Edição 382

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PUB 19 de julho de 2012 N.º 382 ano 10 | 0,50 euros | Semanário Diretor Hermano Martins Tourada causa polØmica Bombeiros pÆg. 8 Atualidade pÆg. 8 Trofense foi inscrito Desporto pÆg. 14 IncŒndio destruiu camiªo Santiago pıe Juventude em Festa Atualidade pÆg. 10 IncŒndio destruiu camiªo Trofense foi inscrito

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de 19 de julho de 2012

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19 de julho de 2012N.º 382 ano 10 | 0,50 euros | Semanário

DiretorHermano Martins

Tourada causa polémicaBombeiros pág. 8

Atualidade pág. 8

Trofense foi inscritoDesporto pág. 14

Incêndiodestruiucamião

Santiago põeJuventudeem Festa

Atualidade pág. 10

Incêndiodestruiucamião

Trofense foi inscrito

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www.onoticiasdatrofa.pt 19 de julho de 2012

Agenda

2Atualidade

Fundadora: Magda AraújoDiretor: Hermano Martins (T.E.774)Sub-diretora: Cátia Veloso (T.P. 1639)Editor: O Notícias da Trofa, PublicaçõesPeriódicas Lda.Publicidade : Maria dos Anjos AzevedoRedação: Patrícia Pereira (T.P. 1637),Cátia VelosoSetor desportivo: Diana Azevedo, MarcoMonteiro (C.O. 744), Miguel Mascarenhas(C.O. 741)Colaboradores: Atanagildo Lobo, JaimeToga, José Moreira da Silva (C.O. 864),

Tiago Vasconcelos, Valdemar SilvaFotografia: A.Costa, Miguel Trofa Pereira(C.O. 865)Composição: Magda Araújo, CátiaVeloso, Ana Assunção (T.P.E 155)Impressão: Gráfica do Diário do Minho,Lda,Assinatura anual: Continente: 20 euros;Extra europa: 59,30 euros; Europa: 42,40euros; Assinatura em formato digitalPDF: 15 eurosNIB: 0007 0605 0039952000684Avulso: 0,50 Euros

Os artigos publicados nesta edição dojornal “O Notícias da Trofa” são da inteiraresponsabilidade dos seus subscritores enão veiculam obrigatoriamente a opiniãoda direção. O Notícias da Trofa respeita aopinião dos seus leitores e não pretende demodo algum ferir suscetibilidades.

Todos os textos e anúncios publicadosneste jornal estão escritos ao abrigo donovo Acordo Ortográfico.

Nota de redaçãoFicha TécnicaE-mail: [email protected] e Redação: Rua das Aldeias de Cima,280 r/c - 4785 - 699 TrofaTelf. e Fax: 252 414 714Propriedade: O Notícias da Trofa -Publicações Periódicas, Lda.NIF.: 506 529 002Registo ICS: 124105Nº Exemplares: 5000Depósito legal: 324719/11Detentores de 50 % do capital ou mais:Magda Araújo

Farmáciasde Serviço

Telefonesúteis

Bombeiros Voluntáriosda Trofa

252 400 700GNR da Trofa252 499 180

Polícia Municipal da Trofa 252 428 109/10

Dia 20Juventude em Festa, em Bairros22 horas: Eliminatória do Con-curso de Bandas de Garagem,no Parque Nª Srª das Dores

Dia 2117 horas: Juventude em Fes-ta, em Bairros21.30 horas: Festival do Ran-cho Etnográfico de Santiago deBougado, no adro da Capela deNossa Senhora da Livração22 horas: Eliminatória do Con-curso de Bandas de Garagem,no Parque Nª Srª das Dores22.45 horas: Desfile de Modana Juventude em Festa emBairros

Dia 2222 horas: Eliminatória do Con-curso de Bandas de Garagem,no Parque Nª Srª das Dores

Dia 2322 horas: Eliminatória do Con-curso de Bandas de Garagem,no Parque Nª Srª das Dores

Dia 2422 horas: Eliminatória do Fes-tival da Canção, no Parque NªSrª das Dores

Dia 2522 horas: Eliminatória do Fes-tival da Canção, no Parque NªSrª das Dores

Dia 2622 horas: Eliminatória do Fes-tival da Canção, no Parque NªSrª das Dores

Dia 19Farmácia Barreto

Dia 20Farmácia Nova

Dia 21Farmácia Moreira Padrão

Dia 22Farmácia Trofense

Dia 23Farmácia Sanches

Dia 24Farmácia Barreto

Dia 25Farmácia Nova

Dia 26Farmácia Moreira Padrão

Patrícia [email protected]

Já arrancou a segundaquinzena das Colónias Balne-ares para seniores. Estes diasde praia serão repletos de ati-vidades.

O mês de julho é sinónimodas Colónias Balneares Senio-res, promovidas pela CâmaraMunicipal da Trofa.

Finda a primeira quinzena,começou esta segunda-feira, dia16 de julho, mais uma quinzenadedicada aos seniores trofenses.Desta forma a praia Leixão, naPóvoa de Varzim, vai acolher to-dos os seniores que, nos próxi-mos dias, vão poder participar emdiversas atividade na praia, tais

Seniores trofenses vão à praiacomo caminhadas e ginástica demanutenção.

Para uma manhã de convíviocom os seniores trofenses parti-cipantes nas colónias, Joana Li-ma, presidente da Câmara Mu-nicipal da Trofa, e o vereador daAção Social Magalhães Moreiradeslocam-se na segunda-feira,dia 23, à praia do Leixão.

As colónias balneares termi-nam no dia 28 de julho, que, esteano, coincide com o dia de encer-ramento do ano letivo da Acade-mia Municipal da Trofa – Aqua-place. Por essa razão, espera-se um mega convívio, entre to-dos os seniores participantes,onde a festa vai decorrer commuita animação, música e diver-timento entre todos os partici-pantes. Joana Lima visita seniores na praia

Com o mês de agosto à por-ta, o parque Nossa Senhora dasDores transforma-se num localde concertos e muita animaçãonoturna, a cargo da Comissão deFestas, que pretende, desta for-ma, atrair milhares de pessoaspara as festas em honra de Nos-sa Senhora das Dores.

O programa de festas já foidivulgado, e conta com atuaçõesde vários artistas conhecidos,como o Zé Amaro, Augusto Ca-nário e amigos, e artistas locais,como o Lírio Roxo, Sons e Can-tares do Ave, A Rapaziada e o

O Rancho Etnográfico de San-tiago de Bougado está a promo-ver o seu sétimo Festival Etno-Folclórico, contando com o apoioda Fundação Inatel. Como vemsendo habitual, o adro da Cape-la de Nossa Senhora da Livra-ção, em Lantemil, foi o local es-colhido para acolher este espetá-culo, que se realiza no dia 21 dejulho.

O programa, com início mar-cado para as 21.30 horas, come-ça com a entrada dos grupos

A Assembleia de Freguesiade S. Martinho de Bougado vaipromover, no próximo dia 27 dejulho, sexta-feira, uma sessãoextraordinária com um único pon-to no período na ordem do dia: adiscussão da reorganização ad-

Rancho EtnográficopromoveFestival Etno-Folclórico

participantes e a entrega das res-petivas lembranças. De seguida,tem início o festival que, além dogrupo da casa, conta com a atua-ção do Rancho Folclórico de S.Pedro de Rates, da Póvoa de Var-zim, Grupo Folclórico da Casado Povo de Santa Cruz do Bis-po, de Matosinhos, Grupo Regio-nal Folclórico e Agrícola de Pevi-dém, de Guimarães, e o RanchoFolclórico e Etnográfico de Pon-te da Barca.

P.P.

S. Martinho discutereorganização administrativa

ministrativa territorial autárquica.A sessão, com início marca-

do para as 21.30 horas no salãonobre da Junta, conta ainda como período de intervenção do pú-blico.

P.P.

Festas de Nossa Senhora das Dores

Os Deolinda são cabeça de cartaz das festas

Conjunto Típico do Val.Mas o “grande espetáculo

musical” estará a cargo do gru-po “os Deolinda”, que vai atuarna sexta-feira, dia 17, pelas 22horas.

Este é um grupo de músicapopular portuguesa, inspiradopelo fado e suas origens tradici-onais, que surgiu, em 2006, pe-los irmãos Pedro da Silva Martinse Luís José Martins (ex-Bicho de7 Cabeças), que convidaram asua prima Ana Bacalhau e, maistarde, José Pedro Leitão. P.P.

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Cátia [email protected]

Câmara Municipal e Co-missão de Festas de Nossa Se-nhora das Dores fizeram umbalanço positivo do certame.Joana Lima abriu porta à pos-sibilidade de ExpoTrofa conti-nuar a ser realizada na zonada estação da CP.

“Hoje (domingo) não ouvi ne-nhuma voz crítica em relação aoespaço. Com certeza se cala-ram”. Esta era a convicção deJoana Lima, presidente da Câ-mara Municipal da Trofa, perto dofinal de mais uma edição da Ex-poTrofa. Este ano, o certame fi-cou marcado por algumas novida-des, a maior foi a localização,que foi alvo de críticas e até hou-ve juntas de freguesia que nãose fizeram representar como for-ma de protesto. No entanto, nahora de fazer o balanço, JoanaLima garante que o feedback dosparticipantes e visitantes foi que“a aposta foi ganha”. “As pesso-as estão muito contentes, é umespaço amplo, aberto e limpo,que dá uma dimensão de feirainternacional. Tenho a certeza

“À partida, ExpoTrofa continua” na zona da estação

que daqui para a frente será ou-tra etapa com a ExpoTrofa sem-pre a crescer. Isto vem demons-trar a nossa dinâmica, o nossoassociativismo, mundo empresa-rial, que precisam de um empur-rão e foi o caso com a mudançade local”, afirmou.

A edil trofense garantiu que“se tivesse que decidir hoje” ondeiria ser a próxima edição da Expo-Trofa, voltava a escolher a zonada estação da CP. “O futuro aDeus pertence e amanhã logo se

vê, mas à partida vai continuarneste espaço”, adiantou.

A “obrigação” de “criar uma di-nâmica empresarial e associati-va” faz com que o executivo ca-marário continue a defender a re-alização deste certame. Joana Li-ma também quis felicitar “todasas freguesias” por terem partici-pado na ExpoTrofa, com ou semrepresentantes. “Houve algunspresidentes de junta que não qui-seram participar, mas a anima-ção esteve a cargo das popula-

ções de cada freguesia”, subli-nhou.

Este evento é fruto de umaorganização conjunta entre a au-tarquia e a Comissão de Festasem honra de Nossa Senhora dasDores. O presidente desta, JoséSá, fez um balanço “positivo” daExpoTrofa, pois “ultrapassou asexpectativas previstas”.

Para José Sá, também a novalocalização “contribuiu” para o“êxito”: “Foi muito participado tan-to a nível de expositores, como

nas tasquinhas, stands e asso-ciações. A população acorreu aeste recinto, inclusivamente, atéos velhos do Restelo vieram aesta Expo 2012”, frisou.

Finda esta iniciativa, as ener-gias canalizam-se para prepararas festas de Nossa Senhora dasDores. O presidente da Comis-são de Festas afirmou que a po-pulação “pode esperar uma fes-ta como uma das melhores orga-nizações”. “Estamos a primar pa-ra que se realizem festas ao ní-vel de antigamente, quando seapelidava como grandiosas fes-tas, muito embora surgisse al-gum receio devido à crise que sevive atualmente, mas a popula-ção tem aderido nas atividades,o que permite antever que vai seruma romaria que vai dignificar aTrofa”, asseverou.

A tarde do último dia de cer-tame esteve a cargo de váriosgrupos multiculturais, fazendojus ao novo epíteto “Feira dos Po-vos”, com a atuação de dançasde música tradicionais guineen-ses, dança do ventre, entre ou-tras. À noite, foi o Grupo Sons eCantares do Ave que deram mú-sica aos visitantes.

A animação do último dia esteve a cargo de vários grupos multiculturais

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Cátia [email protected]

Milhares de pessoas acor-reram ao recinto da ExpoTrofapara ver a animação progra-mada pela Junta de Fregue-sia do Muro.

O penúltimo dia de ExpoTrofafoi um dos mais concorridos.Milhares de pessoas encheramo recinto, no sábado à noite, paraver a animação programada pelaJunta de Freguesia do Muro, quese associou ao certame e levoua “prata da casa”, que além demúsica, dada pela banda de ga-ragem Hipnotic Wall, arrancou

Marchas da Maganha egrupo musical A Rapaziadaanimaram o dia de quarta-fei-ra na ExpoTrofa.

A animação da quinta noiteda ExpoTrofa, quarta-feira, dia 11de julho, esteve reservada àsgentes de Santiago de Bougadoque, este ano, não estiveram re-presentadas pela Junta de Fre-guesia.

Num dia em que a CâmaraMunicipal da Trofa prestou uma

Dia do Muro foi dos mais concorridosvárias gargalhadas ao públicocom a peça de teatro que fez umasátira a um programa de televi-são, mas na versão “A Tua Caraé Tão Estranha”. Carlos Martins,presidente da Junta de Fregue-sia, participou nesta atuação dogrupo de jovens Juventude SemFronteiras e fez parte do “júri”que avaliou “a participação”, oumelhor, a imitação de várias ca-ras conhecidas da praça portu-guesa como José Raposo, Ma-ria João Abreu, Cristiano Ronaldo,Paulo Portas e Cavaco Silva.

O autarca murense afirmouao NT e à TrofaTv que a Junta deFreguesia “faz questão de, todosos anos, levar as forças vivas”,

da Associação Recreativa Juven-tude do Muro, Muro d’Abrigo egrupo de jovens para “tentar pre-encher os espaços e o horárioda animação”.

“Independentemente de o tem-po não estar muito quente, é fi-nal de semana, a iniciativa estánum novo local e teve muita ade-são, porque as pessoas gostamdeste certame. O Muro faz partedo concelho e a finalidade desteevento é divulgar o que o nossoconcelho tem, desde a parte eco-nómica à indústria e gastronomia,sem esquecer as associações.É importante divulgar o que me-lhor tem o nosso concelho”, afir-mou Carlos Martins.

Relativamente ao novo espa-ço da ExpoTrofa, o presidente daJunta considerou “bastante po-sitivo”. “É evidente que aqui temaspetos muito bons, mas ondeestava (Parque Nossa Senhoradas Dores) também tinha assuas potencialidades. Aqui, amobilidade para pessoas idosas,

crianças, deficientes é muitomais fácil. A nível logístico, mes-mo para os próprios stands con-segue-se fazer um layot apropri-ado, assim como ao nível da se-gurança. Agora, há um problemaa surgir que é esta centralidadeo que se fazer à centralidade quesempre foi conhecida pela Se-nhora das Dores e Catulo. Nes-te caso, disseram que isto ia serprovisório por causa das obrasdo Parque. Não sei se depois

desta experiência, vão entendercontinuar aqui ou não. Vamosver”, afirmou Carlos Martins.

A animação do dia dedicadoà freguesia do Muro contou coma participação do grupo de Karatéda Associação Recreativa Juven-tude do Muro, que também le-vou o grupo de aeróbica. A Murod’Abrigo também levou os seusutentes, que fizeram relembraroutros tempos, com cantigas tra-dicionais.

A Rapaziada e Marchas da Maganhaanimaram noite de Santiago

homenagem a Rui Pedro Silva,atleta bougadense que vai parti-cipar nos Jogos Olímpicos emLondres, a animação de quarta-feira esteve a cargo dos gruposdas terras de Bougado.

O primeiro a subir ao palcofoi A Rapaziada, que presenteouos visitantes com a tradicionalmúsica portuguesa. A animaçãodeste dia fechou em beleza, coma atuação dos três grupos dasMarchas de S. Pedro da Maga-nha. P.P.

Penúltimo dia da ExpoTrofa foi um dos mais concorridos

A tua cara é tão estranha arrancou várias gargalhadas

Grupo musical A Rapaziada presenteou visitantes com música tradicional portuguesa

Animação de sábado agradou aos visitantes

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Cátia [email protected]

S. Mamede do Coronado animouo dia de sexta-feira na ExpoTrofa.Animação esteve a cargo de um jo-vem da freguesia e do Rancho do Di-vino Espírito Santo, que se estrearamno certame.

O dia de sexta-feira acordou chuvosoe foi motivo de receio para quemprotagonizava o sétimo dia de ExpoTrofa.No entanto, para o final do dia, S. Pedrolá deu uma ajudinha e afastou as nuvensnegras para que os visitantes pudessempassear pelo recinto do certame.

O programa de animação do dia dedi-cado a S. Mamede do Coronado come-çou com uma demonstração daBodytone, nas modalidades de cicle ezumba fitness que contaram com a parti-cipação dos alunos do centro de treinose atraíram a atenção de vários curiosos.

À noite, enquanto uns passavam pelostand d’O Notícias da Trofa para se man-terem informados, outros assistiram àatuação de Júnior Jackson, que levou as

Patrícia [email protected]

O 6º dia da Expotrofa esteve reser-vado à freguesia de Guidões. A ani-mação esteve a cargo da “prata dacasa”.

Na noite dedicada à freguesia de Gui-dões, 12 de julho, a animação esteve acargo da “prata da casa”. Além da presen-ça habitual de Elsa Carneiro, que abri-lhantou o início da noite com músicasbem conhecidas, este ano a freguesiacontou com uma novidade na sua progra-mação, a atuação do grupo Guidoesdance.

O stand dedicado às juntas de fregue-sia, estava “ornamentado com carinho”,onde é dada visibilidade a Guidões du-rante a sua passagem pela ExpoTrofa.Quem o visitou pôde encontrar o brasãoda freguesia em tela de arraiolos acom-

S. Mamede inovou com tributoa Michael Jacksone um Rancho renascido

coreografias celebrizadas pelo cantor nor-te-americano Michael Jackson.

O bailarino foi uma das escolhas doexecutivo da Junta de Freguesia, que es-tava “satisfeito” com a afluência da popu-lação mamedende ao certame. “Uns vêmporque gostam do Júnior Jackson e ou-tros vieram porque gostam do Rancho eseguem-no para onde ele vai e isso é ex-traordinário e movimenta a nossa fregue-sia. O tempo assustou um bocadinho, jáparece tradição, porque o ano passadofoi igual, mas compôs-se no fim do dia eestou satisfeito com o público que aquiestá”, afirmou o presidente José Ferreira.

O autarca defende a realização deeventos como a ExpoTrofa, até porque éo mentor do S. Mamede Convida, um cer-tame similar que teve a primeira ediçãoem 2011. “São sempre boas iniciativas depromoção das freguesias, coletividades,empresas, aquilo que de bom tem o nos-so concelho. Sou da opinião que devecontinuar e melhorar cada vez mais”,acrescentou.

E quanto à localização da ExpoTrofa,que tem dado muito que falar, o autarcade S. Mamede defende que um eventocomo este devia “percorrer todo o conce-lho, uma vez que envolve todas as jun-tas”. “Reconheço que nem todas as fre-guesias têm capacidade para albergar umevento desta natureza, por outro lado, sehouvesse um esforço nesse sentido cri-ar-se-iam todas as condições para quese pudesse realizar um evento destes emcada uma delas. De qualquer das formas,independentemente da localização, quenão me causa nenhuma angústia, tenhosempre muito gosto em participar e re-presentar a freguesia de S. Mamede doCoronado”, frisou.

Depois do tributo a Mickael Jackson,foi a vez do Rancho do Divino EspíritoSanto estrear-se na ExpoTrofa. Este gru-po esteve desativado durante cerca deduas décadas e nunca teve oportunidadede participar neste certame.

Guidões animou6º dia da ExpoTrofa

panhado por um poema, feitos por IsauraMaia, e a réplica da Igreja de Guidões,feita, através de “pequenas coisas recicla-das”, pelo artesão Vasco Silva. Recorde-se que a tela de arraiolos foi oferecida àJunta de Freguesia durante a atuação daMarcha da Póvoa nas festas de S. João,que decorreram na noite de 23 de junho.

Bernardino Maia, presidente da Juntade Freguesia, afirmou que Guidões conti-nua a apostar na “prata da casa”, mascom algo “sempre diferente”, onde se notauma “grande união” dos guidoenses emtrabalhar em prol da freguesia.

Também a nova localização do certa-me foi alvo de elogios por parte doautarca, que considera este novo espaço(zona envolvente à estação CP) “lindís-simo”, onde há “melhores condições, hi-giene e mais espaço”. O facto de ser umlocal onde as “acessibilidades são me-lhores” é mais um ponto forte.

Guidoesdance foi a novidade da freguesia de Guidões

Michael Jackson foi homenageado

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www.onoticiasdatrofa.pt 19 de julho de 20126 Atualidade

Cátia [email protected]

Uma das conclusões de umestudo de diagnóstico da po-pulação imigrante no conce-lho da Trofa é que a maioriados indivíduos estrangeirosdepende do trabalho, e nãode subsídios e apoios sociais,para subsistir.

Quantos imigrantes existemno concelho? Qual a nacionali-dade mais representativa? Qualo principal meio de vida? Quenível de escolaridade apresen-tam? Estas e muitas outrasquestões têm agora resposta nolivro apresentado pela CâmaraMunicipal da Trofa em colabora-ção com o Alto Comissariado pa-ra a Imigração e Diálogo Intercul-tural (ACIDI) e foi elaborado poruma equipa da universidade doMinho, orientada pelo professorManuel Carlos Silva. Perante umpúblico de várias nacionalidades,e tendo como palco a Feira dosPovos, na ExpoTrofa, o vice-pre-sidente da autarquia e vereadorda Ação Social apresentou o “Di-agnóstico da População Imi-grante no Concelho da Trofa” quenasceu da “vontade de conhecermelhor a comunidade imigranteestabelecida no concelho”.

Os últimos resultados, data-dos de 2009, apontam que a Tro-fa tinha 694 imigrantes regista-dos e destes 462 procuraram osserviços do Centro Local de Apoioà Integração de Imigrantes des-de a sua fundação, novembro de2007.

O estudo, que incidiu na apli-cação de inquéritos a 185 imi-grantes no concelho e recolha de

Maioria dos imigrantes da Trofadependem do trabalho para sobreviver

informação sobre 477 indivíduos,concluiu que a maioria dos imi-grantes são oriundos da Ucrânia(49,2 por cento), do Brasil (18,4por cento), do Paquistão (12,4por cento) e da Rússia (8,1 porcento), verificando-se ainda ou-tras nacionalidades menos ex-pressivas como Moldávia (3,8 porcento), enquanto os restantes oi-to por cento estão distribuídospor indivíduos de Angola, Caza-quistão, China, Índia, Nepal, ou-tros países africanos, Colômbia,Cuba, Venezuela e Canadá.

Os imigrantes que estão ins-talados na Trofa são, essencial-mente, “adultos jovens em plenacapacidade de trabalho”, com 50por cento dos inquiridos a perten-cer à faixa etária até aos 37 anos,enquanto 75 por cento não ultra-passa os 43 anos de idade.

Relativamente à habitação,21,2 por cento dos imigrantes re-sidentes na Trofa dividem o alo-jamento com outros indivíduos equanto aos casamentos celebra-dos entre indivíduos de naciona-lidade portuguesa e estrangeiranão ultrapassam os 6,4 por cen-to dos registados no concelho.

Um dos “mitos” que o estudoajuda a quebrar tem a ver com oprincipal meio de vida dos imi-grantes. A maioria dos inquiridos,bem como os membros queconstituem os agregados destes,com igual ou superior a 16 anos(54 por cento), vivem do trabalhopara subsistir e não do Rendi-mento Social de Inserção ou ou-tro apoio social.

O estudo aponta ainda que“os imigrantes desempenhamprofissões pouco qualificadas” e,salvo uma ou outra exceção dequadros superiores ou empresá-

rios, a esmagadora maioria traba-lha como operário (21,5 por cen-to) ou possui trabalho não qualifi-cado (37,4 por cento).

Em 2009, o imigrante médiosem contrato de trabalho eraucraniano (38 por cento), comidade compreendida entre os 35e 39 anos de idade (25 por cen-to) e habilitações ao nível do se-cundário (38 por cento).

No entanto, os investigadoresalertam que “entre os que obti-veram trabalho, a sua atividadeprofissional real situa-se abaixodas suas habilitações ou qualifi-cações, o que por vezes provo-ca um sentimento de injustiça emesmo de discriminação”. Jápara os que estão no desempre-go, “as situações de vulnerabili-dade social vêm ao de cima, porvezes de forma dramática” como“a pobreza e privação; as situa-ções de saúde, as dificuldadesde acesso à educação, entreoutras”. Por isso, os investiga-dores apelam à autarquia que“tome nota destes problemas e

encontre formas de proporcionarcondições aos cidadãos”.

De acordo com o documen-to, é notório que o ano em queentraram um maior número deimigrantes foi 2001. Os valoresforam decrescendo até meadosde 2006, para voltar a ter tendên-cia ascendente até 2009.

Uma das conclusões do es-tudo é que “a imigração tem con-tribuído para o rejuvenescimentoda população do município e, emparte, para o crescimento efetivoda população”.

Na apresentação do estudo,Magalhães Moreira, vereador dopelouro da Ação Social, afirmouque o executivo camarário “con-sidera que a imigração deve servista como uma oportunidade dedesenvolvimento”, pelo que éimportante potenciar a integra-ção harmoniosa e sustentável”dos imigrantes. “Queremos conti-nuar a criar as condições neces-sárias para que as migraçõescontribuam efetivamente para odesenvolvimento económico esocial garantindo um acolhimen-to dos imigrantes sem descrimi-nações, em igualdades de direi-tos e de dever”, acrescentou. Oautarca acrescentou ainda que“a verdade é que a população imi-grante obtém no nosso conce-lho o seu sustento mas em si-multâneo contribui para o desen-volvimento da nossa economia eda nossa região”.

O estudo foi realizado entredezembro de 2009 e maio de2010, através do Centro de Inves-tigação em Ciências Sociais daUniversidade do Minho, com aaplicação de inquéritos por ques-tionário, entrevistas semi-estrutu-radas, para recolher resultadosqualitativos sobre as comunida-des imigrantes, e focus group,

que “permitiram a análise dequestões referentes às relaçõessociais intra e interétnicas”.

Manuel Carlos Silva, que lide-ra o Centro de Investigação,agradeceu à autarquia por reali-zar este estudo, sublinhando que“mesmo não sendo assunto quelhes possam render votos emtermos imediatos, é importanteque tenham visto e entendido queeste é um problema que afeta asociedade portuguesa e que háde ter essa abertura para convi-ver, conhecer e intervir da melhormaneira para que seja mais efi-caz a intervenção a nível políti-co, social e educativo”.

694 eram os imigrantesregistados com residência noconcelho da Trofa, em 2009

462 imigrantes solicitaramos serviços do CLAII da Trofa,desde novembro de 2007

49 por cento dos imigrantessão oriundos da Ucrânia

18 por cento dos imigrantessão oriundos do Brasil

12 por cento dos imigrantessão oriundos do Paquistão

75 por cento dos inquiridosnão ultrapassam os 43 anos deidade

6 por cento é a percentagemde casamentos celebrados noconcelho entre indivíduos de na-cionalidade portuguesa e es-trangeira

58 por cento dos inquiridosvivem do trabalho para subsistir

58,9 por cento é a percenta-gem de imigrantes inquiridosque trabalham como operário outrabalhador não qualificado

21,2 por cento dos imigran-tes inquiridos dividem alojamen-tos com outros indivíduos

Números

Diagnóstico da população imigrante no concelho da Trofa apresentado na Feira dos Povos

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Cátia [email protected]

Escola Básica 2/3 de S.Romão do Coronado distin-guiu os melhores alunos doúltimo ano letivo, numa inici-ativa que contou com o apoioda Savinor.

Diogo Sousa é um exemploa seguir. A estudar na EB 2/3 deS. Romão do Coronado, termi-nou o 5º ano com a nota máxi-ma a quase todas as disciplinas.

EB 2/3 de S. Romão distingue melhores alunosA explicação para o sucessoparece simples: “Esforço-me”,dizia, enquanto complementavaque “era como os outros alunos”,pois estuda “antes dos testes”.O acréscimo é o estudo “duran-te as férias para relembrar maté-rias para o próximo ano”.

Como disciplinas favoritas,Diogo elege a Educação Visuale Tecnológica e a Música. Assu-me-se, portanto, como “um ho-mem das artes” que ainda nãodecidiu o que quer ser quandocrescer mas das duas, uma: “Ou

artista plástico ou professor dearte”.

Este aspirante a artista foi umdos alunos que receberamprémios de mérito escolar pelosresultados obtidos no ano letivo.José Magalhães, diretor da EB2/3 de S. Romão do Coronado,afirmou que se trata do “reconhe-cimento do trabalho que fizeramdurante o ano escolar”. “São alu-nos excecionais, já dotados decapacidades que potenciaram

com trabalho e empenho”, acres-centou. O diretor da escola está“satisfeito” com “bons” resulta-dos da escola, que colocam es-cola “acima da média nacional”.

No momento de classificar aescola, Diogo Sousa é pe-rentório: “É boa. Tem boas inici-ativas, o espaço é bom e os pro-fessores acompanham os alu-nos”.

A iniciativa é promovida pelosegundo ano consecutivo, com

o apoio da Savinor, que “faz todoo sentido dar continuidade”, afir-mou o administrador da empre-sa, João Pedro Azevedo, queadmitiu que “já estão programa-das uma série de iniciativas” numplano “que será reforçado para opróximo ano letivo”.

Depois da entrega dos diplo-mas, os alunos reuniram-se paraa foto de família que vai ganharlugar de destaque no álbum derecordações da escola.

Savinor apoiou a iniciativa

Atualidade 7

Patrícia [email protected]

Animação do parque Nos-sa Senhora das Dores está ga-rantida através do Concursode Bandas de Garagem e doFestival da Canção, que de-correm entre os dias 20 e 29de julho.

A ExpoTrofa já terminou, maso trabalho da Comissão de Fes-tas de Nossa Senhora das Do-res ainda está a começar.

Com o intuito de demonstrare dar a conhecer o talento da co-munidade trofense, a Comissãode festas em Honra de NossaSenhora das Dores, este ano acargo de Finzes, Padrão, Castêloe Bairro da Capela, decidiramcontinuar com o concurso deBandas de Garagem e o Festi-val da Canção. Por essa razão,esta sexta-feira, o parque Nos-sa Senhora das Dores será inva-dido por artistas trofenses, quevão participar na segunda ediçãodo Concurso de Bandas de Gara-gem. Mais de seis bandas vão

Bandas de Garagem e Festival da Canção

Animação noturna regressaao Parque Nossa Senhora das Dores

participar nas três eliminatórias,que vão decorrer entre os dias20 e 23 de julho, sexta e segun-da-feira, onde vão tentar impres-sionar os júris com os seus do-tes musicais, para conseguiremum lugar na finalíssima, que serealiza no dia 27 de julho.

Também o Festival da Can-ção, que já vai na terceira edi-ção, conta com quatro dias noprograma, em vez de nove dosanos anteriores. Nas eliminató-rias, que decorrem de 24 a 26de julho, cerca de 15 jovens vãomostrar o seu valor, para se apu-

rarem para a finalíssima, no dia29 de julho.

Estas iniciativas estão previs-tas começar pelas 22 horas, noParque Nossa Senhora das Do-res.

Apesar de “alguns proble-mas” que tenham existido inici-almente, a Comissão de Festasestá “muito agradada e grata” pe-los participantes nestes concur-sos.

Para que houvesse uma gran-de participação por parte da co-munidade trofense, a Comissãode Festas colocou, atempada-

mente, cartazes e pediram oapoio das juntas de freguesia, pa-ra que as pessoas fossem moti-vadas “a envolverem-se nesta im-portante ação de motivação”.Apesar de ter recebido “um feed-back positivo”, “inexplicavelmen-te alguns resolvem estar à partedaquilo que é envolvência con-celhia”. António Costa, respon-sável pelos concursos, não en-tende qual poderá ser a razãopara estas ausências, conside-rando “uma perda de oportunida-de” para os jovens das freguesi-as não participativas. “Há muito

pouca coisa que é promovida anível concelhio em termos cultu-rais e locais. O Festival da Can-ção e as Bandas de Garagem sãouma promoção local, pelo quenão é entendível as pessoas ar-redaram-se das suas responsa-bilidades perante aquilo que é ajuventude deste concelho”, justi-ficou, frisando que a Comissãoestá empenhada em ultrapassaras dificuldades que têm surgin-do.

Contrariamente ao que acon-teceu nas duas edições, este anoo Festival da Canção vai decor-rer em apenas quatro dias, haven-do para isso uma “junção dasfreguesias”, para que o espetá-culo “possa ser adequado”. Con-tundo, esta decisão não tem re-cebido um “ feedback positivo”por parte de algumas juntas. Nofinal da entrevista, o responsávelsalientou a “forma proativa” dosjovens, que têm estado envolvi-dos em várias atividades da fes-ta, desde a dinamização do site,página do Facebook e anima-ções que têm acontecido, nos úl-timos meses, no bar da Capela.

Eliminatórias decorrem no parque Nossa Senhora das Dores

Arquivo

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Patrícia PereiraHermano Martins

Um camião de transporte de viatu-ras, estacionado no interior de umaempresa de peças de automóveis, si-tuada na Maganha, em Santiago deBougado, ficou destruído pelas cha-mas.

A origem do incêndio está a seraveriguada pelas autoridades.

Um incêndio numa viatura, numa em-presa de peças de automóveis, situadana Maganha, em Santiago de Bougado,deixou os vizinhos em alerta.

Tudo terá acontecido durante a ma-drugada de quarta-feira, cerca das 4 ho-ras, quando as chamas deflagraram, des-truindo um camião de transporte de viatu-ras. Segundo testemunhos de vizinhos,antes de terem ouvido alguns estrondos,que se julgam serem dos vidros a que-

Camião destruído pelas chamasmentos dos Bombeiros Voluntários daTrofa, que conseguiram extinguir o fogo.O camião e peças de automóveis, que seencontravam na zona envolvente, foramdestruídos pelas chamas.

Segundo Pedro Dias, responsável pelaempresa, a viatura encontrava-se em per-feito estado de circulação, no entanto es-teve parada durante o dia de terça-feira.Por essa razão, pode excluir-se que acausa do incêndio tenha sido o sobre-aquecimento do camião. O responsávelnão tem “nenhuma suspeita” do que teráacontecido, não se tendo apercebido denada anormal que tenha ocorrido nestesúltimos dias.

Apesar de achar “prematuro” avaliar osvalores do prejuízo, Pedro Dias adiantouque só o valor do camião andará “na or-dem dos 20 a 30 mil euros”.

O caso está entregue às autoridades,que estão a averiguar todos os indíciosrecolhidos.

Camião foi destruído pelas chamas

Cátia VelosoHermano Martins

A realização de uma tourada naTrofa, a 29 de julho, está a levantarum movimento contestatário. Comis-são de Festas de Nossa Senhora dasDores, parceira na realização doespetáculo, espera angariar oito mileuros para reverter para a romaria.

A poeira levantou e promete não as-sentar tão cedo. Mal começaram a circu-lar os primeiros rumores da realização deuma tourada na Trofa, um movimento decontestação surgiu, multiplicando mensa-gens de oposição tanto em redes sociaiscomo nos correios eletrónicos.

A tourada está agendada para 29 dejulho, frente à EB 2/3 Professor NapoleãoSousa Marques, e é organizada pelaempresa Touros é Cultura, em parceriacom a Comissão de Festas em honra deNossa Senhora das Dores. O presidentedesta, José Sá, explicou que a ideia deorganizar este espetáculo surgiu “natural-mente como qualquer outro evento deanimação”, considerando que este será“memorável” e dará “uma oportunidade àsgentes da Trofa ver ao vivo uma corrida detouros”. A comissão de festas espera an-gariar cerca de “oito mil euros”, que rever-terão para a realização das festas. Po-rém, não será a maior receita, mas sim“o sorteio de uma moto4 e a exploraçãodo bar da capela”.

No entanto, a realização da corrida detouros está longe de ser pacífica, uma vezque já se levantou um grupo contestatárioque vai mobilizar-se no sentido de “mos-trar a sua indignação contra as touradas”,adiantou Sílvia Coutinho, ex-presidente da

Tourada na Trofa envolta em polémicaAUAUA, ex-associação concelhia deproteção dos animais. “Vamos chamar osórgãos de comunicação social para faze-rem reportagem deste triste acontecimen-to”, adiantou, sublinhando que a Trofa “nãotem tradição neste tipo de eventos”. O mo-vimento anti-tourada está a tentar sensi-bilizar as pessoas através das redes so-ciais e “já centenas delas manifestam-sea nível nacional, pois não percebem comose consente uma cena triste desta”. Sil-via Coutinho promete uma manifestação“pacífica”, até porque “as pessoas esta-rão lá contra a violência”. “A Câmara Mu-nicipal da Trofa também está a ser bom-bardeada com emails e telefonemas decontestação”, frisou.

José Sá considera que a tourada “nãoé motivo para alguém se sentirdesgostoso”, no entanto crê que são maisas vozes que elogiam do que as que con-testam. “As opiniões que tenho ouvido éde pessoas que me perguntam onde sevendem os bilhetes e quanto é que cus-tam e me dizem que foi uma bela ideia.Ainda não apareceu uma pessoa a con-testar. Eu não acredito que hajamcontestatários publicamente, mas seexistirem são residuais face às pessoasque vão assistir ao espetáculo”, frisou. Anão ser que “algo de maior impeça”, JoséSá garantiu que vai assistir à tourada.

Segundo a lei, o licenciamento de ins-talação de recintos para a tourada é feitoatravés de um requerimento junto da Câ-mara Municipal, enquanto a realização doespetáculo tauromáquico tem de ser li-cenciado pela Inspeção Geral das Ativi-dades Culturais.

José Sá afirmou que o processo delicenciamento “compete à empresaorganizadora”, que “se não conseguir não

poderá realizar o espetáculo na Trofa”. “Àcomissão coube apenas a ideia e o con-vite”, complementou.

Contactada, fonte da autarquiagarantiu que “não recebeu nenhum pedi-do de licenciamento para o evento emquestão”. “Informamos ainda que Câma-ra Municipal da Trofa irá cumprir a Lei”,acrescentou.

Paulo Pessoa de Carvalho, da empre-sa Touros é Cultura, garante um es-petáculo “com bons touros, bons tourei-ros e bons forcados”, ao nível dos que serealizam “no sul do País”.

O responsável adiantou que a Trofasegue a tendência que se verifica pelo“aumento de corridas na zona Norte”. Osmovimentos contestatários, contou PedroPessoa de Carvalho, são mais usuais noNorte e, nos últimos anos, em Lisboa, eapesar de respeitar as opiniões de quemnão gosta deste tipo de espetáculo, oporta-voz da empresa salientou que “to-dos os procedimentos legais são cumpri-

dos” ao “abrigo daquilo que é a culturado nosso país há séculos”. “Cumprimosregras de segurança, de bem-estar ani-mal e às vezes vamos um bocadinho maislonge para melhorar alguns aspetos queachamos que não estiveram tão bem.Quando esgotamos praças no Norte comduas mil ou três mil pessoas e temos deznas ruas a manifestar-se, daí consigo ti-rar a relação real e justa do que é estediferencial de opiniões”, acrescentou. Aorganização espera encher o recintoamovível e tem à venda cerca de 2600 bi-lhetes, com o valor médio unitário de 25euros. Na Trofa a ultima tourada foi reali-zada em 1997, no Centro Equestre, emSantiago de Bougado. Em 1995 foi tam-bém realizada uma no mesmo local. Anosantes tinha sido realizada uma no campode jogos do C.D.Trofense, cuja receita terátambém na altura revertido a favor das Fes-tas em Honra de Nossa Senhora das Do-res.

brar, terão, alegadamente, ouvido um carroa arrancar.

Para o local dirigiram-se quatro viatu-ras de combate a incêndios com 13 ele-

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“Apanha-me se puderes”. É desta forma que a comissão de festas de S.Bartolomeu, que se realizam em agosto, em S. Romão do Coronado, desafia acomunidade para uma apanha do porco, que se realiza no domingo, dia 22, frisan-do que “mais vale um porco na mão, do que a cara no chão”. O Largo de S.Bartolomeu acolhe esta apanha, que tem início marcado para as 14.30 horas.

Caso queira participar nesta iniciativa ou obter mais informações pode contactaro Ricardo, através do número 962 567 065, ou o Germano, através do 914 979 173.

Já no dia 12 de agosto, está programado um passeio a Samil, Espanha. Acomissão pede a todos os interessados em participar, ou até para mais informa-ções, para contactarem os membros da comissão de festas, através dos contac-tos já mencionados.

Como refere fonte da comissão, estas iniciativas têm o objetivo de “angariarfundos para a realização das festas”. P.P.

ApanhadoPorcoemS.Mamede

Patrícia PereiraA.Costa

O Agrupamento 447 de Santiagode Bougado festejou 37 anos deescutismo, com um acampamento nolugar do Talho, em Cidai, Santiago deBougado.

De forma a comemorar 37 anos de vidaescutista em Santiago de Bougado, oAgrupamento 447 do Corpo Nacional deEscutas promoveu o habitual acampa-mento no lugar do Talho, em Cidai, quejuntou os elementos escutistas, antigosescuteiros e a Fraternidade Nuno Álva-res.

O acampamento iniciou-se no sába-do, com um conselho de Guias, seguidode atividades relacionadas com a temá-tica da sustentabilidade. Já é habitual oagrupamento aproveitar estes eventos,para “dar alguma formação aos miúdos”.Depois do jantar decorreu o “arrear da ban-deira”, seguido do fogo do conselho.

O dia de domingo começou com ohastear da bandeira, sendo que, de se-guida, os escuteiros partiram em direçãoà Capela Nossa Senhora do Desterro, emBairros, onde foi celebrada a eucaristiapelo novo padre José Ricardo Dias. Foiao som dos tambores e das cornetas que,no final da cerimónia, os escuteiros ho-menagearam “o doutor Padrão e a espo-sa”, que são os padrinhos deste agrupa-

37 anos de escutismo em Santiago de Bougado

mento.No local do acampamento, houve o

tradicional almoço convívio, que contoucom a presença dos respetivos familia-res e amigos do agrupamento, seguidode uma festa de campo, cheia de ativida-des.

Agrupamento prepara24 horas em comunidade

O Agrupamento 447 está a prepararuma iniciativa, denominada 24 horas emcomunidade, que se realiza no dia 28 de

julho, contando com o apoio da Junta deFreguesia de Santiago de Bougado.

O Souto da Lagoa foi o local escolhi-do para acolher esta iniciativa, que vaicontar com várias atividades, desde pa-lestras, exposições, pedi paper, torneios,música ao vivo e jantar convívio.

As primeiras atividades têm início às15 horas, com uma exposição de artesdo concelho e um pedi paper, concursode fotografia, até às 16 horas, em que cadaequipa participante tem que levar umamáquina fotográfica. Já às 16 horas, rea-lizam-se torneios de malha e sueca.

Escuteiros participaram na eucaristia celebrada pelo padre José Ricardo Dias

Depois de um jantar convívio, pelas 20horas, onde não vão faltar as fêveras, asbarriguinhas e o caldo verde, as atividadesretomam, uma hora depois, com umapalestra sobre a história do concelho. Ainiciativa termina com a atuação d’A Ra-paziada e Lírio Roxo e com a entrega deprémios aos três primeiros classificados.

Para mais informações ou inscriçõespode contactar Rui Ferreira, através donúmero 916 604 277, ou de Ricardo Gil,com o email [email protected]. A inscriçãotem um custo de 2,5 euros por pessoa epor atividade.

Pub. Inst.

Pub. Inst.

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Cátia [email protected]

A Juventude em Festa promete pro-porcionar dois dias de animação noareeiro de Bairros. Junta de Fregue-sia prevê gastar menos de 20 mil euroscom esta e outras iniciativas no ve-rão.

O areeiro de Bairros está a ser prepa-rado para mais uma edição da Juventudeem Festa, uma iniciativa da Junta de Fre-guesia de Santiago de Bougado que, esteano, baixou nos custos para poder darcontinuidade à política de apoio aos jo-vens. “Normalmente, estas festas popula-res nunca são dirigidas para eles. Estesdois dias são uma forma de a Junta deFreguesia agradecer e apoiá-los, para selembrarem que as autarquias locais fa-zem alguma coisa pela juventude”, expli-cou o presidente António Azevedo, quese dirigiu ao areeiro para ver o andamen-to dos preparativos para a festa.

No primeiro dia, sexta-feira (20 de ju-lho), a animação será assegurada poruma discoteca de Santo Tirso, com a pre-sença de Dj’s, pelo que sairá gratuita àJunta de Freguesia. No sábado, o públi-co-alvo alarga-se, já que miúdos e graú-dos, à semelhança de anos anteriores,prometem juntar-se no espaço para ver apassagem de modelos, que contará coma participação especial dos atores Joana

Areeiro de Bairros prepara-se para Juventude em Festa

Duarte e Francisco Côrte Real, que repre-sentaram na novela juvenil “Morangos comAçúcar”. António Camelier, colocará de la-do a representação e vestirá a pele de Dj.No mesmo dia, à tarde, o centro de trei-nos Bodytone fará uma demonstração dasatividades que disponibiliza aos clientes.

O orçamento é mais baixo que o anopassado, garantiu António Azevedo, sal-vaguardando que “apesar de mais modes-to, terá a mesma dignidade”. Aliada à orga-nização estará a meteorologia, que prevêtemperaturas condizentes com o verãopara as noites de sexta-feira e sábado.

Outro dos pontos fortes desta iniciati-

va é a potenciação de um local emblemá-tico, entretanto esquecido devido à polui-ção do rio Ave: “Esta festa obriga-nos alimpar o local, pois antes isto era só er-vas e lixo. Assim fica preparado para overão para que as pessoas venham cá vi-sitá-lo e conviver.

Este ano, o executivo da Junta de Fre-guesia estabeleceu um orçamento de “20mil euros” para todas as festas de verãode Santiago de Bougado, onde tambémse inclui o Bougado em Festa, Dia deSantiago e Festa do Melão. António Aze-vedo pretende não atingir esse valor, porisso está a apostar na “prata da casa”

para a animação das iniciativas.“Eu considero este valor despendido

como um investimento e não como umadespesa corrente, porque os jovens es-tando aqui não estão noutros locais. A pardo benefício que traz, se gastarmos seisou sete mil euros no Juventude em Festaé insignificante para o orçamento da Jun-ta”, sublinhou.

Bougado em Festa e Concurso doMelão já têm datas

A Juventude em Festa é o “preâmbu-lo” para um verão recheado de atividadesem Santiago de Bougado. O Dia de San-tiago será, como sempre, no dia 25 de ju-lho, e terá como atração a Orquestra Rit-mos Ligeiros, seguida de uma sessão defogo de artifício. Para os dias 3, 4 e 5 deagosto está agendado o Bougado emFesta que “vai ter animação cultural daterra”, com dança e música, onde caberáuma gala de fados. O dia 5 ficará marca-do pela Feira à Moda Antiga e, ao contrá-rio dos anos anteriores, não terá o Con-curso do Melão, porque nessas datas ofruto ainda não estará maduro realizan-do-se assim o concurso a 15 de agosto.O Bougado em Festa terá como novida-des “diferentes tipos de artesanato comoé o caso da pintura” e uma exposição “decarros e motas antigas de pessoas deSantiago” e mantêm-se as tasquinhasexploradas pelos ranchos da freguesia.

Areeiro de Bairros acolhe festa dedicada aos jovens

Cátia [email protected]

Um relatório disponibilizado nosite do Ministério da saúde propõe oencerramento do serviço de urgênciabásica de Santo Tirso, que serve cer-ca de 110 mil utentes do concelhotirsense e da Trofa.

“Continuamos a achar que se justificamantê-la”. Foi esta a reação de José MariaDias, presidente do conselho de adminis-tração do Centro Hospitalar do Médio Ave(CHMA), relativamente à proposta de en-cerramento do serviço de urgência bási-ca de Santo Tirso, assim como de outros11 (Macedo de Cavaleiros, Fafe, Oliveirade Azeméis, Valongo, Peniche, Tomar,Montijo, Montemor-o-Novo, Serpa, Lagose Loulé), apresentada pela Comissão deReavaliação da Rede Nacional de Emer-gência/Urgência (CRRNEU).

Apesar de ter sido concluído em feve-reiro de 2010, o documento apenas foidisponibilizado pelo Ministério da Saúdena terça-feira, 17 de julho, o mesmo diaque o conselho de administração doCHMA ficou a conhecer o veredicto doestudo dos peritos que “há uns tempos”foi “consultado acerca de algumas maté-rias relacionadas com o serviço de urgên-

Urgência de Santo Tirso pode fecharcia”, adiantou José Maria Dias, em de-clarações ao NT.

Sobre a possível extinção do serviço,José Maria Dias alegou ser “uma posiçãotécnica”, que justificará “uma atitude polí-tica”, a qual espera que seja a manuten-ção da urgência em Santo Tirso. “Estounesta atividade há cerca de 12 anos erelativamente a estas matérias têm sidofeito vários estudos e, felizmente, a nos-sa urgência tem-se mantido sempre aber-ta”. Este serviço foi alvo de um investi-mento de “um milhão e meio de euros”,pelo que “tem excelentes condições físi-cas” e que serve a população de SantoTirso e Trofa, com “cerca de 110 mil”utentes. “É evidente que são instalaçõesque ficam sempre e que poderiam ser uti-lizadas para outras áreas”, afirmou, sal-vaguardando que a decisão da extinçãoseria “mal pensada”.

“Em termos técnicos tudo indica queos serviços que estejam concentradostrabalharão com melhor qualidade e commais massa crítica, pelo que a concen-tração de serviços nas áreas clínicas temde ser ponderada. A acessibilidade daspessoas aos meios necessários nos cen-tros de saúde e hospitais também temmelhorado bastante, por isso entendemosque estas coisas são dinâmicas e é na-tural que haja necessidade de fazer algu-

mas alterações em termos estratégicos”,frisou.

José Maria Dias considera “natural” aconcentração de recursos, desde que nãoponha em causa a qualidade do acesso,até porque foi o que aconteceu aquandoda criação do CHMA, mas com a manu-tenção dos serviços de urgência em San-to Tirso (urgência básica) e em Vila Novade Famalicão (urgência médico-cirúrgi-ca). Mas admite: “Se a tutela entenderque na presença destes estudos há quefazer alguma alteração,nesta altura tere-mos que perceber e assumir”.

No documento, a CRRNEU sugereque, em caso de extinção, a ambulânciade Suporte Imediato de Vida (SIV) devemanter-se na mesma unidade, ou seja,neste caso, a SIV deverá ficar em SantoTirso, mesmo sem o serviço urgência afuncionar. Sobre esta questão, José Ma-ria Dias não teceu quaisquer comentári-os.

Presidente da Câmara “indignado”com cenário de encerramento

Em nota de imprensa, o executivo daCâmara Municipal de Santo Tirso reagiucom desagrado à proposta de extinçãoda urgência de Santo Tirso. O presidenteCastro Fernandes afirmou estar “indigna-

do”, considerando “lamentável a CRRNEUnão ter ouvido ninguém de Santo Tirso,quando o Ministro da Saúde garantiu àCâmara Municipal de Santo Tirso, em no-vembro de 2011, que as câmaras munici-pais seriam chamadas a pronunciarem-se brevemente”.

“Esta proposta, de carácter meramen-te economicista, é um verdadeiro ataqueaos utentes do Serviço Nacional de Saú-de, feito por tecnocratas centralistas,alheados da realidade e distantes dosproblemas”, frisou. O autarca espera queo ministro da Saúde, Paulo Macedo, seja“sensato e não permita a concretizaçãodesta proposta”.

Castro Fernandes referiu ainda queesta proposta “insere-se numa estratégiade esvaziamento progressivo dos serviçospúblicos disponibilizados no concelho”,onde já se verificou “o encerramento damaternidade”, permanecendo “a ameaçasobre o Hospital, o Tribunal, as Escolase as Juntas de Freguesia”. Segundo oassessor do ministro da Saúde, citado noExpresso, “em princípio vão ocorrer en-cerramentos, mas ainda não se sabequais” e que o se trata “apenas de umaproposta”, que “poderá ser assumida in-tegral ou parcialmente pelo Ministério,mas só será decidido mais tarde”.

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Cátia [email protected]

Oito pessoas viram certifi-cada a experiência de vida eas competências adquiridasno extinto projeto TCA, que aprofessora Maria Rosa Lagedeu continuidade.

“Hoje é o dia mais feliz daminha vida”. A frase saía de quan-do em vez das bocas daquelesque há uns anos não sonhavamcom a possibilidade de seremcertificados com o 4º ano de es-colaridade, depois de as priva-ções do passado lhes terem rou-bado a infância. Depois do exa-me, realizado na Escola Secun-dária da Trofa, Rosa Pereira erauma das mais entusiastas, quedepois deste desafio já só pen-sa em enriquecer a sua forma-ção: “Se Deus me der saúde,pelo menos até ao 6º ano queriafazer e se a minha cabeça dei-xar até ao 9º ano. Nunca é tarde

Nunca é tarde para aprender

para aprender”. Rosa quer esque-cer os momentos em que não se“desenrascava” e dependia daajuda de “familiares”, principal-mente da filha.

Esta trofense foi uma das oitopessoas que viram certificadasas suas competências ao níveldo 4º ano, através de uma avali-ação feita pelo Centro NovasOportunidades da Escola Secun-dária da Trofa e validada pelaDREN (Direção Regional de Edu-cação do Norte), na manhã deterça-feira.

A concretização deste sonhoa muito se deve à persistênciade Maria Rosa Lage, professoravoluntária, que não desistiu como encerramento do Trofa Comu-nidade de Aprendentes (TCA) econtinuou a ensinar as pessoasque através daquele projetoaprendiam a ler, escrever e con-tar. “O TCA acabou em setem-bro e eu achei que era uma penaeste grupo não conseguir fazero exame, por isso assumi o pro-

jeto sozinha com a ajuda dasjuntas de freguesia de Santiagode Bougado, S. Romão doCoronado, Muro e S. Mamede doCoronado, que continuaram aceder os espaços para as aulas,para além do material, como ca-dernos, lápis, fotocópias. Foramo meu apoio. Achei que não po-dia morrer na praia”, contou aoNT, logo após o exame que apro-vou os oito alunos avaliados e quea deixaram “muito orgulhosa”.

A professora, que mora noPorto, perto do Hospital de S.João, viaja todos os dias para aTrofa a título gracioso para aju-dar as pessoas a quem deu umanova perspetiva de vida. Há doisanos, depois de ficar desempre-gada, então com 51 anos, RosaPereira decidiu ingressar no TCApara concretizar um sonho anti-go. Na terça-feira, exibia, orgu-lhosamente, o portfólio, ondeconstava um texto em que con-tava a sua experiência na hortasocial da Santa Casa da Miseri-

córdia.Aurora Quelhas, com 74

anos, também viu a infância fu-gir cedo demais, porque teve queprescindir da formação para cui-dar dos irmãos. “Não estava ner-vosa” na hora do exame, contou,até porque a experiência de vidaassim o permite: “Como cate-quista, ministra extraordinária dacomunhão, leitora na igreja, vo-luntária da conferência vicentinae na Muro d’Abrigo gostei muitode partilhar as minhas coisascom os outros. Correu muito bemo exame. As pessoas foram umespetáculo e a professora Rosanem se fala, está sempre dispos-ta a tudo”.

Quem não deixou fugir esteprojeto foi a associação Murod’Abrigo que, desde há quase se-te anos desenvolve a atividade“Aprender a ler, escrever e con-tar”, também com o trabalho vo-luntário de Maria Rosa Lage,mas só agora viu os primeirosalunos a serem certificados: “Noinício, este projeto não era paracertificá-los, mas apenas paralhes dar competências. Depoissurgiu o TCA e como os utentesestavam evoluídos, também vie-ram para fazer o 4º ano. Doisutentes da associação viram assuas competências certificadas.Falta um que poderá concretizaro sonho, assim como outros dezque a Maria Rosa Lage quer le-var a exame, em setembro. “Gos-tava que eles acabassem agora,caso contrário ficariam tristes”,sublinhou.

Quando era pequena não ti-ve ocasião de fazer, porque ti-nha muitos irmãos e cuidavadeles, enquanto o meu pai iatrabalhar e a minha mãe ia parao campo. Depois, quando co-nheci a professora Rosa fui in-centivada a fazer a 4ª classe.Não estava nervosa. Gostei mui-to de partilhar as minhas coi-sas com os outros. As pesso-as foram um espetáculo e a pro-fessora Rosa nem se fala, estásempre disposta a tudo”.

Alunos certificados com 4º ano de escolaridade

Rosa Pereira

“Hoje é o dia mais feliz da mi-nha vida. Leio, escrevo e faço con-tas, coisa que não conseguia fa-zer. Até numeração romana, quenunca fiz, sei até ao 500. Dan-tes não me desenrascava e tinhade pedir ajuda a familiares. Parair ao supermercado, pedia ajudaà minha filha, para ver os preçose os produtos de marca branca.Agora, já faço isso tudo sozinha”

Aurora Quelhas

Ex-combatentes reuniram-se em almoço convívioPatrícia PereiraA.Costa

De forma a continuar comuma tradição de 23 anos, osex-combatentes no Ultramarreuniram-se no sábado, dia 14de julho, para um almoçoconvívio.

A pensar nos ex-combaten-tes de rendição individual, quenão tinham acesso aos convívi-os das companhias, FernandoAzevedo, já falecido e mais co-nhecido por chefe, propôs a AbelFerreira e Américo Azevedo aorganização de um convívio. Oprimeiro decorreu em 1989 eque, até aos dias de hoje, tem-se mantido.

Foi no seguimento desta tra-dição que, no sábado, realizou-se o 23º convívio, que se iniciou

com uma pequena homenagemao chefe Fernando Azevedo, ten-do sido entregue um ramo de flo-res na sua campa, seguindo-sede um almoço convívio, que con-tou com a participação de 18 pes-soas.

Abel Ferreira e Américo Aze-vedo recordaram o início destatradição, que chegou a contarcom a participação de cerca de200 pessoas. “Ao longo dosanos foi esmorecendo um pou-co e agora somos praticamentenós que nos vamos mantendo fi-éis. Sendo que, nestes últimosanos, apenas cerca de 25 pes-soas participam neste convívio”,contaram, frisando que o “gran-de mentor” destes encontros foio chefe, a quem prometeramcontinuar com estes eventosenquanto tivessem “vida e saú-de”.

Os responsáveis já estão apensar na festa de comemora-ção dos 25 anos destes encon-tros, daqui a dois anos, ondeesperam contar com o apoio daJunta de Freguesia de S.Martinho de Bougado e da Câ-mara Municipal da Trofa, para oajudarem a fazer “qualquer coi-sa de mais grandioso”.

Ex-combatentes queremmonumento de homenagem

No mês de maio, três ele-mentos do grupo de ex-comba-tentes entregaram na CâmaraMunicipal da Trofa um abaixo-assinado com uma petição, ondeapelam que seja feita uma ho-menagem a todos os soldadosda Trofa, que “honraram a Ban-deira Portuguesa no Ultramar”. Ogrupo foi recebido por Joana

Lima, presidente da autarquia,que “se mostrou recetiva quantoa esta homenagem”.

A petição contou com cercade 175 assinaturas, uma vez queos responsáveis não tiveram “hi-pótese” de calcorrear o conce-lho da Trofa.

Neste momento, o grupo

aguarda que a petição seja bemaceite pela autarquia e Junta deFreguesia de S. Martinho deBougado, para que possa orga-nizar essa homenagem.

Os elementos apenas pre-tendem “um monumento que per-petue” a memória dos ex-com-batentes.

Ex-combatentes cumprem tradição de 23 anos

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Cátia [email protected]

24 horas de Sloctar contou comseis equipas espanholas, afirmando-se cada vez mais no panorama inter-nacional.

O Clube Slotcar da Trofa organizou aquarta edição da prova de 24 horas, quecontou com 22 equipas participantes, seisdelas espanholas, catapultando-a para opanorama internacional.

A equipa da casa não conseguiu re-petir o feito da edição anterior que eravencer a competição, devido a problemastécnicos que hipotecaram o objetivo logonas primeiras horas. Nos últimos minu-tos, os trofenses protagonizaram umaluta intensa pela 3ª posição, com o GTTeam, de Braga, mas venceram o duelo.

Filipe Cruz explicou que o problema,que “também aconteceu às outras equi-pas”, surgiu “à terceira hora de prova”,mas “o facto de ter acontecido logo noinício permitiu ter tempo para recuperar”.“O 3º lugar, a partir da quinta hora, eraum lugar que não estava dentro das nos-sas expectativas, mas a noite correu beme, por isso, foi excelente”, contou.

Com a equipa da Trofa para trás, quemaproveitou foi a espanhola Team AlloyShop que não deu grande margem demanobra aos concorrentes, com 8723 vol-tas, que permitiram uma distância con-fortável para a vice-campeã Cric CracSport. Dino Rossi, da equipa vencedora,afirmou que a prova “correu muito bem”,apesar do “problemazinho” que surgiu.“Foi tudo perfeito. Não pensávamos ga-nhar, pois há muitos anos que já não ven-cíamos uma prova, mas tivemos sorte”,frisou.

Esta edição contou com um novo pal-co. Através de uma parceria entre as duascoletividades, o pavilhão do Centro Recre-ativo de Bougado (CRB) transformou-separa receber a prova.

Luís Neves, presidente do CRB, esta-va “maravilhado” com uma competiçãoque “não conhecia”. “Fui contactado pe-los responsáveis do Clube Slotcar, quevieram cá ver as instalações e foi aí que

24 horas de Slotcar da Trofacada vez mais internacional

me propuseram fazer a prova”. Em“contrapartida”, quem cedeu o espaçoteve oportunidade de explorar o bar e an-gariar fundos para continuar as obras nopavilhão.

João Pedro Costa, presidente do Clu-be Slotcar da Trofa, explicou que “ascondicionantes que surgiram”, nomeada-mente o facto de “a Câmara não ter apoi-ado o evento”, colocou a associação“numa posição de extrema fragilidade”,pelo que teve que “se socorrer de umaassociação”. Mesmo sendo “numa dasextremidades da Trofa” não foi um proble-ma para João Pedro Costa, que acreditaque “o público do Clube acompanha-o”.“Fizemos chegar a este pavilhão qualquercoisa como cem pilotos e cerca de 300simpatizantes da modalidade. Acabamospor arrastar as pessoas para onde que-remos, porque há uma relação de proxi-midade com as pessoas”, explicou.

Quem também fez questão de apoiaro evento foi a Junta de Freguesia de San-tiago de Bougado. O presidente, AntónioAzevedo, explicou que é “política” do exe-cutivo “o apoio ao movimento associativo”que tenha “atividade de interesse para apopulação”. “Estabelecemos umacomparticipação de 600 euros. Esta éuma prova de nível europeu. E não é só oslotcar, este clube também tem o bilhar eoutras modalidades que merecem o apoioda Junta.

João Pedro Costa louvou o apoio dadopelo executivo bougadense e criticou aautarquia, justificando: “Atuou no sentidoinverso, pois tinha estado presente nasedições anteriores e apesar dos nossosesforços, acabamos por não conseguirpassar a nossa mensagem, mas não con-seguimos tão-pouco falar com eles nemsermos recebidos para que a prova pu-desse ser apoiada. Provavelmente, já seráum reflexo da extinção da divisão de des-porto e juventude, porque não consegui-mos ter um interlocutor do outro lado esentimo-nos muito desacompanhados”.

E se a nível institucional, os orga-nizadores “estavam meio satisfeitos”, anível associativo, estavam “muito satisfei-tos”. “Conseguimos uma classificaçãoboa e chegar ao pódio com uma das nos-

sas equipas, logo atrás das equipas es-panholas, que é um motivo de satisfação.É óbvio que a parte desportiva nesta mo-dalidade é importante, mas mais impor-tante é a parte associativa. Já consegui-mos uma dinâmica de grupo em que con-seguimos fazer a preparação destaatividade, a montagem das pistas e tra-zer equipas, sobretudo as espanholas,tornando a prova ainda mais internacio-nal”, frisou.

A preparação da prova começa muito

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antes da montagem das calhas, quando“a equipa tem de se deslocar a outrospaíses, como Espanha e Itália, para con-seguir ter equipas internacionais”. “Depois,a associação tem muita gente a traba-lhar, procurando dividir tarefas, como mon-tagem dos carros e pista. O trabalho éfeito durante a semana com noites maldormidas. Mas fazêmo-lo com satisfação,pois chegamos a esta altura e dizemosque a prova foi um sucesso”.

Equipa trofense alcançou 3º lugar

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www.onoticiasdatrofa.pt 19 de julho de 201214 Desporto

O penúltimo dia de ExpoTrofa, sábado, ficou, inevitavelmentemarcado por uma marcha protagonizada pelos atletas jovens doClube Desportivo Trofense, que desfilaram pelo recinto do certamecom duas tarjas, onde se podia ler “Não acabem com o nossosonho”, numa alusão à possibilidade de o emblema da Trofa seextinguir ou não poder dar continuidade ao trabalho do departa-mento de formação.

A acompanhar os jovens estiveram os pais, membros da novacomissão gestora e outros elementos ligados ao clube. C.V.

NT investigou os fatoresque levaram à extinção declubes de futebol emblemáti-cos. Este pode ser o destinodo CD Trofense, se as dívidasnão forem saldadas.

O caso do Clube DesportivoTrofense pode ser comparadocom outros que levaram à extin-ção de clubes que também che-garam a atingir a Primeira Liga,como o Futebol Clube Felgueirase o emblemático Sport Comér-cio e Salgueiros. O Futebol Clu-be Maia foi alvo de um processode insolvência, publicado em Diá-rio da República, em abril de2011. O NT elaborou uma inves-tigação para perceber quais oscenários que levaram ao desapa-recimento destes clubes emble-máticos, com contornos muitosemelhantes ao que está a acon-tecer ao emblema da Trofa. O úni-co elemento diferente é que umdestes clubes jogavam nos está-dios municipais, enquanto o Tro-fense é proprietário do estádio edo complexo desportivo.

Em agosto de 2005, o FC Fel-gueiras, que tinha terminado o

Trofense está inscrito na 2ªLiga com 12 jogadores. O fax,que oficializou a participaçãoda equipa nesta competiçãochegou ao clube às 23.53 ho-ras desta quarta-feira.

Os abraços emocionadosdenunciaram o “fumo branco”depois de cinco dias a corrercontra o tempo. Esta quarta-fei-ra, a “comissão gestora” com-posta por cinco associados(Alfredo Gomes, André Crispim,Bruno Ferreira, Leonardo Costae Vasco Sampaio), propostos naúltima assembleia-geral no dia 13de julho, conseguiu assegurar ainscrição do Clube DesportivoTrofense na 2ª Liga.

Para reunir os pressupostospara ter uma equipa nesta ligaprofissional, os sócios tiveramque contestar a dívida ao fisco eobter a respetiva declaração paraconseguir inscrever a equipa atéàs 18 horas. Foram inscritos 12jogadores entre os quais Tiago(37 anos), André Viana (19),Ricardo (19) e Gabriel Viana (19),que renovaram contrato, os ex-juniores João Gouveia (19) e Fá-bio Daniel Carvalho (19), DaniCosta (21), ex-Oliveirense, que

Trofense consegue inscrever equipa na 2ª Ligapassou pelo Trofense há duasépocas, tendo estado na equipajúnior que subiu à 2ª Divisão Na-cional, Eduardo AugustoCameselle Machado (22), ex-Fão, e Matheus Merlo Zouain(20), ex-Vizela, que tem duplanacionalidade brasileira e italia-na. Quanto à equipa técnica, oNT sabe que poderão ter havidocontactos com Daniel Ramos,que foi treinador do clube nasépocas de 2005/2006 (subiu oclube à 2ª Liga), 2006/2007 e2009/2010.

De acordo com os elementosda “comissão gestora”, os docu-mentos foram entregues na LigaPortuguesa de Futebol Profissi-onal pouco depois das 17.30horas. No entanto, a conferênciade imprensa que estava marcadapara as 19 horas acabou por serealizar às 23.53 horas, altura emque chegou o fax que oficializoua inscrição do Trofense, assimcomo do Vitória Sport Club e doLeixões Sport Club. O mesmonão aconteceu ao Varzim SportClub, por não reunir cerca de 600mil euros para saldar uma dívidajunto das finanças.

Leonardo Costa foi o primei-ro a intervir em nome da “comis-

são gestora” para fazer agrade-cimentos: “A todos os trofensesque neste momento difícil nosajudaram. Também não pode-mos deixar de enaltecer o espe-cial e imprescindível apoio que opresidente da comissão adminis-trativa cessante (José Leitão)desempenhou neste período.Depois de sucessivas reuniõescom diversas entidades, foi pos-sível como todos desejavam”.

André Crispim, neto do sócionº 1 do clube, explicou depoisque, nas opções possíveis parainscrever a equipa, a “comissãogestora” enveredou pela contes-tação da dívida que, acrescen-tou, “não é válida para toda aépoca desportiva” e que “a datade pagamento ainda não está

definida”. Esta opção foi dada aconhecer por José Leitão, naassembleia-geral de 13 de julho,que pediu a intervenção do advo-gado do clube, Luís Cameirão,que mostrou algum desconheci-mento acerca deste procedimen-to. O próximo passo da comis-são administrativa será “tentarconstituir uma direção e em ter-mos desportivos continuar o tra-balho que tem sido desenvolvi-do”, adiantou André Crispim. En-tretanto, foi agendada uma as-sembleia-geral por 25 sócios, co-mo mandam os estatutos, paraa eleição dos corpos gerentes.A sessão está marcada para sex-ta-feira, 20 de julho, em local adefinir, contudo deverá ser nasinstalações dos Bombeiros Vo-

luntários da Trofa ou no estádio.O tempo urge, no entanto, ape-sar de ter um jogo marcado parao dia 29 de julho, a contar para aprimeira jornada da Taça da Liga,o Trofense poderá ter em cimada mesa a possibilidade de adi-ar a partida e ter mais algum tem-po de preparação.

“O nosso objetivo era não dei-xar o clube morrer até ao dia 18,agora temos de continuar o nos-so grito de revolta à Trofa, paraque acorde, pois é preciso ele-ger uma direção ou comissão ad-ministrativa. Espero que não dei-xem o Trofense morrer”, referiu,por sua vez, Alfredo Gomes, queacrescentou: “Isto não acabaaqui. O pior está para vir”.

Este sócio fez parte da pri-meira “comissão gestora” quenão conseguiu nenhum resulta-do no sentido de conseguir ins-crever a equipa na 2ª Liga, por-que, adiantou, “desmotivou-se aover tanta porta fechada”.

Sobre as portas que se abri-ram e que permitiram reunir ospressupostos para a inscrição daequipa, Alfredo Gomes não quisresponder, remetendo para “den-tro de alguns dias, alguém irá fa-lar e pôr tudo preto no branco”. C.V.

Acumulação de dívidaspode levar à extinção do clube

campeonato da 2ª Liga no 11ºlugar, apresentava uma dívida dequase cinco milhões de euros eface à incapacidade de angariardois milhões para reunir os pres-supostos para a inscrição na 2ªLiga, acabou por ser extinto emassembleia-geral e com ele de-sapareceram a equipa profissio-nal e camadas jovens. O passi-vo reunia verbas a jogadores, fis-co, Segurança Social e váriosfornecedores.

Na altura da extinção, e se-gundo Pedro Alves, jornalista daRádio Felgueiras, o clube aca-bou e “curiosamente, apesar dapaixão grande pelo futebol, ossócios acabaram por receber anotícia de uma forma quase na-tural”. Nos últimos anos tinhasido injectado algum capital noclube e para a época 2005/2006tinha, inclusive, uma equipa for-mada para competir na 2ª Liga,com alguma qualidade, mas emvão.

Em 2006, foi criado o ClubeAcadémico de Felgueiras (CAF),que tem equipas jovens e umasénior que, depois de uma ca-minhada pelas divisões da Asso-

ciação de Futebol do Porto(AFP), subiu à 3ª Divisão Nacio-nal, esta época. Mais tarde, sur-giu tambem o FCFFelgueiras,que possui apenas departamen-to de formação.

As atuais equipas de Felguei-ras, concelho com 60 mil habi-tantes, continuam a utilizar o Es-tádio Municipal de Felgueiras,que já era utilizado pelo clube ex-tinto.

O Sport Comercio e Salguei-ros apenas acabou com a equi-pa sénior de futebol, que não pô-de ser inscrita em 2004/2005, de-vido à existência de dívidas a jo-gadores.

O clube tinha a situação to-talmente regularizada com as fi-nanças e segurança social e osproblemas de inscrição limita-ram-se apenas aos campeona-tos profissionais de futebol so-bre alçada da Liga de Clubes.

Continuou com todas as equi-pas de futebol de formação, as-sim como do polo aquático e an-debol nas divisões em que esta-vam.

Em julho de 2008, foi criadoo Salgueiros 08, que começou

na 2ª divisão da AFP. Esta épo-ca subiu à 3ª Divisão Nacional.

A equipa sénior do Salguei-ros 08 joga no campo do Senho-ra da Hora, uma vez que o clubenão possui terreno próprio.

O caso do Futebol Clube daMaia ainda decorre, depois dopedido de insolvência publicadoem Diário da República, em abrilde 2011. Em 2007/2008, o clubetinha uma equipa sénior na 3ª Di-visão Nacional, que teve de ex-tinguir devido à impossibilidadede usar as instalações do está-dio municipal, por possuir dívidaàs Finanças e à Segurança So-cial, que impossibilitavam que a

autarquia pudesse protocolar acedências das instalações des-portivas.

Em 2009, o Maia Lidador foicriado para que a formação doFC Maia pudesse utilizar o está-dio municipal. As equipas de for-mação foram sendo transferidaspara o novo emblema, assim co-mo foi criada uma equipa sénior,que joga no mesmo local.

Atualmente, a dívida do FCMaia é de cerca de cinco milhõesde euros. Ao fisco serão mais dedois milhões. O concelho daMaia tem cerca de 120 mil habi-tantes.

C.V. / H.M.

Jovensnãoqueremqueacabemcom�osonho�

“Comissão gestora” conseguiu inscrever equipa na 2ª Liga

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www.onoticiasdatrofa.pt19 de julho de 2012 Desporto 15

Cátia [email protected]

A pouco mais de 15 diaspara o início dos Jogos Olím-picos de Londres, a Trofa nãoquis deixar de homenagear oúnico atleta que vai represen-tar o concelho e o país na ma-ratona olímpica.

Na ExpoTrofa, no dia dedica-do à freguesia que o viu nascer,Santiago de Bougado, no dia 11de julho, Rui Pedro Silva recebeudas mãos da presidente da Câ-mara Municipal, Joana Lima, abandeira da Trofa que o vai acom-panhar na aventura olímpica.

Esta é a segunda vez que oatleta trofense participa nas olim-píadas, depois de em 2008 terficado em 34º lugar nos dez milmetros. Desta vez, Rui PedroSilva apostou na maratona, poisé uma modalidade “na qual oseuropeus ainda conseguem fazerfrente aos atletas de África”. “Ir a

Patrícia [email protected]

O Ginásio da Trofa aproxi-ma-se do término da épocadesportiva com bons resulta-dos nas várias modalidades.

O Ginásio da Trofa aproxima-se do término de uma “épocadesportiva dourada”, tendo conse-guido atletas campeões regionais,em vários escalões etários, cam-peões da Zona Norte, e campeãsno Olímpico Jovem Nacional.

O Ginásio da Trofa viu ainda“o valor dos seus atletas reco-nhecido”, através da convocaçãodas atletas Elsa Maia e AndreiaRodrigues que representaram aSeleção Nacional nos Jogos PA

A Associação Cultural e Re-creativa Vigorosa participou namilha urbana de Santo Tirso quese realizou no dia 14 de julho.Nos benjamins femininos JoanaMartins alcançou o 8º lugar ePaulo Noronha o 13º nos benja-mins masculinos. Nos infantis fe-mininos, Alice Oliveira, PatríciaMoreira e Juliana Teixeira obtive-ram o 4º, 29º e 34º lugar, respeti-vamente. O grupo de infantis femi-ninos conseguiu o 4º lugar cole-tivo. No que diz respeito ao mes-mo escalão mas versão mascu-lina Tiago Sá obteve o 13º lugar.

Nos iniciados femininos AnaOliveira aparece no 24º lugar, sen-do que nos masculinos Alexan-dre Sá ficou em 27º da classifi-

Rui Pedro Silva leva bandeira da Trofa para Londres

uma competição como os JogosOlímpicos só por ir não valia apena, por isso decidi pela mara-tona, que é uma corrida onde tudopode acontecer, pois uma pes-soa chega a uma certa altura emque o corpo tanto pode reagirbem como podem surgir dores”,explicou.

Rui Pedro Silva, que foi o úni-

co de oito atletas que conseguiuatingir os mínimos para partici-par nas olimpíadas, vai com oobjetivo de ficar “entre os 15 pri-meiros”, pois não quer colocar “afasquia muito alta nem elevar apressão”. “Tenho treinado bem esei do que sou capaz de fazer,mas no dia 12 (de agosto) temque estar tudo bem e a pessoa

nem sabe sequer como vai dor-mir na noite anterior”, referiu.

Mas como dizia o poeta,“Deus quer, o homem sonha e aobra nasce” e se Rui Pedro Silvaconseguir atingir o pódio, não vaiesquecer as raízes na hora defestejar. “No pódio não sei se serápossível ter a bandeira, mas napista aí sim, andarei com ela. E

para qualquer país que vá, levan-do ou não a bandeira comigo, elairá estar sempre no meu cora-ção”, admitiu o atleta.

Com ou sem bandeira, JoanaLima considera que é Rui PedroSilva que melhor representa oconcelho: “Gostava mais de vero Rui subir ao pódio, porque éele que vai mostrar a força e ocarácter das gentes da Trofa”.

A edil trofense explicou quea ExpoTrofa é um evento privile-giado para homenagear o atleta,já que “como é uma mostra dasempresas e associações, tam-bém deve servir para dar a co-nhecer as potencialidades dosatletas do concelho a nível indi-vidual”.

Apesar de ser “difícil” apoiarinstitucionalmente o atleta, pornão pertencer a nenhuma asso-ciação do concelho, Joana Limagarantiu empenhar-se “pessoal-mente” para “ajudar o Rui, inde-pendentemente do resultado”obtido em Londres.

Ginásio da Trofacom “época desportiva dourada”

LOP (Países Africanos de LínguaOficial Portuguesa), nos dias 5e 16 de julho. Elsa Maia, queparticipou nos 400 metros planose na estafeta 4x100, conquistouo 1º e 2º lugar, respetivamente,e na primeira prova obteve uma“extraordinária marca de 57 se-gundos e 28 centésimos”. Já An-dreia Rodrigues foi medalha deprata nos 800 metros, tendo “per-dido para a vencedora por ape-nas alguns décimos”.

É a festejar que a associa-ção se aproxima do término dasua época, com a “consciênciade dever cumprido”. “Oferecemosaos trofenses os nossos prémiose a nossa glória com o orgulhode sermos um clube de referên-

cia e que, apesar das adversida-des de que temos sido vítimas,temos conseguido os feitos quesão largamente reconhecidos”,afirmou Botelho da Costa, vice-presidente do Ginásio da Trofa.

Relembra-se que o Ginásioda Trofa vai a eleições no dia 3de agosto, pelas 21 horas, na se-de do clube, havendo já uma lis-ta candidata para a direção doclube. Botelho da Costa esperaque esta seja “o virar da página”,dando “luz verde à concretizaçãode sonho com cerca de 30 anosde esperança”: a construção deuma sede própria.

Atletas participaram naMilha Urbana de Santo Tirso

O Ginásio da Trofa esteve re-presentado na 12ª Milha Urbanade Santo Tirso, que decorreu nosábado, dia 14 de julho.

José Silva conseguiu a meda-lha de bronze no escalão de ben-jamins. Já em infantis, Sara Tei-xeira alcançou o 7º posto. AnaRibeiro e Tiago Silva, que partici-param nos iniciados, ocuparamo 5º e 8º lugar, respetivamente.Em juvenis masculinos, JoãoFerreira cortou a meta em 7º.

Elsa Maia e Andreia Rodrigues representaram a Seleção Nacional

ACR do Vigorosana milha urbanade Santo Tirso

cação. Joaquim Figueiredo par-ticipou na vertente juniores/se-niores masculinos tendo alcan-çado o 10º lugar. Nos juniores/seniores/veteranos femininos par-ticiparam a Deolinda Oliveira(13º) e Conceição Correia (25º).

Nos veteranos para + 55 anosencontramos o António Neto aocupar o 5º lugar.

Na classificação das provasorganizadas pela empresa Des-portave, que decorre durante aépoca 2011/2012, as atletas doVigorosa obtiveram o 1º lugar in-dividual nos infantis femininos re-presentado por Alice Oliveira,nos juniores femininos com AnaMartins e Deolinda Oliveira navertente Veterano feminino. T.S.

Rui Pedro Silva não vai esquecer as suas raízes na hora de festejar

Arquivo

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www.onoticiasdatrofa.pt 19 de julho de 201216Publicidade

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www.onoticiasdatrofa.pt19 de julho de 2012 Região 17

A Associação das Testemunhas de Jeová promoveu, du-rante três dias, um congresso subordinado ao tema: Protejao seu coração.

O pavilhão Multiusos, em Guimarães, acolheu 5 347 pessoas,que assistiram ao último dia do congresso de três dias, que teveinício na sexta-feira, dia 13. A iniciativa, que juntou as Testemu-nhas de Jeová do Minho, Alto Minho e Douro Litoral, resumiu-se aum programa dedicado ao estudo da Bíblia sob a temática Protejao seu coração.

Na manhã de domingo, um orador convidado, com “argumen-tos retirados das Escrituras Sagradas”, conduziu a assistência,através do tema “as coisas anteriores não subirão ao coração”,para uma “mensagem positiva”. Segundo o palestrante, apesardas “dificuldades reais que muitos vivem na atualidade, sejam quaisforem os problemas enfrentados pela humanidade, o futuro valida-rá aquela frase retirada da Bíblia: quando a terra for governada peloReino de Deus”.

Houve ainda uma representação teatral, onde a assistênciaacompanhou, segundo o gabinete de informação pública, com “ex-pectativa o drama” da pergunta Como saber se é amor verdadei-ro?, onde procuraram incutir “o valor de fazer boas escolhas navida no que diz respeito ao casamento”.

“Nunca deixe o seu coração ficar aterrorizado” foi o tema doúltimo discurso, que deu “atenção ao valor da coragem na vida docristão”, onde a assistência foi “motivada a demonstrar a mesmacoragem que outros adoradores de Jeová Deus do passado tive-ram, e que foram recordados exemplarmente nesta palestra”.

O congresso ficou ainda marcado pelo lançamento de um DVD,com o tema “Ande pela fé, não pela vista”, que retrata aconteci-mentos descritos na Bíblia e historicamente comprovados, e pelanova literatura bíblica, na forma de uma animação, onde os paispossam incutir nos filhos valores morais. “Foram lançadas duasnovas brochuras para que as Testemunhas de Jeová possam trans-mitir Boas Notícias de Deus para você e ajudar o público sobreQuem está fazendo a vontade de Jeová hoje”, pode ler-se no co-municado enviado. P.P.

Patrícia [email protected]

A Cheiro dos Livros foiinaugurada oficialmente, naquinta-feira, dia 12, no CaféDel Rock, em Santo Tirso.

“Mudar a forma como olhamospara a cultura através dos livros”foi o que motivou Miguel Ferreira,mentor do projeto Cheiro dos Li-vros, a criar uma plataforma onlinede compra e venda de livros usa-dos, transformando “um bem pre-cioso, o livro, num bem que sevaloriza com o uso e cria novasoportunidades de negócio, fomen-tando a economia que tanto pre-cisa de se reinventar”.

“Todos temos livros em casaque compramos, lemos e pou-samos na prateleira. Quem sabeum dia voltamos a ler de novo ouemprestamos a alguém. Entre-tanto, o tempo passa e juntamen-te com aquele livro acumulam-se muitos mais. A Cheiro dos Li-vros quer resolver esse proble-ma”, asseverou, explicando co-mo funciona o projeto.

Depois de os clientes/forne-cedores selecionarem os livros

Foi com entusiasmo e dinâ-mica que Vila Nova de Famalicãoviveu a noite de 14 de julho. Ocentro da cidade acolheu um pú-blico numeroso que se deslocoupara acompanhar as 330 bicicle-tas dos atletas que disputaramas três horas de ResistênciaBTT. Esta prova foi organizadapela “Associação Amigos doPedal” em parceria com o“Eugénios Health & SPA Club” ecom o apoio da Câmara Munici-

�Protejaoseucoração�foi temadocongresso

BTT citadino noturno animou Famalicãopal e da Associação Comerciale Industrial de Vila Nova de Fa-malicão.

O facto de a prova de BTT tersido realizada num ambiente no-turno citadino explica o elevadointeresse por parte dos atletas,que esgotaram o número de ins-crições. Contudo, o enorme inte-resse que houve por parte do pú-blico deve-se à organização ab-solutamente extraordinária confor-me se pode perceber pelas pala-

vras do atleta Nuno Freitas: “Anota está muito alta. Realmentecolocaram a qualidade dos even-tos em patamares que roçam aexcelência. Não há paralelo emnenhuma prova de BTT”.

Todos os participantes classi-ficaram a organização com notaalta, sendo reconhecida pelo de-senho do circuito, pelo controlodos tempos em tempo real e pelaenorme operação de segurançamontada e que contou com a pre-

sença de 38 bombeiros, a que sejuntavam as mais de 20 pessoasda organização.

No que diz respeito aos ven-cedores, o grande destaque vaipara o Campeão Nacional de Ve-teranos de Estrada, José Rodri-gues que alcançou o 1º lugar aopercorrer em três horas uma dis-tância total de 93,6 quilómetros,a uma impressionante média de31,3 quilómetro por hora. Em fe-mininos, Carla Seiceira da equi-

pa Biciatus obteve o 1º lugar dopódio, com 62,4 quilómetros per-corridos à média de 20,8 quiló-metros por hora. Entretanto “OsAmigos do Pedal” lançaram o pró-ximo desafio que se irá realizarno dia 8 e 9 de setembro. A Quin-ta do Outeirinho, na freguesia doLouro, volta a ser palco das 24Horas BTT de Vila Nova deFamalicão . As inscrições estãodesde já abertas em www.24horasbttfamalicao.com.T.S.

Cheiro dos Livros inauguradaque já não lhes interessam po-dem entregar à Cheiro dos Livros,que os promove e vende, repartin-do, em partes iguais, os lucrosque obtiverem das vendas. Alémdisso, os preços dos livros se-rão decididos entre as duas par-tes. Para isso, a Cheiro dos Li-vros dispõe de uma loja online,onde se pode comprar “a preçosmais em conta” aqueles livrosque tanto queremos.

“Quem compra beneficia depreços mais atrativos dos livrosque sempre quis ter e quem ven-de aproveita para ter algum retor-no financeiro daqueles livros quecomprou, leu e colocou na estan-

te”, afirmou, frisando que o obje-tivo é criar uma “comunidade quese envolve na compra e venda delivros usados, contribuindo paraum ambiente melhor e para espa-lhar a cultura de uma forma aces-sível e sustentável”.

Com o lema comprar-ler-ven-der, Miguel Ferreira pretende“eventar o mais possível”, que si-gnifica “inventar eventos e rea-lizá-los com todo o amor”, ondepossa haver partilha de conheci-mento da cultura, dos povos edo mundo. Caso tenha ficado in-teressado neste projeto, podevisitar a loja online através dapágina www.cheirodoslivros.com.

Miguel Ferreira apresentou projeto no café Del Rock

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www.onoticiasdatrofa.pt 19 de julho de 201218Atualidade

Patrícia PereiraA.Costa

Os dois novos presbíteroscelebraram a Missa Nova, naIgreja de S. Martinho de Bou-gado. Movimentos da paró-quia prepararam grande “fes-ta sacerdotal”.

Depois de terem sido ordena-dos presbíteros, no dia 8 de ju-lho na Sé do Porto, Pedro MiguelRodrigues, natural de S. Martinhode Bougado, e José RicardoDias, que estagiou durante trêsanos em S. Martinho de Bouga-do, celebraram a Missa Nova nodomingo, 15 de julho, na IgrejaNova da paróquia.

O início da festividade come-çou na Gandra, onde Pedro Ro-drigues, rodeado de familiares,amigos e do padre Luciano La-goa, seguiu ao som da Banda daMúsica da Trofa até ao Lar Pa-dre Joaquim Ribeiro. Pelo cami-nho houve ainda uma largada depombas. A cerimónia religiosa te-ve início no Lar Padre JoaquimRibeiro, de onde saiu a procis-são de entrada, com os dois neo-sacerdotes e párocos do conce-lho, em direção à Igreja Nova pa-ra a celebração da Missa Nova,que contou com a presença detodos os movimentos da paró-quia. Já a animação da eucaris-tia solene esteve a cargo dos trêscoros paroquiais e da orquestra.

Pedro Rodrigues e José Ricardo Diascelebraram Missa Nova

A cerimónia terminou com o “bei-ja mão”, onde os fiéis dão um bei-jo nas mãos do neo-sacerdote.Esta é uma tradição antiga e queacontece sempre quando há umaMissa Nova.

Já cá fora, no átrio da IgrejaNova, estavam dois grandes bo-los, que, depois de se cantaremos parabéns aos novos padres,foram cortados pelos próprios. Afesta seguiu-se até à noite, con-tando com a atuação do RanchoFolclórico da Trofa.

Pedro Rodrigues encontrava-se “muito feliz” com esta “festasacerdotal muito bonita”, elogian-do a comunidade, que muito seempenhou na organização, de-monstrando o quanto “gostam”de si. “Muito obrigado às pesso-as de S. Martinho, meus conter-râneos, que são pessoas quequando fazem, fazem. Dou gra-ças a Deus por ser daqui e dopároco que tenho, o senhor pa-dre Luciano Lagoa, de quem soumuitíssimo amigo e que me aju-dou muito. S. Martinho deBougado está muito bem servi-do com o padre Luciano”, enal-teceu.

Pedro Rodrigues gostava“muito de ser pároco”, pois é paraisso que se sente “chamado”,mas, com “total liberdade e dis-ponibilidade”, vai responder ao“apelo de Deus” e dos seus su-periores. A sua vocação, conta,esteve presente “desde novo”,

estando contente por ter concre-tizado o seu “sonho de criança”.

O neo-sacerdote elogiou ain-da a comunidade de S. Martinhode Bougado, por ser “um povomuito cristão, muito terra a terrae com muitos valores cristãos”,afirmando que devemos “viver umdia de cada vez e com a graçade Deus”.

Para José Ricardo Dias es-tes três dias (ordenação, MissaNova em S. Martinho e em Van-doma, terra natal) são “especi-ais”, por poder celebrar com a co-munidade que o acolheu, com osamigos e familiares este novopercurso, salientando que o “diamais especial” foi o da ordena-ção. Para si, estes dias signifi-cam um “término de um percur-so” e o iniciar de “um novo cami-nho com muita alegria e algumastristezas”, mas, acima de tudocom “muita alegria, na certezaque será um caminho duro”, poissentir-se-á muito realizado porconcretizar algo que “sempre an-siou”: poder dizer “Senhor estouaqui, faz de mim o que quiseres”.

Apesar de “não conhecer arealidade da paróquia”, José Ri-cardo Dias asseverou que apren-deu a gostar e a lidar com estacomunidade, que levará consigono seu coração. “Tive sempre umgrande apoio de todas as pes-soas. Todos os grupos, de umaforma ou de outra, acolheram-mede uma forma muito positiva. Sur-preenderam-me, porque não con-tava com este acolhimento calo-roso e, sem dúvida, foi uma reali-dade que aprendi a gostar e quevou sentir saudades”, acrescen-tou.

O neo-sacerdote, que à par-

que pode despertar muito a novacomunidade”. “Começou com aordenação de diácono do MarcoCunha, em Roma, que se está apreparar para o presbiterado naOrdem dos Jesuítas. Depois con-tinuou com os primeiros votos doRicardo, a seguir com os 50anos de profissão religiosa da ir-mã Fernanda (Campos) e, ago-ra, com a ordenação e Missa No-va do padre José Ricardo e dopadre Pedro”, enumerou.

O pároco acredita que a co-munidade “correspondeu muitobem”, onde as pessoas sentiramas atividades “como algo delas”,levando-as a empenharem-semuito na sua concretização.

A organização da Missa Novacontou com a colaboração de“muita gente, que se esforçou pa-ra que tudo corresse bem”. “Oresultado está à vista. Com o em-penho de todos e sem profissio-nais, conseguimos realmente fa-zer uma festa, na minha perspeti-va, muito bonita, comunitária emuito interessante”, denotou.

Luciano Lagoa referiu queagora a comunidade está volta-da para a realização de um “gran-de acontecimento”, que envolve“muita gente”, que é a organiza-ção das Festas em Honra deNossa Senhora das Dores, quetem contado com “uma comis-são muito dinâmica”. O párocoespera, além da romaria, que ha-ja um “trabalho mais profundo nadinamização dos grupos, em pro-curar que haja uma maior intera-ção e que, sobretudo, se sintamanimados na tarefa de anunciarJesus Cristo”. Uma tarefa que es-pera que incentive cada vez maisa comunhão na comunidade.

tida não permanece na paróquia,contou que a sua vocação tem“muitos momentos” que o trou-xeram até aos dias de hoje. Asua primeira experiência foi comos missionários dehoniamosque, numa visita à sua escola,convidaram os alunos a passaro fim de semana com eles. O pa-dre José Ricardo Dias aceitou oconvite e gostou da experiência,mas que “certamente naquela al-tura não era o momento para irpara o seminário”. Quando esta-va a terminar o curso de Econo-mia, e com o “contacto com al-guns senhores padres”, sentiuque “faltava algo” que o preen-chesse totalmente. Decidido a “irà procura e entrar em contactocom o seminário”, o novo padrefez um “período de discernimen-to”, que foi o “suficiente” para sa-ber que o que queria era seguir ocaminho sacerdotal, que culmi-nou com a sua ordenação.

A festa de domingo contoucom a organização de todos osmovimentos da paróquia. Na ce-rimónia também estiveram repre-sentadas a Câmara Municipal daTrofa, através da presidente, Joa-na Lima, vereadores, João Fer-nandes, presidente da Assem-bleia Municipal, e o presidenteda Junta de Freguesia de S. Mar-tinho de Bougado, José Sá.

Paróquia de S. Martinhode Bougado fez balanço

Luciano Lagoa, pároco da fre-guesia de S. Martinho de Bouga-do, afirmou que este foi um “anoem cheio e muito importante” anível vocacional, que contou com“uma série de acontecimentos,

Pedro Rodrigues proferindo a homilia

Neo-sacerdotes cortaram o bolo

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www.onoticiasdatrofa.pt19 de julho de 2012 Atualidade19

Não é novidade para ninguém que o nosso dia a diaestá povoado de disparates no que concerne à nossaqualidade de conversadores. Seja por laxismo, sejapor ignorância, damos pontapés na gramática a torto ea direito.

Mas havia como que uma aceitação tácita de que oato de escrever nos impunha outro rigor, outro cuidadono que ficava impresso no papel.

Havia, mas já não há! Veio-me parar às mãos háalgum tempo uma brochura, promovendo a venda de“casas germinadas”. Antes de mais devo dizer que elas,as casas, não mereciam tal humilhação. Conheço-as,são bonitas, bem construidas e situadas num dos maisbelos locais do nosso concelho.

Mas, meus senhores, as casas são geminadas ou“germinadas”?

A diferença? Tão só esta:Casas geminadas são as que sendo construidas

com uma parede adjacente, nascem aos pares, sãogémeas umas das outras.

E “germinadas”? São todas as casas do mundo.Grandes e pequenas, barracas ou palácios, hospitaisou prisões, em banda ou de quatro frentes, são todasgerminadas. Porquê? Porque se existem é porque fo-ram construidas, porque nasceram, porque germina-ram!

As palavras, tal como o papel ou o computador,são uma ferramenta basilar nalgumas profissões. Nãoé concebível que um jornalista ou um profissional depublicidade as tratem mal. Ainda não vale tudo.

Mas como chegamos até aqui?Décadas de facilitismo no ensino e o abandono por

parte dos alunos de qualquer ambição cultural trouxe-ram-nos a este estado.

Um dos retratos mais tristes desta situação é-nosdado por dois ministros deste governo. Um, o Álvaro,passa a vida a falar em competividade, como se nósfôssemos competivos e não competitivos. O outro temum canudo certificado por equivalências.

Como disse há algum tempo o primeiro ministro,referindo-se às novas opurtunidades, de que este se-nhor foi um hábil pioneiro, foi certificada a ignorância.

É este o estado do nosso sítio.

Manuel de Sousa Pereira

Muro

De harmonia com o disposto nos Estatutos e noexercício das competências consignadas nos artigos48.º e 50.º, convoco a Assembleia Geral Eleitoral daAssociação “GINÁSIO DA TROFA” para o dia 3 de agos-to de 2012, com a seguinte Ordem de Trabalhos:

1- Eleição dos órgãos Sociais da Associação;2- Tomada de posse.

A Assembleia-Geral Eleitoral decorrerá no dia indi-cado entre as 21 horas e as 23 horas, horário de aber-tura e de encerramento da Mesa de Voto, localizadana Sede da Associação, sita na Rua Infante DomHenrique, Edifício Mário Ferreira, 1.º Andar, Apartamento233, na Freguesia de S. Martinho de Bougado, Conce-lho da Trofa.

A apresentação das listas de candidatos decorreaté às 18 horas do dia 20 de julho de 2012. Os associ-ados poderão consultar as Listas e os Regulamentosna Sede da Associação.

Trofa, em 2 de julho de 2012(assinatura ilegível)

S. Martinho de BougadoMaria da Conceição Go-mes da Silva PedrosaFaleceu no dia 4 de julho,com 87 anosViúva de Augusto MoreiraMaia Júnior

Laurinda da Silva TorresFaleceu no dia 5 de julho,com 94 anosViúva de Heliodoro Vaz eSilva

Irmã Maria AssunçãoCorreia Rodrigues(Franciscana hospitaleirada Imaculada Conceição)

Delbarque da Costa Dias, Presidente da Mesa da

Assembleia de Freguesia de S. Martinho de Bougado:

Torna público, que convoca o Plenário da Assembleia

de Freguesia, para uma sessão extraordinária que se

realizará no Salão Nobre da Junta de Freguesia, no

próximo dia 27 de Julho com início às 21 horas e 30

minutos, com a seguinte ordem de trabalhos:

Período de Intervenção do Público:

Período da ordem do dia:

- Discussão da Reorganização Administrativa

Territorial Autárquica

Mesa da Assembleia de Freguesia de

S. Martinho de Bougado, aos 16 de Julho 2012

O Presidente

Delbarque da Costa Dias

Eu, Manuel da Silva Pontes, presidente daAssembleia Geral da Santa Casa da Misericordia daTrofa, convoco os Irmãos desta Irmandade a reuniremem Assemblria Geral Extraordinária a realizar no pró-ximo dia 31 de Julho de 2012, pelas 20.00 horas nasinstalações desta Santa Casa sitas na Rua José Ré-gio n.º 3, Carqueijoso, nesta cidade da Trofa.

ORDEM DE TRABALHOS

1.º Aprovação de um pedido de empréstimo ban-cário e suas garantias

2.º Aprovação do regulamento de concessãohonoríficas

Se no dia e hora designados não se verificar apresença da maioria legal, a reunião terá lugar umahora depois, ou seja às 21,00 horas com qualquernúmero de Irmãos.

Trofa, 12 de Julho de 2012

O presidente da Assembleia geralManuel da Silva Pontes

Correio do LeitorO estado do sítio

NecrologiaFaleceu no dia 12 de julho,com 73 anosSolteira

Mário Rego LimaFaleceu no dia 14 de julho,com 75 anosDivorciado

Santiago de BougadoJorge Dias CorreiaFaleceu no dia 9 de julho,com 54 anosSolteiro

Funerais realizados porAgência Funerária

Trofense, Lda. Gerênciade João Silva

Assembleia de Freguesiade S. Martinho de Bougado

EDITALSessão Extraordinária

27 de Julho 2012

Irmandade da SantaCasa da Misericórdia

da Trofa

Edital

Ginásio da TrofaAssembleia-Geral

Eleitoral

Convocatória

Pub.

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