Edição nº 6.220 de 3 de Setembro de 2010

Fundado em 1891 por João Arruda. Director de Mérito: Dr. Virgílio Arruda

3 de Setembro de 2010 • 119.º ano • N.º 6.220 • Sai à 6.ª-feira • Preço: j 0,60 • Semanário Regional • Telef. 243333116 • Fax 243333258Director: João Paulo Narciso • Redacção: Rua Serpa Pinto, 98 a 104 • Apartado 323 • 2001-904 Santarém• E-mail: [email protected]

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CORREIO DO RIBATEJO

A AGROGLOBAL - Feira do Milho e das Grandes Culturas realiza-se dias 8 e 9 de Setembro, no Mouchão da FonteBoa, Valada do Ribatejo, promovida pelo L-INIA, Câmara Municipal do Cartaxo, Valinveste e Agroterra. A Feira estende-sepor uma área de quase 200 hectares e promete, segundo os organizadores, ser “mais interactiva, mais abrangente no planodas culturas presentes” e contar com um número de empresas que promete superar as 120, representadas em 2009, na entãodesignada Feira do Milho.

AGROGLOBAL 2010

Exposição dinâmica de grandes culturas agrícolasdias 8 e 9 de Setembro em Valada do Ribatejo

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Estacionamentopago em Santarémarranca críticasdos vereadoresdo PS

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Medalha de Ouroda Cidade deSantarém deixade ser única formade condecoração

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António Carmo e Ludge-ro Mendes, vereadores elei-tos pelo Partido Socialista,fizeram, na reunião de se-gunda-feira do Executivomunicipal, vários reparos àforma como está a ser con-duzido o processo de cria-ção de novos lugares de es-tacionamento pago, na cida-de de Santarém. O presiden-te da Câmara respondeu queuma cidade da dimensão deSantarém não pode conce-ber um sistema de estacio-namento gratuito para mo-radores. “Não é um critériopolítico ou ideológico mas,sim, de cultura urbana”, afir-mou Moita Flores.

A Câmara de Santarém está a equacionar a necessidade de passar a participar às autoridades policiais, o incumprimento dalegislação por parte de proprietários que não limpam os seus terrenos e que, assim, agravam o risco de incêndios durante oVerão. Na última reunião do Executivo, o vereador António Valente, responsável pelo pelouro da Protecção Civil, disse que anotificação enviada pela Câmara, no sentido de avisar os proprietários de que devem limpar os terrenos até meados de Abril,tem sido muitas vezes ignorada, pelo que será necessário colocar em prática medidas mais drásticas, de forma a responsabilizaros donos de terrenos pelos danos causados.

Incumprimento da legislação impede prevenção de fogos florestais

Câmara de Santarém quer responsabilizarproprietários pela falta de limpeza de terrenos

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2 CORREIO DO RIBATEJO Edição n.º 6.220 | 3 de Setembro de 2010 verso da capa

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Vários ateliês de dan-ça animaram ontem asruas do centro históricode Santarém, naqueleque constituiu o prelúdiodo 51º Festival Interna-cional de Folclore “Ce-lestino Graça”. Na foto,alguns elementos dogrupo eslovaco Folklór-ni Súbor “Skorusina”,surpreendidos em posesalgo sugestivas, de cóco-ras, parecem pedir à po-pulação escalabitanapara que não... desprezea cultura tradicional. Oespectáculo inauguralserá hoje, às 22h15, noCNEMA. C

LIC

K!

3sociedade Edição n.º 6.220 | 3 de Setembro de 2010 CORREIO DO RIBATEJO

Estacionamento pago em Santarémarranca críticas dos vereadores do PS

Santarém vai passar a terdiferentes galardões desti-nados a condecorar pesso-as individuais ou colecti-vas, nacionais ou estran-geiras, que se notabilizempelos seus méritos pesso-ais ou feitos cívicos. O pro-jecto de Regulamento Mu-nicipal de Condecorações,aprovado por unanimidadena última reunião do Exe-cutivo, prevê sete formasde distinção. Até ao mo-mento, a Autarquia apenasdispunha da Medalha deOuro, aprovada em 1956,para condecorar pessoasou instituições. Doravante,aquela será acompanhadade outras condecorações,

mais de acordo com os no-vos tempos, com o objecti-vo de premiar um maior nú-mero de instituições e cida-dãos e de permitir que nãose banalize a concessão daMedalha de Ouro.

Assim, conforme o regula-mento agora aprovado, ascondecorações passam a seras seguintes: Chave deOuro da Cidade de Santa-rém, que visa distinguir per-sonalidades, instituições ouorganizações, nacionais ouestrangeiras, de “elevadoprestígio e mérito altamentereconhecido”, que visitemoficialmente o Município deSantarém; Medalha deOuro da Cidade de Santa-

Medalha de Ouro da Cidade de Santarémdeixa de ser única forma de condecoração

rém, para homenagear pes-soas individuais ou colecti-vas que pelos seus serviçosde “muito especial relevân-cia, contributos para a comu-nidade ou actos praticados, setraduzam em feitos extraor-dinários e ou contribuam sig-nificativamente para o desen-volvimento e engrandeci-mento da cidade e do conce-lho”; Medalha de Prata doMunicípio de Santarémque pretende homenagearaqueles que “pelos seus ser-viços excepcionais, contribu-tos para com a comunidadeou actos praticados, produ-zam significativa notorieda-de da cidade e concelho”;Medalha de Honra do Mu-

nicípio de Santarém, parapessoas singulares ou colec-tivas, tais como corporaçõesde bombeiros, entidades po-liciais ou militares ou mem-bros de outras organizaçõesreconhecidamente humanitá-rias, na área do Município,pela prestação de “serviçosexcepcionais, de maneira no-tável, por bravura ou cora-gem, com risco da sua pró-pria vida, acima do dever”;Medalha de Mérito do Mu-nicípio de Santarém que irádistinguir quem se destaquepelo seu “significativo con-tributo no campo autárquico,nos diferentes ramos das ci-ências, na actividade culturale desportiva, económica, hu-

António Carmo e Ludge-ro Mendes, vereadores elei-tos pelo Partido Socialista,fizeram, na reunião de se-gunda-feira do Executivomunicipal, vários reparos àforma como está a ser con-duzido o processo de cria-ção de novos lugares de es-tacionamento pago, na cida-de de Santarém. O respec-tivo regulamento está ain-da por aprovar, mas os ve-readores da oposição con-sideram, desde já, que de-veria haver isenção de pa-gamento para residentes enão, apenas, redução depreços, como propõe a mai-oria PSD. António Carmoe Ludgero Mendes obser-vam, também, que os novoslugares de estacionamentopago, pintados recentemen-te em várias ruas da cidade,são demasiado estreitos, di-ficultando as operações aosautomobilistas. “Para con-seguirem aumentar o núme-ro de lugares pagos à super-fície, emagreceram o lugarde cada viatura”, criticouLudgero Mendes.

António Carmo adiantouque, na Avenida Antóniodos Santos, foram pintadoslugares de estacionamentoque “quase entram pelomeio da estrada”, facto queclassificou de “vergonho-so”, porque prejudicial aoordenamento do trânsito.

O presidente da Câmararespondeu que uma cidadeda dimensão de Santarémnão pode conceber um sis-tema de estacionamentogratuito para moradores.“Não é um critério políticoou ideológico mas, sim, de

O presidente da Câma-ra de Santarém disse, naúltima reunião do Execu-tivo, que a cidade vai pas-sar a dispor, este mês deSetembro, dos primeiroscarregadores para carroseléctricos, a instalar naPraça do Município e noLargo de Marvila.

Estes equipamentos se-rão inaugurados durante aSemana da Mobilidadeque irá decorrer entre 14e 22 de Setembro, com umprograma diversificado desensibilização e esclareci-mento da população.

Carregadores para carros eléctricosa partir de meados de Setembro

cultura urbana”, afirmou.Francisco Moita Florespouco adiantou sobre as ta-rifas de estacionamento ereduções previstas no regu-lamento para residentes etrabalhadores, mas infor-mou que haverá isençõespara pessoas idosas. Disse,também, que o estaciona-mento à superfície serámais caro que o subterrâ-neo, opção que tem por ob-jectivo tentar reduzir o im-pacto visual dos carros noespaço urbano.

Sobre o exemplo referidopor António Carmo, naAvenida António dos San-tos, o presidente da Autar-quia admitiu a possibilida-de de haver situações pon-

tuais a corrigir.Os vereadores do PS não

ficaram convencidos com aargumentação de MoitaFlores, pois, segundo disse-ram, em vez da aplicação demedidas avulsas, o estacio-namento pago deveria seracompanhado de uma solu-ção integrada, passando poruma boa rede de transpor-tes públicos e zonas de par-queamento gratuito na pe-riferia.

Será no dia 17 de Setem-bro que a Assembleia Mu-nicipal de Santarém irá vo-tar a proposta de regula-mento, pelo que, só depois,os automobilistas começa-rão a pagar o estacionamen-to. SM

manitária ou outras de notá-vel importância e de cujosactos produzam assinaláveisbenefícios para a cidade ouconcelho”; Medalha de Va-lor Altruístico do Municí-pio de Santarém para home-nagear pessoas individuaisou colectivas que “revelemespírito de sacrifício, cora-gem, abnegação pelo outro eamor ao próximo”; Medalhade Excelência e Dedicaçãodo Município de Santarém,que pretende homenageartodos os funcionários e agen-tes do município e das fre-guesias que no cumprimen-to dos seus deveres se te-nham distinguido, por“exemplar notoriedade, por

zelo, por rigor, compe-tência, capacidade de de-cisão, espírito de inicia-tiva e dedicação”. Estamedalha poderá, igual-mente, homenagear fun-cionários do Municípioou das Freguesias que,cumprindo a totalidadedo período da sua carrei-ra, tenham revelado “as-siduidade, exemplarcomportamento e reco-nhecida dedicação”.

A decisão de atribuir asreferidas condecoraçõescompetirá ao Conselho daMedalha Municipal, no-meado pela Câmara medi-ante proposta do presiden-te da Autarquia.

Será mais um passo noprojecto de mobilidadeeléctrica, em que Santarémé uma das cidades pionei-ras do país. Neste âmbito, aAutarquia pretende dar oexemplo através da sua fro-ta automóvel, colocandoem circulação veículoseléctricos. É seu propósitocomeçar pelos carros de re-colha do lixo.

Na fase piloto, que dura-rá até 2011, a rede para aMobilidade Eléctrica éconstituída por um conjun-to de 25 municípios – entreos quais Santarém, Lisboa,

Sintra, Porto, Gaia, Lou-res, Cascais, Braga, Alma-da, Guimarães, Coimbra,Leiria, Setúbal, Viana doCastelo, Aveiro, TorresVedras, Faro, Évora, Cas-telo Branco, Guarda eBeja – que apresentam ca-racterísticas de densidadepopulacional, de volumede tráfego automóvel e deproximidade geográficacom eixos viários estrutu-rais, que potenciam a cria-ção de uma rede homogé-nea para o lançamento damobilidade eléctrica emPortugal.

Novos lugares de estacionamento na Avenida António dos Santos considerados “vergonhosos”,por ocuparem grande parte da estrada

Primeiros carregadores serão colocados na Praça do Municípioe no Largo de Marvila

sociedade4 CORREIO DO RIBATEJO Edição n.º 6.220 | 3 de Setembro de 2010

A Câmara de Santarémestá a equacionar a neces-sidade de passar a partici-par às autoridades policiais,o incumprimento da legis-lação por parte de proprie-tários que não limpam osseus terrenos e que, assim,agravam o risco de incên-dios durante o Verão. Naúltima reunião do Executi-vo, o vereador António Va-lente, responsável pelo pe-louro da Protecção Civil,disse que a notificação en-viada pela Câmara, no sen-tido de avisar os proprietá-rios de que devem limpar osterrenos até meados deAbril, tem sido muitas ve-zes ignorada, pelo que seránecessário colocar em prá-tica medidas mais drásticas,de forma a responsabilizar

Incumprimento da legislação impede prevenção de fogos florestais

Câmara de Santarém quer responsabilizarproprietários pela falta de limpeza de terrenos

os donos de terrenos pelosdanos causados.

António Valente acres-centou que, além da falta delimpeza, há a registar outrotipo de descuidos que po-dem gerar acidentes graves,como foi o caso de um poçonão assinalado, na zona deAlmoster, dentro do qualcaiu um bombeiro duranteas operações de combate aum fogo, na noite de 3 para4 de Agosto. A queda nãoteve consequências graves,mas obrigou a desviarmeios humanos e materiais,numa altura em que todosos recursos são poucos paraacudir aos incêndios, se-gundo fez notar AntónioValente.

Ludgero Mendes, verea-dor eleito pelo PS, interveio

sobre o assunto, para de-fender uma “maior firme-za, não só na fiscalização,mas também na aplicaçãode multas a quem não cum-pre a legislação”. O verea-dor alertou para o facto dehaver locais em plena cida-de de Santarém, que care-cem de limpeza urgentesob o risco de se tornarempasto de chamas. Comoexemplo, apontou o terre-no entre Vale dos Reis e oRio Tejo, que “há muitosanos não é limpo” e a zonado Ferro de Engomar,onde, segundo disse, “foifeita limpeza, mas ficoupor retirar um monte de le-nha”.

O vereador responsávelpela Protecção Civil adian-tou ao Correio do Ribatejo

que o terreno entre Vale dosReis e o Rio Tejo é particu-larmente sensível por cau-sa da instabilidade das en-costas, pelo que, aqui, a lim-peza da vegetação terá queobedecer a cuidados espe-ciais.

António Valente infor-mou, ainda, que, até aomomento, houve três incên-dios de maiores proporçõesno concelho, dois deles nasfreguesias de Amiais eAbrã, com cerca de 150hectares de mato ardidosem cada um, e outro na lo-calidade de Aldeia de Além(freguesia de Alcanede),que deflagrou no passadodomingo e consumiu cercade 35 hectares de pinhal(pinheiros mansos).

SM

A morte de João Sidónio CostaSó graças à sensibilidade de D. Paula Costa Perei-

ra, que publicou no Correio do Ribatejo do passadodia 27, o seu público e eterno agradecimento, tivemosnesta Cidade conhecimento de um infausto aconteci-mento. A recente morte do conhecido e estimado al-meirinense, dono da farmácia de Tremês, João Costa.Nos anos 30, o jovem João Costa iniciou a vida profis-sional na Farmácia Leitão, hoje Barreto do Carmo, naCidade de Almeirim. Desde então, tornou-se numa re-ferência lendária pela bondade e humanidade com queaconselhava, aos clientes mais desprotegidos e de fra-cos recursos, o melhor remédio. Por motivos familia-res, fixou residência em Tremês, onde se entregou decorpo e alma e também ali conquistou a população da-quela região, onde a sua morte foi igualmente sentida.O Correio do Ribatejo associa-se à dor da família en-lutada.

Jovens chineses acompanhamCândido de Azevedo em Almeirim

Aproveitando o final do ano lectivo na Universi-dade de Pequim, onde é professor, Cândido de Azeve-do fez o lançamento do seu último livro, em Almeirim.Um grupo de alunos de nacionalidade chinesa queaprendem Português naquela Universidade, acompa-nharam o professor. Nesta viagem de estudo, além deorganizarem uma exposição têm visitado a Cidade e oPaís. Alguns estabelecimentos de ensino, ATL, fábri-cas, adegas, instituições de cariz humanitário e de be-neficência. Umas “férias” que Cândido de Azevedoaproveita, com o seu peculiar sentido organizativo, paramostrar e divulgar a alguns dos seus alunos, nossosfuturos “embaixadores” e defensores das belezas donosso País.

Benfica amanhã em AlmeirimO Hóquei Clube “Os Tigres” apresenta amanhã,

sábado, às 18h00, no pavilhão Comendador AlfredoBento Calado, em Almeirim, a sua equipa para a pró-xima época desportiva, defrontando o Sport Lisboa eBenfica. No próximo dia 7 de Setembro, os Tigres re-cebem a equipa do Sporting Clube de Portugal paramais um jogo de preparação, tendo em vista a sua par-ticipação no Campeonato da 2.ª Divisão Nacional –Zona Sul.

Pão, Vinho & CompanhiaDurante a semana a população tem correspondido

às expectativas da Autarquia, participando nos progra-mas diários que se realizam neste certame. Hoje temlugar a final do Concurso Miss Ribatejo 2010 e ama-nhã, sábado, o Festival de Folclore. No domingo reali-za-se a Gala de Talentos, com a participação de 13 con-correntes. Hermenegildo Marmelo

Notas soltasAlmeirim

“Cansado de ser insulta-do por uma horda de anal-fabetos”, segundo as suaspróprias palavras, Francis-co Moita Flores decidiu lan-çar um abaixo-assinado“em defesa da festa brava”,tendo como meta recolher100 mil assinaturas até Ju-nho de 2011. Na última reu-nião do Executivo camará-rio, dia 30 de Agosto, Moi-ta Flores leu o abaixo-assi-nado e anunciou que o mes-mo será posto a circular na

Moita Flores lança petição“em defesa da festa brava”

internet e noutros espaços.O texto de exaltação das

touradas, que evoca SãoFrancisco de Assis, GarcíaLorca, Ernest Hemingway,entre outros nomes do pen-samento, das letras e dasartes, realça a “dimensãotrágica do enredo taurino”que considera indissociávelde todas as manifestaçõespopulares.

Moita Flores critica as“culturas urbanas radicais”que desprezam a ligação ao

campo e proclama que adefesa dos direitos do Ho-mem e dos direitos da Ter-ra passa pela “defesa dossímbolos”.

Empregando expressõescomo “beatério fundamen-talista” e “talibãs”, MoitaFlores acusa de “hipocrisia”aqueles que protestam con-tra as touradas, mas que nãolevam os seus protestospara a porta dos matadou-ros, laboratórios e outroslocais que coabitam com o

sofrimento dos animais.“Vamos mostrar ao país quenão nos submetemos à di-tadura do hambúrguer urba-no”, apela Moita Flores.

O abaixo-assinado surgena sequência de recentesreacções contra a festa bra-va, entre as quais o lança-mento de uma petição na in-ternet, pelo Partido PelosAnimais, para que sejaaprovada legislação no sen-tido de abolir as touradas nopaís.

O presidente da Comis-são Política da JuventudeSocial Democrata (CPS/JSD) de Almeirim, Firmi-no Serôdio, denuncia jun-to da comunicação social,o que considera ser um“atentado” à fauna e à flo-ra na Vala Real de Muge(mais conhecida comoVala de Almeirim).

Firmino Serôdio consi-dera que existe “um totalesquecimento e um visíveldesleixo sobre um tão im-portante activo natural donosso Concelho que hámuito é esquecido peloexecutivo socialista”. Se-gundo afirma, “encontram-se bem visíveis centenas depeixes mortos ao longo da

JSD denuncia “crime ecológico” na Vala de Almeirimvala, para além do cheironauseabundo sentido commaior intensidade junto auma vala privada de ondeprovém uma grande quanti-dade de resíduos tóxicos,que entram no caudal daVala Real”.

Perante um cenário queclassifica de “catastrófico”,o presidente da JSD quer“alertar a sociedade civil dosriscos que este crime ecoló-gico pode acarretar, não sópara o ecossistema envol-vente (foi visível durante avisita a alimentação dos pei-xes por pássaros) mas tam-bém para a população doConcelho”, uma vez que,conforme alerta Firmino Se-rôdio, “ existe o risco de al-

gumas doenças poderem vira ter implicações na quali-dade de vida dos habitantesde Almeirim”.

Firmino Serôdio diz que,desde 2005, que a CPS/JSDAlmeirim e o próprio PSDtem vindo a alertar para asvárias descargas efectuadaspor particulares para a ValaReal, “sem que nenhumamedida mais concreta deprevenção ou manutençãotenha sido feito pelas enti-dades camarárias”.

A JSD considera aindaque as várias tentativas to-madas pela Câmara Muni-cipal de Almeirim, na lim-peza da Vala “foram inefi-cientes e ineficazes, umavez que o problema persis-

te e não parece haver inte-resse da parte da autarquiaem que ele seja resolvidoa curto/médio prazo”.

A JSD de Almeirimquestiona o executivo ca-marário sobre a execuçãoda política ambiental eexige “o apuramento deresponsabilidades paraesta situação, bem comoum plano de prevenção erecuperação dos danosactuais”.

O Correio do Ribatejotentou ao longo da sema-na contactar o vereadorresponsável pelo pelourodo Ambiente da CâmaraMunicipal de Almeirim,mas não conseguiu chegarà fala com o autarca.Os peixes serviram de alimento a pássaros na Vala de Almeirim


Nuno Serra apresentou ter-ça-feira a candidatura à pre-sidência da Comissão Políti-ca Concelhia de Santarém doPartido Social-Democrata.

Na sede do núcleo de Al-canede, que encheu para ou-vir o candidato, Nuno Serrajustificou a escolha do local“pela necessidade de aproxi-mar o partido das bases e dasfreguesias”.

“Esta apresentação deve serentendida como uma homena-gem ao militante base, uma ho-menagem às freguesias, umahomenagem aos Homens eMulheres que fazem parte doPSD e servem dedicadamentea causa pública”, disse.

Nuno Serra definiu a suaequipa como “um conjuntode pessoas descomprometi-das, sem empregos políticos,que gostam da política, doPSD e de Santarém” e quedefendem um “partido aber-to à sociedade civil”.

Afirmando-se disponívelpara apoiar Cavaco Silva nasPresidenciais e Passos Coe-lho nas Legislativas, NunoSerra defende uma “políticade proximidade”, a criaçãodo provedor do militante, deum núcleo de mulheres so-ciais-democratas, o senadoconcelhio (órgão que reunirátodos os militantes que te-nham exercido cargos eleitospelo PSD da concelhia deSantarém), promover fóruns edebates com oradores de im-pacto nacional, criar um gru-po de reflexão composto pormilitantes e sociedade civil ea criação de um gabinete de-dicado às freguesias.

Marcaram presença naapresentação da candidaturaRicardo Gonçalves, vereadorda Câmara Municipal de San-tarém e actual presidente daComissão Política de Secção,António Pinto Correia e Alec-ta Ferreira, respectivamentepresidente e vice-presidenteda Assembleia Municipal de

Eleições a 24 de Setembro

Nuno Serra apresenta candidaturaà Concelhia do PSD de Santarém

Santarém e oito presidentesde Junta de Freguesia.

JSD apoia Luís ArraisA Comissão Política de Sec-

ção da JSD de Santarém ma-nifestou, em comunicado en-viado ao Correio do Ribate-jo, a intenção de apoiar a can-didatura liderada por Luís Ar-rais, apresentada a 17 deAgosto num hotel da cidade(Ler Correio do Ribatejo de20 de Agosto de 2010).

A decisão saiu do encontroque a JSD manteve, no pas-sado sábado, com ambos oscandidatos, tendo optado porapoiar Luís Arrais “devido àspropostas apresentadas e àsrespostas às questões que fo-ram colocadas pelos dirigen-

tes da JSD,” justifica DiogoGomes, presidente da Comis-são Política da JSD.

A candidatura “Com oPSD, Santarém primeiro!” irárealizar vários encontros emdiversas Freguesias do Con-celho, promovendo debatesde ideias entre militantes esimpatizantes do PSD, o pri-meiro dos quais teve lugar emAlcanede, a 27 de Agosto.

No próximo dia 16 de Se-tembro, terá lugar na sede doPSD, em Santarém, um ple-nário no qual as duas listasapresentarão o programaeleitoral aos cerca de 900militantes com direito a votonas eleições da Concelhia,agendadas para 24 de Setem-bro. JPN

Nuno Serra quer criar a figura de provedor do militante na Concelhia de Santarém

ARSLVTAdministração Regional de Saúde

de Lisboa e Vale do Tejo, I. P.

ACES RIBATEJO

NOTA INFORMATIVAUTENTES DIABÉTICOS INSCRITOS NO ACES RIBATEJO

(Azambuja – Cartaxo – Golegã – Rio Maior – Santarém)

Rastreio da Retinopatia Diabética

A retinopatia diabética é uma das mais sérias complicações da Diabetes Melittus podendoconduzir à cegueira se não for diagnosticada a tempo.

O ACES Ribatejo, em colaboração com a Associação Protectora dos Diabéticos de Portugale a ARSLVT, estão a desenvolver um rastreio destinado a todos os utentes diabéticos inscri-tos nos cinco Centros de Saúde que integram este Agrupamento de Centros de Saúde.

No caso do resultado do rastreio ser positivo os utentes têm garantido acompanhamentoespecializado.

O rastreio iniciou-se já em Julho em Rio Maior, e progressivamente será alargado aos outrosquatro Centros de Saúde, com o seguinte cronograma previsível: Agosto/Setembro na Azam-buja, Setembro/Outubro no Cartaxo, em Outubro na Golegã e em Outubro, Novembro e De-zembro em Santarém.

Os diabéticos serão convocados com cerca de uma a duas semanas de antecedência, atra-vés de carta proveniente da Unidade de saúde respectiva que indica o dia, hora e local dorastreio.

Se é diabético e não for convocado informe-se durante o mês correspondente na secretariada sua unidade de saúde.

Agosto de 2010.O Director Executivo do ACES Ribatejo,

Carlos Manuel M. Ferreira

Santarém acolhe1.º Encontro Nacionalde Clubes 2CV

Santarém vai acolher de 9 a 12 de Setembro, naCasa do Campino, o 1º Encontro Nacional de Clubes2CV e Derivados, que tem como objectivo reunir to-dos os bicavalistas nacionais num mesmo evento, emharmonia e celebração festiva.

O Encontro, organizado pelo Club 2 CV/Dyane, vaipermitir aos seus participantes, desfrutar da beleza doconcelho de Santarém, tendo em conta que vão ter aoportunidade de visitar os “Olhos de Água”, a Quintado Casal Branco, Valada do Ribatejo, bem como reali-zar uma visita cultural com road-book ao Convento deSão Francisco, Largo do Seminário, podendo visitar aSé Catedral, Igreja da Graça, Torre das Cabaças – Nú-cleo Museológico do Tempo e Jardim das Portas do Sol.

No dia 12 de Setembro, a partir das 09h30, os 2cve derivados vão estar em exposição no Jardim da Li-berdade, onde terá lugar um concurso de elegância doscarros participantes.

Colheita de sangue, hoje,junto ao Hospital de Santarém

O Grupo de Dadores de Sangue de Pernes promo-ve hoje, sexta-feira, 3 de Setembro, entre as 15 e as 20horas, uma colheita de sangue no Hospital Distrital deSantarém. A recolha conta com o apoio do Centro Re-gional de Sangue de Lisboa e funcionará num autocar-ro do Instituto Português do Sangue, devidamente pre-parado para o efeito.

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sociedade6 CORREIO DO RIBATEJO Edição n.º 6.220 | 3 de Setembro de 2010

Os autarcas do concelho doCartaxo foram convidados avisitar o local onde decorremas obras para a construção doParque de EstacionamentoSubterrâneo, integrado noprojecto do Parque Centraldo Cartaxo, cujas escavaçõesestiveram interrompidas, masvão recomeçar, segundo aAutarquia. A interrupção de-veu-se à necessidade de fa-zer o levantamento de ele-mentos arqueológicos encon-trados no local, designada-mente elementos relaciona-dos com a existência do Con-vento Espírito Santo, ergui-do nesse local no início doséculo XVI e extinto em me-ados do século XIX.

A visita dos autarcas tevepor objectivo “dar a conhe-cer no terreno e esclarecer deforma concreta o que estáaqui em causa”, disse PauloVaranda, vice-presidente daCâmara Municipal e verea-dor responsável pela área doUrbanismo, que guiou a visi-ta. “A informação que pode-mos retirar deste trabalho dearqueologia será importan-te para reconstruirmos ecompletarmos, em termoshistóricos, uma época. To-dos esses elementos já es-tão salvaguardados”, afir-mou. Contudo, segundo as-segurou, “o que foi encon-trado não tem fundamentohistórico que possa condicio-nar a construção do nossoParque de EstacionamentoSubterrâneo”.

A oposição pediu os rela-tórios da intervenção arqueo-lógica para poder tirar a sua

Obras do parque central do Cartaxorecomeçam após intervenção arqueológica

própria conclusão sobre oteor dos mesmos.

Os trabalhos de arqueolo-gia foram da responsabilida-de da empresa responsávelpela obra, que, segundo in-formação da Câmara, “se-guiu todos os trâmites legais,envolvendo técnicos espe-cializados e as respectivasentidades competentes, de-signadamente, o IGESPAR –Instituto de Gestão do Patri-mónio Arquitectónico e Ar-queológico”.

No espaço onde foram ini-ciadas as obras foram identi-ficadas duas zonas de inter-venção: uma ligada a um pe-ríodo mais moderno, ondeforam encontrados elementosrelacionados com o antigo

edifício da Câmara Munici-pal; e outra zona, mais cen-tral, cujos vestígios antropo-lógicos poderão ser anterio-res à construção do Conven-to Espírito Santo.

Nesta zona mais central, apar das paredes divisórias,foram encontrados ossáriosde forma indiscriminada, re-velando a inexistência de cri-térios aquando dos enterra-mentos. Quanto à zona si-tuada a sul, concluiu-se tra-tar-se de um contexto de li-xeira, onde foram encontra-das ossadas de animais e res-tos de comida, bem como al-guma faiança e cerâmica vi-drada. Nas restantes zonasdo espaço de obra não foramencontrados vestígios de va-

lor histórico.Paulo Varanda disse que

algumas destas zonas já fo-ram desbloqueadas peloIGESPAR, podendo a obrarecomeçar desde já, de for-ma parcial, no terreno, acres-centando que, até final doVerão, as intervenções para aconstrução do parque de es-tacionamento deverão avan-çar integralmente.

O prazo de final da obramantém-se em meados de2011, informou também oautarca. O vice-presidenteafirmou que assim que a Câ-mara Municipal tiver os re-latórios finais deste trabalhode levantamento arqueológi-co irá fazer a sua respectivadivulgação.

A Câmara Municipal rio-maiorense evocou os 25 anosde elevação de Rio Maior aCidade. A cerimónia decor-reu nos Paços do Concelho,na reunião de Câmara públi-ca, dia 25 de Agosto.

Decorria o ano de 1985quando o projecto de eleva-ção da então vila de Rio Mai-or a cidade foi votado e apro-vado na Assembleia da Repú-blica, no dia 8 de Julho.

Na primeira linha da “luta”pela elevação encontrava-seo então deputado riomaioren-se pelo Círculo Eleitoral deSantarém do PSD à Assem-bleia da República e antigopresidente da AssembleiaMunicipal de Rio Maior, Má-rio Santos, que havia sido omentor da proposta, apoiadopelo também deputado rio-maiorense do PS e vereadorda Câmara Municipal de Rio

Rio Maior comemora 25 anosde elevação a Cidade

Maior, Silvino Sequeira. Lo-calmente, Joaquim Pereira deDeus, presidente da CâmaraMunicipal, na altura, tambémcontribuiu para a elevação acidade.

Sendo estas as personalida-des mais directamente envol-vidas no processo, a presi-

dente da Câmara Municipalde Rio Maior, Isaura Morais,convidou-os a participaremna evocação dos 25 anos,num acto solene onde pude-ram relatar como viveram osdias antes e após esta datahistórica para o Concelho.

A cerimónia começou no

Entre os séculos XVI e XIX existiu neste local o Convento Espírito Santo

A presidente da Autarquia realçou a importância de uma dataque não pode ser esquecida

exterior dos Paços do Con-celho com o hastear da Ban-deira e a actuação de elemen-tos da Fanfarra dos Bombei-ros Voluntários de Rio Mai-or, momento após o qual osconvidados presentes, autar-cas, antigos autarcas e enti-dades oficiais se deslocarampara o interior do edifício,onde assistiram aos discursosoficiais.

Isaura Morais deu inícioà sessão realçando a impor-tância de uma data que nãopode ser esquecida. Antesde dar por terminada a evo-cação, a presidente da Câ-mara ofertou, aos três inter-venientes nesta celebração –Joaquim Pereira de Deus,Silvino Sequeira e MárioSantos – medalhas come-morativas alusivas aos 25anos de elevação de RioMaior a cidade.

• A habitual recepção aos professores que leccionamno concelho vai acontecer dia 7 de Setembro pelas 15h00no Auditório Municipal, marcando assim a abertura doano lectivo. Na mesma ocasião haverá também entrega dediplomas e medalhas aos professores que completaram 25anos de carreira docente no concelho.

• Organizado pelo Vespa Clube do Ribatejo irá terlugar em 11 e 12 de Setembro no Complexo da Quinta dasPratas, no Cartaxo, o “Encontro das Vindimas” entre to-dos os adeptos deste popular veículo de duas rodas, oriun-dos de todo o país, e que nos anos cinquenta do séculopassado foram a coqueluche da juventude.

• Um caçador encontrou na zona do Falcão sete bi-dões de óleo encontrando-se cinco já a derramarem para osolo os seus conteúdos e informou a Eco-Cartaxo. Estaassociação qualificou o acto de crime ambiental, alertou aprotecção civil e deu conhecimento às autoridades do pe-rigo que podia acontecer com as primeiras chuvadas, deserem contaminadas as linhas de água. A Câmara Munici-pal disponibilizou meios e os bidões foram retirado e le-vados para reciclagem de óleos, competindo agora às au-toridades proceder a averiguações para encontrar respon-sáveis por mais este atentado contra a Natureza.

• Depois de há cerca de um mês a recém criada As-sociação Sírius e Luisa Prada terem apresentado com pom-pa e circunstância a ideia da criação da Universidade Sé-nior do Cartaxo, eis que surge a notícia da ruptura comacusações de ambas as partes, tendo no passado dia 25uma comissão da Associação estado presente na reuniãode Câmara em que o seu presidente informou o Executivode que Luisa Prada tinha sido “afastada” de coordenadorado projecto por “comportamentos excessivos”. Nas posi-ções de ambos os lados correm notícias desencontradasquer envolvendo o patrocínio Câmara, quer a quem com-pete coordenar o projecto. Para já anunciam-se não uma,mas a criação de duas Universidades Seniores. Uma comapresentação no Centro Cultural, outra, no Ateneu. O ve-reador Pedro Gil na citada reunião camarária criticou aforma como foi apresentada a Universidade Sénior, clas-sificando-a como “atrevimento”, dado que a Câmara Mu-nicipal tem vindo a dinamizar um projecto “Viver MaisViver Melhor” com centenas de seniores e muitos técni-cos que é uma autêntica Universidade Sénior e nunca foiconsultada, nem chamada a qualquer entendimento.

• Durante a noite de sábado dia 28 para domingo,enquanto decorriam as Festas de Vale da Pinta, os sanitá-rios públicos do mercado municipal de Vale da Pinta, queno dizer de Fernando Ramos, presidente da Junta de Fre-guesia, “estavam um luxo de que a freguesia se orgulha-va”, foram vandalizados de tal maneira que tiveram de serencerrados. Não contentes com tão estrondoso êxito, des-pejaram um contentor de lixo na via pública e levaram ocontentor. Para onde ainda não se sabia.

Luís Montejunto

Notas soltasCartaxo

Ereira recebe festade campo ribatejana

A Junta de Freguesia de Ereira, concelho do Cartaxo,comemora a 11 de Setembro próximo o Dia da Freguesiacom uma festa de campo ribatejana.

“Não sendo uma actividade usualmente praticada nafreguesia, os temas ribatejanos e a tauromaquia são activi-dades que os ereirenses apreciam e que nem sempre têmoportunidade de assistir,” informa João Mota, presidenteda Junta de Freguesia.

Por isso, a Autarquia promoveu uma parceria com al-gumas colectividades da Ereira para a organização da fes-ta, que terá uma componente gastronómica e onde “se pre-tende também desenvolver o trabalho em equipa e o espí-rito de partilha em nome da freguesia”, salienta João Motaem nota enviada ao Correio do Ribatejo.

A festa começa pelas 10h00 com um desfile pelas ruasda freguesia até ao campo de futebol.

Segue-se condução de jogos de cabrestos, picaria, trei-no de forcados, demonstração de toureio apeado e, pelas16h00, exibição do Rancho Folclórico de Ereira.

Uma hora depois será largada uma vaca para curiosos,exibe-se a Banda Filarmónica de Ereira (18h30) e pelas20h00, jantar. A noite é dedicada ao fado marialva comManuel da Câmara, Francisco Martins e Rodrigo Pereira eao espectáculo Doma Vaquera (22h00). Finalmente o Fla-menco, Sevilhanas e Soñido Andaluz fecham o programa.


Mais de 30 elementos daComissão de Utentes Uni-dos pela Ponte (CUUP), deConstância, concentraram-se, dia 26 de Agosto, emfrente ao Ministério dasObras Públicas à procura derespostas sobre o encerra-mento daquela travessia,respostas recusadas pelatutela.

“Saímos daqui humilha-dos”, afirmou a porta-vozda CUUP, Júlia Amorim,depois de ter sido recebidapor um responsável do Mi-nistério que, segundo disse,“não deu quaisquer respos-tas e recusou o diálogo”.

Indignados com aquelaatitude, Júlia Amorim, tam-bém vice-presidente da Câ-mara de Constância (CDU),disse que “haverá novasacções” e que o assunto nãoserá esquecido.

A ponte sobre o rio Tejo,que liga Constância sul aPraia do Ribatejo, já no mu-nicípio da Barquinha, foiencerrada ao tráfego rodo-viário dia 20 de Julho pelaREFER, que alegou “faltade segurança” no tabuleirorodoviário após uma visto-ria técnica.

Passava pouco depois das16h00 quando um grupo demanifestantes oriundos doconcelho de Constância,chegou à porta do Ministé-rio das Obras Públicas, emLisboa, envergando faixasde protesto contra o encer-ramento da ponte sobre oTejo.

Encerramento da ponte sobre o Rio Tejo

População de Constância revoltada com faltade respostas dos governantes

A delegação regional dasEstradas de Portugal deSantarém aceitou a propos-ta de instalação de semáfo-ros com controlo remoto naEstrada nacional 243 – pon-te da Chamusca. Os traba-lhos serão incluídos na lis-tagem de obras a equacio-nar aquando da preparaçãodo Plano de Segurança Ro-doviário de 2011.

A Câmara Municipal daChamusca, ao tomar conhe-cimento desta decisão, ma-nifestou a sua satisfação poruma medida que irá pôr ter-mo aos constrangimentosexistentes.

Ponte da Chamusca terásemáforos com controlo remoto

Os presidentes das Câ-maras de Constância eVila Nova da Barquinhaestiveram reunidos, no dia26 de Agosto, com a go-vernadora Civil de Santa-rém e foram informadosque aquela travessia irácontinuar encerrada a todoo tipo de tráfego rodoviá-rio durante os próximosdois meses.

O objectivo é possibili-tar a realização de umaanálise técnica mais apro-fundada, com cálculos depeso, que permitam aferirda viabilidade de umareabertura, embora con-dicionada.

O concelho de Constân-cia tem dois terços do ter-ritório e da sua populaçãona margem sul, na fregue-sia de Santa Margarida, eos equipamentos de servi-ços às populações na mar-gem norte, em Constância.

“Apesar de todos ostranstornos” causadospelo encerramento daque-la travessia, Máximo Fer-reira manifestou a sua “sa-

Travessia continuará encerradadurante os próximos dois meses

tisfação” pelo modo comodecorreu a reunião de tra-balho com a governadoraCivil, tendo afirmado que,“durante a próxima sema-na”, reunirá com o ministrodas Obras Públicas (MOP-TC) para concretizar a re-formulação do protocoloexistente entre as duas au-tarquias, a Refer e a Estra-das de Portugal (EP).

“O protocolo que existenecessita desta reformula-ção tendo em vista a requa-lificação da travessia e asubstituição integral do ta-buleiro, um investimentoque deverá rondar os qua-tro milhões de euros”, dis-se o autarca.

Segundo acrescentou, asobras de beneficiação deve-rão estender-se “por maisde um ano”, um investimen-to que pode contar comapoio de fundos comunitá-rios na ordem dos 70 a 80por cento.

“A verba restante será as-sumida em partes iguaispelas entidades que parti-lham o protocolo”, adian-

tou.Máximo Ferreira disse

ainda que, “enquanto nãose efectua a recuperaçãode fundo, a eventual rea-bertura da ponte a veícu-los ligeiros está dependen-te de uma recuperaçãoimediata” que apresentacustos variáveis, oscilan-do entre os cerca de 400mil euros e 1 milhão deeuros.

Um esforço financeiroque o autarca afirma estardisposto a assumir, “emdetrimento de outros pro-jectos previstos para oconcelho”, numa posiçãopartilhada pelo seu homó-logo de Vila Nova da Bar-quinha, Miguel Pombeiro.

Segundo disse à Lusa opresidente da autarquiabarquinhense, “os impac-tos causados pelo encerra-mento da ponte são imen-sos, mas os impactosmaiores ainda estão paravir em Setembro recome-çam em pleno as activida-des laborais e o novo anoescolar”.

Ponte encerrada desde 20 de Julho, por falta de segurança

“Não matemo concelho”

“A ponte é do povo”, “te-mos direito à ponte” e “nãomatem o concelho” foramalgumas das mensagens le-vadas pela população quese mostrou “revoltada” coma falta de respostas dos go-vernantes.

Em declarações aos jor-nalistas, Júlia Amorim ex-plicou que o motivo da ma-nifestação é “pedir ao se-nhor ministro que diga paraquando será reaberta a pon-te e para quando as obrasde reabilitação”, porque,acrescentou, “são muitas as

famílias e empresas a sofrercom esta situação e que nãotêm respostas”.

Ana Cristina, moradorano concelho, lembrou a im-portância da travessia que“leva todos os dias muitaspessoas para o trabalho emuitas crianças para a es-cola”.

“Com o encerramento daponte como é que vai ser?Como é que as pessoas vãopara o trabalho? E as crian-ças como é que vão para aescola?”, questionou autente.

Também Carlos Simões,empresário na zona, mos-trou a sua preocupação.

“Nem sei se vale a penaabrir a minha empresa. Osmeus clientes estão todos namargem Norte, vou deixarde ter procura”, disse.

Para os elementos dacomissão as pretensõessão unânimes: “Claro quea ponte deve ser reabili-

tada, não estamos contraas obras, mas queremosrepostas concretas paraorganizarmos a nossavida”.

Em solidariedade com osmanifestantes estiveramtambém o deputado do PCPBruno Dias e o deputado doBE José Gusmão, que pro-meteram pedir respostas aoGoverno na Assembleia daRepública.

Com o encerramento daponte, as alternativas maispróximas (as pontes daChamusca e de Abrantes)situam-se a cerca de 25 qui-lómetros de distância.

Questionado pela Lusasobre os procedimentos quea tutela das Obras Públicasiria tomar sobre este caso,o responsável que faloucom os representantes daCUUP escusou-se a prestaresclarecimentos.

Tarjas negrase marcha lenta

Entretanto, algumas dasanunciadas acções de pro-testo, já se realizaram. Nosábado, o concelho deConstância vestiu-se de

luto, com tarjas negraspenduradas nas janelasdas habitações e em locaisde serviço público. Namanhã da última segunda-feira, uma marcha lenta dedezenas de viaturas fezparar o trânsito na pontesobre o rio Tejo, na Cha-musca. A marcha teve iní-cio às 8h30 em Constân-cia, nas vias ao longo dasduas margens do Tejo, reu-nindo cerca de 50 viaturasque estrangularam a circu-lação na ponte da Cha-musca, considerada umadas alternativas face aoencerramento da ponte doconcelho vizinho. O pro-testo pretendeu alertarpara a incapacidade daponte da Chamusca – umadas duas alternativas paraos automobilistas – em re-ceber o acréscimo de trá-fego proveniente de Cons-tância. Só com a chegadadas autoridades, a circula-ção rodoviária, que provo-cou filas de centenas demetros, começou a fluir,embora lentamente, man-tendo-se o trânsito condi-cionado na ponte.

economia8 CORREIO DO RIBATEJO Edição n.º 6.220 | 3 de Setembro de 2010

A Alpiagra 2010 -XXVIII Feira Agrícola eComercial de Alpiarçainaugura no próximo dia11, apresentando mudançasna organização do espaço,entre outras novidades. OSalão Automóvel abandonaa nave desportiva e nesta fi-cará instalado o Pavilhão deActividades Económicas. Ocertame que se prolonga até19 de Setembro, decorreráem estreita colaboraçãocom o movimento associa-tivo, tal como aconteceu naprimeira edição da Alpia-gra, realizada em 1982, se-gundo disse o presidente daCâmara, Mário Pereira(CDU), na conferência deimprensa de apresentaçãoda Alpiagra 2010.

Teatro pedagógico, provade vinhos, passeio de car-ros antigos, passeio de ves-pas, prova de orientação –escuteiros, visitas temáticase animação com bandas egrupos musicais do conce-lho são algumas das inicia-tivas contempladas no pro-grama.

Vitorino é o nome maissonante do cartaz de espec-táculos. O cantor subirá aopalco dia 19 de Setembro,para o concerto de encerra-

Alpiagra abre portas dia 11 de Setembro

mento da Alpiagra. Haverá,também, Revista à Portu-guesa - “É só Rir”, comOctávio de Matos, Natali-na José e companhia, no diada inauguração da feira, 11de Setembro. Casimira Al-ves actuará na noite de fa-dos, dia 12, e dia 16, o pú-blico jovem poderá contarcom o som da banda portu-guesa de punk rock TaraPerdida. Dia 17, terá lugaro espectáculo Tributo aos

Beatles e, dia 18, realizar-se-á o tradicional Festivalde Folclore.

“Procuramos ir ao encon-tro de todos os gostos”, dis-se o presidente da Câmaraque, em tempo de crise, ten-tou reduzir os custos com aorganização do certame,procurando, ao mesmo tem-po, atrair mais pessoas à Al-piagra.

Durante a feira, haveráum conjunto de colóquios

sobre os seguintes temas:“Valor do Paul da Goucha”,“ O Museu dos Patudos faz50 anos”, “As Abandona-das” - este último sobre umaobra patente na Casa Museu,“Astronomia”, “AgriculturaBiológica - Da produção aoPrato”, entre outros.

A Agricultura Biológicaserá uma forte aposta destaedição que dedicará, tam-bém, um espaço à astrono-mia, onde o público poderáinformar-se e proceder àobservação dos astros. Opavilhão mais antigo da fei-ra será reservado ao artesa-nato, juntamente com a do-çaria. No mesmo espaço, osvisitantes poderão observaruma exposição dedicada aocentenário da Implantaçãoda República, na qual amemória de José Relvasocupará lugar de destaque.

No que respeita a activi-dades desportivas, a Alpia-gra 2010 compreenderá oXII Grande Prémio Pisca-tório das Vindimas que serealiza na Albufeira dos Pa-tudos; Torneio de Petanca;Torneio de Ténis; Hipismo,Prova de Dressage P1, P3e E1 e Prova de Cicloturis-mo Lisboa – Alpiarça, en-tre outras.

Apenas 33 por cento dasajudas aprovadas pelo Go-verno aos agricultores doOeste, prejudicados em De-zembro passado pelo mautempo, foram solicitadas aoMinistério da Agricultura e10 milhões de euros conti-nuam a aguardar pedidos depagamento dos agriculto-res.

A Confederação Nacio-nal da Agricultura disse, nofinal da semana passada,que a razão por que cercade 70 por cento dos subsí-dios estatais ao Oeste estãopor reclamar prende-se coma burocracia e com as altastaxas de juro cobradas pe-los bancos.

“A comparticipação pró-pria [os agricultores supor-tam 25 por cento] acaboupor ser desencorajante por-que os agricultores tiveramde recorrer à banca, poisestão descapitalizados”,afirmou João Dinis, mem-bro da direcção nacional daConfederação Nacional daAgricultura (CNA).

A banca não aceita finan-ciar em muitos casos e nou-tros aceita mas a juros al-tíssimos, adiantou o respon-sável, defendendo que esta

Setenta por cento dos subsídios estataisa agricultores do Oeste por reclamar

Intempéries destruíram estufas e culturas

Vitorino é o nome mais sonante do cartaz de espectáculos

é a “principal” razão porqueapenas 33 por cento das aju-das aprovadas pelo gover-no aos agricultores do Oes-te foram até agora solicita-das ao ministério da Agri-cultura.

“A banca tem chegado afinanciar os agricultores ajuros na ordem dos 10 porcento, mas quem é que con-segue suportar”, questionaaquele membro da direcçãoda CNA.

Dos 19,4 milhões de eu-ros de pedidos feitos pelosagricultores foram aprova-dos 14,5 milhões de euros,relativos a 480 candidatu-ras. Mas até agora apenas179 candidaturas foramalvo de pedidos de paga-

mento, continuando quase10 milhões à espera de so-licitações dos agricultorespara pagamento, segundo oMinistério da Agricultura.

“Esta ajuda começoulogo mal, e alertamos paraisso. Os agricultores nãotêm dinheiro e atrasam ospagamentos à segurançasocial e ao fisco. Estes, logonuma primeira triagem, fi-caram excluídos, não po-diam receber os apoios porcausa das dívidas ao Esta-do”, contou João Dinis.

Depois, acrescentou, ti-nham de suportar 25 porcento do investimento, poiso apoio estatal é de apenas75 por cento, e os agricul-tores estão descapitaliza-

dos, muitos não conseguemsuportar aquela percenta-gem de investimento.

“Depois há o problema daburocracia, são dezenas depapéis, assinaturas que fal-tam, processamento de des-pesas”, comentou, acres-centando que “muitos”agricultores da região doOeste já “desistiram” decontinuar na actividade “oupela idade, ou porque nãovoltaram a produzir e fize-ram outra opção de vida”.

Os estragos deixadospelo mau tempo na madru-gada de dia 23 em sete con-celhos do distrito de Lisboacustaram ao país cerca de63 milhões de euros, deacordo com as estimativasdos prejuízos efectuadas naaltura pelos municípios deAlenquer, Azambuja, Cada-val, Lourinhã, Mafra, So-bral de Monte Agraço e Tor-res Vedras.

O concelho de Torres Ve-dras foi o mais afectado pelomau tempo, que deixou umrasto de destruição sobretu-do no sector agrícola, comestufas deitadas ao chão ouparcialmente destruídas,pondo em causa a economiada fileira hortícola.

O Núcleo Nersant de Abrantes, actualmente situa-do no edifício que também alberga a Câmara Munici-pal, passará a funcionar, a partir do dia 6 de Setembro,no Tecnopólo do Vale do Tejo, em Alferrarede.

A nova localização, segundo a Associação Empre-sarial de Santarém, “significa não só melhores acessi-bilidades e parque de estacionamento, mas também me-lhores infraestruturas, o que permite responder de for-ma mais adequada às solicitações das empresas asso-ciadas da Nersant que recorrem a este núcleo”.

Os contactos do Núcleo Nersant de Abrantes irãomanter-se após a mudança: 241372167 (telefone),241372165 (fax) e nucleo.abrantes@nersant.

Núcleo Nersant de Abrantesmuda-se para Tecnopólodo Vale do Tejo

O empresá-rio JoaquimLouro e as em-presas Lusocol-chão e a Louri-ni são entidadesda região deSantarém can-didatas a rece-berem o prémioMobis, na gala

Empresas Lusocolchãoe Lourini de novocandidatas a prémio Mobis

que vai decorrer a 17 de Setembro, no Porto.As empresas de Amiais de Cima já foram premia-

das em anos anteriores, existindo agora a expectativade saber se voltam a ser distinguidas.

A gala do Prémio Mobis, que anualmente distingueas melhores marcas de mobiliário, decoração e artigospara a casa, vai ter lugar no Salão Nobre do Edifício daAlfândega, no Porto, a 17 de Setembro. A décima edi-ção da iniciativa conta com o apoio institucional da Pre-sidência da República e do Governo, além de diversasoutras instituições, com destaque para todas as associa-ções sectoriais do mobiliário e para as Câmaras Munici-pais de Paços de Ferreira e de Paredes.

A Comissão de Honra é encabeçada pelo Presiden-te da República, Aníbal Cavaco Silva, e integra tambémo Ministro da Economia, Vieira da Silva, e os presiden-tes do AICEP, AIP, AEP, da Confederação da IndústriaPortuguesa e do Comércio e Serviços de Portugal.

Para o director-geral do Prémio Mobis, EmídioBrandão, “esta é a mais importante manifestação dereconhecimento pela qualidade dos produtos e servi-ços dos artigos de mobiliário e decoração fabricados ecomercializados em Portugal”. Segundo aquele respon-sável, “este ano serão distinguidas de uma forma parti-cular as marcas que ao longo da última década mais sedestacaram pelo empreendedorismo e inovação”. Ospremiados vão receber um troféu da autoria de SoutoMoura.

Durante o evento serão também entregues as Eti-quetas de Qualidade às lojas de mobiliário e decoraçãomerecedoras dessa distinção.

9cultura Edição n.º 6.220 | 3 de Setembro de 2010 CORREIO DO RIBATEJO

A Associação Músicos Associados assinala a 6 deSetembro (segunda-feira) o seu primeiro ano de vidacom um encontro entre alunos e professores, cujo ob-jectivo é dar a conhecer o resultado do trabalho efectu-ado durante o ano lectivo na escola. O evento terá lu-gar nas instalações da Associação (Largo do Choupal,n.º 4, em Santarém), a partir das 18h00, e é aberto atodos os que gostem de música e que queiram sabermais sobre a actividade da escola e sobre os cursosleccionados.

O novo ano lectivo está prestes a começar e as ins-crições estão já abertas para os cursos de Piano, Bate-ria, Sax, Baixo Eléctrico/Contrabaixo, Voz, GuitarraEléctrica e Acústica. A Associação vai também conti-nuar a efectuar Workshops aos fins-de-semana, combase nos temas: “Percussão”, “Harmonia e Improvisa-ção”, “Baixo Eléctrico”, “Improvisação, Guitarra eComposição”, “Escalas e Improvisação na MúsicaModerna”, “Voz” e “Piano”.

No primeiro sábado de cada mês, os Músicos As-sociados abrem as portas das suas instalações para umaJam Session, onde os presentes podem ouvir alunos,professores e outros músicos convidados, num ambien-te intimista e acolhedor.

Músicos Associados: Um anoa ensinar música em Santarém

LANfestival emAbrançalha-de-Baixo

A Quinta de Santa Catarina (Abrançalha-de-Bai-xo), em Abrantes, é palco desde ontem (quinta-feira) eaté domingo, 5 de Setembro, da 4.ª edição do LANfes-tival, um festival de Verão que assenta num conceitodireccionado a vários níveis: tecnológico, cultural e des-portivo e tem como principal propósito, segundo osorganizadores, “a sensibilização das pessoas para asnovas tecnologias de informação”.

Dar a conhecer os recursos da região de Abrantese fomentar o contacto com novas tecnologias são ou-tros dos objectivos que fundamentam esta iniciativa pro-movida pela associação juvenil “Knouckout”.

Tendo como ponto de partida as TIC - Tecnologiasde Informação e Comunicação, a LANfestival reúnenum mesmo espaço e em simultâneo, actividades di-versas para diferentes públicos: “Virtual World”, “RealWorld” e “Fun World”.

Tal como nas edições anteriores, um dos pontosaltos do evento é a LANparty, que junta no mesmo es-paço os participantes (particularmente jovens) interes-sados pelas áreas de informática e das novas tecnolo-gias e que durante 66 horas, estão ligados em rede ecompetem na esfera virtual.

No espaço do Festival existe uma grande área rel-vada, disponível para campismo, com acesso livre, dis-ponibilizando duches solares e churrasqueira.

Domingo, a partir das 10h00

“Can You See It More Clearly Now”? é o nome daexposição de Paula Cardoso que é inaugurada hoje, sex-ta-feira, 3 de Setembro, às 18h30, na Casa do Brasil, emSantarém, numa organização da CULTUR- EmpresaMunicipal de Cultura e Turismo de Santarém.

Depois da mostra individual “Matière à Réflection”,realizada no início do ano, a artista, licenciada em artesplásticas, pintura, pela Faculdade de Belas Artes de Lis-boa e com mestrado em pintura, procura com “Can YouSee It More Clearly Now”? novas pistas sobre a sua iden-tidade enquanto fruidora e criadora de arte.

Através da citação e da descontextualização de ele-mentos visuais sobejamente conhecidos da História deArte, bem como de imagens capturadas do foro pessoal, ede excertos de letras de músicas, procura (des)construirnarrativas ao mesmo tempo que desafia convenções e in-tenções da representação pictórica, nomeadamente nas re-lações entre forma/fundo e forma/conteúdo.

Exposição patente até 2 de Outubro de 2010.

Paula Cardoso expõe“Can You See ItMore Clearly Now”?na Casa do Brasil

A Casa do Brasil em Santarém inaugura a 10 de Se-tembro, uma exposição de pintura intitulada “Atelier’s d’Arte”. A mostra, da autoria de Pedro Gon, é inauguradaàs 18h30.

Esta exposição, “Atelier’s d’ Arte”, resulta dos traba-lhos executados por vários alunos do artista plástico Pe-dro Gon, no espaço comercial “Ideias na Tela”.

Para além da interacção, partilha de saberes e expe-riência artística, Pedro Gon procura também nas suas au-las, que os seus alunos sejam cada vez mais autónomos ecriativos.

O artista plástico realça ainda o facto de nestes ate-liers, com a duração de três horas, não se fazerem cópiasde outros quadros/pintores. “Um factor essencial para po-tenciar a criatividade dos alunos com as várias técnicasque a arte exige”, conclui Pedro Gon.

Exposição estará patente ao público até 3 de Outubrode 2010.

Pedro Gon traz“Atelier’s d’ Arte”a Santarém

Para comemorar o Cen-tenário da República, oCírculo Cultural Scalabita-no continua a promover opercurso “100 Anos da Re-pública”, sob a orientaçãode Vera Duarte, guia-intér-prete de Santarém.

Círculo Cultural Scalabitanopromove percurso republicano

A próxima visita guiadaé já no domingo, 5 de Se-tembro, pelas 10h00, cominício no Mercado Munici-pal de Santarém (PortaEste, virada ao Largo In-fante Santo e Ex-EPC).

Ao longo do percurso se-

rão visitados, além do Mer-cado Municipal de Santa-rém, o busto de AlexandreHerculano, estátua do Mar-quês Sá da Bandeira, bus-to de Guilherme de Azeve-do, edifício do antigo Cen-tro Eleitoral Republicano,

Rua Miguel Bombarda,Largo Visconde da Serrado Pilar, Largo do Carmocom estátua de Passos Ma-nuel e edifício do GovernoCivil, Teatro Taborda, Av.5 de Outubro e Portas doSol.

opinião10 CORREIO DO RIBATEJO Edição n.º 6.220 | 3 de Setembro de 2010

O lugar onde vivemos

Crónicasdum novo tempo - V

Vivo na minha rua, largo ou praça. Depois, vivo naminha terra, no meu país, num continente (aqui já nãome atrevo a chamar meu), num hemisfério terrestre,depois… estou a bordo da Nave Terra. Este planeta - aque já me atrevo de novo a chamar meu - que se mexeno espaço segundo leis relativizadas com outros cor-pos celestes.

Dessa perspectiva, se reconhecem as linhas ponte-adas num mapa dividindo gente, culturas… homensque viveram muitos anos antes de nós, traçaram, defi-niram e chamaram-lhes fronteiras. Quintais, visõesdomésticas…que nos foram apequenando.

Isto, a ideia do lugar onde vivemos, foi ficandocada vez mais restrito.

O homem da estepe, do deserto, do gelo, dasmontanhas…com olhar de lonjuras, que significado te-ria para ele o lugar extenso onde então vivia? Que re-lação estabelecia com os elementos, com o Céu e aTerra, os animais plantas e pedras ou com o outro seuigual? Terá nascido assim o sentido da palavra hospi-talidade? Fraternidade? – Já todos fomos iguais – evoltaremos a ser!

Agora, que tudo se tornou perto, que a informaçãofaz viagens estonteantes, fará sentido continuarmosaprisionados pelas tais linhas ponteadas? Prisioneirosde governações de parcos recursos e limitados hori-zontes?

Os alinhamentos de países em organizações supra-nacionais, com interesses económicos e geoestratégi-cos comuns, extravasam continentes e parecem anun-ciar, a seu tempo, a inevitabilidade de um Governo Pla-netário Único.

No entanto, as razões ultrapassam o materialismoque nos governa – o homem novo – requer a cidadaniasobre todas as conquistas da humanidade! Quer cres-cer, dilatar a consciência, rasgar o desconhecido, rom-per os velhos formatados espartilhos, experienciar,ousar o que ainda não foi feito!

O homem novo requer tecnologia que lhe permitavoltar a contemplar o céu, brincar com e como criança,não ter que esperar as curtas férias anuais para tocar aplenitude da Vida. O homem novo que espreita por en-tre a adolescência que o disfarça, exige VIDA sem au-tomatismos – uma permanente AVENTURA que o váconstruindo.

O verdadeiro lar dum passarinho não é o ninho – éo ar!

O conhecimento tem destas coisas…Tira-nos do lugar onde sempre vivemos!

Manuela Marques————————

N. R. - Manuela Marques assina a rubrica “Cróni-cas dum Novo Tempo” todas as primeiras sextas-feirasde cada mês.

Uma dascoisas boasou muitoboas que oactual e oa n t e r i o rGovernoi m p l e -

António Madeira

Para onde vamos?

Licenciamento Zeromentou foi o Simplex. A in-formatização das Conserva-tórias Prediais, Comerciaise Finanças permitiu a ob-tenção de Certidões sem filade horas, online. Os mode-los fiscais de Rendimentosdos particulares e das em-presas passaram a ser envi-ados via NET e são acessí-veis a todos. As vantagenssão enormes: quem não selembra de estar horas a fiona fila das Finanças para aentrega do seu IRS nos anos80 e 90, quando hoje é umsimples click. A lista de ou-tros serviços informatiza-dos é vasta e os benefíciossão portanto extensivos atodos os portugueses.

Foi esta semana lançadoo Licenciamento Zero, oprograma que tem comoobjectivo acabar com buro-cracias e tempos de esperaentre o pedido de licençapara o início ou mudança deuma actividade e a obten-ção da autorização paraabrir o estabelecimento aopúblico. Destina-se funda-mentalmente ao pequenocomércio e está relaciona-do com pequenas autoriza-ções até aqui exigentes emtermos de burocracia juntodas Câmaras Municipais.

O Simplex tem sido mui-to importante para a Moder-nização do Pais, é uma re-volução nos serviços que

deve ser enaltecido e a con-tinuar.

Confrontei este anúncioque vai facilitar a vida aopequeno comércio com oartigo de Cristina Casali-nho, de 23/07/2010, no Jor-nal de Negócios e fiquei apensar que o País precisa deuma Revolução. Qual? Arevolução dos bens transac-cionáveis.

Todos nós lemos, dize-mos e percebemos que oPais está em crise, num si-tuação difícil de sustentar.Pergunta-se, como sairdela? Como voltar a criaremprego? Como melhorara economia para índices decrescimento que permitemmelhorar a qualidade deVida dos Portugueses. Aresposta para essa perguntaestá na Revolução dos Bens

Transaccionáveis. Como?A) - Reduzir o peso do

Estado, com a sua informa-tização e a redução da cargaburocrática administrativa,que o Simplex vem ajudar.

B) - Apoiar e fomentaras empresas do sector dosbens transaccionáveis, aju-dá-las a modernizarem-se.São estas que reduzem asimportações e aumentam asexportações.

As empresas deste sectorsão as fábricas manufactu-ras, o Turismo, o sector fi-nanceiro, as empresas agrí-colas e as da Pesca, porexemplo. As empresas queestão no sector dos Bensnão-transaccionáveis são ocomércio, construção e te-lecomunicações, por exem-plo. Como se consegue in-verter a tendência da redu-

ção do peso das primeirassobre as segundas (agricultu-ra e a industria nos últimosanos perderam 7% e 10% dopeso na economia)?

Apoiando fortemente aagricultura e a indústria,como é o bom exemplo anoticia referida do Ministé-rio da Agricultura poderapoiar a empresa Monliz deAlpiarça num investimentoprevisto que vai duplicar aárea de cultivo contratadaaos agricultores de 2000 Hapara 4.000 Ha, criar mais 30empregos e onde 70% dasua produção é para expor-tação (Correio de Ribatejo,27/08/2010). Um bomexemplo a seguir. Outrobom exemplo é o apoio quea firma de sucesso JJ Lou-ro vai receber e que ajuda-rá a realizar um investimen-to de 6,8 milhões de Euros,numa área de tecnologia so-fisticada e inovadora e quea ajudará a ser (ainda) maiscompetitiva. Esperemosque os apoios não falhemcomo tantas vezes aconte-ceu no passado.

Sim aos apoios paraMONLIZ, JJ Louro e outrasentidades organizadas, ex-portadoras, competitivas egeradoras de estabilidade aquem trabalha.

Viva a revolução dos benstransaccionáveis. Viva.

Era bom que Portugal aconsiga fazer. Era bom si-nal para todos nós.

Maria Fernanda Barata

BAÚDE

RECORDAÇÕES

O valor da CulturaA leiturade um bomlivro devefazer parted e u m a sférias feli-zes e sau-dáveis.

No passado mês de Julholi com muito interesse “APaixão de Colombo”, daautoria da Professora e Es-critora Margarida Pedrosa,nascida na cidade de Évoraem 1964.

Trata-se de um livro comcaracterísticas históricas,pois tem como figura apai-xonante, o grande navega-dor Cristóvão Colombo.

Outra figura relevante éPilar, futura Condessa deOdiáxere, por quem Co-lombo se apaixona perdida-mente.

O livro que contempla“amores proibidos, assassi-natos, conspirações, culpase ambições”, põe a desco-berto a perigosa acção dosReis Católicos de Espanhae do Papa Alexandre VI.

Sem querer fazer qual-quer publicidade ao livro

LeiaAnuncieDivulgueComenteAssine

CORREIO DO [email protected]. 243333116 – Fax 243333258

www.correiodoribatejo.com

“A Paixão de Colombo”,devo dizer que a sua leiturame encantou, proporcio-nando-me momentos emo-tivos que não vou esquecer.

Reli o grande livro daminha vida “O Drama deJoão Barois” que, por mui-tas vezes que o leia, ofere-ce-me sempre surpresas ex-traordinárias e emoções for-tes.

O seu autor é o notávelEscritor Roger Martin duGard, que empresta o seutalento vigoroso a este li-vro inesquecível e contro-verso.

Não é por acaso que elepertence à galeria de “OsMelhores Romances dosMelhores Romancistas”.

Temos de aceitar que avida de hoje, com todos osseus aliciantes, afecta mui-tas pessoas da boa leitura.

É pena que tal facto acon-teça, porque ler é um actode inteligência, que nos ele-va e dignifica.

É de grande importânciaque as escolas de hoje pos-suam uma biblioteca e océlebre computador Maga-lhães, pois é na mais tenraidade que as crianças adqui-rem o gosto pela leitura epelo conhecimento geral,que lhes abre a mente paraum inquestionável enrique-cimento.

A escola antiga, velha,caduca e sem atractivos,não tinha nada, sendo o Pro-fessor um “escravo” malpago, cheio de deveres epoucos direitos.

Só quem não tenha me-mória, pode esquecer a ve-lha escola, onde o Profes-sor até era agente de limpe-za das salas de aula e nãosó.

Há ainda quem tenha sau-dade de um tempo tão amar-go.

Interrogo-me, mas nãoobtenho resposta.

Um cumprimento ao lei-tor.

“Outro bom exemplo é oapoio que a firma de sucesso JJLouro vai receber e que ajudaráa realizar um investimento de 6.8milhões de Euros, numa área detecnologia sofisticada e inovado-ra e que a ajudará a ser (ainda)mais competitiva. Esperemos queos apoios não falhem como tan-tas vezes aconteceu no passado”

11educação Edição n.º 6.220 | 3 de Setembro de 2010 CORREIO DO RIBATEJO

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A autarquia de Rio Maiorassinou, no passado dia 26de Agosto, um contrato decomodato com a Santa Casada Misericórdia local, comvista à gestão das novasCreches da Chainça e Ma-laqueijo, conforme foi de-liberado e aprovado porunanimidade na reunião deCâmara de 16 de Agosto.

Com a construção destesnovos equipamentos sociais– Creche da Chainça e Cre-che de Malaqueijo, co-fi-nanciadas pelo FEDER, oMunicípio de Rio Maiorpretendeu dar mais um pas-so no incentivo à natalida-de e no apoio às famíliasjovens com filhos, criandouma alternativa para a guar-da das crianças.

O Município garante, des-ta forma, a sustentabilidadedos novos equipamentos,assim como a qualificaçãodos serviços prestados, pre-vendo-se que a Santa Casada Misericórdia de RioMaior se candidate à cele-bração de acordos de coope-ração com o Instituto de Se-gurança Social, I.P. – Cen-tro Distrital de Santarém.

Câmara e Misericórdia de Rio Maior unidas na gestão de novas creches

Isaura Morais e João Castro na assinatura do contrato de comodato

A presidente da CâmaraMunicipal de Rio Maior,Isaura Morais, e o provedore vice-provedor da SantaCasa da Misericórdia deRio Maior, João Castro eRui Andrade, respectiva-

mente, assinaram este con-trato na Sala de Reuniõesda Autarquia, numa cerimó-nia em que também estive-ram presentes a vereadorada Educação, Sara Fragoso,os presidentes das Juntas de

Freguesia de Rio Maior eMalaqueijo, Filipe SantanaDias e António Correia, atécnica superior do Municí-pio, Marta Flor, e Maria doCarmo, representante doCentro Infantil “O Ninho”.

Isaura Morais salientouque a Câmara Municipal iráabraçar e apoiar as creches,desenvolvendo todos os es-forços para que as mesmasfuncionem em pleno.

De realçar que cada uma

das novas creches irá aco-lher 33 crianças, com ida-des compreendidas entre osquatro meses e três anos deidade, durante o períododiário correspondente aotrabalho dos pais, distri-buídas do seguinte modo:oito crianças no Berçário,10 crianças na sala de umano e 15 criança na sala dosdois anos.

As creches compreende-rão os seguintes espaços:átrio, berçário, copa de lei-tes, sala parque, salas de ac-tividades e de refeições, ins-talações sanitárias, copa eanexos, gabinetes, outrosespaços de apoio e parqueinfantil.

Tendo em vista a presta-ção de um atendimento cor-recto e tão individualizadoquanto possível, e de acor-do com o número de crian-ças distribuídas nas áreas depermanência, irão ser cria-dos cerca de nove novospostos de trabalho, por cadauma das creches, distribuí-dos entre Educadoras deInfância, Assistentes deAcção Educativa, Auxilia-res e Administrativa(o).

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A simpatia de ManuelRosa e de seu filho Felipesão o rosto bem visível deuma casa de sucesso empleno coração da cidade doCartaxo: o restaurante “OBatalhoz”, uma casa de re-ferência da gastronomia ri-batejana.

O restaurante possui trêssalas distintas, cómodas. Aprimeira, com bancos decorrer e mesas de tábua cor-rida rústica e bem decora-da. As restantes, são tam-bém tradicionais, com te-mas campestres, sem exu-berância, mas com simpli-cidade e bom gosto. A suacapacidade permite sentar à

Restaurante “O Batalhoz”

Bom espaço em pleno Cartaxo

mesa 98 comensais, beminstalados e servidos poroito dedicados funcioná-rios. Equipa que cresce aofim de semana, com maisdois elementos.

Com um jarro de ‘bran-co’, bem fresco, à mesa,servido como vinho da casa,típico da região Tejo, da re-gião da Lapa, acompanha-do de 19 (!) entradas, surgea lista onde constam 12 pra-tos de peixe e 19 de carne.

O bacalhau, - que depoisde levar um escaldão emágua a ferver e de ser co-berto com muito alho, pi-menta, azeite e envolto empelícula de alumínio de

modo a ir ao grelhador, ser-vido com batata a murro, -é uma escolha inteligente,em dose generosa.

Mas o que mais “pinta”nesta casa são os seus gre-lhados com bom peixe fres-co, muito bem trabalhadopelo experiente Carlos.

Nas carnes grelhadas, demuito boa qualidade, en-contram-se os bifes, cortesde porco de raça alentejanae diversas outras peças, nãofaltando uma costeleta denovilho, ou uma espetadaassinalável.

As sobremesas são emnúmero suficiente, comuma muito bem apresenta-da e saborosa, a ‘Delícia daCasa’, à base de noz e ovos.

Os vinhos, com uma boaselecção de néctares doTejo, permitem 26 escolhas,servidas com o cuidado deafinação da temperaturacerta, para cada finalidadee momento da refeição.

É pois uma boa escolha,com preço médio de refei-ção por pessoa a rondar os15 euros. Tem parque de es-tacionamento, aceita car-tões de crédito encerra à 2.ªfeira e aguarda a sua visita.

António Rhodes Sérgio

Manuel Rosa, proprietário de “O Batalhoz”

Casa Solidária das Artes e Ofícios de Santarém comemora um ano de vidaA Casa Solidária das Ar-

tes e Ofícios da Câmara deSantarém (CSAO) come-morou, a 26 de Agosto, oseu 1º aniversário. O Jardimda República foi o espaçoescolhido para as comemo-rações que reuniram uten-tes, voluntários, entidadesparceiras e autarcas. Pintu-ras faciais para os mais no-vos e a música de João Cor-reia animaram a noite.

O presidente da Câma-

ra Municipal de Santarém,presente na iniciativa, refe-riu-se ao “sonho que setransformou num projectoque tem hoje um ano devida”, graças à solidarieda-de de Santarém.

Francisco Moita Floreslembrou que durante o anoforam distribuídas “16.000peças de roupa e mais de500 móveis”. “Seguramen-te percebem qual é a dimen-são da solidariedade quan-

do damos as mãos uns aosoutros,” sublinha, apesarde, frisa, vivermos um tem-po em que “todos pensamem ter as mãos metidas nasalgibeiras.”

450 famílias apoiadasA Casa Solidária das Ar-

tes e Ofícios apoiou 450 fa-mílias do distrito de Santa-rém, apoio este que se tra-duz num total de: 6848 pe-ças de vestuário/calçado;

446 artigos de material es-colar; 19 electrodomésti-cos; 207 peças de mobi-liário; 1495 acessórios eroupas do lar; 384 brin-quedos, entre outros.

No que se refere às enti-dades e particulares, a CasaSolidária recebeu 4292doações em bens diversos,entre os quais: móveis,electrodomésticos, mate-rial escolar, acessóriospara o lar e brinquedos.

O primeiro ano da Casa Solidária de Santarém foi comemoradocom um bolo de aniversário

ENCOSTA DOSOBRALEncosta do Sobral – Sociedade Agrícola, Lda.Sede: Outeiro | Serra | 2300-244 Tomar | PortugalEscritório: Rua da Padaria n.º 32 - 1.º Esq.º | 1100-389 LisboaTel. 213 851 880 | Fax: 213 851 882 | e-mail: [email protected] | site: www.encostadosobral.ptSe

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No limite Norte do Ribate-jo, muito perto de Tomar, aEncosta do Sobral juntou osfactores que melhor aquelaregião tem para oferecer, comas possibilidades que os maisrecentes desenvolvimentosde enologia dispõem paramelhorar a qualidade dosseus vinhos. Uma exposiçãosolar intensa, associada a fe-nómenos de reflexão provo-cados pelos terrenos xistosospermite elevadas concentra-ções, dando origem a vinhoscheios, ricos, com carácter,vocacionados para baixasproduções de elevada quali-dade.

Como muitas das empresassuas congéneres, tambémesta começou num ambientefamiliar. “Estas propriedadesvêm do tempo dos meus bi-savôs, com uma vinha anti-ga, com um cocktail de cas-tas típicas e predominantes dazona, sendo uma parte dasuvas transformada aqui emcasa e o excedente colocadono mercado local,” afirmaPedro Sereno, enólogo e só-cio-gerente da Encosta doSobral.

Com os anos a passarem eo negócio a pedir mais, porvolta dos anos 1990, compra-ram uma quantidade de pe-quenas parcelas (cerca de200), e conseguindo unificaras mesmas, têm hoje um to-tal de 60 hectares de vinha.

“Em 2001 foi a nossa pe-quena primeira colheita (cer-

Pedro Sereno, enólogo e sócio-gerente da Encosta do Sobral

“O nosso objectivo de produçãoé de cerca de meio milhão de garrafas”

ca de 10 toneladas), e com aprofissionalização do sectore com o mercado pedindomais vinho nosso, resolve-mos fazer um grande investi-mento na adega, com a maismoderna tecnologia da altu-ra, e que se veio a realizar nodecorrer de 2002. No entan-to com o desenvolver do pro-jecto, com maiores produ-ções, com vinhos mais elabo-rados, e tecnologicamentemais trabalhados, sentimos anecessidade de crescimento.Pelo que fizemos uma segun-

da adega, que começou a la-borar em pleno no ano de2008”, explica.

Com uma produção médiade 7 toneladas por hectarecom uma diversidade de cas-tas, tais como a Trincadeira,Tinta Roriz, Aragonês, Cas-telão, Syrah, Merlot, Caber-net Sauvignon, Touriga Na-cional e Touriga Franca, sen-do o objectivo o de ter ummix de castas locais, castas doDouro e castas estrangeiras,o que faz com que os vinhosse tornem intensos, persisten-

tes e equilibrados na boca.“As castas estrangeiras in-

teressam-nos bastante porquequeremos vender o vinho láfora, e se não introduzirmoscastas internacionais não con-seguimos” afirma Pedro Se-reno.

Com uma produção de cer-ca de 20.000 garrafas de vi-nhos brancos, dado que sópossuem 5 hectares para estenéctar, com as castas Arinto,Malvasia, Fernão Pires e, em1997, com a introdução demais três castas de branco.

“Nós produzimos aquilo queos clientes compram, nãopodemos produzir para ficarcom o vinho em casa, os in-vestimentos são grandes, etêm de ser rentabilizados,”assegura o enólogo.

Com uma exportação de65/70% da produção total,sendo esta na ordem das330.000 garrafas, para paísescomo a China, Macau, Bra-sil, Angola e alguns europeus,conta este agente económicocom 18 colaboradores per-manentes, sempre com for-mação adequada ao trabalhoque desempenham, apesar dapolivalência dos mesmos.

“Temos uma parceria como ISA (Instituto Superior deAgronomia), em que desde omeu terceiro ano do curso,comecei a acompanhar oprof. Carlos Lopes, que é oprofessor regente da cadeirade vinicultura. Acontece quejá nessa altura e por acordoanterior com o meu pai, oprofessor era nosso consultor,pelo que a partir desse anocomecei a acompanhar estavinha, facto que faz, com quetenha um enorme conheci-mento da mesma”, revela.

Mediante o protocolo cele-brado com o ISA, todos osanos recebe esta exploraçãoestagiários do referido esta-belecimento de ensino, apos-tando na formação, inovaçãoe desenvolvimento contínuode pessoas, métodos de tra-balho e infraestruturas, orien-

Galardoado com 3Diplomas do 1.º Concursode Iguarias do Tejo

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tando esforços para uma evo-lução permanente, indo as-sim, ao encontro da satisfa-ção das necessidades dosseus clientes.

Possui neste momento, cin-co referências no mercado:Encosta do Sobral Reserva,Encosta do Sobral CabernetSauvignon, Encosta do So-bral Tinto, Encosta do SobralBranco e Cabeço da Pedra,prevendo-se para dentro embreve a entrada de dois no-vos conceitos de vinho, comcarácter próprio. “O DifferentRed, surgiu de uma vinha ve-lha, em plena vindima de2006, em que só conseguiapanhar as uvas tintas. É umcocktail de castas tradicio-nais, só que com 60 anos, e ovinho saiu excelente,” infor-ma.

“O nosso objectivo de pro-dução é de cerca de meiomilhão de garrafas, nuncaesquecendo, a qualidade emdetrimento da quantidade.Prova desse facto são os pré-mios que temos ganho, quemuito nos motivam”, afirmaPedro Sereno.

Destacando o enorme ebem estruturado trabalho de-senvolvido pela CVR Tejo, esolicitando que a restauração,sendo um dos seus principaisclientes, saiba servir os seusvinhos em temperaturas ade-quadas e em bons copos, es-pera Pedro Sereno por umaboa vindima em 2010.


“O mercado pede cada vez mais o nosso vinho”, assegura Pedro Sereno

13vinhos Edição n.º 6.220 | 3 de Setembro de 2010 CORREIO DO RIBATEJO

15agroglobal Edição n.º 6.220 | 3 de Setembro de 2010 CORREIO DO RIBATEJO

Correio do Ribatejo:Quais os objectivos daAGROGLOBAL?

Joaquim Pedro Torres:O sector agrícola nacionalvem sendo desmantelado,em larga medida resultadoda ineficiente aplicação dosfundos comunitários, o quenos coloca numa situaçãode dificuldade acrescida nacompetição com os restan-tes Países da UE. Ano apósano, o tecido empresarialagrícola vai-se debilitandoe não cessam de surgir nú-meros que indicam a redu-ção do produto agrícola na-cional e, consequentemen-te, uma dependência ali-mentar crescente do exteri-or. Por outro lado, um anoparticularmente agressivoem termos de incêndios flo-restais, relembra-nos a ne-cessidade de maiores cuida-dos com o nosso patrimó-nio rural que, a progressivadescapitalização do sectornão permite. São precisasmedidas simples e objecti-vas que permitam que aagricultura, volte a ser umaactividade com dinamismo

AGROGLOBAL 2010, dias 8 e 9 de Setembro

“Vamos voltar a meter os pés na terra”Nos próximos dias 8 e 9 de Setembro,

vai realizar-se, no enquadramento únicoda lezíria do Tejo, a 2.ª Feira do Milho edas grandes culturas, agora designada porAGROGLOBAL 2010.

Após o êxito do certame de 2009 quecontou com a presença de um conjuntode empresas que constituem a fileira agrí-cola em Portugal, decidiram a L-INIA,Câmara Municipal do Cartaxo, Valinves-te e Agroterra, levar por diante este certa-me que se pensou bienal.

“A primeira edição colheu muita gen-te de surpresa que por isso não visitou aFeira. Os patrocinadores e os promotoresentenderam que seria interessante, deixar“enraizar” este projecto antes de passar auma periodicidade de dois em dois anos.A AGROGLOBAL 2010 será ainda maisinteractiva e mais abrangente no plano dasculturas presentes, e contará com cercade 150 expositores, o que supera os nú-meros de 2009,” afirma Joaquim PedroTorres, da organização, e com o qual oCorreio do Ribatejo foi saber mais sobreesta Feira que promete ir além do sucessoalcançado na sua primeira edição.

“A Feira irá decorrer debaixo de um estado de espírito mais animado do que no passado ano,em que a depressão era total”, afirma Pedro Torres

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16 CORREIO DO RIBATEJO Edição n.º 6.220 | 3 de Setembro de 2010 agroglobal

para poder desempenhar asmúltiplas funções, nos pla-nos económico, social e am-biental. A AGROGLOBAl,tem por objectivo demons-trar simplesmente que o sec-tor, desde o ensino agrícolaà valorização industrial dosprodutos, passando pelasáreas mais directamente li-gadas à produção, continua,apesar da indiferença a quevem sendo vetado, prepara-do para desempenhar o seupapel.

Falou em medidas sim-ples e objectivas?

Simples, objectivas e rá-pidas. Repare neste contracenso. O comércio suposta-mente livre, faz com que de-veríamos comprar melhor,facto que não acontece, de-vido em muitos casos a as-fixiarmos os nossos sistemasde produção que deveriamgerar riqueza. Uma criseacentuada provocou reduçãode consumos e dificuldadede financiamento de stockso que mais agravou estapressão. Assim o País em-pobrece sempre na expecta-tiva de encontrar novas es-pecializações produtivaspara as quais teríamos “ine-quívocas” aptidões, sufici-entes para as proteger dastais agressões económicas.Só que não é fácil encontrartais soluções, e muito me-nos, numa actividade condi-cionada por factores ambi-entais, que em termos glo-bais são comparativamentemuito adversos.

Mas isso não é uma uto-pia?

É o enquadramento e omeio de cultura ideal parasurgir a demagogia e a uto-pia. Culpar os agentes eco-nómicos, pela escolha desoluções desadequadas, pelaforma incorrecta como asimplementam, e até pôr emcausa a sua honestidade, épura demagogia. Queremrevolucionar todo o sistema,falar de outras culturas, deoutros serviços, de outrosagricultores, mas os Portu-gueses são bons agriculto-res, agora, defendam os in-teresses do sector e não nosponham ko.

Mas existe uma evoluçãodo mercado?

Com certeza, mas só épossível evoluir se aceitar-mos as realidades da nossaagricultura. Não há vagarpara mais fantasias milagro-sas, nem golpes de mágica,que apenas servem de des-culpa para que nada se faça.Veja-se o caso do PRODER,instrumento comunitário deapoio ao investimento. Detanta “fileira”, de tanto “sec-tor estratégico” (para os le-gisladores), de tanta buro-cracia, que os anos passam,o programa não funciona, eo desperdício é o que sesabe. Falemos de objectivosviáveis, de coisas simplessob pena de podermos serconfrontados com a falência

de grande parte do sectorcujo custo seria para muitosurpreendente. Se todos ossectores produtivos devemser defendidos ate a exaus-tão, relativamente ao sectoragrícola, estamos “condena-dos”, a mantê-lo vivo dadoque o conjunto de funçõesque desempenha confereuma importância que ultra-passa em muito os resulta-dos económicos directos.

Mas existem questõescomo o ambiente, ordena-mento do território e equi-líbrio social?

Essas questões são valoresinestimáveis que levam aque todos os Países olhempara os problemas agrícolascom cuidados redobrados.Vamos aproveitar o conhe-cimento adquirido por gera-ções de agricultores e servi-ços a eles associados pois eleconstitui a base ideal paraaplicação do conhecimentocientífico e da tecnologiaque a sociedade de informa-ção coloca a nossa disposi-ção de forma permanente-mente renovada. Mais umavez não cabe ao estado opapel de decidir como osempresários devem gerir ouinvestir. A falta de aptidãodo estado para essas tarefase por demais conhecida.

Mas como se processaráentão essa transmissão deconhecimentos?

Vamos colocar as escolasmais perto do processo pro-dutivo para que possam de-sempenhar um papel cadavez mais importante no de-senvolvimento agrícola. Va-mos lutar dentro da CE paraque as nossas especificida-des sejam levadas em contae vamos aplicar de formasimples, pragmática e semdesperdícios as ajudas dis-poníveis com vista à maisimportante “medida agro-ambiental” que é manter aagricultura em vastas zonasdo país. Vamos internamen-te usar os meios possíveispara isentar os sectores maiscompetitivos de cada regiãoagrícola, actuando ao níveldos factores de produção,tendo presente que, contabi-lizadas receitas directas eindirectas, e indiscutível ovalor acrescentado nacionaldeste sector.

Fala-se muito das gran-des obras públicas mesmona agricultura. Poderãoajudar?

Certo. Mas essas puderamter um efeito dinamizadorda economia, só que a agri-cultura desempenha essepapel de uma forma maiscontinuada, socialmentemais equilibrada e com me-lhor distribuição regional.Para um pais que tem difi-culdade em pagar o quecome, hoje a única reservaestratégica de alimentos euma agricultura dinâmica eprodutiva que conserve osconhecimentos adquiridospor gerações, que mantenha

com vida as zonas rurais eque mantenha os camposordenados e defendidos doabandono.

Vamos voltar à Agroglo-bal. A área do certame é amesma de 2009?

É um pouco mais. Sãoquase 200 hectares, com cul-turas instaladas, sendo que,este ano, para além do mi-lho, temos batata, tomate egirassol. Algumas destasculturas vão ser colhidas du-rante a feira, de modo, quese possa debater em condi-ções reais, as mais moder-nas soluções de mecaniza-ção, bem como toda a gamade produtos disponíveis paraa produção agrícola.

Mas existem outras Fei-

ras agrícolas no País?Sim, só que esta é a única

Feira dinâmica, sendo a gran-de mais valia. É uma Feiraprofissional, e por isso é rea-lizada durante a semana, quenão tem na sua essência, serconcorrente com qualqueroutra feira agrícola.

Mas as empresas têm osseus plafonds determina-dos para estes eventos.Não lhe parece ser de todoo interesse, existirem siner-gias, entre os vários certa-mes agrícolas, de modoque as mesmas se comple-mentem?

Estamos em conversaçõescom a direcção do CNEMA,de modo a analisarmos omodo de concertação dasmesmas. É um trabalho mo-

roso, e que tem de represen-tar uma mais valia, para am-bos os certames.

O preço do milho, tembaixado a nível Mundial?

Excepto no ano de 2007,em que tudo subia desde omercado imobiliário, aomercado bolsista, às “como-dities”, em que se atingiuuma euforia desmesuradacom valores muito elevados.Existem oscilações normaisdo mercado, e no presenteano, o valor pode ser umpouco mais convidativo, de-vido a alguns acidentes cli-máticos que afectaram aprodução, e que fizeram su-bir os preços, pelo que estaFeira irá decorrer debaixo deum estado de espírito maisanimado do que no passado

ano, em que a depressão eratotal.

Mas existe um decrésci-mo de produção de milhoeste ano?

A produção de cereais irábaixar muito, porque os ce-reais de sequeiro têm redu-zido as suas áreas de produ-ção ano após ano, porque asua produtividade em Portu-gal é bastante inferior à pro-dutividade de outros Paísesda Europa. No milho existeuma ligeira quebra nas áre-as de produção, devido aofacto do preço atingido noano passado, o que desin-centivou a que alguns agri-cultores voltassem a inves-tir neste cultivo.

António Rhodes SérgioPUB


Quinta Mocho – Várzea – 2005-001 VÁRZEA STRTelefone: 243 359 400 – Fax: 243 359 451

Site: www.irricampo.pt – Email: [email protected]

Comércio por grosso equipamentos agrícolasComércio por grosso máquinas agrícolas

Componentes para Rega – Equipamentos agrícolasMáquinas Agrícolas – Válvulas – Válvulas Especiais

Venda por grosso equipamentos agrícolasVenda por grosso máquinas agrícolas

18 CORREIO DO RIBATEJO Edição n.º 6.220 | 3 de Setembro de 2010 agroglobal

João Ferreira,director-geral da Irricampo

Empresa “pivô”ao serviço da

agricultura nacionalNo começo da 2ª Fei-

ra do Milho AGRO-GLOBAL 2010, impu-nha-se ouvir a opiniãode uma empresa comhistória e prestígio nomercado de rega emPortugal. Foi com esseintuito que nos deslocá-mos às instalações daIrricampo, na Quintado Mocho, em Santa-rém, local onde fomosrecebidos pelo directorgeral da empresa, JoãoFerreira.

Correio do Ribatejo: AIrricampo desde há mui-to que é uma empresa dereferência no mercado darega em Portugal. Qual ovosso peso no mercado darega, e nos seus segmen-tos (pivôs e gota a gota)?

João Ferreira: Em ter-mos de cota de mercado emconcreto não há valores,pois não existem registos fi-dedignos do número de pi-vôs nem do número de ins-talações de rega gota-a-gotainstalados anualmente emnenhum organismo oficial

que nos permitam tirar con-clusões. O que posso adian-tar é que considerando osnossos principais concor-rentes e analisando o volu-me de facturação, atravésde dados disponíveis naConservatória, de cada umdeles nos últimos 5 anos porexemplo, temos conseguidoentre 30% a 35% do mer-cado. No entanto, nunca foiobjectivo da Irricampo serlíder do mercado; a nós nãonos interessa vender muito,interessa-nos sim vender deuma forma a que o negócioseja atractivo e interessan-

te aos donos da empresapara se manterem nesta ac-tividade de um sector de ris-co da nossa economia. Éesta filosofia que nos temlevado a não irmos por ca-minhos, entenda-se negó-cios, que entendemos quenão encaixam no que temsido os princípios que têmorientado a Irricampo. Con-tinuamos a manter a postu-ra que sempre tivemos du-rante os nossos 28 anos deactividade, ao nível da par-ceria com os nossos clien-tes, organização, seriedade,competência técnica, inova-

ção constante, trabalhar comas marcas de referência anível mundial, tudo isto as-sociado à saúde financeirada empresa e à juventude eformação dos seus recursoshumanos, permite-me con-fiar que a Irricampo é umaempresa de futuro capaz decontinuar a contribuir parao desenvolvimento do rega-dio em Portugal garantindosegurança e estabilidade aosseus clientes.

Começou com o merca-do dos pivôs, principal-mente para o Milho.

Quais os melhores anos devendas de pivôs?

Desde 1982, ano em queiniciámos a nossa activida-de, até aos dias de hoje,vendemos e instalámos cer-ca de 1.350 pivôs, regandomais de 33.000ha. Os me-lhores anos foram sem dú-vida nenhuma os anos de1997, 1998 e 1999 em quevendemos 106, 85 e 84 pi-vôs respectivamente, muitoacima da média anual de 60pivôs que vinha até então nadécada de 80 e inicio de 90.

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Av. Central, N.º 42705-737 S. João das Lampas • Sintra • Portugal

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Como empresa moder-na diversificou, o seu ne-gócio, com a gota a gota,pelo que o mercado dospivôs é para si residual?

Não consideramos o seg-mento de mercado dos pi-vôs residual pois continua-mos a assistir parte dos1.350 pivôs por nós insta-lados bem como instalar al-gumas máquinas novasanualmente. O que se veri-fica é que nos últimos 6-7anos devido a uma série defactores, nomeadamentebaixa de preços dos cereais,poucas ajudas ao investi-mento, desligamento dasajudas à produção, etc, foicriada uma conjuntura quelevou a uma redução deárea semeada de milho coma consequente paragem demáquinas existentes e redu-ção do investimento emmáquinas novas.

Quando nos iniciámos nagota-a-gota em 1994, foi jácom o objectivo de, como sediz na gíria, “não ter os ovostodos na mesma cesta”.

Todos os produtos têm oseu ciclo de vida e este écaracterizado, na sua fasede maturação pelo apareci-mento de mais marcas, maisconcorrentes, menos ven-das, o que leva ao declíniode mercado e rentabilidade,pelo que sabíamos que omesmo se iria passar com osegmento de negócio dospivôs, só não sabíamos avelocidade a que iria suce-der. O que é certo, é quequando sucedeu o períodode baixo investimento empivôs novos, estávamospreparados para “enfrentar”outros segmentos de merca-do e foi assim que nos últi-mos anos também nos te-mos transformado numaempresa de referência nainstalação de sistemas derega gota-a-gota. Quandoem 1998 se iniciou a plan-tação de milhares de hecta-res de vinhas novas nome-adamente no Alentejo, nósestávamos “lá” para con-quistar grande parte dessemercado. Quando em 2003a plantação de novas vinhasabrandou e se iniciou aplantação de mais de30.000ha de olival, nós es-távamos “lá”. A isto, con-vém relembrar, que em2002, com o inicio do fun-cionamento de alguns perí-metros de rega abastecidospor Alqueva e com a forte

perspectiva existente entãode investimento na zona doAlentejo, em 2004 abrimosuma delegação em Beja oque nos tem possibilitadoestar mais próximo destetipo de mercado, permitin-do-nos crescer e manteruma posição sólida no mer-cado da rega em Portugal.

Qual o peso na vossa fac-turação de um e de outro?

Os bens que nós comer-cializamos são os chamadosbens de investimento.

São bens cujo retorno doseu investimento demoraalguns anos e numa activi-dade de risco tal como é aagricultura. Com isto que-ro dizer que os investidoressão em grande parte condi-cionados pela conjunturado momento, sendo queesta engloba sempre as aju-das ao investimento por par-te do Governo e perspecti-vas de comercialização epreço do produto.

Constatamos que nos úl-timos anos se observaramciclos directamente associ-ados à conjuntura vivida nomomento, pois por exem-plo, entre 1998 e 2003,90% da gota-a-gota queinstalámos foi em vinhapois havia um programaespecífico para instalaçãode novas vinhas, e de 2003para cá foi em olival, esteciclo fortemente impulsio-nado pelo programa de ins-talação de 30.000ha pro-movidos pelo Ministério daAgricultura; de 1994 a1999 fomos sempre subin-do as vendas de pivôs atéchegar ao fim o 2º quadrocomunitário de apoio quese tinha iniciado em 1994e que subsidiava fortemen-te a instalação de pivôs.Respondendo à questão,nestes últimos anos, é 70%para a gota-a-gota e 30%para os pivôs. O segmentode mercado da gota-a-gotatem sido neste últimos anosa nossa aposta mais forte,continuo no entanto sem-pre na expectativa e espe-rança que o mercado depivôs irá ter uma retomapois acredito, que Portugalterá de diminuir a sua de-pendência de outros paísesno que respeita aos cereais.

Em condições normaisqual o tempo de vida útilde um pivô?

A vida útil de um pivô

QUINZENA II – Cerca da Mecheira, 20 – SantarémTelef. 243333110

2.ª F2.ª F2.ª F2.ª F2.ª FeireireireireiraaaaaMagusto c/ Bacalhau Assado3.ª F3.ª F3.ª F3.ª F3.ª FeireireireireiraaaaaPato Assado no Forno c/ arroz4.ª F4.ª F4.ª F4.ª F4.ª FeireireireireiraaaaaCozido à Portuguesa5.ª F5.ª F5.ª F5.ª F5.ª FeireireireireiraaaaaCabrito Assado no Forrno6.ª F6.ª F6.ª F6.ª F6.ª FeireireireireiraaaaaPernil de Porco no FornoSábadoSábadoSábadoSábadoSábadoNaco de Toiro Bravo Avinhado

2.ª F2.ª F2.ª F2.ª F2.ª FeireireireireiraaaaaNaco de Toiro Bravo Avinhado3.ª F3.ª F3.ª F3.ª F3.ª FeireireireireiraaaaaPernil de Porco no Forno4.ª F4.ª F4.ª F4.ª F4.ª FeireireireireiraaaaaCabrito Assado no Forno5.ª F5.ª F5.ª F5.ª F5.ª FeireireireireiraaaaaCozido à Portuguesa6.ª F6.ª F6.ª F6.ª F6.ª FeireireireireiraaaaaPato Assado no Forno c/ arrozSábadoSábadoSábadoSábadoSábadoMagusto c/ Bacalhau Assado

TABERNA DO QUINZENA – Rua Pedro de Santarém, 93-95Telef. 243322804

Encerram

aos domingos

depende de vários factores,nomeadamente da qualida-de água utilizada, do tipo edose de químicos aplicados,do maneio e manutenção daprópria máquina, etc, etc. Oque lhe posso dizer é que

temos máquinas em deter-minadas regiões a funcionarsem problemas desde 1982e pelo contrário, outrasonde as tubagens duram 6-7 anos, pois a água utiliza-da possui características

que aceleram a corrosão dasmesmas. No entanto, paraos utilizadores destas zonas,a Valley, marca americanalíder mundial do mercadode pivôs e que representa-mos em exclusivo para Por-

tugal há 28 anos, possuiuma opção de tubos de pi-vôs revestidos internamen-te com polietileno, conce-dendo com esta opção umagarantia de 20 anos.


20 CORREIO DO RIBATEJO Edição n.º 6.220 | 3 de Setembro de 2010 publicidade

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Travessa do Marecos, 10 r/c – 2000-064 Santarém – TM. 968251343

Restaurante“O Chefe”

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Terça - FeiraQueixadas/Pernil (assado)

Quarta - FeiraNaco de Novilho Bravo à moda da charneca

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21tauromaquia Edição n.º 6.220 | 3 de Setembro de 2010 CORREIO DO RIBATEJO

Como foi entrar no mun-do dos toiros?

O meu irmão é muito afi-cionado, talvez tenha preten-dido ser toureio, e não tenhatido essa oportunidade, e de-vido à sua influência fui-meenvolvendo com as largadase o ambiente taurino que sevivia em Vila Franca. Via al-gumas novilhadas e corridascom ele e começou em mima entrar o “veneno”. Depoiscom o passar do tempo co-mecei a acercar-me da praçade toiros de Vila Franca ondetreinava o Maestro MárioCoelho, e foi aí que comeceia dar uns “capotazos”. Tudoisto se passava em 1979,1980 e comecei em 1981 aacompanhar o matador a al-gumas tentas, a tourear desalão, a treinar na praça detoiros. Surgiu entretanto, pro-movido pela empresa doCampo Pequeno e pelo pro-grama “Sombra Sol” da RTP,o concurso “À Procura deNovos Toureiros” que venci“ex-equo” com José LuísGonçalves. Um mês depois,a 30 de Junho de 1982, vesti-me pela primeira vez de tou-reiro nesta praça.

Depois disso optou porSalamanca. Porquê?

Em 1982, fiz 10 novilha-das em Portugal. Vim duasvezes ao Campo Pequeno.Triunfei na primeira e fui re-petido passados 15 dias, al-tura em que era empresáriodesta praça o Dr. Manuel Jor-ge Diez dos Santos, filho dosaudoso empresário e mata-dor de toiros, Manuel dosSantos. Depois fiz mais umascorridas em Portugal acom-panhado pelo Mário Coelhoe Mário Freire. No Invernoseguinte, conheci a pessoaque mais tarde viria a ser meusogro - António José Viçoso-, que era amigo da família deJosé Falcão e que, por seu in-termédio, estabeleceu contac-tos com as pessoas que ti-nham estado com o José Fal-

cão em Salamanca. No Inver-no de 1983 fui para lá.

Como foi a adaptação aSalamanca?

Um percurso de muita luta,de início apoiado pelas pes-soas que estavam ligadas aoJosé Falcão, e depois con-quistando todos com a minhamaneira de ser. Apresentava-me nos tentaderos indo à bo-leia, aparecia nas “fincas” emque mediziam que iria haverum tentadero. Depois chega-va lá e mandavam-me paraoutro sítio... enfim... tantas etantas situações pelas quaispassamos quando estamosdeterminados a ser toureirose as “rasteiras” que nos pas-sa quem não olha a meiospara atingir os fins.

Passados 30 anos e sendoum toureiro da escola deSalamanca, quais as dife-renças que nota entre as es-colas de Sevilha, Madrid eSalamanca?

Há diferenças. Em Sala-manca as pessoas são muitofrias, sóbrias e inicialmente émuito difícil abrirem o peito,mas depois revelam-se mui-to puras e sãs, com uma for-ma muito íntegra de se com-portarem e actuarem. Em Se-vilha, pratica-se um toureiomais estético e de filigrana,com uma maior beleza plás-tica. Madrid, é uma escolamais abrangente, mais com-pleta, em que tudo se apren-de. Salamanca a nível gana-dero é uma zona muito rica,o que proporciona uma quan-tidade imensa de oportunida-des para se treinar e a técnicade um toureiro aperfeiçoa-setoureando, pelo que foi mui-to importante para mim. Aépoca de 1983/1984, em quetoureei muito nos tentaderos,subindo a “pulso”, fazendomilhares de quilómetros, de“pueblo” em “pueblo”, foiuma altura muito dura, masem que tinha que arriscar.Toureava uma novilhada, e

estando “sério”, conseguiaoutra, depois outra e fui su-bindo. Existiu igualmente umfactor importante que foramas relações humanas, em quefui conseguindo, com muitahumildade e carácter, con-quistar a confiança das pes-soas e a verdade é que acabeipor ser considerado um tou-reiro Salmantino, e tratado do

alternativa em que poderia tertriunfado, e dei volta no se-gundo. No dia seguinte tou-reei em Leon com o Esplá eo Paco Alcalde em que cor-tei a minha primeira orelha,passadas três semanas toureeiem Ceret (França) e na quar-ta corrida como matador so-fri uma colhida que me rom-peu o nervo ciático, pelo que

empenho e dedicação. Haviauma maior paixão, de quemqueria andar para a frente,eramos mais humildes, sa-bíamos ouvir. Tínhamos re-ferências aqui em Portugal enão só em Espanha, o que nosfacilitava um pouco a vida, tí-nhamos o Mário Coelho, JoséJúlio, Armando Soares, An-tónio Portugal e o Vítor Men-des, por exemplo. Hoje, in-felizmente, isso não aconte-ce, não há referências no ac-tivo do toureio apeado emPortugal, o que dificulta avida destes miúdos, por nãose conseguirem fazer acom-panhar e “beber” da sua sa-piência, do seu modo de vida,das suas comodidades de serfigura, mas principalmentedo trabalho que se tem dia-riamente, para se chegar aesse patamar.

É uma vida de sacrifício?Muito, mas mesmo muito.

Conheces algum toureiro quenão tenha “tragado” uma vidadura? Os miúdos têm de seconvencer que é uma vida demuito sacrifício, que não éuma vida de show-off, miú-das e praia, por isso são umapequena minoria, aqueles quechegam a experimentar ser fi-guras.

A tua carreira de mata-dor foi “curta”?

A cornada que me partiu onervo ciático deu-me cabo davida.

Apesar disso ficarammuitas recordações…

Desde logo o facto de tertido uma carreira ascendentecomo novilheiro. Toureeinove tardes em Madrid, duasdelas na Feira de San Isidro.Triunfei na Feira do Pilar (Sa-ragoça), Bilbau e em maispraças de grande importân-cia. Por dois anos fui consi-derado o novilheiro triunfa-dor no Sudoeste francês. Nãocomecei na cabeça do “esca-lafón”, mas fui subindo, commuito trabalho e novilhada anovilhada, temporada a tem-porada. Só que a vida e espe-cialmente a taurina tem estespercalços e eu que estava en-tre os três, quatro novilheirospunteros, com umas ganastremendas de triunfo para aminha vida de matador, souconfrontado com essa colhi-da. Estive parado, duas tem-poradas e meia, e depois aluta e o querer da reaparição,por volta de 1991/1992, mascom a perna esquerda aindanão totalmente recuperada,pelo que toureava com gran-de sacrifício físico.

Quem era o teu apodera-do na altura?

Estava apoderado pelo Si-mon Carreno que, por suavez, tinha sido apoderado doJosé Falcão.

Quem são para ti JúlioRobles e Niño de la Capea?

São dois homens excepcio-nais, além de duas figuras má-ximas do toureio. O seu ca-rácter era diferente. JúlioRobles, um homem muito re-servado, grande amante docampo e da caça, mas de umabondade extrema, era umgrande amigo e deixou-mesaudades inolvidáveis. Quan-do começava a falar sobretoiros era um livro aberto.Depois do acidente foi a pes-soa com quem mais privei. Asnoites que passamos a falarde toiros eram lições que nun-ca esquecerei. Niño de la Ca-pea é um amigo. É meu com-padre, é padrinho do meu fi-lho. Acho que este pormenorpode definir a nossa relação.Foram dois homens comquem muito aprendi.

Júlio Robes tinha umaplástica extraordinária…

Era um toureiro único, deuma profundidade fantástica.As suas faenas tinham sem-pre algo de inexplicável. Abeleza que imprimia nas suasfaenas era inesquecível.

E Niño de la Capea?Era um toureiro de poder

que tudo conseguiu subindoa pulso, com uma dedicaçãoextraordinária.

Quais as praças ondemais se divertiu a exercer asua arte?

Sevilha é um “luxo”, temuma mística fantástica, mas apraça que põe e dispõe éMadrid. São de longe as duasprincipais praças. Valência,Castellon, Bilbau, Salaman-ca e San Sebastian são igual-mente importantes.

Quando se retira de tou-reiro?

Dia 21 de Setembro de2000.

Começa então no apode-ramento de toureiros?

Regresso a Portugal e noInverno seguinte, a pedido doArmando Soares, apodero oNuno Velasquez que era ummiúdo com futuro, em quemeu via muito boas condiçõesde singrar. Fizemos uma tem-porada de 2002 muito boa,em que toureou em Sevilha,Madrid, San Sebastian, nasprincipais praças com umamuito boa projecção, até que,inesperadamente, o NunoVelasques, optou por se reti-

Rui Bento Vasquez

“Mais depressa sai Espanha da União Europeia,do que acaba a festa de toiros” no país vizinho

Rui Bento Vasquez nasceu na fronteira entreo Ribatejo e a Estremadura, no Concelho de Alen-quer. Depois de uma infância que classifica de“normal” foi estudar para o Liceu de Vila Fran-ca de Xira, tendo como colegas António RibeiroTelles e Luís Palha. Foi com eles que começou a“ensaiar” corridas e a divertir-se com os toiros.Nesta entrevista, concedida ao Correio do Ribate-jo, o actual director de actividades tauromáquicasdo Campo Pequeno, cargo que ocupa desde 2006,fala do seu percurso como toureiro e empresário enão esquece a recente decisão de abolir as toura-das na Catalunha. Uma realidade que não deveráalastrar no país vizinho, isto porque, frisa, “maisdepressa sai Espanha da União Europeia, do queacaba a festa de toiros”, no país vizinho.

“Digo publicamente que estou can-sado, esgotado, massacrado, dos telefo-nemas, das pressões, recomendações daparte de toureiros e forcados que tenhodiariamente e por isso digo “parem”,porque também eu sou aficionado, tam-bém eu vou a corridas, também eu vejoquem está bem e quem está mal, e nãoexiste ninguém com mais interesse do queeu, de que as corridas no Campo Peque-no resultem, sob a minha gestão. Façamé o que falámos atrás, valorizem-se, res-peitem e saibam ser respeitados.”

modo como muitos toureiros,mais “figuras” que eu, não oforam.

Em 1988 tirou a alterna-tiva…

Uma corrida do Marquêsde Albayda, tendo como pa-drinho José Mari Manzana-res e Paco Ojeda como teste-munha. “Pinchei” no toiro de

estive duas temporadas sempoder tourear.

Que comparação traçaentre o ambiente taurinonessa época e o de hoje?

Existia muita competitivi-dade tal como hoje. No en-tanto na minha altura havia daparte dos miúdos que que-riam ser toureiros maiores

Rui Bento Vasquez sorri ao êxito da gestãoque faz do Campo Pequeno

22 CORREIO DO RIBATEJO Edição n.º 6.220 | 3 de Setembro de 2010 tauromaquia

rar, facto que, como mais tar-de se veio a confirmar, muitoo prejudicou. Na minha vidade gestão de toureiros esta foia minha primeira experiência.Aparece-me a seguir um ma-tador de toiros de Salaman-ca, o Juan Diego e, em 2003,este toureiro que estava noanonimato, com muito traba-lho da parte dele e tambémcom muito do meu trabalho,no final da mesma tempora-da estava a ser assediado pe-las principais praças e casasde apoderamento. Foi paramim uma altura de francoprogresso, na minha expe-riência de gestão de toureirospois tive muitos contactos, eo facto de levar um toureiroque estava no “monton”, parao plano de ser contratadopara as grandes praças foimuito gratificante. Fui, nes-se ano, considerado pela re-vista “6toros6”, o melhorapoderado do ano, e no finalda temporada, por saber queJuan Diego estava a ouviroutras ofertas de apodera-mento, fui eu que rompi onosso compromisso, em Ou-tubro de 2003. Esta atitudeque muito me magoou, veioa ter o seu lado bom dadoque, um mês depois, estava aser contratado pela casa Cho-pera, para ser o responsávelpelos seus apoderamentos.

É uma casa que permiteuma projecção diferente…

As portas abrem-se de umoutro modo, é ao mais altonível. Comecei logo peloAntónio Barrera, que já eraapoderado pela casa Chope-ra, e a partir desse momentofui eu que comecei a ter essaresponsabilidade.

Como funciona a CasaChopera?

No meu caso, sou respon-sável pelo apoderamento dematadores, por exemplo oPablo Hermoso de Mendon-za, que também é represen-tado pela casa, não é da mi-nha responsabilidade, massim do Oscar Chopera quejunto com o irmão de Pablo,o Juan Andrés, fazem a ges-tão da carreira de Pablo Her-moso. No presente momen-to, a casa Chopera não repre-senta nenhum toureiro poruma questão de estratégiaempresarial, sendo que eu,continuo ligado a ela. Apode-ro presentemente e de modoindependente o António Fer-rera. Posso dizer que tive jáoutros convites que declinei,e que estamos a realizaruma época muito importan-te, a contento de ambas aspartes.

Quem administra a CasaChopera?

Os administradores são osirmãos Óscar e Pablo Chope-ra, filhos do famoso ManoloChopera. Debaixo deste“chapéu”, a casa tem três ra-mos: administração de em-presas de toiros, que é reali-zada directamente pelos pró-prios, a ganadaria gerida peloJuan Carlos Carreño e o apo-

deramento cujo responsávelsou eu. Depois temos váriosoutros departamentos quefuncionam na dependênciadestes três ramos.

Como explica o facto denão existir de momento ne-nhum matador apoderadopor vocês?

Foi um compromisso queassumimos, de que durantedois anos não apoderávamosqualquer matador. Este é osegundo ano.

Como aparece o CampoPequeno na sua carreira?

No Inverno de 2005 para2006, apoderava na altura oAntónio Barrera e o Eduar-do Gallo, e encontrava-me noMéxico, quando recebo umtelefonema de Núncio Frago-so que estaria mandatadopela administração do Cam-po Pequeno para uma conver-sa. Regressei e almocei emBenavente com os srs. Drs.Núncio Fragoso e Vasco Lu-cas, que me abordaram nosentido de saber da minhadisposição para trabalharcom o Campo Pequeno. Apóstrês meses de conversas, emFevereiro de 2006, assumi ocargo de Director de Activi-dades Tauromáquicas doCampo Pequeno.

Como têm sido estesanos?

Graças a Deus têm corridobem. É um cargo de muitaresponsabilidade, com muitassituações adversas, sabendoque é um cargo que anda nasbocas dos “mentideros”. Pe-los meus princípios e formade ser, tenho marcado comrigor a gestão desta praça.

Mas tem vindo ao Cam-po Pequeno de “tudo”. Aesta praça vinham as figu-ras, agora vem de “tudo”?

Ao longo da história doCampo Pequeno actuaramnesta praça os consagrados eos que precisavam de umaoportunidade de afirmaçãoartística. Tenho mantido esseprincípio e o público tem-nosdado o seu aval. De tal modoque a afluência de espectado-res roudou os 83% da lota-ção da praça, em 2009, e esteano pensamos suplantar estesnúmeros, sendo que a reali-dade dos números é indes-mentível. Não nos podemosesquecer dos tempos de criseque vivemos e que aqui aolado, em Espanha, as praças,salvo raras excepções e emcartéis com as máximas figu-ras, não conseguem encher.Veja-se o caso desta Feira deBilbau, com Morante, Juli eManzanares numa tarde e quenão encheu. Há realmenteuma grande crise a nível mun-dial e, graças a Deus, aqui noCampo Pequeno temos con-seguido passar ao lado dessamesma crise.

Os números são indes-mentíveis, mas a qualidadedos cartéis poderia ser mais“refinada”?

O grande problema para os

aficionados e taurinos emPortugal é claramente a faltade novos valores, a todos osníveis. A nível de toureioapeado, tal como já disseatrás, não existe nenhuma re-ferência que “rompa”, nãoexiste um toureiro que mexacom os aficionados. A nívelde cavaleiros existem várioscom excelentes condições eaptidões, que se trabalharemcom afinco e paixão podemromper, mas para isso têm dedeixar de viver por serem fi-lhos de... ou de terem um ex-celente apelido, de viveremà sombra do passado, e têm éde se “empertigar” e fazerem-se por eles próprios, têm deapertar, têm de arriscar, têmde ir para a cara dos toiros,pois terá de ser este a pôr edispôr. Digo isto no sentidoconstrutivo, porque tenho omaior respeito pelas famíliase dinastias toureiras, casos doTelles, Moura, Lupi, Salguei-ro, Caetano, Salvador, Basti-nhas, Rouxinol… de todos.

Quanto aos forcados…Quanto aos forcados, pen-

so que existem uma barbari-dade de Grupos que não de-veriam existir, que não pres-tigiam e até prejudicam a fi-gura do forcado. Sou um ad-mirador profundo do forca-do, mas são os próprios queestão a criar uma má imagemdos mesmos e, quanto mim,deveriam ser os Grupos maisantigos, com mais história ecom maior carisma, a culti-varem a defesa do próprioforcado. Tem de existir umamaior ética da figura do for-cado. De um modo geral, senão são os próprios a valori-zarem-se, penso que vamosmal e, nesse aspecto, o quepretendo trazer ao CampoPequeno dentro de umas re-gras pré-definidas, é o maiorleque possível de toureiros,de modo a poder agradar atodos. Digo publicamenteque estou cansado, esgotado,massacrado, dos telefone-mas, das pressões, recomen-dações da parte de toureiros

e forcados que tenho diaria-mente e por isso digo “pa-rem”, porque também eu souaficionado, também eu vou acorridas, também eu vejoquem está bem e quem estámal, e não existe ninguémcom mais interesse do que eu,de que as corridas no CampoPequeno resultem, sob a mi-nha gestão. Façam é o quefalámos atrás, valorizem-se,respeitem e saibam ser res-peitados.

Existe gente a mais nomeio taurino?

Há muita gente no meiotaurino que não tinha de es-tar, há muita gente no meioempresarial que nada “pinta”,que aparece desaparece e sóprejudica, há críticos quenada sabem de toiros que vi-vem das intrigas, que nadafazem de mais valia para afesta. Há, a todos os níveis,uma grande falta de profis-sionalismo.

Tem tentado fugir dostoiros de ganadarias espa-nholas?

Como toda a gente sabe sóse lidaram no Campo Peque-no em 2010 duas corridascom ganadarias de Espanha,e porque foram impostas pe-las duas primeiras figuras daactualidade que são o PabloHermoso de Mendonza e oDiego Ventura, sendo paraambos os toiros de FerminBohorquez. Foram as duasnoites de casas totalmentecheias. Ao Campo Pequenocomo catedral do toureio acavalo mundial têm de vir asprincipais figuras, e, comotal, aceitámos que nos fossemimpostos os ditos toiros. Noentanto, o valor dos toiros foipago ao preço do valor que épago às ganadarias portugue-sas, o excedente foi descon-tado no próprio cachet dostoureiros. Este é um facto im-portante que será bom os afi-cionados terem dele conheci-mento, porque o Campo Pe-queno defende e respeita asganadarias portuguesas, ten-

do as nossas regras e tectoscomerciais.

A quantidade de corridasque se estão a dar com cur-ros provenientes de Espanhaé uma questão de preço?

Só isso. Compram um toi-ro com carne e tudo, maisbarato do que alguns gana-deros cobram em Portugal sópela bravura do toiro. É cla-ramente uma questão de pre-ço. Repare, a Feira da Moitaanunciada com cinco corri-das, três com toiros de Espa-nha. É a lei do mercado, maso que eu asseguro e prezo éque no Campo Pequeno, talcomo em Coruche ou em Ar-ruda dos Vinhos, e devido àscircunstâncias tanto pessoaiscomo empresariais, em quepoderíamos comprar maisbarato, não o fizemos e pri-vilegiamos os ganaderos por-tugueses.

O modelo de gestão depraças como Coruche e Ar-ruda é para continuar?

Temos uma gestão muitocriteriosa, e no fim do anofaremos o balanço. Até ago-ra o projecto tem corridobem, mas falaremos no fimdo ano. Concorremos, talcomo sabem, à Moita, comuma proposta muito bem es-quematizada e muito profis-sional, não ganhámos, masfaremos um balanço.

Que opinião tem sobre ascorridas mistas?

Metem menos gente, mes-mo trazendo aqui as princi-pais figuras. Já cá tivemos oPonce, Juli, Morante, Caste-lla, Cid, Miguel Angel Pere-ra, Ferrera, que só cá vieramporque está o Rui Bento àfrente da gestão do CampoPequeno, e mesmo com pri-meiras figuras, essas corridasmetem menos gente.

Não acha que as corridas,também as do Campo Pe-queno, estão a começar tar-de de mais?

Tem razão mas vou dar-lhe

a resposta: a hora de iníciotem que ver com as televi-sões. Desde a reinauguraçãodo Campo Pequeno os meiosde comunicação têm ajudadomuito a festa. A televisão,numa média de abono de 15corridas por época, tem trans-mitido entre seis e sete, o queé muito bom para a divulga-ção da festa e trazer novosaficionados. Estamos a tentarsensibilizar este meio de co-municação de modo a come-çarmos as corridas pelas21h30. Nos intervalos temosos contratos com os bares quepagam uma renda e têm derentabilizar o seu próprio in-vestimento.

Como está a temporadade António Ferrera?

Está num momento excep-cional a tourear mais devagare repousado do que nunca, amontar espectáculo em todoo local onde toureia, comtodo o tipo de ganadarias.Leva 23 corridas toureadas eirá chegar ao fim da presenteépoca com cerca de 40. Ti-vemos problemas com vári-as empresas que prometerame não cumpriram, nomeada-mente com Madrid, Badajoz,Olivença, entre outras.

Qual o toureiro mais “ta-quillero” de Espanha?

Sem dúvida o José Tomás,mas o Juli com uma tempo-rada fantástica, Morante quearrasta muita gente e Manza-nares são toureiros que “me-tem” muita gente. Mas é oque já te disse: em Espanhasente-se uma grande crise etodas as praças se ressentemdisso...

Como vê a situação cria-da na Catalunha?

É uma jogada puramentepolítica. Os catalães querema independência e fazem es-tas jogadas políticas para sedemarcarem do restante país.A nível taurino é uma macha-dada, no aspecto de imagem,não no sentido taurino em si,porque se formos ver na Ca-talunha só se dão toiros emBarcelona, e que são 10/12espectáculos por época. Deresto, se formos analisar abilheteira de Barcelona, ex-cepto com o fenómeno JoséTomás, quantas vezes encheua praça? É um balão de oxi-génio que estão a dar aos anti-taurinos. Depois, repare queo governo socialista é anti-taurino mas não quer dar acara, não se assume, e está afazer deste assunto um casopolítico.

E no resto de Espanha?Escreve bem isto que te

digo: “mais depressa sai Es-panha da Comunidade Euro-peia, do que acabam com ostoiros em Espanha”. Só quemnão os conhece é que poderápassar essa imagem. O povoespanhol gosta das suas tra-dições e da sua história, é asua “Festa”, a sua cultura edefendem-na bem.


Rui Bento Vasquez em Las Ventas, Madrid

23tauromaquia Edição n.º 6.220 | 3 de Setembro de 2010 CORREIO DO RIBATEJO

Coordenação deCoordenação deCoordenação deCoordenação deCoordenação de

Ludgero MendesLudgero MendesLudgero MendesLudgero MendesLudgero Mendes A Corrida de Toiros dapassada quinta-feira, noCampo Pequeno, ficoumarcada pelo regresso deJoão Moura, e pela despe-dida das arenas do matadorde toiros José Luís Gonçal-ves, que alternou com o dies-tro espanhol António Ferre-ra. Pegaram os ForcadosAmadores do Aposento daMoita, capitaneados por Tia-go Ribeiro. Foram lidadosdois toiros da GanadariaPassanha, que cumpriram,a cavalo, e quatro de FaléFilipe, a pé, que deram bomjogo. Um espectáculo quecontou com meia casa, re-sultando numa noite bastan-te agradável onde se virambons momentos de toureio.

Depois das cortesias, econforme o regulamentoautónomo da primeira pra-ça do país, a Administraçãoda Sociedade do Campo Pe-queno, SA, ofereceu umalembrança ao matador detoiros José Luís Gonçalves,sinalizando, assim, a despe-dida do consagrado tourei-ro português.

João Moura recebeu umtoiro Passanha, de 530kg,bem apresentado, que saiureservado. O cavaleiro deMonforte colocou bem osdois ferros compridos da or-dem, tendo, porém, come-çado mal a lide nos curtos.Andou irregular, não esco-lhendo bem os terrenos dotoiro e a deixar a ferragemda ordem em sortes ligeira-mente aliviadas. Aprecia-ram-se alguns ladeios, pe-quenos adornos e umas li-geiras batidas ao piton con-trário, sem grande emoção,e pouco mais. Terminou alide cravando uma rosa emsorte muito aplaudida. Nosegundo toiro do seu lote,com 540 kg, o cavaleiro de

O Adeus de Matador José Luís Gonçalves

Monforte andou mais aoseu estilo, evidenciando oseu saber e o seu poder, ten-do desenvolvido uma lidemuito meritória, lidando agosto e cravando certeira aferragem, numa função emque o ambiente subiu mui-to de tom, em razão do bomlabor de João Moura.

Pelos Amadores do Apo-sento da Moita, José MariaBettencourt e Nuno Inácioconcretizaram as suas sor-tes à segunda tentativa, como Grupo a ajudar bem.

A melhor parte do espec-táculo, foi, sem dúvida, alide apeada. José Luís Gon-çalves teve por diante umtoiro de Falé Filipe, com518kg, bem apresentado,que recebeu por verónicas.Com a flanela andou embom plano, exibindo a suasingular plasticidade, em-prestando a cada passe umaexpressão artística dignosde serem perpetuados porinspirados pintores. No fi-nal deu aplaudida volta. Osegundo do seu lote, com522 kg, não era fácil nemcómodo. Com muita entre-ga, poderio e boa técnica,

José Luís Gonçalves desen-volveu uma belíssima fae-na, ensinando o hastado ainvestir, já que começou porsair solto após cada passe,até que o diestro logrou do-miná-lo, sujeitá-lo, e a par-tir daí, impor-lhe a sua von-tade, bordando o toureio.Esta faena foi sentida commaior expressão tanto pelotoureiro como pelo público,posto que se tratava da suaúltima actuação como pro-fissional no Campo Peque-no. José Luís Gonçalvesdespediu-se em plano degrande toureiro. O públicopremiou-o com duas voltasà arena.

António Ferrera registoumais uma passagem triun-fal por Lisboa. Andou mui-to bem frente ao exemplarenviado pela GanadariaFalé Filipe, bem apresenta-do, embora escasso de for-ças, apresentando dificulda-des numa das mãos, o que,contudo, não o impediu decolaborar do princípio aofim da lide. Ferrera rece-beu-o bem de capote, e nosegundo tércio colocou trêsbons pares de bandarilhas,

que entusiasmaram o públi-co do Campo Pequeno.Com a muleta imprimiuuma boa faena, sacandouma boa série pela direita eoutra pela esquerda. No fi-nal deu volta. No últimotoiro do seu lote, o matadorespanhol esteve soberbo,cravando quatro bons paresde bandarilhas, o que dei-xou o público do CampoPequeno em pleno estadode euforia. Com a muletaandou igual a si mesmo,perante um toiro, com 530kg, que colaborou, e maisuma vez primou pela apre-sentação. Ferrera soube ti-rar partido do seu oponen-te, ao executar muletazos debom nível, tanto pela direi-ta como pela esquerda, dei-xando o público rendido aoseu toureio. No final deuvolta.

No final da corrida, An-tónio Ferrera teve um boni-to e nobre gesto, sacandoem ombros José Luís Gon-çalves.

Dirigiu a corrida o Sr.Manuel Jacinto, assessora-do pelo Médico-VeterinárioDr. Patacho Matos.

A Escola de Toureio“José Falcão”, de Vila Fran-ca de Xira, participa no IIIEncontro Mundial de Esco-las Taurinas, na cidade es-panhola de Albacete, que serealiza desde o dia 2 e seprolonga até amanhã, sába-do, dia 4 de Setembro.

O aluno Tiago Santos quefoi o designado por VictorMendes para representar aEscola “José Falcão”, en-frentando hoje novilhos daganadaria de Sónia Gonza-lez.

Participam neste Encon-tro Mundial as Escola deArles e de Nimes (França)“José Falcão” (Portugal),Aguascalientes e Txacala(México) e as escolas espa-nholas de Albacete, Bada-

Escola de Toureio “José Falcão” em Albacete

joz, Benidorm, Castellón,Jerez de la Frontera, Ma-drid, Málaga, Múrcia, Tole-do, Salamanca e Valência.

Vão realizar-se três no-vilhadas, na praça de Al-bacete, e várias conferên-cias, através dos directo-

res e professores das Es-colas Taurinas e o Presi-dente do Ayuntamiento deAlbacete.

25 anos sem o Príncipe do toureio. A 30 de Agostocumpriu-se o vigésimo quinto aniversário sobre a datado infausto falecimento de José Cubero “Yiyo”, na Pla-za de Toros de Colmenar Viejo. O destino, tantas vezescruel, cruzou no seu camino o Burlero, da ganadariade Marcos Nunez, que o colheu fatalmente, ferindo-lhe o coração, matando, assim, um dos mais promisso-res toureiros da sua geração.

Nesse 30 de Agosto de 1985 o toureiro de Canille-jas – nascido em Bordéus – recebera um telefonemapara substituir Curro Romero em Colmenar, posto queo Faraó de Camas tinha apresentado um atestado mé-dico, pelo que não iria actuar nessa corrida. Para ojoven diestro esta era uma boa oportunidade, pois, iriaactuar às portas de Madrid e alternava com AntónioChenel “Antoñete” e com José Luis Palomar.

Haviam pasado apenas onze meses sobre a corridaem que “Yiyo” teve que estoquear o toiro “Avispado”em Pozoblanco, que havia colido mortalmente Fran-cisco Rivera “Paquirri”, e desde então o jovem diestroassumira a sorte de matar como um momento supremode vingança pela perda de uma amigo e de um mestre.

Nesta tarde, em Colmenar, “Yiyo” havia bordado otoureio, com a fragância do seu estilo e com o poderque sempre se lhe reconhecia. Em plano de triunfo,dispunha-se a matar o seu oponente para poder, de-pois, ostentar os troféus que tão justamente premia-riam o seu labor. Perfilou-se e deixou-se ir atrás doestoque com todas as ganas do mundo. O toiro ficoucolhido mortalmente, e quando já ninguém o esperava,levantou e investiu para o jovem toureiro, erguendo-ono ar e investindo sobre o seu corpo no solo, perfuran-do-o pela região axilar, até quebrar o coração. A per-cepção da morte foi instantânea. “Yiyo” estava tão in-justamente a pagar o tributo da morte pela arte e pelavalentia que o tornaram verdadeiramente idolatrado emtodo o universo taurino.

O socorro foi imediato, mas nada havia a fazer.“Yiyo” estava morto!

O mundo taurino chorou a sua morte, e as homena-gens que lhe foram prestadas nas cerimónias fúnebrescalaram fundo no coração angustiado de todos os afi-cionados, que nunca mais o esqueceram. Antoñete, seupar nesta tarde dramática, teve palavras repassadas desentimento pela perda de um jovem com tantas quali-dades e com um futuro tão brilhante à sua frente. As-sim o quisessem Deus e o toiro de Marcos Nuñez…

Santarém, onde actualmente não se realizam corri-das com matadores, teve o grande privilégio de apreci-ar a arte e o poder de “Yiyo”, pois, Celestino Graça,quando lhe contaram dos triunfos que este jovem, en-tão ainda como novilheiro, vinha alcançando nas prin-cipais feiras de Espanha, não descansou enquanto nãoo incluiu nos cartéis de Feira Taurina de Santarém. Ti-vemos a sorte de o ver triunfar, por isso, também, cho-ramos mais a sua morte. O toureio ficou mais pobre.Toureiros como “Yiyo” nunca morrem, porque nuncaos esquecemos, mas, fazem-nos muita falta.

“Yiyo” morreu há 25 anos

tauromaquia24 CORREIO DO RIBATEJO Edição n.º 6.220 | 3 de Setembro de 2010

Por ocasião das Festas emHonra de Nossa Senhora doÓ, realizou-se no passadosábado, dia 21 de Agosto,no Sobral da Adiça, umacorrida de toiros à Portu-guesa. O cartel era compos-to pelos cavaleiros LuísRouxinol, João Salgueiro eGilberto Filipe e pelos Gru-pos de Forcados Amadoresde Moura, de Safara e daAmareleja, capitaneados,respectivamente, por PedroAcabado, Pedro Lúcio e Pe-dro Pereira, os quais dispu-tavam entre si o troféu paraa melhor pega da tarde. Fo-ram lidados seis toiros daGanadaria espanhola de D.José Luís Pereda / La Dehe-silla, com 5 anos de idade,que saíram reservados, bemapresentados, mas que, nogeral, até nem complicarammuito a actuação dos cava-leiros, já o mesmo não sepodendo afirmar a propósi-to dos forcados. Com pou-co mais de meia casa, assis-tiu-se a uma tarde de toirosque resultou insonsa, semmotivos de interesse.

Luís Rouxinol não este-ve numa tarde muito inspi-rada. Recebeu o primeirotoiro do seu lote com umabrega vistosa, cravando aferragem comprida em sor-tes à tira. Foi-se desincum-bindo da colocação da fer-ragem curta, mas, sem gran-de brilho, e culminou a suaactuação com um ferroemsorte de violino que o pú-blico aplaudiu. No segundodo seu lote as coisas tam-bém não correram muitomelhor; O cavaleiro de Pe-gões limitou-se a “cumprircalendário”, sem a alegriaque lhe é tão peculiar e sem

Corrida morna em tarde quente

a constância da sua fácilempatia com o respeitável.Destaque para o terceiroferro curto de boa nota, apartir para a cara do toiro ea pisar-lhe os terrenos. Nofinal cravou bem o já “tra-dicional” par de bandari-lhas.

João Salgueiro tambémnão andou muito bem noprimeiro do seu lote. Bre-gou com desenvoltura e ani-mação, todavia, a ferragemsaiu ligeiramente dispersa.Apesar de cumprir digna-mente, espera-se sempremais e melhor dos cavalei-ros mais competentes, peloque o público se torna sem-pre mais exigente. O segun-do toiro do seu lote saiumais cómodo de investida,tendo o cavaleiro de Vala-da do Ribatejo primado naforma como foi desenhan-do a brega e colocado a fer-ragem da ordem, merecen-do vivo destaque o terceiro

ferro curto, que foi sober-bo, em sorte frontal muitobonita.

Gilberto Filipe tambémnão teve uma tarde muitofeliz. Enfrentou um exem-plar de Pereda muito reser-vado, e deu-nos a ideia deque não o entendeu bem,pelo que a lide resultou des-ligada, e sem grande primorna forma como desenhou assortes, limitando-se a atra-vessar-se na cara do toiropara cravar a ferragem daordem. De salientar, ape-nas, o quinto ferro de pal-mo, onde pisou os terrenosdo toiro. Azar dos azares, opior toiro da corrida coubea Gilberto Filipe. Com otoiro parado o cavaleiro doMontijo, deixou a ferragemda ordem sem grande bri-lho. A lide resultou, natural-mente, insonsa, sem gran-des rasgos de arte.

Para a cara do primeirotoiro foi Aurélio Mendes,

dos Amadores de Moura; oexemplar de Pereda arran-cou com pata, mas, o for-cado não recuou o suficien-te, não logrando aguentar-se na cara do toiro; na se-gunda tentativa tambémnão mandou no toiro, ten-do sido desfeiteado. Foidobrado por David Veríssi-mo, que consumou à suaprimeira tentativa. Umapega rija com o toiro a par-tir com a cara alta. O quar-to da corrida foi pegado porNuno Pires, que consumoua sua sorte ao primeiro in-tento.

Pelo Grupo de Safara,foram solistas EmanuelSoares, que concretizoupega fácil, à segunda tenta-tiva, e António Campaniçoque, apenas, consumou àquarta tentativa, já com asajudas carregadas.

Os Amadores da Amare-leja também não tiveramtarefa fácil. Nas primeirastentativas o forcado pisou-lhe os terrenos, o toiro ar-rancou com pata, não dan-do tempo ao forcado de re-cuar e fechar-se. Este toirofoi pegado à terceira entra-da de cernelha por EzequielGato e Tiago Martins. Ocernelheiro não conseguiuparar o toiro, saindo comeste em andamento, eviden-ciando falta de técnica e deconhecimento para cumpriresta sorte. O último toiro dacorrida foi pegado por Eze-quiel Gato, numa pega rija,aguentando a viagem dotoiro, e concretizando aoprimeiro intento.

No final o Júri, cuja cons-tituição não foi conhecida,entregou o prémio em dis-puta a esta última pega.

O Tribunal Constitucio-nal da Colômbia decretouque o espectáculo taurinono país é perfeitamente le-gal e que se enquadra noespírito e na letra do textoconstitucional do país. Estadecisão constituiu um tre-mendo rombo nas intençõesdos anti-taurinos que, a re-boque da decisão do Parla-mento da Catalunha, que-ría, assim, erradicar estetipo de manifestações dasfestas populares colombia-nas.

O Ministério da Justiçareforçou esta deliberação,afirmando que a Festa Bra-va constitui uma das basesfundamenais das tradiçõesculturais do povo colombi-ano, pelo que fica, assim,totalmente, blindada qual-

Colômbia diz “SIM” aos Toirosquer tentativa de abolir arealização de corridas detoiros neste tão aficionadopaís latino-americano.

Esta é a segunda vez queo Tribunal Constitucionaltem de discutir este assun-to. Em 2005, a questão foisuscitada pela providênciade um defensor dos ani-mais, mas o Tribunal Cons-titucional viria a rejeitar osseus argumentos e afirmoua constitucionalidade dastoiradas, tendo sido exara-do no despacho desta sen-tença que “a arte de lidartouros tem sido reconheci-da ao longo da históriacomo um expressão artísti-ca e cultural dos países la-tino-americanos. Esta temsido consagrada por artistasde distintas expressões,

como os casos de Goya,Mariano Benlliure, JoséOrtega y Gasset, Pablo Pi-casso, Garcia Lorca, ErnestHeminway, Vicente BlascoIbañez... e os colombianosBotero, Obregon e Men-dez”.

Saúda-se, assim, esta de-cisão constitucional e cum-primenta-se o povo da Co-lômbia pela simples razãode se ver consagrado umlegítimo direito de apreciaruma determinada expressãoartística, assente em tãoponderosos pressupostosculturais, do mesmo modoque a ninguém se obriga agostar ou a apreciar estetipo de manifestações tradi-cionais. É tudo, ao cabo eao resto, uma questão derespeito…

A Empresa Toiros e Tauromaquia, Lda., de Antó-nio Manuel Cardoso, reuniu com a imprensa, toureirose aficionados para apresentar os cartéis da próxima edi-ção da Feira Taurina da Moita do Ribatejo, a qual de-correrá, como é hábito, a par das tradicionais Festasem Honra de Nossa Senhora da Boa Viagem.

Como notas dominantes destes cartéis, registam-seas presenças das principais figuras do toureio a cavalo,como são os casos de João Moura, João Salgueiro, RuiSalvador, António Telles, Rui Fernandes, Joaquim Bas-tinhas e Diego Ventura, e dos dois Grupos de ForcadosAmadores locais, a que se juntam os de Vila Franca deXira, os de Alcochete e os de Coruche. Destaque tam-bém para a presença do toureio a pé, em cujos cartéisse inclui o “regresso” de Vitor Mendes, a apresentaçãode Júlio Aparício, após a violentíssima colhida, cujasimagens correram mundo, e dos jovens matadores “Pro-cuna” e “Velásquez”. Quanto a ganadarias, cumpre des-tacar a apresentação de três “corridas” espanholas, apar de alguns toiros de excelentes ganadarias nacio-nais, como são as de Murteira Grave, Herdeiros de Con-de Cabral, Manuel Veiga, Falé Filipe, entre outras.

Aqui ficam, para que possa programar a sua agen-da, os cartéis completos desta importante Feira Tauri-na:

13 de Setembro de 2010 ás 22:00h - A Corrida daArte - Corrida Mista; A Cavalo - António Ribeiro Tel-les e João Telles Jr.; A pé – Júlio Aparício e Nuno Ma-nuel “Velasquéz”; Forcados Amadores do Aposento daMoita; Toiros de D. José Luís Pereda (7);

14 de Setembro de 2010 ás 18:30h - X Corrida deToiros do Município da Moita - Corrida à Portuguesa;A Cavalo - Rui Salvador, Diego Ventura e Manuel Lúpi;Forcados Amadores da Moita e de Alcochete; Concur-so de Ganadarias - Toiros de Branco Núncio, Herdºsde Conde Cabral, Rio Frio, Fernandes Castro, Murtei-ra Grave e Manuel Veiga;

15 de Setembro de 2010 ás 22:00h - Noite das Ban-darilhas - Corrida de Toiros; A pé - Vitor Mendes, JuanPadilla e Luís Vital “Procuna”; Toiros de Falé Filipe(6);

16 de Setembro de 2010 ás 22:00h - Corrida dosTriunfadores – Corrida à Portuguesa; A Cavalo - JoãoMoura, João Salgueiro e Rui Fernandes; Forcados Ama-dores do Aposento da Moita; Toiros de La Dehesilla(6);

17 de Setembro de 2010 ás 22:00h - II Grande Cor-rida Intermaché – Corrida à Portuguesa; A Cavalo -Joaquim Bastinhas, Vitor Ribeiro, Gilberto Filipe, To-más Pinto e Marcelo Mendes; Forcados Amadores deVila Franca e de Coruche; Toiros de Campos Peña (6).

A Feira da Moita- Integradanas festas em honra de NossaSenhora da Boa Viagem

Sobral da Adiça

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N. 15-12-1920 – F. 8-9-2007

3 Anos de Eterna SaudadeMISSA

Sua filha, genro, neta e bisneta participam que será celebrada missaem sua memória, quarta-feira, dia 8, às 19 horas, na igreja de S. Nicolau,agradecendo desde já a quem se dignar assistir a este piedoso acto.

SANTARÉMAMIAIS DE CIMA

CONSTCONSTCONSTCONSTCONSTANTINOANTINOANTINOANTINOANTINODOS SANTOS LOPESDOS SANTOS LOPESDOS SANTOS LOPESDOS SANTOS LOPESDOS SANTOS LOPES

DA BERNARDADA BERNARDADA BERNARDADA BERNARDADA BERNARDA1 Ano de Eterna Saudade

6-9-2009 – 6-9-20109960 Sua família participa que

será celebrada missapelo seu eterno descanso, no pró-ximo dia 5, às 9.45 horas, na igre-ja dos Combonianos – Jardim deCima, agradecendo desde já aquem se dignar assistir a este pie-doso acto.

Serviço Permanente Telef. 243 32 50 74Telef. 243 32 50 74Telef. 243 32 50 74Telef. 243 32 50 74Telef. 243 32 50 74SEDE: Estrada de S. Domingos, 27 - A – SANTARÉM

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JOAQUIM DUARTEJOAQUIM DUARTEJOAQUIM DUARTEJOAQUIM DUARTEJOAQUIM DUARTECORDEIROCORDEIROCORDEIROCORDEIROCORDEIRO

Faleceu a 25-8-2010

AGRADECIMENTO9953 Sua esposa, filhos, nora,

netos e restante famí-lia agradecem muito reconhecida-mente a todas as pessoas que sedignaram acompanhar o seu entequerido à sua última morada, ouque de qualquer outra forma lhesmanifestaram o seu pesar.

Agência FuneráriaLopes & Benavente, Lda.Telefone 243323888 – Santarém

PEROFILHO

MARIA ANTÓNIAMARIA ANTÓNIAMARIA ANTÓNIAMARIA ANTÓNIAMARIA ANTÓNIADE JESUS LUÍSDE JESUS LUÍSDE JESUS LUÍSDE JESUS LUÍSDE JESUS LUÍS

Faleceu a 28-8-2010

AGRADECIMENTO E MISSADO 7.º DIA

9954 Suas filhas, genros, netos,bisnetos e restante fa-

mília agradecem muito reconheci-damente a todas as pessoas quese dignaram acompanhar a suaente querida à sua última morada,ou que de qualquer outra formalhes manifestaram o seu pesar.

Participam ainda que será cele-brada missa pelo seu eterno des-canso hoje, sexta-feira, dia 3, pe-las 19 horas, na igreja de S.Nicolau, agradecendo antecipada-mente a quem se dignar assistir aeste piedoso acto.

Agência FuneráriaLopes & Benavente, Lda.Telefone 243323888 – Santarém

OUTEIRINHO – SANTARÉM

SANTARÉM

JOSÉ DA LUZJOSÉ DA LUZJOSÉ DA LUZJOSÉ DA LUZJOSÉ DA LUZNARCISONARCISONARCISONARCISONARCISO

12 Anos de Eterna Saudade2-9-1998 – 2-9-2010

Meu Amor:Mais um ano passou,O Sol deixou de brilhar,Naquela manhã de Setembro,Para nunca mais voltar!Partiste para sempre...Um vazio faz parte da minha vida!Continuo sem compreender,Porquê, tu, uma pessoa tão querida?!Adoramos-te cada vez mais!Mesmo estando tu ausente,Olha por nós, meu amor,Como se estivesses presente!9962 Da tua esposa que te ama,

dos teus filhos que teadoram e dos teus netos que por tichoram.

MOÇARRIA

JOAQUIM MANUELJOAQUIM MANUELJOAQUIM MANUELJOAQUIM MANUELJOAQUIM MANUELGUEDES GOMESGUEDES GOMESGUEDES GOMESGUEDES GOMESGUEDES GOMESFALECEU A 30-8-2010

AGRADECIMENTO9972Sua esposa, filhos, nora,

genros, netos e restan-te família agradecem muito reco-nhecidamente a todas as pessoasque se dignaram acompanhar o seuente querido à sua última moradaou que de qualquer outra formalhes manifestaram o seu pesar.

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67.º Aniversário Natalício2-9-1943 – 2-9-2010

9974 Sua esposa, filhos, nora,sogra e netos recordam

com profunda dor e saudade a pas-sagem do 67.º aniversário do seunascimento.

TREMÊS

MANUEL PMANUEL PMANUEL PMANUEL PMANUEL PAULINOAULINOAULINOAULINOAULINOMARTINHOMARTINHOMARTINHOMARTINHOMARTINHO

3 Anos de Eterna Saudade3-9-2007 – 3-9-2010

Relembro-te a toda a horaPenso em ti a todo o momento...!Foste um homem maravilhosoNão me sais do pensamento9969 Sua esposa, filha e netas

que a tua alma repou-se em paz.

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Bertino CoelhoMartins

Adágios do Povo

Setembro– Águas

verdadeiras,por S. Ma-teus (21) asprimeiras.

– Arranjabom Setem-bro, com oburro te fica-

FAZEM ANOS:

Em 3, Maria Sofia PereiraPestana Ascenso Pires, Maria daGraça Braacamp Freire, MariaVitória Santos e Maria Isabel dosReis Mota.

Em 4, Maria Odete da LuzAmbrioso Carrinho, Maria Hele-na Tribolet Santos Bento, Caro-lina Ferreira Guerra da Luz, Ma-ria Helena Garcia Camacho, Ma-ria Isabel Castelo Branco PereiraBranco e António Augusto Go-mes Aguiar Eloi Godinho.

Em 5, Maria Leonor Moreno deDion Miguens Vieira, Maria daPiedade Larcher Marchal Frago-so de Rhodes, Helder Martins deCarvalho e João Andrade Júnior.

Em 6, Maria Cidália Lopes deJesus da Silva, Isaura da Con-ceição Lopes Prôa, Maria Tere-

três vezes entre o S. Mateuse o Natal.

– Pelo S. Mateus, faz con-ta das ovelhas que os borre-gos são teus.

– Pelo S. Mateus pega nosbois e lavra com Deus.

– Por S. Gil (1), aduba teucandil.

– Quem se ajusta por S.Miguel, não se senta quandoquer.

– S. Miguel e S. João pas-sado, tanto manda o amocomo o criado.

– S. Miguel das uvas, tantotardas e tão pouco duras, semais vezes vieras no ano, nãoestivera eu com amo.

– Setembro, cara de pou-cos amigos e manhã de figos.

– Setembro, comendo ecolhendo.

– Setembro é o meio deOutono.

– Setembro molhado figoestragado.

– Setembro que enche oceleiro, dá triunfo ao rendei-ro.

– Setembro, ou seca as fon-tes ou leva as pontes.

In: Rifoneiro PortuguêsP. Chaves

rei eu.– Em Setembro planta, co-

lhe e cava que é mês paratudo.

– Em 29, S. Miguel, fechasas asas.

– S. Mateus (21), esmoloupara os seus.

– Febre outonal, ou longaou mortal.

– Lua nova setembrina,sete meses determina.

– No S. Mateus, vindimamos sisudos e semeiam os san-deus.

– Para boas colheitas pe-dem bom tempo a Deus, nastêmperas de S. Mateus (21).

– Para que o ano não vámal, hão-de encher os rios

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CORREIO DO RIBATEJO» – 3-9-2010

TRIBUNAL JUDICIAL DE ALMEIRIM1.º Juízo – Sec. Única

ANÚNCIO(2.ª publicação)

ExecuçãoProc.: 436/06.3TBALRExequente(s): Caixa Geral de Depósitos, S.A.Executado(s): Márcio Miguel Ramos dos Santos e outro(s)

José Alves da Cunha, Agente de Execução, nos presentes autos,faz saber que foi designado o dia 16 de Setembro de 2010, pelas14:00 horas, no mencionado Tribunal, para a abertura de propostas emcarta fechada, que tenham sido entregues, até aquele momento, na Se-cretaria do Tribunal, pelos interessados na compra dos seguintes bensimóveis:

1. Fracção A, sito no Gaveto formado pelas Ruas Bernardo Gon-çalves e Agnelo David, 2, em Almeirim, inscrita na matriz sob oartigo 5945, registada na Conservatória do Registo Predial deAlmeirim, sob o número 2765, afecta a comércio;

2. Fracção B, sita na Rua da Fé, 26, em Almeirim, inscrita namatriz sob o artigo 8176, registada na Conservatória do Regis-to Predial de Almeirim, sob o número 2703, afecta a habitação.

Penhorados aos executados João Paulo Gonçalves dos Santos,BI: 8617345 e o NIF: 190677457 e Lucília Maria Ramos dos Santos,BI: 10678219 e NIF: 203134117, residente na Zona Industrial de Muge– concelho de Salvaterra de Magos.

O Valor Base da Venda: Verba 1 – 70% do valor base jjjjj 70.000,00;Verba 2 – 70% do valor base jjjjj 120.000,00;

Será aceite a proposta de melhor preço, não inferior a 70% dovalor base. Os componentes devem juntar à sua proposta, a título decaução, um cheque visado, à ordem do Agente de Execução ou garantiabancária, no montante correspondente a 20% do valor base atribuído.

É depositário dos identificados bens o Agente de Execução signa-tário.

Almeirim, 20 de Agosto de 2010.

O Agente de Execução,José Alves da Cunha

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SANTARÉM: Rua de S. Martinho, 6-1.º – Telef. 243556499Telemóvel 914037409

sa Martins Ferreira, Maria Luí-sa Botelho Falcão Neves e JoséEduardo Paiva Mateus.

Em 7, Ana Luísa de Carvalhoe Castelo Tavares Veiga, MariaLucília de Oliveira Cabral Calhei-ros, Henrique José Marecos Pe-droso Pinto de Albuquerque, Vas-co Luís Pinheiro Novais Branco,António Duarte Meireles e LuísMiguel Soares Rodrigues.

Em 8, Felisbela Guilherme daSilva Santos, Maria José de Car-valho Luizelo Godinho Montei-ro, Judite Augusto da Piedade,Maria América Galvão Calha-mar, Luísa Augusta Calado,Emilia da Graça Rodrigues, Ca-tarina Maria Barreiros NunesSerrão de Faria, Maria Estevesdos Reis Pombo e Maria TeresaRodrigues Madureira.

Em 9, Arminda Maria Urba-no Morais, Maria Mécia Barro-ca da Franca Ribeiro, Maria Inêsdos Reis Madeira, Daniel Alber-to Lopes Ramos, Guilherme Al-berto Montez Coelho, JoaquimAugusto Faustino Fontes e JoãoLopes dos Santos.

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ALCANHÕES

MARIA JOSÉMARIA JOSÉMARIA JOSÉMARIA JOSÉMARIA JOSÉANTUNES MARTINSANTUNES MARTINSANTUNES MARTINSANTUNES MARTINSANTUNES MARTINS74.º Aniversário Natalício

30-8-1936 – 30-8-20109942 Seu marido, filhos, netos,

bisneta e demais famí-lia participam que será celebradamissa pelo seu eterno descanso,no próximo domingo, dia 5, às 11horas, na igreja de Alcanhões,agradecendo desde já a quem sedignar assistir a este piedoso acto.

SANTARÉM

MARIA MANUELMARIA MANUELMARIA MANUELMARIA MANUELMARIA MANUELAAAAADIAS PEREIRADIAS PEREIRADIAS PEREIRADIAS PEREIRADIAS PEREIRAFALECEU A 29-8-2010

Agradecimento e Missado 7.º Dia

9973Seus irmãos, sobrinhos,afilhada e restante fa-

mília agradecem muito reconheci-damente a todas as pessoas quese dignaram acompanhar a suaente querida à sua última moradaou que de qualquer outra formalhes manifestaram o seu pesar.Participam que será celebrada mis-sa do 7.º dia, pelo seu eterno des-canso, amanhã, sábado, dia 4 deSetembro, às 16.15 horas, na igre-ja de Jesus Cristo (Hospital Velho),agradecendo desde já a quem sedignar assistir a este piedoso acto.

GRAÍNHO

HERMÍNIA MARIAHERMÍNIA MARIAHERMÍNIA MARIAHERMÍNIA MARIAHERMÍNIA MARIARODRIGUESRODRIGUESRODRIGUESRODRIGUESRODRIGUES

DA SILDA SILDA SILDA SILDA SILVVVVVA CARREIRAA CARREIRAA CARREIRAA CARREIRAA CARREIRAFALECEU A 9-8-2010

MISSA DO 30.º DIA9970 Seu marido e filha partici-

pam que será celebra-da missa pelo seu eterno descan-so, no próximo dia 9, às 19 horas,na igreja de S. Nicolau, agradecen-do desde já a quem se dignar as-sistir a este piedoso acto.

MEALHADARIBEIRA DE SANTARÉM

JOSÉ ERNESTOJOSÉ ERNESTOJOSÉ ERNESTOJOSÉ ERNESTOJOSÉ ERNESTORODRIGUES TÁTÁRODRIGUES TÁTÁRODRIGUES TÁTÁRODRIGUES TÁTÁRODRIGUES TÁTÁ

FALECEU A 28-8-2010

AGRADECIMENTO9971Sua esposa, filhos, noras,

genro, netos, irmãs,cunhado e sobrinhos agradecemmuito reconhecidamente a todasas pessoas que se dignaram acom-panhar o seu ente querido à suaúltima morada ou que de qualqueroutra forma lhes manifestaram oseu pesar.

SANTARÉM – ALTO DO BEXIGA

ANTÓNIO DA SILANTÓNIO DA SILANTÓNIO DA SILANTÓNIO DA SILANTÓNIO DA SILVVVVVAAAAADOMINGUESDOMINGUESDOMINGUESDOMINGUESDOMINGUES

1 Ano de Eterna Saudade9-9-2009 – 9-9-2010

9983 Sua esposa, filha, genro enetas participam que

será celebrada missa pelo seu eter-no descanso, no próximo dia 9, às19 horas, na igreja de S. Nicolau,agradecendo desde já a quem sedignar assistir a este piedoso acto.

ALQUEIDÃO DO MATO – ALCANEDE

JOAQUIM MANUELJOAQUIM MANUELJOAQUIM MANUELJOAQUIM MANUELJOAQUIM MANUELNETO DA CONCEIÇÃONETO DA CONCEIÇÃONETO DA CONCEIÇÃONETO DA CONCEIÇÃONETO DA CONCEIÇÃO3 Anos de Eterna Saudade

5-9-2007 – 5-9-2010Manelito 3 anos passarama saudade aumenta.Os pais e amigosnão te vão esquecer nunca.Que descanses em paz9985 Seus pais e restante famí-

lia, participam que serácelebrada missa pelo seu eternodescanso, no próximo domingo, dia5, às 12 horas, na igreja Matriz deAlcanede, agradecendo desde já aquem se dignar assistir a este pie-doso acto.

necrologia

ASSINE OASSINE OASSINE OASSINE OASSINE O

CORREIO DO RIBACORREIO DO RIBACORREIO DO RIBACORREIO DO RIBACORREIO DO [email protected]. 243333116 – Fax 243333258


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SANTO9889 Ó Divino Espírito Santo, Vós

que me esclareceis detudo, que iluminais todos os meus ca-minhos para que eu possa atingir a Fe-licidade; Vós que me concedeis o su-blime dom de perdoar e esquecer asofensas e até o mal que me têm feito;a Vós que estais comigo em todos osinstantes, eu quero humildementeagradecer por tudo o que tenho e quesou e confirmar uma vez mais a minhaesperança de um dia merecer poderjuntar-me a Vós e a todos os meus ir-mãos na perpétua glória da paz.

(A pessoa deverá fazer esta oraçãopor 3 dias seguidos, sem dizer o pedi-do e dentro de três dias será alcança-da a graça por mais difícil que seja).

Publicar a oração assim que recebaa graça. – O. L.

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SANTO9975 A vós que me esclareceis de

tudo, que iluminais todosos meus caminhos, para que eu possaatingir a felicidade. A Vós que me con-cedeis o dom de perdoar as ofensas eo mal que me tenham feito. A Vós queestais comigo em todos os instantes,humildemente quero agradecer portudo o que sou e tenho, confirmar mi-nha intenção de nunca me afastar deVós, por maiores que sejam as tenta-ções, com a esperança de um dia jun-tar-me a Vós na perpétua paz. Ámen.Obrigada. A pessoa deverá fazer estaoração por 3 dias seguidos, alcançaráa graça. Publicar a oração assim quereceber a graça. Agradece – N.O.

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29desporto Edição n.º 6.220 | 3 de Setembro de 2010 CORREIO DO RIBATEJO

CORREIO DESPORTIVOCCCCCoordenação de Manuel Oliveira Canelasoordenação de Manuel Oliveira Canelasoordenação de Manuel Oliveira Canelasoordenação de Manuel Oliveira Canelasoordenação de Manuel Oliveira Canelas

A glutona equipa de fute-bol dos Caixeiros não per-deu tempo: ao primeiro tor-neio de pré-época, logo oscomandados de Taborda eAranha começaram a en-cher a barriga… de troféus.No Torneio de Futebol doFazendense, disputado nasFazendas de Almeirim, osescalabitanos encontraramdois oponentes de respeitoe a ambos se superiorizaramcategoricamente, arrebatan-do uma conquista que ali-menta ainda mais os sonhosde sucesso que povoam oimaginário dos adeptos doclube.

O facto de ambos os tri-unfos terem sido obtidos àcusta de desempates atravésde grandes penalidades nãoatenua a demonstração declasse e de forma física dosCaixeiros, apesar de, nesteúltimo capítulo, ainda se vis-lumbrarem algumas volup-tuosidades abdominais so-bejamente dispensáveis…De resto, atendendo ao bemaceitável fio de jogo já evi-denciado, há que suprimiresses excessos rapidamente,pois as barrigas necessitamde espaço para os troféusque ameaçam aproximar-se

Grupo de Futebol dos Empregados no Comércio de Santarém

Barriguinhas inchadasà conta dos penalties…

em alta rotação.As árduas sessões de trei-

no, que prosseguirão nosareais da Foz do Arelho eno estádio de Alpiarça, con-tribuirão certamente paraaprimorar esses índices fí-sicos, aguardando-se que aequipa encare com outraleveza os compromissos depreparação já assumidos:jogo-treino em Caxarias(12/09), Torneio de Vale deCavalos (18 e 19/09) e Tor-neio da Atalaia (25 e 26/09).

Para já, certo é que os es-

calabitanos estão irrepreen-síveis nos penalties: no tor-neio das Fazendas, oito go-los em oito tentativas, sco-re que embriagou de alegriaa falange de apoio do clubeque marcou presença nocertame. Na meia-final,com o Golegã, após o 2-2registado no tempo regula-mentar (golos de Isas e Ka-luxa), o reforço Fábio Pie-dade começou a mostrarserviço, sustendo três (!)penalidades.

Depois, no encontro deci-

sivo, diante do Fazendense(da 1ª Divisão Distrital),nova gracinha: Kaluxa nãodeixou arrefecer a bota e tor-nou a facturar, garantindodessa forma o empate a umabola que levaria as decisõesnovamente para a lotaria. Aí,o 5-3 conseguido constituiuo rasgo de justiça que levoua taça a implorar ao presi-dente da Câmara Municipalde Almeirim: “Entregue-meaos Caixeiros, por favor.Estes rapazes merecem”.

Sérgio Fernandes

Os Caixeiros “engordaram” o seu palmarés com um prestigiante troféu de pré-época

Santarém Basket ClubeQueres jogar basquetebol?

Aparece na Nave Desportiva apartir de 6 de Setembro,

às 18.30 horas

“Onde estão as Barbi-es?”… Esta podia ser umadas tiradas espirituosas queo adepto mais trocista leva-ria na algibeira ao visitar oterreno do Caldas SportClube. Redondo engano: naQuinta da Boneca (a casada formação das Caldas daRainha), os iniciados da As-sociação Académica deSantarém depararam-secom um adversário de bar-ba cerrada, robusto, semfloreados e com tendênciasagressivas na hora de alve-jar a baliza contrária.

Só com elevadas fibra econcentração (e com oguardião Filipe a entrar emórbita, numa exibição espa-cial!) é que os escalabitanospuderam trazer para casaum singular mas preciosoponto (1-1), naquela que

Associação Académica de Santarém

Pontuar nas Caldascom uma pinta do Carvalho

constituiu a ronda inaugu-ral do Campeonato Nacio-nal de Iniciados.

Logo aos 20 min, Bernar-do Silva, com um livre em-purrado pelo sopro dos deu-ses, inaugurou as hostilida-des, num lance em que o es-férico bateu na relva e ludi-briou o desolado keeper cal-dense. Um ultraje, terá con-siderado a equipa da casa,a julgar pela pronta respos-ta: poucos segundos depois,a igualdade voltava a insta-lar-se no placar, na sequên-cia de um passe extraviadode um “estudante”.

Porém, nunca se chegoua temer o resultado de 1-7com que o Caldas tinhabrindado a Académica hásomente uma quinzena an-tes. A partir daí, a Briosanão só colocou em campo

índices inigualáveis de su-peração, de entreajuda e deespírito de sacrifício, comotambém… uma pinta doCarvalho. Sim, a entradados substitutos, sobretudode João Carvalho (um gi-gante a beijar os céus, nadatosco, cheio de pinta!), trou-xe a consistência necessá-ria para a materialização deum resultado que deixa au-gurar mais uma época tran-quila nas provas nacionais.

O técnico António Costacolocou em campo FilipeSantos, André Almeida,Nuno Torres (David Meni-no, 60 min), Alexandre Pei-xoto, Nuno Carolo (JoãoCarvalho, 35 min), Nini,Diogo Aguiar (Miguel Fa-ria, 68 min), João Real(cap), João Amaral, Bernar-do Silva (Daniel Carvalho,

35 min) e Peterson (JoãoSantos, 35 min).

Este domingo, duelo debriosas: a Escola SuperiorAgrária trajará capa e bati-na para receber os congé-neres de Coimbra, às11h00.

Sérgio Fernandes

Eis o programa do próxi-mo fim-de-semana na Esco-la Agrária:

Juniores - hoje, dia 3,20h00, Académica – Mo-çarria (particular).

Juvenis - amanhã, sába-do, dia 4, às 09h30, Acadé-mica – adversário a desig-nar (particular).

Iniciados - domingo, às11h00, Académica Santa-rém – Académica Coimbra(Nacional).

Existem bebidas energéticas sobejamente famosascujos slogans publicitários garantem poderes aladosa quem as consome. Todavia, nenhuma o fará comtanto realismo como a improvável personalidade queaqui vos apresentamos: ninguém diria que Júlio Isi-dro, consagrado pelo contributo ímpar ao nível daapresentação televisiva, consegue assegurar aos aven-tureiros escalabitanos o sonho de ganhar asas cominsuspeita e comprovada eficácia.

Na verdade, no âmbito das comemorações dos “50anos de televisão / 55 anos de aviões”, a JIP – JúlioIsidro Produções, organizará em Santarém, nos próxi-mos dias 3, 4 e 5 de Setembro, o Torneio “Asas dePortugal”, um evento de aeromodelismo, único na Eu-ropa, que abarca as categorias de voo circular e de rá-dio controlo.

O mundo pairará literalmente pelos céus de Santa-rém, não estivesse confirmada a presença de aviadoresprovenientes de (obviamente) Portugal, Espanha, Rei-no Unido, Escócia, Irlanda, Austrália, Colômbia, Esta-dos Unidos, Canadá, Ucrânia, Moldávia, Itália, Fin-lândia, Holanda, Rússia, entre outros.

Sobrevoando o Campo Emílio Infante da Câmara,os artistas digladiar-se-ão em diversas provas de velo-cidade, corrida, acrobacia, combate, planadores e mo-delos old time. Tudo com o alto patrocínio da CâmaraMunicipal de Santarém, da Scalabisport e da SAM –Society of Antique Modellers Portugal/y74.

As inscrições decorrerão no local do certame, sendoque, concernetemente a este tópico, toda e qualquerinformação poderá ser obtida através dos números214103028 / 214103051 e 919521343 ou do [email protected].

Realce ainda para o banquete que terá lugar no do-mingo, no decurso do qual decorrerá um sorteio deprémios e a entrega de um galardão de mérito ao an-fitrião Júlio Isidro, em honra aos seu louváveis per-cursos televisivo e “aeromodelístico”.

Caro cidadão escalabitano: é tempo de ignorar a pelede galinha, dar uma perninha e ficar com as Asas. Atre-ve-se? SF

Júlio Isidro dá-teAsaaaaaaaaaaaas!

Aeromodelismo em Santarém

Júlio Isidro é um amante de aeromodelismo

desporto30 CORREIO DO RIBATEJO Edição n.º 6.220 | 3 de Setembro de 2010

Com as diversas instituiçõesa coadjuvarem as suas congé-neres ao nível organizativo, di-latam-se as probabilidades desucesso dos eventos desporti-vos, sejam estes de pequena ougrande dimensão. No casoconcreto dos recintos despor-

I Torneio Juve S. Domingos

Tudo corre bemdesde que a malta coad… Juve

tivos, desde que a ScalabisportEEM coad… Juve, os projec-tos facilmente se concretizam.

Foi o que sucedeu no pas-sado dia 28 de Agosto, no ITorneio de Futebol Juve S.Domingos, para contentamen-to da associação organizado-

ra: graças ao apoio da empre-sa municipal e da AssociaçãoAcadémica de Santarém, ocampo da Escola SuperiorAgrária esteve ao dispor detodos amantes de futebol quequiseram saborear uma provaatípica, composta por equipas

de diferentes escalões.O triunfo final coube, pre-

cisamente à formação séni-or da Juve S. Domingos (mi-lita no INATEL), que se su-periorizou aos juniores daBriosa (segundo posto) e aosveteranos Ex-UDS. SF

O excelente Pavilhão Municipal do Entroncamento, umdos predilectos, por tradição, da Federação Portuguesa deFutebol, foi o superpalco escolhido para albergar, já ama-nhã (dia 4 de Setembro), o superjogo que se perspectivaentre as duas superequipas portuguesas que disputarão aSupertaça Nacional: o CF Os Belenenses (detentor da Taçade Portugal) e o Sporting Clube de Portugal (campeão na-cional) encarregar-se-ão de desmistificar a convicção ge-neralizada de que este é o troféu menos relevante do ca-lendário oficial.

No entanto, os verdadeiros super-homens, capazes delevar às costas os dois clubes nesta superfesta que abre anova temporada da modalidade, serão os adeptos, peloque se espera uma superenchente para avistar in loco osnovos fenómenos que se esperam na cidade.

O encontro terá início às 17h00 e merecerá honras detransmissão televisiva na RTP2. SF

Futsal

Quem disseque esta taça não é super?

BREVESPESCA DESPORTIVA. Coruche foi seleccionada

pela Federação Portuguesa de Pesca Desportiva para re-ceber amanhã e domingo (4 e 5 de Setembro) o Campeo-nato da Europa de Pesca Desportiva, uma das maiores pro-vas do calendário internacional. Aguarda-se a participa-ção de dezassete países, que lutarão pelo triunfo nas mar-gens do rio Sorraia.

ASSENTIZ. Já está em funcionamento o Mini-Cam-po Desportivo local, que visa a promoção da prática in-formal do exercício físico e da actividade desportiva in-fanto-juvenil. Na inauguração, dia 28 de Agosto, estevepresente Isaura Morais, presidente da Câmara Municipalde Rio Maior.

MOTAS ANTIGAS. O Grupo Desportivo e Recreati-vo da Sabacheira – SERRAS – organiza no domingo, dia5, o 2º Passeio de Motas Antigas, cuja concentração seráàs 09h00 no Parque Desportivo Avelino Nunes. Inscrições:919336055 ou 915843080.

TÉNIS. O Clube de Ténis de Santarém retomou osseus serviços no passado dia 1 de Setembro, estando foca-lizado na captação de novos treinos e na obtenção de maisinscrições.

Promete ser uma barrigadade bom BTT para aquelesque se empenham afincada-mente nos treinos durante umano inteiro: a VI Rota dosPinheiros está aí à porta e as-sume-se como a oportunida-de ideal para os simples apai-xonados se misturarem comas grandes vedetas da moda-lidade e provarem o picantetravo da competição.

Este não, o evento, orga-nizado pelo BTT Clube dos

BTT

Quem está cheio de treinosnão tem outro remédio: a Rota!

Pinheiros, está marcado parao próximo dia 27 de Setem-bro, nas Fontainhas de Sei-ça (Ourém), e quem já o ex-perienciou anteriormenteestá convicto de que esta 6ªedição dará o braço às cincoanteriores e desfilará nova-mente até ao altar do suces-so.

Até à meia-noite do dia 24de Setembro, a organizaçãoaguarda por uma avalanchede participantes capaz de lo-

tar as 150 vagas que estãotemporariamente à disposi-ção. Quem desejar assegurarpresença deverá fazê-lo deforma célere para o número914915836, ganrantindo au-tomaticamente, dessa forma,o direito a t-shirt, dorsal, se-guro, brindes, café, bolos se-cos, quatro reforços alimen-tares providenciados ao lon-go do percurso, um cocktaile refrescos à chegada. As trêsmelhores equipas acrescen-

tarão a este rol os incontor-náveis troféus que inevita-velmente distinguem os elei-tos.

O pagamento varia entre10j (com almoço) e 5j (semdireito a repasto) e deverá serefectuado no local da concen-tração (a sede da ASC Fon-tainhas), às 08h00.

Estás empanturrado de trei-nos? A Rota! A Rota dos Pi-nheiros saciar-te-á a sede decompetição. SF

A Juve S. Domingos não deixou que o troféu saísse de sua casa

O Belenenses vai tentar contrariar o favoritismo do Sporting

Vitória Clube de Santarém

Dá-nos licença, dona História?Para muitos, foi apenas um

treino de futsal. Para outros,mais românticos, aqueles ses-senta minutos de palestras, cor-rerias, dribles e remates foram,na verdade, um convite irresis-tível. Um sussurro sensual damais selectiva e exigente dasentidades: a História. No caso,a atraente História do despor-to escalabitano: “Querem en-trar?”, sugeriu-lhes, lânguida esedutora. E os iniciados do Vi-tória Clube de Santarém, ine-briados, não ousaram fazer-lheuma desfeita.

Assim, no passado dia 1 deSetembro, a Nave do Pavi-lhão Municipal de Santarémpôde assistir à primeira ses-são de treino de sempre de um

escalão federado de iniciadosde futsal na cidade, naqueleque constituiu simultanea-mente o passo inaugural deuma caminhada que culmina-rá no Campeonato Distritalda 1ª Divisão da categoria. Aempunhar a batuta, com as-sinaláveis pedagogia e voz decomando, esteve o professorPedro Garrido, também ele aregistar a sua estreia absolu-ta nos quadros técnicos doclube.

Ao fim de apenas um apron-to, os blocos de notas dos di-rigentes vitorianos apresen-tam já muito poucas linhasvagas para descrever o treina-dor escolhido, tantos os elo-gios que se atropelaram para

alugar o seu espaço: o caris-ma, a naturalidade, a autori-dade e a tarimba estão lá, peloque, adivinha-se, o jovemplantel terá de puxar dos ga-lões da aplicação e do bomcomportamento para conquis-tar um lugar entre os eleitos.

Algumas caras novas des-tacaram-se entre o pelotão,casos de João Marinho, Pe-dro Baeta, Jorge Pacheco,Micael ou Rúben Ferreira,que se juntaram aos peque-nos dinossauros FranciscoVeríssimo, Pedro Martins,João Diogo, Lukas Costa,Manuel Almeida e João Ca-rolo, todos eles com provasdadas no escalão etário infe-rior. Todavia, continuam pol-

tronas sem dono nestes apo-sentos da História, pelo quese aguarda pela chegada dereforços a todo o momento.

Eis a lista dos próximostreinos: quarta-feira, às17h30, no Pavilhão Munici-pal; quinta-feira, às 19h30, naEscola Prática de Cavalaria;sexta-feira, às 17h30, no Pa-vilhão Municipal.

Para efeitos de inscrição ousolicitação de informações,os interessados deverão con-tactar os números 919134378ou 919153337. O clube en-contra-se em captação deatletas nascidos entre 1996 e1997 (iniciados), 1998 e1999 (infantis) e 2000 a 2004(escolas). SF

O técnico Pedro Garrido orientou o histórico primeiro treino deuma equipa federada de iniciados de futsal em Santarém

31saúde Edição n.º 6.220 | 3 de Setembro de 2010 CORREIO DO RIBATEJO

CORREIODO RIBATEJO

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Fundado em 1891

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(Cart. prof. n.º 2097)

Redacção:Sofia MenesesSofia MenesesSofia MenesesSofia MenesesSofia Meneses

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SANTSANTSANTSANTSANTARÉMARÉMARÉMARÉMARÉM

Acordos com Misericórdiasconcluídos até final de Setembro

Os acordos decorrentes doprotocolo assinado em Marçoentre o Ministério da Saúde ea União das Misericórdias Por-tuguesas (UMP) vão estar con-cluídos até ao final de Setem-bro, garantiu a tutela.

Numa declaração por escri-to, o Ministério da Saúde es-clarece que “têm decorridonegociações entre as duasinstituições, de modo a esta-belecer o enquadramento téc-nico dos acordos de coope-ração a celebrar entre as Ad-ministrações Regionais deSaúde e cada Misericórdia”.

“Este trabalho está a decor-rer de acordo com o calendá-rio estabelecido entre o Mi-nistério e a União das Mise-ricórdias, prevendo-se quetudo esteja finalizado até aofinal de Setembro”, lê-se nadeclaração.

Os novos acordos resultamde um protocolo assinado a

27 de Março entre o Minis-tério da Saúde (MS) e a UMPe que permite às administra-ções regionais de saúde efec-tuarem acordos de coopera-ção com as unidades de saú-de das misericórdias paraonde são enviados os utentespara os quais o Serviço Na-cional de Saúde (SNS) não

tem resposta atempada emáreas como cirurgia ou con-sultas.

Este protocolo e os respec-tivos acordos vão “renovar”e “readaptar” o protocolo jáexistente, datado de 1995, talcomo a ministra da Saúdeanunciou na assinatura doprotocolo.

FARMÁCIAS DE SERVIÇO EM SETEMBRO

Alpiarça Salvaterra M.

Aguiar

Leitão

Gameiro

Carvalho

Martins

2, 4, 5, 8, 14,17, 20, 23, 25,26, 29.

3, 6, 9, 11, 12,15, 21, 24, 27,30.

1, 7, 10, 13,16, 18, 19, 22,28.

Rio Maior

Cândido Barbosa

Almeida

5, 6, 7, 8, 9, 10,11, 19, 20, 21,22, 23, 24, 25.

1, 2, 3, 4, 12,13, 14, 15, 16,17, 18, 26, 27,28, 29, 30.

HelenaFlama VitaeBatistaVeríssimoS. NicolauFrancisco ViegasOliveiraPereiraSá da BandeiraConfiançaVitorino

910111213141516171819

Santarém

Mendonça

Almeirim

Abílio Guerra

Cartaxo

2, 6, 10, 14,18, 22, 26, 30.

Barretodo Carmo

Central

4, 8, 12, 16,20, 24, 28.

Correia dos Santos

1, 4, 7, 10, 12,13, 16, 22, 25,28.

2, 8, 11, 14,17, 19, 20, 23,29.

Pereira3, 5, 6, 9, 15,18, 21, 24, 26,27, 30.

1, 5, 9, 13, 17,21, 25, 29.

Correia deOliveira

3, 7, 11, 15,19, 23, 27.

2021222324252627282930

12345678

5, 6, 7, 8, 9, 10,11, 19, 20, 21,22, 23, 24, 25.

1, 2, 3, 4, 12,13, 14, 15, 16,17, 18, 26, 27,28, 29, 30.

32 CORREIO DO RIBATEJO Edição n.º 6.220 | 3 de Setembro de 2010 última

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Ponto finalPonto finalPonto finalPonto finalPonto final

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Marcações: Telefone 243 328 890(das 9h às 20h)

Recentes proximidades com entidades museoló-gicas ribatejanas, têm-me feito descobrir (e, nalgunscasos, redescobrir), uma realidade cultural a que nãotem sido dado o devido valor.

Instituições não sediadas em grandes cidades,nem ligadas à grande monumentalidade, mas cadavez mais conformes as modernas exigências da mu-seologia. No importante material exposto (fruto denovas e velhas pesquisas), nas formas inovadoras deexposição, nos rigores interpretativos e classificató-rios e, ainda, cada vez mais, na importante vertentepedagógica, lançando mão, inclusive, da dimensãovirtual.

Etnográficos como o Museu do Vinho do Carta-xo, o Museu Rural dos Riachos, o Museu Etnográfi-co da Glória do Ribatejo, o núcleo museulógico deSão João da Ribeira ou o Museu Sebastião Arenqueda Azambuja. Ou, ainda, museus municipais de for-te vocação arqueológica, à semelhança dos de Coru-che ou de Mação.

Todos, à sua maneira, preciosos. Que, aliás, nosfazem reflectir, a propósito, acerca da conhecida ana-logia das “pérolas” e dos “porcos”!

A não existência de uma simbiótica sincronia pro-mocional entre estas e outras instituições similares(situadas em cidades como Santarém, Tomar, TorresNovas, etc.,…) e as diversas entidades turísticas re-gionais (tenham elas o nome que tiverem), num con-texto patrimonial mais vasto que englobasse, igual-mente, a monumentalidade ribatejana, as diversifi-cadas paisagens da região, o património mais ou me-nos intangível, as festividades cíclicas e o turismoreligioso cada vez mais importantes (enquadradostodos eles, naturalmente, na matriz tejana), é lacunacada vez mais visível e evidente!

Por outro lado, a inexistência em Santarém (ca-pital de distrito e pretensa líder regional) de um mu-seu etnográfico veiculador das matrizes culturais re-gionais, é incongruência que salta à vista do maisdistraído!

A tentativa frustrada da criação do Museu Dis-trital que, ainda hoje, tanto quanto sei, conserva ar-mazenadas peças sem destino nem futuro, constituiapenas mais um episódio de uma capitalidade mar-cada pela ineficácia de décadas.

Imagem, afinal, do Ribatejo que temos!

Aurélio [email protected]

aesfingedebronze.blogspot.com

Faz ele muitobem! Há quem

ande pr’aí apedir o fim das

touradas!…

Grupos folclóricos prove-nientes de sete países parti-cipam no 51.º Festival Inter-nacional de Folclore ‘Celes-tino Graça’ que ontem tevea ante-estreia no Jardim daLiberdade, em Santarém.

Hoje, sexta-feira, o Festivalhomenageia o seu fundador,pelas 17h30, junto ao busto deCelestino Graça, seguindo-seo habitual desfile pelas ruasda cidade, em direcção aoLargo do Seminário ondeserá feita, pelos grupos inter-venientes, uma saudação àpopulação de Santarém.

O primeiro de três espec-táculos, todos eles agenda-dos para o auditório doCentro Nacional de Expo-sições, está marcado parahoje à noite (22h15).

Amanhã, sábado (4 de Se-tembro), o centro históricoda cidade recebe a visita dosgrupos estrangeiros, em ani-mações de rua e, à tarde(17h30), o Convento de S.Francisco será palco de umacelebração Ecuménica, an-tecedendo a Gala Interna-cional de Folclore “O Mun-do a Dançar”, no CNEMA,a partir das 22h15.

Domingo, último dia deFestival, os grupos confra-ternizam no jardim dos Pa-ços do Concelho num almo-ço regional, antes do espec-táculo de encerramento,com início pelas 17h00.

Na edição deste ano par-ticipam agrupamentos daEslováquia, França, Poló-nia, Macedónia, Senegal,Ucrânia e Portugal, numaorganização do Grupo Aca-démico de Danças Ribate-janas e Grupo Infantil deDança Regional.

Festival Celestino Graçaaté domingo em Santarém

Alguns grupos estrangeiros animaram ontem as ruas do centro histórico de Santarém

Edição nº 6.220 de 3 de Setembro de 2010

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