Edição 47 Domingo, 22.11.2015 R$ 3,20 Dia do Ministro d ... · cantando a Mensagem do Amor de...

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ISSN 1679-0189 Ano CXIV Edição 47 Domingo, 22.11.2015 R$ 3,20 Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira Fundado em 1901 Dia do Ministro de Música Batista Destaque “Coro na Bagagem”: Dez anos cantando a Mensagem do Amor de Deus pelo Brasil Págs. 08 e 09 Notícias Mulheres Batistas de São Paulo e Alagoas abraçam a Campanha Outubro Rosa Pág. 10 Coluna Observatório Batista Confira: “Seminários, ainda são escolas de profetas?” Pág. 15

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ISSN 1679-0189

Ano CXIVEdição 47 Domingo, 22.11.2015R$ 3,20

Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira Fundado em 1901

Dia do Ministro de Música Batista

Destaque“Coro na Bagagem”: Dez anos

cantando a Mensagem do Amor de Deus pelo Brasil

Págs. 08 e 09

NotíciasMulheres Batistas de São Paulo e Alagoas abraçam a Campanha

Outubro RosaPág. 10

Coluna Observatório BatistaConfira: “Seminários, ainda são

escolas de profetas?”Pág. 15

2 o jornal batista – domingo, 22/11/15 reflexão

E D I T O R I A L

Música na Igreja

“A Palavra de Cristo habite em vós ricamente, em toda a sabedoria; ensinai-vos e ad-moestai-vos uns aos outros, com salmos, hinos e cânticos espirituais, louvando a Deus com gratidão em vossos co-rações” (Cl 3.16).

Para que serve a mú-sica na Igreja? Como encaixar esta músi-ca nos serviços de

culto? É apenas uma perfor-mance, um enfeite ou algo para amenizar o conteúdo da mensagem, ou para diversão de quem a ouve ou executa? A música sensibiliza e atrai. Trabalha na emoção, mas música na Igreja é um meio e não um fim nela mesmo. É uma música funcional. Não é arte pela arte. É arte com uma função.

É para Culto, Adoração, Glorificação e Louvor ao Deus - Pai, Deus- Filho, e Deus - Espírito Santo. É para ensino, edificação e cresci-mento cristão. É para con-

solo, conforto, testemunho, evangelização e proclama-ção da Palavra de Deus. Cumpre uma missão, que é dar vida aos textos bíblicos ou poéticos que servirão para reafirmar princípios bíblicos, doutrinas, direção na vida cristã, complemento e auxiliar na fixação do con-teúdo da mensagem falada. Música na Igreja é ministério e não palco, e culto não é o momento para demonstra-ção de performances, ou atu-ações, as mais variadas e em muitas ocasiões desconexas.

Quando cantamos estamos orando junto, dizendo ao Senhor nossas necessidades e tribulações. Também dize-mos ao Senhor o nosso amor por Ele. Porém, mas nossos cantos precisam também falar ao coração do irmão, testemunhando do poder do Seu amor. Cantos de co-munhão, que falem sobre as nossas diferenças e, ao mesmo tempo, mostrem que o que nos une é mais forte

do que o que nos separa. So-mos diversos, mas o Espírito Santo que nos chamou para a Salvação e para a boa obra é o mesmo. Este Espírito de Deus é que nos une em amor. E onde o Espírito de Deus habita há amor, bon-dade, domínio próprio, paz, paciência, alegria, fidelida-de, amabilidade, segundo o que diz Gálatas 5.22-23.

“Só o homem crucificado pode pregar a cruz”. Disse Tomé: ‘A menos que eu veja em suas mãos o sinal dos cra-vos... não crerei’ (Jo 20.25). O doutor Parker, de Londres, disse que o que Tomé falou acerca de Cristo, o mundo hoje está dizendo a respeito da Igreja. E o mundo também está dizendo a cada prega-dor: A menos que eu veja em tuas mãos as marcas dos cravos, não crerei”. (Stott – A Cruz de Cristo)

Só o homem que morreu com Cristo pode pregar so-bre esta Cruz. Precisamos ter cuidado para não esquecer o

porquê de estarmos servindo ao Senhor Deus com esta ferramenta - música. É a per-cepção do seu amor que nos faz olhar para a Sua Cruz, e seguir alegres com esta certe-za pessoal: “Eu sei que o meu Redentor vive”.

Cantemos a Redenção do homem realizada na Cruz de Cristo. Cantemos este amor que nos faz irmãos, cantemos sobre Jesus e seu maravi-lhoso olhar e perdão, Seus ensinamentos, Sua verdade, Sua justiça, Suas leis e Seu caminho que é o único para a salvação. Cantemos sobre a presença do Doce Espírito Santo que nos guia em toda a verdade, que nos constrange chamando cada ser humano para uma nova vida.

Westh Ney Rodrigues Luz, MM, professora do

Seminário do Sul (FABAT); membro da Igreja Batista

Itacuruçá e regente dos Coros Cantares e Hospital

Evangélico

O JORNAL BATISTAÓrgão oficial da Convenção Batista Brasileira. Semanário Confessional, doutrinário, inspirativo e noticioso.

Fundado em 10.01.1901INPI: 006335527 | ISSN: 1679-0189

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INTERINOS HISTÓRICOSZacarias Taylor (1904);A.L. Dunstan (1907);Salomão Ginsburg (1913 a 1914);L.T. Hites (1921 a 1922); eA.B. Christie (1923).

ARTE: OliverartelucasIMPRESSÃO: Jornal do Commércio

bilhete de sorocabaJULIO OLIVEIRA SANCHES

3o jornal batista – domingo, 22/11/15reflexão

O regozijo do pro-feta é indescrití-vel. Tomado de emoção e grati-

dão pelo reino vindouro do Messias, convida o povo a regozijar-se pela grande sal-vação, fruto exclusivo da Graça de Javé. Em uma terra onde a água era escassa, os redimidos do Senhor são instados a “Com alegria tirar águas da fonte da salvação” (Is 12.3). Fontes onde bor-bulha a graça abundante da misericórdia divina. Apesar de se revelar como povo rebelde e contradizente, se-gundo Romanos 10.21, em sua terna misericórdia e pa-ciência Deus não desiste do seu povo. As fontes da alegria concedidas pela salvação foram esquecidas. Israel as substituiu por cisternas rotas e contaminadas, de acor-

do com Jeremias 2.11-13. A expressão do profeta é de horror. Ações que traziam em si o horror das escolhas humanas, sem a aquiescência de Deus. Escolhas feitas sem a participação divina. Os re-sultados funestos são credita-dos a Deus como responsável pelas consequências. “Deus quis”, “Foi a vontade de Deus”, “Deus permitiu, cabe--nos aceitar”. Deus responde que nada tem a ver com as consequências de escolhas humanas. Em meio ao caos que se instala Deus convida o Seu povo a voltar às fontes das águas da vida. Abando-nar as cisternas contaminadas pelo pecado e sorver a água da vida. Em resumo: sincero arrependimento e profunda comunhão com Cristo.

Nada mudou, estamos em crises profundas. Os paliati-

vos humanos com suas cis-ternas contaminadas pelo pecado há muito deixou de oferecer solução. Nas Igrejas, os salvos se regozijam com as baladas, com horários dife-renciados para atender ado-lescentes e jovens. O púlpito preocupado com números em detrimento da essência do Evangelho. Mensagens agradáveis aos ouvidos que há muito perderam a acui-dade. Incapazes de filtrar a verdade da mentira. Impor-tante é não confrontar e ser confrontado pela Bíblia. Jesus é colocado de lado, Suas verdades são desprezadas, não valem para os dias de hoje. Cumpre-se a profecia do apóstolo Paulo: “Chegará o tempo em que não suporta-rão a sã doutrina” (II Tm 4.3).

Tudo isso somado leva à decadência em que vivemos.

Mesmo como salvos passa-mos a crer em profetas hu-manos. Soluções elaboradas por homens e mulheres não tementes a Deus. Votamos pelas ofertas feitas por sata-nás em suas baixelas de ouro, crédulos de que as mentiras são verdades a serem aceitas sem questionamentos. Troca-mos a bênção por pratos de lentilhas confeitados com o aroma do mal. Iludidos pela aparência e a fome insaciá-vel de soluções mediáticas. Esquecemo-nos de alimentar a luz que brilha nas trevas e dar sabor ao sal que impede a deterioração. Esquecemo-nos de Deus.

A sociedade oferece-nos a cada dia cenas, as mais de-gradantes, do pecado existen-te no coração humano. Ho-mens, mulheres, crianças e idosos caminhando a procura

da paz, de abrigo e sobre-vivência de melhores dias. Criaturas amadas por Deus, por quem Jesus morreu, sem esperanças. Aqui em nossa Pátria a corrupção é aceita, exaltada, e sorri da justiça dos homens. Governo débil, sem força moral para tomar decisões concretas, necessá-rias, por estar comprometido com o mal. E os salvos felizes em seus templos a “louvar”, sem questionar o momento atual. Muitas festas, muitos congressos que se propõem ensinar e que nada ensinam. Satisfeitos com as cisternas rotas do pecado que cegam, emudecem e impedem de ouvir o clamor das almas a caminho do inferno.

Precisamos voltar às fontes da salvação e transmitir a alegria que só Jesus pode oferecer.

Fontes da Salvação

4 o jornal batista – domingo, 22/11/15

GOTAS BÍBLICASNA ATUALIDADE

OLAVO FEIJÓ Pastor, professor de Psicologia

Varas limpas

reflexão

“Toda a vara em mim, que não dá fruto, a tira; e limpa toda aquela que dá fruto, para que dê mais fruto” (Jo 15.2).

A comparação de Jesus é simples e direta. Varas da vi-deira existem para

dar fruto. O peso de não dar fruto obriga o lavrador a cor-tar as varas infrutíferas. E ele “Limpa toda aquela que dá fruto, para que dê mais fruto” (Jo 15.2).

Convivemos com uma re-ligião de consumo: Muitos crentes frequentam suas Igrejas para receber algo, para frequentar um bom ambiente, para ouvir músi-cas bonitas, para diminuir um pouco seu senso de culpa.

A mensagem trazida por Jesus não é para estimular consumo. Pelo contrário, é para criar em nós um espírito de frutificação e de doação. Nossa vida de comunhão com o Senhor deve produzir frutos, dando testemunho de Cristo para abençoar os outros. Não importa quantos talentos o Senhor nos deu. Nossa responsabilidade é aplicá-los e desenvolvê-los, para a Glória do Senhor e para o benefício dos outros. É por isso que o Senhor limpa suas varas: Não somente por-que dão frutos, mas porque devem dar mais frutos. O Se-nhor é um Deus de alta qua-lidade e de vida abundante. Se quisermos continuar a ser varas do Seu tronco, o jeito é dar fruto. E permitir que Ele nos limpe.

Celson de Paula Vargas, colaborador de OJB

“Para que vos torneis irrepre-ensíveis e sinceros, filhos de Deus inculpáveis no meio de uma geração pervertida e corrupta, na qual resplande-ceis como luzeiros no mun-do” (Fp 2.15).

Ser irrepreensível é não ser motivo de qualquer repreensão ou censura por parte

da opinião pública. Isso é a condição estabelecida por Jesus para todos que acei-tarem Seu chamado para, primeiro, serem justificados de seus pecados mediante a fé em sua morte sacrificial. Segundo, se tornarem Seus discípulos, Seus seguido-res, Sua Igreja. Para isso, a Igreja precisa se destacar em meio a sociedade per-vertida e corrupta na qual ela está inserida para ser instrumento de Deus para salvação:

1) Estar sob o senhorio de Jesus, ou seja, ser absolu-tamente obediente às suas determinações para a nova forma de vida dada aos que nEle estão. Falar espiritu-al, em meio a um alarido carnal; comportamento ou postura espiritual, em meio a um mar de ofertas corrom-pidas e pecaminosas; reagir benignamente, diante de ataques malignos; perseverar nos valores divinos para a fa-mília, para a sociedade, para a Igreja em todos os tempos e contextos.

2) Instituir uma liderança humana totalmente com-prometida com o Evange-lho e em plena realidade de fé em Deus e em Jesus. Que pregue o verdadeiro Evangelho que confronta o homem com seus pecados e o esclarece quanto à neces-sidade de se entregar a Jesus para ser salvo da geração pervertida que ele constitui. Nunca pregando outro Evan-gelho, pelo qual apresenta

promessas que satisfaçam unicamente as necessidades carnais do homem, como se sua vida fosse somente para esse mundo, sem lhe dizer que um dia, infalivelmente, estará diante do tribunal de Cristo. Nunca criando uma Igreja ou Congregação me-ramente social, onde as pes-soas vão para se divertirem e não para oferecerem um culto a Deus. Onde cantam o que gostam, dançam, se sensualizam, se divertem, comem e bebem sem ne-nhuma reverência diante de Deus, onde o púlpito ou tribuna de proclamação da Palavra é encostada a um canto, para dar lugar a um palco de espetáculos irre-verentes. Isso é uma grande tentação para o líder, pois, por ser o que o povo gosta e quer, promove um enchi-mento da Congregação. “Por isso, como é o povo, assim é o sacerdote; e castigá-lo--ei pelo seu procedimento; e lhe darei pago das suas obras” (Os 4.9).

Cleverson Pereira do Valle, colaborador de OJB

O que é integrida-de? O dicionário define como in-teiro, inteireza.

Ao ler o livro de Daniel na Bíblia percebemos um ho-mem diferente. Daniel foi um homem íntegro.

Ele e seus companheiros foram levados para o cativeiro babilônico, lá seus nomes foram trocados, passaram a

conviver com uma cultura di-ferente, língua diferente e con-viver com a saudade da sua Pátria. No reinado de Dario foi assinado um decreto que batia de frente com as con-vicções de Daniel. Qual foi a atitude dele diante do decreto do rei? Ele continuou firme nas suas convicções. Daniel orava três vezes por dia, mantinha intimidade com Deus, ele era íntegro na sua vida espiritual.

Precisamos manter uma vida devocional com Deus, falar

com Ele através da oração sem-pre. Nada pode abalar o nosso relacionamento com Deus. Mesmo que a sociedade faça pressão, não podemos abrir mão da vida com o Senhor.

Daniel era íntegro na sua intimidade com Deus e tam-bém era íntegro na sua vida profissional. No capítulo 6 de Daniel diz que ele tinha “espírito excelente”. Tudo que Daniel fazia era com excelência, ele não era um profissional meia boca, ele

não fazia as coisas de qual-quer jeito.

A mediocridade é inimiga da integridade. Quando somos relaxados, quando damos o nosso pior na área profissional, não somos íntegros.

A integridade de Daniel foi percebida por todos à sua volta, tanto é que incomodou os seus “amigos”. Daniel foi lançado na cova dos leões, correu o risco de morrer. Deus fechou a boca dos leões e livrou Daniel.

Muitas vezes corremos ris-co de morte por manter a nossa integridade, mas é as-sim que Deus deseja ver os seus filhos, firmes na causa que abraçaram.

Que sejamos como Da-niel, que os nossos familia-res, amigos possam ver em nós uma vida de intimidade com Deus, fidelidade na área profissional e que através das nossas atitudes muitos reconheçam que servimos ao Deus vivo e verdadeiro.

Para que vos torneis irrepreensíveis

Integridade

5o jornal batista – domingo, 22/11/15

6 o jornal batista – domingo, 22/11/15 reflexão

Jeferson Cristianini, colaborador de OJB

Nas duas últimas décadas as mon-tadoras de auto-móveis em nosso

país foram gradativamente diminuindo a potência dos motores dos carros. Na déca-da de 90 era comum carros com motores 1.6 e 1.8, mas a busca por economia de combustível por conta do alto preço fez com que as mon-tadoras produzissem carros com motores 1.0, mas que fossem fortes. O carro 1.0 é uma das marcas dos modelos populares em nosso país. Os modelos 1.0 são econômicos e podem ser alimentados com álcool (metanol) ou gasolina, são planejados para serem Flex. Nosso país é pioneiro na produção de modelos Total Flex. Assim devem ser os cris-tãos 1.8. Não devem imitar o mundo e nem se moldar

José Octávio dos Santos, diácono da Primeira Igreja Batista de Niterói – RJ, ex-presidente da ADBB

É comum, em nossas Igrejas Batistas, a ce-lebração do Dia do Diácono no segundo

domingo do mês de novem-bro. Infelizmente, por moti-vos diversos, algumas Igrejas não observam a importância desta organização na vida da Igreja local, talvez por não entenderem a conotação da palavra diaconia, que é um serviço muito pessoal, inti-mamente relacionado com o serviço a Deus e à Igreja.

O diaconato é, pois, um ministério cristão que foi ori-ginado de um fato social: Sur-giu da necessidade da Igreja Primitiva prestar socorro às viúvas, segundo a narrativa de Atos 6.1-7. Assim, os diá-conos foram chamados para assistir aos apóstolos e pasto-res na solução das dificulda-des oriundas do crescimento

aos padrões do mundo, mas devem entender o contexto onde estão inseridos, fazendo com que toda cultura seja reconciliada pelo Evangelho.

O cristão 1.8 nada tem a ver com um novo modelo de carro, mas é uma alusão ao texto bíblico registrado no livro de Atos: “(…) Rece-bereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judeia e Samaria e até aos confins da terra” (At 1.8). Esse verso é recitado por muitos cristãos, mas pouco praticado cotidianamente.

O cristão 1.8 é aquele que vive a missão de ser cristão, aquele que entende que ser cristão não é receber uma nomenclatura cristã e sim uma missão de seguir os pas-sos do Mestre e Salvador Jesus Cristo. O cristão 1.8 é aquele que não escolhe o seu campo de atuação, mas que

vertiginoso do número de fiéis e suas implicações.

O ofício básico do diáco-no é o serviço e servir bem. Se ele não se presta a este mister, não pode ser con-siderado diácono. É tudo, menos diácono. Para tal, é necessário que seja um bom servo e que tenha um grau mínimo de habilidade e es-tatura espiritual. A diaconia é um serviço incondicional e amoroso a Deus e à Igreja. Infelizmente, em muitas Igre-jas, os diáconos estão desvia-dos da função para que foram instituídos e, assim, deixam de cooperar para o funciona-mento ministerial da Igreja. A essência de um diácono está relacionada com o servir a Deus e à Igreja, exercendo este serviço com excelên-cia, zelo, responsabilidade e compromisso com a Obra de Deus, sempre em harmonia ao pastor da Igreja.

Diáconos devem ser ho-mens e mulheres especial-mente qualificados, segundo consta na carta de I Timóteo

busca ser sal e luz no con-texto aonde Deus o plantou. É aquele que busca ser rele-vante para as pessoas de sua rede de relacionamentos e busca construir pontes para a evangelização e discipulado. O cristão 1.8 é aquele que se dispõe a ser uma benção nas mãos de Deus para alcançar almas perdidas; é aquele que prioriza o Reino de Deus e Sua justiça, sabendo que todas as suas necessidades serão supridas por Deus. O cristão 1.8 tem e nutre uma espiritualidade bíblica que se afasta da hipocrisia farisaica ensinada pela religiosidade e se aproxima da espiritualida-de do quarto aonde Deus, o Pai, vê tudo em secreto.

O cristão 1.8 é aquele que internaliza a missão de pro-clamação do Evangelho a começar do seu contexto, da sua cidade, do seu bairro, do seu estado, do seu país, até ganhar o mundo, até chegar

3.8-13, e escolhidos para servir sob a orientação dos pastores ou líderes locais. O verdadeiro diácono reco-nhece a verdadeira dimen-são do seu cargo e a exata razão da sua chamada. Ele cumpre com alegria todas as suas atribuições, firmado em profundo embasamento espiritual, sempre em atitude de serviço, certo de que “Os que desempenham bem o diaconato alcançam para si mesmos justa preeminência e muita intrepidez na fé que há em Jesus Cristo” (I Tm 3.13).

As qualificações diaconais contidas na Bíblia são re-quisitos imprescindíveis e tornam o obreiro mais apto a exercer o ministério de socorro aos necessitados e o serviço aos santos. É preciso que cada diácono esteja apri-morando essas qualificações, sempre focado no exemplo máximo de serviço, simplici-dade e dedicação deixados pelo Senhor Jesus Cristo, o diácono por excelência. Além disso, necessitamos,

aos confins da terra. O cristão 1.8 é aquele que olha para o mundo com compaixão e graça e deseja ver pessoas salvas e remidas pela graça salvadora de Deus. O cristão 1.8 se engaja na missão de Deus em buscar e salvar o pecador perdido; é aquele que ora e clama pelas almas perdidas, é aquele se compa-dece das mazelas humanas ao seu redor. O cristão 1.8 não escolhe o campo aonde vai atuar como missionário, mas é aquele que se dispõe a serviço do Reino de Deus e se alegra em anunciar a sobera-nia do Rei Jesus. O cristão 1.8 se dispõe a servir ao Senhor e a Sua seara, e clama por mais ceifeiros e por semeadores. O cristão 1.8 é aquele que serve ao Senhor com alegria e com desprendimento de recursos e de tempo.

O cristão 1.8 é aquele que estuda as Escrituras e aprende com o Mestre Jesus a olhar

como diáconos e diaconi-sas do Senhor, desenvolver uma convivência amável, saudável e respeitosa com os nossos pastores, aos quais servimos também através da sua mesa. O diácono consti-tui-se o auxiliar mais direto do pastor ou, pelo menos, de-veria sê-lo. Aliás, os diáconos foram constituídos, na Igreja Primitiva, justamente para que os apóstolos se manti-vessem afeitos aos ofícios de seu ministério: A oração e a palavra. Também o diácono deve ser cuidadoso com o seu pastor, propiciando-lhe as condições necessárias a fim de que ele possa dedicar--se às suas lides.

Cultive com o seu pastor aquele companheirismo tão próprio dos cristãos primiti-vos, sempre atento às suas orientações e necessidades. Agindo assim, o ministério da Igreja terá êxito e procedere-mos em conformidade com a Palavra de Deus.Para se exer-cer um diaconato irrepreensí-vel, é mister agir de acordo

para as pessoas perdidas com compaixão e graça. É aquele que ama as Escrituras Sagra-das, pois elas dão testemunho de Jesus e apontam para a salvação eterna. O cristão 1.8 é aquele que representa o rei-nado de Deus aqui na terra; é aquele que recebeu a missão de ser sal e luz do mundo. O cristão 1.8 foca em ser uma testemunha viva do Evangelho de Jesus e da transformação que o Evangelho opera na vida do pecador. O cristão 1.8 vive para a Glória de Deus.

Seja você também um cris-tão em missão no mundo que reflete os valores do reinado eterno de Jesus Cristo, o filho de Deus. A sociedade precisa de pessoas com o perfil do cristão 1.8. O mundo te es-pera e Deus quer se alegrar com sua atuação. Seja você um cristão 1.8 que arranca aplausos e que promova festa no céu por pecadores arre-pendidos.

com a Bíblia, buscando viver um estilo de vida centraliza-do em Jesus Cristo, jamais em si mesmo. A grandeza do diácono é determinada pelo serviço. Os líderes que são servos apreciam o valor dos outros e percebem que não são superiores a ninguém e que o seu trabalho não é supe-rior a nenhum outro trabalho. Um verdadeiro diácono tem o coração de servo, tendo Jesus como exemplo e padrão de vida.

Que este tempo de celebra-ção pelo Dia do Diácono Ba-tista seja uma oportunidade para refletirmos sobre a nossa missão e, ao final, perceber-mos se estamos dentro das exigências contidas na pas-sagem de I Timóteo: “Os di-áconos sejam honestos, não de língua dobre, não dados a muito vinho, não cobiçosos de torpe ganância... Porque os que servirem bem como diáconos, adquirirão para si uma boa posição e muita confiança na fé que há em Cristo Jesus” (I Tm 3.8-13).

Cristão 1.8

O serviço da diaconia

7o jornal batista – domingo, 22/11/15missões nacionais

Redação de Missões Nacionais

A missionária Marília Moraes, gestora do Ministério com Sur-dos de Missões Na-

cionais, esteve na Igreja Batis-ta no Jardim Novo Horizonte, em Piabetá - RJ, onde teve a oportunidade de ministrar durante uma Clínica de Capa-citação para o Ministério com Surdos. O objetivo da reunião foi o preparo de alguns mem-bros para a plantação de uma Igreja em LIBRAS.

Entendendo as necessida-des sociais dos surdos como povo não alcançado no Bra-sil, Missões Nacionais realiza ações estratégicas para aten-der a esta demanda com ob-jetivo de preparar discípulos multiplicadores.

Há mais de 9,7 milhões de surdos brasileiros que não

Redação de Missões Nacionais

Foi realizado na Pri-meira Igreja Batista de Madureira - RJ o cul-to de celebração que

marcou a formatura da 12ª turma de Radicais Cristolân-dia. Esta foi a segunda turma formada no ano de 2015. Os alunos tiveram 72 dias de treinamento e, após forma-dos, foram distribuídos para atuar nas Cristolândias de diversos estados brasileiros, onde estarão durante 1 ano.

Durante o período de pre-paro, os alunos tiveram aulas

têm a oportunidade de ouvir a mensagem de salvação. Eles não podem compreen-der esta mensagem se não for pregada em sua língua, a Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS).

“É necessário capacitar li-derança formadora de dis-cípulos, conforme a ordem deixada por Jesus em Mateus 28.19-20, e levar o povo de Deus ao conhecimento dos surdos, de sua língua e cul-

teóricas sobre temas como Re-lisiência, O Mundo das Drogas, Relacionamento Interpessoal, Batalha Espiritual, Seitas e He-resias, Sexualidade, entre ou-tras. As aulas foram ministradas por pastores e missionários fo-cados neste ministério, além de voluntários de diversas Igrejas. A base do treinamento foi a PIB de Madureira, do pastor Mar-cos Corrêa, que tem apoiado, de forma significativa, o Projeto Radical Cristolândia.

Aulas práticas também fize-ram parte do treinamento. Nas ruas, os alunos puderam apren-der sobre abordagem e acolhi-mento de usuários de drogas.

tura”, declara Marília.O Ministério com Surdos

de Missões Nacionais visa capacitar Igrejas para trans-mitir o amor de Deus aos surdos e despertar vocacio-nados surdos e ouvintes para esta grande obra missioná-ria, através das clínicas de capacitação e mobilização para este ministério, Cur-so de Formação de líderes para Trabalho com Surdos, e Curso Bíblico para Surdos.

“Agradeço pela prontidão e liberalidade de todos os professores e missionárias que atenderam ao convite de ministrarem aulas mui-to proveitosas e edificantes para esta turma de radicais, que está agora povoando as Cristolândias. Deus abençoe e frutifique sempre suas vi-das e ministérios”, declara o pastor Fernando Arêde, coor-denador nacional do Projeto Radical Cristolândia.

Para informações sobre o Projeto Radical Cristolândia, e inscrições para a próxima turma de 2016, visite o site www.radicalbrasil.org

O Ministério com Surdos de Missões Nacionais tam-bém promove o Congresso EVANGESURDOS, e o Pro-jeto evangelístico Alcance Surdos, que apoia as Igrejas na Plantação de Igrejas em Libras Multiplicadora, além de produzir e disponibilizar materiais estratégicos para a evangelização dos surdos no Brasil.

O curso de Formação de Líderes para o Ministério com

Surdos e o curso bíblico para surdos, oferecidos anualmen-te no Rio de Janeiro, visam preparar vocacionados sur-dos e ouvintes desejosos de servir a Deus no ministério junto aos surdos. Para saber mais e participar do Curso de Formação de Líderes para o Ministério com Surdos ou do Curso Bíblico para Surdos, que acontecerão em janeiro de 2016, visite o site www.missoesnacionais.com.br

Missionária participa de clínica de capacitação para o ministério com surdos

12a turma do Projeto Radical Cristolândia se forma no Rio de Janeiro

Alunos serão enviados para atuar em diversos estados brasileiros

Marília ministrando na IB no Jardim Novo - RJ Participantes da clínica de capacitação

8 o jornal batista – domingo, 22/11/15 notícias do brasil batista

Westh Ney Rodrigues Luz, MM, professora do Seminário do Sul (FABAT), lecionando Culto Cristão, História da Música e Gestão da música na Igreja; membro da Igreja Batista Itacuruçá e regente dos Coros Cantares e Hospital Evangélico

“Foi uma experiência fantás-tica a minha quarta viagem com o Coro. Voltei com a alma renovada, com a cabe-ça aberta e a visão ampliada. (...) Em todas as viagens que participei sempre fui tocado quanto a confirmação do que Deus me chamou para fazer na Obra que é dEle” - Eduardo Gomes, MM.

O “ C o r o n a B a -gagem” é uma a t iv idade que envolve alunos

e ex-alunos do Curso de Licenciatura em Música da Faculdade Batista do Rio de Janeiro (Seminário do Sul). Este curso possui dois focos especiais: Gestão da Mú-sica Eclesiástica e Projetos Sociais.

O Coro é o núcleo central deste Projeto, e partindo desta forma musical, temos palestras sobre Música na Igreja, Culto/Adoração/Lou-vor, Recitais/Concerto didá-tico, Cultos cantados /Ser-mão Segmentado e Oficinas diversas com instrumentos e voz. Cantam em Igrejas, teatros, escolas, casas de cultura, praças, asilos e ou-tros espaços, proporcionan-do por onde passam, desde

2005, música de qualidade, devoção, alegria e esperança com arte.

Já estivemos em Conta-gem, Belo Horizonte, Ipa-tinga, Ipanema e Timóteo (MG); Vassouras, Resende, Itaperuna e Volta Redon-da (RJ); Cuiabá (MT); Porto Velho (RO); Goiânia (GO); Ribeirão Preto, Sorocaba, Franca e Ourinhos (SP); Foz do Iguaçu, Paranaguá, Curi-tiba (PR) e Porto Alegre (RS); Sobradinho, Taguatinga e Brazlândia, (DF). Também cantamos e realizamos ati-vidades musicais nas Igrejas no Rio, Baixada e Niterói. Acompanha o Coro, os pro-fessores: Westh Ney Rodri-gues luz (mensagens), Rive-lino de Aquino (regente) e Theógenes Eugênio Figueire-do (idealizador do Projeto).

Nesses dez anos perce-bemos nos alunos o ideal missionário, a consciência de missão, e a capacidade de investirem na sua própria formação. Custeiam suas despesas com o transporte e hospedagem em hotel. Nos primeiros cinco dias são hospedados nas casas dos irmãos da Igreja, onde um dos nossos objetivos é o de aprender a realidade de cada localidade, conhecen-do pessoas e crescendo no exercício relacional. Alguns recebem ajuda das suas Igre-jas, amigos, seus pais; outros se preparam todo o ano, ven-dendo algo para investir na sua formação. As Igrejas que nos recebem contribuem com a alimentação. Este é um trabalho de amor de to-

dos que acreditam e atuam no Projeto.

Neste ano realizamos as seguintes oficinas e/ou even-tos musicais: Técnica vocal; violino; violão, bateria, flau-ta doce, guitarra; Musicaliza-ção infantil; Bandas; Regên-cia; Culto cristão/Liturgia; Cultos cantados; Recitais/ Concerto Didático.

“Perceber a realidade do campo e colaborar me ensi-nou a compartilhar, a amar, a servir, a estar pronta para todas essas realidades e aco-lher nossos amigos de mi-nistério, para que, apoiando uns aos outros, o Reino de Deus cresça e vidas sejam edificadas, salvas e consola-das em Cristo Jesus!”, afirma Marcia Cunha, aluna do 1º ano, que agradece a Deus a oportunidade de viver esses momentos.

Com o coração dolorido e triste pela partida para o Lar celestial do aluno e colega Diogo da Silva Gomes, ocor-rido em 13/09/15, saímos para o cumprimento da nos-sa missão no dia 08/10/15.

Em Ipanema - MG, o Coro apresentou um recital na praça da cidade: Solo (Mar-tha Sciêncio), dueto instru-mental com teclado e violi-no (Jefferson Lessa e Jessica Maiumi); banda (sax: Alex Sandro, baixo: Rivelino de Aquino, violão: Diogo Silva e bateria: Adriano Carvalho) e Coro. O Recital terminou com uma queima de fogos. Foi fantástico!

O Concerto Didático na Escola Municipal Maria Si-queira foi empolgante. As

Dez anos cantando a Mensagem do Amor de Deus pelo BrasilProjeto musical “Coro na Bagagem” do Seminário do Sul / FABAT viaja por Ipanema - MG e Brasília - DF

9o jornal batista – domingo, 22/11/15notícias do brasil batista

crianças estavam atentas vi-brando com a apresentação dos instrumentos com a Bo-neca Duda (personagem de Luisa Fátima Araújo) e mais duas jovens (Martha Sciên-cio e Lívia Quintanilha) que animaram a tarde das crian-ças, vestidas de palhaças.

O “Coro na Bagagem” can-tou na Igreja Presbiteriana Nova Cidade e na Primei-ra Igreja Batista de Minas Gerais (PIB de Ipanema). Pela manhã o culto foi sobre “Adorar com entendimen-to”, quando falei sobre as três visões: Visão da Gló-ria de Deus, visão de nós mesmos e a visão do outro, contrapondo com Isaías 6. No culto da noite o enfoque foi sobre as nossas crenças, nossa Declaração de Fé.

Pastor Fernando Freitas, da Igreja Batista de Ipanema, declarou que “(...) Nossa Igreja foi muito abençoada pelo trabalho desenvolvido. Quero destacar que cada membro da equipe com sua dedicação e zelo pela obra nos fez olhar para o que seja convicção de chamado e dedicação ao ministério com outros olhos. Posso afirmar que minha Igreja após a pre-sença dos irmãos não será mais a mesma. O nosso mui-to obrigado ao Seminário, aos professores e aos alunos por tudo que deixaram entre nós. (...) Nossas portas estão abertas para que no próximo ano vocês estejam conosco novamente”.

Em Brasília – DF, o Coro cantou em quatro Igrejas Batistas: Taguatinga, Sobra-

dinho, Brazlândia e Parque Mignone II (Luziânia), onde realizamos oficinas e apre-sentamos no recital – Inter-lúdio, em Sobradinho - uma obra sacra contemporânea de Stuart Scott, inédita no Brasil.

MM Renan Hart, ministro da Igreja Batista em Sobra-dinho agradeceu dizendo: “...Não tenho palavras para agradecer! Tenho certeza que a Igreja foi abençoada. (...) Foi renovador, inspira-dor. Agradeço a Deus por ter tido essa oportunidade”.

Realizamos em Parque Mignone II (Luziânia) o Con-certo didático, palestra sobre Música e compromisso e oficinas de música. Leiam o depoimento da MM Andréa Gama, esposa do pastor da Igreja:

“Para a minha Igreja (...) foi a primeira vez que ouvi-ram um coro de tão alto ní-vel. Perguntei a uma criança de 7 anos o que ela tinha gostado mais e ela me res-pondeu: “Do coro, em pri-meiro lugar”. (...) Um jovem me disse: “Foi a melhor experiência de louvor que tive em toda a minha vida”. Com certeza posso afirmar que Deus usou o grupo para provocar iniciativas de mu-danças em minha Igreja. No domingo muitos me pergun-taram quando teríamos ou-tro encontro daqueles. Pude observar no grupo qualida-des que não são comuns hoje em dia: A simplicidade e a unidade. (…) A presen-ça do Coro aqui em minha Igreja me deu força para

continuar, para perseverar naquilo para o qual Deus me chamou”.

Nossa gratidão aos minis-tros de música - Anderson Costa, Renan Hart, Andréa Gama, Josimar Alves Barbo-sa, Anderson Mota; aos pas-tores: Roberto Santos; Rogé-rio Gama, Fernando Freitas, Washington Luiz da Silva e Heber Aleixo, e ao designer Marcelo Leiroz Pinto.

Com estes depoimentos encerro, pois resumem o que realmente sentimos e ensinamos aos nossos alunos e ex-alunos:

“(…) Todos os momen-tos foram importantíssimos para minha vida, para meu ministério, para convivência mútua e entender que é pos-sível fazer um trabalho que agrade o coração de Deus sem exagero, nem falha, mas com ordem e planejamen-to” - Keli Teixeira, aluna do 1º ano.

Assim expressou-se Chris-tian Diogo Silva, formando de 2015:

“(…) Estive refletindo sobre as motivações que tenho para querer, ano após ano, participar do Coro na Baga-gem. (...) Em primeiro lugar, porque acredito no canto coral como minha genuína forma de expressão musical. (...) Em segundo, porque acredito na instituição Semi-nário do Sul. (...) Em terceiro lugar, porque acredito na vocação, e quero que tantos outros possam experimentar o que vivenciamos”.

Ao Senhor seja a glória e a honra!

Dez anos cantando a Mensagem do Amor de Deus pelo BrasilProjeto musical “Coro na Bagagem” do Seminário do Sul / FABAT viaja por Ipanema - MG e Brasília - DF

10 o jornal batista – domingo, 22/11/15 notícias do brasil batista

Joseane Santos Oliveira

A organização femini-na Mulheres Cristãs em Ação (MCA) da Primeira Igreja Ba-

tista no Tabuleiro, em Ma-ceió – AL, terminou o mês de outubro com a Semana da MCA em foco, enfatizando a campanha de prevenção e combate ao câncer, intitulada Outubro Rosa. O evento pro-

Bruna Santos, jornalista

Para alertar, incentivar e encorajar mulheres sobre os riscos do cân-cer de mama, a Igreja

Batista em Braz Cubas - SP, por meio do grupo “Mulheres Segundo o Coração de Deus”, realizou a 3ª edição do Culto Rosa, que este ano teve como tema central “Há um lugar de intimidade”. A programação liderada por Valdete Ramos Vi-dal e Yara Braga e coordenada pelo pastor do colegiado, Car-los Zuzarte, aconteceu no últi-mo dia 24 de outubro e reuniu cerca de 200 mulheres de todas

moveu uma série de ações dirigidas pelas mulheres para o fortalecimento da espiritu-alidade. No encerramento da Semana, a membresia da Igreja se vestiu de rosa em sinal de apoio à causa feminina.

Várias atividades foram de-senvolvidas, como estudos bíblicos, cultos de oração e visitas nos lares. Na quinta feira, dia 22/10, as mulheres

as idades e denominações.Para explorar o tema, a pro-

gramação contou com a irmã Ana Cláudia Köhler, da Igreja Batista Ebenézer, em São Paulo, que em sua ministração afirmou ser possível desenvolver uma intimidade com Deus. “Intimi-dade é algo profundo, é quando você conhece os sentimentos do outro, entende os olhares e cria um relacionamento profun-do. Quando temos intimidade com Deus, até o “não” dEle traz paz”, explicou.

De acordo com ela, é mui-to importante criar um elo de intimidade com o Senhor e qualquer pessoa está apto

fizeram uma visita ao Lar Bom Samaritano, que acolhe os ido-sos que não vivem com seus familiares. Elas foram levar um pouco de carinho e atenção, além de ministrar a Palavra de Deus e ofertar doações de material de higiene pessoal.

De acordo com o pastor An-derson Nunes, este trabalho desenvolvido pelas irmãs é de grande importância para o crescimento do Reino de Deus.

para desenvolver. “Por mais que seu dia seja corrido, você pode ter um momento de in-timidade com Deus. A Bíblia diz que Daniel era muito ata-refado e, mesmo assim, ele organizou a rotina dele para ter um momento a sós com Deus. Quem tem intimidade com o Senhor coloca-O em seu dia a dia”, destacou.

A estudante de medicina Vivian Suzuki foi convidada para abordar e esclarecer o tema para as mulheres presen-tes. Segundo ela, o câncer de mama mata cerca de 500 mil pessoas por ano e, segundo as estatísticas, a doença está

Através dessa organização, que existe em todas as Igrejas Batistas brasileiras, as mulheres auxiliam ao ministério pastoral no acolhimento das pessoas menos favorecidas. “O nosso objetivo com essa semana é valorizar o trabalho das mulhe-res e apoiá-las nos trabalhos de ação social”, disse.

No sábado, dia 24/10, foi realizado um culto festivo em comemoração pelos 15

atrás do câncer de pele, que lidera a lista. “É importante lembrar que homens também podem ter esse tipo de doen-ça. O número é bem menor, se comparado às mulheres, mas pode acontecer”, explica.

De acordo com Vivian, to-das as mulheres devem reali-zar o autoexame, e é indicado fazer assim que a menstrua-ção acaba, na hora do banho, apalpando desde as axilas e descendo para os seios. “Para obter um diagnóstico comple-to é preciso fazer um exame de mamografia. O agenda-mento é para mulheres com mais de 40 anos. Já para as que possuem casos na família, a partir dos 35 anos”, informa.

Além disso, o Culto Rosa contou com participações es-peciais, como: Canções apre-sentadas pelas irmãs Claudia Ramos Vidal e Stella Regina Souza, ministério de Música Áudio Kids, e coreografia. Além do coral formado por mulheres que participam dos estudos ministrados às sextas--feiras pelo grupo Mulheres Segundo o Coração de Deus.

“Agradecemos a Deus pela oportunidade de realizar mais uma edição do Culto Rosa. Damos Graças a Ele por Sua infinita bondade e misericórdia que nos sustenta dia após dia. Todo louvor e honra ao nome do Senhor Je-sus Cristo”, finaliza Valdete.

anos de existência do grupo de oração formado por mu-lheres. Elas se reúnem todas as terças-feiras, às 15 horas. O encerramento da semana da MCA em Foco aconteceu no domingo, no culto das 18 horas. Na ocasião, quem pregou foi a irmã Sônia Maia. Durante o culto foi exibido um vídeo com testemunhos de mulheres cristãs que ven-ceram a luta contra a doença.

Fotos: Cris Batista e pastor Carlos Zuzarte

Igreja Batista em Braz Cubas - SP reúne 200 mulheres em Culto Rosa

Mulheres cristãs da PIB no Tabuleiro, em Maceió – AL,

abraçam Campanha Outubro Rosa

Vivian abordando ‘Saúde da Mulher’

Pastor Carlos orando pela vida de Ana Cláudia antes da mensagem

Culto Rosa contou com um fusca personalizado

Stella louvando ao Senhor

Ministério de Música Áudio Kids

Valdete agradecendo a preletora Ana Claúdia

Irmãs auxiliando no preparo dos alimentos

11o jornal batista – domingo, 22/11/15missões mundiais

Marcia Pinheiro – Redação de Missões Mundiais

Missões Mundiais volta sua aten-ção aos refugia-dos de países

em conflitos. Eles buscam esperança nas mais variadas regiões do planeta, principal-mente na Europa. Na frontei-ra entre a Sérvia e a Croácia, por exemplo, chegam ônibus a cada 10 minutos com refu-giados vindos do Afeganis-tão, Irã, Iraque, entre outros países. Quem nos conta é o nosso missionário Henrique Davanso, que periodicamen-te deixa seu campo na Albâ-nia para ajudar estas pessoas.

“Recentemente, passei um período na fronteira da Sérvia com a Croácia trabalhando com os refugiados. Foram cerca de 5 a 6 mil pessoas atendidas por dia. A cada 10 ou 15 minutos chegavam no-vos ônibus de pessoas vindas principalmente do Oriente Médio”, conta o missionário.

Davanso tem compartilha-do o Evangelho com estes refugiados, falando-lhes da verdadeira esperança, Jesus. Eles se alegram com a men-sagem recebida e se mostram muito agradecidos.

“Tive a oportunidade de compartilhar o Evangelho com um grupo de afegãos. Foi abençoador demais. Pas-sei um bom tempo falando com eles. Também aproveitei para ler trechos da Bíblia na língua deles. À noite, quando estávamos na última frontei-ra, eles chegaram e me abra-çaram. Um deles, dizendo

Willy Rangel – Redação de Missões Mundiais

A Igreja Batista Mon-tesacro, em Roma, vive um momento muito especial, pois

os primeiros batismos foram realizados depois de quase dez anos. Nossos missioná-rios Fábio e Nathália Pisa, há menos de um ano na capital do país europeu, estão muito alegres com essa bênção.

“O Senhor nos deu o pri-vilégio de batizar nossos primeiros frutos à frente da igreja de Montesacro”, afir-ma o pastor Fábio Pisa, que destaca que os batismos, realizados em outubro, acon-tecem justamente no início do ministério de nossos mis-sionários na capital italiana e

‘muito obrigado’, chorou e agradeceu pelo Evangelho. Deus está vivo, mais vivo do que imaginamos”, alegra-se.

Ele pede orações para que Deus renove suas forças, afi-nal, o trabalho é árduo. O missionário chega a passar noites em claro, e o frio é intenso. Porém, o que mais o preocupa é saber que os livros do Evangelho na língua local acabaram; a procura foi maior que o esperado. Davanso crê que Deus tem um propósito em todo este processo de refugiados no mundo.

Além de suas orações, você também pode participar deste e de outras ações de Missões Mundiais por meio de suas ofertas. Cadastre-se em www.missoesmundiais.com.br/relacionamento, clique em “Doações Online” e siga o passo a passo para caminhar com a JMM neste grande em-penho em levar o Evangelho a todos os povos.

Tecnologia a favor de missões

Na Albânia, a família missio-nária dos Batistas brasileiros comemora a chegada de mais uma nova ferramenta de apoio à obra de evangelização. São rádios comunicadores movi-dos à bateria solar e com o áudio do Novo Testamento na língua local. Segundo o mis-sionário Henrique Davanso, os aparelhos serão distribuídos às pessoas da localidade de Shen-gin às quais ele e a missionária Henriqueta Davanso oferecem discipulado.

“Nós usamos estes aparelhos como ferramenta para com-

representam uma injeção de ânimo dos irmãos romanos. Os batizandos se chamam Mario e Benedetta.

“Eles foram batizados em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo”, diz o pastor Fábio Pisa. “Foi uma grande festa em nossa Igreja, que há quase uma década não realizava batismos”, destaca.

Para o missionário, “É muito lindo ver uma Igreja que esta-va fechando as portas crer que é possível continuar”.

A Igreja em Roma continua seu processo de revitalização com nossos missionários, se-guindo a orientação de Deus para essa tarefa. E isso já pode ser verificado com as histórias de duas pessoas que estão frequentando os cultos: A jor-nalista Alessandra e o médico

plementar o discipulado com as pessoas que não sabem ler. Tem sido uma oportunidade ímpar para o nosso trabalho, já que há pessoas que estão ouvindo o Evangelho pela pri-meira vez e despertando para a vida espiritual verdadeira em Cristo Jesus”, diz Davanso.

Ele se diz muito grato a Deus por cada um desses rádios e os considera como presentes do Senhor para eles, missionários, e para cada pessoa que o recebe.

“Precisamos de suas ora-ções pela nossa segurança e também pelo nosso sustento, que tem sido afetado pela desvalorização da moeda brasileira frente ao dólar. Se for possível, entre em contato com a JMM e nos adote em oração e sustento ministerial. A quem já caminha conos-co, agradeço a confiança e apoio”, conclui.

Domenico são alvo de oração dos nossos missionários para que se interessem cada vez mais pelo Evangelho. Eles também têm sido discipula-dos pelo pastor Fábio.

“O Senhor nos tem dado excelentes oportunidades para compartilharmos a Sua Palavra e concedido a gra-ça de colhermos os frutos”, conclui.

Pastor Fábio está na Itália desde 2002

Um dos mais antigos mis-sionários da Junta de Missões Mundiais em atividade na Itália, o pastor Fábio Pisa, formou-se em Teologia em 2001 e foi consagrado ao ministério da Palavra no mes-mo ano. Por ser de família italiana, desde o início do se-

minário começou a orar pela Itália e antes mesmo de se formar conheceu esse campo missionário como voluntário de Missões Mundiais.

Depois de quatro vezes no campo, veio o convite da Igreja Evangélica Batista de Mântova, na Itália, para assumir sua liderança. A Se-gunda Igreja Batista de Barra do Piraí- RJ, sua Igreja no Brasil, o apoiou e enviou junto à Missões Mundiais para a Europa, aonde chegou em agosto de 2002. O pastor Fábio é casado com Nathália Pisa, com quem tem uma filha, Maria Sophia. A família seguiu este ano para Roma, a fim de assumir o ministério na Igreja Batista Montesacro, onde um abençoado minis-tério tem sido desenvolvido.

Evangelho chega a refugiados na Sérvia

Igreja em Roma tem primeiros batismos depois de uma década

Pastor Fábio Pisa realiza primeiros batismos de Igreja em Roma após quase 10 anos

Aparelhos são movidos a energia solar e beneficiarão principalmente pessoas que não sabem ler

Missionário Henrique Davanso distrubui rádios comunicadores com o Novo Testamento

Refugiados recebem esperança

Trabalho com refugiados na fronteira da Sérvia com a Croácia tem apoio da JMM

12 o jornal batista – domingo, 22/11/15 notícias do brasil batista

Carlos Henrique Andrade Mazzini, pastor da Primeira Igreja Batista Itambacuri- MG

Nos dias 07 e 08 de novembro a Pri-meira Igreja Batis-ta em Itambacuri

- MG deu o pontapé inicial na Campanha de Missões Nacionais “Eu amo o Brasil e quero ser benção para minha Nação!”.

Tivemos dentro das progra-mações pensadas com muito

carinho pela promotora de Missões da PIBI, Karlanny Mazzini, e apoiada em mas-sa pelos irmãos da mesma, uma cantina missionária na praça central da cidade. Com a presença da Cristolândia BH aconteceu o 1º Adora Itambacuri, onde tivemos um significativo público e retor-no para atingirmos o alvo da nossa Campanha.

As programações continu-aram no domingo onde os irmãos e irmãs, respectiva-mente, da unidade de BH e

GV, coordenados pelo pas-tor Otílio, apresentaram nos cultos muito louvor, alegria, adoração e impactantes tes-temunhos.

Na tarde ensolarada e muito quente de domingo, a Igreja em peso, apoiada pe-los homens da Cristolândia, esteve mobilizada em cum-prir o tema da Campanha e ser benção para a cidade de Itambacuri, que vive a pior crise hídrica de toda sua história. O povo Batista, mobilizado pela Campanha

de doações de água mineral para a cidade tem enviado as contribuições que são, na sua totalidade, revertidas em aquisição de galões de água mineral para abençoar a população que vive a falta dela.

Subimos morros, vilas e becos onde o caminhão-pipa não tem acesso e abenço-amos mais de 100 famílias em um total de mais de 2 mil litros de água mineral. As do-ações têm chegado de toda a parte do Brasil via conta da

Igreja. Caso você também deseje contribuir entre em contato com a Igreja através do telefone (33) - 35111934.

Agradecemos desde já o empenho dos Batistas minei-ros, bem como os demais do nosso país pela grande mo-bilização e oração em prol da cidade. Ainda contamos com seu apoio para matar-mos a sede de milhares de crianças, idosos, enfermos, enfim, a sede de quem tem sede! Que Deus continue a nos abençoar.

PIB em Itambacuri – MG realiza evento social e evangelístico com a presença

da Missão Batista Cristolândia

OBITUÁRIO

Diogo da Silva Gomes (28/02/1988 - 13/09/2015)

13o jornal batista – domingo, 22/11/15notícias do brasil batista

Westh Ney Rodrigues Luz, MM, professora do Seminário do Sul (FABAT); membro da Igreja Batista Itacuruçá e regente dos Coros Cantares e Hospital Evangélico

“O c a m i n h o dos justos é c o m o a l u z d a

aurora que vai brilhando, brilhando, brilhando até ser dia perfeito!”. Está em Provérbios 4.18 a frase que me consola. Quando che-guei à Igreja para o culto fúnebre, no dia 13/09/2015, seu pastor Jonatas Furtado veio ao meu encontro e em um afetuoso abraço disse: “Westh Ney, perdemos o nosso menino!”. Muito di-fícil a separação de um jo-vem com tantas qualidades, realizações no presente e

com muita promessa para o futuro. Nosso ‘Diogão’ está no céu, onde canta com sua voz linda e enfeita a eterni-dade com seu largo sorriso. Enquanto isso, nós, seus professores e colegas, fami-liares e amigos seguiremos a vida com as suas melhores lembranças.

Diogo da Silva Gomes nasceu 28/02/1988 em São Gonçalo - RJ. Filho de Cláu-dia da Silva Gomes e pastor Edneser L. Gomes (falecido), converteu-se aos cinco anos de idade, sendo batizado aos nove. Seu avô materno Raulino Miguel da Silva é pastor e líder na Convenção Fluminense, pastoreando a Igreja Batista em Lagoinha. Sua avó materna Catarina Odete da Silva e seu avô paterno Antônio Lourenço Gomes já estão com o Se-nhor. Sua avó paterna Judith

Mendes Gomes é membro da Igreja Batista Central de Nova Iguaçu – RJ, onde sua família coopera há muitos anos.

Tocava muitos instrumen-tos, tendo como incentivador o MM Anderson Costa, que é mais que um amigo da fa-

mília. Ele, o MM e o pastor Jonatas toda quarta-feira se reuniam para um momento de suporte e amizade antes das aulas no Seminário do Sul. Ali, Diogo, muito hu-milde, ouvia conselhos do seu pastor.

Servia como seminarista na Igreja Batista de Jardim Co-légio, que tem como pastor Alfredo Iglesias Pereira. Foi ali que seu coração parou enquanto ensaiava um coro de juventude na Igreja onde desenvolvia um lindo traba-lho musical. Aos 27 anos era de cheio de alegria e com-paixão, de risada forte, um aluno curioso, disciplinado e estudioso, um jovem amo-roso que gostava de cooperar sempre. Um baterista sensí-vel, que tocava piano com uma suavidade apesar de ser alto, forte e gostar de Bach.

“Sempre com sorriso e dis-

posição de ajudar sempre nos recebia com brilho nos olhos e se estivéssemos mal, ele nos consolava. Era um amigo, um irmão, um com-panheiro de jornada, além de excelente músico e ar-ranjador. Sempre falava dos sonhos para a Igreja e coro que estava trabalhando. Sem dúvida o melhor de todos nós”, disse assim o seu ami-go e colega de turma, Diego Pombo.

Que o Senhor, nosso ama-do Pai, enxugue as lágrimas da querida mãe Claudia Gomes, do seu irmão Thia-go, e sua querida namorada Alessandra Teixeira. Só o Senhor pode fazer isto.“E Deus limpará de seus olhos toda a lágrima; e não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor; porque já as primeiras coisas são pas-sadas” (Ap 21. 3-4).

14 o jornal batista – domingo, 22/11/15 ponto de vista

Esta é a dura realidade. São poucos os que têm compromisso e responsabilidade com

as coisas de Deus. Muitos gostam do Senhor, mas pou-cos O amam. Esta falta de amor leva irremediavelmente à falta de compromisso no Reino de Deus, no contexto da Igreja de Jesus. Muitos membros de Igreja não le-vam a sério os cultos, os pequenos grupos, as visitas a hospitais, ao lar de idosos e passam a semana inteira sem dar um testemunho de Cristo Jesus. Não contam a sua his-tória, talvez pelo fato de não a terem. São poucos os que oram, meditam nas Escrituras e testemunham exuberante-mente do Evangelho de Jesus Cristo. Na verdade, há os que se envergonham do Evange-lho. Estes estão na contramão do apóstolo Paulo, conforme diz Romanos 1.16. São pou-cos os que investem em vi-das. Diante de apelos sérios, éticos, não respondem como Cristo responderia.

Poucos são os comprometi-dos com os que sofrem com os pobres, os desamparados, os usuários de drogas, as prostitutas, os homossexuais, os mendigos, andarilhos, os enfermos e os desesperados. Vivemos em um tempo em que se gasta mais tempo com celulares e outros aparelhos eletrônicos do que com pes-soas que têm necessidade de falar, de abrir o coração. Muitos de nós agimos com egoísmo. Somos centraliza-dos em nós mesmos. Coloca-mos nossas famílias em uma redoma, em uma proteção doentia. Há muita gente pre-conceituosa, inclusive uma parcela da liderança. Temos

medo de relacionamentos. Somos acomodados e fóbicos no meio da comunidade.

Tem muita gente que diz “Senhor, Senhor”, mas que não faz a vontade dEle (Mt 7.21-23). No céu teremos muitas surpresas, pois vere-mos lá pessoas que nunca acharíamos que lá estives-sem. Elas fizeram a vontade de Deus em Cristo Jesus. Na verdade, o céu é lugar de pessoas que foram alcança-das pela Graça de Deus, nas-ceram de novo e serviram ao próximo com o amor de Cris-to Jesus. O céu é o lugar de pessoas que amaram a Cristo mais do que as suas próprias vidas. Que não mediram esforços para cumprirem a missão ordenada pelo Senhor Jesus, de acordo com Mateus 28.18-20; Marcos 16.15 e João 13.12-16.

Poucos são os que amam a Igreja pela qual Jesus derramou o Seu precioso sangue. Esses não são assíduos e pontuais nos encontros do Corpo de Cristo. Um bom número não veste a camisa do Reino de Deus. Um número pequeno contribui biblicamente, de coração, com dízimos e ofertas. Passamos a semana sem nos importar-mos uns com os outros. Não sentimos falta dos irmãos que estão ausentes. Não visitamos os irmãos enfermos. Afinal de contas, não temos tempo. Sa-bemos que tempo não se tem, mas se administra. Precisamos libertar o tempo da ociosidade e do ativismo (dois extremos) porquanto os dias são maus (Ef 5.16).

Temos pouco compromis-so porque a nossa visão de Deus é tacanha, apequenada e míope. Vivemos sob nos-sas motivações meramente

passionais, centradas em nós mesmos. A nossa motivação não tem sido o Senhor. O dinheiro chega em casa e nós arrumamos desculpas para passearmos. Muitas vezes fal-tamos os compromissos que assumimos em determinados setores da Igreja. Não nos arrependemos e continuamos a viver a nossa vida. Temos perdido a sensibilidade espiri-tual. Tornamo-nos broncos na compreensão dos propósitos de Deus. O Senhor não nos encontra nas madrugadas orando, intercedendo pelas

pessoas não crentes, pelos missionários, pelo avanço do Evangelho e pela paz no mun-do. Davi é um exemplo para nós quando disse ao Senhor: “Ó Senhor, de manhã ouves a minha voz; de manhã te apresento minha oração e fico aguardando” (Sl 5.3).

Que o Senhor tenha mi-sericórdia de nós e nos faça comprometidos com Ele e com a Sua obra no mundo. Sejamos ousados em nosso testemunho. Aproveitemos cada oportunidade para ser-vir a Cristo servindo às pesso-

as. Que não nos cansemos de fazer o bem à semelhança do Mestre (At 10.38). Que haja sempre em nós o mesmo sen-timento que houve em Cristo Jesus, como diz Filipenses 2.5-8. “Que o nosso coração seja quebrantado pelas coisas que quebrantam o coração de Deus” (Bob Pierce). Que Jesus seja sempre o centro da nossa vida e das nossas decisões. Estejamos sempre entusiasmados com a Obra de Deus. Que O agrademos sempre. Que a Sua glória seja o nosso alvo macro.

Poucos são comprometidos

15o jornal batista – domingo, 22/11/15ponto de vista

A expressão “escola de profetas” aplica-da por muito tempo aos seminários e fa-

culdades teológicas pode ter vindo do Antigo Testamento. Por exemplo, havia estudan-tes em Ramá, Gibeá, Gilgal e Jericó, conforme registros no 2º livro dos Reis, como se fosse uma escola que tinha como objetivo a transmissão dos valores divinos entregues à Israel por meio de sua pa-lavra. O profeta por natureza é alguém colocado diante do povo de Deus para admo-estar quanto à Sua verdade, mostrar os caminhos maus em que o povo de Deus es-tava e indicar os caminhos retos. O profeta, assim, esta-va sempre ligado à realidade, ao chão da vivência do povo. Ele também tinha como pa-pel indicar as consequências que seriam fruto da vida e decisões que os governantes e o povo tomavam, portanto, também estavam preocupa-dos com o futuro.

Revisitando a história da educação teológica Batista no Brasil tem sido possível deduzir que a expressão “es-cola de profetas” ao longo foi se transformando em muitas escolas no sentido de objeti-var a formação de pregadores para o púlpito, de administra-dores da Igreja. Uma educa-ção formadora de obreiros, de fazedores da obra, que

consigam manter o povo em movimento e transformar o final de semana em grande momento de agitação. Na década de 70 me lembro da grande tensão criada contra os seminários que deviam formar pastores e não teó-logos, situação que surgiu, em menos intensidade, nos primeiros anos da virada deste século, como se fosse possível formar médicos sem ensinar Medicina. Assim, di-versos seminários acabaram sendo reprodutores do status quo denominacional (isto é, do que existe e de como funcionam e devem funcio-nar as Igrejas historicamente construídas).

No passado já escrevi nesta Coluna sobre as causas destes equívocos. Penso que histo-ricamente nossos precursores nos deixaram, entre outras, duas matrizes formadoras de nosso imaginário eclesiástico e de vida cristã. Em primeiro lugar, vem o equívoco da interpretação do imperativo da Grande Comissão (Mt 28.19-20), que ficou, por muito tempo, ligado ao IDE e, se a pessoa não pudesse ir ao campo missionário, então deveria pagar a conta com a oferta missionária. A missão da Igreja e a mensagem cen-tral das Escrituras passaram a ser a salvação do mundo per-dido. Na verdade, no texto original, o imperativo está em

fazer discípulos, isto é, fazer pessoas cópias da nossa vida, do nosso caráter, do nosso modo de ser que deverá re-tratar a vida de Jesus (I Co 11.1). Certamente, a mensa-gem central da Bíblia é levar às pessoas a terem uma vida restaurada (pela salvação é claro) e reposicionada desde antes da queda, recuperando seu status inicial de criatura de Deus. Isto significa que a pessoa que se converte há de assumir um papel de sal e luz projetando vida transformada e transformadora no seu en-torno e ambiente de vivência. Então, é muito mais do que esperar o paraíso no futuro, e enquanto isso, procurar viver sua vida eclesiástica domini-calmente. É ser influente em tempo integral no mundo em que vive. A comunhão dominical deverá ser uma celebração do que vivemos durante a semana (Rm 12.1), em vez de agitação e ocu-pacionismo. De descanso, o domingo tem se tornado dia de cansaço.

Outra matriz que recebe-mos de nossos precursores foi a cultura pragmática própria da sua cultura de origem. Ser cristão e trabalhar e não ape-nas esperar a volta de Jesus. O culto na pátria de origem de nossos precursores se chama de “service”, que pode ser traduzido por “serviço”, mas as palavras gregas para culto,

em dicionários sérios indicam estado de adoração (temos proskyneo: veneração, latreia: adoração, e leitoygja: liturgia, culto em si), nenhuma delas indicando trabalho ou servi-ço. Assim, a impressão que te-mos é que fomos, ao longo do tempo, transformando Cristia-nismo em eventos, programas e atividades, valorizando o fazer e o agir.

Muitos seminários, para atender essa demanda, esse ideário, acabam investindo maior parte de sua matriz curricular na prática minis-terial formando obreiros, em detrimento a outras áreas da formação mais completa do aluno, tais como, do saber/refletir, do sentir, do convi-ver, do ser.

Preferencialmente preci-samos formar líderes e não apenas obreiros. Líderes que venham preparar a Igreja a enfrentar a agressiva ideo-logia deste mundo indivi-dualista, sem Deus e sem compaixão. Líderes de visão, que conheçam as entrelinhas da cultura deste mundo e dos cenários em formação.

Veja que quando um aluno está iniciando seu curso te-ológico atuará efetivamente no ministério como eleva-da responsabilidade, depois de cerca de 08 a 10 anos e encontrará um mundo total-mente diferente pela frente, com juniores, adolescentes,

jovens e casais com perfil e demanda de vida para as quais poderá não ter sido adequadamente preparado nos bancos do seminário.

Não podemos pensar ape-nas na missão salvadora e missionária da Igreja como nossa única missão. A Igreja tem perdido a sua missão profética diante deste mundo corrompido. Temos, em ge-ral, nos calado, deixando de cumprir o papel de sal e luz. Não podemos ficar apenas em manifestos escritos, ne-cessitamos capacitar crentes a serem modelos de vida a influenciarem seu ambiente a serem profetas denuncia-dores do mal e da corrupção, da desonestidade, que não sejam meros consumidores da realidade, mas seus cons-trutores.

Os seminários serão, de fato, escolas de profetas quando considerarem estes desafios, tornando cada es-tudante em um líder e não apenas obreiro. Sempre me pergunto se estamos forman-do uma geração de futuros pastores para o passado ou se conseguimos mapear as tendências que se formam e preparam líderes que condu-zam as Igrejas em segurança neste cenário cada vez mais moralmente caótico do mun-do e dando respostas bíblicas contextualizadas às deman-das destas novas gerações.

OBSErvATórIO BATISTALOURENÇO STELIO REGA

Seminários, ainda são escolas de profetas?