Edição Nº 24

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ANO 2 N° 24 | CAPITAL EMPRESA JORNALÍSTICA LTDA | 15 A 21 DE SETEMBRO DE 2010 | NAS BANCAS RS 1,00 Governo revisa o crescimento PÁG. 4 Indicadores* Indicadores* Câmbio* Câmbio* (*) FECHAMENTO: 20 DE SETEMBRO DE 2010 (*) FECHAMENTO: 20 DE SETEMBRO DE 2010 MOEDAS COTADAS EM DOLAR (USA) MOEDAS COTADAS EM DOLAR (USA) Rio foi o estado que mais gerou emprego Os números divulgados são oficiais FORAM cerca de 24 mil novos em- pregos em agosto, segundo um levan- tamento divulgado pelo Cadastro Ge- ral de Empregados e Desempregados (Caged) do Minis- tério do Trabalho. Para o ministro Carlos Lupi, isso é resultado de mui- tos investimetos, como por exemplo para a Copa do Mundo de 2014 e para as Olimpía- das de 2016. Nova Iguaçu foi a única cidade no Estado a demitir mais do que contratar. PÁGINA 3 ABR/WILSON DIAS SEGUNDO o presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurí- cio Tolmasquim, estão sendo mantidos entendimentos com representantes do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), das secretarias estaduais de meio ambiente e da Fundação Nacional do Índio (Funai) para tentar agilizar os processos de licenciamento. PÁGINA 4 DE ACORDO com o Mi- nistério das Minas e Ener- gia, o horário de verão deste ano deve gerar uma econo- mia de 4,7 por cento durante o período que os relógios estarão adiantados em uma hora. O horário vai de 17 de outubro próximo a 20 de fevereiro de 2011. Ele é adotado sempre nesta época do ano por causa do aumen- to na demanda por energia, PÁGINA 7 O MINISTRO Guido Man- tega, da Fazenda, garantiu que o governo não está de braços cruzados e vai tomar as medidas legais para que o Real não seja valorizado. O discurso foi feito durante palestra realizada na sede do Sistema Firjan. O even- to, além de autoridades, contou com mais de mil empresários, segundo a Federação. Mantega disse que está convencido do crescimento do PIB acima de 7% este ano. PÁGINA 2 Governo quer leiloar mais dez hidrelétricas ainda este ano BANCO DE IMAGENS Economia de 5% de energia Coca-Cola, a mais valorizada A EMPRESA voltou a liderar o ranking das marcas mais valiosas do mundo, por onze anos consecutivos. A marca foi avaliada em US$ 70,4 bilhões. PÁGINA 7 Freio para a valorização do Real ABR/ANTÔNIO CRUZ DE JANEIRO a agosto 26.997 novos negócios foram abertos no Estado do Rio de Janeiro, com um crescimento de 10% em relação ao mesmo período do ano passado, segundo levantamento da Junta Co- mercial do Estado. Com base nesse desempenho e no ritmo observado nos últimos meses, o órgão calcula que o estado poderá chegar ao fim de 2010 com 40 mil novas empresas abertas, um recorde desde o início da série histórica, em 1998. De acordo com o estudo, agosto registrou 4.193 novas empresas, um aumento de 16% com- parado ao mesmo mês do ano passado. Este foi o melhor mês do ano e o comércio de roupas e acessórios liderou em ter- mos de abertura de novos negócios. PÁGINA 2 Empresas abertas este ano podem chegar a 40 mil Moeda Compra (R$) Venda (R$) Variação % Dolar Comercial 1,726 1,728 0,52 Dólar Paralelo 1,830 1,930 0,00 Dólar Turismo 1,660 1,830 1,09 (U$) (U$) % Coroa Dinamarca 5,700 5,701 0,07 Dólar Austrália 0,946 0,947 1,14 Dólar Canadá 1,028 1,029 0,45 Euro 1,306 1,306 0,13 Franco Suíça 1,004 1,005 0,51 Iene Japão 85,710 85,730 0,15 Libra Esterlina Inglaterra 1,554 1,554 0,53 Peso Chile 498,100 498,900 0,40 Peso Colômbia 1.799,000 1.801,300 0,07 Peso Livre Argentina 3,930 3,970 0,00 Peso MÉXICO 12,771 12,776 0,20 Peso Uruguai 20,300 20,500 0,00 Índice Valor Variação % Ibovespa 68.190,46 1,64 Dow Jones 10.753,62 1,37 Nasdaq 2.355,83 1,74 IBX 21.276,89 1,52 Merval 2.533,29 2,42 Poupança 20/09 0,535 Poupança p/ 01 mês 0,578 Juros Selic meta ao ano 10,75 Selic over 0,985 TR 0,077 Salário Mínimo (Federal) R$ 510,00 Salário Mínimo (RJ) R$ 581,88

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Jornal Capital - Edição nº 24

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1CAPITAL15 a 21 de Setembro de 2010

ANO 2 � N° 24 | CAPITAL EMPRESA JORNALÍSTICA LTDA | 15 A 21 DE SETEMBRO DE 2010 | NAS BANCAS RS 1,00

Governo revisa o

crescimentoPÁG. 4

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(*) FECHAMENTO: 20 DE SETEMBRO DE 2010(*) FECHAMENTO: 20 DE SETEMBRO DE 2010

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Rio foi o estado que mais gerou empregoOs números divulgados são ofi ciais

FORAM cerca de 24 mil novos em-pregos em agosto, segundo um levan-tamento divulgado pelo Cadastro Ge-ral de Empregados e Desempregados (Caged) do Minis-tério do Trabalho. Para o ministro Carlos Lupi, isso é resultado de mui-tos investimetos, como por exemplo para a Copa do Mundo de 2014 e para as Olimpía-das de 2016. Nova Iguaçu foi a única cidade no Estado a demitir mais do que contratar.

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SEGUNDO o presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurí-cio Tolmasquim, estão sendo mantidos entendimentos com representantes do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), das secretarias estaduais de meio ambiente e da Fundação Nacional do Índio (Funai) para tentar agilizar os processos de licenciamento. PÁGINA 4

DE ACORDO com o Mi-nistério das Minas e Ener-gia, o horário de verão deste ano deve gerar uma econo-mia de 4,7 por cento durante o período que os relógios estarão adiantados em uma hora. O horário vai de 17 de outubro próximo a 20 de fevereiro de 2011. Ele é adotado sempre nesta época do ano por causa do aumen-to na demanda por energia,

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O MINISTRO Guido Man-tega, da Fazenda, garantiu que o governo não está de braços cruzados e vai tomar as medidas legais para que o Real não seja valorizado. O discurso foi feito durante palestra realizada na sede do Sistema Firjan. O even-to, além de autoridades, contou com mais de mil empresários, segundo a Federação. Mantega disse que está convencido do crescimento do PIB acima de 7% este ano. PÁGINA 2

Governo quer leiloar mais dez hidrelétricas ainda este ano

BANCO DE IMAGENS

Economia de 5% deenergia

Coca-Cola, a mais valorizada

A EMPRESA voltou a liderar o ranking das marcas mais valiosas do mundo, por onze anos consecutivos. A marca foi avaliada em US$ 70,4 bilhões. PÁGINA 7

Freio para a valorização do Real

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DE JANEIRO a agosto 26.997 novos negócios foram abertos no Estado do Rio de Janeiro, com um crescimento de 10% em relação ao mesmo período do ano passado, segundo levantamento da Junta Co-mercial do Estado. Com base nesse desempenho e no ritmo observado nos últimos meses, o órgão calcula que o estado poderá chegar ao fi m de 2010 com

40 mil novas empresas abertas, um recorde desde o início da série histórica, em 1998. De acordo com o estudo, agosto registrou 4.193 novas empresas, um aumento de 16% com-parado ao mesmo mês do ano passado. Este foi o melhor mês do ano e o comércio de roupas e acessórios liderou em ter-mos de abertura de novos negócios. PÁGINA 2

Empresas abertas este ano podem chegar a 40 mil

Moeda Compra (R$)

Venda(R$)

Variação %

Dolar Comercial 1,726 1,728 0,52Dólar Paralelo 1,830 1,930 0,00Dólar Turismo 1,660 1,830 1,09

(U$) (U$) %Coroa Dinamarca 5,700 5,701 0,07Dólar Austrália 0,946 0,947 1,14Dólar Canadá 1,028 1,029 0,45Euro 1,306 1,306 0,13Franco Suíça 1,004 1,005 0,51Iene Japão 85,710 85,730 0,15Libra Esterlina Inglaterra 1,554 1,554 0,53Peso Chile 498,100 498,900 0,40Peso Colômbia 1.799,000 1.801,300 0,07Peso Livre Argentina 3,930 3,970 0,00Peso MÉXICO 12,771 12,776 0,20Peso Uruguai 20,300 20,500 0,00

Índice Valor Variação %

Ibovespa 68.190,46 1,64Dow Jones 10.753,62 1,37Nasdaq 2.355,83 1,74IBX 21.276,89 1,52Merval 2.533,29 2,42

Poupança 20/09 0,535Poupança p/ 01 mês 0,578

Juros Selic meta ao ano 10,75Selic over 0,985TR 0,077

Salário Mínimo (Federal) R$ 510,00Salário Mínimo (RJ) R$ 581,88

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Colaboradores: Arthur Salomão, Karla Ferreira, Frederico Costa Ribeiro, Geiza Rocha, Jorge Cezar de Abreu, Leandro Feital, Patrícia Nascimento, Samuel Maia, Pedro Paulo B. Noyma e Roberto Daiub

Filiado À ADJORI - Associação de Jornais do InteriorFiliado À ADJORI - Associação de Jornais do Interior

Nuances do microcrédito nodesenvolvimento econômico

KARLA FERREIRA é subsecretária de Desenvolvimento Econômico de Duque de Caxias

O DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO utiliza ferramentas como o microcrédito para o desenvol-vimento de políticas públicas de grande atuação nas cidades. Compreender o papel do microcrédito no Brasil como uma alternativa para o desenvolvimento socioeconômico, em conjunto com outras iniciativas que levam à ampliação das oportunidades para a parcela da população excluída, devemos nos orientar basicamente pelos seguintes entendimentos:

Microcrédito é um importante instrumento de política pública (não necessariamente estatal) de in-clusão socioeconômica e, por isso mesmo, deve estar conectado com outras políticas de desenvolvimento local. As instituições de microcrédito diferenciam-se dos Bancos Comerciais Tradicionais, Instituições Financeiras em Geral, inclusive Sociedades de Crédito ao Micro empreendedor, por compreender e aplicar o crédito como uma atividade meio e não como uma atividade fi m.

O público alvo prioritário encontra suas referências nas pessoas físicas ou jurídicas, formais ou informais, excluídas do acesso ao crédito pelo sistema fi nanceiro tradicional, ou que, por razões de sua fragilidade so-cioeconômica, têm difi culdades de acessar as linhas de fi nanciamento geralmente existentes.

Além dos entendimentos acima citados, essenciais à caracterização do perfi l das entidades gestoras e operadoras de microcrédito, deverá a entidade cola-borar no sentido do aprimoramento de suas políticas de crédito, considerando que devem operacionalizar programas de emancipação socioeconômica como uma importante ferramenta de geração de emprego e renda. Devem também caracterizar-se pelo respeito aos empreendedores populares, por mais simples que sejam as atividades por eles desenvolvidas.

O BANCO MUNDIAL (Bird) aprovou emprésti-mo de US$ 200 milhões para reforçar o Bolsa Fa-mília. O dinheiro será usado para fortalecer ati-vidades de gerenciamento do programa, como o ca-dastramento de benefi ci-ários e a consolidação de um sistema de avaliação, e fi nanciará a integração do Bolsa Família com in-vestimentos em educação

e cursos de formação pro-fissional. O empréstimo compõe a segunda fase do programa de apoio do Bird ao Bolsa Família. A primeira fase contou com empréstimo de US$ 572 milhões, aprovado em 2004. O Brasil terá 30 anos para pagar o segundo empréstimo, que tem juros variáveis e está atrelado ao cumprimento de com-promissos. No entanto, o

país começa a pagar daqui a cinco anos.

Entre as metas estipu-ladas para a segunda fase estão o acesso ao benefício a pelo menos 75% das fa-mílias mais pobres; 90% das crianças (de famílias benefi ciárias) em idade es-colar que efetivamente fre-quentam a escola; 75% das crianças até 6 anos; e 75% das mulheres grávidas em dia com as exigências de

saúde impostas a quem participa do programa, como exame pré-natal e vacinação. Atualmente, o Bolsa Família atinge 12,7 milhões de famílias e, con-forme o Bird, ajudou a ti-rar cerca de 20 milhões de pessoas da pobreza entre 2003 e 2009. Nesse perío-do, a parcela da população que recebe menos de US$ 2 por dia caiu de 22% para 7% da população.

Bird libera mais US$ 200 milhões para reforçar o Bolsa Família

A ECONOMIA BRASI-LEIRA teve prejuízo de R$ 248,3 bilhões com a crise fi nanceira inter-nacional, de outubro de 2008 até o fi m de 2009. Quase metade desse va-lor, R$ 121,5 bilhões, refere-se a perdas in-dustriais, de acordo com estimativa da unidade de Política Econômica da Confederação Nacional da Indústria (CNI), di-vulgada dia 16 pelo eco-nomista Marcelo de Ávila (foto). Segundo ele, o cál-culo para chegar a esses valores levou em conta o que a indústria deixou de faturar por causa, prin-cipalmente, da escassez de crédito e da redução da demanda externa. Ele disse que o prejuízo só não foi maior por cau-

sa da forte demanda do mercado doméstico e da redução dos impostos na compra de automóveis, eletrodomésticos e mate-rial de construção.

O economista da CNI ressaltou, contudo, que a perda registrada pela in-dústria está em gradativo processo de recuperação. A produção industrial deve superar os níveis pré-crise até fi m do mês que vem, pois os indicadores indus-triais referentes a julho estão muito próximos do patamar contabilizado em setembro de 2008, quando eclodiu a crise.

Dos seis indicadores di-vulgados na semana passa-da (faturamento, horas tra-balhadas, emprego, massa salarial, rendimento médio e utilização da capacidade

instalada), dois já estão acima do nível pré-crise: faturamento e emprego. A variável que estava mais distante em julho era a de horas trabalhadas: 2,2% menor que em setembro de 2008.

Marcelo de Ávila disse que o crescimento da ati-vidade industrial “só não é mais forte porque o mer-

cado externo se recupera de forma muito lenta”, principalmente Estados Unidos e países da Europa. Outro problema, segundo ele, é o real valorizado em relação ao dólar, que re-duz a competitividade das exportações brasileiras, especialmente diante da concorrência dos produtos chineses.

Economia brasileira perdeu R$ 248,3bilhões com a crise fi nanceira mundial

DE JANEIRO A AGOS-TO de 2010, 26.997 novos negócios foram abertos no Estado do Rio de Janeiro, com um crescimento de 10% em relação ao mesmo período do ano passado, quando houve 24.575 novos registros, segundo levanta-mento da Junta Comercial do Estado (Jucerja), vincu-lada à Secretaria de Estado de Desenvolvimento Eco-nômico, Energia, Indústria e Serviços. Com base nesse desempenho e no ritmo observado nos últimos me-

ses, o órgão calcula que o estado poderá chegar ao fi m de 2010 com 40 mil novas empresas abertas, um recor-de desde o início da série histórica, em 1998.

De acordo com o estudo, o mês de agosto registrou 4.193 novas empresas, um aumento de 16% comparado ao mes-mo mês do ano passado, que marcou 3.606. Este foi o me-lhor mês do ano e o comércio de roupas e acessórios liderou em termos de abertura de no-vos negócios, com a criação de 534 empresas.

Para o presidente da Jun-ta, Carlos de La Rocque, esse ritmo acelerado de expansão é resultado do bom momento que a eco-nomia fluminense vem atravessando, somado às perspectivas proporciona-das pelos projetos de in-vestimento relacionados à Copa do Mundo e às Olim-píadas. Contribuiu ainda a reestruturação da Junta, o que incluiu várias medidas para agilizar a abertura de empresas, como por exem-plo a disponibilização de

serviços online, que facili-tam o processo e reduzem o tempo gasto.

Este ano, os cinco seg-mentos em que mais houve abertura de empresas são: comércio varejista de arti-gos do vestuário e acessó-rios; cabeleireiros; lancho-netes, casas de chá, de sucos e similares; comércio vare-jista especializado de equi-pamentos e suprimentos de informática; e reparação e manutenção de computa-dores e de equipamentos periféricos.

Empresas abertas este ano podem chegar a 40 mil

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O PRESIDENTE do Siste-ma Firjan, Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira, recebeu dia 15, na sede da Firjan, o minis-tro da Fazenda, Guido Man-tega, que realizou a palestra “Panorama da Economia Brasileira”. Não permitir que o real seja valorizado de forma excessiva por conta do cenário econômico; cres-cimento de pelo menos 7% do PIB este ano, foram dois dos assuntos comentados. O evento teve a presença de au-toridades, empresários, entre outros. Ao todo, segundo o presidente do Sistema Firjan, Eduardo Eugenio Gouvêa vieira, mais de mil empresá-rios participaram da palestra.

Para Guido Mantega, esta movimentação cambial que tem ocorrido no mercado mundial indica que há uma predisposição asiática de

manter as moedas desvalo-rizadas. Segundo o ministro, este movimento também foi notado nos Estados Unidos e na União Europeia. Caso haja uma desvalorização de outras moedas no mundo em relação ao real, o Brasil sairá perdendo no comércio internacional em seus negó-cios com exportações. “Não vamos fi car assistindo a este jogo. Tomaremos as medidas adequadas para que o real não seja valorizado”, enfatizou.

O ministro explicou porque acredita no crescimento do PIB acima de 7% este ano. ”O Brasil está na vanguarda do crescimento internacio-nal, perdemos apenas para a China. Os investimentos cresceram numa taxa de 26% em relação ao ano passado, maior crescimento do PIB desde 1986” , completou.

Mantega pretende frear valorização do real

33CAPITAL15 a 21 de Setembro de 2010

__________________________________________________SAMUEL MAIA é Secretário de Meio Ambiente, Agricultura e Abastecimento de Duque de Caxias

Dia da Árvore, plante e protejaO ESTADO DO RIO de Janeiro teve o melhor resul-tado relativo na geração de empregos no mês de agosto, de acordo com dados do Ca-dastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho, divulgados dia 16. Foram gerados no Rio 24.921 no-vos empregos, o melhor resultado para meses de agosto e também de toda a série histórica para o estado. Na comparação com o mês anterior, houve aumento de 0,77%. Segundo o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, alguns fatores justificam esse resultado.

- O Rio está tendo muitos investimentos, como os que se tem para a Copa do Mundo de 2014 e também para as Olimpíadas de 2016, além dos preparati-vos para as festas de fi m de ano – explicou o ministro. Lupi disse ainda que o Rio de Janeiro tem atualmente grande expansão nos se-tores da construção civil e da hotelaria, e que estão sendo realizados muito seminários e congressos na cidade.

No estado, os setores que mais cresceram fo-ram o de serviços, com 13.355 novos postos de trabalho; o de comér-cio, com 4.806 empregos gerados; e a indústr ia

de transformação, com 4.407 empregos criados. A construção civil gerou 2.185 postos em agosto. O estado que teve o me-

lhor desempenho abso-luto foi São Paulo, com 90.633 postos. Os setores que mais se destacaram no es tado foram o de

serviços (39.410 empre-gos), comércio (28.557 empregos) e da indústria de transformação (15.066 empregos).

Estado do Rio foi o que gerou mais empregos em agosto

O MUNICÍPIO de Nova Iguaçu foi o único no Esta-do do Rio de Janeiro a pro-mover mais demissões do que contratações no mês passado, segundo dados do Cadastro Geral de Em-pregados e desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho e Emprego, entre as 50 cidades brasileiras que registraram o melhor desempenho na geração de emprego formal. Vinte e três delas são capitais. No

Estado do Rio de Janeiro, na lista das que mais gera-ram postos de trabalho no mês anterior (julho) estão apenas três cidades: Rio de Janeiro, Macaé e Niterói.

Segundo os dados, foram criados 299 mil postos de trabalho com cartei-ra assinada no mês. Foi o melhor resultado para meses de agosto de toda a série histórica do Caged, que começou em 1992. No acumulado de janeiro

a agosto deste ano, os da-dos mostram que houve a criação de 1,95 milhão de empregos, o que também representa recorde da sé-rie histórica. Excluindo as capitais, os principais destaques do mês foram Bauru (SP), Campinas (SP), Goiana (PE), Guaru-lhos (SP), Santa Rita (PB) e Ribeirão Preto (SP). O Caged só considera os da-dos das cidades com mais de 30 mil habitantes.

Nova Iguaçu demitiu mais do que contratou

ABR/WILSON DIAS

A AGÊNCIA NACIONAL de Telecomunicações (Anatel) definiu semana passada as regras para o leilão da banda H, última faixa de frequência do espectro disponível para a terceira ge-ração (3G) da telefonia celular que ainda não foi licitada. As operadoras interessadas irão disputar 15 áreas divididas em 165 lotes. A prioridade será para as operadoras que ainda não têm licença para ofertar o serviço de 3G. Nas áreas em que não houver nenhuma empresa no-vata interessada, as faixas serão divididas e leiloadas novamente, com a participação de operadoras que já detêm outorgas de outras faixas para operar com a 3G.

A proposta da Anatel será encaminhada ao Tribunal de Contas da União (TCU) nos próximos dias. O tribunal terá um mês para analisar. “Vol-tando para a Anatel, vamos

publicar o edital o mais rápi-do possível, ainda este ano”, garantiu a conselheira Emília Ribeiro, relatora da matéria. Segundo o conselheiro Jar-bas Valente (foto), a entrega das propostas técnicas deve ser feita entre os dias 7 e 10 de dezembro e, uma semana depois, deve ocorrer o leilão.

O edital também prevê um compromisso de abrangência que determina que todas as cidades com mais de 100 mil

habitantes vão ter cobertura total da 3G até cinco anos. As cidades entre 30 mil e 100 mil habitantes devem ter 50% de cobertura no mesmo período. Para as cidades com menos de 30 mil habitan-tes, o compromisso é de 15% de cobertura em até seis anos. A estimativa da Anatel é que a soma dos preços mínimos de todas as frequências da banda H atinja R$ 1,1 bilhão. As faixas de frequência ociosas devem render, no mínimo, R$ 700 milhões.

Leilão da última banda de telefonia 3G sai até dezembro

O PLENÁRIO do Su-premo Tribunal Federal (STF) manteve, no últi-mo dia 15, por maioria de votos, isenção de contribuição sindical patronal para micro e pequenas empresas. A decisão foi tomada a partir de recurso apre-sentado pela Confe-deração Nacional do Comércio (CNC), que pretendia que a Corte declarasse a inconstitu-cionalidade de trechos do Estatuto da Micro-empresa relativos ao pagamento da taxa. O relator do caso, minis-tro Joaquim Barbosa, entendeu que o estatuto não fere a Constituição e rejeitou o argumento de que a retirada des-sa fonte de contribui-ção poderia limitar a atuação de entidades patronais. Barbosa ar-gumentou ainda que, ao deixar de pagar a con-tribuição, as empresas podem crescer e passar para o estágio das que pagam a taxa e que a isenção é um incentivo para que as micro e pe-quenas empresas saiam da ilegalidade.

Micro e pequenas empresas isentasde contribuição

sindical

NESTA TERÇA-FEIRA, 21 de setembro, comemora-se o Dia da árvore. Para muitos, principalmente os despreo-cupados a data sequer é lembrada. Para outros são promo-vidos gestos importantes para as cidade, em especial para Duque de Caxias, que demonstra nossas preocupações globais e de promover signifi cativa contribuição à causa.

Disse Dalai Lama em discurso de 6 de dezembro de 1990, em uma cerimônia especial realizada no Assenta-mento Tibetano Doeguling, em Mundgod, no sul da Índia: “Hoje, como um gesto simbólico, estamos realizando uma cerimônia de plantio de árvores aqui no assentamento. Afortunadamente, o movimento para um compromisso mais profundo com a proteção ambiental através do plantio de árvores novas e de cuidar das existentes, está crescendo rapidamente em todo o mundo. No nível glo-bal, árvores e fl orestas estão muito ligadas aos padrões climáticos e também à manutenção de um equilíbrio cru-cial na natureza. Portanto, a tarefa da proteção ambiental é uma responsabilidade universal de todos nós”.

A Secretaria de Meio Ambiente, Agricultura e Abaste-cimento antecipou às comemorações do Dia da Árvore plantando 200 mudas nativas no Parque Municipal da Ta-quara. No dia dedicado, estaremos plantando 500 árvores em áreas urbanas do 2º e 3º distritos. Além disse, estamos promovendo o refl orestamento de áreas degradadas. Para se ter uma idéia já plantamos mais de 10 mil mudas para proteção e restauração da mata ciliar.

Está num portal de curiosidades: “No judaísmo o homem é comparado a uma árvore no campo. Se uma semente ou broto é plantado em solo rico e arejado, recebe os devidos cuidados, sol e água, crescerá forte, com raízes profundas e produzirá frutos belos e sadios. Todas as vezes que os judeus estiveram envolvidos numa guerra, foram conclamados a jamais abaterem uma árvore frutífera, tão preciosas elas são consideradas”.

Vamos, portanto, refl etir!

ABR/RENATO ARAUJO

CAPITAL 15 a 21 de Setembro de 2010 44

CÂNCER DE PRÓSTATA é uma doença que provoca o crescimento anormal e descontrolado das células da próstata. A próstata é uma glândula que só o homem possui e que se localiza abaixo da bexiga, sendo responsável pela produção de parte do sêmen.

O câncer de próstata atinge principalmente os ho-mens acima de 50 anos de idade. O aumento de sua incidência na população é também uma decorrência do aumento da expectativa da vida do brasileiro verifi cada ao longo deste século. A doença é curável quando detectado no início. Caso contrário, pode se espalhar para outras partes do corpo (metástases), tornando-se incurável.

O que causa este tipo de câncer? Não se sabe ainda com exatidão a causa do câncer de próstata. Pesquisas sugerem uma combinação de fatores hormonais e genéticos.

Os principais fatores de risco: Idade acima dos 50 anos: 80% dos casos ocorrem

em homens a partir desta idade; Alimentação inadequada: Dieta rica em gorduras

e pobre em vegetais e frutas baixam as defesas do corpo contra o câncer;

Vida sedentária: A falta de exercícios físicos regu-lares e o peso acima do normal, aumentam os riscos;

Hereditariedade: Se algum parente próximo tiver câncer duplica sua chance de desenvolver um;

Álcool e Fumo: o consumo excessivo aumenta as chances de se ter câncer de próstata.

(Continua)

Câncer de Próstata (parte 1)

ROBERTO DAIUB ALEXANDRE é médico cardiologista concursado da Prefeitura de Duque de Caxias, médico-chefe do Centro de Terapia Intensiva do Hospital de Clínicas de Teresópolis (Unifeso) e médico plantonista da emergência do Hospital das Clínicas Mario Lioni, em Duque de Caxias

O TRABALHO desen-volvido na preservação do meio ambiente em Duque de Caxias elevou em quase 60% o percentual de re-passe de ICMS Ecológico para o município em 2010. Criado pela Lei estadual 5.100/2007, o benefício é repassado anualmente para todas as Prefeituras do estado. Quanto maior os investimentos na preserva-ção ambiental, maior será o repasse do imposto. Em 2009, o município recebeu

de ICMS Ecológico cerca de R$ 700 mil. Este ano, os valores chegam a R$ 1.167.031, que correspon-dem a um aumento 59,9%.

Este ano a parcela do ICMS Ecológico distribuída aos municípios corresponde a 1,8% da arrecadação. Para 2011, as Prefeituras que investirem na manutenção de fl orestas, de mananciais de abastecimento público de água e no tratamento de lixo irão dividir mais de R$ 100 milhões, segundo previsão

do estado. Esses recursos representam 2,5% do valor do ICMS distribuído aos municípios. Os índices de repasse definido pela Lei seguem os seguintes crité-rios: 45% para unidades de conservação, 30% para qua-lidade da água e 25% para gestão de resíduos sólidos.

O secretár io Samuel Maia informou que no atual governo foram cria-das novas unidades de conservação, implantada a coleta seletiva de resíduos

sólidos e óleo comestível, reflorestamento de áreas degradas e a proteção de mananciais. “Nosso sis-tema municipal de meio ambiente conta com uma secretaria específi ca, man-tém ativo o Conselho Mu-nicipal de Meio Ambiente, o Fundo Municipal de Meio Ambiente e um efeti-vo de guardas ambientais, ou seja, estamos aptos para receber os recursos do ICMS Ecológico, ressalta o secretário.

ICMS Ecológico em Duque de Caxias aumenta 60%

A VISTORIA realizada pela equipe do Serviço de Operações em Emergên-cias Ambientais (Sopea) no dia 16 na Refi naria Du-que de Caxias (Reduc), da Petrobras, não cons-tatou impacto ambiental decorrente do incêndio na Unidade de Craqueamento Catalítico Fluido (U-1250), responsável pela produção de gasolina e derivados.

O incêndio, que começou pouco depois das 7h, durou cerca de 40 minutos até ser controlado pela brigada de incêndio da empresa, não sendo acionado o Corpo de Bombeiros. Ninguém fi cou ferido, segundo a empresa. A Petrobras informou, por meio de nota, que o mer-cado não será afetado. As causas do incêndio ainda estão sendo apuradas.

A vistoria constatou que a fumaça negra, inicialmente confundida com o lança-mento de gases tóxicos no fl are (chama que fi ca acesa em torres de refi narias para queimar os gases que não podem ser aproveitados), na verdade foi proveniente do próprio incêndio, e não do lançamento de gases tóxicos. A equipe da So-pea pediu apoio à Defesa

Civil para verifi car possí-veis danos à comunidade do entorno, mas nada foi verificado. A vistoria foi complementada por um sobrevoo sobre a área, que não constatou vazamento de materiais tóxicos na Baía da Guanabara. Técnicos da Diretoria de Licenciamento do Inea fi zeram, no mesmo dia, uma vistoria comple-mentar na Refi naria.

Incêndio na Reduc não causou danos ambientais, segundo o Sopea

O NÚMERO de empre-sas que procurou crédito cresceu 5,5% em agosto ante o mês anterior, de acordo com o Indicador Serasa Experian da De-manda das Empresas por Crédito. Na comparação com o mesmo período do ano passado, o cres-cimento foi de 8,2%. No acumulado do ano houve um avanço de 7,7% em relação aos oito primeiros meses do ano passado. As micro e pequenas empre-sas aumentaram em 5,8%

a demanda por crédito, enquanto nas médias em-presas o crescimento foi de 0,7% e nas grandes a variação foi de 0,3%.

Quando analisado o acu-mulado do ano, quem lide-ra a procura por crédito são as grandes empresas que registraram crescimento de 11,1% na comparação com o mesmo período do ano passado. As micro e pequenas empresas tota-lizaram uma elevação de 8,7% e as médias empresas registraram recuo de 8,5%.

Entre as regiões, o maior crescimento em agosto foi verificado no Nordeste (8,0%), seguido do Norte (6,6%). O aumento dos pedidos de crédito foram menores nas regiões Su-deste (5,9%) e Centro-Oeste (4,9%). No Sul, o crescimento foi de 2,6% no mês passado. No acumula-do do ano, a Região Nor-deste teve alta de 10,9% na demanda por crédito. O Centro-Oeste cresceu 10,7%, a Região Norte, 8,0%, o Sudeste, 7,4%, e

o Sul, 4,9%.O comércio foi o setor

que mais procurou cré-dito em agosto, com alta de 5,4% no mês passado. As empresas de serviços registraram elevação de 6,2%. Na indústria, a bus-ca pelos financiamentos cresceu 4,1%. Já no acu-mulado do ano, o comér-cio registrou alta de 8,4% na procura pelo crédito. Em seguida, aparecem as empresas de serviços com crescimento de 7,6% e a indústria, 4,8%.

Procura por crédito aumenta 5,5% entre as micro e pequenas empresas

O PRESIDENTE da Em-presa de Pesquisa Energéti-ca (EPE), Maurício Tolmas-quim, disse que o objetivo do governo é fazer mais um leilão, ainda este ano, para construção e operação de dez usinas hidrelétricas. Estamos trabalhando para isso, mas é claro que o prazo é muito curto e tudo ainda depende de as licenças [am-bientais] saírem a tempo”, afi rmou Tolmasquim logo após ter apresentado ao Conselho de Infraestrutura da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) o planejamento da EPE para o período 2010-2019.

Das dez usinas em ques-tão, cinco serão instaladas no Rio Parnaíba, na divisa entre Piauí e Maranhão; quatro na Bacia do Rio Te-les Pires, em Mato Grosso, e uma - a Usina Hidrelétrica de Riacho Seco - na Bacia do Rio São Francisco, na divisa da Bahia com Per-nambuco. “Queremos reali-zar o leilão, no máximo, até meados de dezembro. Para isso, é necessário publicar-mos o edital até meados

de novembro. Portanto, o ideal é que as licenças sejam emitidas até a publicação do edital, mas ainda vamos analisar se é possível obter-mos a licença até próximo da data do leilão”, declarou Tolmasquim.

O presidente da EPE disse ainda que está conversando com representantes do Insti-tuto Brasileiro do Meio Am-

biente e dos Recursos Na-turais Renováveis (Ibama), das secretarias estaduais de meio ambiente e da Funda-ção Nacional do Índio (Fu-nai) para tentar agilizar os processos de licenciamento. “Estamos correndo para ver se eles agem celeremente para que dê tempo”, disse Tolmasquim.

Ele informou que o gover-

no entregou dia 10 ao Tri-bunal de Contas da União (TCU) os estudos de im-pacto relativos às usinas de Teles Pires, Sinop e São Manuel, na Bacia do Rio Teles Pires, além de Riacho Seco, no Rio São Francisco. Os estudos dos outros em-preendimentos deverão ser entregues até o dia 10 de outubro.

Governo quer leiloar mais dez hidrelétricas ainda este ano

O Ministério do Planeja-mento anunciou segunda-feira (20) a revisão da estimativa ofi cial do governo de cresci-mento da economia brasileira neste ano. Com a mudança, a previsão de expansão do Produto Interno Bruto (PIB) em 2010 subiu de 6,5% para 7,2%. A nova estimativa foi feita pela Secretaria de Po-lítica Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda e já era esperada, uma vez que o pró-prio ministro Guido Mantega já havia dito, no início deste mês, que a expansão do PIB fi caria acima de 7% em 2010.

O número foi revisado após

o Instituto Brasileiro de Ge-ografi a e Estatística (IBGE) ter informado que o PIB do segundo trimestre deste ano avançou 1,2% na comparação com os três primeiros meses de 2010. E que, no acumulado do primeiro semestre, registrou um crescimento de 8,9%, o maior em 14 anos. Com a mu-dança, a previsão ofi cial do go-verno fi ca próxima àquela feita pelo Banco Central, que prevê um crescimento econômico da ordem de 7,3% para este ano. Os analistas do mercado fi nan-ceiro, entretanto, estimam que a expansão da economia fi cará próxima de 7,5%.

Governo revisa para 7,2% previsão de crescimento

55CAPITAL15 a 21 de Setembro de 2010

O BANCO DO BRASIL acaba de reabrir a linha de crédito que oferece capital de giro às empresas para o pagamento do décimo terceiro salário dos seus empregados e dos encargos sociais incidentes. O BB Giro 13º Salário, que pode ser contratado até 4 de mar-ço de 2011, é destinado às pessoas jurídicas dos ramos industrial, comercial e de prestação de serviços, de portes diversos, e possibi-lita o fi nanciamento de até 100% do valor da folha de pagamento, mais encargos sociais.

O prazo é de até 13 meses

para pagamento. Segundo o BB, quanto maior o re-lacionamento da empresa com o banco, menores os encargos financeiros, como no exemplo da taxa diferenciada de TR (taxa referencial) acrescida de 1,89% ao mês para empre-sas que realizam sua folha de pagamento com o BB e que tenham consumido a linha de crédito no período 2009/2010.

A expectativa do banco é superar em 15% os R$ 695 milhões atingidos em 2009 e 2010, quando foram atendidos 22 mil empreendimentos.

BB reabre linha de crédito aempresas para pagar o 13º O PAÍS REGISTROU, no acu-

mulado de janeiro a agosto deste ano, o menor percentual de cheques devolvidos desde 2004, é o que mostra o Indicador Se-rasa Experian de Cheques Sem Fundos, divulgado dia 20. A inadimplência com cheques sem fundos registrou 1,82%, menor índice registrado para o período nos últimos seis anos. Conside-rando apenas o mês de agosto, a inadimplência foi 1,62%, a mais baixa desde fevereiro de 2005.

Segundo a Serasa, a esti-mativa é que a inadimplência continue caindo gradativamente, mas com algumas elevações nos períodos das promoções, como o Dia da Criança (12 de outu-bro), e das festas de fi m de ano.

O Amapá foi o estado com maior o percentual de cheques devolvidos (11,26%), segui-do do Maranhão (9,59%) e de Roraima (9,23%). São Paulo registrou o menor percentual (1,38%).

País registra menor taxa de cheque sem fundo dos últimos seis anos

O SUPERÁVIT comer-cial da terceira semana de setembro ficou em US$ 525 milhões, resultado de US$ 4,944 bilhões em exportações menos US$ 4,419 bilhões em impor-tações, segundo dados

divulgados pelo Ministé-rio do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Ex-terior. Com o resultado da terceira semana, o saldo acumulado do mês está em US$ 822 milhões, com exportações de US$

10,648 bilhões e impor-tações de US$ 9,826 bi-lhões.

De janeiro até a tercei-ra semana de setembro, o superávit comercial é de US$ 12,506 bilhões, 41,1% menor do que o

saldo registrado em igual período de 2009 (US$ 21,234 bilhões). No acu-mulado des te ano , as exportações somam US$ 136,744 bilhões e as im-portações, US$ 124,238 bilhões.

Balança comercial tem saldo de R$ 525 milhões este mês

DEPOIS DE DAR um salto em agosto, a arreca-dação federal deve fechar setembro com crescimento real entre 11% e 12% em relação ao mesmo mês do ano passado e encerrar o ano com alta de 10% a 12%, disse o subsecretário de Tributação da Receita Federal, Sandro Serpa. Os números referem-se apenas à parcela da arrecadação diretamente administrada pela Receita e represen-tam leve desaceleração em relação a agosto. No mês passado, a arrecadação federal cresceu 15,32% em relação a agosto do ano passado, descontada a

infl ação ofi cial pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Se forem levadas em consideração somente as receitas admi-nistradas pela Receita, que não incluem os royalties do petróleo e a parcela do lucro das estatais repassada à União (dividendos), a alta real foi de 14,78%.

Apesar de admitir cres-cimento menor este mês, o subsecretário disse não acreditar que os números de setembro reflitam a desaceleração da eco-nomia. Segundo ele, a arrecadação de agosto veio acima das expecta-tivas da Receita Federal

e deve retornar ao ritmo normal nos próximos meses. De acordo com Serpa, as variáveis que mais têm se refletido na arrecadação em 2010 são a produção industrial – relacionada ao Imposto sobre Produtos Industria-lizados (IPI) –, a venda de bens e serviços – que impulsiona as receitas da Contribuição Social sobre o Financiamento da Se-guridade Social (Cofi ns) – e a massa salarial, que se refl ete nas receitas da Previdência Social. Para ele, esses indicadores continuarão a sustentar a arrecadação.

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Arrecadação federal deve crescer mais de 11% este mês

O SECRETÁRIO executivo do Ministério dos Transpor-tes, Mauro Barbosa da Silva, disse na semana passada que o governo está conversando com representantes do setor ferroviário para discutir mu-danças no marco regulatório do transporte ferroviário. Segundo ele, o decreto já está pronto e poderá ser encami-nhado à Casa Civil nas pró-ximas semanas. “O governo vai fazer a mudança do marco legal para poder buscar uma melhoria de eficiência do setor ferroviário. Estamos discutindo neste momento,

buscando aperfeiçoamentos que estão sendo propostos pelo setor para ver a possi-bilidade de incorporação e, efetivamente, concluir os trabalhos para encaminhar à Casa Civil o novo modelo”, disse pouco antes de receber em seu gabinete empresários do setor, no último dia 16.RODOVIAS - O Ministério dos Transportes irá desti-nar no ano que vem R$ 17 bilhões para construção, re-cuperação e manutenção de rodovias. Desse total, R$ 5 bilhões serão aplicados em serviços de manutenção. Se-

gundo o secretário executivo do Ministério dos Transpor-tes, Mauro Barbosa da Silva, este ano foram destinados R$ 12,5 bilhões para cons-trução e recuperação e R$ 4 bilhões para manutenção das estradas. “O caminho que estamos percorrendo com o PAC [Programa de Acelera-ção do Crescimento] é o ca-minho correto da política de gestão de transportes”, disse Silva, ao comentar os resul-tados da pesquisa divulgada esta semana pela Confedera-ção Nacional do Transporte (CNT) sobre as condições

das estradas brasileiras. A pesquisa mostrou que, atu-almente, 14,7% das estradas avaliadas foram consideradas ótimas, 26,5% boas, 33,4% regulares, 17,4% ruins e 8% péssimas. O presidente do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), Luiz Antônio Pagot, disse que o governo projeta chegar em 2014 com a rede rodoviária federal pavimen-tada apresentando apenas 5% de estradas consideradas ruins, 10% regulares e 85% em ótimo ou bom estado de conservação.

Governo estuda com empresários nova regulação do setor ferroviárioBANCO DE IMAGENS

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CAPITAL 15 a 21 de Setembro de 2010 66

Atualidade

Caxias abre 720 vagas de qualifi cação para jovensA SECRETARIA de Tra-balho, Emprego, Renda, Ciência e Tecnologia de Duque de Caxias fi rmou convênio com o Minis-tério do Trabalho que benefi cia 720 jovens com cursos de qualificação. As vagas são na área de Telemarketing, gratuitas, e referentes ao programa Próximo Passo. O curso

é voltado para jovens a partir dos 18 anos e terá início em outubro. Os alunos receberão auxilio transporte, lanche e todo o material didático e escolar. Nas aulas serão utilizados recursos de multimídia e computa-dores. Também é pré-requisito ter o ensino médio completo.

Ao concluir o curso, que tem duração aproxi-mada de 2 meses, os alu-nos serão encaminhados para empresas, através do cadastro municipal, a fi m de participarem de processos seletivos, com possibilidades de efetiva-ção. “Esses são cursos de curta duração oferecidos sem nenhum custo. Nosso

objetivo é que a população busque mais conhecimen-to e consiga uma nova oportunidade de emprego, renda, qualidade de vida, dignidade e inclusão so-cial”, disse o secretário Jorge Cezar.

Mais Informações po-derão ser obtidas através dos telefones: 3661-9689 e 3661-9693.

Concurso do Inmetro preencherá 253 vagas

O Instituto Nacional de Metrologia, Normaliza-ção e Qualidade Indus-trial (Inmetro) prevê a publicação do seu edital para concurso público até o fi m de setembro. São 253 vagas para com-posição do quadro efeti-vo nacional, sendo 164 de nível Superior e 89 de nível Médio. A previsão é de que as inscrições tenham início em outu-bro, com a realização das provas no mês de dezem-bro. A remuneração varia entre R$ 1.678,28 e R$ 7.563,01. O concurso é organizado pelo Cespe/UnB.

Os cargos contempla-dos para nível Superior são Analista Executivo e Pesquisador Tecnolo-gista, cujo requisito para a inscrição é diploma de instituição universi-tária reconhecida pelo MEC, de acordo com as áreas específi cas do

concurso. Para os cargos de Assistente e Técnico em Metrologia, ambos de nível Médio, os re-quisitos são diploma de conclusão de curso de Educação Profissional Técnica de Nível Médio (antigo Segundo Grau profi ssionalizante), tam-bém de acordo com as áreas específi cas.

A maioria das vagas é para o Rio de Janeiro, mas há chances para o Rio Grande do Sul, Goiás e Distrito Federal, onde o candidato será efetivado em uma das agências regionais do Inmetro. Os aprovados para o Rio de Janeiro serão lotados na Capital ou no distrito de Xérem, em Duque de Caxias, conforme as necessida-des da instituição.

A remuneração inicial para o primeiro ano de efetivo exercício varia conforme a titulação.

O FATO DE O BRASIL ter retirado 27,3 milhões de cidadãos da faixa da pobreza extrema, no pe-ríodo de 1990 a 2008, vai ser exemplo na 65ª Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), que co-meça nesta semana em Nova York. O destaque da experiência brasileira está nas parcerias en-tre os órgãos públicos e privados. A ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Már-cia Lopes, vai detalhar os programas de transferên-cia de renda executados no país. O secretário executivo do Ministério do Desenvolvimento So-cial e Combate à Fome, Rômulo Paes, afirmou à Agência Brasil que o objetivo é mostrar que isoladamente os progra-mas de transferência de renda não são efi cientes.

Segundo ele, é neces-sário trabalhar um con-junto de elementos que infl uenciam na redução da pobreza e, consequen-temente, da fome.

A ministra Márcia Lo-pes participa esta semana das reuniões destinadas exclusivamente à dis-cussão dos programas

de combate à pobreza e à fome. Ao apresentar os programas desenvol-vidos no país, a ministra deve destacar o Bolsa Família, que atende cerca de 60 milhões de pessoas, repassando, em média, R$ 90 mensais. A ministra também pretende citar o Programa Benefício de

Prestação Continuada, que envolve 3,5 milhões de pessoas portadoras de defi ciência, idosas (cuja renda mensal é inferior a R$ 127,00 – o equivalente a um quarto do salário mí-nimo) e incapacitadas para o trabalho. Essas pessoas recebem um mínimo men-sal (R$ 510,00).

Programas brasileiros de transferência de renda serão levados à ONU

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O GOVERNO vai realizar a abertura dos envelopes com as propostas econômicas e técnicas para a primeira par-ceria público-privada (PPP) a ser fi rmada no Brasil, na pró-xima quinta-feira, dia 23. A PPP tem como destino obras de irrigação em Petrolina, em Pernambuco. A abertura dos envelopes será feita durante sessão pública na Bolsa de Valores de São Paulo (Bo-

vespa). O vencedor poderá ser escolhido tanto pelas propostas dos envelopes ou ainda por leilão ao vivo. A PPP é um contrato de pres-tação de serviços de médio e longo prazo (de cinco a 35 anos) fi rmado pela adminis-tração pública, com valor não inferior a R$ 20 milhões. É vedada a celebração de con-tratos que tenham por objeto único o fornecimento de mão

de obra, equipamentos ou execução de obra pública.

As obras a serem realiza-das fazem parte do projeto de Pontal de Irrigação, que já foi iniciado pela Compa-nhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf). O projeto envolve uma área de mais de 33 mil hectares, dos quais 7,8 mil são irrigáveis. De acordo

com as regras dessa PPP, caberá ao parceiro privado que ganhar o processo de licitação concluir as obras do canal de irrigação, fazer a manutenção da área e ge-renciar o projeto agrícola. A estimativa do governo é que o projeto gere 20 mil empregos entre diretos e indiretos. Quem ganhar a licitação vai poder fazer a ocupação em até seis anos.

Governo deve fechar primeira parceria público-privada nesta semana

A PREVIDÊNCIA Social registrou superávit no se-tor urbano, com um total acumulado, desde janei-ro, de R$ 5,901 bilhões. O valor representa um crescimento de 578,6%, em relação ao mesmo período de 2009, quando o resultado somou R$ 869,6 milhões. Em agos-to, a arrecadação líquida urbana foi de R$ 16,9 bi-lhões, com crescimento de 2,8% em relação a julho e de 15,5% em compara-ção com agosto de 2009 (R$ 14, 634 bilhões). A despesa com pagamento de benefícios foi de R$ 15,490 bilhões, que é su-perior em 2,3% aos R$ 15,148 bilhões registrados em julho. Houve também

crescimento de 1,9% em relação ao gasto registrado em agosto de 2009, que foi de R$ 15,201 bilhões.

A informação é do mi-nistro da Previdência, Carlos Eduardo Gabas, segundo o qual esses nú-meros demonstram que não existe défi cit na Pre-vidência. Segundo ele, a necessidade de finan-ciamento do setor rural é coberta pelo Tesouro Nacional. O ministro disse também que a Previdência não vai recorrer da decisão do Supremo Tribunal Fe-deral (STF) que mandou reajustar os benefícios de aposentadorias ocorridas em 1998 e 2003 pelo teto do regime geral previden-ciário em vigor na época.

Previdência apresentasuperávit no setor urbano

77CAPITAL15 a 21 de Setembro de 2010

Internacional

País

A PREOCUPAÇÃO com a saúde financeira dos bancos chineses aumen-tou na sexta-feira (17), depois que a agência de classifi cação de risco Fi-tch alertou que o país poderá enfrentar uma “ressaca” provocada pela explosão de crédito nos últimos dois anos. O ban-

co central do país também afirmou que é “difícil ignorar” a montanha de dinheiro emprestada a entidades criadas pelos governos provinciais para escapar dos limites de endividamento impostos por Pequim.

As ações na Bolsa de Xangai sofreram a maior

queda em três semanas, por causa do temor do mercado de que o go-verno vai restringir a habilidade dos bancos de conceder crédito. A medida seria adotada por meio do aumento da taxa de adequação de capital, que poderia alcançar 15% até 2012, segundo rumo-

res que circularam nesta sexta-feira. Na prática, isso significa que os bancos deveriam ter mais recursos imobilizados para garan-tir seus investimentos, o que reduz a quantidade de dinheiro disponível para empréstimos.

No início da sema-na passada, o primeiro-

ministro Wen Jiabao já havia manifestado pre-ocupação com os ris-cos representados pe-los fi nanciamentos que bancos concederam aos chamados “veículos de investimentos” das pro-víncias. Essas entidades tinham em março US$ 1,09 trilhão em dívidas

com as instituições fi-nanceiras chinesas, uma alta de 70,4% em relação a igual período de 2009, segundo o organismo responsável pela regu-lamentação do setor. Na avaliação do governo, só 27% desses créditos têm como garantia ati-vos sólidos.

Explosão de crédito ameaça bancos chineses

O HORÁRIO DE VE-RÃO poderá proporcionar ao país uma redução de cerca de 5% no consumo de energia durante o pe-ríodo em que os relógios estarão adiantados em uma hora. Nos últimos dez anos, a adoção da medida proporcionou uma redu-ção média de 4,7% na de-manda por energia no ho-rário de maior consumo, segundo o Ministério de Minas e Energia O próxi-mo período do horário de verão vai de 17 de outubro próximo a 20 de fevereiro de 2011. No ano passado, o horário de verão teve início no dia 18 de outubro de 2009 e vigorou até o dia

21 de fevereiro último. O principal resultado foi a redução na demanda de energia elétrica de apro-ximadamente 4,4% no Sudeste e Centro-Oeste e de 4,5% no Sul.

Para o coordenador do Grupo de Estudos do Setor de Energia Elé-trica da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Gesel-UFRJ), Nivalde de Castro, o horário de verão é uma medida posi-tiva, pois a economia de energia corresponde ao crescimento de um ano na geração de energia elétrica do país. “Isso é uma vantagem muito grande, porque permite

que o Brasil não precise investir em novas hidre-létricas e termelétricas.”

O horário de verão é adotado sempre nesta épo-ca do ano por causa do aumento na demanda por energia, que é resultado do calor e do crescimento da produção industrial às vésperas do Natal. Nes-te período, os dias têm maior duração por causa da posição da Terra em relação ao Sol, e a lumi-nosidade natural pode ser mais bem aproveitada. No Brasil, ele foi instituído pela primeira vez no verão de 1931/1932 pelo então presidente Getúlio Vargas e durou quase meio ano.

O GOVERNO anunciou a abertura dos editais para que municípios de todo o Brasil possam se benefi ciar dos 6.050 leitos previstos no Plano de Enfrentamento ao Crack e outras Drogas. A ideia é que os serviços de atenção também sejam ampliados e toda a rede receba qualificação. Fo-ram investidos mais de R$ 133 milhões, por meio da Secretaria Nacional de Po-líticas sobre Drogas e do Ministério da Saúde. A sole-nidade foi realizada na tarde de segunda-feira (20), no Palácio do Planalto, com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Embora o consumo do crack já seja algo comum nas ruas dos grandes cen-tros urbanos do país, ain-da faltam dados nacionais sobre o número de víti-mas e o perfi l dos usuá-rios da droga no Brasil. O secretário-executivo do Pronasci (Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania), ligado ao Ministério da Justiça, Ronaldo Teixeira da Silva, afi rmou que as informações disponíveis ainda são contraditórias e que a primeira grande pesquisa sobre o tema, elaborada pela UFRGS (Universidade Federal do

Rio Grande do Sul), só deve sair em dezembro.

De acordo com o Minis-tério da Saúde, o levanta-mento mais recente sobre o consumo da droga é de 2005, feito pelo Cebrid (Centro Brasileiro de In-formações sobre Drogas Psicotrópicas) em 108 cidades brasileira. A pes-quisa aponta que 0,1% da população fumou crack nos 12 meses anteriores à pesquisa. No mesmo perí-odo, 2,6% haviam fumado maconha, 1,2% tinha utili-zado solvente, 0,7% havia usado cocaína, enquanto 49,8% das pessoas consu-miram álcool.

Economia de energia com o horário de verão deverá ser cerca de 5%

A COCA-COLA voltou a liderar, pelo 11º ano consecutivo, o ranking das marcas globais mais valiosas, segundo levan-tamento da consultoria Interbrand. A marca da fabricante de bebidas foi avaliada em US$ 70,4 bilhões - quase US$ 6 bilhões a mais que a IBM, segunda coloca-da no ranking, mesma posição do rankin g de 2009. Nenhuma marca brasileira aparece entre as cem mais valiosas. O setor de tecnologia se destaca entre as marcas mais valiosas, ocupando seis das dez primei-ras posições. Além da

IBM, Microsoft também manteve sua posição no ranking, no tercei-ro lugar, com a marca avaliada em US$ 60,9 bilhões. Google passou da 7ª para a 4ª posição, com US$ 43,6 bilhões. Aparecem ainda, entre as dez primeiras, Intel (7º lugar, US$ 32 bi-lhões), Nokia (8º lugar, 29,5 bilhões) e HP (10º, US$ 26,9 bilhões). Em 17º lugar, a Apple se destacou por ter a maior elevação do valor de sua marca na comparação entre os rankings de 2009 e 2010, de 37º, alcançando US$ 21,1 bilhões este ano.

Coca-Cola continua sendo a marca mais valiosa do mundo

Rede pública de saúde terá leitos para tratar usuários de crack

CAPITAL 15 a 21 de Setembro de 2010 88

O PRESIDENTE da Petro-bras Biocombustível, Mi-guel Rossetto, destacou, durante apresentação na sessão plenária “Desafi os dos Biocombustíveis”, realizada na tarde do dia 13 na Rio Oil & Gas, o crescente papel que os biocombustíveis, ao lado de energias renováveis, como a solar e a eólica, te-

rão na transição da matriz energética mundial. “Esse potencial de crescimento em escala mundial é im-pulsionado pela demanda de produção de energia re-novável puxada pela agen-da ambiental”, afirmou. Nesta linha, a Petrobras prevê investimento de US$ 3,5 bilhões em produção, logística e pesquisa de bio-

combustíveis, de acordo com o Plano de Negócios 2010-1014.

Sobre o setor sucroe-nergético, o presidente comentou que os movi-mentos realizados nos últimos dois anos contri-buíram para reposicionar positivamente o setor. Entre eles, informa Ros-setto, está o zoneamento

agroecológico, que si-naliza uma delimitação territorial de expansão regrada da cul tura da cana-de-açúcar, a melho-ria nas relações de traba-lho, a venda crescente de automóveis flex fuel e o potencial para aumentar a presença do setor na gera-ção de energia elétrica a partir do bagaço de cana.

Biocombustíveis têm demanda crescenteDIVULGAÇÃO/AG PETROBRÁS

OS BANCOS têm visto no crescimento da renda dos brasileiros uma opor-tunidade de novos negó-cios. A estratégia pode ser observada na expan-são dos correspondentes bancários, como agências lotéricas e dos Correios. Segundo o Banco Cen-tral (BC), eles passaram de 95.849, no final de 2007, quando a institui-ção começou a registrar os dados, para 163.569, em 1° de setembro deste ano. O aumento, nessa comparação é de 70,6%. Segundo o BC, o número de correspondentes no país subiu de 108.074 no fi nal de 2008 para 149.507 ao fi m do ano passado.

O estado com maior nú-mero de correspondentes é São Paulo, com 42.176,

contra 42.176 no fi nal de 2007. Roraima é onde tem o menor número - 218, contra 83 em 2007. Os correspondentes são au-torizados pelo BC a fazer operações como recepção e encaminhamento de propostas de abertura de contas e de pedidos de crédito e recebimentos de pagamentos. O chefe do Departamento de Organi-zação do Sistema Finan-ceiro do BC, Luiz Edson Feltrin, afi rma que a insta-lação de correspondentes bancários é uma forma de oferecer serviços formais em um estabelecimento onde os consumidores já estão acostumados a fre-quentar, como lotéricas, supermercados, drogarias, Correios, lojas de móveis e outros.

Número de correspondentes bancárioscresce 70% no país em quase três anos

A OPERAÇÃO Barreira Fiscal, da Secretaria de Es-tado do Governo, fechou o mês de agosto com R$ 18.294.266,83 em multas por sonegação de impos-tos. Do total de 251.584 de veículos de transportes de carga abordados, foram aplicados 1.778 autos de infração. Outros 2.082 tentaram fugir das blitzes e foram seguidos por agen-tes das equipes móveis, que conseguiram inter-ceptar todos os motoristas

que tentaram escapar. Os agentes retiveram 23.189 veículos, que passaram por um pente fino e tiveram suas cargas abertas para verifi cação. A vistoria foi realizada em 14 pontos de fi scalização – oito fi xos e seis volantes. O objetivo é fi scalizar todos os acessos ao Estado do Rio para im-pedir que mercadorias en-trem sem pagar os devidos impostos, além de coibir a circulação de produtos ile-gais como armas e drogas.

- A própria ação da ope-ração Barreira Fiscal já é um inibidor de infrações. Ao reduzir a sonegação de impostos, a arrecadação estadual aumenta e possi-bilita novos investimen-tos em áreas prioritárias do Governo - explicou o coordenador-geral da Ope-ração, Reynaldo Braga. Nos seis primeiros me-ses de ações, a Operação Barreira Fiscal registrou um aumento de R$ 671 milhões, no volume da

receita referente à substi-tuição tributária, se com-parado ao mesmo período de 2009. O valor equivale a um aumento de 51,9%, totalizando R$ 1,963 bi-lhão. No ano passado, de fevereiro a julho, o valor de arrecadação do ICMS, também referente à substi-tuição tributária, foi de R$ 1,292 bilhão. O aumento médio, por mês, em 2010, foi de R$ 110 milhões, no mesmo período (fevereiro a julho).

‘Barreira Fiscal’ aplicou R$ 18,2 milhões em multas em agosto

A CONFEDERAÇÃO Nacional da Indústria di-vulgou nota informando que a participação das indústrias no crédito do sistema fi nanceiro nacio-nal se mantém estagnada desde o início da década de 90. Já o acesso das pessoas físicas ao crédito, destaca o comunicado, cresceu de

2,9% para 32,5% em quase vinte anos. De acordo com a CNI, em julho de 1991 o crédito ao setor privado industrial representava 21,2% do total. Essa pro-porção cresceu até meados de 2002, quando superou os 30%. Depois disso, a destinação de recursos à indústria vem caindo.

Crédito bancário para aindústria está estagnado há 20 anos O INSTITUTO Nacional

de Metrologia, Normatiza-ção e Qualidade Industrial (Inmetro) e o Instituto Bra-sileiro de Meio Ambiente (Ibama) assinaram o Termo de Cooperação Técnica dos Requisitos de Avaliação da Conformidade (RAC) para o ARLA 32, aditivo para motores a diesel que

reduz as emissões de gases poluentes. O ARLA 32, cujo uso será obrigatório para veículos classifi cados como comerciais leves, pesados, semipesados e ônibus a partir de 2012, é um agente redutor líquido de NOx automotivo neces-sário ao correto funciona-mento de motores a diesel.

Acordo para reduzir emissões de gases poluentes