_Edicao_36_Jornal_Infornativo_

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GRATUI TO ANO 3 / JUNHO 2015 EDIÇÃO O s moradores do entorno do terreno onde existe um proje- to de ser construído o Complexo Comercial e Residencial Ecocity Jiquiá foram surpreendidos no dia 21 de maio com a ocupação de cerca de 600 pessoas, que a chamaram de “ocu- pação Olga Benário”. O fato causou certo reboliço nas comuni- dades do entorno e mobilizou a empresa proprietária do terreno a tomar algumas medidas. Como não foi possível a desocupação com a intervenção policial, a empresa entrou na justiça com um pedido de reintegração de posse sendo atendida de pronto, e os ocupantes do terreno se retiraram pacificamente. Em situações como estas, proprietários de terras ocupadas são atendidos com brevidade pela justiça se esta ocupação não ultra- passar o período de um ano e um dia.Razão pela qual não houve conflitos maiores entre os membros da Olga Benário e poder público. Os atuais moradores que possuem imóveis ou que neles mo- ram por aluguel, especificamente os que já foram cadastrados em 2013 pela Prefeitura de Recife para o ingresso no Programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV), se reúnem esporadicamente com os empresários do Ecocity Jiquiá para discutir os encami- nhamentos para a realocação das famílias e comerciantes. Na última reunião, após o episódio da ocupação Olga Benário, a empresa esclareceu que construiu muros para proteger sua pro- priedade de possíveis ocupações e discutiu com os moradores de que maneira seria o acesso às suas moradias. Paulo Lavareda, empresário, alega que compreende o Programa MCMV como um programa social de realocação de pessoas de áreas críticas (sendo estas proprietárias de imóveis) ou se o local for área de preservação ambiental, como é o caso dos moradores do Caxito e de Carne de Vaca. Os mesmos construíram seus imóveis em cima de cursos de águas e em limites de uma propriedade privada. O empresário coloca-se à disposição dos moradores para mediar a re- alocação, bem como para ter condições de impulsionar a construção do Shopping que irá dinamizar o comércio na região com brevidade. Segundo Lavareda, nos próximos dias os moradores já cadas- trados serão convidados a uma nova reunião para a empresa prestar alguns esclarecimentos sobre os direitos de entrada dos moradores no MCMV e também para coletar documentos que a caixa econômica requer para oficializar a inscrição no programa. A relação de documentos que os cadastrados deverão fornecer é: Identidade, CPF, certidão de nascimento ou de casamento. Na ocasião, os empresários deixarão esclarecido que o processo MCMV é para moradores da área que construíram imóveis e es- tão estabelecidos no local e também para inquilinos, pois o que vale é o fato de já estar morando lá. Irão alertar os inquilinos que estão morando nos imóveis até a presente data, que eles têm di- reito à realocação pelo MCMV. A partir dessa data, não aceitarão pessoas que fizeram novos contratos de aluguel. Segundo Lavareda, a reunião será coordenada pela empresa, com convites aos moradores cadastrados e será extensivo à prefeitura. Como a empresa necessita que essas questões se- jam resolvidas com brevidade, alega que se o poder público não comparecer, se deslocará à prefeitura em comissão com líderes comunitários para cobrar alguma posição objetiva . O empreendedor Paulo Lavareda diz compreender que, mediante o atual quadro de crise econômica que o país atravessa, a Pre- feitura de Recife deveria olhar com responsabilidade social e interesse para a execução do empreendimento Ecocity Jiquiá. Argumenta que somente com a construção e funcionamento do shopping serão gerados cerca de 7000 empregos, e informa que o complexo residencial será construído posteriormente. O Jornal Infornativo conseguiu falar com 2 moradores e ambos pareceram otimistas em relação à perspectiva de garantia da realocação de pelo menos 500 famílias por parte da Prefeitura de Recife ao falarem na possibilidade da aquisição pela Prefeitura de Recife de um terreno no bairro de Jardim São Paulo arranjado pelos próprios moradores. Embora cadastros tenham sido feitos, documentação estejam sendo solicitados para ser encaminhados à Caixa, haja um ter- reno em vista para ser adquirido com a finalidade de construir novas moradias, é prudente que os moradores se organizem e fortaleçam o grupo para cobrar que a prefeitura saia do campo das promessas para a efetivação das medidas de realocação. OS DESDOBRAMENTOS PÓS OCUPAÇÃO OLGA BENÁRIO JIQUIÁ EM OBSERNAÇÃO

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Edição 36 do Jornal Infornativo, que traz notícias da Zona Oeste do Recife, em Pernambuco, Brasil.

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  • GRATUITOANO 3 / JUNHO 2015EDIO

    Os moradores do entorno do terreno onde existe um proje-to de ser construdo o Complexo Comercial e Residencial Ecocity Jiqui foram surpreendidos no dia 21 de maio com a ocupao de cerca de 600 pessoas, que a chamaram de ocu-pao Olga Benrio. O fato causou certo rebolio nas comuni-dades do entorno e mobilizou a empresa proprietria do terreno a tomar algumas medidas. Como no foi possvel a desocupao com a interveno policial, a empresa entrou na justia com um pedido de reintegrao de posse sendo atendida de pronto, e os ocupantes do terreno se retiraram pacificamente.

    Em situaes como estas, proprietrios de terras ocupadas so atendidos com brevidade pela justia se esta ocupao no ultra-passar o perodo de um ano e um dia.Razo pela qual no houve conflitos maiores entre os membros da Olga Benrio e poder pblico.

    Os atuais moradores que possuem imveis ou que neles mo-ram por aluguel, especificamente os que j foram cadastrados em 2013 pela Prefeitura de Recife para o ingresso no Programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV), se renem esporadicamente

    com os empresrios do Ecocity Jiqui para discutir os encami-nhamentos para a realocao das famlias e comerciantes.

    Na ltima reunio, aps o episdio da ocupao Olga Benrio, a empresa esclareceu que construiu muros para proteger sua pro-priedade de possveis ocupaes e discutiu com os moradores de que maneira seria o acesso s suas moradias.

    Paulo Lavareda, empresrio, alega que compreende o Programa MCMV como um programa social de realocao de pessoas de reas crticas (sendo estas proprietrias de imveis) ou se o local for rea de preservao ambiental, como o caso dos moradores do Caxito e de Carne de Vaca. Os mesmos construram seus imveis em cima de cursos de guas e em limites de uma propriedade privada. O empresrio coloca-se disposio dos moradores para mediar a re-alocao, bem como para ter condies de impulsionar a construo do Shopping que ir dinamizar o comrcio na regio com brevidade.

    Segundo Lavareda, nos prximos dias os moradores j cadas-trados sero convidados a uma nova reunio para a empresa prestar alguns esclarecimentos sobre os direitos de entrada dos

    moradores no MCMV e tambm para coletar documentos que a caixa econmica requer para oficializar a inscrio no programa. A relao de documentos que os cadastrados devero fornecer : Identidade, CPF, certido de nascimento ou de casamento.

    Na ocasio, os empresrios deixaro esclarecido que o processo MCMV para moradores da rea que construram imveis e es-to estabelecidos no local e tambm para inquilinos, pois o que vale o fato de j estar morando l. Iro alertar os inquilinos que esto morando nos imveis at a presente data, que eles tm di-reito realocao pelo MCMV. A partir dessa data, no aceitaro pessoas que fizeram novos contratos de aluguel.

    Segundo Lavareda, a reunio ser coordenada pela empresa, com convites aos moradores cadastrados e ser extensivo prefeitura. Como a empresa necessita que essas questes se-jam resolvidas com brevidade, alega que se o poder pblico no comparecer, se deslocar prefeitura em comisso com lderes comunitrios para cobrar alguma posio objetiva .

    O empreendedor Paulo Lavareda diz compreender que, mediante

    o atual quadro de crise econmica que o pas atravessa, a Pre-feitura de Recife deveria olhar com responsabilidade social e interesse para a execuo do empreendimento Ecocity Jiqui. Argumenta que somente com a construo e funcionamento do shopping sero gerados cerca de 7000 empregos, e informa que o complexo residencial ser construdo posteriormente.

    O Jornal Infornativo conseguiu falar com 2 moradores e ambos pareceram otimistas em relao perspectiva de garantia da realocao de pelo menos 500 famlias por parte da Prefeitura de Recife ao falarem na possibilidade da aquisio pela Prefeitura de Recife de um terreno no bairro de Jardim So Paulo arranjado pelos prprios moradores.

    Embora cadastros tenham sido feitos, documentao estejam sendo solicitados para ser encaminhados Caixa, haja um ter-reno em vista para ser adquirido com a finalidade de construir novas moradias, prudente que os moradores se organizem e fortaleam o grupo para cobrar que a prefeitura saia do campo das promessas para a efetivao das medidas de realocao.

    OS DESDOBRAMENTOS PS OCUPAO OLGA BENRIOJIQUI EM OBSERNAO

  • A Rua Gomes Taborda tem aproxima-damente 2 km de extenso, segue desde o cruzamento com a Rua Car-los Gomes at a Avenida Incio Monteiro, passando por pelo menos quatro bairros do recife: Madalena, Prado, Zumbi e Cordei-ro. Nela, est localizado do Jockey Clube do Recife, uma grande quantidade de re-sidncias e estabelecimentos comerciais. Mas se voc chegar dizendo Rua Gomes Taborda, muita gente vai dizer que no sabe onde , conta Nadja Silva, moradora do bairro do Prado. Mas se voc disser as-sim: antiga Rua da Lama, onde ficava a an-tiga casa de show Cavalo Dourado, muita gente vai dizer assim: ah, a Rua da Lama, sei onde , completou Nadja.

    O nome pegou mesmo. Entre os moradores da regio no tem Gomes Taborda. rua da Lama. E a razo para essa denominao, no poderia ser outra. Era muita lama, viu? Tinha tanta que chegava a entrar o p inteiro dentro da lama, era uma coisa sria, relatou Nadja, que mora no bairro do Prado h 55 anos.

    Era um caso srio mesmo, porque a cama-da de lama era muito grossa. No tinha cal-ada, ento era muito comum a gente per-der sandlias e sapatos, estragados pela lama, conta Maria Zilda Arago, moradora do Prado h pelo menos 50 anos. Segun-do ela, a lama era quase que permanente. Quando o tempo no estava chuvoso, dava uma secada, mas mesmo assim havia lama. Quando chovia ento... disse ela. Nesse caso, carro e carroa passando pela rua nem pensar, conta Edson Tavares, Acredito que tenha ficado assim porque, por muito tempo, a prefeitura escavou a rua, sem dar prosseguimento obra de pa-vimentao. O resultado que ficava toda essa lama, relatou Edson, que morador do bairro do Cordeiro h 65 anos.. Mas o povo sempre foi animado, festivo, como diz Dona Maria Zilda, principalmen-te na parte localizada entre o Jockey Clube do Recife e o cruzamento com a avenida General San Martin. A Lama passou, a via foi devidamente pavimentada... o nome ficou. E a Go-mes Taborda, ou melhor, Rua da Lama, tornou-se um plo de encontro de vrias culturas. O carnaval exemplo disso. nessa rua que fica concentrado o plo de carnaval descentralizado do bairro do Cordeiro. E interessante que at a prefeitura reconhece o antigo nome. Na programao do carnaval de 2015 est l: Plo Cordeiro (Rua da Lama).

    Durante o carnaval, desfilam blocos, escola de samba e grupos de afox da localidade, alm de carros de som tocando musicas variadas. Tem at um grupo de percusso que rendeu uma homenagem rua: o Tam-bores de Lama. Tocamos diversos ritmos, mas somos muito influenciados pela cultura do mangue beat, que tem aquela questo do mangue, da lama. Como somos nati-vos da rua da Lama, a idia casou muito bem,contou Paulo, membro do grupo.

    A Lama passou - Mas ainda persistem alguns problemas urbanos da Gomes Taborda. Mo-radores da localidade e visitantes relataram alguns para a reportagem do Infornativo. muito comum vermos, em vrias partes da rua, esgoto estourado. E quando cho-ve certo: isso aqui vira um rio. A rua fica muito alagada em vrios pontos, reclama

    Nadja Silva. Ex-moradora da Localidade, Mazarelo Lima, se queixa do trnsito in-tenso, inclusive nos horrios que no so de pico. muito comum ter congestio-namentos, porque alm da circulao intensa de carros, ainda h pessoas que estacionam carros e caminhes na via. O transito intenso tambm deixa as coisas mais difceis para quem quer atravessar a rua, e os sinais de trnsito, com faixa de pedestre, ficam muito distantes.

    Mas para Leila Valois no tem tempo ruim. A rua da Lama um lugar marcante em sua vida desde a in-fncia. Eu acredito que esse lugar tem um clima, uma ener-gia e uma alegria que me encantam. Cheguei a morar sete anos no Rio de Janeiro, mas morria de saudade. Sempre que podia,voltava. Hoje em dia, quando

    perguntam onde eu moro, no digo o nome do bairro. Digo que sou da rua da lama Entrevistando os moradores da localidade, ns do jor-nal Infornativo percebemos que a rua da Lama impor-tante em, pelo menos dois sentidos: tem a importncia logstico,por dar acesso ao centro do Recife e a vrios bairros da regio oeste. E tem a importncia cultural. A rua da Lama j parte da identidade da comunidade.

    DA LAMA AO CAOS: AS TRANSFORMAESDA RUA QUE CONHECIDA POR SEU APELIDOCULTURATIVA

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    por: Rafael Eduardo | Fotos: Osvaldo Morais

  • Chegamos ao inverno no Brasil com dados alarman-tes no que diz respeito a dengue. o que aponta o boletim epidemiolgico do Ministrio da Sade. Apenas o Distrito Federal e o Esprito Santo tiveram reduo nos casos de dengue neste ano. Nos demais estados, o que se viu foi um aumento vertiginoso dos casos. Em Pernambuco, um salto de 2.402 casos em 2014 e 24.340 em 2015, registrados at meados de abril, data do ltimo boletim do ministrio.

    Os casos de dengue esto diretamente relaciona-dos aos focos do mosquito transmissor, o Aedes aegypti, que se prolifera nas condies de gua parada e temperatura adequada. Assim, muitas vezes os focos principais do mosquito se encon-tram nas casas em reservatrios de gua ou outros locais que acumulem gua. Em So Paulo, que passou de cerca de 84 mil casos em 2014 para mais de 400 mil neste ano, o armazenamento de gua em condies favorveis ao mosquito pode ser apontado como um dos vetores para o aumento de casos, assim como em Pernambuco.

    A situao agravou-se em todo pas pelo fato do mesmo mosquito transmissor de dengue ser porta-dor do vrus que provoca a chamada febre chikun-gunya, exigindo ateno redobrada para o combate aos focos onde eles possam estar presentes.

    O vero o perodo do ano de maior ocorrncia da doena, pois nesta estao que o mosquito encontra as condies ideais para sua reproduo: temperaturas mais elevadas e acmulo de gua das chuvas. No inverno, de acordo com informa-es do Instituto Oswaldo Cruz, o ritmo de desen-volvimento do mosquito da dengue mais lento, o que diminui a ocorrncia da dengue, mas no deve cessar a ateno com relao aos reservatrios e outros locais de acmulo de gua.

    As ocorrncias de dengue diminuem no inverno porque as temperaturas mais baixas no so favorveis reproduo do transmissor na maior parte do pas. Mas preciso lembrar que no Re-cife essas temperaturas no baixam tanto quan-to nas reas do sul e sudeste, no apresentando

    temperaturas abaixo dos 20C durante o dia. Alm disso, os meses de junho e julho so em mdia os que apresentam maior quantidade de chuvas durante o ano. Assim, as condies para a manuteno dos ovos e do mosquito esto co-locadas, ainda que com menor intensidade.

    Outro elemento que poucos sabem a capacidade que tem o mosquito transmissor de resistir as con-dies adversas. Ainda de acordo com o Instituto Oswaldo Cruz, que estuda doenas tropicais como a dengue, eles [ovos do mosquito] so capazes de ficar at um ano no seco e permanecer viveis, capazes de originar mosquitos adultos quando en-contram as condies propcias para eclodir.

    Por tudo isso, a populao deve continuar atenta aos focos de mosquito da dengue, evitando a gua parada e seu armazenamento sem uso de tampas. Receber os agentes de sade e atender suas re-comendaes com relao ao armazenamento de gua ser de grande valia para evitar a proliferao do mosquito e este deve ser um cuidado de todos.

    Compete ainda ao poder pblico, que tem veicu-lado campanhas de conscientizao nas ltimas semanas na televiso, tratar das reas pblicas que possam servir de focos para a proliferao do Aedes aegypti, pois ainda que a maioria dos focos esteja em terrenos privados, a no desobstruo de canais e o cuidado com os terrenos ociosos po-dem ser prejudiciais para as reas prximas.

    Para maiores informaes sobre a pre-veno a dengue em Pernambuco, a populao pode entrar em contato com o Programa de Preveno Dengue e a Chikungunya pelos telefones (81) 3184.0217 e (81) 3184.0218. O Instituto Oswaldo Cruz, rgo nacional, mantm uma pgina na internet com toda infor-mao sobre o vrus da dengue e seu transmissor, no endereo www.ioc.fio-cruz.br/dengue, pelo qual a populao pode saber mais sobre a doena, sua transmisso e os cuidados necessrios.

    por: Gabriel Augusto | Ilustrao: Felipe Dutra

    VAMOS COMBATER A EPDEMIA DA DENGUE MESMO COM CHEGADA DAS CHUVAS DO INVERNOSANATIVO

    #nativarte

    #infornativo

    &PINTECLICK

  • Terrenos que tem dono, mas que, no entanto, es-to em estado de abandono podem causar uma srie de transtornos para a comunidade. Entre ou-tros problemas, esses locais tendem a acumular mato e lixo, favorecendo aparecimento de doenas, alm animais como ratos, baratas e escorpies.

    Na zona oeste, esse um problema muito freqente e, des-de suas primeiras edies, o Infornativo tem tentado ser um instrumento para denunciar a ocorrncia desses proble-mas. No ms de dezembro de 2014, o Infornativo mostrou a reclamao de moradores de San Martin e Jardim So Paulo, com relao a terrenos abandonados na regio. Buscamos com isso mostrar os casos negativos e contribuir para a resoluo do problema. Mas entendemos tambm que do interesse do Infornativo premiar os exemplos po-sitivos em que os proprietrios dos terrenos agiram como cidados, atuando na limpeza e conservao dos terrenos.

    o caso de dois locais denunciados na matria anterior. O primeiro, na rua Delmiro Gouveia, que estava com o mato alto e com entulhos. O que motivou os administradores do Infornativo a adotar o terreno, para servir como bom exemplo e em parceria com o propritario, concluiram a 1 fase da limpeza do terreno em maio/2015. Em uma nova visita neste ms de junho/2015, constatamos que mesmo depois da capinao e remoo dos entulhos, notamos que por decorrencia das chuvas a vegetao j voltou a crescer.

    O segundo caso interessante e mostra o quanto um terreno abandonado pode causar transtornos. O local fica na esquina da Rua Duarte Filho com a Rua Teles-phoro Fragoso, que alm do mato crescido, era comum, antes, ver muito lixo, alm de animais mortos no terre-

    Em greve desde o dia 1 de junho, o traba-lhadores da Chesf, empresa localizada no bairro de San Martin, voltaram ao trabalho na segunda-feira (16/06/2018).

    A paralisao nas atividades serviu para exigir da empresa o pagamento da Participao nos Lucros e Resultados (PLR) de 2014. A greve aconteceu em consonncia com o movimento nacional, que envolveu Chesf e Eletrobras.

    A categoria sinalizou que iria fazer o movimento de greve ainda no ms de maio, quando promoveu paralisaes.

    no. O proprietrio foi denunciado, porque apareceram muitos casos de dengue e os tcnicos da prefeitura associaram o problema ao local abandonado. O dono ficou com medo de ser processado e colocou o terreno a venda, informou Francisca Batista, vizinha do local.

    Um alvio para Luiza Amorim, que tambm vizinha do terreno. Antes a situao era insustentvel, pois o mato tirava a ventilao da minha casa, o cheiro era muito ruim e tinha todo esse risco de doena. Melhorou 100%, contou.

    A Secretaria-Executiva de Controle Urbano do Recife (Secon), que cuida desses casos, informa que de responsabilidade do proprietrio manter o espao em condies bsicas de higiene e cuidados. Para garantir que esta prtica seja cumprida, os fiscais da Secon re-alizam vistorias dirias nos bairros. Quando situaes como irregulares so detectadas, realizada uma busca para localizar os responsveis pelos terrenos. Os donos so notificados e podem receber multas que variam de acordo com os tipos de irregularidades en-contradas na rea. J questes relacionadas ratos, bara-tas ou outro tipo de infestao, so de responsabilidade da Secretaria de Sade do Recife; e o problema do lixo, deve ser resolvido buscando a Empresa de Limpeza Urbana do Recife (Emlurb). Voc, que deseja fazer reclamaes pode entrar em contato com esses rgos pelos telefones: - Secretaria-Executiva de Controle Urbano do Recife (Secon) Contato: (81) 3326-5969- Secretaria Municipal de Sade do Recife:Contato: (81) 3355.9339- Empresa de Limpeza Urbana do Recife (Emlurb)Contato: (81) 3355-1002- Disque-denncia da Polcia Militar : 3421-9595 (para denunciar ocorrncia de crimes nos terrenos)

    Ns vimos os resultados operacionais da empresa. Mesmo com menos funcionrios, a produtividade aumentou. Os trabalhadores me-recem receber a PLR. Estamos cobrando um di-reito nosso, de pessoas que se desdobram para manter a empresa funcionando, declarou Fer-nando Neves, diretor intersindical do Sindicato dos Urbanitrios de Pernambuco (Sindurb-PE), em entrevista ao Diario de Pernambuco.

    Aps negociaes, uma assembleia, que contou com grande nmero de funcionrios da Chesf, reali-zada nesta segunda (15/06), aprovou, com ressal-vas do Coletivo Nacional dos Eletricitrios (CNE), a proposta de pagamento da PLR da Eletrobras.

    Reclamaes - Durante o movimen-to de greve, moradores da regio se queixaram que os funcionrios da empresa ultilazam praa pbli-ca localizada ao lado da sede como estacionamentos para veculos.

    TERRENOS BALDIOS LIVRES DOS ENTULHOS FUNCIONRIOS DA CHESF VOLTAM A TRABALHARAPS 15 DIAS DE PARALISAO DAS ATIVIDADES

    INICIATIVA

    por: Rafael Eduardo | Fotos: Osvaldo Morais

    OBSERNAO

  • por: Rafael Eduardo | Fotos: Arquivo dos entrevistados

    Zona Oeste do Recife no tem praia, mas tudo bem. A distncia no um empecilho para quem quer praticar o surf. Tem que pe-gar a estrada com a prancha, mas, afinal, a praia mais prxima, onde a prtica do esporte vivel, nem fica to longe. De Itapuama, no litoral sul, para os bairros da zona oeste um pulo. A via-gem leva entre 30 e 40 minutos. Buscando saber quais so os melhores picos para quem est na zona oeste e quer praticar o esporte, o Infornativo conversou com surfistas da regio. Os

    melhores pontos para quem quer comear e para os que j tem experincia e buscam ondas mais fortes esto no litoral sul do estado. Jlio Marcos surfa h 7 anos e costuma freqentar mais a praia de Itapuama. um lugar muito bom para quem est aprendendo, porque a onda no tubular. mais fraca. Ento junta muita gente, e a praia tem alguns pi-cos de surf, como Tubaro e Nordesto. Geralmente esses picos tem em torno de 50 ou 60 pessoas nos dias de mais movimentos. Tambm costumo sufar na regio de Porto de Galinhas, onde a onda mais forte e mais tubular. Ir para essa regio bom porque d pra fazer um bate e volta. Da para ir, surfar trs horinhas, e voltar

    Desde muito jovem, Lucas Andrade pratica surf. Ele comeou h 16 anos em Boa Viagem. Na-quela poca era possvel, porque no tinham feito ainda a obra do Porto de Suape, que provocou o aparecimento de tubares na regio que vai desde Barra de Jangada at Olinda. Lembro que a rea onde hoje fica o Parque Dona Lindu era onde tinha as melhores ondas. Hoje surfo mais em Itapuama, mas tambm costumo ir as praias de Maracape e Cupi. A praia do Paiva tem ondas mais deitadas, mais gordas e a gua costuma ser mais turva. J Maracape e Cupi tem ondas mais em p (tubu-lares), que vem com mais fora, e a gua costuma ser mais cristalina. Essas so o que a gente chama

    de fundo de pedra. para quem tem mais experi-ncia, explicou, Lucas que surfa pelo menos trs vezes por semana. Preciso disso para viver bem. como um ritual. Vejo como um estilo de vida. Geralmente surfo nas praias de Serrambi e de Porto de Galinhas. As ondas nesses picos tem o mesmo esquema. So fundo de pedra, que vem com mais fora, so mais altas,por conta do coral, e formam um tubo. Comecei a praticar j ali na regio de Ita-puama, onde a onda mais deitada. Mas tambm gostava de surfar em Enseada dos Coerais e Gaibu. Ento, quando comecei j peguei esse movimento de surfar mais no litoral sul, por conta do risco de

    OS NATIVOS DA OESTE VO INVADIR SUA PRAIAVIDATIVA

  • ataques de tubaro no litoral norte. Acontece um movimento de surf ainda em Olinda, nas prais de Del Chifre e Z Pequeno, mas eu no arrisco, contou Silvio Santos, que surfa h 12 anos.

    O risco de ataques de tubaro realmente imi-nente na regio do litroal norte. Segundo pes-quisas do Comit Estadual de Monitoramento de Incidentes com Tubares (Cemit) - formado pelo Isntituto Oeanrio, a Secretaria de Defesa Social (SDS), a empresa estadual de meio am-biente de Pernambuco, pesquisadores da Uni-versidade Federal Rural (UFRPE) e o Corpo de Bombeiros h risco de ataques de tubaro na faixa que vai desde a praia de Bairro Novo, em Olinda, at a praia do Paiva. Cerca de 90% dos ataques acontecem na ataques acontecem na regio entre a praia do Pina e do Paiva.

    Rota - Os trs surfistas concordam quanto melhor rota par chegar ao litoral sul. Julio e Lucas, que moram em San Martin, e Silvio, que mora no Cordeiro, geralmente vo pela avenida Recife, depois entro na Imbiribeira, no sentido de Piedade, Candeias e Barra de Jangada. Esse percurso leva at o pedgio para carros na praia do Paiva. Tem que pagar o pedgio... mas van-tagem, segundo eles, porque o outro caminho, indo pela BR-101, costuma levar 1h ou mais de viagem. Nessa rota que eles sugerem, voc pode chegar em entre 30 e 40 minutos.

    S tem uma questo. Sair por a j querendo surfar sem instruo pode ser perigoso. Segundo Gamba, bom, antes de tentar pegar onda, frequentar algumas aulas preparatrias. Tem muitas aulas de surf na cidade. Em academias, tem como treinar a remada e exerccios res-piratrios, para manter o condicionamento fsico. Tem pessoas que surfam e fazem esse treinamento duas ve-zes por semana e depois vo praticar tambm na praia. Quando a pessoa est iniciando, o mais importante a tcnica de remada. Ento hoje tem essa alternativa at na piscina para desenvolver a tcnica de remada em uma velocidade que seja possvel pegar onda.Quando a pessoa no sabe remar, no consegue entrar na onda, porque no teve a velocidade certa de remada. Isso o mais importante para iniciar, diz o surfista.

    E quem pratica s tem a ganhar. um esporte mui-to bacana para a realidade de vida que a gente tem hoje, que muito pautada pro produzir, por metas, surf uma vlvula de escape, completa o surfista.

    - O surf , me ajudou a mudar de habitos, porque quan-do quero sufar bem, preciso dormir cedo pra acordar muitas vezes, de madrugada e pegar estrada. Fao isto algumas vezes, porque alm de encontrar o mar terral tambm tenho que voltar pra trabalhar. No tem preo comear o dia assim. O equilbrio e a pa-cincia j comea a ser exercitada dentro dgua, ai tento extender os ensinamentos do surfedurante o processo de trabalho. Disse Marcos Viela, morador da Estncia, que surfa de de bodyboarding a 11 anos.

    Pra comear - Vendo esses depoimentos de pessoas que praticam o esporte, d uma vontade de comear a pegar onda? Nunca tarde e no tem desculpa. Surf hoje no tem pr-requisito. No tem idade nem peso determinados para poder praticar. No rio de Janeiro tem um proje-to bacana, chamado AdaptSurf. Eles mostram que pessoas com deficincias fsicas e mentais podem praticar surf. L em Santos tem escola de surf para idoso. Tem mulher de 70 anos co-meando a surfar. Surf s tem um pr-requisito: saber nadar. No tem restrio de peso.Tem pran-chas que eu fao para pessoas de 160 kg, explica Maurcio Bandeira (Gamba) que surfa h 28 anos e tem uma loja dedicada ao esporte, no Bongi.

    Cada prancha tem uma finalidade e deve ser escolhida de acordo com o perfil de cada praticante. Escolha o tamanho e peso ideal e caia ngua!