Edição número 2411 - 2 de agosto de 2015

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SANDRO LIMA FOTOS SANDRO LIMA DOMINGO MACEIÓ - ALAGOAS 2 DE AGOSTO DE 2015 N 0 2411 R$ 4,00 tribunahoje.com EXEMPLAR DO ASSINANTE Bom a parcialmente nublado com possiblidades de chuvas em áreas isoladas Mínima 22º Máxima 27º TEMPO MARÉS FINANÇAS REUNIÃO ITINERANTE MACEIÓ É PALCO NESTA SEGUNDA DE DEBATE NACIONAL SOBRE OS RUMOS DA EDUCAÇÃO PÁGINA 18 SÉRIE A FLAMENGO TERÁ SHEIK E GUERRERO CONTRA O SANTOS NO MARACANÃ PÁGINA 15 PONTA VERDE: escola pública só para empregados de quem mora no bairro CARIMINHA: escola improvisada para crianças sem vagas na escola DOAÇÕES de campanha têm sido alvo de investigações, o que deverá inibir, na visão de analistas, novas ajudas a candidatos 05:32 0.7m 11:43 1.6m 18:02 0.7m EFEITOS DA LAVA JATO SEM DOAÇÕES, CANDIDATOS VÃO ENCARAR CAMPANHA FRANCISCANA A Operação Lava Jato produz seus efeitos também na política local: empresas doadoras históricas de campa- nhas se retraíram e não devem bancar, em sua gran- de maioria, candidatos nas eleições de 2016. Isso, na análise de estudiosos, vai forçar partidos e candidatos a adotarem uma campanha franciscana. PÁGINAS 3 e 4 A “NORUEGA” E A “ANGOLA” QUE SEPARAM MACEIÓ INDEPENDENTE REGINA CASÉ QUER VIVER UMA VILÃ EM OUTRA TELEDRAMATURGIA NA TV A irreverente Tina Pepper, personagem da atriz e apresentadora Regina Casé em “Cambalacho”, está de volta no VIVA para divertir o público. Regina diz que gostaria de fazer nova uma vilã na teledramaturgia, porém admite ser difícil conciliar. “Meu trabalho cresceu muito, mas quem sabe”? SUPLEMENTO SEGUNDO O ÚLTIMO PNUD, MACEIÓ TEVE UMA DAS MAIORES TAXAS DE CRESCI- MENTO DO ÍNDICE DE DESENVOLVIMEN- TO HUMANO (IDH), MAS A DESIGUALDA- DE PERSISTE. EN- QUANTO O BAIRRO PONTA VERDE TEM UM IDH SUPERIOR À NORUEGA, REGIÕES COMO O CARMINHA E ALTO DA ALEGRIA SE IGUALAM À AN- GOLA, ONDE A PO- PULAÇÃO VIVE COM MENOS DE R$ 6 POR DIA. PÁGINAS 9, 10, 11 e 12 PRESIDENTE DO PMN QUER CANDIDATOS NOVOS EM 2016 O jovem Artur Silveira, novo presi- dente do PMN em Maceió, quer o partido renovado nas próximas elei- ções, dando vez a filiados que não tiveram ainda a oportu- nidade de disputar cargos eletivos. PÁGINA 2 POUPANÇA: 0,7143% DÓLAR COMERCIAL R$ 3,42 R$ 3,42 DÓLAR PARALELO R$ 3,28 R$ 3,65 OURO: R$ 119,50

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SANDRO LIMA

SANDRO LIMA

FOTOS SANDRO LIMA

DOMINGOMACEIÓ - ALAGOAS 2 DE AGOSTO DE 2015

N0 2411

R$ 4,00 tribunahoje.com

EXEMPLAR DOASSINANTE

Bom a parcialmente nublado com possiblidades de chuvas

em áreas isoladas

Mínima

22ºMáxima

27ºTEMPO MARÉS FINANÇAS

REUNIÃO ITINERANTEMACEIÓ É PALCO NESTA SEGUNDA DE DEBATE NACIONAL SOBRE OS RUMOS DA EDUCAÇÃO

PÁGINA 18

SÉRIE AFLAMENGO TERÁ SHEIK E GUERRERO

CONTRA O SANTOS NO MARACANÃ PÁGINA 15

PONTA VERDE: escola pública só para empregados de quem mora no bairroCARIMINHA: escola improvisada para crianças sem vagas na escola

DOAÇÕES de campanha têm sido alvo de investigações, o que deverá inibir, na visão de analistas, novas ajudas a candidatos

05:32 0.7m11:43 1.6m

18:02 0.7m

EFEITOS DA LAVA JATO

SEM DOAÇÕES, CANDIDATOS VÃO ENCARAR CAMPANHA FRANCISCANA

A Operação Lava Jato produz seus efeitos também na política local: empresas doadoras históricas de campa-nhas se retraíram e não devem bancar, em sua gran-de maioria, candidatos nas eleições de 2016. Isso, na

análise de estudiosos, vai forçar partidos e candidatos a adotarem uma campanha franciscana. PÁGINAS 3 e 4

A “NORUEGA” E A “ANGOLA” QUE SEPARAM MACEIÓ

INDEPENDENTE

REGINA CASÉ QUER VIVER UMA VILÃ EM OUTRA TELEDRAMATURGIA NA TVA irreverente Tina Pepper, personagem da atriz e apresentadora Regina Casé em “Cambalacho”, está de volta no VIVA para divertir o público. Regina diz que gostaria de fazer nova uma vilã na teledramaturgia, porém admite ser difícil conciliar. “Meu trabalho cresceu muito, mas quem sabe”?

SUPLEMENTO

SEGUNDO O ÚLTIMO PNUD, MACEIÓ TEVE UMA DAS MAIORES TAXAS DE CRESCI-MENTO DO ÍNDICE

DE DESENVOLVIMEN-TO HUMANO (IDH),

MAS A DESIGUALDA-DE PERSISTE. EN-

QUANTO O BAIRRO PONTA VERDE TEM UM IDH SUPERIOR À NORUEGA, REGIÕES COMO O CARMINHA E ALTO DA ALEGRIA SE IGUALAM À AN-GOLA, ONDE A PO-

PULAÇÃO VIVE COM MENOS DE R$ 6 POR

DIA.

PÁGINAS 9, 10, 11 e 12

PRESIDENTE DO PMN QUER CANDIDATOS NOVOS EM 2016

O jovem Artur Silveira, novo presi-dente do PMN em Maceió, quer o

partido renovado nas próximas elei-ções, dando vez a filiados que

não tiveram ainda a oportu-nidade de disputar cargos

eletivos.

PÁGINA 2

POUPANÇA: 0,7143%

DÓLAR COMERCIALR$ 3,42 R$ 3,42

DÓLAR PARALELOR$ 3,28 R$ 3,65

OURO:R$ 119,50

PolíticaMACEIÓ - DOMINGO, 2 DE AGOSTO DE 2015POLÍTICA2

PMN quer inovação no próximo anoAtual presidente da sigla pretender dar oportunidades a quem não disputou as eleições para o legislativo de Maceió

SANDRO LIMA

Artur Silveira está no comando do PMN e visa um planejamento maior para as eleições municipais

NIGEL SANTANAEDITOR DE POLÍTICA

Novas ideias, adesões e ple-nejamento

para o próximo ano eleitoral. Este tem sido o tratamento dentro do Partido da Mobili-zação Nacional (PMN) em Maceió desde que Artur Silveira, es-tudante de Direito, foi eleito para comandar a sigla em seu diretório municipal. Aos 23 anos, Silveira pretende expandir o nome do PMN e lutar, por no mínimo, duas vagas na Câmara de Vereadores de Maceió. O caminho está sendo trilhado: é preciso mostrar enga-jamento este ano para conseguir lançar pes-soas novas com inter-esse na política par-tidária. Em entrevista à reportagem da Tribu-na Independente, Artur expõe algumas metas e já vislumbra apoio à reeleição do prefeito Rui Palmeira (PSDB) na capital alagoana.

Tribuna Independen-te - O PMN figura na po-lítica com os apoios aos maiores partidos que disputam a eleição em Maceió. Como o partido está trabalhando este ano visando o pleito do próximo ano?

Artur Silveira - O Par-tido da Mobilização Nacio-nal (PMN) está se estrutu-rando, ganhando corpo. A partir da escolha do meu nome para presidir o par-tido, assim como a chegada de novos filiados, iremos mostrar que o PMN está de cara nova e com vonta-de de ir em busca de uma Maceió melhor que atenda aos anseios da população. Com isso, já planejamos as eleições do próximo ano, contando com um grupo mais forte para ter mais es-paços durante a campanha eleitoral e mostrar quais os nossos ideais e com pessoas determinadas em mudar o cenário da capital alagoana com a participação efetiva de todos. Na última elei-ção municipal, o partido não teve tanta expressão, colocando à disposição dos maceioenses poucos can-didatos. O PMN se coligou com outros partidos. Neste processo de estruturação, de maio, quando assumi a presidência do partido, es-tamos realizando reuniões mensais e tentando chamar o maior o número de corre-ligionários e interessados em participar da militância partidária visando as elei-ções do próximo ano.

Tribuna Independen-te - A sociedade está des-crente com os políticos. Como arregimentar fi-liados para que o parti-do evolua até a próxima eleição?

Artur Silveira - No con-

texto geral, a classe política sofre com esta descrença da população. Políticos têm sido indiciados após investi-gações e presos por ligações com a corrupção em todo o país. Atualmente, com o processo de organização do Partido da Mobilização Na-cional, nós queremos cha-mar para a disputa aqueles que nunca tiveram a opor-tunidades de se lançar can-didatos, mas que represen-ta um contato permanente com as suas comunidades e sabem perfeitamente dos problemas vivenciados em cada região de Maceió. No processo eleitoral, o PMN quer a força destas pessoas e que elas representem seus bairros durante as campa-nha e quem sabe nos man-datos. Estamos abertos ao diálogo. A escolha para que eu fosse presidente do PMN é justamente dar um novo ânimo ao partido.

Tribuna Independente - O partido é considera-do pequeno. Como fazer com que uma agremiação menor sobreviva no país e qual a sua avaliação so-bre os recursos que che-gam aos partidos?

Artur Silveira - Peque-nas siglas estão se juntando para mostrar as suas re-presentatividades em todos os municípios em Alagoas. É o caso de G-8, que conta com partidos como PRTB e PTdoB, por exemplo. Com o PMN a situação não é dife-rente. O partido está fazen-do este trabalho aos poucos nos municípios, assim como em Maceió, para tentar ele-ger representantes para as Câmaras de Vereadores, prefeituras. Não é uma jor-nada fácil, pois, os partidos pequenos contam com pou-cos recursos para utilizar de maneira responsável e para que no futuro não tenhamos prejuízos nas campanhas e na manutenção das siglas. Todos os partidos necessi-tam de muitos recursos para gerir sua parte adminis-trativa e esta também será uma luta do PMN.

Tribuna Independen-te - Assim como nas de-mais capitais, os maiores

‘Um dígito’ de Dilma ficou lá atrás

Eram meses tranquilos para a economia brasileira em meados de 2009, País em ascensão, quando a pré-candidata a presidente do Brasil começou a sair

da Casa Civil, onde batia ponto, para mostrar a sua cara e ficar conhecida, a pedido do padrinho.

Num discurso para centenas de sindicalistas no auditório Nereu Ramos, no subsolo do Anexo 3 da Câmara dos Deputados, Dilma Rousseff foi aplaudida pela turma ao garantir que os anos seguintes cravariam a taxa básico de juros, a famosa Selic, com apenas ‘um dígito’. Seria o início de uma era de grande e ininterrupto crescimento da economia em todos os setores e blá blá.

Aplausos fracos, a turma deu de ombros, poucos enten-diam a importância da taxa para o dia dia. A professora no púlpito então fez questão de frisar: ‘Vou repetir, a taxa Selic com um dígito apenas’. Foi ovacionada! Em 28 de maio de 2010, a taxa básica de juros cravou seu menor patamar das últimas décadas: 9,5%. Quan-do a profeta assumiu a presidência no ano seguinte, a Selic já passava de 11%. De lá para cá, galgou degraus (alguns bem altos, como o de semana passada, de meio ponto percentual). O Copom acaba de elevar a mesma a 14,25% ao ano. Dilma nunca mais tocou no assunto desde aquele discurso para os pelegos.

A culpa, provavelmente, foi dos sindicalistas que não sou-beram aplaudir. Ou da cartomante do Palácio do Planalto.

* * *

Venezuela desnudaO cineasta baiano Dado Galvão e o fotógrafo paraibano Arlen Cezar preparam uma excursão às perigosas terras venezuelanas, onde o governo de Nicolás Maduro prende jornalistas e arrebenta opositores, com o apoio de uma milícia armada popular sem qualquer preparo para lidar com conflitos, e onde já é proibido se manifestar nas ruas, com risco de morte ou detenção.É justamente este cenário que os brasileiros pretendem mostrar num documentário que preparam por conta pró-pria: uma Venezuela desnudada, na voz de seus próprios cidadãos, que serão entrevistados pela dupla. Dado fez um documentário que caiu nas redes sociais e lhe deu vitrine nacional, sobre a espetacular fuga do então senador boliviano Roger Molina da Embaixada do Brasil em La Paz. O brasileiro diz que pretende mostrar uma Venezuela pré e pós eleição de novembro, quando Maduro tentará a reeleição (não se sabe se haverá adver-sário até lá, porque a maioria dos presidenciáveis poten-ciais está na cadeia a mando do presidente). ‘Iniciamos mais uma jornada de trabalho cidadão e huma-nitário, Missão Ushuaia, Venezuela ‘, informa o cineasta. ‘Pretendemos dialogar com venezuelanos (as), como cidadãos e cidadãs integrantes do MERCOSUL, espe-cialmente os jovens, observar, colaborar e documentar através das linguagens audiovisual (documentário), foto-grafar, o cotidiano pré e pós-eleições, anunciadas pelas autoridades da Venezuela para o dia 06 de dezembro de 2015’.O embrião desta aventura de trabalho sério pode ser encontrado no www.MissaoUshuaia.org ou na página homônima no Facebook.

* * *

O que a Bahia temO Partido da República da Bahia aposta na filiação do ex-prefeito João Henrique e outros quadros importantes de Salvador para disputar a eleição do ano que vem. A articulação vem sendo tratada pelo presidente do diretó-rio no Estado, o deputado federal João Carlos Bacelar, o Jonga. Hoje potencial candidato da legenda à prefeitura, ele pode abrir mão da campanha por outro importante nome soteropolitano.

partidos logram êxito nos mandatos nas Câmaras. O PMN não tem repre-sentantes no Legislativo. O que fazer para mudar este cenário?

Artur Silveira - Preci-samos fazer uma avaliação dentro do PMN a respeito das eleições do próximo ano. Sempre surge dúvidas jurí-dicas acerca da quantidade de vagas em disputa para a Câmara de Vereadores. Com a atual condição, o partido vai lutar para tentar eleger dois vereadores. Infelizmen-te, o partido não tem repre-sentação no Legislativo de Maceió. A população, com certeza, sai perdendo diante desta atual situação. É um caminho ainda muito longo e precisa ser analisado de maneira minuciosa quando iremos buscar apoios e mos-trar o quanto estamos orga-nizados para conseguir mos-trar aos eleitores de Maceió o quanto queremos o bem desta cidade.

Tribuna Independente - Qual a atual situação do PMN em relação à prefei-tura de Maceió? Na pró-xima eleição a tendência é marchar junto com o prefeito Rui Palmeira (PSDB) à reeleição?

Artur Silveira - O pre-feito Rui Palmeira vem de-senvolvendo um bom traba-lho, mesmo diante de tantas dificuldades. Temos ainda a crise e os poucos recursos fe-derais que complicam ainda mais a situação no municí-pio. No entanto, o prefeito tem sido equilibrado e pla-neja boas ações para o muni-cípio. Acredito que ele é um bom nome para o processo eleitoral e naturalmente é o candidato à reeleição. O pre-feito conta ainda com a sim-patia do Partido da Mobili-zação Nacional. É o nome mais viável para continuar administrando Maceió. A tendência é que existe esta possibilidade de o PMN so-mar com o prefeito Rui Pal-meira. É importante dizer que o partido quer o bem da população maceioense e bus-ca este engajamento para mostrar as nossas propostas de trabalho.

TRIBUNAINDEPENDENTE

ESPLANADALEANDRO MAZZINI - [email protected]

Com Equipe DF, SP e Nordestewww.colunaesplanada.com.brcontato@colunaesplanada.com.brTwitter @leandromazzini

Não é uma jornada fácil, pois, os partidos pequenos contam com poucos recur-sos para utilizar de manei-ra responsável e para que no futuro não tenhamos prejuízos nas campanhas

Precisamos fazer uma avaliação den-tro do PMN a respeito das eleições do próximo ano. Com a atual condição, o partido vai lutar para tentar eleger dois vereadoresARTUR SILVEIRAPRESIDENTE MUNICIPAL DO PMN

O prefeito conta ainda com a simpatia do Partido da Mobilização Nacional. É o nome mais viável para continuar administrando Maceió

No contexto geral, a classe política sofre com esta descrença da população. Políticos têm sido indicia-dos após investigações e presos por ligações com a corrupção em todo o país

DIVULGAÇÃO

Polícia Federal investiga empreeiteiras, principais doadoras dos partidos políticos nas campanhas

ALEGAÇÕES

Divisão dos recursos pode ser mais justa

VERBA MENOR

Partidos terão que baratear suas pretensões

Com um cenário econô-mico que se mostra desfa-vorável, os partidos fogem dos questionamentos com a mesmo argumento de que a eleição municipal ainda está muito diante para aconte-cer.

Em contato com a repor-tagem, a assessoria de co-municação do PSDB, parti-do também investigado por receber doações das empre-sas envolvidas na operação Lava Jato, diz que ainda não dá para fazer uma previsão

lógica sobre 2016 antes que se defina a reforma políti-ca no Congresso Nacional, sobretudo com relação a fi-nanciamentos de campanha eleitoral.

O PSDB também torce para que o Congresso Nacio-nal defina uma reforma polí-tica que deixe as campanhas eleitorais mais transparen-tes e menos desiguais”, in-formou a assessoria.

Mozart Amaral, presi-dente do PMDB Maceió, acredita que a situação do

país juntamente com a crise, pode sim impactar os custos da campanha em 2016. “A tendência é que os custos se-jam menores, e isso pode ser positivo porque todos ficam em pé de igualdade”, argu-menta Mozart à Tribuna.

Sobre as doações, ele re-velou que o partido manterá a sua postura, que é fazer tudo dentro da legalidade. “Para 2016, vamos fazer tudo conforme a legislação eleitoral, não haverá nenhu-ma mudança. Vamos pensar

nas estratégias de acordo com a situação que irá se formar”, garantiu.

Mozart Amaral entende que o PMDB, um dos maio-res partidos do país, tem se pautado na legalidade quan-do planeja as estratégias de campanha. Atualmente, o partido conta com nomes expressivos, a exemplo do senador Renan, presidente do Senado, Eduardo Cunha, que preside a Câmara Fe-deral e Michel Temer, vice--presidente. (LM)

O ex-vice governador de Alagoas e presidente do De-mocratas (DEM), José Tho-maz Nonô, avalia que para o DEM não haverá mudanças.

“Existem empresas ho-nestas, que decidem ser doa-doras. Não podemos pontuar as campanhas somente com aquelas que estiveram en-volvidas no esquema de cor-rupção. Quem não deve, não teme”, argumenta Nonô.

Na opinião de Nonô, as empresas envolvidas na Lava Jato não irão colocar dinheiro em 2016. “Por en-

quanto não estamos pensan-do nos custos da campanha, isso deve acontecer em mea-dos do próximo ano e isso vai variar de cenário para cenário. O primeiro passo é definir quem serão os nossos candidatos”, pontuou.

À reportagem da Tribu-na Independente, Nonô acredita piamente que as campanhas no próximo ano serão mais baratas, levando em consideração os envolvi-mentos das empresas em es-cândalos de corrupção desco-bertos pela Polícia Federal.

“Os partidos terão que trabalhar com recursos me-nores e isso é muito positivo. Sou favorável às campanhas com custos menores e gosta-ria que elas permanecessem a vida toda porque se fecha a torneira, o voto se torna mais legítimo”, destacou Nonô.

MILITÂNCIANo caso do PSOL, o presi-

dente do diretório de Maceió, Gerson Guimarães comen-tou que o partido é contra o financiamento privado por-que essa é uma forma de ne-

gociação, de barganha com os políticos brasileiros.

“Para o PSOL não existe qualquer mudança. Nós não aceitamos esse tipo de finan-ciamento e a nossa campa-nha é feita com militância e pouco dinheiro”, comentou.

Gerson diz ainda que as empresas envolvidas no es-quema devem continuar fa-zendo doações. “A Odebrecht sempre foi financiadora de campanha e isso não vai mu-dar. As doações continuarão acontecendo para os grandes partidos”, acredita. (L.M)

Campanhas perdem seus doadores financeirosLava Jato traz complicações aos partidos nas eleições do próximo ano

LUCIANA MARTINSREPÓRTER

Com as grandes empre-iteiras envolvidas na Operação Lavo Jato, a

campanha eleitoral de 2016 pode ser mais econômica, com custos menores. Os partidos políticos terão um desafio no próximo ano, que é se adequar a uma pos-sível redução no número de doadores. É provável que, as empreiteiras envolvi-das, fiquem menos expostas na próxima campanha ou até mesmo se quer partici-pem do processo eleitoral.

É bem verdade que os cus-tos para uma eleição muni-cipal é menor que estadual, no entanto, as estratégias de campanha se assemelham e partindo desse princípio, a campanha se apequena com poucos doadores. Para 2016, a perspectiva ainda é reti-cente, e justamente por isso, a reportagem da Tribuna Independente procurou algumas empresas que doa-ram para as campanhas no ano passado para saber se participariam das eleições em 2016, contudo elas se re-cusaram a tratar de um as-sunto tão importante.

Já os partidos políticos preferem não adiantar como será o planejamento para

CONTRIBUIÇÃOEmpreiteiras doaram para 28 partidos

A reforma políti-ca em discussão no Congresso também barateará as campanhas. Em 2014, para se ter ideia, 28 dos 32 partidos em atividade no Brasil receberam recur-sos de empreiteiras investigadas na Operação Lava Jato. No total,

também de acordo com os dados do TSE, políticos receberam R$ 277,2 milhões. Entre as doadoras está a construtora OAS, uma das que mais contribuiu com campanhas eleitorais. A discussão deve ganhar mais contornos após o recesso parlamentar.

CONDIÇÕESPRTB sai em defesa do financiamento públicoQuem também diz que não so-frerá interferência quanto à doa-ção de campanha é o presidente do diretório estadual do PRTB, Adeilson Bezerra. Ele falou que o partido nunca recebeu doação do fundo partidário. “Esse des-dobramento da Operação Lava Jato não nos atinge. O partido é a favor do financiamento público de campanha eleitoral no país.Esse sim nos daria uma disputa mais igualitária”, comentou o presidente do PRTB que tem se reunido com outros partidos visando o próximo ano.

Tempo perdido

Do jornalista Ricardo Noblat, em seu blog: “Como era previsível, deu em nada a reunião de Dilma com 26 governadores e um vice-governador – o do Mato Grosso do Sul. O governador de lá

tinha mais o que fazer e não foi à Brasília. Dilma pretendia engajar os governadores no esforço de evitar que o Congresso aprove a criação de novas despesas. Ou o que o governo prefere chamar de ‘pauta bomba’. Os governadores prometeram que o farão. Ocorre que eles não mandam nos deputados federais. Muito menos nos senadores. E assim... Ela imaginou atrair os governadores para a defesa do seu mandato, num claro repúdio a qualquer pretensão de tirá-la do poder antes da hora. A maioria deles driblou o assunto. Mais uma vez, Dilma atribuiu a crise econômica a fatores que escapam à responsabilidade do governo. E justificou-se: as promessas de campanha foram feitas em outro cenário econômico. Mentiu de novo, pois. Os governadores ouviram calados. Eles queriam um acordo sobre a reforma do ICMS. Foram embora sem conseguir. Daqui a uma semana, ninguém mais se lembrará da reunião. Uma semana? Estou sendo otimista. Em junho de 2013, surpreendida pelas multidões que foram às ruas protestar contra tudo e contra todos, Dilma reuniu os governadores para ouvi-la prometer a realização de cinco ‘pactos nacionais’. Um deles para combater a violência urbana. A promessa jamais foi cumprida.”

Número umGostem ou não dele, Renan Calheiros, presidente do Congresso Nacio-nal, continua o político mais requisitado de Alagoas. Tem demonstrado isso nos dias que consegue passar aqui no Estado. Normalmente ele é procurado, não procura as pessoas. No apartamento de Maceió, na sede do PMDB ou na casa da Barra de São Miguel, gente não falta.

Tchau...Ex-vereador e ex-deputado estadual, sempre com desempenho muito elogiado, o engenheiro Judson Cabral está a caminho do PDT. Peixe fora d’água no PT, principalmente depois de tantas falcatruas cometidas por membros do partido, sair passou a ser sua opção para a sobrevivência política. Em 2016 deverá concorrer a prefeito ou vereador.

AgendaA Prefeitura de Arapiraca está elaborando o Plano Municipal de Sanea-mento Básico e, por conta disso, realiza amanhã a terceira reunião com gestores e técnicos que cuidam do projeto. O encontro será no Centro Administrativo Antônio Rocha, 9 horas. Serão debatidos os serviços de saneamento básico e seus impactos nas condições de vida e no meio ambiente.

“Pátria Educadora”O Comando Local Unificado da UFAL, que reúne professores, servidores e estudantes, faz amanhã o “Ato em defesa da escola pública”, às 14 horas, em frente ao Hotel Jatiúca, onde ocorrerá reunião do Conselho Nacional de Educação, com presença do ministro Renato Janine Ribeiro. O grupo protestará contra o corte de R$ 10 bilhões para a Educação.

TesteA conselho do padrinho Lula, a presidente Dilma Rousseff vai fazer uma turnê pelo Nordeste, buscando recuperar os votos que, segundo inú-meras pesquisas, perdeu na região. Alagoas está no seu roteiro. Resta saber se alguns dos que costumavam bajulá-la, na época das vacas gordas, irão estar junto a ela, agora que a vaca está indo para o brejo.

PautaHabitual leitor desta “Conjuntura” chama atenção para um fato. É que Fernando Baiano, preso por ser um dos operadores do esquema de corrupção da Petrobras, e citado como de fortes ligações com o PMDB, é na verdade alagoano e nenhum órgão de imprensa aqui do Estado se interessou em apurar as suas ligações com os políticos conterrâneos.

DiferençaDo jornalista Carlos Chagas, no site “Diário do Poder”, sobre a participa-ção de Dilma Rousseff no programa do PT na TV, dia 6: “A pergunta que se faz é se alguma coisa vai mudar, mesmo se por hipótese duvidosa o pronunciamento presidencial for considerado bom ou ótimo pelo PT. Porque uma coisa é o Brasil televisivo, outra, o Brasil real.”

2016, alegando que ainda é muito cedo para tratar dos custos de campanhas. Os partidos maiores, a exemplo do PSDB, PMDB, PT talvez não tenham tantas dificul-dades, já as legendas me-nores como PSOL, PSTU, PRTB reconhecem seus pro-

blemas.Os ‘nanicos’ já têm recur-

sos escassos para campanha, e com uma possível redução das doações as condições de disputa pode se tornar ainda mais desigual como já acon-tece atualmente.

Tem ainda a reforma po-

lítica, debatida na Câmara dos Deputados, com uma proposta para que as doa-ções aconteçam diretamente aos partidos políticos e ele, internamente, faz a distri-buição aos candidatos para usarem durante as suas campanhas.

MACEIÓ - DOMINGO, 2 DE AGOSTO DE 2015 POLÍTICA 3 TRIBUNAINDEPENDENTE

* A 2ª Semana da Justiça pela Paz em Casa começa amanhã e segue até 6ª feira, 7, em todo o Estado. A campanha, uma iniciativa do STF, visa agilizar ações relativas à violência contra a mulher. Em Maceió, es-tão previstas 100 audiências, no prédio do curso de Direito do Cesmac.

* Permissionários do Sistema de Transporte Rodoviário Complementar Intermunicipal de Passageiros que estão em débito com a Arsal terão, a partir de amanhã, oportunidade de quitar suas dívidas, de forma parcela-da, pela campanha “Arsal Legal”. Contato: 0800 284-0429.

* De amanhã a 6ª feira, 7, a Escola Técnica de Artes da Ufal promove a “5ª Oficina Dalcroze de Pedagogia Musical – Cada som um movimen-to, cada movimento um som”. Sempre das 8 às 13 horas, no Espaço Cultural, com o professor Iramar Rodrigues, do Instituto Dalcroze, de Genebra.

* A Secretaria de Estado do Planejamento, Gestão e Patrimônio recebe até amanhã inscrições para a terceira edição de simpósio sobre as geotecnologias e geoinformação no Estado de Alagoas, a ocorrer em setembro. Infomações: geoalagoas.dados.al.gov.br. A taxa de inscrição é de R$ 30,00.

* O Campus Maceió do Instituto Federal de Alagoas oferece, de amanhã a 6ª feira, 7, oportunidade de qualificação para artesãos ou iniciantes na prática artesanal, com o curso técnico integrado ao ensino médio em Artesanato. A inscrição é gratuita. Contato www.ifal.edu.br / 3194.1199.

* Termina hoje a etapa Pro Evolution Soccer 2015 do Campeonato Alagoano Maceió Shopping de Futebol Digital. A etapa FIFA 2015 irá acontecer nos dias 07, 08 e 09. Na primeira modalidade, o vencedor estará garantido na fase nacional do campeonato, que vai ser realizada em Brasília.

* O ASA volta hoje a atuar em Arapiraca, pelo Campeonato Brasileiro da Série C. Vai enfrentar o Confiança, de Aracaju, a partir das 19 horas, buscando a reabilitação a derrota de 3x0 para o Vila Nova, em Goiânia. O time alagoano continua bem cotado para voltar à Série B.

FLAVIO GOMES DE BARROS - [email protected]

Conjuntura

Não podemos, como representan-tes eleitos da população, correr o risco de trabalhar pautados por quem não tem condições éticas de exercer sua função”JARBAS VASCONCELOSDeputado federal do PMDB/PE, sobre Eduardo Cunha, presidente da Câmara

Impacto será sentidofortemente na capitalSiglas vão precisar de cautela para investir valores menores em 2016

DISCUSSÃOMudanças no texto serão analisadasA votação em segundo turno da PEC da reforma política já começou em julho e o Plenário decidiu manter o mandato de quatro anos para presidente, governadores, prefeitos, verea-dores e deputados, assim como o de oito anos para senadores. Neste cenário, Cunha decidirá questão de ordem do depu-tado Leonardo Picciani. Ele considera que a tentativa de mudar o texto no segundo turno não pode ser aceita porque vai deixar a PEC com um texto rejeitado em primeiro turno.

PAUTACâmara retoma suas votações esta semanaNa primeira semana de agosto, o segundo turno das PEC da maioridade penal, defendida por Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e da reforma política são os des-taques do Plenário da Câmara dos Deputados no retorno do recesso, cuja pauta também traz o projeto de lei de corre-ção do FGTS pela poupança e quatro prestações de contas da Presidência da República. As sessões ordinárias têm a pauta trancada por dois projetos do Executivo sobre combate ao terrorismo e seu financiamento.

A tal pauta bomba

Após quinze dias de recesso parlamentar, a Câmara dos Deputa-dos retoma suas atividades nesta semana, iniciando a discussão sobre temas polêmicos, assuntos que ganharam o apelido de

pauta bomba. Alguns deles inclusive estão trancando a pauta, ou seja, estão com a urgência constitucional vencida, enquanto que outros divi-dem a população e consequentemente a própria opinião dos parlamen-tares. A redução da maioridade penal de 18 para 16 anos, a correção do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), a reforma política e até a remuneração de advogados públicos. Já nesta terça começa a apreciação serácomeça a vtação pela qualificação feira entram em começa a votação o projeto do Executivo que trata das organizações terroristas e da adequação da legislação aos tratados assinados pelo Brasil. Também entra em votação a mudança da correção dos depósitos do FGTS. Vem por aí ainda a apreciação, em segundo turno, das pro-postas de emenda á Constituição como a redução da maioridade penal, e da reforma política. O presidente da Câmara Eduardo Cunha também determinou que sejam votados os decretos legislativos de apreciação das contas de governos, que já têm a aprovação da Comissão Mista de Orçamento. O primeiro deles é sobre as contas do governo Itamar Franco (29 de setembro a 31 de Dezembro de 1992). Os deputados também vão votar o decreto que propõe a aprovação das contas do go-verno Fernando Henrique Cardoso de 2002, e os decretos que também sugerem a aprovação das contas do governo Luiz Inácio Lula da Silva nos anos de 2006 e 2008.

Comitê contra secaEmpossado na última sexta feira, o Comitê Integrado de Combate à Seca é formado por componentes de todos os orgãos envolvidos no processo de enfrentamento e convivência com a seca. De acordo com o Secretário do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Alexandre Ayres, “a instalação do Comitê é importante para o Governo dar continuidade ao planejamento das ações que serão postas em prática no inicio do próximo ano” afirmou. Ayres, que também integra o Comitê defende uma ação mais efetiva em benefício da

população sertaneja atingida pela estiagem.

Extermínio de gatosO governo da Austrália pretende exterminar mais de dois milhões de ga-tos até 2020. A ação faz parte de um projeto de preservação de algumas vidas selvagens ainda existentes no país. Isso porque das 29 espécies de mamíferos que desapareceram do país nos últimos dois séculos, 28 sumiram por causa dos gatos. O governo chegou a criar uma comissão destinada a proteger as demais espécies ameaçadas, que chegam a 120 e correm o risco de extinção também por causa dos gatos. “É importante salientar que o governo australiano não odeia os gatos, mas não pode tolerar o mal que estão fazendo para parte da vida selvagem ainda existente no país” disse uma autoridade do governo.

Extermínio de gatos 2Estimativas mostram que existem cerca de 20 milhões de gatos no país, e que todos os dias eles matam nada mais de 75 milhões de animais silvestres. O extermínio dos gatos seria a forma encontrada pelas autori-dades governamentais para evitar a perda completa de outras espécies. O crescimento da população de gatos não assusta apenas os australia-nos. Nos Estados Unidos, na Inglaterra e na Alemanha a preocupação também é recorrente. Andando em bandos os gatos são nocivos até para animais de médio porte, como coelhos e esquilos. Por isso, serão eliminados e terão seu crescimento completamente controlado a partir de então.

Problemas circulatóriosA Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular esta lançando uma campanha nacional de orientação à população sobre os males causados à circulação pelo hábito de ficar sentado por longos períodos. Pessoas que permanecem sentados em viagens de avião, ônibus, carro e até mesmo em locais de trabalho, estão mais propensas a enfrenta-rem o problema. O Dia do Cirurgião Vascular é comemorado em 14 de Agosto. “A posição sentada não é anatômica para o ser humano. Ana-tômico é caminhar ou deitar. O sentar é uma imposição da sociedade e da evolução do ser humano” explica o presidente da Sociedade, Pedro Paulo Komlós.

Problemas circulatórios 2O alerta é dado para a posição em situações específicas quando a pessoa pouco ou nada se movimenta, ingere pouco líquido e a tendên-cia é o inchamento das pernas. “Depois de ficar muito tempo na mesma posição, sem movimentar as pernas, com os joelhos dobrados, sem cruzá-las por falta de espaço, a pessoa tem dificuldade de retorno do sangue nas veias, dos pés ao coração” diz o presidente da entidade. A partir daí pode acontecer trombose, embolia no pulmão e que eventual-mente podem ser fatais. Mas os problemas podem ser evitados com um check-up vascular que vai ser divulgado pela Sociedade como parte da campanha.

Problemas circulatórios 3Ainda de acordo com as recomendações do presidente Pedro Paulo, para viagens com duração acima de oito horas, o uso da meia elástica de média compressão ajuda muito a prevenir inchaço e dores, além de prevenir a trombose. Segundo ele, quando existe preocupação ou conhecimento de enfermidade prévia na família, a indicação é que a pessoa procure um angiologista ou um cirurgião cardiovascular. Existem ainda alguns medicamentos como flebotômicos (para estimular o funcio-namento das veias) e até anticoagulante oral simples, de curta duração. Claro que os medicamentos devem ser prescritos por especialistas. Caminhas de tempos em tempos também é recomendável.

• As japonesas lideram pelo terceiro ano consecutivo o ranking mundial de expectativa de vida, de acordo com dados divulgados na última quin-ta feira (30) pelo Ministério da Saúde do Japão.

• As mulheres do Japão vivem em média 86,83 anos. Em segundo lugar aparecem as espanholas com 85,6 anos e em terceiro as francesas com 85,4 anos de vida.

• Entre os homens os japoneses estão na terceira posição com uma expectativa de vida de 80,5 anos. Eles ficam atrás dos moradores de Hong Kong (81,7) e dos islandeses (80,8).

• Ainda de acordo com os dados oficiais, as japonesas bateram o recorde do país superando dados de 2014 em 0,22 anos, e de 2013, em 0,29.

• O Japão tem ainda o recorde de pessoas centenárias no mundo com mais de 59 mil pessoas acima dos 100 anos de idade, sendo que 87% delas são mulheres.

• O governo japonês assinala que esta longevidade é alcançada graças aos progressos tecnológicos da medicina para combater doenças como o câncer, cardíacas e pulmonares, e pela maior atenção à saúde e às atividades físicas.

• As mulheres brasileiras vivem em média 78,6 anos, e os homens 71,3 anos.

BARTOLOMEU DRESCH [email protected]

MACEIÓ - DOMINGO, 2 DE AGOSTO DE 2015POLÍTICA4 TRIBUNAINDEPENDENTE

SANDRO LIMA

Luciana Santana cita também a crise econômica como fator preponderante para as campanhas

FINANÇAS

“Legendas vão captar o que puder”, analisa economista

ARRECADAÇÃO

Em outros estados, candidatos estão amedrontados

No aspecto da análise econômica sobre as campa-nhas e seus impasses em de-corrência da operação Lava Jato, o economista Thiago Cavalcanti não acredita que a operação Lava Jato in-fluencie significativamente a forma de fazer campanha no país.

“A maioria da população não percebe que a relação entre empresas e campanhas eleitorais pode causar danos institucionais como os apre-sentados pela operação Lava Jato e então, a possibilidade

de ela influenciar a forma de fazer campanha no país seja quase nula”, acredita o eco-nomista.

Para ele, as empresas lis-tadas na operação ficarão em evidência no próximo plei-to, mas isso não quer dizer que as doações diminuam. “Acredito que os candidatos, principalmente, majoritários tenham mais rigor com as finanças de campanha nas prestações de contas, mas permaneçam capitando a quantidade de recursos que puderem captar”, argumenta

o economista.No que diz respeito à re-

forma política, Thiago pensa que se aprovada pela Câma-ra ela institucionaliza o fi-nanciamento empresarial de campanha que é um grave problema do nosso sistema eleitoral. “A reforma apro-vada trata de tempo em TV, reeleição, período de cam-panha, mas não contemplou satisfatoriamente um dos problema centrais: o finan-ciamento”, destacou.

O economista explica que as campanhas poderão ficar

levemente mais baratas em função do teto de 20 milhões que a “reforma eleitoral” fi-xou, pois antes poderiam ser doados até 2% do faturamen-to da empresa como hoje, mas o montante correspondente não estava fixado como ago-ra. “Acredito que a reforma eleitoral trará dificuldades para partidos pequenos, uma vez que existirão restrições à presença em debates na TV, tempo de propaganda, coli-gações etc. Acho que isso tem que ser melhor verificado mais à frente”, alertou.

Em nível nacional, a prisão de empreiteiros en-volvidos no esquema de corrupção da Petrobras já está afetando a dinâmica das eleições municipais de 2016 no Rio. As empresas, que estão entre maiores fi-nanciadores de campanhas eleitorais do Brasil, irão re-duzir os investimentos na

divulgação de políticos no ano que vem.

Há a suspeita, ainda, de que muitas empresas não farão doações com medo de serem relacionadas aos des-vios. Além disso, diretórios municipais têm enfrentado problemas para fechar as listas de candidatos a ve-readores: a provável falta de

verbas está amedrontando quem quer iniciar carreira política.

Os partidos só podem co-meçar a arrecadar dinheiro para as campanhas no ano que vem. Até lá, tentam so-breviver com o fundo parti-dário, dinheiro repassado para as legendas pelo Tri-bunal Superior Eleitoral

(TSE). Neste ano, o repasse su-

pera os R$ 100 milhões, e é dividido entre os diretórios nacionais de acordo com os tamanhos das bancadas fe-derais. Depois, cada dire-tório repassa quantia aos estados. O valor, segundo os dirigentes estaduais, é pequeno demais.

LUCIANA MARTINSREPÓRTER

O embaraço vivido pelos partidos pora causa da operação Lava Jato,

culminando com a prisão dos presidentes das maiores em-preiteiras do país, de fato, traz sérias complicações para os partidos que bus-cam se manter em seus pos-tos a cada eleição, seja ela municipal ou geral. Neste contexto, a cientista política Luciana Santana, diz que o peso das grandes empresas são sentidos das campanhas, que geralmente são robus-tas e com custos elevados.

Santana ressalta que o impacto com as reduções das doações poderá ser sentido, principalmente, nas campa-nhas políticas desenvolvidas nas capitais. Nesse caso, te-remos um número menor de empresas investindo valores menores nas campanhas. O processo contra responsáveis ou de pessoas com grande po-der de influência em empre-sas envolvidas na Lava jato ainda está em curso, mas o envolvimento em si já passa a causar maior prudência e cautela na decisão de finan-ciar”, analisa a cientista po-lítica.

Em sua concepção, pode sim ocorrer uma redução no investimento das campa-nhas em 2016, primeiro por causa da crise econômica, segundo por causa dos cons-trangimentos, considerados

positivos, que a operação Lava jato está causando, e por fim, por ser uma eleição municipal.

SEM HOLOFOTESQuanto uma possível in-

fluência negativa destas em-presas na imagem dos can-didatos, a cientista política assegura que os candidatos e seus partidos querem vencer as eleições.

“Se não houver falcatruas ou superfaturamentos, não

há motivos para deixarem de aceitar. Dificilmente os doadores aparecem nas cam-panhas de forma explícita. O peso é na prestação de contas”, explica a cientista política em entrevista à re-portagem da Tribuna Inde-pendente.

As eleições de 2016 não devem sofrer mudanças bruscas, quando o assunto é financiamento de campanha. Para Luciana Santana, exis-

te a necessidade de aguar-dar os deputados federais aprovarem a reforma políti-ca ainda em tramitação em Brasília.

“O que for aprovado so-bre reforma no Congresso só começará a valer depois de 2018. Não acredito em cam-panhas mais baratas, ao contrário, a competividade torna-se mais equilibrada e justa sem corrupção”, asse-verou.

ATENDIMENTO

Mais de mil pessoas avaliaram o questionário aplicado em junho

No total, 1.549 pessoas responderam ao questioná-rio e 90% desse montante opinou que, no geral, o aten-dimento nas Centrais é ‘Óti-mo’ e ‘Bom’. Na central Já! localizada no Maceió Shop-ping, por exemplo, a pesqui-sa apontou um bom desem-penho no nível de satisfação dos clientes com relação ao atendimento em geral, in-cluindo o atendimento da recepção e dos órgãos procu-rados, com índice de 67% e 65%, respectivamente.

Os dados também re-velam que a facilidade de

acesso ao local aponta um índice superior a 80% de sa-tisfação. Horário de funcio-namento apresenta índice de 57% (ótimo) de satisfa-ção dos usuários e 46% dos entrevistados apontaram a climatização do ambiente como “Bom”.

Já em Arapiraca, região agreste de Alagoas, o item ‘Atendimento’ foi avaliado como bom por 57% dos en-trevistados e 47% definiu como ótimo o atendimento da recepção. Em relação ao horário de funcionamento 65% dos entrevistados con-

sideram o período “Bom”.Para o secretário de Pla-

nejamento e Gestão, Chris-tian Teixeira, apesar dos bons resultados, ainda é necessário que haja inves-timento no atendimento ao cidadão alagoano.

“A prestação do servi-ço público é uma das mais importantes atividades de uma comunidade, de uma sociedade ou de uma nação. Nenhum país, estado ou mu-nicípio funciona sem que a população seja atendida de forma satisfatória”, decla-rou o secretário.

MACEIÓ - DOMINGO, 2 DE AGOSTO DE 2015SS POLÍTICA 5 TRIBUNAINDEPENDENTE

Centrais Já! recebem boa avaliaçãoServiços oferecidos nas centrais do estado foram analisados pela população que necessita dos atendimentos

O cidadão alagoano quer um atendimen-to proporcionado

pelo Estado que funcione, e para que isso aconteça é necessário que levanta-mentos e estudos sejam realizados sistematica-mente pela administração pública local. Pensando nisso, a Secretaria de Es-tado do Planejamento, Gestão e Patrimônio (Se-plag), por meio da Superin-tendência de Atendimento ao Cidadão, realizou uma pesquisa de satisfação nas centrais Já!, com o intuito de medir o grau de sat-isfação de seus usuários.

Executado no início de junho, o levantamento ava-liou questões ligadas aos aspectos da qualidade do atendimento, assim como o tempo de espera, o horário de funcionamento, os ser-viços auxiliares ofertados pelas centrais, o conforto do ambiente, a facilidade de acesso e o perfil de cada usuário.

Segundo o superinten-dente de Atendimento ao Cidadão, Luciano Modesto, para aferir a qualidade do serviço, foi indispensável ouvir os usuários das cen-trais, já que eles poderiam identificar e fornecer infor-mações mais precisas para o estudo.

“A pesquisa possibilita o conhecimento e manuten-ção dos acertos e correção dos desvios e entra como uma das principais ferra-mentas de aferição da qua-lidade do serviço prestado

nas Centrais Já!. Além dis-so, sabemos que em função da quantidade de atendi-mentos e pelo número de pessoas que diariamente procuram os locais, é neces-sário que haja um trabalho de monitoramento contí-nuo”, explicou Luciano, ao comentar a atual situação de funcionamento do Já!.

Com uma amostra de usuários determinada de forma aleatória, a pesquisa teve como entrevistados os usuários que utilizaram os serviços nos dias de apli-cação dos questionários. O levantamento trouxe ele-mentos importantes que poderão subsidiar a Supe-rintendência de Atendi-mento, em ações voltadas para a melhoria do acesso e qualidade do atendimento prestado.

“Além de medir o grau de satisfação, percebemos que a busca pela excelência é algo que devemos traba-lhar em todos os momentos. A pesquisa também serviu para avaliar o desempenho do atendimento no aspec-to geral; o desempenho do atendimento de cada ór-gão do Já; conhecer o perfil dos usuários; conhecer as causas da insatisfação do usuário identificando opor-tunidade de melhorias; e, claro, prover a superinten-dência de informações e da-dos estatísticos sobre o que a população recebe”, ressal-tou a diretora de Gestão da Qualidade e responsável pelo relatório final, Cristina Guimarães.

ASSESSORIA

Já! que está localizado em um shopping da capital recebeu boa avaliação por parte da população

ESTIAGEM

Comitê está apto a atuar em Alagoas

Ainda vivenciando os problemas da seca e com o bjetivo de amenizá-los, o governador Renan Filho empossou os novos mem-bros do Comitê Integrado de Combate à Seca. Juntos, os representantes de 12 enti-dades devem atuar por um melhor convívio do sertanejo com a estiagem.

O governador de Alagoas repassou diretrizes ao gru-po. “Nós temos muito tra-balho a ser feito. Como pri-meira ação desse conselho é importante que seja feito, num prazo de 30 dias, um diagnóstico de quais são as ações e o impacto na minora-ção dos efeitos da seca até o final do ano e o início do pró-ximo”, definiu Renan Filho.

Apesar das dificuldades, ele mostrou-se otimista. “Temos agora recursos do governo federal e do Fecoep para diminuir os efeitos da seca. Precisamos sociali-zar as ações desse comitê. Façam o trabalho de forma integrada”, orientou Renan Filho.

O comitê será presidido pelo coordenador da Defesa Civil de Alagoas, major Moi-sés Pereira de Melo. “A De-fesa Civil estava sem poder ocupar o seu devido espaço. Hoje, conseguimos avançar com R$ 1,5 milhão que foi disponibilizado pelo Fecoep [Fundo Estadual de Comba-te e Erradicação da Pobre-za], estamos entregando 300 milhões de litros de água po-tável para os nossos irmãos sertanejos”, declarou. Em breve, serão liberados tam-bém R$ 20 milhões, concedi-dos pelo governo federal. De acordo com o major Moisés Pereira de Melo, desse valor, R$ 10 milhões serão para a operação carro-pipa.

Opinião

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RENAN CALHEIROS

OLÍVIA DE CÁSSIA

JOÃO LYRA

Presidente do Congresso Nacional

Jornalista

Empresário

MACEIÓ - DOMINGO, 2 DE AGOSTO DE 2015OPINIAO6 TRIBUNAINDEPENDENTE

Mercado de gamesUma pesquisa divulgada pelo insti-

tuto Newzoo coloca o Brasil como o 11º mercado de games do mundo

em termos de faturamento. O estudo diz que o país tem faturamento anual de US$ 1,285 bilhão, liderando o segmento na América Latina.

A pesquisa aponta que os Estados Uni-dos são o maior mercado do mundo, com faturamento de US$ 21,2 bilhões. Em se-guida vem a China, com US$ 18 milhões, e o Japão, com US$ 12 milhões. Completam o top 10 Coreia do Sul (US$ 3,8 bi), Ale-manha (US$ 3,5 bi), Reino Unido (US$ 3,4 bi), França (US$ 2,6 bi), Canadá (US$ 1,7 bi), Espanha (US$ 1,48 bi) e Itália (US$ 1,44 bi).

Entre os países latinoamericanos, o Mé-xico vem atrás do Brasil, em 14º lugar, com faturamento anual de US$ 997 mi-lhões. A Argentina é o 22º maior mercado do mundo, com US$ 275 milhões por ano, e a Colômbia é o 33º, com US$ 194 milhões.portantes comparados com 66% daqueles que colocaram seus animais de estimação

em um status mais alto. Em relação a tablets e MP3 players, a

maioria dos usuários não os definem como prioridade. Apenas 22% deles consideram um tablet importante.

O mercado europeu também se mostra uma das fontes mais lucrativas da indús-tria de games, com cinco países - Alema-nha, Reino Unido, França, Espanha e Itália - ficando entre os dez mais rentá-veis, faturando juntos cerca de US$ 12,7 bilhões.

As conclusões do estudo foram feitas ao juntar dados de pesquisa de mercado, transações, relatórios financeiros de em-presas, além de estimativas da própria NewZoo.

Embora não tenha dado maiores deta-lhes sobre os países, em 2013 a empresa criou um infográfico sobre o mercado bra-sileiro, indicando que há cerca de 48,8 mi-lhões de jogadores no país.

Deste público, cerca de 45,2% se dedica-va a jogos casuais, 33,7% jogava em conso-les, e 33,6% em PC ou Mac.

Na reabertura do Congresso Nacional, no segundo semestre, os parlamentares devem seguir na consolidação da agenda do Pacto Federativo e na concreti-zação da Reforma Política. Na esfera político-partidária, é im-perioso acabar com a zona cin-zenta entre o privado e o públi-co. No primeiro semestre, tanto a Câmara dos Deputados quan-to o Senado Federal deram pas-sos importantes neste sentido.

O esforço concentrado do Senado possibilitou a votação de temas polêmicos em menos de 45 dias. Um dos itens apro-vados foi o projeto que prevê a mudança nas regras das elei-ções proporcionais. Os partidos que não alcançarem o quociente eleitoral, não podem concorrer à sobra de vagas. A inovação acaba com a transferência de votos, que já conferiu mandatos a candidatos com menos de 300 votos.

Aprovamos ainda a propos-ta que altera o acesso ao Fun-

do Partidário e determina que somente terão direito aos re-cursos as legendas com diretó-rios permanentes em 10% dos municípios, distribuídos em 14 estados, até 2018. Em 2015, os recursos do Fundo Partidário, constituídos basicamente por verbas da União, alcançaram R$ 811 milhões. A novidade equivale a uma cláusula de de-sempenho.

Entre os aprovados está tam-bém o projeto que trata das punições aos agentes públicos nos casos de enriquecimento ilícito no exercício de suas fun-ções ou de mandato eletivo. As autoridades administrativas ou judiciais poderão determinar o afastamento do servidor público se a medida for necessária. Nos casos de agentes públicos elei-tos, esse afastamento só poderá ocorrer se for determinado por órgão colegiado, como um tribu-nal, por exemplo.

Outra evolução foi a fixação da quarentena para magistra-

dos e promotores que decidirem se candidatar a cargos eletivos. Com as regras aprovadas, ma-gistrados e membros do Minis-tério Público só poderão concor-rer às eleições depois de dois anos de afastamento dos cargos.

Igualmente relevante foi a criação de federações de parti-dos políticos. Pela nova regra, dois ou mais partidos poderão reunir-se em federação que, após o registro perante o Tribu-nal Superior Eleitoral, atuará como se fosse uma única agre-miação partidária.

É relevante salientar que o esforço empreendido pelo Se-nado Federal é coincidente com o empenho apresentado pelos deputados, que também avan-çaram bastante na perspectiva de conferir ao País um sistema eleitoral, político e partidário moderno, representativo, efi-ciente e imune ao poder econô-mico. Isso mostra que a menor distância entre dois pontos é a vontade de fazer.

O jornal londrino “Financial Times” publicou editorial sob o título “Recessão e suborno: a crescente podridão do Brasil”, com dilacerantes comentários sobre a atual situação da eco-nomia brasileira e suas reper-cussões políticas e sociais.

Uma das primeiras apostas de Hollywood para levar mais gente aos cinemas foi a explo-ração de um truque psicológico extremamente simples: o pa-vor.

Há mais de um século, tal como antes na literatura, as pessoas eram atraídas pelo que deveriam abominar e graças a esta contradição, surgiram os Frankensteins, os Dráculas, médicos loucos, fantasmas, al-mas, lobisomens, monstros im-portados do passado, do fundo do mar, do espaço, do futuro.

“Incompetência, arrogância e corrupção tiraram do Brasil seu encanto mágico, não sendo de admirar que o país hoje seja comparado a um infindável fil-me de horror”, afirma o FT.

Que o governo reagisse no es-tilo inglês – glacialmente – era o esperado. Designado para responder às referências gros-seiras do periódico, o ministro da Defesa Jacques Wagner contestou com o argumento: “não assistimos a um filme de horror, mas de superação”.

As repercussões na mídia não vieram na mesma propor-ção que teve o editorial.

O que foi uma pena, talvez porque ninguém se arriscou a aprofundar ainda mais uma crise tão disseminada e amea-çadora, cujos efeitos já expõem dramas de “cortar o coração”.

Outra hipótese: para “deto-nar o governo enfraquecido” não se necessita importar crô-nicas negativas.

Ao associar de forma direta, impiedosa, o fenômeno macro-econômico da recessão à esfera criminal, onde se encaixa o su-borno, o “FT” escancara a natu-reza da nossa desgraça.

Para não deixar dúvidas quanto à gravidade do que está sendo investigado, adicio-na dois penosos ingredientes raramente utilizados nas ava-liações sobre o que aconteceu na Petrobrás: incompetência e arrogância.

Para coroar o diagnóstico, o arrasador substantivo – po-dridão – que nos remete a Shakespeare e ao inconforma-do Hamlet, ao reconhecer que “há algo de podre no reino da Dinamarca”.

Na injusta metáfora, o poeta inglês não se referia apenas ao casal regicida (mãe e padrasto de Hamlet), mas à sociedade desmoralizada, corrompida, desprovida de senso moral, que permitiu a consumação e a ocultação do crime.

Assim, entre nós, a matéria do “FT” foi tratada sem exage-ro, tanto quanto a resposta do

ministro Jacques Wagner, con-tudo suficiente para constran-ger ainda mais o governo.

A princípio, pode-se imagi-nar que essa atitude seria uma espécie de dó da imprensa aos malfadados dias que envolvem a presidenta Dilma Rousseff. Nada disso. A matéria ficará guardada no arsenal de fatos para utilização em momento mais oportuno.

Verdadeira bomba arrasa-quarteirão espalha estilhaços, fere a todos que, mesmo de lon-ge, percebem o enredo.

O interminável filme de hor-ror bradado pelo jornal londri-no, do qual somos personagens e espectadores, ao contrário do que apregoam os mestres no gênero, parece condenado ao insucesso.

Ninguém faz questão de vê-lo, o desfecho pode demo-rar mais um pouco. Nossas plateias são impacientes, se resignam às longas e artificio-sas telenovelas, mas quando se trata de crises exigem soluções imediatas, no atual mandato, esquecendo que as crises das décadas 80 e 90 somente tive-ram fim no início do século se-guinte.

O que acontece com o Brasil não é filme de horror, coisa ne-nhuma. É, sim, a história.

Tanto é que no mesmo dia do editorial, o “FT” foi vendido a um grupo japonês por US$ 4,3 bilhões.

Não vim para agradar e nem para confundir. Em tempo de ebulição política e de ideias, é bom a gente procurar conhecer o desconhecido: se acercar do maior número de informação, de um lado e de outro, e depois formalizar sua opinião sobre essa ou aquela questão, sem ofensas pessoais. É assim que tenho feito.

Desde muito cedo aprendi a ter um lado: o do oprimido e não o do opressor. Aprendi com seu João Jonas, meu pai, um homem religioso e de fé. Sempre tive a rebeldia na veia e o inconformismo com as de-sigualdades e algumas imposi-ções, mesmo aquelas que eram passadas pelos meus pais, con-fesso.

Apanhei muito por ser as-sim, fosse de fato ou pelas con-sequências da vida, e defender ideais que estavam mais para libertários e de esquerda; um tanto quanto limitados na épo-ca e sem concatenação de hori-zontes.

Era tudo muito misturado, mas com as melhores das in-tenções na minha cabeça. Por qual motivo eu teria que acei-tar a ideia de que pessoas que nascem com cor mais forte que

a minha seriam inferiores, como tentaram colocar na mi-nha cabeça desde pequena, in-clusive na família?

Por que pessoas que não ti-veram as mesmas oportunida-des de estudos e de vida que eu, por acaso seriam inferiores a mim? Por que muita gente ia para igreja quando eu era jovem e rebelde ao extremo, iam para a casa de Deus olhar a vida dos outros, inclusive a minha, ao invés de irem ter en-contro com o Senhor ?

E comecei a fazer diversas interrogações diante daquilo tudo que eu via e presenciava: adultos que diziam palavras de fé e confiança, que proferiam uma coisa e que na prática se comportavam como pessoas mexeriqueiras e que falavam tão mal da vida alheia, diga-se também da minha, sem procu-rar ajudar ou entender os mo-tivos de tais comportamentos ?

Por que atualmente as pes-soas continuam, em pleno sé-culo XXI, não respeitando o modo de vida do outro e nem a maneira de pensar? Por que tanta hipocrisia na sociedade, se o que importa na vida é a gente mostrar o que realmente é; sem se importar com a opi-

nião do outro?Por que muita gente ao invés

de praticar o bem, ‘sem olhar a quem’ e procurar fazer o que tem que ser feito, se põe a falar mal de quem se propõe a fazer algo que preste para os menos favorecidos?

Por que muitas pessoas que não precisaram se esforçar para ter nada na vida, se inco-modam tanto com o que é feito pelos menos aquinhoados? Por que incomoda tanto ver pobre comendo melhor e frequen-tar universidade, quando na minha época de estudante do ensino médio a gente só tinha duas opções em Alagoas?

Por que antes de falar mal de tal programa de governo ou de políticas públicas e sociais as pessoas não procuram primei-ro ler do que se trata, mas pre-fere ‘emprenhar’ pelos ouvidos e falar abobrinhas em público e nas redes sociais?

Diante de um quadro não muito favorável, muita gente torce pelo pior, pelo desastre social e econômico, para poder tirar proveito político disso. Abomino essa prática que tem se alastrado tanto de um lado quanto do outro. Fica a refle-xão.

A hora da virada

Filme de terror ou superação?

Nem para agradar

INDEPENDENTE

Uma pesquisa da Data-folha revelou que 62% dos moradores de ci-

dades com mais de 100 mil habitantes no Brasil têm medo de sofrer agressão da Polícia Militar (PM). O levantamento feito no dia 28 do mês passado, e divulgado na sexta-feira ( 31), também apontou que o temor é maior entre jovens, pobres, autodeclarados pretos e mo-radores da região Nordeste.

Por meio de sua assessoria de comunicação, a Secretária de Segurança Pública (SSP--BA) informou que não costuma comentar pesquisas por não co-nhecer a metodologia aplicada.

Em 2012, o mesmo estudo, também encomendado pelo Fó-rum Brasileiro de Segurança Pública, indicou que 48% dos

7 TRIBUNAINDEPENDENTE POLÍTICAMACEIÓ - DOMINGO, 2 DE AGOSTO DE 2015

PABLO MARTINS

Policial militar é flagradfo agredindo uma adolescente que segurava um cartaz sozinha no protesto realizado no Rio de Janeiro

JOVENSChacina é o tipo de crime que assusta

REAÇÃOPesquisador diz que PM não é culpada

Na Bahia, casos de denún-cias de policiais militares envolvidos em homicídios e agressões chamaram a aten-ção da mídia este ano. Um exemplo é o caso dos nove po-liciais militares da Rondesp Central envolvidos na morte de 12 jovens no mês de feve-reiro, na Vila Moisés, locali-dade do bairro do Cabula, em Salvador.

O desfecho deste caso foi no último dia 24 do mês passado, quando eles foram absolvidos da acusação. O Ministério Público da Bahia (MP), no entanto, acusa os policiais de crime de execução, mas esta linha não foi aceita pela Jus-tiça. Ainda cabe recurso.

Em julho, outros três ca-sos foram destaques. Um de-les é do PM afastado Jorge Antônio Gomes dos Santos, suspeito de ter matado Fábio Luiz dos Santos Carmo, 33, após uma discussão em uma pizzaria no bairro da Ribeira. Jorge já responde por outro homicídio..

O tenente PM Daniel Lei-te dos Santos, 37, preso em flagrante, é outro policial acusado de homicídio. San-tos teria matado o pedreiro Antônio Carlos Costa Alcân-tara, 42 anos. O pedreiro foi morto com um tiro nas costas quando tentava socorrer o amigo Francisco Portela, que recebeu um soco no rosto e um tiro de raspão na cabeça deferidos pelo tenente. Outra pessoa também foi ferida na ação. O crime aconteceu du-rante uma festa na lavagem na Estrada de Pirajá.

No interior da Bahia, dois PMs foram presos em fla-grante acusados de estuprar uma adolescente grávida em São Sebastião do Passé.

Ele ainda ressalta que há um desprezo pela vida e que estão aumentando os núme-ros de mortes em confrontos com a polícia.

“São mortes em operação de guerra, só o governo não diz isso. O normal seria a polícia investigar, prender, a pessoa ser julgada e ficar presa. Hoje, é exceção quan-do a pessoa é capturada sem ser morta”, diz.

Para o estudioso, a situa-ção não é culpa dos policiais. Eles são vítimas de um sis-tema que paga pouco e os força a fazerem bicos para incrementar o salário. Com isso, vão trabalhar já tensos. Além disso, ele destaca que os policiais envolvidos em ti-roteios, alguns com mortes, não são afastados nem pas-sam por tratamento, como acontece nos Estados Uni-dos.

“Não causa uma interroga-ção saber o motivo pelo qual os policiais estão matando o vizinho, matando o cachor-ro? Eu posso responder: os policiais estão verdadeira-mente abandonados. Em qualquer lugar civilizado, o policial envolvido em tiro-teio é afastado e tratado por psicólogo para que continue sendo um ser humano nor-mal”, afirma.

Gomes completa, no en-tanto, que “no Brasil, não.

A cultura aqui é que o po-licial macho saca a arma, dá tiro e depois vai tomar cerveja. Isso acaba criando uma neurose, porque não é natural viver sob ameaça de morte e matar alguém. O policial acaba perdendo o controle”.

Medo da Polícia Militar atinge 62% da populaçãoPesquisa do Datafolha aponta que maioria dos brasileiros teme agressão

entrevistados relataram ter o mesmo medo.

Na ocasião, eles ouviram mo-radores de cidades com 15 mil habitantes ou mais.

A pesquisa atual conversou com 1.307 pessoas de 84 mu-nicípios em todas as regiões do país. A margem de erro é de três pontos percentuais.

O medo de policiais militares não é exclusivo, já que o estu-do mostra que 53% dos partici-pantes também temem sofrer violência oriunda de agentes da Polícia Civil.

Outro dado alarmante é que 81% dos entrevistados disse-ram que podem ser assassina-dos. Deste total, 49% afirmam que isso pode acontecer já no próximo ano. A pesquisa tam-bém revelou que 52% da po-

pulação têm algum parente ou conhecido que foi vítima de ho-micídio.

SUBDIMENSIONADOPara coordenador do Obser-

vatório de Segurança Pública da Bahia, Carlos Costa Gomes, esses dados ainda são subdi-mensionados. “Acho que os números ainda estão abaixo da realidade. É ainda maior. Não estou dizendo simplesmente que a polícia é um ‘bicho papão’, mas que está sendo mal geren-ciada. As políticas nacionais e estaduais de segurança pública levam a isso”.

Para Gomes, que também é pesquisador da Unifacs, o pro-blema de insegurança é inicial-mente uma questão nacional. “A raiz da insegurança nos grandes centros é a presença

de drogas e armas que não são produzidas nos locais (estados). Elas vêm por meio de contra-bando de outros países e esse é um crime federal. Então, é um contra-senso que o governo apenas faça o repasse de verbas para as secretarias estaduais enfrentarem a criminalidade que o governo federal não con-seguiu resolver”, afirma.

Gomes diz também que há uma política de armar forte-mente a polícia para combater a criminalidade, que ele con-sidera incorreta. “O bandido adquirir a arma de grosso cali-bre para impor terror é lógico, porque o criminoso não está preocupado com a população, mas é ilógico a polícia, que tem a missão de nos proteger, fazer o mesmo”, salienta.

8 TRIBUNAINDEPENDENTEPUBLICIDADE MACEIÓ - DOMINGO, 2 DE AGOSTO DE 2015

e seu abismo social

Região Metropolitana de Maceió tem 130 mil pessoas morando em favelasDe acordo com o Censo 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), aproximadamente cento e vinte mil pessoas mo-ram em favelas na região metropolitana de Maceió. Isso representa 10% da população da capital alagoana. A pesquisa apontou que o Estado de Alagoas possui 130 mil pessoas morando em más con-dições, sem acesso a rede de coleta de esgoto ou fossa séptica, abastecimento de água e coleta de lixo. São doze os municípios que possuem parte da população vivendo nesses locais, mas a maioria está na região metropolitana da capital de Alagoas.

CidadesMACEIÓ - DOMINGO, 2 DE AGOSTO DE 2015 CIDADES 9 TRIBUNAINDEPENDENTE

MaceióTHAYANNE MAGALHÃESREPÓRTER

CARLOS AMARALCOLABORADOR

Imagine uma cidade com um milhão de habi-tantes onde dentro dela você pode se sentir em um país de primeiro mundo da Europa e

ao mesmo tempo em meio a miseráveis, como nos países mais pobres da África. Esse lugar é Maceió.

Os dados que comprovam essa comparati-va está dentro de uma pesquisa realizada pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvol-vimento (PNUD) e o Instituto de Pesquisa Eco-nômica Aplicada (Ipea), que fizeram um estudo sobre as taxas do Índice de Desenvolvimento Hu-mano (IDH) no Brasil.

Segundo a pesquisa, Maceió teve uma das maiores taxas de crescimento no IDH, saltando de 0,567 para 0,702 entre os anos 2000 e 2010. Porém, a pesquisa revelou um índice alto de desigualdade social entre os bairros da capital de Alagoas. Um abismo social desconhecido por muitos moradores da parte “europeia” da cidade.

De acordo com os dados levantados, a Ponta Verde teria um IDH de 0,956, índice acima da

Noruega, país europeu que mantém o modelo so-cial escandinavo - um tipo de organização políti-ca e econômica que coloca o Estado como agente da promoção social e organizador da economia. Cabe ao Estado o bem-estar social, garantir ser-viços públicos como saúde e educação de qualida-de, além da proteção à população.

Já a região dos Vales do Benedito Bentes (baixadas localizadas entre o Complexo e o bair-ro da Serraria, como Carminha, Princesa e Alto da Alegria), teriam o IDH de 0,522, índice equi-valente ao IDH de Angola, país africano onde cerca de 70% da população vive com menos de seis reais por dia.

As taxas de expectativa de vida e mortali-dade infantil naquele país continuam entre os piores do mundo, além da presença proeminente da desigualdade econômica, visto que a maioria da riqueza do país está concentrada em um setor desproporcionalmente pequeno da população.

Angola também é considerado um dos países menos desenvolvidos do planeta pela Organiza-ção das Nações Unidas (ONU) e um dos mais corruptos do mundo pela Transparência Inter-nacional.

Esses dois mundos se encontram – ou não – dentro da capital de Alagoas.

A equipe de repor-tagem da Tribuna In-dependente esteve nos bairros da Ponta Verde e no Conjunto Carminha, localizado no Complexo Benedito Bentes, para analisar alguns fatores que de-monstram a diferença do padrão de vida entre as duas localidades.

Foi levado em consi-deração principalmente o tratamento dado pelo poder público ao sanea-mento básico, escolas públicas, postos de saú-de e praças.

O primeiro local a ser visitado no bairro nobre de Maceió foi a Escola Municipal Dr. Orlando Araújo, a única escola pública da Ponta Verde.

De longe, se percebe que é uma escola bem cuidada, limpa e or-ganizada. Seria assim para receber os mora-dores da região? Não.

Quem estuda no local, segundo afirma o dire-tor da unidade de ensi-no, Alex Sandro Vieira, são os filhos das empre-gadas domésticas e dos porteiros dos prédios de classe alta.

“Tivemos inclusive que enviar um ofício para a Secretaria de Educação solicitando que houvesse uma mu-dança em relação às exigências de adequar o endereço ao local de estudo. Geralmente as escolas municipais exi-gem que os estudan-tes sejam moradores do bairro, mas aqui os alunos vêm de bairros como Clima Bom e Ja-cintinho. Eu expliquei no ofício que nossa es-cola tem um perfil dife-rente das outras”, expli-ca o diretor.

Alex Sandro conta que nenhum aluno é morador da Ponta Ver-

de ou bairros adjacen-tes, como Jatiúca e Pon-ta da Terra.

“Se você encontrar um morador da Ponta Verde estudando aqui, só pode ser porque o pai está castigando. Acre-dito que, se dependes-se dos moradores do bairro, essa escola nem existiria. Eles não pre-cisam”.

O diretor conta ainda que as aulas noturnas, para adultos, costu-mam ser frequentadas pelos porteiros e as em-pregadas domésticas, mas eles acabam fal-tando muito às aulas por conta das exigên-cias dos patrões.

“Às vezes os patrões vão veranear na Barra de São Miguel e querem que os empregados vão junto, e eles acabam perdendo muitas aulas e não conseguem con-cluir o ano”.

SANDRO LIMA

SANDRO LIMA

Escola municipal da Ponta Verde é frequentada pelos filhos dos empregados domésticos da elite

OPINIÃO

Quem precisa de posto de saúde?PRIORIDADE

Investimentos concentrados na orla Não seria exagero afirmar que em

cada rua da Ponta Verde existe uma clínica médica particular. E no bairro com o IDH da Noruega todos podem ter atendimento médico particular, certo? Pelo menos é o que da a enten-der em uma região onde não existe um posto de saúde sequer.

A unidade de saúde mais próxima é a Dr. Osvaldo Brandão Vilela, loca-lizada na Ponta da Terra. A Tribuna Independente esteve no local no iní-cio de julho, mas encontrou o posto de saúde de portas fechadas. Um aviso no portão informava que o local pas-sava por reforma.

“A gente veio aqui vacinar o bebê

da minha secretária e encontramos as portas fechadas. Infelizmente a car-teira de vacinação vai ficar atrasada porque o posto de saúde mais próximo é o do Jacintinho e não temos como ir até lá com uma criança no colo”, con-tou a estudante Olga Falcão, morado-ra da Ponta da Terra.

“Acho que os governantes acredi-tam que quem mora aqui na parte baixa são só os ricos da Ponta Ver-de, porque não investem em posto de saúde e nem em escola pública nessa região. Eles deveriam entender que nem todo mundo que mora por aqui pode pagar médico particular”, recla-ma a jovem.

Alex Sandro acredita que a Prefeitura de Maceió – não somente a gestão atual – costuma investir mais recursos na orla da cidade e acaba deixando a periferia sem um atendimento adequado.

“Infelizmente em toda cidade existe essa diferença de tratamento. A Prefeitura pre-fere investir na Ponta Verde para impres-sionar os turistas do que na periferia, que na visão deles não gera renda para a cida-de. Na educação não é diferente. Não existe valorização dos professores e sempre que muda de gestão, mudam os projetos e não existe uma continuidade mesmo nos traba-lhos que estão dando certo”.

Para o diretor, toda escola pública deve-

ria ter um ensino de qualidade, mas falta investimento.

“A própria lei diz que o ensino deve ser gratuito e de qualidade, mas falta fiscali-zação no investimento da verba pública e o professor é desvalorizado. O pior de tudo é que não existe interesse nisso, já que a con-ta de luz aumenta 30% e o salário apenas 6%. Enquanto não houver melhores condi-ções de trabalho para o professor, a educa-ção pública não vai melhorar”, opina.

“Mas, como a prioridade é a classe alta, que matricula seus filhos nas escolas parti-culares, não há com o quê se preocupar, não é mesmo?”, questiona o diretor da Escola Municipal Dr. Orlando Araújo.

Apesar do crescimento no IDH, Maceió possui um enorme contraste social entre os seus bairros

Pesquisa mostra que a Ponta Verde tem IDH da Noruega

enquanto grotas do Benedito Bentes tem IDH de Angola

Só se for castigo!

DIRETOR

Morador da Ponta Verde estudando em escola pública?

MACEIÓ - DOMINGO, 2 DE AGOSTO DE 2015CIDADES10 TRIBUNAINDEPENDENTE CIDADES 11 TRIBUNAINDEPENDENTE MACEIÓ - DOMINGO, 2 DE AGOSTO DE 2015

Você conhece “Lazer é ficar em casa

Moradores da Ponta Verde questionam a diferença de tratamento do poder público com a periferiaTHAYANNE MAGALHÃESREPÓRTER

CARLOS AMARALCOLABORADOR

A orla de Maceió é considerada uma das mais bonitas do Bra-sil, se não a mais bonita de to-

das. Durante uma tarde é possível perce-ber o tratamento dado pelo poder público ao local, com limpeza pontual e viaturas circulando o tempo todo.

Se esse tratamento pode ser dado à área nobre da cidade, porque na periferia é tão diferente em relação ao saneamen-to básico, à iluminação pública, coleta de lixo e segurança? O questionamento vem dos próprios moradores da Ponta Verde, que entrevistados pela Tribuna Indepen-dente relataram que conhecem pouco do Complexo Benedito Bentes, mas que mes-mo em uma passagem rápida pela loca-lidade, percebem a diferença em todo o aspecto social.

“Eu tenho alguns amigos que moram no Benedito Bentes e já estive lá algu-mas vezes. Tudo é diferente, as casas são mais simples, o saneamento deixa muito a desejar, a forma de se vestir, de falar e até os carros são mais antigos. Claro que toda cidade possui esses contrastes, mas acredito que a exclusão social em Maceió é muito grande. É visível a todos”, opina o analista de sistemas Bruno de Barros, que caminha todos os dias na orla de Pon-ta Verde.

O professor de educação física Lucas Melo disse que do Benedito Bentes, só co-nhece o shopping. Ele conta que mesmo estando dentro de um local construído para pessoas interessadas em fazer com-pras, percebeu a diferença de compor-tamento entre quem frequenta o local e quem frequenta outros shoppings na par-te baixa de Maceió.

“Acredito que as pessoas que moram na periferia não têm o mesmo acesso à educação de quem mora na Ponta Verde, por exemplo. Percebi no jeito de falar das pessoas que frequentam o shopping do Benedito Bentes. Não concordo com essa diferença de investimentos de bairro para bairro. Todos devem ter acesso à educa-ção de qualidade, saneamento, saúde e segurança. A exclusão social de Maceió é percebida até dentro de um shopping”, opina.

Para o servidor público Ângelo Barros a insegurança é um mal que assola toda a cidade de Maceió. Ele acredita que da

Ponta Verde ao Benedito Bentes falta in-vestimento na segurança pública e valori-zação das polícias.

“Na periferia com certeza se corre mais riscos porque a situação de exclu-são social influencia muito no comporta-mento dos jovens, que acabam entrando para a criminalidade por falta de melho-res oportunidades e incentivo à educação. Mas aqui na Ponta Verde também existe um alto índice de violência. Todos os dias são registrados assaltos”, opina.

Ângelo conta que percebe a precarie-dade nas ruas do Benedito Bentes quan-do frequenta a casa de familiares que mo-ram na região.

“Sempre que visito meus parentes eu noto a diferença no calçamento das ruas, na iluminação e no saneamento. É tudo bem diferente. Eu acredito que com or-ganização e investimento honesto dos re-cursos públicos, pode se dar qualidade de vida a todos os moradores da cidade”.

Nenhum dos três entrevistados conhe-ce alguma grota localizada no Complexo Benedito Bentes.

A dona de casa Rejane Santos mora no bairro do Jacintinho. A equipe da Tribu-na Independente encontrou a jovem brin-cando no Corredor Vera Arruda, locali-zado no bairro da Jatiúca, com sua filha Ana Beatriz, de cinco anos.

“É que lá no bairro não tem praça para ela brincar e eu costumo trazer ela aqui para andar de bicicleta. Não é só o Bene-dito Bentes que está esquecido”, reclama a dona de casa ao saber da pesquisa sobre a grande diferença entre o IDH da Ponta Verde e das grotas do Benedito Bentes.

O Jacintinho fica bem próximo da orla da cidade, tanto que os moradores da re-gião costumam ir a pé para a praia nos fins de semana, como conta Rejane.

“Todo o investimento do poder público para lazer está aqui na parte baixa. No Jacintinho não temos praça e nem even-tos gratuitos para levar a família. Nos-sa única opção é vir para essa região se quisermos dar um pouco de conforto e di-vertimento para os nossos filhos. Aqui no Vera Arruda tem até um PM box para nos sentirmos mais seguros”, opina.

A pequena Ana Beatriz disse que não conhece nenhuma grota no Benedito Ben-tes, mas acredita que deve ser um lugar sujo, onde as crianças não podem brincar na rua.

“Lá onde eu moro tem uns lugares as-sim, onde as pessoas moram lá embaixo. Eu não vejo nenhuma criança andando de bicicleta”, comentou.

Se durante a noite os moradores da Ponta Verde vão até a bela orla marí-tima e passeiam contemplando um dos locais mais bonitos do país ou mesmo a uma das belas praças do bairro, no Conjunto Carminha a realidade é bem diferente.

Lá, quando se chega do trabalho, provavelmente bem tarde da noite por haver apenas uma linha de ônibus que liga o conjunto ao Centro de Maceió, os equipamentos urbanos são um não con-vite a sair de casa. “E mesmo assim o transporte público é uma linha de in-tegração. Ele vai até o terminal do Be-nedito Bentes e lá é preciso trocar de ônibus”, afirma Jalon Lima.

“Geralmente os mais velhos ficam dentro de casa assistindo televisão e os mais novos vão para a praça, mas mes-mo assim é muito pouco. Não há o que fazer aqui à noite, exceto beber, para quem bebe”, afirma Jalon.

Às crianças, resta brincar com o que tem à mão, como é o caso do pequeno Felipe, de 9 anos, que brincava com pe-ças de limpador de para-brisas enfer-rujadas quando a equipe da Tribuna Independente esteve na praça Car-minha. Ele nunca foi à Ponta Verde e ficou tímido quando questionado se sa-bia como as crianças de sua idade, que moram no bairro litorâneo, brincavam.

Os amigos bem que tentaram fazê--lo falar, mas a timidez foi maior. Al-gumas das crianças que brincavam na Praça Carminha até disseram já terem ido à Ponta Verde. Uma delas chegou a comentar sobre o mar, mas nenhum foi capaz de descrever, assim como Felipe, as brincadeiras de uma criança do bair-ro nobre.

Talvez esse desconhecimento seja fruto da distância socioeconômica entre quem vive no Conjunto Carminha e na Ponta Verde. Além da distância geo-gráfica, mais de 20km, a diferença na qualidade de vida provoca um abismo cultural entre as populações.

VIOLÊNCIAO Conjunto Carminha é considerado

uma das localidades mais violentas de Maceió. Uma rápida pesquisa em qual-quer site de busca na internet e o que aparece são inúmeras páginas policiais com ocorrências de violência no local.

Um dos casos que mais chamou a atenção e ainda permeia a memória

de seus moradores foi a decapitação de Maria de Lourdes Farias de Melo, que também teve o braço arrancado, em ju-lho de 2011.

Os autores, julgados e condenados apenas em 2015, invadiram a casa de Maria de Lourdes, a espancaram e de-pois deram dois disparos na porta de sua residência. No momento do crime, o marido e seus três filhos estavam em casa. Ao sair, após a decapitação e ar-rancarem seu braço, eles escreveram na parede a palavra “cabueta”.

Segundo moradores que pediram para não serem identificados, outras de-capitações já ocorreram no Carminha, mas ninguém quis dar mais detalhes. Esses mesmos moradores afirmam que a violência também é praticada pela polícia. Com exceção dos policiais que atuam na base comunitária do conjun-to.

“O helicóptero voa bem baixo e os soldados ficam apontando a metralha-dora para a gente. Uma vez estavam tão baixo que quase perdem o controle. Tiveram que pousar na Praça Carmi-nha. Há pouco tempo um carro da poli-cia abordou um jovem que estava perto do mercadinho. Ele não estava fazendo nada nem portava alguma coisa, mas eles já chegaram batendo”, relata uma moradora.

Cenas como essa não são vistas no bairro de Ponta Verde. Para o cientista social Jorge Vieira o trato policial com os mais pobres tem origem histórica. “Desde a formação do Brasil que há a repulsa da elite com a população mais pobre. No começo isso era mais explíci-to, o Estado atuava contra negros e ín-dios, por exemplo. Nessa construção, a polícia reproduz esse valor”.

Casos de jovens baleados e mortos em abordagens policiais são muito mais frequentes nos bairros da periferia. O último caso registrado pela Tribuna Independente foi em julho, quando João Batista da Silva, de 21 anos, foi baleado e acabou ficando paraplégico durante uma operação da Polícia Mili-tar (PM) no bairro do Rio Novo.

De acordo com a família, o jovem ca-minhava com alguns amigos para jogar futebol quando dois carros descaracte-rizados e duas viaturas da PM aborda-ram o grupo atirando. O caso está sendo investigado.

ADAILSON CALHEIROS

Felipe, de 9 anos, brinca com o que sobrou de um limpador de parabrisas na Praça Carminha

Uma das praças por onde a reportagem passou no bairro da Ponta Verde, a Ministro Freitas Caval-cante, possui área de lazer para crianças e bancos de madeira confortáveis, com pés de jasmim plantados ao redor, trazendo uma sensa-ção agradável para quem frequenta o local.

Em outro canto da cida-de, no Conjunto Carminha, não existe saneamento bá-sico, apesar das ruas cal-çadas com paralelepípedo. Lá vivem cerca de 8.600 pessoas que possuem como equipamentos urbanos uma praça, uma quadra, uma escola municipal, um posto de saúde e uma base da Polícia Militar. Todos, sem exceção, parecem ter parado no tempo.

Com Índice de Desenvol-vimento Humano (IDH) do Programa das Nações Uni-das para o Desenvolvimen-to (PNUD) igual a Angola, o Conjunto Carminha fica no Complexo Benedito Ben-tes, situado às margens do perímetro urbano de Ma-

ceió. Ele foi construído há 14 anos na gestão da então prefeita Katia Born (PSB) e, segundo seus moradores, abandonado pelo poder pú-blico.

Na quadra, crianças e jo-vens jogam futebol em meio a buracos no piso de cimen-to com traves enferrujadas. As tabelas de basquete es-tão deterioradas e as gra-des que servem para evitar que as bolas saiam para a rua, na mesma condição das metas dos goleiros que se arriscam a pular no chão para evitar o gol adversá-rio.

Em frente à quadra, que fica logo na entrada do con-junto, há uma área verde – chamada de Praça da Cai-xa D’água – que nunca foi aproveitada. O local mais parece um terreno baldio. Nela, existem cinco caixas d’água que abastecem a po-pulação de vive no local.

Vizinho à quadra está lo-calizado o posto de saúde. Sua fachada ainda está com a logomarca da gestão mu-nicipal anterior. Segundo

DESIGUALDADE

Orla Lagunar CARMINHA

Uma escola, um posto de saúde, um posto policial, uma praça

Quem passa pela orla marítima de Maceió se en-canta. Não à toa, ela sempre figura entre as mais bonitas do Brasil em pesquisas e enquetes. É o cartão postal da capital alagoana. Tudo chama a atenção, da cor do mar à estrutura urbana. Mas Maceió não tem só o mar. Também possui matas e lagoas.

Também dona de uma beleza natural exuberan-te, a Lagoa Mundaú, que banha Maceió, possui uma orla com realidade bem di-ferente da orla marítima, principalmente a da Pon-ta Verde. Na orla lagunar maceioense é possível ver alguns bairros da capital, com a mata atlântica com-pletando o cenário.

Contudo, as condições urbanas da orla lagunar são péssimas. Não há sa-neamento, nem calçamento digno da beleza vizinha. O que há é o retrato do aban-

dono do Estado. Os morado-res da região são em sua es-magadora maioria pobres. Muitos vivem em casas de papelão – se é que se pode chamar aquilo de casa. O IDH da região é de 0,676 no Conjunto Virgem dos Po-bres e entorno.

A urbanista Verônica Robalinho, da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), comenta que a forma como se ocupa a beira da Lagoa dá a transparecer que ali há mais pobreza que em outros locais.

“Lá tem mais impacto visual do que as grotas, por exemplo. Isso porque as ca-sas que estão nas encostas não passam por nenhuma interdição e as pessoas po-dem melhorar o aspecto quando recebem algum dinheiro, já na orla lagu-nar existe esse impacto. As construções da beira da lagoa estão irregulares e o Estado fiscaliza e diz sis-

tematicamente que não se pode morar ali nem cons-truir com alvenaria. As ca-sas acabam tendo aparên-cia 300 vezes pior que as dos pobres que moram na grota. Mas a pobreza entre eles é igual”, afirma.

Os IDHs recém-divulga-dos mostram que no caso da região dos Vales do Bene-dito, onde está o Conjunto Carminha, a situação é de mais pobreza.

A orla lagunar, como se conhece hoje, é fruto de um aterro. A construção do Di-que-estrada se deu no final da década de 1970 e início de 1980. A partir daí, cons-truiu-se o Conjunto Virgem dos Pobres. A obra tinha três objetivos: criar uma via de escoamento da produção da antiga Salgema, hoje Braskem; resolver o proble-ma de enchentes na região; e expandir a área urbana de Maceió com a incorporação de ilhas ao continente.

SANDRO LIMA

O professor de Educação Física Lucas Melo só conhece o shopping do Benedito Bentes

Enquanto crianças brincam na orla de Ponta Verde, essa é a imagem capturada na orla lagunar de Maceió

e mais de 8 mil moradoresos moradores, ele funciona apenas três dias por sema-na e não há remédios na farmácia.

Mais adiante está a Esco-la Municipal Petrônio Viana que nem de longe aparenta ter a mesma estrutura da Escola Municipal Dr. Or-lando Araújo, na Ponta Ver-de. Por ser a única unidade escolar do Carminha, a es-cola não consegue receber todas as crianças que vivem no conjunto.

Por causa desses e de ou-tros problemas, Jalon Lima e sua esposa Symone Es-tevão organizaram a Ação Social Comunidade Car-minha. Lá, as crianças que não conseguem uma vaga para estudar na Escola Pe-trônio Viana têm, de graça, aulas de português e mate-mática.

Jalon acompanhou a equipe da Tribuna Inde-pendente pelas ruas do Conjunto Carminha. Ao

chegar à única praça do lo-cal pode-se observar o des-caso com as mais de oito mil residentes do conjunto.

Um fato que chama a atenção é que a praça Car-minha está no ponto cen-tral do Conjunto, mas para chegar até ela, seja de que lado do conjunto for, é preci-so descer ladeiras. O relevo do lugar se assemelha a um balde. Por causa disso e da falta de saneamento, não é preciso ser engenheiro para saber que quando chove a praça se enche de água.

“É aqui que as nossas crianças brincam. No meio de lama e nessa areia que puseram, cheia de germes por causa dos animais que defecam nela. O banco da praça está com o assento solto”, comenta Jalon.

Segundo ele, o projeto da praça contemplava mais bancos, espaço para práti-ca de esportes e brinquedos para as crianças. O custo da

obra, afirma Jalon, era de mais de cem mil reais e foi realizada na atual gestão municipal.

“Na placa que estava aqui durante a construção da praça tinha a informação de que o custo era de R$ 150 mil. Mas isso aqui não pode ter custado isso tudo. Não tem nada”, exclama o líder comunitário.

Ainda em 2013, a Prefeitu-ra Municipal de Maceió anun-ciou reformas no posto de saúde, quadra de esportes e na praça do Conjunto Carmi-nha. Mas a situação é de total abandono. Ainda neste ano, a Prefeitura voltou a anunciar reforma nos equipamentos urbanos do local.

Para Jalon, os governantes só demonstram preocupação com a comunidade em perío-do eleitoral. “Quando é ano de eleição todos vêm até aqui. Dão abraços, sorriem e tudo mais. Mas depois nos esque-cem”, lamenta.

ou na praça”

é o oposto da orla de Ponta Verde

o Benedito Bentes?

Moradoras do Jacintinho levam as crianças para brincar na parte baixa da cidade

SANDRO LIMA

Crianças brincam em areia contaminada por fezes de animais na Praça Carminha

ADAILSON CALHEIROS

SANDRO LIMA

MACEIÓ - DOMINGO, 2 DE AGOSTO DE 2015CIDADES10 TRIBUNAINDEPENDENTE CIDADES 11 TRIBUNAINDEPENDENTE MACEIÓ - DOMINGO, 2 DE AGOSTO DE 2015

Você conhece “Lazer é ficar em casa

Moradores da Ponta Verde questionam a diferença de tratamento do poder público com a periferiaTHAYANNE MAGALHÃESREPÓRTER

CARLOS AMARALCOLABORADOR

A orla de Maceió é considerada uma das mais bonitas do Bra-sil, se não a mais bonita de to-

das. Durante uma tarde é possível perce-ber o tratamento dado pelo poder público ao local, com limpeza pontual e viaturas circulando o tempo todo.

Se esse tratamento pode ser dado à área nobre da cidade, porque na periferia é tão diferente em relação ao saneamen-to básico, à iluminação pública, coleta de lixo e segurança? O questionamento vem dos próprios moradores da Ponta Verde, que entrevistados pela Tribuna Indepen-dente relataram que conhecem pouco do Complexo Benedito Bentes, mas que mes-mo em uma passagem rápida pela loca-lidade, percebem a diferença em todo o aspecto social.

“Eu tenho alguns amigos que moram no Benedito Bentes e já estive lá algu-mas vezes. Tudo é diferente, as casas são mais simples, o saneamento deixa muito a desejar, a forma de se vestir, de falar e até os carros são mais antigos. Claro que toda cidade possui esses contrastes, mas acredito que a exclusão social em Maceió é muito grande. É visível a todos”, opina o analista de sistemas Bruno de Barros, que caminha todos os dias na orla de Pon-ta Verde.

O professor de educação física Lucas Melo disse que do Benedito Bentes, só co-nhece o shopping. Ele conta que mesmo estando dentro de um local construído para pessoas interessadas em fazer com-pras, percebeu a diferença de compor-tamento entre quem frequenta o local e quem frequenta outros shoppings na par-te baixa de Maceió.

“Acredito que as pessoas que moram na periferia não têm o mesmo acesso à educação de quem mora na Ponta Verde, por exemplo. Percebi no jeito de falar das pessoas que frequentam o shopping do Benedito Bentes. Não concordo com essa diferença de investimentos de bairro para bairro. Todos devem ter acesso à educa-ção de qualidade, saneamento, saúde e segurança. A exclusão social de Maceió é percebida até dentro de um shopping”, opina.

Para o servidor público Ângelo Barros a insegurança é um mal que assola toda a cidade de Maceió. Ele acredita que da

Ponta Verde ao Benedito Bentes falta in-vestimento na segurança pública e valori-zação das polícias.

“Na periferia com certeza se corre mais riscos porque a situação de exclu-são social influencia muito no comporta-mento dos jovens, que acabam entrando para a criminalidade por falta de melho-res oportunidades e incentivo à educação. Mas aqui na Ponta Verde também existe um alto índice de violência. Todos os dias são registrados assaltos”, opina.

Ângelo conta que percebe a precarie-dade nas ruas do Benedito Bentes quan-do frequenta a casa de familiares que mo-ram na região.

“Sempre que visito meus parentes eu noto a diferença no calçamento das ruas, na iluminação e no saneamento. É tudo bem diferente. Eu acredito que com or-ganização e investimento honesto dos re-cursos públicos, pode se dar qualidade de vida a todos os moradores da cidade”.

Nenhum dos três entrevistados conhe-ce alguma grota localizada no Complexo Benedito Bentes.

A dona de casa Rejane Santos mora no bairro do Jacintinho. A equipe da Tribu-na Independente encontrou a jovem brin-cando no Corredor Vera Arruda, locali-zado no bairro da Jatiúca, com sua filha Ana Beatriz, de cinco anos.

“É que lá no bairro não tem praça para ela brincar e eu costumo trazer ela aqui para andar de bicicleta. Não é só o Bene-dito Bentes que está esquecido”, reclama a dona de casa ao saber da pesquisa sobre a grande diferença entre o IDH da Ponta Verde e das grotas do Benedito Bentes.

O Jacintinho fica bem próximo da orla da cidade, tanto que os moradores da re-gião costumam ir a pé para a praia nos fins de semana, como conta Rejane.

“Todo o investimento do poder público para lazer está aqui na parte baixa. No Jacintinho não temos praça e nem even-tos gratuitos para levar a família. Nos-sa única opção é vir para essa região se quisermos dar um pouco de conforto e di-vertimento para os nossos filhos. Aqui no Vera Arruda tem até um PM box para nos sentirmos mais seguros”, opina.

A pequena Ana Beatriz disse que não conhece nenhuma grota no Benedito Ben-tes, mas acredita que deve ser um lugar sujo, onde as crianças não podem brincar na rua.

“Lá onde eu moro tem uns lugares as-sim, onde as pessoas moram lá embaixo. Eu não vejo nenhuma criança andando de bicicleta”, comentou.

Se durante a noite os moradores da Ponta Verde vão até a bela orla marí-tima e passeiam contemplando um dos locais mais bonitos do país ou mesmo a uma das belas praças do bairro, no Conjunto Carminha a realidade é bem diferente.

Lá, quando se chega do trabalho, provavelmente bem tarde da noite por haver apenas uma linha de ônibus que liga o conjunto ao Centro de Maceió, os equipamentos urbanos são um não con-vite a sair de casa. “E mesmo assim o transporte público é uma linha de in-tegração. Ele vai até o terminal do Be-nedito Bentes e lá é preciso trocar de ônibus”, afirma Jalon Lima.

“Geralmente os mais velhos ficam dentro de casa assistindo televisão e os mais novos vão para a praça, mas mes-mo assim é muito pouco. Não há o que fazer aqui à noite, exceto beber, para quem bebe”, afirma Jalon.

Às crianças, resta brincar com o que tem à mão, como é o caso do pequeno Felipe, de 9 anos, que brincava com pe-ças de limpador de para-brisas enfer-rujadas quando a equipe da Tribuna Independente esteve na praça Car-minha. Ele nunca foi à Ponta Verde e ficou tímido quando questionado se sa-bia como as crianças de sua idade, que moram no bairro litorâneo, brincavam.

Os amigos bem que tentaram fazê--lo falar, mas a timidez foi maior. Al-gumas das crianças que brincavam na Praça Carminha até disseram já terem ido à Ponta Verde. Uma delas chegou a comentar sobre o mar, mas nenhum foi capaz de descrever, assim como Felipe, as brincadeiras de uma criança do bair-ro nobre.

Talvez esse desconhecimento seja fruto da distância socioeconômica entre quem vive no Conjunto Carminha e na Ponta Verde. Além da distância geo-gráfica, mais de 20km, a diferença na qualidade de vida provoca um abismo cultural entre as populações.

VIOLÊNCIAO Conjunto Carminha é considerado

uma das localidades mais violentas de Maceió. Uma rápida pesquisa em qual-quer site de busca na internet e o que aparece são inúmeras páginas policiais com ocorrências de violência no local.

Um dos casos que mais chamou a atenção e ainda permeia a memória

de seus moradores foi a decapitação de Maria de Lourdes Farias de Melo, que também teve o braço arrancado, em ju-lho de 2011.

Os autores, julgados e condenados apenas em 2015, invadiram a casa de Maria de Lourdes, a espancaram e de-pois deram dois disparos na porta de sua residência. No momento do crime, o marido e seus três filhos estavam em casa. Ao sair, após a decapitação e ar-rancarem seu braço, eles escreveram na parede a palavra “cabueta”.

Segundo moradores que pediram para não serem identificados, outras de-capitações já ocorreram no Carminha, mas ninguém quis dar mais detalhes. Esses mesmos moradores afirmam que a violência também é praticada pela polícia. Com exceção dos policiais que atuam na base comunitária do conjun-to.

“O helicóptero voa bem baixo e os soldados ficam apontando a metralha-dora para a gente. Uma vez estavam tão baixo que quase perdem o controle. Tiveram que pousar na Praça Carmi-nha. Há pouco tempo um carro da poli-cia abordou um jovem que estava perto do mercadinho. Ele não estava fazendo nada nem portava alguma coisa, mas eles já chegaram batendo”, relata uma moradora.

Cenas como essa não são vistas no bairro de Ponta Verde. Para o cientista social Jorge Vieira o trato policial com os mais pobres tem origem histórica. “Desde a formação do Brasil que há a repulsa da elite com a população mais pobre. No começo isso era mais explíci-to, o Estado atuava contra negros e ín-dios, por exemplo. Nessa construção, a polícia reproduz esse valor”.

Casos de jovens baleados e mortos em abordagens policiais são muito mais frequentes nos bairros da periferia. O último caso registrado pela Tribuna Independente foi em julho, quando João Batista da Silva, de 21 anos, foi baleado e acabou ficando paraplégico durante uma operação da Polícia Mili-tar (PM) no bairro do Rio Novo.

De acordo com a família, o jovem ca-minhava com alguns amigos para jogar futebol quando dois carros descaracte-rizados e duas viaturas da PM aborda-ram o grupo atirando. O caso está sendo investigado.

ADAILSON CALHEIROS

Felipe, de 9 anos, brinca com o que sobrou de um limpador de parabrisas na Praça Carminha

Uma das praças por onde a reportagem passou no bairro da Ponta Verde, a Ministro Freitas Caval-cante, possui área de lazer para crianças e bancos de madeira confortáveis, com pés de jasmim plantados ao redor, trazendo uma sensa-ção agradável para quem frequenta o local.

Em outro canto da cida-de, no Conjunto Carminha, não existe saneamento bá-sico, apesar das ruas cal-çadas com paralelepípedo. Lá vivem cerca de 8.600 pessoas que possuem como equipamentos urbanos uma praça, uma quadra, uma escola municipal, um posto de saúde e uma base da Polícia Militar. Todos, sem exceção, parecem ter parado no tempo.

Com Índice de Desenvol-vimento Humano (IDH) do Programa das Nações Uni-das para o Desenvolvimen-to (PNUD) igual a Angola, o Conjunto Carminha fica no Complexo Benedito Ben-tes, situado às margens do perímetro urbano de Ma-

ceió. Ele foi construído há 14 anos na gestão da então prefeita Katia Born (PSB) e, segundo seus moradores, abandonado pelo poder pú-blico.

Na quadra, crianças e jo-vens jogam futebol em meio a buracos no piso de cimen-to com traves enferrujadas. As tabelas de basquete es-tão deterioradas e as gra-des que servem para evitar que as bolas saiam para a rua, na mesma condição das metas dos goleiros que se arriscam a pular no chão para evitar o gol adversá-rio.

Em frente à quadra, que fica logo na entrada do con-junto, há uma área verde – chamada de Praça da Cai-xa D’água – que nunca foi aproveitada. O local mais parece um terreno baldio. Nela, existem cinco caixas d’água que abastecem a po-pulação de vive no local.

Vizinho à quadra está lo-calizado o posto de saúde. Sua fachada ainda está com a logomarca da gestão mu-nicipal anterior. Segundo

DESIGUALDADE

Orla Lagunar CARMINHA

Uma escola, um posto de saúde, um posto policial, uma praça

Quem passa pela orla marítima de Maceió se en-canta. Não à toa, ela sempre figura entre as mais bonitas do Brasil em pesquisas e enquetes. É o cartão postal da capital alagoana. Tudo chama a atenção, da cor do mar à estrutura urbana. Mas Maceió não tem só o mar. Também possui matas e lagoas.

Também dona de uma beleza natural exuberan-te, a Lagoa Mundaú, que banha Maceió, possui uma orla com realidade bem di-ferente da orla marítima, principalmente a da Pon-ta Verde. Na orla lagunar maceioense é possível ver alguns bairros da capital, com a mata atlântica com-pletando o cenário.

Contudo, as condições urbanas da orla lagunar são péssimas. Não há sa-neamento, nem calçamento digno da beleza vizinha. O que há é o retrato do aban-

dono do Estado. Os morado-res da região são em sua es-magadora maioria pobres. Muitos vivem em casas de papelão – se é que se pode chamar aquilo de casa. O IDH da região é de 0,676 no Conjunto Virgem dos Po-bres e entorno.

A urbanista Verônica Robalinho, da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), comenta que a forma como se ocupa a beira da Lagoa dá a transparecer que ali há mais pobreza que em outros locais.

“Lá tem mais impacto visual do que as grotas, por exemplo. Isso porque as ca-sas que estão nas encostas não passam por nenhuma interdição e as pessoas po-dem melhorar o aspecto quando recebem algum dinheiro, já na orla lagu-nar existe esse impacto. As construções da beira da lagoa estão irregulares e o Estado fiscaliza e diz sis-

tematicamente que não se pode morar ali nem cons-truir com alvenaria. As ca-sas acabam tendo aparên-cia 300 vezes pior que as dos pobres que moram na grota. Mas a pobreza entre eles é igual”, afirma.

Os IDHs recém-divulga-dos mostram que no caso da região dos Vales do Bene-dito, onde está o Conjunto Carminha, a situação é de mais pobreza.

A orla lagunar, como se conhece hoje, é fruto de um aterro. A construção do Di-que-estrada se deu no final da década de 1970 e início de 1980. A partir daí, cons-truiu-se o Conjunto Virgem dos Pobres. A obra tinha três objetivos: criar uma via de escoamento da produção da antiga Salgema, hoje Braskem; resolver o proble-ma de enchentes na região; e expandir a área urbana de Maceió com a incorporação de ilhas ao continente.

SANDRO LIMA

O professor de Educação Física Lucas Melo só conhece o shopping do Benedito Bentes

Enquanto crianças brincam na orla de Ponta Verde, essa é a imagem capturada na orla lagunar de Maceió

e mais de 8 mil moradoresos moradores, ele funciona apenas três dias por sema-na e não há remédios na farmácia.

Mais adiante está a Esco-la Municipal Petrônio Viana que nem de longe aparenta ter a mesma estrutura da Escola Municipal Dr. Or-lando Araújo, na Ponta Ver-de. Por ser a única unidade escolar do Carminha, a es-cola não consegue receber todas as crianças que vivem no conjunto.

Por causa desses e de ou-tros problemas, Jalon Lima e sua esposa Symone Es-tevão organizaram a Ação Social Comunidade Car-minha. Lá, as crianças que não conseguem uma vaga para estudar na Escola Pe-trônio Viana têm, de graça, aulas de português e mate-mática.

Jalon acompanhou a equipe da Tribuna Inde-pendente pelas ruas do Conjunto Carminha. Ao

chegar à única praça do lo-cal pode-se observar o des-caso com as mais de oito mil residentes do conjunto.

Um fato que chama a atenção é que a praça Car-minha está no ponto cen-tral do Conjunto, mas para chegar até ela, seja de que lado do conjunto for, é preci-so descer ladeiras. O relevo do lugar se assemelha a um balde. Por causa disso e da falta de saneamento, não é preciso ser engenheiro para saber que quando chove a praça se enche de água.

“É aqui que as nossas crianças brincam. No meio de lama e nessa areia que puseram, cheia de germes por causa dos animais que defecam nela. O banco da praça está com o assento solto”, comenta Jalon.

Segundo ele, o projeto da praça contemplava mais bancos, espaço para práti-ca de esportes e brinquedos para as crianças. O custo da

obra, afirma Jalon, era de mais de cem mil reais e foi realizada na atual gestão municipal.

“Na placa que estava aqui durante a construção da praça tinha a informação de que o custo era de R$ 150 mil. Mas isso aqui não pode ter custado isso tudo. Não tem nada”, exclama o líder comunitário.

Ainda em 2013, a Prefeitu-ra Municipal de Maceió anun-ciou reformas no posto de saúde, quadra de esportes e na praça do Conjunto Carmi-nha. Mas a situação é de total abandono. Ainda neste ano, a Prefeitura voltou a anunciar reforma nos equipamentos urbanos do local.

Para Jalon, os governantes só demonstram preocupação com a comunidade em perío-do eleitoral. “Quando é ano de eleição todos vêm até aqui. Dão abraços, sorriem e tudo mais. Mas depois nos esque-cem”, lamenta.

ou na praça”

é o oposto da orla de Ponta Verde

o Benedito Bentes?

Moradoras do Jacintinho levam as crianças para brincar na parte baixa da cidade

SANDRO LIMA

Crianças brincam em areia contaminada por fezes de animais na Praça Carminha

ADAILSON CALHEIROS

SANDRO LIMA

TRIBUNAINDEPENDENTEMACEIÓ - DOMINGO, 2 DE AGOSTO DE 2015CIDADES 12

Modelo de exclusão

Os primeiros excluídos do Brasil foram os ín-dios. Eles estão nos

nomes das usinas sucroalco-oleiras, mas sua população está cada vez mais reduzida. Em 1972 os indígenas che-garam a ser considerados extintos em Alagoas, mas depois se descobriu que ainda existiam 20 comuni-dades. Hoje são apenas 12.

Esse modelo de exclusão social, que toma as terras dos desfavorecidos por inte-resses econômicos e os man-tém afastados de privilégios é histórico e não está somen-te no setor da elite. A afir-mação é do cientista social Jorge Vieira, que vê princi-palmente na classe média o preconceito contra as classes mais desfavorecidas da so-ciedade.

“Hoje em dia podemos ob-servar a mesma estrutura da província, quando índios e negros eram utilizados para a mão de obra em Alagoas. Está aí Zumbi dos Palmares e Porto Calvo demonstrando a luta desses povos contra a exploração”, opina.

Para Jorge Vieira, a so-ciedade atual mantém a mesma estrutura da “casa grande e a senzala”.

“A casa grande na Ponta Verde e a senzala na perife-ria. Entre esses dois está a classe média, que vive das migalhas da elite, receben-do seus salários ou com seus empregos em órgãos públi-cos. Se essa classe média tivesse o mínimo de com-preensão do seu papel de formação de opinião, esse abismo social não existiria”, afirma o cientista social.

“Mas essas pessoas vis-lumbram se tornar elite e não vão para os postos de saúde e nem matriculam seus filhos nas escolas pú-blicas, por isso não se preo-

cupam em brigar por seus direitos. A classe média quer viver como a classe alta. Mo-rando na Ponta Verde em um apartamento que vai levar a vida inteira para ser quitado, frequentando os melhores restaurantes e comprando carros caros, mesmo sem poder pagar por um seguro”.

Jorge Vieira conta que há cerca de 40 anos, existiam por volta de 36 favelas em Maceió, mas hoje toda a pe-riferia adquiriu o aspecto de favela por conta da falta de investimentos.

“A periferia está privada de tudo. Não tem saúde pú-blica e nem educação de qua-lidade. Quem mora no Be-nedito Bentes desce para a praia para poder ‘bater bola’ na areia. Já em localidades como a Ponta Verde e o Alde-baran existe uma qualidade de vida muito diferenciada, com acesso à tecnologia e tudo o que as pessoas preci-sam para viver bem”.

Para Jorge Vieira, Ma-ceió é uma cidade classista, elitista e individualista. A elite sente nojo do pobre e a relação entre patrão e em-pregado ainda é uma relação escravista.

“Basta observar as re-clamações das patroas com a nova lei que garante os direitos trabalhistas das empregadas domésticas. O capitalismo liberal não che-gou aqui, porque nesse mo-delo de economia todos têm acesso ao consumo, e não só os mais ricos. Mas aqui a economia é corporativista e centrada nos interesses de um segmento da sociedade”.

EXISTE SAÍDA?Para o cientista social, a

única saída para o quadro de exclusão social encontra-do em Maceió é a política pública.

“Enquanto não se inves-tir mais em educação públi-ca de qualidade, agricultura familiar, saúde pública e segurança para todos, esse modelo de sociedade conti-nuará existindo. Não é con-cebível que o poder público continue governando para a elite”.

Jorge Vieira cita a análi-se do educador Paulo Freire sobre o oprimido e o opressor para concluir sua explicação em relação à diferença da qualidade de vida na cidade.

“O oprimido acaba adqui-rindo os valores dos opres-sores, e assim o modelo de humanidade que vai procu-rar realizar é o do opressor. Passa a defender a visão in-dividualista de liberdade, o que lhe impede de lutar pela própria libertação. Em sua alienação, os oprimidos que-rem a todo custo parecer-se com o opressor, imitá-lo, segui-lo. No momento em que passam a desejar ser como o opressor, interiori-zam suas opiniões e passam a desprezar a si mesmos, a se ver como incompetentes, incapazes”, cita.

O cientista social desta-ca que esse comportamento transforma os oprimidos em opressores, mas há momen-tos em que a busca por sua libertação muda esse pano-rama.

“Muitas vezes, os oprimi-dos se reconhecem como tais e buscam sair da opressão, mas isso, no contexto de con-tradição e opressão em que vivem, significa ser opres-sor, por isso que libertação precisa implicar em supera-ção da contradição opressor--oprimido. É a superação da contradição que traz ao mundo o homem novo, não mais oprimido nem opressor o homem que é para si, o ho-mem autônomo”.

SANDRO LIMA

SANDRO LIMA

Em rua do Conjunto Carminha crianças jogam “ximbra” próximo de esgoto lançado pelas residências

é histórico

Ocupação da orla lagunar THAYANNE MAGALHÃESREPÓRTER

CARLOS AMARALCOLABORADOR

A ocupação do entorno da Lagoa Mundaú sempre foi tratada

pela elite política e econômi-ca como algo que deveria ser evitado. Exceto por alguns momentos da História de Ma-ceió, como quando ali funcio-nava o porto da Levada, no início do século XX. Nesse período, até um aeroporto onde pousavam hidroaviões funcionava na região.

Muita gente não sabe, mas a Lagoa Mundaú chegava até onde hoje fica a Praça da Fa-culdade, no bairro do Prado. Era possível até ir de barco à Marechal Deodoro, então Vila de Alagoas, capital do Estado. Essa realidade se refere ao século XIX.

Nesse tempo figurava como ideia dominante para as ocupações urbanas o Hi-gienismo, que defendia que águas paradas traziam doen-ças e por isso o entorno da La-goa Mundaú foi ocupado pri-meiramente por ex-escravos,

filhos de escravos e pobres urbanos – mesmo que poucos. Com isso, tudo o que se ima-ginava fazer mal à saúde da população foi se instalado na região: hospitais, cemitérios e matadouros.

Os mais ricos foram morar na região do tabuleiro junto ao Centro de Maceió, onde hoje é o bairro do Farol, até que houve uma crise de ali-mentos, o que fez alguns co-meçarem a ocupar a região de Bebedouro e as barreiras próximas à Avenida Gustavo Paiva porque ali havia uma fonte de água mineral.

Deixar os mais pobres ocupar um espaço que se con-siderava insalubre para a permanência humana é um reflexo da sociedade escravo-crata que o país tinha até o final do século XIX. A cultura de que os negros têm menos importância que os brancos mostra bem como as cidades brasileiras foram se cons-tituindo. No centro os mais ricos, na periferia os mais po-bres.

A urbanista da Ufal Verô-nica Robalinho diz que “o que nós fizemos depois do fim des-sa sociedade foi manter essa

desigualdade com os valores básicos de reprodução do tra-balhador, os salários, muitos baixos. Mantendo a exclusão de setores amplos da socieda-de, urbanos e rurais. Consi-dero que a Ponta Verde, a Ja-tiúca e os ‘aldebarans da vida’ são ilhas de riqueza na totali-dade de pobreza de Maceió”.

A professora, que possui vários estudos sobre o tema, relata que a região da Lagoa era uma área onde os mais ricos – ou como ela chama em seus escritos: pessoas de “bem” – não queriam ocupar.

“No primeiro mapa de Ma-ceió dá para ver que os mo-cambos da cidade e casebres de palha se localizavam nas beiras de mangue, rio, em lo-cais alagados da cidade como a região da Levada, beira da Lagoa Mundaú”, diz Verôni-ca.

Todo esse histórico, co-menta a urbanista, constrói uma imagem de que a região é “lugar de pobre”, estigma-tizando-a. Talvez esteja aí a resposta do porque o Estado nunca ter se dedicado a me-lhorar a qualidade de vida, de forma substancial, no entorno da Lagoa Mundaú. Orla lagunar é a imagem da exclusão social que divide a periferia dos bairros nobres de Maceió

SANDRO LIMA

teve início no século xIx

Imagem mostra uma das praças da Ponta Verde com bancos de madeira e seus pés de jasmim

69% das pessoas preferem a família, ao dinheiro Conceito de felicidade refere-se à qualidade de vida

Quando o assunto é felicidade, ninguém discorda que lazer e

dinheiro são importantes. Porém, uma pesquisa inédi-ta realizada pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pelo portal de edu-cação financeira ‘Meu Bol-so Feliz’ mostra que sete em cada dez entrevistados (69,0%) preferem um estilo de vida com mais tempo para a família, mesmo que isso implique em ter um salário menor - preferência que se destaca entre os brasileiros de todas as classes sociais.

Ainda assim, cerca de 20,6% dos brasileiros afir-mam preferir ter mais di-nheiro, mesmo que tenham que trabalhar bastante para isso e não tenham tempo para a família, seus amigos e lazer, aumentando para 28,4% entre os mais jovens.

VIAGENSDe acordo com os dados,

mais da metade dos entrevis-tados (51,3%) prefere deixar de comprar roupas, calçados e outros itens para viajar, principalmente pessoas das classes A e B e que possuem alta escolaridade. Outros 26% indicam o contrário: a preferência por poder com-prar tudo o que desejam no lugar de viajar - alternativa mais escolhida por jovens, pessoas de baixa escolarida-de e pertencentes às classes C, D e E.

Segundo a economista-chefe do SPC Brasil, Marce-la Kawauti, é possível per-ceber que a valorização da experiência como meio para alcançar a felicidade, em de-trimento do consumo, é mais comum entre os responden-tes mais velhos.

“São eles os que mais di-

zem ser felizes e também os que mais acreditam que a felicidade está ligada, prin-cipalmente, a ter mais tem-po junto aos familiares”, diz Kawauti.

“Ao mesmo tempo, os jo-vens são mais conectados à ideia de posse e de consumis-mo. Nas classes sociais mais baixas também ocorre algo semelhante, talvez porque essas pessoas ainda não te-nham alcançado o patamar de consumo ao qual desejam chegar”, explica a economis-ta.

FELIZESDe acordo com os próprios

entrevistados, 63% atribuem uma nota acima de 8 - entre 1 e 10 - para a própria felici-dade, principalmente as mu-lheres, pessoas das classes A e B e que têm 56 anos ou mais. A nota média dos bra-sileiros é de 7,9.

HAPVIDA

Faturamento de R$ 2,5 bilhões em 2014O Hapvida, maior opera-

dora de saúde do Norte e Nor-deste, registrou R$ 2,5 bilhões de receita bruta no acumulado do ano de 2014, número 26,9% maior do que a receita bruta do ano anterior (R$ 1,970 bilhão), e encerrou o ano em posição de destaque no setor da saúde suplementar, consolidando sua presença e conquistando altos níveis de excelência operacio-nal.

A operadora registrou cres-cimento de receita líquida de R$ 1,963 bilhão no ano passado, ante R$ 1,511 bilhão em 2013, o que representa crescimento de quase 30%. O Hapvida teve ainda lucro líquido recorde ao

atingir a cifra de R$ 289,495 milhões, aumento de 55% ante 2013 (R$ 186,067 milhões).

A empresa fechou 2014 com mais de 3 milhões de beneficiá-rios. De acordo com Jorge Pi-nheiro, presidente do Hapvida, a empresa fortaleceu sua pre-sença no mercado nacional de planos de saúde e odontológicos e tem hoje quase 13% de clien-tes fora do eixo Norte-Nordeste.

“O Hapvida apresentou re-sultados significativos em 2014, com margem Ebitda recorde para o setor de 19,33% no ano passado, evidenciando sua po-sição de destaque no mercado nacional de operadoras de saú-de. Todas as áreas da empresa

apresentaram melhoria de de-sempenho e competitividade, o que resultou em um cresci-mento de 36,8% do Ebitda, em comparação com o ano anterior, atingindo R$ 379,523 milhões. Para 2015, o Hapvida investirá R$ 190 milhões em expansão e modernização da sua rede com 209 unidades próprias, entre hospitais e clínicas.” afirma.

Em 2015, a operadora espe-ra crescer, em número de vidas, 12% em Medicina e 31% em Odontologia. A expectativa é também diante da participação de mercado da empresa, que amplia no Brasil e nas regiões onde atua com rede própria de atendimento.

MACEIÓ - DOMINGO, 2 DE AGOSTO DE 2015 ECONOMIA 13 TRIBUNAINDEPENDENTE

EconomiaCNDL quer mudanças na tabela do Simples para driblar crise“O varejo precisa reagir imediatamente às dificuldades do atual cenário econômico”, é o que acredita o presidente da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), Honório Pinheiro, ao comentar as vantagens da jornada “flex”, proposta levada ao governo por entidades de varejo e serviços em que a carga horária feita pelos trabalhadores do comércio atenderia aos horários de maior movimento nas lojas.

Quando perguntados so-bre os requisitos necessários para ter felicidade, 33,5% dos brasileiros afirmam que ter mais tempo para a famí-lia é o principal. Logo após, 15,6% dizem que é ser sau-dável, e 14,5% que viajar seria a principal fonte para ser feliz. 14,3% também é o

percentual de pessoas que afirmam que os aspectos re-lacionados ao consumo são os mais importantes.

A pesquisa comprova que, no geral, 85,7% dos motivos que deixariam as pessoas mais felizes não estão rela-cionados diretamente com dinheiro.

METODOLOGIAEm maio de 2015 foram

ouvidas 605 pessoas com idade igual ou superior a 18 anos, de ambos os sexos e pertencentes às classes A, B e C, nas 27 capitais. A mar-gem de erro é de 4,0 pontos percentuais com margem de confiança de 95%.

86% dos motivos que deixariam as pessoas mais felizes não estão diretamente ligados a dinheiro

Nordestinos: 80% não pretendem tomar créditoPesquisa indica que eles querem economizar mais em 2015

A 3ª onda da pesquisa trimestral realizada pela TNS Brasil, em-

presa global de pesquisa de mercado, em conjunto com a Associação Nacional das Instituições de Crédito, Fi-nanciamento e Investimento (ACREFI), aponta que 80% dos consumidores nordesti-nos não irão tomar crédito em 2015.

A pesquisa ouviu mais de 100 pessoas em todo o País, com idade entre 18 e 65 anos e a região nordeste apontou queda de 80% ante 83%, em abril, na intenção de não fa-zer um financiamento em 2015. A grande maioria, 65%, estão preocupados com relação ao futuro. Em segun-do lugar, os otimistas, tota-lizam 20% dos pesquisados. Pessimismo ficou em terceiro lugar com 10%.

Para aquisição dos bens, 38% dos entrevistados irão optar pelo crédito direto ao consumidor (CDC), 32% irão buscar como forma de finan-ciamento o crédito automoti-vo, 16% optariam pelo imobi-liário e 27% pelo consignado.

A grande maioria (92%) disse que a inflação impacta na decisão quanto a novos fi-nanciamentos e que já estão

mudando os padrões de con-sumo. O lazer foi o padrão de consumo que mais teve im-pacto para 87% dos entrevis-tados, seguido de vestuário (79%), alimentação (76%), transporte (53%), educação (44%), saúde (43%) e outros (2%).

OTIMISMO E ENDIVIDAMENTOO levantamento consta-

tou que 87% das pessoas declararam ter dívida de car-tão de crédito, 27% de carnê/boleto, 20% de financiamen-to de carro, 13% de financia-mento imobiliário, 16% de CDC, 4% de leasing e 19% declaram ter outros tipos de dividas.

Diminuiu modestamente a porcentagem dos consu-midores que acredita que o crescimento do país vai pio-rar (55%/jul), contra (59%/abr) e 22% em 2014.

Quando questionados so-bre “Se a inflação tem impac-tado seu padrão e consumo?” 92% responderam que sim e apenas 8% disseram que não.

PONTOS IMPORTANTESSITUAÇÃO DO PAÍS§ Aumento do número de

respondentes que menciona-ram que a oferta de crédito

vai piorar assim como o con-sumo das famílias.

§ Para 71% dos entre-vistados a taxa de juros irá piorar.

SITUAÇÃO PESSOAL§ 84% dos consumidores

pretendem mudar o padrão de consumo economizando mais em 2015.

§ Aumenta o número de respondentes que acreditam que seu padrão de vida irá piorar e a capacidade de fa-zer compras também.

AUMENTO DA SELICO aumento da taxa Se-

lic (taxa básica de juros) em 0,5% ponto percentual, pas-sando de 13,75% para 14,25 ao ano, segundo decisão tomada nesta quarta-feira (29) pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Ban-co Central, irá frear ainda mais o consumo das famílias e crescimento da economia brasileira, afirmou o presi-dente da Confederação Na-cional de Dirigentes Lojistas (CNDL), Honório Pinheiro.

A elevação atingiu o maior patamar desde julho de 2006, quando estava em 14,75% ao ano.

A autoridade monetária também indicou que os juros devem apresentar as mes-

Levantamento do SPC Brasil indica que 28% dos brasileiros já tomaram empréstimo consignado

Produtos mais adquiridos com o crediário, de acordo com o levantamento, são eletrodomésticos

Na pesquisa, 87% das pessoas entrevistadas declararam ter dívida de cartão de crédito para pagar

PESQUISA

Nem todos se preocupam com peso dos juros na hora da compra

ESTUDO

Dois em cada dez brasileiros compram no crediário

O estudo mostra que nem todos os brasileiros se preo-cupam com o peso dos juros no ato da compra. Dentre os consumidores ouvidos pelo levantamento, 16% argumen-tam que nem sempre podem escolher a forma de paga-mento mais barata e, por isso, acabam adquirindo a modalidade para a qual con-seguem aprovação, indepen-dentemente da taxa de juros. O percentual aumenta para 21% na Classe C.

Há ainda aqueles que ana-lisam apenas se o valor da parcela cabe no bolso, igno-rando o valor total desembol-sado (13%).

O estudo constatou ainda que é significativo o número

de brasileiros que estão en-dividados com empréstimos. Praticamente quatro em cada dez consumidores residentes nas capitais (37%) disseram estar pagando, atualmente, parcelas de empréstimos pes-soais contraídos no passado, sendo que a maior parte foi adquirida junto aos bancos (20%). Outros 28% de con-sumidores já recorreram ao empréstimo consignado em algum momento de suas vidas e a principal finalidade foi o pagamento de dívidas (48%). “O crédito consignado é uma alternativa a ser considerada em situações de sufoco, como no pagamento do rotativo do cartão de crédito, que cobra um dos juros bastante eleva-

dos, ou em situações de emer-gência. O alerta é que a pessoa que toma esse tipo de crédito precisa aprender a conviver com um salário ou renda me-nor”, explica Vignoli.

MINORIAOutra modalidade tam-

bém avaliada pela pesquisa foi o financiamento. Dentre os entrevistados, 22% dis-seram estar pagando algum financiamento nos dias de hoje, com percentuais maio-res para os brasileiros das classes A e B (30%). A com-pra de automóveis (36%), a aquisição da casa própria, como casa ou apartamento (21%) e de motocicletas (16%) são os produtos mais compra-dos desta maneira.

Bastante utilizada pelos brasileiros em décadas passa-das e num período em que ha-via menos pessoas com acesso à conta corrente e poupança no país, as compras no crediário ainda fazem parte do cotidiano de uma parcela considerável da população. Um estudo realizado em todas as capitais pelo Servi-ço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pelo portal de educa-ção financeira ‘Meu Bolso Feliz’ mostra que dois em cada dez consumidores (19%) possuem, atualmente, ao menos uma compra cujo pagamento é feito por meio de boleto ou carnê.

A modalidade fica atrás do cartão de crédito, que é usado por 52% do total de consumido-res entrevistados.

Para a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, “o crediário é para uma parte da população brasileira, sobretudo entre a classe C não bancariza-da e os que vivem fora dos gran-des centros urbanos, a única via

para conseguir realizar com-pras de valores mais elevados”.

Os produtos mais adquiri-dos com o crediário, de acordo com o levantamento, são ele-trodomésticos (44%), eletrô-nicos (37%), calçados (31%) e roupas (30%).

Questionados sobre as prin-cipais vantagens desta modali-dade, a maior parte dos consu-midores cita a possibilidade de dividir o pagamento de suas compras em várias vezes (37%), poder parcelar uma compra mesmo sem ter cartão ou che-que (14%) e ter prazo para rea-lizar o pagamento (13%).

“Parcelar as compras é um benefício do crediário, mas que deve ser utilizado com cautela. O consumidor deve evitar fazer muitas prestações simultâneas para não perder o controle do seu orçamento”, diz o educador financeiro do portal ‘Meu Bolso Feliz’, José Vignoli.

MENOR TAXAO estudo também investi-

gou outras modalidades de cré-dito utilizadas pelos brasileiros na hora de realizar suas com-pras. O ranking das modalida-des mais utilizadas, excluindo o cartão de crédito -, traz o em-préstimo pessoal (37%), o em-préstimo consignado (28%), o financiamento (22%) e o cheque pré-datado (9%).

Cinco em cada dez consu-midores ouvidos pela pesquisa (54%) garantiram que ao par-celar um produto sempre esco-lhem a forma de pagamento que cobra a menor taxa de juros. Os consumidores da classe C reve-lam-se um pouco mais desaten-tos com a cobrança de juros do que a média geral, uma vez que para esse grupo de entrevista-dos o percentual cai para 49%. “É importante que os brasileiros demonstrem preocupação com a cobrança de juros, mas muitas vezes o consumidor não sabe fa-zer a comparação para concluir qual a opção mais vantajosa”, afirma Marcela Kawauti.

MACEIÓ - DOMINGO, 2 DE AGOSTO DE 2015ECONOMIA14 TRIBUNAINDEPENDENTE

mas condições nos próximos meses como medida para re-ter a inflação.

Para Honório Pinheiro, a elevação dos juros em 0,5% não será capaz de resolver o aumento dos preços. “O Go-verno já vem realizando al-guns ajustes, mas mortificar a atividade econômica, o con-sumo e os setores produtivos

não será a solução. O aumen-to da taxa vai reduzir ainda mais a expansão de crédito e a geração de empregos”, afir-mou Pinheiro.

O aumento dos juros bási-cos acontece em um período em que a economia está em um baixo nível de ativida-de, com altos índices de de-semprego e PIB encolhendo.

Porém, a estimativa é que os juros comecem a cair no próximo ano. “O país agora deve ser movimentar para aprovar a jornada flexível de trabalho e fazer um sacrifício político para reduzir a alta carga tributária que assola comerciantes e é repassada aos consumidores”, “concluiu Honório Pinheiro.

ESPORTES 15 TRIBUNAINDEPENDENTE MACEIÓ - DOMINGO, 2 DE AGOSTO DE 2015

Maracanã lotado para Fla e SantosDiretoria do rubro-negro acredita em recorde de público e em campo Sheik e Guerrero estão confirmados no time

A promessa é de casa cheia no domingo. Mais de 43 mil ingres-

sos foram vendidos antecip-adamente para Flamengo e Santos, no Maracanã, pela 16ª rodada do Campeona-to Brasileiro, às 16h. Os dois times sabem da im-portância e mística provo-cada pelo estádio de duas Copas do Mundo lotado.

Na Baixada Santista, Lucas Lima foi à sala de im-prensa do CT Rei Pelé e não escondeu a expectativa em atuar pela primeira vez con-tra os Rubro-Negros no Mara-canã. “Falam que a torcida é diferente mesmo. No ano pas-sado, estava suspenso. Será estreia”.

Já no Rio de Janeiro, Emerson Sheik também con-versou com os jornalistas e não deixou passar o apelo à torcida. “De fato, ela é diferen-te. Vem empurrado e se fez presente até nos momentos difíceis. Isso nos motiva. Indi-vidualmente, vejo o Flamengo muito forte”.

Força da massa não fal-tará. A procura por ingressos esgotou os setores Sul e área VIP (Maracanã Mais). O Se-tor Norte também está perto

de acabar. A expectativa é de mais de 51 mil presentes, publico alcançado na estreia de Paolo Guerrero, contra o Grêmio, pelo Campeonato Brasileiro. Emerson Sheik estava bem descontraído na coletiva desta quinta-feira no CT do Flamengo. O camisa 11 lembrou o momento de dificul-dade que o time passou e que mesmo com a melhora, ainda estão em dívida com o torce-dor:

“Estamos devendo isso ao torcedor, levando um pouco de alegria, subir na tabela, conse-guir o máximo de vitórias para pontuar e certamente estamos vivendo um momento diferen-te. Passamos momentos difí-ceis, mas sabemos que a pos-sibilidade de mudar é curta e o trabalho não tinha encaixado, não sei se encaixou, mas teve uma melhora. Na reunião de hoje o Cristóvão foi muito feliz com essa comparação, o time encaixou e venceu, merece-mos, e é gratificante quando se sai com uma vitória. Foi feliz em pedir a mesma dedicação. Jogando em casa, a torcida tem feito a parte dela e assim a responsabilidade aumenta. O Cristóvão teve uma semana cheia para analisar o que tem

em mão, mostrar como quer que a gente jogue, esse talvez seja o principal motivo da me-lhora. Além também da chega-da do Paolo, pois não tínhamos o 9, o cara centralizado, que leva preocupação ao adversá-rio, então com esse tempo, a chegada do Guerrero, com os atletas do elenco entendendo o que o treinador quer, as coisas melhoraram.

Questionado se tinha mu-dado seu jeito, por andar mais quieto, o atacante disse que não tem visto nada de errado para poder falar.

“Minha personalidade não mudou em nada, se eu achar que devo falar eu falo. Até o presente momento não vi nada de errado, até vi sim, princi-palmente com o nosso futebol e não fui questionado. Não te-nho porque ficar falando. Mas se tiver que falar vou sim (ri-sos)”.

O time da Gávea vem de três vitórias consecutivas. Os santistas, por sua vez, tam-bém estão confiantes em mar-car território no campo adver-sário: além da classificação às oitavas de final da Copa do Brasil, venceram a última partida na Vila Belmiro pelo Brasileirão.

Sheik e Guerrero pedem apoio do torcedor, e Flamengo e Santos já tem mais 40 mil ingressos vendidos

TERRA

ARENA PERNAMBUCO

Sport deve ter estreia de Hernane contra o CruzeiroImpedido de atuar por ques-

tões contratuais, o atacante Él-ber está fora do confronto com o Cruzeiro, pela 16ª rodada do Bra-sileirão. Com isso, a tão aguar-dada estreia de Hernane com a camisa do Sport pode acontecer neste domingo às 18h30. O trei-nador Eduardo Baptista esboçou

o time leonino com o ‘brocador’ no comando de ataque.

O grupo realizou trabalhos no CT, e outro que foi testado na vaga de Élber foi o meia Régis. Com o atleta, as modificações na equipe foram simples. Régis iria atuar pelo lado direito, na mes-ma posição de Élber. Com Her-

nane no time, Marlone foi para o lado direito, e Diego Souza co-briu o lado esquerdo, com André atuando como segundo atacante.

A expectativa para o confron-to contra a Raposa é grande. A torcida deve lotar a Arena Per-nambuco. O volante Wendel co-mentou sobre o embate e a pos-

sibilidade de um grande público, neste domingo.

“O bom é que a gente vem batendo recordes desde o ano passado. Já tivemos exemplos como o de Renê, de Eduardo Baptista, e os números da pró-pria equipe no Campeonato Brasileiro entraram para a his-

tória. Então a nossa torcida tem entendido o momento e corres-pondido com grandes públicos”, disse o volante Wendel.

O técnico Vanderlei Lu-xemburgo comandou um trei-namento tático na Toca da Raposa. Sem Willian e Fabia-no, poupados, o técnico cruzei-

rense realizou uma atividade em campo reduzido. Durante a atividade, o treinador repetiu a mesma equipe titular do treino da manhã com: Fábio, Mayke, Manoel, Paulo André e Mena; Henrique, Charles, Willians e Marinho e Alisson; Vinícius Araújo.

MACEIÓ - DOMINGO, 2 DE AGOSTO DE 2015ESPORTES16 TRIBUNAINDEPENDENTE

EsportesCRB volta para Maceió e espera casa cheia na partida contra o Náutico sábadoApós dois jogos fora de casa, o CRB inicia os trabalhos visando o confronto com o Náutico neste sábado, às 16h30, no Estádio Rei Pelé. O presidente Marcos Barbosa mais uma vez exaltou a confiança no time e convocou a torcida para este desafio. “Temos um campeonato difícil onde o fator de jogar em casa deve ser importante para a subida na tabela. Convoco todos os regatianos para este jogo de sábado e também para que façam o pro-grama de sócio-torcedor”, disse o presidente. O CRB chega ás 20h deste domingo no Aeroporto Zumbi dos Palmares e se reapresenta na tarde desta segunda-feira.

Embalado, ASA encara o ConfiançaDireção faz promoção de ingressos e técnico Vica será obrigado a escalar uma nova dupla de zaga no jogo de hoje

O ASA é o terceiro colo-cado do Grupo A, com 16 pontos ganhos. Já o

Confiança é o quinto e soma 12 pontos na competição na-cional. O confronto entre as duas equipes acontece neste domingo às 19h no Estádio Coaracy da Mata Fonseca.

A meta do ASa é seguir no G4. O técnico Vica não vai poder contar com o za-gueiro André Nunes na par-tida contra o Confiançapela 10ª rodada da Série C do Campeonato Brasileiro. O jogador apresentou um ede-ma no músculo da coxa di-reita no treino chegou a ser poupado das atividades mas o departamento médico alvi-negro decidiu vetar o atleta.

Outro que está fora do confronto diante dos sergi-panos é o zagueiro Lucas Bahia, suspenso pelo tercei-ro cartão amarelo. Para esse jogo, o treinador do Fantas-ma vai contar com uma nova

dupla de zaga na Terceirona. No treino o time trabalhou com Edson Veneno e Lean-dro Souza formando o miolo do sistema defensivo. Quem também briga por uma vaga é Luiz Gustavo.

Outros jogadores que se-guem desfalcando o ASA é o meia-atacante Alex Henri-que e o atacante Luis Paulo. Ambos estão em trabalho de fortalecimento muscular e só devem retornar aos trei-namentos na próxima sema-na.

PROMOÇÃOPrecisando do apoio do

torcedor alvinegro, a dire-toria do ASA decidiu fazer uma promoção para home-nagear, de forma antecipa-da, o Dia dos Pais. Para a partida contra o Confiança, neste domingo, às 19h, váli-da pela 10ª rodada da Série C, o torcedor do clube arapi-raquense vai poder comprar um ingresso e levar dois. A

promoção só é válida para quem comprar os bilhetes até o sábado, véspera do jogo.

Os valores foram fixados em R$ 20,00 para o setor de arquibancadas inferiores e R$ 30,00 para as superio-res. No domingo, os ingres-sos serão vendidos de forma individual e com os mesmos preços. Através do site ofi-cial do clube, a diretoria do Fantasma informou que os bilhetes começam a ser vendidos nesta quinta, nas bilheterias do Coaracy da Mata Fonseca, no quiosque do ASA, no Arapiraca Gar-dem Shopping e também na loja Poly Sports, na Avenida Rio Branco.

Estudantes, mulheres, idosos e portadores de ne-cessidades especiais terão direito a meia-entrada ape-nas no dia do confronto, as-sim como a venda de ingres-sos para a torcida visitante. ASA espera grande público neste domingo para duelo contra Confiança pela Série C do Brasileirão

José Maria Marin, presidente da CBF, e o deputado Romário, durante um raro momento de trégua

Zico espera ganhar mais apoio para ser o presidente da FIFA

ASCOM ASA

UOL

CBF

PRESIDÊNCIA

CBF dará apoio a Zico na Fifa se ele conseguir associações

Com o interesse de forma-lizar a candidatura à presi-dência da Fifa, Zico esteve na tarde desta quinta-feira na CBF para uma reunião com o presidente da entida-de, Marco Polo Del Nero em busca de apoio para o pleito. O ex-jogador ouviu que, para contar com o apoio do Brasil, precisará garantir outras quatro associações nacio-nais (cinco apoios é o mínimo para viabilizar uma candida-tura, segundo o regulamento eleitoral da Fifa).

“Zico tem o nosso apoio para viabilizar a candidatu-ra. Se ele conseguir as outras quatro assinaturas, a CBF vai endossar o seu pleito. Fa-lei com o Napout que temos um brasileiro ilustre com a intenção de concorrer ao cargo de presidente da Fifa. Em condições regulares para entrar na eleição, Zico terá o

endosso da CBF”, disse Del Nero.

A tarefa é vista por Zico como possível. Ele revelou anteriormente que já tinha como meta buscar suporte de Turquia, Japão, Índia e Uzbequistão, países onde trabalhou. “Agora a respon-sabilidade é minha, mas o primeiro passo foi dado”, dis-se Zico, informando que só a partir de agora irá enviar cartas às entidades estran-geiras.

Na mesma mesa que Zico e Del Nero estiveram Gustavo Dantas, vice da CBF na Re-gião Nordeste, Paulo Nobre, presidente do Palmeiras, Marco Aurélio Cunha, coor-denador do futebol feminino da CBF, Cesarino Oliveira, presidente da Federação do Piauí, e Mauro Carmélio, presidente da Federação Cearense.

DOPING

CBF fala sobre Fred, e jogador se defende

O meio-campista Fred e a CBF se pronunciaram a res-peito do resultado do teste que apontou uso do diurético hidro-clorotiazida, substância proibi-da pela comissão de dopagem, pelo jogador durante a Copa América. Enquanto aguarda a contraprova, o brasileiro do Shakhtar Donetsk se defendeu através de sua assessoria de imprensa.

“Nunca fiz uso de qualquer substância ilícita. Confio na mi-nha inocência e vou provar isso perante os órgãos competentes. Tenho uma trajetória limpa no futebol e conto com o apoio de todos”.

Poucos minutos antes, a CBF divulgou uma nota oficial, as-sinada pelos médicos Rodrigo Lasmar, André Pedrinelli e Luiz Antonio Barcellos Cres-cente, para falar do caso. A enti-dade, que consultou a comissão técnica para procurar entender o que aconteceu, mantém a posição de que todos os medi-camentos usados com conheci-mento do departamento médico estavam dentro das regras.

“Segundo informe da Conme-bol, o exame para controle de doping realizado no atleta em questão identificou a presença da substância hidroclorotiazi-da, que não faz parte da lista enviada, tampouco da relação de medicamentos padronizados pela CBF. Portanto, não tínha-mos esse medicamento a nossa disposição e o mesmo não foi ministrado pelo corpo médico da Seleção Brasileira de Fute-bol - disseram os médicos, em parte da nota.

Chamado para a Copa Amé-rica no lugar do lesionado Luiz Gustavo, Fred iniciou a Copa América como titular, mas per-deu sua vaga a partir da par-tida contra a Venezuela, ainda na primeira fase. Durante a competição, um teste feito no jogador encontrou o diurético hidroclorotiazida, substância proibida pela comissão de do-pagem, e agora ele aguarda a contraprova.

O resultado deveria ter saí-do na última terça-feira, mas a Conmebol ainda não se posicio-nou até o momento.

Senador e ex-jogador é o presidente da CPI do futebol

EX-PRESIDENTE

Romário teme volta de Marin e quer ouvir dirigente na prisão

Presidente da CPI do Futebol, o senador Romá-rio afirmou que pretende ouvir José Maria Marin, preso em Zurique desde o fim de maio. Em entrevis-ta esta semana ao jornal O Estado de S. Paulo, o Bai-xinho informou que não aceitará pedidos da banca-da da CPI para que o ex--presidente seja ouvido em Brasília.

Marin teria de pedir autorização do governo suíço para depor na CPI do Futebol. Mas Romário teme o retorno do dirigen-te ao Brasil.

“Vamos montar uma missão e viajar até Zurique para isso. Mas não quere-mos que o Marin volte ao Brasil. Sabemos o que vai ocorrer se ele viajar”, de-

clarou Romário, ao jornal, em viagem a Zurique.

O senador do PSB-RJ diz que estranhará qual-quer solicitação na CPI para que Marin preste de-poimento fora da prisão. “Se eu receber um reque-rimento para ouvi-lo aqui eu vou rasgar em público”. “Pode ter certeza de que quem fizer esse requeri-mento está recebendo algo por fora”.

Segundo Romário, a CBF exerce forte pressão na Câmara dos Deputa-dos, mas o Senado (onde será desenvolvida a CPI) não sofrerá lobby da enti-dade.

A CPI do Futebol co-meçará suas atividades em 4 de agosto. A função de relator da CPI caberá

ao senador Romero Jucá – PMDB/RR, escolhido por Romário.

Serão 11 titulares na comissão, entre eles o se-nador Fernando Collor (PTB/AL), além de oito su-plentes.

A CPI terá 180 dias para investigar possíveis irregularidades em contra-tos feitos para a realização de partidas da seleção bra-sileira de futebol, de cam-peonatos organizados pela CBF, assim como para a realização da Copa das Confederações em 2013 e da Copa do Mundo de fute-bol de 2014. Romário des-tacou que serão chamados o atual presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, e o ex-presidente da entidade, Ricardo Teixeira.

Coesa: que saúde queremos para Alagoas?Conferência estadual reúne 600 participantes, a partir desta segunda-feira, no Centro de Convenções de Maceió

Depois de meses de prepa-ração, discussão que en-volveu todos os técnicos,

trabalhadores e conselheiros do CES-AL, começa nesta segun-da-feira (3), a VIII Conferência Estadual de Saúde (Coesa), no Centro de Convenções de Ma-ceió, em Jaraguá. Serão 600 participantes dos 102 muni-cípios alagoanos, que durante quatro dias – de 3 a 6 de agos-to, vão discutir e debater temas como direito à saúde, garantia de acesso e atenção de qua-lidade, reformas populares e democráticas do Estado, finan-ciamento, participação social, gestão, além de outros temas importantes para a qualidade da saúde pública brasileira.

O credenciamento dos dele-gados, começa as 14 horas que se encerra às 17 horas. A aber-tura será às 19 horas, seguida pela palestra magna proferida pela presidente do CNS, Ma-ria do Socorro de Souza, sobre “Saúde pública de qualidade para cuidar bem das pessoas: direito do povo brasileiro”, que é também o tema principal es-colhido pelo Conselho Nacional de Saúde para todas as con-ferências. Todas as propostas aprovadas na VIII Coesa, serão apresentadas e defendidas em Brasília, em dezembro, na 15ª Conferência Nacional de Saúde, pelos delegados eleitos na últi-ma plenária.

Após a palestra haverá a apresentação cultural do coral da Uncisal, encerrando a pro-gramação da abertura. No dia quatro, os trabalhos começam com a leitura do Regulamento da VIII Coesa, as 8 horas da manhã. Às 10 horas, o profes-sor doutor em economia Cícero Péricles Carvalho, da Universi-dade Federal de Alagoas (Ufal), faz palestra sobre a conjuntura atual da economia alagoana, seguida de debate. Às 11h30 horas, uma apresentação cultu-ral de hip hop do artista Zazo encerra os trabalhos da manhã.

Durante a tarde, haverá os debates sobre Participação So-cial que terá como expositora a secretária de gestão estratégica e participativa do Ministério da Saúde, Kátia Maria Barreto Souto. Um outro eixo que terá

como temática Direito à Saúde, Garantia de Acesso e Atenção de Qualidade terá a Promotora do Ministério Público de Alago-as, Micheline Tenório como pa-lestrante. O terceiro eixo que será debatido trata da Gestão do SUS e Modelos de Atenção à Saúde, com a Secretária Muni-cipal de Saúde de Maceió, Sil-vana Medeiros Torres. O último tema trará a professora douto-ra da Universidade Federal de Alagoas, Valéria Correia, para falar acerca do Financiamento do SUS e Relação Público-Pri-vado. O segundo dia de discus-sões da VIII Coesa será encer-rado com um debate.

No terceiro dia o Professor doutor da Ufal, Cícero Albu-querque, fala sobre Reformas Democráticas e Populares do Estado. O outro eixo a ser abor-dado é Ciência, Tecnologia e Inovação do SUS, por Francisco Batista Junior, membro titular da Comissão Intersetorial de Recursos Humanos do Conse-lho Nacional de Saúde. O ter-ceiro expositor do dia trata so-bre a Valorização do Trabalho e da Educação em Saúde com a professora doutora da Faculda-de de Direito da Bahia, Petilda Serva Valquez, seguido de de-bate e apresentação de dança cigana. O horário da tarde será dedicado às discussões dos gru-pos temáticos.

O dia seis será todo dedica-do à plenária final e escolha dos delegados que representarão Alagoas na XV Conferência Na-cional de Saúde, em dezembro. Para o Presidente do Conselho estadual de Saúde e Coordena-dor da VIII Coesa, José Wilton da Silva, a equipe e as comis-sões que organizaram a confe-rência estadual estão levando para os 600 participantes, te-mas e palestras que são impor-tantes para o momento atual da saúde pública de Alagoas e do Brasil. “Temos certeza que teremos uma conferência par-ticipativa, com debates de alto nível e esclarecedores, assim levaremos para Brasília as nos-sas impressões, propostas e ne-cessidades para que tenhamos no nosso Estado e também no Brasil, a saúde que queremos e precisamos”, ressaltou.

CREDENCIAMENTO

Conferência terá participação de entidades diferenciadas

Este ano, a Conferência contará com a participação de entidades que não foram con-templadas na condição de de-legados ou delegadas, por meio do credenciamento livre nos termos do artigo 28 e 29 do Re-gimento da VIII Coesa, apro-vado na 55ª Reunião Extraor-dinária do Conselho Estadual de Saúde e Resolução nº 10 do Conselho Estadual de Saúde (CES/AL). Segundo Wilton, é uma forma de ampliar a par-ticipação popular nas discus-sões.

“Essas entidades não têm direito a voto, mas podem par-ticipar livremente dos debates, expressar suas opiniões e suas dificuldades e sugestões”, des-taca.

São 52 vagas – sendo 26 para representantes dos usuá-rios, 13 para trabalhadores da saúde e 13 para gestor/presta-dor. Esse credenciamento será feito durante a parte da tarde, a partir das 14 horas e também se encerra as 17 horas, no Cen-tro Cultural e de Exposições Ruth Cardoso, por ordem de chegada da entidade.

O representante deverá apresentar ofício da entidade com sua indicação ao creden-ciamento livre e um documen-to de identificação pessoal.

Os Conselhos de Saúdes são órgãos colegiados, em cará-ter permanente e deliberativo, compostos por representantes do governo, prestadores de ser-viço, profissionais de saúde e usuários, que atuam na formu-lação de estratégias e no con-trole da execução da política de saúde na instância correspon-dente, inclusive nos aspectos econômicos e financeiros.

No Brasil, já houve 14 Con-ferências Nacionais de Saúde, com destaque para a 8ª Confe-rência Nacional de Saúde. To-davia, o cenário político atual é de desmonte dos direitos con-quistados constitucionalmente.

A crise econômica e finan-ceira que o país enfrenta fa-vorece as propostas antidemo-cráticas. O momento exige a mobilização da sociedade, uma vez que o Estado Democrático de Direito está ameaçado. É necessário impedir a desconsti-tucionalização do SUS.

MACEIÓ - DOMINGO, 2 DE AGOSTO DE 2015 GERAL 17 TRIBUNAINDEPENDENTE

O GOLEIRO PISTOLEIRO Depois que foi expulso da Polícia Militar de Alagoas, nos idos de 1940, o Sebastião Horácio de Lima optou por ser pistoleiro, na Paraíba, onde se deu bem até demais. Tanto, que comprou até uma fazenda naquele estado e passou a criar cavalos de raça. E os ingênuos de boa fé ainda dizem que o crime não compensa. - Perdi a conta de quantos filhos de Deus eu mandei pro inferno! – confes-sou, certa vez, numa entrevista ao jornalista paraibano José Jerônimo Toscano. Aos 50 anos de idade, ainda solteiro, Sebastião curtia um barato incremen-tado com o mulherio, preferencialmente o da faixa etária dos 15 aos 17 anos – pedófilo, portanto – e um bate-bola domingueiro, onde só ele fazia gols, porque ainda metia medo, tanto aos “a favor” quanto aos “contrários”. Boçal, semialfabetizado, Sebastião apreciava exibir, na mão esquerda, um anel de pedra vermelha, anel este que havia afanado de um advogado que assassinara a mando de um promotor de justiça -, fato que lhe permitia ser chamado de “Doutor” Basto. “Doutor” Basto fazia os seus golzinhos, mas isso nunca lhe permitiu angar-iar o cartaz de artilheiro, por um detalhe plausível: as peladas de várzea onde pontificava, jamais ofereceu essa oportunidade nem a ele e nem a ninguém, porque, anônimas, não contabilizavam pontos – pró ou contra os boleiros. Certo dia, revoltadíssimo, “Doutor” Basto, desabafou: - Eu não posso aceitar que eu, o maior artilheiro desta região, não seja reconhecido... Pois eu vou ser, nem que seja na base da espingarda! Assessorado por amigos influentes e bons advogados, Basto fundou um time de futebol, ao qual deu o nome de Botafogo, homenagem ao outrora campeão carioca, agremiação do seu coração. E o registrou na federação respectiva da Paraíba, dentro da conformidade exigida pelo órgão. Feito isso, ele deu uma festa na sua fazenda. O que apareceu de pistoleiros no evento, foi uma enormidade. Políticos de todas as agremiações eleitorais – deputados, vereadores, prefeitos – autoridades constituídas do executivo, do ministério público e do judiciário estiveram presentes. “Doutor” Basto estava satisfeito e feliz, com toda aquela exibição de poderio. No domingo seguinte à festança, o Botafogo de Basto estava sendo oficialmente apresentado como o mais novo integrante do campeonato estadual de futebol. Ah, agora, sim, os gols de Basto seriam contabilizados legalmente e entrariam para os anais do bate-bola paraibano. O Botafogo Futebol Clube – com a mesma estrela no peito esquerdo, como o original –, entrou em campo para enfrentar Sporte Club Sobralense com “Dou-tor” Basto puxando a fila, sob os mais estrepitosos aplausos. E os puxa-sacos: - Já ganhou! Já ganhou! Já ganhou! - Viva o “Doutor” Basto, o maior artilheiro do Brasil! - Vivaaaaa! Reparando que o capitão do Botafogo, no caso Basto, entrara em campo pondo à mostra uma enorme pistola na cintura, o mediador da partida, major reformado da PM Euclides Pereira, o chamou no meio do campo e advertiu: - Não pode jogar armado! Entregue a pistola! E Basto: - Mas o que é isso, seu juiz? Essa pistola é inofensiva e de minha proprie-dade... - Onde você já viu uma pistola 380 ser inofensiva, rapaz? - Já vi e estou vendo agora! Essa pistola é minha e ninguém vai tocar nela! O árbitro, então, foi obrigado a mostrar a sua dupla autoridade: - Está expulso! E está preso! – e mostrou o cartão vermelho. - Nem tô expulso e nem tô preso! - Pois está e está! O tempo fechou no local – o vento parou e o sol se escondeu entre as nuvens. “Doutor” Basto resolveu mostrar ainda mais a sua brabeza. Partiu para cima do árbitro, esfregou o cano da pistola na venta do infeliz e, ato continuo, puxou uma faca-peixeira que conduzia camuflada debaixo da camisa. - Escolha como é que quer morrer, seu corno! Quer morrer de bala ou de faca? Apesar de toda autoridade que demonstrava possuir, o árbitro resolveu decidir pelo lado mais prático: girou nos calcanhares e empreendeu a maior car-reira de sua vida. Dessas de bater com pés na bunda.

UMA TEMIDA BICHONA Na região sertaneja alagoana, um fazendeiro muito famoso, conhecido como “coronel Tió” (Antiógenes Limeira), tinha uma cara de meter medo e a fama de muito brabo. Parrudão, gostava demasiado de “soltar o frosquete”, na base do terror e da ameaça. Certa feita, pegou um pobre matuto, trabalhador de uma das suas fazendas, e o obrigou a enrabá-lo. Depois de feita a coisa, coronel Tió, reforçou a ameaça: - Olhaqui, seu cabra, se você espalhar por aí que me comeu, eu lhe arranco os “possuídos”, escutou bem? - Iscutei, seu coroné! - Agora, suma daqui! Para mostrar que não estava de brincadeira, Antiógenes sacou o seu revólver e disparou três tiros para o ar. Dias depois, o caixeiro-viajante Adelmo Calixto, de passagem pela região, parou numa lanchonete para tomar um refrigerante. Quando estava no quinto gole da bebida, assustou-se com três disparos de arma de fogo, amparou-se por trás do balcão e perguntou ao atendente: - Que tiroteio é esse? Será assalto? E o balconista: - É não, meu patrão. É só o coronel Tió dando a bunda de novo...

SONOLENTOSTeobaldo se abre com o médico:- Doutor, eu não sei o que eu tenho! Eu vivo sempre mole, passo o dia boce-jando... - É simples! Você tem é sono!******************************************************* Falando em sono, tem a do Ezequiel, que foi também ao médico se queixar:- Pois é, doutor, à noite eu durmo perfeitamente bem. De manhã, também durmo como um anjinho. Agora, não sei por quê, de tarde eu tenho insônia!

Arapiraca em Ação

Torneio de futsal, queimada, cabo de guerra, xadrez gigante, ini-ciação ao jiu jitsu, gincanas e muito mais. É com estas atividades recreativas que acontecerá neste sábado (1º), a partir das 7h, o

projeto “Arapiraca em Ação”, levando esporte e lazer ao bairro Manoel Teles.Realizado pela Secretaria Municipal de Esportes e Lazer (Smel),que tem como secretário Nelson Filho, o evento voltado para as crianças é aberto na quadra de esportes do bairro e terá também distribuição de guloseimas.

AÍLTON VILLANOVA [email protected]@hotmail.com

CidadesemFocoROBERTO BAIA

Direito de todos“O ‘Arapiraca em Ação – Nossas Cri-anças Praticando Esporte e Lazer’ foi idealizado pela prefeita Célia Rocha, querendo incutir em toda a população este sentimento de mudança social por meio destas atividades, as quais seu acesso é um direito de todos nós, arapiraquenses”, diz o secretário da Smel, Nelson Santos Filho.

PatrocinadoresSegundo ele, o projeto espor-tivo deve ser levado a outros bairros, após este primeiro mo-mento no Manoel Teles, que tem ainda o apoio da Câmara dos Vereadores, Mercadão das Miudezas, S. Pessoa, Tio Vieira, Alimentos Popular e Shoots - Material Esportivo.

LiderançasA estimativa de público é de 400 crianças envolvidas, incluindo alunos das escolas Municipais Crispiniano de Brito e Cristo Redentor, a contar também com lideranças locais.

IncêndiosNa oportunidade, o 7° Grupamento de Bombeiros Militar fará uma demonstrarão de abordagens em incêndios. Os profissionais também explicarão para as crianças a respeito do treinamento e material de atendimento pré-hospitalar e de salvamento veicular, aquático e terrestre que eles utilizam no dia a dia.

Em greveO presidente do Senado, Renan Cal-heiros (PMDB) recebeu na sexta-feira, 31, na sede do PMDB em Maceió, uma comissão de servidores do Judiciário federal que estão em greve por conta do veto dado pela presidente Dilma Rousseff ao projeto de lei que garante reajuste salarial para a categoria. A categoria pediu apoio para que o Congresso coloque em votação o veto presidencial até o próximo dia 18 de agosto.

Luziápolis As pessoas que foram atendidas nos mutirões de exames de vista realizados na sede do município de Campo Alegre e no Distrito de Luziápolis receberam essa semana gratuitamente os seus óculos. Aproximada-mente 60 pacientes que foram prescritos para o uso de óculos receberam os seus óculos.

Foram entreguesAs entregas aconteceram na quarta-feira (29), onde foram feitas as en-tregas dos óculos dos pacientes atendidos na sede do município Campo Alegre, e na quinta-feira (30), foram feitas as entregas dos óculos dos pacientes do Distrito de Luziápolis. A secretária de Saúde Tamiris Santos e o secretário adjunto Regivan Farias participaram das entregas.

AssistênciaDurante as entregas os pacientes bastante satisfeitos relataram como se sentiam e agradeciam a Prefeitura Municipal de Campo Alegre por essa assistência destacando que a vida diária deles de agora em diante irá melhorar bastante.

ParceriasA prefeitura tem buscado parcerias para proporcionar cada dia uma melhor saúde para a população. A parceria com o IOFAL, foi de funda-mental importância para a reali-zação dos mutirões de oftalmologia, e consequentemente, a garantia dos óculos para a população.

... Os atendimentos oftalmológicos são feitos regularmente no município de Campo Alegre com a realização dos mutirões de oftalmologia para aproximadamente 200 pessoas em cada ação. Os pacientes passam por consulta, exames de catarata e glaucoma.

... Os casos de diagnóstico cirúrgicos receberam encaminhamentos para realizar a cirurgia, em outros casos que são identificados necessi-dade de usar óculos, sendo assim no mesmo dia os usuários realizam a consulta para determinar o grau da lente e escolhem a armação dos óculos de sua preferência.

... A saúde ocular merece uma atenção especial, por meio de um diagnóstico precoce, óculos de grau (corretivos) só devem ser usados seguindo-se a orientação do oftalmologista, após consulta com exame completo. Não existe uma idade para o início do uso de óculos, tanto podem ser necessários desde muito cedo (antes de 1 ano de idade) como só depois de adulto.

MACEIÓ - DOMINGO, 2 DE AGOSTO DE 2015GERAL18 TRIBUNAINDEPENDENTE

Maceió recebe encontro nacionalEducadores e autoridades públicas vão debater avanços e desafios na educação em reunião itinerante do CNE

Proposta é o amplo debate público sobre período de um ano de vigência do Plano Nacional de Educação

Atos normativos estabelecem parâmetros a serem seguidos pelos sistemas de ensino municipais e estaduais

Um ano após o Plano Nacional de Edu-cação (PNE) entrar

em vigor, a cidade de Ma-ceió recebe educadores e autoridades públicas na-cionais e regionais para debater os avanços e os desafios na educação. A reunião itinerante do Conselho Nacional de Educação (CNE) começa na nesta segunda-feira (3), no Hotel Jatiúca e se estende até o dia 6.

A Prefeitura de Maceió, por meio da Secretaria Mu-nicipal de Educação de Ma-ceió (Semed) apoia o even-to. A Serra da Barriga, em União dos Palmares, tam-bém será palco de ativida-des. No Parque Memorial Quilombo dos Palmares, será realizado um ato pú-blico sobre as diretrizes para a educação das rela-ções étnico-raciais e a edu-cação escolar quilombola. No penúltimo e no último dia, de volta a Maceió, au-diências e sessões públicas ampliarão os debates.

O prefeito Rui Pal-meira, que participará da abertura do encontro, acompanhado da secretá-ria municipal de Educação e ex-conselheira do CNE, Ana Dayse Rezende Do-rea, comentou a importân-cia de sediar o encontro: “A educação é uma área que precisa de um olhar atencioso. Compartilhar experiências e ações é en-riquecedor e, certamente, será extremamente pro-veitoso. Melhorar a edu-cação na cidade de Maceió é um desafio grande, mas desde que assumimos, te-mos trabalhado para mu-dar a realidade”, disse.

Contextualizando com o

PROGRAMAÇÃO

Avaliação do PNE é pauta da mesa de abertura do evento

CNE

Conselho regulamenta leis e políticas públicas educacionais

O monitoramento, o acompanhamento e a ava-liação do plano é a pauta da mesa de abertura do en-contro nesta segunda-feira (3). A reunião deve receber professores, gestores, profis-sionais de educação, autori-dades regionais, represen-tantes de sindicatos, bem como reitores de instituições educacionais públicas e pri-vadas.

Além da Semed, a Uni-versidade Federal de Alago-as (Ufal), o Instituto Federal de Alagoas (Ifal), a Secreta-

O conselho é um órgão ligado ao Ministério da Educação (MEC) e tem como objetivo institucio-nal elaborar atos norma-tivos (súmulas, pareceres e resoluções) que regula-mentam leis e políticas públicas educacionais.

É formado por 22 con-selheiros nomeados pela

Presidência da República, indicados por sociedades científicas e instituições ligadas ao ensino e à pes-quisa. Onze membros fa-zem parte da Câmara de Educação Básica. Os de-mais, da Câmara de Edu-cação Superior.

Entre os membros-natos, estão o secretário

de Educação Básica e o secretário de Educação Superior do ministério, completando o Plenário com um total de 24 re-presentantes. O trabalho do CNE é organizado em comissões de estudos e análise dessas políticas. Entre as agendas prio-ritárias, estão o PNE, a

formação de professores, a gestão democrática, a implementação da políti-ca de educação integral, o sistema socioeducativo, o marco regulatório para a educação a distância e os cursos de especializa-ção lato sensu, bem como as diretrizes curriculares para a educação profissio-

nal e tecnológica. Atual-mente, são 21 temas em discussão, a partir dos quais serão elaboradas re-soluções normativas que vão estabelecer, em nível nacional, parâmetros a se-rem seguidos pelos siste-mas de ensino municipais e estaduais.

O CNE também de-

libera sobre processos relativos à avaliação, su-pervisão e expansão da educação brasileira. Vale ressaltar que as ações do conselho se pautam pelo amplo debate com a so-ciedade por meio, princi-palmente, de audiências públicas relacionadas à atuação dessas comissões.

SECOM MACEIÓ

SECOM MACEIÓ

Secretária Ana Dayse convida população, professores, lideranças comunitárias e conselheiros tutelares para as sessões públicas

Rui Palmeira: “Melhorar a educação na cidade de Maceió é um desafio grande, mas temos trabalhado para mudar a realidade”

cenário local da educação, o prefeito Rui Palmeira destacou que comparti-lhar experiências e deba-ter avanços é essencial: “Estamos reformando vá-rias unidades de ensino.

Numa ação inédita, os mais de 60 mil alunos es-tão recebendo fardamento completo com calça, short, tênis e mochila e também um kit com material esco-lar. Além disso, dobramos o valor repassado para a merenda escolar.

É um investimento alto e nossa expectativa é, de fato, reduzir índices nega-tivos e melhorar indicado-res como o Ideb”, frisou o prefeito.

“Teremos uma semana onde a chamada cúpula da educação do País se desti-na a Maceió para discutir a educação com foco no Pla-no Nacional de Educação (PNE) e na formação dos professores. Aproveitamos para convidar a popula-ção, os interessados como professores, lideranças comunitárias e conselhei-ros tutelares para as ses-sões públicas”, disse Ana Dayse. Para a secretária, as discussões incidem em resultados práticos, pois a partir delas, o Conselho trabalha suas resoluções, seus pareceres e regulam o sistema de educação do País.

O presidente do CNE, Gilberto Garcia, falou da importância de realizar do encontro em Alagoas. “Para o Conselho Nacional de Educação é a oportuni-dade de ampliar o diálogo com a comunidade regional do Nordeste e fortalecer o alcance das políticas edu-cacionais em todo o País”.

ria Estadual de Educação de Alagoas, o Centro Univer-sitário Tiradentes (Unit), o Centro Universitário Ces-mac e o Programa das Na-ções Unidas para o Desen-volvimento (Pnud Brasil) apoiam o encontro.

A abertura da reunião propõe amplo debate públi-co sobre o período de um ano de vigência do PNE e deve contar com a presença do ministro da Educação, Re-nato Janine Ribeiro; da mi-nistra-chefe da Secretaria de Políticas de Promoção da

Igualdade Racial da Presi-dência da República, Nilma Lino Gomes; do presidente do CNE, Gilberto Garcia; do governador de Alagoas, Re-nan Calheiros Filho, além de outras autoridades locais.

No dia seguinte, o evento segue com visita técnica ao Parque Memorial Quilombo dos Palmares, na Serra da Barriga, onde está previsto ato público sobre as dire-trizes para a educação das relações étnico-raciais e a educação escolar quilombo-la. Na sequência, de volta

a Maceió, reunião conjunta das câmaras de Educação Básica e Superior do con-selho traz como pauta a formação de professores e a universalização da edu-cação infantil, do ensino fundamental e médio. Está previsto ainda o lançamento das orientações curriculares da educação infantil em Ma-ceió.

Outras reuniões conjun-tas promovem audiência pública sobre as diretrizes nacionais para a educação escolar dos adolescentes e

jovens em atendimento so-cioeducativo, assim como diálogo com a comunidade educacional que aborda o PNE e o desafio das políticas públicas, com destaque para a formação de professores, a qualidade social e a gestão educacional.

Após este momento, equipe do Pnud Brasil deve lançar mais uma edição do Atlas do Desenvolvimento Humano.

No último dia de reunião itinerante, quatro sessões públicas encerram a agen-

da de atividades. Uma de-las, no âmbito da educação básica, propõe analisar os resultados de pesquisa que revela o índice de letramen-to científico do País, iniciati-va do Instituto Abramundo, em parceria com o Instituto Paulo Montenegro e a ONG Ação Educativa e o Instituto Brasileiro de Opinião Públi-ca e Estatística (Ibope).

Outra sessão discute o cenário atual da educação superior no Brasil com re-presentantes da área acadê-mica.

A educação é uma área que precisa de um olhar atencioso. Compartilhar experiências e ações é enriquecedor e, certamente, será extremamente proveitoso”RUI PALMEIRAPREFEITO DE MACEIÓ“

MACEIÓ - DOMINGO, 2 DE AGOSTO DE 2015 PUBLICIDADE 19 TRIBUNAINDEPENDENTE

TRIBUNAINDEPENDENTEMACEIÓ - DOMINGO, 2 DE AGOSTO DE 2015PUBLICIDADE20

MACEIÓ - DOMINGO, 2 DE AGOSTO DE 2015 1 TRIBUNAINDEPENDENTE

O filme solo da Mulher Maravilha , com Gal Gadot e Chris Pine, dirigido por Patty Jenkins, começará suas filmagens em Londres no próximo outono americano. Já o filme da Liga da Justiça, escrito pelo roteirista de Batman vs Superman, Chris Terrio, e dirigido por Zack Snyder, começará a filmar na próxima primavera. ‘Logisticamente, é algo impressionante. Enquanto Batman vs Superman ganha uma camada de efei-tos especiais e os vários estágios de edição, marcação, gradação e mixagem de som são completados, Deborah Snyder, junto de Roven, estão vendo essa caixa de areia que se estica por todo o mundo. Jenkins está em Londres preparando Mulher-Mara-vilha, que começa a filmar no outono. Esquadrão Suicida está todo encaminhado em Toronto, sob o olhar realista de Ayer, vai filmar até setembro.

Na infância, Carlos Andreazza beberica-va o uísque do avô Mário, ministro dos Transportes de três governos da ditadura

militar. Na adolescência, era titu-lar no meio de campo do time de futebol do Jockey Club Brasileiro e discutia com professores que o perseguiam por conta do sobreno-me “maldito”. Mais velho, quando cursou Jornalismo na PUC-Rio, fundou um site para discutir cul-tura e política. Aos 35, o editor de não ficção e literatura brasileira da Record é uma das vozes mais dissonantes do mercado editorial: brigou com a Festa Literária In-ternacional de Paraty, execrou publicamente os livros de colorir e dá de ombros para quem o critica e o chama de “editor dos liberais e conservadores”.

No último dia 20, Andreazza con-cretizou o que considera seu maior êxito: assinou, enfim, contrato com Paulo Cesar de Araújo, autor da polêmica (e censurada) biografia “Roberto Carlos em detalhes”. Ao tirar o historiador e biógrafo da Companhia das Letras, assegu-rou a publicação de seu novo — e aguardadíssimo — livro sobre o Rei.

“Fizemos uma oferta financeira boa e demos garantias ao Paulo Cesar. Antes mesmo da votação do Supremo Tribunal Federal (que, em junho, derrubou a necessidade de autorização prévia dos biogra-fados), garantimos que publicaría-mos a obra independentemente da decisão”, conta o editor.

Araújo diz, usando oportuno tro-cadilho, que o acerto com a editora foi feito por questão de detalhes. Nos bastidores, porém, especula-

se que as garantias de segurança dadas pela Record pesaram a favor de Andreazza. A editora, mesmo no período em que biografias não au-torizadas eram frequentemente ve-tadas pela Justiça, publicou títulos como “Dirceu”, de Otávio Cabral, e “Tudo ou nada: Eike Batista e a verdadeira história do Grupo X”, de Malu Gaspar.

Os dois livros refletem os rumos dados por Andreazza à editora fun-dada em 1942 por Alfredo Machado e Décio Abreu. O investimento em livros-reportagem e obras críticas ao governo federal se tornou uma marca do carioca que chegou à Record em 2012. Quando Luciana Villas-Boas deixou o cargo de dire-tora editorial da empresa, Sérgio Machado, presidente do Grupo Record, decidiu descentralizar a tomada de decisões no carro-chefe do conglomerado, que reúne outras 11 editoras, como a José Olympio e a Bertrand Brasil. Dividiu setores e trouxe Andreazza para cuidar de não ficção. Com a saída de Guiomar de Grammont, em 2013, ele assu-miu também a literatura brasilei-ra.

Machado conheceu Andreazza por intermédio da irmã, Sônia. Impres-sionou-se com o rapaz que havia construído sua carreira nas peque-nas editoras Contracapa, Capivara e La Table Ronde, de Paris. Três anos depois da escolha, ele diz que o editor “superou expectativas”, e que já é possível enxergar suas digitais na Record.

“Dá para identificar uma certa guinada para a direita”, confessa, aos risos. “A teoria que a Luciana defendia era que a esquerda lê mais do que a direita. E, para mim, isso sempre fez um certo sentido. O Andreazza apostou no contrário e,

para nossa surpresa, deu certo. Fi-cou provado que a direita também lê. Ele percebeu um crescimento do pensamento liberal. Essa diversi-dade é boa para a democracia”.

O editor reuniu os articuladores do pensamento liberal na Record. Nomes da nova direita, como Rodri-go Constantino, e antigos pontífices do conservadorismo, como Olavo de Carvalho, entraram para o catálogo e, de imediato, deram resultado.

Segundo o site “Publishnews”, em 2014, três dos dez livros mais ven-didos pela editora seguiam nessa linha: “O mínimo que você preci-sa saber para não ser um idiota”, de Olavo de Carvalho; “A década perdida”, de Marco Antonio Villa; e “Não é a mamãe”, de Guilherme Fiuza.

O jovem Kim Kataguiri, líder de movimentos de contestação à pre-sidente Dilma Rousseff, também já assinou contrato e deve publicar até novembro. Andreazza usa o livro lançado em 2013 por Carva-lho como exemplo. Nas contas da editora, a obra vendeu mais de 120 mil exemplares.

“O caso do Olavo é muito simbóli-co. O que fizemos foi dar um trata-mento pop ao autor. Nós hypamos o Olavo, desde a escolha do título até a capa”, teoriza, chamando o proje-to editorial de “primoroso”. “Havia uma demanda reprimida por esses autores, que nós identificamos”.

“Ninguém se chama Andreazza por acaso”. A frase de Nelson Ro-drigues serviu como epígrafe do blog que ele manteve até 2011. O avô, de quem herdou os olhos ver-des, morreu quando o neto tinha 8 anos. Ele guarda memórias cân-didas do responsável por projetos faraônicos da ditadura militar, como a Ponte Rio-Niterói e a Tran-

samazônica.Ter o nome ligado à ditadura

durante a redemocratização não era exatamente fácil. No colégio, Andreazza precisou lidar com os olhares enviesados de alguns pro-fessores.

“Ouvia muita provocação, sofri muito”, diz ele, que jura não guar-dar mágoa dos mestres.”Tive pro-fessor torturado. Não posso mensu-rar uma dor dessas”.

Enquanto muitos colegas no mercado editorial são reservados, Andreazza vai para a linha de fren-te na hora de divulgar os livros. É extremamente ativo nas redes sociais, onde elogia — com adjeti-vos derramados — os autores que contratou.

A relação com a internet é anti-ga. Ao lado de Felipe Moura Bra-sil, mantinha o site “Tribuneiros”. Os dois dividiam o meio-campo do time do Jockey na adolescência. A parceria saiu dos campos, pas-sou pelo “Tribuneiros” e chegou à Record. Brasil, hoje blogueiro da revista “Veja”, organizou os textos de Carvalho e deve publicar dois livros pela editora em 2016.

Depois que Andreazza assumiu o cargo na Record, seus choques foram muitos. No mais recente, abriu guerra contra os livros de colorir, fenômeno editorial que ajuda as contas de um setor em crise. Mesmo que Rafaella Ma-chado, filha de Sérgio e neta de Alfredo, tenha editado obras do gênero pela Best-Seller, do Grupo Record, ele lançou sua “Campa-nha pela Maioridade Intelectual”. Acha que a onda não contribui com a leitura:

“Isso não pode ser considerado livro. E não deve estar em lista de best-sellers”.

DIVERSÃO&ARTE

Sobrenome maldito

Editor de nomes conservadores,

Carlos Andreazza se firma como voz

dissonante do mercado de livros

Mulher-Maravilha e Liga da Justiça ganham data de início das filmagens

DIVERSÃO&ARTE2 TRIBUNAINDEPENDENTEMACEIÓ - DOMINGO, 2 DE AGOSTO DE 2015

FALE CONOSCO - A Agenda é um serviço gratuito de orientação ao leitor. Os interessados em divulgar eventos, shows e exposições podem enviar material através do endereço: [email protected]

60 anos do Gogó da Ema

Está em cartaz, até o dia 14/08, no Cantinho Cultu-ral dos Correios em Maceió, a mostra de fotogra-fias em alusão aos 60 anos do Gogó da Ema – o

coqueiro símbolo da orla da cidade. Sob a curadoria do historiador José Bilu, a exposição traz também textos e registros de fatos históricos da frondosa árvore – inclu-sive, no período de sua queda. O Cantinho Cultural dos Correios é aberto para a visitação de segunda a sexta--feira, das 09 às 17h, no hall da Agência Central, situado na Rua do Sol – Centro de Maceió. Entrada Franca.

Show: Fuga e Johnson’s Baby Que tal um evento onde você poderá ouvir o bom e velho rock’n’roll, encontrar gente bonita e uma turma que gosta de se divertir em karaokê? Se gostou da proposta, você não pode perder a ‘Fuga’, festa que acontecerá no próximo dia 07, no bar e restaurante Conversa Botequim, locali-zado no Stella Maris. A ideia do ‘Fuga’ surgiu de dois amigos, Rogério Farias e Lucas Lamenha, que, procurando alternativas ao axé e ao pagode que faziam sucesso em Maceió nos idos de 2003, reuniram-se, numa brincadeira, para cantar rock. Ingressos: R$ 20,00. Horário: 22h.

Show BeneficenteO Padre Fábio de Melo é a atração de um Show Beneficente no dia

9 de agosto, às 19h no Papódromo. No repertório, ele vai mesclar canções do último CD, intitulado “Solo Sagrado”. O sacerdote tam-

bém deve relembrar antigos sucessos como “Eu e o Tempo”, “Tudo é do Pai” e “Tudo Posso”. Ingressos: R$ 20,00 (Área 2), R$ 40,00 (Área 1) R$ 80,00 (Cadeira numerada). Pontos de Vendas: Livrarias Paulinas Maceió (Rua da Alegria, 71, Centro), Viva Alagoas (Maceió Shopping), Acesso Vip (Parque Shopping), Folia Brasil (GBarbosa Stela Maris).

Festa FrenéticaUma nova opção de festa desembarca em Maceió no próximo dia 8 na casa de shows Orákulo. Com a participação de Djs de Recife e Aracaju, a balada intitulada “Frenética” promete muita música Pop e Eletro em sua primeira edição. Nuno Pires, conhecido pela Festa Carola em Pernambuco, já tocou em outros estados do Nordeste e estará pela primeira vez em Alagoas. Junta-se a ele, para animar a noite, o dj sergipano Junior Hoffbauer. A dupla vem cheia de estilo com muitos clássicos, hits, funk, Kpop e novidades para não deixar ninguém parado. As novidades continuam com shots de Gabriela para quem chegar cedo e entrada free para os aniversariantes dos dias 07, 08 e 09. Para isso eles devem seguir as instruções que estão na página do evento no Facebook. Os ingressos custam R$20 (primeiro lote) e R$30 na hora da festa (apenas em dinheiro). E estão disponibilizados no site do Eventick ou no Tmaki Express no Maceió Shopping.

Oswaldo Montenegro “Canção Nua” O consagrado cantor e compositor Oswaldo Montenegro, sobe ao palco do Projeto Mirante Gourmet Cultural no sábado, dia 8 de agosto, às 20h, com seu show solo, “Canção nua”. A ideia do “Canção Nua” surgiu como um projeto para a internet em seu canal do youtube (www.youtube.com/comu-nic1000), em que Montenegro canta suas músicas do jeito que elas nasce-ram: sem introdução, sem solo, apenas com sua voz e seu violão virtuose. O sucesso fez com que virasse show. Ingresso: inteira – R$ 82,00 e meia – R$ 42,00. Pontos de vendas: Mr Cat (Maceió Shopping, Parque Shopping, Shopping Pátio e Amélia Rosa) Mais informações: Informações: 3032-5210 / 99601-2828.

Os Melhores do Mundo – 20 AnosNo dia 21 de abril, data que marcou o início oficial do grupo, quando esse elenco reuniu-se pela primei-ra vez num mesmo espetáculo, em 1995, e nunca mais se desfez, o grupo apresentou no Vivo Rio – no Rio de Janeiro, o espetáculo Hermanoteu na Terra de Godah. Agora chegou a vez da trupe apresen-tar uma nova produção à cidade: Tormentas da Paixão. As sessões acontecem em agosto, dias 22 (19h e 21h30) e 23 (18h), no Teatro Gustavo Leite. Ingressos R$ 40 (meia) e R4 80 (inteira). Vendas: www.igressorapido.com.br. Casa das Tintas (Farol e Ponta Verde) e lojas Alethia (Maceió Shopping e Parque Shopping).

“Amostra Grátis”A exposição ‘Amostra Grátis’ é uma galeria a céu aberto para quem passa na Praça Deodoro. Amanhã (30), acontece no local a palestra ‘Arte Contempo-rânea, com Socorrinho Lamenha. E no último dia da exposição, 17 de agosto, haverá uma mesa redonda com a presença dos 13 artistas que participam da mostra. Horário: de segunda a sexta das 8h às 13h e das 14h às 17h. Na quarta-feira, das 8h às 13h e das 14h às 20h. As inscrições para todas essas atividades podem ser feitas na página eletrônica [email protected]. O interessado deve enviar nome completo, contato telefônico, endereço, idade e, em se tratando de menor, o nome do responsável. Mais informações pelo telefone 3315-6556.

Feira do LivroAcontece no Maceió Shopping, até o próximo mês de agosto, “Feira do Livro. Aberto ao público no horário de 10 até 22h, o evento tem registrado movimento intenso, comprovando que o interesse pela cultura e pelo hábito de ler ainda é grande mesmo diante do momento. Na feira, estão sendo comercializados mais de 30 mil títulos de diversos autores, vários gêneros e para todos os públicos. Outro detalhe é o preço, abaixo do mercado, com títulos a partir de R$3,00, o que também se torna um incentivo para quem está a procura de um bom livro, mas atualmente precisa ponderar diante de outros artigos de mais necessidade.

RUDÁ – Um Sonho Real Rudá: Um Sonho Real mistura lin-guagem teatral com dança e acro-bacias aéreas para mostrar o lado mais lúdico da infância. Cumpriu, com grande sucesso, temporada de 2 meses no Rio de Janeiro e agora pode ser conferido em várias cida-des do Brasil. Maceió está incluída no roteiro que comtempla também: Belo Horizonte, Salvador, Recife, Aracaju, Belém, Porto Alegre, Curitiba, Goiânia, Brasília e Maceió,

entre outras. As apresentações na capital Alagoana acontecem dias 8 e 9 de agosto no Teatro Gustavo Leite – Centro de Convenções. Ingressos: Plateia: R$ 50,00 (meia) e R$ 100,00 (inteira) Mezanino: R$ 40,00 (meia) e R$ 80,00 (inteira). Formas de pagamento: cash / débito / crédito em até 2 X . Mais informações: 82 3235-5301 / 3317-0865 / 9928-8675 [email protected]

Mostra“O que fazer com latas de óleo, de tinta, frascos de esmalte seco, cascas de ovos e embalagens de papelão, portas de geladeiras, peneiras, vidros de cristaleira, cascas de camarão?”, questiona o artista plástico Paulo Caldas, trazendo a reflexão para a exposição “Lagoa – O que faço com tudo isto?”, A mostra é gratuita e ficará aberta para visitação até o dia 21 de agosto. O Museu Palácio Floriano Peixoto fica localizado na Praça Floriano Peixoto, no Centro de Maceió. Escolas públicas e privadas também podem agendar uma visita por meio do telefone 3315-7874.

O Rappa A banda O Rappa chega a Maceió no dia 25 de setembro com o show da turnê “Nunca Tem Fim”. O álbum apresenta uma mistura de estilos que transita entre o rock, reggae e dubstep, entre outros, além de trazer solos de guitarra e loops eletrônicos. Elementos que marcam bem a trajetória da banda, como metais e percussão variada, também estarão presentes. No repertório o público ainda contará com os clássicos da carreira da banda. Pontos de Vendas: Acesso Vip, Folia Brasil,Viva Alagoas, Lojas Chilli Beans,Forum, Merci, Academia Top. Mais Informações: (82) 3327-8700.

TRIBUNAINDEPENDENTE

TV TUDO

FLÁVIO RICCO - colaboração: José Carlos Nery - www.twitter.com/flavioricco

MACEIÓ - DOMINGO, 2 DE AGOSTO DE 2015

PRÊMIO LITERÁRIO

Estão abertas, até o dia 10 de setembro, as inscrições para o Prêmio Literário Biblioteca Nacional, que premia obras em nove categorias: Conto; Ensaio Literário; Ensaio Social; Literatura Infantil; Literatura Juvenil; Poesia; Projeto Gráfico; Romance e Tradução.Podem participar brasileiros natos ou naturalizadas – autores, tradutores e projetistas gráficos- que possuam obras redigidas em língua portuguesa e publicadas por editoras brasileiras. Serão aceitas inscrições da mesma obra em, no máximo, duas categorias, onde uma obrigatoriamente deve ser de Projeto Gráfico.Os prêmios contemplarão aque-las, em primeira edição, publica-das e impressas no período de 1º de maio de 2014 a 30 de abril de 2015, que estejam em dia com a Lei do Depósito Legal (Lei 10.994, de 14 de dezembro de 2004) e que possuam número de registro ISBN (International Standard Book Number) válido no Brasil.As inscrições são gratuitas. O autor ou tradutor da obra selecionada em primeiro lugar de cada categoria será contemplado com o prêmio em espécie no valor bruto de R$ 30 mil – sujeito aos descontos previstos por lei.Serão analisados critérios como qualidade literária, originalidade e contribuição à cultura nacional.Editais no endereço eletrônico: http://www.bn.gov.br/edital/2015/edital-publico-premios-literarios-fundacao-biblioteca

ÁRIES - (21/3 a 19/4) – O seu poder de sedução está em alta. Planeje e surpreenda com um jantar romântico a pessoa que ama. Não esqueça nunca os seus amigos mais íntimos. Procure o seu convívio sempre que possível dentro ou fora de 4 paredes.Carta do Dia: 4 de Paus, que significa Ocasião Inesperada, AmizadeTOURO – (20/4 a 20/5) – No plano profissional e material: Poderá obter compensações dos projetos que tem vindo a desenvolver ultimamente. Alcan-çará o apoio financeiro necessário para a boa concretização de um projeto de instalação por conta própria.Carta do Dia: Cavaleiro de Ouros, que significa Pessoa Útil, Maturidade

GÊMEOS – (21/5 a 21/6) – Não dê ou-vidos a terceiras pessoas que só podem querer desestabilizar a relação que atualmente vive. Tire as suas próprias conclusões e imponha a si próprio uma maior segurança. Não permita que os outros interfiram na sua relação.Carta do Dia: 2 de Paus, que significa Perda de OportunidadesCÂNCER – (22/6 a 22/7) – No plano afetivo: Se por natureza confia demais nas pessoas, tenha cuidado para não acreditar demais. São de prever con-flitos ou rupturas que não são as mais desejadas. Se lhe ocorrem pensamentos de infideli-dade, pense duas vezes, pois pode sair magoado.

Carta do Dia: 9 de Espadas, que signifi-ca Mau Pressentimento, AngústiaLEÃO – (23/7 a 22/8) –Poderá se sentir desmotivado, habitado por uma baixa de vitalidade, as suas energias não per-mitirão sair e partir à conquista. Procure os mimos do ser que partilha a sua vida e em conjunto dedique-se a atividades caseiras que lhe dão prazer.Carta do Dia: 5 de Paus, que significa FracassoVIRGEM – (23/8 a 22/9) – No plano profissional e material: Aceite todos os desafios que poderão ser colocados. Arregace mangas e não tema quaisquer problemas que possam advir das suas decisões. Seja firme e avance. Será necessário um pouco de ousadia em

certas situações.Carta do Dia: 10 de Paus, que significa Sucessos Temporários, IlusãoLIBRA – (23/9 a 22/10) – Este período exige bastante de si e oferece perspecti-vas que não deve desperdiçar. Combata o cansaço, arranje forças para poder enfrentar os novos desafios a par dos problemas pessoais. Faça pequenas poupanças diárias.Carta do Dia: 8 de Espadas, que signifi-ca CrueldadeESCORPIÃO – (23/10 a 21/11) – De tanto pensar naquilo que já viveu, pode perder oportunidades de viver o amor plenamente. Abandone o seu passado e viva o presente intensamente, pare de lamuriar-se e viver na nostalgia. Não

faça comparações desnecessárias.Carta do Dia: 10 de Copas, que significa FelicidadeSAGITÁRIO – (22/11 a 21/12) – As decisões oportunas e firmes farão toda a diferença na obtenção do sucesso. O forte dinamismo de que é possuidor vai levá-lo a conquistar os seus intentos. Seja mais cuidadoso na forma como gere as suas economias.Carta do Dia: A Temperança, que signifi-ca EquilíbrioCAPRICÓRNIO – (22/12 a 19/1) – Não peça aos outros aquilo que não pode dar. Tente ser autocrítico e analise as si-tuações com clareza. De forma tranquila e sem dramas, defina um pouco melhor os sentimentos que nutre pelo ser

amado. Evite dessa forma as repetidas decepções. Carta do Dia: O Mágico, que significa HabilidadeAQUÁRIO – (20/1 a 18/2) – Seja pruden-te o quanto baste, nos passos que dá e na forma como avança para atingir as suas metas. Invista naquilo que lhe pare-ce sólido e não em meras especulações. Não corra riscos desnecessários, poupe dinheiro e energias.Carta do Dia: 8 de Paus, que significa RapidezPEIXES – (19/2 a 20/3) - O seu poder de sedução está no seu ponto alto, usufrua dele com inteligência, aproveite-o no dia--a-dia em seu benefício.Carta do Dia: Rainha de Ouros, que significa Ambição, Poder

PALAVRAS CRUZADAS DIRETAS

Solução

www.coquetel.com.br © Revistas COQUETEL

BANCO 56

Nega (?),bolo de

chocolate

Sódio(símbolo)

(?) Santos,jurado do"The Voice

Brasil"

Uma (?)!:de jeitonenhum(pop.)

AngelaMerkel,políticaalemã

Grupo naplateia doprograma de auditório

Seleção deKwadwoAsamoah

(fut.)

(?) depalha: diz-se do que

dura pouco

Magistradoque coíbeos abusosda Justiça

Sala pertoda piscinade clubes

recreativos

Animalconsti-

tuinte derecifes

(?) Ryan,atriz dos

EUA

Segundamaior

cidade doVietnã

Apelido deCaetanoVeloso

Endereçode umapáginavirtual

OctavioPaz, poetamexicano

Duas ge-mas usadasem joias edecoração

Estrela dafesta de 15 anos

Oi

Pedaço depano

Revista demoda

Dança doBolshoi

A calça dorapper

Festividade gaúchaem setembro, que

celebra a mais longarevolta brasileira

"Comer, (?),Amar", livroSom doporco

(?) Rickli,atorHora

canônica

Deleitar

Fruta tropical rica empotássio, seu consu-mo evita câimbras

Xícara, eminglêsSem

roupas

"Cadê a (?)",vencedorado concur-so de mar-chinhas doRio (2014)

Aparelhode ouvidousado pelocantor noshow ao

vivo

O astro reiIdade da

balza-quiana

Botão do e-mail

Agremiaçãotrabalhistaque convo-ca grevese negociasalários

(?) Washington,ator (Cin.)

Cacos; frangalhos

Ambiente prisionalcuja realidade foiretratada no filme

"Carandiru"

4ª notamusical

24 horas

Fibra com a qual sefazem barbantes

Sensação de tédio dian-te de algo aborrecido

BMDPANDARECOS

DENZELBALENALULUAM

SINDICATOATACARAVANA

ETIGANAFENVIARTFA

CORREGEDORVIGAZRIGOR

AUSAUNAORETORNOCUP

IRLHANOIRAMICIURL

ENFADOAHAGATAEOPALA

3/caê — cup — url. 4/viga. 5/hanói — larga — vogue. 10/pandarecos. 11/ágata e opala.

HORÓSCOPO

Bate-rebate

C’est fini

DIVERSÃO&ARTE 3

A história da nova Malhação envolve rivalidades Terça-feira que vem, no Projac, a Globo vai promover uma coletiva à imprensa para falar da nova “Malhação:

Seu Lugar no Mundo”. Mas a coluna já antecipa aqui uma parte do que será falado no evento. Tudo começa com a história de dois jovens que se apaixonam, mas as coisas se complicam quando o pai da moça é

apontado como o homem que atropelou e deixou paraplégica a namorada do falecido irmão do rapaz. Outra parte do roteiro vai mostrar a rivalidade entre escolas públicas num subúrbio distante. Rivalidade que o tempo não apaga.Muitos adultos que estudaram ali e hoje são pais e/ou professores de alunos dessas escolas também têm seus conflitos, coisas mal resolvidas. Enfim, memórias dos tempos de juventude, muita pegada musical e a busca de cada um por seu lugar no mundo.

Está marcada para outubro a estreia da série “Hermes e Renato” no FX, da Fox.Após uma pausa nos trabalhos do grupo devido à morte de um dos integrantes, Fausto Fanti, os amigos Felipe, Marco, Adriano e Franco Fanti (irmão de Fausto) já gravaram todos os 12 episódios do programa. Ficamos assim. Mas amanhã tem mais. Tchau!

·Pessoal das rádios esportivas de São Paulo elogia as novas cabines do estádio do Corinthians...·... Embora fiquem muito longe do campo de jogo.·Fox Sports está se armando convenientemente para iniciar as transmissões dos próximos campeonatos espanhol e alemão...·... Alguns investimentos estão previstos para capitalizar a atenção dos telespectadores.·Na quarta que vem, sem futebol, a Globo vai de Bruce Willis, “Fogo contra Fogo”.·Marcelo Zambelli e Ana Paula Guimarães foram chamados por Jorge Fernando para dirigir “Candinho”, a próxima novela do Walcyr Carrasco...·... A propósito, Eliane Giardini também foi confirmada neste elenco.·No dia 8, sábado que vem, reestreia a peça “Não Sou Bistrô”, com Fúlvio Stefanini, no Teatro Viradalata, em São Paulo...·... Entre outras curiosidades, neste espetáculo Fúlvio será dirigido pelo seu filho, Léo Stefanini.·Policial em “A Regra do Jogo”, substituta de “Babilônia”, Marco Pigossi terá como par romântico na história Bruna Linzmeyer...·... Por causa da novela, Bruna deu uma repaginada no visual: loira de fios lisos...·... A personagem é definida pelo autor João Emanuel Carneiro como sensual e agressiva.

Arremate Por outro lado, a Globo começou a gravar, há duas semanas, a quinta temporada de “Pé na cova”. Mas esta, para exibição apenas em 2016.

Nova sérieMarisa Orth vai se juntar ao elenco de “Odeio Segundas”, novo trabalho do casal Fernanda Young e Alexandre Machado, para o GNT. A série já tem confirmadas as presenças de Carol Machado e Fernanda Paes Leme.

A propósitoAs primeiras leituras de texto e testes de figurinos de “Odeio Segundas” começam agora nessa semana. Há uma previsão de 10 episódios, com estreia em outubro.

Futebol no MundoComeça mais uma temporada dos principais campeonatos internacionais. A Inglaterra dá a largada inicial com a Supercopa e o clássico Arsenal x Chelsea, no estádio de Wembley, em Londres. A ESPN mostra a partida, com exclusividade, neste domingo às 11h00, com narração de Paulo Andrade. Na próxima semana, será a vez do Inglês com ESPN e Fox na transmissão. Ainda este ano sairá a definição de quem exibirá as próximas temporadas. A briga é grande!

No pontoA temporada de “Pé na Cova”, a quarta, que a Globo promete colocar no ar em setembro ou outubro, já está inteiramente gravada. Finalizada. É só apertar o “play”. Nada mais que isso. Miguel Falabella trabalha com essa informação.

Tem coisa aíAgora, o pessoal do Falabella anda desconfiado que a Globo poderá não cumprir essa promessa por causa de outras prioridades da sua programação na faixa de séries. Já é um forte indicativo de que a chapa pode esquentar de novo.

Como será A Record definiu assim a “mecânica” da oitava edição de “A Fazenda”, prevista para estrear em 23 de setembro: - segunda: Convivência; terça, Votação; quarta, Prova do Fazendeiro; Quinta, Eliminação; Sexta, Prova da chave; sábado, Festa, e domingo, Atividade especial.

E outraPara valorizar um pouco mais o negócio, a Record diz que “agora o programa será comandado por um dos apresentadores de maior credibilidade do país”. Traduzindo: a troca do Britto Junior pelo Roberto Justus. O problema é só a colocação do “agora”: quer dizer que antes não era?

Está dentro...Durante as primeiras reservas de atores para o elenco de “A Regra do Jogo”, substituta de “Babilônia”, dentro da própria Globo cogitaram a possibilidade de uma nova parceria nas telas entre Carolina Dieckmann e Susana Vieira.Mas isso ficou só no desejo de alguns. Susana entrou e fará uma das protagonistas.

... E está foraQuanto à Carolina, não teve negócio. O nome dela não foi lembrado. Oficialmente, a assessoria da Globo é bem clara sobre o assunto: “Não fará [parte do elenco]. Nunca foi escalada”.

Neste domingo, no “Esquenta!”,

da Regina Casé, teremos

a final a final do ‘Esquentanejo’,

que busca revelar talentos. No

time de jurados, César Menotti

(à esquerda, que participou do

“Medida Certa”) e Fabiano. Como se

observa, depois que o artista deixa

o quadro, o negócio complica.

O Fenômeno também sabe bem

como é.

JOÃO JANUÁRIO/GLOBO

Biblioteca Nacional abre inscrições para obras em português

DIVERSÃO&ARTE4 TRIBUNAINDEPENDENTEMACEIÓ - DOMINGO, 2 DE AGOSTO DE 2015

Todas as correspondências, como convites para esta coluna, e para

Elenilson Gomes, deverão ser enviadas para Av. Sandoval Arroxelas, 840,

Edf. Calliate Ap. 204 PV. CEP: 57035-230

Lagosta ao molho de champanheINGREDIENTES4 lagostas de 850g, 200g de sal grosso, 100ml de vinagre de vinho tinto, ÁguaMOLHO2 colheres (sopa) de cebola picada, 1 colher (sopa) de alho picado, 1 cenoura picada, 1 talo de aipo picado, 1 colher (sopa) de azeite, 400ml de champanhe rosado, 100ml de martini dry 600ml de creme de leite, Sal e pimenta a gosto.LEGUMES8 cogumelos-de-Paris fatiados, 4 alcachofras frescas fatiadas, 12 aspargos verdes cortados em cubos, 6 mini cebolas fatiadas, 1 colher (sopa) azeite extravirgem

e Sal e pimenta.MODO DE PREPAROFerva a água em uma panela grande e acrescente vinagre e sal. Coloque as lagostas na água e deixe cozinhar por 12 a 15 minutos. Retire as lagostas da panela, coloque em um recipiente e deixe esfriar na geladeira. Enquanto isso, retire o cabo das alcachofras e corte a ponta. Torneie a alcachofra, cortando as folhas pouco a pouco, até ficar com o formato de um disco. Enquanto estiver cortando, passe limão nas alcachofras para que não oxidem rápido. Coloque-as em um recipiente com água e um pedaço de limão cortado. Pique a alcachofra,

a cebola, o aspargo e o cogumelo. Coloque os ingredientes em outra panela com azeite e mexa por alguns instantes. Retire a lagosta da geladeira e separe a cauda. Corte em pedaços o resto da lagosta e coloque em uma panela com azeite. Acrescente alho, cebola, aipo e cenoura picados. Mexa e deixe as cascas soltarem líquido por algum tempo. Em seguida coloque o Martini e o champanhe e mexa por cerca de dez minutos. Jogue o creme de leite na panela e mexa por mais cinco minutos. Peneire o molho e guarde-o em um recipiente. Depois, retire a casca da cauda da lagosta. Apóie a lagosta de lado em uma mesa e faça pressão até que

ela estale. Com a ajuda de uma tesoura, retire a casca. Corte a carne da lagosta ao meio e retire o intestino. Coloque, em uma panela com óleo, os pedaços das lagostas. Não cozinhe muito para não ressecar, retire a lagosta da panela e ponha em outro recipiente. Na mesma frigideira em que estava a lagosta, acrescente os legumes picados. Ponha sal, pimenta e cebolinha e mexa.Finalização: Coloque um pouco dos legumes no fundo do prato, a lagosta em cima e jogue bastante caldo.Para finalizar, ponha uma colher de caviar e um pouquinho de cebolinha francesa.

Óleos faciais

Num tempo não muito distante, a palavra óleo facial passava longe do vocabulário de

beleza da imensa maioria das mulheres. Mas hoje, até mesmo quem tem pele oleosa, pode se beneficar do poder umectante dos óleos. Supertecnológicos, hoje eles têm textura seca, compostos anti-idade, clareadores e desintoxicantes. Ou seja, uma boa opção para todo mundo, principalmente no inverno. Quem tem pele oleosa não precisa fugir do produto, basta apostar em óleos que tenham argan, canela, jojoba e uva. A pele primeiro precisa ser hidratada, depois tratada, com antirrugas ou clareadores e finalmente protegida com filtros solares. A maquiagem vem só no final.

Top 3 Maragogi

O que não falta no Litoral Norte de Alagoas são atrativos turísticos que encantam os seus visitantes... Porém, existem determinados

lugares que são tão especiais que não dá para voltar para casa sem visitá-los! É o caso, por exemplo, das famosas piscinas naturais Galés, na Praia de Maragogi; do reduto dos peixes-boi no Rio Tatuamunha, no município de Porto de Pedras; e da Fábrica de Bolinho de Goma da Irmã Marlene, no distrito de São Bento. Eles compõem o Top 3 de passeios imperdíveis para os turistas que visitam essa região do estado alagoano. Tá esperando o quê?

Pena mais dura

A punição para motoristas que forem flagrados transitando de forma irregular pelas faixas exclusivas para ônibus, a faixa azul,

ficou mais severa. A lei que altera o Código de Trânsito Brasileiro foi sancionada pela presidente Dilma e, a partir de agora, o valor da multa sobe para R$ 191,54, além da perda de sete pontos na carteira de habilitação, uma vez que passa a ser infração gravíssima. Atenção, infratores!

Alecrim Verde Gourmet

Localizado na Avenida Deputado José Lages, Ponta Verde, as

empresárias Eliane e Eleuza Tenório apresentam novidades no cardápio do Alecrim Verde Gourmet. Destaque para a famosa feijoada servida aos sábados, além de pratos que reúnem o melhor da cozinha nacional e internacional. A dupla ainda está ultimando os preparativos para a retomada do café regional, na alta estação. Informações pelo 082 3231-0320.

Oswaldo Montenegro no Mirante Gourmet

O consagrado cantor e compositor Oswaldo Montenegro sobe ao

palco do Projeto Mirante Gourmet Cultural no sábado, dia 8 de agosto, às 20h, com seu show solo, “Canção nua”. Oswaldo Montenegro possui 42 CDs e 7 DVDs lançados (2 CDs de ouro, 1 de platina e um DVD de ouro). Informações: 3032-5210 / 99601-2828.

www.tribunahoje.comblogtopnews

[email protected]

Maria Antonieta

Os irmãos Breno, Leopoldo e Dedé Gama são responsáveis por um

dos restaurantes de maior sucesso da cidade. Premiado nacionalmente, não só pelo menu, assim como pela carta de vinhos, o trio construiu um espaço que alia bom gosto, sofisticação e culinária extraordinária. Destaque para as opções de entrada que integram o menu como a burrata com tomate seco. Um pecado não experimentar. Informações e reservas pelo 082 3202-8828.

Recital literário

O Sesc Alagoas,

através da Coordenação de Cultura (CARC), preparou

para o mês de agosto o Recital Literário “Musical Mente”, com a proposta de unir a literatura, o teatro e a música. Amanda Pimentel e Benilda Guimarães serão as responsáveis por essa união. O Sarau será realizado no dia 08/08, às 17h, no Teatro Jofre Soares, Unidade Sesc Centro.

Piercing de volta

Desde que assumiu o comando da

Givenchy, Riccardo Tisci recolocou a tradicional maison francesa no radar de fashionistas mundo afora. Todo mundo usou a camiseta com estampa de rottweiler. O moletom com Bambi, personagem dos estúdios Disney, também foi visto à exaustão pelas ruas. Sem contar as tendências de beleza. Afinal, as sobrancelhas não ficaram descoloridas à toa. Era item obrigatório nos desfiles da marca até algumas temporadas atrás. Mas como moda é novidade, Tisci, sem abrir mão de sua veia gótica, trocou os pelos apagados por um acessório, digamos, mais radical: o piercing. E não apenas um. E você, vai usar?

Neste domingo queremos parabenizar a chef de La Cusine,Tatiana Brasil, uma profissional que faz sucesso com seu

buffet Gourmeteria e também com seus cursos que ministra para os nossos amigos e amigas