Edição Nº 293

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Crateús-Ce. Terça-feira, 23 de fevereiro de 2010 - Ano XIII - N o 293 - R$ 2,50 www.gazetacrateus.com.br • e-mail: [email protected] 12 ANOS Jornalismo, Ética, Liberdade, Compromisso e Democracia. Economia e vida: Dom Jacinto de Brito. Pág. 0 2 Nós, escravocratas: Senador Cristovam Buarque. Pág. 04 Rigor e transparência: Dep. Domingos Filho. Pág. 10 Pensar o ser humano depois de Auschwitz: Leonardo Boff. Pág. 12 Avatar: Luiz Carlos Amorim. Pág. 12 Leia em Comunicando: Cai a máscara do sargento. Pág. 15 Leia nesta edição: Crateús realizou em 2010 o melhor Carnaval da sua história. Não apenas o melhor, mas também o mais seguro, o mais tranqüilo e o que envolveu os menores gastos. Com a mudança do Corredor da Folia para a Aveni- da Sargento Hermínio, em função da refor- ma da Praça Antônio Arcelino, a freqüência de pessoas durante os quatro dias de folia foi calculada acima de 20 mil espectadores por cada noite. Pág. 08 O Clube Sargento Hermínio (CSH), dos suboficiais e sargentos do 40º BI encontra-se sob a apropriação indébita de um falso diretor, o 3º sargento re- formado João Bezerra que, após a sucumbência da diretoria, agarrou-se ao mesmo, com unhas e dentes e o mantém como propriedade sua. Pág. 04 FALSO DIRETOR APROPRIA-SE DO CLUBE SARGENTO HERMÍNIO MELHOR CARNAVAL DA HISTÓRIA DE CRATEÚS Carnafolia 2010 Carro alegórico Abre-alas do bloco Mandacaru Beleza campeão do Carnafolia 2010 Exibição do bloco Tykerê vice-campeão vendo-se a multidão que se aglomerou no corredor da folia na Av. Sargento Hermínio Multidão se aglomerou diante do palco cantando e dançando ao som das antigas marchinhas de carnaval da banda revelação OS SOMBRAS Vocalista Pé de Kiba: talento e gogó Fotos de Júnior Sá Fotos de Júnior Sá Fotos do Estúdio Multicores Fotos do Estúdio Multicores Sargento João Bezerra, falso diretor do Clube Sargento Hermínio

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Terça-feira, 23 de fevereiro de 2010.

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Crateús-Ce. Terça-feira, 23 de fevereiro de 2010 - Ano XIII - No 293 - R$ 2,50www.gazetacrateus.com.br • e-mail: [email protected]

12 ANOSJornalismo, Ética, Liberdade, Compromisso e Democracia.

Economia e vida: Dom Jacinto de Brito. Pág. 0 2

Nós, escravocratas: Senador Cristovam Buarque. Pág. 04

Rigor e transparência: Dep. Domingos Filho. Pág. 10

Pensar o ser humano depois de Auschwitz:

Leonardo Boff. Pág. 12

Avatar: Luiz Carlos Amorim. Pág. 12

Leia em Comunicando: Cai a máscara do sargento. Pág. 15

Leia nesta edição:

Crateús realizou em 2010 o melhor Carnaval da sua história. Não apenas o melhor, mas também o mais seguro, o mais tranqüilo e o que envolveu os menores gastos. Com a mudança do Corredor da Folia para a Aveni-da Sargento Hermínio, em função da refor-ma da Praça Antônio Arcelino, a freqüência de pessoas durante os quatro dias de folia foi calculada acima de 20 mil espectadores por cada noite. Pág. 08

O Clube Sargento Hermínio (CSH), dos suboficiais e sargentos do 40º BI encontra-se sob a apropriação indébita de um falso diretor, o 3º sargento re-formado João Bezerra que, após a sucumbência da diretoria, agarrou-se ao mesmo, com unhas e dentes e o mantém como propriedade sua. Pág. 04

FALSO DIRETOR APROPRIA-SE DO CLUBE SARGENTO HERMÍNIO

MELHOR CARNAVAL DA HISTÓRIA DE CRATEÚSCarnafolia 2010

Carro alegórico Abre-alas do bloco Mandacaru Beleza campeão do Carnafolia 2010

Exibição do bloco Tykerê vice-campeão vendo-se a multidão que se aglomerou no corredor da folia na Av. Sargento Hermínio

Multidão se aglomerou diante do palco cantando e dançando ao som das antigas marchinhas de carnaval da banda revelação OS SOMBRASVocalista Pé de Kiba: talento e gogó

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Sargento João Bezerra, falso diretor do Clube Sargento Hermínio

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2 Terça-feira, 23 de fevereiro de 2010Página

[ Opinião ] [ Política ] [ Cidade ] [ Geral ] [ Cultura ] [ Sociedade ] [ www.gazetacrateus.com.br ]

EditorialCarnaval 2010

Crateús viveu o melhor perío-do carnavalesco de sua história em 2010. Pela primeira vez, foi levado muito a sério o combate aos excessos, através de um eficiente plano de segurança adredemente montado, que ga-rantiu a tranqüilidade das festas aos que optaram pela folia, e a paz àqueles que se decidiram por uma retirada e a experimen-tar o sossego para recompor energias.

Sabemos que o Carnaval é um período de três dias que precede a quarta-feira de cinzas, durante o qual, com o afrouxamento das normas morais, se dá o irromper de recalques, por meio de dan-ças, cantos, trejeitos, indumentá-ria diversa da habitual e fantasias. Esta é uma definição secular da festa mais popular do Brasil, não significando dizer que em tal pe-ríodo deixem de vigorar as leis e deixe de haver um policiamento

cada vez mais rígido e ostensivo contra os excessos e os abusos, contra a libertinagem e a quebra dos preceitos da moralidade.

O Ministério Público reuniu em audiência pública toda a nossa representatividade para traçar normas de boa convi-vência social, de segurança e de respeito mútuo durante o tríduo momino, hoje, transformado em quadra momina, preestabelecen-do o que seria permitido e o que seria proibido aos foliões prati-car em termos de diversão.

A poluição sonora causada por quaisquer meios e especial-mente causada pela emissão de sons produzidos por instrumen-tos musicais é um ato cruel de violência contra as pessoas e não pode ser tolerada. Com a tecno-logia cada vez mais sofisticada, instrumentos sonoros tornaram-se agressivos e insuportáveis aos ouvidos e, foi voltada aos

excessos de sonoridade que a segurança estendeu as garras da tolerância zero, definindo a Avenida Sargento Hermínio ponto principal da concentração da folia e a Praça Luiza Passos e o Balneário como outros dois pontos onde a alta sonoridade seria permitida. O esquema prevaleceu, muito embora de-sagradando o inconformismo de meia dúzia de donos de paredões de som, instrumento sonoro definido pela Promotoria local como crime premeditado. Preva-leceu, sobremodo, o bom senso que, a um só tempo, permitiu a realização do melhor carnaval de nossa história, sem quebrar a paz e o sossego público. Ponto para a Promotoria Pública e para os órgãos de segurança pelo magnífico trabalho e invulgar desempenho.

Desde que a Economia Mundial entrou em alta ten-são e, “Wall Street”, em Nova York, se tornou o centro das atenções, o assunto não dei-xou mais o noticiário.

No Brasil, chamado país emergente, dizem os enten-didos que o “terremoto” abalou em pequena escala! Mesmo assim, a economia não deixou de ser o foco. “É dinheiro na cueca”, “é dinheiro na meia” é vídeo de toda forma, atestando o que todos já sabiam: o dinheiro do povo escoa pelo ralo da corrupção.

É nesse contexto sócio-político-econômico que ire-mos viver a próxima Cam-panha da Fraternidade, com o tema: Economia e Vida, sob o lema bíblico: “Vocês não podem servir a Deus e ao dinheiro” (Mt 6,24).

Uma característica parti-cular dessa Campanha é ser a 3ª de caráter ecumênico (2000, 2005 e 2010!). Isso significa que ela é assumida pela Igreja Católica e o CO-NIC (Conselho Nacional de Igrejas Cristãs). Seu atual

presidente, o Pastor sinodal Rev. Luiz Alberto, ao apre-sentar a Campanha declara: “A Campanha deste ano é mais uma oportunidade de mostrar que apesar da diversidade e características próprias de cada Igreja, a união em favor do próximo e de um mundo melhor para todos é possível”.

Já é tradição que a Campa-nha da Fraternidade acontece na Quaresma, porque sendo este um tempo de “conver-são”, somos chamados a associar a oração e o jejum, com a mudança de atitude, interagindo cristãmente em setores vitais da sociedade. Neste ano, a economia!

É significativo o hino da Campanha da Fraternidade, que diz:Não é a riqueza, nem o lucro sem medidaQue gera paz e laços de fraternidade, (Lc 16,19-31)Mas todo gesto de partilha em nossa vidaQue faz a fé se transformar em caridade” (Gl 5, 6)No Evangelho encontra-

reis a luz divina,Não no supérfluo, na ga-nância ou na ambição,Ide e vivei a Boa Nova que ilumina (Mt 7,21)E a palavra da fraterna comunhão (Mt 18,20)

Em uma sociedade de acú-mulo e consumismo parece loucura falar de sobriedade e partilha. No entanto, esse é o caminho apontado por Jesus, essa é a saída para a crise do meio-ambiente e da decanta-da “sustentabilidade”.

Não vamos dizer: o que tem a ver religião com eco-nomia! Vamos antes pensar: como podemos ajudar a fazer com que a economia contribua para a vida e não para a morte das pessoas!!!

“Vós não poderes servir a Deus e ao dinheiro, e muito menos agradar a dois senhores”.

Fecunda Quaresma! Ativa e mobilizadora Campanha da Fraternidade.

Artigo Dom Jacinto Brito Bispo Diocesano

Economia e vida

SINDICATO DOS EMPREGADOSNO COMÉRCIO DE CRATEÚS

EDITAL DE CONVOCAÇÃO DE ELEIÇÕESO Presidente do Sindicato dos Empregados do Comércio de Crateús, José Wellington de Me-nezes, no uso de suas atribuições legais e estatutárias, de conformidade com os artigos 30° ao 38º, convoca todos os sócios que estejam em dias com suas obrigações sociais e estatutárias, para participarem das eleições sindicais que ocorrerão no dia 11 (onze) de março 2010, no período das 08hs às 17hs na sede do Sindicato, onde terá uma urna fixa. Outras duas urnas itinerantes percorrerão as empresas para recolher os votos dos associados.Este edital consta da seguinte ordem do dia: a) Eleição da nova Diretoria e do novo Conselho Fiscal; b) Apuração dos votos, através das mesas apuradoras; c) Resultados oficiais das elei-ções e, d) Posse da nova Diretoria e do novo Conselho Fiscal.

Crateús- CE, 10 de Fevereiro de 2010.José Wellington de Meneses

Presidente

As vítimas do medicamento talidomida ganharam direito no Brasil a indenizações por danos morais. O valor varia de R$ 50 mil a R$ 400 mil, segundo a gra-vidade da deficiência. Estima-se que 650 pessoas tenham direito ao benefício.

A lei que cria a indenização, de autoria do senador Tião Viana (PT-AC), prevê que os recursos para o pagamento sairão do Or-çamento do Governo Federal, porém sem especificar de que ministério ou autarquia. Por isso, embora a legislação já esteja em vigor, o Governo informou que será preciso aguardar essa defini-ção antes de informar qual órgão deverá ser procurado por quem quiser pleitear a indenização.

Lançada na década de 1950 como remédio contra enjoo na gravidez, a talidomida levou ao nascimento de bebês com más-formações, principalmente

o encurtamento de braços e pernas.

Em 1961, diversos países re-tiraram a droga de circulação, o que só ocorreu no Brasil quatro anos depois. No entanto, em 1965, o País voltou a utilizá-la no tratamento de hanseníase, o que fez com que houvesse ainda mais vítimas do produto.

Desde 1997, a substância passou a ser restringida no caso das mulheres em idade fértil e só pode ser usada em determinados casos de hanseníase e outras enfermidades como a doença de Crohn, que ataca o estômago. Mesmo assim, a Nação já regis-trou nascimentos de crianças com a síndrome desde então.

“Por mais que tenhamos nor-mas cada vez mais restritivas, não há como evitar 100 por cento a prescrição inadequada”, diz José Luiz Telles, diretor do Departamento de Ações Estra-

tégicas do Ministério da Saúde. Desde 1982, os portadores da síndrome têm direito a uma pensão mensal no valor que varia de meio a quatro salários mínimos. Vários deles também vinham pedindo reparações na Justiça.

Agora, a lei estabelece que a indenização da União não será acumulável com o benefício recebido por via judicial. Segun-do a presidente da Associação Brasileira dos portadores da Síndrome da Talidomida, Claú-dia Marques Maximino, essas ações deverão ser retiradas para que a indenização venha mais rapidamente. Ela comemo-rou a sanção da lei, o que viu como uma admissão de culpa do Governo por ter permitido que a droga fosse utilizada no país sem a comprovação de sua segurança.

Vítimas da talidomida serão indenizadas

Sebastião César Aguiar ValeEditor-Geral e jornalista responsávelMat. nº: 01227JP - CE [email protected]

M. Duarte da SilvaCNPJ: 06.327.640/0001-97Rua Cel. Lúcio, 569 - CEP 63700-000, Crateús-Ce - Fone/Fax: (088) 3692.3810

Fundada em 30 de maio de 1997

Ortodontia, Ortopedia Facial e Implantodontia

Representante em Fortaleza:Fernando Aguiar AlbuquerqueFone: (085) [email protected]

Projeto Gráfico e Diagramação:Fabrício [email protected]

Coordenação e Digitação:Miliane Silva

Conselho Editorial:Eduardo Aragão Albuquerque Jr.José Bonfim de Almeida JúniorSebastião Cesar Aguiar Vale

Assessoria Jurídica:Dr. José de Almeida Bonfim Júnior,OAB 15545 CE

Assessor para assuntos especiais:Francisco Oton Falcão JucáTel.: (85) 3254.5353 / (85)99812637Fax: (85) 3254.8000

Importante:As opiniões assinadas não refletem obrigatoriamente o pensamento do jornal.

Assinaturas ou renovações:Em Fortaleza só valerão se feitas através de nosso representante, Fernando Aguiar Albuquerque:Tel.: (85) 3249.4641/9997.2085Assinantes de outras localidades enviar comprovante de depósito feito através dos bancos:Bradesco, agência: 997-0, conta: 16165-9

Banco do Brasil, agência: 0237, conta: 28.765-2 e para o seguinte endereço: Rua Cel. Lúcio, 569 CEP: 63700-000 - Crateús-Ce

Impressão:Gráfica e Editora Premius

Crateús:Assinatura anual R$ 60,00Outras localiadadesAssinatura anual R$ 100,00Assinatura semestral R$ 60,00

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3Terça-feira, 23 de fevereiro de 2010 Página

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Política

SaboresCaseirosBOLINHOS DE FRANGO QUEREM MAIS

Marguê Freire

Ingredientes:500(Quinhentas)g de peito de frango moído, 01(Um) envelope de creme de cebola, 07(Sete) colheres (sopa) de leite, 01(Uma) colher (sopa) de salsinha picada, 02(Duas) colheres (sopa) de mar-garina e Óleo (para fritar).

Modo de fazer:Em uma tigela, junte o frango, o

conteúdo do envelope de creme de cebola, o leite, a margarina e a salsinha. Misture bem até obter uma massa homogênea. Em uma frigideira média, aqueça o óleo em fogo médio e frite os bolinhos aos poucos, pegando colheradas da massa. Deixe dourar dos dois lados, retira e escorra sobre o papel toalha. Sirva em seguida.todo pode ser feito nele.

Outro dia encontrei, próximo ao oceano, um sertanejo e marítimo amigo, o alado gravurista maior do Ceará, o ilumi-nado e vibrante poeta de telas Francisco de Almeida, o Almeidinha. Naquela abrasada tarde de sábado, me disse: “JB, leio suas crônicas no Jornal Gazeta. Acho que você podia escrever sobre as ruas da nossa cidade, sobretudo aqueles locais que despertam paixões, nos convidam a olhar a lua e aproximam mais ainda os corações ena-morados”. Percebi que a ave da razão havia pousado em sua alma. Então, meditei: por que essa resistência em exaltar os pontos telúricos, as fontes de idí-lios, os espaços poéticos que despertam o brilho da paixão? O cronista Paulo Barreto, que se revelou para a literatura sob o pseudô-nimo de João do Rio e viveu no Rio de Janeiro do inicio do século pas-sado, escreveu um livro fascinante intitulado a “A Alma Encantadora das Ruas”. Nele, João do Rio compõe, em formato de Crônica, um maravilhoso poema de psicologia ur-bana, um passeio como-vente sobre as artérias da capital carioca. Manu-seando ritimadamente a caneta como quem passa dedos musicais sobre a cítara, ele entoa: “Eu amo a rua. Esse sentimento de natureza toda íntima não vos seria revelado por mim se não julgasse, e razões não tivesse para julgar, que este amor assim absolu-to e assim exagerado é partilhado por todos vós. Nós somos irmãos, nós nos sentimos parecidos e iguais; nas cidades, nas aldeias, nos povoados, não porque soframos, com a dor e os despraze-res, a lei e a polícia, mas porque nos une, nivela e agremia o amor da rua. É este mesmo o sentimento

imperturbável e indisso-lúvel, o único que, como a própria vida, resiste às idades e às épocas. Tudo se transforma, tudo varia – o amor, o ódio, o egoís-mo. Hoje é mais amargo o riso, mais dolorosa a ironia. Os séculos pas-sam, deslizam, levando as coisas fúteis e os acon-tecimentos notáveis. Só persiste e fica, legado das gerações cada vez maior, o amor da rua”.Mais à frente, ele arrema-ta em verdadeiro estado de arrebatamento: “Ora, a rua é mais do que isso, a rua é um fator da vida das cidades, a rua tem alma!” (...) “A rua nasce, como o homem, do solu-ço, do espasmo. Há suor humano na argamassa do seu calçamento”.Sempre gostei de cami-nhar solitário pelas vias ou veias onde corre o sangue vital da nossa urbe. Cada trilha urbana lembra uma determinada faceta da vida pulsante, um punhado de areia da história ou um pedaço de sonho peculiar. Quando alguém cita as Ruas Moreira da Rocha e D. Pedro II logo associa-mos ao frenesi comercial.Como caminhar pela Francisco Sá sem olhar para os trilhos e para a Estação, que nos fazem recordar o épico passado ferroviário que experi-mentamos?Quem passeia pelo espaço mais amplo da Rua Zacarias Carlos de Melo sem fazer uma reflexão sobre a Igreja de São Vicente de Paulo e a comunidade Vicentina?É difícil se falar em Rua Poty sem que a esta peroração estejam asso-ciados o Rio que beija a cidade e as festas promo-vidas nas casas dançantes de Zé Mendes e Louro da Cruz? Como as pessoas, que recebem apelidos ou carinhosas designações particulares, as ruas também vivem a experi-ência de serem renome-

adas. A Rua Frei Vidal da Penha, onde vivi meus anos infanto-juvenis, é popularmente conhecida como “Rua da Cruz”. Porque, em tempos idos, um fervoroso missionário ali fincou um enorme “Cruzeiro”. O nome do missionário? Frei Vidal de Frescarolo, vigário do Convento da Penha, em Recife, que se notabili-zou como Frei Vidal da Penha. É, as ruas têm corpo, exi-bem uma copa, externam um clamor, entoam um cântico, exalam carinho, apontam um caminho. Essa atmosfera marmo-centa que contamina a cidade de Crateús hoje, possivelmente tenha sua raiz no estado das nossas ruas, que estão cheias de hematomas. Quando vejo esse movimento pelo reasfaltamento – inclusive foi tema de um duelo musical no período momino – fico a lamentar, pois sabemos que esta não é a me-lhor solução para uma cidade quente como a nossa. Asfalto aumenta o calor. No outro extremo, igualmente condenável, é esse amontoado irregular de pedra tosca lançado na maioria das artérias. O ideal seria uma capri-chosa pavimentação à base de paralelepípedo, que embeleza sem elevar a temperatura. Se vivês-semos num ambiente de distensão política, pode-ria ser promovida uma ampla discussão com a população municiando-a com dados técnicos para uma decisão mais consis-tente. À míngua de maio-res informações, o povo protesta por asfalto. É o resultado dessa combina-ção perigosa da irraciona-lidade ideológica com a parcialidade política.Enquanto mergulhamos nessas estéreis conten-das, deixamos de lado o mais importante: apro-veitar o tempo para apre-ciar a alma encantadora das ruas!

[CrônicadaCidade]Invictus – em português,

Invicto - este é o nome do fil-me que está circulando pelas salas de exibição do País. Nar-ra a luta do líder sul-africano Nelson Mandela em favor da unificação de sua pátria, sacrificada pelo ‘apartheid’, política de segregação onde aos brancos estava reservado o poder e aos negros, a servi-dão. Líder do movimento de libertação, Mandela foi preso. Cumprindo pena de trabalhos forçados na cadeia de Rob-ben Island, onde vivia num cubículo sem qualquer con-forto, de lá saiu para ser eleito Presidente da República. A obra cinematográfica narra, em especial, o esforço desse lendário pacifista em prol da unificação da África do Sul. O que há de chamativo nessa película? Que lições emergem da história de Mandela?

AS LIÇÕESO filme revela parte da

trajetória de uma liderança cimentada em uma grande força espiritual. Dalai Lama leciona que o homem públi-co é o que mais necessita do substrato de fé que alimenta o espírito. Mandela cultivou isso. Nos momentos de mais amargura e dificuldade que enfrentou na masmorra, re-corria a um poema do poeta inglês William Ernst Henley cujo título é o mesmo do filme, Invictus: “Agradeço a todos os deuses por meu espí-rito invencível. Não importa o quão estreito seja o portão e quão repleta de castigos seja a sentença, eu sou o senhor do meu destino, eu sou o capitão da minha alma”. Um século depois de escrito, o poema “Invictus” foi o que manteve acesa em Mandela a brasa da esperança. Capitão da própria alma, empunhou a bandeira da liberdade e, à frente do mais alto cargo de seu País, perdoou os que tinham lhe colocado atrás das grades.

AS LIÇÕES IIOutra lição indelével: o

líder é um inspirador, alguém capaz de suscitar nos demais os poderes que dormitam no mais íntimo de cada um. A certa altura, num diálogo com o capitão do time sul-africano, Mandela pergunta: “Como você inspira seus jogadores? Como os faz crer que eles são melhores do que realmente são?”. Uma última e marcante característica: além de ser um guerreiro que manuseia com habilidade a arma superior do perdão, Mandela busca vencer

com honestidade, sem recor-rer a métodos escusos ou se render à máxima de que o fim justifica os meios. Na final da Copa do Mundo de Rúgbi em 1995, a África do Sul ia enfrentar a Nova Zelândia, que era indiscutivelmente a favorita. Mandela racioci-na: “Não quero perturbar o inimigo, mas quero ganhar. Como ganhar?” E assim, sem fazer uso de subterfúgios, encara o problema, motiva os jogadores do seu time e galga a vitória.

AS LIÇÕES IIIA indagação é: - há alguma

relação entre as lições que esse filme nos coloca e a po-lítica tupiniquim? Vivemos em um País, em um estado e em um município onde as pessoas que são guindadas a postos de liderança, via de regra, buscam tripudiar sobre os antecessores, desqualifi-cando possíveis virtudes e desconhecendo os méritos dos adversários. Em que pese ter escalado o pico da monta-nha da popularidade, o atual Presidente da República – de-tentor de uma história pessoal digna de reconhecimento – invariavelmente é traído por arroubos de vindita. De quando em vez, fala como se o Brasil tivesse sido descober-to por ele. Na mesma esteira, seguem governadores e Pre-feitos. Esse, definitivamente, é um caminho equivocado.

O CARNAVALHá que se registrar que, la-

mentavelmente, o Carnaval de Crateús há perdido terreno. A escolha da própria passarela (Avenida Sargento Hermínio) deu-se equivocadamente. A Avenida Edilberto Frota seria mais indicada, pois além de ser mais espaçosa, dispõe de mais alternativas de manobra, o que facilitaria o fluxo de entrada e saída da cidade.

O CARNAVAL IIUm ponto extremamente

positivo foi a homenagem que o bloco Mandacarú pres-tou aos portadores de defi-ciência física. O desfile em cadeiras de rodas exibindo os deficientes foi um ins-tante comovente da festa. O investimento em temáticas que despertem a sensibilidade popular pode ser um caminho para o revigoramento da festa momina em Crateús.

NENEN Sempre às vésperas de uma

eleição, surgem boatos a

respeito do projeto eleitoral de Nenen Coelho. No pleito passado, comentava-se que o ex-prefeito de Novo Oriente jamais seria eleito. Foi. E bem votado. Agora, espalham que deverá desistir. Todos sabem que a situação atual lhe é bem mais favorável do que há quatro anos. Além de mais conhecido, detém apoios expressivos, possui margem de manobra eleitoral e sabe incursionar com facilidade no meio do povão. Desponta na dianteira de todas as sonda-gens até agora realizadas em municípios da região de Cra-teús, além de ter conquistado novos espaços onde antes era totalmente desconhecido.

EDITAL Aviso aos amantes da es-

crita: romancistas, poetas, cronistas, contistas etc. A Se-cretaria da Cultura do Estado do Ceará torna público o edi-tal do I Prêmio Literário para Autor(a) Cearense que con-templará de 60 a 120 livros inéditos. Este edital é a maior premiação para a literatura na história do Estado do Ceará com recursos do Tesouro do Estado da ordem de R$ 2.000.000,00 (dois milhões de reais). O Edital completo com todas as especificações está aberto a inscrições no site da Secult (www.secult.ce.gov.br). As inscrições são gratuitas e seguem até 31 de março de 2010. O edital visa preservar nosso patrimônio literário e incrementar a produção editorial cearense. Serão 14 (quatorze) categorias, o que garantirá a distribuição de cerca de 24 mil livros para as bibliotecas públicas do Ceará. Isso porque cada au-tor contemplado ganha uma premiação em dinheiro (que varia entre R$ 2.857,14 a R$ 4.285,71) e a publicação de 1.000 exemplares de sua obra inédita, sendo 400 destes des-tinados às bibliotecas públicas do Estado. Os outros 600 exemplares serão do autor para vendagem e distribuição pelo País.

PARA REFLETIR“A cultura é a busca da

nossa perfeição total me-diante a tentativa de co-nhecer o melhor possível o que foi dito ou pensado no mundo, em todas as questões que nos dizem respeito.” (Matthew Arnold)

[Observatório]Júnior Bonfim

www.juniorbonfim.blogspot.com

AS RUAS

“A decisão confere esperança à sociedade de que é possível derrotar a corrupção [...] A Justiça agiu, como é de seu dever”.Presidente da OAB, sobre a prisão do governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda

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4 Terça-feira, 23 de fevereiro de 2010Página

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GeralFalso diretor apropria-se do Clube Sargento Hermínio

Escritores doam obras a escolas públicas e Biblioteca Municipal

Nós, escravocratas

O Clube Sargento Hermí-nio (CSH), fundado em 1959 pelos suboficiais e sargen-tos 4º BEC e, atualmente, pertencendo aos suboficiais e sargentos do 40º Batalhão de Infantaria – 40º BI encontra-se sob a apropriação indébita de um falso diretor, o 3º sargento reformado João Bezerra(foto) que, após a sucumbência da diretoria, agarrou-se ao mesmo, com unhas e dentes e o mantém como propriedade sua. O Clube Sargento Hermínio vem funcionando sob o mais completo estado de irregula-ridade, sem possuir um único diretor, e submetido a um re-gime ditatorial imposto pelo sargento João Bezerra, que

se intitula “presidente” dessa entidade e, sozinho, compõe sua “diretoria”.

A postura ditatorial do sargento Bezerra afastou do clube, não apenas os milita-res do 40º BI, que optaram por uma área de lazer dentro do próprio quartel, mas tam-bém os inúmeros militares da Reserva, sócios do clube, que deixaram de freqüentá-lo e de pagar contribuições por não suportarem a pessoa do falso diretor.

A par dessas irregulari-dades, o sargento Bezerra conduz o CSH ao arrepio das leis trabalhistas, sem registrar empregados nem recolher contribuições ao INSS e FGTS e cumprir

outras obrigações. O CSH se encontra irregular também perante a Secretaria da Fa-zenda Estadual desde 2002, por exclusão do cadastro. Por sua vez os negócios do clube, como a compra e venda de bebidas, contratações artísti-cas, programação, resultado financeiro de bilheteria e bar, tudo corre sob a mais ampla nebulosidade, comprome-tendo até mesmo o nome da Organização Militar do Exér-cito aqui sediada – o 40º BI.

A documentação do CSH se resume apenas ao CNPJ, no qual consta como ativi-dade econômica principal a “atividade de associação de defesa de direitos sociais”, além de um duvidoso e

questionável alvará de fun-cionamento fornecido pela Prefeitura Municipal. Este alvará é duvidoso e ques-tionável porquanto só pode ser expedido mediante a apresentação de uma série de documentos probatórios que o CSH não possui ou não tem condições de apresentar.

Não bastasse tanta irre-gularidade, o CSH promove festas de forró às sextas-feiras e domingos e, aos sábados e outros dias da semana o clube é alugado para realização de eventos de natureza social. Por ser localizado em área residen-cial, o barulho de suas festas de forró, que se estendem até as 02hs da madrugada,

deixa meia cidade sem poder dormir, e leva ao desespero as pessoas que residem mais próximas ao clube. A manu-tenção da regularidade dessas festas de forró, há três anos vem causando a perturbação do sossego público, defini-da no Artigo 42 da Lei das Contravenções Penais e em outras leis ambientais.

Faz-se urgente um freio na esculhambação imposta à cidade de Crateús, da inteira responsabilidade do sargento João Bezerra, falso diretor do Clube Sargento Hermínio. O caso é de polícia, uma vez que envolve falsidade ideoló-gica, estelionato, apropriação indébita, além de perturba-ção do sossego público. A

sociedade de Crateús espera que o comando do 40º Ba-talhão de Infantaria, com o qual o CSH possui estreitos laços, conheça os estatutos daquele clube e sinta como ele vem sendo conduzido ao seu total arrepio e, sobremo-do, das nossas leis, e tome um posicionamento. Acredi-tamos seja este o seu papel.

Há exatos cem anos, saía da vida para a história um dos maiores brasileiros de todos os tempos: o pernambucano Joaquim Nabuco. Político que ousou pensar, intelectual que não se omitiu em agir, pensador e ativista com causa, principal artífice da abolição do regime escravocrata no Brasil.

Apesar da vitória conquista-da, Joaquim Nabuco reconhe-cia: “Acabar com a escravidão não basta. É preciso acabar com a obra da escravidão”, como lembrou na semana passada Marcos Vinicios Vi-laça, em solenidade na Acade-mia Brasileira de Letras.

Mas a obra da escravidão continua viva, sob a forma da exclusão social: pobres, especialmente negros, sem terra, sem emprego, sem casa, sem água, sem esgoto, muitos ainda sem comida; sobretudo sem acesso à educação de qualidade.

Ainda que não aceitemos vender, aprisionar e condenar seres humanos ao trabalho forçado pela escravidão – mesmo quando o trabalho escravo permanece em di-versas partes do território brasileiro –, por falta de quali-ficação, condenamos milhões ao desemprego ou trabalho humilhante.

Em 1888, libertamos 800 mil escravos, jogando-os na miséria. Em 2010, negamos alfabetização a 14 milhões de adultos, negamos Ensino Médio a 2/3 dos jovens. De 1888 até nossos dias, dezenas de milhões morreram adultos sem saber ler.

Cem anos depois da morte de Joaquim Nabuco, a obra da escravidão se mantém e continuamos escravocratas.

Somos escravocratas ao deixarmos que a escola seja tão diferenciada, conforme a renda da família de uma crian-

ça, quanto eram diferenciadas as vidas na Casa Grande ou na Senzala.

Somos escravocratas por-que, até hoje, não fizemos a distribuição do conhecimen-to: instrumento decisivo para a liberdade nos dias atuais.

Somos escravocratas por-que todos nós, que estuda-mos, escrevemos, lemos e obtemos empregos graças aos diplomas, beneficiamo-nos da exclusão dos que não estuda-ram. Como antes, os brasilei-ros livres se beneficiavam do trabalho dos escravos.

Somos escravocratas ao jo-garmos, sobre os analfabetos, a culpa por não saberem ler, em vez de assumirmos nossa própria culpa pelas decisões tomadas ao longo de décadas. Privilegiamos investimentos econômicos no lugar de es-colas e professores.

Somos escravocratas, por-que construímos universida-des para nossos filhos, mas negamos a mesma chance aos jovens que foram deserdados do Ensino Médio completo com qualidade.

Somos escravocratas de um novo tipo: a negação da edu-cação é parte da obra deixada pelos séculos de escravidão.

A exclusão da educação substituiu o sequestro na África, o transporte até o Brasil, a prisão e o trabalho forçado. Somos escravocratas que não pagamos para ter es-cravos: nossa escravidão ficou mais barata e o dinheiro para comprar os escravos pode ser usado em benefício dos novos escravocratas. Como na escravidão, o trabalho braçal fica reservado para os novos escravos: os sem educação.

Negamo-nos a eliminar a obra da escravidão.

Somos escravocratas por-que ainda achamos naturais as novas formas de escravi-dão; e nossos intelectuais e

economistas comemoram minúscula distribuição de ren-da, como antes os senhores se vangloriavam da melhoria na alimentação de seus escravos, nos anos de alta no preço do açúcar.

Continuamos escravocratas, comemorando gestos parciais. Antes, com a proibição do tráfico, a lei do ventre livre, a alforria dos sexagenários. Agora, com o bolsa família, o voto do analfabeto ou a aposentadoria rural. Medidas generosas, para inglês ver e sem a ousadia da abolição plena.

Somos escravocratas por-que, como no século XIX, não percebemos a estupidez de não abolirmos a escravi-dão. Ficamos na mesquinhez dos nossos interesses imedia-tos negando fazer a revolu-ção educacional que poderia completar a quase-abolição de 1888.

Não ousamos romper as amarras que envergonham e impedem nosso salto para uma sociedade civilizada, como, por 350 anos, a escra-vidão nos envergonhava e amarrava nosso avanço.

Cem anos depois da morte de Joaquim Nabuco, a obra criada pela escravidão con-tinua, porque continuamos escravocratas. E ao conti-nuarmos escravocratas, não libertamos os escravos conde-nados à falta de educação.

Em cerimônia realizada no auditório da Secretaria de Educação, no último dia 04 de fevereiro, os escritores padre José Helênio Oliveira, padre Geraldo de Oliveira Lima (Pe. Geraldinho) e Flá-vio Machado e Silva, autores respectivamente dos livros, RASTROS DE UMA CAMI-NHADA, MEMÓRIAS PÓS-TUMAS DE BRÁS CUBAS E LEMBRANÇAS QUE AQUECEM O CORAÇÃO, fizeram significativa doação de exemplares de suas obras às escolas públicas do Muni-cípio e à Biblioteca Municipal Norberto Ferreira Filho.

O evento contou com a presença dos citados autores, do prefeito Carlos Felipe, da secretária de Educação Auri-neide Aguiar, do presidente da Academia de Letras de Crateús, Elias de França, da vereadora Betinha Machado e de seus colegas Lourenço Torres, Adriano das Flores, Paulo Teles e Eudes Oliveira. O secretário de Governo El-der Leitão e o chefe de Gabi-nete Romildo Marçal também prestigiaram o evento, além de elevado número de professo-res e convidados que lotaram o auditório.

O gesto dos autores que doaram exemplares de suas obras sensibilizou o prefeito

Carlos Felipe, que, falando aos presentes, acenou para a criação, por parte da Secretaria de Educação, de um evento para “Exposição de Livros” em local público da cidade, justificando que fazemos ex-posições de animais e de tantas coisas, por que então não fazer de livros? Ao lançar a idéia, o prefeito Carlos Felipe recebeu calorosos aplausos.

Cristovam Buarque - Senador da República

Pe Geraldinho recebe homenagem do prefeito Carlos Felipe

Pe José Helenio homenageado pela sec. de educação Alrineide Aguiar

Flávio Machado recebe placa em homenagem à sua obra, da filha e vereadora Betinha Machado

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5Terça-feira, 23 de fevereiro de 2010 Página

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Cidade

A centenária Raquel de Queiroz escreveu que “a gente pode viver sem em-prego, sem dinheiro, sem saúde e até sem amor, mas sem amigos, nunca”. Dessa assertiva Tarcísio Frota fez seu apanágio. Passou a vida fazendo amigos. E como eram muitos! Apresentado a qualquer pessoa, esta logo ficava com boa impressão do T.F., que sabia ouvir com paciência e só tinha recomendações do que era digno e honesto, sempre de boa fé, cumprindo o precei-to divino do “amai-vos uns aos outros”.

Quando ingressei no Se-minário de Sobral, Tarcísio já havia deixado a batina, mas seu nome estava lá na palestra dos veteranos: “um moço amigo, estudioso, educado, repeitador e res-

ponsável”. Quando os se-minaristas iam a Sobral para visitar uma igreja de Nossa Senhora, passávamos pelo Ginásio Sobralense. Ali ouvi, certa feita, do Jasmo, outra vez do Crisóstomo: “Aquele acolá é o Tarcísio Frota”. Edson Urano, que no giná-sio alternava o 1º lugar com TF, disse-me jamais haver notado qualquer esforço do Tarcísio para suplantá-lo nas notas, talvez para não perder o amigo.

Nas matinais e tertúlias dos já extintos Clubes Mas-sapeense, Comercial e Qui-xadaense, ele era sempre o amigo solidário disposto a relevar as faltas e até a pagar a conta do Ron Montilla. Jamais vi o Tarcísio zangado ou abrindo uma confusão. Pelo contrário, era o amigo insubstituível da “Gang”

do final da década de 1950, formada também por este escriba, Batista, Renato, Amando, Queiroz, Edilson, Deusdedit, Álvaro, Raimun-do Morigerado e outros acadêmicos que vivemos o tempo feliz dos mambos e boleros.

Pois esse Tarcísio, tão bom, tão puro e tão amigo – que foi também excelente esposo e pai extremoso, sempre a serviço de seus familiares – partiu defini-tivamente a 15 de janeiro deste ano novo, deixando um oceano de lembranças e saudades em sua família e nos inumeráveis amigos de Sobral e Fortaleza. Que Jesus Cristo te receba na Casa do Pai, amigo Tarcísio Frota!

Artigo F. Silveira Souza

Requiem para um amigo

Notas de falecimento

Com pesar, anunciamos a morte de Maria Dalva Moreira do Bonfim, 88 anos, natural de Crateús, reli-

giosa, mais conhecida por irmã Estelita Bonfim, da Congregação das Filhas de Santana, à qual serviu por longos 60 anos. Irmã Estelita residia no Colégio Rosa Gatorno, no Recife, onde faleceu no último dia 15 de fevereiro. Era a irmã mais nova do saudoso padre Bonfim. Foi sepultada no mausoléu da Congregação, no Cemitério Santo Amaro, na capital pernambucana.

Vítima de AVC ; faleceu em Fortaleza, sábado, dia 20, o empresário do ramo gráfico Rui Simões dos Santos, natural

de Cajazeiras-PB, 73 anos. Rui chegou a Crateús em 1956 para gerenciar o Armazém Humaitá de Tecidos, empresa de José Meireles com matriz em Fortaleza. Em 1958 casou-se com Maria de Lourdes Bezerra de Lima (Lurdinha), que deixa viúva e com quem teve os filhos Cândido, Paule-an, Rui Filho, Paulo Helmut e Victor. Seu corpo foi velado na Funerária Ethernus e sepultado no Cemitério Parque da Paz, no domingo, com grande acompanhamento.

A guia de trânsito animal (GTA) é um documento fe-deral, de emissão obrigatória tanto para trânsito intra-estadual como interestadual de animais vivos (exceto cães e gatos), ovos férteis e outros materiais de multiplicação. Este documento permite ao serviço de defesa agropecuária acompanhar a movimentação de animais, evitando assim a introdução de enfermidades que possam colocar em risco a população ou causar preju-ízos aos produtores. Por esse motivo a Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Ceará – ADAGRI está in-tensificando a fiscalização do trânsito nas barreiras fixas e móveis, com o objetivo de controlar a movimentação de animais.

Para retirar o documento, os criadores devem procurar o escritório da ADAGRI, EMATERCE ou Prefeituras Municipais conveniadas em que servidores estão sendo capacitados para emitirem a guia. No dia 09 de fevereiro do presente ano, técnicos da

Prefeitura Municipal de Novo Oriente foram capacitados para a emissão de GTA, isso facilitará o acesso do produtor para a retirada do documento, já que anteriormente ele teria que se deslocar até a sede da

ADAGRI em Crateús para a emissão da guia.

É bom lembrar que, quem transportar ou comercializar animais sem a GTA está su-jeito à multa e pode ter sua carga apreendida.

Representantes dos empre-sários disseram ao presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), serem contrários a redução da jor-nada de trabalho das atuais 44 horas para 40 horas se-manais como prevê proposta de emenda Constitucional (PEC), em tramitação na Casa. As centrais sindicais, por sua vez, ameaçam fazer greve em todo País para pres-sionar a aprovação da medida no Congresso.

Para o presidente da Confe-deração Nacional da Indústria (CNI), deputado Armando Monteiro Netto (PTB-PE), aprovar a proposta nesse ano é eleitoreiro. Segundo Monteiro Netto, a crise que o Brasil passou no ano passado não permite que a indústria assuma mais gastos para pro-duzir com a redução da carga horária, calculada em torno

de 2%. Ele acredita que essa redução da jornada de traba-lho causará um impacto forte no setor, que poderá gerar desemprego.

Para Monteiro Netto, essa proposta precisa ser melhor debatida e não pode ser uma regra geral para todo o País, tem que ser levado em conta as diferenças regionais. Se-gundo ele, muitas indústrias, na prática, já adotam uma carga horária menor, mais tor-nar a medida obrigatória seria drástico para a indústria.

O vice- presidente da Fe-deração das Indústrias de São Paulo (Fiesp), Roberto Della Manna diz que os empresários não podem aceitar a redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais. “Não há possibilidade nem mesmo de haver uma redução gradativa, a cada ano”, disse o dirigente da Fiesp.

GREVEAs centrais sindicais, por

sua vez, aumentam a pres-são e ameaçam fazer greves em todo o País para forçar a Câmara dos Deputados a aprovar a PEC.

Os representantes dos tra-balhadores dizem que estão dispostos até a negociar uma forma gradativa para reduzir a jornada para 40 horas. Como muitos parlamentares, eles avaliam que, se a proposta for ao plenário, não haverá dificuldades em ser aprova-da, já que ninguém quer ter o desgaste político de ficar contra a medida em um ano de eleição.

Temer disse que vai conti-nuar negociado com os dois lados busca de um entendi-mento que viabilize a votação da PEC. “Temos que ouvir os dois lados”.

O Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socio-econômicos (Dieese) divulgou nota em que defende a aprova-ção, pelo Congresso Nacional, da Proposta de Emenda à Consti-tuição (PEC) que reduz a jornada de trabalho de 44 horas para 40 horas semanais. A instituição corrobora com pesquisas e nú-meros a tese de partidos como o PDT e o PCdoB, para quem a iniciativa não trará prejuízos à competitividade das empresas brasileiras nem representará aumento no custo de produção. “O custo com salários no Brasil

é muito baixo quando compara-do com outros países. Assim, a redução da jornada de trabalho não traria prejuízos às empresas brasileiras”, afirma a nota.

De acordo com o Dieese, o custo horário da mão-de-obra manufatureira no Brasil é de US$ 5,96, valor muito inferior ao pago a trabalhadores da Ale-manha (US$ 37,66) ou do Reino Unido (US$ 29,73). “O peso dos salários no custo total de produ-ção no Brasil é baixo, em torno de 22%. Uma redução de 9,09% na jornada representaria um aumento no custo total da pro-

dução de apenas 1,99%”, atesta a instituição. O Dieese recomenda que, junto com a redução da jornada, seja aprovada medida que coíba e limite a utilização de horas extras. “O fim das horas extras teria um potencial para gerar cerca de 1 milhão de postos de trabalho“, afirma.

Dieese conclui a nota apostan-do que a iniciativa “provocaria um círculo virtuoso na econo-mia”, por meio da ampliação do emprego, aumento do consumo interno e melhoria da competiti-vidade do setor produtivo.

A importância da Guia de Transito Animal – GTA

Proposta prevê redução de jornada 40 horas semanais

DIEESE defende jornada de trabalho de 40 horas semanais

PRODUÇÃO

Em um dos raros momentos de união na crise do mensalão do DEM, políticos do governo e da oposição, dos Poderes Executi-vo e Legislativo trabalham para evitar a intervenção no Distrito Federal.

As motivações são diversas, mas todos têm um objetivo em comum: evitar o desgaste de entregar o governo a um inter-ventor federal, medida inédita desde a redemocratização.

Para a Procuradoria-Geral da República, autora do pedido, a política distrital está contamina-da, incluindo o vice-governador Paulo Octávio (DEM), que as-sumiu o governo desde a prisão de José Roberto de Arruda (sem partido), e a instância que deve-ria investigar as irregularidades da Câmara Legislativa.

Hoje o centro das atenções é a Câmara, uma vez que o presi-dente Wilson Lima (PR), amigo

de Arruda, seria o próximo da linha sucessória. Há quem defenda cassar três distritais: Leonardo Prudente (sem par-tido), Eurides Brito (PMDB) e Júnior Brunelli (PSC), filmados recebendo dinheiro.

Essa seria uma maneira de convencer o Supremo Tribunal Federal (STF) de que a Câma-ra não está comprometida e, portanto, que a intervenção é desnecessária. O pedido da Pro-curadoria ocorreu, no mesmo dia da prisão de Arruda, e não tem prazo para ser analisado.

Outros cinco deputados in-vestigados pediriam afasta-mento. Os distritais também prometem abrir o processo de impeachment contra Arruda. A missão de punir os distritais está no colo do deputado Raimundo Ribeiro (PSDB), ex-secretário de Arruda.

Há ainda setores da área ju-

rídica contra a intervenção. A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), por exemplo, antes favo-rável à medida, diz agora que ela pode ser “um remédio amargo demais”.

Pela Lei Orgânica do DF, Wilson Lima e o vice da Câmara Legislativa Cabo Patrício (PT) poderiam assumir o governo. Para a Procuradoria, porém, a linha sucessória é ilegal ao incluir o vice.

A intervenção é vista com relutância até mesmo dentro do governo federal, que nomearia o interventor. Em nome de Paulo Octávio, a Procuradoria-Geral do DF fará a defesa no Supremo contra a intervenção.

Também investigado no caso do mensalão do DEM, Paulo Octávio está numa situação delicada no governo e já cogita renunciar ao cargo.

Oposição e governo tentam evitar intervenção federal

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6 Terça-feira, 23 de fevereiro de 2010Página

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RegionalInforme Publicitário Monsenhor Tabosa

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A COMDEC (Coordena-doria Municipal de Defesa Civil) realizou, no último dia 28 de janeiro, no Auditório do CRAS, a I Conferência Muni-cipal de Defesa Civil. O tema foi: Defesa Civil – Prevenção e Assistência Humanitária – Por uma Ação Integral e Contínua.

O evento contou com a participação de diversas ins-tituições públicas e sociedade civil: igrejas, sindicatos, asso-ciações comunitárias, secre-tários municipais, Conselho Tutelar, Policia Militar, Corpo de Bombeiros da região, vere-adores, dentre outros.

O chefe de Gabinete da Prefeitura Municipal, Antonio Sampaio de Araújo, compare-ceu ao evento representando o prefeito. José Araújo Souto, que se encontrava em Fortale-za a serviço da administração municipal.

O principal objetivo da I Conferência foi a escolha de delegados para a Conferência de Defesa Civil Estadual que acontecerá neste mês e, pos-teriormente, a Conferencia Nacional a ser realizada no pólo de decisões do País - Brasília.

Outro objetivo da I Confe-rência é o estreitamento das relações entre a Defesa Civil e a sociedade que deve ser capacitada para saber como agir em caso de eventuais necessidades.

Ressaltar que a atual com-

posição da COMDEC no município foi criada pela Lei municipal n° 57 de 25 de ou-tubro de 2009 e tem a seguinte composição: □ Alberi Brandão de Sousa: presidente; secretá-rio executivo: Gerardo Leitão Melo; Cléa Teixeira Rodrigues – representante da Ação So-cial; Antonio Fernando Rodri-gues de Souza – representante da Federação das Associações Comunitárias; Gerardo Mar-ques Ribeiro e Antônio de Pinho Melo – representantes da Câmara Municipal; Fran-cisco José de Araújo de Melo – representante do Banco do Brasil; Murilo Sérgio Caval-cante de Sá – representante dos Correios; Josafá Brandão de Sousa – representante da Secretaria de Obras; Antonia Claudino Silva Gomes – re-presentante do Sindicato dos Servidores Públicos; Maria Onete Cardoso da Silva – re-presentante do Sindicato dos Trabalhadores Rurais; Jairo Araújo da Silva e José Maria Freitas Furtado – Represen-tantes da FUNASA.

O presidente Alberi Bran-dão fez uma exposição das ações realizadas pela COM-DEC desde a sua instalação no município, em 10 de junho de 2009, citando como exemplo a entrega de 600 cestas básicas a famílias carentes afetadas pelo excesso de chuva na sede do Município, e 300 cestas bási-cas no interior do município. Citou, ainda, a recuperação de

trechos de estradas vicinais no interior do município que fo-ram atingidos pelas chuvas.

O representante do Corpo de Bombeiros, ten. Prado, palestrante oficial da I Con-ferência, e Coordenador Re-gional da Defesa Civil, Sertão dos Inhamuns, advertiu sobre a importância da defesa Civil está sempre preparada para atuar em situações inespera-das, como em casos de resgate e salvamento de vidas, mas principalmente na preven-ção de acidentes. Segundo ele as ações da Defesa Civil são uniformes, ou seja, são padronizadas para todas as situações.

O tenente Prado ressaltou a importância da participação da sociedade na prevenção destes acidentes que devem sempre ser comunicados às autoridades responsáveis; riscos de desabamentos de casas, de pontes, enchentes, arrombamento de açudes, etc. pois, ninguém melhor que os moradores de determinada área ou região para conhecer a realidade.

O Tenente também falou sobre o violente terremoto ocorrido recentemente no Haiti. Segundo ele, o terre-moto de 7,2 graus na Escala Richter equivale a 30 bombas de Iroxima. Disse ainda que, se não fossem as ajudas hu-manitárias partindo de todo o mundo, cerca de 80% da população do País não sobre-

O Município de Indepen-dência, localizado na região dos Sertões de Crateús, a 309 quilômetros de Fortaleza, vive um novo tempo; de constru-ção, conquistas e de desafios. A marca da administração municipal “construindo In-dependência” é observada em todos os setores, quer na sede municipal, quer nos distritos no município, onde o trabalho do prefeito Valdi Coutinho coloca o município Indepen-dência na trilha do progresso. Valdi Coutinho foi escolhido entre os 30 melhores prefeitos do Ceará.

Obras de infra-estrutura; programas educativos, sociais, de saúde e ambientais enchem de orgulho a quem conhece a gestão do prefeito. Há três anos, a nova administração tem impulsionado o progresso de independência. Além das ações realizadas nessas áreas, há ainda a apreciar o processo de pagamento que é mantido rigorosamente em dia para com os funcionários.

Com responsabil idade,

competência, austeridade e amor ao município, Valdi segue firme na administração “construindo independência”. O resultado das múltiplas ações por ele implementadas com sua equipe, são visíveis e refletem a credibilidade que o município reconquistou junto à população, e ao comercio local.

São animadores os indi-cadores de investimentos realizados na área da agricul-tura, fortalecendo a atividade agrícola. O reconhecimento do seu trabalho surge a cada ação e iniciativa, todas com provas concretas de que boa vontade, honestidade e dedi-cação garantem prosperidade, desenvolvimento e qualidade de vida.

Independência é uma cidade limpa, saudável, organizada, de gente simples e festeira. A prefeitura já entregou a popu-lação um elenco de obras. Na educação, destacam-se a cons-trução, reforma e ampliação de escolas, professores capaci-tados, transporte escolar com

mais um ônibus que foram entregues, em fortaleza pelo governador, no último dia 05, mais segurança e merenda de qualidade. A secretaria de Educação mantém biblioteca, estação digital e projetos de horta escolar.

Outro diferencial da admi-nistração do prefeito Valdi é o pagamento em dia de todos os fornecedores e a manutenção da máquina pública. Fopram adquiridos mais três veículos,. A conservação de estradas vicinais, o alargamento e du-plicação da estrada que liga Independência a Tranqueiras melhorou, em definitivo, o es-coamento da safra. Modernas luminárias foram implantadas, sistemas de abastecimento d’água foram construídos, cemitérios foram ampliados e recuperados. Postos de saúde foram recuperados e em bre-ve, será construído o Posto de Saúde de nova Olinda, e mais 1 PSF na Rua da Placa. Estas e outras iniciativas são exem-plos de que a administração valoriza o cidadão e zela pela

cidade.

Saúde é prioridade na administração

A Saúde é outro setor de destaque na administração municipal de Independência, que vem desenvolvendo im-portantes atividades, seguindo as diretrizes traçados pelo secretário Elicio Gonçalves, ( Elicinho) . Uma das principais ações que deverá ser indicada em 2010 é a reforma do Hos-pital Municipal Coronel João Gomes Coutinho, cujo pro-jeto já se encontra aprovado pela Secretaria Estadual de Saúde (SESA) e Vigilância Sa-nitária. “ Sem essa aprovação as obras não saem do papel”, disse o secretário.” “Agora, eu e o prefeito Valdi Couti-nho seguiremos à Brasília, juntamente com o deputado Federal Eunício Oliveira e o presidente da Assembléia Legislativa do Ceará, Domin-gos Filho, objetivando obter os recursos necessários para iniciar os trabalhos” disse, Elicinho.

Ações de menor porte, mas de fundamental importância para a saúde da população é a ampliação do número de pos-tos do programa de Saúde da Família (PSF). Hoje o municí-pio conta com sete unidades do tipo, mas, a partir de janeiro de 2011 serão inaugurados os PSF do bairro Placas e da localidade de Várzea Gran-de. Ainda para 2010, estão previstas as inaugurações do Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF), e do Centro de Apoio Psicossocial (CAPS), para intensificar e melhorar ainda mais a qualidade de vida dos munícipes. O município já conta com atendimento nas seguintes especialidades: Otorrinolaringologia, Uro-logia, Dermatologia, Terapia Ocupacional e cardiologia As ações vem se refletindo no to-tal de atendimentos realizadas em todas as unidades de saúde espalhadas pelo município. Somente até setembro últi-mo foram realizadas 13.959 consultas médicas, 19.176 consultas de enfermagem,

1.044 procedimentos de pre-venção do câncer de colo uterino, 9.325 atendimentos odontológicos e 61.689 visitas domiciliares. “Temos traba-lhado ininterruptamente com o objetivo de oferecer saúde de qualidade à população. O deputado Domingos Filho acenou com uma ambulância nova para a cidade e a constru-ção de uma unidade de saúde na localidade de Nova Olin-da. Ele se comprometeu em auxiliar na obtenção dos re-cursos necessários para essas conquistas. Estou visitando neste mês de fevereiro todas as localidades, para ouvir o nosso povo e aplicar de forma participativa os recursos mu-nicipais. Gostaria de destacar o bom momento da Secretaria de Ação Social do Município, pelo trabalho no Centro de Referencia da Assistência Social, com varias atividades com crianças, jovens e pes-soas da terceira idade, como palestras, acompanhamento familiar e outras”, completou Valdi Coutinho.

Monsenhor Tabosa realiza I Conferência Municipal de Defesa Civil

Ação Social promove II Carnaval da Melhor Idade

Independência faz retrospectiva

viveriam.Também foi sugerida a

construção de passagens mo-lhadas, calçamento em ladei-ras, a criação de um fundo financeiro pelo município para ser utilizado quando ne-cessário, fiscalizar as constru-ções irregulares nas margens de rios, riachos e lagoas, curso de primeiros socorros para representantes dos distritos, motoristas de ambulâncias, líderes comunitários e outros; conscientização e preven-ção contra queimadas ilegais; construção de casas populares para pessoas que residem em áreas de riscos.

Foram escolhidos para re-presentar o município na conferencia estadual de De-fesa Civil o Presidente da COMDEC – Alberi Brandão,

sub secretário de Recursos Hídricos, professor Assis Barbosa, e a senhora Maria Onete Cardoso representando a Sociedade Civil.

A Prefeitura Municipal de Monsenhor Tabosa através da Secretaria de Ação Social promoveu, no último dia 05 de fevereiro, a segunda edição do “Carnaval dos Idosos”, destinado ao grupo da melhor idade de todo o município.

A festividade contou com um bom número de adeptos que compareceram ao auditório do CRAS (Centro de Referencia Assistência Social), para se divertirem no ritmo das tradi-cionais marchinhas carnavalescas, executadas pela banda de música da Secretaria Municipal de Cultura, Turismo e Desporto. Fantasiados, alegres, irreverentes e com muita disposição, o grupo fez valer a condição da Melhor Idade, caindo na folia e mostrando que também sabem brincar carnaval. Durante o evento houve ainda a escolha da Rainha e Rei Momo 2010.

Além da presença da secretária de Ação Social, Cléa Teixeira, estiveram presentes a secretária de Cultura Sinhá Régia, vereador Gerardo Ribeiro, vice-prefeito João Souto Rodrigues (Joãozinho), chefe de Gabinete Toinho Sampaio e a coorde-nadora do CRAS Silvia Jorge.

Integrantes da Conferência da Defesa Civil de Monsenhor Tabosa

Mulheres da 3ª idade, animadas, participam do Carnaval

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7Terça-feira, 23 de fevereiro de 2010 Página

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RegionalInforme Publicitário Novo OrienteInforme Publicitário Tauá

Informe Publicitário Ararendá

O Governo Municipal de Tauá promoveu uma aula de cidadania com a culminância do projeto Educando para o Trânsito. Na manhã do dia 30 último, o Ginásio Poliespor-tivo Júlio Rego ficou lotado com o comparecimento em massa dos cursistas apro-vados. O projeto capacita pessoas de todas as idades que possuam dificuldades na leitura e escrita, preparando-as para os exames de habilitação ao DETRAN.

Nas 35 salas espalhadas por todos os distritos e bairros, os 1260 estudantes se preparam, durante 4 meses, para fazer os exames e obter a carteira de motorista para as atividades

do dia-a-dia. O Presidente da Assem-

bléia, Dep. Domingos Filho, idealizador desse projeto, prestigiou a solenidade e ainda presenteou juntamente com o Prefeito Odilon Aguiar os 5 melhores alunos de cada tur-ma com um capacete, totali-zando 175 capacetes. Domin-gos Filho anunciou que teve a garantia do Superintendente Estadual do DETRAN, João Pupo, que no mês de feverei-ro, a Comissão de Habilitação daquele órgão virá a Tauá para a 1ª etapa dos exames para esses candidatos.

O Presidente da AL propôs ainda realizar um aulão de revisão do conteúdo dado

durante o curso poucos dias antes da vinda da comissão e se comprometeu em doar uma moto zero km para ser sorte-ada entre os alunos do Curso Educando para o Trânsito.

Participaram ainda da so-

lenidade, a ex-prefeita Patrí-cia Aguiar, Domingos Neto, Padre Denílson, vereadores, secretários municipais e de-mais lideranças políticas e comunitárias do Município de Tauá.

“BLOCO SAI DO MEI KI É NÓS “

As atividades carnavalescas de Ararendá tiveram início no dia 06 de fevereiro na Chur-rascaria Corrupião, ao som do Paredão do Valcélio, de Nova Russas, caracterizando o pré-carnaval da cidade e sinalizando a animação do trí-duo momino. Foi a excelente a participação de foliões, não apenas da cidade, mas vindo de cidades vizinhas e do interior. O prefeito José Adriano e a primeira dama Andréa Aguiar também pres-

tigiaram o evento. Presentes à animação da folia de carnaval, as vereadoras Djinha Lopes, Fábia Marques e Chaguinha Hora, e o chefe de Gabinete Paulo Gervânio.

A organização do Pré-Car-naval contou com a equipe do bloco carnavalesco “Sai do Mei Ki é Nós”: Emanuel, José Felício, Messias Brito, Júnior Garboso e do asses-sor de comunicação Inácio Vieira, e contou também com o apoio da Prefeitura de Ararendá e Secretaria de Cultura.

A Secretaria de Cultura e Des-porto de Ararendá, em parceria com a Secretaria de Cultura do Ceará – SECULT recebeu, no último dia 03 de fevereiro, todo o material do Projeto Agentes de Leitura do Ceará destinado ao município. O evento de entrega de material teve lugar na sala de reuniões da Secretaria de Cultura e Desportos, e contou com a pre-sença do assessor de Imprensa da Prefeitura Inácio Vieira, do chefe de Gabinete Paulo Gervânio, que representou o prefeito Zé Adriano, e Emanuel Alves, que representou a Secretaria de Cultura.

O Prefeito de Novo Oriente Rodrigo Coelho Sampaio e o de-putado Estadual Nenen Coelho, têm uma preocupação constante com as inundações causadas por invernos rigorosos ocorridos não só no município, mas em todo o Estado. Atendendo aos reclamos populares, é com tal preocupação que, juntamente com o secretário de Obras e In-fra-estrutura, Gerardo Bonfim, vem desenvolvendo no municí-pio um trabalho de drenagem do principal Riacho que corta a cidade. Durante o período invernoso a cidade fica alagada quando ele transborda, deixando a população apreensiva, sendo a causa do problema o aterramen-to quase por completo do seu leito. Para atender tal demanda, a Prefeitura fez locação de uma escavadeira hidráulica a fim de que seja feita a desobstrução do

leito do referido riacho. Em continuidade aos traba-

lhos de recuperação dos estragos causados durante o período invernoso, o Prefeito Rodri-gão, com o apoio do deputado Nenen Coelho, e a Secretaria de Obras, vêm desenvolvendo trabalhos de recuperação da malha viária municipal que, praticamente, deixou sem acesso algumas localidades. Esse traba-lho tem sido uma constante do gestor municipal que pensa no bem estar de sua população. O trecho de 7km de Emaús a Ga-meleira, foi apiçarrado; da sede a Cavaco 6 km; da sede a Morada Nova 7 km; e de Barriguda a Lagoa dos Neres 12 km, além de outras estradas do município, cujos trabalhos de recuperação são executados com trator de madal e patrolagem.

A Prefeitura Municipal de Novo Oriente através da Secretaria de Trabalho e Empreendedorismo realizou, no dia 15 deste, um curso para fabricação de vassou-ras ecológicas, utilizando a garrafa pet como matéria prima. O objetivo do curso foi a capacitação de 25 ho-mens e mulheres visando à qualificação profissional e a formação de grupos solidários dos membros da comunidade, prevendo a contribuição para redução e melhor aproveitamento de resíduos sólidos e uma maior consciência ecológica. A Se-cretária e Professora Mazinha está muito satisfeita com o

resultado deste curso, pois a Prefeitura irá colocar em funcionamento a Fábrica de Vassouras Ecológicas. Para tanto, o prefeito já adquiriu os equipamentos necessários para o empreendimento, tais como kit de convenção de vassouras, prensas, furadei-ras, bancada, kit lixadeira, guilhotina, arco de serra, prensa para vassourinhas de banheiro, martelos, óculos de proteção, luvas de proteção, cabos de madeira e cambo-tas. Este projeto alcançou grandes índices de sucesso principalmente pela questão ecológica e pela geração de emprego e renda em Novo Oriente.

Curso de vassouras ecológicas da garrafa pet

Tauá dá exemplo de cidadania com o Educando para o Trânsito

Projeto Agentes de Leitura chega a Ararendá

Máquinas iniciam trabalhos de drenagem

“Tomei conhecimento das declarações do Gilberto Carvalho, uma das pessoas mais próximas do presidente, dizendo que não há, em absoluto, veto ao meu nome”Michel Temer - Presidente do PMDB

Prefeito Odilon Aguiar no evento de capacitação para o DETRAN

Inácio Vieira recebe material para projeto Agentes de Leitura

Retro-escavadeiras executam a drenagem no riacho que corta a cidade

Prefeito Zé Adriano com foliões do bloco Sai do Mei Ki é Nós

Participantes do curso para fabricação de vassouras ecológicas

[CARTAS]Ausente de minha terra des-

de adolescente, e a milhares de quilômetros de distância, acompanho o dia-a-dia de Crateús através da Gazeta do Centro-Oeste, um jornal não só informativo e opinativo, mas, sobretudo, cultural e utilitário.

Vejo, a cada edição, uma coluna na página 15, assinada

pelo médico Ariel Scafuri, sobre a saúde do homem. Reputo da maior importância a orientação que este médico transmite sobre problemas urológicos, e o aconselha-mento a que ele nos leva. São tantas coisas que nós não damos importância, mas que ele explica com grande conhecimento e muita natu-

ralidade, que passei a adquirir novos hábitos. Acho até que esse médico deve ser um professor de medicina, tal a segurança que transmite a nós homens com a sua abalizada orientação.

Quero parabenizar este jor-nal pela publicação da coluna Gazeta Saúde, fazendo votos para que ela se mantenha com

o mesmo colunista, como acontece com outros. Quero também parabenizar o grande médico Ariel Scafuri e dizer que o nosso Ceará precisa de muitos profissionais ao seu nível.

José Martins Torres Ara-gão

Boa Vista - RR

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8 Terça-feira, 23 de fevereiro de 2010Página

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Carnaval 2010Melhor Carnaval da história de CrateúsCarnafolia 2010

Crateús realizou em 2010 o melhor Carnaval da sua histó-ria. Não apenas o melhor, mas também o mais seguro, o mais tranqüilo e o que envolveu os menores gastos. Com a mu-dança do Corredor da Folia para a Avenida Sargento Her-mínio, em função da reforma da Praça Antônio Arcelino, a freqüência de pessoas du-rante os quatro dias de folia foi calculada acima de 20 mil espectadores por cada noite. A experiência da mudança de local para concentração da fo-lia surpreendeu a organização do Carnafolia/2010 e alertou a administração pública mu-nicipal para que o Carnaval seja repensado no próximo ano. A repetitiva apresenta-ção anual dos blocos Tykerê e Mandacaru Beleza, em que pese a performance de ambos, já não está mais agradando a exigência do público que em larga escala comparece ao Corredor da Folia. Em mais

uma alternância de títulos durante 14 anos, a comissão julgadora assegurou ao bloco Mandacaru Beleza mais um para a sua coleção, o de Cam-peão do Carnafolia 2010.

Os quatro dias de Carnaval transcorreram sem registro de qualquer ato de violência ou desordem que exigisse a mobilização do esquema de segurança montado. Com a definição dos locais onde os paredões de som poderiam se exibir, limitados à Praça Luiza Passos e à Avenida Sargento Hermínio, a cidade viveu dias de tranqüilidade, pois a ordem judicial foi a de tolerância zero para os paredões de som fora dos locais permitidos.

A Prefeitura Municipal de Crateús participou do amplo esquema montado com os órgãos de segurança, envol-vendo Polícia Militar e Ronda do Quarteirão, Polícia Civil e Guarda Municipal, Corpo de Bombeiros, Secretarias

de Governo e de Educação e Cultura, de Saúde e As-sistência Social e de Infra-estrutura.

A tendência do prefeito Carlos Felipe foi a de pres-tigiar ao máximo as bandas musicais da terra, mostrando que elas também sabem fa-zer um bom carnaval. Como exemplo, tivemos a apresenta-ção da banda “Os Sombras”, recém-formada, que se tor-nou revelação do Carnafolia 2010. Na noite de terça-feira, “Os Sombras” resgataram os antigos carnavais, tocando e cantando para uma incalcu-lável multidão postada em frente ao palco, agradando em cheio com a execução de inesquecíveis marchinhas carnavalescas dos carnavais de todas as épocas, que reper-cutiam ao longo da Avenida Sargento Hermínio, levando a multidão a uma animação total.

Bloco alternativo os Inkomuns que desfilou no corredor da folia

Porta-bandeira e mestre-sala do bloco campeão Mandacarú Beleza

Destaque do bloco Mandacarú Beleza mostrando graça e sensualidade

Umas das bandas musicais que animaram o Carnaval no corredor da folia na Av. Sargento Hermínio

Canarvalesco exibindo sua rica fantasia Foliã exibindo sensualidade na passarela Prefeito Carlos Felipe exibe e sua popularidade em meio aos foliões

“Única pessoa que não tem moral para falar da Dilma, e deveria colocar a viola no saco, é Fernando Henrique”.

Ciro Gomes - Deputado (sobre o artigo de FHC criticando Dilma Rousseff)

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9Terça-feira, 23 de fevereiro de 2010 Página

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Carnaval 2010

Cinthia de Romildo Marçal, chefe de Gabinete Gabriela Leitão, Laena Leal e Natasha Viana Antônia de Maria e João Cavalcante Elder Leitão e Nonato Melo Lima

Kátia e Janildo Leal Jô e Francisco Soares Costa Marta Bezerra e Laurendo Costa e filhos Jamil Jorquera, Maria do Carmo e Fernandes Neto

Aline e Moacir Filho Lúcia de Fátima, Moacir Oliveira e Jô Costa Augusto Carvalho, cel. Bezerra e Carlos Felipe Cel. Edivar Azevedo Rocha e cap. Hermilson comandaram a segurança

Maruza e Ernani Pires de Paula Pessoa Francineuda e Daniel Paz Iderlene e Luiz César

Raimundinha, Leonor e Ademário Gusmão

Izauro Machado e Isaías Conegundes Soares

Lindalva e Flávio Machado

Valédio Bezerra e Ernando Leitão

Carolina e Camila Bezerra

Prefeito Carlos Felipe e primeira dama Luciene com o secre-tário de Saúde Diego e Suane Leitão.

Solange e Elder Leitão, secretário de Governo

O Carnafolia 2010, apesar de ter se configurado como o maior Carnaval da história de Crateús, nos camarotes não se repe-tiu a animação de 2009, talvez porque muitos não acreditaram que a mudança de local seria tão benéfica quanto foi.

NOS CAMAROTES DO CARNAFOLIA 2010

Vereadora Betinha Machado e Ernando Leitão reuniram amigos para uma feijoada na terça-feira de carnaval no endereço do Planalto.

Betinha Machado e Ernando Leitão com Luizinho Sales e Aline

Provamos que podemos enfrentar a crise com recursos próprios. Mostramos que temos capacidade, que não é sorte”.

Ministra Dilma Rousseff - Num chega pra lá às provocações de FHC

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10 Terça-feira, 23 de fevereiro de 2010Página

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Política

Após um longo período de equívocos legislativos e de certa omissão por par-te do Congresso Nacional, que retirou das assembléias estaduais a prerrogativa de legislar sobre a organização político-administrativa dos Estados, conquistamos im-portantes avanços no pro-cesso de emancipação de distritos. Ressaltamos, antes de tudo, que a lei recém apro-vada pela Assembléia Legis-lativa do Ceará e sancionada pelo governador Cid Gomes configura-se na mais rigorosa norma do País.

Digo isso porque, além de estabelecer a participação direta da população no pro-cesso de discussão e decisão sobre a emancipação, o que será feito através do plebis-cito, a lei estabelece critérios rígidos para os distritos que se candidatem ao processo de emancipação.

Para que possa iniciar esse processo, os representantes do distrito deverão compro-var uma série de requisitos, tais como: população supe-rior a oito mil habitantes; eleitorado não inferior a quarenta por cento de sua população; centro urbano já constituído, com número de prédios superior a 400; rede de distribuição de energia; sistemas de captação e abas-tecimento público de água potável e disponibilidade para implantação dos sistemas de coleta e disposição final de esgotos sanitários e resíduos sólidos; escolas de educação infantil, ensino fundamental

e médio; posto de atenção primária à saúde e estrutura de atendimento em segurança pública, só para citar alguns desses critérios.

Outro ponto que é preciso esclarecer de forma definitiva está relacionado ao desen-volvimento econômico dos municípios criados. A argu-mentação que fundamenta a legislação federal é baseada em uma falácia de que a cria-ção de municípios prejudica os já existentes. Isso não deve prosperar, ao contrário. A prática tem demonstrado que a elevação de distritos à categoria de município tem sido fator de indiscutível desenvolvimento local, por vários motivos, dentre os quais se destacam a oferta direta ao cidadão de melhores condições dos serviços de saúde, educação, ação social e infraestrutura básica.

Por tudo isso, devemos comemorar o fato de o Ceará partir na frente mais uma vez em uma questão tão relevan-te. E o fez de forma séria, transparente, rigorosa, parti-cipativa e democrática.

Deputado Vanderley Pedrosa ocupa 3ª posição na AL

Rigor e transparência

Professor Teodoro enfatiza importância da educação para o país

Levantamento semestral de dados da Assembléia Le-gislativa do Estado do Ceará de 2009 aponta o Deputado Vanderley Pedrosa (PTB), como um dos mais atuantes. O deputado, no segundo semestre do seu mandato, se constituiu como um dos mais atuantes parlamentares, sendo o terceiro deputado que apre-sentou o maior número de requerimentos ao Plenário 13 de Maio. No exercício do seu primeiro mandato, o Líder do PTB destacou-se como hábil articulador político.

De acordo com o Deputa-do, o ano de 2009 foi de muito trabalho e que fez em prol do povo através de projetos e requerimentos que apresentou na Assembléia Legislativa do Ceará. Foram analisados os recursos destinados a vários municípios e entidades, com participações importantes junto às comissões técnicas da Assembléia e interferência em questões políticas impor-

tantes para o Estado do Cea-rá. Os recursos de emendas totalizaram mais de R$ 2,0 milhões de reais, em obras de infra-estrutura, educação, saúde e o setor produtivo, através de associações rurais, que atenderam a maioria dos municípios de sua base.

O Deputado conseguiu diversos outros benefícios de recursos extra-orçamentais, como tratores para Associa-ções, através da Secretaria de Agricultura. O trabalho feito pelo Deputado em parceria com Prefeitos e líderes co-munitários tornou-o uma das maiores lideranças políticas da Zona Norte, especial-mente em sua cidade, Nova Russas. Ainda em Novas Russas conseguiu recursos e aprovou Projeto de Lei que reconhece a cidade como a capital do crochê no Ceará. Juntamente com o Prefeito Marcos Alberto lutou junto ao governo do Estado pela construção da Escola Técnica

em Nova Russas, cuja ordem de serviço já foi assinada e uniu esforços no sentido de adquirir um prédio para a sede própria do Colégio Estadual Olegário Abreu Memória.

“Sou grato a Deus pela oportunidade de trabalhar pelo crescimento e desenvol-vimento do Estado do Ceará”, disse Vanderley Pedrosa.

Mais um requerimento do Deputado que obteve êxito foi a aquisição de uma am-bulância para o município de Ipueiras. O Deputado refor-çou a importância da aprova-ção desse requerimento para a população da cidade, devido à necessidade deste meio de transporte para transferir pacientes a outros centros avançados.

PRINCIPAIS PROJETOS APRESENTADOS

PROJETO DE LEI RE-CONHECENDO O MUNI-CÍPIO DE NOVA RUSSAS COMO A CAPITAL DO

CROCHÉ DO ESTADO DO CEARÁ. Lei Nº 14.479 de 8/10/09.

PROJETO DE INDICA-ÇÃO Nº 145.09 que propõe ao Governo a instituição de auxílio especial destinado à educação de dependente de servidor estadual de Síndro-me de Down.

LEI N° 14.518, DE 08.12.09 (D.O. DE 11.12.09) Fica ins-tituído no âmbito do Estado do Ceará o Dia Estadual sem Carro, a ser celebrado no dia 22 do mês de setembro de cada ano, objetivando a cons-cientização ambiental.

Segundo o Professor, apesar de a educação ter sido sempre tratada nos discursos oficiais como prioridade, na prática o que se vê é ainda um grande atraso que envolve grande parte de sua população.

O deputado Professor Te-odoro (PSDB) defendeu a importância da educação para o desenvolvimento da população brasileira. Usando a tribuna, ele afirmou que o Brasil ainda é um País que precisa mais do que nunca in-vestir na educação, já que, para ele, o Governo Federal gasta apenas 4,5% do seu Produto Interno Bruto (PIB) com o ensino. “Deveria acompanhar os países mais desenvolvidos que gastam cerca de 12% do PIB. O Brasil necessita,

urgentemente, adotar medi-das para extirpar esse cancro social, que tem efeito devas-tador no seu processo de desenvolvimento.”,ressalta.

Para o parlamentar, o mais importante ponto que preci-sa ser melhorado quando se trata de justiça social, como prioridade para eliminar todos os problemas que estamos enfrentando hoje em dia em nossa sociedade é a Educa-ção.

Na ocasião, lembrou que apresentou em dezembro do ano passado, um projeto de indicação sugerindo a criação do Agente Comunitário de Educação que, segundo ele, faz com que a população seja incluída e entenda que o cami-nho é o apoio a iniciativas pelo

ensino. A função do agente visa combater o analfabetismo juvenil, a repetência e a evasão escolar. “Uma ação gera uma reação, um bom ato liga a outro e a outro e assim por diante. Precisamos combater o analfabetismo juvenil, a re-petência e a evasão escolar, já que são as grandes pragas que ameaçam o futuro de nossas crianças”, revela.

Ele explica que cada equipe será responsável por acom-panhar sistematicamente um determinado número de fa-mílias, com atuação funda-mentalmente junto aos bene-ficiários do Programa Bolsa Família. Conforme o projeto, os profissionais deverão criar um elo de interação entre a escola e a família, onde os

agentes conscientizarão e mobilizarão as famílias para que tenham um papel mais atuante na educação de suas crianças.

De acordo com Teodoro, estes agentes, seriam todos lotados na Secretaria de Edu-cação (Seduc) e seguiriam os seus planos pedagógicos, e teriam uma ação similar aos Agentes de Saúde. “Uma me-dida “simples” para devolver ao aluno o entusiasmo pelos estudos, já que a evasão esco-lar ocorre muitas vezes pela falta de estímulo; outro tópico integrante da proposta seria o reforço escolar”.

Dep. Vanderley Pedrosa

Domingos Filho Presidente da As-sembléia Legislativa do Ceará

Dep. Professor Teodoro

“Até onde eu sei sobre meu pai e as pessoas que o cercam, acredito que ele é o mais bondoso entre eles, porque alguns são muito, muito piores”.Omar Bin Laden - Filho de Osama Bin Laden

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11Terça-feira, 23 de fevereiro de 2010 Página

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CidadeReunião de apicultores em Crateús

Em continuidade ao que foi decidido durante o I Seminá-rio Regional de Apicultura, realizado no mês de Dezem-bro de 2009 no município de Poranga, o Sebrae, através do Escritório Regional de Crateús, realizou no dia 28 de Janeiro de 2010, uma reunião entre grupos e associações de Apicultores dos Municípios do Território da Cidadania Crateús Inhamuns e represen-tantes da OCB - Organização das Cooperativas do Brasil

no Ceará. A reunião contou também com a participação do Sebrae, BNB, FECAP, Prefeituras da região e foi re-alizada na sala de treinamento do Sebrae com a presença de mais de 50 apicultores.

Durante o encontro ficou decidido entre os apicultores que seria formada uma Coo-perativa de Agropecuária na região do Território da Ci-dadania Crateús – Inhamuns que, a princípio, teria como objetivo a comercialização de

produtos oriundos da apicul-tura da região.

Para aprofundamento das discussões sobre a formação dessa Cooperativa foi cons-truído o seguinte cronograma de ações entre os futuros cooperados: Elaboração do Plano de Negócio da Coo-perativa – constando de três oficinas de dois dias cada, nas datas de 11 e 12 de fevereiro, 04 e 05 de março e 17 e 18 de março; Curso de Capacitação sobre Cooperativismo- dias

08 e 09 de abril; Elaboração de Regimento da Cooperativa, dia 03 de maio, e culminando com a Assembléia Geral que será realizada dia 04 de maio de 2010.

Esta ação faz parte do Pro-jeto Desenvolvimento Inte-grado do Território da Cida-dania Crateús – Inhamuns e tem como maior intuito cola-borar com a regulamentação da atividade produtiva com foco no mercado.

Grana pretaChega a exatos R$ 152,001,00 o total da grana que a ex-prefeita

Maria Iranede Veras Rosa, de Nova Russas, terá que devolver aos cofres públicos. É dinheiro recebido do governo federal para cons-trução de sistema de esgoto no município, na administração dela, que não foi aplicado corretamente, segundo o TCU, que a conde-nou. Como ela já recolheu R$ 67,94, falta “apenas” R$ 151.193,04. (Rangel Cavalcante – jornalista)

Ensinamento do mestreDedé de Castro, tarimbado repórter, no riquíssimo convívio da

redação, sempre nos disse que “o Brasil chegou ao ponto que chegou porque nós permitimos”. Ora, é certo que tenhamos uma das mais altas cargas tributárias do mundo? Claro que não. Pode ser consi-derado razoável os pobres e a classe média pagarem mais impostos do que muitos endinheirados? Não, lógico. É justo pagarmos tantos impostos diretos e indiretos e mesmo assim não recebermos a con-trapartida, sendo obrigados a arcar com despesas de educação, saúde e sem direito nem mesmo a segurança? Evidente que não. Então, por que aceitamos tudo isso passivamente, em silêncio, cabisbaixos, submissos, sem esboçar nenhuma reação? Esses políticos indecentes nos desrespeitam, zombam de nós, e já passa da hora de darmos um basta, gritarmos a plenos pulmões: “Chega! Não aceitaremos mais”! (Neno Cavalcante – jornalista)

Dor e ventoA tragédia do povo haitiano transcende qualquer qualificativo.

Difícil para o coração mais blindado não se comover com tanta dor e desespero. A impotência de um país tão miserável, rebo-talho do mundo, não é fruto do destino, mas tem responsáveis. A solidariedade dos que o socorrem, neste momento (e louve-se o papel dos militares brasileiros) não deve obscurecer o fato de que há co-responsabilidade histórica de todos nesse drama, que já era brutal antes do cataclismo. Tanto a antiga metrópole colonial (França), como o vizinho mais poderoso e rico do mundo (EUA) são co-responsáveis historicamente (junto com outros “grandes”), pela perpetuação das estruturas infames, de dominação e explo-ração, que impediram secularmente o povo haitiano de ter acesso aos bens mais elementares da vida. Muito bem vinda e louvável é a solidariedade desta hora, mas se a verdade real não for reconhecida, todo esse ruidoso ruge-ruge terá duração tão efêmera como uma lufada de vento numa paisagem tórrida.

Pôquer IBOPEO presidente do IBOPE, Carlos Augusto Montenegro, está jogan-

do 67 anos de prestígio da marca de seu instituto no pano verde das incertezas eleitorais. Há alguns meses, garante que o PT perderá a eleição presidencial. Faz isso baseado nas pesquisas de seu instituto e na capacidade analítica que acumulou em mais de 30 anos de ser-viço. Astrólogo não precisa fazer pesquisa, e pesquisador não deve cravar previsões. Com o crescimento da candidatura da comissária Rousseff, registrado pela CNT/Sensus, Montenegro acredita que Lula chegou ao teto de sua capacidade de transferir votos. (Isso oito meses antes da eleição e no início formal da campanha). Se acontecer sabe-se lá o que, e o PT vencer, sempre se poderá dizer que Montenegro avançou o sinal. Mas o que se dirá do IBOPE?

No plano dos homens comunsSobre as conversas com o presidente Lula: “Não trato Lula como

um mito. Trato como qualquer político. Trato como líder político. O Lula me fez um apelo para transferir o título para São Paulo. Alegou que isso ajudaria a arrumar o quadro lá. Mantenho a minha candidatura à Presidência”. Nos últimos anos, parte importante de nossa política, começou a conceder a Lula poderes, digamos, sobrenaturais. Como se fosse um ser superior com percepção po-lítica dotada de uma sensibilidade extraordinária. Um político cuja trajetória oferecia as credenciais para, inclusive, falar um amontoado de baboseiras, que passam a ser vistas como uma elevada forma de comunicação com as massas. Ao colocá-lo no plano terreno e situá-lo na política real, Ciro dá uma boa contribuição ao nosso processo político. Outra contribuição é quando Ciro faz reflexão acerca da aliança PT-PMDB: “A moral dessa aliança é frouxa, é um roçado de escândalos já semeados. Amanhã pode nos deixar com a brocha na mão”. Como aqui já foi dito, nem a oposição tucano-demista faria melhor. E porque não faria? Ora, por que se o PMDB largasse o PT iria ser acolhido no palanque do PSDB-DEM. São esses os dois arranjos que estão impondo ao povo brasileiro. (Fábio Campos – jornalista)

“Isso é coisa de golpista”Forte mesmo foi o que Ciro Gomes disse de José Dirceu. Vejam:

“Pode escrever aí: Ciro Gomes não concorda com a articulação do Zé Dirceu, do PT. Isso é coisa golpista... Quando Lula foi acusado de tráfico de influência, o Zé Dirceu era presidente do PT e abriu inquérito contra Lula na comissão de ética do partido para apurar as relações dele com o compadre Roberto Teixeira. Ele quis acabar com o Lula lá atrás. O Zé Dirceu estava decidido a destruir o Lula, era um trabalho de liquidar o Lula”. Não é preciso nem comentar, mas façamos um registro: Ciro e Dirceu não se toleram e não é de hoje.

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Independência: mobilização para a qualidadeREGIÃO DOS INHA-

MUNS - O município de IN-DEPENDÊNCIA participa do “Projeto da IV Edição do Prêmio SEBRAE Prefeito Empreendedor, na categoria Prêmio Destaque Temático - Educação Empreendedora e Inovação”. Tem como coluna vertebral o Projeto Aduba Sertão, que trabalhou a exce-lência no campo, mudando radicalmente a concepção do pensar e agir dos agricultores locais, incorporando uma mudança cultural em benefi-cio do Meio Ambiente com forte impacto social no setor econômico do município tra-duzido na melhoria da quali-dade de vida, o que é saudado como vitória por parte da atual administração munici-pal. Aqui trabalhamos ardua-mente com respeito ao setor ambiental, a Lei Ambiental é socializada na base, a escola, e nas comunidades. Temos um objetivo: transformar nossa terra em modelo de gestão, onde o Poder Público x Socie-dade Civil x Iniciativa Privada trabalhem harmonicamente em prol do fortalecimento ambiental, econômico, social e cultural. Assim, seremos uma terra privilegiada, onde cada cidadão é cúmplice na nobre missão de trabalhar um município sustentável com ações ecologicamente corretas.

O Programa Aduba Sertão é inovador! Ele é o principal objeto de trabalho sustentá-vel e ecologicamente correto nos Inhamuns e Sertões de Crateús onde essas Regiões conheceram “in loco”, o êxito alcançado na produção de grãos. Eles não pensaram duas vezes, seguindo orienta-ções emanadas do Programa Aduba Sertão, replicaram as diretrizes e os procedimentos do referido Projeto em cinco

municípios, contabilizando o aumento da produtividade, do poder aquisitivo dos agricul-tores, evitou-se desmatamen-tos e queimadas, aboliu-se o uso do agrotóxico, herbicida e veneno e numa postura em benefício da coletividade e do Planeta Terra, jamais verifica-do em Independência.

O Projeto Mata Branca/BIRD/GEF/CONPAM, priorizou o Programa Aduba Sertão, por entender que o mesmo será uma solução a curto prazo para a convi-vência no Semi Árido. Os resultados impactantes são a sua replicação nos municípios de Crateús, Novo Oriente, Parambú, Quiterianópolis e Tauá onde várias Instituições beneficiadas diretamente com recursos financeiros do Banco Mundial, estão trabalhando o Programa em várias co-munidades organizadas dos citados municípios; uma vi-tória dos Inhamuns e Sertões de Crateús em benefício das atuais e futuras gerações, que consomem alimentos de qua-lidade. Nas Conferências Re-gionais do Meio Ambiente e

de Combate a Desertificação, o Programa Aduba Sertão, nascido nesse município, foi eleito “prioridade número 1”, para ser trabalhado no Estado do Ceará e tornar-se Política pública de Governo, tal o seu sucesso.

Último dia 10, uma equipe do município de Independên-cia, tendo a frente o Jovem Yure Freire (foto de Jorge Moura) educador ambiental e monitor municipal inte-grante da equipe técnica que trabalhou o “Projeto Sebrae Prefeito Empreendedor”, en-tregou no Escritório Regional do SEBRAE, em Crateús, o “Projeto da IV Edição do Prêmio Sebrae Prefeito Em-preendedor do Município de Independência” ao Chefe do Escritório Regional Antônio Luis Gonçalves, e ao entregá-lo fez esse registro: “Agradeço essa oportunidade ao prefeito Valdi Coutinho. Estou aqui com a equipe técnica respon-sável por esse Projeto e com estudantes da minha terra, vim, ao SEBRAE, na certeza de que, o município de Inde-pendência ao participar desse

Projeto pioneiro no Brasil, tem o que mostrar e tem com que contribuir em beneficio de uma nobre causa aqui no Semi Árido Nordestino. Esse Programa Aduba Sertão ora desenvolvido em nosso mu-nicípio e replicado em cinco outros, é prova inconteste de nossa capacidade técnica e inovadora em prol de uma sociedade que contribui deci-sivamente para a melhoria da qualidade de vida do nosso povo e dá exemplos reais de respeito à Natureza quando trata o Meio Ambiente com seriedade. o Meio Ambiente na minha terra é tratado como Política Pública de Governo, daí o êxito comemorado pelo Setor da Agricultura, que trouxe estabilidade eco-nômica, social e cultural para Independência. Orgulho-me por ter contribuído com esse Projeto Sebrae Prefeito Empreendedor e resta-me, ficar na torcida para que In-dependência conquiste o tão sonhado SELO SEBRAE PREFEITO EMPREEN-DEDOR, o que para nós será vitória e honra”.

Equipe do Sebrae que atuou em Independência da IV Edição do Prêmio Prefeito Empreendedor

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12 Terça-feira, 23 de fevereiro de 2010Página

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CamisinhaConstruindo a Vida

Transar sem camisinha... Não é prova de amor, é ego-ísmo, é falta de auto-estima, é carência, é falta de auto-confiança, é descuidado, é irresponsabilidade, é igno-rância, é descompromisso consigo, é descuido com o/a parceiro/a;

Transar sem camisinha... Expôe ao risco de HIV, Aids, cancro mole, cancro duro, candidíase, herpes, gonorréia,

condiloma acuminado/HPV, linfogranuloma venéreo, gra-nuloma inguinal, pediculose do púbis, chato, clamídia, donovanose, tricomoníase, hepatite B, sem falar no risco de uma gravidez indesejada;

Transar com camisinha... É seguro, estimula a criatividade, aumenta o tesão, é prova de amor, expressão de confiança, é manifestação de cuidado, dá muito prazer – antes, durante

e, principalmente, depois do sexo. Todo dia é dia de usar camisinha!

Kitah – taróloga e astró[email protected]

Recordamos neste ano os 65 anos do Holocaus-to de judeus perpetrado pelo nazismo de Hitler e de Himmler. É terrificante a inumanidade mostrada nos campos de extermínio, espe-cialmente, em Auschwitz na Polônia. A questão chegou a abalar a fé de judeus e de cristãos que se perguntaram: como pensar Deus depois de Auschwitz? Até hoje, as res-postas seja de Hans Jonas do lado judeu, seja de J. B.Metz e de J. Moltmann do lado cristão, são insuficientes. A questão é ainda mais radical: Com pensar o ser humano depois de Auschwitz?

É certo que o inuma-no pertence ao humano. Mas quanto de inumanidade cabe dentro da humanidade? Houve um projeto conce-bido pensadamente e sem qualquer escrúpulo de rede-senhar a humanidade. No comando devia estar a raça arianagermânica, algumas seriam colocadas na segun-da e na terceira categoria e outras, feitas escravas ou simplesmente exterminadas. Nas palavras de seu formu-lador, Himmler, em 4 de outubro de 1943: “Essa é uma página de fama de nos-sa história que se escreveu e que jamais se escreverá”. O nacionalsocialismo de Hitler tinha a clara consciência da inversão total dos valores. O que seria crime se trans-formou para ele em virtude e glória. Aqui se revelam traços do Apocalipse e do Anti-Cristo.

O livro mais perturbador que li em toda a minha vida e que não acabo nunca de digerir se chama: “Coman-

dante em Auschwitz: notas autobiográficas de Rudolf Höss” (1958). Durante os 10 meses em que ficou preso e interrogado pelas autorida-des polonesas em Cracóvia entre 1946-1947 e finalmen-te sentenciado à morte, Höss teve tempo de escrever com extrema exatidão e detalhes como enviou cerca de dois milhões de judeus às câma-ras de gás. Aí se montou uma fábrica de produção diária de milhares de cadáveres que assustava aos próprios executores. Era a “banali-dade da morte” que falava Hannah Arendt.

Mais o que mais assusta é o seu perfil humano. Não imaginemos que unia o ex-termínio em massa aos sen-timentos de perversidade, sadismo diabólico e pura brutalidade. Ao contrário, era carinhoso com a mulher e filhos, consciencioso, ami-go da natureza, em fim, um pequeno burgues normal. No final, antes de morrer, escreveu: “A opinião pública pode pensar que sou uma béstia sedenta de sangue, um sádico perverso e um as-sassino de milhões. Mas ela nunca vai entender que esse comandante tinha um cora-ção e que ele não era mau”. Quanto mais inconsciente, mais perverso é o mal.

Eis o que é perturbador: como pode tanta inumani-dade conviver com a huma-nidade? Não sei. Suspeito que aqui entra a força da ideologia e a total submissão ao chefe. A pessoa Höss se identificou com o coman-dante e o comandante com a pessoa. A pessoa era nazista no corpo e na alma e radical-

mente fiel ao chefe. Recebeu a ordem do “Fuhrer” de exterminar os judeus, então não se deve sequer pensar: vamos exterminá-los (der Führer befiehl, wir folgen). Confessa que nunca se ques-tionou porque “o chefe sempre tem razão”. Uma leve dúvida era sentida como traição a Hitler.

Mas o mal também tem limites e Höss os sentiu em sua própria pele. Sempre res-ta algo de humanidade. Ele mesmo conta: duas crianças estavam mergulhadas em seu brinquedo. Sua mãe era empurrada para dentro da câmara de gás. As crianças foram forçadas a irem tam-bém. “O olhar suplicante da mãe, pedindo misericórdia para aqueles inocentes” – comenta Höss – nunca mais esquecerei. Fez um gesto brusco e os policiais os joga-ram na câmara de gás. Mas confessa que muitos dos executores não aguentavam tanta inumanidade e se sui-cidavam. Ele ficava frio e cruel. Estamos diante de um fundamentalismo extremo que se expressa por sistemas totalitários e de obediência cega, seja políticos, religio-sos ou ideológicos. A con-sequência é a produção da morte dos outros.

Este risco nos cerca, pois demo-nos hoje os meios de nos autodestruir, de dese-quilibrar o sistema Terra e de liquidar, em grande parte, a vida. Só potenciando o humano com aquilo que nos faz humanos como o amor e a compaixão podemos limi-tar a nossa inumanidade.

Artigo Leonardo [email protected]

Pensar o ser humano depois de Auschwitz

ArtigoPor Luiz Carlos AmorimEscritorwww.prosapoesiaecia.xpg.com.br

Fui ver Avatar, em terceira dimensão, há alguns dias. E valeu a pena. Não havia ido ver nada no cinema em 3D e achei fantástico os galhos das árvores quase batendo na gente, aquelas criaturinhas que parecem flores voando na frente dos nossos narizes, o fato de a gente se desviar rapidamente de alguma coisa jogada na direção da câmera que filmou, isto é, em nossa direção. A tela do cinema parecia uma janela de onde a gente observava as coisas acontecendo ao vivo. Muito “maneiro”, como disse meu sobrinho de seis anos.

Mas independente da tec-nologia de ponta utilizada para fazer o filme, recursos de última geração, efeitos especiais, da espetacular fo-tografia, da criatividade dos realizadores, impressionou-me sobremaneira a história. A mesma ganância, o ime-diatismo para transformar tudo em dinheiro, o egoísmo e a sede de poder a qualquer preço que vimos aqui no nosso velho mundo, na nossa maltratada Terra, a gente vê em Avatar. Alguns homens da Terra, depois de exauri-la, de arrancar tudo o que po-diam tirar dela, agredindo a natureza e o meio ambiente, depois de matá-la, voltam-se contra um outro planeta, que tem alguma coisa de interesse deles, para destruí-lo, destruir seus habitantes e seu ambien-te, suas coisas sagradas, seu

habitat.Mas esse planeta é habi-

tado por nativos lutadores e, embora suas armas sejam rudimentares, sua união, seus valores e seu senso de preser-vação e de preservação do seu planeta são muito fortes. E eles lutam e conseguem expulsar o invasor, que des-trói antes de ser expulso, mas não consegue acabar com os

nativos. E a Terra, quem vai nos

impedir de tentar acabar de vez com ela? Onde está a nossa consciência, o nosso senso de preservação, a nossa responsabilidade para com nossos filhos e netos?

A ficção nos abre os olhos para o fato de que estamos destruindo o futuro.

Avatar

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13Terça-feira, 23 de fevereiro de 2010 Página

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Cresce movimento pró-emancipação de Ibiapaba e Monte Nebo

Assembléia já recebeu 22 pedidos de emancipação de distritos

Entre os dias 23 e 31 de janeiro as comunidades dos distritos de Monte Nebo e Ibiapaba iniciaram a primeira etapa da luta pela emanci-pação política. Os dois dis-tritos acalentam o sonho de tornarem-se municípios e figurarem no futuro desenho do mapa do Ceará prestes a apresentar mudanças. A idéia da emancipação não encontra obstáculos nem posições po-líticas contrárias por parte do Executivo ou do Legislativo Municipais. Ao contrário, os ventos sopram favoráveis e ambos os poderes, comanda-dos por Carlos Felipe e Márcio Cavalcante se encontram em plena sintonia no que diz res-peito à separação política dos dois distritos do município de Crateús.

Domingos Filho comanda movimento no Ceará

O deputado Domingos Filho (PMDB), presidente da Assembléia Legislativa do Ceará, comanda o movimento em todo o Estado em prol da emancipação política de distritos que reúnam condi-ções exigidas por lei para se emanciparam. Ele esteve em Crateús, no último dia 06, quando visitou, pela manhã, o distrito de Ibiapaba

E, à tarde, o de Monte Nebo,

onde ocorreram audiências públicas pró-emancipação dos dois distritos.

Em Ibiapaba, a audiência pública foi organizada e dirigi-da pelo presidente da Câmara Municipal de Crateús, verea-dor Márcio Cavalcante, que contou com a presença dos deputados Nenen Coelho e Hermínio Resende, de presi-dentes de associações comu-nitárias, de lideranças políticas, vereadores e ex-vereadores e ainda com a jovem e emer-gente liderança que desponta no Ceará – Domingos Neto. O prefeito Carlos Felipe, em Ibiapaba, esteve acompanha-do do secretário de Governo Elder Leitão e do chefe do Gabinete Romildo Marçal.

O prefeito Carlos Felipe, ao falar aos presentes, disse do papel do Executivo, que é o de criar condições para que os distritos se emancipem, detalhando benefícios direcio-nados durante sua gestão para Ibiapaba, como estradas recu-peradas, construção da estrada Ibiapaba/Oiticica e projetos sociais em andamento para aquela comunidade. Citou ainda os projetos do Governo Federal para a construção da barragem Lago de Fronteiras em Ibiapaba e a BR-226 que liga o Ceará ao Piauí e passa por aquele distrito, e ainda a

ferrovia Transnordestina.O presidente da Associa-

ção dos Filhos e Amigos de Ibiapaba, Edilberto Silva, conclamou todas as associa-ções comunitárias da região para lutarem em prol do mo-vimento de emancipação de Ibiapaba.

O deputado Domingos Filho fez um discurso de cha-mamento ao prefeito Carlos Felipe que, na ocasião, fez uma ressalva no sentido de que fosse ouvida a opinião dos cidadãos das comunidades de Queimadas e Tucuns, com o intuito de saber se eles querem continuar pertencendo ao município de Crateús ou ao futuro município de Ibiapaba. O parlamentar, que comanda na Assembléia Legislativa o movimento pró-emancipação de distritos, pediu para que o prefeito não tivesse dúvidas quanto à emancipação. Que a emancipação não seria uma separação. Que o município de Crateús perderia R$ 1 mi-lhão em receitas, mas ganharia mais ao deixar de investir nos distritos emancipados.

Em Monte NeboA audiência pública no dis-

trito de Monte Nebo foi re-alizada no período da tarde e transcorreu em clima de muita animação. A comuni-dade organizada compareceu

sob a liderança de José Vilmar Saboia, que passou a direção dos trabalhos ao deputado Domingos Filho, e a direção do cerimonial ao radialista Le-andro de Souza. José Vilmar, como primeiro orador, deu as boas vindas ao presidente da Assembléia Legislativa, ao prefeito Carlos Felipe, aos deputados Nenen Coelho e Hermínio Resende, aos verea-dores e autoridades presentes. Em seguida discorreu sobre o potencial econômico da região de Monte Nebo.

O deputado Domingos Fi-lho fez um histórico sobre as emancipações ocorridas em certas regiões do País. Citou o Rio Grande do Sul onde 50% dos municípios são menores

que Monte Nebo. Citou tam-bém a situação do município de Borá, em São Paulo, que conta com apenas 804 habi-tantes, onde teve um vereador do PMDB eleito com apenas seis votos. Mostrou que, no Ceará, há 14 municípios que, pela lei em vigor, não pre-enchem os requisitos para a emancipação, entre os quais, o de Guaramiranga, no Maciço de Baturité, que tem apenas 4 mil habitantes. Domingos Fi-lho comparou a emancipação de um distrito com a emanci-pação de seu filho Domingos Neto, que vai dar um vôo na política, começando por onde ele próprio deveria terminar.

O deputado Nenen Coelho, que tem relevantes serviços

prestados àquela região, con-clamou a todos de vencer os desafios.

O presidente da Câmara Municipal, Márcio Cavalcante, deu por fechado os trabalhos de preparação da emancipação dos dois distritos, assumindo a missão de encaminhar à Assembléia Legislativa toda a papelada com os requisitos exigidos para que Ibiapaba e Monte Nebo passem de dis-tritos a cidades.

O prefeito Carlos Felipe ressaltou o trabalho da Prefei-tura no sentido de beneficiar o distrito de Monte Nebo com obras para a região, e se decla-rou 100% favorável a emanci-pação dos dois distritos.

O presidente da Assembléia Legislativa, deputado Domin-gos Filho (PMDB), recebeu as comitivas de nove distritos dos municípios de Acaraú, Jucás, Redenção e Crateús, Cascavel, Trairi e Tamboril, que desejam se emancipar. Fo-ram encaminhados os pedidos de emancipação de Aranaú e Juritianha (de Acaraú), São Pedro do Norte (de Jucás), Antônio Diogo (de Redenção) e Monte Nebo e Ibiapaba (de Crateús), Caponga (de Cascavel), Canaã (de Trairi) e Sucesso (de Tamboril). A Mesa Diretora da Casa tem protocolado processos de criação de novos municípios desde o dia 01/02. Até agora, 22 distritos já encaminharam seus pedidos de emancipação à Assembléia.

Ao receber dos representan-tes a documentação necessária para a tramitação do processo, Domingos Filho explicou que a Mesa Diretora irá estudar os dados apresentados para emitir parecer sobre o pedido.

O deferimento só ocorre se o distrito tiver um mínimo de oito mil habitantes, 400 prédios, 40% da população apta a votar, infra-estrutura própria de fornecimento de água, luz e telefonia, e redes de ensino e saúde.

Segundo ele, após isso, o Instituto Brasileiro de Geo-grafia e

Estatística (IBGE) será acionado para realizar o cha-mado estudo de viabilidade. Neste momento, as informa-ções constantes na solicitação de emancipação e as coletadas pelo órgão serão comparadas. “Nos meus debates no Inte-rior, presenciei muito isso: a comissão emancipanda diz que o distrito tem um número xis de residências e os dados oficiais apontam outra coisa. Nos processos, valerão os oficiais”, adiantou.

A idéia é que as análises do IBGE sejam feitas em até 60 dias para, em seguida, tudo ser encaminhado à Comissão de Justiça da AL, que dará

outro parecer e encaminha-rão o pleito à apreciação em plenário. Caso a maioria dos deputados vote a favor da emancipação, o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) é acionado para promover um plebiscito que envolverá tanto a cidade-mãe quanto o distrito em questão. Para a emancipação ter validade são necessários 50% mais um dos votos.

Conforme o presidente, a consulta popular deve ser realizada juntamente com as eleições gerais deste ano, previstas para 3 de outubro. O desmembramento em si, porém, acontece apenas a par-tir de 2013. Isto porque, para tornar-se município, o distrito tem que escolher prefeito, vice-prefeito e vereadores próprios, o que só ocorrerá em 2012, com as eleições municipais. “Vamos buscar acelerar nosso processo de deliberação para que o TRE possa se organizar”, revelou Domingos Filho.

O encontro foi acompa-nhado pelos deputados Os-mar Baquit (PSDB), Artur Bruno (PT), Hermínio Re-sende (PSL) e Nenen Coelho (PSDB). Em entrevista cole-tiva, Bruno assegurou que a AL só acionará o Tribunal se o distrito candidato encaixar-se no perfil exigido pela lei. “Os critérios são muito rígidos. Por isso, creio que dificilmente passaremos de 20 pedidos de emancipação. Penso que esses distritos, tornando-se municí-pios, terão mais possibilidade de desenvolvimento”, previu o petista.

Dep. Hermínio Resende, presidente da Câmara Márcio Cavalcante, prefeito Carlos Felipe, dep. Domingos Filho e dep. Nenen Coelho

Dep. Domingos Filho discursa no distrito de Monte Nebo, em Crateús

A Brasil Ecodiesel vai vender suas terras no Piauí, Ceará e Minas Gerais, segundo informa-ção do presidente da empresa, Mauro Cerchiari, que concedeu entrevista exclusiva a Agência Estado. Segundo ele, das terras que a companhia possui no País, ela apenas irá conservar os 17 mil hectares que possui em Ire-cê, na Bahia. A medida faz parte da reestruturação estratégica.

Cerchiari afirma que, diante da expectativa do crescimento nos próximos anos e da per-cepção de que este mercado deverá ser livre dentro de no

máximo dois anos, o sucesso da companhia depende de custos de matéria-prima, localização geográfica das unidades, o de-senvolvimento de produtos e processos alternativos, busca por novos mercados e desen-volvimento gerencial.

Segundo o documento, que traça os próximos passos do direcionamento estratégico da Brasil Ecodiesel, além da venda das terras, a empresa irá investir em pesquisa e de-senvolvimento em oleaginosas alternativas, começando com o pinhão manso.

Brasil Ecodiesel venderá terras no Ceará, Piauí e Minas Gerais

“É um erro tirar Ciro da disputa, porque ele tira voto de Serra e beneficia Dilma”.Deputado Chico Lopes (PT)

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CulturaAssim como o futebol,

que está no nosso sangue, o Carnaval tem sua origem e história de esplendor. Atual-mente, é a festa mais popular do Brasil e, o Rio de Janeiro faz do Carnaval o maior espetáculo da Terra. Em dé-cadas passadas, era festejado durante os três dias que ante-cipavam à Quaresma e findava na Quarta-Feira de cinzas. Tempos depois, surgiu o baile do Havaí na sexta-feira, esti-cando o período momino.

Carnaval significa folia, brincadeiras, folguedos. É uma festa exótica introduzida no Brasil pelos portugueses no século XVII, e veio atra-vessando gerações e introdu-zindo costumes, até atingir os carnavais atuais praticados em todas as regiões brasileiras.

Acompanho esta festa po-pular em Crateús desde o início da década de 1950. Na-quela época, havia bailes car-navalescos no Crateús Clube e no Clube 7 de Setembro, este pertencente à classe social menos abonada, que também se divertia intensamente. O clima de carnaval incutia-se na mente das pessoas e, durante

o dia, um ou outro folião, usando trajes espalhafatosos, se apresentava nas ruas da cidade. Pequenos grupos de homens, geralmente em-briagados, fantasiados com roupas femininas, utilizando talco ou maizena e se lambu-zando, chamavam a atenção das pessoas num divertimento rua acima, rua abaixo, durante o período momino. Entre estes foliões, lembro-me de Raimundão Aguiar e do Pe-dreiro Seridó.

Na década de 1960, surgi-ram alguns blocos carnavales-cos que desfilavam pelas ruas, com o intuito de animarem o Carnaval de Rua. Conheci o bloco Ás de Espada, orga-nizado por Manoel Picolé, homem de poucas posses, porém esforçado, que com a colaboração de vizinhos e amigos, moradores do Bairro São José, conseguia botar o bloco para desfilar nas ruas de Crateús, utilizando-se de modestos instrumentos de acompanhamento e entoando modinhas carnavalescas.

Também, surgiu na mesma época um bloco organizado pelo Sargento Moacir, militar

pernambucano integrante do 4° BEC que, durante alguns anos, contribuiu com o nosso Carnaval, arregimentando foliões e botando o seu bloco para desfilar pelas principais ruas da cidade. Lembro-me do bloco Bafo da Onça, or-ganizado pelos irmãos Afon-so, Zuleide e Manoel, filhos do antigo sapateiro Mestre Roberto; de Zé Regino que, juntamente com os filhos e alguns amigos, contribuiu também com o Carnaval de Rua daquele tempo. Estes blocos se organizavam para desfilar no mesmo horário, geralmente pelas Ruas Co-ronel Zezé e Francisco Sá (Praça da Estação), com a intenção de animar e elevar nosso modesto Carnaval. Não havia julgamento de blocos e muito menos incentivo pú-blico, mas o povo prestigiava comparecendo para assistir aos desfiles.

Os clubes Caça e Pesca, Sargento Hermínio e AABB se revezavam nas noites de carnaval. Com bandas fa-mosas, atraiam foliões que marcavam maciça presença, e a folia aumentava a cada

instante. Serpentinas, confe-tes e lança-perfume faziam parte da animação, e cordões de foliões se divertiam a noite inteira. Menores com 16 ou 17 anos, acompanhados dos pais, tinham acesso aos clubes e participavam das diversões. Naqueles tempos não se fa-lava, por aqui, na famigerada droga que atualmente vem perturbando o sossego das fa-mílias, contribuindo para que jovens enveredem por cami-nhos adversos, que os levam à pratica de ações indesejáveis e que vão de encontro aos anseios de pais e de familiares, pessoas que primam por um mundo saudável.

Naquele tempo, o Caça e Pesca realizava o último bai-le, com início às 22 horas de terça-feira e término às 7hs da Quarta-Feira de Cinzas. A orquestra, ainda muito anima-da, deixava o clube tocando “Quarta Feira Ingrata”. E os foliões acompanhavam-na até a Coluna da Hora, na Rua Coronel Zezé, onde se acabava a festa. Estes foram os Carnavais que marcaram época em Crateús.

Hermenegildo, urgente! Sarcástico e irreverente, irô-nico, mordaz e inteligente, fazendo umô pra vocês desta carnavalesca cidade de Crate-ús, dos paredões sonoros ou silenciados por força da lei. E já foi definido: paredão de som é crime premeditado. Só tem serventia pra fazer carna-val particular em alto mar. Aí pode, e também no Ipode.

E o nosso Carnaval foi intitulado por um transvia-do gladiador da internet, de Carnaval do Estado de Sítio, só comparável ao governo de Artur Bernardes em 1924. Êta porra! Aí dentro, Paulão! Vemos aí a revelação do transitar apelativo da cultura suburbana de quintal. Tam-bém foi taxado de Carnaval da penitência, sepulcral, do silêncio, do Queremos Deus e, enfim, de Carnaval contem-

plativo e beneditino. Quanta morbidez! E eu não sabia que havia se acabado o Carnaval do Pio XII! Será o Benedito!? E por causa dos privilégios “virgentes” das virgens da cidade, o Carnaval tornou-se um instituto que per si gera vícios. Digo sem ser médico e não preciso sê-lo fora desse do correio. Socorro! Viuge Maria! Desfez-se-me o víncu-lo da calça de linho! Ademais, o transviado gladiador gaba-se de ser “pícaro da glória” e, com certeza sê-lo-á pra qualquer carta.

E nesta terra tem de tudo. Isto aqui é uma feira de man-gaio. Tem do sanfoneiro que toma uma bicada pra se ani-mar e pegar corda, até ao prefeito “starostas”. Já vi que é melhor passear nas Malvinas ou na Shushuaia comendo farofa congelada.

E o Baile do Havaí trans-formou-se no Baile do Levaí, ou Balie Dom Casmurro. Sem a presença de Xitãozinho e Xororó, a festa correu entre tapas sem beijos. Ai que von-tade de Tikerê Mandacaru Beleza! E neste Carnaval, enquanto o Bento Raimundo correu com o Chevette na buraqueira, o Nego do Bento voou de Hilux. Será que o papa Bento XVI abentoçoa esta corrida?

Mas, eu não quero nem saber se o sargento Hermínio foi deputado, nem se o clube é do Resende. Só quero enten-der como se faz carnaval no deserto no clube do saigente. Alalaô, ôôô ôôô!!!.... mas que calor ôôô ôôô!!!... Queima raparigal!!!

Alô pessoal: Estamos con-vocando estudiosos e inte-ressados na aprendizagem do Direito Romano, ramo da ciência jurídica que deu ori-gem aos direitos humanos, a lei de evidência, a Lex talionis,

o smoking Gum e a prova ca-bal, para participarem de um curso eletrônico de aprendiz de rábula. Aprenda tudo so-bre a prova cabal estudando sua cabalística. Aprenda como vestir a lei de evidência com um smoking da marca Gum, ela que teima em andar nua. Seja um rábula esclarecido. O curso vai ensinar-lhe a se de-fender em processos jurídicos sem precisar de advogados. Após concluir o dito curso você irá se sentir tão seguro, como se tivesse à mão um spray inseticida apontado em direção a uma barata. E por falar é barata, o curso é um barato.

Bem me ensinava meu professor de latim clássico: Talia dicentur tibi, qualia dixeris ipse. Como falardes, assim ouvireis. Com licença! Vou ministrar aula no cursinho. Ademã que vou em frente. Os cães ladram, mas, a caravana passa.

Antigos carnavaisQuando a chuva cessava e um vento frioFranzia a tarde tímida e lavada,eu saía a brincar, pela calçada,nos meus tempos felizes de menino.

Fazia, de papel, toda uma armada;e, estendendo o meu braço pequenino,eu soltava os barquinhos, sem destinoao longo das sarjetas, na enxurrada...

Fiquei moço. E hoje sei, pensando neles,Que não são barcos de ouro os meus ideais:São feitos de papel, são como aqueles,

perfeitamente, exatamente iguais...- Que os meus barquinhos, lá se foram eles!Foram-se embora e não voltaram mais!

Antigamente, males eram curados com medicamentos simples que hoje não existem mais, ou até mesmo com meizinhas que deixamos de encontrar. As crianças se curavam de diversos males com o uso da homeopatia Coelho, cujos pequeninos glóbulos eram acondicio-nados em vidrinhos com tampa de cortiça. Também para criança, comprava-se a sene e o maná, o óleo doce e as pílulas Panverminas. Em caso de gripe indicava-se o Phimatosan e se a gripe era persistente recomendava-se uma série de injeções de Gadusan. Quando batia a fraqueza e a inapetência era porque estava faltando o Vinho Reconstituinte Silva Araújo, o Vanadiol ou o Tô-nico Valenton. Para prisão de ventre, recomendava-se Ventre Livre ou o Óleo Nujol, que por ser mineral, também era usado pelas mulheres no cabelo. Outra opção era a latinha de Nor-macol granulado. A Água de Maravilha fazia milagres, bem como a Água dos Car-melitas e a Água de Melissa. Para a perda de memória

só havia o Asphosphato de Oxoford. Nas hemorragias as injeções de Coaguleno e de Ergotrat estavam na pri-meira linha. Antes do parto, o médico selecionava uma caixinha com injeções de Coramina, Óleo Canforado, Esparteína, ergotina, pitui-trina, sinkavit, cortexon e sinalgan (anestésico para ca-sos de sutura). Em casos de tosse e bronquite, remédio eficiente era o Bronchidex ou o Ephetosil, colírio era o Lavolho, pomada para tumores era o Basilicão com uma folha de pimenta; se o caso era de abscesso, usava-se a Antiphogestine; para dor de cabeça, gripe e resfriado recorria-se à Guaraína, a Ins-tantina e a Cafiaspirina, para cólicas, ao Elixir Paregórico. Para os males do estômago usava-se o Eucoleno e pra aliviar os acessos de asma, os cigarros de estramônio ou o soro antiasmático LBC; e para encerrar esta etapa, nos casos de dor de garganta, fazia-se uma embrocação com Azul de Metileno, que também servia contra o impetigo.

Conhecido empresário de nossa terra, que já passou pela experiência de ser dono de padaria e dela não sentiu sau-dades, gosta de relatar fatos vivenciados no dia-a-dia de uma panificadora. Conta o em-presário que, entre as maiores dificuldades que, encontrou nesse ramo, uma delas consis-tiu na dificuldade de conseguir arranjar um padeiro que fosse responsável ao ponto de garan-tir que o pão de cada dia come-çasse a sair do forno às 5hs da manhã, para ser distribuído pela cidade e despachado no balcão da panificadora. Conta ele que, certa vez, chegou à padaria e

pôs-se a esperar o padeiro, e este, nada de chegar. Pegou seu carro e foi até a casa do mesmo, onde não o encontrou. Obteve uma informação de onde ele poderia estar naquele momento e, apressado, foi ao encontro do padeiro. Em chegando ao local, encontrou o funcionário bebericando com companhei-ros de farra e gritou pra ele: “Francisco, já é mais de seis horas e tu aqui bebendo! O que eu faço homem de Deus, com a massa que tá morrendo? Ao que o padeiro respondeu: “Não vou trabalhar hoje não. O senhor espera a massa morrer e depois providencia o enterro dela.

Barco de papel

Antigos Remédios

Dono de padaria

Flávio MachadoCantinhodaPoesia

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AfrouxandooRiso

Guilherme de Almeida

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Dr Eliézio Torres MartinsORTODONTIA - CRO-CE: 2491

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15Terça-feira, 23 de fevereiro de 2010 Página

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Geral

uma melhor” é uma grande mentira: bom é viver por aqui mesmo, pelo menos até que alguém volte e nos conte que do outro lado é melhor do que aqui. O importante é aprender a conviver com os problemas de saúde, tentar cuidar da saúde o máximo possível, sem viver uma vida sem graça e, como sempre costumo dizer, procurar um médico para ajudar nesta caminhada.

Os sintomas urinários são um exemplo de como o cuidado com a saúde pode melhorar a qualidade de vida. Jato urinário fraco, sensação de que não esvaziou a bexiga, urinar muitas vezes um pe-queno volume, fazer xixi nas calças, acordar de noite para urinar são os principais.

Do ponto de vista médico o que fazemos é tentar des-cobrir a causa do problema. Os mais comuns no homem são os problemas de próstata que acabam influindo sobre a bexiga produzindo os sin-tomas urinários. No caso da mulher, o mais comum é a incontinência de esforço que, no caso, tem muito a ver com os múltiplos partos. Além destes dois, temos a bexiga hiperativa ou bexiga nervosa,

para ficar mais fácil. Aqui a bexiga contrai anormalmente fazendo com que você sinta vontade de urinar e muitas vezes até perda urina.

Finalizando a lição, se você sente incômodos ao urinar, divida isto com a gente!!! Estamos aqui, nós (médi-cos), para isso mesmo. Inté a próxima!!!!

Comunicando

CAI A MÁSCARA DO SARGENTO BEZERRA

O Clube Sargento Hermí-nio (CSH), que pertence aos sargentos e suboficiais do 40º Batalhão de Infantaria sediado em Crateús, con-forme reza seus estatutos modificados e aprovados na Assembléia Geral em 08/05/2004, está sendo utilizado para uma nefasta prática comercial e pessoal do 3º sargento reformado, João Bezerra. De posse das chaves do clube, após a su-cumbência da diretoria, auto-nomeou-se encarregado do mesmo, e dentro dele pratica todos os atos contrários aos estatutos e conduz o clube como se fosse uma bodega de sua propriedade. Além do mais, o sargento Bezerra, que é apenas um encarregado não nomeado, proclamou-se PRESIDENTE do CSH, numa atitude de desmorali-zação aos sargentos e subo-ficiais do 40º BI aos quais o clube pertence.

O Clube Sargento Her-mínio se encontra há muito tempo SEM DIRETORIA. Pelos estatutos era seria formada por 11 (onze) mem-bros. Hoje, não há mais nenhum diretor. A diretoria se dissolveu pela ausência de diretores que daqui foram se transferindo. Seu último presidente foi o sargento Francisco Bernardes da Silva, um dos 18 (dezoito) sócios que, reunidos em Assembléia Geral, na data acima, modifi-caram os estatutos do clube para que ele continuasse cumprindo suas finalidades estatutárias e sempre ligado ao Exército. O 3º sargento João Bezerra não representa nada no CSH. É apenas um usurpador, um intrujão que age no clube como se o clube a ele pertencesse.

Atualmente sem diretoria, pois todos os seus mem-bros foram transferidos e nunca substituídos, o clube encontra-se à deriva como um barco sem timoneiro. Aproveitando esta situa-ção, o sargento Bezerra viu nela a oportunidade para se apoderar do clube e da sua estrutura. O espertalhão montou dentro do clube seu comércio particular de

cachaça e outras bebidas e inventou o “Forró da Melhor Idade”, uma enganação para tomar o dinheiro de velhos e aposentados. Se o sargento Bezerra fosse homem sério como ele tenta aparecer para a sociedade de Crateús, ao se deparar com a dissolução da diretoria do CSH, teria sido ele o primeiro a comunicar aos sargentos e suboficiais do 40º BI a vacância dos cargos da diretoria, a cumprir os estatutos e propor uma assembléia geral para formar uma nova diretoria. O CSH pertence de fato e de direito aos sargentos e suboficiais do 40º BI que, se não quiserem dele usufruir, ou conduzi-lo, que se reúnam em Assem-bléia Geral e se decidam pela sua dissolução conforme determina os estatutos.

Mas o sargento oportu-nista fez tudo ao contrário e em proveito próprio: pro-clamou-se encarregado do clube e passou a usufruir de toda a sua estrutura comer-cial e de diversão. Em nome da instituição ele compra e vende, explora, aluga o clube para eventos, promo-ve festas, contrata bandas e artistas, tudo ao arrepio dos estatutos e ao arrepio das leis que regem a atividade comer-cial. Para tanto, conta com a parceria e o apoio de um vereador e de uma emissora de rádio, e vem fazendo do CSH um palanque onde quer preparar uma futura candida-tura à Câmara Municipal.

FORRÓ DA MELHOR IDADE

Nunca fomos contrários a realização do Forró da Me-lhor Idade, desde que o mes-mo fosse realizado no antigo horário das 16hs às 20hs, às sextas-feiras, nos moldes em que foi idealizado, com o clu-be cumprindo uma função social e obedecendo aos seus estatutos. Somos contrários à mudança do horário que leva o forró até a meia noite ou até as 02hs da madrugada, nas sextas-feiras e aos do-mingos, quando grande parte da cidade fica sem dormir.

Não são poucas as de-núncias de que o Clube

Sargento Hermínio vem se transformando num cabaré disfarçado. Freqüentado por pessoas de todas as idades e não apenas por idosos, o clube tem sido palco de bri-gas, desavenças entre casais, cornagens e pilantragem de mulheres contra idosos que se embriagam durante os for-rós. Fato comum é a presença de garotas fazendo par com idosos, não apenas em mesas de bebida, mas no meio do salão. Há idosos que, embria-gados, chegam a tropeçar e cair. Essas lamentáveis ocor-rências são freqüentes no ambiente do Clube que, ao invés de promover diversão sadia para os idosos, explora suas parcas economias com a venda de cachaça e outras bebidas, tornando-os vicia-dos numa falsa e malfazeja diversão. A esperteza do sargento João Bezerra, que promove a SEXTA SUPER DA MELHOR IDADE, conseguiu levar os velhos para o DOMINGO SUPER DE TODAS AS IDADES, ensejando a promiscuida-de e a esculhambação que campeiam à vista de todos. A Promotoria Pública e o Conselho do Idoso precisam estar atentos a esses fatos de natureza delituosa, que vem acontecendo sob o comando do sargento Bezerra, que faz do Clube um palanque para suas futuras pretensões políticas. Durante uma festa, ele ocupa incontáveis vezes o microfone com leriados sem fim.

O comando do 40º Bata-lhão de Infantaria, ao qual o CSH se encontra umbilical-mente ligado, está, no míni-mo, na obrigação de acionar os sargentos e suboficiais daquela OM, para que reto-mem o clube e o enquadre às normas estatutárias e dê-lhe uma nova diretoria. Além do mais, exija do espertalhão um relatório da sua falsa gestão e da contabilidade do movi-mento financeiro do clube que, há vários anos, ninguém sabe como se encontra.

Continuando nossa discus-são sobre o envelhecimento saudável, aí vêm a segunda e terceira lições: 37% das mu-lheres e 16% dos homens ido-sos sofrem de incontinência urinária, a maioria das vezes relacionada aos esforços.

Quando comentamos so-bre a incontinência urinária, em especial na geração que tem hoje mais de 50 anos, é muito comum em especial as mulheres se referirem ao problema como se fosse algo característico da sua fase de vida. Esclarecendo melhor, diríamos assim: perder urina é uma coisa que minha mãe tinha, minha avó tinha e eu também terei. Não há trata-mento. São como as rugas que vêm com o passar dos anos.

Mas, assim como as rugas têm tratamento, a inconti-nência urinária também tem! E não apenas remédios ou cirurgias. Existem também tratamentos através de exercí-cios, fisioterapia, estimulação elétrica. Este é um campo hoje em franco desenvolvi-mento.

Todo este desenvolvimento obviamente não serve de nada se a mulher não se queixar ao médico e também, claro, se o médico não se ocupar de aju-dar esta mulher no tratamento deste problema.

Finalizo como sempre re-petitivo: se você tem incon-tinência urinária, procure seu médico, seja o clínico, o ginecologista, o geriatra ou urologista. Procure-o se abra com ele. Ele está sempre pronto para lhe ouvir.

Terceira lição: Sintomas urinários têm impacto sobre a qualidade de vida.

É muito comum em con-sultório o médico se deparar com um senhor ou a senhora de idade que se queixa de que envelhecer é um problema porque abundam as doen-ças. Por outro lado, sempre respondo que é melhor ficar velho com doenças do que morrer formoso aos 30 anos sem nenhuma ruga. Aquela velha história de dizer quando alguém more “foi desta para

GazetaSaúde Ariel ScafuriUrologistaE-mail: [email protected]

10 lições sobre envelhecimento saudável

Eu aprendia olhar para mim mesma e falar:valeu a pena!Eu aprendia dizer ao meu coraçãoque amar foi o melhor caminho;Eu aprendiVê nos olhos das pessoas que amoque de tudo fica algo indestrutível e belo;Eu aprendique muitas vezes o silêncio,significa bem mais que palavras e gestos;Eu aprendique às vezes é necessário o sofrimentopara crescermos interiormente;Eu aprendique sonhar é o primeiro passopara a realização de um sonho;Eu aprendique muitas vezes amar significa sofrerporque sofrendo a gente aprende a amar;Eu aprendique nossos verdadeiros amigosnos fazem fortes quando estamos fragilizados;Eu aprendique ser amigo, é silenciar, é calar e compreenderquando emudecemos;Eu aprendique muitas vezes nem sempre está só quer dizer,está desacompanhado;Eu aprendique é essencial e imprescindíveldizer eu te amo!Eu aprendiQue a vida é o nosso bem maiore que DEUS é a nossa LUZ,nossa FORÇA e nosso CAMINHO.

Fátima FontenelleEu aprendiPoesia

“O PT vai para as eleições de 2010 podendo debater qualquer assunto, de qualquer área, com autoridade para demonstrar novos desafios”Ricardo Berzoini - Presidente do PT

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Radialista Leandro de Souza, integrante da equi-pe da Rádio Príncipe Im-perial, mudou de idade dia 18, quando reuniu turma de colegas e amigos para a devida comemoração.

Em plena segunda-feira de carnaval, dia 15, prefei-to José Souto, de Monsenhor Tabosa, re-cebeu incon-táveis ma-nifestações de carinho e amizade do povo de sua cidade, por-que aniversa-riou.

Quem celebrou a vida no último dia 11, foi o prefeito de Ararendá, José Adriano Aguiar, que passou pelo calendário. Zé Adriano e sua equipe executam ousados projetos naquele município.

Neide Andrade Vale, ani-versariante do dia 15, comemorou a data no meio familiar, ao lado de Gabriel e da filha Rachel Ingredy.

Ana Maria Vale reuniu familiares para celebrar seu Nat ocorrido dia 17 no Coco Bambu.

A Delegacia Regional de Polícia Civil de Crateús conta com um novo titular: delegado Ricardo Savoldi, que veio substituir Abelardo Correia Lima, recentemente exonerado da função. Dr. Ricardo é jovem, dedicado ao trabalho e já se encon-tra sintonizado com o meio judicial, Ministério Públi-co, Polícia Militar, Guarda Municipal, Imprensa e mídia radiofônica. Promete cum-prir a Lei, na íntegra, sem fazer concessões.

Casal Neide e cel. Wa-shington Machado de Figueiredo reuniu muitos amigos e familiares nos salões do Circulo Militar de Fortaleza, para cele-brar os 15 anos da filha Vanessa, debutante que se mostrou encantadora em noite inesquecível. Vanessa é neta do casal Iracilda Machado e cap. José Figueiredo do Nasci-mento.

Willams Clay Machado Aguiar, con-tabilista com pós-graduação em Administra-ção Pública e Tesoureiro da Câmara Muni-cipal, mudou de idade dia 12 e celebrou com a família e os amigos.

Patricia Pereira querida amiga que faz parte da equipe da Gazeta em Fortaleza mudou de idade dia 12 comemorou com a família na pizzaria Espaço Grill.