Edição nº12

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Informação Trimestral de Cabinda Nº 12 ANO 06 JAN-MAR 2008 CABINDA em tempo de Paz CABINDA em tempo de Paz

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Programa Mensal Sobre a Província de Cabinda

Transcript of Edição nº12

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Informação Trimestral de Cabinda

Nº 12

ANO 06

JAN-MAR 2008

CABINDAem tempo de PazCABINDAem tempo de Paz

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CABINDApassos firmes rumoao desenvolvimento

aros Cidadãos

O desenvolvimento económico e social da província de Cabinda tem conhecido nos últimos

anos progressos muito substanciais e que são dignos de grande realce. Senão vejamos:

A nível da sua macroeconomia, atendo-nos aos dados anuais fornecidos pela Delegação

Provincial de Finanças e relativos à projecção das receitas locais no desenvolvimento da

economia (refira-se neste caso sem contar com as receitas provenientes do sector petrolífero)

expressos em USD, apurou-se que em 2002 esse progresso registava 18,4%. Em 2003, deixou de

ser negativo passando desta feita para 7,7%. Já em 2004, o progresso registado foi de 87,1%.

Em 2005, a mesma subiu para 143,2%, atingindo no ano passado a fasquia recorde dos 179,4%.

Daí o facto de hoje Cabinda ser tida como uma das Províncias, depois de Luanda, que mais

receitas contribui para o Orçamento Geral do Estado, sem contar com as receitas provenientes

do sector petrolífero.

O “canteiro de obras” que despoletou na província logo após a aprovação do programa especial,

emanado na sequência do Programa de Desenvolvimento Económico e Social (PDES) está em

curso: o surgimento de inaugurações de grande vulto como a nova aerogare do Aeroporto de

Cabinda, a Escola Comandante Dangereux, o Posto de Saúde de Povo Grande – obras estas que

tiveram o privilégio de serem inauguradas por Sua Excelência o Senhor Presidente da República

de Angola. A inauguração do novo Seminário Católico de Cabinda, a Escola do Ensino Médio de

Cabassango – obras inauguradas pelo Exmo. Senhor Primeiro-ministro. A nova estrada

Bichekete–Massabi, a abertura ao público do estabelecimento comercial Nosso Super, o

inaugurado Complexo Residencial de Cabassango, a inauguração da Escola e Residência de

Professores de Penecáta – obras estas também de raiz erguidas em pleno coração do Maiombe,

dentro das então chamadas zonas libertadas pelo MPLA durante a guerrilha contra o

colonialismo português (zona B), a Escola e Residência para Professores no Buco-Zau, as Escolas

de Zala de Baixo, no Belize, a resselagem e colocação da sinalização semafórica nas principais

ruas de Cabinda, a entrega de ambulâncias e colocação de médicos em todos os Municípios e na

maioria das Comunas, a resselagem das vias Cacongo/Buco-Zau, Belize e Cabinda/Tando-Zinze.

Por outro lado, também há a adicionar o melhoramento dos sistemas de abastecimento de água

potável nos Municípios e Comunas, a realização periódica das feiras agro-pecuárias na cidade de

Cabinda, onde os feirantes constituídos por humildes camponeses provenientes do Yema ao

Miconje e de Massabi ao Zenze do Lucula com custos zero na transportação dos seus produtos,

põem-nos à venda no maior centro de consumo local. A comercialização do café, os programas

Nossa Aldeia e Nova Imagem, que são caracterizados pela venda de chapas de zinco a preços

C

EDITORIAL

Janeiro-Março 2008 3

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subsidiados às populações do meio rural, e a distribuição de petróleo iluminante – actividades

estas geridas pelas próprias autoridades tradicionais locais. A distribuição gratuita, em todas as

escolas do 1º nível do ensino existentes nas áreas urbanas e rurais, da merenda escolar diária, a

bata escolar confeccionada por alfaiates locais contratados pelo Governo Local com duas

mudas/ano, o kit escolar comportando mochila e material didáctico e livros necessários à

aprendizagem das crianças. De referir ainda em acréscimo a todo este grande manancial de

acções, a declaração pública confirmada pelo mais alto mandatário da Nação Angolana, o

Presidente José Eduardo dos Santos, a 10 de Agosto do ano passado no Estádio do Tafe, de que

Cabinda está sem crianças fora do sistema normal de ensino, são de facto acções que, entre

muitas outras, aliás, cuja menção total seria demasiado fastidioso para esta minha crónica, que

indica com clareza a consigna;

Caros Cidadãos;

Como se pode depreender também, todo este progresso evidencia a justeza das medidas de

política de desenvolvimento da acção governativa da Província, que vem adoptando ao longo

destes anos de labuta, em prol do bem-estar da nossa generosa população cabindense.

Numa palavra, podemos hoje bradar bem alto sem medo de errar dizendo forte e em bom som de que:

Cabinda Caminha a Passos Firmes Rumo ao Desenvolvimento!

Junte-se a nós e participe nas ingentes tarefas da Reconstrução Nacional!

SIALANU BU BOTE

José Aníbal Lopes Rocha

EDITORIAL

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6 Janeiro-Março 2008

SUMÁRIO

PROPRIEDADE

Governo da Província de Cabinda

DIRECTOR

Pedro Sia Paulina

EDITOR

Abel Taty

SUB EDITORES

Alberto Coelho, Vuvu Matualunda

e António Kifueto

REDACTORES

Maria Amélia, Lino Wilson,

João de Deus, António Piçarra

(Executive Center)

FOTOGRAFIA

Gabinete de Comunicação

e Imagem do GPC

SECRETÁRIA DE REDACÇÃO

Catarina Tendequele

GRAFISMO

IONA, Comunicação & Marketing

(Grupo Executive Center)

EDIÇÃO E EXECUÇÃO

GRÁFICA ESPECIAL

Executive Center

TIRAGEM

5 000 exemplares

REGISTO MCS

294/3/01

ficha técnica

16

8 GOVERNO QUER ATENUAR EFEITOS DA DESCONTINUIDADE TERRITORIAL

10 MEMORANDO DE ENTENDIMENTO PODERÁ ESTAR APLICADO ANTES DAS ELEIÇÕES

11 POLÍCIA GARANTE SEGURANÇA NO PERÍODO ELEITORAL

13 EMPREENDIMENTOS SOCIAIS MERECERAM PRIORIDADE EM 2007

15 JUVENTUDE ACORRE AOS CENTROS DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL

16 COMANDO DA POLÍCIA COM NOVOS EFECTIVOS E MEIOS

18 CABINDA E BAIXO CONGO COOPERAM NO COMBATE À IMIGRAÇÃO ILEGAL

20 DIRECTOR DO GEPE, BONIFÁCIO DO ESPÍRITO SANTO, REVELA:

219 MILHÕES DE DÓLARES PARA 112 PROJECTOS DE INVESTIMENTOS

PÚBLICOS EM 2008

25 MAIS DE 5 MILHÕES DE DÓLARES FALSOS APREENDIDOS

26 CAMPANHA AGRÍCOLA 2007/2008 EM MARCHA

28 MÚSICOS DE CABINDA SERÃO FORMADOS NA RDC

29 CANTOR PAIFUIDI PREPARA SEGUNDO CD

30 GRUPO “NGOIO MÁQUINAS DE MERENGUE” VENCE CARNAVAL 2008

31 MOMENTOS QUE A CLAQUE DE CABINDA VIVEU NO CAN DO GHANA

41 DADOS DEMOGRÁFICOS E GEOGRÁFICOS DA PROVÍNCIA DE CABINDA

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POLÍTICA

Governo quer atenuar efeitos

dadescontinuidadeterritorial

Texto: Alberto Coelho

alando na cerimónia de

cumprimentos de fim de

ano, Aníbal Rocha disse

ainda que o seu executi-

vo vai apostar nos recursos produti-

vos endógenos e reforçar a platafor-

ma industrial de cooperação e arti-

culação de estratégias sectoriais.

A normalização da circulação de

pessoas e bens, o reassentamento

das populações, o equilíbrio das

redes de equipamentos sociais e

uma mais eficaz gestão dos servi-

ços, virada para a actividade produ-

tiva e restabelecimento das trocas

comerciais inter-provinciais e trans-

fronteiriças, vão merecer igualmen-

te a atenção do governo provincial.

Neste contexto, de acordo com o

governador, uma das prioridades

será a reabertura da rede de es-

tradas e o desenvolvimento dos ser-

viços de transporte de pessoas e

bens, visando a reanimação da eco-

nomia local e a consequente nor-

malização e melhoria das condições

de vida das comunidades.

Na sua opinião, essas

acções reflectir-se-ão “de

forma positiva no

F

O governador de Cabinda, José Aníbal Rocha, deu a conhecer que o seu governo

está a trabalhar afincadamente no sentido de atenuar as consequências negativas

da descontinuidade territorial da província, com vista a fortalecer a proximidade económica

e social com o resto do território nacional.

8 Janeiro-Março 2008

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POLÍTICA

processo de desenvolvimento eco-

nómico e social da província e na

diminuição efectiva dos efeitos

negativos da insularidade do territó-

rio da província de Cabinda”.

“Iremos desenvolver acções ati-

nentes a um apoio institucional mais

efectivo ao empresariado local, criar

mais postos de trabalho, dar uma

atenção mais cuidada ao desenvolvi-

mento do desporto escolar e fede-

rativo, garantir uma protecção e

segurança mais efectiva dos cida-

dãos”, afirmou o governador.

Aníbal Rocha anunciou também

que o governo provincial dará “uma

atenção cuidada à Policia Nacional,

não só com a aquisição de equipa-

mentos e outros meios de funcio-

namento, como também na cons-

trução de novas esquadras policiais

em toda a província, com particular

atenção para a sua capital”.

De acordo com o governante, as

próximas eleições legislativas, mar-

cadas para Setembro, afiguram-se

como “a mais importante e destacá-

vel de entre as demais tarefas”

agendadas para 2008, “já que nos

compete dar todo o apoio logístico

e material (…) para o êxito deste

nobre trabalho cívico e patriótico”.

A implementação do novo esta-

tuto orgânico e os regulamentos de

funcionamento das administrações

municipais e comunais, à luz do

Estatuto Especial para Cabinda, será

também outra das tarefas de eleva-

da importância a ser desenvolvida

pelo governo de Cabinda no pre-

sente ano.

FACTOS MAIS RELEVANTESDE 2007Entre os factos mais notáveis ocorri-

dos em 2007 na vida política da pro-

víncia, o governador Aníbal Rocha

destacou a visita do Presidente da

República, José Eduardo dos Santos,

a Cabinda, no mês de Agosto, que

permitiu ao mais alto mandatário da

Nação tomar contacto directo com

a realidade local e analisar o seu es-

tado de desenvolvimento. Nesta vi-

sita, segundo Aníbal Rocha, o PR

orientou aos governos central e lo-

cal na prossecução das tarefas mais

importantes visando a melhoria do

bem-estar das populações.

“A forma apoteótica, o carinho

espontâneo evidenciado e expresso

por milhares de pessoas durante a

visita do PR (…) exteriorizou o alto e

elevado sentido patriótico e de

cidadania que cativa a população de

Cabinda, no reconhecimento das

qualidades de liderança e de emi-

nente estadista que patenteia a

pessoa do Senhor Presidente da

República”, referiu Aníbal Rocha.

Disse que a actividade do gover-

no de Cabinda em 2007 pautou-se

pelo reforço da integração econó-

mica e comercial com o resto do

país, potenciando as com-

plementaridades inter-

provinciais, deu-se prio-

ridade ao desenvolvi-

mento económico e

produtivo, criando

emprego e me-

lhorando os ren-

dimentos da popu-

lação, bem como

deu-se resolução às

dificuldades

no abastecimento de água e ener-

gia.

Segundo o governador José Aní-

bal Rocha, o Estatuto Especial con-

cedido à província, no quadro do

Memorando de Entendimento, per-

mitiu uma viragem marcante na sua

governação, uma vez que Cabinda

aumentou os seus recursos finan-

ceiros, permitindo assim que a

população beneficie de novos pro-

jectos de elevado impacto social.

Com o aumento dos recursos

financeiros, foi aprovado, no início

de 2007, um programa de investi-

mentos especial para Cabinda, que

abarca um total de 119 projectos

orçados em 27 biliões e 663 milhões

e 163, 365 Kwanzas. ■

Janeiro-Março 2008 9

O governador Aníbal Rocha

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10 Janeiro-Março 2008

POLÍTICA

Memorando de entendimento

poderá estar aplicado antes das eleições

Texto: Abel Tati e Filipe Massanga

político exprimiu a sua

satisfação pelo grau de

implementação dos pon-

tos consignados no refe-

rido Memorando, tendo salientado o

facto de já ter terminado o processo

de integração dos membros do FCD

no Governo e noutros sectores da

vida socio-económica, assim como o

enquadramento dos militares e polí-

cias nas respectivas unidades.

“Os membros selecciona-

dos e indicados para o

Governo estão em pleno

exercício das suas funções,

os diplomatas estão a ser

colocados e encaminhados

para as respectivas missões

diplomáticas, enquanto que

outros foram nomeados e

empossados para di-

versas empresas pú-

blicas”, deu a conhe-

cer Bento Bembe.

De acordo com o

líder do FCD, o repa-

triamento de refugia-

dos e a reinserção

dos desmobilizados

figuram como os

principais desafios

que ainda restam

por aplicar do Memorando de Enten-

dimento. Assim, Bento Bembe subli-

nhou que a Comissão Conjunta vai

continuar a trabalhar “muito afinca-

damente” até a conclusão do referido

Memorando.

“A PAZ É UM FACTO…” O presidente do FCD desvalorizou

todas as informações segundo as

quais a guerrilha prossegue no

território de Cabinda, acusando

os seus autores de estarem a

praticar “mera propaganda”.

A seu ver, os que se opõem

ao Memorando de Enten-

dimento “pretendem fabri-

car factos para ganha-

rem nome, so-

bretudo nu-

ma altura

em que se aproximam as eleições”.

“A paz em Cabinda é um facto, é

uma realidade”, afirmou o político,

que acredita que “os que ainda

estão cépticos, mais cedo ou mais

tarde se juntarão a nós na luta pela

dignificação de todos os angolanos

e pelo desenvolvimento do país”.

Por outro lado, confirmou que

está em curso o processo de trans-

formação do FCD em partido políti-

co, cuja implementação será eficaz

“tão logo sejam concluídas as tare-

fas contidas no Memorando de

Entendimento. Segundo explicou,

“todos os trâmites para a legaliza-

ção do FCD em partido político

decorrem sem quaisquer embara-

ços, e na devida altura serão conhe-

cidos definitivamente o seu novo

nome, a bandeira e os símbolos”.

No âmbito do Memorando de

Entendimento para a Paz em

Cabinda, assinado a 1 de Agosto de

2006 no Namibe, o líder do FCD

ocupa no Governo central o cargo de

ministro Sem Pasta, um lugar com o

qual ele diz estar “muito regozijado”,

pelo facto de poder exprimir ideias

“que podem contribuir para o desen-

volvimento do país e, concomitante-

mente, de Cabinda”. ■

O

O Fórum Cabindês para o Diálogo (FCD) prossegue as negociações com o Governo Central,

no sentido de a aplicação do Memorando de Entendimento para Paz em Cabinda estar

concluída antes das eleições legislativas de Setembro próximo, afirmou o seu presidente,

António Bento Bembe, durante uma conferência de imprensa em Luanda.

António Bento Bembe

Page 11: Edição nº12

POLÍTICA

Polícia garante segurança

no período eleitoral

egundo aquele oficial su-

perior, o pleito eleitoral

de Setembro representa

“uma grande responsabi-

lidade para o Ministério do Interior e

em particular para a Polícia Nacional”,

facto que levou o comando provincial

a formar novos efectivos, que vão

procurar garantir um processo eleito-

ral sem sobressaltos em Cabinda.

De acordo com António Kandela,

a colocação de unidades de base da

Polícia mais próximas das zonas

residenciais será uma das medidas a

adoptar, no sentido de garantir

maior segurança aquando das elei-

ções. “Vamos participar com todos

os meios, e temos um programa

vasto de educação moral e cívica

dos nossos efectivos”, assegurou.

Adiantou que serão realizados

workshops e seminários sobre a

S

O comandante da Polícia Nacional em Cabinda, Comissário António Pedro Kandela, assegurou a esta

revista que a sua corporação está a criar as condições indispensáveis para que as eleições legislativas,

previstas para Setembro próximo, sejam realizadas na província num clima de total segurança.

Texto: Alberto Coelho

Janeiro-Março 2008 11

Novos efectivos da Polícia

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necessidade do desarmamento da

população civil, além de outras

acções que têm a ver com o reforço

de mais efectivos nas unidades da

Polícia de Guarda-Fronteira ao nível

da província, para garantir a inviolabi-

lidade do território. “Tudo isto é para

garantir uma segurança condigna na

altura das eleições”, explicou.

CRIMINALIDADE DIMINUIO comandante Kandela referiu que

“os índices de criminalidade na pro-

víncia de Cabinda baixaram conside-

ravelmente, mercê de um grande

empenho dos diversos órgãos da

Polícia e da colaboração da popula-

ção”. Segundo ele, até Agosto do

ano passado Cabinda tinha um regis-

to de 30 a 40 crimes por semana, um

número que baixou para menos de

15 crimes.

“Os níveis baixaram bastante e

comparando os dados de Janeiro e

Fevereiro deste ano, os indicativos

mostram-nos que estão a baixar,

sobretudo aqueles crimes que maior

sossego tiram à população – os

homicídios”, afirmou. De acordo

com o comissário, a diminuição é

fruto de operações policiais e acções

de patrulhamento nos períodos

diurno e nocturno, assim como da

colaboração da população.

No entanto, o comandante da Po-

lícia reconhece que ainda não está

feito o suficiente para debelar a cri-

minalidade na província, pois “ainda

há algumas áreas cinzentas onde

vamos continuar a trabalhar para que

dia-a-dia se melhore os índices de cri-

minalidade”. A seu ver, “Cabinda tem

condições favoráveis para ser uma

das províncias mais seguras do país e

nós vamos trabalhar para isso.” ■

12 Janeiro-Março 2008

POLÍTICA

Polícia quer garantir segurança nas eleições

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Janeiro-Março 2008 13

SOCIEDADE

Empreendimentossociais

mereceram prioridade em 2007

Texto: Alberto Coelho

egundo o governador

José Aníbal Rocha, o

Estatuto Especial conce-

dido à província, no qua-

dro do Memorando de Entendi-

mento, permitiu uma viragem mar-

cante na sua governação, uma vez

que Cabinda viu aumentados os

seus recursos financeiros, permitin-

do assim que a população benefi-

ciasse de projectos de elevado im-

pacto social.

Com o aumento dos recursos

financeiros, foi aprovado, no início

de 2007, um programa de investi-

mentos especial para Cabinda, que

abarcou um total de 119 projectos

orçados em 27 biliões e 663 milhões

e 163, 365 Kwanzas.

Nesta conformidade, de acordo

com o governante, a nível da edu-

cação e ensino, com um total de 11

acções, foram realizadas actividades

de relevante importância, que têm a

ver com a construção e reparação

de novas salas de aulas, o que

determinou que Cabinda hoje não

tenha crianças fora do sistema de

ensino a nível de base.

No ensino médio, referiu, foram

S

A construção de vários empreendimentos sociais, sobretudo ligados à educação e à saúde, a

criação de novos empregos e a resolução dos problemas de abastecimento de água e energia

eléctrica constituíram as prioridades do governo de Cabinda em 2007, no âmbito do Programa

de Melhoria e Aumento da Oferta de Bens e Serviços Básicos à População.

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14 Janeiro-Março 2008

SOCIEDADE

igualmente criadas novas salas de

aulas nos municípios de Cabinda e

Cacongo, o que permitiu atenuar as

grandes dificuldades que se viviam

neste domínio a nível da província.

Aníbal Rocha regozijou-se com o

facto de Cabinda possuir escolas do I,

II e III níveis em todas as comunas, e

estabelecimentos de ensino médio

em todos os municípios, perspecti-

vando para 2008 o ensino superior no

município de Buco-Zau e a conclusão

da construção do campus universitá-

rio, iniciado em Agosto de 2007.

No capítulo da saúde, o governo

conseguiu colocar médicos em

todos os municípios e na maioria

das comunas, bem como inaugurou

novas unidades hospitalares nos

municípios de Cabinda e Buco-Zau,

decorrendo, neste momento, a

conclusão das obras de construção

dos hospitais central de Cabinda,

regional de Alzira da Fonseca e

municipal de Buco-Zau.

“Com os esforços e recursos locais,

contratamos equipas médicas de

Cuba e da Coreia para preencherem

as necessidades técnicas dos nossos

principais hospitais e postos de saúde

existentes na província com unidades

moveis de ambulância, para além do

envio ao exterior de 10 quadros para

formação em pós-graduação”, ressal-

tou o governador Aníbal Rocha.

Quanto ao abastecimento de

energia eléctrica e água potável,

foram executados vários projectos,

tais como a recuperação e amplia-

ção dos sistemas de produção de

água em várias localidades da pro-

víncia, bem como a remodelação

das linhas de transporte de electrici-

dade da central térmica de Malongo

para a cidade de Cabinda.

Em relação à questão da livre cir-

culação de pessoas e bens, dispen-

sou-se uma atenção especial na

recuperação das principais vias de

comunicação terrestres, com espe-

cial destaque para a via Bichéquete-

Massábi e Cacongo-Buco-Zau-Belize,

tendo-se já iniciado a construção

dos troços Cabinda-Tando Zinze e

Pove-Dinge.

Para o combate à pobreza, para

além do apoio que o governo está a

conceder ao sector campesino, foi

igualmente relançado em Cabinda o

programa da pesca continental, com

a entregue de 11 canoas e artefactos

de pesca à comunidade de pescado-

res das aldeias de Chinfuca, Mpali,

Beira-Nova, Tuba, Cácata, Ceva I e II,

Tando Macuco e Pangamongo. ■

Novos empreendimentos sociais em Cabinda

Page 15: Edição nº12

Janeiro-Março 2008 15

SOCIEDADE

Juventude acorreaos Centros de Formação Profissional

Texto: Filipe Massanga

facto foi revelado pelo

chefe do Executivo pro-

vincial, Aníbal Rocha,

aquando da abertura do

1º Acampamento da Juventude em

Tempo de Paz, promovido pelo

Conselho Provincial da Juventude

em alusão ao 32º aniversário da

independência nacional, que teve

lugar na Comuna do Necuto (muni-

cípio de Buco-Zau).

De acordo com Aníbal Rocha, os

centros de formação já em funcio-

namento “têm ajudado muitos

jovens a ir ao encontro do seu pri-

meiro emprego”, após terem fre-

quentado diversos cursos profissio-

nais, como electricidade, construção

civil, mecânica de frio e informática.

O governador provincial realçou o

facto de grande parte desses estu-

dantes serem requisitados por

diversas empresas “muito antes de

terminarem a sua formação”, pro-

metendo que o Executivo provincial

vai continuar a ajudar os jovens a

contribuírem no processo de

reconstrução em curso no país.

Segundo Aníbal Rocha, neste

momento estão na posse do

Governo de Cabinda mais de 60 pro-

jectos elaborados por jovens, no

quadro do programa denominado

“Crédito Jovem”, os quais já estão a

merecer o devido tratamento pelos

governantes locais. ■

O

O Governo da Província de Cabinda tem estado a trabalhar em colaboração

com o Ministério da Administração Pública, Emprego e Segurança Social (MAPESS)

na construção de vários Centros de Formação Profissional, para dotar os jovens

de conhecimentos em todos os ramos do saber profissional.

Page 16: Edição nº12

Comando da Polícia

com novosefectivos e meios

O 32º aniversário da Polícia Nacional, celebrado a 28 de Fevereiro, foi a ocasião escolhida

pelo Comando Provincial de Cabinda para pôr em funcionamento uma Companhia

Operacional de Patrulhamento Auto, no quadro do reforço das acções de combate

à criminalidade e manutenção da ordem pública.

Texto: Alberto Coelho

SOCIEDADE

16 Janeiro-Março 2008

Page 17: Edição nº12

Comando Provincial pro-

cedeu igualmente ao lan-

çamento de uma Brigada

Moto, no sentido de pa-

trulhar as localidades de difícil acesso

às viaturas da Polícia, assim como de

uma Brigada Policial Escolar, para

assegurar o patrulhamento nos recin-

tos escolares e salvaguardá-los dos

actos de vandalismo que ponham em

causa a segurança dos alunos.

De realçar que, no âmbito das

tarefas a executar em 2008, a Polícia

em Cabinda definiu como prioridade

a melhoria dos serviços de ordem

pública, visando proporcionar maior

segurança à população, o combate à

imigração ilegal através do fortaleci-

mento do controlo das fronteiras

com as Repúblicas do Congo, o

melhoramento das condi-

ções na cadeia do Yabi e da

actuação dos serviços

de bombeiros. O Co-

mando Provincial da

Polícia não se esqueceu

também da intensifica-

ção das acções de

educação mo-

ral e cívica dos seus efecti-

vos, “para que a sua

actuação seja funda-

da nos preceitos da

ética e da moral

pública, com o

fito de dimi-

nuir o índice de

corrupção e actos

de insubordinação

dos seus agentes”.

DESMANTELADOS GRUPOS DE MARGINAIS Entretanto, a Polícia deu a conhecer

que no ano passado, em Cabinda,

foram desmanteladas 23 redes de

marginais que praticavam diversos

crimes, o que resultou na detenção

de 31 dos seus integrantes. O des-

mantelamento foi fruto da intensifi-

cação da presença policial na via

pública, o que permitiu reduzir os

crimes violentos praticados sobretu-

do na calada da noite. No ano passa-

do, a operatividade da Polícia foi

considerada como tendo sido da

ordem dos 85 por cento, com mais

de mil crimes devidamente esclareci-

dos e remetidos à Justiça, de acordo

com fontes policiais.

No âmbito da regularização do

trânsito, a instituição registou 532

acidentes de viação no ano passado

(mais 87 em relação a 2006), com o

município de Cabinda a somar 450

acidentes, Cacongo 67 e Buco-Zau

10, que causaram 34 mortos, 303

feridos e danos materiais avaliados

em 335 mil Kwanzas.

No mesmo período, foram recolhi-

dos e repatriados 4 mil e 771 cidadãos

estrangeiros ilegais, na sua maioria da

República Democrática do Congo, no

quadro das operações “Progresso,

Sossego e Kulungungo”. ■

O

Janeiro-Março 2008 17

SOCIEDADE

Page 18: Edição nº12

18 Janeiro-Março 2008

SOCIEDADE

Cabinda e Baixo Congo

cooperam no combate à imigração ilegal

As Polícias de Investigação Criminal de Cabinda e do Baixo Congo (República Democrática

do Congo) estão em vias de criar um mecanismo legal de cooperação, no sentido de impedir

a imigração ilegal de cidadãos congoleses, que em território cabindense se envolvem

em graves actos de criminalidade.

Page 19: Edição nº12

Janeiro-Março 2008 19

SOCIEDADE

Texto: Alberto Coelho e João Nunes

s primeiros passos para a

criação desse mecanis-

mo foram dados num

primeiro encontro entre

as duas instituições, realizado re-

centemente na cidade de Cabinda,

durante o qual ambas as partes

concordaram na necessidade ur-

gente de se efectuarem trocas recí-

procas de informações, ultrapas-

sando a ausência de um acordo de

justiça sobre a matéria.

Durante os trabalhos, que decor-

reram num ambiente considerado

“cordial e de franca camaradagem”,

as duas partes assumiram o com-

promisso de honrarem escrupulo-

samente com os entendimentos al-

cançados, tendo a comitiva congo-

lesa manifestado a intenção de tudo

fazer para estancar a imigração ile-

gal de cidadãos da RDC para a pro-

víncia de Cabinda.

Os dois lados chegaram também

a acordo quanto à criação de formas

destinadas a desencorajar o culti-

vo e tráfico de droga (liamba)

ao longo da fronteira comum, en-

quanto que a delegação congolesa

defendeu que os cidadãos do seu

país em situação migratória ilegal,

no acto do seu repatriamento sejam

entregues à Polícia congolesa e não

às autoridades migratórias, confor-

me vinha acontecendo.

Durante o encontro, o director

provincial da Investigação Criminal,

primeiro superintendente Luís Paulo

Camanda, transmitiu ao seu ho-

mólogo do Baixo Congo, Emanuel

Diakeno, a preocupação do

Governo de Cabinda pela

presença de grande

número de imigrantes

ilegais congoleses no

enclave, assim como o

seu envolvimento em

crimes de natureza

diversa, com destaque

para assaltos à mão

armada.

“ALTAMENTE PERIGOSOS” Já em entrevista ao Jornal de An-

gola, Luís Paulo Camanda reiterou

que grupos de congoleses praticam

em solo cabindense, à mão armada,

sobretudo crimes de roubo, ofen-

sas corporais, tráfico e consumo de

drogas, falsificação de documentos

e de moeda estrangeira (dólar).

Segundo Luís Camanda, alguns cida-

dãos da RDC comandam mesmo

grupos de marginais considerados

altamente perigosos, que assaltam

à mão armada casas de pacatos

cidadãos nacionais.

Sem precisar o número de es-

trangeiros detidos na província de

Cabinda, o oficial superior da Polícia

referiu que os mesmos encontram-

se a cumprir penas no país, por falta

de um acordo de extradição entre

Angola e RDC, em particular entre

Cabinda e a região do Baixo Congo.

Entretanto, os Serviços de

Emigração e Estrangeiros expulsa-

ram de Cabinda, entre finais do ano

passado e inícios deste ano, um

total de 3 mil e 91 estrangeiros ile-

gais, entre os quais 2.824 cidadãos

da RDC, 260 do Congo Brazzaville e

dois camaroneses.

Vidal Manuel Coutinho “Vilela”,

director provincial dos Serviços de

Migração e Estrangeiros disse à

Ngonje que a detecção dos estran-

geiros ilegais foi, de certo modo,

graças a denúncias da população,

apesar de alguns cidadãos nacionais

insistirem em dar acolhimento a

estrangeiros ilegais. ■

O

Director dos Serviços de Migração e Estrangeiros

Page 20: Edição nº12

20 Janeiro-Março 2008

ENTREVISTA

Director do GEPE, Bonifácio do Espírito Santo, revela:

219 milhões de dólares para 112 projectos de investimentos

públicos em 2008Terminada a guerra, os angolanos arregaçaram as mangas para reconstruir o país dilacerado

por um conflito que impediu, de certo modo, o desenvolvimento de Angola e o bem-estar das

populações. Estamos na fase de Reconstrução Nacional. Cabinda, a província mais ao norte do

país, não está alheia à situação e acompanha também

a “passada”, para que dentro do Programa de

Investimentos Públicos possa proporcionar aos

seus habitantes melhores condições de vida e

catapultar a região, rica em petróleo e

madeira, no desenvolvimento que merece

dentro do contexto nacional. Para

sabermos dos esforços que o

Governo local está a empreender

para melhorar o nível de vida

das populações, a revista

Ngonje entrevistou o director

do Gabinete de Estudos,

Planeamento e Estatística

(GEPE) do Governo de Cabinda,

Bonifácio do Espírito Santo. O

director do GEPE falou de

tudo um pouco sobre os

projectos em curso e

lamentou, por outro lado,

o atraso que se verifica na

conclusão de algumas obras

de extrema importância

para a vida da população.

Eis a entrevista.

Page 21: Edição nº12

Janeiro-Março 2008 21

ENTREVISTA

gonje – Sr. director,qual é o orçamentoatribuído a Cabindapara o presente ano?

Bonifácio do Espírito Santo –

Para este ano, Cabinda tem um orça-

mento de 272 milhões, 467 mil e 488

dólares. Deste valor, 219 milhões de

dólares estão destinados a investi-

mentos públicos, que correspon-

dem a 112 projectos para 2008.

Ngonje – Quais são os projec-tos relevantes consignados noPrograma de Investimentos Pú-blicos para este ano?

BES – Temos vários projectos.

Posso aqui destacar a construção do

edifício da Identificação, a reabilita-

ção do edifício do Sinfo, o apetre-

chamento em equipamentos do

laboratório de criminalística, a cons-

trução das escolas do Lombo-Lombo

e Gika, a reabilitação do hospital Al-

zira da Fonseca e do Hospital Central

de Cabinda, a conclusão do Centro

de Saúde de Ganda Cango, a aquisi-

ção e instalação de equipamentos

médicos no hospital provincial e nos

centros de saúde em construção, a

construção do hospital infecto-con-

tagioso, a construção e apetrecha-

mento do mercado de São Pedro, a

construção de 250 casas sociais e

outras 100 casas sociais para os

membros do Governo, a elaboração

do Plano Director da vila de Lândana

e da cidade de Cabinda, a construção

de um pavilhão gimno-desportivo.

Temos ainda outros projectos, como

o plantio de um palmar, a instalação

de uma unidade de processamento

de óleo de palma e uma fábrica de

sabão e sabonete. Como disse, são

no total 112 projectos.

Ngonje – Que projectos exis-tem no capítulo produtivo?

BES – A província precisa de se

desenvolver e para tal necessita de

investimentos. Assim, o Governo

tomou a iniciativa de fazer alguns

investimentos, como por exemplo a

nível da cerâmica de Sassa-zau. Essa

cerâmica estava em escombros,

porque foi abandonada e nem che-

gou a ser rentabilizada. O Governo

provincial achou por bem reabilitá-

la, com fundos de uma organização

portuguesa e também com fundos

do Governo local. Possivelmente

essa cerâmica poderá ainda este

ano entrar em funcionamento.

Também adquirimos uma fábrica de

pequenas dimensões para confec-

cionar sabão e sabonetes, e já paga-

mos a primeira trancha para a aqui-

sição de silos de cimento e de silos

de farinha de trigo. São unidades de

processamento que irão dar outra

dinâmica à província, porquanto vai

ocupar mão-de-obra, mas há ou-

NTexto: Alberto Coelho

Construção de novas casas sociais

Page 22: Edição nº12

22 Janeiro-Março 2008

ENTREVISTA

tros projectos como o plantio de

dendém para sustentar a fábrica de

sabão e sabonete.

Ngonje – Em relação à redeviária, o que lhe apraz comentar?

BES – Temos um grande projecto

que é a rua das Forças Armadas, uma

actividade de âmbito nacional a cargo

do Ministério das Obras Públicas.

Embora lentamente, vai tendo os seus

avanços, porque há vários constrangi-

mentos nessa obra. A reparação da

estrada Cabassango/ Zenze Lucula é

igualmente uma obra de âmbito

nacional, a cargo da empresa Tecnovia

e financiada pelo grupo Escom.

Ngonje – No âmbito do PIP(Programa de Investimentos Públi-cos), não há nada que se refere aocomplexo Pau-Rosa?

BES – O Governo já fez o adianta-

mento para o início desta obra, que

esteve sempre sob tutela do

Ministério da Indústria. Mas o

Governo provincial achou por bem

liderar essa obra, no plano do Pro-

grama Especial para a Província de

Cabinda. Já foram dados alguns pas-

sos e estamos agora a acertar a parte

final do projecto, para que o mesmo

possa arrancar, isto no que diz res-

peito às obras de construção civil e

depois o equipamento será adquiri-

do. Quanto ao projecto do Pólo

Industrial do Fútila, é também da

responsabilidade do Governo cen-

tral. Mas, há uma parte que o Gover-

no provincial teve de assumir e já

pagou o valor destinado à terrapla-

nagem do local. É da nossa respon-

sabilidade garantirmos a água e a luz.

As infra-estruturas básicas serão da

responsabilidade do núcleo criado

para implementar o projecto do

Parque Industrial do Fútila.

Ngonje – Há morosidade naconclusão de algumas obras?

BES – Muito recentemente esteve

cá em Cabinda o ministro acompa-

nhante do Conselho de Ministros para

a província, Roberto Leal Monteiro

(Ngongo), e devo dizer que, tanto ele

como o senhor governador Aníbal

Rocha ficaram muito desapontados

com o desempenho dos empreitei-

ros. Eu não sei o que se está a passar,

mas a verdade é que nós não deve-

mos absolutamente nada a esses

empreiteiros, que estão com um

comportamento muito esquisito. Há

obras que temos que entregar, há

compromissos que temos com a

população e os empreiteiros não con-

cluem a tempo as obras a si adjudica-

das. Apresentam muitos argumentos.

Às vezes dizem que há falta de

cimento, o que não se justifica, tam-

bém apresentam desculpas de mão-

de-obra expatriada. Isto não justifica

o pouco trabalho que realizam.

Ngonje – Isto não tem a vercom a incapacidade dessas em-presas em executarem as obrasa si adjudicadas?

BES – É tudo isso. Temos empre-

sas que dizem que podem fazer e

demos o adiantamento, mas não

realizam. Há qualquer coisa que

temos que fazer.

““Muito recentemente esteve cá em Cabinda o ministro

acompanhante do Conselho de Ministros para

a província, Roberto Leal Monteiro (Ngongo) e devo

dizer que, tanto ele como o senhor governador Aníbal

Rocha ficaram muito desapontados com o desempenho

dos empreiteiros””

Page 23: Edição nº12

Ngonje – O que o Governo es-tá a fazer para contornar a si-tuação?

BES – Temos mecanismos que po-

demos accionar. Nós temos os tribu-

nais e as garantias bancárias, portan-

to não estamos esquecidos dessas

questões. Há reuniões que estão a

ser realizadas e a Direcção das Obras

Públicas ficou com a incumbência de

chamar essas empreiteiras e fazer

alguns actos de compromisso. A par-

tir daí vamos accionar os mecanis-

mos que temos.

Ngonje – Quantas e quais asobras que estão nessas condi-ções?

BES – Cerca de dez obras. A obra

no exterior do aeroporto é uma

delas. Temos o arruamento do troço

Cabinda/Yema, temos o problema

do troço Cabinda/Lândana. Os

arruamentos aqui na cidade de

Cabinda já deveriam ter terminado,

mas ainda não aconteceu. Temos

também as obras de construção da

Igreja Católica no Buco-Zau, que já

deveriam ter terminado, assim co-

mo a reabilitação do edifício do

Sinfo. Mas há outras obras que já

deveriam ter terminado, mas ainda

não terminaram.

Ngonje – As obras do hospitalAlzira da Fonseca também já searrastam há vários anos…

BES – A primeira fase deste projec-

to está pronta. Os técnicos da saúde

acharam por bem que o hospital seria

mais vantajoso à população se tivesse

outras valências. Foi assim que se

definiu uma segunda fase, que já ini-

ciou. É possível que em Junho possa-

mos abrir a primeira parte e, quando

terminarmos a segunda, teremos as

valências todas. Neste momento, já

temos parte dos equipamentos e

acho que até Junho estaremos em

condições de inaugurar a primeira

fase do projecto Alzira da Fonseca.

Ngonje – Até finais deste ano,quais os projectos têm garantiasde conclusão?

BES – Temos alguns projectos

que poderemos terminar. Falo con-

cretamente do mercado de São

Pedro, do hospital infecto-conta-

gioso, do pavilhão gimno-desporti-

vo que está a ser erguido no Mbaca

(Povo Grande), da estrada das

Forças Armadas (embora com

alguns problemas mas ela tem de

terminar), os largos da cidade de

Cabinda, a primeira fase do hospital

Alzira da Fonseca. Temos obras no

Buco-Zau que também serão entre-

gues, como escolas e casas sociais

e, no Belize, é possível que a mini-

hídrica esteja pronta. Temos tam-

bém as estações de tratamento de

água de Buco-Zau e Belize… Enfim,

há um leque de obras a serem

entregues este ano.

Ngonje – Como vão os projec-tos de investimentos públicos anível dos municípios?

BES – Não foge muito ao que

acontece aqui na cidade de Cabinda,

porque os empreiteiros são mais ou

menos os mesmos. Há a destacar a

estrada Buco-Zau/Belize, a cargo da

empresa Emcica, que continua a

decorrer normalmente e talvez no

fim deste ano nos seja entregue. É

Janeiro-Março 2008 23

ENTREVISTA

Page 24: Edição nº12

24 Janeiro-Março 2008

uma obra de grande envergadura.

No Buco-Zau temos a igreja, que

também deve ser entregue este

ano e, a nível do Cacongo, temos a

estação de tratamento de água do

Loango Pequeno.

Ngonje – Como estão os projec-tos ao nível da energia e águas?

BES – Estamos a instalar postos

de transformação de energia eléc-

trica no centro da cidade e nos bair-

ros periféricos, para que o cidadão

tenha luz com qualidade. É um pro-

jecto de média e baixa tensão, orça-

do em cerca de 7 milhões de dóla-

res, e pensamos terminar este tra-

balho dentro de dois meses. A nível

da água, temos a reabilitação da es-

tação e tratamento de Belize, Buco-

Zau e Luáli. Temos ainda um grande

projecto denominado “Programa de

Águas para Todos”, que a província

também teve o privilégio de assu-

mir. É um programa que vai

dar água a muita gente

e, para tal, vamos

aproveitar as capa-

cidades das águas

subterrâneas da

província. Esta-

mos a desenvol-

ver este projecto

com algumas em-

presas locais. Devo sublinhar que

este é um projecto nacional.

Ngonje – Fora aqueles 10 pro-jectos em atraso, está satisfeitocom o nível de execução dasobras na província?

BES – Eu acho que poderia ser

feito mais, a julgar pelos esforços

que os governantes da província

têm empreendido, no sentido de

que as verbas estejam disponíveis a

tempo para pagar as empreitadas.

Os empreiteiros deveriam fazer um

pouco mais.

Ngonje – Com a execução dos112 projectos consignados noPrograma de Investimentos Pú-blicos, quais são as mais-valiasque poderão trazer para o me-lhoramento do nível de vida daspopulações e no desenvolvi-mento da província?

BES – Vão dar uma melhor

qualidade de vida e, como

são projectos integra-

dos, irão beneficiar

uma boa parte da po-

pulação a nível da edu-

cação, saúde, água e

energia e mesmo das

acessibilidades. Não

só os projectos que

estão ligados ao Governo, mas tam-

bém aqueles ligados ao FAS (Fundo

de Apoio Social), ao bónus de petró-

leo e outras acções, como o Fundo

Lwini. Portanto, todos estes projec-

tos integrados irão beneficiar a pro-

víncia, mudar o comportamento de

algumas pessoas e melhorar a vida

das nossas populações.

Ngonje – Neste momentoquais são as maiores preocupa-ções do Governo?

BES – Temos um grande proble-

ma, que é o fornecimento de

energia eléctrica. Essa responsabi-

lidade foi passada para o Governo

central e há coisa de 6 meses tem

se registado uma certa irregulari-

dade no seu fornecimento. Penso

que há qualquer coisa que não vai

bem, devem ser problemas rela-

cionados com finanças. A empresa

encarregue de pagar essa fatia não

está a cumprir e a outra empresa

produtora está a retaliar, porque

há compromissos de ambas as par-

tes, no caso do refrescamento das

máquinas e na sua manutenção.

Essa situação toda é que provoca

os apagões que se verificam nos

últimos tempos.

Ngonje – Sr. director, se algu-ma questão importante nosescapou pode acrescentar o quequiser a esta entrevista.

BES – É só para dizer que os

municípios da província hoje têm as

suas verbas próprias e que o inves-

timento total previsto para a pro-

víncia de Cabinda, incluindo a admi-

nistração central, o governo provin-

cial e as administrações municipais,

anda à volta dos 452 milhões e 104

mil e 376 dólares, equivalentes a

175 projectos. Isto contando com

os projectos geridos pela Sonangol,

pelo FAS… Agradecia que fossem

também falar com essas pessoas,

para terem uma noção global do

trabalho que está a ser realizado

aqui na província de Cabinda. ■

ENTREVISTA

Bonifácio do Espírito Santo

Page 25: Edição nº12

Janeiro-Março 2008 25

ECONOMIA

Mais de 5 milhõesde dólares

falsos apreendidos

eis grupos de falsifica-

dores de moeda estran-

geira, denominados Lu-

conga, Capita Penge,

Leon Comini, Aserne Oxdrix, Cabuai-

bobó e Tchassa Tchassa, foram des-

mantelados pela instituição. Esses

grupos estavam implantados nos

bairros 1º de Maio, Cabassango, 4

de Fevereiro, Gika e Povo Grande.

Vinte integrantes desses grupos,

entre os quais 16 cidadãos da RDC e

quatro nacionais, encontram-se

detidos, indiciados por crime de fal-

sificação de moeda estrangeira, que

é sancionado com pena que vai de 4

a 8 anos de prisão, podendo a mes-

ma ser agravada para 12 anos de

prisão.

O grupo Tchassa Tchassa, integra-

do por quatro falsificadores, foi o

grupo a quem a Investigação

Criminal apreendeu o maior volume

de dinheiro falsificado, no valor de

três milhões e 200 mil dólares. O

objectivo seria o de introduzir ilicita-

mente o dinheiro falso no mercado

informal e mesmo na rede bancária.

Segundo o director provincial da

Investigação Criminal (DPIC), supe-

rintendente Luís Paulo Camanda, a

introdução

do dinheiro fal-

so na rede bancária

local e no mercado infor-

mal seria feita de forma

faseada, com a cumplicidade de

alguns funcionários desonestos.

Posteriormente, os falsários fariam

levantamentos em dinheiro legal.

Em relação à forma como o di-

nheiro falso é passado para o mer-

cado informal, o intendente Oliveira

da Silva, director adjunto da DPIC,

explicou: “primeiro eles seleccio-

nam a vítima, depois criam uma

equipa para convencê-la a fazer um

negócio de que resultaria em gran-

des benefícios, recebendo (a vítima)

uma percentagem de 30%.

Portanto, o inocente entregaria

dinheiro verdadeiro, mas receberia

em troca

d i n h e i r o

falso. Os im-

postores desapare-

cem para nunca mais serem vistos”.

De acordo com o intendente

Oliveira da Silva, “grande parte do

dinheiro falso que entra na provín-

cia de Cabinda é proveniente da

RDC, onde se encontram células

bem estruturadas de falsificadores”.

Assim sendo, assegurou que a

Polícia está a fazer o possível para

desmantelar essas redes de falsifica-

dores de moeda estrangeira. ■

S

A Direcção Provincial de Investigação Criminal (DPIC) de Cabinda apreendeu, no decurso do

ano passado, uma quantia de cinco milhões e 200 mil dólares falsos, na sequência de várias

operações efectuadas em alguns bairros da capital da província.

Texto: Alberto Coelho

Page 26: Edição nº12

ECONOMIA

Campanha agrícola2007/2008 em marcha

A campanha agrícola 2007/2008 em Cabinda, aberta oficialmente no passado mês de Outubro,

prossegue com entusiasmo em toda a província, envolvendo mais de 38 mil famílias camponesas

e com a previsão de produzir, no total, pelo menos 48 mil e 592 toneladas de produtos diversos.

26 Janeiro-Março 2008

Page 27: Edição nº12

ECONOMIA

Texto: Filipe Massanga

actual campanha agríco-

la foi oficialmente decla-

rada aberta pelo vice-

governador para o sec-

tor privado, Macário Lembe, numa

cerimónia que teve lugar na povoa-

ção de Chimongo, município de

Cacongo, a 46 quilómetros a norte

da cidade de Cabinda.

Segundo o director provincial da

Agricultura e Desenvolvimento Rural,

Pescas e Ambiente, Alector Araújo, foi

distribuída aos camponeses uma quan-

tidade suficiente de sementes, adubos

e instrumentos agrícolas, no sentido

de incrementar a produção de alimen-

tos em relação à anterior campanha.

Por seu lado, o director provincial

do Instituto de Desenvolvimento

Agrário (IDA), Manuel Gomes, tam-

bém disse que a presente campa-

nha tem como prioridade o aumen-

to do cultivo dos produtos que

constituem a dieta básica da popu-

lação, tais como a banana, mandio-

ca, amendoim, feijão macunde,

milho e batata-doce.

Em declarações à agência noti-

ciosa Angop, o director do IDA

apontou como principais dificulda-

des dos pequenos agricultores, a

falta de meios para a transformação

da mandioca e de condições de

conservação dos produtos colhidos.

De realçar que a anterior campa-

nha (2006/2007), envolveu 38 mil

famílias, tendo rendido um total de

37 mil e 498 toneladas de culturas

diversas, entre as quais duas mil e

832 toneladas de amendoim, mil e

269 toneladas de milho e duas mil e

111 toneladas de feijão macunde.

Saliente-se que, além dos produ-

tos agrícolas perspectivados para

esta campanha, a província de Ca-

binda também produz café, cacau e

madeira, encontrando-se esta últi-

ma no Maiombe, a segunda maior

floresta do mundo, depois da

Amazónia, no Brasil. O solo de Ca-

binda também possui petróleo, que

contribui com cerca de 60% para o

Orçamento Geral do Estado de An-

gola, diamantes e magnésio. ■

A

A província é rica em produtos agrícolas

Page 28: Edição nº12

28 Janeiro-Março 2008

CULTURA

custo da aplicação do

protocolo está avaliado

em cerca de 300 mil

dólares americanos, sen-

do destinado a superar os músicos

locais em noções básicas da arte

musical, como instrumentalização,

dança, canto, composição, deonto-

logia e ética do artista musical.

Segundo Teddy Muana Teca, que

é coordenador adjunto do projecto

(o coordenador é o chefe do

Departamento da Cultura, Francisco

Ngó), uma comissão de peritos

esteve em Outubro do ano passado

na capital congolesa, Kinshasa, onde

manteve contactos com Tabu Ley

para a superação e capacitação de

artistas de Cabinda no seu centro

de formação.

Ele assegurou que as negociações

estão em fase avançada, devendo o

primeiro grupo de 17 artistas partir

para Kinshasa durante o ano corren-

te, para um curso de seis meses. Na

sua opinião, “o projecto é bem-vin-

do, na medida

em que se re-

gista um gran-

de défice em

Cabinda a ní-

vel de no-

ções básicas

da música”.

A seu ver, "há

jovens com

talento e von-

tade de fazer

música, mas mui-

tos deles por não saberem

tocar nenhum instrumento

musical, nem ter pelo me-

nos formação básica da

música, fazem do play back a

única forma de actuação pú-

blica, socorrendo-se do sinte-

tizador ou piano", lamentou.

Segundo aquele veterano da

música de Cabinda, "quem se li-

mita exclusivamente ao play

back tem dificuldades de

encarar o público num espec-

O

Músicos da província de Cabinda serão formados na vizinha

República Democrática do Congo (RDC), a partir deste

ano, ao abrigo de um protocolo em negociação

entre o Governo provincial e o cantor congolês

Tabu Ley Rochereau, revelou à revista Ngonje

Samuel Teca (Teddy Muana Teca), um dos

lendários da música local.

na RDC

Músicos de Cabinda

serão formados

Page 29: Edição nº12

Janeiro-Março 2008 29

CULTURA

táculo ao vivo, acompanhado por

uma orquestra recheado de instru-

mentos".

Sustentou que a base da música

africana assenta no manejo de ins-

trumentos como o batuque, ngoje,

quissange, reco reco, marimba,

gimpungi, os quais combinados

com a viola, harmónica, saxofone,

flauta, trombone, piano, entre

outros de origem não africana,

“constituem a música popular

moderna do continente negro”.

Para Teddy Muana Teca, a escolha

de Tabu Ley para a formação dos

artistas de Cabinda “é acertada, aten-

dendo à dimensão do conceituado

cantor congolês, que é o artífice de

grandes nomes do music hall africa-

no, como Sam Manguana, Papa

Wemba, Mbilia Bela, entre outros”. ■

Cantor Paifuidi

prepara segundo CD

Texto: Vuvu Matualunda

s trabalhos de prepara-

ção de base decorrem

em Luanda, com o

patrocínio do Governo

da província de Cabinda, estando as

fases seguintes (de masterização,

mistura e edição) calendarizadas

para a capital portuguesa, Lisboa. A

obra contará com a participação de

Beto Bungo, Caló Pascoal, DJ Mania

e Nelo Paim.

O cantor disse à esta revista que

“se tudo correr como previsto, o

disco estará à disposição do público

em Junho ou Julho deste ano”,

vindo juntar-se à sua primeira obra,

datada de 2006, intitulada "Kutu

matu", composta por 11 faixas musi-

cais cantadas em português e fiote.

De 34 anos de idade, Paifuidi

começou a cantar em 1990 no

grupo coral "Nossa Senhora da

Misericórdia", da Igreja Católica de

Cabinda. ■

O

O cantor Alberto Inácio, de nome artístico Paifuidi, prepara desde Janeiro a sua segunda

obra discográfica, a intitular-se "Minha Santa e Virgem Mulher", com dez faixas musicais

cantadas em português e fiote, nos estilos semba, kizomba e kintuene.

O músico Teddy Muana Teca

Page 30: Edição nº12

30 Janeiro-Março 2008

CULTURA

grupo carnavalesco "Ngoio

Máquinas de Merengue",

do bairro Amílcar Cabral,

sagrou-se vencedor do

desfile central provincial do Carnaval

2008, na classe de adultos, realizado

no passado dia 05 Fevereiro, no largo

do 1º de Maio da cidade de Cabinda,

com 199 pontos.

As posições seguintes foram ocu-

padas pelos grupos "8 de Janeiro”,

de Lândana" (Município de Cacongo),

com 191 pontos, e "Mbuilo Diambo",

do Buco zau, com 182 pontos.

O primeiro Classificado teve como

prémio, o equivalente em kwanzas a

13 mil dólares, o segundo a 10 mil e

o terceiro a sete mil dólares.

O troféu de Rainha do

Carnaval coube a Olga

Tabita, do grupo

“Ngoio Máquinas de

Merengue”, que rece-

beu como prémio o

equivalente a

três mil dó-

lares.

O Júri, li-

derado pelo di-

rector da Escola de For-

mação de Professores de

Cabinda, José Alfredo Bas-

sanza, teve como critérios de

avaliação para os grupos

carnavalescos a coreo-

grafia apresentada, o

enredo, a capaci-

dade de mobiliza-

ção, a teatralização e a

indumentária. Para a ava-

liação da rainha contou a sua beleza,

o colorido da fantasia, assim como a

coreografia da corte.

Apesar da chuva que se registou

desde as primeiras horas desse

dia, o desfile contou com

a participação de 18

grupos Carnavales-

cos provenientes

dos quatro mu-

nicípios da provín-

cia, na presença do

v ice-governador

para a área técnica,

João dos Santos

Mesquita, do admi-

nistrador municipal de

Cabinda, Francisco Tando,

e dos directores de gabinete das

administrações municipais e comu-

nais do governo provincial.

CARNAVALINFANTIL Na classe infantil, o

grupo "Mayeye ba

nkaka ba tu bikila",

do bairro Lombolombo, foi o vence-

dor da presente edição do Carnaval,

ao totalizar 140 pontos. Na segun-

da e terceira posições classificaram-

se "Os Típicos" e "Boavista", com 121

e 136 pontos, respectivamente.

Para melhor rainha do Carnaval

infantil, o corpo do jurado, presidi-

do pelo director provincial do

Instituto Nacional de Criança (INAC),

Alberto Fundi, elegeu Lurdes dos

Santos, de 10 anos de idade, do

grupo carnavalesco “Boavista”.

Quanto a prémios, o primeiro gru-

po classificado recebeu o equivalente

em Kwanzas a 7 mil 500 dólares, o

segundo 5 mil, o terceiro 3 mil e a rai-

nha 2 mil dólares, num desfile no qual

participaram 16 grupos infantis. ■

OTexto: Vuvu Matualunda

Grupo “Ngoio Máquinas de Merengue”

Vence Carnaval2008

Page 31: Edição nº12

REPORTAGEM

Momentos que a claque de Cabinda viveu

Can do GhanaFotos: João Nunes Baiúa

Page 32: Edição nº12

REPORTAGEM

Page 33: Edição nº12

REPORTAGEM

Page 34: Edição nº12

REPORTAGEM

Page 35: Edição nº12

REPORTAGEM

Page 36: Edição nº12

REPORTAGEM

Page 37: Edição nº12

REPORTAGEM

Page 38: Edição nº12

REPORTAGEM

Page 39: Edição nº12

REPORTAGEM

Page 40: Edição nº12

REPORTAGEM

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N/O MUNICÍPIOS HOMENS MULHERES SUB-TOTAL

01 CABINDA 85.091 96.819 181.91002 CACONGO 11.957 16.310 28.26703 BUCO-ZAU 17.499 22.390 39.88904 BELIZE 6.790 7.374 14.164

TOTAL 121.337 142.893 264.230

MUNICÍPIOS

N/O COMUNAS HOMENS MULHERES SUB-TOTAL

01 SEDE 76.066 85.162 161.22802 MALEMBO 1.900 3.640 5.54003 TANDO-ZINZE 7.125 8.017 15.142

COMUNASMUNICÍPIO DE CABINDA

N/O COMUNAS HOMENS MULHERES SUB-TOTAL

01 SEDE 7.522 8.062 15.58402 MASSABI 2.114 2.061 4.17503 DINGE 2.321 6.187 8.508

MUNICÍPIO DE CACONGO

LIMITAÇÃO GEOGRÁFICACabinda é uma parcela do Território Nacional, situado na Costa Atlântica africana, com cerca de 7.283 Km2, tendo como

fronteiras terrestres, a Norte com a República do Congo (Brazzaville), numa extensão de 196 Km, a Nordeste, Leste e

Sul com a República do Congo Democrático, com 153 e 100 Km respectivamente, e a Oeste com o Oceano Atlântico

com 103 Km.

A população ronda os 264.230 habitantes (dados de 2006), distribuído em 4 Municípios: Cabinda, Cacongo, Buco-Zau e

Belize, com 12 Comunas.

Os quadros que se seguem são elucidativos, e demonstram, em pormenores, os elementos essenciais.

Dados demográficose geográficos da província

de Cabinda

Janeiro-Março 2008 41

DADOS GEOGRÁFICOS E DEMOGRÁFICOS

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42 Janeiro-Março 2008

DADOS GEOGRÁFICOS E DEMOGRÁFICOS

N/O COMUNAS HOMENS MULHERES SUB-TOTAL

01 SEDE 12.776 16.555 29.33102 INHUCA 404 467 87103 NECUTO 4.319 5.368 9.687

MUNICÍPIO DE BUCO-ZAU

N/O COMUNAS HOMENS MULHERES SUB-TOTAL

01 SEDE 4.212 4.596 8.80802 LUALI 872 928 1.80003 MICONJE 1.650 1.906 3.556

MUNICÍPIO DE BELIZE

N/O REGEDORIAS HOMENS MULHERES SUB-TOTAL

01 REGEDORIA DO NTÓ 2.675 2.358 5.03302 COTRA 63.694 72.310 136.00403 LIAMBO 4.080 4.522 8.60204 CAIO LITORAL 3.496 3.415 6.91105 SUBANTANDO 2.121 2.557 4.67806 CHIADEDE 660 1.142 1.80207 MALEMBO 1.240 2.498 3.73808 BUMELAMBUTO 1.519 1.984 3.50309 CÁCATA 3.136 3.620 6.75610 TCHINSUÁ 1.369 1.070 2.43911 ZENZE DO LUCULA 1.101 1.343 2.444

TOTAL GERAL 85.091 96.819 181.910

REGEDORIASMUNICÍPIO DE CABINDA

N/O REGEDORIAS HOMENS MULHERES SUB-TOTAL

01 DINGE VELHO 1.109 4.726 5.83502 CUMBO LIAMBO 1.212 1.461 2.67303 MASSABI 2.114 2.061 4.17504 MABEMBE 1.052 1.208 2.26005 TANDO PALA 1.552 1.705 3.25706 TENDA 4.528 4.578 9.10607 CHINFUCA 390 571 961

TOTAL GERAL 11.957 16.310 28.267

MUNICÍPIO DE CACONGO

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