Edição1042

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Produzido pelos alunos do Curso de Jornalismo ANO 35 - Nº 1042 www.rronline.com.br [email protected] facebook.com/rudgeramosonline De 1 a 14 de outubro de 2015 ANOS RRJ Falta de estacionamento na Praça São João Basta causa transtornos para pais e transportadores escolares na Emeb Lauro Gomes. Pág. 3 Gabrielli Salviano/RRJ Pág. 9 Metodista/S. Bernardo está na semi-final do estadual de handebol » MATA-MATA Pág. 8 Arsta do bairro faz exposição individual pela primeira vez » PINACOTECA Obras de revitalização Maristela Caretta/RRJ Rogério Nascimento/RRJ » INSEGURANÇA Moradores do Rudge Ramos reclamam da falta de Guardas Civis Municipais rondando a Praça dos Meninos. Pág. 5 Rogério Nascimento/RRJ

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Produzido pelos alunos do Curso de Jornalismo

ANO 35 - Nº 1042

[email protected]/rudgeramosonline

De 1 a 14 de outubro de 2015

5ANOS

RRJ

3

Falta de estacionamento na Praça São João Batista causa transtornos para pais e transportadores escolares na Emeb Lauro Gomes. Pág. 3

MotorXXXXXXistas sofrem com falta de sinalização nXXXXXXXXo novo trecho da rua Kara. Pág. 3

Gabrielli Salviano/RRJ

Pág. 9

Metodista/S. Bernardo está na semi-final do estadual de handebol

» MATA-MATA

Pág. 8

Artista do bairro faz exposição individualpela primeira vez

» PINACOTECA

Obras derevitalização

Maristela Caretta/RRJ

Rogério Nascimento/RRJ

» INSEGURANÇA

Moradores do Rudge Ramos reclamam da falta de Guardas Civis Municipais rondando a Praça dos Meninos. Pág. 5

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Guilherme Pimenta

PELA TERCEIRA se-mana consecutiva, o proble-ma de moradias na cidade foi pauta na Câmara Muni-cipal de São Bernardo. Os vereadores aprovaram por unanimidade, em sessão de quarta-feira (30), alterações em um projeto do Executi-vo, aprovado em 2014, que aborda a transferência de imóveis construídos pela prefeitura à Caixa Econô-mica Federal.

O texto trata da adequa-ção de medidas, valores e descrições das áreas para a execução de 176 unidades habitacionais vinculadas ao programa Minha Casa Mi-nha Vida, do governo federal, no bairro Vila Esperança.

Apesar de 27 dos 28 vereadores votarem favorá-veis ao projeto (o presidente da Câmara não pode votar), o texto causou discussão entre os parlamentares no plenário. “O prefeito [de São Bernardo, Luiz Ma-rinho (PT)] está jogando muita gente na rua. Muitas vezes, aprovamos projetos aqui e é feito tudo ao con-trário. Voto a favor pelas pessoas, não por ele”, criti-cou o oposicionista Osvaldo Camargo (PPS).

Os petistas voltaram a criticar a política habitacio-nal das gestões anteriores à de Marinho. “A cidade não oferecia nada na questão de construção de moradias. Um projeto habitacional

2 POLÍTICA RUDGE RAMOS Jornal da Cidade

DIRETOR - Nicanor LopesCOORDENADOR DO CURSO DE JORNALISMO - Rodolfo Carlos Martino. REDAÇÃO MULTIMÍDIA - Editor-chefe - Júlio Veríssimo (MTb 16.706); EDITORA-EXECUTIVA E EDITORA DO RRJ - Margarete Vieira (MTb16.707); EDITOR DE ARTE - José Reis Filho (MTb 12.357); ASSISTENTE DE FOTOGRAFIA - Maristela Caretta (MTb 64.183)

EQUIPE DE REDAÇÃO: Amanda Guilhen, Bianca Santos, Cibele Garcia, Erika Daykem, Felipe Siquei-ra, Gabrielli Salviano, Guilherme Pimenta, Larissa Pereira, Laura Reif, Letícia Ticianeli, Lucas Laran-jeira, Marcelo Argachoy, Natália Scarabotto, Pedro Giordan, Rogério Nascimento, Thaís Valverde, Thais Souza, Thamiris Galhardo, Vinícius Claro e alunos do 5º semestre de Jornalismo.

Rua do Sacramento, 230 - Ed. Delta - Sala 141 - Tel.: 4366-5871 - Rudge Ramos - São Bernardo - CEP: 09640-000

Rudge RamosJORNAL DA [email protected]

TIRAGEM: 15 mil exemplares - Produção de Fotolito e Impressão: Gráfica Mar-Mar

Produzido pelos alunos do curso de Jornalismo da Escola de Comunicação, Educação e Humanidades da Universidade Metodista de São Paulo

De 1 a 14 de outubro de 2015

DE OLHO NA CÂMARA

Pela terceira semana seguida, ações de habitação do prefeito Marinho voltam a ser tema no Legislativo

Até projeto aprovado por unanimidade gera debate entre oposição e governo

constante teve início em 2009”, afirmou Toninho da Lanchonete (PT).

Em seguida, o oposicio-nista Julio Fuzari (PPS) contestou o discurso da bancada do PT e criticou o valor do auxílio-moradia oferecido pela prefeitura (R$ 315). “Parece que es-tamos vivendo no país das maravilhas. Constroem ha-bitações populares ao preço de habitações de luxo, com

valores superfaturados”, declarou. “Se aumentás-semos o valor do auxílio, não teríamos dinheiro para construir os apartamentos”, falou Luizinho (PT).

Duas semanas atrás, conforme noticiado no Rud-ge Ramos Jornal, um mu-nícipe colocou o tema em pauta na casa por meio da “Tribuna Livre”, parte da sessão em que os cidadãos podem discursar no ple-nário. Já na semana pas-sada, dia 23 de setembro, integrantes do MLB (Movi-mento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas) foram ao Legislativo pressionar os vereadores por habitação.

Em entrevista ao RRJ em agosto, o prefeito Luiz Marinho admitiu que a falta de moradias é o principal desafio da cidade.

PolêmicaVereadores do G-9 e da

oposição voltaram a acusar a bancada do PT de não cum-prir com acordos partidários. Na manhã de quarta-feira (30), o plenário aprovou uma “mudança de ordem” nos projetos que seriam votados: Executivo à frente, seguido de oposição e G-9 e, por úl-timo, textos da base do PT.

Segundo o G-9 e oposi-ção, no entanto, os petistas boicotaram e não assinaram

o acordo. “Bancada do PT está em frangalhos”, criticou João Batista (PTB).

O presidente da Câmara, Luís Ferrarezi (PT), disse que isso é resultado de ten-são pré-eleitoral, para 2016. “O plenário reflete essas dúvidas [de posicionamento partidário] dos vereadores, é normal. E também havia projetos de vereadores que ferem regimento, incons-titucionais. O que muda a cidade são os projetos do Executivo”, declarou.

Pela falta de acordo, um projeto enviado pelo prefeito Marinho, também sobre ha-bitação, na região do Alva-renga, deixou de ser votado.

No plenário à esquerda, Julio Fuzari (PPS) critica plano habi-tacional de Marinho e discute com vereadores

Guilherme Pimenta/RRJ

Colégio Episcopal - Bispo Paulo Tarso de Oliveira Lockmann (1ª Região Eclesiástica); Bispo Luiz Vergílio Batista da Rosa (2ª Região Eclesiástica); Bispo José Carlos

Peres (3ª Região Eclesiástica); Bispo Roberto Alves de Souza (4ª Região Eclesiástica); Bispo Adonias Pereira do Lago (5ª Região Eclesiástica); Bispo João Carlos Lopes (6ª Região Eclesiástica); Bispa Marisa de Freitas Ferreira (Região Missionária do Nordeste); Bispo Carlos Alberto Tavares Alves (Região Missionária da Amazônia).

Coordenação Geral de Ação Missionária - Pas-tora Giselma Souza Almeida Matos; Deise Luce de Sousa Marques; Pastor Clemir José Chagas; Iara da Silva Côvolo; Pastora Cristiane Capeleti Pereira; Luiz Roberto Saparolli; Pastora Hideide Brito Torres; Elias Bonifácio Leite; Bispo Adonias Pereira do Lago; Recildo Narciso de Oliveira; Bispo João Carlos Lopes; Eric de Oliveira Santos; Bispa Marisa de Freitas Ferreira; Silas Dornelas de Novaes. Conselho Superior de Administração - Paulo

Borges Campos Jr. (presidente); Aires Ademir Leal Clavel (vice-presidente); Esther Lopes (secretária); Rev. Afranio Gonçalves Castro; Augusto Campos de Rezende; Jonas Adolfo Sala; Rev. Marcos Gomes Tôrres; Oscar Francisco Alves Jr.; Ronilson Carassini; Valdecir Barreros; Nelson Custódio Fér (suplente).

Diretor Geral - Robson Ramos de Aguiar

Vice-Diretor Geral - Gustavo Jacques Dias Alvim

Diretor de Finanças e Controladoria - Walter Chalegre dos Santos (em exercício)

Diretor de Inovação, Comunicação e Marketing -Luciano Sathler

Conselho Geral das Instituições Metodistas de Educação - Rev. Luis de Souza Cardoso (secretário executivo); Rodrigo Ramos Sathler Rosa (gestor administrativo-financeiro); Evandro Ribeiro Oliveira (auditor interno); Marina Camilo Pereira Fazolim (secretária).

Reitores e diretores das Instituições Metodistas de Educação

Marcio de Moraes (reitor da UMESP e do Centro Universitário Metodista Bennett); Gustavo Jacques Dias Alvim (reitor da UNIMEP); Márcia Nogueira Amorim (reitora do Centro Universitário Metodista Izabela Hendrix); Karen Estefan Dutra (diretora da Faculdade Metodista Granbery); Roberto Pontes da Fonseca (reitor do Centro Universitário Metodista IPA e Diretor da FAMES); Walter Chale-gre dos Santos (diretor geral do IMED e diretor de Educação Básica das Instituições Metodistas de Educação); Débora Castanha (diretora de Educação Básica das Instituições Metodistas de Educação); Marilice Trentini de Oliveira (diretora do Colégio Metodista Americano); Gilka Silvia de Rezende Figueiredo (diretora do Colégio Metodista Bennett); Simone Borrelli Achtschin (diretora do Colégio Meto-dista Granbery); Márcia Amorim (diretora do Colégio Metodista Izabela Hendrix); Joselene Henriques (diretora do Colégio Metodista Piracicabano).

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3CIDADEDe 1 a 14 de outubro de 2015 RUDGE RAMOS Jornal da Cidade

DE OLHO NA CIDADECibele Garcia/RRJ

Escola está localizada no Rudge Ramos, na praça São João Batista, que passa por obras de revitalização

Obra atrapalha a entrada e a saída na Emeb Lauro Gomes

Reforma da calçada faz parte da revitalização da Praça São João Batista; pre-feitura disponibiliza agentes para travessia de crianças

DESDE JUNHO, quando ainda não haviam começado as obras de revitalização da praça São João Batista, pais e transportadores escolares se preocupavam com o em-barque e desembarque dos alunos da Emeb Lauro Go-mes, no Rudge Ramos.

Antes de eliminarem o estacionamento da Igreja São João Batista, as vagas existentes eram utilizadas para fazer a travessia das

Senador Vergueiro e cons-tatou que a maioria prefere levar as crianças a pé para evitar transtornos. Mas afirmaram que estão pre-ocupados com a segurança no local.

Na época, outra recla-mação foi a falta de agentes de trânsito para auxiliar os motoristas. Hoje, a pre-feitura disponibilizou dois profissionais para auxiliar na travessia nos horários de entrada e saída da escola.

Maristela CarettaCibele Garcia

crianças com segurança. Hoje, as vagas não existem mais e praticamente todo o passeio do quarteirão passa por reformas.

Uma alternativa encon-trada pelos transportadores foi revezar o horário com outros motoristas para que todos consigam estacionar em um local seguro para embarcar e desembarcar os alunos. “O problema é que resolveram quebrar tudo ao mesmo tempo. Estamos reve-zando para que todo mundo consiga parar”, disse a trans-portadora Mariana Xavier.

Segundo Maria Benedi-ta de Toledo, que trabalha como transportadora no local há 12 anos, eles abri-ram o estacionamento dos professores, entre a Emeb e a igreja, mas quando tem mais de três peruas não vale a pena entrar. “Porque não dá para manobrar e sair”, disse.

Uma opção fornecida pela prefeitura para os pais foi disponibilizar vagas na rua Piagentini, onde antes era proibido estacionar. Agora eles podem parar por 15 minutos para deixar ou

retirar as crianças. “Eles [a prefeitura] liberaram, mas agora que estão mexendo na calçada ficou mais difícil. Fomos informados que essas vagas vão ser fixas para os pais embarcarem e desem-barcarem as crianças”, disse a corretora de imóveis Simo-ne Miranda Peixoto, mãe de um dos alunos da Emeb.

A administração, por meio da Secretaria de Ser-viços Urbanos, informou que a obra da calçada que está sendo executada no entorno da Emeb faz parte do projeto de revitalização do Largo São João Batista, no Rudge Ramos.

A reportagem conversou com alguns pais que tenta-vam atravessar a avenida

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Confira no rronline.com.br as notícias de São Bernardo e do ABC

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5CIDADEDe 1 a 14 de outubro de 2015 RUDGE RAMOS Jornal da Cidade

Moradores reclamam de buracos nas ruas e entulhos deixados no entorno da construção

Moradores falam que horário de fechamento dos portões não é respeitado por falta de guardas municipais

Marginal está sendo constru-ída para facilitar a viagem de quem sai de Diadema e segue sentido Santo André

Larissa Pereira/RRJ

Larissa Pereira

ACESSOS bloqueados, ruas esburacadas, entulho e lixo nos entornos. Esses são alguns dos problemas gerados pela paralisação das obras da marginal do Ribeirão dos Couros, no bairro Pauliceia. A constru-ção da via começou em abril de 2012 e foi totalmente interrompida em novembro do ano passado, devido a um impasse entre as pre-feituras de São Bernardo e Diadema.

A obra faz parte do pro-jeto de canalização do Ribei-rão dos Couros e tem como objetivo facilitar a viagem de quem sai de Diadema sentido Santo André, evi-tando os congestionamentos no Centro e no bairro Rudge Ramos. Sem a conclusão, a comunidade reclama dos prejuízos.

Para os moradores da rua Mário Júlio Rodrigues, a Prefeitura de São Ber-nardo deveria ao menos

Cibele GarciaMaristela Caretta

MORADORES do Rud-ge Ramos afirmam que a Praça dos Meninos, na avenida Caminho do Mar, estava sem rondas notur-nas da GCM (Guarda Civil Municipal), responsável pela segurança do local.

A reportagem esteve na praça em dias e horários diferentes para verificar a informação e constatou que, durante o dia, os guardas permanecem na área. Mas, na maior parte do tempo, ficam dentro da guarita.

Obras da marginal do Ribeirão dos Couros estão paralisadas

arrumar o asfalto. “Eles lar-garam assim, o carro passa e traz a poeira toda para dentro de casa. Eu fiquei doente, meu marido ficou doente, os vizinhos, tudo por causa desse pó”, afirmou a aposentada Leonor Gregorio Mazotte, 76.

Segundo Leonor, outro problema é a quantidade de lama e poças de água que se formam quando chove. “Pa-rou a obra, parou, mas nós aqui não temos nada com isso. Estamos pagando os nossos impostos”, declarou.

Genisio Brito de Andra-de, 51, morador do bairro há nove anos, disse que, quando fica muito tempo sem chover, sobe um cheiro muito forte do rio. Ele espe-ra que, quando finalizada, a obra melhore a mobilidade dos moradores. “Vai melho-rar principalmente a ida para o Extra [Anchieta], para Piraporinha. Agora, quando isso irá acontecer?”, perguntou Andrade.

Thiago de Souza Silva começou a trabalhar em

uma empresa próxima ao local há um ano e meio e afirmou nunca ter visto ope-rários trabalhando na obra. “O pessoal reclama bastante por causa dos bloqueios, fal-ta de acesso”, explicou Silva.

Com o abandono, cava-los foram levados para o local e preocupa quem mora na rua Frei Damião. “En-quanto eles estavam tra-balhando não tinha aquele monte de cavalos que tem ali. O pessoal fica levando restos de comida, de mato, quando pensa que não, pode dar rato, cobra”, falou a desempregada Joseane Fer-reira da Silva, 30.

Já na esquina entre a avenida Corredor ABD e a rua Frei Damião, uma montanha de entulho cha-ma a atenção. A maioria dos pedestres tem que desviar passando pela rua. “Ali era um sobrado, o pessoal foi desapropriado, porque é a continuação dessa obra. Nunca tiraram todo o entu-lho, já faz uns dois anos ou mais”, disse Joseane.

PrefeiturasPor meio de nota, a Pre-

feitura de São Bernardo informou que a canalização do Ribeirão dos Couros e execução de vias marginais foram paralisadas devido as pendências de desapropria-ções de imóveis localizados em Diadema e de competên-

cia do município. Procurada, a assessoria

de imprensa de Diadema, respondeu, em nota, que depende da liberação dos re-cursos do Governo Federal para efetuar o pagamento da oferta inicial da desa-propriação e que, caso não seja feito o depósito prévio, a prefeitura terá que aguar-dar decisões finais nos pro-cessos de desapropriações e pagamento dos precatórios para conseguir trazer a ti-tularidade dos imóveis para o município.

Frequentadores da Praça dos Meninos reclamamda falta de segurança

Já no período noturno, não foram encontrados GCM’s no local.

“De dia, ficam duas guardinhas por aqui, mas à noite, não. A praça devia fechar às 22h, mas muitas noites preciso ligar para fe-char o portão. Já aconteceu de a molecada ficar dentro do laguinho à noite, com peixe e tudo, isso sem con-tar os assaltos”, afirmou o aposentado José David, 79, que mora ao lado da praça há oito anos.

De acordo com o apo-sentado Pedro Luiz Anni-ze, 59, é muito difícil ver guardas fazendo ronda

no local. “Realmente está faltando segurança, por-que se tivesse GCM, esse patrimônio histórico não estaria assim (referindo-se ao monumento japonês da-nificado, localizado próximo à guarita dos guardas). Não adianta o GCM ficar no

‘quartinho’ sentado, GCM tem que andar. Eu estou sentado aqui há mais de uma hora, também estive ontem, e não vi guardas fazendo ronda”, disse.

Em nota, a Prefeitura de São Bernardo informou que a Guarda Civil Muni-

cipal opera na Praça dos Meninos com GCM’s fixos durante o dia e, à noite, efetua rondas com viaturas no local até as 22h, horário de fechamento da praça. Informou, ainda, que vai intensificar rondas no pe-ríodo noturno.

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6 RUDGE RAMOS Jornal da CidadeSAÚDE De 1 a 14 de outubro de 2015

O ideal é mudar os hábitos antes que apareça qualquer um desses proble-mas, que podem resultar em consequências maiores lá na frente.”

A BUSCA por uma ali-mentação mais saudável, equilibrada e que ajude a “limpar” o organismo é cons-tante, e isso causa o surgi-mento dos variados tipos de dieta. Um deles é o “detox”, segundo nutricionistas ouvi-dos pela reportagem.

Detox é a abreviação de desintoxicante. Quem a adota recebe uma espécie de limpeza no organismo para que ele absorva melhor os nutrientes necessários ao corpo. A rapidez e eficácia na aplicação dessa dieta são explicações para o aumento na procura. Mas, como toda dieta, a detox também pre-cisa de cuidados.

Essa dieta elimina as toxinas, que são substâncias que causam danos à saúde e estão presentes, nos alimen-tos, no ar, nos medicamen-tos, no álcool e em corantes. Dessa forma, se acumulam nos tecidos e células do cor-po, causando ganho de peso, inchaço, gases, intestino preso e outros problemas.

Mesmo simples, a prá-tica tem restrições e deve durar pouco tempo, cerca de três dias, pois os alimentos que fazem parte do cardápio possuem baixo valor caló-rico. Sem esse elemento, a pessoa que opta pelo proce-dimento pode ter mal estar, fraqueza, tontura, dor de cabeça, indisposição ou até mesmo desmaio.

Quem pretende adotar a detox deve procurar um profissional de saúde para ser orientado, mesmo que dicas e diversas receitas possam ser encontradas na internet. “Assim como toda dieta, deve ser realizada de forma personalizada e indivi-dualizada, levando em conta as preferências alimentares, intolerâncias ou alergias alimentares”, afirmou a nu-tricionista da loja Mundo Verde, Marcela Castelucci.

A alimentação deve ser feita a cada três horas. Baseia-se em alimentos naturais, integrais e carnes

brancas. Todos os produtos industrializados, gorduras e bebidas alcóolicas são re-tirados. “A dieta detox que contenha esses alimentos funcionais como bebidas diuréticas, os chás, entre eles o verde, o hibisco, a cavalinha, o cabelo de mi-lho, que são equilibrados de acordo com a necessidade de cada pessoa é a melhor opção a ser feita”, disse o nutricionista da Clínica Nu-triwel Wellington Pinheiro.

A psicóloga Renata Mar-ques, 35, faz a dieta detox há dois anos e chegou a passar por um profissional para sa-ber melhor como se discipli-nar. Interessou-se por meio de leituras e sites que fala-vam sobre saúde. Fora isso, acompanhou um programa de televisão que falava sobre bem-estar e importância de manter a saúde.

Renata buscou uma so-lução para ter disciplina na dieta do dia a dia: “Sempre deixo algo preparado, ando com frutas na bolsa, adoro suco verde, geralmente tomo três vezes na semana”.

Nathalia Torquato

Mesmo simples, dieta detox requer cuidados

Receitas prometem milagres para emagrecer, mas podem causar desequilíbrios no organismo

Orientações de profissionais ajudam a perder peso

SEM TEMPO e com o cotidiano corrido as pessoas têm cada vez mais feito die-tas sem orientação médica. É caso da analista de sis-temas Simone Borges que buscou dicas na internet e fez uma auto-dieta sem acompanhamento de um profissional. Os resultados apareceram imediatamente, porém depois de finalizada os pesos perdidos voltavam em dobro. Foi então que ela procurou um nutricionista.

Foram solicitados exames e indicada uma reeducação alimentar que se adequasse à paciente.

Entre as dietas realiza-das, estão a Dukan, em que foram perdidos doze quilos em dois meses, e uma dieta a base de um shake que teve como resultado a per-da de dois quilos no mesmo período. Apesar de muita correria, a nutricionista passou uma dieta onde era possível comer de tudo, porém com moderação. Hoje, depois de três meses passando pela reeduca-ção alimentar, a analista perdeu 16 quilos e a meta final é eliminar 20 quilos ao todo. “Com 35 anos, me vi

com a necessidade cada vez maior de cuidar da saúde” falou Simone.

De acordo com o nutri-cionista do consultório Mi-nha Vida Flávio Viaboni, em São Caetano, as pes-soas costumam procurar um profissional da área após terem o diagnóstico de algumas doenças como diabetes, pressão alta e obesidade. “O ideal é mu-dar os hábitos antes que apareça qualquer um des-ses problemas, que podem resultar em consequências maiores lá na frente.”

Flávio ViaboniNutricionista

Vanessa Oliveira

Nathalia Torquato/RRJ

Sempre deixo algo preparado, ando com frutas na bolsa, ado-ro suco verde, geralmente eu tomo três vezes na semana.”“ Renata Marques

Psicóloga

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7SAÚDEDe 1 a 14 de outubro de 2015 RUDGE RAMOS Jornal da Cidade

VOCÊ certamente já ouviu alguém falando que precisa emagrecer. Ser ma-gro nem sempre é sinônimo de ser saudável. Muitos es-quecem dos riscos à saúde.

A nutricionista Vanessa Pimentel alerta que realizar dietas sem acompanha-mento pode levar à perda de massa muscular e até doenças piores. “A falta de consumo de cálcio, por exemplo, leva à osteoporo-se. A anemia também pode aparecer por conta do baixo consumo de ferro, além dos graves problemas de estômago e a carência de vitaminas essenciais como a A, B e E.”

A paralisação desses re-gimes tem como consequên-cia o ganho de peso que foi eliminado e muitas vezes até mais do que foi perdido. A professora de língua por-tuguesa Viviane de Paula, 38, conta que já fez todos os tipos de dietas disponíveis, e obteve resultado. Porém, toda vez que parava, retor-nava às medidas iniciais.

“Depois de um certo

Regimes malucos são prejudiciais para a saúde

período fazendo esse tipo de regime, realmente emagre-cia e ficava com o corpo que queria, perdia até 30 quilos. Mas depois, meu peso vol-tava e eu engordava os 30 quilos e mais uns cinco, que é o chamado efeito sanfona. Eu descobria outra dieta e começava novamente.”

Vanessa ainda explica que a melhor maneira de se obter resultados em curto prazo e com saúde é fazer reeducação alimentar com orientação de um profissio-nal, com todas as necessi-dades do paciente, além da prática de exercícios físicos. “Com a união desses dois fa-tores o resultado é instantâ-neo e o melhor de tudo, com saúde, pois toda a restrição leva a uma compulsão. As dietas da moda são preocu-pantes e é necessário que as pessoas tomem cuidado e procurem saber sobre elas antes de realizá-las.”

Da modaUma das dietas do mo-

mento é a chamada Dukan, um método de emagrecimen-to estruturado em quatro fases, duas para emagrecer e as outras duas para manter o peso que foi perdido.

A auxiliar de primeira infância Roberta Ribeira coloca em prática essa dieta desde agosto do ano passado e já eliminou mais de 15 qui-los. Porém, corre o risco de engordar tudo o que perdeu, caso decida interromper o método. “Uma colega de trabalho começou a fazer o regime e logo percebi o resultado. Busquei me in-

Nicole Pinhatti

formar em livros e vi que ela se adaptava ao meu estilo de vida. As pesquisas diziam que se a pessoa deixa de seguir as etapas completas, o peso antigo volta.”

Por ser um procedimen-to que exige muitas restri-ções alimentares, muitas pessoas acabam abando-nando no meio do caminho. Viviane também procurou

o método para emagrecer, mas só conseguiu fazer a primeira etapa. “Chega uma hora que seu organismo não aguenta mais. Você só vê carne, presunto e outras proteínas. Com o tempo o corpo passa a pedir outros nutrientes, que são obtidos por meio de pães e saladas, mas esses alimentos são proibidos na dieta.”

Confira aqui outros regimes que prometem efeitos milagrosos

Nome da dieta O que comer? Riscos

Alto risco de desnutrição, podendo até levar à inanição. Devido ao baixo teor de proteínas, carboidratos e gorduras, existe uma perda muito grande de água corporal, levando à hipotensão e até mesmo coma, além da grande perda de massa muscular.

Dieta do ovo cozido

Ingestão de apenas três ovos cozidos por dia.

Durante os dias de transição das fases da lua, os seguidores ingerem somente líquidos e, depois, aguardam seus resultados.

A dieta consiste na ideia de que quando se sente fome, deve-se colocar cubos de gelo na boca, gerando a sensação de saciedade apenas pela água na forma sólida.

Gera deficiência de tudo no organismo. Certamente, quem fizer irá emagrecer, isto é, se sobreviver.

Com pouca proteína, pouco carboidrato e pobre em muitas vitaminas, a dieta vai certamente levar à perda de massa muscular e, consequentemente, à fraqueza.

A pessoa passa a comer somente grãos como linhaça, gergelim, soja, entre outros.

Pobres em proteína, possuem somente carboidratos na sua composição, mesmo sendo de legumes e frutas.

A dieta é ainda pior do que a de ovo cozido, pois a gema, ao menos, é rica em vitaminas do complexo B. Já a clara tem, em média, 20 calorias.

Deficiência de vitamina B12, levando à anemia e a grande perda de massa muscular.

Pode levar a carência de nutrientes e vitaminas

Consiste em se alimentar somente de clara de ovo de três em três horas, todos os dias.

Baseada apenas na ingestão de bananas.

Ingestão somente de comida de neném.

Ingestão apenas de sopa.

Dieta da lua

Dieta da papinha de bebê

Dieta da clara de ovo

Dieta da banana

Dieta da sopa

Dieta do passarinho

Dieta dos cubos de gelo

Extremamente perigosa! Causa grande perda de massa muscular e deficiência de todas as vitaminas.

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8 RUDGE RAMOS Jornal da Cidade

De 1 a 14 de outubro de 2015 CULTURA

Divulgação

Gabrielli Salviano/RRJ

Gabrielli Salviano

UMA DAS obras de arte mais significativas da cida-de de São Paulo foi, na ver-dade, criada por um artista plástico de São Bernardo reconhecido internacional-mente: Daniel Melim. O painel localizado na lateral de um prédio, que tem 40 metros de altura, fica na região da Luz e se tornou um ponto turístico.

A obra também é in-confundível e traz as ca-racterísticas principais do trabalho de Melim, que co-meçou fazendo desenho com spray, à mão livre. Hoje, a marca do artista é misturar o stencil, molde vazado, com as tintas escorridas e a pop art, que traz novos signi-ficados às propagandas. O resultado final é uma peça irônica e crítica. “Tem um lance dentro da arte de rua em que cada um tem seu estilo. Eu fui resgatar essas técnicas para poder dar uma cara minha ao traba-lho”, disse Melim.

De acordo com o artista, que vem do bairro Ferrazó-polis, o senso crítico de suas peças veio de dentro de casa, por influência dos pais. A mãe de Melim era engajada em questões educacionais por ser professora. Já o pai

Artista de São Bernardo critica sociedade em pinturas urbanas

Grafiteiro Daniel Melim também participa de trabalhos socias no Jardim Limpão

dele era metalúrgico envol-vido com as greves dos anos 1980. “Na adolescência, passei a observar mais a cidade e a conversar com as pessoas. Isso acaba transpa-recendo no meu trabalho de alguma forma, que sempre traz essas questões à tona.”

A educadora e funcioná-

ria da OMA Galeria, Letícia Barrionuevo, atribui ao caráter crítico de Melim o sucesso de suas obras. O artista já chegou a expor no Masp (Museu de Arte de São Paulo) e já participou de uma bienal em Veneza. “Ele faz críticas pensando na atualidade, é bem con-

temporâneo e fala dessas re-lações que a gente tem com o consumo, da imagem que as pessoas passam através da propaganda. São questões imprescindíveis.”

Daniel Melim usa as oportunidades no exterior como estímulo para a cria-ção e conta que, quando re-torna das viagens profissio-nais, se sente mais criativo. “A experiência agrega muito ao trabalho. Você vê muitas coisas diferentes e acaba até tendo uma visão diferente

do seu país. É um turbilhão de ideias.”

Apesar de expor em galerias e comercializar gravuras e telas, os muros da cidade acabam sendo a principal galeria do artista. Letícia Barrionuevo explica que o diferencial da arte de rua é proporcionar cultura ao público sem limitar o acesso a ela. “Quando o trabalho traz uma crítica ele pode proporcionar mais camadas de reflexão. As pessoas podem pensar além daquela obra.”

Projeto LimpãoEm São Bernardo, o ar-

tista começou a fazer inter-venções e workshops de gra-fite no Jardim Limpão, em 2006, quando se reuniu com dois amigos que já davam aulas de capoeira para a co-munidade. Juntos, eles arti-culam ações para promover melhorias na comunidade, dando palestras, organizan-do passeios, além dos cursos. Melim conta que, apesar de dar aulas, ele aprende mais do que ensina com o proje-to. “A gente sempre falava sobre como a cultura e a arte são ferramentas para promover mudanças.”

Fábio Mendonça, que mi-nistra aulas de capoeira com Vanderlei Viana, explica que o projeto sobrevive por causa do “amor e da luta”. Apesar da parceria com a Secretaria de Cultura, os professores ainda encontram dificulda-des para realizar o projeto. “O Daniel sempre deu aula de grafite bancando o que ele faz. Ele comprou o ma-terial e chamou a galera. O bacana é que as crianças da capoeira também participam do grafite.”

DA JANELA do quinto andar de um dos prédios do Rudge Ramos, Martha Longhi observa o sol, as nuvens e as árvores. Mesmo que esses elementos este-jam misturados à paisagem urbana, a pintora vê na na-tureza uma fonte de inspira-ção. As cores e movimentos captados pela percepção da artista logo vão se transferir para telas de tecido.

A partir daí, é a emoção que comanda os movimen-tos. “Começa com um traço e depois vai para a frente,

Moradora do Rudge expõe suas obras na Pinacoteca da cidade

não tem como planejar”, ex-plicou a artista de 68 anos, que gosta de criar telas en-quanto ouve música.

Agora a pintora expõe na Pinacoteca de São Ber-nardo até 24 de outubro. Serão 20 obras à disposição do visitante. Esta é a pri-meira exibição de Marta, que passou muito tempo mostrando as telas apenas para a família e amigos.

Durante o processo de criação, Marta fala que a ati-vidade é uma terapia, porque ela se envolve no processo

em tempo integral. “Quando termino, estou exausta, só que fico aliviada e tranquila, minha cabeça fica bem.”

São anos de admiração pela arte, dos quais 21 foram usados para que a artista começasse a criar as próprias imagens. Marta Longhi con-

ta que durante esse período usou as oficinas culturais oferecidas pela Prefeitura de São Bernardo para aperfei-çoar as criações. Apenas há três anos ela diz ter encon-trado sua identidade. “Minha pintura é rápida e livre.”

Para a artista, as ofi-

cinas tiveram um grande papel em sua carreira. As aulas de arte fizeram com que a artista tivesse mais domínio sobre as técnicas, conhecesse a história e apli-casse nas telas. “Também procuro ler muito sobre arte, vou a museus e vejo tudo que posso sobre o assunto. Isso me ajuda a ver as coisas de outra forma.”

Serviço:Pinacoteca de São BernardoRua Kara, 105 – Jd. Do Mar – SBCHorário: de terça a sábado –das 10h às 18h. (GS)

Desenhos misturam as técnicas do stencil e da tinta escorrida, com referências da pop art

Artista se inspira com os elemen-tos que enxerga pela janela do apartamento, como o movimento das nuvens e a cor do céu

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9ESPORTESDe 1 a 14 de outubro de 2015RUDGE RAMOS Jornal da Cidade

Equipe teve 17 vitórias e apenas uma derrota em 20 jogos; adversário da semi-final é o São José

Fotos: Rogério Nascimento/RRJ

Revezamento de atletas é necessário para evitar lesões, já que a equipe passou por maratona de jogos

O TIME masculino Me-todista/São Bernardo/BES-NI garantiu a primeira colocação na fase inicial do Super Paulistão 2015, após 20 rodadas. Com 17 vitó-rias, dois empates e uma derrota, a equipe da cidade se prepara para enfrentar o São José na semi-final. A liderança dá à equipe o di-reito de mandar os jogos de volta dos play-offs em casa.

O primeiro confronto será em São José dos Cam-pos, no dia 8. O jogo da volta será no dia 12, feriado, no Gi-násio do Baetão, às 16 horas.

Para o técnico da equi-pe, José Ronaldo do Nasci-mento, o SB, o balanço da primeira fase foi positivo e surpreendente, já que a equipe ficou à frente do Taubaté, time com mais investimento e maior poder na competição. “Quando nós começamos o campeonato pensamos em ficar entre os quatro classificados. Mas foi uma surpresa vencer o Tau-baté, o time a ser batido.”

SB acredita que a cha-ve para vencer o São José é defender com eficiência. “Se a defesa conseguir neu-tralizar o ataque do São José, que é muito forte,

A EQUIPE feminina Metodista/São Bernardo também está no topo da competição estadual. Com 19 partidas jogadas, são 18 triunfos e apenas uma derrota. Com 36 pontos, um empate garante a primeira colocação da equipe no fe-chamento da fase inicial.

Metodista/São Bernardo garante primeiro lugar no Super Paulistão Masculino

conseguimos contra-atacar mais rápido e isso facilita nosso jogo. Vamos trabalhar muito para neutralizar os arremessos de longa distân-cia da equipe de São José.”

O capitão e central da equipe, Diogo Hubner, afir-mou que no início da tem-porada existiam algumas dúvidas sobre o desempe-nho do elenco por causa do número de atletas jovens. No entanto, ele cita essa juventude como um fator motivador para esta fase final. “Muitos atletas dis-putam pela primeira vez e estão bem motivados para poder surpreender os adver-sários”, disse.

Para Hubner, o dife-rencial do grupo é o padrão tático apresentado. “Temos uma forma de jogar onde to-dos os jogadores sabem suas funções, o que devem fazer, mesmo com elenco reduzido, conseguimos manter o ritmo de jogo. Isso ajuda bastante a minimizar os erros duran-te a partida.”

Serviço:08/10 – 20h - São José x Metodista – São José dos Campos – Ginásio Tênis Clube – São José dos Campos12/10 – 16h - Metodista x São José – Ginásio do Baetão – Av. Armando Ítalo Setti, 901 – Baeta Neves – São Bernardo.

Time feminino de handebol lidera nas duas competições

Além de estar na ponta do Super Paulistão, também lidera a Liga Nacional, com 13 pontos, quatro à frente da segunda colocada. O próximo jogo será contra o Pinheiros, no dia 03, pela competição nacional.

Disputar em paralelo dois campeonatos, no en-tanto, é uma dificuldade. Em um período de quatro dias, entre 23 e 26 de se-tembro, a equipe dispu-tou três partidas. Para o técnico Eduardo Carlone esse rendimento só é pos-sível graças a qualidade do elenco. “Estamos tentando revezar bastante o time. Não tenho reservas nem titulares, mas 17 ou 18 jo-gadoras que posso contar a qualquer momento.”

Ainda de acordo com

Carlone, é o momento de poupar as jogadoras com maior desgaste e dar ritmo para aquelas que têm atu-ado em poucos momentos. “Estou usando o campeo-nato paulista, principal-mente agora que estamos praticamente classificados

em primeiro, para dar jogo para aquelas que jogam menos e tentar segurar um pouco as que estão jogando mais”, declarou.

Serviço:Liga Nacional03/10 – 16h – Metodista/São

Bernardo x Pinheiros - Ginásio do Baetão – Av. Armando Ítalo Setti, 901 – Baeta Neves – São Bernardo

Super Paulistão10/10 – 14h - Clube S.S. II

Exército/Osasco x Metodista/São Bernardo - Ginásio do Baetão – Av. Armando Ítalo Setti, 901 – Baeta Neves – São Bernardo. (VC) .

Diogo Hubner acredita que o padrão tático de jogo do time é fundamental para o bom rendimento

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10 ESPORTES De 1 a 14 de outubro de 2015 RUDGE RAMOS Jornal da Cidade

Torcedores fazem ações incomuns por

times de futebol

APOIAR O clube do co-ração durante os 90 minutos de jogo não é suficiente para os torcedores “fanáticos”. Além de marcarem presença em quase todas as partidas do time no estádio, eles o acompanham pela internet, têm produtos personali-zados e chegam a praticar ações incomuns.

Mas, se engana quem pensa que esses torcedo-res são formados somente pelas torcidas organiza-das. Atualmente, pessoas que não possuem vínculo com estes grupos também levam a equipe favorita muito além das quatro linhas do gramado.

O consultor Rodrigo dos Reis, 29, que mora em São Bernardo, faz qualquer coi-sa pelo Corinthians. “Não tem algo que eu imagine que possa ser loucura. Na verda-de, às vezes, abrimos mão de tantas coisas para ver o Corinthians que tudo acaba virando normal”, afirmou.

Faltar no trabalho, pas-sar o Dia das Mães no estádio e ir ao Pacaembu para assistir metade de um amistoso do Timão contra a Portuguesa foram apenas algumas das muitas ações que Reis já praticou em prol do seu time.

O torcedor, no entanto, tem um arrependimento, que transcende as frontei-ras do país: em 2012, Reis não se endividou para viajar rumo ao Japão. Naquele ano, o Corinthians venceu a Copa Libertadores e se classificou para a disputa do Mundial de Clubes da Fifa. Só no Brasil, segundo a Embaixada do Japão, foram emitidos cerca de 10 mil vistos meses antes do torneio. “Não sei quando terei a próxima chance, mas não cometo o mesmo erro”, disse o consultor.

Quem não deixou de fa-zer uma viagem internacio-nal em 2012 foi o Rodrigo Vieira, morador de Santo

André. Também torcedor do Corinthians, o fiscal de obras de 24 anos não pensou duas vezes assim que seu clube se classificou para a final da Libertado-res: comprou a passagem para a Argentina, palco da primeira partida da final, realizada entre a equipe paulista e o Boca Juniors.

Vieira diz que, assim que o Timão eliminou o Santos e garantiu vaga na final do torneio, correu para comprar a passagem aérea. Mas, o fiscal, que tem o há-bito de acompanhar o clube com os amigos, teve proble-mas. “Não tinha dinheiro e nem cartão de crédito para a compra. Dois dias antes da partida, enquanto estava trabalhando, um amigo me

ligou e disse que tinha con-seguido as passagens. Ficou combinado que eu o pagaria quando pudesse.”

Mesmo com a viagem garantida, Vieira enfrentou outro dilema: o emprego. “Precisaria faltar pelo menos dois dias no trabalho. Não pensei duas vezes e na hora fui falar com o meu chefe, dizendo que precisava faltar na quarta e na quinta para ver o jogo do Corinthians”, contou ele, que foi liberado pelo patrão e conseguiu assistir ao jogo. A partida acabou empatada em 1 a 1.

Tanto Reis quanto Viei-ra transformaram o Corin-thians em parte de suas vidas. “Quase todo meu dia gira em torno dele. Logo que acordo, vou ver notícias. Se

acho algum corintiano, o assunto é só o clube. Chego até a discutir com parentes se eles falarem mal do meu time”, disse o consultor. “Em dias de jogos, ficava ansioso e não conseguia dormir. Meu amor só aumenta a cada dia”, declarou o fiscal de obras.

O estudante de marke-ting Lucas Gentil, 20, segue o pensamento dos corintia-nos, mas, o amor é pelo São Paulo. Ele já deixou de ir para a escola na época em que cursava o ensino médio. O motivo foi o Tricolor. “Em 2009, uma partida do São Paulo pela Libertadores atrasou e terminou por volta das 3h. Como eu tinha que acordar às 5h, resolvi acom-panhar o pós-jogo e fui dire-to para a aula. Sempre vale

a pena quando o meu time está em campo”, afirmou.

O são-paulino conta ou-tra situação que muitos torcedores conhecem: a dis-puta entre a namorada e o futebol. “Estávamos em uma balada e, no mesmo horário, o São Paulo teve um jogo importante. Apesar de ela não entender, acabei usando a conexão Wi-Fi do local e resolvi acompanhar a partida pelo celular.”

São BernardoApesar de ainda não

figurar entre as equipes de maior expressão do futebol brasileiro, o São Bernardo Futebol Clube, fundado em 2004, tem cada vez mais o apoio dos moradores da cidade.

É o caso do estudante de estatística Rodolfo Riani. Corintiano e também tor-cedor do clube do ABC, ele relata uma situação curio-sa. “Quando os dois se en-frentaram pelo Paulistão, torci pelo São Bernardo, que precisava mais da vi-tória do que o Corinthians”, afirmou o estudante, que frequentemente vai ao es-tádio Primeiro de Maio, no bairro Vila Euclides, para acompanhar o Tigre, como é conhecida a equipe.

AcessóriosO amor clubístico dos tor-

cedores não para em ações. Dos quatro entrevistados, três possuem diversos aces-sórios das equipes. Vieira tem um vestuário completo do Timão, inclusive cuecas e meias. Já Reis vai além das roupas: “Tenho uma tábua de carne, um cobertor e um quiz de cards, que comprei só por ser do Corinthians”, disse. Gentil também possui objetos do Tricolor, como livros, chaveiros e até uma toalha. Riani é o único que não possui nenhum objeto do São Bernardo. “Queria uma camisa, mas o valor é muito alto. Além disto, há maior dificuldade para encontrar os produtos comparado aos clubes maiores.”

Bruno Madrid

“ Chego a discutir com paren-tes se eles falarem mal do meu time. Só quem torce pode criticar.”

Rodrigo dos ReisConsultor

Fã do São Paulo desde que nas-ceu, o estudante de marketing Lu-cas Gentil possui, além da camisa oficial, diversos acessórios de seu clube do coração em casa

Fanáticos já acumularam dívidas em viagens e até faltaram no trabalho

Confira no rronline.com.br as notícias de São Bernardo e do ABC

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Estávamos em uma balada e, no mesmo horário, o São Paulo teve um jogo importante. Apesar de ela [a namorada] não entender, acabei usando a conexão Wi-Fi do local e resolvi acompanhar a partida pelo celular.”

“Lucas Gentil

Estudante

Bruno Madrid/RRJ

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11ESPORTESDe 1 a 14 de outubro de 2015 RUDGE RAMOS Jornal da Cidade

COMPRAR CAMISAS e acessórios de clubes de futebol tornou-se uma tra-dição entre os torcedores. Os times possuem lojas que vendem mercadorias oficiais para os “fanáti-cos”. No ABC, existem sete estabelecimentos desse gênero: duas Academia Store, loja do Palmeiras, quatro Poderoso Timão, do Corinthians, e um São Paulo Mania, do São Paulo.

O estudante de enge-nharia de produção Leo-nardo Valle é torcedor do Palmeiras e compra seus produtos apenas em lojas oficiais. “Prefiro comprar as peças originais porque, ape-sar de custarem um pouco mais, a qualidade sempre supera a do produto pirata”, disse. Em média, uma cami-sa oficial de temporada com nome de jogador e patrocí-nio da loja Academia Store custa em torno de R$ 300, enquanto uma cópia tem valor entre R$ 50 e R$ 100.

Apaixonado pelo Corin-

thians, o estudante de admi-nistração Gabriel Gimenez relatou que o tecido das camisas oficiais é melhor. “Além de durar mais, é mais bonito que uma roupa falsa”, falou.

A compra desses produ-tos resulta em retorno finan-ceiro para o time, já que uma parte do valor lucrado vai aos cofres da agremiação.

“A porcentagem destinada ao time varia de acordo com a franqueadora e a própria equipe”, contou o dono do Poderoso Timão do Extra Anchieta, em São Bernardo, Claudinei Zotareli.

As razões pelas quais os torcedores compram produ-tos de seus times são os mais diversos. Valle explicou o motivo pelo qual ele veste o

Palmeiras: “Alguns gostam de expor a marca do clube, outros porque acham bonito. Eu gosto porque fica bem em mim, sem contar que estou ajudando meu time.”

Gimenez acredita que o torcedor que adquirir esses produtos se identifica com as peças. Já Zotareli falou que “a paixão motiva o tor-cedor. Mesmo que o clube

perca, quem é fanático, gosta de mostrar sempre o time pelo qual torce”.

RetrôUma tendência no mer-

cado de moda esportiva é o uso de camisas retrôs (característica dada a itens que são novos, mas que retratam outro período his-tórico). Isso é o que garante o supervisor da loja Liga Retrô, Luiz Filho, no São Bernardo Plaza Shopping. “O que é presente hoje vira parte do passado no ano que vem e é essa a ideia do retrô, trazer uma nostalgia ao cliente”, disse.

Outro diferencial desse tipo de vestuário é o mate-rial. As camisas são feitas com algodão, diferente das atuais, que são fabricadas com poliéster. “Isso traz mais conforto ao torcedor. Além disso, o retrô é mais ‘limpo’, sem patrocínios, louvando apenas o time.”

Localizada no São Bernardo Plaza Shopping, a Liga Retrô oferece produtos alternativos ao torcedor

Bruno Yonezawa/RRJ“Apesar de custarem um

pouco mais, a qualidade sempre supera a do pro-duto pirata.”

Gabriel GimenezEstudante de administração

Lojas oficiais conquistam fãs Bruno Yonezawa

Comércios lucramao exibir partidas

ASSISTIR JOGOS de futebol faz parte da rotina de quem acompanha um time, mas nem sempre é possível ir ao estádio para ver as partidas. Com um público “fiel” os bares e restaurantes da região têm investido em televisões e promoções para agradar aos torcedores.

O Brazucas Surf Bar, localizado no Rudge Ramos, foi fundado em 2005 por quatro amigos que sempre assistiam os jogos de futebol juntos. Segundo Maurício Bispo, um dos proprietários do estabelecimento, para atrair torcedores o investi-mento em telão e televisões foi de R$ 7 mil. “Chegamos a receber cerca de 150 pessoas em dias de partida. O negó-cio deu certo e agora também exibimos outros esportes, como o MMA”, explicou.

Bispo contou que faz promoção de produtos como

uma estratégia de atrair o público e não estabelece o que ou quanto as pessoas devem comprar para per-manecer no local.

Bispo possui três televi-sões e um telão, colocados de forma estratégica para que em qualquer local do estabelecimento o jogo pos-sa ser visto. De acordo com ele, “há espaço para quem quer assistir à partida sen-tado ou em pé. Tudo orga-nizado para que o torcedor fique à vontade”.

Segundo Maurício Men-des Junior, proprietário do bar Calango, inaugurado há 15 anos, naquela épo-ca, o público-alvo não era composto por torcedores. “Em 2014, investi em três televisões com intuito de atrair clientes que gostam de assistir os jogos no bar. Também aposto nas promo-ções, muitas vezes dou 50% de desconto em bebidas e alimentos”, explicou.

Mendes explicou que “o espaço acolhe até 60

pessoas e a quantidade de torcedores varia muito. Em finais de campeonato, o número de torcedores é maior. O time que está jogando também influencia na movimentação do local”.

Há quem pense que os

torcedores não gostam da presença dos rivais, mas na opinião do operador logís-tico André Lucas de Abreu Matos, a brincadeira no final das partidas é sempre esperada. “No começo, eu ficava apreensivo, tinha medo de ter desavenças. Frequento os bares do ABC e, até hoje, nunca presenciei uma briga”, disse.

Matos é torcedor do São Paulo Futebol Clube e foi a estádios de futebol mais de

40 vezes para acompanhar os jogos do time. Ele contou que quando não assiste as partidas em bares gosta reunir amigos e familiares em casa, mas acha que as promoções feitas pelos esta-belecimentos são atrativas e econômicas. “Gosto de ir a bares para acompanhar os jogos porque é divertido e mais barato. A compra das bebidas também sai em conta, já que muitos lugares dão descontos”, falou.

Amanda Goulart

Amanda Goulart/RRJ

Maurício Bispo, dono do Brazu-cas Surf Bar, investiu em televi-sões e promoções de produtos

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De 1 a 14 de outubro de 2015 12 RUDGE RAMOS Jornal da Cidade