Edição Nº 111

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Escritório de Niemeyer tem projeto para uma nova Caxias ŹPÁGINA 3 MERCADO & NEGÓCIOS ONU recomenda ao Brasil a extinção da Polícia Militar CAPITAL EMPRESA JORNALÍSTICA LTDA Ɣ Ź05 a 11 de junho de 2012 Ano 4 Ɣ nº 111 www.jornalcapital.jor.br Indicadores / Câmbio R$1 Internacional Compra Venda % FECHAMENTO: 04 DE JUNHO DE 2012 ŹPÁGINA 2 Punição para empresas corruptas Mais importações que vendas externas A responsabilidade penal de empresas em casos de corrupção será uma das prin- cipais inovações do novo Código Penal, de acordo com o ministro do Superior Tribunal de Justiça Gilson Dipp (foto), que preside a comissão de juristas instituída pelo Senado Federal para elaborar o anteprojeto que visa atualizar o Código. ŹPÁGINA 5 O desempenho das exportações e também das impor- tações em maio foi recorde, segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. O avanço do desempenho comercial em maio deveu-se, principalmente, ao aumento de 2,7% nas exportações de produtos manufaturados, segundo a secretária de Co- mércio Exterior, Tatiana Prazeres (foto). ŹPÁGINA 3 Antonio Cruz-ABr Valter Campanato/ABr Caixa registra recorde de captação na poupança ŹPÁGINA 4 Fechamento de lixão em Jardim Gramacho vira festa Rombo no Banco Cruzeiro do Sul é de R$ 1,3 bi Projeto da deputada Claise Maria Zito será referência no País ŹPÁGINA 4 ŹPÁGINA 8 ŹPÁGINA 5 C erca de 11 mil CDs e DVDs piratas, além de 600 frascos de perfumes falsifica- dos, foram destruídos em Duque de Caxias. O material é resultante de operações feitas nas úl- timas semanas, contra a pirataria deflagradas nas feiras livres da cidade pela Secretaria de Trans- portes e Serviços Públi- cos. Elas fazem parte da Operação “Tolerância Zero”, deflagrada pela Prefeitura contra a de- sordem urbana. Baixada pode utilizar material reciclado em obras públicas Brasileiros e espanhóis vão buscar mercados na Ásia e no Oriente Médio C om a assinatura do protocolo de intenções por seis municípios da Bai- xada Fluminense (Belford Roxo, Duque de Caxias, Mesquita, Nilópolis, Nova Iguaçu e São João de Meriti), o Plano Regional de Gestão de Resíduos da Construção Civil sai deinitivamente do papel e os problemas enfrentados por essas cidades estão com os dias contados. Os municípios do consórcio, com cerca de 3 milhões de habitantes, geram quase 4.000 toneladas/dia de resíduos de construção civil. Pelo plano, os municípios assumirão a com- petência de gestão dos resíduos sólidos, inicialmente de construção civil e volumoso. Os materiais reciclados poderão ser usados pelos governos para o barateamento de obras públicas. Pelo projeto, a rede de captação terá 107 ecopontos que receberão madeira e podas, concreto e alvenaria e materiais volumosos e leves. Separados, os materiais serão transportados para as áreas de triagem e transbordo para reaproveitamento. E mpresários brasileiros e espanhóis criaram um comitê para viabilizar parcerias em busca de outros mercados. A decisão foi anunciada durante a visita do rei da Espanha, Juan Carlos I, ao Brasil, onde se reuniu com a presidenta Dilma Rousse- ff e vários ministros, no Palácio do Planalto. A Ásia e o Oriente Médio são o alvo inicial. Dessa forma, os dois países pretendem, por meio da exportação de produtos manufaturados, amenizar os efeitos da crise e estimular a troca de conhecimentos e experiência. “Precisamos de todos os mercados. Essa é uma saída muito importante da crise, em especial para as empresas médias, por meio desses acordos de colabora- ção. Isso envolverá a possibilidade, também, de trabalho e intercâmbio para jovens empresários e de estudantes universitários”, disse o presidente da Confederação Es- panhola de Organizações Empresariais (Ceoe), Juan Rosell. Segundo o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson de Andrade, essa parceria busca atingir os dois mercados, por meio da exportação de produtos manufaturados. “Que- remos unir empresas dos dois países [Brasil e Espanha] para aproveitar a expertise dos espanhóis e o conhecimento dos brasileiros”, disse Andrade. Marcio Leandro/PMDC Dolar Comercial 2,050 2,052 0,19 Dólar Turismo 1,950 2,190 0,45 Ibovespa 53.416,75 0,03

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Jornal Capital - Edição nº 111

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Escritório de Niemeyer tem

projeto para uma nova CaxiasモPÁGINA 3

MERCADO & NEGÓCIOS

ONU recomenda ao Brasil a

extinção da Polícia Militar

CAPITAL EMPRESA JORNALÍSTICA LTDA ズ モ05 a 11 de junho de 2012

Ano 4 ズ nº 111www.jornalcapital.jor.br

Indicadores / Câmbio

R$1

Internacional Compra Venda %

FECHAMENTO: 04 DE JUNHO DE 2012

モPÁGINA 2

Punição paraempresas corruptas

Mais importações que vendas externas

A responsabilidade penal de empresas em casos de corrupção será uma das prin-cipais inovações do novo Código Penal, de acordo com o ministro do Superior

Tribunal de Justiça Gilson Dipp (foto), que preside a comissão de juristas instituída pelo Senado Federal para elaborar o anteprojeto que visa atualizar o Código.

モPÁGINA 5

O desempenho das exportações e também das impor-tações em maio foi recorde, segundo o Ministério

do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. O avanço do desempenho comercial em maio deveu-se, principalmente, ao aumento de 2,7% nas exportações de produtos manufaturados, segundo a secretária de Co-mércio Exterior, Tatiana Prazeres (foto).

モPÁGINA 3

Antonio Cruz-ABr Valter Campanato/ABr

Caixa registra recorde de captação na poupançaモPÁGINA 4

Fechamento

de lixão

em Jardim

Gramacho vira festa

Rombo

no Banco

Cruzeiro do

Sul é de

R$ 1,3 bi

Projeto da deputada Claise Maria

Zito será referência no PaísモPÁGINA 4

モPÁGINA 8 モPÁGINA 5

Cerca de 11 mil CDs e DVDs piratas,

além de 600 frascos de perfumes falsifica-dos, foram destruídos em Duque de Caxias.

O material é resultante de operações feitas nas úl-timas semanas, contra a pirataria deflagradas nas feiras livres da cidade pela Secretaria de Trans-

portes e Serviços Públi-cos. Elas fazem parte da Operação “Tolerância Zero”, deflagrada pela Prefeitura contra a de-sordem urbana.

Baixada pode utilizar material reciclado em obras públicas

Brasileiros e espanhóis vão buscar mercados na Ásia e no Oriente Médio

Com a assinatura do protocolo de intenções por seis municípios da Bai-xada Fluminense (Belford Roxo, Duque de Caxias, Mesquita, Nilópolis,

Nova Iguaçu e São João de Meriti), o Plano Regional de Gestão de Resíduos da Construção Civil sai deinitivamente do papel e os problemas enfrentados por essas cidades estão com os dias contados. Os municípios do consórcio, com cerca de 3 milhões de habitantes, geram quase 4.000 toneladas/dia de resíduos de construção civil. Pelo plano, os municípios assumirão a com-petência de gestão dos resíduos sólidos, inicialmente de construção civil e volumoso. Os materiais reciclados poderão ser usados pelos governos para o barateamento de obras públicas. Pelo projeto, a rede de captação terá 107 ecopontos que receberão madeira e podas, concreto e alvenaria e materiais volumosos e leves. Separados, os materiais serão transportados para as áreas de triagem e transbordo para reaproveitamento.

Empresários brasileiros e espanhóis criaram um comitê para viabilizar parcerias em busca de outros mercados. A decisão foi anunciada durante a visita do rei da

Espanha, Juan Carlos I, ao Brasil, onde se reuniu com a presidenta Dilma Rousse-ff e vários ministros, no Palácio do Planalto. A Ásia e o Oriente Médio são o alvo inicial. Dessa forma, os dois países pretendem, por meio da exportação de produtos manufaturados, amenizar os efeitos da crise e estimular a troca de conhecimentos e experiência. “Precisamos de todos os mercados. Essa é uma saída muito importante da crise, em especial para as empresas médias, por meio desses acordos de colabora-ção. Isso envolverá a possibilidade, também, de trabalho e intercâmbio para jovens empresários e de estudantes universitários”, disse o presidente da Confederação Es-panhola de Organizações Empresariais (Ceoe), Juan Rosell. Segundo o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson de Andrade, essa parceria busca atingir os dois mercados, por meio da exportação de produtos manufaturados. “Que-remos unir empresas dos dois países [Brasil e Espanha] para aproveitar a expertise dos espanhóis e o conhecimento dos brasileiros”, disse Andrade.

Marcio Leandro/PMDC

Dolar Comercial 2,050 2,052 0,19Dólar Turismo 1,950 2,190 0,45Ibovespa 53.416,75 0,03

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2 モ05 a 11 de Junho de 2012MERCADO & NEGÓCIOS

Cambio

Moeda Compra (R$) Venda (R$) Variação %

Dolar Comercial 2,050 2,052 0,19Dólar Turismo 1,950 2,190 0,45

Moeda Compra (u$) Venda (u$) Variação %

Coroa Dinamarca 5,946 5,949 0,47Dólar Austrália 0,971 0,972 0,10Dólar Canadá 1,039 1,040 0,09Euro 1,249 1,249 0,47Franco Suíça 0,961 0,961 0,51Iene Japão 78,340 78,380 0,42Libra Esterlina Inglaterra 1,537 1,538 0,11Peso Chile 514,950 515,850 0,69Peso Colômbia 1.816,600 1.818,600 0,69Peso Livre Argentina 4,445 4,495 0,00Peso MÉXICO 14,270 14,211 0,76Peso uruguai 20,450 20,650 0,00

Bolsa

Valor Variação %

Ibovespa 53.416,75 0,03IBX 19.295,78 0,07Dow Jones 12.101,46 0,14Nasdaq 2.760,01 0,46Merval 2.210,41 0,22

Commodities

unidade Compra uS$ Venda uS$ Variação %

Petróleo - Brent barril 98,390 98,410 0,89Ouro onça troy 1.619,200 1.620,200 0,01Prata onça troy 28,270 28,340 0,07Platina onça troy 1.428,490 1.436,000 0,03Paládio onça troy 611,000 616,000 0,24

Indicadores

Poupança 05/06 0,514Poupança p/ 1 Mês 04/06 0,500TR 04/06 0,000Juros Selic meta ao ano 8,50Salário Mínimo (Federal) R$ 622,00

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Colaboradores: Alberto Marques, Arthur Salomão, Carlos Erbs, Dilma Rousseff, Geiza Rocha,

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Os artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores.

(*) FECHAMENTO: 04 DE JUNHO DE 2012

Ponto de Observação

Alberto Marques

Empresas poluidoras só geram 8º dos empregos

As indústrias respon-sáveis por cerca de

80% das emissões de di-óxido de carbono empre-gam pouco mais de 8% da força de trabalho nos países industrializados, segundo o relatório Rumo ao Desenvolvimento Sus-tentável: Oportunidades de Trabalho Decente e Inclusão Social em uma Economia Verde. O le-vantamento, divulgado quinta-feira (31), mostra que o atual modelo de desenvolvimento não tem mais eiciência na gera-ção de emprego e traba-lho decente no mundo.

Especialistas de qua-tro organismos inter-nacionais ligados ao mercado de trabalho e à questão ambiental dizem que “uma parte dessas pessoas pode perder seus empregos se não forem adotadas políticas ade-quadas para promover os

empregos verdes”. É o que acontece, por exemplo, na derrubada de lorestas para a expansão do agronegó-cio, ou quando a agricultu-ra utiliza agrotóxicos sem controle, poluindo o meio ambiente e prejudicando a qualidade de vida dos pró-prios agricultores. No caso da pesca, a situação do Bra-sil é mais grave, pois, ape-sar da extensão da nossa costa, o consumo de peixe, inclusive na merenda esco-lar em áreas mais pobres, é um percentual irrisório.

A poluição da Baía de Guanabara, por exemplo, já conseguiu extinguir vá-rias espécies, reduzindo a capacidade de produção na região, transformando os pescadores em párias, dependentes de ajuda do governo. Hoje, a maior parte do pescado consumi-do em hotéis e restaurantes chegam ao Rio de cami-nhão, por falta do produto na costa do Estado do Rio, em especial o camarão e a sardinha, produto que con-

centra algumas fábricas no entorno da baía.

Segundo estimativas apresentadas no documen-to, se os países insistirem nos moldes de produção e consumo de hoje, em duas décadas o nível de produ-tividade dos países, em todo o mundo, cairá 2,4%. Outros estudos citados no documento mostram ainda que, associado ao impacto no mercado de trabalho, o atual modelo econômi-co vem produzindo perdas constantes dos ecossiste-mas que começam a afetar a produção.

De acordo com o relató-rio, no setor de pesca, por exemplo, os trabalhadores vão sofrer, temporariamen-te, os efeitos com a sobre-pesca, o que pode exigir a redução de capturas para permitir a recuperação dos estoques. Na atividade, 95% dos 45 milhões de trabalhadores empregados são pescadores artesanais em países em desenvolvi-mento. “O uso excessivo

dos recursos naturais já provocou grandes perdas, incluindo mais de 1 mi-lhão de empregos para os trabalhadores lorestais, principalmente na Ásia, devido a práticas inade-quadas de gestão susten-tável das lorestas”, aler-tam os pesquisadores.

Se, de um lado, a pes-quisa aponta expecta-tivas negativas sobre o mercado de trabalho, por outro indica que mudan-ças de padrões econômi-cos, com estímulos e po-líticas para a implantação de uma economia verde, permitem outro cenário. No setor da agricultura, que emprega mais de 1 bilhão de trabalhado-res no mundo, inclusive produtores familiares, o estudo mostra que mu-danças nas práticas po-dem garantir segurança alimentar, tirar milhões de pessoas da pobreza e reduzir a migração das zonas rurais para os cen-tros urbanos.

MOREIRA FRANCO é Ministro Chefe

da Secretaria de Assuntos Estratégicos

da Presidência da República

Colunado Moreira

O bom hábito de ler

Vi uma pesquisa, recentemente, mostrando que as crianças e os adolescentes brasileiros estão lendo

menos livros. A queda no índice de leitura era apontada em todas as faixas etárias de cinco a 17 anos. Pode até não ser uma redução muito grande, mas causa preocupação ver, por exemplo, que a média de leitura entre os adolescentes de 14 a 17 anos caiu de 6,6 livros, em 2007, para 5,9 no ano passado. Na faixa de cinco a 10 anos, enquanto em 2007 a média era de 6,9 livros por criança, em 2011 caiu para 5,4.

A verdade é que o brasileiro, em geral, está lendo menos. No caso dos mais jovens o fato chama mais atenção porque sabe-se da importância de o hábito da leitura ser desenvolvido logo cedo. Principalmente diante da forte concorrência dos celulares, dos tablets , dos iPhones e da internet. É fácil encontrar um jovem com uma dessas ferramentas, mas raramente o vemos com um livro nas mãos - não incluídos aí os livros didáticos.

É certo que não podemos impedir nossas crianças, adolescentes e jovens de estarem integrados à era digital. Pelo contrário, são conquistas do mundo moderno que devem ser absorvidas por todos nós. Mas, como icam a busca do conhecimento e o prazer que a leitura proporciona? Ainda cabe mencionar o fato de que o hábito de ler melhora a capacidade e a velocidade de leitura, contribui para aumentar o vocabulário e aprimora a escrita, além de estimular a imaginação, a inovação e a capacidade empreendedora Ainda há os ganhos culturais, tão falados, de grande ajuda na vida proissional.

Especialistas dizem que a pouca atração dos jovens pela leitura decorre da falta de incentivo da família e, muitas vezes, das escolas. Assim resta a esperança de que os resultados das pesquisas possam alertar os pais, assim como chamar a atenção das autoridades para a necessidade de políticas públicas que despertem nas crianças, desde cedo, o interesse pelos livros, a exemplo do que estamos desenvolvendo na SAE, com a Fundação Ecofuturo, para formulação de um programa de estímulo à leitura.

Bebidas frias pagarão mais

impostos a partir de outubro

A partir de outubro, as bebidas frias - água,

cerveja, refrigerante, ener-géticos e isotônicos – pas-sarão a pagar mais impos-tos. Decreto publicado dia 31, no Diário Oicial da União, estabeleceu os no-vos preços que servirão de referência para o Imposto sobre Produtos Industria-lizados (IPI), PIS/Pasep e Contribuição para o Finan-ciamento da Seguridade Social (Coins). De acor-do com a Receita Federal, caso o aumento de impos-tos seja repassado integral-mente aos preços inais, os consumidores pagarão 2,85% a mais, em média, pelos quatro tipos de bebi-das. O órgão estima ainda que a medida provocará impacto de 0,02% na in-

lação oicial medida pelo Índice de Preços ao Consu-midor Amplo (IPCA), em outubro.

O decreto também es-tabeleceu um cronograma gradual de diminuição dos redutores aplicados na base de cálculo desses tributos. Até 2015, as alíquotas que, para alguns tipos de bebi-das incidem apenas sobre 30% do preço no varejo, passarão a incidir sobre 52,5% do preço inal. Se-gundo o subsecretário de Tributação e Contencioso da Receita Federal, Sandro Serpa, o governo arrecada-rá R$ 408 milhões a mais em 2012 com a atualiza-ção da tabela de preços. A diminuição dos redutores renderá mais R$ 86,7 mi-lhões. Em 2013, o caixa

do governo será reforçado em R$ 2,970 bilhões. O de-creto também estabeleceu que as tabelas de preços das bebidas passarão a ser atualizadas todos os anos, sempre em outubro. Em vigor desde 2008, a lei que instituiu o novo regime tri-butário para as bebidas não deinia um período em que atualização deve ser feita. Até agora, a tabela de pre-ços havia sido atualizada em apenas duas oportuni-dades: no início de 2009 e em março do ano passado.

Pelo modelo antigo de tributação das bebidas, as alíquotas eram expressas por meio de valores ixos cobrados por litro. Dessa forma, um refrigerante de 2 litros, que custa R$ 4, representa o recolhimento

dos mesmos impostos que um de R$ 2. De acordo com a Receita, isso provo-cava distorção e punia os fabricantes que vendiam produtos mais baratos. O novo regime leva em con-sideração os preços nas prateleiras e o tipo de em-balagem das bebidas, fa-zendo com que uma bebida mais cara pague mais IPI e PIS/Coins.

Banco de Imagens

Page 3: Edição Nº 111

3モ05 a 11 de Junho de 2012MERCADO & NEGÓCIOS

Conversa com a PresidentaEncaminhe perguntas para a Presidenta

DILMA ROUSSEFF:

[email protected] ou

[email protected]

ALUÍZIO FERREIRA DE ARAUJO, 66 anos, artíice no bairro de Campo Grande, Rio de Janeiro (RJ) - O que a senhora pode fazer para tornar digno

o atendimento médico-hospitalar da rede pública

para a maioria dos brasileiros?

Presidenta Dilma - Estamos trabalhando irme para isso, Aluizio, para garantir atendimento de qualidade a todos os usuários do Sistema Único de Saúde (SUS). Em novembro passado, por exemplo, iniciamos o programa de atendimento domiciliar, o Melhor em Casa, que reduz a lotação dos hospitais e dá atendimento mais humanizado, junto à família. No município do Rio de Janeiro já há 10 equipes, que atendem 600 pacientes por mês. E desde janeiro enviamos a Carta SUS aos pacientes, para saber como eles foram tratados durante a internação. Criamos também as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs 24 Horas), que podem resolver 97% dos casos que recebem. O seu Estado tem 53 UPAs, e está também no programa SOS Emergência, que vai melhorar os hospitais Miguel Couto e Albert Schweitzer. E ajudamos os Estados a aumentar o número de cirurgias eletivas, o que fez os mutirões crescerem 65%, passando de 209,6 mil cirurgias, em 2010, para 345,8 mil, em 2011. Só as cirurgias de catarata aumentaram 96,4% no período. Desde 2011 também distribuímos medicação gratuita para hipertensão e diabetes, que você pode retirar nas 20 farmácias do seu bairro credenciadas no Aqui Tem Farmácia Popular. Em todo o País, são 20 mil farmácias, que já atenderam 10 milhões de pessoas, sendo 1,5 milhão no seu Estado. São exemplos, Aluízio, do esforço permanente para melhorar a saúde no Brasil, e que terá continuidade.

AFONSO MIRANDA DE ARAÚJO, 76 anos, lavrador em Oliveira dos Brejinhos (BA) - Todos os

povoados ao redor de onde eu moro (Grama) já receberam o Luz para Todos. Será colocada luz no

meu povoado? Será que ainda vou ver luz?

Presidenta Dilma - Afonso, a luz está programada para chegar à sua casa em 2013. A ligação da localidade em que você mora está prevista no projeto da região de Mulungu, segundo informações da Coelba. O projeto já foi aprovado pelo Comitê Gestor Estadual do Programa Luz para Todos da Bahia e vai atender a 58 famílias, como parte das metas acordadas entre o governo federal e a Coelba, que realizará mais 104 mil novas ligações na Bahia, até 2014. Desde 2003, Afonso, o programa já beneiciou 2,9 milhões famílias em todo o Brasil, sendo 480 mil ligações somente na Bahia, que é o estado mais favorecido pelo programa. Ao garantir a chegada da energia à casa dessas famílias, estamos fazendo uma verdadeira revolução no Brasil. Com a energia, melhora a qualidade de vida das pessoas e aumenta a sua capacidade de produção. Para alcançar pontos isolados, como a região Amazônica, temos utilizado várias alternativas, aliando tecnologia e sustentabilidade, como sistemas de geração de miniusinas fotovoltaicas e distribuídas por minirredes. Utilizamos também materiais como cabos subaquáticos e postes de ibra de vidro, que podem ser transportados mais facilmente, até em canoas, para contemplar ilhas luviais e oceânicas. Nosso objetivo é levar energia a todos os brasileiros, como você, Afonso, que em breve terá luz em casa.

RONALDO BOTELHO GOMES, 24 anos, advogado em Belo Horizonte (MG) - O programa

Ciência sem Fronteiras oferece bolsas para pós-

graduação lato sensu?

Presidenta Dilma - Não, Ronaldo, o Ciência sem Fronteiras não oferece bolsas para pós-graduação lato sensu, que são programas de especialização que conferem ao aluno certiicados. O foco do programa é oferecer bolsas de graduação, doutorado sanduíche, doutorado pleno e pós-doutorado nas áreas de ciências exatas, médicas e tecnológicas. Esta opção deve-se à necessidade de nosso país investir em áreas que permitam acelerar o desenvolvimento de novas tecnologias e processos de inovação no Brasil. Até 2014, vamos enviar 101 mil estudantes ao exterior. Neste ano, haverá 20 mil bolsas para estudantes de física, química, matemática, biologia, ciências médicas e da computação e em todas as áreas de engenharia. Instituições de excelência, como a Universidade Harvard e o Instituto de Tecnologia de Massachusetts, nos Estados Unidos, oferecem vagas para nossos bolsistas. O critério de escolha do Ciência sem Fronteiras é o mérito, levando em conta o desempenho do estudante no Enem, o que dá oportunidade para todos, inclusive alunos de famílias pobres que jamais poderiam estudar no exterior. Os interessados devem fazer a inscrição na página do programa www.cienciasemfronteiras.gov.br.

Exportações e importações

batem recorde em maioO desempenho das ex-

portações e também das importações em maio foi recorde, informou dia 1º o secretário executivo do Ministério do Desen-volvimento, Indústria e Comércio Exterior, Ales-sandro Teixeira. “Foi o me-lhor mês de maio de todos os tempos na corrente de comércio [soma de expor-tações e importações]", disse. Em relação a maio do ano passado, as exporta-ções icaram US$ 6 milhões maiores, tendo somado em maio deste ano US$ 23,215 bilhões. Já as importações tiveram um avanço de US$ 577 milhões, o equivalen-te a 2,9% de incremento. Com isso, as compras do exterior contabilizaram US$ 20,262 bilhões.

Mas o fato de as impor-tações terem crescido mais que as vendas externas fez com que o saldo comer-cial de maio deste ano te-nha icado 16,2% aquém do resultado de maio de 2011. Com saldo de US$ 2,953 bilhões, o resultado da balança comercial de maio contribuiu para que o saldo do acumulado do ano atingisse US$ 6,271 bilhões. Foi o melhor mês da balança comercial de 2012. O avanço do desem-penho comercial em maio, em relação aos outros me-ses do ano, deveu-se, prin-cipalmente, ao aumento de 2,7% nas exportações de produtos manufaturados, segundo a secretária de Comércio Exterior, Tatia-na Prazeres (foto). As ven-

das de óleos combustíveis cresceram 52% no mês, seguidas por automóveis (+22%), laminados planos (+19%), motores e gera-dores elétricos (+44%), máquinas e aparelhos para terraplanagem (+15%) e veículos de carga (+13%).

No acumulado do ano, as vendas de produtos bá-sicos somaram US$ 46,472 bilhões ou 47,5% dos US$ 97,861 bilhões exportados. As vendas de manufatura-dos totalizaram US$ 36,198 bilhões, com participação de 37%, e as exportações de produtos semimanufatu-rados alcançaram US$ 12,8 bilhões, o equivalente a 13,1% do total. Em termos de mercados, os principais compradores continuam sendo a China (US$ 17,213

bilhões) e os Estados Uni-dos (US$ 11,792 bilhões), que também são os maio-res exportadores para o mercado brasileiro, com US$ 13,409 bilhões e US$ 13,387 bilhões, respectiva-mente. O Brasil tem supe-rávit de US$ 3,804 bilhões no comércio com a China e déicit de US$ 1,595 bilhão com os Estados Unidos.

Valter Campanato-ABr

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Anatel rejeita impugnação do leilão 4G

Apesar do PIB fraco, economia pode crescer+ conteúdo no site

Zito anuncia a empresários o

projeto ‘Nova Duque de Caxias’

O 9º Encontro de Negó-cios do Grande Rio,

realizado no SESI Duque de Caxias pela Represen-tação Regional da FIRJAN na cidade, encerrou os tra-balhos na quinta-feira (31), superando sua expectativa de gerar negócios na ordem de R$ 30 milhões. Foram realizadas 219 reuniões en-tre empresas e os negócios resultantes alcançaram a soma de R$ 40,8 milhões. Embalado pelo sucesso dos negócios, foi anunciada a Duque de Caxias do futuro. A “Nova Cidade de Duque de Caxias” é um projeto do escritório Niemayer Arqui-tetos Associados que, com o fechamento do aterro sa-nitário de Jardim Grama-cho, pretende transformar a quase desconhecida orla do município em um polo tu-rístico, ecológico, esporti-vo e cultural, além de abrir novas opções para a cida-

de, ampliando a logística de transporte de massas na cidade.

A novidade foi apresen-tada pelo arquiteto Paulo Niemeyer, com a presença do prefeito José Camilo Zito. “Queremos apresen-tar um sonho. Um sonho que vamos batalhar para transformar em realidade. Foi com o trabalho e de-dicação que transforma-mos esta cidade, tirando os moradores da lama, ofere-cendo cidadania aos traba-lhadores e levando cultura para o povo com o Teatro Raul Cortez e a Biblioteca Governador Leonel Brizo-la. Agora, estamos sonhan-do mais alto para que cada habitante deste município tenha ainda mais orgulho de ser duquecaxiense. A cidade do passado já era. Esta é a cidade do presente em busca de um futuro me-lhor”, airmou Zito.

Niemeyer falou do pro-jeto que vai reconigurar uma região que está desva-lorizada e que vai alcançar todo o trecho do municí-pio banhado pela Baía de Guanabara, da primeira saída da Linha Vermelha do município até a fron-teira com Magé. “São 53 km² com praças cívicas, centro esportivo, museus, hotéis, shopping, estações rodoviária e marítima, edi-fícios institucionais e uma grande área de preservação natural. É um espaço maior que a Floresta da Tijuca, o Parque Ibirapuera e o Cen-tral Park”, explicou o ar-quiteto, ressaltando que o projeto seria desenvolvido em conjunto com diversas secretarias municipais e que contaria com investi-mentos da iniciativa priva-da para ser implantado.

- Duque de Caxias tem um litoral que nunca foi

aproveitado em todo o seu potencial. Os moradores da cidade não conhecem a sua orla nem a grande área verde daquela região. Com esta obra a cidade será ainda maior do que é hoje. E que-remos que parte disto já es-teja implantada até a Copa de 2014”, disse Paulo, que completou: “Acompanhei a elaboração dos projetos do Teatro Municipal Raul Cor-tez e da Biblioteca Pública Governador Leonel Brizo-la feitos pelo meu avô. Ele não acreditou que eles sai-riam do papel. Zito cumpriu sua promessa e eles estão aí. Por isso, meu avô admi-ra tanto o prefeito. Não sou partidário de ninguém, nem político, mas foi Zito que transformou esta cidade. Quero que todos nós, daqui há 15 anos, olhemos para o que vamos construir e dizer que izemos parte desta his-tória”, concluiu o arquiteto.

Secretário presta contas em Caxias

O secretário de Fazenda de Duque de Caxias,

Raslan Abbas, participou de audiência pública na Câmara, dia 31, na qual fez a prestação de contas do 1º quadrimestre da Prefeitu-ra. A audiência tem como objetivo dar transparência às contas do governo mu-nicipal, fazendo um balan-ço do que foi arrecadado e revelando os setores que recebem os investimen-tos. Raslan alertou para as conseqüências das ante-

cipações de receita, feita pela gestão passada e que, segundo observou, ainda causam problemas na ad-ministração da cidade. “Na antecipação, a verba e gas-ta agora, fazendo falta no futuro”, destacou o secre-tário, revelando que houve déicit na arrecadação do IPTU e dos royalties do petróleo.

Segundo o Secretário, a prefeitura previa uma arre-cadação de R$ 667,290mi-lhões, porém, ao contrário

do esperado, fechou com 554,267 milhões, o que corresponde a 83% do to-tal. Em contrapartida, o valor foi superior ao apre-sentado no último quadri-mestre de 2011, que fechou o ano com um montante de R$ 512,691milhões.

Outra questão aborda-da foi a administração do Hospital Moacyr Rodrigues do Carmo, que consumiu R$ 350 milhões nestes três anos. Ele observou que a despesa com o hospital dei-

xou de ser investida em ou-tros setores, como pavimen-tação iluminação e outras melhorias para a cidade. “O governante que estiver no comando de Duque de Caxias vai enfrentar pro-blemas de orçamento de-vido ao comprometimento de receitas com o hospital”, destacou. A audiência, que durou pouco mais de duas horas, contou com a pre-sença de vereadores, repre-sentantes de associações de moradores e sindicalistas.

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4 モ05 a 11 de Junho de 2012MERCADO & NEGÓCIOS

RODRIGO DE CASTRO é

jornalista e pós-graduado em

Marketing e Comunicação Empresarial

pela Universidade Federal de Juiz de Fora (MG)

Bastidoresda ALERJ

Toma lá...

Dias atrás, um político da Baixada Fluminense, velho companheiro do time do Governador, li-

gou para Sérgio Cabral e o convidou para a inaugu-ração de uma unidade de ensino proissionalizante que seria inaugurada pelo Secretário da pasta que assim como ele, é pré-candidato a prefeito de sua cidade. Pelo alcance social do projeto, seria até um bom momento para Cabral refazer sua imagem, mas ele refutou. Respondeu dizendo que por enquanto, “quer icar quietinho”.

A 10 dias das convenções que deinirão os candi-datos a prefeito nos municípios luminenses, o gesto fortaleceu uma convicção entre os aliados: Cabral será um cabo eleitoral discreto até o im do primei-ro turno e não subirá em palanques. Na capital, foi Eduardo Paes quem deu os primeiros sinais de que fugiria dos comícios de Cabral depois das fotos de Paris. Mas em cidades como Duque de Caxias e Nova Iguaçu, onde partidos da base disputam a ca-deira de prefeito, a crise da Delta veio a calhar como desculpa para imparcialidade do Governador, ale-gando o desgaste de sua imagem para os candidatos.

...da cáPara amenizar os danos da ausência, o lançamen-

to de um pacote de obras orçado em R$ 10 bilhões é a aposta do Palácio Guanabara. Os empréstimos que viabilizarão os projetos vêm sendo negociados há tempos com os deputados na Alerj e ganharam mais importância depois que Cabral icou na berlinda. A ordem do governo é responder com obras em todo o Estado. O pacote inclui a construção de barragens, recuperação total de estradas através de um progra-ma chamado Asfalto na Porta e a construção de 9 novos hospitais estaduais.

Projeto da deputada Claise Maria

Zito será referência no País

A presidente da Comis-são de Assuntos da

Criança, do Adolescente e do Idoso da Assembleia Legislativa do Rio de Ja-neiro (Alerj), deputada Claise Maria Zito (PSD), apresentou o texto da Lei estadual 6.237/12, que cria a Semana de Doação de Leite Materno no Rio, no 2° Encontro Nacional de Presidentes de Comissões Legislativas Estaduais de Promoção Social e Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente, em Forta-leza (CE). O evento foi re-alizado na capital cearense e contou com a presença de todos os presidentes e representantes de comis-sões que tratam dos temas relacionados à criança e adolescente nos poderes le-gislativos do país.

- O objetivo do encontro é a troca de experiências e, hoje, tenho o orgulho em airmar que nosso estado tem muito a colaborar, sen-do pioneiro na criação de uma semana de ações vol-tadas exclu-sivamente à doação do leite materno – ressaltou a parlamentar. Ela conir-mou ainda que o proje-to de sua autoria que cria a Semana Estadual de Doa-ção de leite materno pode ser o ponto de partida para a construção de uma mobi-lização nacional. “Através de campanhas como essa, temos a oportunidade de

resgatar, junto à sociedade, a cultura da amamentação. O trabalho feito pelo IFF, por exemplo, é de extre-ma importância, mas, sem

as doadoras, nada seria possível. De-dicamos esta homenagem a elas”.

O coor-denador da Área Técni-ca de Saúde da Criança e Aleitamento Materno do

Ministério da Saúde, Pau-lo Bonilha, airmou que as campanhas de doação são grandes aliadas no comba-te à mortalidade infantil. “Nossa área vem reali-zando cursos de formação de tutores, capacitando

proissionais de saúde no ensino e aprendizagem da amamentação. A diminui-ção do índice de mortalida-de infantil em todo Brasil se dá por diversos fatores. E garantir que bebês pre-maturos tenham acesso ao leite materno, através das doações, também é um de-les”, reforçou.

Sete assembléias de diferentes estados já apre-sentaram o projeto de lei com base na iniciativa da deputada Claise Maria Zito, criando a Semana Estadual de Doação de leite materno e incluindo a semana de 19 a 25 de maio no calendário oi-cial de eventos de seus estados: Goiás, Rio Gran-de do Norte, Ceará, Pará, Pernambuco, Bahia e Ro-raima.

Divulgação

Caixa registra recorde de captação líquida na poupança em maio

A poupança da Caixa Econômica Federal

registrou captação líquida de R$ 2,6 bilhões em maio, equivalente a mais de três vezes o volume do mesmo mês do ano passado. O re-sultado é recorde em meses de maio, e no ano o saldo acumula R$ 5 bilhões, o que representa 62% do to-tal absorvido pelo mercado,

segundo dados do Banco Central, relativos a 28 de maio. Para o vice-presi-dente de Pessoa Física da Caixa, Fábio Lenza, a cap-tação líquida da poupança, registrada nos primeiros dias após as novas regras de remuneração, divulgadas no dia 3 de maio, pode ser atribuída, em parte, à forma positiva como a população

recebeu a mudança. “Hou-ve rápida compreensão da população de que a nova regra da poupança mantém a atratividade do produto, é favorável ao poupador e ne-cessária ao país”.

Com a recente alteração da taxa Selic para 8,5% ao ano, a rentabilidade das no-vas cadernetas de poupança será 70% da Selic mais taxa

referencial (TR). Continua ganhando em rentabilidade, por exemplo, dos fundos de renda ixa DI, com taxa de administração acima de 1% para prazo de até 12 meses, e dos certiicados de depósitos bancários (CDBs) de varejo, que pagam abaixo de 91% do Certiicado de Depósi-to Interbancário (CDI) para aplicação até seis meses.

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5モ05 a 11 de Junho de 2012MERCADO & NEGÓCIOS

Empresas poderão responderpenalmente por corrupção

A responsabilidade penal de empresas em ca-

sos de corrupção será uma das principais inovações do novo Código Penal, de acordo com o ministro do Superior Tribunal de Justi-ça (STJ) Gilson Dipp, que preside a comissão de ju-ristas instituída pelo Sena-do Federal para elaborar o anteprojeto que visa atuali-zar o código. Ele participou quinta-feira (31) do Semi-nário Nacional de Probida-de Administrativa, evento promovido pelo Conselho Nacional de Justiça na sede do STJ, em Brasília. Na ocasião, Dipp - que já co-mandou a Corregedoria Na-cional de Justiça, órgão do CNJ -, destacou as princi-pais medidas sugeridas pelo grupo de especialistas que coordena para fomentar o combate à fraude, princi-palmente no âmbito da ad-ministração pública.

O ministro lembrou que

o Código Penal foi pro-mulgado ainda nos anos de 1940, durante regime de ex-ceção instituído pelo então presidente da República, Getúlio Vargas. De acordo com ele, a norma fora cons-truída para uma sociedade muito diferente da atual. O trabalho de atualização do Código Penal, segundo avaliou, não é uma tarefa simples. Além de defasado em relação ao tempo e à conjuntura, a legislação en-contra-se em desalinho com a Constituição Federal, pro-mulgada posteriormente a sua edição, em 1988. Outra diiculdade são as inúmeras leis atualmente existentes para tratar de tipos penais especíicos. De acordo com Dipp, seriam pelo menos 120 normas concorrendo com o Código Penal.

No que diz respeito ao combate à corrupção, uma das propostas mais signii-cativas, segundo o minis-

tro, é a que visa imputar responsabilidade penal à pessoa jurídica - ou seja, às empresas que corroboram para essa prática. De acor-do com Dipp, a proposta tem por base a constatação de que as maiores transa-ções geralmente envolvem empresas transnacionais. "Evidentemente as penas aplicadas às pessoas jurí-dicas serão compatíveis a

esse instituto. Serão pe-nas privativas de direitos como, por exemplo, paga-mento de multas, proibição de contratar com institui-ções inanceiras ou de par-ticipar de licitações com a administração direta ou indireta", explicou o minis-tro, ressaltando a respon-sabilidade penal da pessoa jurídica já existe para os crimes ambientais.

Antônio Cruz-ABr

Expansão da indústria no primeiro

trimestre surpreendeu, diz a CNI

O crescimento no Pro-duto Interno Bruto

da indústria entre janeiro e março foi uma surpre-sa positiva, informou a Confederação Nacional da Indústria. A entidade ressaltou que outros índi-ces do Instituto Brasileiro

de Geograia e Estatística (IBGE) indicavam queda do setor em 2012. Para a CNI, o resultado surpreen-de porque o próprio IBGE havia divulgado, em outra pesquisa, que a produção física da indústria havia recuado 0,3% na média

do primeiro trimestre. Nos números apresenta-dos agora, no entanto, a indústria cresceu 1,7% no período, liderada pela in-dústria de transformação, que registrou alta de 1,9%. “Não fosse o desempenho industrial, o PIB teria que-

da no primeiro trimestre”, ressaltou a entidade. Ape-sar do crescimento da in-dústria ante o trimestre an-terior, a CNI destaca que a produção industrial conti-nua estagnada em relação aos três primeiros meses de 2011.

Banco Central decreta

intervenção no Banco

Cruzeiro do Sul

O Banco Central (BC) decretou nesta se-

gunda-feira (4) Regime de Administração Especial Temporária (Raet), pelo prazo de 180 dias, no Ban-co Cruzeiro do Sul, com sede na cidade de São Pau-lo. Segundo BC, a medida foi tomada em decorrência do “descumprimento de normas aplicáveis ao sis-tema inanceiro e da veri-icação de insubsistência em itens do ativo”. O Raet é um regime com prazo li-mitado, por meio do qual o BC substitui os dirigen-tes da instituição por um conselho de diretores ou por uma pessoa jurídica especializada. O objetivo é corrigir procedimentos operacionais ou eliminar deiciências que possam comprometer o seu funcio-namento, explicou o Ban-co Central, que nomeou o Fundo Garantidor de Cré-ditos (FGC) como adminis-trador especial temporário. O rombo no banco, segun-do informações divulgadas mas não conirmadas pelo BC, é de cerca de R$ 1,3 bilhão.

O BC esclarece que o regime não afeta o anda-mento dos negócios da instituição, que continua f u n c i o n a n d o normalmente e pode realizar to-das as operações para as quais tem autoriza-ção. Segundo o

Banco Central, “em con-sequência, é preservada a relação dos credores e dos devedores com a institui-ção. Assim, tanto os com-promissos de terceiros com a instituição quanto as suas dívidas continuam a vencer nos prazos originalmente contratados”.

De acordo com o BC, o Banco Cruzeiro do Sul é uma instituição inanceira de pequeno porte que, em dezembro de 2011, detinha ativos que representavam apenas 0,22% do total dos ativos do sistema inancei-ro e 0,35% dos depósitos. Está autorizado a operar com as carteiras comer-cial, de investimentos e de câmbio. Com opera-ções concentradas nas duas agências de São Paulo e do Rio de Janeiro, o ban-co tem mais seis agências, em Campinas, Salvador, Recife, Belém, Macapá e Palmas. Também foi de-cretado o Raet nas empre-sas do grupo Cruzeiro do Sul, pelo mesmo prazo de 180 dias: Cruzeiro do Sul S.A Corretora de Valores e Mercadorias, Cruzeiro do Sul DTVM, e Cruzeiro do Sul S.A. Companhia Secu-ritizadora de Créditos Fi-nanceiros.

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Atualidade

País

Internacional

Secretaria de Cultura realiza nova edição

do Concurso de Fotograias em CaxiasA Superintendência de

Turismo da Secreta-ria de Cultura e Turismo de Duque de Caxias está com inscrições abertas para o 2° Concurso de Fotograia - Um Olhar Sobre Duque de Caxias. Elas serão recebidas até 20 de junho e a solenida-de de premiação aconte-cerá no dia 25 de agosto. Estão sendo oferecidos prêmios em dinheiro no valor de R$ 1.500 para o primeiro lugar, R$ 1.000 para o segundo e R$ 600 para o terceiro. O tema é livre e os trabalhos deve-rão abordar o município, obrigatoriamente.

O concurso é aberto a fotógrafos amadores ou proissionais, morador ou não da cidade, e que seja maior de 18 anos, e

que poderão par-ticipar com até 5 trabalhos cada. Não haverá mais de uma premia-ção para cada participante. As inscrições serão recebidas na Su-perintendência de Turismo (Rua Ailton da Costa nº 115, sala 610, bairro 25 de Agosto), de segunda a sexta-feira, das 10h às 16h. Os trabalhos inscritos deverão retratar algo que esteja dentro dos limites do município de Duque de Caxias e mostrar, obrigatoriamente, alguma relação com o mesmo (o cotidiano ou a integração do homem com o meio am-biente e com os monumen-tos históricos e culturais na cidade, os rios, lagos,

árvores, praças, parques, jardins, plantas, animais, pessoas, áreas, etc.). A se-leção das fotos obedecerá a critérios técnicos, estéticos e artísticos (a mensagem transmitida pelo fotógrafo, aspectos da composição, cores da fotograia, inedi-tismo, plástica, etc.).

A seleção será feita por pessoas qualiicadas - pro-issionais da cidade ou con-vidados - indicadas pela Comissão Organizadora, esta formada por membros da Secretaria. Uma exposi-

ção, com 30 imagens, será montada na Bi-blioteca Pública Go-vernador Leonel Brizo-la, de 25 de agosto a 30 de setembro.

O 1º concurso, de-nominado “Caxias em Flash”, foi realizado em setembro de 2002, nas categorias Nature-za, Cotidiano, Patrimô-nio Histórico-Cultural e Arquitetura, com premiaçao em dinhei-ro e menções honrosas. Cento e cinco trabalhos concorreram e seus au-tores receberam certi-icados. Mais informa-ções podem ser obtidas na Superintendência de Turismo, através do te-lefone (21) 2671-1120 ramal 8, no horário co-mercial.

ONU recomenda im da Polícia Militar no Brasil

O Conselho de Di-reitos Humanos da

ONU pediu ao Brasil maiores esforços para

combater a atividade dos "esquadrões da morte" e que trabalhe para supri-mir a Polícia Militar, acu-sada de numerosas execu-ções extrajudiciais. Esta é uma de 170 recomenda-ções que os membros do Conselho de Direitos Hu-manos aprovaram como parte do relatório elabo-rado pelo Grupo de Tra-balho sobre o Exame Pe-riódico Universal (EPU) do Brasil, uma avaliação à qual se submetem todos os países.

A recomendação em

favor da supressão da PM foi obra da Dinamarca, que pede a abolição do "sistema separado de Polícia Militar, aplicando medidas mais eicazes (...) para reduzir a incidência de execuções extrajudiciais". A Coreia do Sul falou diretamente de "esquadrões da morte" e Austrália sugeriu a Brasília que outros governos esta-duais "considerem aplicar programas similares aos da Unidade de Polícia Pa-ciicadora (UPP) criada no Rio de Janeiro". Já a Espa-nha solicitou a "revisão dos programas de formação em direitos humanos para as forças de segurança, insis-tindo no uso da força de

acordo com os critérios de necessidade e de propor-cionalidade, e pondo im às execuções extrajudiciais".

O relatório destaca a importância de que o Bra-sil garanta que todos os cri-mes cometidos por agentes da ordem sejam investiga-dos de maneira indepen-dente e que se combata a impunidade dos crimes co-metidos contra juízes e ati-vistas de direitos humanos. O Paraguai recomendou ao país "seguir trabalhando no fortalecimento do processo de busca da verdade" e a Argentina quer novos "es-forços para garantir o di-reito à verdade às vítimas de graves violações dos

direitos humanos e a suas famílias". A Fran-ça, por sua parte, quer garantias para que "a Comissão da Verdade criada em novembro de 2011 seja provida dos recursos necessá-rios para reconhecer o direito das vítimas à justiça".

Olhando mais adiante, o Canadá pe-diu garantias para que a reestruturação urba-na visando à Copa do Mundo de 2014 e aos Jogos Olímpicos de 2016 "seja devidamen-te regulada para pre-venir deslocamentos e despejos".

Aterro ganha Canteiro Escola da Faetec

A Fundação de Apoio à Escola

Técnica (Faetec) inau-gurou sábado (2), um espaço para o treina-mento proissional dos catadores e ex-catado-res, no entorno do Ater-ro Metropolitano de Jardim Gramacho. O projeto Canteiro Escola Jardim Gramacho con-ta também com o apoio da Secretaria de Estado do Ambiente (SEA) e da Associação Carioca de Catadores e Ex-ca-tadores (Acex). O obje-tivo será capacitar mais de 1.300 pessoas, até

o im de 2012, em cursos proissionalizantes gratui-tos com o objetivo de re-qualiicar os proissionais que dependiam das ativi-dades econômicas da área do lixão, principalmente os catadores de materiais recicláveis. As inscrições foram abertas a comuni-dade nesta segunda-feira (4), podendo ser feitas no próprio local. Os catado-res cadastrados na empre-sa Nova Gramacho terão prioridade. O prazo segue até 15 de junho. A seleção para as vagas acontecerá por sorteio, em 16 de ju-nho, no próprio local.

Ditadura: Argentina quer capturar acusados de crimes

As autoridades da Argentina anun-

ciaram o pagamento de recompensas, que variam de US$ 100 mil a US$ 300 mil, por in-formações que ajudem a capturar 33 pessoas acusadas de violações de direitos humanos durante a ditadura no país (1976 - 1983). Na semana passada, foi preso Miguel Angel Chiarello considerado

um dos principais fugiti-vos do regime ditatorial argentino. Na relação de chamados repressores, que colaboraram com a ditadura, estão Juan Mi-guel Wolk, que conseguiu escapar da prisão domici-liar, Juan Francisco Del Torchio, Daniel Eduardo Cardozo, Horacio Jorge Paez, Juan Carlos Coro-nel e Eduardo Daniel Vic. Todos são acusados de cri-mes contra a humanidade.

ANP promete divulgar até julho valor da multa aplicada à petrolífera Chevron

A diretora-geral da Agência Nacional de

Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Magda Chambriard (foto), disse nesta segunda-feira (4) que o valor da mul-ta à empresa petrolífera Chevron, referente ao va-zamento de novembro de 2011 no Campo de Frade, na Bacia de Campos, será divulgado até julho. “Não existe hipótese de não haver pagamento em di-nheiro. A conclusão desse processo vai determinar o valor pecuniário e a exi-gência de um procedi-mento diferente por parte da empresa em relação à sua atividade e ao gover-no brasileiro”, disse Mag-da, durante o lançamento da campanha Rio+20 e Você, que tem o objetivo de envolver o cidadão nos

debates sobre desenvolvi-mento sustentável.

A diretora disse que o momento é de conver-sa entre a agência, o Ins-tituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Iba-ma) e o Ministério Público Federal. A Chevron já re-

correu administrativamente do relatório elaborado pela agência e apresentou o con-traditório, mas os argumen-tos da empresa, conforme Magda Chambriard, “acres-centaram muito pouco às conclusões inais”.

De acordo com a dire-tora, “neste momento, não

há como a Chevron voltar a perfurar [novos poços] em Frade, pelo menos até que os condi-cionantes regulatórios estejam satisfeitos”. Ela disse ainda que a petro-lífera pode voltar a pro-duzir, posteriormente, caso tenha interesse.

Valter Campanato-ABr

Telecomunicações terão

investimento histórico

Os investimentos do setor priva-

do em telecomunica-ções deverão atingir o recorde histórico de cerca de R$ 25 bilhões neste ano, R$ 1 bilhão a mais do que o total investido em 2001, logo após a privatiza-ção do setor. A infor-mação foi dada pelo ministro das Comuni-cações, Paulo Bernar-do, que participou nes-ta segunda-feira (4) de entrevista coletiva de uma empresa do setor que oferecerá serviço na Conferência das Nações Unidas sobre

Desenvolvimento Sus-tentável, a Rio+20.

Paulo Bernardo lem-brou que as empresas de telecomunicações vêm mantendo nos últimos dez anos uma média de investimento no setor da ordem de R$ 17 bilhões por ano. “Eu tenho dito de uma maneira geral que nós [governo fede-ral] queremos aumentar ainda mais estes investi-mentos. Queremos ainda fazer uma intensiicação do uso das tecnologias da informação e da te-lecomunicação: celular, banda larga, TV por as-sinatura”.

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Representantes de cidades da

Baixada se unem para Rio+20

Os seis municípios par-ticipantes do Consó-

cio Público de Gestão de Resíduos Sólidos da Bai-xada Fluminense estarão participando da Conferên-cia Rio+20 para apresentar sugestões e mostrar os pro-jetos que estão dando certo na região. Nesta segunda-feira (4), três secretários de Meio Ambiente se reu-niram em Duque de Caxias para traçar estratégia para o Seminário Baixada a 1.000 na Rio + 20, marcada para o dia 11 no Mont Blanc Apart Hotel, no bairro 25 de Agosto. Do consórcio participam os municípios de Duque de Caxias, Bel-ford Roxo, Mesquita, Ni-lópolis, Nova Iguaçu e São João de Meriti. Participa-ram da reunião os secre-tários de Meio Ambiente, Samuel Maia, de Duque de Caxias, Renato Rabelo, de Nilópolis, e Zilto Bernar-

do, de São João de Meriti.O seminário contará

com a participação de au-toridades ligadas ao meio ambiente, da sociedade ci-vil organizada e estudantes. Na pauta estão discussões e sugestões sobre o Plano

Regional de Gestão dos Re-síduos da Construção Civil, coleta seletiva e reloresta-mento. Os organizadores esperam receber sugestões para programa e projetos ligados ao meio ambiente que poderão ser implan-

tados nas seis cidades. O fechamento do aterro sani-tário de Jardim Gramacho e o despejo do lixo das ci-dades que serão vazados em Centros de Tratamento Resíduos, em Nova Iguaçu, também estarão na pauta.

Líderes mundiais vão discutir sustentabilidade

O Rio de Janeiro atrai-rá olhares de todo

mundo com a Conferên-cia das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável que será reali-zada de 13 a 22 de junho. A Rio+20 marca os vin-te anos de realização da Conferência das Nações Unidas sobre Meio Am-biente e Desenvolvimento (Eco-92) e deverá deinir a agenda do desenvolvimen-to sustentável para as pró-ximas décadas. O encontro

terá dois temas principais: a economia verde no con-texto do desenvolvimento sustentável e da erradica-ção da pobreza; e a estru-tura institucional para o desenvolvimento sustentá-vel. Ao todo, estarão pre-sentes 194 delegações. Os mais de 27 mil m2 quadra-dos dos cinco pavilhões do Riocentro estão prepa-rados para receber 38 mil credenciados por dia.

Para isso, a Conferên-cia será dividida em três

momentos. De 13 a 15 de junho, está prevista a III Reunião do Comitê Prepa-ratório, no qual se reunirão representantes governa-mentais para negociações dos documentos a serem adotados pelos países par-ticipantes. Entre 16 e 19 de junho, estão programados eventos com a sociedade civil. De 20 a 22 de junho, ocorrerá o Segmento de Alto Nível da Conferência, que envolverá governantes dos países membros das

Nações Unidas. Segundo o secretário do Comitê Nacional de Organiza-ção da Rio+20, ministro Laudemar Aguiar, já está conirmada a participação de 102 chefes de Estado e 176 países já reservaram hospedagem nos hotéis da cidade, o que mostra a im-portância e a dimensão da conferência.

Toda a programação po-derá ser conferida no site www.rio20.rj.gov.br/oesta-donorio20.asp

PMDC/Marcio Leandro

Secretário recebe grupo

de estudantes de turismo

Quarenta e sete alunos do curso de turismo

da Universidade Veiga de Almeida de Cabo Frio i-zeram uma visita técnica à sede da Secretaria Estadu-al de Turismo (Setur-RJ) e sua vinculada TurisRio. O encontro foi no último dia 1º e na ocasião, o secretário Ronald Ázaro, que estava em reunião no seu gabinete com o prefeito de Arraial do Cabo, Wanderson Cardoso de Brito, e o secretário de Turismo, Marco Simas, re-cebeu os estudantes. Para Ázaro a visita dos acadê-micos para conhecer e se aprofundar nas atividades e ações do órgão são de extrema importância para

complementar a parte técni-ca que eles aprendem com os professores na faculdade.

- Vivenciar o dia a dia dos proissionais da Setur-RJ e da TurisRio, conhe-cer as funções de cada di-retoria, conversar com os proissionais, tirar dúvidas sobre a proissão e o mer-cado de trabalho são opor-tunidades únicas para esses estudantes - assinalou o secretário. Ele acrescentou que a atividade turística é hoje uma das mais impor-tantes para o crescimento da economia do Estado. “O segmento turístico é um dos que mais cresce atual-mente no Rio de Janeiro", concluiu.

Divulgação

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8 モ05 a 11 de Junho de 2012MERCADO & NEGÓCIOS

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Aterro do Jardim Gramacho fecha depois de três décadas e meia

O Aterro Sanitário de Gramacho, - na ver-

dade um lixão a céu aber-to - foi fechado domingo (3). No local será constru-ída uma usina de Biogás, que vai ajudar no desen-volvimento sustentável da região. O fechamento, em clima de festa, teve as pre-senças da ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixei-ra, do prefeito do Rio, Edu-ardo Paes, e de centenas de catadores que durante dé-cadas trabalharam na cole-ta do lixo no local. O aterro foi implantado no municí-pio em meados da década de 70, quando a cidade ain-da era “área de segurança nacional” e, portanto, im-pedida de eleger prefeito, sendo este nomeado pelo governo do Estado. A par-tir de agora, o lixo que era levado para Gramacho será depositado na Central de Tratamento de Resíduos (CTR Rio) em Seropédica, na região metropolitana, considerado o mais moder-no da América Latina.

A ministra disse que o fechamento é mais um pas-so importante para acabar, até 2014, com todos os li-xões, conforme a Política Nacional de Resíduos Só-lidos. “Nós estamos tra-balhando duro para isso. Agora, lembro que a res-ponsabilidade é dos prefei-

tos. É um desaio imenso. Vocês devem ter observado que a Marcha dos Prefei-tos este ano, em Brasília, trouxe os resíduos sólidos como tema central das pre-feituras. Eu acho que du-rante o debate das eleições esse tema virá para a mesa [de negociação], e nós te-mos que buscar o compro-misso de erradicarmos e solucionarmos a questão do lixo em relação aquilo que a lei estabelece”, disse.

Eduardo Paes declarou que a prefeitura do Rio, ao fechar o Aterro Sanitá-rio de Gramacho, encerrou hoje o crime ambiental que cometia contra a Baía de Guanabara e contra o

município de Duque de Caxias. “A prefeitura do Rio vem sendo criminosa há 30 anos depositando os resíduos sólidos da cidade em outro município e às margens da Baía de Gua-nabara. Para nós é uma vitória muito importante deixar de cometer esse cri-me ambiental na cidade”, destacou.

O Secretário de Meio Ambiente do município, Samuel Maia, falou so-bre o projeto que já existe desde 2011 para revita-lizar o bairro. “A Prefei-tura já está conversando com o INEA, que deverá inanciar a reforma, para a construção de ciclovias,

centros de esporte e lazer e do Parque Municipal da Cidade, uma grande área de interesse ecológico”, airmou, destacando ain-da o polo tecnológico, as arenas esportivas, que de-verão ser construídas em cada distrito e poderão ser utilizadas para eventos, e o Centro de Educação Am-biental, que será constru-ído no Parque Equitativa para estudo e pesquisa.

Os catadores que tra-balhavam no aterro co-meçaram a receber, desde sexta-feira (1º), o cartão da Caixa. Ele permitirá que cada catador retira os R$ 14 mil de indenização a que têm direito.