Edição 59

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Janeiro | 2011 |S15 |D16 |S17 |T18 |Q19 |Q20 |S21 Ano II R$ 2,50 Os bastidores de um dos programas de televisão mais assistidos do país, contados por caxienses que participaram ou que quase entraram nele Os planos dos secretários caxienses no Estado O fôlego que o Fundel dá ao esporte caxiense Construção civil segue em alta, agravando a falta de mão de obra A preparação dos times e de seus líderes em campo para o Gauchão Renato HENRICHS Roberto HUNOFF 59 Frizzo é o mais cotado na reforma do secretariado municipal Marcio Sheeny, Divulgação/O Caxiense Dupla CA-JU BIG BROTHER BRASIL:

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Os bastidores de um dos programas de televisão mais assistidos do país, contados por caxienses que participaram ou que quase entraram nele

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Janeiro | 2011|S15 |D16 |S17 |T18 |Q19 |Q20 |S21

Ano ii

R$ 2,50

Os bastidores de um dos programas de televisão mais assistidos do país, contados por caxienses que participaram ou que quase entraram nele

Os planos dos secretários

caxienses no Estado

O fôlego que o Fundel dá ao esporte

caxiense

Construção civilsegue em alta,

agravando a falta de mão de obra

A preparação dos times e de seus

líderes em campo para o Gauchão

RenatoHenRicHS

Roberto HunOff

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Frizzo é o mais cotado na reforma

do secretariado municipal

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2 15 a 21 de janeiro de 2011 Semanalmente nas bancas, diariamente na internet.O Caxiense

Índice

Expediente

Assine

A Semana | 3As notícias que foram destaque no site

Roberto Hunoff | 4Construção civil deve manter o ritmo em 2011

O caxiense entrevista | 5Kalil Sehbe antecipa ações do Estado para a Copa 2014

O caxiense entrevista | 7Abgail Pereira analisa o potencial turístico das regiões

esporte | 9Depois de recordes de orçamento e inscritos, o Fundel tem um novo desafio

Televisão | 12Caxienses contam como é entrar (ou quase entrar) e sair do amado, odiado e onipresente Big Brother Brasil

Artes | 15A simetria das linhas de concreto e a dor do sentimento abstrato

Guia de cultura | 16Longa temporada de cursos de teatro e História sem fim em sessão única no cinema

Boa Gente | 18Três artistas – das artes visuais, da música e do futebol – e os melhoreslugares para tomar chimarrão Dupla cA-Ju | 19Como Caxias e Juventude se prepararam para o Gauchão

Juventude | 20Umberto, o capitão que não quer mais chorar

caxias | 21itaqui, um jovem líder no Centenário

Guia de esportes | 22Futebol aqui e muitas atividades no litoral

Renato Henrichs | 23Nomes fortes para a reforma do secretariado

www.OcAXienSe.com.br

Redação: André Tiago Susin, Camila Cardoso Boff, Carol De Barba, Fabiano Provin, Felipe Boff (editor), José Eduardo Coutelle, Luciana Lain, Marcelo Aramis (editor assistente), Paula Sperb (editora), Renato Henrichs, Roberto Hunoff, Robin Siteneski e Valquíria Vita comercial: Pita Losscirculação/Assinaturas: Tatyany Rodrigues de OliveiraAdministrativo: Luiz Antônio Boffimpressão: Correio do PovoDistribuição: Dinâmica Assessoria de Distribuição

Para assinar, acesse www.ocaxiense.com.br/assinaturas, ligue 3027-5538 (de segunda a sexta-feira, das 8h às 12h e das 13h30 às 18h) ou mande um e-mail para [email protected]. Trimestral: R$ 30 | Semestral: R$ 60 | Anual: 2x de R$ 60 ou 1x de R$ 120

Jornal O caxiense Ltda.Rua Os 18 do Forte, 422, sala 1 | Lourdes | Caxias do Sul | 95020-471Fone 3027-5538 | E-mail [email protected]

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@jornalisi Belíssima capa! Não importa se vo-cês usam foto ou design gráfico porque sempre surpreendem. #edição58

@patiifagundes @ocaxiense Ainda bem que a Queops apareceu nesse top 5, o atendimento lá é o melhor! Além de todo o resto, é claro! #edi-ção58

@AnnaelisaM Adoro as notícias top 5 que o @ocaxiense posta! Essas últimas, então, é de dar água na boca! Parabéns! E continuem nos informando os melhores #edição58

@cianaMoraes Acabo de renovar minha as-sinatura no @ocaxiense, boa leitura garantida por mais tempo!!!! #assinaturas

Muito bacana a entrevis-ta que a Carol De Barba

fez com Oskar Metsavaht para O Caxiense. Amo

a Osklen, adoro a filo-sofia do Oskar...leiam!

Janete Kriger

Oskar Metsavaht |Viva O Caxiense... instigando o debate e leitura sobre nos-

sos temas. Cada vez gostando mais, leitura recomendadíssi-ma.

Cláudio Abreu

O dono da empresa Osklen, grande marca de grife que faz sucesso internacional, revela a falta de oportunidade que ele teve em Caxias do Sul, sua terra natal que dá pouco valor cul-tural e profissional. Minha opinião é a mesma em relação ao turismo. Será que não é um dos motivos para termos apenas 30% de caxienses natos?

Jacson Papi

fardamento do Ju | Ficou show de bola o novo fardamento do Juventude! Que

em 2011 a papada volte a sorrir!Leonardo Portella

Oskar Metsavaht |A forma como reclama da cidade, por nunca ter sido re-

conhecido nem ele nem seus familiares, é lamentável. Uma pessoa que se diz admirador do budismo e inclusive esteve com Dalai Lama, é estranho. Sr. Oskar não quero ser grosseira nem indelicada, mas qual é o preço dos trabalhos prestados voluntariamente… exigir reconhecimento a vida inteira…

Toty Castilhos

Adamoli no governo |Adamoli é uma das figuras mais sérias e competentes que

existem na política gaúcha. Seu trabalho junto ao Beto Grill data de mais de 20 anos de luta. É a garantia de um homem sério e competente no governo do Estado.

Peterson Danda

No Site

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www.ocaxiense.com.br 315 a 21 de janeiro de 2011 O Caxiense

A cidade enviou para a Fifa o conjunto de respostas às 151 ques-tões referentes à sua candidatura a campo base da Copa 2014. As perguntas dividiam-se em qua-tro áreas específicas – Centros de Treinamento, Agricultura e Meio Ambiente, Saúde e Hotéis –, e fo-ram respondidas por autoridades e representantes de entidades. O secretário de Esporte e Lazer, Fe-lipe Gremelmaier, que reuniu o material, não tem informação de quantas cidades preencheram os mesmos formulários. O que sabe é que Bento Gonçalves está na disputa.

A organização do 23º Rodeio Crioulo Nacional de Caxias do Sul anunciou as atrações do even-to, que ocorrerá de 21 a 30 de ja-neiro nos Pavilhões da Festa da Uva. Shana Müller, Walther Mo-raes, João Luis Corrêa, Luiz Ma-renco, Gildo de Freitas e a dupla Cesar Oliveira e Rogério Melo são alguns dos shows programa-dos. Outro destaque é a final do Festival César Passarinho, em ho-

menagem ao músico falecido em 1998, célebre por sua interpreta-ção de Guri e Negro da Gaita.

O novo presidente do Legisla-tivo caxiense, Marcos Daneluz (PT), adiantou que pretende re-discutir com os colegas a Con-sulta Popular online, lançada por seu antecessor, Harty Moisés Pae-se (PDT), no final de 2010. “Não queremos que ela se torne um condicionamento aos vereadores. Não é minha vontade encerrá-la, mas se entenderem que ela não deve mais vigorar, isso vai aconte-cer”. Daneluz teme que a Consul-ta, que apura pela internet a opi-nião de eleitores sobre questões pré-determinadas – a primeira, que continua no site, é sobre a Lei Antifumo –, obrigue os par-lamentares a votar para a torcida, digamos assim, e não de acordo com suas ideias. A intenção de rever o modelo da ferramenta foi revelada por Daneluz durante sua visita ao jornal O Caxiense – que integrou um democrático rotei-ro pela imprensa local –, quando também apresentou a nova Mesa Diretora e divulgou a campanha Pense consciente – entre nessa com a Câmara.

O prefeito José ivo Sartori (PMDB) convidou autoridades e parte da imprensa local para co-nhecerem de perto o andamento das obras do Sistema Marrecas em uma visita guiada. O jornal O Ca-xiense não foi convidado.

Álvaro Moreira não é mais o diretor geral da Secretaria de Se-gurança de Caxias do Sul. Pediu exoneração do cargo, segundo seu chefe imediato, o secretário Ro-berto Louzada. Moreira foi eco-nômico nas palavras ao explicar a razão de sua saída: “Cumpri a mi-nha missão ali. É uma questão ad-ministrativa. Exercia uma função de confiança e essa rotatividade é normal do cargo”. Louzada diz que um substituto deve ser escolhido até o final de janeiro.

O diretor de Trânsito da Se-cretaria Municipal de Trânsito, Transportes e Mobilidade, Jorge Catusso, confirmou que a prefei-tura ainda quer reduzir a calçada da Avenida Rio Branco, em função da abertura do San Pelegrino Sho-pping Mall. E para logo. Ultima-mente, o projeto parecia esqueci-do. Mas Catusso confirmou que a avenida sentiu, sim, o impacto do novo empreendimento. “O shop-ping ainda não está completamen-te ocupado, mas a gente já percebe que os carros trancam o cruza-mento”, justifica. A área de estacio-namento será eliminada e as calça-das perderão 75cm para dar lugar a uma terceira pista – isso se parte da comunidade, que já protestou contra a obra, conseguindo adiá-la, não se mobilizar novamente.

As 20 vagas para médico da rede municipal, a serem disputadas no concurso do dia 13 de fevereiro (com inscrições encerradas), te-rão os candidatos aprovados efe-tivados ainda este ano, segundo o

caxias do Sul responde questionário da fifa

23º Rodeio crioulo começa no dia 21

consulta Popular da câmara será reavaliada

Prefeito convida parte da imprensa para ver o Marrecas

Diretor deixa a Secretaria Municipal de Segurança

Prefeitura quer reduzir calçada da Rio Branco

novos médicos serão efetivados ainda este ano

SeGunDA | 10.jan

TeRÇA | 11.jan

QuinTA | 13.jan

SeXTA | 14.jan

QuARTA | 12.jan

A Semanaeditada por felipe Boff | [email protected]

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Daneluz quer reavaliar a Consulta Popular; cancha coberta vai sediar o 23º Rodeio Crioulo; prefeitura quer reduzir calçada na Av. Rio Branco

secretário de Recursos Humanos e Logística, Edson Mano. Será um grande reforço. Ainda mais se parte da categoria, obrigada final-mente a cumprir suas quatro ho-ras diárias de trabalho, realmen-te abandonar o sistema público, como promete o presidente do Sindicato dos Médicos, Marlonei Silveira do Santos. O salário para o cargo é de R$ 2.203,62.

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4 15 a 21 de janeiro de 2011 Semanalmente nas bancas, diariamente na internet.O Caxiense

Roberto [email protected]

Estudo da Fundação Getúlio Vargas, realizado em conjunto com o Sindicato da indústria da Cons-trução Civil de São Paulo, aponta que o setor continuará aquecido em 2011. A estimativa é que o PiB nacional da atividade avance 11%. Os aumentos do emprego formal, de investimento público e de crédi-to imobiliário foram os principais responsáveis pelo bom desempe-nho do setor em 2010. Em Caxias do Sul, por exemplo, o número de

novos projetos aprovados pela Se-cretaria Municipal do Urbanismo chegou a 1,045 milhão de m², alta de 17,5% sobre o consolidado no ano anterior. De acordo com o se-cretário Francisco Spiandorello, foram liberados para construção 1.604 projetos, sendo 1.284 para fins residenciais, 162 comerciais, 94 comerciais e residenciais, 42 indus-triais e 21 institucionais. A preocu-pação para este ano é a falta de mão de obra e de alguns insumos.

As escolas particulares do Rio Grande do Sul aplicarão reajustes de 6% a 9% em suas mensalidades neste ano. A indicação é do Sindica-to dos Estabelecimentos de Ensino Privado do Estado, destacando que não há índice único para as escolas: cada uma estabelece o aumento com base nos cálculos dos seus custos. Dentre os que têm mais peso na composição das mensalidades aparecem pessoal, manutenção e investimentos em tecnologia. O reajuste é aplicado a partir de março. Uma das reivindicações do setor aos novos governantes é a adoção de medidas que criem con-dições de alunos de menor renda também frequentarem estabeleci-mentos particulares por meio da concessão de bolsas de estudo.

O empresário caxiense Val-mor Peccini permanece na vice-presidência da Federação Gaúcha Convention & Visitors Bureau, juntamente com o empresário

Ricardo Ritter, presidente da entidade. Peccini, presidente da Convention & Visitors Bureau de Caxias do Sul, integra a diretoria reeleita para o biênio 2011/2012.

A Secretaria do Urbanismo tam-bém concedeu 7.783 novos alvarás para a localização de empresas. O secretário Francisco Spiandorello explica que número expressivo representa legalização de organiza-ções já existentes. isto foi possível pelo trabalho de regularização fundiária de 5 milhões de m².

O Centro de Ensino Empresarial, conveniado da Fundação Getúlio Vargas, oferta, pela primeira vez, na Serra Gaúcha, o curso de Pós-MBA em inteligência Empresarial para profissionais, líderes e geren-tes que realizaram o MBA pela instituição e desejam obter vanta-gens competitivas no mercado.

A inteligência Empresarial está ligada à gestão organizacional e à redução da incerteza por meio da busca do conhecimento, principal-mente externo à organização, para auxiliar na tomada de decisões.

As inscrições estão abertas e podem ser realizadas na se-cretaria da instituição ou pelo site www.ceem.com.br.

A presidente do Sindicato da indústria do Vinho do Rio Grande do Sul, Cristiane Passarin, assegu-rou que o setor confia na cassação pela Justiça da liminar conce-dida à Associação Brasileira de Exportadores e importadores de Alimentos e Bebidas, autorizando seus associados a não cumprirem a colocação do selo fiscal nos vinhos e espumantes. Segundo a dirigente, o início de vigência da medida, em

1º de janeiro último, representa passo importante para o fortaleci-mento da produção nacional. Se-gundo ela, o selo ajudará a mora-lizar o mercado interno, inibindo a sonegação e contrabando e dará maior garantia ao consumidor de estar adquirindo um produto de qualidade assegurada. Lembra que o selo já é usado em outras bebidas de largo consumo, como cachaça, vodcas, uísques e conhaques.

O Sindicato de Hoteis, Restaurantes, Bares e Simi-lares de Caxias do Sul in-vestiu na confecção de 2 mil cartazes para fixação nos es-tabelecimentos comerciais do setor visando à cons-cientização sobre a nova lei anfifumo. O trabalho foi realizado em conjunto com a Secretaria do Urbanismo, responsável pela fiscaliza-ção do cumprimento da lei. O presidente do sindicato, João Leidens, assegura que a nova lei está sendo cum-prida na cidade e que seus associados estudam formas de adequar espaços, como permite a legislação, para fumantes.

O Índice de Preços ao Consu-midor de Caxias do Sul fechou o ano passado em 6,89%, acima dos principais indicadores de infla-ção do país, como o iPC-iEPE, de Porto Alegre, e iPC-FiPE, de São Paulo. Em relação ao resultado de 2009, o índice caxiense de 2010 teve alta de 1,7 ponto percentual.

De acordo com o instituto de Pesquisas Econômicas e Sociais da Universidade de Caxias do Sul, responsável pelo estudo, o vestuá-rio apresentou a maior majoração no ano, ficando perto de 13%. Já o grupo de despesas diversas foi o que causou o menor impacto: apenas 0,60%. Todos os setes grupos de consumo que integram o Índice de Preços ao Consumidor fecharam o ano passado com preços em alta.

A alimentação, principal item na composição do indica-dor, teve reajuste de 3,49%.

Já os itens da lista de consumo para saúde e higiene pessoal che-garam aos 8,99%, enquanto ha-bitação apresentou alta de 6,54%. O grupo de educação, leitura e recreação atingiu o nível de 6,39% e o de transportes, 5,69%.

A Novara, uma das marcas de móveis da Tecnitubo, recebeu o selo de certificação de conformidade à norma NBR 15786:2010 da Associa-ção Brasileira de Normas Técnicas para móveis de tele-atendimento, call center e telemarketing. Com a conquista, a Tecnitubo, que lan-çou a marca Novara há apenas um ano, torna-se a terceira em-presa brasileira a receber o selo.

A concessionária autorizada Eiffel Citroën fechou o exercício de 2010 com crescimento de 21% sobre o ano anterior, bem acima da expansão de 10,61% do mercado nacional. Já a Eiffel Multimar-cas, que atua na comercialização de veículos seminovos Citroën

e de outras marcas, ampliou as vendas em 30% na mesma base de comparação. A diretora exe-cutiva Fabiana Maria Restelatto Tadiello destaca que a participa-ção de mercado da Citroën na região de atuação da Eiffel supe-rou a média nacional da marca.

Aumento

Recondução

formalização

Aperfeiçoamento

Fiscalização

Parceria

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normatização

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por ROBIN [email protected]

postar em resultados de partidas de futebol é arriscado, mas dizer que a Copa do Mundo de 2014 vai dominar a atenção nos próximos anos é certo. Bom para Kalil Seh-be (PDT) que, mesmo não tendo sido eleito deputado federal de-pois de dois mandatos na Assem-bleia Legislativa, foi indicado pelo partido para comandar a recém criada Secretaria de Esportes e Lazer e será o coordenador-geral do Comitê Gestor do evento no Estado. Na última segunda-feira (10), o pedetista recebeu O Ca-xiense na secretaria, que, aliás, ainda nem tem funcionários pró-prios – quem trabalha ali foi “em-prestado” de outras pastas a pedi-do de Kalil.

Quais as primeiras ações para prepa-rar o estado para a copa de 2014?

Primeiro, temos que seguir a matriz de responsabilidade que define o que é do governo federal, estadual e da prefei-tura de Porto Ale-gre, que é uma das sedes. Temos também 29 campos base inscritos. Cabe ao Rio Gran-de do Sul ser o articulador das esferas para que cumpram os ca-lendários. Dentro da Secretaria, temos o Comitê Gestor da Copa, que trabalhará com nove câma-ras temáticas. Então, para todos os assuntos que terei que tratar tenho um interlocutor da câmara temática que trabalha dentro das secretarias. Somos nós que vamos cobrar para que tenha a finali-zação, é onde se faz acontecer as coisas.A fifa impôs um calendário para finalizar as obras?

Ela quer que esteja tudo pronto para a Copa. Mas nós queremos nos antecipar porque eu quero que o Rio Grande do Sul também seja, em 2013, uma das sedes da Copa das Confederações. Além

dos estádios, temos a Arena do Grêmio, o campo do Zequinha e o da PUC, que são campos de treinamento. Depois, temos os centros de treinamento das sele-ções, com 29 cidades inscritas.

entre elas caxias do Sul. Ela tem que elaborar uma car-

ta de encargos da Fifa, que é um manual. A primeira fase (envio de documentação) todos os 29 municípios já cumpriram. Agora teremos mais uma visita do repre-sentante que cuida dos centros de treinamento ao Estado.

O estado vai precisar de quantas subsedes?

Se nós conseguirmos que as 29 fiquem aptas, ótimo. Porque nós não vamos receber só uma ou

duas seleções. Pode-mos receber 10, se conseguirmos. Se-ria um sonho. Mes-mo com a chave no Rio Grande do Sul, as seleções só jogam um jogo no Estado. Uma seleção pode se hospedar aqui e jogar um jogo em Porto Alegre, um em Curitiba... E nós estamos em um

ponto estratégico. Um voo até Curitiba, Brasília ou São Paulo é barbadinha. Vamos tentar trazer o maior número de seleções.

Dentro do que a fifa está pe-dindo para esses campos base, caxias tem possibilidade de se tornar subsede?

Tem sim. inclusive, entre es-ses 29, 16 municípios (entre eles, Caxias) já receberam contato do comitê organizador da Fifa. Já passaram pela primeira fase. Não quer dizer que os outros 13 estão descartados.

Se caxias for escolhida subse-de, o que a Secretaria pode fazer para ajudar a cidade?

Acelerar as obras do governo federal do aeroporto ou melho-rar o existente, a mobilidade dos

O caxiense entrevista

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“Passaremos em todas cidades levando a história da Copa e uma personalidade que já esteve no evento”, antecipa Kalil sobre caravana temática

Kalil quer preparar o Estado para receber Copa das Confederações em 2013

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Recém empossado Secretário de Esportes e Lazer, Kalil Sehbe (PDT) revela planos para a Copa do Mundo de 2014

“TudO é POSSívEl.é SÓ TER vOIA”

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acessos a Caxias, promover cur-sos de recepção, por exemplo. Outra coisa que tentaremos fazer é a pré-temporada das seleções. Trazer as equipes para os campos base.

O secretariado já teve acesso ao estudo do governo anterior que apontou Vila Oliva como me-lhor lugar para o novo aeropor-to da Serra?

Eu já tive acesso ao estudo. Não vou entrar no mérito disso por-que temos que saber qual é tec-nicamente melhor. Já conversei com o secretário da área (Beto Albuquerque (PSB), titular de In-fraestrutura e Logística) para fazer essa opção, que seria fantástica para nós porque teríamos mais uma alternativa de desenvolvi-mento.

O senhor apoia o novo aeropor-to em caxias do Sul?

Eu apoio o aeroporto regional da Serra. Eu acho que quando se fala em aeroporto não tem cidade que seja boa. O aeroporto de Curi-tiba não está em Curitiba. Temos

que ter a grandeza de pensar no que é bom para o desenvolvimen-to regional. Para a Copa, teremos um programa de melhorias dos aeroportos regionais, como para as rodovias e rodoviárias. Tam-bém será feito o aeromóvel entre o aeroporto e a estação do Tren-surb, pagando uma passagem só. Nós vamos ter ganhos que, se dei-xássemos para o pla-nejamento, demora-riam 20 anos. Com a Copa as teremos em três ou quatro anos.

A fifa pediu mais leitos no estado?

Nós estamos fa-zendo o levanta-mento, mas geral-mente quanto mais leitos tiver mais oportunidades têm. A Fifa só tem uma exigência: hotéis em que se hos-pedam seleções tem que ter, no mínimo, 120 apartamentos e estar até 20 minutos longe dos campos

de treinamento. Em Porto Alegre isso está suprido.

e qual será o uso dessas obras depois da copa?

Fica para o Estado. E nós va-mos fazer uma política estadu-al de esportes que vai dar uso e reúso desses espaços e serão de suma importância para o desen-volvimento do RS. Antes disso, a Secretaria vai criar a Escola da Copa que vai capacitar e qualifi-car profissionalmente a sociedade como um todo. Nós vamos criar um selo da Copa para quem se adequar a essa qualificação e pre-encher alguns requisitos. Vamos ensinar a falar inglês, garantir que estabelecimentos tenham cardá-pios bilíngues e em braile.

Os cursos começam quando?Se não conseguirmos neste se-

mestre, quero que as pessoas já possam se capacitar no segundo para que qualquer jovem que que-ria ser recepcionista voluntário esteja pronto. Faremos também a Caravana da Copa. Vamos pegar um ônibus da Marcopolo, já falei

com a empresa que vai nos ceder o veículo, e vamos passar nas es-colas e criar esse ambiente propí-cio para a Copa. Passaremos em todas as cidades do RS levando a história da Copa e uma personali-dade que já esteve no evento para envolver a sociedade.

como vai funcionar o acom-panhamento dos recursos da copa pela população?

O que precisamos é acelerar as obras. Algumas rodovias municipais, o ae-roporto de Porto Alegre e algumas coisas da área da segurança já come-çaram. Eu tenho o cronograma de obras e vou cobrar da União, Estado e

Municípios o andamento delas. Nós também queremos criar o melhor site para que quando as pessoas procurarem informações

sobre a Copa do Mundo, o pri-meiro que apareça seja o do Esta-do do Rio Grande do Sul.

como deputado estadual, na úl-tima legislatura, o senhor tam-bém propôs que recursos da loteria esportiva da caixa econômica federal fossem aplicados somente na área de esportes.A minha sugestão para o governo é termos áreas polies-portivas multiuso construídas com esses recursos que são repassados para a Fundação de Es-portes e Lazer do RS (Fundergs). Construiríamos e as prefeituras só seriam contempladas se fizes-sem o turno inverso, o projeto que o Brizola sempre defendeu.

Qual é o recurso da loteria es-portiva e como são usados hoje?São bons recursos e hoje só estão fomentando eventos. Não está

sendo aplicado em uma política pública. Eu também vou buscar recursos federais para isso. Tudo é possível. Nós somos colonos. É só ter voia e trabalhar.

O senhor acha que os clubes do interior precisam da ajuda do estado?

Muito. Pelo menos para ajudar a dar uma linha profissional. isso cabe à federação, nós vamos ter uma política estadual. A respon-sabilidade da secretaria é fomen-tar. Quem cuida do esporte pro-fissional é a Federação Gaúcha.

O PDT concorreu com Tarso Genro (PT) ao Piratini, indi-cando, inclusive, o candidato a vice-governador, Beto Grill, na chapa de José fogaça (PMDB). A entrada do partido no gover-no foi oportunista?

Acho que mostrou os quadros do PDT e a importância que o governo Tarso deu a ele. Primei-ro, quem entrou no governo foi o PDT, um partido que tem a repre-

sentatividade de sete deputados estaduais e três federais e que já foi governo.

na legislatura anterior, seu nome foi envolvido no escânda-

lo dos selos. como ficou esse caso?

No Rio Grande do Sul já foi arquivado e na Justiça Federal está em discussão. Eu tenho certeza que também será ar-quivado. Meu advo-gado está querendo terminar o assunto porque você não pode ter dois juízos sobre o mesmo as-sunto.

foi um erro ter usado os selos que foram desviados da Assem-bleia?

Eu acho que não foi um erro porque eu contratei uma presta-ção de serviço com nota fiscal e paguei com cheque nominal. Se alguém quer cometer algo ilícito não contrataria um serviço com

nota fiscal e cheque nominal.

O senhor acredita que isso pos-sa ter contribuído para sua não eleição à câmara federal?

Pode ter sido um dos motivos. As pessoas que me conhecem sa-bem quem eu sou. Já tive um or-çamento de R$ 300 milhões, que era a construção do Centro Na-cional de Tecnologia Eletrônica Avançada (Ceitec), jamais vou me envolver com R$ 11 mil. Eu con-tratei uma prestação de serviço, não comprei selos. Se o cara usou selos errados, ele é mal caráter e deve ficar na cadeia. Se eu tivesse algum problema jamais seria con-vidado a ser secretário. Na políti-ca, infelizmente, tem uma folha branca. Eles pegam um pontinho preto de uma injustiça que fize-ram contra mim. E essa injusti-ça estou pagando desde 2006. E quem perdeu?

O Kalil perdeu por não ter sido eleito deputado federal, mas será que Caxias e a região não perdeu muito mais?

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“Precisamos é acelerar obras. Algumas rodovias, o aeroporto e coisas da área da segurança pública já começaram”, analisa Kalil

“Nós vamos ter ganhos que, se deixássemos para o planejamento, demorariam 20 anos. Com a Copa os teremos em três ou quatro anos”, calcula

Estado se prepara para a Copa com estádios e Aeromóvel, em Porto Alegre. Em Caxias, obras de infraestrtura devem focar estradas e aeroporto

6 15 a 21 de janeiro de 2011 Semanalmente nas bancas, diariamente na internet.O Caxiense

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www.ocaxiense.com.br 715 a 21 de janeiro de 2011 O Caxiense

por ROBIN [email protected]

pavorada” é a palavra que Abgail Pereira (PCdoB) usa para descre-ver sua reação quando conheceu a estrutura física e o orçamento da Secretaria de Turismo, pasta que comanda desde o dia 5. Sete dos R$ 15 milhões do orçamento são usados com despesas com pesso-al. Para corrigir o que considera equívocos do governo de Yeda Crusius (PSDB), Abgail aposta em “nova diplomacia” e planeja-mento estratégico ao assumir a Secretaria.

O que caxias do Sul pode ga-nhar com a sua presença na Se-cretaria do Turismo?

Eu acho que o Rio Grande do Sul ganha crescimento com desenvolvimento com o nosso governo. Estamos trabalhando transversalmente. Regiões que carecem da mão do Estado vão ter aporte. A Secretaria de Turis-

mo é, necessariamente, transver-sal porque nós trabalhamos com infraestrutura, meio ambiente e saúde. Estamos determinados que a vocação turística da Ser-ra seja desenvolvida ainda mais. Especialmente Caxias, que tem uma vocação para o turismo de negócios, além da nossa cultura e gastronomia. Acho que precisa-mos atrair grandes eventos para a nossa cidade. Obviamente, preci-samos de uma infraestrutura me-lhor e aí não tem como fugir da questão do aeroporto.

A senhora já conversou com o governador sobre o aeroporto?

Eu falei com nosso secretário (de Infraestrutura e Logística) Beto Albuquerque e com o nosso governador. Estamos começando a ter acesso aos estudos técnicos do governo anterior. Mas não é só esse aeroporto, temos outros que precisam ser ampliados.

A senhora fala da “mão do esta-

do” onde ela for necessária. na área do Turismo, ela é necessá-ria?

Muito. Especialmente o papel de indutor do desenvolvimento, de fomento. A iniciativa privada e o trade turístico espera isso. Nós vemos o turismo como lazer, com glamour, mas precisamos ver o turismo como um setor da econo-mia, a exemplo do resto do mundo. Te-mos regiões que não têm o produto turís-tico mas tem a voca-ção, como Yacumã. Para ter um produ-to turístico têm que ter infraestrutura, o Salto do Yacumã é uma beleza natural, mas ainda não é um produto. E é aí que entra o Estado com o suporte em parceria com o Mu-nicípio e a iniciativa privada.

A ajuda do estado virá através

de obras e isenção de impostos?Não só. É uma série de medidas

que devemos tomar. Uma delas é uma parceria muito grande com a academia. Ela pode nos ajudar muito na questão teórica sobre o que é o turismo e qual o papel dele para o crescimento e desen-volvimento de um povo. Preci-samos trabalhar com um obser-

vatório que nos dê estatística. Há muita coisa empírica, mas precisamos de mais pesquisas para de-terminar projetos. Muitas pessoas pas-sam no Rio Grande do Sul e vão para Santa Catarina e Argentina. E nós ficamos entre Flo-rianópolis e Buenos Aires, somos pas-

sagem. Não há como atrair essas pessoas sem estatísticas que nos indiquem quais são os nichos que temos que atacar.

O caxiense entrevista

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“Por que nós não assumimos que Caxias pode ser uma São Paulo? O turismo de São Paulo é essencialmente de negócios”,pondera Abgail

Abgail aposta em pesquisas e parcerias com a academia para traçar o perfil turístico das regiões do Estado

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Secretária do Turismo, Abgail Pereira (PCdoB) reclama da administração anterior, conta que pretende reestruturar a pasta e não esconde ambição política

“QuANdO cAvAlO PASSA ENcIlhAdO,NãO NEgO ESTRIBO”

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existe algum observatório hoje?O Observatório para o Turismo

existe no papel por uma iniciativa da PUC-RS, mas não foi aporta-do. Ainda não consegui agendar com a Universidade sobre o as-sunto. Queremos trabalhar todo o Estado, o que não quer dizer que vamos sair atacando para todos os municípios. Elegemos algumas regiões para dar con-ta no primeiro momento. Tive uma reunião com o governador na quinta-feira (6) e ele aponta para trabalharmos a região Sul, a Serra, incluindo Caxias, o Litoral Norte, a Região Metropolitana e a Fronteira. Também temos que tratar da questão do Meio Am-biente porque há uma visão de que o turista depreda. Queremos

fazer um turismo seguro e susten-tável, que promova a felicidade. Também temos que desenvolver um intercâmbio direto com o Uruguai, que eles venham para cá e nós para lá. Vejo uma nova diplomacia onde possamos tra-balhar com o instituto Cervantes, por exemplo. Acho que a Setur tem esse componente de ser arti-culadora. O que não significa que seja uma secretaria subalterna, ela tem que ser protagonista e estar a altura do nosso Estado. Caxias do Sul e a nossa região mostrou o quanto o turismo é importante para o resto do Rio Grande do Sul e que é possível vencer a sazona-lidade. Eu tenho orgulho de que a secretária seja representada por uma pessoa que é da Serra. Eu vou me calcar muito na experiên-cia lá desenvolvida.

Muitos turistas se hospedam em caxias por falta de vagas em Gramado e canela, mas apenas visitam a Região das Hortên-sias. como a Secretaria poderia incentivar a distribuição desse fluxo de pessoas?

Ouvindo as pessoas que são do setor. Eu não considero que hoje Caxias seja só dormitório. Acho que ela já avançou. Acredito que nossa gastronomia, que é mui-to rica, tende a atrair pessoas. Se fossemos listar nossos pontos tu-rísticos, será que é só a igreja São

Pelegrino? Será que nós não te-mos coisas para explorar lá além da Casa de Pedra e do Museu do imigrante? Por que nós não assu-mimos que Caxias pode ser uma São Paulo? O turismo de São Pau-lo é essencialmente de negócios. Lógico, tem a Fórmula 1 que atrai muito. Também precisamos bus-car recursos para trabalhar nossa hotelaria e nossos restaurantes.

O número de leitos ainda é um empecilho para o desenvolvi-mento do turismo em caxias?

Ainda é um problema. Não é nem só na Festa da Uva. No perí-odo em que a Mercopar ou a Fim-ma acontecem, os leitos ficam lo-tados. imagina se você consegue desenvolver de fato o turismo? Nós temos potencial e espaço

para crescer. A Secretaria ficou por um período não exercendo esse protagonismo. Pelas conver-sas que eu tenho tido com o trade turístico, há um ressentimento. Por exemplo, não foi acessado, durante o período do governo anterior, o Prodetur (Programas Regionais de Desenvolvimento do Turismo, do Banco Interamerica-no de Desenvolvimento, Ministério do Turismo e governo do Estado). Eu fico chocada que dinheiro está sendo devolvido para o governo federal por falta de projetos. Na revisão do plano de desenvolvi-mento do turismo sustentável, o valor integral, R$ 300 mil, foi de-volvido. Quem conseguiu atrair recursos foram os municípios.

Quais as reivindicações do em-presariado do setor?

Na área da infraestrutura são aeroportos, estradas, ferrovias e pórticos. O setor aeroviário quer investir, já conversei com a TAM e a Gol, assim como os setores da da hotelaria e as agências de turis-mo. Há um interesse da indústria, saúde e tecnologia para trazer se-minários e eventos.

Quais os projetos que devem sair do papel neste ano?

Estive com o governador e apresentamos quatro projetos, como ele nos pediu. Um é a rees-truturação da Secretaria. Outro

programa que apresentamos é o de fortalecimento da gestão do turismo. Queremos reorganizar o Fórum Estadual de Turismo e o Conselho Estadual de Turismo para essa governança democráti-ca. Também temos o projeto da Operação Verão. O outro é de qualificação e capacitação pro-fissional, que inclui um conjun-to de ações para os profissionais que integram a cadeia produtiva do turismo. Temos profissionais qualificados que precisam se re-qualificar e pessoas que querem entrar neste setor mas ainda não têm a qualificação. inclusive dos gestores, muitos secretários do turismo e gerentes precisam dis-so. Agora, quem vai nos dizer se é esse mesmo o caminho é uma pesquisa.

esse projeto tem prazo para ser implantado?

Todos eles têm. A primeira eta-pa de qualificação, que é o diálo-go dentro e fora do governo, vai começar em março e, em junho de 2011, iniciaremos os primeiros cursos. Ainda estamos na corre-ria porque a Secre-taria tem apenas dez dias. Estamos fazendo exonera-ções e nomeações. Eu entrei na Secre-taria e todos esta-vam aqui. Todos. Eu já encaminhei os cargos de confiança que não são meus. Não que não mere-çam a minha des-confiança, mas eu quero trazer a minha equipe.

ninguém do governo Yeda vai ficar na sua Secretaria?

Não, ninguém do governo Yeda. Temos algumas pessoas que es-tão aqui e foram CCs (Cargos de Confiança) da Yeda, do Rigotto, que tem qualidade técnica. Agora CCs da Yeda, não. É da Yeda, não é meu, nem do Tarso. Não vou fi-car com eles, lógico. Eu vou trazer gente da minha confiança.

como a senhora avalia a dife-rença de opinião entre o PcdoB

e o PT na disputa pela presidên-cia da câmara de Vereadores de caxias do Sul?

O PCdoB tem autonomia, é só observar nossa participação du-rante a história da Câmara. Por vezes, nossos vereadores vota-ram com a situação e outras com a oposição. Nós somos o PCdoB, não o PT. Fizemos uma coligação, quando eu fui candidata a vice-prefeita, e nós tínhamos aquele programa. Encerrada a eleição, o Sartori ganhou e nós elegemos dois vereadores. A coligação en-cerrou ali. Temos algumas coi-sas que nos identificam, mas o PCdoB é um partido que tem a sua autonomia, programa e polí-tica.

O conflito deixa marcas?

De forma alguma, isso só nos fortalece. Aporta que o PCdoB precisa ser respeitado como uma agremiação, como um partido que tem identidade que é muito pautada pelos interesses daquilo que nós afirmamos ser justo. A política é dinâmica. A nossa co-ligação não é uma coligação de

princípios. É uma coligação política, por vezes, eleitoral. Nós temos comple-ta autonomia. (A candidatura) Não foi uma questão de afirmação, mas de defesa de um proje-to e de ocupação de espaços.

A senhora quer ser candidata a prefeita

ou a vice em 2012?Olha, não sonhei em ser candi-

data a senadora nem secretária. Acabei sendo por uma situação da política. O meu partido tem projetos para sua militância. E o partido pensa em continuar usando meu nome, minha lide-rança e a quantidade de votos que fizemos para contribuir para essa política e apresentar o nosso programa. Então, eu, com certe-za, estarei nos próximos pleitos. Costumo dizer que quando cava-lo passa encilhado, eu não nego estribo.

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“Não há como atrair pessoas sem estatísticas que nos indiquem quais são os nichos que temos que atacar, analisa Abgail”

“Será que nós não temos coisas para explorar além da Casa de Pedra e do Museu do Imigrante?”, questiona Abgail sobre perfil de turismo de negócios em Caxias

8 15 a 21 de janeiro de 2011 Semanalmente nas bancas, diariamente na internet.O Caxiense

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www.ocaxiense.com.br 915 a 21 de janeiro de 2011 O Caxiense

por JOSé EduARdO [email protected]

o último mês de maio, as artes marciais ocuparam ringues, em Caxias, para combater a desnu-trição. Atletas de kickboxing de todo o Estado participaram do iii Nocaute à Fome, competição que teve todas as suas edições apoia-das pelo Fundo Municipal do Esporte e Lazer (Fundel). Aos va-lores das entradas foram adicio-nadas doações de alimentos não perecíveis, que somaram meia tonelada, repassada para insti-tuições de caridade. Em 2011, Adilson Facchin, professor da Academia Fight Center e realiza-dor do evento, não tem dúvidas. inscreverá novamente o projeto no Fundel e ainda irá ampliá-lo. A proposta é tornar a competição uma seletiva para o Campeonato Gaúcho de Kickboxing, trazendo assim participantes mais reno-mados e arrecadando um volume maior de donativos.

O primeiro contato de Adilson com as artes marciais ocorreu aos 19 anos. Hoje, aos 33, ele colecio-na dezenas de títulos, incluindo o tricampeonato panamericano e o heptacampeonato brasileiro, am-bos no kickboxing. Seus alunos compõem a equipe Fight Center, atualmente formada por 15 atle-tas. Para competir, porém, a luta é árdua. As dificuldades são ame-nizadas graças ao benefício do

Fundel, já que o esporte é amador. Com o dinheiro recebido do po-der público foram pagas parte das passagens de avião que levaram Marco Aurélio da Rocha, 18 anos, até Aracaju, capital de Sergipe, para se tornar o primeiro atleta de Caxias campeão brasileiro de Boxe Olímpico Juvenil, e Felipe Gheno, 18 anos, até Guarujá, São Paulo, para conquistar o vice-campeonato da Copa do Brasil de Kickboxing, na modalidade Light Contact. “Quando comecei a lu-tar eu tinha de pagar 100% de to-dos os custos. Agora já digo para os meus atletas: ‘consigo a passa-gem e vocês bancam alimentação e hospedagem’”, conta Adilson.

estes são apenas dois dos 135 projetos contemplados pelo Fundel no ano de 2010. Pratica-mente todas as modalidades es-portivas praticadas em Caxias já receberam o apoio da prefeitura alguma vez. O programa, que ini-ciou em 2004, já beneficiou 742 projetos, somando um orçamento total, ao longo das sete edições, de R$ 6.098.600. Para este ano, a verba do programa é a maior da história, alcançando a cifra de R$ 1.377.540. Este valor é definido pela variação de 1% a 1,5% dos impostos iSSQN e iPTU coleta-dos na cidade. O Fundel segue uma linha diferente do Finan-ciarte (Financiamento da Arte e Cultura Caxiense), programa que

banca o custo total da realização dos projetos aprovados. O fundo esportivo visa a atingir o maior número possível de beneficiados, patrocinando parcialmente cada projeto. Desta forma, o valor total do programa se divi-de em três áreas: R$ 9 mil são destinados para cada projeto da linha educacional, de eventos e para equipes com até três atletas de alto ren-dimento. Para equi-pes maiores, como a Fight Center, que inscreveu 15 atletas, o valor máximo é de R$ 18 mil. Além dis-so, cada requerente pode ter apro-vado até três projetos.

foi exatamente o que fez Adilson no ano passado. Além do benefício à equipe, conseguiu aprovar dois projetos pelo Fundel na linha de eventos. No mês de setembro, foi realizada a X Copa Fight Center. Contemplada com financiamento pelo quinto ano se-guinte, a competição reuniu luta-dores de diversos locais do Estado e do Brasil. Com o recurso rece-bido, Adilson pôde alugar o giná-sio da AABB, onde foi montado o ringue, instalar o sistema de som, confeccionar camisetas de divul-gação, entre outros pequenos gas-tos. “Já saímos com o básico”, afir-

ma. O outro projeto foi o Nocaute à Fome. “Tentamos sempre fazer os eventos da melhor forma pos-sível. Conseguimos realizar cada um com R$ 15 mil. O restante do dinheiro conseguimos com a

venda de ingressos e patrocínios”, explica o professor.

Para 2011, Adil-son deverá enca-minhar novamente os três projetos ao Fundel. Durante a última semana, ele buscava o restante da documentação necessária para re-alizar a inscrição. “É bem trabalhoso

conseguir todos os documentos. Estou na função há pelo menos 10 dias”, conta. Para ser aprovado pelo Comitê Assessor, o solicitan-te deverá entrar com um projeto contendo descrição completa da atividade, objetivos a serem al-cançados, prazos de execução, previsão de custos e dezenas de outras informações. Além disso, uma vasta gama de documentos é necessária – cópias de documen-tos de identificação e certidões das negativas municipal, estadual e federal, entre outros.

Denise cemin Dani, coorde-nadora do Fundel, é a responsá-vel por receber e conferir todos os papéis. “Faço a análise da do-

investimento campeão

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No ano passado, de um total de158 projetos, 103 foram apresentados no último dia, o que não será possível em 2011

André Colatto (esq.), Felipe Gheno (centro) e Marco Aurélio Rocha fazem parte da equipe Fight Center contemplada pelo Fundel em 2010

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Ano a ano, o Fundel bate recordes de recursos e projetos contempla-dos. Em 2011, com edital mais rígi-do, interessados devem se apressar

FÔlEgO PÚBlIcOPARA O ESPORTE

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cumentação na hora da entrega do projeto. Sempre falta alguma coisa”, relata Denise, que, com sete anos de experiência no cargo, facilmente encontra as falhas das propostas. Para evitar a classifi-cação de inapto, a dica da coor-denadora é bem simples: buscar informações com bastante ante-cedência em relação ao prazo de encerramento das inscrições, que neste ano é dia 28 de janeiro. Em 2010, 13 projetos foram inabilita-dos por documentação incomple-ta, muitos deles apresentados no último dia. Além disso, a equipe do Comitê Assessor teve de ma-drugar no trabalho para proto-colar todos os projetos entregues na data limite do fechamento do edital. Ao todo, foram 103 pro-jetos recebidos no último dia e 35 no penúltimo, de um total de 158 apresentados. “Esse número é um absurdo. Assim os projetos acabam perdendo qualidade. E o pessoal que trabalha aqui ficou até as 3h no protocolo”, conta o secretário municipal de Esporte e Lazer, Felipe Gremelmaier. Em 2011 não haverá esse problema. Uma mudança no edital permite que somente 20 projetos sejam registrados diariamente.

Essa alteração facilita o trabalho dos funcionários do Fundel, mas também levanta uma pontinha de preocupação no secretário e na coordenadora. O orçamento e o número de projetos contempla-dos pelo Fundel vêm crescendo todos os anos. Entretanto, caso a maioria dos concorrentes deixem para realizars a inscrições nos úl-timos dias, muitos ficarão de fora devido à mudança do edital. “Es-pero que nesta semana as pessoas

venham protocolar os projetos, porque senão vai ficar apertado e muitos vão perder o protocolo devido ao número limitado por dia. Se as pessoas se organizarem, a estimativa é que o número au-mente. Se não, vai diminuir”, avi-sa o secretário.

um dos incentivadores do esporte que facilitam o trabalho da Secretaria é Marcelo Rodrigo Habizreiter. Há três anos, Marcelo Sorin, como é mais conhecido, de-senvolve um trabalho social para jovens e crianças de até 17 anos, o Projeto Jovem interior. Ele tomou a dianteira e foi o primeiro a apre-sentar a documentação no Fundel neste ano. No período de março a novembro, sempre aos domingos pela manhã, Marcelo reúne cerca de 40 alunos na escolinha de fu-tebol em São Gotardo. Meninos de diversas classes sociais veem no esporte uma possibilidade de crescer na vida. Os quase R$ 9 mil recebidos do financiamento permitiram a compra de todo o material esportivo, incluindo bo-las, cones e fardamento. A única despesa dos meninos foi com o ônibus. “A gente tem o transporte que passa recolhendo os meni-nos que moram mais longe. De Ana Rech até o campo dá quase 20 quilômetros. Tem pais que vão todo o domingo, mas outros não. Assim, cobramos R$ 15 por mês por aluno”, explica.

Natural de Três Passos, Marcelo Sorin é professor de educação fí-sica e dá aula de hidroginástica no Recreio Guarani e na Pranadar. Desde 2007, seu projeto social já atingiu cerca de 200 crianças. “Meu principal objetivo é formar

cidadãos”, ressalta. Com essa no-ção de civismo, a educação dos pequenos ultrapassa as quatro li-nhas dos gramados e atinge outro campo: o do conhecimento. Além de disputar amistosos e participar de campeonatos, os meninos fa-zem passeios em museus e biblio-tecas em Caxias. Para este ano, tudo indica que o projeto será no-vamente aprovado. “Como já tive dois anos seguidos de apoio, acre-dito que seja contemplado nova-mente. Não dá para dizer que seja 100% certo. O que pode haver é eles fazerem alguns cortes. Nas outras duas edições o projeto foi aprovado da forma que enviei”, conta Sorin.

Outro que não deixou para se inscrever na última hora foi Luciano Bender Tcacenco. O atle-ta é um dos princi-pais representantes do paraglider no Rio Grande do Sul. Com 33 anos, pra-tica o esporte desde os 13. “Sou o atleta brasileiro que mais participou de mun-diais (seis ao todo). Copas do Mundo foram mais de 20. Sou o único brasi-leiro a ganhar uma prova fora do Brasil”, conta, enu-merando as conquistas. Luciano leva o nome de Caxias do Sul e do Fundel, adesivados no paraglider, para diversos lugares do planeta. Com auxílio do financiamento, o esportista participou, no ano pas-sado, de uma etapa da Copa do Mundo em Portugal – no ranking geral ficou com a 20ª colocação –

e de duas etapas do Campeonato Brasileiro, que lhe renderam o 4º lugar. Da mesma forma que os lutadores da Fight Center, todo o recurso recebido por Luciano foi investido na compra das passa-gens aéreas. “O Fundel ajuda no custo geral. Me dá a possibilidade de competir no nível brasileiro e mundial”, explica o atleta.

Com os projetos entregues, Lu-ciano e Marcelo se encaminham para a última etapa: o dia em que serão avaliados pela Comissão de Avaliação e Seleção (CAS). Da mesma forma que em uma ban-ca, o solicitante apresenta a defesa do projeto para o grupo formado por 11 integrantes – seis repre-sentantes da sociedade e cinco da Secretaria de Esporte e Lazer. Para receber a verba é necessário ser aprovado pela maioria. Ano a

ano, a taxa de suces-so dos proponentes vem aumentando. Em 2010, 100% dos projetos que chega-ram na última etapa foram selecionados. Com quase todos os papéis em mãos, o professor da Fight Center espera en-tregar ainda nesta semana a documen-tação. E já prepara

os argumentos para defender a continuação do auxílio. “No ano passado a minha equipe somou 26 títulos entre os campeonatos Gaúcho, Brasileiro e Panameri-cano. Me perguntam: ‘por que investir num atleta individual ao invés de esportes em equipe?’. A resposta é que nós trazemos títu-los para a cidade.”

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“É bem trabalhoso conseguir todos os documentos”, avisa Adilson, experiente nos trâmites do Fundel

Denise é responsável por conferir a documentação dos inscritos. Na última edição, 103 projetos, do total de 157 inscritos, foram protocolados no último dia

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por cAROl dE [email protected]

e cAMIlA cARdOSO [email protected]

fim do primeiro capítulo e o iní-cio triunfal do segundo.” É assim que o ex-BBB caxiense Flávio Ste-ffli Júnior define sua vida depois da viagem pela nave louca. Ao anunciar sua saída da 9ª edição do programa, o jornalista Pedro Bial disse: “Estamos em tempo de despedidas, tempo em que até as lembranças mais doídas perdem o amargor e pintam na memória coloridas de cor de rosa. Hoje fui buscar o grande Fernando Pessoa: ‘Por que é que para ser feliz é pre-ciso não saber?’ Vamos perder al-guém que foi muito feliz aí e sabia

disso, valorizou cada momento vivido na casa. Hoje, vamos per-der alguém que se entregou ao Big Brother como se fosse a sua vida.” O discurso captura bem a essên-cia da participação de Flávio, que, fora alguns conflitos pontuais, foi marcada por momentos de hu-mor e amizade, especialmente ao lado do amigo quase inseparável e ganhador do milhão, Max. Mas o desempenho positivo dele não garantiria nada fora da casa. No máximo, uma imagem de bom moço junto aos fãs, que brotam como feijão no algodão em pote de danoninho cada vez que uma das naves aterrissa. Acabava de começar, ali, o maior desafio do caxiense: voltar à realidade e, ao mesmo tempo, lidar com fama, demônio com o qual muitos ou-tros ex-BBBs já negociaram suas almas.

Flávio (primeiro à esquerda na foto) foi eliminado no dia 31 de março de 2009, no 13º e penúl-timo paredão do programa, que disputou com uma das musas da casa, Priscila – ele teve 69% dos votos do público. De acordo com o caxiense, naturalidade e trans-parência foram fatores importan-

tes tanto para sua escolha quanto para sua permanência por tanto tempo no jogo. “Sou muito escla-recido quanto às minhas qualida-des e defeitos. Foi isso que falei no meu vídeo de inscrição. Todo mundo que se inscreve quer pare-cer melhor do que é, e foi o que eu não fiz. Fora isso, dei sorte de ter um perfil que fechou com o que eles procuravam”, diz Flávio. “Eu sabia que era um jogo, estava jo-gando. Mas minha forma de jogar foi ser transparente ao máximo, para que o pessoal aqui fora visse que eu jogava limpo e não escon-dia nada. Credito a isso a minha permanência e também a minha saída. Quem sabe faltou pensar em ser mais pragmático. Mas se-gui os meus princípios e não me

arrependo”, reflete.Antes de entrar para o reality

show, Flávio era produtor de even-tos. Nas vésperas no programa, já anunciava que, se ganhasse, faria as coisas de que realmente gosta: música e comunicação. Apesar do desfecho, Flávio conseguiu reali-zar alguns desejos. “O trabalho de DJ foi um presente. Sou músico desde moleque, mas sempre tive que deixar em segundo plano.” O ex-BBB começou tocando bateria, mas acabou na percussão. Atu-almente, tem uma banda com os amigos, “mais para ensaio e risa-das”, a Aurélio Soul, que toca sam-ba rock, soul e reggae. “De uma forma ou outra a música sempre esteve na minha vida. Ter um projeto como DJ foi uma novida-de, mas não uma invenção. Po-der conhecer o Brasil junto com a música foi um dos presentes que ganhei do BBB.” Além de ter sido DJ residente num pub porto-alegrense por pouco tempo, Flá-vio também teve uma passagem relâmpago como apresentador no Studio Pampa, da Rede Pampa, afiliada da Rede TV. “Queria sa-ber como me sairia na TV. O pro-blema é que achei que conseguiria

fazer tudo ao mesmo tempo”, con-ta. Além da música e do progra-ma na emissora gaúcha, ele estava agenciando outros artistas – uma herança daquele primeiro capítu-lo da sua vida, como produtor de eventos e bandas. “Comecei aos poucos, pós-BBB, despretensioso. Quando vi, tornou-se mais um trabalho, mais um ganho, mais um meio de aproveitar o network e a imagem.” Por “aproveitar o ne-twork e a imagem” leia-se: trans-formar as inaugurações de acade-mias de ginástica e as valsas em bailes de debutantes em negócio. Com a demanda aumentando, ele profissionalizou a atividade e montou sua empresa de assesso-ria e produção artística, em Porto Alegre, com um sócio carioca.

Ao sair da casa, flávio também deparou-se com o peso da fama milagrosa. “Por mais ou menos uns seis meses eu tive que viver em cativeiro (risos). Era im-possível querer ir no mercado, farmácia, restaurante, festas com amigos... Não me importo de tirar fotos e conversar com as pessoas, desde que isso seja feito na hora apropriada. Sei da visibilidade do BBB e os preços que tenho que pa-gar por isso, mas a falta de educação me atormenta”, re-vela o caxiense. Na primeira vez que voltou à cidade na-tal não foi diferente. “Minha casa parecia ponto turístico. As pessoas passavam buzinando, ficavam na frente para ten-tar me ver. Rolou uma comoção da cidade com a minha partici-pação, muito emocionante, des-de o prefeito (na foto da página ao lado, entre os pais de Flávio), os vereadores, a imprensa, meus amigos, os cidadãos caxienses...”, conta. Hoje, o assédio já diminuiu

bastante, e como outros ex-BBBs, Flávio já passou por diversos epi-sódios do tipo “te conheço de al-gum lugar”. “Tem muita gente que assiste, mas também vários que só olham de vez em quando e não marcam nome. Óbvio que isso vai aumentando com o passar do tempo. Sempre que falam isso eu invento uma história. Por exem-plo, uma vez fui abordado por uma senhora na rua. Perguntei se ela morava pela área, ela respon-deu que sim, e completei: “Eu sou vendedor de evangelhos, devo ter batido na sua porta!” É claro que depois eu sempre conto de onde é que me conhecem, mas faço mui-to isso (risos).”

Ele se diverte, mas muitos se deslumbram com a exposição – e

ninguém melhor do que um ex-produtor de eventos e atual dono de uma empresa de assessoria e produção artística para saber dis-so. “É bom, é viciante. Na produ-ção, acompanhei de perto artistas, vi muita atitude boa e ruim, e isso me fez aprender um pouco como agir. Quando me vi no lugar de-les, essa experiência fez diferen-ça.” Flávio também acredita que

o fato de ter entrado na casa com 25 anos, já com o caráter for-mado e sabendo o que viria, colaborou para que ele manti-vesse os pés no chão e encarasse com ma-turidade as tantas portas que, dizem, a fama abre. “Na verdade abre pou-quíssimas portas, a maioria é fogo de

palha. Gente que fala por falar. O que acontece, na real, é que, como tem referência, as pessoas me tra-tam como amigo mais rápido, se sentem mais íntimas, têm mais confiança. Eu já entreguei meu cartão de visitas na mão de todos os brasileiros. Se alguém não lem-

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“Já entreguei meu cartão na mão de todos os brasileiros. Se alguém não lembra, o Google resolve. As portas se abrem”, diz Flávio

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O ex-BBB Flávio Steffli Júnior e duas “quase BBBs” caxienses refletem sobre o programa que transforma anônimos em celebridades do dia para a noite

BASTIdORES dAFAMA EFÊMERA

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bra, o Google resolve. É nessa hora que as portas se abrem.”

A psicóloga, modelo e produtora de moda Grasiela Mambrini (segunda à esquerda nas fotos da página ao lado) foi até a etapa final para participar do BBB 3 – o mesmo que revelou Sabri-na Sato, uma das ex-participantes de maior sucesso, a miss Joseane e Julia-na Alves, que hoje interpreta Clotilde Matoso na novela Tititi –, mas desistiu. “Tenho minha profissão, outras coisas acabaram pesando... E eu não estava levando tão a sério”, conta. Mesmo as-sim, Grasiela foi até o quartel-general do programa no Projac, o complexo de gravação da Globo no Rio de Janeiro, enfrentou a “cadeira elétrica” – uma tensa sessão de perguntas feitas por di-versos entrevistadores – e uma bateria completíssima de exames de saúde – desde os mais específicos cardiológicos até o mais simples hemograma. De volta a Caxias, pouco tempo depois, recebeu uma ligação da produção pedindo que ela estivesse disponível em um deter-minado dia e horário para receber uma visita deles. “Perguntei se havia sido se-lecionada e eles me disseram que eu só saberia quando chegassem.” Através de

uma amiga, que trabalhava na retrans-missora afiliada da Globo em Caxias, ficou sabendo que a equipe havia soli-citado um link para uma transmissão ao vivo na mesma data, forte indício de que havia sido escolhida. Porém, antes de confirmar a suspeita, decidiu não participar. “Não pensei que fosse che-gar lá. E, ao contrário do que muitos dizem, fiquei com uma impressão ma-ravilhosa dos produtores. São profissio-nais muito sérios.” Depois do episódio, Grasiela, até hoje telespectadora do programa, até prestou um pouco mais de atenção ao BBB 3, para se certificar de que não havia perdido nada. “Sou muito tranquila, não fico preocupada em como teria sido minha vida se eu tivesse aceitado. Eles até entraram em contato comigo para participar de um outro reality, logo depois, mas também não aceitei”, conta.

A modelo Gisiane Fiuza, a Gisi, já es-teve no páreo do Big Brother três vezes. A primeira foi para o BBB 8. Na época, ela estava trabalhando na Tailândia, e se inscreveu com um grupo de amigos, entre eles Alexandre, único a conseguir vaga na casa. A segunda foi para o BBB 10. “Usei um vídeo do Serravip. Tinha dado uma entrevista para eles fazia uns meses, editei do meu jeito, péssimo, pois não entendo nada disso, e man-

dei. Foi muito engraçado”, lembra. Gisi enviou o material em setembro e, dois meses depois, recebeu uma ligação da produção pedindo uma entrevista pelo Skype. No dia seguinte à sabatina vir-tual, a modelo desembarcava no Rio de Janeiro para a temida “cadeira elétrica”: “Foi bem trash. Eles te recepcionam no aeroporto, te tocam dentro de um car-rinho, tu faz perguntas e ninguém sabe nada ou não pode falar nada. No hotel, dois seguranças do tipo armário te le-vam até o quarto, que é todo lacrado, para que nenhum moscão seja fotogra-fado na janela”, conta. Segundo ela, os paparazzi já sabem onde fica o local da seleção, portanto, todo cuidado é pou-co. Às vezes, diz, a Globo chega a fechar o hotel para os trâmites do BBB. As precauções são tantas que, naquela vez, 50 pessoas participavam da seleção, e ninguém viu ninguém. “Passei por 3 psicólogas e aí, sim, fui para a cadeira elétrica. Estava tão nervosa que nem contei, mas devia ter umas 12 pessoas me fazendo perguntas, liderados pelo L. P. Simonetti, o responsável pelo co-mercial, e pelo Boninho, o responsável pelos bafões. Para o Boninho, quanto mais confusão, melhor. Quem segura a onda é o L. P., conforme o interesse dos

patrocinadores”, descreve. Tentando li-dar da melhor maneira possível com o nervosismo, Gisi passou 45 minutos fa-lando sobre sua vida e sendo metralha-da com todo o tipo de pergunta. “Acho que dancei por causa de duas respostas. Perguntaram se eu já havia transado ou transaria com uma mulher (na 10ª edi-ção havia uma homossexual, Angélica). Eu disse que não, que nem com dois litros de uísque na cabeça. Também questionaram meu relacionamento, se eu entraria no programa casada. E eu respondi que sim.” De volta ao pré-confinamento, Gisi ficou sabendo pela camareira que, se gostassem dela, seria levada para fazer a bateria de exames. E foi o que aconteceu: uma pessoa entrou no quarto com uma série de contratos para ela assinar, solicitando os testes. Depois, mandaram-na para casa di-zendo apenas que aguardasse o dia 1º de janeiro. Mas o retorno da produção nunca chegou. “Acho que, se tu passa, é diferente. Eles já pedem para sumir da internet, deletar comunidades no Orkut que algum patrocinador possa não gostar. Esse ano tentei de novo, e fui chamada só para a entrevista no Skype. Acho que respondi tudo errado. Mas foi a última vez. Parei de brincar disso”, ri.

Gisi nunca foi de assistir ao progra-

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EDITAL DE 1ª e 2ª PRAÇA E INTIMAÇÃOComarca de Caxias do Sul/RS. 5ª Vara Cível - Ação: Execução de Sentença nº 010/1.05.0036212-5 - Autor: CONDOMÍNIO RESIDENCIAL CAMPOS VERDES. (pp. Dr. Antonio Cezar Rodrigues). Réu(s): ISABEL CONSUELO RAVIZZONI RAVANELLO e DARCI LUIZ RAVANELLO. (pp. Drs. Elenice Girondi Koff, Flávio Green Koff e Luciane Grezzana). Objeto: Venda em 1ª Praça dia 02.03.2011 às 14:30 horas no átrio do Fórum. UM APARTAMENTO Nº 201 do prédio de alvenaria denominado CONDOMÍNIO EDIFÍCIO CAMPOS VERDES, com frente à Rua La Salle nº 646, com as seguintes áreas: privativa real de 160,26; de sacada de 14,68m2; de terraço de 71,68m2; privativa total de 246,62m2; uso comum de 31,39m2; total real de 278,01m2; equivalente de construção de 226,19m2, ideal de terreno de 39,27m2; fração ideal de 0,1190. ÔNUS: penhora em favor do Autor. Tudo Conforme Matrícula nº 111.353, Lvº 02, Fl. 01 a 01v, do Cartório de Registro de Imóveis da 1ª Zona desta Comarca até 20.12.2010. R$ 270.000,00.Comunicação: Se não houver lanço igual ou superior ao valor da avaliação, o imóvel será levado a 2ª praça em 14.03.2011, à mesma hora e local, a quem mais der, inadmitindo preço vil. Cabe ao arrematante o pagamento da comissão do Leiloeiro ANTONIO ALEXAN-DRE RAOTA - Matr. 229/2008, telefone 3221.3290 - 9979.3549, devidamente designado para apregoar as praças. Intimação: O(s) executado(s) caso não encontrados pelo Oficial de Justiça para cientificação pessoal, ficam por este intimados na forma da lei. Caxias do Sul, 20 de dezembro de 2010. Servidora: Dra. Rosane Zattera Freitas Escrivã. Antonio A. Raota Leiloeiro Oficial -DR. SILVIO VIEZZER JUIZ DE DIREITO.

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ma religiosamente, exceto pelo BBB 10. “Fiquei meio que chate-ada. Tinha criado uma expectati-va muito grande, achei que fosse causar, que ia ser muito massa para mim. Acho que, se eu entrasse, ou seria a primeira a sair, por me acha-rem uma chata que não para de falar, ou ficaria até o fim pentelhando”, jus-tifica. Entretanto, o que viu das edições anteriores e a parti-cipação no processo de seleção lhe deram um certo grau de co-nhecimento avançado no assun-to. “Acho que lá dentro as pessoas não se dão conta do jogo. O Dou-rado, ao contrário, se ligou muito, foi muito jogador. Ele não se aca-bava nas festas, dava sempre uma choradinha – o público adora um draminha. Já o Serginho nunca estava pronto para as provas de resistência, estava sempre cansa-do das baladas. E no BBB 11, acho que também vão apelar bastante,

principalmente para formar ca-sais”, prevê. “Nem todo mundo se dá bem. Tu corres o risco de ser vaiado para o resto da vida, como a Tessália. Por outro lado, ‘jornal de hoje, notícia de ontem, amanhã ninguém lembra’, diz o ditado, ou seja, tem que aprovei-tar correndo todas as portas que se abrirem, porque elas fecham muito rápido”, avalia.

Gisi (terceira à esqueda na foto) também entendeu que, tal-vez, ficar fora da casa foi melhor para sua carreira de modelo, pois muitas marcas não querem ter o nome vinculado ao reality. “Co-nheci uma menina no México que participou do Gran Herma-no e quando saiu não conseguia mais trabalhar”, conta. Gisi co-nhece Flávio, porém, nunca con-versou com ele sobre o assunto. “Se tu estás cotado e aparece em algum blog ou site, eles já cortam. Querem surpreender. Olha o Flá-vio, quem imaginaria que ele iria entrar?” As únicas palavras que trocaram sobre o programa foi em dezembro de 2010, numa casa noturna caxiense. “Ele disse um dos motivos pelo qual acha que entrou. Perguntaram: ‘o que um

ruivo feio acha que pode fazer dentro de uma casa do Big Bro-ther, em rede nacional?’. Ele res-pondeu: ‘posso ser feio e não ter o perfil que vocês procuram, mas

meu sangue é bra-sileiro e eu estou aqui para ganhar’. E só. Para o Ale (Ale-xandre, do BBB 8) também, mandei uns scraps no Orkut e nunca tive respos-ta. Ex-BBBs sempre saem fora quando tu tentas conversar.”

Desde 2002 (quando teve duas

edições), e até pelo menos 2014 – a Rede Globo tem contrato para exibição do programa até lá –, o BBB faz com que gente aparen-temente comum povoe a tela da televisão. Como é o veículo de comunicação de maior alcance, a TV tem potencial para trans-formar um cidadão qualquer em celebridade em pouco tempo, até quando não há nada a ser celebra-do. O fascínio do público por pes-

soas tão comuns quanto qualquer telespectador só permanece se o neo-famoso tiver algo que mereça permanentemente os holofotes da telinha. isso porque espiar pode ser atraente, mas só se a audiên-cia conseguir identificar na vida alheia que se presta à exposição pública detalhes capazes de que-brar a própria rotina.

A jornalista Debora Cristine Rocha, doutora em Comunicação e Semiótica pela PUC-SP, recor-re ao pensamento do sociólogo polonês Zygmunt Bauman para explicar a efemeridade da fama conquistada no programa. Se-gundo o sociólogo, a velocidade, e não a duração, é o que importa na sociedade chamada por ele de líquido-moderna, que despreza as ideias de longo prazo e totalida-de. “Na vida líquida de Baumann, em que tudo é muito acelerado, é preciso que as coisas sejam frag-mentadas para que se consiga consumi-las. Dessa fragmentação surge a superficialidade, por isso as celebridades são instantâneas.”

O sucesso da atração influen-ciou o crescimento do formato re-ality. Hoje são raros os programas de televisão que não tenham um

quadro com participação popu-lar. A pesquisadora credita isso à busca dos meios de comunicação por um vínculo com a realidade. “É necessário se aproximar do público, estabelecer uma relação íntima e cotidiana para garantir audiência. Se antes a TV procu-rava reproduzir o cotidiano vi-venciado pelo público, agora quer trazê-lo para dentro da progra-mação como marca de veracida-de”, analisa. “O público nunca foi passivo, mas havia uma intera-tividade muito menor antes dos meios de comunicação digital.”

com o formato original pertencente à produtora de TV holandesa Endemol, a realização do BBB funciona em sistema de franquia. Para dar certo, preci-sa que cada emissora adapte-o às características do país em que será exibido. “No Brasil, conse-guiram isso através do humor. O povo brasileiro é bem humorado e gosta do que é engraçado. A fi-gura do malandro é muito forte. O herói no BBB não é aquele clás-sico, épico. Está muito mais para

Macunaíma do que para herói grego”, diz a doutora, referindo-se ao personagem do livro de Mario de Andrade. “Ele mente, trapaceia, mas é simpático e tudo mundo gosta dele porque expres-sa um modo de agir. O brasileiro é assim, ao invés de bater de fren-te, faz piada. Um exemplo disso é a eleição do Tiririca”, compa-ra Debora. Outra adaptação fez com que dois formatos televisi-vos dialogassem. “Teoricamente, um reality não teria personagens. O que é vendido é que são pessoas reais. Mas é muito forte no Bra-sil o formato tele-novela, então o BBB assumiu esse papel e por isso deu certo”, considera.

A psicanalista Marion Minerbo, doutora em Medi-cina pela Unifesp, compara a atração às arenas da Roma Antiga: “A luta entre gladiadores era realista e empolgava as plateias do Coliseu. Era parte da estratégia de despo-litização do povo, a conhecida

política do pão e circo. Os parti-cipantes, escolhidos em função do porte e da força física, eram treinados para proporcionar um bom espetáculo. Podiam ser es-cravos, prisioneiros de guerra ou cristãos, mas até homens livres se candidatavam, porque era um ca-minho possível e rápido para a as-censão social. A entrada era gra-tuita e as pessoas podiam apostar no seu favorito”.

A jornalista Debora credi-ta os altos índices de audiência a algo inato ao ser humano. “O que faz a comunicação é uma combi-nação de exibicionismo e vouye-rismo midiáticos. O fascínio pelo outro é inerente ao homem, as pessoas sempre pararam para ver um acidente, por exemplo. Mas o formato em que o BBB é apre-sentado, na televisão, é que faz com que isso fique mais evidente”, acredita. Debora lembra também a mudança na noção de privaci-dade. “Até o fim do século XX, resguardar a vida doméstica era praticamente um dogma. Depois isso se altera porque o reconhe-

cimento social passa a ser obtido cada vez mais pela visibilidade. É preciso se fazer ver para ser considerado. Quanto maior a ex-posição da vida privada, maior a visibilidade. Quanto maior a visi-bilidade, maior a inserção social.”

Para a psicanalista Marion, o fascínio pelo programa tem a ver com a oportunidade que o públi-co tem de ser protagonista. “As pessoas querem mudar o curso da história da vida de uma pessoa,

transformar um anônimo num fa-moso. Hoje em dia, ser celebridade é o valor máximo por-que a pessoa passa a ter poder de fazer as coisas acontecerem. O público sabe que, pelo menos no BBB, seu voto realmen-te faz a diferença. Quer ver alguém fi-car famoso da noite para o dia graças a

seu voto. A vitória do seu candi-dato é como se fosse sua própria vitória. Saber da vida dos outros é um subproduto, não acho que seja o principal”, conclui.

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“Se tu passas, eles já pedem para sumir da internet, deletar comunidades no Orkut que algum patrocinador possa não gostar”, diz Gisi

“O público sabe que, pelo menos no BBB, seu voto realmente faz a diferença. Saberda vida dos outros não é o principal”, avalia Marion

14 15 a 21 de janeiro de 2011 Semanalmente nas bancas, diariamente na internet.O Caxiense

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celso Tissot| Linhas |

Um prédio em construção no bairro São Pelegrino chamou a atenção do engenheiro. A composição de linhas, uma grande diagonal reta que serve de eixo para simétricas curvas e volumes, atraiu o foco do fotógrafo. O olhar técnico se transformou em resul-tado artístico na busca de um ângulo inusitado, e na supressão das cores para destacar a simplicidade dos grafismos. “Não sou um pintor, sou um desenhista”, afirma Celso sobre o seu olhar de fotógrafo. Assim como na fotografia, o trabalho de Celso, que tem uma empresa de luminárias, as linhas, a simetria e a simplicidade do design seguem padrões: da engenharia da arte e da arte da engenharia.

Participe | Envie para [email protected] o seu conto ou crônica (no máximo 4 mil carac-teres), poesia (máximo 50 linhas) ou obra de artes plásticas (arquivo em JPG ou TiF, em alta resolu-ção). Os melhores trabalhos serão publicados aqui.

por clENIO lOPES

Essa dor que sinto em meu peito Surge de um sentimentoQue não poderia emergirAlgo que foge do bom sensoNão me permitindo sorrir Sufoco com silêncio e lágrimaPara ninguém se ferirNão houve escolha de nadaPorque ninguém controla um sentir E mais uma vez caladoSofre sem ajuda pedirAfasta-se com medo e angústiaDe um afeto que não poderá exisitir

ESSE SuFOcO

www.ocaxiense.com.br 1515 a 21 de janeiro de 2011 O Caxiense

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16 15 a 21 de janeiro de 2011 Semanalmente nas bancas, diariamente na internet.O Caxiense

[email protected] carol De Barba |

Guia de Cultura

História sem fim leva a fantasia dos anos 80 para a sala de cinema do Ordovás. Para crianças desta e daquela época

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inGReSSOS - iguatemi: Segunda e quar-ta-feira (exceto feriados): R$ 12 (inteira), R$ 10 (Movie Club Preferencial) e R$ 6 (meia entrada, crianças menores de 12 anos e sênior com mais de 60 anos). Terça-feira: R$ 6,50 (promocional). Sexta-feira, sábado, domingo e feriados: R$ 14 (inteira), R$ 12 (Movie Club Preferencial) e R$ 7 (meia en-trada, crianças menores de 12 anos e sênior com mais de 60 anos). Sala 3D: R$ 22 (in-teira), R$ 11 (estudantes, crianças menores de 12 anos e sênior com mais de 60 anos) e R$ 19 (Movie Club Preferencial). Horários das sessões de sábado a quinta – mudanças na programação ocorrem sexta. RSC-453, 2.780, Distrito industrial. 3209-5910. | O ucS cinema permanecerá fechado até 31 de janeiro. O Ordovás abre a partir do dia 20. |

MÚSicA

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l A morte e vida de charlie | Drama. 14h30, 16h50, 19h20 e 21h20 (leg.) | iguatemi

Charlie St. Cloud é o herói da cidadezinha onde mora: mari-nheiro, adorado pela mãe e pelo irmão caçula, bolsista em Stan-ford. Porém, seu futuro brilhante é interrompido por uma tragédia. Agora, ele precisa escolher entre honrar uma promessa que fez há anos, ou ir em busca do amor de uma ex-colega de escola. Dirigido por Burr Steers. Com Zac Efron, Ray Liotta e Kim Basinger. 12 anos. 99 min..

l As Viagens de Gulliver | Comédia. 17h50 (dub.)(3D) e 22h (leg.)(3D) | iguatemi

Na versão moderna da história clássica, o hilário Jack Black inter-preta Lemuel Gulliver, entregador de correspondências num jornal de Nova iorque que sonha em se tornar repórter. Em busca de uma grande matéria, ele resolve viajar atrás de uma pista da localização exata do Triângulo das Bermudas. No meio do trajeto, ele é levado à Liliput, uma terra mágica onde ele se torna grande – em tama-nho e ego. Dirigido por Rob Let-terman. Com Jason Segel, Emily Blunt, Amanda Peet e Billy Co-nolly. Livre. 91 min..

l Dois irmãos | Comédia. 20h | Ordovás

No longa Argentino, Susana,

uma agente imobiliária egoísta parece ser incapaz de entender o irmão, Marcos. É ele quem cui-da da mãe e, quando ela morre, a irmã o expulsa do apartamen-to onde moravam. Solteiro aos 64 anos, sem grandes realizações profissionais e obrigado a sair de Buenos Aires, Marcos busca asilo num resort no Uruguai, onde de-senvolve amizades e recomeça sua vida – notícia que parece desagra-dar Suzana. Dirigido por Daniel Burman. Com Graciela Borges e Antonio Gasalla. 105 min..

l enrolados | Animação. 13h50, 16h, 18h10, 20h20 (dub.) e 13h30, 15h40, 19h50 (dub.) (3D) | iguatemi

Um bosque, uma torre, uma ga-rota solitária com longos cabelos. Terminam por aí as semelhan-ças com o clássico dos irmãos Grimm. A nova Rapunzel tem ca-belo mágico e se une a um char-moso ladrão para uma grande fuga. Dirigido por Nathan Greno e Byron Howard. Livre. 102 min..

l História sem fim | Aventura. Terça (18), às 15h | Ordovás

O filme de 1984 abre a segunda temporada do projeto CineKids, que propõe resgatar os clássicos infantis dos anos 80. Ao mergu-lhar na leitura de um velho livro, o jovem Bastian é levado a um mundo de fantasia onde encontra um caracol de corrida, um mor-cego planador, um dragão da sor-te, elfos, uma imperatriz Menina, o valente guerreiro Atreyu e o Co-me-Pedra. A entrada é franca. Di-rigido e co-escrito por Wolfgang Petersen. Com Noah Hathaway,

Barret Oliver, Tami Stronach, Patricia Hayes, Sidney Bromley, Gerald McRaney, Moses Gunn. Livre. 102 min..

AinDA eM cARTAZ: 72 horas. Suspense. 19h10 e 21h50 (leg.). iguatemi. | As crônicas de nár-nia – A Viagem do Peregrino da Alvorada. Aventura. 14h10 dub.. iguatemi | De pernas pro ar. Comédia. 13h40, 15h50, 18h e 20h10. iguatemi | entrando numa fria maior ainda com a família. Comédia.14h, 16h30, 19h e 21h40 (leg.). iguatemi. | in-controlável. Ação. 16h40, 22h20 (leg.). iguatemi. | Tropa de elite 2. Policial. 22h10. iguatemi |

l Baú do rock | Sábado (15), 20h |

A noite tem clima de clássica e lendária – tanto pelo local, quan-

to pela música. A discotecagem é do DJ Jaime Rocha, um fã e entendedor de rock clássico (es-pecialmente Rolling Stones). O show fica por conta da banda Tu-barão 75, cujo nome é inspirado no lendário Chevette Tubarão 75.Vagão classsicR$ 12 (feminino) e R$ 15 (mas-culino) | Júlio de Castilhos, 1343 | 3223-0616

l Top 10 | Sábado (15), 23h |Na lista da casa noturna, Black

Eyed Peas, David Guetta, Katy Perry, Rihanna, Shakira e Usher, entre outros. Além da discoteca-gem com os DJ’s residentes Léo Z e Elias Cappellaro, e imagens do VJ residente Gustavo, show de pop rock com a banda Trahma. No lounge, quem comanda as pi-ck-ups são os DJ’s Juliano Pontalti e Daniel. Com flyer, desconto de R$ 5.Pepsi clubR$ 20 (feminino) e R$ 40 (mascu-lino) | Vereador Mario Pezzi, 1450 | 3409-1900

TAMBÉM TOcAnDO – Sá-bado (15): Andy and The Ro-ckets. Blues. 22h. Mississippi. 3028-6149 | festa Anos 80. Ban-da Cooks. Rock. 23h. Vagão Bar. 3223-0007 | Poder da criação. Samba. 23h. Boteco 13. 3221-4513 | Saturday Havana. Eletrô-nica. 23h. Havana. 3224-6619 | Dama da noite + DJ eddy. 23h. Portal Bowling. 3220-5758 | Gru-po Quarteto Paiol. Tradiciona-lista. 22h. Paiol. 3213-1774 | DJs Audiotronic. Pop. 23h. La Boom. 3221-6364 | Domingo (16): Rafa & Tita. Rock. 20h. Mississippi. 3028-6149 | Tarja Preta. Samba.

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22h. Boteco 13. 3221-4513 | Ter-ça (18): Blueslave. Blues. 22h. Mississippi. 3028-6149 | Stand up (comédia em stand by). Projeto Rock & Cultura. 20h Vagão Clas-sic. 3223-0616 | Adriano Trinda-de Acústico. Samba. 22h. Boteco 13. 3221-4513 | Quarta (19): Blueslave. Blues. 22h. Mississip-pi. 3028-6149 | Branco no Preto. MPB. 23h. Boteco 13. 3221-4513 | Maurício e Daniel. Tradicio-nalista. 22h. Paiol. 3213-1774 | Quinta (20): fabrício Beck Trio. Rock. 22h. Bier Haus. 3221-6769 | franciele Duarte. Rock. 22h. Mississippi. 3028-6149 | Zé Bitter Rock Band. 23h. Boteco 13. 3221-4513 | césar de freitas e Banda + DJ eDDY. Sertane-jo universitário. 23h. Portal Bo-wling. 3220-5758 | Sexta (21): franciele Duarte. Rock. 22h. Mississippi. 3028-6149 | festa All Star. Mercenários inglórios. Rock. 23h. Vagão Bar. 3223-0007 | Banda fullgas + DJ eddy. 23h. Portal Bowling. 3220-5758 | Gru-po Quarteto Paiol. Tradicionalis-ta. 22h. Paiol. 3213-1774 |

l Vidro: Arte e Transparên-cia | A partir de sexta (21), de segunda a sexta, das 8h30 às 18h, sábados das 10h às 16h |

A exposição reúne trabalhos do Grupo de Artistas Vidreiros de Porto Alegre. As criações utilizam diversas técnicas para trabalhar o vidro, com temática livre.Galeria MunicipalEntrada franca | Dr. Montaury, 1.333 | 3221-3697

l Releituras – exposição de Roupas dos Anos 80 | De se-gunda a sexta, das 8h às 18h30 |

As roupas foram confecciona-das com materiais reciclados pe-los alunos da 8ª série da Escola Municipal de Ensino Fundamen-tal Erny de Zorzi. A orientação do trabalho é das professoras Sandra Gomes (Artes), ivete Ferreira (português) e Claudete de Castro (Educação Física).Galeria da SMeDEntrada franca | Borges de Medei-

ros, 260 | 3901-2323

l Tempo Revisitado | De ter-ça a sexta, das 9h às 19h, sábado e domingo, das 15h às 19h |

A curadora convidada Odete Garbin faz um resumo do con-teúdo do Acervo Municipal de Artes Plásticas de Caxias do Sul (Amarp) em 122 obras. A expo-sição celebra a nova galeria e sala de guarda. Galeria do OrdovásEntrada franca | Luiz Antunes, 321 | 3901-1316

AinDA eM eXPOSiÇãO – Aos Mestres. Giovana Mazzochi e Marcos Clasen. De terça a sába-do, a partir das 17h. Galeria em Transição – Teatro Moinho da Estação. 3221-4513 | Diversidade cultural nos Trilhos da História de caxias do Sul. Antônio Car-los Lorenzett. A partir de quarta (5), de segunda a sexta, das 8h30 às 18h30, sábados das 8h30 às 12h30. Farmácia do ipam. 3222-9270 | identidades Simultâneas: imagens de um lugar ou de lugar qualquer. Simone Rosa. De se-gunda a sábado, das 10h às 19h30, e domingo das 16h às 19h. Catna Café. 3212-7348 | Mostra de Gra-fite caxias 100 Anos. Coletiva. Largo da Estação Férrea. | Sou-lart. Lauro Grivot. De segunda a sábado, a partir das 11h. Aristos London House. 3221-2679

l Oficina do Teatro São carlos | De segunda a sexta, das 9h às 12h, e das 13h30 às 18h |

As aulas serão ministradas por Andréa Peres, atriz e diretora, co-ordenadora do Grupo de Teatro de Bonecos Quiquiprocó, e pelas atrizes da cia, Juliana Demori e Priscila Toni. Haverá duas tur-mas, uma para crianças de 7 a 11 anos, e outra para jovens de 12 a 16 anos. As aulas serão realizadas duas vezes por semana, com du-ração de 1h30. São 10 aulas, nas seguintes datas: 18, 20, 25 e 27 de janeiro e 01, 03, 08, 10, 15 e 17 de fevereiro. informações e inscri-ções por telefone.Teatro São carlos

R$ 150 | Feijó Júnior, 77 | 3227-6.967

l 13º caxias em cena | De se-gunda a sexta, das 9h às 12h e das 13h30 às 18h |

O período de inscrições inicia segunda (17). Os grupos e com-panhias que desejam participar com espetáculos ou atividades paralelas (oficinas, palestras, de-bates , etc.) devem encaminhar suas propostas até 31 de março. O regulamento e as fichas de ins-crição estão disponíveis no site da prefeitura (www.caxias.rs.gov.br). A 13ª edição do festival será reali-zada de 13 a 25 de setembro.unidade de TeatroGratuito | Centro de Cultura Or-dovás | 3901-1316 |

l Teatro para crianças | De segunda a sexta, das 9h às 12h e das 13h30 às 18h |

As inscrições devem ser feitas pessoalmente, na Unidade de Te-atro da Secretaria Municipal de Cultura. A oficina conta com o apoio do Sesc de Caxias do Sul e é voltada para o público de oito a 13 anos. Será ministrada pela atriz Carla Vanez. Haverá duas turmas (de 17 a 28/01 e de 31/01 a 11/02), uma no turno da manhã e outra à tarde, com aulas de segunda a sexta-feira.unidade de TeatroR$ 10 e R$ 5 (conveniados Sesc) | Centro de Cultura Ordovás | 3901-1316 |

l A arte de representar | De segunda a sexta, das 8h às 12h e das 13h30 às 18h |

O ator e diretor Davi de Sou-za, promove a oficina de 19 a 21 e de 26 a 28 de janeiro, das 19h às 22h. O objetivo é desenvolver a comunicação e a liderança, atra-vés de jogos dramáticos, trabalhar a criatividade e espontaneidade, estimular as capacidades intelec-tuais e os relacionamentos sociais, e trabalhar habilidades físicas como: voz, olhar, gestos, movi-mentos, equilíbrio, flexibilidade, expressão corporal e verbal.Sala de ensaio – centro culturalR$ 200 | Júlio de Castilhos, 1.526/2º

| 3221-0261

l Parque de diversões | Diaria-mente, das 10h às 22h |

A rede Magic Game montou um parque baseado no concei-to family entertainment, no qual os pais brincam com seus filhos. Haverá brinquedos clássicos e no-vidades. Entres eles, Magic Torre, um elevador que despenca giran-do, Auto Pista, uma pista de carri-nhos elétricos, Chapéu Mexicano, com cadeiras em volta de um eixo que giram em alta velocidade, e Kid Ride, voltado para crianças de até seis anos.Praça de eventos do iguatemiR$ 3 a R$ 5 | 3289-9292

l Arroio do Sal: Sábado (15): Banda Marauê. Reggae. 22h. Sede. | eclipse fatal. 22h. Praia Azul | Quarta (19): A casa faz a festa. Sarau. Calçadão Rua Boa Vista | Quinta (20): cine-ma infantil. 15h. cinema adul-to. 21h. Centro Ágora do Arroio | Sexta (21): Show Balanço de Galpão. 22h. Bairro Jesus | Bi-blioteca e Tele centro. De segun-da a sexta, das 14h às 20h |

l 5ª na Praça | Quinta (20), a partir das 19h |

Participam o cantor Gardelito, Grupo Legado Gaúcho e Ernesto Nunes.Praça XV de novembro - TorresEntrada Franca | Centro, próximo aos Camelôs

AinDA eM TORReS: Sába-do(15): Lançador de foguetes. Teatro. 19h. Praça Pinheiro Ma-chado | Monstras S.A. Teatro. 21h. Centro Municipal de Cul-tura | Domingo(16): Boraim-bolÁ Luau. Arte circense. 20h30. Praça Pinheiro Machado | Quin-ta(20): festa no Templo Reino de iansã. 21h. Bairro Centenário | Sexta(21): The Towers Band. Pop. 19h30. Casa de Verão Band/Sesc | Sobre Saltos de Scarpin. Teatro. 21h. Centro Municipal de Cultura |

Trabalhos delicados em vidro serão expostos na Galeria Municipal; Grupos de teatro podem se inscrever para o 13º Caxias em Cena a partir de segunda

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O nome de musa da arte não tem origem na obra de Da Vinci – veio de “mono”, único –, mas bem que poderia ter. Formada em Artes pela UCS, Mona estudou História da Arte na Espanha, conservação de bens culturais na itália e artes audiovisuais na Colômbia. Dançou ballet clássico, sapateado e fla-menco, mas apaixonou-se pelas artes visuais. Mona coordena a Escola Preparatória de Dança, a comis-são de Artes Visuais que avalia os projetos do Fi-nanciarte; representa as Artes Visuais no Conselho de Cultura; promove artistas e espaços culturais com a curadoria independente que leva o seu nome e atende telefonemas entre uma reunião e outra. A curadoria independente, que já colocou mais de 15 novos e talentosos artistas na vitrine e no mercado, é a principal aposta de Mona. Esse braço levantado na foto representa o logotipo e o conceito da marca: um pulso firme – e sempre adornado – para carre-gar com cuidado e nobreza as preciosidades da arte.

A escola que transpira notas musicais de todos instrumentos e estilos vai completar um ano no primeiro trimestre de 2011. A Acordes Atelier Musical (13 de Maio, 1.392, fone 3419-0601) ofe-rece cursos de férias que iniciaram nesta semana e também abriga saraus de jazz – estilo preferido dos sócios e componentes do Fernando Aver Jazz Trio. O instrumentista que dá nome ao conjunto foi absorvido pela harmonia sonora e instrumen-tos há 22 anos. Quando adolescente, rock n’ roll era dedilhado na guitarra. Mais tarde, o jazz se tornou mais do que uma paixão: foi uma tendên-cia natural, como os improvisos característicos do estilo.

Não é por acaso que Lauro Antonio Ferreira da Silva carrega o apelido Guerreiro. A garra com que defendeu o Juventude ao longo de 17 temporadas é traduzida na vida pessoal como dedicação a tudo aquilo que gosta e acredi-ta. No topo da lista de predileções do joga-dor a família tem posição inquestionável – o pequeno João Pedro, cinco anos, desde bebê é seu fiel escudeiro. Lauro fez de um hábito corriqueiro, uma peculiaridade. Aplicado que é, não bastou apreciar a música nativista, que funciona como ligação com os campos de Alegrete, a terra natal. Há anos passou a tocar violão, estudando o instrumento e os rebus-cados dedilhados do ritmo. Da soma de gosto pela música e amor pela família, nasceram algumas composições dedicadas ao filho e à mulher, Manuela.

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Lagoa do Rizzo |Loca-lizado em um dos bairros mais afastados do Centro, o Parque da Lagoa é um dos mais bo-nitos da cidade. Agora, quem frequenta o espaço para o chi-marrão de domingo pode levar uma garrafa térmica menor e erva-mate extra. Um quiosque recém inaugurado, também oferece água quente. Um pe-queno deck é o lugar onde se pode ficar mais próximo da la-goa. A água parece limpa, aos olhos de quem admira a paisa-gem. No entanto, não beba, não se banhe, não pesque.

cinquentenário | Também tem água quente para o chimarrão no parque dos leões, no final da Via Vêneto. Playground para as crianças, sombra para os adultos e cancha de bocha...

ucS | Talvez a principal contribuição comunitária da UCS seja a infraestru-tura de lazer. Aos finais de semana, a Cidade Universitária relaxa e se recupera da overdose de carros e trânsito de alunos. Os arredores do zoológico, da lagoa e todo o grande quintal da UCS ficam disponíveis para os pés na grama e cuia na mão. Em qualquer lugar em que se esteja, há um belo jardim ao lado, um chafariz ou uma cascata, ainda que artificiais.

Parque dos Macaquinhos | Com rampas de skate, ciclovia, quadras de basquete e vôlei de areia, academia da terceira idade e equipamentos de alonga-mento, o parque mais frequentado da ci-dade parece ideal para os esportistas. Mas também há estrutura para os adeptos de programas mais sedentários: sombra e água quente – na temperatura certa para o chimarrão, ao lado da lancheria (!).

centro esportivo do Sesi | Vale a pena ir até o bairro Fátima para curtir o fim de tarde à beira do Complexo Dal Bó. O parque não oferece uma grande estrutura para o lazer, mas a paisagem da represa compensa. Aos do-mingos, o Sesi oferece atividades de recreação infantil, oficinas de artesanato e massagem. Uma cerca na margem evita acidentes ou impulsos de quem curte o verão longe da praia.

fim de tarde | Chimarrão

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O Juventude fez uma preparação de 83 dias. O Caxias, de 46 dias. Os técnicos Beto Almeida e Lisca garantem que suas equipes estão prontas para a estreia no Gauchão 2011. A direção do Ju contratou seis jogadores – o lateral esquerdo Anderson Pico, o volante Jardel e os atacantes Telê, Denílson, Zulú e Alvaro (uruguaio). No total, Beto Almeida tem 32 jogadores no gru-po, sendo que três deles (Ramiro, Follmann e Bressan) disputam a Copa São Paulo de Futebol Júnior e outros cinco (Alex Teles, Moisés, Celsinho, Jander e Hiago) recupe-ram-se de lesões e cirurgias. São três goleiros, seis zagueiros, quatro

laterais, seis volantes, seis meias e sete atacantes.

no caxias, foram oito contra-tações – vieram o goleiro André Sangalli, o lateral direito Patrício, os zagueiros Edson Rocha e Van-derlei, os volantes Bruno e Felipe e os atacantes Waldison e Lima (este o mais recente; desembarcou no Centenário no dia 11). Ao todo, Lis-ca tem 29 jogadores à disposição, sendo três goleiros, seis laterais, três zagueiros, seis volantes, quatro meias e sete atacantes e centroa-vantes – incluídos aí Everton e Pa-lacios, que estavam emprestados e retornaram ao clube.

Na pré-temporada grená, a equipe venceu dois jogos-treino (6 a 0 sobre o Da Rocha e 3 a 0 no Sindi-cato dos Atletas Profissionais do RS). O único amistoso foi contra o Canoas – goleada grená de 4 a 0.

Os papos realizaram mais tes-tes: foram seis amistosos e dois jogos-treino, sendo cinco vitórias (4 x 3 no Santa Cruz, 1 x 0 no Nacional-AM, 2 x 1 no Veranó-polis, 3 x 0 no Novo Hamburgo e 1 x 0 no Serrano de Canela), duas derrotas (4 x 1 para o Porto Ale-gre e 2 x 1 para a Marcopolo) e um empate (0 a 0 com o inter B).

O Ju estreia no Gauchão o novo fardamento fornecido pela Dal-ponte. Na noite de 12 de janeiro os uniformes foram apresenta-dos durante evento no Havana Café. O traje reserva tem listras horizontais verdes e brancas. A terceira camisa é verde-limão.

São 16 equipes divididas em duas chaves que disputarão 134 partidas, 80 delas transmitidas ao vivo em ca-nais abertos e fechados – vale lem-brar que este ano o Caxias não terá seus jogos transmitidos pelo pay-per-view. Os grupos: o Caxias, atual campeão do interior, está na Chave 1, ao lado de inter, Novo Hamburgo, Lajeadense, Ypiranga, São Luiz, São José e Canoas Sport Club. A Chave 2 é formada por Juventude, Grêmio, Porto Alegre, Santa Cruz, inter-SM, Veranópolis, Pelotas e Cruzeiro. Na primeira fase, a Taça Piratini, os clubes da Chave 1 jogam contra os da Chave 2. Confira os jogos da dupla CA-JU no primeiro turno.

Os jogos do Ju na Taça Piratini16.01 | 19h30: Juventude x São Luiz20.01 | 19h30: Canoas x Juventude23.01 | 19h30: São José x Juventude27.01 | 19h30: Juventude x Caxias30.01 | 17h: Juventude x Ypiranga02.02 | 17h: inter x Juventude06.02 | 19h15: Juventude x Novo Hamburgo13.02 | 17h: Lajeadense x Juventude

Os jogos do caxias na Taça Piratini16.01 | 19h30: Santa Cruz x Caxias20.01 | 20h30: Caxias x Pelotas23.01 | 17h: Caxias x Cruzeiro27.01 | 19h30: Juventude x Caxias30.01 | 17h: Veranópolis x Caxias02.02 | 20h30: Caxias x inter-SM05.02 | 17h: Grêmio x Caxias13.02 | 17h: Caxias x Porto Alegre

O atacante Washington, for-mado nas categorias de base do Caxias e conhecido como Co-ração Valente devido aos pro-blemas que teve, anunciou na quarta (13) sua aposentadoria.

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por FABIANO [email protected]

ano de 2010 foi duro demais para a torcida esmeraldina. Quase caiu para a Segundona gaúcha, foi eli-minada da Copa do Brasil e, o pior, acabou rebaixada para a Sé-rie D do Campeonato Brasileiro. A direção do Juventude permane-ceu, recolheu os pedaços, mante-ve parte do grupo de jogadores, contratou outros seis atletas e o desafio está lançado: apresen-tar um desempenho no mínimo igual ao orgulho que o juventu-dista mais ferrenho tem quando veste a camisa alviverde para ir ao Jaconi. Este orgulho o volante e capitão do time tem. Umberto, que chorou em Criciúma no ano passado, após aquele empate em 1 a 1 que decretou o descenso à quarta divisão, está confiante no trabalho desenvolvido desde o fi-nal de outubro para a disputa do Gau-chão.

Experiente, o jo-gador de 31 anos, formado em 1997 nas categorias de base do então Etti Jundiaí-SP (hoje Paulista-SP), atuou a maior parte da carreira em equipes de São Paulo, como Marília, Atlético de Sorocaba e Guarani. Antes de vir para o Ju, estava no ituiutaba, de Minas Gerais. Natural de Vilha Velha (ES), Umberto Lourenço Louzer Filho é volante, mas sem-pre gostou de jogar como terceiro zagueiro, atual esquema mantido pelo técnico Beto Almeida. “Jo-gando mais atrás é possível ver melhor o jogo e orientar os com-panheiros. Como gosto de falar bastante e cobro durante as parti-das, naturalmente os treinadores me dão a braçadeira. É uma gran-de responsabilidade ser o capitão”, resume Umberto.

O jogador começou como titular no Juventude na equipe do então treinador Osmar Loss. Uma lesão no joelho direito, no início de março de 2010, afastou-o por um mês, o que o fez perder a vaga.

Com a chegada de Beto Almei-da, a titularidade – e a liderança – foram reconquistadas. “Nosso ambiente de trabalho está bom. Todos têm abertura com o Beto; estamos positivos. Claro que essa sequência de bons resultados nos amistosos ajudou o grupo. É uma prova de que o trabalho que es-tamos desenvolvendo está dando certo”, afirma Umberto, casado com Mariana e pai da pequena Melissa, de apenas um ano e nove meses. “Elas estão em São Paulo e em breve estarão morando co-migo”, conta, satisfeito. Desde que chegou no Ju, o jogador mora so-zinho – nas folgas, voa direto para se encontrar com a família.

Uma amostra da confiança dos jogadores foi na derrota sofrida para o Porto Alegre, 4 a 1, amisto-so realizado no dia 20 de novem-bro no Jaconi. “Não houve deses-pero. Continuamos a trabalhar e,

em seguida, ocorreu um salto de produti-vidade”, conta. Ago-ra, só o que pode atrapalhar um pou-co é a expectativa da estreia. “Essa ansie-dade existe porque ficamos um bom período treinando. Precisamos estrear bem em casa, dian-te da nossa torcida, pois logo em segui-

da teremos dois jogos fora e, de-pois, o clássico CA-JU”, lembra o capitão.

O Ju estreia no Gauchão às 19h30 deste domingo (16), contra o São Luiz de ijuí. Um-berto garante que já conversou com os companheiros, maioria remanescente de 2010. Para ele, existem duas coisas negativas na carreira de um jogador de futebol profissional: lesões e rebaixamen-to. “Absorvemos tudo o que de negativo aconteceu. O aprendi-zado foi muito grande. Sabemos que temos de entrar em campo e não errar. Temos de fazer tudo diferente. É difícil um clube dar essa oportunidade. Hoje, para jo-gar no Juventude, é preciso fazer algo a mais”, discursa Umberto. É o que espera toda a papada.

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Capitão do Juventude, Umberto mostrou amor ao clube nas derrotas do ano passado. Em 2011, confia na recuperação

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20 15 a 21 de janeiro de 2011 Semanalmente nas bancas, diariamente na internet.O Caxiense

Umberto recuperou a vaga e a braçadeira com o técnico Beto Almeida

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por FABIANO [email protected]

olante ao melhor estilo marcador, vem da fronteira com a Argentina o provável capitão do Caxias para a disputa do Gauchão. O apeli-do não poderia ser outro: itaqui, mesmo nome da cidade onde nasceu. E o mesmo apelido do ir-mão, Jesus Cleiton Pereira da Sil-va, lateral direito que defendeu o Juventude – foi campeão da Série B em 1994 – e o Grêmio.

No tricolor, o itaqui mais novo, Odacir Pereira da Silva, 22 anos, foi promovido ao grupo profis-sional em fevereiro de 2007 pelo então treinador do Grêmio Mano Menezes, hoje na Seleção Brasi-leira. E ainda no Grêmio traba-lhou nas categorias de base com o técnico Julinho Camargo, que comandou o Caxias na tempora-da 2010.

itaqui está no clube grená desde dezembro de 2009, mas sua ligação afetiva com Caxias do Sul é mais anti-ga. “Sempre vinha visitar meu irmão quando ele jogou aqui e, mesmo pe-queno, gostei da ci-dade”, conta itaqui, que aprecia o clima e arrumou mais um motivo para estabelecer raízes em Caxias: a namorada, Sabrina.

Além dos dois itaquis, a famí-lia tem outro jogador, de 20 anos, que também está no Caxias. Ge-rethes Cleucir Souza da Silva, as-sim como o irmão mais novo, é volante, estava na base grená e foi promovido ao grupo profissional neste ano. Para não confundir a equipe, Gerethes não será cha-mado de itaqui – o novo apelido é Gere.

Os jovens moram em Caxias com os pais, Moacir e Eva. “Saio do treino e vou para casa. Des-canso, tomo chimarrão com meus pais e canto hinos e louvores”, diz itaqui, um cristão que se “renova” na religião.

Além do Grêmio, itaqui atuou pelo Paulista-SP, Náutico-PE e Guarani-SP. Capitão da equi-pe júnior gremista, revezou a bra-çadeira no Caxias com Marcelo Costa no Estadual e na Série C de 2010. Ele garante: “A braçadeira não pesa. isso não é um privilégio, é uma honra”. Para este Gauchão, que se inicia para a esquadra gre-ná às 19h30 de domingo (16) – a estreia será fora de casa, em Santa Cruz do Sul, no Estádio dos Plá-tanos, contra o Santa Cruz –, ita-qui acredita que a cobrança será maior do que a de 2010, quando o Caxias avançou até as quartas de final da Taça Fábio Koff (2º tur-no). “Temos de superar o passado e ver o lado positivo. Para avan-çar, teremos de construir vitórias, uma após a outra, como em 2010. Construímos um castelo forte, mas pecamos no mata-mata.

A confiança é grande dentro do vestiário, e isso é importante quando tratamos de futebol”, argumenta o volan-te.

Para itaqui, o jogo mais importan-te do campeonato será a estreia dian-te da torcida. E ela ocorrerá às 20h30 do dia 19 de janei-ro, contra o Pelotas.

“Posso dizer que é essa a partida que representará o começo do ano. O grupo é maduro, apesar de ser um pouco jovem”, constata o capitão.

Questionado sobre os erros do Caxias na temporada passada que não podem se repetir este ano, itaqui fica pensativo. Olha para o chão e, depois de algum tem-po, avalia: “O caso da Copinha é à parte e prefiro não comentar. Mas no Gauchão e na Série C... É difícil falar. Fizemos as coisas certas, mas no final um passe er-rado, uma bola que não entrou, e acabamos eliminados. Não pode-mos errar. Quem acertar mais, irá ganhar. Na pré-temporada plan-tamos coisas boas. Esperamos co-lhê-las dentro de campo agora”.

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“Temos de superar o passado e ver o lado positivo das coisas. Para avançar, teremosde construirvitórias, uma após a outra”, projeta Itaqui

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Volante do Caxias deve ser o capitão do time para a disputa do Estadual. Com apenas 22 anos, ele afirma que a braçadeira não pesa

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www.ocaxiense.com.br 2115 a 21 de janeiro de 2011 O Caxiense

“Construímos um castelo forte, mas pecamos no mata-mata”, diz Itaqui

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Recomenda

Recomenda

Recomenda

l Juventude x São Luiz | Do-mingo, 19h15 |

Após a vitória no amistoso com o Santa Cruz por 4 a 3, o time al-viverde está pronto para iniciar a disputa do Campeonato Gaúcho. Beto Almeida teve de fazer algu-mas adaptações na equipe titular devido a lesões. Os laterais Celsi-nho e Alex Teles estarão de fora da estreia. Assim, o Ju deverá iniciar com: Jonatas; Bruno Salvador, Umberto e Fred; Rafael Pereira, Jardel, Anderson Pico, Cristiano e Tiago Silva; Júlio Madureira e Jean Coral. Alfredo JaconiEntrada: R$ 20 e R$ 10 estudan-

tes e idosos | Hércules Galló, 1547, Centro

l Santa cruz x caxias | Do-mingo, 19h30 |

O técnico Lisca já havia defi-nido na última semana a equipe que estrearia no Gauchão contra o Santa Cruz. A única dúvida era com relação ao companheiro de Everton no ataque. Ao longo dos últimos treinos, a questão foi resolvida. Pedro Henrique é o titular da vaga. O Caxias deve começar com: Matheus; Patrício, Édson Rocha, Neto, Edu Silva; Fe-lipe Gonçalves (Marcos Rogério), itaqui, Edenílson e Rodrigo Pau-lista; Pedro Henrique e Everton.estádio dos PlátanosR$ 20 geral e R$ 10 estudantes e idosos | Gaspar Silveira Martins, 1.448, Santa Cruz do Sul

l 3º Torneio de Xadrez | Sá-bado, 8h30 | Torres

Teste a sua capacidade coman-dando torres, bispos e peões. A competição é aberta para pessoas de todas as idade, sendo necessá-rio saber apenas as regras básicas do xadrez.casa Sesc estação de Verão2kg de alimento não perecível

l Taça Modamar AST | Sába-do e domingo, a partir das 11h | Torres

As ondas da Praia dos Molhes receberão uma centena de fre-quentadores neste final de sema-na. isso porque será realizada a 3ª etapa do Circuito inter Associa-ções 2010, nas categorias Open, Júnior, Mirim, iniciantes, Master, Sênior, Feminino, Longboard,

Universitário e Surdo, esta última criada pela Associação dos Surfis-tas de Torres. Entrada gratuita

l campeonato Praiano de futebol | Domingo, 14h15 | Torres

Os jogos serão na arena monta-da na Praia Grande. Para o dia de abertura, estão programados seis jogos. A competição segue até 27 de fevereiro, sempre aos domin-gos.Entrada gratuita

l Beach Soccer | Domingo, 15h | Arroio do Sal

Na 2ª rodada, a equipe Luso en-frenta os Galáticos, e o Mercado Avenida joga contra o time Val-dir, todos na categoria Livre. Na Master, um único jogo neste do-mingo: Figueirinha x Galáticos. Entrada gratuita

22 15 a 21 de janeiro de 2011 Semanalmente nas bancas, diariamente na internet.O Caxiense

Competição de surfe deve reunir mais de 100 atletas na Praia dos Molhes, em Torres, no final de semana

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Guia de Esportespor José eduardo coutelle | [email protected]

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Renato [email protected]

A constatação é das entidades representativas do comércio ca-xiense. Apesar do esquema especial montado pela Brigada Militar, a recente Operação Papai Noel apre-sentou um aumento de 7,84% no número de furtos e roubos pratica-dos no comércio, em comparação ao mesmo trabalho, em 2009.

Foram 55 ocorrências contra 51 registradas na operação anterior.

Aliás

Apesar de ser definida para assumir a 4ª Coordenadoria Re-gional da Educação na semana passada, a professora Márcia Fer-nandes só responderá pelo cargo a partir desta segunda-feira (17). Encontra-se no litoral de Santa Catarina, em período de férias.

A segunda etapa para efeti-vação das matrículas na rede estadual de ensino encerrou-se na última sexta-feira (14).

Comissão de Educação da Câ-mara de Vereadores está empe-nhada em recolher 1 mil livros didáticos para abastecer a biblio-teca da futura Escola Estadual de Ensino Médio da Vila ipê.

A constituição de uma biblio-teca é requisito exigido pelo Conselho Estadual da Educa-ção para o funcionamento da escola, a partir de março.

No ano passado, 113 áreas da cidade foram consideradas ina-dequadas para habitação, embora estivessem sendo ocupadas por moradias precárias. A fiscaliza-ção para evitar essa prática tam-bém foi considerada precária.

Mudou algo de lá para cá?

O deputado estadual eleito Al-ceu Barbosa Velho (PDT) mostra sua força. Além de passar a ter 16 cargos de assessorias políticas de seu gabinete na Assembleia para espalhar pela região, já emplacou a indicação da nova coordenadora regional da Saúde. Solange Sonda é da mesma ala pedetista de Alceu.

A movimentação do ex-vice-prefeito de Caxias parece ter um objetivo claro: a eleição municipal do ano que vem.

Passado o episódio da votação do aumento aos salários dos parlamen-tares, os deputados caxienses Gil-berto Pepe Vargas (PT) e Ruy Pau-letti (PSDB) veem-se envolvidos em outro tema lamentável: a concessão de passaportes diplomáticos para familiares de políticos. E, mais uma vez, ambos ficaram mal na foto.

Privilégio do poder: Pepe pe-diu o documento especial para a filha; Pauletti, para a esposa.

A primeira reunião-almoço da Câmara de indústria, Comércio e Serviços (CiC) de Caxias do Sul deste ano, no próximo dia 24, deverá ter no cardápio um tema recorrente: segurança.

Nada mais justo do que contar com a presença do novo secretário estadual, Airton Michels, para falar a respeito dos planos para a área.

O futuro comandante do Co-mando Regional de Policiamento Ostensivo (CRPO) da Serra, coronel Nicomedes Barros Vieira Júnior – ou simplesmente coronel Barros –, solicitou transferência para Caxias do Sul depois de conhecer os núme-ros/índices da criminalidade local.

Confiante, vem disposto a utilizar seu perfil operacional para reverter esses números.

coordenadoria Biblioteca básica

Precariedade

Rumo à prefeituraPela família

Tema recorrente

Confiança

As modificações no secretaria-do municipal devem ficar para as próximas semanas. A única certeza é de que haverá uma mexida, a co-meçar nas secretarias técnicas.

Mas, as especulações – naturais em períodos de mudança – apos-tam na volta do atual secretário da Educação, Edson da Rosa (PMDB), para a Câmara de Vereadores. E na ida do vereador Edio Elói Frizzo (PSB) para o governo.

Aliás, uma pergunta frequente nos corredores da prefeitura mostra essa possível mudança como fato consumado: qual a secretaria a ser

ocupada por Frizzo?

As mudanças no secretariado têm como alvo as eleições muni-cipais do ano que vem. Aliás, des-pontam os nomes de colaboradores diretos do prefeito José ivo Sartori (PMDB) para disputar a sucessão: Alceu e Edson Néspolo, pelo PDT; Carlos Búrigo e Mauro Pereira, pelo PMDB.

A ideia é manter a base que ele-geu Sartori, para dar continuidade ao trabalho do atual governo. Essa proposta não lembra outra recente eleição?

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Vamos trabalhar para aprovar, entre outras propostas, o fim do voto

secreto e do fator previdenciário. Queremos garantir também o mesmo reajuste do salário mínimo para os aposentados.

Senador caxiense Paulo Paim (PT), ao anunciar a renovação de suas bandeiras políticas para 2011.

www.ocaxiense.com.br 2315 a 21 de janeiro de 2011 O Caxiense

O governo Sartori está focado em grandes (e bem-vindas) obras, como o Complexo do Marrecas e o asfaltamento de estradas do interior. Mas a cidade – e líderes de bairros reunidos no Conselho da UAB reclamam disso – ressente-se da falta de manutenção.

Recolocação de paralelepípedos, troca de lâmpadas da iluminação pública, cobertura de buracos abertos por asfalto que se rompe são obras pequenas, mas fundamentais para o dia a dia da cidade.

cotidiano

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