Edificacoes Materiais de Construcoes

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    Escola Estadual deEducao Profissional - EEEPEnsino Mdio Integrado Educao Profissional

    Curso Tcnico em Edificaes

    Materiais de Construes

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    Governador

    Vice Governador

    Secretrio Executivo

    Assessora Institucional do Gabinete da Seduc

    Cid Ferreira Gomes

    Francisco Jos Pinheiro

    Antnio Idilvan de Lima Alencar

    Cristiane Carvalho Holanda

    Secretria da Educao

    Secretrio Adjunto

    Coordenadora de Desenvolvimento da Escola

    Coordenadora da Educao Profissional SEDUC

    Maria Izolda Cela de Arruda Coelho

    Maurcio Holanda Maia

    Maria da Conceio vila de Misquita Vins

    Thereza Maria de Castro Paes Barreto

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    SUMRIO

    Introduo............................................................................................................ 02

    Argamassas......................................................................................................... 03Aglomerante......................................................................................................... 07

    Agregados............................................................................................................ 08

    Cimento e Areia ................................................................................................... 10

    Matrias-Primas................................................................................................... 13

    Areia .................................................................................................................... 16

    TEXTO DE APOIO: Areia para Construo Civil............................................... 19

    Tijolos e Blocos.................................................................................................... 21

    Uso racional da gua na construo civil............................................................. 27

    Material hidrulico e sanitrio .............................................................................. 29

    Lajes .................................................................................................................... 30

    Dispositivos Eltricos ........................................................................................... 35

    Oramento ........................................................................................................... 26

    Acabamento......................................................................................................... 39

    Produto Fora de Linha....................................................................................... 41

    Bibliografia ........................................................................................................... 43

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    MATERIAIS DE CONSTRUO

    INTRODUO

    Comprar material deconstruo requer algunscuidados. O Tcnico emEdificaes, deve ser umprofissional da rea, capaz deorientar os construtores nessadifcil tarefa atravs do

    conhecimento tcnico e daconstante atualizao napesquisa do desenvolvimento denovos matrias e tcnicas.Realize sempre uma pesquisa depreos junto s lojas ou por meiode cadernos especializados dejornais e revistas ou na internet. muito grande e variada aquantidade de materiaisempregados na construo civil.Vejamos abaixo algumas dicassobre materiais que compem aestrutura da construo.

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    ARGAMASSAS

    Iniciemos o nosso estudo sobre materiais de construo com o conceito de argamassa:

    Chama-se argamassa(pr-lat. arga+ latim massa) mistura feita com pelo menos um aglomerante,agregados midos e gua. O aglomerante pode ser acal, o cimento ou o gesso. O agregado mais comum a areia, embora possa ser utilizado o p de pedra.

    As argamassas so empregadas com as seguintes finalidades:

    assentar tijolos e blocos, azulejos, ladrilhos, cermicas e tacos de madeira; impermeabilizar superfcies; regularizar (tapar buracos, eliminar ondulaes, nivelar e aprumar)paredes, pisos e tetos; dar acabamento s superfcies (liso, spero, rugoso, texturizado, etc.).

    Caractersticas das Argamassas

    As argamassas mais comuns so constitudas por cimento, areia e gua. Emalguns casos, costuma-se adicionar outro material como cal, saibro, barro, caulim, eoutros para a obteno de propriedades especiais. Chama-se proporo a proporo emvolume ou em massa entre os componentes das argamassas (cimento, cal e areia), que

    varia de acordo com a finalidade e as caractersticas desejadas da argamassa.

    Assim como o concreto, as argamassas tambm se apresentam em estadoplstico nas primeiras horas de confeco, e endurecem com o tempo, ganhandoresistncia, resilincia e durabilidade. Este processo chama-se cura da argamassa.

    A argamassa uma cola que permite unir diversos materiais de construo. Emmuitos casos, pode-se utilizar argamassas com caractersticas especiais para melhoraras caractersticas de adeso. Tambm so importantes as caractersticas de

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    impermeabilizao, embora haja necessidade de adio de produtos especiais paraobter as propriedades impermeabilizantes da argamassa.

    Tipos de Argamassa

    As argamassa so classificadas, segundo a sua finalidade, emargamassas para assentamento de alvenerias, para revestimento e paraassentamento de revestimentos.

    Argamassas para assentamento

    As argamassas para assentamento so usadas para unir blocos ou tijolos dasalvenarias.

    Dependendo do tipo de bloco ou tijolo, podem ser utilizadasdiversas tcnicas de assentamento com argamassa. Normalmente

    ela colocada com colher de pedreiro, mas podem ser utilizadastambm bisnagas.

    As trs primeiras fiadas de uma parede de blocos ou tijolos devem ser revestidasinicialmente com uma camada de argamassa de impermeabilizao, que protege aparede contra a penetrao da umidade.

    Argamassas para revestimento

    Usualmente so aplicadas trs camadas de argamassa em uma parede a serrevestida:

    Chapisco: primeira camada fina e rugosa deargamassa aplicada sobre os blocos das paredes e nostetos. Sem o chapisco, que a base do revestimento, asoutras camadas podem descolar e at cair.

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    Emboo: sobre o chapisco aplicada uma camada demassa grossa ou emboo, para regularizar a superfcie.

    Reboco: a massa fina que d o acabamento final. Emalguns casos no usado o reboco, por motivo de economia.Geralmente tem em seu trao areias mais finas, pois servem paradar o acabamento ao revestimento.

    Em alguns casos, como em muros, o chapisco pode ser o nico revestimento.

    Por sobre as argamassas de revestimentos podem ser aplicados outrosacabamentos como textura, massa corrida, pintura, areias quartzo, estuque venezianoetc.

    O acabamento destes revestimentos pode ser sarrafeado ou desempenado.

    Argamassa para assentamento de revestimentos

    Revestimentos como azulejos, ladrilhos e cermicas so aplicados sobre oemboo. Para esta aplicao, tambm so utilizadas argamasssas.

    No piso, utiliza-se uma camada de contrapiso e pode-se dar o acabamento porsobre esta camada. Este acabamento conhecido como cimentado. O contrapiso umacamada de argamassa de regularizao e de nivelamento.

    Argamassas industrializadas

    Atualmente est sendo cada vez mais comum o uso deargamassas industrializadas, ou seja, a mistura dos componentessecos realizada em uma planta industrial. Assim, na obra,

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    apenas deve ser acrescentada gua mistura prvia.As argamassas industrializadaspara aplicao de revestimentos cermicos so conhecidas como argamassas colantes.Elas apresentam os tipos AC-I, AC-II, AC III e ACIIIE, segundo a norma NBR 14081.

    A AC-I recomendada para o revestimento interno com exceo de saunas,churrasqueiras e estufas. A AC-II recomendada para pisos e paredes externos comtenses normais de cisalhamento. A AC-III recomendada para pisos e paredesexternos com elevadas tenses de cisalhamento. A AC-IIIE recomendada paraambientes externos, muito ventilados e com insolao intensa.

    Propriedades das Argamassas

    Para a obteno de uma argamassa de boa qualidade, deve-se levar em conta:

    A qualidade do cimento e da cal, principalmente verificando se de umfabricante certificado; A qualidade da areia, que deve apresentar gros duros e limpeza, livre detorres de barro, galhos, folhas e razes antes de ser usada (areia lavada). A gua, que tambm deve ser limpa, livre de barro, leo, galhos, folhas eraz.

    Outro ponto a ser observado a forma como se faz a mistura, que pode ser feita deforma manual, em betoneiras ou em centrais de mistura. Para a obteno de uma boamistura, devem-se utilizar preferencialmente meios mecnicos (betoneira ou centrais).

    Uma caracterstica importante da argamassa ainda fresca a trabalhabilidade,que uma composio da plasticidade com o tipo uso da argamassa e com a suacapacidade de aderncia inicial. Em alguns usos, como no revestimento, adicionadoum quarto componente mistura, que pode ser cal, saibro, barro, caulim ou outros,dependendo da disponibilidade e uso na regio. De todos esses materiais, chamados deplastificantes, o mais recomendado a cal hidratada.

    Quando endurecida, a argamassa dever apresentar resistncia e resilincia, deforma a suportar adequadamente os esfoos sem se romper.

    Para compor as argamassas, precisamos deAGLOMERANTES, AGREGADOS e GUA, cujos conceitos veremos, a seguir:

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    AGLOMERANTE:

    Um aglomeranteou ligante um material que tem a finalidade a aglutinao deoutros materiais (agregados), influenciando desta forma a resistncia do materialresultante. Um aglomerante, em contacto com gua forma uma pasta, a qual moldvele malevel, permitindo o fcil manuseamento do material. Ao juntar areia a essa pastaforma-se uma argamassa que depois de fazer presa se torna rgida e resistente. Se argamassa se juntar brita est-se perante um material chamado beto.

    Tipos de aglomerantes

    Cimento, um ligante inorgnico.

    Existem vrios tipos de aglomerantes, tantorelativamente sua origem, como forma comofazem presa.

    Aglomerante inorgnicos

    Aglomerantes areos (que fazem presa em contacto com o ar)

    o gessoo cal area

    Aglomerantes hidrulicos (no necessitam de estar expostos ao arpara fazer presa)

    o cal hidrulicao cimento Portland

    Aglomerantes orgnicos

    polimricos

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    o resina epoxdicao resina acrlicao colao mstique

    betuminosos

    o alcatroo asfaltoo derivados da destilao do petrleo

    AGREGADOS:

    Materiais granulosos relativamente inertes, muito utilizados nas obras deconstruo civil.

    Tambm podem ser largamente empregados em:

    Lastros de vias areas

    Bases de calamentos e rodovias

    Vrios tipos de revestimentos e argamassas

    No concreto, os agregados (areia e pedra) chegam a representar cerca de 75%do seu volume. Suas propriedades e caractersticas refletem no comportamento doconcreto no estado fresco e no estado endurecido. Deste modo, o controle destesmateriais fundamental para a obteno de concretos com as caractersticasespecificadas.

    Entre suas funes principais, podemos destacar:

    1. ECONMICA apresentam menor custo que o cimento;

    2. TCNICA maior estabilidade dimensional e maior durabilidade

    3. ESTTICA podem variar de colorido e textura

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    CLASSIFICAO:

    1. QUANTO A ORIGEM:

    NATURAIS j so encontrados na natureza na sua forma natural(areia, pedra, pedregulho, etc.)

    ARTIFICIAL necessitam de um trabalho de beneficiamento(areia artificial, brita, escria de alto forno, argila expandida, etc)

    2. QUANTO S DIMENSES (GRANULOMETRIA):

    MIUDOS materiais que passam na peneira 4,8 mm e ficam retidos napeneira 0,075 mm (areia natural, pedrisco, etc)

    GRAUDOS materiais que passam na peneira 76 mm e ficam retidos napeneira 4,8 mm (brita, pedregulho, etc)

    3. QUANTO MASSA ESPECFICA:

    LEVES (< 2,0 Mg/m3) (Kg/dm3)

    NORMAIS ( 2,0 a 3,0 Mg/m3)

    PESADOS ( > 3,0 Mg/m3)

    Na escolha dos agregados devemos analisar as seguintes caractersticas:

    Granulometria, textura e forma dos gros;

    Resistncia mecnica, inatividade qumica e porosidade

    Reatividade potencial (reao lcali-agregado)

    Impurezas minerais e orgnicas

    Isto posto, vamos agora, nos detalhar ao estudos de cada um deles:

    Cimento e areia

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    Cimento Portland, foi o nome dado pelo qumico britnico Joseph Aspdin aotipo p de cimento, em 1824, em homenagem ilha britnica de Portland devido a corde suas rochas. No mesmo ano, o construtor ingls Joseph Aspdin queimouconjuntamente pedras calcrias e argila, transformando-as num p fino. Percebeu queobtinha uma mistura que, aps secar, tornava-se to dura quanto as pedras empregadasnas construes. A mistura no se dissolvia em gua e foi patenteada pelo construtor nomesmo ano, com o nome de cimento Portland, que recebeu esse nome por apresentarcor e propriedades de durabilidade e solidez semelhantes s rochas da ilha britnica dePortland.

    A histria do cimento inicia-se no Egito antigo, Grcia e Roma, onde as grandesobras eram construdas com o uso de certas terras de origem vulcnicas, compropriedades de endurecimento sob a ao da gua. Os primeiros aglomerantes usados

    eram compostos de cal, areia e cinza vulcnica. O cimento Portland um aglomerantehidrulico fabricado pela moagem do clnquer, compostos de silicato e clcio hidrulicos.

    Processo de fabrico

    O fabrico do cimento Portland basea-se em trs etapas fundamentais:

    1. Mistura e moagem da matria-prima (calcrios, margas e brita de rochas).

    2. Produo do clnquer (forno rotativo a 1400C + arrefecimento rpido).3. Moagem do clnquer e mistura com gesso.

    Constituio do clinquer

    O clinquer de cimento Portland constitudo por:

    xido de clcio (CaO) - 60 a 70%

    Slica (SiO2) - 20 a 25% Alumina (Al2O3) - 2 a 9% xido de ferro (Fe2O3) - 1 a 6% xido de magnsio (MgO) - 0 a 2%

    Transformaes qumicas no forno

    Para determinadas temperaturas, durante a fase de produo do clnquer, existemvrias alteraes qumicas na matria-prima:

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    T < 100C - evaporao da gua livre 100C < T < 450C - sada da gua adsorvida 700 < T < 900C - Formao de xido de clcio (vulgo cal) e xido

    de magnsio T 1260C - fase lquida que resulta da combinao do xido de

    clcio com o xido de alumnio e o xido de ferro (III) 1260C < T < 1450C - formao de alite

    O cimento um dos materiais de construo mais utilizados na construo civil,por conta da sua larga utilizao em diversas fases da construo. O cimento pertence aclasse dos materiais classificados como aglomerantes hidrulicos, esse tipo de materialem contato com a gua entra em processo fsico-qumico, tornando-se um elementoslido com grande resistncia a compresso e resistente a gua e a sulfatos.

    Os silicatos de clcio so os principais constituintes do cimento Portland, asmatrias primas para a fabricao devem possuir clcio e slica em proporesadequadas de dosagem.

    Os materiais que possuem carbonato de clcio so encontrados naturalmenteem pedra calcria, giz, mrmore e conchas do mar, a argila e a dolomita so asprincipais impurezas.

    A ASTM C 150 define o cimento Portland como um aglomerante hidrulico

    produzido pala moagem do clnquer, que consiste essencialmente de silicatos de clciohidrulicos, usualmente com uma ou mais formas de sulfato de clcio como um produtode adio. O clnquer possui um dimetro mdio entre 5 a 25 mm.

    Com o passar do tempo as propriedades fsico-qumicos do cimento portlandtem evoludo constantemente, inclusiva com o emprego de aditivos que melhoram ascaractersticas do cimento. Hoje o cimento portland normalizado e existem onze tiposno mercado:

    CP I Cimento portland comum

    CP I-S Cimento portland comum com adio CP II-E Cimento portland composto com escria CP II-Z Cimento portland composto com pozolana CP II-F Cimento portland composto com fler CP III Cimento portland de alto-forno CP IV Cimento portland Pozolnico CP V-ARI Cimento portland de alta resistncia inicial RS Cimento Portland Resistente a Sulfatos

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    BC Cimento Portland de Baixo Calor de Hidratao CPB Cimento Portland Branco

    O cimento Portland desencadeou uma verdadeira revoluo na construo, pelo

    conjunto indito de suas propriedades de moldabilidade, hidraulicidade (endurecer tantona presena do ar como da gua), elevadas resistncias aos esforos e por ser obtido apartir de matrias-primas relativamente abundantes e disponveis na natureza.

    A criatividade de arquitetos e projetistas, a preciso dos modernos mtodos declculo e o genialidade dos construtores impulsionaram o avano das tecnologias decimento e de concreto, possibilitando ao homem transformar o meio em que vive,conforme suas necessidades. A importncia deste material cresceu em escalageomtrica, a partir do concreto simples, passando ao concreto armado e finalmente, aoconcreto protendido. A descoberta de novos aditivos, como a slica ativa, possibilitou a

    obteno de concreto de alto desempenho (CAD), com resistncia compresso at 10vezes superiores s at ento admitidas nos clculos das estruturas.

    Obras cada vez mais arrojadas e indispensveis, que propiciam conforto, bem-estar - barragens, pontes, viadutos, edifcios, estaes de tratamento de gua, rodovias,portos e aeroportos - e o contnuo surgimento de novos produtos e aplicaes fazem docimento um dos produtos mais consumidos da atualidade, conferindo uma dimensoestratgica sua produo e comercializao.

    MATRIAS-PRIMAS

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    O calcrio um rocha sedimentar, sendo a terceira rocha mais abundantena crosta terrestre e somente o xisto e o arenito so mais encontrados.

    O elemento clcio, que abrange 40% de todo o calcrio, o quinto mais

    abundante na crosta terrestre, aps o oxignio, silcio, alumnio e o ferro.

    De acordo com o teor de Magnsio o calcrio se classifica em:

    - calcrio calctico (CaCO3)

    O teor de MgO varia de 0 a 4%. Devido maior quantidade de clcio a pedra quebracom maior facilidade e em superfcies mais uniformes e planas. Este calcrio, tambmpor Ter menor quantidade de carbonato de magnsio exige maior temperatura paradescarbonatar.

    - calcrio dolomtico (CaMg(CO3)2)

    O teor de MgO acima de 18% e por isso possui uma temperatura dedescarbonatao ainda menor do que o calcrio magnesiano.

    - calcrio magnesiano (MgCO3)

    O teor de MgO varia de 4 a 18%. A presena maior de carbonato demagnsio faz com que este calcrio tenha caractersticas bem diferentes do calctico:

    - uma pedra mais dura, quebrando sempre de forma irregular, formandoconchas de onde vem o nome de pedra cascuda. O calcrio magnesiano necessitade menos calor e uma temperatura menor para descarbonatar do que o calctico. ideal para fabricao de cal.

    Obs.: Apenas o calcrio vem sendo utilizado na fabricao do cimento.

    O uso de calcrio com alto teor de MgO causa desvantagens na hidratao docimento:

    MgO + H2O Mg(OH)2Isso provoca o aumento do volume e produz sais solveis que enfraquecem o

    concreto quando exposto a lixiviao.

    b) ARGILA

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    alm de estar sujeito ao comprometimento de sua qualidade, em funo de condiesdesfavorveis de armazenamento.

    Areia um material de origem mineral finamente dividido em grnulos, composta

    basicamente de dixido de silcio, com 0,063 a 2 mm.

    Forma-se superfcie da Terra pela fragmentao das rochas por eroso, porao do vento ou da gua. Atravs de processos de sedimentao pode sertransformada em arenito.

    utilizada nas obras de engenharia civil em aterros, execuo de argamassas econcretos e tambm no fabrico de vidro. O tamanho de seus gros tem importncia nascaractersticas dos materiais que a utilizam como componente.

    A areia pode ser grossa, fina ou misturada e deve ser adquirida de acordo com anecessidade da obra. Pode ser vendida em grandes quantidades, por metro cbico, ouem pequenas embalagens plsticas. Evite comprar areia quando ela estiver mida, poisisso pode alterar a sua quantidade. Verifique tambm se no h terra ou p de serragemmisturados areia, o que poder provocar problemas na obra.

    Constituda por fragmentos de mineral ou de rocha, cujo o tamanho varia,conforme a escala de Wentworth, de maior que 64 m (1/16 mm) e menor que 2 mm.

    Como tem menor rea de superfcie em relao argila e outras partculasmenores do solo, a areia possui capacidade relativamente pequena de reteno denutrientes no solo, que so lixiviados com facilidade. Possui ainda poros bastantegrandes, perdendo gua por gravidade facilmente, sendo o solo arenoso geralmenteseco. A pouca coeso entre suas partculas ainda o torna especialmente suscetvel aeroso. Tudo isto condiciona que um solo com teores altos de areia precisa de uma sriede preucaes quanto adubao, que no pode ser aplicada de uma vez s no plantio,controle de eroso e, por vezes, irrigao.

    Diviso granulomtrica

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    Micrognulos de areia com 100 m de tamanho, fotografados por um microscpioeletrnico.

    O tamanho de areia, divide-se, granulometricamente, em:

    areia fina (entre 0,075mm e 0,18mm), areia mdia (entre 0,18 mm e 0,42 mm), areia grossa (entre 0,42 mm e 2mm).

    Formas de extrao

    Normalmente extrada do fundos dos rios com dragas, chamado dragagem, quepode ocasionar graves danos ambientais, em seguida lavada, peneirada e posta parasecar e utilizada conforme sua granulao.

    Entretanto, em algum casos sua extrao no resulta em danos ambientais, pois

    em algumas situaes o processo de extrao contribui sobremaneiramente para odesassoreamento dos leitos dos rios onde realizado, quando h o devidoacompanhamento por especialistas.

    Usos

    A areia geralmente o principal componente do concreto.

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    a princial componente na produo de vidro. Em nevascas ou quando h presena de gelo, a areia espalhada

    nas estradas para dar maior trao aos pneus evitando acidentes. Fbricas de tijolos utilizam areia como aditivo mistura de argila

    para o fabrico de tijolos. A areia muitas vezes misturada com tinta para criar um

    acabamento texturizado para paredes e tetos ou uma superfcie no escorregadiaao cho.

    Areia fina usada, junto com outras substncias, como composto defiltros de gua.

    Solos arenosos so ideais para certos tipos de culturas, comomelancia, pssegos, e amendoim e muitas vezes so preferidas para a produoleiteira intensiva devido s suas excelentes caractersticas de drenagem.

    A areia utilizada em paisagismo para fazer pequenas colinas edeclives (por exemplo, na construo de campos de golfe).

    Sacos de areia so usados para proteo contra inundaes e,eventualmente, contra armas de fogos. Os sacos podem ser facilmentetransportados quando vazios e, em seguida, preenchidos com areia local.

    Ferrovias usam areia para melhorar a trao das rodas sobre ostrilhos.

    Areia usada como peso para diversos usos, como, por exemplo,pesos de academia e o componente interno do suporte das fitas adesivas de

    escritrio.

    O texto, que veremos a seguir, do arquiteto Iber Campos, esclarece um poucomais sobre as propriedades e o uso desse mineral na construo civil e nos d algumas

    dicas sobre como compr-la e utiliz-la de forma mais adequada:

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    Areia para construo civil: como comprar e como usar

    Por Arq. Iber M. Campos

    Na tecnologia do concreto, a areia chamada de agregado mido, em contraposio ao agregadogrado constitudo pela pedra britada. A areia nada mais do que a parte mida resultado dadesagregao de rochas. Esta desagregao pode ser causada por processos naturais ou pelo homem,

    atravs de processos mecanizados para a britagem de rochas.

    Nem todo resduo mido vindo de rochas chamado de areia. Recebe este nome apenas o produto dedesagregao das rochas que passa pela peneira com abertura de malha com no mximo 4,8 mm.

    Na natureza, a areia pode ser encontrada portos de areia dos rios -- que so as melhores -- ou em minas,quando passa a ser chamada de areia de cava ou de barranco. Estas so as mais baratas, mas podemconter impurezas necessitando de lavagem para que possam mser usadas em obras de maiorresponsabilidade.

    Quanto ao tipo, as areias so divididas em grossa, mdia e fina: Areia grossa - gros com dimetro entre 2 a 4 mm Areia mdia - gros com dimetro entre 0;42 a 2 mm

    Areia fina - gros com dimetros entr 0,05 a 0,42 mm

    Algumas informaes sobre as areias

    A areia um elemento fundamental em qualquer construo. usada em vrias partes, desde asfundaes at as coberturas passando pela estrutura, vedaes e acabamentos. Para cada finalidadedeve ser escolhido um tipo, variando a granulometria e a pureza do material. Veja algumas dicas paraescolher e comprar:

    1 O concreto pode usar areia grossa, mdia ou fina. Entretanto, areias finas podem conter um teorexcessivo de material intruso pulverizado (outros compostos) o que pode causar srios danos qualidadedo concreto.

    2 Em princpio, no se lava a areia de rio pois considera-se que ela j est lavada. J a areia de cava (oude barranco) pode exigir lavagem por conter impurezas. Como saber se preciso ou no lavar a areia? Sea areia suja a mo necessita de lavagem. Da mesma forma, se lavarmos uma amostra e a gua utilizadafor muito turva, ento devemos lavar todo o lote.

    3 A cor das areias pode ser branca, avermelhada ou amarelada. O fato, em si, no importante e dizrespeito apenas ao tipo da rocha me. preciso apenas observar se a cor no est vindo de impurezascomo, por exemplo, excesso de solo (terra) que veio misturado areia por esta ser de procednciaduvidosa.

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    Como medir um caminho de areia?

    Quando se compra a areia com a condio de pagar somente o que for efetivamente entregue, precisofazer a medio do caminho em obra. A medio feita enfiando-se um ferro de construo no monte de

    areia, antes dela ser descarregada. Deve-se tambm medir as dimenses internas da caamba(comprimento e largura).

    As medidas com o ferro de construo devem ser feitas em cinco pontos estratgicos, a saber -- no centrodo monte (parte mais alta) e em cada um dos cantos (vide figura abaixo).

    O volume ser a mdia das alturas, multiplicado pela largura e pelo comprimento da caamba. Comodemonstrado abaixo:

    Tijolos e blocos

    Tijolos e blocos possuem medidasespecficas que podem ser obtidas junto ao IPEM(Instituto de Pesos e Medidas).

    Utilizados pelo homem desde 4.000 AC, osmateriais cermicos destacam-se pela suadurabilidade e pela facilidade da sua fabricao,dada a abundncia da matria-prima que oorigina, a argila.

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    Os blocos cermicos, ou tijolos, como so popularmenteconhecidos, so um dos componentes bsicos de qualquer

    construo de alvenaria, seja ela de vedao ou estrutural..

    Os tijolos so produzidos a partir da argila, geralmentesob a forma de paraleleppedo, possuem colorao avermelhadae apresentam canais/furos ao longo de seu comprimento.

    Os blocos de vedao so aqueles destinados execuo de paredes quesuportaro o peso prprio e pequenas cargas de ocupao (armrios, pias, lavatrios) egeralmente so utilizados com os furos na posio horizontal.

    Os blocos estruturais ou portantes, alm de exercerem a funo da vedao,tambm so destinados execuo de paredes que constituiro a estrutura resistenteda edificao, podendo substituir pilares e vigas de concreto. Esses blocos so utilizadoscom os furos sempre na vertical.

    Os problemas enfrentados pelo setor cermico brasileiro e o seu reflexo naqualidade dos produtos disponveis para o consumidor, principalmente em funo daexistncia da no conformidade tcnica intencional, foi um dos motivos que levou oPrograma Brasileiro da Qualidade e Produtividade - PBQP a criar, atravs de um esforo

    que integra o governo, o setor produtivo e a sociedade, a Meta Mobilizadora Nacionalvoltada para a rea da Habitao a fim de analisar e verificar a qualidade dos materiaisempregados na construo civil, particularmente, os blocos cermicos ou tijolos queentre outras metas, espera-se:

    "elevar para 90%, at o ano 2002, o percentual mdio de conformidade com asnormas tcnicas dos produtos que compem a cesta bsica de materiais de construo".

    De acordo com dados da Secretaria Executiva do Comit Nacional deDesenvolvimento Tecnolgico da Habitao, de julho de 1998, o percentual mdio deno conformidade dos materiais e componentes da construo civil habitacional est emtorno de 40%.

    Alm disso, o setor depara-se com o crescimento da atividade de noconformidade intencional, prtica que desestabiliza grande parte do mercado. Essaatividade ilegal beneficia somente alguns fabricantes, revendedores de materiais econstrutores e prejudica o usurio final da habitao.

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    Portanto, a anlise de conformidade realizada pelo Inmetro em materiais deconstruo tem como um de seus objetivos principais fornecer informaes que poderoorientar os consumidores e os programas setoriais da qualidade existentes, obtendo-seresultados mais imediatos e um engajamento maior das partes envolvidas.

    Fontes de Consulta:

    Revista Viva Qualidade, n 04 Julho/Agosto de 1999

    Jornal da Associao Nacional da Indstria Cermica/Agosto de 2000

    Documento do Comit Nacional de Desenvolvimento Tecnolgico da Habitao CTECH: Metada rea de Habitao

    Normas e Documentos de Referncia

    Para a realizao dos ensaios foram utilizados os seguintes documentos:

    NBR 7.171, de novembro de 1992: Bloco Cermico para Alvenaria: Especificao

    NBR 6.461, de junho de 1983: Bloco Cermico para Alvenaria Verificao daResistncia Compresso: Mtodo de Ensaio

    NBR 8.947, de novembro de 1992: Telha Cermica - Determinao da Massa e daAbsoro de gua: Mtodo de Ensaio

    Portaria Inmetro n 152, de 08 de setembro de 1998: estabelece as condies para

    comercializao dos blocos cermicos para alvenaria (dimenses e marcaes) e a metodologiapara execuo do exame de verificao da conformidade metrolgica dos mesmos.

    Caractersticas Fsicas e Mecnicas(segundo NBR 7.171)

    RequisitosEnsaiosAbsoro de guaResistncia Compresso Mnima

    maior que 8% e menor que25%

    Classe 10 1,0 MPa Classe 15 1,5 MPa

    Classe 25 2,5 MPa

    Classe 45 4,5 MPa

    Classe 60 6,0 MPa

    Classe 70 7,0 MPa

    Classe 100 10,0 MPa

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    Caractersticas Geomtricas(segundo NBR 7.171)

    Formas Requisitos

    Desvio em Relao ao Esquadro (D) 3mm

    Planeza das Faces / Flecha (F) 3mm

    Espessura das Paredes Externas 7mm

    Caractersticas Fsicas e Mecnicas

    Determinao da Absoro de gua

    (Parmetro: 8% < Absoro de gua < 25%)

    Esse ensaio verifica o percentual de gua absorvido pelo bloco cermico, obtido apartir da diferena entre a massa seca e a massa mida da amostra.

    De acordo com a metodologia de ensaio descrita pela norma brasileira, primeirodetermina-se a massa do bloco cermico aps ter sido colocada em estufa parasecagem. Feito isso, mergulha-se a amostra em gua, deixando-a submersa por umdeterminado perodo de tempo. Desta vez, mede-se a massa do bloco mido. Atravs da

    diferena entre os dois valores encontrados, obtm-se o percentual de gua absorvidopela amostra.

    Esse problema fica mais evidente quando observamos casas populares que,devido condio econmica precria de seus moradores, permanecem "cruas", ouseja, sem qualquer revestimento que proteja suas paredes.

    Alm disso, paredes de tijolos com alta absoro de gua revelam problemas naaderncia da argamassa de reboco, pois a gua existente na composio da argamassa absorvida, resultando em uma massa seca sem poder de fixao.

    Determinao da Resistncia Compresso Mnima

    (Parmetro Mnimo: Resistncia Compresso > 1,0 MPa)

    Esse ensaio verifica a capacidade de carga que os blocos cermicos suportamquando submetidos a foras exercidas perpendicularmente sobre suas faces opostas e

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    determina se as amostras oferecem resistncia mecnica adequada, simulando apresso exercida pelo peso da construo sobre os tijolos.

    O no atendimento aos parmetros normativos mnimos indica que a parede

    poder apresentar problemas estruturais como rachaduras e, consequentemente,oferecer riscos de desabamento construo.

    Conforme descrito anteriormente, a norma brasileira estabelece 07 (sete) classesde resistncia compresso. Essa resistncia determinada a partir dos resultadosobtidos pelas amostras durante o ensaio ou em funo da informao prestada pelofabricante.

    No caso de blocos cermicos com largura (L) inferior a 90mm, a resistncia

    mnima compresso exigida de 2,5MPa.

    Independentemente da classificao, todas as amostras de blocos cermicos tmde atender ao requisito mnimo de 1,0 MPa.

    Determinao das Caractersticas Geomtricas

    Os ensaios dessa classe tm por objetivo principal verificar a homogeneidade dafabricao dos blocos cermicos de um determinado fornecedor.

    Foram realizados os seguintes ensaios de conformidade:

    Desvio em relao ao esquadro (D) Planeza das faces ou Flecha (F) Espessura das paredes externas

    Desvio em Relao ao Esquadro (D)(Parmetro: D 3 mm)

    O desvio D medido com o auxlio de um instrumento

    denominado esquadro metlico e visa verificar a perpendicularidade entre a base dotijolo, onde feito o assentamento do bloco, e a sua face externa destinada aorevestimento. Vide figura ao lado.

    A no conformidade neste ensaio indica que a parede poder ter problemas deesquadro, ou seja, poder ficar "torta".

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    Planeza das Faces ou Flecha (F)

    (Parmetro: F 3 mm)

    Esse ensaio realizado com o auxlio de uma rgua metlica e verifica se asfaces externas das amostras de blocos cermicos so planas, ou seja, se noapresentam depresses acima do limite permitido por norma.

    Neste caso, a no conformidade est relacionada com o aparecimento deirregularidades, principalmente, durante a etapa de revestimento, pois a argamassa dereboco apresentar variaes de espessura o que representar maiores nus para osconsumidores que, na tentativa de corrigir o problema, tero que utilizar quantidademaior de argamassa.

    Espessura das Paredes Externas

    (Parmetro: Espessura 7 mm)

    A espessura das paredes dos blocos cermicos est diretamente relacionada coma sua resistncia mecnica compresso. Quanto menor a espessura, menor ser aresistncia e, consequentemente, haver o comprometimento estrutural da construo.

    As no conformidades encontradas nas amostras indicam que houve falha nocontrole de fabricao do produto e no controle de aprovao de lote que libera omaterial para sada da fbrica, consequentemente, o consumidor encontrar no mercadoprodutos sem padronizao e, ao compr-los, ter problemas ao longo da construoem funo de tijolos com tamanhos diferentes.

    O grfico a seguir descreve o nmero de no conformidades detectadas em cadaum dos ensaios realizados.

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    Outro ponto negativo revelado pela anlise e que deve ser destacado o ndicede no conformidades relacionadas aos critrios estabelecidos pelo RegulamentoTcnico Metrolgico do Inmetro que estabelece as condies para a comercializaodos blocos cermicos para alvenaria.

    Uso racional da gua na construo civil

    As atividades relacionadas cadeia produtiva e de consumo da rea daconstruo civil possuem enorme impacto ambiental. S para ter uma idia, o setor omaior consumidor individual de recursos naturais e gera, aproximadamente, 60% de todoo lixo urbano da sociedade, que, ao ser manipulado de forma incorreta, emite uma sriede gases poluentes.

    O consumo de gua durante a construo de uma obra e em prdios jconstrudos, a drenagem urbana, as construes sustentveis e os resduos slidos soalguns dos temas que muito preocupam ambientalistas e especialistas do setor.

    Empresrios, sindicalistas, tcnicos do setor de recursos hdricos efuncionrios de reas tcnicas de diversas empresas do ramo da construo civil detodo o pas buscam alternativas para um melhor aproveitamento e reuso da gua.

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    Um dos grandes desafios para engenheiros, tcnicos e projetistas o ImvelInteligente, um projeto desenvolvido com os novos conceitos de automao residencial econstruo sustentvel. A ANA Agncia Nacional de guas, do governo federal temtentado elaborar um Manual Tcnico de Conservao e Uso Racional da gua emresidenciais e construes tarefa urgente em nossos dias.

    Segundo o superintendente da ANA, a construo civil uma das reasque mais consome gua, tanto no industrial de construir como nas construes. "Com omanual, o setor vai construir baseado em projetos que economizem gua, como, porexemplo, prdios com hidrmetros individuais para cada apartamento, condomnios comtcnicas de aproveitamento de gua de chuva".

    O momento favorvel da economia brasileira traz crescimento nos resultados das

    empresas e levanta discusses prticas. O sucesso empresarial ser revertido para asociedade, mas algumas dificuldades devem trazer preocupao aos projetistas, aosfabricantes de materiais e mo-de-obra tcnica e gerencial. Em cidades com aceleradainsero de obras no meio urbano, o impacto negativo da construo pode ir alm docusto do metro quadrado.

    A construo civil to poluente quanto os carros e as indstrias, j que contribui para odesmatamento das florestas, o aquecimento global, o uso irracional de gua, o efeitoestufa e os rudos urbanos, entre outros fenmenos. No mundo, a construo civilconsome em torno de 25% da madeira de uso no combustvel, 40% dos materiais eenergias, e 17% da gua doce. Para combater a imagem da construo como "acidenteecolgico", os princpios da construo sustentvel seriam uma nova maneira de abordara elaborao do programa da edificao, concepo, realizao e gesto dos prdios.

    Algumas medidas podem ser tomadas pelos arquitetos e projetistas para reduzir oimpacto dos projetos sobre o meio ambiente: optar pela implantao e orientao deprdios que respeitem as caractersticas do terreno e o clima; privilegiar tratamentospaisagsticos; escolher materiais adaptados ao entorno e provenientes de locaisprximos. Outras medidas importantes dizem respeito otimizao do sistema

    construtivo de forma a evitar o superdimensionamento; implantao de sistemas degesto de resduos durante a obra e procedimentos limpos que favoream o uso de luznatural. A lista de boas prticas inclui ainda a gesto de guas pluviais no terreno;tcnicas de depurao de esgotos antes do descarte na rede pblica, entre outros.Existem inmeras medidas para se criar um projeto que provoque o menor impactoambiental. Porm essas medidas devem ser analisadas e aplicadas em todas as fasesdo ciclo de vida do edifcio desde a programao, concepo, execuo, ocupao,manuteno, reabilitao, at eventual demolio.

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    Nas reas do planejamento arquitetnico e urbanismo tambm devem ser tomadasalgumas medidas para implantao de um programa de desenvolvimento sustentvel,tais como: pesquisar o emprego de novos materiais na construo; reestruturar adistribuio de zonas residenciais e industriais; reciclar materiais reaproveitveis ebuscar fontes alternativas de energia.

    A adoo de estratgias de sustentabilidade pelas empresas do setor da construoservir para que sejam atingidos alguns objetivos estratgicos e, mais importante, paradesenvolver a conscincia das pessoas no ambiente de negcios.

    Material hidrulico e sanitrio

    Consultar um Tcnico em Edificaes ouum encanador pode ser a melhor maneirapara saber quais so os produtos maisadequados para sua casa. Certifique-se deque as conexes adquiridas sejam

    adequadas s tubulaes, para evitarproblemas. Ateno para as metragens:algumas lojas fornecem o preo do metro,mas somente comercializam barras inteiras,com 3 ou 5 metros.

    Um bom projeto hidrossanitrio, alm de proporcionar economia de gua,possibilita um destino mais racional e sustentvel tanto para os efluentes domsticoscomo para os industriais. Portanto, cabe aos projetistas e aos tcnicos em edificaes,

    especial ateno nesse sentido a fim de fazer um uso racional da gua, evitar a poluioambiental e melhorar a qualidade de vida das pessoas.

    Alm do projeto, o memorial descritivo, deve ser claro e proporcionar segurana aquem vai executar a obra e aos seus usurios finais.

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    Lajes

    As lajes,o que so e como se dividem ?As lajes aumentam o valor, o conforto e a

    segurana de sua casa. As mais comuns so as deconcreto armado, executadas no local, ou as pr-moldadas de concreto, compostas de vigotas "T" ou

    vigotas treliadas e lajotas (tavelas). As lajes pr-moldadas so as mais econmicas emais simples de executar.

    O ndice de isolamento: As lajes so estruturas destinadas a servirem decobertura, forro ou piso para uma edificao.

    Feitas de concreto armado, elas podem ser pr-moldadas ou concretadas noprprio local.

    As lajes concretadas no local, tambm chamadas de lajes macias de concretoarmado, devem ser projetadas por um profissional habilitado, que tambm orientar e

    acompanhar a sua execuo.

    Quais os tipos de lajes mais usadas?

    Podem ser de dois tipos bsicos: as macias e as nervuradas.

    As lajes macias so mais utilizadas em obras grandes e especiais, necessitandode clculo apropriado executado por especialista.Dentro do tipo nervurado esto as lajes pr-fabricadas, tambm chamadas de mistas,que tem utilizao mais ampla, atendendo tambm as obras de menor porte.

    As lajes pr-fabricadas so aquelas constitudas por vigas ou vigotas de concretoe blocos que podem ser de diversos materiais, sendo mais utilizados os de cermica eos de concreto. Dependendo do tipo de vigota utilizada, as lajes pr-fabricadas podemser: protendidas, comum ou treliadas.

    .

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    Protendidas, comum ou treliadas

    .

    a. Protendidas

    A laje protendida possui um tipo de armadura especial e, sendo na maior partedestinada a obras maiores onde necessrio resistir a grandes cargas e se tem grandesvos, no entraremos em detalhes.

    b. Laje comum

    As vigotas possuem formato de um "T" invertido e tem internamente umaarmadura de barras de ao.

    Os blocos (ou lajotas) usados so predominantemente de cermica, tendo emmdia 32cm de largura. As alturas normais dos blocos so 7cm, 10 cm, 12 cm, 15 cm e20 cm).

    A laje montada intercalando-se as lajotas e as vigotas sendo finalmente unidas

    por uma camada de concreto, chamada de capa, lanado sobre as peas.

    Em lajes de forro pode ser utilizado o tipo comum at vos de 4,30m comespessura de 10cm e, para lajes de piso at 4,80m com espessura de 12cm (mas antes,verificar com o fabricante as limitaes).

    As vigotas so fabricadas geralmente com comprimentos variando de 10cm em10cm.

    Este tipo de laje pode apresentar trincas depois de pronta porque o concreto dacapa no adere perfeitamente s vigotas, pois as mesmas tem a superfcie muito lisa.

    Durante o transporte das vigotas dentro da obra, elas tambm podem trincar,dependendo do comprimento que tenham, por isso deve-se ter muito cuidado aomanusear para no danificar as peas.

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    Qual a laje pr-moldada mais leve que existe?

    Laje com isopor (EPS)

    .

    O isopor tem caractersticas muito favorveis para utilizao como elementoenchimento de lajes, leve e resistente.

    O isopor no serve de alimento a qualquer ser vivo inclusive microorganismos e,portanto, no favorece a presena de cupim, nem apodrece.

    Usado em lajes pr-moldadas nervuradas em uma s direo ou em grelha,permite grande economia de cimbramento, mo-de-obra e tempo.

    Laje pr-moldada...

    As lajes pr-moldadas so constitudas por

    vigas ou vigotas de concreto e blocos conhecidoscomo lajotas ou tavelas.As lajotas e as vigotas montadas de modo

    intercalado formam a laje. O conjunto unido com uma camada de concreto, chamadade capa, lanada sobre as peas.

    As lajes pr-moldadas comuns vencem vos at 5m entre os apoios.Em geral, os seus comprimentos variam de 10cm em 10cm.

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    MATERIAIS DE CONSTRUO

    Outro tipo de vigota, conhecido como vigota treliada, utilizam vergalhes soldados entresi formando uma trelia. Essa laje pode vencer vos de at 12m entre apoios.

    A execuo das lajes pr-moldadas muito rpida e fcil, mas o fabricante deve

    fornecer o projeto completo da laje, incluindo as instrues de montagem, a espessurada capa de concreto e os demais cuidados que devem ser seguidos risca. acstico uma caracterstica dos elementos construtivos completos e no de uma das suas capas,e por este motivo no se pode falar de ndice de isolamento acstico de um materialisolante.

    A incorporao de Ls de Vidro no interior dos elementos construtivos (enchendoos buracos) contribui para alcanar ndices de isolamento acsticos elevados graas sua elevada elasticidade, funcionando como uma mola.

    fonte: Associao Brasileira de Cimento Portland

    Ao construir uma laje pr-moldada deve ter-se em mente os seguintes aspectos:

    a ) A laje deve ser protegida com um telhado, caso contrrio apresentarinfiltrao de guas da chuva.

    NOTA: Caso no possa construir um telhado logo aps a construo da laje, tomeas seguintes providncias:

    . O concreto da capa dever ser mais forte (mais rico em cimento), com umamaior espessura e com um aditivo impermeabilizante.

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    . D um caimento (0,5cm para cada metro suficiente) na laje que facilite oescoamento das guas. A superfcie dever ficar bem desempenada.

    . A colocao de um revestimento na laje, s poder ser executado, caso seja

    feito o prvio tratamento de impermeabilizao necessria, no caso consulte umespecialista.

    b) Quando ocorrerem trincas na parte superior das paredes onde se apiam a laje sinal de que a necessria cinta de concreto ou foi mal feita ou no foi executada.

    Somente um tcnico habilitado pode orient-lo para sanar o problema.

    Dica

    Se voc no pretende construir imediatamente o telhado, a laje deveser feita com caimento mnimo de 2 cm por metro.

    c) Uma laje de forro no permite a construo de outro piso sobre ela. Consulteum tcnico habilitado para saber como proceder o reforo ou a substituio da laje.

    d) A ferragem adicional pode ser dispensada no caso de vos de at 2,50m. Paravos maiores deve-se seguir as instrues do fabricante ou tcnico habilitado, quanto quantidade e posio daquela ferragem ou da negativa.fonte: ABCP

    RESUMINDO:

    as lajes podem ser divididas em dois grandesblocos, as que vencem pequenos vos (usadas emresidncias e pequenas obras) e as produzidas paraedificaes de grande porte com vos maiores. Asprimeiras utilizam elementos pr-fabricados (vigotas,nervuras treliadas pr fabricadas), moldada in loco.necessrio a molhagem freqente do concreto evitandoque a superfcie chegue a secar.

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    Lajes Treliadas, permitem a reduo do escoramento, Reduo das cargas,aliviando estruturas, Reduo de concreto, Reduo do peso prprio da lajeem at50%, No h perdas por quebra, Isolante trmico, Facilidade de Recortes nastubulaes e cortes irregulares, Facilidade de manuseio no transporte, No hpropagao em caso de chamas em incndio.As Lajes so uma das estruturas mais expostas ao do tempo, por isso sonecessrios timos produtos e servios.

    Nas lajes pr Fabricadas, as vigotaspossuem formato de um "T" invertido e teminternamente uma armadura de barras de ao. Os blocos (ou lajotas) usados sopredominantemente de cermica, tendo em mdia 32cm de largura. A laje montadaintercalando-se as lajotas e as vigotas sendo finalmente unidas por uma camada deconcreto, chamada de capa, sobre as peas. Essas vigotas servem para dar resistncia

    pea e facilita seu transporte.

    Verifique se as vigas tm a identificao e as marcas do fabricante para facilitara montagem. Solicite o manual de instrues e observe se as medidas so adequadaspara o tipo de construo.

    Dispositivos eltricos: fusveis, disjuntores, fios, cabos, interruptores, etc.

    Saiba que esses materiais devem conter o nomedo fabricante bem como a tenso a que se destinam. Aspartes condutoras de energia eltrica devem ser decobre ou liga de cobre, no podendo conter materialferroso. A presena de material ferroso no produto podeser testada atravs de um im. Somente os parafusos,rebites, ilhoses, pinos, molas e dispositivos destinados

    exclusivamente fixao das partes condutoras ao

    corpo do produto, ou do condutor ao terminal, podemser desse material.

    Devem ser rigorosamente dimensionados portcnico habilitado e empregado de acordo com asespecificaes e normas tcnicas, evitandoimprovisos e gambiarras.

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    MATERIAIS DE CONSTRUO

    L

    Oramento

    Todo material de construo previsto para aobra deve ser cuidadosamente planejado eorado com antecedncia junto afornecedores confiveis. Embora tenhamosum captulo da nossa formao dedicado aORAMENTOS, desde j, salientamos a suaimportncia no cronograma fsico/financeiro daconstruo. Solicite informaes referentes a:especificaes tcnicas, formas depagamento, taxas de juros aplicadas, descontos para preo vista, prazo de entrega,cobrana ou no de frete.

    Entrega/Recebimento do material na obra

    Todo material recebido, deve ser cuidadosamente conferido, de acordo com asNotas Fiscais e especificaes tcnicas previstas, alm de avaliados quanto quantidade, qualidade, valor e integridade. Confira todo o material! Caso haja

    irregularidades, no aceite o produto nem assine o recibo. Faa uma observao noverso da nota fiscal. Entre em contato com a loja para resolver a questo.

    !

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    MATERIAIS DE CONSTRUO

    A funo bsica do recebimento de materiais assegurar que o produto entregueesteja em conformidade com as especificaes constantes no Pedido de Compra.Note que o fornecedor, no momento da entrega, um cliente para o setor derecebimento da empresa compradora (por mais paradoxal que possa parecer) e,portanto, deve ser tratado com a deferncia apropriada a um cliente.Assim, procedimentos adequados na portaria da empresa, permitindo a rpida entradados veculos, so necessrios para que o recebimento do material se processe semprejuzo para nenhuma das partes. Esses procedimentos devem apresentar: comunicao eficiente entre portaria e o setor de recebimento; pessoal treinado para os procedimentos de entrada de fornecedores na empresa; reduo, ao mnimo possvel, da burocracia para o preenchimento de autorizaes deentrada na empresa; capacidade de recebimento adequada ao volume de entrega de materiais pelos

    fornecedores, inclusive em perodos de maior demanda, evitando filas e tempo deespera que os prejudiquem sobremaneira; estacionamento adequado para os veculos que esto aguardando a entrada no site

    A liberao para o pagamento de materiais ou servios ocorre aps a confernciados mesmos.

    A conferncia pode ser feita na retirada do material no fornecedor, assim como norecebimento no site.

    Todos os materiais devem estar acompanhados dos documentos constantes dospedidos de compra, que podem variar de um caso para outro. A Nota Fiscal deveacompanhar todas as entregas.

    Quando o fornecedor entregar os materiais nas Unidades isso deve ser feito narea de recebimento fsico/fiscal. A entrega em outras reas poder implicar em extravioou atrasos indesejveis.

    Possveis no-conformidades podero ser:

    especificao

    prazo de entrega

    quantidade

    preo

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    impostos

    valor do frete

    outros itens especficos

    Caso no possa estar no local para receber o produto, oriente o responsvel,mestre, pedreiro, parente, vizinho, a agir dessa forma. No solucionando o problema,recorra a um rgo de defesa do consumidor de sua cidade ou encaminhe carta Fundao Procon-SP.

    Conhea os seus direitos

    De acordo com o Cdigo de Defesa do Consumidor:

    Os produtos devem assegurarinformaes corretas e precisas sobre suascaractersticas, qualidade, quantidade e prazo devalidade, bem como sobre os riscos que apresentam sade e segurana dos consumidores. A oferta deve

    assegurar informaes claras sobre o valor vista, totala prazo, nmero de parcelas, taxa de juros aplicada edemais encargos;

    Se o produto comprado apresentarproblemas ou se o contedo lquido no estiver deacordo com as indicaes constantes da embalagem ou da mensagempublicitria, e isto no for solucionado em at trinta dias, o consumidor poderexigir a substituio do produto, ou a restituio da quantia paga, ou o abatimentoproporcional do preo ou a complementao do peso ou da medida;

    No caso de venda de produtos por telefone, telemarketing, etc.,lembre-se de que voc pode desistir da compra em um prazo de at sete dias, a

    contar da data do recebimento do produto.

    ATENO:denuncie estabelecimentos que comercializem produtos em

    desacordo com as normas tcnicas. Exija nota fiscal

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    O ACABAMENTO

    nesta fase da obra que revelam-se problemas nopercebidos ou negligenciados em etapas anteriores.Tcnicos e todo o corpo administrativo da obra devem termuito cuidado no momento do acabamento sob pena deobter um resultado de baixa qualidade, insatisfatrio ouque comprometa a estabilidade e a durabilidade da obra.

    O consumidor depara-se com um grande nmerode opes no mercado destinadas ao acabamento de

    uma construo. A pesquisa de preos muito importantee a compra de alguns itens requer cautela e uma anlisecriteriosa.

    Pisos e revestimentos

    Verifique com cuidado a metragem da rea onde voser aplicados esses produtos. Cheque na embalagem ametragem, o nmero do lote, a cor e o tamanho, quedevem ser os mesmos em todas as caixas. Porprecauo, compre sempre um pouco a mais, queservir de reserva (cerca de 10% a 15%).

    D preferncia a materiais de alta resistncia e

    qualidade para evitar a necessidade de troca de peasdepois do revestimento pronto e tenha toda a atenona aplicao.

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    Louas e metais

    Verifique se na embalagemconstam o nome do fabricante,CGC, endereo, bem como asinstrues de instalao e uso.Fique atento s medidas dosprodutos, que devem sercompatveis com as da rea ondesero instalados e as

    especificaes.

    Esquadrias

    Conhecem-se como esquadrias,as peas destinadas a guarnecer

    os vos de passagem, ventilaoe iluminao, ou seja, vos deportas, portes, janelas e grades.

    So fabricadas de vriosmateriais: madeira, ferro,alumnio, ao inoxidvel egalvanizado, lato, bronze e PVC.Os materiais comumente

    empregados no fabrico dasesquadrias so a madeira, o ferroe o alumnio.

    Hoje so muito utilizadas as esquadrias metlicas, sobretudo as de alumnio e aogalvanizado, porm se optar por esquadrias de madeira, d preferncia as produzidasem rea de manejo e/ou reflorestamento, bem como, os laminados em respeito ao meioambiente.

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    Tintas

    Observe o tipo de tinta mais adequado parao local onde ser aplicada e seu prazo devalidade. Consulte um profissional da rea paraorient-lo sobre a quantidade necessria,evitando o desperdcio. Esteja atento ao cdigoda cor e da tonalidade da tinta, caso haja anecessidade de adquiri-la novamente parafuturos reparos.

    D preferncia aos produtos de baixa toxicidade, leia atentamente as orientaesde advertncia contidas nas embalagens e recomende sempre a utilizao deequipamentos de proteo individual durante a aplicao.

    Lmpadas, lustres e luminrias

    As lmpadas devem conter, no vidro, a indicao da potncia, da correntenominal, alm do nome ou logotipo do fabricante.

    A voltagem das lmpadas deve ser compatvel com a do local em que seroutilizadas. Cheque com a rede concessionria da regio. Lembre-se: as lmpadasfluorescentes duram mais e economizam energia. So indicadas para reas de grandecirculao, como cozinha, rea de servio, garagem, banheiro, etc.

    Produto fora de linha

    Produtos como pisos, azulejos e louas sanitrias costumam sair de linha commuita freqncia. Produtos fora de linha representam um risco para o consumidor casohaja a necessidade de reposio do mesmo. Avalie bem a vantagem da compra.

    Saiba que...

    Existem rgos oficiais e entidades credenciadas competentes paraexpedir normas tcnicas e certificar produtos: ABNT, INMETRO, IPT, etc.;

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    Os seguintes produtos possuem certificao obrigatria: fusvel tiporolha, cartucho (CONMETRO), fio e cabo isolado at 750V (INMETRO);

    Caso o produto adquirido venha a apresentar um vcio oculto, defeitoque no pode ser constatado aparentemente ou de imediato, seu direitoreclamar. Nessa situao, o prazo inicia-se a partir da constatao do problema.

    Seus direitos:

    De acordo com o Cdigo de Defesa do Consumidor:

    A embalagem do produto deve conter, de formaclara, correta e em lngua portuguesa, as caractersticas doproduto, o prazo de validade, o nome do fabricante e os

    cuidados e os possveis riscos que apresentem a sua sadee segurana. A oferta deve assegurar informaes clarassobre o valor vista, o total a prazo, o nmero de parcelas, ataxa de juros aplicada e demais encargos;

    Se o produto comprado apresentar problemasou se o contedo lquido no estiver de acordo com asindicaes constantes da embalagem ou da mensagem publicitria, e isto no forsolucionado em at trinta dias, o consumidor poder exigir a substituio doproduto, ou a restituio da quantia paga, ou o abatimento proporcional do preoou a complementao do peso ou da medida;

    No caso de venda de produtos por telefone, telemarketing, etc.,lembre-se de que voc pode desistir da compra em um prazo de at sete dias, acontar da data do recebimento do produto.

    ATENO: denuncie estabelecimentos que comercializam produtos emdesacordo com as normas tcnicas. Exija a nota fiscal!

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    MATERIAIS DE CONSTRUO

    BIBLIOGRAFIA

    ALVES, Jos Dafico. Materiais de construo. 7. ed. Goinia:Ed. UFG:CEFET, 1999.298p.

    CHAVES, Roberto. Manual do Construtor.Rio de Janeiro: Edies de Ouro, 1995.326p.

    CORDEIRO, Allisson dos Santos. Estudo sobre o uso racional de gua emedificaes: 2007. 69 f.

    DOYLE, Laurence Edward. Processos de fabricao e materiais para engenheiros.So Paulo, SP: Edgard Blcher: Editora da Universidade de So Paulo, c1962. 639 p.

    GONZALEZ, Gerardo Mayor. Teoria e problemas de materiais de construcao. SaoPaulo: McGraw-Hill, c1978. 309p.

    MEKBEKIAN, Geraldo. Qualidade na aquisicao de materiais e excucao de obras.Sao Paulo: PINI, 1996. 275p

    SOUZA, Roberto de. Qualidade na aquisio de materiais e execuo de obras. So

    Paulo : Pini, 1996. 275p.

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    Hino do Estado do Cear

    Poesia de Thomaz LopesMsica de Alberto NepomucenoTerra do sol, do amor, terra da luz!Soa o clarim que tua glria conta!Terra, o teu nome a fama aos cus remontaEm claro que seduz!Nome que brilha esplndido luzeiroNos fulvos braos de ouro do cruzeiro!

    Mudem-se em flor as pedras dos caminhos!Chuvas de prata rolem das estrelas...E despertando, deslumbrada, ao v-lasRessoa a voz dos ninhos...H de florar nas rosas e nos cravosRubros o sangue ardente dos escravos.Seja teu verbo a voz do corao,Verbo de paz e amor do Sul ao Norte!Ruja teu peito em luta contra a morte,

    Acordando a amplido.

    Peito que deu alvio a quem sofriaE foi o sol iluminando o dia!

    Tua jangada afoita enfune o pano!Vento feliz conduza a vela ousada!Que importa que no seu barco seja um nadaNa vastido do oceano,Se proa vo heris e marinheirosE vo no peito coraes guerreiros?

    Se, ns te amamos, em aventuras e mgoas!Porque esse cho que embebe a gua dos riosH de florar em meses, nos estios

    E bosques, pelas guas!Selvas e rios, serras e florestasBrotem no solo em rumorosas festas!

    Abra-se ao vento o teu pendo natalSobre as revoltas guas dos teus mares!E desfraldado diga aos cus e aos mares

    A vitria imortal!Que foi de sangue, em guerras leais e francas,E foi na paz da cor das hstias brancas!

    Hino Nacional

    Ouviram do Ipiranga as margens plcidasDe um povo herico o brado retumbante,E o sol da liberdade, em raios flgidos,Brilhou no cu da ptria nesse instante.

    Se o penhor dessa igualdadeConseguimos conquistar com brao forte,Em teu seio, liberdade,Desafia o nosso peito a prpria morte!

    Ptria amada,Idolatrada,Salve! Salve!

    Brasil, um sonho intenso, um raio vvidoDe amor e de esperana terra desce,Se em teu formoso cu, risonho e lmpido,

    A imagem do Cruzeiro resplandece.

    Gigante pela prpria natureza,s belo, s forte, impvido colosso,E o teu futuro espelha essa grandeza.

    Terra adorada,Entre outras mil,s tu, Brasil, Ptria amada!Dos filhos deste solo s me gentil,Ptria amada,Brasil!

    Deitado eternamente em bero esplndido,

    Ao som do mar e luz do cu profundo,Fulguras, Brasil, floro da Amrica,Iluminado ao sol do Novo Mundo!

    Do que a terra, mais garrida,Teus risonhos, lindos campos tm mais flores;"Nossos bosques tm mais vida","Nossa vida" no teu seio "mais amores."

    Ptria amada,Idolatrada,Salve! Salve!

    Brasil, de amor eterno seja smboloO lbaro que ostentas estrelado,E diga o verde-louro dessa flmula- "Paz no futuro e glria no passado."

    Mas, se ergues da justia a clava forte,Vers que um filho teu no foge luta,Nem teme, quem te adora, a prpria morte.

    Terra adorada,Entre outras mil,s tu, Brasil, Ptria amada!Dos filhos deste solo s me gentil,

    Ptria amada, Brasil!

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