Edição Nº 81

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MERCADO & NEGÓCIOS Brasil ocupa 14° entre países que pagam suborno, diz ONG Consumidor paga mais caro pela cesta básica em 10 capitais CAPITAL EMPRESA JORNALÍSTICA LTDA Ɣ DE 08 A 14 DE NOVEMBRO DE 2011 Rio faz nova manifestação em defesa dos royalties Mergulhão: prova de descaso e desrespeito aos usuários Comissão de Ética da Presidência quer explicações de Lupi Cúpula do G20 teve sucesso relativo, diz Dilma Petróleo empregará mais Segurança pública é alvo de críticas Meta de exportação mantida em US$ 257 bi Pedidos de falência cresceram 21,3% no mês passado Banco do Brasil tem lucro de R$ 2,9 bi no 3º trimestre O Rio de Janeiro vai realizar mais uma manifestação contra a distribuição dos royalties de campos já licitados, na próxima quinta-feira (10). A concentração, chamada “Contra a In- justiça - Em Defesa do Rio”, vai acontecer às 15h, na Candelária, no centro, e deve reunir re- presentantes de todos os poderes constituídos no Estado, além de inúme- ras entidades da socie- dade civil. A caminhada seguirá pela avenida Rio Branco até a Cinelândia, onde inúmeros artistas vão se apresentar. ŹPÁGINA 2 A foto mostra o desca- so com as milhares de pessoas que são obri- gadas a utilizar o "mer- gulhão" sob a linha fér- rea no centro de Duque de Caxias. O local, que abriga uma agência de trabalho do Estado, está literalmente mergulhado em sujeira, com muita infiltração e detritos. Ad- ministrado pela Supervia, ele também está com al- gumas saídas interdita- das. As escadas rolantes, assim como o elevador, estão parados. A passa- gem também está tomada por vários vendedores de CDs e DVDs piratas e ou- tros tipos de mercadorias. A Comissão de Ética Pública da Presidência da República decidiu pedir esclarecimentos ao mi- nistro do Trabalho, Carlos Lupi, sobre as acusações de que assessores do Ministério do Trabalho teriam pedido propina a organizações não governamentais que possuem convênio com a pasta. A denúncia foi publicada pela revista Veja desta semana. A indústria do pe- tróleo e gás deve contratar cerca de 200 mil trabalhadores nos próximos três anos. A estimativa é do con- sultor da coordenação do Programa de Mo- bilização da Indústria Nacional de Petróleo e Gás Natural (Pro- minp), Marco Antonio Ferreira. Ele partici- pou de um debate sobre o pré-sal na sede da Fiesp. Segundo Mar- co, o Prominp fez no ano passado um estudo para saber qual a de- manda de mão de obra da indústria do petró- leo até 2014. ŹPÁGINA 8 A audiência públi- ca realizada em Duque de Caxias foi recheada de críticas e questionamentos. A ini- ciativa foi da Câmara e contou com autorida- des e lideranças comu- nitárias e proissionais. ŹPÁGINA 6 Pesquisa mede satisfação com serviços funerários Ano 3 Ɣ nº 81 www.jornalcapital.jor.br ŹPÁGINA 5 A pós dois dias de discussões na Cúpula do G20 (grupo das 20 maiores economias do mundo), na cidade francesa de Cannes, a presidenta Dilma Rousseff disse que a reunião teve “sucesso relativo”. Segundo a presidenta, a preocupação central do encontro foi a estabilidade global, e ficou claro que tal situação não será alcançada sem a busca do crescimento. ŹPÁGINA 7 Indicadores / Câmbio R$1 País Roberto Stuckert Filho/Presidência da República Banco de Imagens Josué Cardoso Compra Venda % FECHAMENTO: 07 DE NOVEMBRO DE 2011 ŹPÁGINA 5 Emprego temporário no comércio deve crescer 10% A Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) prevê a criação de 160 mil empregos tem- porários para o Natal deste ano. Essa previsão corres- ponde a uma alta de 10% nas contratações de tempo- rários sobre 2010, quando o comércio gerou 144 mil postos de trabalho, e de 28% sobre 2009, com 125 mil contratações. Dolar Comercial 1,750 1,752 0,57 Dólar Turismo 1,680 1,870 0,00 Ibovespa 59.198,77 0,90 Site www. jornalcapital .jor.br ŹPÁGINA 3 ŹPÁGINA 4 ŹPÁGINA 3

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Jornal Capital - Edição nº 81

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Page 1: Edição Nº 81

MERCADO & NEGÓCIOS

Brasil ocupa 14° entre países

que pagam suborno, diz ONG

Consumidor paga mais caro pela

cesta básica em 10 capitais

CAPITAL EMPRESA JORNALÍSTICA LTDA ズ DE 08 A 14 DE NOVEMBRO DE 2011

Rio faz nova manifestaçãoem defesa dos royalties

Mergulhão: prova de descaso e desrespeito aos usuários

Comissão de Ética da Presidência quer

explicações de Lupi

Cúpula do G20 teve sucesso relativo, diz Dilma

Petróleo empregará

mais

Segurança pública

é alvo de críticas

Meta deexportaçãomantida em US$ 257 bi

Pedidos de falência cresceram 21,3% no mês passado

Banco do Brasil tem lucro

de R$ 2,9 bi no 3º trimestre

O Rio de Janeiro vai realizar mais uma

manifestação contra a distribuição dos royalties de campos já licitados, na próxima quinta-feira (10). A concentração, chamada “Contra a In-justiça - Em Defesa do Rio”, vai acontecer às 15h, na Candelária, no centro, e deve reunir re-presentantes de todos os poderes constituídos no Estado, além de inúme-ras entidades da socie-dade civil. A caminhada seguirá pela avenida Rio Branco até a Cinelândia, onde inúmeros artistas vão se apresentar.

モPÁGINA 2

Afoto mostra o desca-so com as milhares

de pessoas que são obri-gadas a utilizar o "mer-gulhão" sob a linha fér-rea no centro de Duque de Caxias. O local, que abriga uma agência de trabalho do Estado, está literalmente mergulhado em sujeira, com muita infiltração e detritos. Ad-ministrado pela Supervia, ele também está com al-gumas saídas interdita-das. As escadas rolantes, assim como o elevador, estão parados. A passa-gem também está tomada por vários vendedores de CDs e DVDs piratas e ou-tros tipos de mercadorias.

A Comissão de Ética Pública da Presidência da República decidiu pedir esclarecimentos ao mi-

nistro do Trabalho, Carlos Lupi, sobre as acusações de que assessores do Ministério do Trabalho teriam pedido propina a organizações não governamentais que possuem convênio com a pasta. A denúncia foi publicada pela revista Veja desta semana.

A indústria do pe-tróleo e gás deve

contratar cerca de 200 mil trabalhadores nos próximos três anos. A estimativa é do con-sultor da coordenação do Programa de Mo-bilização da Indústria Nacional de Petróleo e Gás Natural (Pro-minp), Marco Antonio Ferreira. Ele partici-pou de um debate sobre o pré-sal na sede da Fiesp. Segundo Mar-co, o Prominp fez no ano passado um estudo para saber qual a de-manda de mão de obra da indústria do petró-leo até 2014.

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A audiência públi-ca realizada em

Duque de Caxias foi recheada de críticas e questionamentos. A ini-ciativa foi da Câmara e contou com autorida-des e lideranças comu-nitárias e proissionais.

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Pesquisa mede satisfação com serviços funerários

Ano 3 ズ nº 81www.jornalcapital.jor.br

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Após dois dias de discussões na Cúpula do G20 (grupo das 20 maiores economias

do mundo), na cidade francesa de Cannes, a presidenta Dilma Rousseff disse que a reunião teve “sucesso relativo”. Segundo a presidenta, a preocupação central do encontro foi a estabilidade global, e ficou claro que tal situação não será alcançada sem a busca do crescimento.

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Indicadores / Câmbio

R$1

País

Roberto Stuckert Filho/Presidência da República

Banco de Imagens

Josué Cardoso

Compra Venda %

FECHAMENTO: 07 DE NOVEMBRO DE 2011

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Emprego temporário no

comércio deve crescer 10%

A Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) prevê a criação de 160 mil empregos tem-

porários para o Natal deste ano. Essa previsão corres-ponde a uma alta de 10% nas contratações de tempo-rários sobre 2010, quando o comércio gerou 144 mil postos de trabalho, e de 28% sobre 2009, com 125 mil contratações.

Dolar Comercial 1,750 1,752 0,57

Dólar Turismo 1,680 1,870 0,00

Ibovespa 59.198,77 0,90

Sitewww.jornalcapital

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2 モ08 a 14 de Novembro de 2011MERCADO & NEGÓCIOS

Ponto de Observação

Alberto Marques

MERCADO & NEGÓCIOS

Na internet:

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Colaboradores: Alberto Marques, Arthur Salomão, Dilma Rousseff, Geiza Rocha, Luiz Linhares,

Moreira Franco, Priscilla Ricarte,Roberto Daiub, Rodrigo de Castro, e Thais H. Linhares

MOREIRA FRANCO é Ministro Chefe da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República

Colunado Moreira

Emprego temporário,

oportunidade permanente

O shopping centers e as lojas de rua em todo o país já começaram a se preparar para o Natal, a data comemorativa mais importante para o comércio e a indústria, cujas vendas serão impulsionadas por cerca de R$ 110 bilhões que serão acrescentados no mercado somente com o 13º salário. É o período em que se abrem também as melhores chances para a conquista de um emprego, sobretudo para os mais jovens, justamente a parcela da população que enfrenta maior dii-culdade para obter uma colocação no mercado de trabalho.

Atualmente, metade dos jovens brasileiros entre 18 e 20 anos está desempregada, indicador que dá a dimensão do desaio para quem, chegando à maioridade, pretende iniciar sua vida proissional. Paciência e persistência certamente serão exigidas dos candidatos a uma das 147 mil vagas de emprego temporário que deverão ser abertas no mês que vem de acordo com estimativas divulgadas pela Associação Brasileira das Empresas de Serviços Terceirizados e de Tra-balho Temporário.

No Estado do Rio de Janeiro, a expectativa é de que se-jam abertos 12 mil empregos temporários em dezembro. Os jovens disputam a colocação com pessoas que, geralmente, acumulam alguma experiência e procuram se recolocar no mercado, levando vantagem. O importante, porém, é que eles estão na disputa e acabam conquistando 28% das vagas, que são ocupadas pelos candidatos em situação de primeiro emprego. De uma maneira geral, os quem têm entre 18 e 39 anos icam com 65% dos postos de trabalho. Os especialis-tas calculam que cerca de 29% dos contratos poderão ser efetivados, o que vai representar emprego ixo e formal para 42 mil brasileiros.

O esforço em busca do trabalho no inal do ano é uma oportunidade para todos, mas também pode ser uma ex-periência propícia para que o jovem comece a reconhecer suas capacidades e seu talento, seja atuando como vendedor, embalador, estoquista, operador de telemarketing, algumas das funções mais oferecidas neste período. Em muitos ca-sos, essas qualidades são reveladas de imediato e o emprego temporário acaba se transformando em carteira assinada e uma proissão segura no futuro.

Estamos mal em matéria de liberdade de imprensa

O Brasil é o 47º colo-cado em uma lista de

112 países montada pelo Instituto Gallup a par-tir da resposta à seguinte pergunta: "Você acha que a imprensa do seu país é livre?" Com as repetidas críticas de Lula às críticas que vinha recebendo da imprensa, principalmente a partir das denúncias do ex deputado Roberto Je-ferson da existência de um "mensalão" - uma mesada que o Palácio do Planalto estaria pagando aos parla-mentares que fossem iéis aos interesses do gover-no - bem como a censura prévia ao jornal "O Estado de S. Paulo", imposta por uma liminar da Justiça de Brasília a pedido do sena-dor José Sarney, proibindo o diário paulista de fazer qualquer menção a um dos ilhos do presidente do Senado, a pesquisa do Gallup revela que, para 72% dos brasileiros, há liberdade de imprensa su-iciente no país, enquanto

para 21%, não (os demais não responderam).

Na média, o levantamen-to conduzido entre fevereiro e dezembro de 2010 aponta que 67% dos entrevistados acreditam que a imprensa no Brasil tenha liberdade suiciente. Indagada se a percepção de falta de liber-dade vem da censura oicial ou da falta de independência da própria mídia, uma porta-voz do Gallup disse que isso varia: "O que podemos ter certeza é que quem respon-deu 'não' acha que a mídia no Brasil não tem muita li-berdade", disse Lauren Kan-ry. No alto do ranking está a Holanda, onde 95% dos cidadãos dizem que a im-prensa é livre naquele País. Na ponta de baixo está o Chade, cuja imprensa só é livre para 27%. Na Síria, por exemplo, tal como ocorria na Líbia de Muamar Kada-i, os jornalistas estrangeiros são diariamente ameaçados pelas tropas leais ao regi-me, o mesmo ocorrendo na Venezuela, no Equador e na Bolívia.

Sem uma liberdade ple-na, não há Democracia. É

através da mídia que o pró-prio Governo controla seus subordinados. Nos casos de demissão de ministros no Governo Dilma Rousseff, as denúncias feitas pela Im-prensa foram baseadas em documentos fornecidos por funcionários do governo, o que muitos atribuíram ao chamado "fogo amigo", isto é, gente de dentro do Gover-no querendo abrir espaço no Governo, sem levar em con-ta os interesses estratégicos do próprio governo. Ainal, a demissão de um Ministro de Estado não é o mesmo que a demissão do treina-dor de um clube de futebol que vá mal no campeonato, pois no caso de um Ministé-rio, no sistema de "porteira fechada" adotado desde a posse de Lula, a demissão de um ministro signiica a reformulação e o remaneja-mento dos principais cargos do ministério, todos preen-chidos por recomendação do ministro por serem con-siderados cargos de conian-ça. Ao contrário dos Países em que vigora o parlamen-tarismo e os cargos públicos são de provimento efetivo

mediante concurso, no caso do Brasil, na União, nos estados e nos municí-pios há milhares de cargos a serem preenchidos, isto é, a cada queda de um Mi-nistro, ou Secretário, ha-verá uma enxurrada de de-missões e nomeações, que emperram a administração até que os novos dirigen-tes consigam tomar pé da situação de cada pasta e de cada cargo.

Por esses motivos, nos-sos governantes são tão sensíveis às críticas da Im-prensa, consideradas um desserviço à Nação, como se cada jornalista não pas-sasse de um inimigo inil-trado no Governo, disposto a desestabilizá-lo. Assim, as críticas aos desperdí-cios de recursos aplicados na Saúde, na Educação e na Infraestrutura deveriam servir de marcos para que os novos dirigentes desses setores se mantivessem atentos à normas legais e aos princípios da impesso-abilidade e da transparên-cia de suas decisões admi-nistrativas. Para o bem do próprio Governo.

(*) FECHAMENTO: 07 DE NOVEMBRO DE 2011

Rio faz nova manifestação

em defesa dos royalties O Rio de Janeiro vai

realizar mais uma manifestação contra a dis-tribuição dos royalties de campos já licitados, na próxima quinta-feira (10). A concentração, chamada “Contra a Injustiça – Em Defesa do Rio”, vai acon-tecer às 15h, na Candelá-ria, no centro, e deve reu-nir representantes de todos os poderes constituídos no Estado, além inúmeras en-tidades da sociedade civil. A caminhada seguirá pela avenida Rio Branco até a Cinelândia, onde artistas vão se apresentar e convo-car a população a defender os direitos garantidos pela Constituição ao Rio de Ja-neiro no recebimento dos royalties. Os clubes de futebol do Rio também es-

tão engajados, assim como pensionistas e aposentados do Estado do Rio, que se-rão muito prejudicados caso a redivisão dos royal-ties entre em vigor. Por isso, eles terão um espaço especial para se manifes-tarem: 5 mil aposentados e pensionistas icarão bem em frente ao palco, segun-do informou o governo do Estado, que participa da organização do evento e promoveu uma reunião preparatória na manhã de segunda-feira (6), no Pa-lácio Guanabara, com a presença dos presidentes da Alerj, Paulo Melo, e do Tribunal de Justiça, Mano-el Alberto Rebêlo dos San-tos, além de parlamentares, como os senadores Fran-cisco Dornelles e Lindberg

Farias, além de prefeitos e de presidentes de entidades da sociedade civil. O en-contro acontece no Palácio Guanabara.

Segundo parecer do Procurador do Estado do Rio de Janeiro, Luís Ro-berto Barroso, a proposta de modiicação da legisla-ção relativa ao pagamento dos royalties e participa-ções especiais decorrentes da produção de petróleo, é inconstitucional. Estima-se que a proposta legislativa, caso aprovada em deiniti-vo, cause uma perda anual de pelo menos R$ 7 bilhões por ano, além de provável aumento do desemprego no Estado, o que conferiu ao assunto atenção de toda a sociedade.

O Governo do Estado

apresentou um estudo ao go-verno Federal, que mostra o prejuízo que o projeto apro-vado no Senado causará às contas públicas do Estado. O documento foi entregue pelo governador Sérgio Cabral à presidenta Dilma Rousseff no último dia 21, em Brasília, onde os dois conversaram sobre o assun-to. Segundo o estudo, já em 2012, o Rio de Janeiro vai perder cerca de R$ 3,3 bi-lhões, somados os prejuízos do estado e dos municípios. Os dados do documento são da Agência Nacional do Petróleo (ANP). O gover-nador Sérgio Cabral disse, na ocasião, que a presidenta icou “impressionada” com as perdas e deu exemplos de onde os valores dos royal-ties são investidos.

Copa e Olimpíadas icarão comprometidasSegundo a proposta re-

latada pelo senador Vi-tal do Rêgo (PMDB-PB), a parte que cabe à União, aos estados e aos municípios produtores será reduzida e a dos entes federativos não produtores será, gradativa-mente, aumentada. A pro-posta está na Câmara dos Deputados, para discussão. Para o governador, o projeto de lei fere os princípios de-mocráticos, pois altera uma legislação que já foi aprova-da e está em vigor, referen-te aos campos de petróleo já licitados, além de afetar

gravemente o orçamento do estado.

- Não foi apenas uma derrota dos estados do Rio e do Espírito Santo. É uma derrota de tudo o que con-quistamos nesses 20 anos de democracia, é um desrespei-to às regras, ao ato jurídico perfeito. Ninguém questio-na a função do Congresso em mudar as leis. O que se questiona é ter uma legisla-ção em vigor, que embasou licitações e leilões já reali-zados, e o Congresso retro-ceder e mudar tal legislação, que já produziu atos jurídi-

cos perfeitos - airmou o go-vernador.

Cabral lembrou que, ain-da durante o mandato do pre-sidente Lula, foram enviadas ao Congresso Nacional di-versas mensagens de mudan-ça do marco regulatório do pré-sal para o que vier a ser licitado, propondo uma nova regra. Houve, então, tentati-vas de alguns parlamentares de mudarem a legislação para o pré-sal já licitado, porém, o presidente se comprometeu a não permitir mudanças nesse sentido.

- Eu coniei no presiden-

te Lula, ele se comprometeu comigo e teve coragem de dizer ao Congresso, quando da emenda Ibsen, que a veta-ria. Por isso, eu custo a acre-ditar que a presidenta Dilma vá aprovar uma aberração jurídica dessa natureza. Ela é uma democrata e há, nesse caso, um ferimento grave no aspecto institucional, ao ato jurídico perfeito. Ela tem qualiicação para saber que esse projeto causa uma de-vassa nas contas do estado e de 87 dos 92 municípios luminense – disse o gover-nador.

Cambio

Moeda Compra (R$) Venda (R$) Variação %

Dolar Comercial 1,750 1,752 0,57

Dólar Turismo 1,680 1,870 0,00

Moeda Compra (U$) Venda (U$) Variação %

Coroa Dinamarca 5,402 5,403 0,12

Dólar Austrália 1,036 1,037 0,00

Dólar Canadá 1,012 1,013 0,53

Euro 1,377 1,378 0,14

Franco Suíça 0,900 0,901 1,82

Iene Japão 78,050 78,090 0,24

Libra Esterlina Inglaterra 1,605 1,605 0,17

Peso Chile 500,200 500,600 0,76

Peso Colômbia 1.912,000 1.918,000 0,45

Peso Livre Argentina 4,240 4,280 0,12

Peso MÉXICO 13,423 13,427 0,69

Peso Uruguai 19,600 19,800 1,02

Bolsa

Valor Variação %

Ibovespa 59.198,77 0,90

IBX 19.997,32 0,95

Dow Jones 12.068,39 0,71

Nasdaq 2.695,25 0,34

Merval 2.747,55 0,50

Commodities

Unidade Compra US$ Venda US$ Variação %

Petróleo - Brent barril 115,290 115,310 2,24

Ouro onça troy 1.794,300 1.795,300 0,05

Prata onça troy 34,860 34,940 0,20

Platina onça troy 1.651,450 1.661,450 0,04

Paládio onça troy 657,600 664,600 0,09

Indicadores

Poupança 08/11 0,537

Poupança p/ 1 Mês 07/11 0,553

TR 07/11 0,050

Juros Selic meta ao ano 11,50

Salário Mínimo (Federal) R$ 545,00

Salário Mínimo (RJ) R$ 581,88

Page 3: Edição Nº 81

3モ08 a 14 de Novembro de 2011MERCADO & NEGÓCIOS

Conversa com a PresidentaEncaminhe perguntas para a Presidenta: [email protected] [email protected]

PAULO CESAR DA SILVA, 31 anos, comerciante de Teresópolis (RJ) - Presidenta, em relação ao

microempreendedor individual, existe algum

projeto para beneiciar essas pequenas empresas?Presidenta Dilma: Sim, Paulo Cesar, nós já adotamos várias medidas em benefício do empreendedor individual. Desde abril, o empreendedor paga menos à Previdência Social, pois diminuímos a alíquota de 11% para 5% do salário mínimo, ou seja, de R$ 59,95 para R$ 27,25. Isto é muito importante porque contribuindo para a Previdência a pessoa ica protegida em casos de doença e acidentes, tem direito à licença-maternidade e à aposentadoria. A família dela também terá direito à pensão por morte e auxílio-reclusão. E tem mais. Propusemos uma mudança na Lei do Simples, que o Congresso aprovou, aumentando de R$ 36 mil/ano para R$ 60 mil/ano o faturamento do negócio para que a pessoa possa se inscrever como empreendedor individual. E em agosto lançamos o Crescer, para oferecer crédito em condições mais adequadas aos empreendedores individuais. O empréstimo para melhorar seu negócio pode ser de até R$ 15 mil, com uma taxa de juros de apenas 8% ao ano. Antes, essa taxa chegava a 60%/ano. Baixamos também a tarifa de abertura do crédito, de 3% para 1% do valor emprestado. Todos os bancos públicos federais oferecem este crédito – Banco do Brasil, Caixa, Banco do Nordeste e Banco da Amazônia. Os empreendedores individuais são muito importantes para o desenvolvimento do nosso país.

YAGO PIMENTEL, 21 anos, estudante de Teresópolis (RJ) - Existe algum site de controle para o cidadão

iscalizar se seu município vem recebendo verbas federais? Presidenta Dilma: Existe sim, Yago. Você pode acessar o Portal da Transparência -www.transparencia.gov.br, no qual o governo federal divulga informações sobre transferências de recursos feitas pela União a estados, municípios, instituições privadas e aos cidadãos que recebem benefícios como o Bolsa Família e o Seguro-Defeso. O portal informa os gastos do Poder Executivo Federal, com a contratação de obras, compras governamentais, diárias pagas a servidores, dentre outros, além de permitir consultar os convênios que o governo federal assina com entidades municipais, estaduais ou privadas. E se você se cadastrar, gratuitamente, por meio do formulário eletrônico disponível no Portal da Transparência, icará sabendo por e-mail, automaticamente, sempre que forem feitos novos repasses federais para seu município. O Portal foi criado pelo ex-Presidente Lula em 2004 e é coordenado pela Controladoria-Geral da União, a CGU. E agora, com a aprovação da Lei de Acesso a Informações Públicas, todos os órgãos dos governos federal, estaduais e municipais, do Legislativo e do Judiciário deverão, em seis meses, colocar à disposição do cidadão informações completas sobre sua atuação, contratos, licitações, gastos com obras, repasses ou transferências de recursos na Internet, além de criar um Serviço de Atendimento ao Cidadão. Nós defendemos a transparência e o acesso à informação, Yago, pois são formas de controle da sociedade sobre as ações dos gestores públicos.

CARLOS ALBERTO FERREIRA DA HORA, 31 anos, motorista de Feira de Santana (BA) - Em relação

às nossas rodovias, não temos obras aqui na Bahia.

Presidenta Dilma: Carlos, temos investido muito nas rodovias brasileiras, inclusive na Bahia. No seu estado, há obras como a pavimentação da BR-418, entre Caravelas e a ligação com a BR-101. Também estão em andamento obras na Via Expressa para o Porto de Salvador e para a pavimentação da BR 135 no trecho que inicia na divisa da Bahia com o Piauí e vai até a divisa com Minas Gerais, além da pavimentação da BR 235, em todo o trecho baiano. Outras cinco importantes obras estão em fase preparatória de licitação e elaboração de projetos, das quais a adequação de trecho da BR 116, entre a divisa de Pernambuco com a Bahia até a sua cidade. Também já começou o processo licitatório para a duplicação e modernização do trecho da BR 101, que vai da divisa de Sergipe com a Bahia, até Feira de Santana, uma antiga reivindicação dos baianos. Com a criação do PAC – Programa de Aceleração do Crescimento, retomamos os investimentos em infraestrutura. Desde 2003, início do Governo Lula, até setembro deste ano, foram investidos R$ 44,7 bilhões somente em rodovias federais em todo o país. No caso da Bahia, nos últimos nove anos foram destinados R$ 2,9 bilhões em obras de construção, recuperação e manutenção da malha rodoviária federal.

(*)ARTHUR SALOMÃO É ESPECIALISTA EM DIREITO EMPRESARIAL E RECUPERAÇÃO JUDICIAL.

Direito Empresarial

Salário mínimo pode ser reajustado através de decreto

O Supremo Tribunal Federal (STF) per-

mitiu ao governo fazer a correção do salário míni-mo por decreto a partir do ano que vem e até 2015. A decisão foi tomada por oito votos a dois e mar-cou uma vitória do go-verno, que não será mais obrigado a enviar proje-tos de lei, nos próximos quatro anos, para ixar os valores do mínimo.

Os reajustes serão feitos pelos critérios da Lei 12.382, aprovada em fevereiro. Eles são: a variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) e a taxa de crescimento real do PIB de dois anos an-tes, apurada pelo IBGE. A Presidência da Repú-blica vai veriicar esses

índices e publicar o novo valor do mínimo por decre-to. Não será preciso fazer um projeto de lei e discutir o reajuste do piso com os parlamentares.

O resultado do julga-mento foi uma derrota para a oposição. O PPS, o PSDB e o DEM entraram no STF contra a correção por decre-to e, no im, saíram derro-tados. O grande ponto em debate foi a exigência, pre-vista na Constituição, de lei para a aprovação de reajus-tes no mínimo. A Lei 12.382 ixou o valor para esse ano, mas também determinou que o reajuste pode ser feito por decreto pelos próximos quatro anos.

Apesar de ter votado a favor do reajuste por decre-to, Gilmar Mendes fez uma ressalva: "Eu tenho medo que, amanhã, o Congresso passe a aprovar esse tipo

de delegação para 2020", advertiu Mendes. Já Carlos Ayres Britto e Marco Au-rélio Mello contestaram o reajuste anual do mínimo, sem a aprovação prévia do Congresso. "Colocou-se o salário mínimo numa camisa de força e isso é conlitante com a Consti-tuição", protestou Marco Aurélio. Britto leu o artigo 7º da Constituição, que pre-vê a aprovação do mínimo por lei. "É competência do Congresso Nacional quan-tiicar o salário mínimo. A Constituição também esta-belece a anualidade. Essa é uma matéria tão importante que sobre ela a presidente da República não tem se-quer iniciativa reservada."

No im do julgamento, Peluso tentou derrubar um dispositivo da lei que per-mite ao governo estimar o cálculo do INPC para fazer

os reajustes. "Esse dis-positivo é desenganada-mente inconstitucional", airmou. O presidente do STF determinou a vo-tação dessa parte da lei pelos demais ministros, mas a maioria foi contrá-ria à proposta. Ao todo, sete dos dez ministros do tribunal concluíram que, como os partidos de oposição não contestaram esse dispositivo perante a Corte, eles simplesmente não poderiam julgá-lo.

Com isso, o gover-no da presidente Dilma Rousseff também poderá reajustar o mínimo por estimativa, como foi i-xado pela lei. A compen-sação (pois a estimativa poderá icar abaixo ou acima do INPC divulga-do pelo IBGE) será feita no reajuste subsequente, segundo determina a lei.

Arthur Salomão*

Meta de exportações para 2011 será mantida em US$ 257 bilhões

A meta de exportações do Brasil para este ano

será mantida, declarou dia 1º a secretária de Comércio Exterior, do Ministério do Desenvolvimento e Comér-cio Exterior (MDIC), Tatia-na Prazeres. “Está mantida oicialmente a meta de US$ 257 bilhões. É possível que o número seja superior, mas não faremos revisão da pre-visão”, disse Tatiana ao dar entrevista para detalhar o re-sultado da balança comercial divulgado na manhã desta

terça-feira. No mês passado, em viagem à África do Sul, o ministro da pasta, Fernan-do Pimentel, havia dito que a meta poderia ser revista pela terceira vez no ano, caso os números da balança comercial mantivessem o ritmo de crescimento do ano em relação a 2010. A proje-ção de embarques externos anunciada no início do ano era US$ 228 bilhões, mas já havia sido elevada para US$ 245 bilhões. Depois, em agosto, a meta foi revi-

sada para os atuais US$ 257 bilhões.

No acumulado do ano, as exportações somaram US$ 212 bilhões. Segundo o MDIC, mesmo sem estar com o resultado fechado, o valor supera todas as ven-das externas feitas entre janeiro e dezembro, desde o início da série histórica. No mês de outubro, o saldo comercial foi superavitário em US$ 2,355 bilhões, va-lor 28,9% superior ao re-gistrado no mesmo mês de

2010, quando foi registrado o superávit de US$ 1,827 bilhão. “Se o ano tivesse sido encerrado ontem, tería-mos superado os resultados de anos fechados de todos os anos da história”, obser-vou Tatiana.

De janeiro a outubro, o superávit comercial tota-lizou US$ 25,390 bilhões. O valor é 74,8% superior ao registrado em equiva-lente período do ano passa-do, quando icou em US$ 14,522 bilhões.

Pedidos de falência crescem 21,3% em outubro

Os pedidos de falência cresceram 21,3% em

outubro na comparação com setembro, de acordo com o levantamento divulgado se-gunda-feira (7) pela empresa de consultoria Serasa Expe-rian. No período foram re-gistradas 131 falências ante as 108 registradas no mês anterior. Na comparação o mesmo mês do ano passado

houve recuo de 24,3%, já que, em outubro de 2010, foram feitos 173 pedidos de falência. Dos 131 regis-trados no mês passado, 86 referem-se a micro e peque-nas empresas, 28 a médias e 17 a grandes. Já em relação aos pedidos de recuperações judiciais, ocorreram 27 so-licitações em outubro deste ano, enquanto no mês ante-

rior foram 34.Para os economistas da

Serasa, a alta mensal dos pedidos de falência pode ser relexo do atual cenário de maior desaquecimento da economia. Entretanto, como já se iniciou um novo ciclo de redução dos juros, é pouco provável que pre-senciemos continuidade de crescimento dos indicado-

res de insolvência ao lon-go dos próximos meses. “O recuo nos pedidos de recuperações judiciais em outubro é um sinal de que, apesar das diiculdades i-nanceiras, não se vislumbra um quadro de expansão da insolvência das empresas brasileiras no médio pra-zo”, dizem os economistas da entidade.

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RODRIGO DE CASTRO é jornalista e pós-graduado em Marketing e Comunicação Empresarial pela Universidade Federal de Juiz de Fora (MG)

Bastidoresda ALERJ

Estado cria programas de distribuição de renda

A Assembléia Legislativa do Rio (Alerj) aprovou na últi-ma semana e em discussão única, o projeto de lei que cria programas de distribuição de renda para famílias carentes e estudantes que tenham sucesso na escola. A proposta, do Governo do Estado, denomina de Programa Renda Melhor e Renda Melhor Jovem os programas que vão repassar dinheiro. Serão atendidas pelo Renda Melhor as famílias que vivem abaixo da “linha da pobreza”, ou seja, com menos de R$ 100 per capita e já são atendidas pelo Bolsa Família.

Duque de Caxias sai na frente

O Programa Renda Melhor foi testado este ano em três municípios (Japeri, Belford Roxo e São Gonçalo) mas é em 2012 que o projeto decola e Duque de Caxias será ao lado de Magé uma das primeiras beneiciadas pelo programa. 26 mil famílias serão contempladas pelo con-vênio assinado entre o Secretário Estadual de Assistência Social, Rodrigo Neves e a Secretaria Municipal de As-sistência Social de Duque de Caxias, por intermédio da deputada Claise Maria Zito (PSD).

Caxias ganha mais um representante na AlerjUm troca-troca na família Picciani beneiciou muito a

família Reis. Com o retorno de Leonardo Picciani a sua cadeira de deputado federal em Brasília, Sérgio Cabral convocou para a Secretaria Estadual de Habitação o depu-tado estadual Rafael Picciani (PMDB). Assim, o suplente Rosenverg Reis assume a vaga ma Alerj. O moço andava ansioso pelo mandato pleiteado desde o início dos boa-tos de que Chiquinho da Mangueira (PMDB) assumiria a pasta de Esporte e Lazer o que até hoje não aconteceu.

Deputada Claise Maria Zito leva

serviços a moradores do AmapáO bairro Amapá, no

quarto distrito de Duque de Caxias, recebeu uma maratona de serviços em uma parceria que en-volveu diferentes esferas governamentais no projeto “I Ação Integrada de Segu-rança e Incentivo à Quali-dade de Vida”, promovido pelo Conselho Comunitá-rio de Segurança Pública. O aconteceu na Praça do Amapá e a população co-nheceu o projeto piloto do “Gabinete Itinerante” da deputada Claise Ma-ria Zito (PSD), presidente da Comissão de Assuntos da Criança, Adolescente e Idoso da Alerj. Claise apresentou as campanhas de combate ao Crack nos municípios da Baixada Fluminense e de respeito aos idosos nos transportes públicos, além de oferecer orientação gratuita a popu-lação para direcionamento de programas e ações da Secretaria Estadual de As-sistência Social. Durante o evento, foi apresentado o novo comandante do 15º Batalhão de Polícia Mili-tar, tenente-coronel Clau-dio de Lucas Lima. Para o presidente do AISP 15,

Jailson Liberato dos San-tos, a iniciativa foi um su-cesso, já que contou com a ajuda efetiva de todos os segmentos governamentais e da população.

- Recebemos com mui-to entusiasmo o convite do Conselho de Segurança de Duque de Caxias, que já é nosso parceiro, na di-vulgação da campanha de combate ao Crack. Mas às vésperas deste evento, o Tribunal Regional Elei-toral respondeu a uma so-licitação que havíamos feito desde o mês de abril

quanto a possibilidade de levarmos aos bairros e pra-ças de Duque de Caxias o Gabinete Itinerante para divulgar nossas ações e principalmente, levar os projetos e programas do governo estadual que não chegam a nossa população. Por isso, iz questão de es-tar aqui para ouvir e auxi-liar os moradores do Ama-pá de forma a minimizar alguns problemas que este local enfrenta - declarou a parlamentar.

Com a autorização do TRE, Claise Maria preten-

de visitar os quatro distri-tos de Duque de Caxias com o seu Gabinete Itine-rante e levar ás demandas da população às comissões da Alerj e ao governador Sérgio Cabral. “Duque de Caxias é uma cidade mui-to grande. Ainda há muito a se fazer para melhorar a qualidade de vida e infor-mar sobre os direitos da nossa população. Esses são os grande desaios do meu mandato e quero através deste projeto estar mais próxima do povo e de suas necessidades”

Divulgação

Novo espaço para eventosEm noite badalada, foi

inaugurada o mais mo-derno espaço para festas e eventos que vai servir a Bai-xada Fluminense. Ele funcio-na na Rua Deputado Sá Rego nº 1159, no bairro Vila São Luiz, em Duque de Caxias. Cerca de 300 pessoas foram prestigiar o evento e levar os cumprimentos ao empresário Fernando Rodrigues, ideali-zador do empreendimento.

Conforto também faz diferença. O Salão Eclipse Festas e Eventos possui de-coração invejável e compor-ta 250 convidados sentados em ambiente refrigerado. Os ambientes estão bem distri-buídos em 540m². Tudo de muito bom gosto. Os tele-fones de contato são 7818-3023 id 23*37061.

Banco do Brasil tem lucro de

R$ 2,9 bi no terceiro trimestre

O Banco do Brasil (BB) registrou lucro líquido

de R$ 2,891 bilhões no ter-ceiro trimestre deste ano, informou a instituição. No mesmo período do ano pas-sado, o lucro icou em R$ 2,625 bilhões. De janeiro a setembro, o lucro do banco icou em R$ 9,154 bilhões, resultado 18,9% maior do que o apurado no mesmo período de 2010. Os ativos totais do BB chegaram a R$ 949,781 bilhões ao inal de setembro de 2011, mon-tante 19,2% maior do que o registrado em setembro de 2010 e 5% superior ao re-sultado de junho deste ano.

A carteira de crédito am-pliada, que inclui presta-ções de garantias e valores mobiliários privados, al-cançou R$ 442 bilhões, incremento de 21% em doze meses e de 4,5% na compa-ração tri-mestral.

Segundo relatório do BB, o crédi-to para as pessoas jurídicas impulsionou esse resultado e a carteira alcançou R$ 199,085 bilhões em setem-

bro, o que representa 45,1% do total. O saldo da cartei-ra de crédito às empresas representa crescimento

de 4,1% na c o m p a r a -ção com o r e s u l t a d o do segundo trimestre de 2011 e de 21,6% em doze meses. De acordo com o BB, o estímulo

para esse segmento veio das grandes e médias em-presas que, além de deman-darem crédito por meio de

linhas tradicionais (inves-timento e capital de giro), captam recursos através de subscrição de títulos priva-dos.

A carteira de crédito do agronegócio encerrou o trimestre com saldo de R$ 83,780 bilhões, o que corresponde a crescimento de 2,8% contra o segundo trimestre deste ano e de 12,3% em doze meses. O indicador que mede o atra-so das operações há mais de 90 dias (inadimplência) do BB icou em 2,1% ao encerrar o terceiro trimes-tre, contra 3,5% do sistema inanceiro nacional.

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5モ08 a 14 de Novembro de 2011MERCADO & NEGÓCIOS

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Nesta terça-feira (09), a partir das 14h, os cinco primeiros leitores que ligarem para o Capital no (21) 2671-6611

ganharão um par de convites para assistir os ilmes em cartazcinema

de graça

Pesquisa revela satisfação decaxienses com novas funeráriasPesquisa realizada pelo

Gerp Pesquisa Estraté-gica nos quatro cemitérios de Duque de Caxias, en-comendada pelo Capital, demonstra clara satisfação da população com os servi-ços prestados pelas novas funerárias que atuam no município. Em média 76% dos entrevistados classii-cam o serviço como “bom” ou “ótimo’. A SAF-Serviço de Atendimento Funerá-rio, localizada na Taqua-ra, é a primeira colocada no ranking da qualidade do serviço, com 57% “óti-mo”, 29% “bom” e 14% “regular”, não recebendo nenhum ponto em “ruim”. Seguida pelas Funerárias Nossa Senhora da Anun-ciação, em Jardim Prima-vera, e a FNX (Funerária Nova de Xerém) em Xe-rém, com 80% entre ótimo

bom. Darlene Tavarez, ge-

rente operacional da CAF-Central de Atendimento Funerário, localizada no primeiro distrito e que icou com 61% entre “ótimo” e “bom”, disse que alcançar esse nível de satisfação dos clientes nesse segmento de mercado, “demanda muita dedicação e que 61% en-tre “ótimo” e “bom” é um

índice muito bom. Agora, vamos analisar nossos pro-cessos e trabalhar para me-lhorar ainda mais e alcan-çarmos o primeiro lugar na qualidade do atendimento em nossa região”.

A pesquisa também re-vela que, apesar das melho-rias promovidas pela ad-ministração da Prefeitura, depois do im do monopó-lio dos serviços que durou

quase quatro décadas, a ad-ministração dos cemitérios ainda não consegue a apro-vação da população. A falta de limpeza e manutenção são as líderes de reclama-ções. Realizada no dia 2 de novembro, dia de inados, a pesquisa ouviu quinhentas pessoas (63% de mulheres e 37% de homens). Do to-tal, 48% possuem entre 51 e 70 anos.

Saída para a crise

econômica é combater o

desemprego, diz Dilma

A presidenta Dilma Rousseff disse nes-

ta segunda-feira (7) que a saída para crise econômi-ca mundial é enfrentar o desemprego. Segundo ela, essa foi a resposta defen-dida pelo Brasil durante a reunião do G20, grupo das 20 maiores economias do mundo, na França, na semana passada. “A crise econômica mundial, que está abalando, principal-mente, os países da Europa e os Estados Unidos, não pode ser resolvida com de-semprego e muito menos com a redução dos direi-tos trabalhistas. A questão do desemprego é extrema-mente preocupante”, disse em seu programa de rádio semanal, Café com a Presidenta. A Or-ganização Interna-cional do Trabalho (OIT) estima que existam 200 milhões de pessoas sem em-prego no mundo, a maioria jovens. Para Dilma Rous-seff, todos os países devem cooperar para encontrar uma solu-ção à crise econômi-ca. “O grande desa-io para essa crise é o caminho para reto-mar o crescimento: o

caminho do investimento, do consumo e da geração de empregos. Todos con-cordaram que nós temos de ajudar, fazendo a nossa parte. Ninguém ganha com a crise. Até agora, os países emergentes vêm sustentan-do o crescimento da econo-mia mundial, eles também reduziram um pouco o seu crescimento, porque foram atingidos por efeitos indi-retos. Mas quem sustenta o crescimento mundial são esses países, somos nós”, disse.Na semana passada, a pre-sidenta descartou uma con-tribuição direta do governo brasileiro para o Fundo Eu-ropeu de Estabilização.

Wilson Dias-ABr

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6 モ08 a 14 de Novembro de 2011MERCADO & NEGÓCIOS

Críticas à política de segurança

marcam audiência pública em Caxias

A audiência pública convocada pela

Câmara de Duque de Caxias, na manhã de segunda-feira (7), foi recheada de críticas. A iniciativa do presi-dente da Casa, Dalmar Lírio Mazinho, foi para atender pedidos dos próprios moradores que, alarmados com o aumento da crimina-lidade urbana, princi-palmente, nos últimos meses, cobram um po-liciamento mais efetivo nas áreas que oferecem maior risco. Os cida-dãos atribuem esse au-mento a partir das ins-talações das Unidades Paciicadoras de Polí-cia (UPPs), no Rio de Janeiro.

Várias lideranças e autoridades presentes se manifestaram. O se-cretário de Segurança do Rio, José Mariano Beltrame foi represen-tado pelo presidente do Instituto de Segurança Pública do Estado do Rio de Janeiro, coronel Paulo Augusto Sou-za Teixeira; enquanto o delegado da 59ª DP (Duque de Caxias), Ro-drigo Santoro, repre-sentou a chefe da Polí-cia Civil do Estado do Rio de Janeiro, Martha Rocha. Já o comandan-te geral da PM, coro-nel Erir Ribeiro Costa Filho, foi representado pelo comandante da 3ª Comando de Policia-mento de Área (CPA),

Danilo Nascimento. O comandante do 15º BPM (Duque de Caxias), tenen-te-coronel, Cláudio Lucas Lima, também participou.ALERTA - Eu gostaria que comandantes da Polí-cia Militar e seus familia-res morassem em Duque de Caxias para sentir na pele o que a população tem so-frido. Não vamos resolver todos os problemas aqui, mas vamos começar a dis-cutir sobre segurança com rigor para alertar as autori-dades. Essa ação é inédita em Duque de Caxias e já me sinto satisfeito por isso. Isso aqui é exercício da de-mocracia”, disse Mazinho. A relatora da Comissão de Segurança da Câmara, vereadora Fátima Perei-ra, a Fatinha, aproveitou o momento e oicializou a entrega de um ofício ao Governo do Estado, co-brando um número maior de policiais no 15º BPM. “É um absurdo! Duque de Caxias possui 855 mil e 48

habitantes com um efetivo de 632 policiais militares. E, recentemente, foi inau-gurada uma UPP, na Man-gueira, no Rio, onde possui cerca de 20 mil habitantes, para onde foram enviados 450 policiais. O Governo do Estado tem que tomar uma providência. Duque de Caxias é segunda maior cidade do Estado em arre-cadação e sofre com a ca-rência de policiais”, enfati-zou Fatinha.

- Percebo no depoi-mento da população uma sensação de abandono. Realmente, os dados têm chamado nossa atenção. Houve um aumento da criminalidade tanto em re-lação à pessoa quanto ao patrimônio, mas criamos um programa para identi-icar as áreas de maior ne-cessidade de atendimento. O estudo já foi concluído e em dezembro será repas-sado para os policiais civis e militares atuarem mais nessas áreas - disse o coro-

nel Teixeira. O delegado da 59ª DP acrescentou que há uma necessidade urgente de construir mais uma delegacia no Centro de Caxias, pois a deman-da tem sido grande. “Ao todo, são 20 mil registros anuais. Esse número é acima de quaisquer da-dos de delegacias do Rio de Janeiro”.

Estiveram presentes ainda o delegado da 61ª DP, Mario Roberto Arru-da; o comandante do 14º BPM, coronel Robson de Mello; os deputados esta-duais Jorge Moreira The-odoro, o Dica, e Geraldo Moreira; o presidente do Conselho Comunitário de Segurança Pública, Jail-son Liberato, presidente do Rotary Club de Du-que de Caxias, Anselmo Suhet; o secretário mu-nicipal Francisco Alves da Fonseca (Integração, Segurança Pública e De-fesa Civil) e vários vere-adores.

Atualidade

Audenir Damião/CMDC

Homenagem a

cinegraista assassinado

Logo que abriu a audiência pública, o presidente Mazinho pediu um minuto de silêncio à memó-

ria do cinegraista Gelson Domingos da Silva, da TV Bandeirantes, morto domingo com um tiro de fuzil durante uma operação do Bope na Favela de Antares. O proissional usava um coleta a prova de balas e sua morte brutal foi repudiada pelo governador Sérgio Cabral e pela presidenta da República Dilma Rous-seff, além de sindicatos de classe e outras entidades.

Gelson ganhou o Prêmio Wladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos no ano passado, pela TV Brasil, onde também trabalhava, pelo documentário “Pistolagem: Tradição ou Impunidade?”, apresenta-do no programa “Caminhos da Reportagem”, traba-lho do qual participaram também o repórter Paulo Garritano e o auxiliar Carlos Alexandrino. O progra-ma foi exibido em novembro de 2009.

Gelson Domingos, ao lado da repórter Eliane Be-nício, produziu algumas reportagens para a TV Bra-sil em Duque de Caxias de 2010 para cá, com enfo-que no patrimônio cultural da cidade. “O Gelson era um proissional respeitado, dedicado e muito bem humorado. Tinha um projeto com a Eliane Benício, encaminhado à Secretaria de Cultura e Turismo para busca de patrocínio, para produzir uma série de en-trevistas e documentários com personagens históri-cos como Tenório Cavalcanti e a professor Armanda Álvaro Alberto”, lembra a historiadora Isabel Cris-tina Pinto de Paula, do setor de Projetos Especiais da Secretaria. Isabel, assim como o jornalista Josué Cardoso, acompanhou a equipe nas reportagens que produziu na “Fortaleza” de Tenório Cavalcanti e na Vila São José, além da Escola Mate com Angu. Uma dessas reportagens pode ser vista no link www.youtu-be.com/watch?v=M2F80cjvwfw.

A imagem acima é um registro do jornalista Josué Cardoso, de 5 de maio deste ano, na Escola Mate com Angu. Nela aparecem, além de alguns alunos, a historiadora Isabel Cristina, o cinegraista Gel-son Domingos e a repórter Eliane Benício, e as pro-fessoras Frida Martins (diretora da escola) e Vilma Amâncio

Morador elogia iniciativa do Poder Legislativo

O morador do bair-ro 25 de Agosto,

Thiago Martelão, 25 anos, nascido e criado em Duque de Caxias, elogiou a iniciativa da Câmara de Duque de Caxias reunindo auto-ridades e moradores. “Parabenizo a Câmara de Vereadores por estar debatendo com a socie-dade, através de audiên-cia publica, a segurança pública. O assunto tem sido ao longo dos anos um problema crescente em nossa cidade. Não podemos mais tampar o sol com a peneira, te-mos que tomar atitudes

eicientes e rápidas”, ob-servou Martelão. “A famí-lia caxiense não pode icar refém de qualquer tipo de marginal. Temos que atuar tanto na prevenção quanto na punição de todo aquele que venha a desrespeitar a ordem pública. Nós, ca-xienses, queremos ordem e segurança”.

Sobre o que deve ser fei-to para melhorar a situação no município, Thiago air-mou: “Acredito que este cenário caótico que vive-mos hoje só será resolvido quando atuarmos direto na causa do problema, isto é, o marginal de hoje foi aque-la criança desamparada de

ontem. Temos que investir basicamente na formação de nosso cidadão, através da educação de qualidade aliada com o esporte”, su-geriu Martelão.

O morador acrescenta: “Parte do problema envol-ve a formação de nossas crianças e adolescentes. Mas claro, também que-remos solução imediata, a curto prazo. Eu, assim como todo caxiense, quere-mos a policia nas ruas, re-alizando patrulhamento os-tensivo de forma atuante e nunca passiva”. E conclui: “Sempre juntado a ação com a inteligência. Temos também que cobrar do go-

verno do Estado melhores condições de trabalho e valorização para aqueles que lutam para proteger nossas vidas, que é o po-licial”.

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Washington

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7モ08 a 14 de Novembro de 2011MERCADO & NEGÓCIOS

País

Internacional

Copa e Olimpíadas entre as prioridades

de inanciamento do BID no BrasilNeste momento de

desaceleração eco-nômica, provocada pela instabilidade inanceira mundial, a prioridade do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) é proteger os setores de baixa renda e as regiões que são mais vulneráveis às diiculdades inancei-ras. Para isso, a institui-ção acredita que é im-prescindível fortalecer as redes sociais de seguran-ça, “além de manter o i-nanciamento para micro, pequenas e médias em-

presas, que tendem a sofrer mais com uma crise de cré-dito”, disse à Agência Bra-sil o economista regional dos países do Cone Sul do BID, Eduardo Borensztein.

Com a crise na eco-nomia internacional, o direcionamento dos in-vestimentos do BID vai de-pender da situação de cada país. Segundo Borensztein, as economias menores são mais vulneráveis à escassez de inanciamento interna-cional e precisam de mais acesso a recursos, com em-préstimos de desembolso

rápido. Já sobre as maiores economias da região, que em geral têm comparati-vamente menores neces-sidades de inanciamento e amplas reservas interna-cionais, Borensztein disse que a ênfase será sobre as operações, priorizando as que atendam às necessida-des dos setores sociais e as regiões mais vulneráveis a uma recessão econômica.

- O Brasil está em uma posição forte, graças à ro-bustez das inanças públi-cas e a um sistema inan-ceiro sólido, bem como à

credibilidade das suas políticas macroeco-nômicas - comentou o economista Mesmo em momento de desa-celeração econômica, o Brasil terá seus in-vestimentos assegura-dos. Segundo dados do BID, neste momento existem 95 operações em andamento para o Brasil no valor de US$ 6,5 bilhões, dos quais US$ 2,035 bilhões já foram desembolsados até setembro deste ano.

Brasil ocupa 14°

entre países que

pagam suborno,

diz ONG

O Brasil está em 14° no Índice de

Pagadores de Subor-no de 2011 (tradução livre de Bribe Payers Index), que contou com 28 países e é realizado pela ONG Transparência Inter-nacional (TI). A pon-tuação brasileira foi de 7.7. O ranking é elaborado a partir de questionários aplica-dos a mais de 3.000 executivos de empre-sas de todo o mundo. A nota máxima, 10, quer dizer que, para os entrevistados, as companhias do país nunca se envolveram em pagamento de propina quando estão em negociações no exterior. Tanto a po-sição quanto a nota brasileira melhora-ram em relação ao

último índice datado de 2008. Naquela edição, o Brasil ficou em 17° en-tre 22 países, com 7.4 pontos.

Os países campeões de 2011 foram a Holan-da e a Suíça, com 8,8 pontos. Completando o top 5 estão Bélgica (8,7), Alemanha e Japão (8,6). As últimas posi-ções são do México (7), China (6,5) e Rússia, (6,1). A média entre os países avaliados foi de 7,8. A TI ressalta que o resultado geral foi desa-pontador, pois não hou-ve melhora significati-va nos resultados entre 2008 e 2011. A entidade ressalta que o primei-ro passo importante na luta contra a corrup-ção no exterior é o es-forço efetivo por parte dos governos dentro de casa.

Fabricantes vão reduzir nível de benzeno em refrigerante

As principais marcas de refrigerante light

ou diet cítrico terão me-nos benzeno nos próxi-mos anos, substância que pode provocar câncer. Responsáveis por quase 90% do mercado brasi-leiro, as empresas Coca-Cola, Schincariol e Am-bev comprometeram-se a reduzir a quantidade de benzeno em suas bebi-das ao máximo de 5 ppb (partes por bilhão) ou 5 microgramas por litro, o mesmo parâmetro usado

para a água potável. A meta foi acertada com o Ministé-rio Público Federal (MPF) em Minas Gerais, deve ser atingida até 2017 e vale para todo o país. O acordo chega dois anos depois que a Associação de Consumi-dores Proteste apontou alta concentração de benzeno em refrigerantes de dife-rentes marcas.

Em 2009, a associa-ção analisou 24 amostras de diversos refrigerantes e detectou a presença de benzeno em sete delas.

Em duas amostras de bebi-das cítricas - Fanta Laran-ja Light (da Coca-Cola) e Sukita Zero (Ambev) - o nível foi superior ao con-siderado tolerável para o consumo humano. Depois da pesquisa, o MPF co-meçou a investigar o caso. Nos refrigerantes, o ben-zeno surge da mistura do ácido benzóico com a vi-tamina C. Nos refrigeran-tes normais, esse processo não ocorre por causa do açúcar, que inibe a reação química.

Estudos de mais de três décadas atrás apontam que a ex-posição ao benzeno eleva o potencial de câncer e doenças no sangue. “Ele é tóxico e causador de leuce-mia e outros tumores, dependendo da quan-tidade e do tempo de exposição”, disse o presidente da Asso-ciação Brasileira de Hemoterapia e Hema-tologia (ABHH), Cár-mino de Souza.

“Líderes mundiais devem agir rápido para evitar nova década perdida”

Em visita à Rússia, a diretora-gerente

do Fundo Monetário Internacional, Christine Lagarde, disse segunda-feira (7) que o mundo sofre “de uma crise co-letiva de coniança”, referindo-se aos impac-tos da crise econômica internacional. Segundo ela, os líderes políticos devem agir rapidamen-te para evitar mais in-certeza, instabilidade e um colapso global. A iniciativa deve partir da comunidade internacio-

nal como um todo, e não de ações isoladas, destacou Lagarde. “Se não agirmos em conjunto, poderemos entrar em uma espiral de incerteza, de instabilidade inanceira e de colapso na demanda global. Em úl-tima análise, poderemos enfrentar uma década per-dida de baixo crescimento e alto desemprego”, disse Lagarde. Ela elogiou a de-cisão dos líderes da União Europeia de socorrer os países da zona do euro que enfrentam diiculdades para rolar as dívidas.

Cataratas do Iguaçu podem entrar na lista das novas Sete Maravilhas da Natureza

Brasileiros e argenti-nos fazem campa-

nha juntos para que as Cataratas do Iguaçu en-trem na lista das novas Sete Maravilhas da Na-tureza. Com 275 quedas d'água, na fronteira entre o Brasil e a Argentina, as cataratas já estão entre as 28 inalistas de uma eleição mundial organi-zada pela fundação suiça New 7 Wonders. A elei-ção começou em 2007, com duas etapas: voto popular e seleção de especialistas. A New 7 Wonders é a mesma enti-dade que elegeu o Cristo Redentor como uma das novas Sete Maravilhas do Mundo. As Cataratas do Iguaçu foram selecio-nadas entre 440 atrações de 220 países. A campa-

nha para mobilizar os bra-sileiros começou na última quinta-feira (3) na capital paulista.

As cataratas estão den-tro do Parque Nacional do Iguaçu, que ica no extre-mo oeste do Paraná e foi tombado como Patrimô-nio Natural da Humani-

dade pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) em 1986. De acordo com o superintendente de Comu-nicação Social da Itaipu e integrante do comitê lo-cal de apoio à campanha, Gilmar Piolla, apesar de

a atração já ser reco-nhecida mundialmen-te, a integração inédi-ta entre a Argentina e o Brasil na busca pelo posto de uma das sete maravilhas naturais do mundo tem signi-icado especial para as duas nações.

Antonio Cruz-ABr

Cúpula do G20 teve sucesso relativo, diz presidenta Dilma

Após dois dias de discussões

na Cúpula do G20 (grupo das 20 maio-res economias do mundo), na cidade francesa de Cannes, a presidenta Dilma Rousseff disse que a reunião teve “suces-so relativo”. Segun-do Dilma, a preocu-

pação central do encontro foi a estabilidade global, e icou claro que tal situ-ação não será alcançada sem a busca do cresci-mento. “Foi uma reunião que teve o mérito de colo-car na ordem do dia, mais uma vez, a força do G20 no que se refere ao apoio, ao auxílio e à sustentação de políticas anticrise ime-

diatas, de políticas que se dispõem a dar sustentação ao conjunto do sistema. É um sucesso relativo, na medida em que os países da zona do euro deram um passo à frente na forma de enfrentar a crise”, ressal-tou Dilma, em entrevista coletiva concedida dia 4, ao inal do encontro.

Dilma fez um breve re-

lato sobre os encontros bi-laterais que teve ao longo dos dois dias da cúpula. Com a primeira-ministra da Alemanha, Angela Merkel, a presidenta falou sobre as relações comer-ciais com o país e se com-prometeu a visitá-lo em março do ano que vem. As duas chefes de governo decidiram também enfa-

tizar a importância ds pe-quena e média empresas no Ano Brasil-Alemanha, que ocorrerá no período 2013-2014. No encontro com os líderes japoneses, um dos temas em pauta foi o trem-bala. Com re-presentantes de movimen-tos sindicais, a presidenta conversou sobre o desem-prego e a piora das condi-

ções de trabalho.A crise inancei-

ra mundial, a dívida dos países europeus e o resgate da Gré-cia, cuja economia enfrenta um período de diiculdades, fo-ram os assuntos do-minantes nas discus-sões da cúpula, em Cannes.

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8 モ08 a 14 de Novembro de 2011MERCADO & NEGÓCIOS

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Indústria do petróleo vai precisar de 212 mil trabalhadores até 2014

A indústria do petróleo e gás deve contratar,

pelo menos, 212 mil tra-balhadores nos próximos três anos. A estimativa é do consultor da coordenação do Programa de Mobiliza-ção da Indústria Nacional de Petróleo e Gás Natural (Prominp), Marco Antonio Ferreira. Ferreira partici-pou dia 1º de um debate sobre o pré-sal na sede da Federação das Indústria do Estado de São Paulo (Fiesp). Segundo ele, o Prominp fez no ano pas-sado um estudo para saber qual a demanda de mão de obra da indústria do pe-tróleo até 2014. O estudo apontou que pelo menos 212 mil vagas de emprego serão abertas no setor. “Es-

sas são as lacunas que veri-icamos em nosso plano de negócios”, disse.

O Prominp é um pro-grama do governo federal criado para treinar traba-lhadores para atuar no se-tor de petróleo e gás natu-ral. Ferreira explicou que a coordenação do progra-

ma levanta os investimen-tos programados e estima quantos trabalhadores se-rão necessários para que os projetos sejam executados. Quando a demanda é detec-tada, o Prominp promove cursos de qualiicação, que treinam os trabalhadores para que estejam aptos a

trabalhar nos projetos pro-gramados. De acordo com Ferreira, 78 mil trabalha-dores já foram qualiicados desde 2006. Número que deve aumentar por causa do desenvolvimento da ca-deia do petróleo.

O consultor do Prominp disse, inclusive, que a pró-pria estimativa do progra-ma está sendo revisada devido aos investimentos previstos para exploração do pré-sal. Segundo ele, a demanda por trabalhado-res “deve ser bem maior do que a que estava es-timada.” De acordo com ele, os estaleiros brasilei-ros, que atualmente em-pregam 56 mil trabalhado-res, devem empregar 100 mil até 2020.

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Unica reduz em 12% estimativa da safra de cana

A moagem de cana-de-açúcar este ano será

12,29% menor que a de 2010, segundo estimativa da União da Indústria da Cana-de-Açúcar (Unica), divulgada dia 1º. A enti-dade reduziu em 4,26% a previsão de produção feita em agosto e, agora, apre-senta uma expectativa de safra de 488,5 milhões de toneladas para as usinas do Centro-Sul do país. A queda da moagem é, se-

gundo a Unica, causada, principalmente, por uma redução de 18,2% na pro-dutividade das usinas em comparação com o desem-penho do ano passado. O envelhecimento dos cana-viais e as condições climá-ticas desfavoráveis foram apontadas pela entidade como as responsáveis pelo fato de o estado de São Paulo, maior produtor do país, ter registrado nesta safra a pior produtivida-

de dos últimos 20 anos. Na média, as unidades do Centro-Sul deverão produ-zir menos de 70 toneladas por hectare.

De acordo com o dire-tor técnico da Unica, An-tonio de Padua Rodrigues, o mau desempenho deve se repetir no próximo ano. “As variáveis menciona-das, somadas à expectati-va de apenas quatro unida-des produtoras iniciando moagem no próximo ano,

deverão resultar em um crescimento tímido da produção na safra 2012”, ressaltou. Para ele, o pro-blema só será superado com investimentos na re-novação dos canaviais. Em relação à produção de açúcar, a expectativa da entidade é que, com a des-tinação de 48,19% da cana moída, a produção atinja 30,8 milhões de toneladas, uma queda de 8,06% em relação à safra passada.