EDIFICACOES Cimento Portland

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EDIFICAÇÕES– MÓDULO I – Materiais de Construção I

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Cimento Portland

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    A origem da palavra CIMENTO vem do latim CAEMENTU, que designava na velhaRoma espcie de pedra natural de rochedos e no esquadrejada.O uso de produtos com as mesmas caractersticas do cimento teve incio haproximadamente 4.500 anos. Como exemplo, podemos citar a construo demonumentos do Egito antigo, que utilizavam uma liga constituda por uma mistura degesso calcinado.

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    As grandes obras gregas e romanas, como o Panteo e o Coliseu, foram construdascom o uso de solos de origem vulcnica que possuam propriedades deendurecimento sob a ao da gua.

    PANTEO - ROMA COLISEU - ROMA

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    No ano de 1756, o ingls John Smeaton obteve um produto de alta resistncia pormeio de calcinao de calcrios moles e argilosos (marga). Em 1818, o francs LouisVicat obteve resultados semelhantes ao misturar componentes como calcrios e argila.

    JOHN SMEATON LOUIS VICAT

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    Mas a origem do cimento Portland atribuda ao construtor ingls Joseph Aspdin que,no ano de 1824, queimou conjuntamente pedras calcrias e argila, transformando-asnum p fino. Ele percebeu que, ao adicionar gua, obtinha uma mistura e, ao secar,tornava-se to dura quanto as pedras empregadas nas construes da poca e no sedissolvia em gua. Esse produto foi patenteado pelo construtor com o nome decimento Portland, por apresentar cor e propriedades semelhantes s rochas da ilhabritnica de Portland.

    JOSEPH ASPDINROCHAS NA ILHA DE PORTLAND

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    Em 1888 se iniciaram as primeiras tentativas de instalao das fbricas de cimentoPortland no Brasil, que entre muitas etapas de abertura e encerramento culminaram,em 1924, com a implantao pela Companhia Brasileira de Cimento Portland de umafbrica em Perus, Estado de So Paulo, cuja construo pode ser considerada como omarco da implantao da indstria brasileira de cimento. As primeiras toneladasforam produzidas e colocadas no mercado em 1926.

    O consumo de cimento no pas dependia exclusivamente do produto importado, aproduo nacional foi gradativamente elevada e a participao de produtosimportados oscilou at praticamente desaparecer nos dias de hoje.

    Cia Brasileira de Cimento Portland

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    O que lembra o nome Vicat ?

    Louis-Joseph Vicat foi um engenheiro francs, inventor do cimento artificial.

    Inventou o cimento artificial (ouro branco) em 1817, o material foi popular em suapoca, sendo suplantado pelo Cimento Portland. Tambm inventou a agulha Vicat,ainda em uso para a determinao do ajuste de tempo para concretos e cimentos.

    Seu filho Joseph fundou a Vicat Cement, empresa internacional de produo decimento atuante em quatro continentes.

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    Para dar prosseguimento aos nossos estudos sobre aglomerantes, vamos tratar dosaglomerantes hidrulicos, a partir dos estudos do cimento.

    Vocs lembram o que so os aglomerantes hidrulicos?

    Conforme estudamos anteriormente, os aglomerantes hidrulicos so produtos quepossuem a caracterstica de conservarem suas propriedades aglomerantes empresena de ar e gua, mas seu endurecimento ocorre sob influncia exclusiva dagua. Como principais aglomerantes hidrulicos podemos citar o cimento e a calhidrulica.

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    O cimento um aglomerante hidrulico produzido a partir de uma mistura de rochacalcria e argila. A calcinao dessa mistura d origem ao clinker, um produto denatureza granulosa, cuja composio qumica constituda essencialmente de silicatoshidrulicos de clcio, com certa proporo de outras substncias que modificam suaspropriedades ou facilitam seu emprego.

    Entre os constituintes fundamentais do cimento (95 a 96%) podemos citar:

    Cal (CaO);

    Slica (SiO2);

    Alumina (Al2O3)

    xido de Ferro (Fe2O3)

    Magnsia (MgO) em proporo mxima de 5%

    Anidro Sulfrico (SO3) adicionado aps a calcinao para retardar o tempo de pega

    Impurezas: xido de sdio, xido de potssio, xido de titnio, entre outros.

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    A mistura dessas matrias-primas e a exposio temperatura de fuso do origemao clinker. Como consequncia desse processo, ocorrem combinaes qumicas queresultam na formao dos seguintes compostos, cujas propores influenciamdiretamente nas propriedades do cimento:

    Silicato Triclcico (C3S = 3CaO SiO2): esse componente o maior responsvel pelaresistncia da pasta em todas as idades, especialmente at o fim do primeiro ms decura. O silicato triclcico um dos componentes que mais libera calor durante asreaes de hidratao do cimento. Silicato Biclcio (C2S = 2CaO SiO2): contribui para o endurecimento da pasta emidades avanadas, contribui pouco para a liberao de calor na hidratao do cimento,mas o maior responsvel pelo ganho de resistncia a um ano ou mais. Aluminato Triclcico (C3A = 3CaO Al2O3): contribui para a resistncia no primeirodia, para a rapidez de pega e o componente que mais libera calor na reao dehidratao; Ferroaluminato de Clcio (C4AFe = 4CaO Al2O3 Fe2O3): apresenta poucainfluncia nas caractersticas da pasta.

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    De acordo com a ABCP (2011) o processo de fabricao do cimento passa pelasseguintes etapas:

    1 Extrao (calcrio e argila)

    2 Britagem (reduzir dimenses dos materiais)

    3 Estocagem de matria-prima e secagem da argila

    4 Dosagem (mistura das matrias-primas)

    5 Moagem (moinho de cru)

    6 Silos de homogeneizao

    7 Queima (forno)

    8 Silos de Clnquer (resfriamento)

    9 Adies

    10 Moagem (moinho de cimento)

    11 Silos de Cimento

    12 Ensacamento, expedies

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    INFORMAO IMPORTANTE:

    O cimento exige cuidados no seu armazenamento dentro do canteiro de obras, paraevitar qualquer risco de hidratao formando ndulos que no se desmancham com apresso dos dedos, prejudicando as propriedades do material.

    Os sacos de papel, onde o produto final da fabricao colocado, no garantem aimpermeabilizao necessria.

    O local de armazenamento precisa ser coberto, bem fechado lateralmente, as pilhasde sacos devem ser colocadas sobre estrados de madeira elevados do solo e devemser cobertas com lona.

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    As propriedades fsicas do cimento Portland so consideradas sob trs aspectosdistintos: Propriedades do produto em sua condio natural; Propriedades do produto em p; Propriedades da mistura de cimento, gua e propores convenientes de pasta; Propriedades da mistura da pasta com o agregado padronizada = argamassa.

    PROPRIEDADES:

    1. Densidade

    2. Finura

    3. Exsudao

    4. Tempo de Pega

    5. Pasta de cimento

    6. Resistncia

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    1. Densidade: usualmente considerada como 3,15, podendo variar para valores umpouco inferiores, esta propriedade importante nos clculos de consumo doproduto nas misturas. Nas compactaes usuais de armazenamento e manuseiodo produto, a densidade aparente do mesmo chega a 1,5.

    2. Finura: corresponde ao tamanho dos gros ou superfcie especfica em uma gramado cimento. A finura uma propriedade que influencia diretamente na velocidadeda reao de hidratao do cimento, pois a hidratao ocorre em funo docontato do cimento com a gua. Quanto maior a finura, menor ser o tamanho dogro do cimento, maior ser a superfcie exposta e, portanto, maior a velocidadede reao.

    O aumento da finura do cimento tambm contribui para o aumento da resistncia,da trabalhabilidade e da coeso de concretos e, em funo da menor quantidadede espaos vazios, aumenta a impermeabilidade de argamassa e concreto ediminui o fenmeno de exsudao.

    O que o fenmeno de exsudao?

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    3. Exsudao: Pelo concreto ser uma mistura de cimento, agregados e gua, e essescomponentes terem densidades diferentes, por mais que estejam bem misturadosexiste uma tendncia dos materiais mais pesados descerem e os mais leves subirem.Por essa razo, h no concreto uma movimentao dos gros de cimento para baixo eafloramento do excesso de gua expulso dos espaos ocupados pelo cimento.Esse fenmeno, que ocorre antes do incio da pega, chamado de exsudao ousegregao e extremamente prejudicial ao concreto, pois ao se deslocar superfcieda mistura, a gua percorre caminhos dentro da pasta que aumentam apermeabilidade da mesma, o que contribui para reduzir a resistncia e a durabilidadedo concreto. Alm disso, uma maior concentrao de gua na superfcie deixa a pastamais diluda, o que tambm prejudica a resistncia do mesmo.

    Como podemos diminuir o efeito desta reao?

    O fenmeno da exsudao pode ser diminudo com o aumento da finura do cimento,pois quanto mais fino o cimento, menor o nmero de espaos vazios, o quedificulta o caminho da gua para a superfcie do concreto.

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    Depois de algum tempo dentro da frma o concreto fica com a superfcie brilhante

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    4. Tempo de Pega: se define como a evoluo das propriedades mecnicas da pastano incio do processo de endurecimento, momento em que a pasta adquire certaconsistncia que a torna imprpria a um trabalho.

    Tal perodo de tempo constitui o prazo disponvel para as operaes de manuseiodas argamassas e concretos, aps o qual esses materiais devem permanecer emrepouso, em sua posio definitiva, para permitir o desenvolvimento doendurecimento.

    5. Pasta de cimento: a ocorrncia da pega do cimento deve ser regulada de acordocom o tipo de aplicao, devendo-se processar em perodos superiores a umahora aps o incio da mistura. O tempo de pega do cimento determinado porensaio no aparelho de Vicat.

    6. Resistncia: a resistncia mecnica do cimento determinada pela ruptura acompresso de corpos-de-prova realizados com argamassa. A forma do corpo-de-prova, suas dimenses, o trao da argamassa, sua consistncia e o tipo de areiaempregado so definidos nas especificaes correspondentes.

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    As propriedades qumicas do Cimento Portland esto diretamente ligadas ao processo

    de endurecimento por hidratao. Este processo complexo e ainda no se conhece

    com muita preciso as reaes e os compostos envolvidos, acredita-se que consiste

    em dissoluo na gua, precipitaes de cristais e gel com hidrlises e hidrataes dos

    componentes do cimento.

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    Como j vimos, o aluminato triclcico (C3A) presente na composio, o responsvel

    direto pelo incio imediato pelo processo de endurecimento, classificando assim o

    material nestas condies como de pega rpida. Para o construtor este tipo de

    material no vivel pois dificulta o manuseio pela rapidez da pega.

    Que substncia podemos acrescentar neste processo para retardar o tempo de pega?

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    Sulfato de clcio hidratado natural

    Tambm conhecida como gipsita, que deve ser adicionada ao clinker, antes da

    moagem final, retardando o tempo de pega atravs da desidratao do gesso,

    acredita-se que muita baixa a solubilidade dos aluminatos anidros em solues

    supersaturadas de gesso.

    Este fenmeno tambm conhecido como falsa pega.

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    Durante o inverno ou em dias com baixas temperaturas, as peas concretadassofrem mudanas em seu desempenho habitual de desforma, afetando diretamentea produo industrial. Muitas vezes, essas peas no endurecem e no ganhamresistncia.

    Quais fatores geram esse problema? O cimento est com problema? Houve mudanaem sua composio qumica ou fsica? Os agregados ou a gua esto contaminados?A produo mudou a dosagem? Os aditivos esto retardando a pega? Ou realmenteas baixas temperaturas so responsveis pelo baixo desempenho?

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    As temperaturas abaixo de 15C podem influenciar nas caractersticas de incio e fim

    de pega e na evoluo das resistncias compresso.

    A velocidade de hidratao de qualquer tipo de cimento influenciada,

    principalmente, pela temperatura e pela finura do cimento. Durante o inverno,

    relativamente frequente o retardamento de pega do concreto, com consequentes

    quedas das resistncias nas idades iniciais, muitas vezes impossibilitando a desforma

    de peas estruturais. Portanto, a falta de cuidados preventivos pode causar danos ao

    ciclo operacional das indstrias. E a m hidratao provocada pela ineficincia do

    processo de cura pode trazer problemas irreversveis.

    As empresas necessariamente precisam tomar cuidados preventivos quando

    trabalharem com concreto no perodo do inverno ou em dias muito frios, em que as

    temperaturas esto abaixo de 15C.

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    PROPRIEDADES:

    1. Estabilidade

    2. Calor de Hidratao

    3. Resistncia aos agentes agressivos

    4. Reao Alcli-Agregado

    1. Estabilidade: caracterstica ligada ocorrncia eventual de indesejveis expanses

    volumtricas posteriores ao endurecimento do concreto e resulta da hidratao de

    cal e magnsia livre nele presentes. Quando o cimento contm quantidades de Cal

    maiores do que o necessrio, ao se hidratar posteriormente ao endurecimento do

    material, aumenta de volume criando tenses internas que conduzem a

    microfissurao.

    A estabilidade do material determinada em ensaios de expanso em autoclave,

    usando-se uma agulha chamada de Le Chatelier, constituda por uma forma

    cilndrica de chapa de lato com uma fenda aberta.

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    Ao da gua da chuva numa fachada. No desenho 1 apresenta-se um revestimentoimpermevel gua e no desenho 2 apresenta-se um revestimento permevel gua, que origina infiltraes na parede provocando microfissuras e posteriormenteeflorescncias com descasque.

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    AUTOCLAVE

    AGULHA LE CHATELIER

    APARELHO AFERIDOR

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    2. Calor de Hidratao: durante o processo de endurecimento do cimento se

    desenvolvem considerveis quantidades de calor na reao de hidratao. O

    desenvolvimento de calor varia de acordo com a composio do cimento,

    dependendo das propores de silicato e aluminato triclcicos. O interesse em se

    conhecer o calor de hidratao do cimento para estudarmos a evoluo trmica

    do endurecimento do concreto em obras volumosas, considerando vrios fatores

    que interferem na evoluo do fenmeno, tais como, velocidade da reao,

    coeficiente de condutibilidade trmica, entre outros.

    Em temperaturas muito elevadas, acima do ideal, tambm podem ocorrer

    patologias como o aparecimento de trincas de contrao ao final do resfriamento

    da massa.

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    3. Resistncia aos agentes agressivos: As guas e as terras podem conter substncias

    qumicas que em contato com os constituintes do cimento podem resultar em

    fenmenos de agressividade. Os silicatos de clcio e a cal hidratada presentes no

    cimento so as principais substncias submetidas aos ataques qumicos.

    Dependendo do tipo de gua, pura, cida, do mar, sulfatada, pode haver uma

    exausto da cal presente na composio do cimento, provocando o posterior

    ataque que deixa o concreto sem coeso e prejudicado em suas caractersticas

    mecnicas, entre outras. Pode-se estimar a resistncia qumica de um cimento

    gua utilizando-se o aparelho de Vicat.

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    4. Reao Alcli-Agregado: a formao de produtos gelatinosos acompanhada de

    grande expanso de volume pela combinao dos alclis do cimento com a slica

    ativa finamente dividida, eventualmente presente nos agregados. Este fenmeno

    ainda est sendo estudado, mas sabe-se que ele pode constituir importante risco

    na durabilidade dos concretos.

    VISO ATRAVS DE MICROSCPIO

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    Antigamente os cimentos eram fabricados de acordo com as especificaes dos

    consumidores que os encomendavam para as fbricas. A partir de 1904, foram

    introduzidas as primeiras especificaes atravs da ASTM, limitando os tipos

    possveis a serem fabricados.

    ASTM International (ASTM), originalmente conhecida como American Society for Testing and

    Materials, um rgo de normalizao que desenvolve e publica normas tcnicas para uma

    ampla gama de materiais, produtos, sistemas e servios. Sua sede fica nos EUA.

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    Em cada pas a indstria produz os cimentos padronizados pelo orgo normalizador

    nacional, no Brasil so produzidos vrios tipos de cimento oficialmente normalizados,

    alguns at mediante encomenda.

    Qual o orgo normalizador seguido no Brasil?

    Fundada em 1940, a Associao Brasileira de Normas Tcnicas (ABNT) o rgo

    responsvel pela normalizao tcnica no pas, fornecendo a base necessria ao

    desenvolvimento tecnolgico brasileiro.

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    TIPOS DE CIMENTO:

    CP I Cimento Portland comum

    CP I-S Cimento Portland comum com adio

    CP II-E Cimento Portland composto com escria

    CP II-Z Cimento Portland composto com pozolana

    CP II-F Cimento Portland composto com fler

    CP III Cimento Portland de alto-forno

    CP IV Cimento Portland Pozolnico

    CP V-ARI Cimento Portland de alta resistncia inicial

    RS Cimento Portland resistente a sulfatos

    BC Cimento Portland de baixo calor de hidratao

    CPB Cimento Portland Branco

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    Cimento Portland comum (CP I)

    O CPI o tipo mais bsico de cimento Portland, indicado para o uso

    em construes que no requeiram condies especiais e no apresentem ambientes

    desfavorveis como exposio guas subterrneas, esgotos, gua do mar ou

    qualquer outro meio com presena de sulfatos. A nica adio presente no CP-I o

    gesso (cerca de 3%, que tambm est presente nos demais tipos de cimento

    Portland). O gesso atua como um retardador de pega, evitando a reao imediata da

    hidratao do cimento. A norma brasileira que trata deste tipo de cimento a NBR

    5732.

    Cimento portland comum com adio (CP I-S)

    O CPI-S, tem a mesma composio do CPI (clnquer+gesso), porm com adio

    reduzida de material pozolnico (de 1 a 5% em massa). Este tipo de cimento tem

    menor permeabilidade devido adio de pozolana. A norma brasileira que trata

    deste tipo de cimento a NBR 5732.

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    Cimento portland composto com escria (CP II-E)

    Os cimentos CPII so ditos compostos pois apresentam, alm da sua composio

    bsica (clnquer+gesso), a adio de outro material, escria granulada de alto-forno, o

    que lhe confere a propriedade de baixo calor de hidratao. O CPII-E composto de

    94% 56% de clnquer+gesso e 6% 34% de escria, podendo ou no ter adio de

    material carbontico no limite mximo de 10% em massa. O CPII-E, recomendado

    para estruturas que exijam um desprendimento de calor moderadamente lento. A

    norma brasileira que trata deste tipo de cimento a NBR 11578.

    Cimento portland composto com pozolana (CP II-Z)

    O CPII-Z contm adio de material pozolnico que varia de 6% 14% em massa, o

    que confere ao cimento menor permeabilidade, sendo ideal para obras subterrneas,

    principalmente com presena de gua, inclusive martimas. O cimento CPII-Z, tambm

    pode conter adio de material carbontico (fler) no limite mximo de 10% em

    massa. A norma brasileira que trata deste tipo de cimento a NBR 11578.

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    Cimento portland composto com pozolana (CP II-F)

    O CPII-E composto de 90% 94% de clnquer+gesso com adio de 6% a 10% de

    material carbontico (fler) em massa. Este tipo de cimento recomendado desde

    estruturas em concreto armado at argamassas de assentamento e revestimento

    porm no indicado para aplicao em meios muito agressivos. A norma brasileira

    que trata deste tipo de cimento a NBR 11578.

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    Cimento portland de alto-forno (CP III)

    O CPIII contm adio de escria no teor de 35% a 70% em massa, que lhe confere

    propriedades como; baixo calor de hidratao, maior impermeabilidade e

    durabilidade, sendo recomendado tanto para obras de grande porte e agressividade

    (barragens, fundaes de mquinas, obras em ambientes agressivos, tubos e

    canaletas para conduo de lquidos agressivos, esgotos e efluentes industriais,

    concretos com agregados reativos, obras submersas, pavimentao de estradas, pistas

    de aeroportos, etc) como tambm para aplicao geral em argamassas de

    assentamento e revestimento, estruturas de concreto simples, armado ou protendido,

    etc. A norma brasileira que trata deste tipo de cimento a NBR 5735.

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    Cimento portland Pozolnico (CP IV)

    O cimento Portland Pozolnico contm adio de pozolana no teor que varia de 15% a

    50% em massa. Este alto teor de pozolana confere ao cimento uma alta

    impermeabilidade e consequentemente maior durabilidade. O concreto

    confeccionado com o CP IV apresenta resistncia mecnica compresso superior ao

    concreto de cimento Portland comum longo prazo. especialmente indicado em

    obras expostas ao de gua corrente e ambientes agressivos. A norma brasileira

    que trata deste tipo de cimento a NBR 5736.

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    Cimento portland de alta resistncia inicial (CP V-ARI)

    O CPV-ARI assim como o CPI no contm adies (porm pode conter at 5% em

    massa de material carbontico). O que o diferencia deste ltimo processo de

    dosagem e produo do clnquer. O CPV-ARI produzido com um clnquer de

    dosagem diferenciada de calcrio e argila se comparado aos demais tipos de cimento

    e com moagem mais fina. Esta diferena de produo confere a este tipo de cimento

    uma alta resistncia inicial do concreto em suas primeiras idades, podendo atingir

    26MPa de resistncia compresso em apenas 1 dia de idade. recomendado o seu

    uso, em obras onde seja necessrio a desforma rpida de peas de concreto armado.

    A norma brasileira que trata deste tipo de cimento a NBR 5733.

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    Cimento Portland Resistente a Sulfatos (RS)

    Qualquer um dos tipos de cimento Portland anteriormente citados pode ser

    classificado como resistentes a sulfatos, desde se enquadrem dentro de uma das

    caractersticas abaixo:

    Teor de aluminato triclcico (C3A) do clnquer e teor de adies carbonticas de no

    mximo 8% e 5% em massa, respectivamente;

    Cimentos do tipo alto-forno que contiverem entre 60% e 70% de escria granulada de

    alto-forno, em massa;

    Cimentos do tipo pozolnico que contiverem entre 25% e 40% de material pozolnico,

    em massa;

    Cimentos que tiverem antecedentes de resultados de ensaios de longa durao ou de

    obras que comprovem resistncia aos sulfatos.

    recomendado para meios agressivos sulfatados, como redes de esgotos de guas

    servidas ou industriais, gua do mar e em alguns tipos de solos.

    A norma brasileira que trata deste tipo de cimento a NBR 5737.

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    Cimento Portland de Baixo Calor de Hidratao (BC)

    O Cimento Portland (BC) designado por siglas e classes de seu tipo, acrescidas de BC.

    Por exemplo: CPIII-32 (BC) o Cimento Portland de Alto-Forno com baixo calor de

    hidratao, determinado pela sua composio. Este tipo de cimento tem a

    propriedade de retardar o desprendimento de calor em peas de grande massa de

    concreto, evitando o aparecimento de fissuras de origem trmica, devido ao calor

    desenvolvido durante a hidratao do cimento. A norma brasileira que trata deste tipo

    de cimento a NBR 13116.

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    Cimento Portland Branco (CPB)

    O Cimento Portland Branco se diferencia por colorao, e est classificado em dois

    subtipos: estrutural e no estrutural. O estrutural aplicado em concretos brancos

    para fins arquitetnicos, com classes de resistncia 25, 32 e 40, similares s dos

    demais tipos de cimento. J o no estrutural no tem indicaes de classe e

    aplicado, por exemplo, em rejuntamento de azulejos e em aplicaes no estruturais.

    Pode ser utilizado nas mesmas aplicaes do cimento cinza.

    A cor branca obtida a partir de matrias-primas com baixos teores de xido de ferro

    e mangans, em condies especiais durante a fabricao, tais como resfriamento e

    moagem do produto, o ndice de brancura deve ser maior que 78%. Adequado aos

    projetos arquitetnicos mais ousados, o cimento branco oferece a possibilidade de

    escolha de cores, uma vez que pode ser associado a pigmentos coloridos. A norma

    brasileira que trata deste tipo de cimento a NBR 12989.

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    CONCRETO COM CIMENTO BRANCO

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    Reciclagem com resduos de materiais da obra.Tampos de pias executados na prpria obra reduzindo custos, gasto energtico emantendo a qualidade e beleza.Para a fabricao utilizou-se uma nata de cimento branco, p de mrmore, pedrasmodas de sobras de marmorarias e vidro modo.

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    1. Cimento Sorel: ou cimentos de oxicloretos, material de pega rpida com tempo

    inferior a 24 horas e que endurece completamente em menos de 4 meses. Ele

    especialmente duro e resistente abraso, mas tem um lado negativo por sofrer

    sob ao da gua deteriorando-se quando repetidamente molhado.

    2. Cimentos resistentes a ao de cidos: acrescendo-se materiais orgnicos a

    mistura, tais como, resinas furan, fenlicas, epxi e enxofre, chega-se a uma

    composio resistente a esta situao.

    * Especialmente as resinas epxi tem excepcionais propriedades de adeso, sendo

    muito utilizadas na reparao de concreto danificado, permitindo perfeita ligao

    entre o concreto novo e o velho.

    3. Cimento aluminoso: resistente aos ataques qumicos, material de pega lenta muito

    resistente ao ataque de guas sulfatadas, um cimento considerado refratrio por

    resistir a altas temperaturas.

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    4. Cal hidrulica: produto que endurece predominantemente sob a ao da gua,

    embora tambm sofra a ao de endurecimento em contato com o ar

    conservando suas propriedades. Ela fabricada em um processo similar ao da cal

    comum tomando-se cuidado especial em relao a quantidade de gua colocado

    no processo de extino para no comprometer as caractersticas mecnicas do

    produto. No um produto apropriado para construes sob a gua, mais

    indicada para misturas chamadas de cimentos de alvenaria, por sua pega ser

    muito lenta.

    * Alguns destes aglomerantes so fabricados apenas na Frana, onde existe uma

    gama maior de variedades de cimento por exemplo, j no Brasil podem ser

    solicitados aos fabricantes sob encomenda, atendendo a uma quantidade mnima.

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    A indstria de cimento responde por quase 5% das emisses mundiais de gs

    carbnico no meio ambiente, isso ocorre porque o processo de produo de cada

    tonelada de clnquer libera na atmosfera esta mesma quantidade de CO2.

    O cimento ecolgico desenvolvido a partir de resduos (escria) provenientes de

    diversas indstrias siderrgica, de fundio, termeltrica e de carvo vegetal. A

    substituio do clnquer material de argila e calcrio utilizado na produo de

    cimento convencional por estes materiais reduz em 95% as emisses de carbono e

    em 80% o gasto de energia em relao ao processo de produo tradicional.

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    O cimento classificado como CP III, tambm chamado de cimento verde um

    produto de uso geral, compatvel com todas as etapas da obra, considerado mais

    resistente, estvel e impermevel em relao ao cimento comum, pois seu processo

    de hidratao ocorre mais lentamente, tem maior durabilidade e mais barato do que

    os demais. Como demora mais para curar, o CPIII previne fissuras trmicas, tais

    caractersticas o tornam ideal para fundaes, lajes e pilares. O CPIII existe no Brasil

    desde 1952, mas, at pouco tempo atrs, era alvo de preconceito dos construtores

    por conter resduos industriais.

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    1. ESTUDAR o contedo das ltimas aulas sobre CimentoPortland, individualmente;

    2. Formar duplas;

    3. Chegar s 14:00h para responder questionrio referente aocontedo, durante a primeira parte da aula.

  • Referncia Bibliogrfica:

    - FALCO BAUER, L.A. Materiais de Construo Volume 1 . Rio de Janeiro: LTC, 2014.

    - Imagens retiradas da internet.

    - http://planetasustentavel.abril.com.br

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    ISSO TUDO PESSOAL!