Edição Junho 2011

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editorialJOSÉ ALBERTO MAGALHÃES

Manuel António Pina

“É a coisa mais inesperada que podia esperar”. Foi assim, com simplicidade,que Manuel António Pina - escritor, ficcionista, poeta, cronista e jornalista -”aceitou” o Prémio Camões, galardão que, em meia hora, o júri, reunido naBiblioteca Nacional do Rio de Janeiro, lhe atribuiu por unanimidade. Em 2010tinha sido distinguido o poeta brasileiro Ferreira Cullar e em 2009 o caboverdianoArménio Vieira.

O maior prémio da língua portuguesa distinguiu a obra notável daquele que étalvez o maior poeta português vivo, um incrível criador de obras para crianças eum cronista de pena afiada que faz de uma total e desassombrada liberdade a suaprincipal caraterística.

Manuel António Pina, que deve à sua poesia um cada vez mais amplo reconhe-cimento público (em Portugal e com inúmeras traduções em várias línguas) foi o23º escritor a receber o Prémio Camões, estreado em 1989 por Miguel Torga.

Esta distinção segue-se ao Prémio Nacional de Crónica do Press/Clube deJornalistas, em 1993, ao Prémio de Crónica da Casa da Imprensa, em 2004, e aoPrémio Gazeta de Mérito do Clube de Jornalistas, em 2007.

Natural de Sabugal (Guarda), mas “tripeiro” há mais de 40 anos, este advoga-do amante de gatos é, acima de tudo, um cidadão interventivo e livre.

Com Manuel António Pina, e com o prémio que o escritor recebeu, Portugaltornou-se um lugar melhor, mais alegre e afetivo ainda que, como o poeta escre-veu, numa admirável obra de literatura infantil, “O país das pessoas de pernaspara o ar”.

Manuel António Pina tem, em 40 anos de percurso literário, uma obra singular,cheia de humor, complexa e muito diversificada. O escritor tem quase pronto, parasair até final do ano, um novo livro denominado “Como Desenhar uma Casa”.

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sumário

Editorial ............................................................................................... 3Protagonista: Alberta Marques Fernandes ........................................... 6Música: Os Azeitonas ....................................................................... 12Reportagem: Arte Urbana ................................................................. 16Moda: Ricardo Andrez ....................................................................... 22Ciência: Tratamento da miopia patológica ........................................ 26GAES: ............................................................................................... 30Lazer: Zoo Santo Inácio ..................................................................... 34Universidade: Dois séculos de ensino da Ciência em exposição ...... 38Galiza: Segredos a revelar ............................................................... 42Desporto: Futebol Clube do Porto ..................................................... 46Momentos: ...................................................................................... 50Um dia com...: Marinha .................................................................. 58Memórias: Largo da Aguardente ....................................................... 64Iniciativa: CIN ................................................................................. 66Televisão: Porto Canal ...................................................................... 68Porto Come: Gastronomia e Arte ................................................... 72Portuguese Fashion News: PFN distinguiu jovens talentos ............ 73Através dos tempos: Palácio das Cardosas ................................... 74Águas do Porto: Água de qualidade .............................................. 78Atualidade: ....................................................................................... 80EDP Gás: Net aproxima clientes .................................................... 82Portofólio: ........................................................................................ 85Figura: Pedro Sousa .......................................................................... 86Universidade Portucalense: ............................................................. 90Águas do Douro e Paiva: ................................................................ 94

AutarquiasPorto: Um século de S. João ......................................................... 96Famalicão: O “esplendor” das Festas Antoninas ........................ 100Gaia: Teleférico é a nova «estrela» da cidade ............................. 106Vila do Conde: A arte na palma das mãos .................................. 112

Área Metropolitana do Porto: Qualidade no ensino básico ........... 114Sugestões Culturais: ..................................................................... 118

FreguesiasCampanhã: Renovação em avanço ................................................. 120Lordelo do Ouro: Em clima de festa .............................................. 122Nevogilde: Cinco “oleões” para Nevogilde ..................................... 124Paranhos: Loja social promove novo conceito de partilha ............... 126

Passatempos. ................................................................................. 128Crónica: O Porto que se faz na ciência ........................................... 130

Reportagem

Arte Urbana16

58 Um dia com...Marinha

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Propriedade de:ADVICE – Comunicação

e Imagem Unipessoal, Lda.Sede da redacção: Rua do Almada,

152 - 2.º – 4050-031 PortoNIPC: 504245732

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Diretor Eduardo Pinto

Editor José AlbertoMagalhães

Redação Marta Almeida CarvalhoMariana Albuquerque

Fotografia Virgínia Ferreira

Marketinge Publicidade Eduardo João Pinto

Célia Teixeira

ProduçãoGráfica Ricardo Nogueira

Pré-impressão Xis e Érre,Estúdio Gráfico, Lda.

Impressão, MultipontoAcabamentos Rafael, Valentee Embalagem & Mota, S.A.

R. D. João IV, 691-7004000-299 Porto

Distribuição Mediapost

Tiragem 140.000global exemplares

Revista trimestral gratuita

Registado no ICS com o n.º 124969Membro da APCT

Depósito Legal n.º 250158/06Direitos reservados

Através dos tempos

Palácio das Cardosas

Moda

Ricardo Andrez22

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protagonista

de afetosPorto

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alberta marques fernandes

Todos a conhecemdo pequeno ecrã.A jornalista que abriua primeira emissãoda SIC, em 1992,continuana informação,agora na RTP-N.Conhecida pela suasimpatia, AlbertaMarques Fernandesé a pivô de vozsensual, que um diasonhou ser uma«enviada especial».Filha de umportuensee de uma angolana,habituou-se a gostardo Porto, cidadepela qual dizter um profundoafeto, sempreassociadoà memóriado pai.

Texto: Marta Almeida CarvalhoFotos: Jorge Calçada

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protagonista

Alberta Marques Fernandes, 43 anos, jornalista,nasceu no Porto, na freguesia da Sé, tendo sido bati-zada, “com muito orgulho”, na Igreja do Bonfim, fre-guesia onde ainda vive toda a sua família paterna.“Nasci no Porto por vontade do meu pai, tripeiro ferre-nho, que queria que o seu primogénito nascesse nasua cidade. Mas passei apenas alguns meses, nuncacá vivi”, diz a jornalista. Angola, a terra da mãe, foi apróxima paragem, onde ficou até aos seis anos porqueera lá que o pai, engenheiro de petróleos, trabalhava

Em 1974, a família regressou a Portugal mas foiresidir para Lisboa, dadas as funções do pai. ”O Portosempre foi, até o meu pai morrer, a nossa segundacidade”, onde eram passadas as épocas festivas comoPáscoa, Natal, férias e fins de semana prolongados.“Cheguei a passar seis meses no norte, em Moledo,com a minha mãe e um irmão, na época em que o meupai foi para os Estados Unidos fazer uma especializa-ção”, conta.

Em nome do pai

As recordações que a jornalista tem, do “seu” Portoda infância e adolescência, confundem-se com a lem-brança do pai. “Os passeios pela Foz, o Castelo doQueijo, a Rua de Santa Catarina, o café Majestic, oLiceu Alexandre Herculano, onde ele estudou, a Igrejado Bonfim”, lembra. Durante muitos anos o Porto foipara ela, uma cidade de afetos, a cidade da «família».Com a morte do pai, há mais de vinte anos, Albertaadotou uma espécie de luto da cidade. “Estive váriosanos sem querer regressar, provocava-me uma enor-me tristeza. Cheguei a passar pelo Porto sem pararporque me fazia sofrer”, conta. Mas “há uns anos”reconciliou-se com a cidade tendo-a redescoberto auma nova «luz». “Conheci novos lugares como o Par-que da Cidade, Serralves, Palácio de Cristal, Casa daMusica. Descobri a noite da Invicta, os espaços reno-vados, os recantos mágicos de uma cidade antiga echeia de charme”. Embora já não venha ao Porto nasépocas festivas, a jornalista vem regularmente passarum fim de semana ou quando convidada para algunseventos. “Adorei participar no último Circuito da Boa-vista, uma gigantesco evento muito bem organizado eassitir à Red Bull Air Race e aproveito todos os pretex-tos para regressar”, sublinha. A jornalista admite quesó consegue pensar no Porto com o coração. “Cinzen-

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to? Adoro o granito, o cheiro a História, a Foz onde orio se encontra com o mar revolto”. Gosta de calcor-rear as ruas e ruelas em pedra, entrar nas inúmerasigrejas e capelas. “Perder-me e encontrar-me numacidade onde nunca vivi e que me diz tanto. O meuPorto é o «Porto Sentido» de Rui Veloso”, garante.

À descoberta do jornalismo

Alberta Marques Fernandes descobriu o jornalismoquando pensou em escolher um curso superior. “En-cantou-me a ideia romântica de viajar, conhecer pes-soas, nunca ter um dia igual ao outro”, conta. Queriaser enviada especial aos grandes acontecimentos in-ternacionais, foi essa a razão que a fez optar pelo

curso de Relações Internacionais que, diz, a ajudou acompreender o mundo. O final da licenciatura coinci-diu com o início das televisões privadas e concorreu aambas. “Enviei o meu currículo para dezenas de pes-soas”, diz. O processo de seleção da TVI foi o primeiroe foi uma das pré seleccionadas. Logo de seguida foiconvidada a trabalhar na Renascença como estagiária,com os olhos postos na TVI. Mas quando começou aseleção na SIC, sentiu-se atraída pelo projeto e pelosprofissionais e decidiu concorrer também. Entrou nos10 selecionados a um lugar de estagiário, entre os400 candidatos, tendo sido a escolhida para a aberturada primeira emissão, com um noticiário às 16h30 dodia 6 de outubro de 1992, o que considera uma “hon-ra”. Começou nos noticiários da tarde, passando de-pois para os de fim de noite e terminou a coordenar eapresentar os jornais das 20 ao fim de semana. Simul-tâneamente esteve quatro vezes na Bósnia, na cober-tura do funeral da princesa Diana, da visita do PapaJoão Paulo II a Portugal e do Ano do Jubileu em Roma.“Acabei por não ser enviada especial como sonhavamas ainda fiz alguma coisa nessa área”, diz.

Da SIC passou para a RTP porque pensou “com ocoração”. “A SIC estava a viver um momento contur-bado, o primeiro desde a sua fundação. Algumas pes-soas importantes no meu percurso profissional, comdestaque para Emidio Rangel, estavam num grupo que

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protagonista

tinha um projeto para a RTP. Fui porque acreditei naspessoas e na ideia”, garante. Na RTP inaugurou umnovo espaço de informação das televisões generalis-tas: as manhã informativas das 7 às 10 com o “Bomdia Portugal” que considera “uma grande experiên-cia”. Cerca de um ano depois era a pivô do JornalDois onde permaneceu vários anos, sendo que, atual-mente, é responsável pelas tarde informativas da RTPN.“Sinto-me bem em todos os géneros jornalísticos”,garante, salientando a especialização na apresenta-ção de noticiários. “Realizo-me em estúdio, atrai-mea comunicação «olhos nos olhos» com quem está emcasa, gosto da ideia de cativar a atenção do telespec-tador para a importância da notícia”. Adora entrevista,descobrir o outro e trazê-lo para o público. Gosta deaproximar pessoas, de dar a conhecer pessoas inte-ressantes, de descobrir o seu melhor lado. “Ao fim de18 anos à frente das câmaras sinto que sou, sobretu-do, uma comunicadora, adoro partilhar informação,pensamentos e emoções.

“Na minha vida faço tudo de uma formaapaixonada e intensa”

A sua carreira tem sido “saborosa”, cheia deaventuras e desafios mas, apesar de a adorar, não a

Um lugar – a minha casaViagem de sonho – ÁfricaLivro – “As Primeiras-Damas da Democracia” o pri-meiro que escreveuMúsica – “Ave Maria” de BachFilme inesquecível – Cinema ParaísoUm projeto inadiável – Ser FelizClube do coração – BoavistaUma figura que associe imediatamente à cidade – PaiPorto numa só palavra – Pai

coloca no topo das prioridades. Por isso tem feitoopções que privilegiam a vida familiar. “Realizo-me nos afetos e considero a maternidade uma vo-cação. Só sou feliz se sentir que dou o meu melhorenquanto mulher e enquanto mãe e isso tem custosprofissionais que aceito”, sublinha, admitindo, noentanto que as suas maiores oportunidades aindaestão para chegar. Mas quando está a trabalharentrega-se por completo. “Sou quase obsessiva comnotícias mas quando desligo também o faço de for-ma radical. Não ligo a televisão, não ouço rádio,não vejo jornais. Às vezes só não resisto a dar umaolhadela ao que se passa na internet, nomeada-mente no Twitter”, refere, salientando que na vidafaz tudo de forma “apaixonada e intensa”.

“Gosto de dançar, de uma boa conversae de trocar afetos”

Adora navegar nas redes sociais, fá-la sentir maispróxima das pessoas sem barreiras de distância,idade ou condição social. “São espaços de encon-tro e de afeto. Recebo inúmeras manifestações decarinho na minha página do Facebook e o Twitter éuma comunidade fantástica, sendo ambas já indis-pensáveis ferramentas de trabalho, canais de trans-missão de informação de rapidez insuperável. Jádei várias notícias em primeira mão por estar liga-da ao Twitter”. Os seus prazeres são simples: estarcom quem ama, aproveitar um bom passeio, umaboa conversa, trocar afetos. “Gosto de ler um bomlivro, de ir ao cinema e ao teatro, de dançar, deouvir musica ao vivo”, refere, salientando, no en-tanto, que a sua grande paixão é viajar. E ainda temtanto para conhecer...

Discurso direto

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música

«Subversão» criativaOs Azeitonas nasceram em 2002 na sequência de uma brincadeira

entre amigos, de onde resultou uma espécie de «boysband degaragem». A voz de Nena veio desmistificar o conceito, que passou de

uma «boysband» para uma «boysandgirlsband». A ideia inicial era ade enveredar por uma série de clichés, ao sabor de uma “cena”

satírica, mas o projeto cresceu de tal forma que acabaram, agora, delançar o seu quarto disco. «Em Boa Companhia Eu Vou» é um registo

«ao vivo» que chegou recentemente ao mercado discográfico.

música

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os azeitonas

O ano de 2002 marcou o arranque da banda, quetomou por seu o nome de Os Azeitonas, numa claraalusão satírica a um termo genuinamente portuense.“No Porto utilizamos muito o termo «azeitona» emsubstituição do termo «azeiteiro»”, explicam, salien-tando a “veia humorística” que gostam de manter.Começaram por ser uma espécie de “boysband degaragem”, como se auto intitularam, mas tudo acaboupor mudar para um panorama bem diferente. As suas

canções popularizaram-se e hoje todos conhecem OsAzeitonas. Marlon (voz), Salsa (teclas), Miguel AJ(guitarra/voz) e Nena (voz) formam o núcleo duro dabanda que conta ainda com a colaboração de váriosmúsicos que a acompanham nas atuações ao vivo,nomeadamente os elementos da Banda D`Hotel e dosHornsters.Integrados no género do pop-rock, todos oselementos que constituem o grupo são autodidatas àexceção de Salsa que conta com formação musical.

Texto: Marta Almeida CarvalhoFotos: Os Azeitonas

os azeitonas

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música

2005 – «Um Tanto ou Quanto Atarantado»2008 – «Morangos com Açúcar vol.10»2009 – «Salão América»2011 – «Em Boa Companhia Eu Vou»

Ao som dos Azeitonas

As influências musicais são abrangentes e vãodesde o jazz ao soul, passando pelos Beatles e poruma grande diversidade de música portuguesa. É,aliás, na língua materna que fazem as suas compo-sições embora tenham alguns registos cantadosnoutras línguas mas que não estão editados. E umabanda que cante em português pode pensar na inter-nacionalização? “Claro que sim. Os fatores queditam a internacionalização prendem-se mais coma aposta que as editoras deveriam fazer na músicanacional, e na visibilidade que as rádios lhe deve-riam dar, do que com a língua em que são canta-das”, garantem, salientando que ainda há muito afazer no panorama musical português. “Não se apos-ta na música nacional”, garantem, lamentando ofacto de ter de haver cotas para a música portugue-sa nas rádios nacionais e os critérios segundo osquais as editoras pegam ou rejeitam um trabalho.

O processo criativo é feito em conjunto, masparte quase sempre de uns acordes e de uns “bitai-tes” de Miguel AJ, sendo, depois, completado por

todos os elementos da formação. Em palco autointitulam-se como «uma das melhores bandas aovivo» e não têm um público alvo, «dando» música aquem gostar de a ouvir. A agenda d`Os Azeitonastem sido bastante preenchida em termos de atua-ções, tendo chegado aos 70 espetáculos entre 2009e 2010, com destaque para as maiores queimasdas fitas do país – Porto, Coimbra e Braga - e paraalguns dos maiores festivais nomeadamente o Rockin Rio e o Marés Vivas.. Grandes êxitos - como«Quem és Tu Miúda», «Cantigas de Amor», «CaféHollywood» ou «Mulheres Nuas» - que a banda temvindo a popularizar, fazem dela uma das mais soli-citadas a nível nacional.

Passeando pelo Porto

Três álbuns de originais e o mais recente registoao vivo, que inclui a compilação de diversos te-mas, constituem a discografia da banda portuense.Inspirada pela cidade e pelas suas vivências, abanda tem dois temas alusivos à cidade - «Rua daAlegria» e «Anda comigo ver os aviões». Todos con-cordam que o Porto é uma cidade musical, ou nãofosse uma das que mais bandas produz. “Deve serdo tempo. O facto de chover muito no Inverno fazcom que as pessoas não saiam tanto como seria deesperar e isso leva a uma maior produtividade”,salientam, admitindo que esta possa ser uma dasexplicações. Adeptos das francesinhas e do FC Por-to, destacam algumas personalidades que lutampelo nome Porto. “Pinto da Costa é um nome incon-tornável, uma espécie de voz da cidade, um líderincontestado”, garantem, recordando os nomes deRui Veloso, Carlos T e Rui Reininho como uma es-pécie de “embaixadores” da cidade no panoramamusical.

www.osazeitonas.comwww.facebook.com/osazeitonas

DiscografiaDiscografiaDiscografiaDiscografiaDiscografia

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reportagem

Muros

São mais os «sarrabiscos» aleatóriosa preencher as paredes da cidadedo Porto do que as obras de arte

daquela que é considerada a “maispoderosa forma de expressão do

século”. Apesar de sentirem, cadavez mais, o respeito da sociedade,

os protagonistas da arte urbanapedem locais onde possam

expressar-se de forma legal.

O que na correria diária pode passar desperce-bido, não escapa durante um passeio a pé pelasruas do Porto. Da Baixa à periferia, com especialincidência no centro histórico e em diversas esta-ções de metro, a cidade está repleta de paredescravejadas de riscos, nódoas e caracteres perdi-dos que escapam a qualquer manifestação da cha-mada “street art”. Apesar da subjetividade do re-ferido conceito, a verdade é que graffiters e cida-dãos comuns afastam os tradicionais rabiscos “Zéama Maria”, visíveis em inúmeras fachadas de

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de expressão

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arte urbana

Texto: Mariana Albuquerque e Marta Almeida CarvalhoFotos: Virgínia Ferreira / Mr. Dheo / Janina Brandão

prédios portuenses, de qualquer tipo de grafismoassociado à arte urbana.

Se a intenção é admirar verdadeiros murais de ex-pressão, elaborados por “writters” que manifestampontos de vista, alertas e críticas sociais em forma destencils, graffiti ou outras intervenções que dão corpoa sentimentos, a tarefa é árdua e há que procurar. Nacidade do Porto não existem espaços destinados àprática urbana e os graffiters pedem uma maior cola-boração com as entidades locais para que as obras dearte urbana possam estar à vista de todos.

arte urbana

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reportagem

Evitar a pintura ilegal com espaçospara a arte urbana

Apesar de não serem adotadas medidas condenató-rias contra os grafismos da “street art”, a generalida-de das autarquias que compõem a Área Metropolitanado Porto não disponibiliza locais próprios para que os“writters” se possam expressar. Numa tentativa detravar a proliferação de pinturas ilegais, há cerca dedois anos, a Câmara do Porto iniciou uma ação delimpeza da cidade, através da Direção Municipal doAmbiente e Serviços Urbanos (DMASU). Para isso,adquiriu uma máquina de remoção de graffiti e consti-tuiu duas equipas de intervenção. A operação de lim-peza das paredes das ruas do Porto surgiu na sequên-cia de um “levantamento exaustivo dos graffiti exis-

tentes” que permitiu a definição de um mapa de atua-ção. Na altura da elaboração do plano, “manter a cida-de limpa”, “dissuadir a prática ilícita” e “combater osentimento de insegurança” eram os principais obje-tivos da autarquia portuense. Contudo, para os artis-tas, é importante selecionar as paredes incluídas nasações de limpeza. Além disso, os graffiters conside-ram que uma forma de evitar a pintura ilegal seria aaprovação, por parte das câmaras, de algumas pro-postas em determinados locais. “O problema é quenão existe nenhum local, nem há sítios onde compraruma lata”, notou Gon, adepto da arte urbana. “Quetenha conhecimento, o que as autarquias disponibili-zam são baldes de tinta branca e trinchas para que selimpe o que os artistas fazem”, apontou também Mr.Dheo, um dos graffiters mais conhecidos, não só nonosso país, mas também no estrangeiro. De acordocom o artista plástico, que faz graffiti há já onze anos,ainda há alguma “falta de visão” da sociedade, quenão consegue ou não quer ver “a qualidade e o suces-so de alguns artistas que estão, de facto, comprova-dos nacional e internacionalmente”. Mas, afinal, emque é que consiste esta modalidade artística que,apesar de ser considerada “a mais poderosa forma deexpressão do século”, ainda permanece escondida?

Arte que não promove

Segundo Mr. Dheo, “a arte urbana, em específi-co, não promove nem publicita nada nem ninguém,

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arte urbana

a não ser o artista e o seu próprio trabalho”. “Ésimultaneamente uma manifestação que deve trans-mitir um conceito/mensagem e que tem de comuni-car com o público”, acrescentou o artista, que sem-pre rejeitou integrar uma escola ou um curso deartes, optando por desenvolver as suas próprias téc-nicas. Para o conhecido “writter”, a estética daobra de arte urbana é “fulcral” e devem ser tidosem conta critérios como o “nível técnico, as pro-porções, as dimensões e o jogo de cores”. Aliás,tal como destacou Gon, “a arte urbana, noutros pa-íses, é uma disciplina”.

“Há onze anos, quando comecei a pintar, quasetudo o que fazia era associado a vandalismo, inde-pendentemente de ter ou não autorização e de fazer,

ou não, uma pintura concetual e visivelmente agra-dável”, notou Dheo. Atualmente, o artista sente quehá já “um equilíbrio”. “Considero que hoje em diahá uma maior aceitação e capacidade de distinguira arte de tudo o resto que se vê nas ruas”, desta-cou, salientando que a mudança de mentalidadesse desenvolveu muito por mérito de “um trabalhocontínuo e evolutivo” dos “writters”, apesar “dasmuitas contrariedades” que enfrentaram.

“Conseguimos, com a nossa arte e personalida-de, mudar mentalidades e acredito que estamos,aos poucos, a ser recompensados por este esforçoe dedicação”, notou, com satisfação. “Continuama existir pessoas que me vêem a trabalhar na rua efazem ‘cara feia’, é um facto. Mas também é verda-de que existem ainda mais a quererem dialogar co-migo, a elogiarem o meu trabalho, a fotografá-lo e aagradecerem o facto de ele estar a ser feito nassuas ruas, nas suas cidades, no seu país”, acres-centou Mr. Dheo.

Onde encontrar exemplaresde Arte Urbana?

Apesar do crescente respeito da sociedade pela“street art”, Mr. Dheo considera que, como não háespaços “para os artistas urbanos se expressa-rem”, é “realmente complicada” a tarefa de iden-tificar as ruas portuenses nas quais se encontramos melhores exemplares de arte urbana. “Seria

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incapaz de responder referindo apenas o meu tra-balho porque creio que é importante indicar espa-ços onde o público possa ter acesso a obras dediferentes artistas”, afirmou. Ainda assim, Mr.Dheo acabou por selecionar “a antiga fábrica da“Faísca”, agora em ruínas, que tem um muro exte-rior com boas obras”. “Outro é o mural do ClubeInglês, no Campo Alegre”, acrescentou. De resto,para o graffiter, as melhores obras “estão no inte-rior de espaços abandonados, em Gaia, Matosi-nhos e Leça da Palmeira”.

Homenagem aos artistas na parededa Universidade Católica

Também na fachada da Universidade Católicado Porto é possível ver a intervenção que Mr. Dheorealizou a convite da organização do Festival Bla-ck & White. Trata-se de uma homenagem aos ar-tistas portugueses, que continuam “presos à pa-rede”, num país onde existe “uma desvalorizaçãoda cultura e das artes”.

Com a obra, que representa “um manifesto pes-soal de defesa do ponto de vista artístico”, o graffi-ter quis despertar a atenção das pessoas e obrigá-las a refletir sobre a temática. O trabalho de Mr.Dheo, que continua a encarar a rua como espaço deeleição, está, por isso, ainda muito ligado à sensi-bilização da comunidade, uma vez que, “pouca genteconsegue compreender o valor que uma obra de arteurbana pode ter”. “Persistência” e “trabalho árduo”são, assim, dois dos ingredientes que o “writter”destaca para a possibilidade de traçar um percursonesta forma de expressão.

Arte Urbana: uma profissão?

Com trabalhos espalhados um pouco por todo opaís e até no estrangeiro, Mr. Dheo é um dos pou-cos graffiters que consegue viver do seu talento.“Eu faço da arte urbana a minha profissão, mas emdeterminados momentos questiono-me como é pos-sível estar a consegui-lo em Portugal”, admitiu. Nomomento, o “writter” está a trabalhar em “dois pro-jetos urbanos de grande envergadura fora da cidadedo Porto”.

Apesar de ser considerada “a forma de expressãomais poderosa do século”, é pouca a força da arteurbana na Área Metropolitana do Porto, permane-cendo quase invisível, à espera de um local ondepossa afirmar-se à vista de todos.

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moda

“Arriscar,

Antes de ser reconhecidono próprio país, o jovemcriador Ricardo Andrezcomeçou por conquistaro estrangeiro através deuma minicoleção “usávele sem falsas pretensões”.Hoje, já com seis criaçõesna bagagem - a últimalançada em março– o portuense assegura quea moda não é “tão fútilcomo aparenta”.

arriscar, arriscar”

Texto: Mariana AlbuquerqueFotos: Isabel Zuzarte e Rui Vasco/arquivo

ModaLisboa

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moda

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ricardo andrez

Sempre a “duvidar do impossível” e a defender aousadia de arriscar, Ricardo Andrez, jovem criadorda cidade do Porto, já conseguiu levar os seus con-ceitos de moda ao estrangeiro. A paixão pela área,essa, surgiu quando o portuense, de 31 anos, aindaestudava no liceu. A partir de então, decidiu inves-tir na aprendizagem, de modo a perceber se era“algo sério” ou, nas palavras do próprio criador,apenas “um flirt adolescente”.

Aliar a formação à predisposição

Ainda sem saber as oportunidades que poderiamsurgir no universo da criação, Ricardo Andrez come-çou por aprender o conceito de liberdade criativa naCooperativa Árvore, no Porto, de onde saiu com acerteza de que o seu futuro teria de passar pela moda.

Mais tarde, foi no Citex (Centro de FormaçãoProfissional da Indústria Têxtil) que o jovem procu-rou os conhecimentos técnicos necessários ao seupercurso profissional. No entanto, a “estrutura rígi-

da, industrial e competitiva” da instituição fê-loafastar-se durante algum tempo para pensar.

“A formação é fundamental. Funciona como vári-as ferramentas que depois poderemos aliar a umapredisposição e sensibilidade para a área, conjuga-das com uma total entrega”, afirmou o criador àViva. Assim, dois anos e meio depois de ter deixa-do o Citex, e uma vez que essa predisposição nuncadeixou de estar presente, Ricardo Andrez viu-se numprocesso criativo que viria a resultar na criação dasua própria marca, voltada para a moda masculina.

Prémio de Melhor Coleção

Sem possibilidades económicas para desenvol-ver uma coleção inteira, o portuense desenhou econcebeu uma minicoleção que conquistou Barce-lona. “Era um trabalho de puro sportswear, grafica-mente muito forte, usável e sem falsas pretensões”,descreveu. “Ainda hoje me perguntam se tenho al-gumas daquelas peças”, notou o criador.

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moda

Depois do prémio de Melhor Coleção, em Barce-lona, Ricardo Andrez conquistou a distinção deMelhor Criador Revelação-Homem nos prémios “TheFamous Revelation Awards 09”, vencendo tambéma “Bota de Prata” no concurso “MMM Munich”, emBarcelona.

Só depois de ter sido convidado a participar naSemana de Moda de Madrid é que as portas damoda portuguesa se abriram ao jovem criador que,em 2010, foi convidado para a plataforma LAB daModaLisboa, onde este ano voltou a apresentar oseu trabalho. “Para mim é um privilégio fazer partedo calendário da melhor plataforma nacional na áreada moda. Nunca é de mais salientar o profissiona-lismo e o rigor de toda a organização e a paixão detodos os intervenientes”, disse, defendendo que oseu principal objetivo enquanto profissional é o de“fazer crescer o mecanismo da moda em Portugal”,juntamente com as outras pessoas.

Entre prémios, preparativos para apresentaçõese instantes de agitação, Ricardo Andrez já contabastantes momentos de embaraço. “Existem imen-sas situações!”, garantiu, contando já ter estado arezar, até ao último minuto, para que os sapatos chegassem a tempo para um desfile. “Vinham de

transportadora e só chegaram a Espanha mesmo emcima da hora. Foi um sufoco total!”, garantiu.

Um mundo “não tão fútil e cor-de-rosa”

“Entrega total”, “trabalho árduo”, “vitaminas” ecapacidade de “arriscar” são os ingredientes que ojovem criador recomenda aos que pretendem cons-truir uma carreira no universo da moda. “É um mun-do apaixonante, efervescente e competitivo. Nãotão fútil e cor-de-rosa como aparenta. É viciante eestimulante”, descreveu o jovem que encontra emBernhard Willhelm, Vibskov, Karl Lagerfeld e Ya-mamoto algumas das suas grandes inspirações. Parao portuense, que se descreve como “relaxado, in-tuitivo, persistente, livre e sem medo de arriscar”,o melhor criador é aquele que “está em constantebusca”. Como melhor peça de vestuário, RicardoAndrez elege “a próxima a ser idealizada”, uma vezque “o melhor está para vir”.

O criador apresentou em Março a sua sexta cole-ção, “Capsule w12”, e está, agora, a produzir far-das para uma entidade ligada ao turismo.

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ricardo andrez

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ciência e tecnologia

Há cinco anos, o crescimento devasos sanguíneos na retina

provocava uma perda de visãoimpossível de contrariar. Hoje,

uma equipa de cinco médicos doHospital de São João aplica um

tratamento que apresentaresultados bastante positivos.

Tratamento melhora de doentes com NVC

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ciência e tecnologia

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Texto: Mariana AlbuquerqueFotos: Virgínia Ferreira

Com destreza de movimentos, as enfermeirasFilomena e Virgínia, do serviço de Oftalmologia doHospital de São João (HSJ), no Porto, reunem, qua-se em tempo cronometrado, os materiais necessá-rios ao próximo doente. Após largos minutos depreparação, os pacientes vão chegando ao blocooperatório para um procedimento que conjuga rapi-dez e rigor.

Separados pela idade e pelas doenças que origi-naram a complicação a ser tratada, os doentes com-batem aquilo a que as batas brancas apelidam de

visão

Neovascularização Coroideia (NVC), que mais nãoé, de acordo com Falcão Reis, diretor do Serviço deOftalmologia da referida unidade hospitalar, do queo “aparecimento de vasos sanguíneos que invadema retina na sua zona mais importante, a mácula -aquela que usamos para ver”, prejudicando a visão.

Se há cerca de cinco anos o problema não apre-sentava cura, hoje, algumas equipas de médicos dehospitais universitários aplicam uma injeção, den-tro do olho, que promove a oclusão dos vasos san-guíneos, fazendo com que os doentes melhorem

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ciência e tecnologia

consideravelmente. O Hospital de São João foi umadas primeiras unidades a iniciar o tratamento, cri-ando uma consulta específica para avaliar e trataras pessoas com NVC.

Entretanto, de regresso ao bloco operatório, Ân-gela Carneiro, uma das médicas que integra a equi-pa responsável pelo procedimento, aplica as inje-ções, quase de uma forma automática, mas numambiente cuidadosamente preparado para não haverqualquer tipo de risco para o paciente. “Antigamen-te não havia tratamento e os doentes acabavam porsofrer uma perda da visão central: deixavam de con-seguir distinguir letras e caras”, explicou à Viva.Ler um livro e reconhecer as pessoas tornavam-se,assim, ações extremamente complicadas para aspessoas com NVC. “Depois, começou a ser usadoum tratamento com terapia fotodinâmica - que éuma espécie de laser dirigido para tentar matar es-pecificamente os neovasos - mas provocava le-sões na retina. Não era tão específico como sepensava”, acrescentou a médica oftalmologista.“Agora há estas drogas que procuram impedir o

desenvolvimento dos neovasos e a sua progressão,permitindo-nos preservar a visão do doente e impe-dir um agravamento progressivo”, salientou.

A equipa do São João já aplicou mais de três miltratamentos em pessoas com neovasos originados pordoenças distintas, das quais são exemplo a MiopiaPatológica e a Degenerescência Macular da Idade.

O que é a Miopia Patológica?

Segundo Ângela Carneiro, a miopia patológica éaquela que apresenta uma graduação superior a seisdioptrias. “Os olhos com miopia patológica sãoolhos maiores, que não param de crescer, muitasvezes ao longo da vida. Desenvolvem, então, umadistensão das várias camadas do olho, o que podeoriginar pequenas ruturas e problemas de irrigaçãoque levem ao desenvolvimento dos neovasos”, afir-mou à Viva.

Degenerescência Macular da Idade

No entanto, a formação da membrana neovascu-lar não surge só no contexto da miopia patológica.“Essa complicação é muito mais frequente na De-generescência Macular da Idade (DMI)”, contouFalcão Reis, acrescentando que “os doentes quetêm miopia patológica podem ter esta complicaçãoem qualquer fase da vida, por vezes ainda jovens;enquanto que os doentes com DMI são tipicamentepessoas com mais de 70 anos.

Os riscos associados ao tratamento

De acordo com Falcão Reis, o novo tratamentoprovoca dois tipos de riscos: “oculares, em regraassociados ao ato cirúrgico e não ao produto que seinjeta” e “sistémicos, que resultam dos efeitossecundários do fármaco”. “O procedimento em sinão é doloroso. O único incómodo é que sempre queleva a injeção, o doente tem de o fazer em ambientede bloco operatório”, afirmou o diretor do serviçode Oftalmologia do HSJ.

Para que os pacientes não corram o risco de de-senvolver endoftalmites, infeções nos olhos, a equi-pa médica realiza o tratamento no bloco, com de-sinfeção e com todos os cuidados de assepsia.

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GAES

Soluções auditivas

GAES

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centros auditivos

Fotos: AP

integrais

A GAES – Centros Auditivos desenvolve a sua ati-vidade há mais de 60 anos, tendo consolidado a suapresença como líder em correção auditiva, tanto atra-vés da sua marca própria como das melhores marcasmundiais, que distribui numa rede de 550 centrosauditivos em todo o mundo, repartidos entre cincopaíses: Espanha, Argentina, Chile, Turquia e Portugal.

Em 1993, a GAES inaugurou a sua primeira delega-ção no Porto. Atualmente, conta com seis centros au-ditivos no distrito - três na cidade e os restantes emMatosinhos, Gondomar e Póvoa de Varzim. No restodo país, dispõe de mais 25 centros auditivos e cercade 150 centros de consulta externos, onde presta ser-viços de orientação protésica.

A missão da GAES – Centros Auditivos é melhorar acomunicação e a qualidade de vida das pessoas, ofere-cendo as melhores soluções auditivas integrais, emcolaboração com o especialista Otorrinolaringologista(ORL), desde o fabrico até à adaptação final, através deuma experiente equipa de profissionais. O seu objetivoprimordial é a satisfação do cliente através de um pro-grama de reabilitação auditiva integrado e de técnicosespecializados que se encarregam de estudar cada casoe encontrar a solução auditiva mais adequada, atravésde avaliações auditivas completas (audiometria tonal evocal, impedanciometria e timpanograma). Oferece tam-

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GAES

PORTOIAI - Rua Santa Catarina 493Telef.: 222 039 619Edifício Mota Galiza - Rua Calouste Gulbenkian, 13Telef.: 226 094 254Av. Boavista, 1203, 1º, sala 105Telef.: 226 000 017

MATOSINHOSRua Brito Capelo 146 | Telef.: 229 376 006

GONDOMARAv. 25 de Abril, 18 R/C | Telef.: 224 631 251

PÓVOA VARZIMPraça do Almada, 38 R/C | Telef.: 252 688 345

Linha atendimento ao Cliente 808 10 11 [email protected]

bém serviços de reparação de todas as marcas de apa-relhos auditivos, de venda de pilhas, kit de limpeza,seguimento e controlo periódico de todas as adapta-ções e ajustes personalizados.

Nos Institutos Auditivos Integrais (IAI), a GAES ofe-rece serviços especializados para as situações que re-querem uma atenção mais especifica, por exemplo, emauditologia infantil ou tratamento de zumbidos. Dispõeainda de um serviço de assistência ao domicílio parapessoas com mobilidade reduzida ou que não tenhampossibilidade de se deslocarem a um centro auditivo.

A perda auditiva e as suas manifestações

A perda auditiva é, na maioria dos casos, um pro-cesso gradual chamado presbiacusia e deve-se àevolução natural do nosso sistema auditivo. O pri-meiro indício aparece no dia em que disser “eu ouçobem mas não estou a perceber o que está a dizer!”

É um processo lento, quase impercetível, excetopara os familiares e amigos, que se apercebem dadiferença mais cedo: verificam que a pessoa nemsempre responde, estava ligeiramente mais reserva-da e o som da televisão frequentemente muito alto.

Que tipo de soluções auditivas existem

Hoje em dia, a grande maioria dos problemas au-ditivos tem solução. Dependendo do caso concreto

de cada pessoa e do grau de perda auditiva, a solu-ção pode passar por uma cirurgia, um implante audi-tivo ou, o mais comum, por aparelhos auditivos.

É necessário acabar com estereótipos e imagenspré concebidas que não ajudam a solucionar um pro-blema cada vez maior, pois os aparelhos auditivossão cada vez mais discretos e com componentesmais pequenos, para que passem totalmente desper-cebidos. Evoluíram de forma surpreendente nos últi-mos anos e adaptam-se cada vez melhor ao estilo devida de cada pessoa, dando resposta às suas neces-sidades funcionais e estéticas.

Os aparelhos auditivos digitais destacam-se pelasua máxima versatilidade, oferecendo uma audiçãomuito natural, nítida e com um sinal sonoro de qua-lidade, inclusive em situações ambientais distintas.

O compromisso com a correção auditiva

A GAES mantém um compromisso com a saúdeauditiva, não só com os seus clientes, mas com apopulação em geral e com a comunidade médica.Nesta linha, desenvolve diferentes iniciativas com oobjetivo de promover o cuidado com os ouvidos e aconsciencialização para a perda auditiva, em parale-lo com eventos científicos.

Contactos:

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centros auditivos

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lazer

O paraísoda bicharada

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lazer

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zoo santo inácio

Enquanto uns se deliciamcom a simpatia do «Manel», o póneiresidente, ou com a belezadas panteras-das-neves e do lince,outros assistem a showsde aves-de-rapina e de répteis,à alimentação dos pinguinse a outras peripécias que só osamigos animais proporcionam, e queacontecem ao longo do dia no Zoode Santo Inácio. Situado em Gaia,este é um espaço onde se podedesfrutar de momentosde descontração e liberdade,rodeado pela Natureza.

Texto: Marta Almeida CarvalhoFotos: Virgínia Ferreira

Enquanto o calor do sol deixa alguns mais mo-lengões, como a «Ariana» e o «Ulagan», o casal depanteras-das-neves, outros há que aproveitam osdias solarengos para dar uma «voltinha», esticandoas asas ao sol e planando, lá em cima, bem no alto,ou em voos que rasam pela cabeça dos visitantes.Ao longo do dia, são diversas as demonstraçõescom aves-de-rapina e répteis a que se pode assis-tir no Zoo de Santo Inácio. O complexo estende-sepor cerca de 12 hectares da Quinta de Santo Inácio,em Vila Nova de Gaia, composta ainda pela Casa-Museu do século XVIII, um frondoso bosque e jar-

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lazer

dins românticos, onde tudo o que se ouve são ossons da Natureza.

O zoo abriu ao público em Junho de 2000, nasequência da ideia dos proprietários da quinta, quesempre tiveram uma grande ligação aos animais,de criar um Jardim Zoológico numa área natural. Oprojeto parecia arrojado mas a persistência deu lu-gar à concretização. O zoo abriu portas com um

grande número de animais de pequeno porte mascom alguns «pesos pesados» como as panteras-das-neves, o lince europeu, os cangurus e os pin-guins, sempre tão apreciados. Agora há muitos maispara ver.

Habitats recriados

Os habitats e a alimentação dos animais são estu-dados ao pormenor, calculando-se o espaço de quenecessitam e o que gostam de fazer. O espaço estádividido por segmentos de forma a recriar as condi-ções dos habitats de origem. No reptilário encontra-mos várias espécies de répteis e anfíbios como acobra piton, o escínco-de-língua-azul, o dragão devela ou o crocodilo de água salgada. No insetáriomoram o escorpião do deserto, o inseto-pau gigante ea arrepiante tarântula de joelhos vermelhos. O reinodos macacos tem uma diversidade de espécies entreo irrequieto saguim, o lémur, o macaco-aranha ou o derabo-vermelho. Na estufa tropical, por entre a vegeta-ção exuberante e variada, estão presentes dez espéci-es de aves exóticas das florestas tropicais, muitasdelas em perigo de extinção. Os predadores dos aresconstituem uma das grandes atrações do zoo: a coru-ja-das-neves, fiel companheira de Harry Potter, o uru-bu e o falcão peregrino, que consegue avistar umapresa a 1,5 quilómetros de distância. Os mamíferos

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zoo santo inácio

estão representados pelas belíssimas panteras-das-neves, pelo magnífico lince europeu, zebras, lamas,cangurus e hipopótamos-pigmeu. Na quinta pedagógi-ca podem observar-se os animais que habitualmentese encontram em qualquer quinta como galinhas, por-cos, cabras e póneis. A ilha do lago principal do zoo éo habitat de uma diversidade de espécies de aves, queinteragem num espaço comum onde habitam diversasespécies de cisnes, patos e gansos. Pelos espaçosverdes correm livremente magníficos pavões e cães-da-pradaria.

O veterinário residente e os tratadores encarregam-se da saúde e da alimentação diária dos animais, muitodiversificada devido à grande variedade de espécies:muitos quilos de carne, peixe, feno, frutas e milho pre-enchem todas as suas necessidades nutricionais.

Preservação de espécies ameaçadas

A estrutura, moderna, está concebida de forma areproduzir as características ambientais dos habi-tats das várias espécies, proporcionando-lhes asmelhores condições de conforto, o que contribuilargamente para que o visitante observe animaismuito saudáveis e com comportamentos genuínos.O zoo está integrado numa rede internacional deparques temáticos e jardins zoológicos, que coope-ram entre si no desenvolvimento de programas deconservação de diversas espécies em vias de ex-tinção, como a pantera-das-neves, pinguim de Hum-boldt, mabeco, hipopótamo-pigmeu, damalisco,curaçau-de-capacete-setentorial ou o ganso-do-havai. Contribuir para melhorar o futuro das deze-nas de espécies ameaçadas em todo o mundo é umdos objetivos do zoo que proporciona, ainda, todasas condições de comodidade a quem o visite, no-meadamente a nível de infraestruturas de apoio comobares, restaurantes e parques de merendas.

www.zoosantoinacio.com

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universidade

Dois séculos de ensino

“Dois Séculos: Instrumentos Científicos na His-tória da Universidade do Porto” é o nome da exposi-ção que reúne uma panóplia de instrumentos liga-dos ao ensino e à investigação experimental doespólio do Museu de Ciência da Universidade doPorto (U.Porto).

São centenas de instrumentos científicos, commais de duzentos anos, que estão em exposição noMuseu Nacional de Soares dos Reis e que perpetu-am a memória da instituição. Cada um tem a suahistória, o seu “percurso” nos corredores da univer-

sidade, sendo, todos eles, testemunhos silencio-sos de avanços e dificuldades que a U.Porto encon-trou pelo caminho.

Entre o extenso rol de instrumentos científicos,encontram-se peças raras como o pêndulo de se-gundos, o objeto mais antigo do espólio, que datade 1798. A esta preciosidade juntam-se outras comoo fonógrafo de Edison, aparelho que demonstrou pelaprimeira vez a possibilidade de registar e reproduzirum som repetidamente, foi adquirido em 1878 echegou à universidade como novidade tecnológica

da Ciência em exposição

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centenário

Centenas de instrumentoshistóricos, utilizados desde as

origens da Universidade do Porto,transferiram-se temporariamentepara o Museu Nacional de Soares

dos Reis. São dois séculos dehistória marcados por uma

diversidade de objetos como opêndulo de segundos, o mais

antigo do espólio, ou a máquina decalcular “Millionaire”, que pesa 40quilos e é capaz de fazer as quatro

operações aritméticas.

Texto: Marta Almeida CarvalhoFotos: U.Porto

e estrela da Exposição Internacional de Paris, tendocustado à instituição “sessenta e tal mil reis”.Esta quantia foi retirada da verba total de 100 milréis, atribuída ao Gabinete de Física. A “Millionai-re”, antepassada das máquinas de calcular, apesarde ser capaz de realizar as quatro operações arit-méticas, pesa cerca de 40 quilos e é a antítese dasmáquinas atuais, tecnologicamente muito avança-das e que cabem em qualquer bolso.

Peças de «origem»

Bússolas de marear, barómetros e astrolábios dasaulas de Astronomia, passando pela sereia acústi-ca para medir a frequência do som, do gabinete deFísica da Academia Politécnica, ou pelo projetor

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universidade

• De junho a setembro 20117.ª Universidade JúniorPrograma de cursos de Verão desenvolvido pelauniversidade com o objetivo de desper tar nos jo-vens - entre os 11 e os 17 anos - o interesse peloconhecimento, ajudando-os, ao mesmo tempo,nas suas opções vocacionais. Integra ainda umprograma geral e escolas de introdução à investi-gação (Física, Matemática, Química, Línguas, Hu-manidades e Ciências da Vida e da Saúde), espe-cialmente vocacionadas para os jovens do ensinosecundário.

• De 20 a 27 de junho 2011XXXIV Congresso Mundial da Vinha e do VinhoLocal: Centro de Congressos e Exposições da Al-fândegaDedicado ao tema “A construção do Vinho – UmaConspiração de Saber e de Ar te”, este eventoresulta de uma organização da associação “UmPor to para o Mundo”, da qual faz par te a Univer-sidade do Por to.

• 24 de junho 2011Regata dos Barcos RabelosEm pleno dia de S. João, uma embarcação comvela e tripulação da Universidade do Por to vaipar ticipar na tradicional regata de barcos rabelos,no Rio Douro. Trata-se de mais uma forma dereforçar os laços da instituição com a cidade.

• Julho 2011Exposição “Coleção Egípcia da Universidade doPor to”Local: Reitoria da U.Por to / Praça dos LeõesExposição que reúne a coleção de cem peçasoferecidas à Universidade no início do século XX e

que, para além da sua raridade e valor, permiteconhecer melhor a história de tão impor tante civi-lização antiga.

• Setembro 2011Exposição “As Preciosidades Bibliográficas da Uni-versidade do Por to”Local: Biblioteca Almeida GarrettExposição de obras bibliográficas que integram oacervo das Bibliotecas da Universidade do Por toe são o reflexo do desenvolvimento do conheci-mento ao longo dos séculos.

• Até 29 de setembro 2011Ciclo de Conferências “Conhecimento na U.Por to”Hora: todas as quintas-feiras às 18h30Local: VáriosAté ao próximo mês de setembro, os finais detarde de quinta-feira serão ocasião para conhecere debater, na primeira pessoa, o conhecimentocientífico produzido na Universidade do Por to. Esteciclo vai atravessar diferentes locais do Campusda universidade e conta com a par ticipação deinvestigadores das mais diversas unidades de I&Dsedeadas na instituição.

cinematográfico Imperator, de 35mm, são objetosque estão, agora, acessíveis a todos aqueles quevisitem o museu.

Inserida nas comemorações do centenário daU.Porto, a mostra conta centenas de histórias atra-vés dos diversos instrumentos expostos e estarápatente até 30 de Outubro de 2011. A exposição écomposta por vários instrumentos didáticos quepermitem ao visitante ter a noção de como no pas-sado se solucionavam determinadas questões ci-entíficas e calcular a eficácia dessas ações. O vi-

sitante pode também avaliar alguns objectos maismodernos, comparar com os antigos e conhecer asua evolução ao longo da história.

A grande parte das peças em exposição são dasorigens da U.Porto, provenientes das aulas de Náu-tica, Desenho e Matemática da Real Academia deMarinha e Comércio (1803-1837), dos Gabinetesde Física, Química e de História Natural da Acade-mia Politécnica (1837-1911) e dos Laboratóriosde Física, Química, Mineralógico e Geológico daatual Faculdade de Ciências.

Próximas iniciativas U.Porto

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centenário

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destinos

Partir à descoberta da Galizaé agora mais fácil para todos

aqueles que queiram desvendaros mistérios da região. Mais deuma centena de variadíssimos

pacotes turísticos sãodisponibilizados a todos os tiposde público, através do programa

“Vive Galicia”. E são imensossegredos por revelar...

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galiza

a revelar

Fotos: Turgalicia / Alberto Trabada-Viú Foto

Segredos43

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destinos

“Vive Galicia” é um programa de divulgação daoferta turística da Região da Galiza que oferecemais de uma centena de pacotes turísticos aos vi-sitantes, divididos por diversas áreas temáticas.Através deste programa, o visitante poderá desfru-tar de 122 pacotes de Turismo Experimental, queconta, este ano, com mais 50 ofertas relativamentea 2010, divididas por áreas: Caminho de Santiagoe Santuário; Turismo Náutico e Marítimo; TurismoRural e Ativo; Turismo de Saúde; Turismo Gastronó-mico e Enoturismo; Turismo de Golf; Turismo Aces-sível e Urbano.

Promover a região

“Vive Galicia” disponibiliza aos visitantes umagrande diversidade de elementos concebidos comuma dupla finalidade: promover o Turismo da regiãoe garantir a qualidade de todos os serviços presta-dos. O programa “Vive Galicia 2011” foi criadopara proporcionar experiências fantásticas aos vi-sitantes. Integrado nas comemorações do 8º Cen-tenário da Consagração da Catedral de Santiago de

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galiza

Compostela, o programa visa, ainda, a promoçãoda Cidade da Cultura, o Turismo de Saúde e daspaisagens naturais mais caraterísticas da regiãogalega: rurais, marítimas e fluviais.

Respirar cultura

“Vive Galicia 2011” dá-lhe a possibilidade deconhecer as referências históricas e universais des-ta região de Espanha como o Caminho de Santiago,o primeiro trilho histórico de um caminho multicul-tural e cosmopolita; o Cabo Finisterra, o ponto maisocidental da Europa; a Ribeira Sacra, que concentrao maior número de mosteiros de Espanha; a «Hostaldos Reis Católicos», em funcionamento desde hácinco séculos; a Praia de Rodas, considerada comoa melhor do mundo pelo «The Guardian»; a Torre deHércules, o farol romano ativo mais antigo do mun-do; a Muralha de Lugo, a muralha romana mais bemconservada, ou os «Acantilados de Teixeira», asserras mais altas do continente europeu.

Informações sobre preços e consulta do catálogodos pacotes turísticos em www.vivegalicia.es

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desporto

A época de 2010/2011 foi recheada de vitórias azuis e brancas quetornaram o FC Porto no clube com mais títulos na história do futebolportuguês. Depois da conquista da Supertaça e de se sagrar campeãonacional sem derrotas, em abril, os «dragões» venceram a LigaEuropa, repetindo, assim, o feito de 2003, em Sevilha. A estes títulos,o clube juntou, ainda, a Taça de Portugal, que conquistou pela terceiravez consecutiva, na sétima dobradinha da sua História. Termina,assim, em grande o ano dos dragões, que teimaram em pintar aInvicta de azul e branco. Parabéns ao campeão!

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fc porto

O anodo Dragão

Texto: Marta Almeida CarvalhoFotos: Virgínia Ferreira

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desporto

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fc porto

“Este é nosso destino”. Foi com este slogan queo FC Porto encerrou uma época de conquistas e quese veio a revelar como uma espécie de premonição:no futebol, o destino foi mesmo o de ganhar quatrodas cinco provas onde os dragões estavam envolvi-dos, e às quais se juntaram os títulos de campeõesnacionais de sub-19, andebol, hóquei em patins ebasquetebol.

Futebol foi «rei»

Uma equipa coesa, um plantel de luxo e um jo-vem treinador audaz foram argumentos mais quesuficientes para partir à conquista de uma épocacheia de emoções, que terminou verdadeiramenteem «ouro sobre azul». Foi mais uma Supertaça, umcampeonato nacional, uma Liga Europa e uma Taçade Portugal a acrescentar ao já extenso palmarés doclube azul e branco que parte, agora, à conquista daEuropa, com acesso direto à Liga dos Campeões.Um ano de festas para os adeptos, que não se can-saram de sair à rua para celebrar as vitórias doclube. O nome «Porto» foi, uma vez mais, projetadoa nível internacional, e o azul e branco dominou nopaís e na Europa. E lá diz a canção: “Esta vida dedragão, só dá campeão!”.

Fern

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Sant

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momentos

O Twin’s Baixa continua a oferecer, de segunda asábado, um vasto leque de festas animadas onde aboa disposição é o ingrediente principal. Dois anosdepois da abertura das suas portas, continua a serum espaço de eleição na baixa portuense, com umaexperiente equipa de trabalho e cocktails especi-ais que fazem as delícias dos clientes.

momentos

Boa disposiçãoé o ingrediente principal

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momentosmomentos

Marc by Marc Jacobs no Porto

A etiqueta Marc by Marc Jacobs escolheu o re-novado bairro da baixa no Porto para inaugurar a suasegunda loja em Portugal, localizada na Rua dasCarmelitas n.º 70, num edifício com uma bonita

fachada inspirada na arte nova. Apesar de ser umbairro tradicional, adaptou-se a um novo modo devida com um espírito renovado, repleto de públicojovem, rodeado de bares, restaurantes e do núcleodas faculdades que tornam o lugar único.

Num espaço com muita luz, são apresentadas ascoleções de pronto-a-vestir para homem e senhora ea coleção de acessórios, perfumes, relógios, óculosde sol e produtos especiais e únicos de Marc byMarc Jacobs. O cocktail de inauguração, organizadopela empresa Batata Cerqueira Gomes, foi um mo-mento muito especial, num animado fim de tarde.

A Loja irá estar aberta de segunda a sábado sen-do que às quintas, sextas e sábados só encerra às23h00.

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1 – Vista geral2 – Carlota e Batata Cerqueira Gomes3 – Artur Miranda, Raquel Cerqueira Gomes e Jack Beck4 – Belkiss Costa Oliveira, João Caiano e Joana Mexia5 – Márcia Barros, Domingas Leite Castro, Sara Brandão,Patricia D´Orey e Marta Mexia6 – Mª Augusta Osório de Castro, Manuel Castro Lemos,Isabel Castro Lopes e Marina Costa7 – Marina Costa, Filipa Cortez e staff8 – Manel Guedes, Batata Cerqueira Gomes e Pedro Santos9 – Paulo Lobo e Rita Almada10 – Catarina Marques Pinto e Nuno Ribeiro11 – Mafalda Fernandes e Marta Sousa12 – Manela Saldanha e Vera Deus

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Fotos: Rui Barroso

O Twin’s Foz conta com umanova gerência, uma equipa jo-vem e dinâmica que está a daruma nova alegria ao Twin’s doPasseio Alegre. As noites lowcost, às quintas-feiras, e astemáticas de fim-de-semanasão as grandes atrações doespaço. Batata Cerqueira Go-mes e a sua empresa de even-tos integram a nova equipa,que promete surpreender.

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Uma equipajoveme dinâmicaestá a daruma nova alegriaao Twin’s Foz

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1 – José Luis Branco e Mariana Castro Moreira2 – Iolanda Sena e Catarina Marques Pinto3 – Fernando Gomes e Ivo Alves4 – Nelson Ribeiro e Sónia Pedra5 – Diana Veloso, Angie Guadalupe e Inês Guimarães6 – Inês Guimarães e Angie Guadalupe7 – Diana Veloso, Lala Ferreira e Catarina Gomes8 – Susana Duarte, Miguel Vieira, Susana Vale e Rui Maciel9 – Raquel e Catarina Jacob10 – Luciana, Eduardo, Filipa, Joana e Diana

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momentosmomentos

11 – João Loureiro e Maria Pinto de Sousa Loureiro12 – Nuno Costa, Renata Gomes, Renato Brasil, Sandra Sá e Manuel Anselmo

13 – Raquel, Batata e Carlota Cerqueira Gomes com Francisco Miranda14 – Pedro Garcia e Daniela Martins

15 – Rodrigo e Márcia Barros16 – Miguel Barros e Inês Guimarães

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«Mare Nostrum»

“O mar sem fim é português”.Quem o afirmou, um dia, foium dos maiores poetaslusitanos, Fernando Pessoa. AMarinha é o ramo mais antigodas Forças Armadas, ou nãofosse Portugal um país demarinheiros e descobridores.Para além do âmbito militar,são diversas as vertentes queintegram a Marinhaportuguesa e que lheconcedem um duplo uso. Dopatrulhamento da costa aosalvamento marítimo,passando pela coordenaçãodas diversas atividades e daAutoridade e Políciamarítimas, são estas asvertentes mais utilizadas noNorte do país.

Texto: Marta Almeida CarvalhoFotos: Jorge Aguiar

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A ação da Marinha Portuguesa divide-se em duas com-ponentes: militar e não-militar. O poderio naval encon-tra-se estacionado em Lisboa, sendo também na capitala base da armada portuguesa. O Comando Naval, verten-te militar, centra-se principalmente na defesa e apoio àpolítica externa, onde estão integradas a componentenaval e as ações no âmbito dos acordos internacionais.Relativamente à segurança e autoridade do estado, e deacordo com o Comandante da Zona Marítima do Norte,Manuel Mendes dos Santos, a Marinha conta, uma vezmais, com um duplo uso: a componente naval e a Auto-

ridade Marítima. “Entre ambas estão distribuídas umasérie de ações nomeadamente de salvamento da vidahumana no mar, patrulhamento, vigilância e fiscalizaçãoda pesca, assinalamento marítimo (garantir o bom funci-onamento dos faróis ao longo da costa, infraestruturasfundamentais para uma boa navegação) e ações em quea Marinha possa intervir como agente da Protecção Civil,nomeadamente através do Instituto de Socorros a Náufra-gos (ISN), uma infraestrutura também ela sob alçada daMarinha”, refere.

Autoridade Marítima Nacional

Integrados no Sistema de Autoridade Marítima (SAM)encontram-se a Polícia Marítima e a Direcção Geral daAutoridade Marítima (DGAM). Desta fazem parte osDepartamentos Marítimos e as Capitanias dos Portos,que se dirigem, basicamente, às comunidades piscató-rias, à navegação de comércio, recreio e marítimo tu-rística, e às quais compete a execução de actos admi-nistrativos aplicados a este tipo de utentes, nomeada-mente a emissão de licenças, vistos em documentos eregisto de embarcações. Da DGAM fazem parte orga-nismos como o ISN, a Direcção de Faróis, a Escola daAutoridade Marítima e o Serviço de Combate à Poluiçãono Mar por Hidrocarbonetos, todas elas vertentes ati-vas da Marinha Portuguesa.

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Combate às atividades clandestinas

As noites de lua cheia são de grande azáfama para osagentes do Comando Local da Polícia Marítima do Dou-ro. Sob a sua jurisdição encontra-se uma grande exten-são do rio, onde a atividade piscatória clandestina tei-ma em persistir, sob determinadas condições. Conside-rado um petisco «de luxo», o «meixão» é um peixe mi-núsculo, conhecido pelo nome popular de «louras» ou«angullas», uma espécie protegida mas muito aprecia-da sobretudo pelos espanhóis, que pagam cerca de 300euros por quilo. Na lua cheia, o «meixão» sobe o rio paraa desova e à sua espera tem diversas armadilhas. Asredes de captura são deixadas com uma pequena bóia,de cor discreta para que não seja perceptível a olho nu,para serem recolhidas passadas algumas horas. É nesteperíodo que as embarcações dos agentes policiais des-cem o rio no sentido de desmantelar as armadilhas, cujaapreensão se espera que desencoraje a atividade. “Asarmadilhas são caras, principalmente as âncoras que assustêm. A destruição das que são apreendidas pretendeser dissuasora da ilegalidade em que incorrem estaspessoas, que têm nesta atividade o lucro fácil”, refereBelarmino Moreira, 2º comandante local da PolíciaMarítima do Douro.

Mas se as ações de fiscalização e patrulhamento naárea que abrange o rio estão sob a alçada da capitaniado Douro, as que se desenrolam já em alto mar são da

Polícia Marítima

Sob o comando da Marinha, e integrada na estruturaoperacional da Autoridade Marítima, encontra-se a Po-lícia Marítima (PM), uma força armada e uniformiza-da, dotada de competências especializadas e compos-ta por militares e agentes militarizados. O pessoal daPM é considerado órgão de polícia criminal para efei-tos de aplicação da legislação, sendo os inspetores,subinspetores e chefes considerados autoridades depolícia criminal. A PM garante e fiscaliza o cumpri-mento das leis e regulamentos na área de jurisdiçãomarítima nacional, nomeadamente em espaços inte-grantes do domínio público marítimo, em águas interi-ores de jurisdição nacional. Para além das ações defiscalização aos portos comerciais e dos atos neces-sários com vista à concessão do despacho de largadade navios e embarcações nas zonas portuárias, a fisca-lização a embarcações que se encontrem em atividademarítima é, também, uma das competências desta for-ça policial. Fiscalizar a carga, a atividade da pesca,peso e tamanho do pescado, redes e equipamento fazparte do quotidiano da força que garante ainda o com-bate a ilegalidades no âmbito da pesca clandestina. Opatrulhamento costeiro terrestre também se encontrasob a sua jurisdição, fiscalizando, ainda, os equipa-mentos de lazer ao longo da costa, licenciamento deobras e atividades nas praias.

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responsabilidade da de Leixões. Um grupo de agentessai ao encontro das embarcações que se encontram ematividade, no sentido de fiscalizar a pesca. “Os pesca-dores estão muito mais conscientes do cumprimento dalegislação do que estavam há alguns anos atrás”, refe-re José Barbosa, 2º comandante da PM de Leixões,salientando que a fiscalização também é “mais aperta-da”. Em causa está a segurança de quem trabalha nomar. De acordo com o agente Aníbal Rosa, o facto dedescurarem um simples gesto, como a colocação docolete salva-vidas, pode ser fatal. “Alguns dizem quenão dá jeito para trabalhar mas são de extrema impor-tância para a sua segurança”, garante. Um navio degrande porte acaba de atracar em Leixões e a verifica-ção da proveniência, tripulação e carga é necessáriapara que possa permanecer no porto. Os procedimentossão efetuados pelos elementos da força policial e ocontacto é feito com o comandante da embarcação ecom o representante do armador. O «Celtic Freedom»transportava uma grande carga de ferro e teve «luz ver-de» para continuar a sua atividade, quer em termos delogística, quer de tripulação. O patrulhamento da orlacosteira, a vistoria de obras e licenciamentos de cons-truções, bem como a fiscalização de todas as ativida-des junto às praias são também da competência destapolícia. Dois agentes destacados para o local, patru-lham a área e verificam as licenças da pesca amadoraque se desenrola nas várias praias da sua jurisdição.“Muita gente não sabe as regras e pensa que para pescarà linha não é preciso licença. A nossa função, paraalém da de penalizar, é também, a de prevenção e dealerta junto destas pessoas”, explica o agente JoséCorreia. O controlo e prevenção balnear também fa-zem parte das competências desta força policial.

Meios operacionais

A Marinha conta com uma grande diversidade demeios operacionais, nomeadamente aéreos, anfíbios,de superfície e subsuperfície. A componente aérea daMarinha é formada por uma esquadrilha de helicópte-ros, que realiza missões de caráter militar e de carizsecundário - transporte de carga e pessoal, reconheci-mento, de busca e salvamento. Os meios anfíbios sãoconstituídos pelos Fuzileiros, a unidade especial damarinha, uma força de desembarque e combate, comcapacidade para operar no mar e em terra, dada aversatilidade dos seus homens altamente treinados.Os meios de subsuperfície são constituídos pelasequipas de mergulhadores e submarinos da armada,sendo que todos os outros navios, fazem parte dosmeios de superfície desta força.

A bordo do “Cacine”

O “Cacine” é um navio-patrulha ao serviço daMarinha Portuguesa, que conta com uma tripulaçãode 33 homens. Construído em 1969, durante a Guer-

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ra Colonial, foi o primeiro de um conjunto de deznavios, dando, por isso, o nome à classe “Cacine”,em homenagem ao rio mais a sul da Guiné, na épocauma província portuguesa. O navio foi feito para de-sempenhar operações de patrulha costeira e dos riosportugueses em África, e efetuou um conjunto de mis-sões de “serviço público” nomeadamente ao nível dafiscalização da pesca, repressão do contrabando, bus-ca e salvamento e controlo da poluição no mar. Termi-nada a comissão de serviço em Janeiro de 1975, o“Cacine” iniciou um período de intensa atividade ope-racional, com destaque para missões na Zona Maríti-ma da Madeira, cruzeiros ao longo da costa continen-tal e vários exercícios conjuntos com outras unidadesnavais e aéreas. Apesar da intensa taxa de operacio-nalidade, o navio continua a sua atividade com açõesde salvamento no mar, apoio às populações, nomea-damente na Madeira, fiscalização da pesca e combateà poluição, tendo participado nas operações de com-bate ao derrame em Porto Santo e de afundamento donavio “Prestige”. Apesar de vocacionado para o patru-lhamento da costa e salvamento, a fiscalização daatividade piscatória faz também parte da sua ação

quotidiana. Em alto mar, a Viva acompanhou essavertente de atuação da tripulação do navio. O “Cami-nho da Luz” e o “Jaimito” encontravam-se na faina e odia rendera uma “pescaria razoável”. Entre raias, pol-vos, pescadas e robalos, havia muito peixe para pesare redes para medir. “O material de apoio a esta ativi-dade é fundamental para a garantia de que as regrasestão a ser cumpridas”, refere Tiago Mendes, guardamarinha, salientando a importância da precisão dosmeios complementares. “As redes têm determinadosdiâmetros consoante o pescado e há aparelhos de quenos servimos para fazer essa medição que tem de serrigorosa e fiável”, assegura. Toda a pescaria tem deestar devidamente registada a bordo, nomeadamentea espécie, quantidade e peso, em relatórios que tam-bém são inspecionados pela tripulação. Para além doproduto da pesca, os instrumentos de bordo, a presen-ça de coletes salva-vidas, de material de sinalizaçãoe de extintores, bem como a sua validade são tambémverificados pelos marinheiros. A guarnição do “Caci-ne”, constituída por três oficiais, seis sargentos e 24praças, tem como primeiro comandante o tenente Ne-ves Cabrita.

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da aguardenteO largo

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memórias

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praça do marquês

A Praça do Marquês de Pombal, antigamente deno-minada de Largo da Aguardente, por se realizar nestelocal o mercado da aguardente, fazia parte de umaenorme quinta que se situava no limite da zona urba-na, a Norte. A praça constituía uma das barreiras dacidade, uma espécie de «alfândega» onde eram cobra-dos impostos sobre as mercadorias que cá entravam.Até meados do século XIX, funcionou como uma im-portante linha de defesa da cidade, quer durante asInvasões Francesas, quer no Cerco do Porto. Por voltade 1850, a praça tinha já a configuração atual e pos-suía uma alameda que foi ajardinada em 1898 quan-do também recebeu o coreto de ferro, oferta dos habi-tantes da zona. Foi também neste local que foi cons-truída, em 1870, a praça de touros da Aguardente que,junto com a da Boavista, formaram os dois únicoslocais de corridas de touros na cidade do Porto.O nome atual da praça foi-lhe atribuído em 1882, emhomenagem ao estadista Sebastião José de Carvalhoe Melo, o Marquês de Pombal. Foi ministro durante oreinado de D. José I tendo governado despoticamente,sendo de destacar a sua ação na reconstrução de Lis-boa após o terramoto de 1755.

Durante o século XIX, no limite Norteda zona urbana do Porto, existia umapraça denominada de Largo daAguardente por ali se realizar omercado da aguardente. O localfuncionava como uma espécie defronteira, onde todas as mercadoriasque o transpusessem estavam sujeitasa impostos e constituiu umaimportante linha de defesa da cidade.Hoje, mais central, é conhecido pelotopónimo Marquês de Pombal.

Texto: Marta Almeida CarvalhoFotos: Virgínia Ferreira

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iniciativa

Metallic PaintChampagne(ref. A638)

Tela Tassoglas +Metallic Paint Silver(ref. Z550)

Transforma Lisboa

Numa vertente de reabilitação urbana, estudantesde todo o país voltaram a unir-se para conferir umanova cor a três espaços da cidade de Lisboa, noâmbito da 4.ª edição do CIN RE-MAKE, projeto quevisa a transformação de elementos citadinos atravésde uma aposta na cor e nas potencialidades da arte.

Inspirados na música “Lisboa que me encontra”,trabalho de Tiago Bettencourt criado especificamen-te para a iniciativa, alunos das faculdades de ar-quitetura, belas artes e design aceitaram o desafiode interpretar, graficamente, cada verso do cantor,transformando os muros da cidade numa verdadeiraExposição Contemporânea de Cor.

Ao som da música de Tiago Bettencourt, estudantes do ensinosuperior transformaram três espaços urbanos da capitalnuma Exposição Contemporânea de Cor.

A edição de 2011 do CIN RE-MAKE está visívelnas principais artérias e zonas centrais de Lisboa -Rua José Gomes Ferreira às Amoreiras, Avenida deCeuta e 2.ª Circular – durante os próximos seis me-ses. A mostra integra trabalhos de alunos da Faculda-de de Arquitetura da Universidade Técnica de Lisboa,Escola Técnica de Imagem e Comunicação (ETIC),Instituto de Artes Visuais, Design e Marketing (IADE),Instituto de Criatividade, Artes e Novas Tecnologias(RESTART), Faculdade de Belas Artes da Universida-de do Porto (FBAUP), Universidade Católica do Porto,Escola Superior de Artes e Design (ESAD) e EscolaSuperior Artística do Porto (ESAP).

numa pauta colorida

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cin

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televisão

Expansão em cursoO Porto Canal tem vindo a alargar a sua área de cobertura contando já com cinco delegações no Norte do país. Juan Figueroa, diretordo canal, salienta a necessidade deste crescimento no sentidode “dar voz” a cada vez mais pessoas, sendo que a atualidadeé um dos fatores com maior importância.

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porto canal

Texto: Marta Almeida CarvalhoFotos: Porto Canal

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televisão

Cinco delegações regionais

O Porto Canal conta já com cinco delegações re-gionais. A estação televisiva passou, assim, a con-tar com instalações em Penafiel, abrangendo o terri-tório do Tâmega e Vale do Sousa, Mirandela, esten-dendo-se ao território de Trás-os-Montes, Arcos deValdevez, abrangendo o Alto Minho, Guimarães, quecobre o território do Cávado e Ave, e Vila Real, noAlto Douro.

As várias delegações, que permitem uma maiorcapacidade operacional para assegurar a coberturainformativa na região Norte do país, estão dotadasde materiais com as mais avançadas tecnologias.“A recolha de imagens e a elaboração das reporta-gens, bem como a capacidade do seu envio imedia-to, asseguram a grande atualidade do Porto Canal nacobertura da região Norte”, garante Juan Figueroa,diretor do canal nortenho.

Este é o primeiro passo para a abertura de umavasta rede de delegações regionais, com as quais oPorto Canal espera vir a dar maior visibilidade àsprincipais comunidades nortenhas, tendo-se, assim,iniciado um processo de descentralização informati-va a partir do Grande Porto, onde está sedeado. “Que-remos também proceder à criação de pequenos estú-dios nestas delegações, onde possamos receber con-vidados para que não tenham que se deslocar aoPorto”, refere, salientando que, a médio prazo, a ideiaé abrir uma delegação também em Lisboa. “Faz todoo sentido porque na capital tomam-se decisões queinterferem com a região Norte”, sublinha.

«Será assim tão difícil?»

Não há dificuldade nenhuma em assistir a estatertúlia, cujo objetivo é o de valorizar a regiãoNorte, olhando de forma crítica o centralismo do

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porto canal

país. As conversas à volta de diversos temas,diretamente ligados ao Norte, são exploradas porum painel que inclui o jornalista Jorge Fiel, oempresário António Souza-Cardoso e o jurista RuiVicente que, todas as semanas debatem ques-

tões importantes para a região com um convida-do. “Somos três pessoas diferentes com um fatorem comum: o amor pelo Porto e pela região”,refere Jorge Fiel, um dos elementos fixos da ter-túlia. O programa, com duração de 60 minutos,vai para o ar todas as terças-feiras, pelas 22h, erepete à 4ª, às 13h.

«A Jornada»

Todas as sextas-feiras, pelas 22h, no programa «AJornada», Tiago Marques traz a estúdio um painel dequatro jornalistas convida-dos, para debater e fazer aantevisão da jornada da se-mana. Neste espaço fala-se de golos, de momentosúnicos do futebol, de novasapostas, e de previsõespara o futuro do campeona-to. Os telespectadores po-dem intervir no programaatravés de chamadas tele-fónicas em direto.

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porto.come

“I Shot the Chef” foi uma das novidades doPorto.Come, que decorreu de 26 a 29 de maio, na Al-fândega do Porto. O desafio, lançado à Escola SuperiorArtística do Porto (ESAP) visava dar a conhecer jovensartistas e associar a arte da gastronomia à fotografia.

Os Chefes fotografados foram alguns dos grandescozinheiros dos Restaurantes que integraram a Rota doGosto, que juntou 34 restaurantes da cidade. Coubeaos fotógrafos captarem a vida que transparece numacozinha através de um artista gastronómico. Os seleci-onados tiveram os trabalhos expostos no Porto.Come,com destaque para a vencedora, Gabriela Gomes, quefoi a Fotógrafa Oficial do Porto.Come 2011.

O evento juntou milhares de pessoas para provasgastronómicas. O Continente foi, pelo segundo ano con-secutivo, o patrocinador oficial, tendo marcado presen-ça com o Clube de Produtores, Continente Gourmet eTake Away.

O que diz o júri…

Eunice Silva - Diretora Comercial de Perecíveis ePresidente do Clube de Produtores SONAE

“É com grande satisfação que nos associamos àiniciativa do Porto.Come 2011 “I Shot the Chef”, umconcurso com os alunos da ESAP que vai encontrar ofotógrafo oficial do evento. O projeto é interessanteuma vez que tem como principais objetivos não só

Gastronomia e arte

no Porto.Come

estimular e promover a criatividade destes jovens ar-tistas, como também dar a conhecer o seu talento eapoiar o seu início de carreira. Podemos considerar queeste é um veículo importante de valorização dos produ-tos portugueses, com os quais o Clube de ProdutoresSonae se identifica, associando-se a mais uma inicia-tiva Continente de promoção da produção nacional.”

Rui Lourosa - Diretor do Curso Superior de ArtesVisuais – Fotografia

“’Os olhos também comem...’ Velho e sábio adágio,que verifica o que se tem passado desde sempre nodomínio da imagem fotográfica de comida: a fotografiasustém a imagem essencial de um prato e coloca oapetite em suspense. No desafio colocado peloPorto.Come, os alunos tentaram objetivar o papel docozinheiro em fotografias.”

Chefe Hélio Loureiro -Comissário Porto.Come

“Fotografar comida étalvez das ações fotográ-ficas mais difíceis, poispara além de ser necessá-rio mostrar a tridimensio-nalidade do objeto fotogra-fado, é preciso apelar aossentidos sensoriais queum prato de comida co-munica. (…) Fotografarcomida é, pois, um ato de apelo a todos os sentidos, daía complexidade da fotografia, uma vez que a especiali-zação de fotógrafos de alimentação é hoje mais quenecessária pois nunca a gastronomia esteve tanto namoda como hoje.”

Manuel Serrão - Organização Porto.Come“A gastronomia é uma forma de arte. Quisemos tor-

nar esta edição do Porto.Come inesquecível através deuma outra forma de arte: a fotografia. Lançámos o desa-fio à ESAP para que alguns dos seus alunos nos ajudas-sem a mostrar a emoção, a energia e a cor por detrás decada prato, de cada cozinha, de cada ingrediente. Ovencedor do desafio foi nomeado fotógrafo oficial doPorto.Come e foi para nós um orgulho dar a conhecer otalento destes jovens artistas e, esperamos nós, assis-tir ao lançamento de uma brilhante carreira.”

Gabriela Gomes

Lisa Dunke

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portuguese fashion news

Cláudia Garrido, da Escola Superior de Artes e De-sign (ESAD), com tecidos Adalberto Estampados, Eduar-da Brandão, do Citex, com tecidos Texwool e Amandi-ne Zimmermann, da Universidade da Beira Interior,com tecidos Albano Morgado S.A. foram as três ven-cedoras do concurso Jovens Criadores, desenvolvidopela Associação Seletiva Moda no âmbito do projetoPortuguese Fashion News (PFN).

15 alunos, representantes de 10 escolas de modaportuguesas, foram sujeitos a várias fases de avalia-ção, mas acabou por ser Cláudia Garrido a conquistaro primeiro lugar do pódio, na final realizada no CaceCultural do Porto, no dia 13 de maio.

PFN distinguiujovens talentos

Do júri do concurso fizeram parte quatro profissio-nais ligados ao mundo da moda nacional: AlexandraFrança, representante da empresa Lona, Teresa Mar-ques Pereira, da empresa Onara, Sara Oliveira, jorna-lista do JN e a estilista Elisabeth Teixeira.

Aproximar as escolas de moda da indústria é um dosobjetivos do concurso Jovens Criadores, que pretendedesafiar o setor a um aumento da inovação, através deuma aposta na originalidade dos mais novos.

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através dos tempos

Imponênciae «glamour»

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palácio das cardosas

O Mosteiro dos Lóios, ou Paláciodas Cardosas como é vulgarmente

conhecido, é um dos maisopulentos edifícios da cidade e da

Baixa portuense. Construído noséculo XV para os cónegos da

Ordem de S. João Evangelista, oedifício transforma-se, agora, num

sumptuoso hotel, onde seráreaberto um dos cafés mais

tradicionais da cidade que sesituava naquele local: o Astória.

Texto: Marta Almeida CarvalhoFotos: Virgínia Ferreira

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palácio das cardosas

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através dos tempos

Próximo ao local onde se situa a Palácio das Cardo-sas passava a Muralha Fernandina. No interior da «cer-ca», no último quartel do século XV, o Bispo D. João deAzevedo fundou um mosteiro para os Cónegos Secula-res da Ordem de S. João Evangelista, conhecidos porfrades Lóios, ou Elóis, que ali tinham a sua igreja erespectivo claustro – o Mosteiro de Santo Elói ou dosLóios. Uma doação generosa permitiu-lhes, inicialmente,a construção de uma pequena ermida, que anos maistarde viria a ser substituída por uma sumptuosa igrejacom fachada para o Largo dos Lóios. No final do séculoXVIII, o mosteiro encontrava-se em avançado estado dedegradação, sendo que os cónegos deram início à suarequalificação, que contemplava uma nova fachada vi-rada para a Praça Nova, atual Praça da Liberdade, epasseio adjacente. Em 1798 começaram as obras derequalificação do convento e de construção da fachada,da autoria do arquiteto José de Champalimaud. A época

conturbada que se viveu no início do século XIX, com asguerras liberais e a entrada do exército de D. Pedro noPorto, para libertar a cidade, viria a ditar a fuga daOrdem religiosa dos Cónegos dos Lóios, apoiantes doabsolutismo de D. Miguel, deixando as obras de requa-lificação do convento a meio.

O «Palácio das Cardosas» e o «Astória»

Com a extinção da Ordem, a Câmara do Porto tomouposse do edifício e colocou-o à venda em hasta públi-ca, sendo o seu comprador Manuel Cardoso dos San-tos, um negociante abastado que fez fortuna no Brasile que se comprometeu em acabar a fachada. Após asua morte, a viúva e as filhas, conhecidas como «asCardosas», herdaram o edifício, que passaria a serconhecido como o «Palácio das Cardosas», bem comoo passeio anexo que tomou a mesma designação po-pular. Do convento apenas chegou até aos nossosdias a fachada que os frades começaram a construir jáno século XIX. O edifício está localizado na Praça daLiberdade, denominada de Praça Nova antes da aber-tura da Avenida dos Aliados. Na esquina com a PraçaAlmeida Garrett - em frente à Estação de S. Bento -existia o Café Astória, um espaço secular muito tradi-cional na cidade, famoso não só por ser um ponto deencontro da elite burguesa, mas também pela comodi-dade do mobiliário.

através dos tempos

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palácio das cardosas

De acordo com o historiador Eugénio da Cunha Frei-tas, supõem-se que poderia haver, soterradas no lo-cal, algumas ossadas de figuras importantes da cida-de. “Agora, na Casa de Deus, em vez dos honradosfrades de Santo Elói, estão os gordos e opulentossenhores da Finança e da Indústria, perturbando, nafebre do negócio e do lucro, o eterno descanso detantas cinzas veneráveis que ali jazem”. Esta citaçãopoderá ser referente ao período em que o edifício foiocupado por sucessivas entidades bancárias.

Luxo no coração da Baixa

Depois de quase quatro séculos de história, e deter conhecido a sumptuosidade e a degradação, oedifício foi, agora, transformado num hotel de luxo– o Intercontinental Porto Palácio das Cardosas.Propriedade da IHG – Intercontinental Hotels Group,o palácio irá proporcionar uma nova vida ao centroda cidade, sendo que a sua construção está envoltaem grande luxo, onde não foram descurados os maisínfimos pormenores, numa clara conjugação de con-forto e de recriação histórica. A nova infraestruturaserá o primeiro «hotel de luxo internacional» locali-zada no coração do centro histórico e assume-secomo “um importante impulso para o desenvolvi-mento da região e um pólo de atração do turismo dequalidade, uma espécie de «embaixador» da ima-gem da cidade junto de mercados internacionaisestratégicos. O Intercontinental Porto - em cujamarca proprietária fez questão de manter a denomi-nação «Palácio das Cardosas», transformando-seassim no equipamento com o nome mais extenso dogrupo - está equipado com 105 quartos (Deluxe,Executive e 16 suites), restaurante, bar, ginásio eWellness Center e duas salas de reunião. Do equi-pamento faz, ainda, parte o «novo» Café Astória,devolvido à cidade de forma a preservar a sua «me-mória» aliando apontamentos decorativos de gran-de sumptuosidade, à semelhança de todo o edifício,num claro conceito de modernidade.

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águas do porto

Água de qualidade

O Pavilhão da Água, cuja funçãoambiental é realçada pordiversas experiências que

proporciona a crianças e adultos,é um infraestrutura fundamental

para o conhecimento sobre aágua e o seu ciclo. Integrada,agora, na empresa Águas doPorto, a estrutura conta com

cerca de 30 mil visitantes/ano eassume-se como uma peça

indispensável para a transmissãodas boas práticas ambientais.

Com a integração do Pavilhão da Água na sua estru-tura, a empresa Águas do Porto (AP) passou a detertoda responsabilidade do percurso da água na cidade.A educação ambiental vem juntar-se, assim, ao abas-tecimento de água, saneamento básico, águas pluvi-ais, ribeiras e praias, itens já geridos pela empresa

Texto: Marta Almeida CarvalhoFotos: AP

municipal. Para além da informativa, o Pavilhão daÁgua conta, ainda, com uma função pedagógica, sen-do visitado por milhares de alunos ao longo do ano.“Aqui podem perceber o ciclo completo da água, deforma sensitiva, bem como todos os fenómenos comela relacionados”, refere Poças Martins, da AP.

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Fotos: AP

Interação com o público

De forma a proporcionar experiências sensiti-vas a quem o visita, o Pavilhão da Água contaagora com dois novos espaços interativos: O pri-meiro permite visualizar e quantificar fugas deágua e explica a forma como são detetadas, atra-vés de um sistema de auscultação às condutas.No segundo foi colocada a maqueta de uma ribei-ra e o público é convidado a colocar peças deforma a animá-la. Para tal são disponibilizadosdiversos materiais didáticos, como plasticina epapel, a que o público dá forma, uma experiênciaque tem atingido um enorme grau de popularida-de. Recorde-se que o Pavilhão da Água esteverepresentado, recentemente, no Aqua Meeting,um certame internacional que se realizou na Al-fândega do Porto.

«Beba da nossa água»

De forma a garantir a boa qualidade da água portuensemas também ajudar as famílias numa lógica de poupan-

ça, a AP lançou um desafio: para além de só fazer bem àsaúde, se cada criança bebesse água em vez do habitualsumo que leva para a escola, isto permitiria uma poupan-ça de cerca de 50 cêntimos diários, o que, em termosmensais significa uma redução de 15 euros. E se umafamília optar também por beber água do abastecimentopúblico, em detrimento da engarrafada, a redução no or-çamento familiar pode chegar aos mil euros/ano.

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Atualidade

Surpreender os visitantes com descontos atraen-tes continua a ser uma das prioridades do Vila doConde The Style Outlets que, em 2011, está a apos-tar nas “Campanhas Quinzenais”, ações que apre-sentam, durante 15 dias por mês, um desconto adi-cional entre os 40 e os 70 por cento em produtos oulojas específicas.

Assim, cada mês terá uma “Quinzena” com des-contos especiais num determinado tipo de artigo.De 13 a 26 de junho haverá a Quinzena de Desportoe Praia; entre os dias 1 e 15 de agosto, a da Res-tauração; de 1 a 11 de setembro a do Regresso àsAulas e, em outubro, de 7 a 16, a Quinzena dosJeans. Para o mês de novembro ficarão reservados15 dias inteiramente dedicados ao Natal.

O centro pretende, desta forma, que os clientestenham a oportunidade de usufruir de vários des-contos adicionais durante o ano, de forma a fideli-zar os visitantes através de um conceito criativo. OVila do Conde The Style Outlets tem atualmentecerca de 140 lojas, com descontos entre os 30 e os70 por cento. Desde a sua abertura em 2004, járecebeu mais de 15 milhões de visitantes.

The Style Outletscom descontosdurante todo o ano

Vila

do

Cond

eAtualidade

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EDP

Net aproxima clientes82

EDP

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gás

Apoiada numa lógicada sustentabilidade, a EDP

Gás desenvolveu umaferramenta online, de

apoio à área comercial, quepermite uma amplavisibilidade sobre o

panorama deimplementação de novos

contratos. Os objetivos sãoos de adaptar o produto às

necessidades do cliente queganha, assim, maior

comodidade ao requerer osserviços da empresa semsair de casa, e diminuir o

uso do papel, numa lógicade ampliação de recursos

e de uma maior economia.

Agora já pode ter acesso ao Gás Natural sem sairde casa. A EDP Gás, através de um moderno siste-ma online, implementado pela empresa, chega jun-to dos clientes para apresentar as grandes vanta-gens do Gás Natural e todos os interessados podemrequerer a sua instalação sem sair de casa. Atravésde um computador portátil, o novo sistema permitea visualização imediata, por parte dos técnicos,das habitações já abrangidas e das que ainda nãoestão ligadas, facilitando novos mecanismos deoferta junto dos potenciais clientes.

No momento do contacto, os interessados podemproceder de imediato à contratação do Gás Natural.Para isso, basta introduzir o cartão do cidadão nocomputador portátil adaptado para o efeito e os da-dos são automaticamente transferidos para o apa-relho. A assinatura é digital, feita no próprio ecrã, eo cliente apenas recebe um formulário com as con-dições de funcionamento, juntamente com um pe-queno recibo. “Evitam-se, assim, as três cópias decerca de 15 folhas de papel que eram geradas ante-riormente”, refere João Dias Santos, diretor comer-cial e de redes da empresa.

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EDP

Gás Natural- maior economia, mais ecologia

O aquecimento de ambiente a Gás Natural é umasolução que oferece vários níveis de desempenho euma redução significativa nos custos energéticosmensais. Ao mesmo tempo que garante a tempera-tura desejada, a emissão de calor direcionada e umfuncionamento silencioso, apresenta-se como umasolução acessível e adaptável a todas as necessi-dades. O Gás Natural assume-se como uma exce-lente alternativa ao uso da eletricidade, uma vez

que não liberta CO2 e não contém aditivos, contri-buindo para um meio ambiente mais ecológico.

Solidariedade na vertentedesportiva e educativa

A EDP Gás promove diversas ações, quer a níveldesportivo, quer educativo, cujos objetivos são osde envolver a comunidade da zona Norte na filosofiade sustentabilidade da empresa. Para tal, organiza,anualmente, alguns desafios junto das escolas bemcomo diversas provas desportivas cujas receitas dasinscrições revertem, em parte ou na totalidade, afavor de instituições de solidariedade social, comoas do «Dia do Pai», de «S. João» ou «do Homem e daMulher», sendo que as 30 mil inscrições do últimoano demonstram já o carisma destas provas na ÁreaMetropolitana do Porto. A empresa patrocina aindadiversas corridas e caminhadas na zona Norte, a suaárea de abrangência, integradas na iniciativa «Todosa Andar com a EDP Gás», que conta com cerca de 50mil participantes por ano. A empresa é um dos par-ceiros da «Byke Tour», uma prova em que os partici-pantes percorrem as cidades do Porto e Gaia embicicleta, e a promotora integral da «Mini Byke Tour»,onde participam crianças de instituições de solidari-edade social.

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gás

“Se na nossacidade hámuito quemtroque o Vpelo B, hámuito poucoquem troquea liberdadepelaservidão”.

AlmeidaGarrett

portofólio

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Entre palcose bastidores

Em cima do palco a mostrara paixão pelo teatro e pela dançaou nos bastidores de uma área na

qual não é fácil triunfar, PedroSousa não tem dúvidas:

o teatro musical é a suapraia. Numa

experiencia “de suore sangue”, o jovem fezparte da companhia de

Filipe La Féria durantequatro anos e está

disposto a arregaçar asmangas

e a lutar por uma carreira.

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pedro sousa

Texto: Mariana Albuquerque

Nasceu numa cidade quepoucos conhecem, mas já

sabe o que é a “balbúrdia fe-liz” dos grandes bastidores.Pedro Xavier Sousa, de 25anos, deu os primeiros pas-

sos de dança na Trofa, ondereside, e, num abrir e fechar deolhos, viu-se em cima dos pal-cos pisados pela companhia de

Filipe La Féria. De Apóstolo S. João,na peça “Jesus Cristo Superstar”, a

Acendedor de Candeeiros, em “O Princi-pezinho”, o jovem ator e bailarino tem já

algumas histórias para contar.A destreza de movimentos e a capacidade de

improviso, detetadas no 12.º ano por uma profes-sora, convenceram Pedro Sousa a inscrever-se noBalleteatro, no Porto. E se a dança parecia ser acarreira a seguir, rapidamente ganhou um forte ali-ado – o teatro – ingredientes que Pedro Sousa gostade manter lado a lado. “Fui à escola profissionalpara fazer a audição de dança, mas vi que tambémpodia fazer uma para teatro e pensei: ‘que engraça-do, vou fazer as duas’”, contou à Viva. “Na alturada audição para o curso de teatro deu-me qualquercoisa e achei que deveria arriscar”, acrescentou ojovem.

Ainda assim, entre trabalhos caprichados e dis-cussões acesas com os professores, o estudo deteatro teve de ser interrompido, ao fim de um ano emeio. “Tive de saltar. Fui selecionado para fazerum musical em Leiria e, durante os ensaios, man-daram-me uma mensagem a dizer que estavam afazer castings para um musical do La Féria que iaestrear no Porto”, explicou Pedro Sousa. “Seja oque Deus quiser”, garantiu ter pensado na altura,ainda sem saber que o trabalho a estrear seria,curiosamente, o “Jesus Cristo Superstar”. Com umamúsica “mais ou menos preparada”, Pedro Sousafez o casting, no qual cantou “à frente de duas milpessoas”. “Obrigada, depois ligamos-te, ou não”,foi a expressão proferida pelo júri. Passados doisdias, o bailarino recebeu o telefonema que acaboupor ditar o início de uma carreira profissional.

A mudança de vida

“”O que mudou? Deixei de ter tempo para os ami-gos, para a família, namorada, escola e até para mim”,contou Pedro Sousa, entre gargalhadas. “Para o ‘JesusCristo Superstar’ tínhamos ensaios com horários quenão lembravam ao diabo: das 13 horas às três damanhã”, acrescentou, assumindo que, no momento, oapoio da família foi fundamental. “Foi um espetáculoque marcou a minha vida. Para uma pessoa que cres-ceu com uma educação católica, começar a vida artís-tica com uma obra que homenageia a religião tem umsignificado marcante”, confessou.

Entre ensaios e apresentações, os convites foramsurgindo. Depois de desempenhar o papel de ApóstoloS. João, Pedro Sousa foi convidado a vestir a pele doAcendedor de Candeeiros, personagem baseada emCharlie Chaplin, da obra “O Principezinho”. “Só tinhafolgas ao domingo à noite e à segunda à noite. Deresto tinha sempre espetáculos: de manhã, para asescolas, fazia a peça infantil “O Principezinho”, e ànoite o “Jesus Cristo Superstar”.

Franz, o mordomo que mais exigiude Pedro Sousa

Ao longo dos quatro anos em que integrou a compa-nhia de Filipe La Féria, Pedro Sousa participou tam-bém nas peças “Música no Coração”, “Um Violino noTelhado”, “Alice no País das Maravilhas” e “Annie”.Por conseguir conciliar dança, canto e representação,o teatro musical é encarado pelo bailarino como “aque-la praia” onde se sente bem.

Ainda assim, para o ator, há papéis que exigem umaentrega e dedicação diferentes. “A peça ‘Música no

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pedro sousa

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Coração’ se calhar foi a que mais me marcou. Eu tinhauma personagem importante na história e foi muitodifícil trabalhar o Franz, o mordomo, porque era umafigura militar muito estilizada, britânica e digamosque eu tenho um andar caraterístico – se calhar deuma pessoa que não se preocupa muito com a postura– e ali tive de me preocupar mesmo!”, revelou à Viva.“Foram dois meses de ‘colégio militar’, em que tinhade ter muito cuidado com aquilo que dizia, fazia e atécom o olhar. Tive de cortar tudo do Pedro Sousa parame cingir ao mínimo que a personagem precisava eisso foi muito enriquecedor”, acrescentou.

“Um Violino no Telhado” foi, para o ator, um dostrabalhos “mais completos”. “Tinha uma componentemuito dramática, era uma boa história e a casa estevesempre cheia”, afirmou o jovem, que teve oportunida-de de contracenar com José Raposo, Hugo Rendas,Rita Ribeiro, Carlos Quintas, Wanda Stuart e Gonçalo

Salgueiro. “São excelentes profissionais. Todos osdias aprendi qualquer coisa com eles e estavam sem-pre dispostos a ajudar”, assegurou o jovem.

O preconceito de uma dança no masculino

Se, por algum motivo, um dos bailarinos não podiaatuar em determinada peça, Pedro Sousa desdobrava-se para ocupar o seu papel. Aliás, antes de integrar acompanhia de Filipe La Féria, o jovem acumulou vári-as experiências como dançarino, ao lado de Nelo Fer-reira. Nas atuações realizadas por todo o país, o pre-conceito associado aos bailarinos foi uma das reali-dades com a qual o jovem se deparou. “Notei que opreconceito é maior nas grandes cidades, como porexemplo em Lisboa, no Porto e em Braga. As pessoasviam um bailarino no meio das bailarinas e achavamestranho”, salientou. “Um homem a dançar e a mexeras ancas como uma mulher ainda causa muita estra-nheza. No entanto, no Alentejo, onde, às vezes, nãohavia luz, as pessoas eram muito mais prestáveis”,notou Pedro Sousa.

O ator garantiu ainda que, em cima do palco, poucassão as coisas que lhe escapam. “Vemos as pessoasque estão a gostar, as que não estão a gostar, as queestão a fazer frete e as que estão a criticar. Os portu-gueses são muito previsíveis”, considerou, defendendoque o país “não está assim tão desenvolvido”.

“Num dos espetáculos cheguei a dançar com umanamorada e, para as pessoas, ver o bailarino a dar umbeijo à bailarina é muito confuso. Por isso, às vezes,até fazia de propósito só para chocar um bocadinho”,brincou Pedro Sousa.

Uma possível aposta no estrangeiro

Apesar de já não trabalhar na companhia de FilipeLa Féria, da qual saiu devido à prolongada falta depagamento, o ator e bailarino não tem medo de pensarnuma carreira fora de Portugal. “O meu projeto é serfeliz. Às vezes penso em sair daqui. Gosto muito deMadrid, é uma cidade que respira cultura. Se for, vouchegar lá e atirar-me porque tenho alguma experiênciae penso que posso fazer qualquer coisa. Pode nem serno palco, posso começar a trabalhar nos bastidores”,revelou, garantindo que baixar os braços não é, detodo, um dos seus objetivos.

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pedro sousa

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Universidade Portucalense

da UniversidadeOs 25 anos

Em tempo de aniversário, aUniversidade Portucalensecontinua a reforçar os seusobjetivos de aposta naformação contínua, através demétodos inovadores queestimulem os alunos.

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Universidade Portucalense

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A Universidade Portucalense está a comemorar25 anos numa época de constrangimentos em todoo país. Quanto a nós, temos razões para satisfação.Na verdade, a UPT registou um crescimento em2010, em todos os aspetos; e voltou a crescer em2011.

Uma razão deve estar na solidez da gestão finan-ceira e na confiança que os administradores dão aocorpo docente e aos estudantes; outra, radicará nosentimento de que está a nascer um projeto educa-tivo para os próximos vinte e cinco anos, que mo-derniza a Universidade, que lhe dá coerência, que atorna socialmente mais relevante.

A Universidade Portucalense está muito interes-sada na formação ao longo da vida, dos 22 aos 88.A ideia tradicional de que um estudante, depois depassar pela universidade, ficava preparado para oresto da vida, está ultrapassada. Os processos detrabalho modificam-se e as pessoas são obrigadasa mudar de emprego e de profissão. Neste contextonovo e exigente, as universidades têm de assumir aresponsabilidade de continuar a dar formação paraaqueles que regressarão às escolas superiores. A

nossa Universidade está a tomar a sério estas rea-lidades e a apresentar um conjunto de cerca detrinta cursos de formação avançada.

Estes cursos têm uma grande preocupação comas necessidades dos auditores. É por isso que pro-curam ser transdisciplinares, como a realidade davida profissional se apresenta; têm uma estruturaflexível, de tal modo que possam ser frequentadose concluídos à medida das disponibilidades dosinteressados; assentam em parcerias com as enti-dades do mercado, para que esteja sempre viva adimensão prática da oferta formativa; e pesquisamáreas novas, para corresponder aos desafios soci-ais e para antecipar as competências necessárias.

Interessa-nos modificar os métodos pedagógicostradicionais, de tal modo que os estudantes sejammenos passivos e adaptados. Achamos indispen-sável estimular a vontade de mudança que existeem todos os jovens; o desejo de criar um mundomelhor; o pendor para a criatividade e para o risco.Se o conseguirmos, os anos passados na Universi-dade podem transformar o estudante num parceirodentro da Escola; num empreendedor, quer venha a

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Portucalense

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Universidade Portucalense

ser patrão quer empre-gado; num cidadãomais ativo e responsá-vel.

A UPT vai dar umnovo impulso às rela-ções com os agenteseconómicos e culturaisdo Norte, para dar o quetem e para receber osimpulsos do exterior, que

dos estudantes, designadamente na sua dimensãocívica.

Em outubro, a UPT concede o título de DoutorHonoris Causa a Manoel de Oliveira, homenagean-do a sua carreira excepcional no domínio do cine-ma. Além disto, foi deliberado criar a “CátedraManoel de Oliveira de Cultura e Criatividade” queficará encarregada de promover estudos e formaçãoem todos os domínios culturais e na sua ligaçãocom a Economia. Em Portugal, a Economia associ-ada aos bens culturais representa apenas metadeda média europeia. Nós vamos participar na expan-são desta atividade.

Para além destes momentos estruturantes dasComemorações, temos organizado e realizaremosoutros eventos académicos e culturais, como o Sim-pósio internacional sobre Conservação e Restauro,que já decorreu com a presença do Senhor Secretá-rio de Estado da Cultura e do Senhor Bispo do Porto,e a Exposição de Artes Plásticas, que estará paten-te em outubro, em colaboração com a FundaçãoJúlio Resende.

O Norte inspira-nos!junho de 2011

Guilherme de Oliveira - Reitor

a tornarão mais competente e socialmente mais útil.Mas, para já, concentremo-nos nas Comemora-

ções dos 25 anos! A UPT oferece um Concerto àcidade, no dia 6 de junho, e a receita será entregueao Projeto “Joãozinho”, em cumprimento da Res-ponsabilidade social da Universidade. A UPT játinha grupos de voluntariado e desenvolvia açõesde apoio social, habitualmente. Porém, demos ago-ra um impulso novo – criámos a UPT Social – quereorganiza e potencia as tarefas de solidariedadedentro e fora da Universidade. Sabemos que as uni-versidades não devem resumir-se à criação e à trans-missão de conhecimentos; as universidades devemcontribuir para o desenvolvimento da personalidade

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ambiente

À descobertados ecossistemas ribeirinhos

Ciente de que “é de pequeninoque se torce o pepino”, a

empresa Águas do Douro e Paivadecidiu mostrar à sociedade que

cada pessoa pode contribuir paraa proteção dos recursos híbridos.

De bonés coloridos e galochas já calçadas, foi comalegria estampada nos rostos que as crianças dasescolas EB 2/3 de Maceda, em Ovar, e EB1/JI dePereiras, em Caíde de Rei, concelho de Lousada, che-garam aos troços do rio Lourido e da ribeira de Caíde,respetivamente, para longos minutos de atividades noseio da natureza.

“Eu não encontrei nenhuma ave!”, “Oh não, aqui háaranhas!” e “Vimos uma libelinha azul” foram algu-mas das expressões soltas pelos miúdos, sob o olharatento de Mariana Cruz, da Biorumo, e de João LuísRoseira, da Águas do Douro e Paiva (AdDP), empresaresponsável pelo Programa Integrado de Educação

Ambiental (PIEA) - A Água e os Nossos Rios – Projeto“Mil Escolas”.

A iniciativa, no terreno desde o ano letivo 2004/05 edestinada aos alunos e professores do 1.º e 2.º ciclosdo ensino básico, da rede pública e privada, dos 20municípios englobados pela AdDP para a implementa-ção do projeto, visa sensibilizar a comunidade escolarpara a importância da preservação dos recursos híbri-dos. Através do PIEA, que já mobilizou mais de 9425alunos e cerca de 900 professores em torno do “MilEscolas”, a AdDP conseguiu arrecadar três Prémios daAssociação Portuguesa de Distribuição e Drenagem deÁguas: dois pelas Melhores Ações de Educação Ambi-ental e outro pelo Melhor Sítio na Internet -www.aguaonline.net, que funciona como canal de co-municação privilegiado do Projeto “Mil Escolas”.

Explorar os sentidos

Assim que chegam ao terreno, os mais novos sãodesafiados a “ouvir, com muita atenção, tudo o que sepassa à sua volta”, quase como se estivessem emcomunhão com a natureza. Já com os sentidos apura-

Texto: Mariana AlbuquerqueFotos: Cinda Miranda / Virgínia Ferreira

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ambiente

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águas do douro e paiva

dos, o passo seguinte é o que apela à imaginação.“Um, dois, três, agora somos uma árvore a abanar aosabor do vento. E agora, flores a nascer, só quero verflores a nascer”, dizia Mariana Cruz, a comandar ascrianças, já depois de lhes transmitir a regra númeroum das saídas de campo: o silêncio como forma deexpressar respeito pelos seres vivos. “A metodologiaque utilizamos vai ao encontro dos sentidos”, referiu,a mesma à Viva, explicando que, muitas vezes, ascrianças que têm uma maior incapacidade a nível vi-sual têm outros sentidos mais apurados. “É semprepossível identificar uma árvore, em vez de usarmos oconvencional guia de campo, através do tato e docheiro, dos contornos das folhas…”, ilustrou MarianaCruz, esclarecendo tratar-se de uma forma/metodolo-gia de evitar sensações de inferioridade perante ocontexto dos grupos de crianças envolvidos.

A aventura à procura das espécies

Com guias de campo – Agenda do Professor eLivro de Bolso - cuidadosamente preparados e atu-alizados pelo Projeto “Mil Escolas” tendo por base

a metodologia e ferramentas (fichas de identifica-ção) científico-pedagógicas disponibilizadas peloProjecto Rios e pela AdDP, as crianças aventu-ram-se a identificar o maior número possível deespécies existentes nos respetivos troços de rio.Estas ferramentas representam uma mais-valiapara o desenvolvimento dos projetos escolares noenriquecimento e motivação dos professores e alu-nos para práticas de preservação e conservaçãodos ecossistemas ribeirinhos com a intervençãoativa das escolas na área de influência da AdDP. Oobjetivo das saídas de campos prende-se com oenriquecimento e motivação dos mais pequenospara as práticas da preservação e conservação deecossistemas ribeirinhos, apoiada na observaçãoe registo de dados no local de estudo definido. Ecerca de vinte minutos depois do início da ativi-dade, são já extensas as listas que cada grupoexibe, com orgulho. Mosquitos, heras, amieiros,choupos, carvalho, líquens, cogumelos, folhas demorangueiro, libelinhas – que indicam águas pou-co poluídas – trevos, borboletas da Família Pieri-dae, aranhas pretas, gramíneas e, quando a sorteajuda, sapinhos de verruga verde são algumas daspropostas que os alunos, já com as faces cheiasde rubor, apresentam a Mariana Cruz e João LuísRoseira.

Analisar a qualidade da água

Depois da identificação do troço onde se en-contram, os mais novos têm ainda a oportunidadede observar os macroinvertebrados, bioindicado-res da qualidade da água do troço em estudo.

Um dos momentos mais apreciados pelos gru-pos escolares é a determinação dos parâmetrosfísico-químicos e biológicos da amostra de águarecolhida. Sentados no chão, é com muita atençãoque os alunos ouvem as palavras de Mariana Cruz,no momento em que a mesma explica que os nitra-tos e nitritos são químicos presentes nos fertili-zantes utilizados na agricultura capazes de conta-minar a água. E no caso da ribeira de Caíde, osalunos da EB1/JI de Pereiras terminaram a saídade campo com uma tarefa para casa: aconselharos agricultores a utilizarem fertilizantes biológi-cos, de modo a não poluírem a água.

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autarquias

Um século de S. João

100 anos de S. João no Porto

Este ano, as festas de S. João acompanham ogrande evento turístico que é o Circuito da Boavistae espera-se uma grande afluência de turistas àque-la que, pelas suas caraterísticas, é uma comemo-ração única no mundo. A visibilidade do S. João doPorto tem-se estendido a diversos pontos do globo

Texto: Marta Almeida CarvalhoFotos: Rui Meireles

e o facto de este ano se realizar no fim-de-semanaque intercala as corridas da Boavista vai trazer ain-da mais gente à cidade.

Clássicos já aquecem motores

A edição deste ano do circuito da Boavista, quevai ser intercalada pelo S. João, traduz-se, uma vezmais, num acontecimento de elevado impacto tu-rístico para a região. Pretende-se, assim, que umaextensa e variada oferta cultural gerada por este

autarquias

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porto

O Porto está em contagemdecrescente para a

realização das corridas do«Circuito da Boavista» epara uma comemoração

especial: este ano o S. Joãocelebra a centésima edição.

Os dois eventos são, destavez, intercalados e, assim

sendo, aquecem já motorese «fogareiros». A

requalificação da Avenidada Boavista e o novo Portal

do Turismo são outrosdestaques do trimestre.

animação que irá decorrer em paralelo. “Queremosconvidar quem nos visita para assistir às corridas,nomeadamente ao Grande Prémio de Clássicos, umaprova muito cotada em termos internacionais, paradesfrutar de toda a animação decorrente das festassanjoaninas e para assistir também ao campeonatode WTCC que, este ano, volta ao Porto”. As provasdo Grande Prémio de Clássicos, que se realizam a17, 18 e 19 de junho, bem como a etapa internaci-onal do Campeonato do Mundo de Turismos (WTCC)que irá decorrer entre 1 e 3 de julho, são promovi-das, na íntegra, pela Porto Lazer. Tiago Monteiro, opiloto portuense, irá, uma vez mais, marcar presen-ça nesta prova.

Nos locais envolventes ao circuito, a autarquiavai disponibilizar diversos pontos de interesse,nomeadamente a nível de concertos e animaçãopara crianças, numa variada oferta cultural e recre-ativa que se vai estender a toda a cidade.

Rui Rio apresentou Portal do Turismo

O presidente da Câmara do Porto considera que oturismo é o elemento estratégico para resolver “omaior problema” económico de Portugal e assinaloua aposta no setor como uma das mais importantes doseu mandato. “O turismo é aquilo a que podemos jádeitar a mão para ajudar o país. É um elemento estra-tégico para o maior problema de Portugal”, referiu,na apresentação do novo portal oficial do Turismo domunicípio (www.visitporto.travel).

Por considerar que a competitividade é um fatordecisivo no desenvolvimento da economia nacio-

evento fixe, ao longo do mês, muitos dos visitan-tes na cidade. Vladimiro Feliz, vereador do Turis-mo, Inovação e Lazer da Câmara do Porto, salientaa importância da oferta, quer desportiva quer de

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autarquias

nal, onde o turismo assume importância primordial,a autarquia desenvolveu uma plataforma online ondese podem encontrar todos os pontos de interessepara quem visite a cidade. Aqui, os turistas pode-rão planear a sua estadia com base em informaçãopormenorizada sobre hotéis, eventos, gastronomia,cultura, circuitos e locais de interesse, que podeser visualizada diretamente em telemóveis e PDA´sgeorreferenciados ou impressa num pequeno des-dobrável, com todos os pormenores da estadia. RuiRio salientou que “a seguir ao aeroporto, que é agrande âncora do turismo, este ‘site’ é decisivopara potenciar as visitas à cidade”, sendo um ins-trumento fundamental para o desenvolvimento deum setor estratégico do Porto.

Reestruturação do Palácio de Cristal

As obras de reabilitação do Pavilhão Rosa Motavão ter início no segundo semestre de 2011. Daautoria de Carlos Loureiro, arquiteto que original-mente o concebeu em 1952, o investimento, de 19milhões de euros, aposta na requalificação estrutu-ral do pavilhão, mantendo as suas característicasarquitetónicas, bem como na preservação dos jar-dins. O novo equipamento irá dispor de um restau-rante, uma sala para cerca de 1200 pessoas e di-versas áreas técnicas, sendo que a colocação debancadas retráteis irá permitir acolher eventos paragrandes massas.

Reabilitação poenteda Avenida da Boavista em execução

Está em execução a primeira fase de requalifica-ção da Avenida da Boavista, na parte poente, entrea rua António Aroso, junto à entrada do Parque daCidade, e a rotunda Gonçalves Zarco (Castelo doQueijo). A obra, orçada em 800 mil euros, prevê amanutenção da largura dos atuais passeios, o nú-mero de faixas rodoviárias, a diminuição do sepa-rador em alguns troços, a acomodação do estacio-namento e a criação de um canal verde arborizado ede uma ciclovia, estando, também, prevista a liga-ção à futura Avenida Nun’ Alvares. A autarquia temum projeto de requalificação integral de toda a ave-nida mas, devido à extensão da via, a obra seráefetuada em três fases distintas. A primeira fase daintervenção, agora em curso nesta artéria, é umexemplo do investimento contemplado no plano eorçamento para 2011 e deverá alargar-se ao restoda avenida até 2013.

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porto

23 junho | Concerto | à noite (até às 24h00)Local: Av. dos Aliados - GratuitoOrg: CM Porto | PortoLazer

Fogo-de-artifício | 24h00Mais uma vez as margens do Rio Douro serão invadi-das por um magnífico espectáculo de cor, luz e magia.Local : Rio DouroOrg: CM Porto | PortoLazer

Arraial Minimal | 24h00Festa de rua com sonoridades ecléticas, desde o Rock,Funk e Disco à Música Popular,Local: Rua Cândido dos Reis - GratuitoOrg: Plano B, Clube 3c

S. João

Rui Moreira preside à Sociedadede Reabilitação Urbana

Rui Moreira, da Associação Comercial do Porto(ACP), é o novo presidente do Conselho de Adminis-tração da Sociedade de Reabilitação Urbana (SRU) doPorto. A decisão, tomada pelos acionistas da PortoVivo, foi “unânime” e Rui Moreira substitui assimArlindo Cunha na administração da SRU, entidade res-ponsável pela reabilitação urbana da Baixa da cidade.

Conferências do Porto 2011/12 - “GrandesDebates do Regime” com boa adesão

Prossegue, no Porto, o ciclo de conferências deno-minado “Grandes Debates do Regime”, uma iniciati-va lançada pelo presidente da autarquia, Rui Rio. “De-mocracia no século XXI: que hierarquia de valores?” e“O estado do Regime” foram as duas sessões que jáse realizaram, tendo registado grande adesão por partedo público. A próxima, cujo tema será “O papel doEstado e os limites da sua intervenção” terá lugar a

16 de junho e tem como intervenientes Abel Mateus,António Lobo Xavier e Rui Moreira. Todas as sessõesdecorrem no Auditório da Biblioteca Municipal Almei-da Garrett, com início às 21h15.

Sessões do próximo trimestre14 julho 2011 – Justiça: como fazer a rutura?Laborinho Lúcio, Marinho Pinto e Paulo Rangel22 setembro 2001 – Comunicação Social: im-

pune ou responsável?Azeredo Lopes, Manuel Teixeira e Maria João

Avillez.

24 junho¦Concerto de S. João – Banda Sinfónica Por-tuguesa | 16h00Local: Jardins do Palácio de Cristal, Concha AcústicaGratuitoOrg: CM Porto | PortoLazer

S. João à Moda Antiga | 17h30Local: Jardins do Palácio de Cristal, em frente à Biblio-teca Almeida GarrettCriação e Direção Artística – NEFUPParticipação – NEFUP - Núcleo de Etnografia e Folcloreda U. Porto; OUP - Orfeão Universitário do Porto; AAOUP– Associação dos Antigos Orfeonistas da U. PortoGratuitoOrg: NEFUP / OUP / AAOUP | CM Porto | PortoLazer

XXVIII Regata de Barcos Rabelos | 17h30Partida: Cabedelo junto à Foz do Rio DouroChegada | Ponte Luíz IOrg: Confraria do Vinho do Porto

25 junho | Rusgas de S. João | 21h00Percurso: Praça da Batalha, R. Sta. Catarina, R. Pas-sos Manuel, R. Sá da Bandeira terminando na Praça daLiberdade com a actuação das Rusgas perante o júri.Local : Av. dos Aliados - GratuitoOrg: CM Porto | PortoLazer

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autarquias

O “esplendor”

autarquias

das Festas Antoninas

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famalicão

A cor e a folia das festividades de Santo António contagiam, todosos anos, milhares de pessoas que enchem as ruas de Famalicão, concelhoque continua a ajudar os munícipes a terem uma “Casa Feliz” e que, este

ano, atribuiu o Prémio Eduardo Prado Coelho a Manuel Gusmão.

Fotos: António Freitas

famalicão

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autarquias

Já em clima de festa, a cidade de Vila Nova deFamalicão prepara-se para acolher as tradicio-nais celebrações dos santos populares, com asFestas Antoninas, que decorrem de 9 a 13 dejunho, no topo do calendário festivo.

A edição de 2011 da homenagem a Santo Antó-nio promete mobilizar muitos milhares de pessoasde diversas localidades do Norte do país. Duranteos cinco dias de festa, o município conta com aparticipação direta de 10 mil pessoas de 180 co-letividades locais, entre associações culturais edesportivas, grupos folclóricos, Juntas de Fregue-sia e outras entidades da sociedade civil.

O programa, que pode ser consultado na Inter-net em www.vilanovadefamalicao.org, inclui ati-vidades para todas as idades. No entanto, asMarchas Antoninas, que animam a noite de 12para 13 de junho e que, este ano, movimentammais de uma dezena de instituições, são consi-deradas um dos pontos altos da festividade, peloque serão transmitidas em direto pelo Porto Ca-nal. O desfile etnográfico, que envolve os ran-chos folclóricos, e as Marchas Antoninas Infan-tis, formadas pelas crianças dos jardins-de-in-fância e das escolas do 1.º ciclo, são outrasações relevantes que integram o programa destaedição. O ambiente de alegria que se vive nas

ruas da cidade nesta época é um motivo de orgu-lho para o presidente da autarquia, Armindo Cos-ta, que caracteriza as Festas Antoninas como “asmaiores do concelho de Vila Nova de Famalicão,mobilizando milhares de pessoas”.

Em tempos de crise, a câmara reduziu em 12por cento a comparticipação municipal nas fes-tas, tendo passado de 210 mil euros, em 2010,para 170 mil euros, em 2011. “Poupámos nasdespesas, mas mantemos a tradição e o esplen-dor das festividades”, assegurou o autarca.

“Casa Feliz” já apoiou 80 famílias

Na lista de preocupações da câmara famalicenseestá também a qualidade da habitação dos muníci-pes. Assim, as famílias de reduzidos recursos eco-nómicos podem ter acesso a um programa municipalque permite um apoio financeiro da autarquia até 5mil euros, a fundo perdido, para a realização de obrasde reparação. O programa “Casa Feliz” resulta doRegulamento Municipal de Apoio a Estratos SociaisDesfavorecidos em Matéria Habitacional, ao abrigodo qual já foram beneficiadas 80 famílias.

O projeto engloba obras de conservação, repara-ção ou beneficiação de habitações degradadas, in-cluindo ligação às redes de abastecimento de água,

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eletricidade e esgotos; ampliação de moradias emelhoria das condições de segurança e conforto depessoas com pouca mobilidade. O “Casa Feliz”destina-se a cidadãos ou agregados familiares des-favorecidos, com rendimentos mensais inferiores a60 por cento do salário mínimo nacional, que resi-dam no município há pelo menos três anos e nãopossuam outro imóvel destinado a habitação.

Numa cerimónia de entrega de cheques a algu-mas famílias, o presidente Armindo Costa lembrouo trabalho desenvolvido nos últimos dez anos, sali-entando o desempenho dos técnicos e das institui-ções de solidariedade que atuam numa rede socialque abrange as 49 freguesias do concelho. “O Pro-grama “Casa Feliz” é um bom exemplo do trabalhoque desenvolvemos junto dos famalicenses menosprotegidos. Em 10 anos, eliminámos barracas, cons-truímos e reabilitámos cerca de 600 habitações,num investimento superior a 11 milhões de euros”,revelou o presidente da autarquia.

Prémio Eduardo Prado Coelho

Ainda no rol de novidades do município está aentrega do Grande Prémio de Ensaio Eduardo Pra-do Coelho de 2010, atribuído ao poeta e ensaís-ta Manuel Gusmão, pela obra “Tatuagem Palimp-sesto – Da poesia em alguns poetas e poemas”,editada pela Assírio & Alvim.

Armindo Costa agraciou o poeta Gusmão e lem-brou Eduardo Prado Coelho como “um grande nomeda nossa cultura, um grande intelectual portuguêse um amigo de Vila Nova de Famalicão”. “A suabiblioteca pessoal, doada à nossa terra, e dispo-nível para consulta pública na Biblioteca Muni-cipal, foi uma dádiva que acolhemos com entusi-

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O hotel integra uma propriedade agrícola com2,2 hectares, que une o melhor de dois mundos:a beleza paisagística do Minho e o conforto emodernidade das suas infraestruturas. A novaunidade será constituída por 23 quartos duplos,SPA, ginásio, parque infantil, piscina interior eexterior, apresentando ainda um restaurante aber-to ao público cuja inauguração está marcada parajulho. Além disso, terá uma adega que incluirá ovinho “Quinta da Azenha”, produzido na proprie-dade que circunda o hotel. O espaço proporcio-nará condições para a prática de ecoturismo, fu-tebol, caminhadas e algumas modalidades dedesportos radicais.

asmo e que estimamos e divulgamos com a pai-xão dos que gostam de descobrir coisas novas”,acrescentou o autarca.

Criado pela Associação Portuguesa de Escrito-res (APE) e pela Câmara Municipal de Vila Novade Famalicão, o galardão distinguiu, no ano dasua criação, em 2009, o investigador Vítor Aguiare Silva. De salientar ainda que a Biblioteca Muni-cipal Camilo Castelo Branco, em Famalicão, aco-lhe a Sala Eduardo Prado Coelho, que disponibili-za um espólio bibliográfico de 12500 títulos, do-ados ao município pelo próprio escritor.

Hotel Rural da Azenha abre emDezembro

Mais para o fim do ano, Vila Nova de Famali-cão vai passar a contar com mais uma unidadehoteleira, situada na margem do rio Ave, na fre-guesia de Bairro. O Hotel Rural da Azenha, cominauguração prevista para dezembro, é um proje-to turístico promovido pelo empresário João Mon-teiro, num investimento de 3 milhões de euros,com comparticipação europeia através do QREN(Quadro de Referência Estratégica Nacional).

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O teleférico de Gaia, que liga o jardim do Morro, junto aotabuleiro superior da Ponte Luís I, à Praça Super Bock, noCais de Gaia, é a mais recente novidade da cidade, cujazona ribeirinha pode, agora, ser vista de uma novaperspetiva. O equipamento potencia o turismo local epretende, ainda, ser um meio de transporte de ligaçãoda cota alta à cota baixa. O pacote de investimentos daautarquia, que ronda os 26 milhoes de euros, arequalificação da “Rotunda da Aguda” e a recuperaçãodos cais do Esteiro e de Crestuma são outros dos

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Teleférico é a nova«estrela» da cidade

Texto: Marta Almeida CarvalhoFotos: CMG

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O teleférico de Gaia já está em funcionamentodesde o mês de abril. Trata-se de um equipamentoque assume um grande potencial em termos de valo-rização turística, frequentemente utilizado na Europacom grande êxito, e que poderá ser também usadocomo meio de transporte para moradores e trabalha-dores locais. De acordo com Luís Filipe Menezes,presidente da autarquia, o teleférico permite “pôr aribeira de Gaia, e as suas populações, em contactodireto com a estação de metro da Ponte Luís I”.

Aguda com praça requalificada

A Câmara Municipal de Gaia não quis deixar pas-sar as comemorações do 25 de Abril sem mais umainauguração. Assim, o presidente da câmara presi-diu à cerimónia que assinalou o fim das obras derequalificação da Praça de Nossa Senhora da Naza-ré – “Rotunda da Aguda” – em Arcozelo. Foi a quar-ta e última etapa da requalificação da Avenida deGomes Guerra, na marginal, que no total represen-tou um investimento de 2,2 milhões de euros.

Investimento privado

A nova estrutura, cujo investimento privado ron-dou os dez milhões de euros, possui 12 cabinascom capacidade para oito pessoas e demora entretrês a seis minutos a percorrer os 562 metros queligam as cotas alta e baixa da cidade. No Jardim doMorro estão a ser construídas duas infraestruturasde apoio ao novo equipamento: um parque de esta-

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cionamento, com capacidade para 150 viaturas eum restaurante panorâmico.

Luís Filipe Mezes, realizou a viagem inauguralna companhia de D.Manuel Martins, Bispo Eméritode Setúbal, que se encontrava no concelho parauma visita ao Empreendimento Social que tem oseu nome, em Oliveira do Douro.

Gaia segue em frente

O investimento continua a ser uma aposta daCâmara de Gaia e Luís Filipe Menezes já apresen-tou um “pacote” de investimentos que ascende a26 milhões de euros para o desenvolvimento doconcelho, sem recurso ao crédito. “Fizemos o tra-

balho de casa para maximizar o aproveitamento deprojetos suportados por fundos comunitários, ou porcontratos-programa com o Governo, ou ainda atra-vés da conceptualização/execução/exploração porprivados”, explicou o autarca.

Centro de Alto Rendimento para criarcampeões

Em abril do próximo ano, poucos meses antes doinício dos Jogos Olímpicos de Londres, vai estarconcluído o Centro de Alto Rendimento, em Gaia. Oequipamento - que representa um investimento de7 milhões de euros, comparticipado em cerca de72 por cento de fundos estatais - vai servir asmodalidades de ténis de mesa e taekwondo, permi-tindo aos atletas olímpicos ter mais estágios se-manais e mensais, equiparando-se assim ao quede melhor se faz nos países mais competitivos daEuropa. Marco António Costa, vice-presidente daCâmara de Gaia, destacou, ainda, um novo projectode captação de investimento privado para constru-ção de equipamentos de lazer (piscinas e ginási-os), com tarifas especiais para os mais carencia-dos. “Ao longo da última década a Câmara investiucerca de 121 milhões de euros em equipamentosdesportivos, todos eles vocacionados para a forma-ção desportiva e população em geral”, salientou.

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A arte na palma das mãosEquipada com 160

stands inteiramentededicados ao talento

dos artesãosportugueses, a 34.ª

edição da FeiraNacional de Artesanato

de Vila do Condecontará ainda com a

presença das propostasartesanais tailandesas.

Se há 34 anos, por esta altura, já se desconfiavaque as “Rendas de Bilros” iriam conquistar a admi-ração de artistas e leigos, hoje, não restam quais-quer dúvidas: Vila do Conde tem nas suas rendas,“o maior e mais representativo ícone no que con-cerne ao artesanato”. Assim, por amor à tradição eà arte, o município está já a ultimar os preparativospara edição de 2011 da Feira Nacional de Artesa-

nato, que juntará, entre os dias 23 de julho e 7 deagosto, artesãos de vários pontos do globo.

Idealizada para promover o artesanato tradicionalde Vila do Conde, a primeira edição do evento, que,segundo o vereador do Turismo da autarquia, JoséAurélio Baptista, foi “coroada de êxito, seja pelonúmero de artesãos participantes, seja pela novida-de e conceito inovador do certame”, representou o

Texto: Mariana AlbuquerqueFotos: AMVC (Arquivo Municipal de Vila do Conde)

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vila do conde

aos instrumentos musicais, das filigranas à cutelaria,da arte pastoril à olaria”, exemplificou Carlos Laranja,acrescentando que, “em Vila do Conde estarão todosos tipos de artesanato, de Bragança ao Algarve, pas-sando pelos Açores e Madeira”.

Apesar de não fazer parte do palco principal, ondeestarão os artesãos e os seus trabalhos, a animação éoutro ingrediente garantido no concelho. Assim, se-gundo Carlos Laranja, “as danças e cantares, os gru-pos corais e as tocatas ou os ranchos folclóricos, apar de uma visita à cozinha portuguesa num dos Res-taurantes da Feira onde, em cada dois dias, se percor-rem as nossas regiões gastronómicas, são manifesta-ções paralelas à ‘festa’ que é o artesanato nacional”.Os visitantes, que costumam rondar os 400 mil, vão,por isso, poder encontrar pequenas iguarias como mel,doçaria conventual, queijos, biscoitos tradicionais emesmo licores.

A riqueza cultural e artística da mostra concedeu-lhea categoria de “maior cartaz turístico de Vila do Con-de. “É [um evento] de extrema importância para oconcelho e para os vilacondenses, pelo efeito econó-mico multiplicador que promove, na dinamização doturismo, do comércio e dos serviços, e simultanea-mente, pela notoriedade e imagem positiva que comu-nica”, concluiu José Aurélio Baptista.

arranque de uma constante procura, pelo país, dediferentes artesãos e estilos de arte. “Resumindo,uma permanente busca do melhor que há em Portu-gal e um apertado critério de qualidade na seleçãodos artesãos fizeram da mostra uma referência depromoção das artes tradicionais portuguesas”, des-creveu, à Viva, Carlos Laranja, membro da organiza-ção da Feira de Artesanato.

Tailândia é o país convidadoda 34.ª edição

A edição deste ano do certame de Vila do Condepromete, de acordo com Carlos Laranja, ser uma aposta“na qualidade do artesanato presente, privilegiando ode cariz mais tradicional, sem excluir as novas for-mas artesanais”. “Depois do Brasil, das nossas anti-gas colónias de África, de alguns países do Magrebe,de Goa, Macau e Timor, na 34.ª edição da mostra, opaís convidado a participar é a Tailândia. “Todos osanos a organização da Feira Nacional de Artesanatoconvida um país a representar-se, apresentando o seuartesanato. Para a edição de 2011, estará presente aTailândia, comemorando-se os 500 anos da nossachegada ao Reino do Sião”, explicou o vereador doTurismo.

As diferentes modalidadesde artesanato

A diversidade continua a ser uma das bandeiras doevento dedicado às “Rendas de Bilros”. Nos 160stands do certame, os visitantes poderão admirar va-riados tipos de artesanato, “da cerâmica ao ferro for-jado, dos têxteis à cestaria, da tapeçaria aos borda-dos, da latoaria aos trabalhos em pedra, da tanoaria

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Qualidadeno ensino básico114

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As competências dos municípios,no setor da educação, colocam soba alçada das autarquiaso planeamento, gestãoe desenvolvimento do ensinopré-escolar e do 1.º Ciclo do EnsinoBásico, sendo estas mais reduzidasao nível dos 2.º e 3.º ciclos.A atuação metropolitana pretende,assim, a implementação de umacrescente qualidade na rede escolardo ensino básico, promovendoa proximidade dos cidadãos aosprincipais bens e serviços na áreaeducativa.

Texto: Marta Almeida CarvalhoFotos: CMMaia

A promoção de um Ensino Básico de elevada qua-lidade é o grande objetivo programático da ÁreaMetropolitana do Porto (AMP), para o período 2007-2013, que surge na sequência de enquadramento ediagnóstico efectuados no âmbito do seu Plano Ter-ritorial de Desenvolvimento. A Prioridade Estraté-gica de Educação, do ponto de vista da atuaçãomunicipal e metropolitana, passa por um investi-mento nas condições infraestruturais e de equipa-mentos e pelo desenvolvimento de complementari-dades educativas e pedagógicas, promovendo, as-sim, a proximidade e a equidade dos cidadãos aosprincipais bens e serviços na área educativa. Nes-te âmbito, a AMP pretende a construção, até 2012,de 707 salas para o pré-escolar, bem como a re-qualificação de mais 297, e a estruturação de mais1015 salas para o 1º. Ciclo do Ensino Básico, numinvestimento total de cerca de 172,2 milhões deeuros. A concretização destes objetivos irá contri-buir para estruturação da rede, diagnosticada comonecessária para a promoção de um ensino básicode elevada qualidade na AMP.

Centro Escolar de Gueifães/Vermoim

Um exemplo a ter em conta é o Centro Escolar deGueifães/Vermoim. Com uma capacidade para 460alunos, a nova infraestrutura é composta por 16

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salas de aula do 1.º Ciclo do Ensino Básico, trêssalas de atividades de jardim de infância, bibliote-ca, sala de informática, laboratório multimédia,polivalente, cozinha com refeitório, polidesportivocom balneários, painéis foto voltaicos, Parque in-fantil para o Jardim de Infância e de um total de 4mil metros quadrados de área de recreio. . . . . A aposta

na educação é um dos pilares da ação de investi-mento da Câmara da Maia que conta com algunsapoios na execução deste que é, sem dúvida, omaior desafio futuro do concelho.

Reordenamento da rede educativa

O reordenamento da rede educativa visa a racio-nalização do parque escolar, numa lógica de anula-ção de redundâncias e na aposta da criação de si-nergias municipais, definindo prioridades de inter-venção e optimizando a gestão dos recursos exis-tentes, de forma a evitar rupturas da rede educati-va, contribuindo para o aumento dos níveis de es-colarização. Os equipamentos de ensino pré-esco-lar e do 1.º CEB são aqueles que se caracterizampor uma necessidade de proximidade evidente. Dadaa urgente resposta à massificação do ensino deu-se um crescimento da rede, caracterizada por umaexcessiva fragmentação, e que atualmente se en-contra desajustada, quer em termos de oferta/pro-cura, quer de satisfação dos cada vez mais exigen-tes serviços educativos. Numa vertente de integra-ção, a aposta é a oferta de Centros Educativos es-pecificamente dedicados a integrar os dois níveisde ensino (pré-escolar e 1.º ciclo), bem como as-segurar o seu apetrechamento. A aposta na constru-ção destas infraestruturas é complementada com arequalificação das já existentes.

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sugestões culturais

Centro Cultural Vila FlorAvenida D. Afonso Henriques, 701 - 4810-431 GuimarãesTel. 253 424700 / 916 329 333 | Fax. 253 424710http://www.ccvf.pt/

29 agosto a 10 setembroEncontros Internacionais de Música de Guimarães

Em 2011, os Encontros Internacionais de Música de Guimarães, quechegam ao Centro Cultural Vila Flor a 29 de agosto, voltam a celebrar amúsica erudita com a participação de professores de renome internaci-onal. Através da junção da componente formativa e da apresentação derecitais, a iniciativa proporciona interações, dá espaço à criatividade eao aperfeiçoamento e fornece um palco a jovens músicos que, em con-junto com outros artistas, têm oportunidade de mostrar o seu talento. Adireção artística do evento está a cargo de António Saiote.

14 julho | Festival Marés VivasConcerto Manu Chao

Depois de uma passagem pelo Sudoeste TMNem 2007, o músico francês Manu Chao re-

gressa a Portugal no dia 14 de julho, para subir ao palco do MarésVivas, em Vila Nova de Gaia. Filho do conhecido escritor galego RamónChao, Manu cresceu influenciado pelo punk que se desenvolvia naFrança. Durante a adolescência, chegou a tocar em algumas formações,incluindo o grupo “Hot Pants”, bem recebido pela crítica mas com poucarepercussão. “Xutos e Pontapés”, “Natiruts”, “Moby”, “Skunk Anan-sie” e “Expensive Soul” são outras presenças confirmadas no MarésVivas 2011. Os bilhetes diários para o festival custam 25 euros e opasse para os três dias (14, 15 e 16 de Julho), 50 euros.

Leitura“Batalha” de David SoaresA obra “Batalha”, de David

Soares, uma das recentesapostas da editora Saída de

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Coliseu do PortoRua Passos Manuel, 137 – 4000-385 PortoTel. 223394940 | Fax. 223394949www.coliseudoporto.pt

17 julho | 21:00 hConcerto Dream TheaterDepois de uma atuação na capital, em 2009, os Dream Theater regressam aPortugal, mais especificamente ao Coliseu do Porto, no dia 17 de julho, para umdos poucos concertos que a banda agendou para este ano em solo europeu. Osfãs da banda norte-americana de metal progressivo, formada em meados dosanos 80, vão ter oportunidade de conhecer o novo baterista do grupo e algummaterial inédito que integrará o sucessor de “Black Clouds & Silver Linings”,com data de edição agendada para o mês de setembro.

Cinema“Harry Potter e os Talismãsda Morte: Parte II”

Estreia 14 de julho de2011A derradeira batalha entre o bem eo mal está prestes a chegar às sa-las de cinema portuguesas, emversão 3D. Harry Potter e o “terrí-vel bruxo das trevas”, Lord Volde-mort, vão encontrar-se num últimoconfronto que vai mobilizar cente-nas de feiticeiros e exigir inúmerossacrifícios. Os riscos nunca esti-veram tão elevados e nenhum sítioparece ser verdadeiramente seguro para o jovem feiticeiro.

Música“Suck It and See” – Arctic Monkeys

O novo álbum dos Arctic Monkeys chega às lojas portuguesas no início de Junho, em CDe vinil. “Suck It and See”, produzido por James Ford, é composto por 12 faixas, incluindo a“Brick by Brick”, e foi gravado no Sound City Studios, em Los Angeles. David Bowie, NickCave, Leonard Cohen e Lou Reed são alguns dos artistas que serviram de inspiração ao novotrabalho da banda de rock britânica, que nasceu em 2002, na cidade de Sheffield. Geralmenteassociados a parte da cena indie rock, os Arctic Monkeys ficaram conhecidos com o seusegundo single “I Bet You Look Good on the Dancefloor”, lançado em janeiro de 2006, quevenceu o “Mercury Prize 2006” e o “Brit Award for Best British Álbum”, em 2007.

Emergência, retrata uma históriana qual os animais são protago-nistas. O romance, “sombrio, fi-losófico e comovente”, observao fenómeno religioso do ponto devista dos animais, especulandosobre o significado de ser-se hu-mano. Na obra, uma ratazana pro-cura um sentido numa viagem quea levará ao local de construçãodo Mosteiro de Santa Maria daVitória, o derradeiro projeto domestre arquiteto Afonso Domin-gues. Entre o “romance fantásti-co e a alegoria hermética”, “Ba-talha” combina sensibilidade esofisticação, com um “toque ne-gro” ao estilo do autor.

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freguesias

O Bairro do Lagarteiro, em Campanhã, integrado noprojeto piloto denominado “Bairros Críticos” está a serrequalificado. O projeto, que prevê a recuperação dos13 blocos habitacionais e a criação de infraestruturasde apoio com vista à integração social, tem como par-ceiros diversas instituições nacionais e locais. A inter-venção nos blocos habitacionais e a construção de ummultiusos, no âmbito do programa “ANIMAR”, integra-do no projeto principal e que irá servir a população aos

níveis desportivo, cultural, pedagógico e de animação,já estão a decorrer. A requalificação do bairro represen-ta uma pretensão antiga da autarquia, integrada na re-novação de alguns espaços da freguesia.

Novo Centro de Saúde

O lançamento do concurso público para a construçãode um novo centro de saúde está também em execução.Recorde-se que esta nova unidade, que será construídano local da antiga escola preparatória do Cerco do Por-to, irá aglutinar os utentes vindos dos postos de saúdedo Ilhéu e de Azevedo, num total de cerca de 30 mil.Entretanto, e de acordo com Fernando Amaral, presiden-te da Junta de Campanhã, a autarquia está a encetaresforços junto da Sociedade de Transportes Coletivosdo Porto (STCP) de forma a assegurar a mobilidade doshabitantes daquelas zonas nas suas deslocações para anova unidade de saúde.

Festas na freguesia

O jardim da Corujeira vai ser palco da “Festa daCerveja”. A iniciativa, promovida pela Junta de de

Renovação em avançoEm tempos de crise há que

reforçar o investimento e zelarpelo bem-estar dos moradores.

Nesse sentido, a Junta deFreguesia de Campanhã tem

vindo a realizar alguns esforçosque contribuem para uma

melhoria na oferta aos seushabitantes nomeadamente em

áreas como a da saúde,recreativa, cultural e da

mobilidade urbana.

freguesias

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campanhã

Campanhã, irá decorrer entre 9 e 13 de junho. A autar-quia pretende que o evento sirva para dinamizar oespaço e contribuir para a oferta de novas atividadesjunto dos moradores da freguesia. O mês de junhoserá também forte em ofertas recreativas na fregue-sia, nomeadamente pelos festejos do S. João, quedecorrem entre 15 e 26 de junho, no Dragão, pelafesta popular que irá decorrer a 23, 24 e 25 de junhono Bairro do Lagarteiro e pelo S. Pedro de Azevedo, de28 a 29. O auditório da freguesia de Campanhã vaiser palco da Cascata de S. João, que estará patente aopúblico de 6 a 30 de junho.

Festa reúne ex-alunos da EB 2 3do Cerco do Porto

Em maio, a escola EB 2 3 do Cerco do Porto foi palcode uma atividade inédita que reuniu algumas centenasde ex-alunos da década de 80. Um grupo de alunos quea frequentou organizou uma festa no local para recordarvelhos amigos e velhos tempos. A iniciativa, que con-tou com o apoio do conselho executivo e da associaçãode estudantes, foi bem acolhida e os ex-alunos aderi-ram em massa. O programa, cuja animação esteve a

cargo da “prata da casa”, incluiu momentos musicaiscom alguns dj`s e também a atuação da banda“Curt&Grosso”, toda formada por ex-alunos que quise-ram dar o seu contributo para a animação.

Texto: Marta Almeida CarvalhoFotos: Virgínia Ferreira

Patrulha “Lince” reabreagrupamento 300 do CNE

O agrupamento 300 vai reabrir em Setembro, de-pois de ter encerrado em 1983. A nova secção doCorpo Nacional de Escutas (CNE), que adotou a de-signação de Agrupamento 300 Senhora do Calvário,por estar ligada à paróquia de Nossa Senhora do Cal-vário, vai funcionar nas instalações da própria igreja.Nuno Rodrigues, chefe do agrupamento, referiu que o300 estará em funcionamento com uma «alcateia» de«Lobitos» (dos 6 aos 10 anos) e «patrulhas» de «Ex-ploradores» (dos 10 aos 14), sendo que as restantescategorias como «Pioneiros» (14-18) e «Caminhei-ros» (18-22) surgirão da evolução natural dos primei-ros. O processo de reabertura do agrupamento encon-tra-se a aguardar a eleição dos órgãos diretivos, umavez que os candidatos a dirigentes estão a finalizar umcurso de formação. “Ser escuteiro é uma paixão”,refere o chefe do agrupamento, acrescentando que afunção pedagógica do escutismo incute valores fun-damentais na vida de crianças e jovens. “Apesar detudo não é um ATL”, recorda. As inscrições para o novoagrupamento já se encontram abertas.

As instalações foram cedidas pelo Centro Social eParoquial de Nossa Senhora do Calvário mas necessi-tam de obras. “Toda a ajuda é bem vinda”, apela oresponsável.

A Missão do Escutismo consiste em contribuir paraa educação dos jovens, envolvendo-os num processode educação não formal.

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freguesias

Em clima de festa

Além de estar a ultimar os pre-parativos para a comemoraçãodos 175 anos da integração deLordelo no concelho do Porto, afreguesia já está preparada paradar as boas vindas às festivida-

des de São João. Assim, marcada para o dia 18 dejunho, está mais uma edição do “Cantar Portu-gal”, que promete reunir, no mesmo palco da Uni-versidade Católica do Porto, mais de duzentasvozes de artistas de várias localidades do país.

De acordo com a presidente da Junta de Fre-guesia de Lordelo, Gabriela Queiroz, o movimento

Na freguesia de Lordelo, asatividades de São João estão

prestes a sair para o terreno comuma programação repleta deconcertos, petiscos e apoio às

instituições. No topo da lista deprioridades está também o

acompanhamento datransferência das famílias do

Bairro do Aleixo.

nasce da junção de uma série de grupos corais,sobretudo da zona norte, que, em vez de fazerematuações individuais, se juntam e “ensaiam umrepertório de música tradicional portuguesa”. Naedição deste ano, a receita obtida vai ser utilizadapara a inscrição de jovens da freguesia no ClubeFluvial Portuense. “É uma forma de, por um lado,promover o desporto e ajudar alguns jovens caren-ciados que não têm essa possibilidade e, por ou-tro, de dar uma ajuda ao clube, que passa por umprocesso de reestruturação e que vive atualmentealgumas dificuldades”, explicou a responsável àViva.

Texto: Mariana AlbuquerqueFotos: JFLordelo/Virgínia Ferreira

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lordelo do ouro

O “Cantar Portugal” é uma iniciativa oferecida àjunta de freguesia. “Já no ano passado [os gruposcorais] colaboraram connosco e conseguimos aju-dar duas instituições”, notou Gabriela Queiroz,acrescentando que o evento é mais um modo deassinalar o aniversário de Lordelo do Ouro.

O Auditório Ilídio Pinho, da Universidade Católi-ca, foi o local escolhido para acolher a iniciativa.“O espaço foi construído como apoio à Escola dasArtes e tem condições acústicas e de estrutura ex-celentes para um evento deste género”, notou aresponsável, anunciando que os bilhetes para oespetáculo podem ser adquiridos na junta de fre-guesia.

As “Noites de Ouro”

O dia 18 de junho marcará, assim, o início das“Noites de Ouro”, que se prolongam durante 19,21, 22, 23 e 24, abrangendo também os dias 1 e 2de julho, de modo a integrar as festividades de SãoPedro. Tal como explicou Gabriela Queiroz à Viva,“as ‘Noites de Ouro’ consistem num conjunto deconcertos integrados na comemoração do SãoJoão”, onde não faltam os divertimentos típicosdas feiras populares. O Largo António Cálem estarárepleto de barraquinhas de comes e bebes, atribuí-das às coletividades da freguesia, para que possam“não só mostrar-se e participar nas festas, masangariar alguma receita para as suas atividades”.De salientar também o Festival de Folclore, agen-dado para o dia 11 de junho.

Ainda em relação ao calendário de festas da fre-guesia, a sessão solene que irá assinalar os 175anos da integração de Lordelo no concelho do Porto,no dia 26 de novembro, deverá realizar-se na Fun-dação de Serralves. “Estamos só à espera da con-firmação da disponibilidade do espaço mas, emprincípio, está tudo encaminhado e estamos muitocontentes com a abertura da Fundação ao nossopedido”, referiu Gabriela Queiroz.

“Atentos” à transferênciadas famílias do Aleixo

Outra das prioridades da freguesia tem sido oacompanhamento da transferência das famílias doBairro do Aleixo. “Estamos a acompanhar o proces-so, junto da Domus Social, nomeadamente atravésda sinalização de algumas situações de vizinhançade pessoas que dependem de vizinhos até na suahigiene diária e alimentação”, afirmou a presidenteda junta, destacando que o objetivo é respeitar asreferidas relações. “É importante que as pessoassaibam que, em qualquer circunstância e para qual-quer coisa de que precisem, podem contactar dire-tamente a junta de freguesia para que nós interme-diemos junto da Domus Social”, apelou a autarca.As expectativas da Câmara do Porto apontam paraque, até ao fim do ano, seja possível ter uma dastorres do Aleixo já sem habitantes. “Estamos aten-tos e vigilantes”, concluiu Gabriela Queiroz.

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freguesias

Nevogilde irá contar, a curto prazo, com a colocação de cinco “oleões”na freguesia, no sentido de dar um fim adequado aos óleosalimentares usados. A solução dos “oleões” permite um “destino”mais ecológico para este resíduo, bem como a produção de biodieselatravés da sua recolha.

Cinco “oleões”para Nevogilde

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nevogilde

Texto: Marta Almeida CarvalhoFoto: Jorge Aguiar

índice de poluição ambiental. “Uma gota de óleo podepoluir dezenas de metros cúbicos de água”, refere,salientando a importância de uma crescente consciên-cia ecológica de todos os habitantes. “Não havendopontos de recolha torna-se difícil reciclar”.

Instalação de cinco equipamentosem Nevogilde

No seguimento desta ação foi celebrado um acordoentre a autarquia e a Junta de Nevogilde para a coloca-ção de cinco estruturas para a recolha de óleos usadosna freguesia, sendo que a primeira vai ficar instaladadentro do perímetro da Junta. Recorde-se que os equi-pamentos têm de ser colocados em espaços fechadospara evitar que sejam vandalizados. “Trata-se de umasubstância que é facilmente inflamável e que não podeestar sujeita a vandalismo”, alerta. As outras quatroestruturas que irão ser colocadas, a médio prazo, nafreguesia, serão instaladas dentro de perímetros igual-mente resguardados.

Para Francisco Marques Aguiar, secretário da Juntade Nevogilde, a instalação de “oleões” na freguesiavem colmatar uma lacuna que existe há muito. “Arecolha de óleos usados é uma questão fundamentalem termos ambientais uma vez que, não havendo pon-tos onde os depositar, a tendência é deitá-los na ban-ca”. Esta é uma solução pouco ecológica que a autar-quia pretende, agora, minimizar.

A Câmara do Porto está a colocar “oleões” em di-versas zonas da cidade. Dos 60 equipamentos queirão suportar a recolha de óleos usados, 30 serãocolocados até ao final de 2011 e outros tantos atéfinal do próximo ano. Para Álvaro Castello-Branco,vice-presidente da Câmara do Porto, as novas estrutu-ras vêm contribuir largamente para a diminuição do

Álvaro Castello-Branco e FranciscoMarques Aguiar firmam acordopara a instalação de “oleões” na

freguesia

Os equipamentos para recolha de óleos usados têm capacidadepara 140 e 240 litros

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freguesias

Loja Social promovenovo conceito de partilha

Uns tentam ajudar com a oferta debens dos quais já não precisam; osoutros retribuem em períodos detempo dedicados a atividadescomunitárias. A Loja Social deParanhos, inaugurada em abril, jácomeçou a mobilizar as pessoas paracontrariar os casos de pobreza dafreguesia.

A freguesia de Paranhos conta, agora, com umaLoja Social, inaugurada no início de abril, que preten-de não só ajudar as famílias mais carenciadas comoexplorar um novo conceito de partilha.

O projeto nasceu, portanto, da necessidade de en-contrar uma solução para os agregados em dificulda-des. “É necessário combater a pobreza através de

freguesias

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paranhos

O Colégio Ellen Key foi uma das primeiras ins-tituições a contribuir para a Loja Social de Pa-ranhos, através de uma recolha de ar tigos ealimentos realizada nos primeiros meses de2011. A cerimónia de entrega dos bens contoucom a presença de Alber to Machado, que foirecebido pelos alunos ao som do hino da ins-tituição e convidado a conhecer as instala-ções da escola.

junta de freguesia vários tipos de bens (brinquedos,alimentos, material didático, mobiliário, artigos dehigiene, eletrodomésticos, vestuário e calçado). Numafase seguinte, as candidaturas ao apoio são analisa-das por técnicos que procuram identificar as maiorescarências.

“Algumas lojas sociais cobram 50 cêntimos ouum euro; outras cobram um valor tabelado de acordocom o artigo e há outras que, simplesmente, nãocobram. Nós não exigimos nada, mas sensibiliza-mos as pessoas para que retribuam à comunidade”,salientou o presidente da junta, acrescentando que,em Paranhos, o único elemento que se pede é tempo,“porque isso toda a gente tem”. “Queremos que aju-dem a junta de freguesia nas iniciativas que promo-ve e que nos dêem algum tempo de trabalho comuni-tário”, explicou. “Se, por exemplo, tivermos um pas-seio com crianças, sugerimos que as pessoas pos-sam fazer esse acompanhamento, tomando conta dosmiúdos; se tivermos um idoso que liga para a juntaporque partiu um vidro e não consegue ou não temrecursos financeiros para recolocá-lo, poderá haveralguém na Loja Social com habilidade manual parapôr o vidro, ou trocar uma torneira ou até mudar umafechadura”, acrescentou.

Do lado de quem ajuda existe um voluntariado queassume duas perspetivas: uma de apelo à recolha debens e outra de gestão dos materiais reunidos. Osvoluntários dedicados à recolha procuram, junto dosseus amigos, familiares e colegas de trabalho, mo-tivar as pessoas para a realização de campanhas deangariação. “A gerir a Loja Social estão os voluntá-rios dedicados à organização e distribuição dos bensque vão chegando”, referiu Alberto Machado.

Texto: Mariana AlbuquerqueFotos: Virgínia Ferreira

apoios que assegurem a satisfação das necessidadesbásicas das famílias mais vulneráveis que, no con-texto de crise socioeconómica, têm sido mais atingi-das”, constatou o presidente da junta de freguesia deParanhos, Alberto Machado. A nova estrutura, que,segundo o autarca, “é de todos e para todos”, foicriada em Paranhos com a particularidade de ser en-carada como “uma plataforma de troca entre aquelesque têm mais e os que têm menos”.

Ajudar em troca de ser ajudado

Incentivar a população a doar e mostrar às pessoasajudadas que podem, de alguma forma, retribuir esseapoio são os dois grandes objetivos da nova Loja So-cial de Paranhos, aberta de segunda a sexta-feira, dasnove às 17 horas. Alberto Machado explicou à Vivaque qualquer pessoa ou instituição pode oferecer à

Recolha no Colégio Ellen Key

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passatempos

AnedotasO telefone

Quando Alexander Bell inventou o telefone viu quetinha duas chamadas não atendidas do McGyver.

Opinião médicaUm paciente chega ao consultório e diz:-Senhor doutor, crescem-me pêlos por todo o

lado, não sei porquê nem o que fazer. Diga-me, oque lhe parece!

O médico responde:-Um urso de peluche!

FelicidadeConversa entre dois amigos:- Eu fui feliz com a minha mulher durante 27 anos.- E o que é que aconteceu depois?- Conhecemo-nos.

HomicídioAconteceu um homicídio na Gronelândia e a po-

lícia deteve um suspeito para interrogatório. Umdetetive entra na sala e pergunta-lhe: “Diga-nos, oque fez na noite entre outubro e abril.”

Sudoku

Crítico

PerversoCrítico

Perverso

Entrevista de emprego- Por acaso o senhor tem alguma recomendação

da empresa onde trabalhava?- Claro que sim!- E qual?- Recomendaram-me que procurasse outra empresa!

CabeloDurante o jantar, o miúdo pergunta à mãe:- Ó mãe, porque é que o pai é careca?- Porque o teu pai é muito inteligente e pensa muito.- Então... porque é que tu tens tanto cabelo?- Está calado e come!

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crónica e as cidades

É seguramente uma das iniciativas do Governo,então liderado por António Guterres, que mais elo-gios colheu pela maneira simples como descompli-cou a vida das pessoas. Falo da Loja do Cidadão doPorto, localizada junto ao desaparecido Estádio dasAntas, local onde os portuenses, e não só, resol-vem de uma forma quase sempre rápida e eficazinúmeros problemas e encontram a informação deque necessitam.

Mas a estrutura já está nos limites. Aliás a rea-lidade atual é clarificadora: 5 mil pessoas/dia sãoatendidas na loja do Porto, número que ultrapassa acapacidade prevista aquando da sua abertura em1999.

Desde então já por lá passaram cerca de 17 mi-lhões de utentes, uma média de 115 mil/mês e 5mil/dia. É a segunda Loja do Cidadão com maisafluência de público, depois da das Amoreiras, emLisboa.

Quer a secretária de estado da ModernizaçãoAdministrativa, quer a Câmara do Porto (a quemcabe pressionar o Governo e disponibilizar um es-paço) têm agora de dar as mãos para que seja pos-sível implementar uma segunda Loja do Cidadão nacidade do Porto.

Um dos locais mais ajustados - e tanto quantosei disponível porque não tem qualquer loja-âncora- é a Praça de Lisboa (onde esteve o Clérigos Sho-

Loja do Cidadão

pping) que está a sofrer amplas obras de reabilita-ção e para onde está já prevista a instalação doPólo Zero da Federação Académica do Porto.

José Alberto Magalhães, jornalista, ex-responsável da Delegação

do Porto da Agência Lusa e, atualmente, editor daRevista Viva.

Para comentar esta crónica vá a www.viva-porto.pt e clique em “Notícias/Crónicas”

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