Edição de Agosto/Setembro

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Mensário da Junta de Freguesia Agosto/Setembro#2012 Ano VIII Edição N.º 90 Director José Carlos Gomes Editor Ângela Duarte DISTRIBUIÇÃO GRATUITA noticiasdafreguesia.blogspot.com noticiasdafreguesia@gmail.com Moita da Roda Jovem desaparecido Última 800 anos Dia da Paróquia e da Freguesia em Setembro e mês da juventude em Outubro P3/5 Dia da Defesa Jovens de 1994 convocados P7 ÂNGELA DUARTE Paróquia Inaugurada imagem de Cristo Rei e reaberta igreja da Nossa Senhora da Boa Morte P7 Achados arqueológicos no adro da igreja P5 É dis Festa d foi mai Elas estão de volta Últ. Depois do que se viu na Festa das Colectividades e Tasquinhas de 2011, como será este ano? ARQUIVO

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NOTÍCIAS DA FREGUESIA DE SOUTO DA CARPALHOSA

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Mensário da Junta de Freguesia Agosto/Setembro#2012 Ano VIII Edição N.º 90Director José Carlos Gomes Editor Ângela Duarte DISTRIBUIÇÃO GRATUITA [email protected]

Moita da Roda Jovem desaparecido Última

800 anos Dia da Paróquia e da Freguesia em Setembro e mês da juventude em Outubro P3/5

Dia da Defesa Jovens de 1994 convocados P7

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Paróquia Inaugurada imagem de Cristo Rei e reaberta igreja da Nossa Senhora da Boa Morte P7

Achados arqueológicos no adro da igreja P5

É disto que o meu povo gosta!Festa das Colectividades e Tasquinhas foi mais e melhor do que aqui recordamos P5

Elas estão de volta Últ.

Depois do que se viu na Festa das Colectividades e Tasquinhas de 2011, como será este ano? ARQ

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opiniãonotíciasdafreguesiadeagosto&setembrode20122

Abertura

José Carlos Gomes

As palavras do senhor prior

Padre José Baptista

Espaço sáude

Dr. Gustavo Desouzart*

O que é a Medicina Tradicional Chinesa?

Muitos pacientes quando me procuram para realizar uma consulta de Medicina Chinesa questionam, “mas o que é isto de Medicina Chinesa? Como funciona? Para que serve e atua?” Para esclarecer e cla-rear um pouco o que significa a Medicina Tradicional Chinesa (MTC), trago-vos um artigo do site medicinachinesa.net, escri-to em 2006, que exemplifica e clarifica estas questões.

A MTC é uma medicina energética, ou seja, toma como base a existência de

uma estrutura energética para além do corpo físico, e afirma que no nosso corpo a energia circula por canais que têm pontos específicos que, ao serem puncturados, reorgani-zam a circulação energética de todo o corpo. A doença, por sua vez, é sempre uma desorganização da energia funcional que controla e dina-miza os órgãos e vísceras.

Toda a cultura chinesa assenta em duas teorias base: a teoria do yin/yang e a teoria dos cinco elementos (madei-ra, fogo, terra, metal e água). Toda a visão do mundo dos chineses nasce a partir destes dois princípios básicos. A me-dicina chinesa, como legado cultural chinês, aplica estes princípios à compreensão da natureza e do corpo humano, e a partir daí constrói o seu corpo de saber científico tra-dicional.

Largamente estudada e re-conhecida pela Organização Mundial de Saúde (OMS), a MTC possui hoje, mesmo a nível Ocidental, um valor inegável. De tal modo que a própria

OMS emitiu, já há alguns anos, uma lista em que reconhece a sua eficácia em patologias tais como:

- Bronquite, pneumonia, asma, rinite, sinusite, hiperten-são arterial;

- Úlcera peptídica, disfun-ção biliar, diabetes mellitus, acne, dermatite, reumatismo;

- Má posição fetal, hemor-róidas, celulite, obesidade, in-sónias, obstipação, alcoolismo, dores articulares, prostatite, in-continência urinária e fecal;

- Enurese, síndrome de mé-nierre, ciática, nevralgia do trigémio, polinefrite, cefaleias, depressão, neuroses psíquicas, torcicolite, tenossinovite, taba-gismo;

- Gripe, tosse, tonturas e vertigens, tinitus (zumbidos), angina de peito, otites, impo-tência sexual, problemas mens-truais, síndrome menopausica e patologias da mama.

Em que consiste uma consulta de MTC?

Numa consulta de MTC é feito um diagnóstico energé-tico demorado e completo

que inclui o exame dos pulsos, o exame da língua e um diá-logo que ajude a clarificar os sintomas e causas presentes (tendo em conta também o contexto social do paciente).

Quando completo o diagnóstico, o especialista prescreve os tratamentos mais adequados, numa perspectiva de integração das várias téc-nicas de MTC: Acupunctura e Fitoterapia. É provável que o paciente receba ainda algumas recomendações de Dietética. Pode acontecer também que lhe seja recomen-dado iniciar uma prática pesso-al de Ginástica Energética (Chi kung) e Massagem Energética (Tui Ná).

“Quando encontrar um local que não tem acesso à cadeira de rodas significa que este local pode ser chamado de DEFICIENTE.” (Autor desco-nhecido).* Acupunctura Tradicional

Chinesa

Crianças com asas

Um parque de hospital. Um jovem que tenta em embara-çosa situação, como já terá acontecido a muitos de nós, a tentar pagar cinquenta cên-timos pelo estacionamento, e uma máquina que não lhe aceita o dinheiro. Só depois percebeu que não aceitava notas para pagar aquele valor. Duas pessoas à espera que ele libertasse a máquina: uma senhora, e depois eu. Na atrapalhação, vai para ir ao carro ver se tinha moedas. O ticket de estacionamento está lá dentro da máquina engolidora de moedas. Ele e ela ficam atarantados a ver se o tiram, mas nem estavam a ver que era preciso anular a operação.

“E agora, como é que se tira?”, pergunta a senhora, à minha frente, sem ter pensado. Avancei, estiquei o braço e dis-se “assim”, enquanto metia na ranhura uma moeda de dois euros. Logo saiu o almejado papel e uma data de moedas negras, que me foram devolvi-das em troco.

“Eu é que não tinha cin-quenta cêntimos”, disse a senhora, enquanto o rapaz se desfez em agradecimentos e foi ver se encontrava alguma moeda no carro para me dar

pelo que tinha pago.Sorri, por dentro, com a

conversa da mulher, que ti-nha dois euros na mão, como eu. Sorri e fiquei a pensar com os meus botões, uma vez que não tinha mais ninguém com quem trocar os pensamentos. Logo a mente me foi buscar a ideia de que realmente nós nos “desprogramámos” na capacidade de, num ins-tante, pensarmos em ter um gesto altruista. Não duvido de que daria ao atrapalhado rapaz o dinheiro para o esta-cionamento. Simplesmente não foi suficientemente rápi-da de pensamento e decisão. Estragou toda a pintura foi no momento em que, uma vez mais sem aproveitar de bom senso, disse que o problema era não ter ali cinquenta cên-timos. O silêncio seria de ouro, muito mais valioso que quais-quer valor que pudesse ter.

Intenção boa, imagem má como resultado, como se um artístico Cristo tivesse sido restaurado por uma qualquer velhinha cheia de intenção boa e santidade bastante, mas trémula de mão e com-pletamente ignara no que se refere a arte.

Com certeza ninguém mais reparou na questão ou terá sequer ficado a magicar o problema como eu fiquei. Cabeça muito dada a ma-nigâncias de toda a espécie, repara em quase tudo, o que deve e não deve. Pode ou não ser verdade, numas situações será em em muitas outras não, mas o individualismo em que nos têm vindo a educar tinha que conduzir a isto: pensamen-to limitado ao eu, decisões em

função de mim mesmo, braços curtos para estender ao tu e… sorrisos que se não constroem. Sim, saí feliz daquele parque de estacionamento porque fiz um gesto que me não custou “nada” num sítio onde já me vi aflito sob a ameaça de não poder tirar o carro por me ter esquecido da carteira.

Gestos pequenos, sem im-portância e invisíveis. Mas esta atitude educativa produziu po-líticos e governantes, homens e mulheres de negócios, que não vêem à sua frente os interesses de um país e de um povo mas apenas os seus e os dos que lhes são mais próximos nas ideias. As consequências car-regam-nas os mais pequenos, sabemos todos de que forma.

É dramática a situação de muitos jovens e de suas famí-lias. Em tempos julgávamos que o mal e os “maus rumos” eram coisas lá de longe, so-bretudo das grandes cidades. Começou por ser, mas rapida-mente as suas raízes e conse-quências vieram plantar-se nos nossos campos para sugarem a vida dos maus incautos ou inseguros. Bate-nos à porta a dor, e faz desmoronar-se o âni-mo, a coragem e a esperança. Às vezes parece até que a dor dos outros não nos toca, como se não fossemos parte de um todo. É frio o nosso olhar como o são as reações, pois nos habi-tuámos a olhar o mundo como se mais ninguém existisse. É dramático esse vídeo que se espalhou via net mostrando um homem, ferido ou morto no passeio, e todos os outros que passam, não como se ele lá não estivesse, pois se des-viam dele. Não são parábolas

evangélicas, mas realidades do nosso mundo atual.

Mudar o mundo? Como se não podemos fazer nada? Não! Mudar a minha mente e a minha maneira de pensar por-que essas, ainda que bastante moldadas ao jeito da socieda-de, ainda me pertencem e de pensamento ainda somos livres. Reorientar olhares e modos de ver para nos não cegarmos na aura de perfeição que nos cerca e conseguirmos assim perceber os outros como reais e não apenas como sombras esbatidas e fantasmas que nos atormentam o dia e a noite.

Olhos abertos ao mundo levam à descoberta de ver-dades que sempre julgámos ser mentiras por nos termos deixado cegar por palavras enganadoras que a toda a brida se reproduzem na lama com que regámos o nosso interior.

Olhos abertos aos outros le-vam à descoberta de crianças que ainda sonham e querem ter asas para chegar às es-trelas, onde estão aqueles a quem amam.

Olhos abertos à proximi-dade levam à descoberta de gente que vive na nossa terra e que não vemos há muitos meses, anos talvez.

Corações abertos levam a acolher, em gesto repenti-no e atitude sincera, aqueles que junto de nós precisam de cinquenta cêntimos e aqueles que, no silêncio, precisam de uma mão e um olhar que os socorra.

Regresso às aulas

De ano para ano a população escolar vai reduzindo de forma acen-tuada. Esta redução é o reflexo da baixa taxa de natalidade que se vem ve-rificando nos últimos anos.

Como consequência vai sendo cada vez mais difícil organizar a CAF (componente de apoio à família), mais concre-tamente na ocupação dos tempos livres após o horário escolar. Os apoios que recebíamos das entidades oficiais e que de algum modo ajudavam a custear este serviços foram reduzidos drastica-mente o que obriga a que sejam suportados pelos pais e encarregados de educação na sua totali-dade. Devido ao reduzido número de pais interes-sados neste serviço, em muitas escolas este serviço torna-se economicamente inviável obrigando-nos a fazer contas e mais contas com alguma engenharia financeira à mistura para o conseguirmos por em marcha. Mesmo assim, tudo estamos a fazer para garantir o serviço a quem de facto dele necessita. Se em algumas situações pesar um pouco mais nos orçamentos familiares é porque de todo não pode ser evitado. É nossa con-vicção ser preferível irmos por esta via do que não disponibilizar e colocar à disposição dos pais esta facilidade.

“(...) tudo estamos a fazer para garantir o serviço a quem de facto dele necessita”

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social & necrologianotíciasdafreguesiadeagosto&setemebrode2012 3

Trabalhos da Junta

Durante o mês de agosto, executaram-se vários trabalhos um pou-co por toda a freguesia, nomeadamente:

- Limpeza de ruas no lugar de Várzeas;

- Trabalhos e arranjos na associação do Vale da Pedra;

- Limpeza pelas esco-las da freguesia;

- Limpeza de ruas no lugar da Moita da Roda.

necrologia

A liberalização dos merca-dos de eletricidade e gás natu-ral em Portugal é um processo em curso desde 2000, que vai entrar agora na sua fase final com a extinção gradual das tarifas reguladas para a gene-ralidade dos consumidores.

O modelo de extinção gradual das tarifas de venda a clientes finais visa criar condições para que os comer-cializadores possam oferecer eletricidade e gás natural num contexto de efetiva concorrên-cia, dinamizando a transição dos clientes para o mercado liberalizado.

A primeira fase da extinção das tarifas reguladas de venda a clientes finais começa a 1 de julho para os cerca de 950 mil consumidores de eletricidade com uma potência contratada igual ou acima dos 10,35 kVA e para os cerca de 146 mil con-sumidores de gás natural com um consumo anual superior a 500 m3 (escalões de consumo 3 e 4).

Todos os consumidores que se encontrem nestes seg-mentos poderão começar já a

escolher um novo fornecedor de energia em mercado, embo-ra tenha sido estabelecido um período transitório – que pode ir até ao final de 2014 – para que esta passagem se faça de forma gradual.

A 2ª fase de extinção das tarifas reguladas de venda a clientes finais inicia-se a 1 de janeiro de 2013 – com um período transitório que pode ir até ao final de 2015 – para os cerca de 4,7 milhões consu-midores de eletricidade com potência contratada inferior a 10,35 kVA e para os cerca de 1,1 milhões de consumidores de gás natural com consumo anual até 500 m3 (escalões de consumo 1 e 2).

Durante o período transitó-rio, os consumidores que ain-da não tenham optado por um comercializador de mercado continuarão a ser abastecidos de energia pelo comercializa-dor de último recurso com uma tarifa transitória fixada pela ERSE.

Os consumidores que es-colherem um comercializador em regime de mercado não

poderão voltar a ser forneci-dos pelo comercializador de último recurso.

Os consumidores economi-camente vulneráveis que, não querendo passar para o mer-cado, mantêm o direito a ser fornecidos por um comercia-lizador de último recurso com uma tarifa regulada pela ERSE.Estes consumidores podem igualmente mudar de comer-cializador, mantendo o direito de beneficiar dos descontos associados à tarifa social e ao ASECE- Apoio Social Extra-ordinário ao Consumidor de Energia.

O processo de mudança de comercializador é gratui-to, não exige a mudança de contador, e é tratado pelo novo fornecedor de energia, não devendo esse processo ultrapassar o prazo máximo de três semanas.

Para mudar de comercia-lizador de energia, os consu-midores poderão consultar no site da Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (www.erse.pt), a lista das empresas que estão a operar no

mercado e deverão estar aten-tos às ofertas comerciais dos vários comercializadores.

A extinção das tarifas de venda a clientes finais significa que os preços de venda da ele-tricidade e de gás natural dei-xam de ser fixados pela ERSE, passando a ser definidos pelo mercado, no qual cada co-mercializador fará ofertas com preços diferenciados em regime concorrencial.

O regime de extinção das tarifas de venda a clientes finais não é aplicável aos clientes de energia elétrica dos Açores e da Madeira, pelo que as condições de fornecimento de energia elétrica na Regiões Autónomas não sofrem alte-rações.

Os consumidores que te-nham dúvidas ou pretendam reclamar de alguma questão relativa ao contrato de for-necimento podem contactar a ERSE.

Enviado por J. Domingues

Extinção das tarifas reguladas de eletricidade e gás natural

Emília Ferreira Duarte, 86 anos, faleceu no dia 31 de julho. Residia em São Bento e era viúva de Manuel da Silva Pascoal. Foi a sepultar no cemitério do Vale da Pedra.

Manuel Carreira Júnior, 83 anos, faleceu no dia 12 de agosto. Residia no Vale da Pedra e era casado com Maria do Carmo Fernan-des Rodrigues Carreira. Foi a sepultar no cemitério do Vale da Pedra.

Fotolegenda Momentos da festa no Souto da Carpalhosa (3 e 5 de agosto). Pedro Jerónimo

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Fragmentos de História (III)

Reconstrução da Igreja e residência paroquial

Por volta do ano de 1853 a igreja paroquial encontra-va-se em risco de desabar e necessitava de uma grande intervenção. A residência pa-roquial também não oferecia segurança nem condições de alojamento. Como referi no apontamento anterior, não existia distinção entre a estrutura religiosa e civil e a reconstrução da igreja apare-ce como um desígnio de toda a comunidade do Souto, no intuito de oferecer alguma dignidade e condições para a prática do culto numa igreja em risco de ruinas. Entre 1853 e 1873, foram várias as diligências concebidas junto das popula-ções locais e entidades para principiar as obras e “...evitar maiores despesas que ocasio-naria o desabamento total da igreja”. Socorrendo-se do art.º 325º do código administrativo em vigor naquela data, foi en-dereçado um pedido, através da Câmara, ao Governador

Civil de Leiria para autorizar a junta da paróquia a lançar “uma derrama ou finta”(i) pelo período de 3 anos. A cobrança proveniente desta derrama fazia parte das recei-tas extraordinárias. Era elabo-rado um orçamento do custo total das obras e submetido ao Conselho Distrital. Quando este meio não era suficiente podia ainda a junta da paróquia contrair um empréstimo. Este era dirigido ao rei através de requerimento “do ministério dos negócios eclesiásticos” acompanhado de uma ata da junta da paróquia onde era expressa a necessidade do mesmo.

No dia 25 de Agosto de 1858, a junta aprova um orça-mento “elaborado por dois pe-ritos” no valor de um conto de reis. A derrama foi aprovada e cobrada entre 1860 e 1863. Os vogais foram nomeados co-bradores e mantinham a sala das sessões abertas todo o dia para que as pessoas pudessem pagar. As obras de restaura-ção da igreja iniciam no ano de 1860 e foram suspensas no ano de 1863 por falta de meios. Nestes três anos foram gastos “um conto cento e trinta e um mil seiscentos e oitenta e seis reis”. O resultado da derrama lançada aos “fregueses”(ii) ficou muito aquém do espe-rado, muita dessa derrama

foi para “relaxe”(iii), ficou por cobrar e ocorreram muitos au-tos para intimar os “fregueses” a pagar porque a população vivia essencialmente da agri-cultura e os recursos não abundavam.

“Havendo necessidade de continuar as obras” a junta da paróquia recorreu a outras iniciativas.

Numa sessão extraordinária do ano de 1863, comparece-ram a pedido do pároco os proprietários mais abastados da freguesia para darem o seu parecer sobre a possi-bilidade de se contrair um empréstimo(iv). Entre eles esti-veram presente Manuel Alves Duarte, António de Sousa e Luiz Domingues do Souto, Theotónio Pereira Serrano de São Miguel, Manuel Ferreira da Carpalhosa, Miguel António das Várzeas, Manuel Fernando da Carreira, Joaquim Rodrigues da Lagoa, Theotónio Gaspar do Casal, Luiz Domingues dos Conqueiros e Joaquim da Silva Ginja da Moita da Roda. Desta reunião sai o compromisso de um empréstimo à junta da pa-róquia subscrito por António de Sousa com 24.965 reis, José Gaspar com 18.000 reis Manuel Alves Ferreira com 60.000 reis e Luiz José Alves(v) com 2.085 reis. As obras reiniciaram mais tarde e iam avançando conforme a

disponibilidade financeira, mas são de novo interrompidas pela morte de Pe. Luiz P. Castanho dos Santos. Entre 1872 e 1873 passaram pela paróquia dois padres: António de Almeida e Castro que aparece como coadjutor e António José dos Santos pároco apenas um ano. É precisamente com estes dois clérigos que as obras da igreja conhecem um novo impulso. A sessão da paróquia com data de 14 de Setembro de 1873, onde estiveram presen-tes muitos cidadãos, revela-se determinante para a obten-ção de apoio do rei(vi). Dessa sessão é lavrada uma ata em forma de abaixo-assinado que descreve de modo exaustivo as necessidades ao nível de madeiras para o soalho e al-tares. Juntamente com essa ata é elaborada uma carta a “implorar a sua majestade a especial graça de conceder do Pinhal

Nacional de Leiria ao me-nos as madeiras indispensáveis para a mesma obra ou um au-xílio equivalente ao valor das madeiras”. Para memória fu-tura registo os nomes de todos os subscritores da ata: António José dos Santos, presidente, Luiz José Alves, vice-presiden-te, os vogais António de Sousa e José Gaspar, o coadjutor António de Almeida e Castro e os cidadãos

Luiz de Oliveira, Luiz Pereira Sebastião, Joaquim da Silva Ginja, Manuel da Silva, Theotónio

Pereira Sebastião, José Francisco, João Alves Duarte, Joaquim Gil, Domingos da Silva, António

Gomes Ferreira e José Gil.Presume-se que em agos-

to de 1874 toma posse o novo pároco, Pe. Manoel Correa da Silva e juntamente com a nova junta, António de Sousa e Joaquim da Silva Ginja, vão dar continuidade às obras da Igreja e casa paroquial. (continua)

Luiz Ginja

(i) Imposto que em situações ex-cecionais era permitido às juntas da paróquia lançar às populações. Apenas eram obrigados a pagar este imposto quem residia na freguesia, possuía bens e pagava a “décima”, hoje imposto municipal sobre imóveis. Ver manual de direito administrativo das paróquias de António Xavier de Sousa Monteiro metade do século XIX.

(ii) O termo freguês era o utilizado para designar os habitantes da paró-quia e freguesia. Todas as palavras em itálico e entre aspas foram extraídas das respetivas atas.

(iii) Uma dívida relaxa quando não é paga dentro do prazo legal e vai para cobrança executiva.

(iv) Previsto no artigo 31 do código administrativo de 1855.

(v) Luiz José Alves, dos Conqueiros ou Ruivaqueira? Foi nomeado vice-pre-sidente em 02/1/1885.

(vi) Rei D. Luiz I 32º rei de Portugal (1861-1889) conforme referi no aponta-mento anterior.

Setembro é bem conhecido pelo regresso à rotina escolar. Uns que pisam o recinto es-colar pela primeira vez outros que recordam o espaço dei-xado meses antes. Ou então, os “mais crescidos”, que in-gressam no Ensino Superior, em busca de conhecimento na área profissional que desejam exercer, e que muitas vezes saem pela primeira vez de casa começando uma vida autónoma que, até então, lhes era desconhecida.

A conjuntura atual do país, também se torna fator decisivo – senão o mais deci-sivo – na hora de fazer esco-lhas para o ir para o Ensino Superior.

Como forma de dar res-posta à quebra de novos in-gressos no Ensino Superior, algumas instituições de ensino têm procurado soluções para atrair mais alunos. Vouchers da empresa Odisseias com pós-graduações em promo-ção na Universidade Lusófona

ou licenciaturas “2 em 1”, no ISLA, têm sido algumas das soluções apresentadas. Mas, será que a solução passa por aqui? Conheça a opinião de Magali Costa, da Assenha, docente no departamento de gestão e economia na ESTG (IPLeiria).

“Os austeros cortes orça-mentais, o aumento galopante da taxa de desemprego e a di-minuição substancial do poder de compra das famílias portu-guesas afeta drasticamente o funcionamento do sector da educação, particularmente o ensino superior (tendo este sofrido no presente ano um corte de cerca de 10% no or-çamento de funcionamento).

A solução adotada por muitas instituições, de modo a não pôr em causa a sua sustentabilidade económica ou financeira, consubs-tancia-se num conjunto de “campanhas” para a atração de novos estudantes (como por exemplo: vouchers da

Odisseias em pós-graduações na Lusófona, licenciaturas duplas, agora avançadas pelo ISLA e a diminuição do valor da propina de alguns mestra-dos, etc.).

Na minha opinião, a re-alidade pela qual atravessa-mos obriga as instituições de ensino superior a garantirem uma oferta formativa alarga-da, com um elevado nível de qualidade e principalmente ajustada ao mercado de tra-balho. Esta é a única via pela qual as instituições se podem diferenciar, permitindo col-matar a diminuição do núme-ro de estudantes.

A questão que se coloca, e olhando para o universo dos jovens portugueses é: “Será que para um jovem que termina o secundário, a obtenção de um grau superior é atualmente uma garantia de emprego remunatoriamente ajustado? Como escolher um curso que não nos encaminhe para a “infindável” lista de

jovens recém-licenciados que se veem obrigados a emigrar como fuga ao trabalho fora da sua formação?”

O conselho que deixo a qualquer jovem antes de tomar a decisão de qual o curso a ingressar, é pensar nas suas perspetivas futuras, o que é que gosta de fazer e o que se viria a fazer o resto da sua vida, de modo a não se tornar mais um de tantos profissionais desmotivados. Outra questão crucial é ve-rificar a taxa de empregabi-lidade do curso que pretende tirar (tal pode ser analisado em www.gpeari.mctes.pt). É fundamental também que os jovens não deixem de parte a hipótese de virem a ingressar num curso técnico profissio-nal. Estes apresentam uma taxa de empregabilidade sig-nificativa e podem ser uma alternativa educacional não menos desprestigiante.”

Ensino Superior Regresso às aulas… em promoção

DaTerra

Carlos Duarte

TerminarO outono espreita, primei-

ro uma brisa fria, depois uma folha cai, os alunos rumam à escola, colhem-se os frutos, prepara-se a lenha para o inverno.

Nos últimos 36 meses te-nho elaborado estas crónicas DaTerra com as quais procu-rei enviar aos leitores algum incentivo, tentando formar uma opinião que entenda pertinente e útil.

Não lamento o esforço, porque alguma semente terei semeado, e algum fruto haverá para colher. Espero não ter lançado muita lenha para a fogueira!

Este é o culminar deste ciclo. Agradeço ao NOTÍCIAS DA FREGUESIA a paciência com que me presentearam e os incentivos recebidos para continuar a escrever.

Tal como todos vós, tenho que começar outro caminho. Todos os dias podemos come-çar. Algum dia temos de co-meçar. Agora é o meu tempo para iniciar outro caminho. Este será o dia para alguém querer tomar o meu lugar e escrever neste jornal.

Um grande obrigado a todos.

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Durante três semanas, entre 20 de agosto e 7 de setembro, quem passou junto à igreja pa-roquial, certamente que reparou numas movimentações pouco ha-bituais junto à entrada da igreja. Como já havíamos referido na última edição, o mesmo deveu-se às escavações arqueológicas executadas no âmbito da inves-tigação para elaboração de uma monografia sobre o Souto da Car-palhosa que está a ser preparada no âmbito das comemorações dos 800 anos da paróquia e freguesia do Souto da Carpalhosa.

Segundo o arqueólogo Antó-nio Ginja, “a sondagem arqueoló-gica junto à torre sineira da igreja matriz do Souto da Carpalhosa revelou um nível térreo de aterro consistente com ações de obra, sob o qual se desenvolviam dois níveis distintos de enterramen-tos, o mais recente posterior à construção da torre sineira, o mais antigo anterior à fundação da mesma”.

Da sondagem foi exumado es-pólio bastante diversificado, entre contas de rosário, numismas, al-finetes e fragmentos cerâmicos. Estes elementos encontram-se agora em estudo para averigua-ção de cronologias, podendo já adiantar-se que alguns recuarão até à centúria de 1400.

Além deste espólio, foram detetados diversos enterramen-tos, um achado que exigiu o acompanhamento da antropóloga, Claudia Santos.

Os enterramentos, deposita-dos maioritariamente na posi-ção canónica (de rosto voltado para nascente) comprovam a já

conhecida utilização da área en-volvente à igreja como necrópole, atestando agora a antiguidade da mesma. A sondagem encontra-se entretanto em reserva, aguardan-do a visita da tutela dos trabalhos arqueológicos, a Direção Geral do Património Cultural, para encerramento da mesma e repa-vimentação do espaço aberto.

O trabalho desenvolvido não poderia ter sido concretizado sem a ajuda dos voluntários envolvi-dos nesta sondagem.

Rodrigo do Vale, dos Con-queiros, foi o primeiro voluntá-rio a envolver-se neste trabalho. Para o jovem de 14 anos, esta foi a primeira vez que se dedicou a um trabalho como este, e na sua opinião “foi uma experiência muito interessante e recomendava a todos que experimentassem”, lamentando apenas não ter estado mais tempo como desejava por motivos pessoais.

Também a Inês Silvério, assim que soube do trabalho que estava a ser desenvolvido, se apresentou para colaborar. “Foi a primeira vez que me envolvi em algo do género, mas sempre tive muita curiosidade por estas coisas de ossos e assim”, conta a jovem do Souto, referindo mesmo que a opção de arqueologia foi uma das que indicou aquando se candida-tava ao ensino superior. “É super interessante porque nunca se sabe o que sai de lá”, relata, afirmando ainda que foi uma forma diferente de passar as férias, que não em frente ao computador. Da expe-riência, ficou a vontade por des-cobrir mais espólio e, se possível, repetir a prática.

A professora de Biologia Ga-briela Domingues também esteve na sondagem arqueológica e só consegue definir a experiência de uma forma: “adorei, adorei!”, afirma, entusiasta. “Não poderia ter corrido de melhor forma, com tudo feito de modo muito profis-sional”, conta, acrescentando que a experiência também lhe foi muito útil, ajudando a compreen-der metodologias de trabalho de campo que lhe são muito úteis no âmbito profissional. “Foi espeta-cular”, remata.

A Junta de Freguesia e os responsáveis pela escavação desta sondagem agradecem a todos os locais a colaboração prestada, em particular aos voluntários que participaram ativamente nesta escavação.

AD

Inspeções técnicas de veículos com novo regime

O Decreto-Lei n.º 144/2012, de 11 de julho, aprovou o novo regime de inspeções técnicas e veículos a motor e seus reboques, transpondo a Diretiva n.º2010/48/UE, da Co-missão Europeia, de 5 de julho.

O novo diploma, a vigorar desde 10 de agosto, visa regular as inspeções técnicas periódicas, as inspeções para atribuição de matrícula e as inspeções extraordinárias de veículos a motor e seus reboques, previstas no artigo 116º do Código da Estrada, alargando o tipo de veículos a sujeitar a inspeção, nome-adamente a motociclos, triciclos e quadriciclos com cilindrada superior a 250 cm3, bem como reboques e semirreboques com peso superior a 750kg.

Assim, os motociclos, triciclos e quadrici-clos, conforme acima descritos, estão sujeitos a inspeção periódica quatro anos após a data da primeira matrícula até perfazerem oito anos e, depois, anualmente.

No que se refere ao regime de contraor-denações, optou-se pela aplicação do regime contraordenacional previsto no Código da Estrada (coima de 250 a 1250 euros), estabe-lecendo-se, no entanto, uma moldura de coima específica para as infrações que incidam sobre motociclos, triciclos e quadriciclos (coima de 120 a 600 euros).

O Governo aprovará brevemente diploma de regulamentação do decreto-lei ora publica-do, de modo a permitir a devida execução do mesmo.

Enquanto não forem substituídas pelas novas normas, mantêm-se em vigor as dispo-sições regulamentares aprovadas ao abrigo do Decreto-Lei n.º 554/99, de 16 de dezembro, agora revogado, que aprovou o anterior regime de inspeções técnicas de veículos.

Por seu lado, a Portaria n.º221/2012, de 20 de julho, veio estabelecer os requisitos técnicos a que devem obedecer os centros de inspeção técnica de veículos (CITV).

Fica revogada a Portaria n.º 1165/2000, de 9 de dezembro, que aprovou o regulamento do concurso público para instalação de centros de inspeção de veículos e definiu os requisitos e a tramitação processual conducente à respetiva aprovação. Enviado por J. Domingues

Fotolegenda Imagem do Cristo Rei, junto à Igreja Paroquial do Souto da Carpalhosa, inaugurada a 6 de agosto.

800 anos Dia da Paróquia e da Freguesia

30 de setembro, 16h00, na Igreja Paroquial de Souto da Carpalhosa

Missa e sessão solene de homenagem a ex-párocos e ex-presidentes

de Junta de Freguesia

Achados arqueológicos no Souto

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Opinião

Gastão Crespo

Uma crónica de vez em quando...

Orlando Cardoso

Nossa Senhora da Piedade

Desde há alguns anos que escolhi como destino de férias a Itália, tendo uma muito espe-cial predileção por Roma. Esta paixão pela velha capital do mundo antigo não acontece à primeira vista. A cidade vai-se apoderando do visitante pou-co a pouco, gradualmente como quem prova o que foge do gosto fácil, como se fosse uma arte que se aprende tal qual acontece com o paladar do vinho ou com os sons da música clássica.

Roma, para mim, é um amor recente, um elixir podero-so contra as maleitas da alma

que quanto mais se conhece mais se ama. E em cada vez que nela mergulho de novo descubro recantos desconhe-cidos sob o olhar espantado: uma inscrição despercebida diz-nos que ali viveu ou morreu alguém que foi importante na história de Roma, que é como quem diz na história de todos nós, entre tantas coisas.

Adiante e falemos do que hoje aqui nos traz e que é uma das grandes maravilhas da arte mundial, senão a maior. Refiro-me à “Pietá”, “Nossa Senhora da Piedade”, de Miguel Ângelo, o mais genial artista do Renascimento italiano, autor de obras extraordinárias como as pinturas da Capela Sistina. Mas esta escultura vale, por si só, uma visita à Basílica de S. Pedro, onde se venera na primeira capela à direita de quando se entra.

O material usado pelo seu autor foi o mármore e tem a particularidade de ser a única peça por ele assinada. Conta-se que ele, arquiteto da igreja de S. Pedro, regressava uma

noite a casa quando ouviu uma conversa entre algumas pessoas dizendo que a “Pietá” seria obra de um rival. Alta noi-te entrou na igreja e inscreveu o seu nome na aba mais visível do manto da Senhora.

As figuras de Jesus e de Maria provocam um enorme impacto ao visitante. São duas figuras que aparentam a mesma idade. Poderiam passar por irmãos, por namo-rados, por amigos próximos ou, como sabemos, mãe e filho unidos pela dureza do drama da morte que os atin-giu. A beleza da escultura é tal que leva o visitante a sair da imagem que vê, navegando noutra dimensão dos sentidos, em que a comoção chega às lágrimas. A voz enrouquece e entaramela-se e eu, que sou um cético, de repente sinto-me sozinho entre a multidão que espera a oportunidade de se aproximar deste mistério.

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Segurança Escolar da criança

O início do novo ano letivo é sempre um grande momento de ansiedade e preocupação, quer emocional, quer finan-ceira. Andamos preocupados com o material escolar, com os horários, com os professores. E a segurança?

Ao falar com alguns pais, o fator segurança, não é a pre-ocupação principal, quando na realidade esta deveria ser prioritária. Ouvimos, lemos e vemos tantas notícias de inci-dentes que acontecem com crianças e na realidade con-tinuamos a olhar para o lado, como se apenas acontecesse aos filhos dos outros. Mas, esta realidade também pode bater à nossa porta!

Os filhos merecem a maior atenção e a segurança das crianças é, em primeiro lugar, da responsabilidade dos pais. Infelizmente, as lesões são muitos comuns nas crianças, porque estas não reconhecem nem preveem os riscos, além disso possuem menos coorde-nação motora e reações de defesa mais lentas do que os adultos. As quedas podem por isso ter graves consequências. Pais! Se de facto tivermos esta consciência podemos evitar até 80% dos acidentes com crianças.

Deixo de seguida algu-mas dicas para a segurança infantil:

1. Nunca deixe uma crian-ça sozinha;

2. Faça o transporte de crianças no carro sempre com cadeira ou banco e com cinto de segurança; se contra-

tar o transporte dos seus filhos a terceiros, verifique como as crianças são transportadas e se a viatura tem condições mínimas; se vai de autocarro explique à criança que deve permanecer sentada enquan-to o autocarro está a circular e só descer do autocarro quan-do este estiver completamen-te parado, e aguardar que o mesmo se vá embora para, por fim, atravessar a rua;

3. Ensine as regras de comportamento como não empurrar, não se envolver em conflitos, bem como cir-cular sempre nos passeios e atravessar nas passadeiras, pois são fundamentais para segurança infantil;

4. Certifique-se que a crian-ça se andar de bicicleta, patins ou skate utiliza roupas adequa-das e proteções apropriadas como capacete, joelheiras e cotoveleiras, assim como ape-nas realize essas atividades nos locais próprios e seguros;

5. Verifique que a criança ingere muitos líquidos antes, durante e depois da prática desportiva, a desidratação é uma preocupação;

6. Informe o treinador ou com a pessoa responsável pela criança de todas as in-formações úteis em caso de emergência: telefone para contacto, morada e qualquer informação médica que possa ser fundamental na assistência à criança, a falta de informa-ção em caso de acidente é algo a evitar;

7. Tenha um seguro de Proteção Criança, para que em caso de acidente ela te-nha uma assistência que ajude a uma recuperação, por isso pense nisso.

Enfim, os pais, responsáveis e treinadores devem ser os mo-delos das crianças na prática do desporto seguro, pois, o exemplo é o ensinamento mais importante.

Seja feliz! Faça alguém feliz e já agora seja um exemplo de proteção e segurança.

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No limite do lugar do Souto com Moita da Roda, junto à ribeira, existe uma placa a si-nalizar a entrada no “lugar” do Souto da Carpalhosa. Num dos resguardos da ponte, muito pouco visível, está uma placa com a indicação de “Rua do Souto de Cima”. Esta Placa foi colocada há cerca de 40 anos e a meu ver respeita a memó-ria do local e a denominação da zona.

Qual o nome correto, Souto da Carpalhosa ou Souto de Cima? Salvo melhor opinião, o nome correto deveria ser

Souto de Cima e nunca Souto da Carpalhosa. O nome Souto da Carpalhosa é o nome da freguesia e não o lugar, em-bora no uso corrente se tenha confundido a utilização do nome para identificar o lugar.

Se recorrermos aos registos antigos das atas ou do arquivo Distrital de Leiria encontramos a designação de Souto de Cima e Souto de Baixo da Freguesia do Souto da Carpalhosa como locais de residência ou de nas-cimento.

Ainda hoje, como no pas-sado, é comum a designação

de “Soito” ou Souto quando queremos identificar lugar, a escola ou a Igreja Paroquial.

A utilização do nome Souto da Carpalhosa faz sentido que seja colocado à entrada dos limites da freguesia e não à entrada dos limites do lugar como acontece junto à ribei-ra do Souto, a não ser que se queira transmitir a ideia que o limite da freguesia é junto à Ribeira do Souto e não Junto à Charneca do Nicho.

Luiz Ginja

Máquina IndiscretaSouto da Carpalhosa ou Souto de Cima?

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Nome ApresentaçãoAna Filipa de Jesus Sousa 06-02-2013Ana Rita dos Santos 06-02-2013André Filipe Ferreira dos Santos 06-02-2013Ângela Sobreira Serrador 12-12-2012Beatriz Gaspar Bastos 06-02-2013Bernardo Real Mendes 06-02-2013Carlos Emanuel Silva Ferreira 06-02-2013Carlos Miguel Pereira Cabecinhas 06-02-2013Carolina Pereira Lopes 06-02-2013Catarina Sofia Oliveira Caetano 06-02-2013Cindy da Silva Dias 12-12-2012Cristiano Miguel Duarte Anselmo 06-02-2013Daniel Marques Santos 06-02-2013Filipa Micaela Marques Santos 12-12-2012Floriano Fernandes Pereira 06-02-2013João Paulo Silva Catarino 12-12-2012João Vasco Pascoal Alfaiate 12-12-2012Jorge Filipe Duarte Rodrigues 06-02-2013Juliana Cordeiro Remígio 06-02-2013Julien Oliveira Sobreira 06-02-2013Kelly Caetano dos Santos 06-02-2013Kevin dos Santos Remígio 06-02-2013Leonardo Lopes Serradas 12-12-2012Luís Filipe Teotónio Ferreira 06-02-2013Marcelo Rodrigues Ouarzagui 12-12-2012Marina Cordeiro Lopes 06-02-2013Marina dos Santos Gaspar 06-02-2013Marta Daniela Domingues Ferreira 06-02-2013Melanie Savoia 12-12-2012Miguel dos Reis Afonso 12-12-2012Nelson Remígio Pereira 06-02-2013Neuza Filipa Leal Soares 12-12-2012Nicole da Silva Romeiro 12-12-2012Nuno Miguel Caetano Laudo 06-02-2013Ricardo João Roque 12-12-2012Ruben David Serrano Carrapeiro 06-02-2013Ruben Miguel Dias de Almeida 06-02-2013Ruben Torrão Raimundo 12-12-2012Rui Miguel Aleixo Marques 06-02-2013Sara Domingues Gonçalves 06-02-2013Silvio Fernandes Pereira 06-02-2013Sofia Frade dos Santos 12-12-2012Teresa Pereira Duarte 12-12-2012Tiago André Pereira Guerreiro 06-02-2013Tiago Daniel Arroteia Reis 12-12-2012Tiago Gaspar Jorge 12-12-2012Verónica Reis Oliveira 12-12-2012Sardinhada do Emigrante na Associação do Picoto, 15 de agosto

Passaram dois anos, sensi-velmente. Os muros estalaram e caíram. Partiu-se o verniz e a polémica explodiu. Abafa-da, e restaurada a quase tran-quilidade, tudo continuou e cresceu, quase como previsto. Os tempos prolongaram-se, as dúvidas sobre o que fazer agu-dizaram-se, mas sem causar feridas profundas.

As facilidades da internet permitiram solucionar as dificuldades em encontrar novas imagens para cobrir as paredes de novo constru-ídas. Nos Estados Unidos foi encontrado e comprado um catecismo a cores. Digitali-zado, impresso e emoldura-do imagem a imagem, todas foram repostas. Tendo-se feito, conscientemente, um pouco mais pequenas não cobrem o teto, e permitem a junção de mais 29 imagens, alusivas à nossa igreja, à proximidade de Fátima e à devoção da Igreja. As peças, em madeira, antigas, foram restauradas e alguns móveis feitos de novo.

Como se disse, não era in-tenção da Direção do Centro Social mexer-lhe, mas teve que acontecer inevitavelmen-te. Tendo em conta que parte da comunidade se manifestou, espero que, perante as dificul-dades económicas da igreja, não haja constrangimento por

a Direção do Centro Social ter assumido a quase totalidade das despesas, a não ser que apareça alguém mais zeloso para o fazer.

A igreja, onde se iniciou a procissão para a missa pa-roquial, foi benzida a 14 de agosto e a imagem da Senhora da Boa Morte voltou ao seu lugar nesse espaço.

Conscientes de que mais

que arte, aquele é um espaço de memória e sentimento, procurou deixar-se o mais semelhante possível. Entre-tanto, as imagens retiradas, algumas delas em completo estado de deterioração, con-tinuam, por mais algum tempo, guardadas.

Pe. José Baptista

Souto da Carpalhosa Reabriu a Igreja da Senhora da Boa Morte

DDN Jovens de 94 convocados

A 9.ª edição do Dia da Defesa Nacional (DDN) é agora destinada aos nascidos em 1994. Para os jovens da freguesia do Souto da Carpalhosa haverá duas chamadas nesta edição – a 12 de dezembro do corrente ano e a 6 de fevereiro de 2013 – a decorrer na Base Aérea n.º5, Monte Real. Os convocados devem apresentar-se às 9h00 no lo-cal, fazendo-se acompanhar de documento de identificação (Bilhete de Identidade ou Cartão de Cidadão).

Importa recordar que a presença no DDN é de carácter obrigatório, alvo de coima até 1247€ perante falta não jus-tifica, e tem por objetivo dar aos jovens a oportunidade de ter algumas noções sobre a Defesa Nacional e a cidadania, as missões das Forças Armadas, conhecer o modelo do Serviço Militar, entre outras atividades. Mais informações e detalhes em www.dgprm.pt.

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Quanto mais se está no alto, menos se é livre.Cayo Salústio, historiador na Roma Antiga (-86 a -35)AGO&SET’12

FICHA TÉCNICA | Notícias da Freguesia de Souto da Carpalhosa | Título anotado na Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) | Depósito Legal 282840/08 | Director José Carlos Gomes Editor Ângela Duarte Colaboradores Albino de Jesus Silva, André Reis Duarte, Carlos Duarte, Cidalina Reis, Eulália Crespo, Elisa Duarte, Gastão Crespo, Guilherme Domingues, Gustavo Desouzarte, Hugo Duarte, José Baptista (Pe.), Luís Manuel, Luisa Duarte, Márcio Santos, Mário Duarte, Orlando Cardoso, Simão João, Associações e Escolas da Freguesia Propriedade Junta de Freguesia, Largo Santíssimo Salvador, nº 448, 2425-522 Souto da Carpalhosa Telefone 244 613 198 Fax 244 613 751 E-mail [email protected] Website noticiasdafreguesia.blogspot.com Tiragem 1000 exemplares Periodicidade Mensal Distribuição Gratuita Projecto gráfico 3do3.blogspot.com Impressão OFFSETLIS, Marrazes, Leiria (244 859 900, www.offsetlis.pt)

A freguesia de Souto da Carpalhosa volta a apresentar, de 20 a 23 de setembro, mais uma edição da “Festa das Coletividades e Tasquinhas”, no parque da Charneca do Ni-cho, junto à Casa do Guarda, Moita da Roda.

Fazendo já parte da tradição desta freguesia, o evento pretende ser uma mostra gastronómica, cul-tural e recreativa do que de bom se faz na freguesia de Souto da Carpalhosa, sendo consideradas por muitos, as tasquinhas excelência nas proximidades.

A organização compete não só à Junta de Freguesia, como a todas as coletividades e associações participantes no evento. Para a sétima edição está já confirmada a presença de treze tasquinhas, represen-tadas pelas várias associações e coletividades dos lugares da freguesia. À semelhança da última edição, também este ano o certame conta com barraquinhas de artesanato de criadores locais.

O arranque do evento co-meça na quinta-feira, dia 20 de setembro, com a abertura

das tasquinhas a partir das 19h00. No dia seguinte, o grupo musical “Tekos” ajuda a acompanhar a “petiscada”. No sábado, dia 22, a anima-ção noturna estará a cargo da banda “D’Arromba”. No último dia, domingo, as tasquinhas abrem por volta das 12h00, depois da cele-bração de missa, no recinto, às 11h00. Durante a tarde os ranchos folclóricos da fre-guesia apresentam a arte da música e dança como tão bem sabem fazer. Para encerrar a sétima edição desta festa, o grupo musical “Foka Energi” atua noite fora.

“A qualidade das nossas tasquinhas e a forte adesão populacional colocou a fasquia alta e claro que as expetativas são considerá-veis”, declara José Carlos Gomes, presidente da Junta de Freguesia do Souto da Carpalhosa.

Esta edição está ainda en-globada no rol de iniciativas que estão a ser desenvolvidas ao longo de 2012 no âmbito das comemorações dos 800 anos da freguesia e paróquia do Souto da Carpalhosa.

Desde o dia 28 de agosto que nin-guém sabe do paradeiro de Joel Mota Ferreira, da Moita da Roda.

Este jovem, de 22 anos, aquando o desaparecimento, vestia calções bran-cos com xadrez azul e tinha sandálias castanhas. Não tem qualquer identifica-ção com ele e precisa de medicação.

Caso saiba de alguma informação, agradece-se o contacto para as autori-dades policiais: GNR (244830150) ou PJ de Leiria (244845200).

Animação e petiscos na Charneca do Nicho

Moita da Roda Joel Ferreira desaparecido

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