Edicao especial

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Edição Especial 17 a 23/10/2014 Apesar de todo o marketing para blindar e azeitar o can- didato tucano, quem conhece Aécio não cai no canto da sereia. Por isso os eleitores de Minas Gerais, estado que ele governou por oito anos, elegeram no primei- ro turno o candidato do PT, quebrando um ciclo de 12 anos de administrações do PSDB. O choque de gestão, tão propagado por Aécio, foi um produto de marketing, que transformou-se em pesadelo para a população e os servidores de Minas. Tudo regado a campanhas publi- citárias que consumiram cerca de R$ 1 bilhão das ver- bas públicas nos sete primeiros anos de seu governo, segundo dados da revista Mercado Comum. Aécio Neves é cria de uma linhagem de políticos que há mais de setenta anos trabalham para as eli- tes conservadoras de Minas Gerais. Se na TV e nas manchetes da grande mídia, ele faz críticas duras ao aparelhamento do Estado, como gestor sua prática foi bem diferente. Sua família ocupa postos de destaque há anos nos governos de Minas. O nepotismo escan- daloso envolve a irmã, o cunhado, tios, primos e até o genro de seu falecido padrasto. A afinidade de Aécio com a direita e com os empresá- rios é a marca de seus mandatos como parlamentar. Na Constituinte, ele foi contra a jornada de 40 horas, contra a nacionalização do subsolo e a favor da independên- cia do Banco Central. Nos anos 90, votou a favor da quebra do monopólio da Petrobrás, do Fator Previden- ciário, da flexibilização da CLT e de uma série de pro- jetos contrários aos trabalhadores. Em 2011, em seu primeiro ano como senador, ele também tentou derrotar o projeto de valorização do Salário Mínimo. Aécio Neves: o que sobra por trás do marketing? Que Aécio Neves é o candidato da mídia e das elites, ninguém tem dúvidas. O próprio eleitor reconhece isso. É o que revela a pesquisa do Ibope de 09/10, onde os entrevistados foram questionados sobre que candidato representa os ricos, os empresários e os bancos. Aécio ganhou disparado de Dilma. Já quando a pergunta foi sobre quem representa os pobres, 56% dos entrevistados responderam Dilma e 25% Aécio. Em relação a quem representa os trabalhadores, 50% escolheram Dilma e 31% Aécio. É por essas e outras, que quem conhece Aécio não vota nele!

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Edição especial da FUP - Aécio Neves: o que sobra por trás do marketing?

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Edição Especial 17 a 23/10/2014

Apesar de todo o marketing para blindar e azeitar o can-didato tucano, quem conhece Aécio não cai no canto da sereia. Por isso os eleitores de Minas Gerais, estado que ele governou por oito anos, elegeram no primei-ro turno o candidato do PT, quebrando um ciclo de 12 anos de administrações do PSDB. O choque de gestão, tão propagado por Aécio, foi um produto de marketing, que transformou-se em pesadelo para a população e os servidores de Minas. Tudo regado a campanhas publi-citárias que consumiram cerca de R$ 1 bilhão das ver-bas públicas nos sete primeiros anos de seu governo, segundo dados da revista Mercado Comum. Aécio Neves é cria de uma linhagem de políticos que há mais de setenta anos trabalham para as eli-tes conservadoras de Minas Gerais. Se na TV e nas manchetes da grande mídia, ele faz críticas duras ao aparelhamento do Estado, como gestor sua prática foi bem diferente. Sua família ocupa postos de destaque há anos nos governos de Minas. O nepotismo escan-daloso envolve a irmã, o cunhado, tios, primos e até o genro de seu falecido padrasto. A afinidade de Aécio com a direita e com os empresá-rios é a marca de seus mandatos como parlamentar. Na Constituinte, ele foi contra a jornada de 40 horas, contra a nacionalização do subsolo e a favor da independên-cia do Banco Central. Nos anos 90, votou a favor da quebra do monopólio da Petrobrás, do Fator Previden-ciário, da flexibilização da CLT e de uma série de pro-jetos contrários aos trabalhadores. Em 2011, em seu primeiro ano como senador, ele também tentou derrotar o projeto de valorização do Salário Mínimo.

Aécio Neves: o que sobrapor trás do marketing?

Que Aécio Neves é o candidato da mídia e das elites, ninguém tem dúvidas. O próprio eleitor reconhece isso. É o que revela a pesquisa do Ibope de 09/10, onde os entrevistados foram questionados sobre que candidato representa os ricos, os empresários e os bancos. Aécio ganhou disparado de Dilma. Já quando a pergunta foi sobre quem representa os pobres, 56% dos entrevistados responderam Dilma e 25% Aécio. Em relação a quem representa os trabalhadores, 50% escolheram Dilma e 31% Aécio.

É por essas e outras, que quem conhece Aécio não vota nele!

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Aécio Neves da Cunha faz parte de uma linhagem de políticos tradicionalmen-te ligados às elites conservadoras de Mi-nas Gerais. Seus avós paterno e materno debutaram como deputados na década de 40 e, desde então, a família Neves da Cunha vem se perpetuando no cenário político mineiro. O avô paterno de Aécio, Tristão da Cunha, foi deputado estadual e federal, entre 1946 e 1962 e um dos assi-nantes do Manifesto dos Mineiros contra Getúlio Vargas. Seu pai, Aécio Ferreira da Cunha, foi deputado estadual no final dos anos 50 e deputado federal entre 1962 e 1986 pela Arena, PDS e PFL. Tanto o avô, quanto o pai de Aécio apoiaram o golpe militar de 1964, participando, inclusive, de sua preparação.

Tancredo Neves, o avô materno de Aé-cio, iniciou a carreira política nos anos 30, como vereador em São João Del Rey. De-pois, foi deputado estadual e federal, mi-nistro da Justiça de Getúlio Vargas, gover-nador de Minas Gerais e presidente eleito indiretamente em 1985, cargo que não chegou a exercer devido a uma doença fulminante que lhe tirou a vida. Seu sobri-nho, Francisco Neves Dornelles, assumiu o Ministério da Fazenda e em 1986 foi elei-to deputado constituinte, junto com o pri-mo Aécio Neves. Atualmente, os primos Neves ocupam duas cadeiras no Senado: Aécio por Minas e Dornelles pelo Rio.

A família de Aécio Neves é dona de um grupo de comuni-cação em Minas Gerais, forma-do por três rádios e pelo jornal Gazeta de São João Del Rey, cujas verbas públicas recebidas do governo do estado foram alvo de investigação no Ministé-rio Público. Em seus dois man-datos como governador, Aécio aumentou em mais de 500% as verbas publicitárias oficiais, que saltaram de R$ 24 milhões em 2003 para R$ 123,4 milhões em 2009, segundo levantamento feito pela Folha de São Paulo. Sua irmã, Andréa Neves, coor-

Rádios da família receberam verbas públicas durante o seu governodenou durante todo este perío-do o Núcleo Gestor de Comu-nicação Social do governo e foi acusada de manejar as verbas de publicidade do estado de acordo com os interesses po-líticos de Aécio, mantendo sob controle a imprensa mineira. Em 2011, o então senador foi flagrado em uma blitiz dirigindo bêbado e com a carteira de ha-bilitação vencida. Como o Land Rover que dirigia foi apreendi-do, descobriu-se que estava em nome de uma de suas emisso-ras, a Rádio Arco Iris, cuja so-ciedade divide com Andréa.

O senador Francisco Dornelles, primo de Aécio e presidente do PP, é padrinho político do ex-diretor da Petrobrás, Paulo Roberto Costa, réu confesso no processo que investiga esquemas de corrupção na empresa.

Você sabia?

Aécio é herdeiro ilustre da velha política mineira

Aos 17 anos, Aécio Neves foi nomeado secretário de gabinete parlamentar de seu pai na Câma-ra dos Deputados Federais, apesar de morar no Rio de Janeiro, onde viveu até os 21 anos. Após a morte do avô, Aécio foi indicado por José Sarney (que era vice de Tancredo e assumiu a presidência do país) para a diretoria da Caixa Econômi-ca Federal, com apenas 25 anos. Neste período, ele também foi agraciado com concessões de rá-dios em Minas Gerais.

Aécio foi diretor do setor de jogos da CEF e na época a imprensa esportiva denunciou um esquema de manipulação de resultados da Loteria Esportiva, mas ele preferiu em-purrar as denúncias para debaixo do tapete.

Você sabia?

Menino do Rio com cargo em Brasília

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Quatro mandatos de deputado votando contra o trabalhador

Em 1987, Aécio foi eleito pelo PMDB para a Assembléia Nacional Constituinte e, a partir de 1991, já pelo PSDB, foi eleito deputado federal por três legislaturas consecutivas, onde aprovou a quebra do monopólio da Petrobrás, o Fator Previdenciário, a flexibilização da CLT e

uma série de projetos contrários aos trabalhadores. A FUP fez um levantamento com base nas publicações do Diap e elencou os principais posicionamentos do tucano durante sua passagem pela Câmara dos Deputados e mais recentemente pelo Senado.

Em 2011, no seu primeiro ano como senador, Aécio Neves votou contra o Projeto de Lei que garantiu aos trabalhadores brasileiros reajustes reais todos os anos no valor do salário mínimo.O texto do PLS 382/2011 já havia sido aprovado na Câmara e foi levado ao Senado para decisão final. Apesar do voto contrário do senador Aécio, a proposta foi aprovada e transformada em Lei, garantindo até 2015 o reajuste anual do Salário Mínimo, com base na correção da inflação somada ao aumento do PIB.

Na Constituinte, Aécio foi contra a jornada de 40 horas

Pela quebra do monopólio estatal da PetrobrásPela criação do Fator PrevidenciárioPela mudança do regime de contratação dos servidores públicosPela privatização da previdência do servidor públicoPela instituição da idade mínima para a aposentadoriaPela reforma administrativa com redução e flexibilização de direitosContra a recomposição das perdas salariais dos aposentadosPela redução de 30% no salário do servidor após a aposentadoriaPelo fim da estabilidade no emprego dos servidores da União, Estados e MunicípiosPelo aumento de 40% do tempo de serviço para aposentadoria especialPela redução salarial do servidor colocado em disponibilidadeContra a irredutibilidade da remuneração do servidor públicoPela adoção dos contratos temporários de serviçoPela redução do prazo de reclamação dos direitos dos trabalhadores rurais

Na presidência da Câmara, impediu a CPI da P-36 e quis flexibilizar a CLT

Durante a Assembleia Nacional Constituinte, entre fevereiro de 1987 e setembro de 1988, Aécio Neves votou contra a nacionalização do subsolo, a favor da independência do banco Central, contra o salário mínimo nacional unificado, pela privatização parcial da previdência social pública, a favor da reeleição presidencial e do voto secreto para vetos presidenciais, contra a jornada de 40 horas semanais e contra o adicional de horas extras a 100%.

Atuação ativa nas reformas neoliberais dos anos 90

Entre 1990 e 2002, Aécio Neves votou:

No Senado, foi contra a valorização do Salário Mínimo

Entre fevereiro de 2001 e dezembro de 2002, Aécio Neves ocupou a presidência da Câmara dos Deputados Federais e fez de tudo para aprovar a toque de caixa o projeto do governo FHC de flexibilização da CLT, onde as férias, o 13º salário, a PLR e outros direitos ficariam a critério dos patrões. Aécio Neves colocou o projeto na pauta de votação, aprovou o texto e encaminhou a proposta ao Senado Federal, para que fos-se votada em regime de urgência. A CUT conseguiu barrar a votação e após a eleição do presidente Lula, o projeto foi engavetado.

Já em relação à investigação dos erros de gestão que levaram ao afundamento

da P-36, em março de 2001, o então pre-sidente da Câmara agiu no sentido contrá-rio. Aécio, que hoje se diz estarrecido com as denúncias contra a Petrobrás, coman-dou na época uma operação “abafa” e im-pediu a instauração de uma CPI para apu-rar os fatos apontados pelo CREA como responsáveis pelo acidente que matou 11 trabalhadores e causou um prejuízo milio-nário à empresa. Ficou clara a existência de falhas grosseira no projeto que readap-tou uma antiga planta de perfuração para a plataforma de produção, bem como na fiscalização da ANP, cujo diretor era o gen-ro do presidente FHC, todos do PSDB.

Edição especial – Boletim da FEDERAÇÃO ÚNICA DOS PETROLEIROS Filiada à CUT www.fup.org.brAv. Rio Branco,133/21º andar, Centro, Rio de Janeiro - (21)3852-5002 [email protected] Textos e edição: Alessandra Murteira - MTb 16763 - Fotos: Divulgação - Projeto gráfico e diagramação: Claudio Camillo - MTb

20478 Diretoria responsável por esta edição: Caetano, Chicão, Castellano, Chico Zé, Dary, Divanilton, Enéias, Leopoldino, Moraes, Paulo Cesar, Silva, Silvaney, Simão, Ubiraney, Zé Maria.

Armínio Fraga, indicado por Aécio para minis-tro da Fazenda, caso vença as eleições, decla-rou que o salário mínimo está muito alto, pois “cresceu demais nos últimos anos”.

Você sabia?

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Andréa Neves, irmã de Aécio, coordenou o Grupo Técnico de Comunicação do Gover-no de Minas Gerais entre 2003 e 2010 e até janeiro deste ano era presidente do Serviço Voluntário de Assistência Social de Minas Gerais (Servas), mas deixou o cargo prara assumir a coordenação de comunicação da campanha de Aécio.

Oswaldo Borges da Costa, genro do pa-drasto de Aécio, é presidente da Com

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Luiz Márcio Haddad Pereira Santos,

cunhado de Aécio, é diretor técnico do

Sebrae-MG e vice-presidente da Funda-

ção Biodiversitas, que desenvolve projetos

ambientais para a Cemig e outros órgãos

do governo de Minas. Ele é também um

dos principais coordenadores de campa-

nha de Aécio e tem sob controle toda a

agenda de compromissos do tucano.

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Fernando Quinto Rocha Tolentino, primo de

Aécio, é filho do ex-prefeito de Cláudio, cuja

fazenda sedia um aeroporto que foi constru-

ído com verbas públicas. Em seu governo,

Aécio nomeou o primo Fernando como as-

sessor do diretor-geral do Departamento de

Estradas e Rodagem (DER/MG).

Tancredo Augusto Tolentino Neves, tio

de Aécio, foi diretor da área de apoio

do Banco de Desenvolvimento de Minas

Gerais (BDMG).

Aécio Ferreira Cunha, pai de Aécio, foi

presidente do Conselho de Administração

do BNDES e conselheiro de Furnas no

governo Itamar Franco. Nos últimos anos,

era Conselheiro da Cemig (Companhia

Energética de Minas Gerais), cargo que

ocupou até o seu falecimento, em 2010.

Ana Guimarães Campos, prima de Aécio,

é funcionária do Serviço Voluntário de As-

sistência Social de Minas Gerais (Servas),

que durante 12 anos foi presidido por An-

dréa Neves, irmã do tucano.

Guilherme Horta, primo de Aécio,

ocupou o cargo de assessor especial

quando o tucano foi governador.

Tânia Guimarães Campos, prima de

Aécio, foi sua secretária de agenda no

governo de Minas.

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O tão alardeado choque de gestão que Aécio fez em Minas Gerais e usa como propaganda política não pas-sa de uma grande farsa. O tucano diz em rede nacional que saneou as contas do estado, quando na verdade a dívida de Minas saltou de R$ 32,9 bilhões, em 2002, para R$ 79,7 bilhões, em 2013. Um crescimento nomi-nal de 142%!

“Em momento algum, o governo de Minas conseguiu minimamente equilibrar as suas contas e apresentou em diversos anos déficits monumentais, superiores a 20% de sua receita líquida”, revela o economista Fabrício Oli-veira, autor do livro “Dívida pública do estado de Minas Gerais: a renegociação necessária”. De acordo com as projeções do próprio governo, o estado terminará este ano com um déficit nominal de R$ 11 bilhões.

Além de ser o segundo estado mais endividado do Brasil, Minas tem um dos menores crescimentos eco-nômicos do país. Entre 2003 e 2013, a média anual de crescimento do PIB mineiro foi de 3,29% ao ano, abai-xo da média nacional no mesmo período, que foi de 3,8%. Segundo o IBGE, durante o governo Aécio, Minas

Gerais ocupou o 22º lugar no quadro nacional de cres-cimento econômico, ficando na frente apenas de cinco estados brasileiros. Os mineiros também cairam do ter-ceiro lugar para a sexta posição no ranking dos estados mais competitivos do país.

O economista Fabrício Oliveira explica que o gover-no Aécio e seu sucessor utilizaram durante muito tem-po “um conceito enganoso de desempenho das suas finanças” – o de resultado orçamentário – “o qual infla indevidamente as receitas de um lado e subestima as despesas, de outro”. Ou seja, o velho truque da maquia-gem financeira e que também foi utilizado para desviar recursos que deveriam ter sido aplicados em áreas so-ciais. Aécio e seu sucessor deixaram de investir mais de R$ 8 bilhões em saúde e outros R$ 7,8 bilhões em edu-cação. Ambos não cumpriram a determinação constitu-cional de investir no mínimo 12% dos recusos do estado em saúde e 25% em educação.

Quem de fato sofreu o choque de gestão de Aécio foi a população e os servidores públicos, que tiveram seus salários congelados em 2003, perderam benefícios pre-

videnciários e outros direitos. O rendimento líquido de um professor no estado gira em torno de R$ 1.014,00 e até hoje a categoria não tem sequer um piso salarial. Como se vê, a propagandeada “eficiência” de Aécio como gestor público não passa de marketing.

Choque de gestão em Minas é piada de mau gosto

Governando em família

Em dez anos - oito do governo Aécio e dois do seu sucessor - a violência em Minas Gerais explodiu. O número de homicídios cresceu 52,3%, quatro vezes mais do que a média nacional no período.

Você sabia?

Aécio está sendo investigado pelo desvio de R$ 4,3 bilhões da área da saúde em Minas e pelo não cumprimento do piso constitucio-nal do financiamento do sistema público de saúde no período de 2003 a 2008, período em que foi governador do estado.

Você sabia?