Edição 43

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1 Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira Fundado em 1901 Rua Senador Furtado, 56 . RJ ISSN 1679-0189 Ano CXII Edição 43 Domingo, 21.10.2012 R$ 3,20 No dia 15 de outubro foi comemorado o dia do mestre e o Departamento de Ação Social da CBB vem expressar o carinho a estes profissionais tão importante em nossas vidas através de um artigo elaborado pela missionária Renata Keli. “O movimento de Jesus confrontou as injustiças sociais, a opressão, ensinou sobre o amor, educou para valorização da vida em detrimento das práticas legalistas, promoveu a dignidade humana e o respeito aos direitos sociais” (página 3). No último dia 11 de outubro, o Pr. Guenther Carlos Krieger completou 53 anos de ministério. Ele e sua esposa, a missionária Wanda Braidotti Krieger, têm dedicado suas vidas para que os indígenas sejam alcançados pelo evangelho de Cristo. Tendo realizado muitos batismos, os missionários têm experiências edificantes sobre a obra entre os indígenas do Tocantins. Conheça mais sobre este trabalho na página 10. Educando para a diferença Trabalho com indígenas SETEBI realiza o I Congresso Regional de Teologia em Itaperuna O Seminário Teológico Batista de Itaperuna (SETEBI), no Noroeste Fluminense, realizou o seu I Congresso Regional de Teologia. O evento foi aberto para pastores e suas esposas e teve como tema: Servindo em uma igreja contemporânea. O palestrante oficial foi o pastor Evaldo Carlos dos Santos, da Primeira Igreja Batista da Praia da Cos- ta, em Vila Velha, ES. Ele trouxe temas importantes e que despertaram grandes reflexões nos partici- pantes (página 9).

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O Jornal Batista edição 43

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1o jornal batista – domingo, 21/10/12?????

Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira Fundado em 1901 Rua Senador Furtado, 56 . RJ

ISSN 1679-0189

Ano CXIIEdição 43 Domingo, 21.10.2012R$ 3,20

No dia 15 de outubro foi comemorado o dia do mestre e o Departamento de Ação Social da CBB vem expressar o carinho a estes profissionais tão importante em nossas vidas através de um artigo elaborado pela missionária Renata Keli. “O movimento de Jesus confrontou as injustiças sociais, a opressão, ensinou sobre o amor, educou para valorização da vida em detrimento das práticas legalistas, promoveu a dignidade humana e o respeito aos direitos sociais” (página 3).

No último dia 11 de outubro, o Pr. Guenther Carlos Krieger completou 53 anos de ministério. Ele e sua esposa, a missionária Wanda Braidotti Krieger, têm dedicado suas vidas para que os indígenas sejam alcançados pelo evangelho de Cristo. Tendo realizado muitos batismos, os missionários têm experiências edificantes sobre a obra entre os indígenas do Tocantins. Conheça mais sobre este trabalho na página 10.

Educando para a diferença

Trabalho com indígenas

SETEBI realiza o I Congresso Regional de Teologia em Itaperuna

O Seminário Teológico Batista de Itaperuna (SETEBI), no Noroeste Fluminense, realizou o seu I Congresso Regional de Teologia. O evento foi aberto para pastores e suas esposas e teve como tema: Servindo em uma igreja contemporânea. O

palestrante oficial foi o pastor Evaldo Carlos dos Santos, da Primeira Igreja Batista da Praia da Cos-ta, em Vila Velha, ES. Ele trouxe temas importantes e que despertaram grandes reflexões nos partici-pantes (página 9).

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E D I T O R I A L

O JORNAL BATISTAÓrgão oficial da Convenção Batista Brasileira. Semanário Confessional, doutrinário, inspirativo e noticioso.

Fundado em 10.01.1901INPI: 006335527 | ISSN: 1679-0189

PUBLICAÇÃO DOCONSELHO GERAL DA CBBFUNDADORW.E. EntzmingerPRESIDENTEPaschoal Piragine JúniorDIRETOR GERALSócrates Oliveira de SouzaSECRETÁRIA DE REDAÇÃOArina Paiva(Reg. Profissional - MTB 30756 - RJ)

CONSELHO EDITORIALMacéias NunesDavid Malta NascimentoOthon Ávila AmaralSandra Regina Bellonce do Carmo

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REDAÇÃO ECORRESPONDÊNCIARua Senador Furtado, 56CEP 20270.020 - Rio de Janeiro - RJTel/Fax: (21) 2157-5557Fax: (21) 2157-5560Site: www.ojornalbatista.com.br

A direção é responsável, perante a lei, por todos os textos publicados. Perante a denominação batista, as colaborações assinadas são de responsabilidade de seus autores e não representam, necessariamente, a opinião do Jornal.

DIRETORES HISTÓRICOSW.E. Entzminger,fundador (1901 a 1919);A.B. Detter (1904 e 1907);S.L. Watson (1920 a 1925);Theodoro Rodrigues Teixeira (1925 a 1940);Moisés Silveira (1940 a 1946);Almir Gonçalves (1946 a 1964);José dos Reis Pereira (1964 a 1988);Nilson Dimarzio (1988 a 1995) e Salovi Bernardo (1995 a 2002)

INTERINOS HISTÓRICOSZacarias Taylor (1904);A.L. Dunstan (1907);Salomão Ginsburg (1913 a 1914);L.T. Hites (1921 a 1922); eA.B. Christie (1923).

ARTE: OliverartelucasIMPRESSÃO: Jornal do Commércio

Por mais que os salá-rios e o reconheci-mento não corres-pondam, a verdade

é que o professor foi ontem, é hoje e sempre será o pro-fissional indispensável. Seu dia foi em 15 de outubro, e muitos provavelmente de-vem ter recebido presentes e homenagens, outros ape-nas devem ter aproveitado o dia de descanso para repôr as energias, mas eles mere-cem muito mais do que um dia de descanso e singelos presentes, afinal de contas, são essenciais em qualquer sociedade. Quem passaria com tanta excelência os co-nhecimentos científicos, ge-ográficos, históricos,...? São eles os alicerces das escolas bíblicas, que contribuem para a divulgação da Palavra de Deus e a manutenção da integridade cristã.

Sendo uma das profissões mais antigas, carrega sobre si a importância acima de todas as demais profissões. Isso porque é através do profes-sor que as outras profissões existem. Em certa ocasião um

menino questionou como sua professora sabia tanto. De imediato a professora respon-deu que uma outra professora havia lhe ensinado tudo o que sabia e que anteriormen-te uma outra professora tinha lhe ensinado, e assim por diante. O menino com olhar pensativo sorriu e disparou: “Ainda bem que existem muitas professoras no mun-do!” A pequena criança já ha-via entendido a importância e necessidade do professor.

Dentro das igrejas é peça fundamental para o ensino da Bíblia e dos conceitos bí-blicos. É quem direciona os debates e viabiliza o esclare-cimento da Palavra de Deus. No ensino religioso, o profes-sor é mais do que um acadê-mico, mas um instrumento do Espírito Santo para ministrar as verdades divinas. Instrui crianças com uma linguagem simples e adequada, fazendo uso de grande criatividade. Com jovens fala do cotidiano, envolvendo as crises e ex-pectativas próprias da idade. Aos adultos, os professores usam toda sua maestria para,

muitas vezes, abordar temas delicados ou que já ouviram diversas vezes, mas que os trazem com um ar renovado, afinal de contas, estão falando da Palavra de Deus, que é viva e eficaz.

No meio secular são discri-minados com salários insig-nificantes, chegam ao ponto de fazer greves para ter o merecido reconhecimento. O seu dia é comemorado jus-tamente na data em que D. Pedro I, com um decreto im-perial oficializa a educação no Brasil, era 15 de outubro de 1827. O decreto determi-nava que “todas as cidades, vilas e lugarejos tivessem suas escolas de primeiras letras”. Mesmo após tal ini-ciativa, o ensino na época do império era muito restrito às famílias ricas, as quais tinham condições de contratar pro-fessores. O que infelizmente parece acontecer até hoje. Foi a partir dos anos 30 que o ensino público gratuito passou a ser organizado e atender as diferentes classes sociais. O poder público se responsabilizou pela educa-

ção das crianças, expandido os grupos escolares.

O educador baiano Anísio Teixeira (1900-1971) com-preendia a escola como um braço democrático, que ofe-recesse as mesmas oportuni-dades e conhecimentos para as crianças de classe alta e do proletariado. Anísio Tei-xeira defendia os princípios de um sistema educacional público, gratuito e obriga-tório, que mais tarde fariam parte da Constituição. Suas ideias deveriam ser estendidas às igrejas, num pensamen-to de que o conhecimento deve pertencer a todos e não apenas a uma faixa deter-minada de membros. Que todos os professores tenham consciência da expansão dos conhecimentos bíblicos e a necessidade de se valorizar as escolas bíblicas. Que pastores e líderes invistam em discipu-lados, escolas de casais, curso de noivos, escolas bíblicas de férias para crianças, e todos os tipos de meios para a valoriza-ção do conhecimento.

Parabéns a todos os profes-sores por seu dia! (AP)

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www.geograficaeditora.com.br@geograficaed/geograficaeditora

Viva a maior aventuraque já existiu!

A história da Salvaçãodo Mundo!

Departamento de Ação Social da CBB

Educando para a diferençaNo dia 15 de ou-

tubro foi come-morado o dia do mestre e o Depar-

tamento de Ação Social da CBB vem expressar o cari-nho a estes profissionais tão importante em nossas vidas através de um artigo elabo-rado pela missionária Renata Keli da Junta de Missões Na-cionais no Instituto Batista de Carolina, no Maranhão.

“Não detenhas o bem... estando na tua mão poder fazê-lo” (Prov. 3.27).

Assinala Brandão (1984) que “ninguém escapa da educação” (p.7). Em casa, na rua, na Igreja ou na es-cola, estamos envolvidos em um processo de ensino/aprendizagem contínuo e multilateral. E concordamos com este autor à medida que entendemos que é através da educação que o homem se socializa, internaliza valores e normas, articula percep-ções e tem acesso ao mundo dos símbolos e das opera-ções cognitivas. Pensar a educação, portanto, é refletir criticamente sobre a própria vida social, que é complexa.

O sujeito aprendente não é passivo. Não é só na escola que ele é educado, formado, informado e influenciado. A

família, a igreja, a comunica-ção em massa e muitas outras instâncias, instituições sociais e culturas, também orientam percepções, visões de mundo, valores e “educações” (ibdem).

Ao pensar no Instituto Ba-tista de Carolina (MA), única escola da Junta de Missões Nacionais, como um desses espaços educativos, refleti-mos sobre a finalidade da educação cristã missionária. Acreditamos na sua poten-cialidade de “educar para a diferença”, ou seja, for-mar alunos, luzeiros neste mundo, agentes de ações

significativas na vida pessoal, família e sociedade, a partir do aprendizado bíblico que recebem.

Essas ações significativas estão embasadas no “Mo-vimento de Jesus” (LIMA, 2009). Nosso Mestre, por ex-celência, veio ao mundo para cumprir o ministério designa-do pelo Pai e, ao voltar para o céu, responsabilizou seus seguidores a serem ministros, cumprindo assim a tarefa dada: levar as boas novas, numa perspectiva de olhar o ser humano como um todo (integralidade da missão).

O movimento de Jesus con-frontou as injustiças sociais, a opressão, ensinou sobre o amor, educou para valoriza-ção da vida em detrimento das práticas legalistas, pro-moveu a dignidade humana e o respeito aos direitos sociais. Quem aceitou o conteúdo das suas aulas (que era Ele mesmo), experimentou a ale-gria e a esperança. O sujeito aprendente que passou pela “escola de Jesus”, ganhou uma nova vida.

Pergunto: E hoje, qual é a ênfase das nossas práticas educativas? Qual a fonte

que direciona nossas ações? O que se perdeu ao longo dos tempos? Neste mês em que celebramos a educação, através do dia do profes-sor, precisamos ser alunos e aprender com Jesus; refletir e redirecionar nossos esfor-ços, tempo, investimento de vidas e recursos para o que realmente importa. Minha oração é que o Instituto Ba-tista de Carolina continue ministrando compaixão e graça através dos atos edu-cacionais cotidianos. Cada funcionário seja um Paida-gogo missionário até a volta de Cristo.

REFERENCIAS:BIBLIA SAGRADA. Nova

Tradução na Linguagem de Hoje. São Paulo: Sociedade Bíblica do Brasil, 2002.

BRANDÃO, Carlos Rodri-gues. O que é Educação. São Paulo: Editora Brasiliense, 1984.

LIMA, Anderson de Olivei-ra. O Movimento de Jesus: um projeto de libertação e justiça social (mimeo).

LIBÂNEO, José Carlos. Pe-dagogia e pedagogos: para quê? São Paulo: Cortez, 2002.

SHEDD, Russel. A justiça social e a interpretação da Bíblia. São Paulo: Vida Nova, 1993.

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SABEDORIAPARA HOJE

PASTOR LÉCIO DORNAS

reflexão

Nilson DimarzioPastor, colaborador de OJB

O sugestivo lema a d o t a d o p e l a Junta de Missões Nacionais deve

levar-nos a profunda reflexão no tocante à oportunida-de que a evangelização das crianças nos oferece. É um alerta às igrejas, aos educa-dores, mas, especialmente aos pais - os primeiros mes-tres da criança - a que se de-diquem de coração ao afã de ganhar as crianças para Jesus.

Isto deve ser feito com ur-gência, antes que a criança seja influenciada negativa-mente por pessoas que não têm os princípios cristãos.

A criança é uma página em branco em que podemos escrever o que desejarmos. Essa página está à sua dispo-sição, pai ou mãe que me lê, para que você escreva belos poemas de fé, esperança e amor, evitando, assim, os terríveis males de uma edu-cação falha.

Saiba que a educação reli-giosa da criança é missão dos pais, antes de ser da igreja. Esta apenas suplementa o trabalho que deve ser inicia-do em casa, no dia a dia, no contato constante que os pais têm com os filhos. Portanto, não deixe que o seu filho seja evangelizado por outrem, seja o professor da EBD ou outro líder da igreja. Seja você mesmo o instrumento de Deus para conduzir a criança aos pés do divino Mestre, ainda em tenra ida-de, aceitando a Cristo como Senhor e Salvador. Pensar que a criança nada entende de evangelho e não tem con-dições de fazer a sua opção espiritual é desconhecer o seu potencial de inteligência e de percepção das coisas de Deus. Deixar a educação religiosa da criança somente

“Não vos enganeis: as más conversações cor-rompem os bons costu-mes” (I Coríntios 15.33)

A m o d e r n i d a d e trouxe ao nosso cotidiano algu-mas novidades

em termos de comunica-ção e interatividade, com quais há dez anos sequer sonhávamos. Pensando em comunicação escrita, o mundo voou da carta postada nos Correios, pas-sando pelo telegrama, fax, e-mail e hoje quase não há quem não esteja onli-ne uma boa parte do dia através de comunicadores de rede como Facebook, Twitter, MSN, iMessager, GoogleTalk, Skype, Voxer e tantos outros.

Mais barato, prático e rápido do que o próprio telefone, o contato com um amigo, cliente, super-visor ou subordinado no trabalho, pelo MSN ou Skype, viabiliza agilidade e gera maior qualidade e economia em várias face-tas da vida profissional e pessoal.

Mas… Um outro lado desta nova realidade é a intensificação e mul-tiplicação de contatos e relacionamentos via web. Assim, logo a lista de pes-soas vai crescendo com gente sendo adicionada a cada dia. Alguns de poucos contatos, outros de acesso mais intenso, porém, a rede vai se tor-nando, pouco a pouco, a maior cadeia de influ-ência da chamada pós--modernidade. Influência de todo tipo: boa e ruim; inocente e perigosa; fra-terna e ardilosa.

Surge assim, a necessi-dade de seleção de con-tatos e critérios de adi-cionamentos, visando à saúde integral do pluga-do. Nasce ainda a necessi-dadede de uma avaliação

entregue à igreja é perder a grande oportunidade de conquistá-la para Cristo e sua causa. É cometer o pe-cado de omissão, uma vez que “Aquele que sabe fazer o bem e não o faz, comete pecado” (Tiago 4.19).

Portanto, papai ou mamãe, não basta dar ao filho: ali-mento, roupa, brinquedos, passeios e outras coisas que o dinheiro proporciona. É preciso cuidar também da sua alma. É preciso dar-lhe afeto e carinho, demonstrar amor, sendo que a maior demonstração de amor para com o filho é prepará-lo para se tornar um servo de Deus e uma bênção para o mundo. Isto se consegue: 1) Com oração. Orando e en-sinando o seu filho a orar, a depender de Deus em todas as coisas; 2) Ensinando-o a amar a Palavra de Deus, através de histórias bíbli-cas, cântico de hinos, me-morização de versículos, e colocando a Bíblia em suas mãos. Há hoje diversas edi-ções da Bíblia próprias para a petizada, em linguagem bem simples, à altura da compreensão infantil. 3) A prática do Culto Doméstico,- Infelizmente hoje em desuso -, é de grande valia para levar a criança a valorizar as coisas espirituais. 4) Levar a criança à igreja, à Escola Bíblica Dominical e ao Culto Infantil, para que ela tome gosto pela casa de Deus e vá se socializando no am-biente cristão. 5) Mas, além de tudo, seja um exemplo de fé e de conduta cristã, para que seu filho tenha diante de si um digno paradigma para orientá-lo pela vida a fora.

Eu creio na decisão da criança, quando ela declara sua fé em Jesus como Salva-dor. São muitos os obreiros, pastores, diáconos e missio-nários que aceitaram Cristo

séria sobre a qualidade social, moral e espiritual do uso que se faz e do modo como se comporta na rede.

Então, venho propor a você que está muito pre-sente nas redes sociais, que organize uma forma pessoal, inteligente e cria-tiva de usar sua influência para aproximar pessoas de Deus, levá-las a conhe-cer um pouco da Palavra Santa, estimulá-las à fé e ao envolvimento com a obra do Senhor. Também para construir redes de oração e apoio ao avanço missionário.

Proponho ainda que você proceda a uma boa revisão na sua lista de contatos, avaliando a qualidade de cada fonte de influência, sobretudo a partir dos critérios da edificação, santidade e testemunho. Assim, se o contato não passar nestes testes, não tenha dúvida: BLOQUEIE!

As perguntas a serem feitas seriam: Este conta-to contribui para minha edificação pessoal, inte-lectual, moral, cultural e espiritual? Este contato prejudica, inibe ou invia-biliza o meu processo de santificação? Este contato proporciona chance para o meu testemunho cristão? BLOQUEIE sempre que as respostas a estas perguntas indicarem perigo.

No Face, Twitter, MSN, iMessager, Voxer ou Goo-gleTalk, o foco deve estar na sabedoria para adicio-nar e na coragem para bloquear!

_____________________Lécio Dornas é o Segundo

Secretário da Convenção Batista Brasileira, coordena o Ministério Brasileiro da American Bible Society, é o Editor da Revista Pregação & Pregadores e é membro da Igreja Batista do Fonseca, em Niterói, RJ.

na infância. Eu mesmo tive essa felicidade. Não resta dúvida, pois, de que a evan-gelização das crianças seja um trabalho altamente com-pensador. E como é bom poder ver os resultados desse esforço!

Há poucos dias, pregando na Igreja Batista de Corrêas/Petrópolis, por ocasião do seu Jubileu de Ouro e inau-guração de seu belo Templo, no término de um dos Cultos, recebi o abraço do pastor Paulo, da IB em Pedro do Rio (3° Distrito de Petrópo-lis), que emocionado disse: “Que prazer poder abraçá-lo depois de tanto tempo. O sr. me batizou em Pedro do Rio, quando eu tinha 8 anos de idade, e hoje eu sou o pastor daquela igreja”. E com que emoção e alegria recebi aquele abraço, constatando uma vez mais o quanto é compensadora a evangeliza-ção de crianças.

Que o Senhor abençoe os pais e mães que me leem, para que se coloquem nas mãos de Deus para conquis-tar suas crianças para Jesus, preparando-as para um futuro promissor, de realização pes-soal e de consagração á causa do evangelho. As crianças que hoje estão sob nossos cuidados, são os homens e mulheres de amanhã, aque-les que, pela graça de Deus e com a nossa cooperação, se tornarão pessoas de bem, atuando nos mais variados setores de atividades, e que poderão contribuir positi-vamente para alavancar o progresso do reino de Deus na Terra.

Mas, isto depende da nossa atuação agora, enquanto es-tão na fase de formação. Vale lembrar o preceito bíblico: “Ensina a criança o caminho em que deve andar, e até quando envelhecer não se desviará dele” (Prov. 22.6).

Bloqueie!

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5o jornal batista – domingo, 21/10/12reflexão

Pr. MendesColaborador de OJB

Resisti-lhe firmes na fé, certos de que sofrimentos iguais aos vossos estão se

cumprindo na vossa irman-dade espalhada pelo mundo (I Pedro 5.9). Muitos pensam que a conversão trás no seu bojo uma vida sem sofrimen-to. Essa ideia é pregada por aqueles falsos mestres, que veem nessa “isca teológica” uma fonte inesgotável de lucro. O sofrimento é uma realidade inerente à vida cristã. O Senhor Jesus nun-ca afastou a possibilidade de uma vida comprometida com ele, sem sofrimento. “Estas coisas vos tenho dito para que tenhais paz em mim. No mundo, passais por aflições; mas tende bom ânimo; eu venci o mundo” (Lucas 16.33).

Pr. Araúna dos SantosVitória, ES

Bloco carnavalesco avalia desfile em Vila Velha

Em entrevista ao repórter da TV Gazeta para o programa jornalístico ESTV – 1ª edição no dia 10 de fe-vereiro último, diretores do bloco carnavalesco “Surpre-sa” – de Barra do Jucu, litoral de Vila Velha, explicaram a razão da não “saída” para o desfile neste ano. Segundo um dos diretores, “o bloco cresceu muito, e chegou a atrair vinte mil foliões no ano passado, e perdeu em qualidade”. A liderança do bloco quer uma volta às ori-gens, retomando a qualidade perdida nas sátiras e críticas políticas, comunicadas em seus desfiles, cumprindo seus “objetivos sociais” de contes-tação.

É interessante notar a pre-ocupação com a qualidade em um bloco de carnaval e o reconhecimento, da sua diretoria, do estrago que a quantidade descontrolada de foliões trouxe para os objeti-vos do bloco. O crescimento precisa ser integral, não ape-nas numérico, em qualquer organização social, segundo seus propósitos.

O que dizer das igrejas e do “crescimento evangélico” no Espírito Santo e no Brasil? Será que a qualidade dos crentes cedeu lugar à quan-tidade, simplesmente? Será que, igualmente, precisamos parar para avaliar, repensar e retornar às origens? Será que precisamos atender o

Nas experiências de sofri-mento, privações, dor e re-núncia, é que aprendemos as grandes lições para o nosso amadurecimento espiritual. O sofrer é tão inerente à vida cristã, que Paulo convoca seu pupilo Timóteo a participar com ele dos sofrimentos. “Não te envergonhes, portan-to, do testemunho de nosso Senhor, nem do seu encar-cerado, que sou eu; pelo contrário, participa comigo dos sofrimentos, a favor do evangelho, segundo o poder de Deus” (II Timóteo 1.8).

O sofrimento, em si, não é problema. O grande proble-ma é como enfrentamos os sofrimentos. A primeira coisa é que temos que nos cons-cientizar que os sofrimentos serão realidade, enquanto aqui vivermos. Não há como fugir desse fato, e isso não é um “privilégio” apenas dos salvos em Cristo, está no DNA

conselho de Cristo à Igreja de Éfeso: “Lembra-te de onde caíste; arrepende-te e pratica as primeiras obras...” (Apo-calipse 2.1-7) ? É uma séria questão a considerar.

As lideranças de um bloco de Carnaval, mais preocu-padas com a qualidade do que com a quantidade de seus adeptos, propõem uma pausa nos desfiles, para ava-liação. O que estão fazendo as lideranças das igrejas e denominações “evangélicas” diante do crescimento des-qualificado de suas “alas”? É verdade que se faz de tudo para crescer em quantidade, a qualquer custo, querendo parecer cada fez mais forte em número de membros e eventos e exposição na mí-dia e favores de políticos e administradores públicos, muitas e muitas vezes, negan-do princípios bíblicos que, “teoricamente”, defendem.

É impossível uma igreja crescer em qualidade espi-ritual sem crescer numerica-mente. Mas, é possível uma igreja crescer numericamente sem crescer em qualidade es-piritual. É aqui que está o pe-rigo, a tentação dos números, a megalomania, a soberba, a vaidade. Infelizmente, igrejas estão esquecendo a qualida-de e a disciplina, porque isso, em alguns casos, tiraria quase a metade de “matriculados” em seu rol de membros.

É preciso pensar, e corrigir os desvios, senão...“virei a ti e tirarei o teu castiçal...”. Dizia Cristo à Igreja mencio-nada no Apocalipse. Depois do Carnaval, é tempo para avaliar o espiritual.

do ser humano, em todo o tempo, lugar e indivíduo.

O sofrimento serve, na vida do crente, como uma fonte de amadurecimento, e sina-liza se estamos ou não “con-formados com esse mundo” (Romanos 12.2). O mundo acha que não merece sofrer e não vê benefício algum nisso e, por esse motivo, faz literal-mente qualquer coisa, com o deus que estiver à mão, para se “livrar” do sofrimento.

É claro que não queremos sofrer, não buscamos este sentimento, mas quando pas-samos por situações que nos fazem até arcar o corpo de tanta tristeza e dor, temos na palavra de Deus o alento, o alívio e a certeza que, o Único Deus nos chama de filhos e nos conhece profun-damente. Ele pode usar toda esta situação como ferramen-ta para alcançar os que estão nas trevas, e através do nosso testemunho, trazê-los para Sua maravilhosa luz.

Nesta semana, fui encora-jado através do sofrimento de uma irmã. Vi nas suas lágrimas sofrimento, mas sem perder a convicção e espe-rança de que seu Deus jamais irá desampará-la. Jesus sabia que enfrentaríamos situa-ções, às quais só Ele poderia encorajar-nos a enfrentá-las. “Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como o mundo a dá. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize” (João 14.27).

Finalizo dizendo: Você está sofrendo? Não se esqueça de que nossa irmandade, espalha-da pelo mundo, também está. Não esqueça-se que, o nosso Salvador nos deixou uma Paz encorajadora, uma Paz dife-renciada, porque não vem deste mundo, mas sim Dele.

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6 o jornal batista – domingo, 21/10/12 reflexão

Mauro Lemuel AlexandreMembro da PIB Natal, RN

Apesar de ser uma grande festa e ocor-rer justa e coinci-dentemente ao final

do ano, em praticamente todo o mundo, o Natal só é falado no período próprio, o mês de dezembro, embora se esteja começando cada vez mais cedo, quando três ou mais meses antes já se tem referência à esperada da fes-ta, ainda um pouco remota, mas já no inciante espírito do Natal, sobretudo no âmbito do comércio.

Em termos espirituais, ocor-re algo parecido. Tanto no antigo como no novo tes-tamento, são riquíssimos e diversos os textos que tratam do festejado nascimento de Jesus, o Salvador, mas só são citados ou tematizados em sermões e mensagens no mês de dezembro. Por que não antes? Por que não sempre?

Então, com todo respeito, data venia ainda não ser Na-tal, vamos nos referir a esse tema, utilizando um belo texto do maior dos profetas, Isaías, capítulo 9, versos 1 ao 9. Vejam que maravilha, em

qualquer tempo. Como acres-centa à nossa fé saber mais, cada vez mais sobre tudo isso. A rigor, queremos nos referir às cinco qualificações máximas daquele que viria e veio, inicialmente como menino, mas que é filho de Deus, e o próprio Deus.

Mas, iniciando pelo verso 2, que forma de alguma ma-neira o contexto que explica a futura vinda do Salvador, Jesus, que ocorreria 700 anos à frente, vê-se que “O povo que andava em trevas, viu uma grande luz, e sobre os que habitavam na região da sombra da morte resplan-deceu a luz.” Que povo era esse? E por que andavam em trevas, e ainda em região de sombra de morte? Será que a vida na época e também de-pois era tão ruim, tão trágica, assustadora, assombrosa?

Na verdade, em termos es-pirituais, não se tinha e nuca se teve nada de seguro em que se firmar. Apenas tenta-tivas desde sempre, através de substituições levianas com imagens e esoterismos. É aí, e sempre foi, e continua sendo, independente dos tempos, que Jesus vem resplandecer como verdadeira luz, que

brilha desde a alma até a vida e para o mundo todo. Ele é na verdade a verdadeira luz, luz do conhecimento, luz da vida, luz da esperança, luz da salvação, eterna.

Mas, num salto qualitativo, é no verso 6 que se tem o sublime momento em que o profeta, devidamente re-velado por Deus, instila as sublimes qualidades daquele a que se refere como menino, Jesus, mas que seria e é sem-pre Rei e Senhor. E começa a categorizar as qualidades insofismáveis de Jesus. Ve-jamos então uma por uma, o que são, o que significam, o que representam para nós, seus servos e filhos?

Diz textualmente Isaías (9.6): “Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu, e o principado está so-bre os seus ombros, e se cha-mará o seu nome: Maravilho-so, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz”. Quem é esse em que colocamos toda a nossa fé e todas as mais reservas de crença e confiança que tivermos?

Vejamos os tipos de qualifi-cações, únicas, que ninguém jamais possuiu. Inicialmente,

de forma bela e estética, ele é Maravilhoso, por ser admi-rável, formoso, digno de se ver, de toda contemplação. Isso é que é Deus! Depois, Conselheiro, pois é nele que buscamos direção, opinião, sabedoria, prudência, e bom senso para as muitas decisões de questões do dia a dia. Prossegue como Deus for-te, não bastasse ser Deus, é acima de tudo forte, para não termos a mínima chance de temer a nada. Torna-se Pai da eternidade, aquele que nos acolhe calorosa e amavelmente, e que o fará para todo o sempre. Que consolo maior poderíamos ter? E conclui, por fim, como Príncipe da paz, um reinado, ao qual somos convocados e do qual participamos, pela le-gitimidade do próprio Jesus, caracterizado por aquilo que todos anseiam um dia ter, a paz, e esta somente nEle e totalmente verdadeira.

Um cenário de fazer inveja a todos os deuses, santos e o que mais se inventar, criados e recriados pela profícua e perversa mente humana. É para dizer, repetir e se feste-jar um Deus como esse, cujo nome é simplesmente Jesus,

o nome que concentra todas as virtudes e qualidades que se requer para nortear a ver-dadeira vida, e nas quais nos espelhamos e nelas vivemos, até a sua volta ou até o céu, desde já e para sempre.

Que mensagem, que pro-fundidade, que lição para nós de um texto eminentemente tratado como natalino, mas que é de sempre, que serve para todas as horas, que nos faz mais firmes e seguros da nossa inestimável e inextin-guível fé nEle, nosso Senhor e Salvador Jesus, o Maravi-lhoso, o Forte, o Pacífico, o Príncipe, e multiplamente em si mesmo também Pai.

Portanto, Feliz Natal! Vale salientar, de Jesus, que pela sua grandeza e majestade, merece ser comemorado todos os dias, todas as horas, todos os momentos. Felizes somos nós cuja graça nos alcançou de uma vez por todas, para não deixar dúvida nenhuma.

Um Natal verdadeiramente Maravilhoso, Conselheiro, Pacífico, Forte, Paterno e Principesco, todo e somente para Jesus, apenas Ele, pois somente Ele é digno de lou-vor e adoração, para sempre.

Informações e matrículas:www.ftbp.com.br/[email protected]

(41) 3024.8142 / 0800 600 b142

MESTRADO PROFISSIONALEM TEOLOGIAPara uma grande vocação, o melhor preparo.

MESTRADO PROFISSIONALEM TEOLOGIAPara uma grande vocação, o melhor preparo.

Reconhecido pelo MEC (CAPES)Reconhecido pelo MEC (CAPES)

"Mestrado Profissional é a designação do Mestrado que enfatiza estudos e técnicas diretamente voltadas ao desempenho de um alto nível de qualificação profissional.

Esta ênfase é a única diferença em relação ao acadêmico. Confere, pois, idênticos grau e prerrogativas, inclusive para o exercício da docência, e, como todo programa de pós-graduação stricto sensu, tem a validade nacional do diploma condicionada ao reconhecimento prévio do curso (Parecer CNE/CES 0079/2002)”.

Linhas de Pesquisas: “Leitura e Ensino da Bíblia” e “Organização e Cuidado Pastoral”.

A METODOLOGIA

Com duração de quatro semestres, nossas aulas serão ofertadas em regime intensivo, com encontros em duas semanas de Março e em duas de Agosto. As aulas poderão acontecer pelas manhãs, tardes e noites.

Além disso, desde o início, os orientadores estarão à disposição de seus alunos durante todo o curso.

DATAS

Período de inscrições: 01 a 31/10/2012.

Dia das provas:Dia 12/11/2012 (manhã e tarde)

Data dos Resultados:Divulgação no site no dia

30/11/2012Período para a matrícula:

03 a 14 de Dezembro de 2012.Início das Aulas:

11 de Março de 2013

SELEÇÃO

Serão avaliados:

1) Projeto de Pesquisa - Entrevista (40%)2) Prova de Conhecimento (30%)3) Prova de Inglês (20%)4) Curriculum Vitae (10%)

A nota mínima para a admissão é 6,0.

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7o jornal batista – domingo, 21/10/12missões nacionais

Tiago MonteiroRedação de Missões Nacionais

As d r o g a s n ã o escolhem sexo, mas é bem ver-dade que, quan-

do se t rata do processo terapêutico, as mulheres dependen t e s qu ím ic a s estão em condições mais delicadas do que os ho-mens. Elas são mais pena-lizadas socialmente, têm duas vezes mais chances de contrair complicações clínicas e maior redução da e s t ima t i va de v ida , é o que d iz um es tudo real izado pelo Hospital das Clínicas da USP so-bre dependência química f e m i n i n a . E n t e n d e n d o essa problemática, a Jun-ta de Missões Nacionais, que ao longo dos últimos anos intensi f icou o t ra -balho de recuperação de mulheres prisioneiras das drogas, abriu as portas de mais dois Centros de For-mação Cristã, mantendo qua l idade na es t ru tu ra e amplo atendimento às famílias das vidas assis-tidas.

No final de setembro, a JMN inaugurou, em Italva, R J , o Pro je to Sonho de Mãe, através do qual mães e filhos podem conviver em um ambiente acolhe-dor. Considerado um dos projetos mais arrojados dos batistas, é comemora-do tanto pelas mães que ansiavam por estarem pró-ximas de suas cr ianças, quanto por missionários e igrejas parceiras. A pro-posta é novidade no Bra-sil, mas já há programas nos Estados Unidos que tratam a recuperação de dependentes químicos de forma abrangente, incluin-do a participação de côn-juges e filhos. No caso do programa estabelecido por Missões Nacionais, esse convívio só acontece na última fase do processo te-rapêutico, quando as mães já estão aptas a dar mais um passo no processo de reabilitação.

O culto de inauguração do projeto aconteceu na Igreja Batista Central de Italva, parceira que pron-tamente se enga jou no projeto assim que soube das in tenções da JMN. “Deus nos deu duas casas e começamos a preparar

tudo. Esse é o início de um grande projeto e de-se jamos vê - lo em todo o país” , a f i rmou o pas -tor Ronem Rodrigues do Amara l , f e l iz por e s ta r participando de mais este investimento.

O Projeto Sonho de Mãe está atualmente com duas residentes, com dois f i -lhos cada. O cotidiano é como o de qualquer fa-mília com hábitos sadios. As crianças estudam e as mães têm seus afazeres domést icos e terapêut i -cos. Todas as atividades são acompanhadas com muito cuidado pelas mis-s ionárias Roslene Alves e Roseni lda Costa. E las fazem questão de deixar claros seus papéis como missionárias e os papéis que as mães deverão de-sempenhar na criação de seus filhos. Isso preserva os laços entre as famílias e mantém a estrutura har-moniosa na casa.

Karina Pugno, uma das mães que participam do projeto, agradece a Deus por essa fase em sua vida. Olhando para trás, ela se lembra do passado triste, quando deixou sua casa aos 9 anos e se envolveu com um traficante. Hoje, serva de Deus, tem gran-des expectativas para si e seus filhos. “Eu louvo a Deus porque tenho meus filhos junto de mim, por-que os meus f i lhos que cantavam músicas profa-nas hoje louvam ao Se-nhor e têm o conhecimen-to da Palavra. Agradeço a Deus porque em meio às dificuldades do dia a dia, Deus tem nos fortalecido. Tenho visto as promessas do Senhor se realizando na minha v ida e t enho aprendido como ser uma verdadeira mãe, na práti-ca, e tem sido maravilhosa essa experiência”.

Deus também abençoou a JMN com a inaugura-ção de mais um Centro de Formação Cristã para mulheres na c idade de Campinas, SP. A casa foi a b e r t a e m a b r i l e t e m c a p a c i d a d e p a r a r e c e -ber 12 internas. Durante o p e r í o d o d e u m a n o , elas passam por ativida-d e s d e t r a n s f o r m a ç ã o , c om a c om pa n h a m en to p s i co lóg i co , méd i co e espi r i tua l . Par te desses atendimentos é feito com

a ajuda de profissionais solidários à causa. O dia a d i a é apa ren temen te simples, mas repleto de s igni f icados para as in-ternas que antes estavam acos tumadas com a re -jeição da sociedade e a miséria. Afazeres domés-ticos, alfabetização e ati-vidades artesanais funcio-nam como estímulos para o recomeço social; já os per íodos devocionais e de aprendizado das Es -crituras alimentam a alma tão sedenta de Deus.

Segundo a missionária que dirige a instituição, G e a n e C o r d e i r o , a p ó s passagem pelo Centro de Formação Cristã, as resi-dentes são encaminhadas para uma úl t ima etapa, concluindo assim todo o tratamento. “A proposta

da JMN é que depois essas mulheres sigam para a fase da ressocialização, onde elas serão preparadas para retornarem ao convívio fa-miliar e inseridas a Igrejas Batistas próximas a suas residências”.

O C F C c o n t a c o m a parceria da Igreja Batista Central de Campinas. Os desafios são compartilha-dos com a igreja, que tem segurado as cordas, dando o suporte necessário ao andamento do trabalho.

JMN faz novos investimentos para a recuperação de dependentes químicas

Momento de intercessão durante culto de inauguração do Sonho de Mãe

Em Campinas, residentes são apresentadas durante culto de gratidão

Você pode ajudarCerto dia, uma das mulheres atendidas pela Cristolân-

dia RJ ouviu a seguinte pergunta: “Qual é o sonho de sua vida?”. Ela, sem hesitar, respondeu: “Restaurar a minha família, ter a minha família junto de mim”. Essa resposta tem ecoado e encontrado corações dispostos a cooperar com esse ministério. Se essas palavras também reverberaram em seu coração, entre em contato conos-co pelos telefones 4007-1075 (para capitais e regiões metropolitanas), 0800-707-1818 (demais localidades) ou e-mail [email protected] e saiba mais detalhes sobre como você poderia ajudar.

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8 o jornal batista – domingo, 21/10/12

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A

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notícias do brasil batista

Rafael CurtyCoordenador Área de Liderança JBB

A Conferênc ia de pastores e líderes de jovens e ado-lescentes, Paixão

Pela Juventude, da Juventude Batista Brasileira, continua percorrendo o Brasil atra-vés de suas regiões. Após a região Sudeste a edição do PPJ 2012 passou pela região

Centro-Oeste, de 28 a 30 de setembro, em Campo Grande, Mato Grosso do Sul, recepcionado pela JUBAMS na Chácara Aprisco, com aproximadamente 80 líde-res do Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e Bra-sília (Distrito Federal) com a maior caravana da região. Os preletores foram: Talita Barros (PIB Curitiba - PR), Rainerson Israel (IB Central da Barra - RJ) e Heber Aleixo

(IB Esperança – DF). Hou-ve também a participação especial no entretenimen-to e recreação com André Neves e Adilson Pedro do Ministério Formigão (www.ministerioformigao.com.br), de Macaé – RJ.

Na semana seguinte foi a vez da região Nordeste, de 5 a 7 de outubro, em São Luís do Maranhão, sendo recepciona-do pela JUBAMA. A conferên-cia aconteceu na propriedade

da PIB de São Luís e do Colé-gio Batista Ludovicense. Com aproximadamente 120 líderes do Pará, Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Pernambuco e Alagoas. Os preletores foram: Talita Barros (PIB Curitiba – PR), Michel Piragine (PIB Curitiba – PR) e Alexandre Robles (Comunida-de Batista em Sorocaba – SP). Para acompanhar o que tem acontecido e o que ainda está para acontecer nas próximas

duas conferências você pode visitar a página da JBB em www.juventudebatista.com.br ou solicite para ser adicio-nado no grupo do facebook: “Paixão Pela Juventude Brasil” e conheça os participantes das outras regiões. O grande des-taque da edição do PPJ 2012 tem sido o compartilhamento e a troca de ideias entre os líderes. Compartilhe você também a sua Paixão Pela Juventude!

Paixão pela Juventude continua percorrendo o país

DEPOIMENTOS:“Eu não tenho dúvidas que Deus preparou tudo porque queria que eu

estivesse lá. O Paixão Pela Juventude mudou minhas opiniões, e o mais importante, me mostrou que minha paixão, movimentação, mudança, mi-nha história tem que ser por amor a Cristo. E que os desafios serão vencidos quando minha paixão não estiver em programações, mas em Cristo, para que eu possa ser apaixonada pela juventude e assim cumprir o segundo mandamento do Senhor que é amar ao próximo como a si mesmo. E isso só acontecerá quando eu amar a Deus sobre todas as coisas! Se eu fosse relatar o que esse Congresso fez em minha vida, 200 palavras não seriam suficientes! Mas resumindo, esse Congresso foi pra mim o vento que Jesus cita em João 3.8. E hoje eu posso dizer com toda a minha alma, força, mente, coração e ser que sou apaixonada por Cristo e amo a juventude!”

NORMÂNIA ALVES, Igreja Batista Getsêmane, Ceará.

“O PPJ não é meramente um evento, uma produção. Eu resumo o PPJ em uma palavra: providência. Sim, providência de Deus. É quando o Altíssimo une jovens, líderes e mestres para graciosamente lhes dar a oportunidade de receber uma porção especial (e real, e poderosa) de Seu amor, Seu favor, Sua sabedoria, Sua maravilhosa luz. Cada pessoa com sua história, com sua contribuição, com sua paixão. Todos dispostos a receber e transmitir mais de Jesus Cristo. Transmitir o Jesus que trans-forma, que liberta, que muda a História. Transmitir o amor, o cuidado, o exemplo, a esperança que esse Jesus nos ensinou; para influenciar o mundo, impactar o mundo, para salvar o mundo”.

NELSON MATTESON, Igreja Batista Antioquia.

“Ao compartilhar desafios e ideias nos PGs, vimos problemas semelhantes e foi um tempo de alívio com sensação de não estar só. Não temos todas as soluções para os problemas sociais, mas é bom contar com alguém para pensar em alter-nativas. Isso é construir história. Finalizei meu dia de reflexões pensando no que me traz desconforto no movimento que Deus pode fazer em mim e através de mim para realizar as mudanças que Ele deseja, e descobri que preciso mais desconfortos para de repente ver mais movimento e mudança!”

DANIELA MIKETEN, PIB Lucas do Rio Verde, MT.

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9o jornal batista – domingo, 21/10/12notícias do brasil batista

A Primeira Igreja Batista do Parque São Vicente, Rua São Pedro, 41 Parque São Vicente, Belford Roxo, RJ, convida pastores e diáconos da Associação Batista Belforroxense para formar Concílio dia 10/11/2012 às 17h para examinar os irmãos: Jorge Ronaldo Araujo dos Santos, Kleber Emílio Quitéria Sabião, Luiz Freitas Borges, Mario Aurélio de Oliveira, Rone Edson Dias Mendes, Wladimir da Silva Pereira, Edy de Almeida Soares, Marilda da Silva Gonçalves, Renata Moreira Célio, Tereza da Costa Lemos e Vera Lúcia da Silva Borges, em experiência e se aprovados, consagrá-los ao Ministério Diaconal.

Desde já agradecemos antecipadamente a todos que atenderem o nosso convite.

Pr. Silas dos Santos Ferreira

Convite para formação de ConCílio

SETEBI realiza o I Congresso Regional de Teologia em Itaperuna

O Pr. Rômulo Vinicius Dias falou da importância de temas atuais para a liderançaO I Congresso de Teologia SETEBI foi para pastores e esposas

O Pr. Evaldo Carlos dos Santos da Primeira Igreja Batista da Praia da Costa em Vila Velha-ES

A Igreja Batista de Tauá convida aos pastores e respectivas

Igrejas da Convenção Batista Carioca para a posse do seu

novo pastor titular PASTOR MAURICIO DO AMARAL BOS-

SOIS, que acontecerá no próximo dia 27 de outubro, às 19h.

Endereço da igreja: Rua Prof. Hilarião da Rocha, 300 – Tauá

– Ilha do Governador - RJ

Tels: 2467-6431/ 33963937

Pastor Josué Valandro de Oliveira

Convite daIgreja Batista de Tauá

Por Marcos Vinicio Dias Ribeiro

O Seminário Teo-lógico Batista de Itaperuna (SETE-BI) realizou nos

dias 17, 18 e 19 de agosto no Hotel Águas Claras, na Estância Hidromineral de Raposo, em Itaperuna no Noroeste Fluminense o seu I Congresso Regional de Te-ologia. O evento foi aberto para pastores e suas esposas e teve como tema: Servindo em uma igreja contempo-rânea.

A igreja contemporânea tem que viver em constante contextualização quanto às mudanças que ocorrem no mundo cotidiano. Neste in-tuito o SETEBI reuniu para a realização do I Congresso Re-gional de Teologia com um tema atual que tem desafiado os pastores e a liderança das igrejas evangélicas.

O palestrante oficial foi o pastor Evaldo Carlos dos San-tos, da Primeira Igreja Batista da Praia da Costa em Vila Velha, ES. Ele trouxe temas importantes e que desperta-ram grandes reflexões nos participantes. Entre eles, a questão da ordenação de pas-toras, o homossexualismo, o divórcio e o novo casamento entre outros.

“Queridos irmãos pastores, o que mais nos ameaça nesta questão da ordenação femini-na não é, ao meu ver, a ques-tão Bíblica – teológica, nem é a questão cultural – religiosa, o que mais nos ameaça nesta questão: é o medo que temos de dividir a liderança com alguém, o medo de alguém ocupar o nosso espaço, de alguém nos superar em nos-sos “ministérios brilhantes e fascinantes”, disse Santos.

O Congresso também ser-viu para testemunhos como o do seminarista João Luiz

Neto, que trabalha com adolescentes na Associação Batista Extremo Norte Flu-minense (ABENF). Ele em suas palavras conclamou aos pastores e líderes para uma atenção maior para os jovens e adolescentes de suas igre-jas, pois nessa idade há muito a se oferecer, mas pouco se tem ofertado para ocupar o espaço desses jovens no trabalho nas igrejas.

O pastor Márcio Antunes foi outro palestrante e na oportunidade fez um retros-pecto das teologias que pai-raram sobre o nosso univer-so eclesiástico até os dias contemporâneos, destacan-do, a importância bíblica e da verdadeira pregação do Evangelho de Cristo Jesus, nos tempos de hoje. Márcio Antunes destacou que a igre-ja atual tem que caminhar sem as barganhas teológicas do passado e sem o vício da busca constante da tal “pros-

peridade” que inundam as “igrejas” contemporâneas.

O Seminário Teológico Batista de Itaperuna (SETEBI) que tem a sua sede à Rua

Thomaz Teixeira dos Santos, 148 – Bairro Cidade Nova, Itaperuna - RJ e é dirigido pelo pastor Rômulo Vinicius Dias.

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10 o jornal batista – domingo, 21/10/12 notícias do brasil batista

Direção do CIEM

No último dia 11 de outubro, o Pr. Guenther Carlos Krieger comple-

tou 53 anos de ministério. Ele e sua esposa, a missionária Wanda Braidotti Krieger, têm dedicado suas vidas para que os indígenas sejam alcança-dos pelo evangelho de Cris-to. Tendo realizado muitos batismos, os missionários têm experiências edificantes sobre a obra entre os indíge-nas do Tocantins.

Entre os trabalhos publica-dos por eles estão a Primei-ra Cartilha Xerente (1960), Primeiro Hinário Xerente (1961), Evangelho Segundo São Marcos (1970), livro so-bre Higiene e Saúde (1972), Atos dos Apóstolos em Xe-rente (1978), Coletânia de Textos do Novo Testamento (1990), Dicionário Escola Xe-rente/Português – Português/Xerente, Novo Testamento em Xerente (2007), um CD com 17 músicas em xeren-te, entre os quais seis são de autoria dos índios e, em julho deste ano, o livreto Rom Nnãkrta Waskuze (O Relato do Princípio das Coi-sas), contendo os primeiros três capítulos de Gênesis em Xerente. O objetivo do CD é levar a mensagem por meio da música para aldeias em que os missionários não vão com frequência.

Foram muitas as ações do Pr. Guenther e Wanda para que fosse facilitada a com-preensão dos xerentes em relação à Palavra. Sobre o

Juliana Santos Porto de PaulaMinistério de Casais IB Monte Moriá

“Estou plenamente certo de que aquele que começou a boa obra em vós há de completá-la até ao dia de Cristo Jesus” (Filipenses 1.6).

Sob esse tema, a Igreja Batista Monte Moriá comemorou nos dias 08 e 09 de setembro

os seus 14 anos de organiza-ção, completados no dia 07 desse mês. Foi uma grande festa para Deus.

No dia 08/09 – sábado, prestamos um culto a Deus e contamos com a presença da Orquestra Missão de Louvor da Igreja Batista Central de Volta Redonda, que certa-mente enriqueceu o nosso momento de louvor, ainda do pastor Irlande Faria, que nos falou da parte do Senhor naquela noite.

mais recente trabalho, Pr. Guenther falou: “Antes de concluirmos a tradução do Novo Testamento, 5 anos atrás, nós já sentíamos a ne-cessidade de traduzir certas passagens do Antigo Testa-mento para possibilitar aos leitores uma melhor compre-

No dia 09/09 – domin-go, pela manhã, tivemos a presença do pastor Gerson Januário, voz de Deus para a Igreja, naquele momento muito abençoador para to-dos nós; e à noite, um gran-de culto com a participação

ensão de certas passagens, de certos assuntos tratados no Novo Testamento. Nós temos, por exemplo, situa-ções como aquela em que, no Evangelho de João, se lê: ‘Assim como Moisés levan-tou a serpente no deserto’. Para quem não conhece essa

do Coro Nova Aliança da Igreja Batista Monte Moriá, batismos e a ministração do nosso amado pastor Cel-son de Paula Vargas, que juntamente com sua Igreja, completa 14 anos de minis-tério. Um pastor querido e

história da serpente de bron-ze, essa mensagem pouco vai dizer. Temos um grande nú-mero de índios que mostra-ram contentamento por agora poder entender o texto na sua inteireza. Um deles disse: ‘Enquanto eu lia a Bíblia só em português, nunca che-

admirado por suas ovelhas. Acreditamos que Deus o colocou a frente dessa Igre-ja para que através do seu temor no Senhor e da sua competente liderança seja-mos sempre uma Igreja em construção e que se cumpra

guei a ter uma noção maior do amor de Deus. Quando a gente lê em português, a gente lê por alto e quando a gente lê em nossa própria língua, a gente entende lá no fundo’. Esse é o objetivo: dar ao índio uma possibilidade de compreender a Palavra de Deus na sua profundidade”.

Compromissados com a Palavra, respeitando a cultu-ra indígena, o casal sempre recebe reconhecimento pelo trabalho realizado ao longo dos anos. Em agosto, eles participaram do 2º Congresso Indígena, em São Paulo, e em setembro passaram vários dias no Centro Integrado de Educação e Missões (CIEM), no Rio de Janeiro, onde tam-bém participaram de um cul-to missionário que marcou o período da campanha de Missões Nacionais. Por onde passam, deixam o exemplo de um trabalho que tem pro-movido desenvolvimento educacional e espiritual nas tribos que recebem a presen-ça deles.

em nós Filipenses 1.6, pois acreditamos que precisa-mos ter alegria em receber o evangelho a aplicá-lo em nosso viver; cremos que o evangelho precisa ser a par-te central do nosso culto e adoração e que ele precisa ser a ferramenta principal na missão de salvar o mundo da escravidão do pecado.

Hoje, apesar de muitas lutas e dificuldades, temos procurado fechar todas as brechas que o inimigo tenta abrir para nos desviar do propósito de sermos uma Igreja centrada no evangelho. Nosso objetivo é permanecer firmes nesse propósito, a fim de apresentar às pessoas um Jesus que salva dos pecados e garante vida eterna e não um que satisfaça suas vontades nesse mundo.

Para tanto, continuemos nos colocando à disposição do nosso Deus e o buscando cada dia mais.

O CIEM AGRADECELouvamos a Deus pela vinda dos missionários Pr. Guenther e irmã Wanda Krieger, para

estarem conosco nos dias de 11 a 15 de setembro. Foram dias abençoados e desafiadores para nossas vidas, porque estes irmãos com sua maneira simples e humilde de anunciar Cristo aos indígenas têm alcançado resultados permanentes e transformadores para o povo xerente. Eles nos desafiaram a orar pelo povo indígena e a avançar nesta obra de evangelização que demanda preparo, tempo e dedicação.

Foi extremamente gratificante ver o poder de Deus agindo através de um casal tão especial e dedicado.

Realmente, eles são Luz entre os indígenas!Dra. Bernadete

Diretora do CIEM

Trabalho com indígenas

Uma igreja em construção

Igreja Batista Monte Moriá reunida

Guenther e Wanda Krieger

CD de músicas em Xerente

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11o jornal batista – domingo, 21/10/12missões mundiais

Willy RangelRedação de Missões Mundiais

A missionária Cristia-ne de Jesus Oliveira está testemunhando o Evangelho de Cris-

to em Uagadugu, capital de Burkina Fasso, país na África Ocidental cujo nome quer di-zer “terra dos homens hones-tos”. Ela tem estado todos os finais de semana com as mu-lheres da Igreja Batista Wend Benedo, em Uagadugu, para oração e estudos bíblicos.

Em um desses finais de semana, a missionária organi-zou uma saída com as irmãs da igreja para visitar mulhe-res afastadas e que precisa-vam de uma palavra de fé e encorajamento, além das que tiveram bebês recentemente.

“Ficamos muito impactadas com a história de M.”, cuja identidade será preservada por motivo de segurança. M. não estava indo mais à igreja, e a missionária foi visitá-la para saber o motivo e convidá-la a ir mais vezes à casa de Deus.

Ailton de FariaRedação de Missões Mundiais

Missões Mundiais mantém deze-nas de trabalhos missionários em

campos de Moçambique. Em sua grande maioria, todos têm experimentado um bom crescimento, e muitos frutos são colhidos. Um deles é Nampula, onde os trabalhos estão sendo implantados em lugares muito carentes. São campos férteis onde a Pala-vra de Deus tem alcançado muitas pessoas para Cristo. A missionária Odete Dossi é quem está à frente das ati-vidades em Nampula. Com o apoio de igrejas e crentes brasileiros, ela desenvolve seu ministério nessa cidade e em algumas de suas al-deias, como Rex, Namixoxo e outras.

Na aldeia de Rex há um projeto em andamento de-nominado Poço de Siloé, que está prestes a ser inaugurado. Naquela localidade, milhares de pessoas não têm acesso à água potável e de qualidade. Além disso, a população so-fre com as constantes secas

No entanto, a visita à M. mostrou uma realidade triste vivida por muitas mulheres em Burkina Fasso: ela não vai à igreja porque o marido proibiu.

“No domingo anterior a nossa visita, M. tentou ir à igreja, mas o marido a tran-cou dentro de casa o dia in-teiro. Quando chegamos para visitá-la, ela chorou muito e compartilhou sua luta”, conta Cristiane, que pede oração pelo marido de M. para que se renda aos pés de Cristo. Ele é muçulmano.

do único rio da região, fican-do apenas um buraco com água barrenta, que é usada para beber, cozinhar e lavar roupa.

“Está previsto a abertura do poço no final deste mês de outubro. Temos alguns irmãos que estão sendo trei-nados para abrir e fechar o poço, mas precisamos de mais pessoas capacitadas para atender à população que virá nos pedir água”, informa Odete Dossi.

Segundo a missionária, muitas mulheres acordam de madrugada para irem até este buraco e fazer fila para buscar apenas um balde de

“Ore também pela saúde dessa irmã, que está muito debilitada, pois somente o Se-nhor pode fazer um milagre”, acrescenta a missionária.

Cristiane também participa da reunião de moças na IB Wend Benedo, onde com-partilha com elas a Palavra de Deus. A missionária conta que quando essas jovens atingem a idade para casar, são bastante pressionadas pela família e algumas aca-bam saindo da igreja para se casarem com muçulmanos e feiticeiros.

água por dia. É ali que muitos contraem cólera, diarreia e outras doenças que matam. Com o projeto, que consiste na abertura de poços artesia-nos, a missionária pretende contribuir para melhorar as condições de vida e saú-de da população local. Este poço atenderá aos membros da Igreja Batista da Rex e às unidades do PEPE (programa socioeducativo promovido por Missões Mundiais).

Para a missionária, assim como o cego que teve a vi-são curada por Jesus, quem procurar o Poço de Siloé terá água limpa e os olhos abertos para o Evangelho. Ela tam-

“Que Deus me ajude a orientar essas jovens a confia-rem e esperarem no Senhor para que a cada dia estejam mais e mais firmes na fé e no compromisso com Jesus”, diz a missionária.

Cristiane também infor-ma sobre a s i tuação na fronteira de Burkina Fasso com o vizinho Mali, que vive um cenário de ins-tabilidade política desde o início do ano. Ela pede oração por sua segurança, pois missionários estran-geiros foram advert idos

bém iniciou um treinamento com quatro irmãos em sua igreja que ficarão responsá-veis em abrir e fechar o poço todos os dias.

Na aldeia de Namixoxo, está sendo preparado um líder para pastorear os irmãos da congregação local, se as-sim for a vontade de Deus.

“Estamos esperando em Deus uma resposta para en-viá-lo ao Instituto Teológico de Nampula em 2013. A grande dificuldade é o anal-fabetismo, e esse irmão é a pessoa melhor preparada para assumir os trabalhos da congregação”, explica a missionária.

que precisam ter prudência e ficar atentos se estiverem sendo seguidos.

“Peço mais uma vez que ore por minha segurança tanto nas estradas quanto na aldeia de Nana, onde espero retornar em breve ao traba-lho com o fim da estação das chuvas. Ore por mim, pois sou a única estrangeira nesta aldeia, e por causa dos últimos acontecimentos no país, preciso de sabedoria para saber o tempo certo de estar naquela região com os amados irmãos”, conclui.

Além disso, Namixoxo é uma aldeia muito distante de Nampula, e a missionária não pode sair todos os do-mingos para pregar naquela congregação. Também em Nampula não há ninguém capacitado para que seja enviado para aquela con-gregação.

Esses são alguns campos carentes em suas necessi-dades básicas, mas onde a Palavra de Deus tem sido recebida e a obra missionária tem avançado. Eles clamam por mais pessoas dispostas a suprir, não só suas necessi-dades físicas, mas principal-mente a espiritual.

Trabalho missionário com mulheres em Burkina Fasso

Moçambique: campos férteis, mas carentes de missionários

Missionária Cristiane de Jesus participa de classe de jovens moças em igreja em Uagadugu

Cristiane de Jesus Oliveira, missionária em Burkina Fasso

Missionária Odete Dossi acompanhando a construção do Poço de SiloéInauguração da Congregação Batista em Namixoxo

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12 o jornal batista – domingo, 21/10/12 notícias do brasil batista

Pr. Samuel Esperandio

Abertura – 1ª SessãoA 88ª Assembleia da CBP-

SB, realizada em Nova Santa Rosa (PR), teve início no dia 25 de julho, às 19h30min, com a apresentação da Banda de Sopro da igreja anfitriã. Na sequência, houve a apresen-tação de um lindo musical pelo Quarteto Master. Após o momento de louvor, o presi-dente Rui Teske deu sequência ao culto saudando todas as pessoas presentes, chamando à frente a diretoria da CBP-SB. Acabando o momento de agradecimentos, o louvor foi dirigido pela irmã Irdes Teh-len, acompanhada do grupo de louvor da igreja anfitriã. O Pr. Carlos Waldow apresentou o mensageiro oficial da As-sembleia, Pr. Chistoph Haus (Diretor Geral da EBM Inter-national), tendo como tradutor do alemão para o português o irmão Roland Körber. O Pr. Chistoph Haus usou como base de sua mensagem o texto bíblico de João 10.1-15 e 27-29, tendo como tema, “Inte-gridade como estilo de vida!”. Durante sua mensagem, o pregador indagou: “Você quer pertencer a Jesus?”, afirmando que a chave de uma vida feliz e íntegra é ser propriedade de Jesus. O culto foi encerrado com o Pr. Waldi Frey, pastor da igreja anfitriã, que orou com coração grato a Deus pelas maravilhas que Ele tem feito em nosso meio.

2ª SessãoA 2ª Sessão teve início às 9h

do dia 26 de julho com uma palavra devocional realizada pelo Pr. Valério Kurth, ten-do como tema o “Ministério Pomeranos para Jesus”. O Pr. Carlos Waldow falou um pouco sobre a história de vida do Pr. Horst Borkowski que foi um dos apoiadores do Lar da Criança Henrique Liebich, falecido em julho de 2012. Foram apresentados relatórios pelo presidente do CPC, irmão Rui Teske, e pelo diretor exe-cutivo, Pr. Samuel Esperandio.

3ª SessãoA 3ª Sessão teve início às

14h do dia 26 de julho. Foi aberto o processo de eleições de 2°, 3° e 4° vice-presiden-tes da CBPSB. O Pr. Carlos Waldow apresentou alguns dos trabalhos realizados pela EBM International, salientan-do a parceria existente há 42 anos entre a Pioneira e a EBM MASA. O Pr. Chistoph Haus aproveitou a oportuni-dade para falar um pouco do trabalho missionário da EBM Índia. O Pr. Claudio Andrade,

representando a JMM, deu uma palavra de incentivo ao trabalho missionário, falando também sobre os trabalhos realizados pela junta na Ma-lásia. Logo após, o presidente da Junta de Serviço Social, Valdir Pydd, chamou à frente os Diretores das 7 institui-ções da Sociedade Batista de Beneficência Tabea (Lar de Idosos Tabea; Lar da Criança Henrique Liebich; Lar Criança Feliz; Lar de Irmãos Dentzer; Núcleo Social de Diadema; Centro de Atendimento Inte-gral ao Surdo e Espaço Feliz) para apresentar os respectivos relatórios de cada instituição. Encerrando este momento, os diretores das instituições receberam um livro de pre-sente do Pr. Felipe Almeida, da Congregação Batista Me-tropolitana de Porto Alegre.

4ª SessãoA 4ª Sessão teve início às

19h30min do dia 26 de julho com a apresentação da Or-questra da PIB em Nova Santa Rosa. Logo após, o Quarteto Master conduziu a Assem-bleia em louvores a Deus, com a apresentação de belos hinos. O presidente da Junta de Serviço Social, irmão Valdir Pydd, apresentou o trabalho social da Convenção; a direto-ra do Lar Criança Feliz, Edith Landenberger, e seu marido, Pr. Manfredo Landenberger, contaram o que foi realizado em Cotia (SP); e o Pr. Reinal-do, diretor do Lar da Criança Henrique Liebich, apresentou o trabalho em Ijuí (RS). Dando continuidade ao culto, o Pr. Christoph Haus trouxe a 2ª mensagem à Assembleia, na qual ele enfatizou a importân-cia de não “andarmos em cima do muro”, com um excelente sermão monólogo sobre Pôn-cio Pilatos.

5ª SessãoA 5ª Sessão teve início às

9h do dia 27 de julho. Foram apresentados os trabalhos rea-lizados pela Junta de Educação Ministerial (Faculdade Batista Pioneira), bem como os so-

nhos de ampliação da mesma, por meio do presidente da junta, irmão Nicolau Reinhard, do diretor da Faculdade, Pr. Renato Gusso, e do vice-dire-tor, Pr. Claiton Kunz. Durante este período foi realizado uma linda homenagem póstuma à seminarista Silvana Ponath, além de um belo testemunho do ex-aluno e atual obreiro da Congregação Batista Emanuel em Condor, Wagner Buteseke. Também foi dada uma palavra de incentivo do capelão, Pr. Erich Luiz Liedner. O Pr. Or-lando Fenske apresentou os relatórios da Ordem de Pasto-res Batistas do Brasil – Sessão Pioneira.

6ª SessãoA 6ª Sessão teve início às

19h30min do dia 27 de julho com uma linda apresentação da Orquestra da Igreja Anfi-triã. O Quarteto Master, mais uma vez, conduziu a As-sembleia em adoração com lindos cânticos e, junto com o Quarteto de Adolescentes da Igreja anfitriã, cantou à capela. O Pr. Christoph Haus trouxe a 3ª mensagem à As-sembleia, usando como texto base a passagem bíblica em 1 Reis 19.1-8, realizando um monólogo sobre o profeta Elias e dando ênfase ao tema “Integridade como estilo de vida!”. O grupo da Faculdade Batista Pioneira apresentou testemunhos sobre a Viagem Missionária a Moçambique. O Pr. Helmut Scholl, diretor adjunto da CBPSB, realizou a abertura da Campanha de Missões da Pioneira 2012, cujo alvo é de 280 mil reais e utiliza o seguinte tema: “Escolhidos para anunciar: Vamos cumprir nossa Mis-são!”. Todos os missionários da JEVAM foram chamados à frente e com uma oração o culto foi encerrado.

7ª SessãoAos 28 dias do mês de julho

foi realizada a 7ª Sessão. O Pr. Milton Beuter (da Con-gregação Batista em Florianó-polis, SC) dirigiu o momento

devocional com testemunhos do crescimento da igreja (que foi organizada em 1º de se-tembro ao completar 5 anos), juntamente com a liderança da congregação presente à Assembleia. O irmão Alex Sandro de Assis apresentou a equipe da JUMAP, bem como um resumo dos trabalhos rea-lizados nos últimos 2 anos, e os projetos para os próximos anos. O irmão Rui Teske rea-lizou uma linda homenagem aos veteranos pastores Gus-tavo Neumann e Erich / Elli Tausendfreud pelos trabalhos realizados ao longo de sua vida em prol da Convenção. O mais novo missionário da JUMAP, Pr. Ulises Oyarzum, trouxe a mensagem com foco no ministério jovem, na qual ele enfatizou que para ser um líder de jovens a pessoa deve estar preparada a levar os jovens a crescerem de forma integral, usando a imagem de 3D: ética, numérica e espiri-tualmente.

8ª SessãoA 8ª Sessão da Assembleia

da CBPSB teve inicio ás 14h. O Pr. Helmuth Scholl apre-sentou os novos campos mis-sionários criados entre 2010 e 2012 por meio da Junta de Missões e Evangelismo da Pioneira em parceria com a EBM MASA e Junta de Mis-sões Nacionais, assim como, os novos desafios para o 2° semestre de 2012 e 2013. O irmão Roland Körber falou acerca da mudança de nome do Devocional da Rádio Trans Mundial – RTM, Pão Diário, para Presente Diário. A Presidente da JUFEMI, Ju-rema Schmidt, juntamente com a Secretária Executiva, Ana Cláudia Christal e as de-mais componentes da Junta, apresentou um empolgante relatório do trabalho reali-zado. O irmão Rui falou do projeto de construção para ampliação do Acampamento Batista Pioneiro e chamou a frente uma série de pessoas que testemunharam acerca de suas conversões no local.

9ª SessãoÀs 9h do domingo dia 29 de

julho realizou-se a Sessão de encerramento da Assembleia com apresentação do grupo Tropeiros da Paz que entoou diversos cânticos de louvor com música de inspiração gau-chesca. O presidente Rui Teske procedeu aos trâmites finais da Assembleia com leitura de atas, homenagens ao preletor oficial e o tradutor/intérprete, bem como uma referência especial às duas secretárias que deixaram o trabalho da se-cretaria: Doris Korber, após 10 anos de trabalho, e Adriane G. Okamoto, após 5 anos. O pre-letor oficial Pr. Christoph Haus pregou utilizando como base o perfil psicológico do corpo apostólico enquanto discípulos de Jesus, com suas fraquezas e potenciais, desafiando os presentes a experimentarem a integridade ilustrada na vida desses servos de Jesus. Na par-te final do culto foi celebrada a Ceia do Senhor, conduzida pelo veterano Pr. Erich Schmi-dtke, auxiliado por diáconos, pastores, obreiros e obreiras, e com cânticos de adoração e contrição.

PIB em Nova Santa Rosa completa 50 anos de história

Na noite de 28 de julho foi comemorado o cinquente-nário da PIB em Nova Santa Rosa (PR). A comemoração começou às 19h30, com aproximadamente 600 pes-soas e uma linda apresentação do grupo de gaitinhas de boca da igreja. Na sequência, tive-mos uma bela apresentação da Orquestra e da Banda de Sopro. O Quarteto de Ado-lescentes e o Quinteto Adulto da igreja anfitriã conduziram a adoração. Em meio aos cân-ticos dirigidos pelo Ministério de Louvor da igreja, o coro da IB em Guaíra apresentou 2 cânticos de louvor a Deus, ho-menageando a igreja pelo seu aniversário. Após um vídeo que contou resumidamente a fundação e história da igreja, o coro novamente conduziu os irmãos em adoração. O Pr. Waldi Frey, pastor da igreja, trouxe a mensagem ocasional fazendo uma relação entre a vida de José, seus sonhos e sua integridade, baseado no texto bíblico de Genesis 37 e na parábola dos talentos, registrada em Mateus 25.14-29. Logo após a mensagem, o presidente da CBPSB, Rui Teske, entregou à igreja ani-versariante um belo presente. O culto terminou às 22h com uma linda apresentação con-junta do coro da igreja local e o coro da igreja de Guaíra.

88a Assembleia da Convenção Batista Pioneira do Sul do Brasil

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OBITUÁRIO

13o jornal batista – domingo, 21/10/12notícias do brasil batista

Prof. Antenor José da CruzIB Betel de Niterói

Viver e conviver com o Pr. Couto (como era conhecido na intimidade) foi sem-

pre prazeroso para nós (eu e minha família) que des-frutamos da sua amizade. Nosso relacionamento teve início no final de 1969 quan-do nossa igreja estava em processo de sucessão pasto-ral. Os laços de amizade se consolidaram de tal forma que, para meus filhos, ele era considerado um segundo pai.

Pr. Couto foi um homem simples, de origem humilde que, à semelhança de Davi, viu Deus tirá-lo do campo e o ungir para o pastoreio de ho-mens. Convertido na adoles-cência e cônscio da chamada ministerial, não mediu esfor-ços na busca da formação necessária. Além do curso de Teologia, concluiu outros cursos de formação superior, dentre os quais Pedagogia com complementação filo-sófica e Direito. Atuou como professor e advogado, mas jamais permitiu que o exercí-

cio profissional suplantasse o ministerial.

“Procura conhecer o estado de tuas ovelhas. Cuida bem dos teus rebanhos” (Prov. 27.23). Eu sou testemunha de como este texto foi uma realidade em seu ministério. Ele procurou ser pastor de todos, das crianças aos ido-sos, cultivando uma relação amorosa, cuidadosa e sempre conciliadora.

Com 78 e nove meses de idade, com 64 anos e três me-ses de vida cristã e 52 anos e seis meses de consagração ministerial, Pr. Couto foi um

dedicado servo de Deus com-prometido com o estudo de sua palavra, bem como com a pregação do evangelho. Sempre honrou e dignificou a Tribuna Sagrada com men-sagens impregnadas do poder do Alto, proporcionando ao rebanho o alimento espiri-tual de que necessitava para o seu desenvolvimento. Foi um exemplo de vida cristã que abençoou muitas vidas, inclusive com descobertas de valores e de vocacionados. Muitos pastores foram seus discípulos, recebendo apoio, aconselhamento, acompa-

nhamento e referência de formação pastoral.

Foi consagrado ao minis-tério na PIB de Andorinhas, Magé-RJ, onde exerceu seu primeiro pastorado e também onde viveu seus últimos anos de vida, pois, após pastorear outras igrejas, e ser jubilado, retornou a PIB de Andorinhas tornando-se membro e sendo carinhosamente pastoreado pelo Pr. Plínio Almeida. Os dois tornaram-se grandes e bons amigos.

Foi casado com a Profª Ce-cília Bastos do Couto há mais de cinquenta anos. Ela foi a companheira fiel e dedicada, que o apoiou irrestritamente e caminhou zelosamente ao seu lado até o último instante de sua vida. Durante o pe-ríodo de quase um mês de sua internação hospitalar, ela não se afastou dele momento algum, embora não faltasse quem quisesse cuidar dele e dela. O casal não teve filhos biológicos, mas teve muitos por afeição, que muito o ama-vam e eram amados e tratados carinhosamente por ele.

Pr. Couto foi um homem de Deus que buscou agir em con-

formidade com a sua vontade. Às igrejas que pastoreou deu o melhor de si sem medir es-forços, muitas das vezes com sacrifícios pessoais. Todas fo-ram apascentadas com muito amor e era dessa forma que se referia a cada uma delas. Betel, por exemplo, sempre recebeu um apreço muito especial da parte dele. “Doce Betel” é uma linda página escrita por ele e inserida no livro Betel: 60 Anos de História, em que demonstrou o seu contenta-mento em tê-la pastoreado. Conclui sua exposição com a expressiva afirmação “Assim vejo Betel, Doce Betel”.

“Mas em nada tenho a minha vida por preciosa, contanto que cumpra com alegria a carreira e o minis-tério que recebi do Senhor Jesus, para dar testemunho do evangelho da graça de Deus” (Atos 20.24). Este texto era uma das muitas passagens bíblicas de sua predileção, muitas vezes citado em men-sagens. É um retrato expressi-vo do meu amigo, que lutou o bom combate, acabou a carreira, guardou a fé e agora descansa ao lado do Pai.

Em memória do meu amigo CoutoPr. José Gomes do Couto (4/01/l934 – 15/9/2012)

Pr. José Gomes do Couto

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14 o jornal batista – domingo, 21/10/12 ponto de vista

Geoésley Negreiros MendesMobilizador do PEPE Internacional / Junta de Missões Mundiais

É estranho ouvir expres-sões do tipo: as crian-ças são “o futuro da nossa nação”, “o futu-

ro da nossa sociedade” e ain-da “o futuro de nossa igreja”. Deve nos causar estranheza a visão de que as crianças não são parte do presente e, na maioria das vezes, serem vis-tas como homem ou mulher em miniatura a serem molda-das pelo mundo adulto como produto de um futuro sempre bem distante, principalmente quando esta ideia for compa-rada aos relatos de Jesus sobre elas. Em Seu ministério, Jesus, ao contrário de muitos de nós, mostrou que as crianças deixam de ser protagonistas apenas no futuro das socieda-des, e passam ser também no presente. O Senhor nos apre-senta as crianças – ao lado dos adultos, jovens, homens e mulheres – também como protagonistas na grande obra de transmissão do que é o Reino de Deus (Gên. 1.1-25; Gên. 1.26, 27; Gên. 2.15-17; Gên. 1.28).

Na chamada modernidade, a invenção da infância é mos-trada principalmente através dos escritos do pesquisador francês Philippe Ariès, mas é também investigada por vários estudiosos. Jesus per-cebeu o quanto as crianças são importantes socialmente, culturalmente e também para o Seu Reino. Mas para nós, igrejas, parece que a visão que temos da importância das crianças se distancia bas-tante da de Jesus. Para falar da importância da criança na missão, vamos tentar pri-meiro entender o termo “in-fância” e sua relação com “criança”.

O dicionário “Trabalho, Profissão e Condição Do-cente” traz como conceito moderno de infância uma etapa da vida do ser humano, a do início que é seguida por outras como a adolescência, a juventude, a fase adulta e a velhice, explica Walter Kohan (2010). Quanto à criança, no mesmo dicionário, en-contramos referências a uma pessoa de pouca idade que também se diverte, aprende, ensina, cria, cresce e se modi-fica (KRAMER, 2010), além de também modificar o espaço ao seu redor, e que atualmen-te encontra dificuldades de ter suas particularidades reconhe-cidas, afirma a pesquisadora da infância, Sonia Kramer

(2000). Mesmo existindo em todas as sociedades desde muito tempo, e tendo sido objeto de estudos há longos tempos, a infância é objeto de pesquisas mais recentes.

Sarmento e Pinto (1997) ex-plicam que a infância é uma construção das sociedades modernas. Estas começam a enxergar as crianças como “atores sociais de pleno direi-to” (1997, p. 20). Isso implica na necessidade que as socie-dades e, nesse caso, também as igrejas, devem valorizar a capacidade que as crianças têm de produzir e representar na cultura, e atuarem tam-bém na obra missionária. Ver a criança como um ser que pensa, que vê o mundo de forma diferente dos adultos, e que tem opiniões e desejos, que também produz conheci-mento, é reconhecê-la como também protagonista, e não apenas beneficiária. Vale notar que o mundo moder-no já começou olhar para as crianças como pessoas que não apenas recebem, não apenas são moldadas, levadas de um lado para o outro pelos adultos. Pelo contrário, elas são vistas, pouco a pouco, pelas novas sociedades como “atores”. Assim, também é creditada a essas crianças modernas a visão de criadores e recria-dores, representantes com as outras categorias sociais, assim como possíveis refor-madores.

Até agora falamos da visão das sociedades modernas voltada às crianças e à in-fância. Dentro da missão de Deus – o trabalho de salva-ção dos povos que o próprio Deus vem fazendo no mundo desde a criação –, não pode-mos negar que seguidores de Jesus Cristo também fazem parte dessas sociedades. Por isso, ao modelo de Jesus Cris-to – enquanto seguidores e

participantes dessa grande Missão – temos visto e en-tendido as crianças nesta empreitada celestial e terre-na ao mesmo tempo? Para Deus e Cristo, as crianças são sujeitos, protagonistas, e não apenas beneficiárias, na obra que Ele está fazendo no mundo. E para nós, que lugar permitimos que elas ocupem? Participações das crianças são mostradas na Bí-blia, tanto no Antigo quanto no Novo Testamento. Samuel ouviu a voz de Deus quando ninguém mais a ouvia. Ele foi usado por Deus para anun-ciar ao sacerdote Eli uma mensagem de exortação, denunciando os crimes dos seus filhos (I Sam. 2); Josias se tornou rei de Israel com 8 anos de idade e reinou durante 31 anos. Além de restaurar o templo de Jerusa-lém, renovou a aliança com o Senhor numa época em que o povo tinha se esquecido de Deus (II Reis 22); Davi, um pequeno garoto, pastor de ovelhas foi usado por Deus para abençoar seu povo (I Sam. 16-17). No Novo Testa-mento, Deus usou uma crian-ça que ofereceu o que tinha: cinco pães e dois peixes para alimentar uma multidão de cinco mil homens. O garoto acreditou em Cristo e entre-gou os únicos recursos que tinha (Mat. 14.13-21). Não temos muito espaço aqui para relatar também a forma como Deus usou a vida do garoto Jesus, do pequeno Moisés, da garota na histó-ria de Naamã, entre muitas outras crianças. Então, que lugar temos permitido que as crianças ocupem no trabalho de evangelização mundial? Como as temos visto?

Agora, em um contexto mais atual, gostaríamos de mostrar que as crianças também são atores ativos no processo de transmissão da mensagem de

salvação. Elas podem muito contribuir com a obra missio-nária, principalmente a partir da importância e do reconhe-cimento que nós – adultos – damos a suas ideias, capa-cidades, compromisso que têm com Deus e amor por Sua obra, além de considerarmos suas particularidades infantis. Acreditamos que, à medida que as igrejas dão atenção às ideias e interesses das crian-ças, sua ligação com Deus é fortalecida. Desse modo as crianças passam a se perceber como pessoas importantes e capacitadas para a Grande Comissão.

Mariama (6 anos) estudava a “Segunda Sessão” de uma das unidades do Programa de Educação Pré-Escolar (PEPE) em Guiné, um país de práticas religiosas animistas e muçul-manas do noroeste africano. Nos intervalos das aulas so-bre Linguagem, Matemática, Natureza e Sociedade, etc., Mariama e toda sua turma, sentados em círculo ao chão, ouvia atentamente a história bíblica que relatava a morte de um cordeiro que diziam remir os pecados das famílias do povo de Israel. De olhos arregalados e ouvidos bem afinados, as crianças presta-vam muita atenção à profes-sora que, com voz harmo-niosa, contava e interpretava toda a história de forma que ninguém tinha coragem de perder os detalhes. Em Gui-né, era época do Tabaski – a segunda maior festa muçul-mana no país. Digamos que a prática dessa festa religiosa é semelhante a que o povo de Israel fazia. Praticamente, cada família tem seu animal (bode ou carneiro) que é sa-crificado pelo chefe familiar, a fim de que os pecados de toda a família sejam perdoados, pelo menos por mais um ano, até que o próximo Tabaski aconteça. Ao final da história,

a professora fez uma ponte entre a morte do cordeiro das famílias de Israel na época do Antigo Testamento, a festa do Tabaski realizada pelos povos muçulmanos guineanos e a morte de Cristo – o cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo – escrita no Novo Testamento.

“Crianças, ouçam bem: Quando Issa (Jesus) veio ao mundo como Sumo Sacerdo-te, Ele chegou até a Deus, e não foi por meio de homens e nem através do sangue de bodes e cordeiros, mas foi pelo Seu próprio sangue. O sangue de bodes e outros ani-mais não podem nos purificar e nos santificar. Somente o sangue de Cristo, pois Ele é o cordeiro sem defeito, sem pecado, como a Bíblia nos conta. Crianças, se não for através de Issa, não podemos chegar até Deus”, baseada em Hebreus 9.11-15, contou empolgada a professora de Mariama.

Ao terminar a história e o horário de aula naquela ma-nhã, ansiosamente Mariama pega sua mochila e, correndo com muita pressa, sai pelo portão da escola e vai até sua casa. No outro dia, sua mãe, muçulmana, vai até a escola e pergunta o que os professores haviam feito ou dito a Maria-ma, pois ela havia chegado em casa dizendo que ia para o céu, e que sua mãe precisava aceitar a Cristo.

Em um contexto onde di-ficilmente os educadores do PEPE podiam contar uma his-tória como a da morte do Cordeiro de Deus aos adul-tos e idosos, Mariama, uma criança, nos mostrou que também pode ser protagonista na transmissão da mensagem de salvação de Deus, naquilo que Ele está realizando no mundo, entre os povos. Em Guiné, as crianças contavam muitas histórias bíblicas que elas ouviam no PEPE aos seus familiares. Dessa forma, mui-tas sementes do Evangelho também foram espalhadas pelas comunidades, pois tí-nhamos naquele ano no PEPE cerca de 40 crianças.

Acredito que é a partir da visão de que as crianças do mundo inteiro não fazem par-te apenas do nosso imaginário futuro, mas são especialmente parte do nosso presente, que as teremos como muito mais do que apenas beneficiárias da grande obra que o Senhor está realizando. Na Missão de Deus também há lugar para as crianças atuarem, indepen-dentemente de sua condição social ou financeira.

Crianças: muito mais do que apenas beneficiárias

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15o jornal batista – domingo, 21/10/12ponto de vista

Em um dos meus pas-torados, assumi pregar uma série de sermões sobre Cristo no Apo-

calipse. Não analisaria o li-vro, mas veria os retratos de Cristo. Dispondo de cerca de 30 comentários sobre o Apo-calipse e algumas versões bíblicas, julguei ter material suficiente. E tinha. O bastan-te para me confundir e me deixar perplexo com a faci-lidade com que as pessoas fazem “profecias”.

Preparei a primeira mensa-gem, “O cartão de visitas do Cristo glorificado” (1.4-6), e fui para a mensagem no texto de 1.7. O tema seria “Ele vem!”. Um dos livros que usei, embora superfi-cialmente, foi o comentário de Champlin sobre o Novo Testamento. O comentarista remete os leitores a um ar-tigo no volume 1 (o comen-tário do Apocalipse está no 6): “A tradição profética e a nossa era”. E afirma sobre o artigo: “Que a história julgue a veracidade do que é dito aqui. Que o leitor consulte, mas não condene antes do tempo!” (p. 374). Meu exemplar da obra de Champlin está datado de 4.2.1980. Passados 32 anos, a história julgou seu artigo. Pinço trechos de sua obra, sem os comentar. Como ele pediu, que o leitor julgue. Nada tenho contra o autor, mas é para vermos o risco de declarações humanas feitas como se fossem orá-culos do Senhor. As citações são do artigo “A tradição profética e a nossa era”, às páginas 180-184 do volume 1 de O Novo Testamento interpretado versículo por versículo.

(1) “Nossos filhos, se não nós, veremos Israel nacional-mente convertido a Cristo. Dentro dos próximos 35 anos Israel tornar-se-á a poderosa nação cristã ‘missionária’, a mais fanática de todas, subs-tituindo certas nações que agora arcam com a responsa-bilidade missionária”.

(2) “Ezequiel 38 e 39 des-crevem a posição da Rússia nos últimos dias (...). Tudo começará com a invasão rus-sa nas terras dos combatentes árabes e judeus (pois esse conflito prosseguirá intermi-navelmente) e isso provocará o início da Terceira Guerra Mundial (...). Isso terá lugar em algum ponto perto do fim do século XX”.

(3) Sobre o anticristo: “Cre-mos que esse homem já vive, a confiar nas declarações de certos místicos contemporâ-neos, que se sabe possuírem poderes preditivos (...). É per-feitamente possível, confor-me já foi predito por alguns deles, que o anticristo tenha nascido a 5 de fevereiro de 1962. Notemos que esse ‘ano’ é igual a 666 numeri-camente considerado, pois se adicionarmos 1+9+6+2 = 18, ou seja, três vezes seis (...). No começo da década de 1990 esperamos vê-lo”.

(4) Sobre a Terceira Guerra Mundial: “Grande terremoto atingirá Israel dando a seus inimigos árabes uma vanta-gem momentânea do que resultará a invasão das terras de Israel. Perdas imensas te-rão lugar, em ambos os lados, e isso continuará até cerca de 1988 (...). Por volta do ano 2000, as forças comunistas terão sido isoladas no Orien-te Médio”.

(5) “Em meio a esse pior de todos os holocaustos, subita-mente se tornará visível no firmamento o sinal do Filho do homem, uma grande cruz luminosa. Jesus será visto corporalmente entre os solda-dos israelenses, que estarão lutando pela sobrevivência da própria nação, quando estiverem quase perdendo a esperança de que isso será possível. As notícias de que Jesus está conosco se pro-pagarão como um incêndio por todo o Israel. Os homens serão convocados para a vitó-ria. Israel proclamar-se-á uma nação cristã; e tendo sobrevi-vido tornar-se-á a mais pode-rosa nação cristã da época”.

(6) Sobre cataclismos: “A geologia revela-nos que por muitas vezes, na história do globo terrestre, seus pólos magnéticos subitamente mu-daram de posição, provocan-do imensos dilúvios destrui-dores (...). Alguns cientistas predizem que isto pode estar próximo. Isso pode ter algo a ver com a derrubada do anticristo e pode estar asso-ciado ao segundo advento de Cristo” (o itálico é meu).

No volume 2, no comen-tário sobre Lucas 21.9 (p. 202): “A Terceira e a Quarta Guerras Mundiais, que es-peramos para antes de 2025 – a terceira virá antes do fim do nosso século XX – serão guerras atômicas”.

Champlin não está só. Muitos devem se lembrar das precipitações sobre o alinhamento dos planetas, em 1982. Lawrence Olson lançou um livro intitulado O alinhamento dos planetas. Meu exemplar é da quinta edição, mas outras foram tiradas. Quanto argumento vazio, mal alinhavado, sem sentido algum! Tudo para provar que Jesus poderia voltar em 1982! E o que di-zer de A agonia do grande planeta Terra, de Lindsey, que vendeu uma edição em três meses! Quanta impro-priedade, quanta exegese a fórceps, com passagens sacadas do contexto, e fatos históricos mal interpreta-dos! O Mercado Comum Europeu era dado como o Império Romano Redivivo assim que chegasse a dez nações, cumprindo profecias de Daniel e Apocalipse (p. 88). Já são 25 nações. Jean-Jacques Servan Schreiber é insinuado como o “fuehrer do futuro”. Na obra Evangé-licos em crise, Paulo Romei-ro transcreve pregação de Valnice Coelho marcando a volta de Cristo para 2007 (p. 182). Passaram-se cinco anos, Cristo não voltou e ela, convenientemente, se calou. Impressiona a empáfia com que pregadores fazem afir-

mações deste tipo. Errando, não se desculpam! E ainda são levados a sério!

Não quero ridicularizar Champlin, Olson, Lindsey e Valnice. Seus adeptos farão vistas grossas a seus erros e me criticarão por “tocar nos ungidos do Senhor”. Cegueira mental e espiritual é terrível! Mas o leitor que tem bom senso pode avaliar seus escritos. Não desprezo tais pregadores. Mantenho comigo a obra de Champlin, consulto-a em alguns textos e ele me elucida porque nem só de equívocos vive uma pessoa. Mas não me calo com a falta de seriedade no que se chama de “profecia” e na pompa egomaníaca com que seus autores as pro-ferem. É incrível: há quem os justifique! Talvez por causa de uma citação de Demós-tenes, registrada no livro de Lindsey: “Cremos em qual-quer coisa que quisermos”. Deve ter sido por isto que ele escreveu A agonia...

O Antigo Testamento nos dá o fio de prumo para anali-sarmos os chamados “profe-tas” de hoje. Diz Deuteronô-mio 18.21-22: “E, se disseres no teu coração: Como conhe-ceremos qual seja a palavra que o Senhor falou? Quando o profeta falar em nome do Senhor e tal palavra não se cumprir, nem suceder assim, esta é a palavra que o Senhor não falou; com presunção a falou o profeta; não o teme-rás”. Se não se cumprir, a profecia não é de Deus. Sim-ples, não é? Mas não é tudo.

Se o profeta falar, o que ele disser se cumprir e ele se valer disto para desviar o povo da Palavra, deve ser rejeitado. Diz Deutero-nômio 13.1-5: “Se levan-tar no meio de vós profeta, ou sonhador de sonhos, e vos anunciar um sinal ou prodígio, e suceder o si-nal ou prodígio de que vos houver falado, e ele disser: Vamos após outros deuses que nunca conhecestes, e sirvamo-los, não ouvireis as

palavras daquele profeta, ou daquele sonhador; porquan-to o Senhor vosso Deus vos está provando, para saber se amais o Senhor vosso Deus de todo o vosso coração e de toda a vossa alma. Após o Senhor vosso Deus anda-reis, e a ele temereis; os seus mandamentos guardareis, e a sua voz ouvireis; a ele ser-vireis, e a ele vos apegareis. E aquele profeta, ou aquele sonhador, morrerá, pois fa-lou rebeldia contra o Senhor vosso Deus, que vos tirou da terra do Egito e vos resgatou da casa da servidão, para vos desviar do caminho em que o Senhor vosso Deus vos or-denou que andásseis; assim exterminareis o mal do meio vós”. Não quero o apedre-jamento desses profetas. Só mostro que em vez de ouvi--los devemos rejeitá-los. O padrão é a Palavra de Deus. Se a temos como autoritativa e revelação completa, fique-mos com ela. Ela basta.

Passou da hora de dar um basta em revelações, profe-cias, visões, sonhos e inter-pretações particulares que avultam em nosso meio. Re-jeitemos a megalomania de pregadores que se dizem “canal especial de Deus para esta geração”. Diz Je-remias 23.28: “O profeta que tem um sonho conte o sonho; e aquele que tem a minha palavra, fale fielmente a minha palavra. Que tem a palha com o trigo? diz o Senhor”. Por fim, guarde-mos Isaías 8.20: “A Lei e ao Testemunho! Se eles não falarem segundo esta palavra, nunca lhes raiará a alva”. Firmemo-nos na suficiência das Escrituras e afirmemos um princípio hermenêutico: quando a Bíblia é explícita, somos explícitos e falamos. Quando ela se cala, nós não inventamos e nos calamos. Que cessem as comichões nos ouvidos e voltemos ao apego às Escrituras. Elas são a verdade. Sobriedade no ensino bíblico nunca fez mal a alguém.

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