencedor

Vencedores e organização posaram para a foto

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www.onoticiasdatrofa.pt 5 de julho de 201228 Desporto

Patrícia Pereira

Cátia Veloso

O Aquaplace comemorouno sábado, dia 30 de junho, oseu 4º aniversário, com vári-as atividades lúdico-despor-tivas.

Para festejar os quatro anosde atividade da Academia Muni-cipal da Trofa – Aquaplace, aautarquia trofense preparou umasérie de iniciativas, com o intui-to de “aproximar as pessoas”, aomesmo tempo que proporcionaa prática de desporto.

A parte da manhã foi de-dicada aos mais novos, que as-sistiram à exibição do Grupo deIntervenção Cinotécnico (cães desalvamento e combate ao crime)e da Escola Equestre da Guar-da Nacional Republicana (GNR)do Porto. Já durante a tarde, osadultos tiveram a oportunidadede participar em diferentes inici-

Aquaplace comemorou 4º aniversáriocom treino militar

ativas nos jardins do Aquaplace,tais como rapel, pista de obstá-culos, parede de escalada, cul-

minando com uma sessão deTreino Militar conduzida por ofi-ciais da GNR. Um treino que, na

opinião de Artur Costa, diretordeste espaço desportivo, é “re-almente para duros”.

“Na parte da manhã estiveramcentenas de miúdos acompanha-dos com os pais. E neste mo-mento está um treino militar comcerca de 60 pessoas. Algumaschegaram um pouco mais tardee, depois de verem o que se es-tava a passar, já tiveram algumreceio, porque realmente hoje émesmo a doer”, asseverou, men-cionando que os militares daGNR “não estão a facilitar nada”,visto que lhes tinha sido pedido“para levar os participantes aosseus limites”, para poderem des-cobrirem “quais são os seus li-mites”.

O diretor fez um balanço “mui-to positivo”, que proporcionou um“dia em cheio” para todos os quequiseram associar-se a estemomento. Como todos os me-ses o local dispõe de “iniciativasabertas a toda a população”, tam-bém a comemoração do seu 4ºaniversário devia contar commuitas atividades.

Treino militar testou capacidades de alunos e professores da Aquaplace

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www.onoticiasdatrofa.pt5 de julho de 2012 Desporto 29

Como bom associado do clube de futebol da nossa terra fuià sede pagar as minhas quotas. Fi-lo para que a minha cons-ciência permaneça tranquila, alheando-me das notícias quedão como certo o fim do Clube.

Em breves instantes, enquanto esperava, vi expostas foto-grafias numa das paredes da sede, umas a preto e branco eoutras a cores, que me fizeram recordar alguns anos da minhavida, da vida do meu pai e da do meu avô. Lá estavam as“Velhas-guardas”, muitos dos que serviram o clube com pai-xão e sem interesses …!

Tantos sorrisos, tanta felicidade, tanto orgulho e vaidadeestampada nos seus rostos, pareciam que as fotos tinhampalavras: “Sou da Trofa, sou trofense!”

Naquela noite, deitei-me e não consegui dormir. As pesso-as que vira naquelas fotografias, muitas delas já falecidas, nãome saíam da cabeça. Aquele sorriso nos rostos, aqueles bo-nés à moda antiga, os bigodes a marcar cada época, os bra-ços levantados em sinal de bairrismo, os quadros com os jo-gadores e os dizeres: “Subida ao nacional”, “Subida da 3ª Divi-são para a 2ª Divisão”.

E é por essas pessoas, pelos meus direitos de associadoe pela liberdade do meu pensamento que começo por lembraro Dr. Rui Silva que, a quando da sua chegada à presidência doCDT, por ele “imposta”, o passivo não ultrapassava os 200 mileuros (nesta altura terminou a contagem em “mil euros” e pas-sou a gerir o clube na “sua moeda”, ou seja, “milhões de euros”).

Por que razão o Dr. Rui Silva ainda não submeteu as con-tas da sua gestão à aprovação da Assembleia-geral, tendoapenas “mandado” o contabilista do clube apresentar um “es-boço”, por sinal pouco esclarecedor, com ênfases e reservaspor parte do Revisor Oficial de Contas?

Por que razão o Dr. Rui Silva, que supostamente deu entra-da no cofre do clube 9,5 milhões de euros sem ninguém o terforçado e para fazer a gestão a seu belo prazer, não pagou osrestantes 1,5 milhão de euros de dívida que contraiu, e queaparece agora como passivo de curto prazo e está a dar ori-gem às penhoras?

Por que razão o Dr. Rui Silva perdoou 5 milhões e 600 mileuros dos empréstimos que fez ao clube, única forma de mos-trar a receita e esconder que nada fez para aproximar maispessoas à sua administração, tendo, no entanto, lá deixadoficar 3 milhões e 900 mil euros “pendurados” de créditos seus,sendo que uma parte a uma Imobiliária (Imobiliária?!) por eledetida e de nome “Quintas dos Miguéis, S.A.” (Sociedade Anó-nima?!)?

Por que razão o Sr. Leitão foi insistindo em apresentar so-luções utópicas, como os Árabes “pequeninos” ou o brasileiroda empresa portuguesa “Unipessoal” com quem assinou umcontrato de cedência de direitos desportivos sem ter obtidoem troca uma garantia bancária ou verba “em dinheiro vivo”para fazer face ao passivo de curto prazo?

Mais umas palavras para o Sr. Leitão: Neste último anoandou a jogar para o empate (leia-se perder tempo) o que,sendo ele um homem de futebol, já devia saber que para oTrofense “neste jogo”, o empate de tempo dava descida dedivisão e a queda para os regionais.

A Assembleia-geral do passado dia 30 de Junho foi boa, fezas “comadres zangarem-se e descobrirem-se as verdades” –pena é ter vindo tão tarde!

João Sousa

O Pavilhão do Centro Re-creativo de Bougado será pal-co da 4ª Edição das 24 Horasde Slotcar da Trofa, entre ospróximos dias 13 e 15 de Ju-lho.

Depois do sucesso organi-zativo das anteriores edições,reconhecido pelos elementosdas equipas participantes, e dosucesso desportivo alcançadopela vitória do Clube trofense em2011, a Trofa vai ser novamentepalco da única prova do calen-dário nacional com estas dimen-sões, com toda a logística mon-tada especialmente para o efei-to.

Muitas horas de trabalho,milhares de metros de fio eléc-trico, muita madeira e alguns ar-tefactos de decoração a acom-panhar as placas de plástico poronde os carros correm e que, noconjunto, se transformam e 3portentosas pistas com 24 ca-lhas e cerca de 40 metros deperímetro, é o que se espera dosassociados do Clube Slotcar daTrofa (CST) nos próximos dias.

Ruben Almeida, um dos res-ponsáveis pela organização doevento, garantiu que “são espe-rados mais de cem pilotos e mui-tos simpatizantes da modalida-de que não deixaram de acom-panhar os familiares e amigos,

Correio de Leitor

1930: Ano da fundaçãodo Clube Desportivo

Trofense

24 Horasde Slotcar da Trofa

um pouco à semelhança do quesempre acontece nestes even-tos.” O responsável também in-tegra a equipa oficial do CST, queparticipa no campeonato Euro-peu de 2012, e que excelentesresultados tem obtido, 6º na pro-va de Barcelona e 5º na prova deMilão, na passada semana, quea coloca atualmente no 3º lugarda classificação geral. RubenAlmeida assegurou mesmo que“a Trofa tem todas as condiçõespara ser um ponto de passagemdo campeonato Europeu já que,a nível nacional estamos sem-pre em destaque, e num possí-vel alargamento do número deprovas, atualmente de três (Es-panha, Itália e Bruxelas na Bél-gica), dá todas as condiçõespara trazer a prova para Portu-

gal”.Já João Pedro Costa, presi-

dente da direção do CST lamen-tou o “pouco reconhecimentoque a associação tem tido porparte dos responsáveis Munici-pais”, afirmando mesmo quesem apoios resgatou esta provaque, organizada por trofenses,esteve para ser disputada emRibeirão ou em Guimarães, deonde surgiu vontade e propostasconcretas.

“O meu empenho pessoal ea excelente abertura do meucongénere do CRB, Luís Neves,que, sem qualquer exigência,entendeu que a sua colectivida-de deveria contribuir com acedência de instalações, paraque o concelho da Trofa não per-desse este evento, foram deter-minantes”, asseverou o dirigen-te, não esquecendo o apoio con-cedido pela Junta de Freguesiade Santiago de Bougado “sem-pre atenta a tudo o que se pas-sa na sua freguesia e que, ven-do duas coletividades nela se-diada em atividade, não se de-marcou, e assumiu as suas res-ponsabilidades, coisa que nãotem sido feito pelo executivocamarário por quem, desde ja-neiro, estamos à espera para serrecebidos com o propósito deapresentarmos o nosso plano deatividades para 2012, e já o anovai a meio”, concluiu.

Estão já inscritas na prova 21equipas (compostas de quatro aseis elementos cada), no máxi-mo de 24 que poderá admitir acompetição, sendo provenientes:duas da Trofa em representaçãodo Clube Slotcar da Trofa/GMLUX, de Guimarães, do Por-to, de Matosinhos e de Lisboa,quatro de Braga, uma de Aveiroe seis Espanholas (duas daGaliza, uma das Astúrias e trêsda Catalunha).

Prova realiza-se no pavilhão do CRB, em Santiago de Bougado

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www.onoticiasdatrofa.pt 5 de julho de 2012

PalmeiraHermínia Cândida do Rego MarquesFaleceu no dia 28 de junho, com 89 anosCasada com Eduardo Marques

Santiago de BougadoCândida Dias da Costa CamposFaleceu no dia 2 de julho, com 76 anos(Cândida do Senhorinha)

Funerais realizados por FuneráriaRibeirense, Paiva & Irmãos Lda

S. Martinho de BougadoManuel Fernandes Dias da SilvaFaleceu no dia 25 de junho, com 85 anosViúvo de Ermelinda da Costa FerreiraMaria da Conceição Gomes da Silva

NecrologiaPedrosaFaleceu no dia 4 de julho, com 87 anosViúva de Augusto Moreira Maia Junior

Santiago de BougadoCarlos Alberto Dias de AzevedoFaleceu no dia 25 de junho, com 57 anosCasado com Maria Filomena Novais Go-mes de Sá

Ribeirão/Cerdedo - BoticasMaria Lopes GonçalvesFaleceu no dia 26 de junho, com 80 anosViúva de Joaquim Gonçalves

Funerais realizados por AgênciaFunerária Trofense, Lda.

Gerência de João Silva

30Atualidade

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www.onoticiasdatrofa.pt5 de julho de 2012

Este é só para vocês:Obrigado amigos!

Num ano em que a austeridade reinano país, existem atitudes que são de lou-var e que merecem ser reconhecidas pu-blicamente. Todas as freguesias têm asua festa em honra do seu Santo Pa-droeiro, e toda a gente gosta de lá ir ever, no entanto, muita gente se esqueceque a festa não se faz sozinha, há todauma equipa por detrás da festa. Todauma equipa que, se necessário, passanoites sem dormir, dias sem a família,apenas para que consigam garantir queno dia, o Santo Padroeiro terá a festa

Valdemar Silva

No passado sábado, 30 de junho,a Banda de Música da Trofa foiabrilhantar as lindíssimas Festas deS. Pedro da Maganha.

A atuação da nossa Banda começoupor volta das 21 horas, havendo um inter-valo, para dar lugar à atuação das Mar-chas de S. Pedro, com três magníficosgrupos, os quais com uma coreografiadeveras bem concebida, que muito agra-daram o numeroso e magnifico públicopresente.

A Banda de Música da Trofa que,atuou até à uma hora da madrugada dedomingo, exibiu um cardápio musical maisadequado aos festejos em questão, de-veras de muita categoria, com belas obras

Futuro hipotecado ou desenvolvimento adiado?

É cada vez mais determinante para o futuro do país e das novas gerações que seopte por uma política educativa que valorize o sistema de ensino público, capaz deassegurar o acesso universal à educação, ao ensino e ao conhecimento.

Seria por isso essencial dotar o sistema público de ensino de objetivos, estrutu-ras, programas e de meios financeiros e humanos que permitam a concretização dodireito ao ensino e à igualdade de oportunidades de acesso e sucesso educativo, atodos os portugueses e em todos os níveis de ensino.

Infelizmente não tem sido este o caminho do país nem da Trofa. Programa-se ofuturo com remendos e soluções de recurso. Abdica-se do desenvolvimento sustenta-do e dos critérios pedagógicos em nome da redução de custos, ao nível material ehumano, e consequentemente a redução da qualidade da Escola Pública.

A carta educativa do concelho da Trofa não dá resposta às necessidades do con-celho. Não garante resposta no sector público pré-escolar para todas as crianças doconcelho. Não resolve problemas de segurança existentes em escolas já edificadas.Não responde à evolução demográfica do concelho verificada na última década. Pro-move a fuga de estudantes do secundário para os concelhos vizinhos.

Encerram-se escolas, despedem-se professores e outros funcionários. Agora, estegoverno tem em curso um processo que impõe a generalização de um modelo deconcentração de escolas, associado a um modelo de gestão também ele centraliza-do. Todo este caminho vai sendo imposto sem o necessário envolvimento da comuni-dade educativa.

A criação dos chamados “mega agrupamentos” tem como objetivo a redução dedespesa, por diminuição de cargos, serviços e pessoal docente e não docente, sen-do esta uma política inversa à do aprofundamento da escola pública, consagrado naConstituição da República Portuguesa. Prevê ainda que em cada mega agrupamentoexista um Conselho Geral, um Conselho Pedagógico e um Director que tomarãodecisões administrativas e pedagógicas em função de níveis de ensino diferenciados.Discutir e tomar decisões em função dos problemas das aprendizagens, da sociabi-lidade e da relação pedagógica exigirá vários desdobramentos de inúmeras reuniõespor departamentos, por grupos e por escolas, fazendo com que a burocracia domineos quotidianos das escolas, com um cada vez maior distanciamento do órgão degestão dos estabelecimentos de ensino e da comunidade educativa.

Esperava-se que a Câmara Municipal da Trofa se opusesse a este caminho. Quelutasse pela construção de uma escola secundária na zona sul do concelho e nãoaceitasse a introdução de mais turmas, alunos e ciclos de ensino na EB2/3 de S.Romão.

Da Câmara da Trofa exigia-se uma postura de defesa da qualidade de ensinoministrado no concelho, de envolvimento da comunidade educativa, de resposta aosproblemas das novas gerações, de desenvolvimento de programas e atividades deligação da escola ao meio e do ensino à vida, que contribua para a formação integraldos jovens do ponto de vista cultural, político e social; defesa e valorização da EscolaPública, de qualidade, gratuita e Universal.

Sistema de ensino eMega agrupamentos

Correio do Leitorque tanto merece.

Quis, desta maneira propositada, de-dicar um texto especificamente e unica-mente a essas pessoas. Pois o seu tra-balho foi e é singular, humilde e, para mim,serve como exemplo de dedicação e des-prendimento.

As tradicionais festas em honra de S.João Baptista, em Guidões, estiverammuito próximas de não serem realizadas,essencialmente devido à falta de dinhei-ros. No entanto, e depois de um manifes-tar de vontade por parte de alguns e coma grande colaboração por parte da Juntade Freguesia de Guidões, foi possível reu-nir uma equipa trabalhadora, dinâmica e

com vontade de não deixar morrer umatradição de décadas, e, ao contrário dosanos anteriores, em apenas dois meses,esta equipa conseguiu reunir todas ascondições necessárias para a realizaçãodas festas de S. João, com as tradicio-nais marchas, cascatas, e todas as res-tantes envolventes desta romaria.

Geralmente, quando as coisas corremmal, vozes que criticam são as primeirasa serem ouvidas, mas quando as coisascorrem bem, as vozes que elogiam, ge-ralmente não se ouvem, e é por isso queutilizei este espaço para prestar a minhahomenagem a toda a equipa da comis-são de festas, parabenizando-os pelo fan-

tástico trabalho que desenvolveram durante os dois meses de preparação da fes-ta, e deixo o apelo para que, esta equi-pa, seja tida como exemplo, na realiza-ção das festas nos próximos anos, poispode não haver dinheiro, mas, se houvervontade e disponibilidade, conseguimostudo o que queremos!Como guidoense, honro-me de ser con-cidadão desta generosidade. Assim, umgrande bem-haja, e um muito obrigadoà Comissão de Festas do S. João deGuidões de 2012.

Nuno Moreira “Félix”

Banda de Músicada Trofa no S. Pedro

tocadas magnificamente por todos osnossos músicos, sob a batuta, do nossojovem e categorizado Maestro Filipe Cam-pos.

Ao concerto da nossa Banda assisti-ram mais de dois milhares de pessoas,que não se cansaram de aplaudir veemen-temente a mesma.

Por tudo isto, estão de parabéns osdirigentes da Associação Cultural de S.Pedro da Maganha, bem como toda apopulação desse lindo lugar da Cidade daTrofa, que devem ser considerados umexemplo de bairrismo a seguir neste tipode eventos populares por todo o conce-lho e Cidade da Trofa.

Como nota final, queremos realçar apresença, no meio da multidão, do vice-presidente da Câmara, MagalhãesMoreira, e também do vereador da Cultu-ra, Assis Serra Neves.

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www.onoticiasdatrofa.pt 5 de julho de 201232Atualidade

Patrícia PereiraCátia Veloso

Joana Lima foi indicada pela Jun-ta Metropolitana do Porto para admi-nistradora não executiva da Metro doPorto.

Numa reunião da Junta Metropolitanado Porto (JMP), que decorreu na sexta-feira, dia 29 de junho, foram anunciadosos nomes das pessoas que vão consti-tuir a administração da Metro do Porto.

Joana Lima, presidente da CâmaraMunicipal da Trofa, foi um dos nomes in-dicados pela JMP, para administradoranão executiva da Metro do Porto. Aautarca sente-se “muito honrada” por estaeleição, acreditando que este é um “si-nal claro de que a Linha da Trofa éprioritária”.

“Vou lutar, vou tentar lembrar em to-dos os momentos que o Metro da Trofa éuma prioridade não só local, mas tam-bém regional. Enquanto eu puder irei lu-tar dentro e fora da administração e emtodos os lugares onde estiver, porque oMetro da Trofa tem de ser uma realidadepara a Trofa”, realçou.

A JMP aceitou a sugestão de ÁlvaroSantos Pereira, ministro da Economia, enomeou João Velez Carvalho, que já ti-nha sido administrador da STCP até 2006,

Joana Lima na Junta Metropolitana do Portopara a presidência da Metro do Porto.Para administrador executivo a Junta in-dicou António José Lopes, economista eex-diretor da Vista Alegre. Já para admi-nistradores não executivos da Metro fo-ram ainda escolhidos António JoséSamagaio, professor universitário na áreado Planeamento e Ambiente, Aires Perei-ra, vice-presidente da Câmara Municipalda Póvoa de Varzim e Gonçalo Gonçal-ves, vereador da Câmara do Porto.

A Assembleia Geral da Metro do Por-to continuará nas mãos de Valentim Lou-reiro, presidente da Câmara de Gondo-mar, e o Conselho Fiscal passará a serliderado por Nuno Oliveira, socialista evice-presidente da Câmara de Matosinhos.Já a STCP contará apenas com dois ad-ministradores, André Cerqueira e CésarNavio.

Uma escolha que apenas contou como voto contra dos representantes da Câ-mara de Gaia, que justificaram o “veto”com a circunstância de o município tersido excluído da nova estrutura.

A assembleia-geral da Metro do Por-to, agendada para a tarde de sexta-feiracom o objetivo de eleger os novos órgãossociais, foi suspensa por 15 dias, sendoadiada para o dia 13 de julho, porque,segundo informações avançadas pelaLusa, a Comissão de Recrutamento e Se-leção da Administração Pública (CRE

SAP) levantou reservas quanto à desig-nação de António José Lopes (indicadopela JMP para administrador executivo) e

Joana Lima vai “lembrar em todos os momentos que o metro da Trofa é uma prioridade”de António Samagaio (escolhido peloGoverno para não executivo) para a admi-nistração da Metro do Porto.