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Edition nº 370 | Série II, du 08 mai 2019 Hebdomadaire Franco-Portugais GRATUIT EDITION FRANCE PUB Organizada pelo Conselheiro de Paris Hermano Sanches Ruivo 08 Fotos de Sandra Rocha na Festa da Europa de Paris 3° Encontro de professores lusófonos na Embaixada do Brasil 04 Portugal, país convidado da Rochexpo em La Roche-sur-Foron 06 Livro do lusodescendente Juan Branco contra Emmanuel Macron 09 Sporting Club de Paris Futsal afastado dos play-offs 14 LJ / António Borga PUB Lusodescendente Mélissa da Silva Candidata às Legislativas pelo CDS 03 Odette Fernandes é a nova Presidente da ADAP de Drancy 12

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Edition nº 370 | Série II, du 08 mai 2019 Hebdomadaire Franco-Portugais

GRATUITEDITION FRANCE

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Organizada pelo Conselheiro de Paris Hermano Sanches Ruivo

08Fotos de Sandra Rochana Festa da Europa de Paris

3° Encontro de professores lusófonosna Embaixada doBrasil

04

Portugal, país convidado daRochexpo em LaRoche-sur-Foron

06

Livro do lusodescendenteJuan Branco contra Emmanuel Macron

09

Sporting Club de Paris Futsal afastado dos play-offs

14

LJ / Antón

io Borga

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Lusodescendente Mélissa da Silva Candidata às Legislativas pelo CDS

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Odette Fernandes é anova Presidente daADAP de Drancy

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LUSOJORNAL02 OPINIÃO 08 mai 2019

LusoJornal. Le seul journal franco-portugais d’information | Édité par CCIFP Editions SAS. N°siret: 52538833600014 | Directeur: Carlos Pereira | Collaboration: Alfredo Cadete, António Marrucho, CarlaLobão, Céline Pires, Clara Teixeira, Cindy Peixoto (Strasbourg), Cristina Branco, Dominique Stoenesco, Eric Mendes, Fátima Sampaio, Gracianne Bancon, Inês Vaz (Nantes), Jean-Luc Gonneau (Fado), JoséPaiva (Orléans), Lia Gomes, Manuel André (Albi), Manuel Martins, Manuel do Nascimento, Marco Martins, Maria Fernanda Pinto, Mário Cantarinha, Nuno Gomes Garcia, Padre Carlos Caetano, PatríciaGuerreiro (Lyon), Ricardo Vieira, Rui Ribeiro Barata (Strasbourg), Vítor Santos | Les auteurs d’articles d’opinion prennent la responsabilité de leurs écrits | Agence de presse: Lusa | Photos: AntónioBorga, Luís Gonçalves, Mário Cantarinha, Tony Inácio | Design graphique: Jorge Vilela Design | Impression: Corelio Printing (Belgique) | Distribution gratuite | 10.000 exemplaires | Dépôt légal: mai 2019| ISSN 2109-0173 | [email protected] | lusojornal.com

“Liberdade, liberdade, quem a temchama-lhe suaEu não tenho liberdade nem de pôr umpé na rua”.Lembro-me de ouvir a minha avó trau-tear este refrão, que suponho pertencera uma revista portuguesa da época.Nascida em 1910, tinha ela passado aadolescência e idade adulta sob o re-gime salazarista, de tal modo que,quando comecei a frequentar a univer-sidade em 1972, me avisou logo paranão apanhar do chão nenhum pan-fleto, e para de modo algum aceitar taltipo de coisa fosse de quem fosse. Tam-bém não deveria participar em ne-nhuma reunião ou concentração deestudantes, porque isso poderia, comoela costumava dizer, ser muito perigoso.Não se tratava de simples alarmismo,falava a experiência. Como irmã de umanarquista bastante conhecido, o meutio-avô Luís, conhecia os perigos daperseguição política.Nos meus dois primeiros anos de facul-dade tive a experiência de incursões dapolícia na cidade universitária e grevesacadémicas, assim como após o 25 deAbril vivi intensamente o clima de liber-dade de protesto e expressão, com in-termináveis assembleias gerais deestudantes, em que se faziam propos-tas que iam do saneamento de profes-sores até à demolição dos edifícios dacidade universitária, por serem consi-derados símbolos da ditadura fascista.Hoje, passados 45 anos sobre a Revo-lução de Abril, como estamos no res-peitante a liberdade? Será que severificam realmente grandes progres-sos?Certo, a polícia política, a PIDE, desapa-receu, é verdade. Mas no que respeitaà liberdade de expressão e informação,já não se pode dizer o mesmo, porquemuitas vezes na imprensa em Portugalse cala propositadamente o que é ver-dade e se publicita, em moldes idênti-

cos, aquilo que não o é.Basta ver o que sucedeu quando dasjustas reivindicações dos professoresacerca do reconhecimento de quase 10anos de serviço que o Governo se obs-tinava em ignorar. Imediatamente apa-receu um estranhíssimo relatório daOCDE afirmando que os professoresem Portugal eram dos mais bem pagosda Europa e outras inverdades seme-lhantes. Na verdade, em quase todos ospaíses da Europa os professores têmremunerações superiores àquelas dosdocentes portugueses.Além disso não consta que ninguémlhes tenha querido retirar os direitosinerentes a 10 anos de trabalho, o queseria inconcebível suceder em qualquerlado menos em Portugal.Mas agora, quando finalmente foi de-cidida em Assembleia a recuperação,sem retroativos, dos anos de trabalhodocente prestado, os Exmos SenhoresPrimeiro-Ministro, Ministro das Finan-ças e Ministro dos Negócios Estrangei-

ros vêm à praça pública declarar que sedemitem caso a decisão parlamentarseja cumprida, numa atitude de miú-dos birrentos que, quando contraria-dos, imediatamente berram: “-Assimnão brinco!”.A verdade é que em Portugal imperamais uma liberdade indesejada, a liber-dade governamental de permitir situa-ções incorretas ou até ilegais, como nocaso do Ensino do Português no Estran-geiro, que continua a ser mediante pa-gamento para os alunos portugueses,mas grátis para os estrangeiros.No respeitante aos portugueses nasComunidades impera, infelizmente, umpesado silêncio, pois estes quase nuncasão mencionados na imprensa portu-guesa.E, se são, surgem unicamente relatossobre o sucesso de alguns empresários,uma exposição ou qualquer outro tipode evento cultural. Fora isso, só é dadorealce a desafios de futebol com parti-cipação de equipas portuguesas e

pouco mais.Nem se pode dizer que a imagem dosPortugueses no estrangeiro, transmi-tida pelos órgãos de comunicação emPortugal, seja falsa, pois na verdadeestá perto do inexistente.Neste caso, é a liberdade de não divul-gar, equivalente à falta de liberdade, porparte dos cidadãos portugueses nasComunidades, de serem ouvidos nopaís de origem.As crianças e jovens portugueses no es-trangeiro frequentam cada vez menosos cursos de português, devido à impo-sição da Propina e à falta de qualidadede ensino que o Instituto Camões lhesproporciona? Isso em Portugal nunca énotícia, ou porque ninguém quer saberou porque a alguém interessa que nãose saiba.Porém, caso seja aberto um curso dePortuguês destinado a alunos estran-geiros, gratuito e com professorespagos por Portugal, já tem possibili-dade de ser mencionado, nem que seja

na edição online.Estranha liberdade esta, a de divulgar oque parece bem, mas de calar o queestá mal.Os professores de Português no estran-geiro têm de angariar, eles próprios, onúmero de alunos e comprovativos depagamento suficientes para manter osseus postos de trabalho, dedicando in-clusivamente o seu tempo livre a essatarefa, pois as horas de trabalho nãochegam, um processo humilhante, masque nunca é denunciado.Quando muito virá o Exmo Sr. Secretá-rio de Estado das Comunidades decla-rar que está tudo muito bem, porque jánão existe limite de permanência noestrangeiro, o que é verdade, mas comocada vez há menos alunos os postos detrabalho diminuem a olhos vistos.Além disso, também cada vez é mais di-fícil aos docentes no estrangeiro con-seguir lugar em escolas em Portugal,porque o Ministério da Educação osconsidera inferiores e só lhes permitecandidatura na última prioridade, o quepoucas ou nenhumas possibilidadesde colocação lhes deixa. Em resumo,reina a precariedade no seu melhor.Quanto a outra liberdade, a liberdadede voto, têm os responsáveis políticosfeito grande publicidade das facilidadesque haverá, nas próximas eleições, parao voto dos Portugueses no estrangeiro.Mas uma coisa é facilitar o ato de votar,outra coisa é incentivar a vontade devotar, mesmo que existam dificuldades.E qual será a vontade dos Portuguesesnas Comunidades em exercer o seu di-reito ao voto nas próximas eleições,sentindo-se maioritariamente ignora-dos pelos governantes do país de ori-gem, pois estes, embora recebendomilhões de euros de remessas, poucointeresse demonstram pelas condiçõesem que vivem e trabalham os seuscompatriotas no estrangeiro?Isso é que devia ser notícia...

Liberdade, Liberdade…Opinião de Teresa Soares, Secretária Geral do Sindicato dos Professores nas Comunidades Lusíadas

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LUSOJORNAL POLÍTICA 03

Mélissa da Silva, franco-portuguesa, vaiser cabeça de lista do CDS-PP pelo cír-culo eleitoral da Europa às próximaseleições legislativas.Nascida em Paris, Mélissa da Silva foi aescolhida pelo Partido dirigido pelalíder, Assunção Cristas, e quer ser a vozde todos os Portugueses residentes nosdiversos países da Europa.O LusoJornal falou com Mélissa da Silvapara conhecer os objetivos da jovem lu-sodescendente que se lança na sua pri-meira aventura política.

Como surgiu esta oportunidade de re-presentar o CDS-PP nas Legislativas?Fui convidada pelo CDS-PP. Houve pro-postas de ambas as partes. Eu queriadefender os direitos dos emigrantes edos lusodescendentes. Eu e a Dra. As-sunção Cristas chegámos a acordo deque juntas poderíamos defender osmesmos objetivos por isso juntei-me aoCDS-PP.

É a sua primeira experiência política?Sim. Pela primeira vez entro na vidapolítica. Eu tenho um Mestrado decomunicação, relações públicas epublicidade. Trabalhei tambémcomo jornalista. No entanto tenhoideias para defender os emigrantese achei que era o bom momentopara isso. Os emigrantes e os luso-descendentes têm uma voz e os re-presentantes que temos nestemomento não nos correspondemou muito pouco. Estamos semprecom uma certa falta de reconheci-mento. Temos uma identidade por-tuguesa a defender e no entanto

somos sempre considerados comoestrangeiros. Não é porque estamosfora que não contribuímos para Por-tugal. Por exemplo quando vamosde férias a Portugal. Então se contri-buímos, temos de ter uma voz tam-bém em Portugal.

O CDS-PP é uma oportunidade paraa Mélissa se lançar na política?É uma oportunidade sim, mas por-que corresponde aos valores quepretendo defender. O CDS-PP achouque eu era a candidata certa. Alémde ser jovem, tenho ideias e queroque os emigrantes e lusodescen-dentes tenham a representação quemerecem. Sou a pessoa ideal paradefender os interesses dos Portu-gueses no círculo europeu. Eu acre-dito naquilo que juntos podemosfazer com o CDS-PP.

Ainda podemos acreditar nesta Eu-ropa?Sim. Podemos acreditar na Europa etemos de continuar. A Europa é impor-tante. Queremos ser a voz dos Portu-gueses numa Europa humanista esolidária entre as várias gerações eque olha para a coesão social comoprioritária. Uma Europa social e res-ponsável.

Quais são as ideias que defende?Temos de continuar a defender a livrecirculação das pessoas e dos bens, de-fender o ensino da língua portuguesa,como parte da nossa cultura onde nãohá professores suficientes para isso. De-fendo também um estatuto fiscal maisleve para os emigrantes e um portalúnico para os residentes fora de Portu-gal, bem como impostos justos sobre

automóveis, propriedades e rendimen-tos. São as principais preocupações quequero defender.

Acha que os atuais representantes po-diam fazer mais?Eles podiam fazer mais e melhor. Poiseles estão dentro da Comunidade hámuito tempo, participam nos seus even-tos e conhecem bem os problemas e asdificuldades que reivindicamos. Podiamter feito muita coisa, mas não fizeram. Aspessoas que estão em França estão far-tas de verem as mesmas pessoas quenão fazem nada ou pouco para elas.Essas pessoas já não acreditam naque-les que nos representam e é por isso quenão votam. Eu vou trabalhar para sereleita, para mudar as coisas com o apoiodo CDS-PP, porque acredito no queposso melhorar. Quero também defen-der os emigrantes e os lusodescenden-

tes no Parlamento português.

Há uma falta de reconhecimento dosjovens por Portugal?Os jovens lusodescendentes não se sen-tem reconhecidos por Portugal. Eu soulusodescendente e admito que não mesinto reconhecida em Portugal. Somosconsiderados como estrangeiros quandoestamos em Portugal. Admito que os lu-sodescendentes não se interessam pelapolítica portuguesa porque nunca foramsolicitados. Os nossos representantesnão se interessam pelos problemas dosjovens aqui, mas os jovens são o futuro.No entanto os lusodescendentes têm derecuperar essa identidade portuguesa einteressar-se pela política que se faz emPortugal. Somos Portugueses e temos di-reitos. Não é porque estamos no estran-geiro ou porque não nascemos emPortugal que não somos Portugueses. Anossa cultura, a nossa língua, é a portu-guesa. Temos uma dupla cultura e isso éuma riqueza. Temos de a defender.

Os Portugueses em França, sentem-semais portugueses em França e menosem Portugal?Os jovens têm de ter orgulho em ser Por-tugueses em França mas também têmde se considerar Portugueses em Portu-gal. Tem de haver essa ligação. Por issoeles têm de entrar neste processo polí-tico. Os jovens vivem ‘Portugal’ a 200%aqui com festas, associações, etc. Masquando chegam a Portugal, têm receiode se exprimirem, têm receio de seremcriticados. Eu penso que mesmo não fa-lando corretamente o português, é umaparte nossa. Temos de ser Portuguesestambém em Portugal. Temos direitoscomo todos os Portugueses.

Por Marco Martins

Lusodescendente apresentou candidatura pelo círculo eleitoral da Europa

08 mai 2019

Assunção Cristas lançou candidatura de Mélissa da SilvaA líder do CDS-PP, Assunção Cristas,passou por Paris e pela cidade de Gen-tilly nos arredores da capital francesa,participando em três eventos bem dis-tintos. O primeiro foi a apresentação dacandidatura da Lusodescendente Mé-lissa da Silva para o círculo da Europa.A Presidente do Partido político portu-guês também esteve na ‘Foire de Paris’e por fim esteve presente no Jantar debeneficência organizado pelo FielAmigo do Bacalhau, para obras naIgreja de Gentilly que para AssunçãoCristas “foi confiada aos Portugueses etem de ser preservada também poresta Comunidade”.Em entrevista ao LusoJornal, AssunçãoCristas abordou a candidatura a Mé-lissa da Silva e lembrou as ideias de-fendidas pelo CDS-PP.

Esta visita à cidade parisiense tevecomo principal destaque a apresenta-ção da candidatura de Mélissa daSilva?A presença em Paris foi para lançar anossa grande candidata já para as Le-gislativas, cabeça-de-lista pelo CDSpara o círculo da Europa. É uma jovem

da Comunidade portuguesa de França,Mélissa da Silva, que é empreendedorae cheia de criatividade, bem comocheia de força! Ela aceitou o convitepara estar connosco e eu noto que é aprimeira vez que temos um candidato,neste caso uma candidata, que é daComunidade, que está fora do país eque nasceu aqui em Paris, os pais é quevieram para França. Ela sente-se muitoPortuguesa e tem uma grande vontadede servir todos os Portugueses na Eu-ropa, fora do nosso território. Revejo-me na expressão do Presidente daRepública que diz que Portugal não ésó onde estamos, mas onde há umPortuguês, é um país espiritual e por-tanto faz parte desta Comunidade,deste Portugal espiritual. E queremosque ela seja a voz da Europa em Lisboa,e isso é muito importante. A Mélissanão só é a nossa cabeça-de-lista parao círculo da Europa para as Legislativas,para o Parlamento Nacional, comotambém integra a lista do CDS para asEleições Europeias. Essa eleição, tam-bém muito importante, onde o nossocabeça-de-lista é o Nuno Melo. Ela po-derá também fazer canalizar as preo-cupações dos Portugueses para onosso candidato. Estamos muito em-

penhados, muito felizes com esta es-colha. A Mélissa tem a cabeça muitobem arrumada. Nas conversas que voutendo com ela, já temos prioridades depreocupações que são várias, desde asquestões da livre circulação de pes-soas e de bens, às questões da fiscali-dade em relação por exemplo aosautomóveis e não só, bem como aatração dos emigrantes para voltarema Portugal com um estatuto fiscal maisdiferenciado… Tudo isso são questõessinalizadas pela Mélissa e acho quevamos dar toda a atenção, sobretudoporque me revejo muito no que ela diz:a primeira questão e a mais impor-tante é a questão identitária, e nósqueremos de facto atacar essa ques-tão, porque Portugal é muito maisvasto do que os 10 milhões que lávivem. Portugal está espalhado pelomundo, somos quase 15 milhões e nósqueremos dar voz a todos esses Por-tugueses.

Como surgiu a escolha da Mélissa?A escolha foi feita através de pessoasque conhecíamos aqui em França, edesde logo o nosso antigo candidato emandatário da candidatura da Mélissa,Isaías Afonso. E a nossa preocupação

era ter alguém da Comunidade e tam-bém sangue novo, porque temos apreocupação de conjugar a experiênciacom a novidade. Daí ter aparecido onome da Mélissa. Gostei muito porqueando sempre à procura de mulherespara desafiá-las para a política e foi umbom desafio. A Mélissa está muito mo-tivada e fez um grande discurso emGentilly de lançamento da candidaturae acho que estamos num bom cami-nho.

E quais são as expetativas para as Elei-ções Legislativas?Crescer o mais que pudermos. Mostrarque somos a alternativa a uma Gover-nação da Esquerda, de António Costa edas Esquerdas unidas. Somos a únicaalternativa possível para quem é de Di-reita em Portugal. Somos uma alterna-tiva da Direita democrática, da Direitados valores, da Direita do humanismo,do personalismo, que defende muito oque não é defendido em muitos lados.Defendemos que as pessoas devempoder concretizar os seus sonhos devida, com liberdade económica, semser o Estado a estrangulá-las, baixandoos impostos, criando condições paraconstituir as suas famílias, para apoia-

rem os seus idosos. Tudo isso são preo-cupações centrais no CDS e entende-mos que nestes, quase, quatro anos deoposição, tem sido uma oposição sem-pre firme e construtiva. Por cada críticaque fazemos, nós apresentamos asnossas alternativas. Queremos puxarpelo país.

Tem uma mensagem para os Lusodes-cedentes e os Portugueses de França?Quero dizer-lhes que tem interessevotar em Portugal, eles fazem parte dePortugal, que nós olhamos para o paísneste conjunto muito grande que sãoos Portugueses em todo o mundo.Nós gostamos de ter a voz deles emPortugal. Eu gostava muito de ter a vozda Mélissa, ela que está em contactodireto porque pertence à Comuni-dade de Paris, e será sem dúvidas avoz dos Portugueses, que estão forade Portugal e que estão na Europa,em Lisboa no nosso Parlamento. Aliásé por isso que queremos uma simpli-ficação para que um maior número depessoas possam votar e não achemque é complicado. O nosso país tam-bém é feito dos emigrantes e dos lu-sodescendentes com as suas forças eas suas ideias.

Por Marco Martins

Líder do CDS-PP esteve em Paris

Mélissa da Silva, a aposta luso-francesa do CDS-PP

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LUSOJORNAL04 COMUNIDADE

Le 3 mai dernier a eu lieu à l’Ambas-sade du Brésil, à Paris, la IIIème Ren-contre des Professeurs de Langue,Littérature et Cultures Lusophones enFrance (EPLLIC), dans le cadre descommémorations liées à la Journée in-ternationale de la langue portugaise etde la CPLP. Réunissant notamment desprofesseurs de l’enseignement secon-daire et des universitaires, la rencontres’est déroulée en présence des Am-bassadeurs João Bernardo de Miranda(Angola), Paulo César de Oliveira Cam-pos (Brésil), Hércules Cruz (Cap-Vert),Alberto Maverenge Augusto (Mozam-bique), Jorge Torres Pereira (Portugal),ainsi que de la Consule-générale duBrésil, Maria-Theresa Lazaro.L’EPLLIC se veut un espace de dia-logue, de réflexion et de propositionspour la promotion et le développe-ment de l’enseignement de la langueportugaise en France. En ouverture duprogramme de cette journée, les Am-bassadeurs Paulo César de OliveiraCampos et Jorge Torres Pereira ontsouligné la richesse et la diversité dela langue portugaise dans le monde, laprésence de la France comme mem-bre observateur au sein de la Commu-nauté des Pays de Langue Portugaiseet l’intérêt qu’ont les pays lusophonesà créer des synergies en faveur de lapromotion et de l’enseignement duportugais. Par ailleurs, se référant à laréforme du Baccalauréat, ils ont dé-ploré l’absence du portugais dans legroupe des Langues de Spécialité pou-vant être présentées aux épreuves dece diplôme, rappelé la pétition lancéepar l’Association des Études Portu-gaises, Brésiliennes, d’Afrique et d’Asielusophones (ADEPBA) et annoncéqu’ils allaient demander aux autoritésfrançaises de réviser leur position.

Daniel Rodrigues, Maître de confé-rences à l’Université de Clermont-Au-vergne a présenté la Cartographie desétudes lusophones en France, réaliséeen partenariat avec l’Ambassade du Bré-sil, qui se veut être un outil d’informationet de valorisation de l’enseignement duportugais, destiné essentiellement auxétudiants, professeurs et chercheurs. Àtravers la création d’une base de don-nées et d’un réseau de contacts, cettecartographie offrira notamment desinformations sur les différentes for-mations en France (Universités ouGrandes Écoles), qu’elles soient litté-raires, scientifiques ou commerciales,où l’étude du portugais peut êtrepoursuivie.«Naissance de l’enseignement du por-tugais en France», tel était le titre del’exposé présenté par Jacqueline Pen-jon, professeure émérite de l’UniversitéSorbonne-Paris 3. Le premier cours delangue et de littérature portugaises à

la Sorbonne a eu lieu le 14 mars 1919,financé par le Gouvernement portu-gais et confié à Georges Le Gentil, nor-malien, professeur de lycée. Mais, dèsla fin du XIXé siècle on vit déjà fleurir àParis des traductions et aussi des re-vues et des journaux en portugais,ainsi que des tentatives privées d’or-ganisation de cours de portugais.En 1908, est créé le Groupement desuniversités et grandes écoles pour lesrelations avec l’Amérique latine, dontle but était, entre autres, de dévelop-per les études françaises au Brésil. Ré-ciproquement, en 1922, l’AcadémieBrésilienne des Lettres subventionneun cours de littérature brésilienne à laSorbonne. «L’envoi par la France - asouligné Jacqueline Penjon - de jeunesnormaliens ou agrégés dans les uni-versités portugaises et brésiliennes,comme professeurs ou lecteurs, feranaître plusieurs vocations de ‘lusita-nistes’ (Jean-Baptiste Aquarone, Léon

Bourdon, Paul Teyssier, etc.). Leur re-tour en France et leur passion pour lesétudes lusophones permettront d’ou-vrir certaines universités françaises auportugais».Quant au Secondaire, l’enseignementde la langue portugaise ne sera insti-tutionnalisé que dans les années 70,après l’arrivée massive de Portugais enFrance, avec la création d’un Capes(1970) et d’une agrégation (1974), ainsiqu’une mission d’inspection généralequi sera confiée à Solange Parvaux.En deuxième partie de cette rencontre,Adelaide Cristóvão, Coordinatrice del’enseignement portugais en France, aprésenté le programme culturel de laJournée internationale de la langueportugaise qui aura lieu à l’Unesco, le22 mai. Puis, trois interventions ont misen valeur quelques actions en faveurde l’enseignement du portugais enFrance: Alice Fernandes (AssociationAlter Brasilis, à Paris) a fait un bref his-

torique des activités culturelles et descours de portugais dispensés par cetteassociation, dont les effectifs sont de350 apprenants, adultes et enfants,mais qui peine à résoudre ses pro-blèmes de locaux; Liliane Santos, en-seignante à l’Université de Lille, aprésenté un panorama chiffré et com-menté de l’enseignement officiel duportugais en France (Primaire, Secon-daire et Supérieur), en insistant sur la«nécessité d’une politique volontaristedes autorités institutionnelles en fa-veur de cet enseignement»; RaquelCompulsione, professeure de portu-gais à la Section brésilienne du LycéeInternational de l’Est Parisien, a évo-qué la coopération scolaire entre laFrance et le Brésil et présenté la si-tuation dans les établissements oùelle enseigne - au lycée de Noisy-le-Grand (70 élèves) et au collège deBry-sur-Marne (106 élèves).Un débat s’en est suivi, portant es-sentiellement sur la réforme du Bac-calauréat et le sort réservé à lalangue portugaise, sur le rôle desAmbassades lusophones face à cettesituation, sur la formation des pro-fesseurs et le besoin qu’ils ressententd’échanger davantage sur leurs expé-riences pédagogiques.Luciana Gouveia, Déléguée géné-rale de l’association Cap Magellan,a exposé en détail le plan de la fu-ture Campagne de Promotion de laLangue Portugaise, dans le cadredes États Généraux de la Lusodes-cendance, qui sera lancée à la ren-trée 2019.À la fin de cette troisième édition del’EPLLIC, des groupes de travail sesont constitués, ayant pour objectifsprincipaux de poursuivre la réflexionà propos du développement de l’en-seignement de la langue et des cul-tures lusophones en France.

Por Dominique Stoenesco

A l’Ambassade du Brésil

O Secretário-geral de um dos maioressindicatos de polícia em França, o luso-descendente Patrice Ribeiro, disse quea polícia francesa está confrontadatodos os fins de semana com manifes-tantes dos “Coletes amarelos” em que aviolência é “extrema”.“Não conhecíamos uma violência assimhá anos, com pessoas que nos queremferir, mutilar e até matar. É extrema-mente difícil gerir isto”, admitiu PatriceRibeiro, lusodescendente e Secretário-geral do sindicato da polícia Synergie-Officiers, em entrevista à Lusa.O Synergie-Officiers representa os qua-dros intermédios da polícia francesa,nomeadamente os Chefes de Brigadaque comandam a ação da polícia noterreno durante as manifestações dos“coletes amarelos”.“Recebemos muitos pedidos de cole-gas, porque houve uma grande mobi-lização nas últimas 24 semanas,nomeadamente os polícias especiali-zados na manutenção da ordem,

todos os fins de semana sem dias defolga”, referiu.Patrice Ribeiro reconhece que “hácansaço” já que, além dos “Coletesamarelos”, a polícia é também solici-tada para lidar “com as ameaças deterrorismo” e com “a pressão migra-tória em França”, nomeadamente osfluxos vindos de Itália.No entanto, e face a críticas no país etambém no estrangeiro do uso porparte da polícia francesa de violênciacontra os manifestantes devido à utili-zação de granadas de gás lacrimogéneo,explosivos e balas de borracha, o sindi-calista recusa as acusações. “É precisoter noção de que todas as respostasdadas pela polícia são validadas hierar-quicamente em função do que temos ànossa frente. Todas essas respostas sãocontroladas pela Inspeção da PolíciaNacional, pela Assembleia Nacional -que pode abrir investigações à atuaçãoda polícia - e pelas próprias Nações Uni-das. E isso permite-nos também nãocometer abusos”, assegurou.Segundo o responsável do sindicato,

há a “necessidade de usar armas”que “não podem matar”. “Precisamosdelas para nos defender de uma vio-lência extrema”, frisou Patrice Ribeiro,referindo que colegas seus já foramferidos por manifestantes com ácidoe diferentes tipos de armas trazidaspara os protestos.O sindicalista adiantou que a políciarepresenta para estes manifestantes opoder e as instituições contra as quaissaem à rua. “Temos hoje pessoas com-pletamente radicalizadas, que estãobem inseridas socialmente, com casae com trabalho, mas que não deixamde cometer violências muito graves,especialmente quando estão todosjuntos. Toda esta raiva, acumulada du-rante anos, centra-se nos polícias, por-que nós somos a representação dopoder. Somos nós que os impedimosde destruírem o Palácio do Eliseu, aAssembleia Nacional ou o Senado”,considerou.Para este polícia, além da dificuldade deo movimento dos “Coletes amarelos”não ter um líder, acresce ainda o facto

de mesmo os manifestantes pacíficoscontinuarem nos protestos quandoestes degeneram em violência. “O quevemos é que as pessoas que estão nasmanifestações dos ‘Coletes amarelos’ eveem que há pessoas a partir coisas oua incendiar coisas, não vão embora.Também não participam, mas ficam láa ver. E, sendo assim, camuflam as pes-soas que só querem partir tudo. Há umacerta fascinação pela violência quemostra uma faceta problemática da so-ciedade”, analisou Patrice Ribeiro.O Governo francês, depois da violênciade 16 de março em Paris, mudou a suaatuação, autorizando a polícia a ummaior contacto com os manifestantesviolentos, o que, segundo o sindicalista,já deu resultados no 1º de Maio. “Mu-dámos o paradigma há algumas sema-nas. Passámos de um sistema no qualdeixávamos que a tensão aumentassee que realmente fosse tudo partido,porque o nosso Governo preferia que osbens públicos fossem destruídos a quehouvesse feridos ou mortos”, declarouo lusodescendente.

Para o sindicalista, “neste momento, aopinião pública já não está do lado dequem destrói a cidade”, logo passou-se“a um novo paradigma em que é a po-lícia que vai ter com os manifestantesque estão a causar estragos”.“Esta é uma técnica mais eficaz, em quequebramos desde o início a ação destesdelinquentes. Foi por isto que o 1º deMaio se passou bem, muito melhor doque tínhamos imaginado”, defendeuPatrice Ribeiro.Em última análise, a resposta a estenível de violência deve ser penal. “Temde se chegar a um ponto em que as coi-sas têm de terminar. E se a justiça de-terminar que acaba e se houvercondenações suficientemente firmes,isso vai acabar. Sem firmeza por parteda justiça, continuamos a prender asmesmas pessoas todas as semanas,entre radicais, delinquentes e ‘Coletesamarelos’ radicalizados. Logo, as pes-soas pensam que o que fazem não égrave e podem continuar a degradaçãopública”, concluiu o Secretário-geral doSynergie-Officiers.

Por Catarina Falcão, Lusa

Coletes amarelos: Polícia lusodescendente considera que violência é “extrema”

3ème Rencontre des Professeurs de Langue, Littérature et Cultures Lusophones en France

LJ / Dominique Stoenesco

08 mai 2019

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LUSOJORNAL COMUNIDADE 05

Palmarès du Concours scolaire del’ADEPBA sur «Le Portugal et la GrandeGuerre»L’association ADEPBA a annoncélundi de cette semaine le palmarèsdu Concours scolaire 2018/19 dont lethème était «Le Portugal et laGrande Guerre».

Ecole primaire

1er prix :Aloui Sarah, Ella Papolard, OliviaTrzebouski, CM2, Ecole Louis Armand,69100 Villeurbanne

2ème prix :Myriam Hadouachi, CM2, Ecole Si-more Signoret, 69800 Saint Priest

3ème prix :Augustin Besnard, CM2, Ecole LucieAubrac, 69002 Lyon

Accessit :Marilou Stefani, CM1, Ecole MicheletA, 92600 Asnières-sur-Seine

Collège

1er prix :Christophe G. Altier, Xavier Charra,Jules Masson, Killian Richard, 4ème,Collège Honoré d’Urfé, 42000 SaintEtienne

2ème prix :Daniela Moreira, Andreia Barbosa,Esteban Presa, 3ème, Collège Vernier,06000 Nice

3ème prix :Imane Taarabit, 3ème, Collège GérardPhilipe, 69800 Saint-Priest

Accessit :Lou-Anne Salgado, 3ème, AES Cordase Tradição, 95170 Deuil-la-Barre

Lycée

1er prix :Flora Rafayelyan, Luane dos SantosRosinha, Inês Pereira, 1ère, Cité Sco-laire Internationale Europole, 38000Grenoble

2ème prix :Gloria Mohendelua, Alex Lourenço,Ella Khanzadyan, 1ère, Cité ScolaireInternationale Europole, 38000 Gre-noble

3ème prix :Aicha Benzenga, 1ère, Lycée Honoréde Balzac, 75017 Paris

Accessit :Eliana Rego, Léonie Costa, 1ère, LycéeEvariste Galois, 78500 Sartrouville

La remise des prix aura lieu le sa-medi 25 mai, à 14h30, à la Maison duPortugal André de Gouveia (Cité Uni-versitaire, 7 P boulevard Jourdan,75014 Paris).

Paris à l’heure européenneLe week-end dernier a eu lieu la Fêtede l’Europe à Paris. Deux jours sur leParvis de l’Hôtel de Ville où l’Europe aété mise en valeur. Une initiative de laMairie de Paris qui continuera tout aulong du mois de mai.Hermano Sanches Ruivo, Conseiller deParis délégué à l’Europe nous a expli-qué l’importance de ces initiatives dé-diées à l’Europe: « La Fête de l’Europeà Paris est une tradition car on en estdéjà à la 14ème édition. Toutefois de-puis 2014, j’ai donné un coup de boost,d’abord en diversifiant car tous les ar-rondissements doivent avoir leur fêtede l’Europe, pour que les Parisiens quine viennent pas sur le Parvis, puissentavoir un contact avec les événements,puis en ouvrant les portes des salonsde notre Hôtel de Ville pour y accueillirdes ateliers, des conférences ou la si-mulation d’une séance du Parlementeuropéen. Il y a plus de 70 événementsorganisés dans tous les arrondisse-ments, et c’est très bien. La Fête del’Europe, c’est un moment où on rentreen contact avec les réalités euro-péennes où on peut poser des ques-tions et avoir des réponses. On luttecontre les ‘Fake News’, mais c’est aussil’occasion de découvrir des pays, deslangues, mais aussi des carrières quel’Europe peut proposer. On peut parexemple trouver du travail par la mo-bilité » explique Hermano SanchesRuivo. « On rajoute à tout cela les par-ties culturelles, les concerts, les expo-sitions, les films et les différentesanimations, ainsi que beaucoup d’in-formations sur l’Europe. Des informa-tions apportées par la Commissioneuropéenne, le Parlement, les ONG -organisations non gouvernementales

- et les associations, qui vivent ces réa-lités européennes. Sans prosélytisme,on donne des informations tout sim-plement, car on sait également quel’Europe peut être critiquée. Toutefoison donne des exemples de ce quel’Europe fait concrètement pour nousau quotidien», assure le Conseillerfranco-portugais, avant de rajouter: «A Paris il y a des quartiers qui se ontété redessinés grâce aux financementseuropéens comme Batignolles ou leBoulevard Macdonald. Des projets quiont des fonds européens. Je mettraiégalement en avant le CPE - ConseilParisien des Européens -, un projetunique en Europe. Aucune ville enFrance ne l’a fait et pourtant il y a deseuropéens dans toutes les villes. AParis, on reconnait que ces citoyenseuropéens sont chez nous, on le savaitdéjà, mais on reconnait égalementqu’ils peuvent faire des propositions.Nous sommes dans une maison com-mune qu’est l’Union Européenne et il

n’y a pas d’autres solutions », admet leConseiller de Paris. Pour répondre aux questions que seposent les citoyens parisiens, la Villede Paris a renforcé le nombre dejeunes en service civique dans les ar-rondissements. Hermano SanchesRuivo est convaincu que la participa-tion sera importante des citoyens: «Les personnes se posent des ques-tions. Il y a plus de réflexions et jepense qu’il y aura plus de participation.Toute la difficulté, c’est comment dansun court laps de temps ils auront lesréponses à leurs questions avant devoter. Pour cela j’ai mis en place desservices civiques Europe dans les ar-rondissements avec des jeunes, enservice civique, dont le travail est d’ani-mer des séances d’informations, d’ai-der à organiser des événementsautour de l’Europe. J’ose croire que lesParisiens, en ayant plus d’accès à l’in-formation, auront une vision pluséquilibrée de l’Europe et donc leur

choix sera d’autant plus éclairé. Je croisque, quelques soient les résultats, letravail continue. Je ne veux pas croireque la majorité des français puissents’imaginer autre part qu’au sein del’Europe. Qu’on la change, oui, maispas qu’on en sorte. On voit d’ailleursque les partis des extrêmes ontchangé leur discours », s’exclame-t-ilau LusoJornal.Cette fête de l’Europe s’est égalementdéroulée sur fond d’Elections Euro-péennes, qui sont importantes, et oùles citoyens auront des choix à faire: «On est à un tournant à chaque élec-tion, mais sur cette élection on est en-core plus à un tournant car ces notionsd’insécurité, de crise, de manque desolidarité sont plus présentes. Maiscombien de personnes, en voyant leBrexit, ne sont pas revenus sur leur op-tion autour de la sortie de l’Union Eu-ropéenne. Le ‘Frexit’, c’est fini. On nepeut pas défendre un ‘Frexit’ quand onvoit les conséquences d’un Brexit. Si laMaison Europe est affaiblie après lesEuropéennes, on va galérer, mais ça nemettra pas en cause le projet euro-péen. On n’a pas autre chose si ce n’estcette maison commune qu’est l’Eu-rope et pour plusieurs raisons dontune principale: la paix. La guerre n’estjamais hors de portée. On doit avoir undiscours très clair: ceux qui veulentsortir, qu’ils sortent. Ça peut être bé-néfique pour l’Europe. La probléma-tique, c’est combien de temps ils vontrester dehors avant de demander àrentrer à nouveau? Si ces populistessortent de l’Europe, ça sera la meil-leure façon qu’ils perdent le pouvoirdans leur pays, car ils ne tiendront pastrès longtemps sans le bouclier euro-péen », conclut le Conseiller délégué àl’Europe.

Por Marco Martins

L’Europe au centre des attentions

O Embaixador de Portugal em França,Jorge Torres Pereira, esteve presentena Festa da Europa para a inauguraçãoda iniciativa com a Maire de Paris,Anne Hidalgo, e o Conseiller délégué àl’Europe, Hermano Sanches Ruivo.Em entrevista ao LusoJornal Jorge Tor-res Pereira abordou a importância daEuropa.

Qual é a sua opinião sobre a Festa daEuropa?Nós gostamos sempre de comemoraro Dia da Europa, como uma forma detodas as Embaixadas representantesde países da União Europeia poderemestar juntas e mostrar que há este em-penho comum e esta vontade de dizerque a Europa é positiva e que quere-mos levá-la para a frente. Por outrolado é uma ocasião de mostrar umpouco o que somos, visto que há umaexposição de fotografias onde há re-tratos de pessoas normais de váriospaíses da Europa, onde o Departa-mento cultural da Embaixada dePortugal se empenhou muito, no-meadamente o Dr. João Pinharanda,que é o Conselheiro cultural da Embai-xada e também é Presidente da Eunic

em Paris. Por fim não nos podemosesquecer que estamos muito pertodas eleições europeias e, independen-temente das opções partidárias, é pre-ciso lembra que há assuntos e temaseuropeus em jogo. São uma forma demanter o interesse das pessoas nestaconstrução que nos une que é a Eu-ropa.

A União Europeia está em perigo nestemomento?É évidente que estamos sempre emencruzilhadas porque é a própria na-tureza do projeto europeu: ou nósnos empenhamos nas adaptaçõesnecessárias, em dar energia aos pro-jetos, porque o mundo muda a umavelocidade imensa e é evidente quequatro anos depois ou oito ou dezas-

seis, em eleições europeias sucessi-vas, em cada um desses momentos,havia coisas importantes em jogo.Neste momento temos um contextomuito particular porque há uma pos-sível reconfiguração das forças políti-cas no próximo Parlamento europeu.Temos esta notícia triste de umgrande país da União Europeia estara sair, e portanto não nos podemosresignar, temos que encontrar a forçae a dinâmica para construir uma Eu-ropa onde os cidadãos se revejam,em que cada um com a sua própriamaneira de ser Nacional, a sua pró-pria especificidade de ver o mundo,sinta-se confortável e orgulhoso deser Europeu.

Sente que Portugal faz parte inte-grante da Europa?Claro que Portugal faz completa-mente parte da Europa. Portugal estáà vontade nesta Europa, porque,mesmo dando, transferindo mais po-deres de decisão coletivos, mais po-deres para uma soberania europeia,não sentimos que isso morda de ma-neira nenhuma o nosso coração e anossa identidade portuguesa. Esta-mos à vontade com as duas coisas eé assim que deve ser.

Por Marco Martins

Embaixador de Portugal na inauguração da Festa da Europa

LJ / António Borga

LJ / António Borga

08 mai 2019

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LUSOJORNAL06 EMPRESAS

Portugais impliqué dansune fraude àl’URSSAF d’undemi-milliond’eurosDepuis 5 ans, un patron portu-gais de 44 ans serait au cœurd’une affaire de travail dissi-mulé. Il y en aurait pour plus de500.000 euros de fraude à l’URS-SAF - Unions de Recouvrementdes Cotisations de Sécurité So-ciale et d’Allocations Familiales.Selon l’enquête menée par lesgendarmes de Carquefou, 62personnes auraient travaillésans être déclarées et cela de-puis mai 2014 par un chef d’en-treprise portugais.Une fraude découverte par ha-sard, suite à des violences aggra-vées entre voisins impliquantcinq ressortissants portugais àMauves-sur-Loire, le 15 février.Lors de cette première enquête,les Gendarmes ne trouventaucun document qui atteste queles Portugais ont un travail dé-claré.C’est à partir de ces élémentsque les Gendarmes sont arrivésjusqu’au patron de 44 ans, domi-cilié à Nantes, et qui sera jugé àla mi-octobre 2019 devant le Tri-bunal correctionnel pour unefraude de 511.150 euros à l’URS-SAF.

Passagers portugais débarqués auport de Brestaprès un incendieLe navire français de BrittanyFerries a été victime d’un incen-die au début de la semaine der-nière près des côtes françaises.Les 766 passagers, dont des Por-tugais étaient à bord, et 142membres d’équipage du «Pont-Aven» ont débarqué sains etsaufs à Brest. Il devait relier Ply-mouth en Grande-Bretagne, àSantander en Espagne.Le navire de 184 mètres de longa subi dans la nuit de dimancheà lundi un incendie dans l’un deses deux compartiments machi-nes. Il se trouvait alors à 142 kmau sud de la pointe finisté-rienne de Penmarc’h avec 766passagers et 142 membresd’équipage à bord. Aucun n’aété blessé. Il a ensuite pu re-joindre, dans l’après-midi et parses propres moyens le port deBrest, où ses passagers ont étédébarqués.Une enquête est en cours pourconnaître les causes de l’incen-die. Quant au navire, il devraitreprendre du service le 12 maiavec trois moteurs, le quatrièmeayant été endommagé.

Portugal é convidado de honra da ROCHEXPO

Foi inaugurada na semana passada,dia 1 de maio, a Feira Internacional2019 da ROCHEXPO, na Haute-Savoie,que decorre até 12 de maio no Par-que de exposições de La Roche-sur-Foron, uma cidade entre Annecy eAnnemasse. Este ano, Portugal é opaís convidado de honra.A Feira da ROCHEXPO existe há quase100 anos e conta sempre com maisde 100.000 visitantes e 600 exposito-res. Todos os anos há um país convi-dado de honra. Este ano foi Portugal,tendo em conta os laços sólidosentre Portugal e a França e as gran-des Comunidades portuguesas queexistem em França, designadamentena região de Auvergne Rhône-Alpese em La Roche-sur-Foron, “que con-tribuem para o desenvolvimentoeconómico e social da França e quehonram o nome de Portugal com o

seu trabalho e dedicação” comodisse o Cônsul Geral de Portugal emLyon, Luís Brito Câmara, presente naabertura do certame.O Cônsul Geral de Portugal participouna cerimónia de inauguração às10h30 do dia 1 de maio, que contoucom a presença do Maire de LaRoche-sur-Foron, Sébastien Maure,mas também do Prefet da região, doPresidente do Departamento, do Pre-sidente da Região Auvergne-Rhône-Alpes e numerosos Maires, Senadorese outros Autarcas, bem como nume-rosos empresários e cidadãos portu-gueses entre os milhares de visitantesque assistiram.O Cônsul-Geral aproveitou a ocasiãopara fazer um discurso em que subli-nhou a amizade entre Portugal e aFrança e a importância das Comuni-dades portuguesas que residem em

França e que “são um caso exemplarde integração através do seu traba-lho, dedicação, espírito de sacrifícioe valores de família e união que con-tribuem para o desenvolvimentoeconómico e social da França”.Luís Brito Câmara salientou igual-mente o bom acolhimento por parteda França e das suas autoridades lo-cais e regionais “aos milhares de Por-tugueses que vieram de Portugal hámais de 20, 30, 40, 50 anos e que hon-ram o nome de Portugal”. O Cônsul-Geral relembrou ainda a amizadeque liga Portugal à França, “que temdado provas extremas como foi ocaso da Batalha de la Lys em 1918 eem que milhares de Portuguesesderam a sua vida pela França”. Final-mente ressalvou as excelentes rela-ções económicas entre ambos ospaíses, “a sólida situação económica

de Portugal, das nossas empresas etecido empresarial, que dinamiza asnossas exportações e leva Portugalalém fronteiras, para além do Tu-rismo que atrai milhões de turistasfranceses”.Portugal está bem representado naROCHEXPO com vários stands deprodutos portugueses e um “VillagePortugais”, tendo o Cônsul-Geralaproveitado para saudar e visitar osresponsáveis pelos stands - Fumeirosde Portugal, Vinhos Douro, entre ou-tros -, que apresentam diversos pro-dutos portugueses de qualidadecomo o vinho, enchidos, azeite equeijos.A ROCHEXPO é uma feira com produ-tos de várias áreas, desde carros,gastronomia, mobiliário e casa, atéao artesanato, lazer, turismo, eletro-domésticos, ou jardinagem.

Em La Roche-sur-Foron (Haute Savoie)

A inteligência artificial está cada vezmais presente no nosso quotidiano.Um sem número de aplicações quejá usamos no nosso dia-a-dia, sejaa nível pessoal, como as várias apli-cações que temos nos nossossmartphones, o “siri”, por exemplo,no setor automóvel, com o desen-volvimento de veículos autónomos,na indústria, com o reconheci-mento automático de alvos em usomilitar. Podemos falar também anível da robótica ou medicina, comas nanotecnologias que permitematualmente a realização de diag-nósticos médicos em tempo real,biometria e muitas outras áreas.É fácil perceber as vantagens e opoder dos auxiliares que temos aonosso dispor para nos ajudar a rea-lizar as tarefas e tomar decisõesmais rápidas e eficazes. No entanto,não é assim tão fácil antever aforma como os avanços da inteli-gência artificial vão mudar a formacomo nos relacionamos, interagi-mos em sociedade, e, inclusiva-mente, o papel do ser humano e damáquina neste futuro próximo.Não é de estranhar que os riscosassociados à inteligência artificial ea superação da inteligência hu-mana seja uma temática que venha

a ganhar destaque. Poderemos efe-tivamente chegar num curto es-paço de tempo a um ponto em quea inteligência artificial poderá aca-bar com a humanidade, tal como aconhecemos. Basta, para isso, queesta supere a capacidade do serhumano. Evidentemente que deve-remos arranjar forma de controlare regulamentar a área de desenvol-vimento e aplicação de forma a evi-

tar acontecimentos desse género.É aqui que, ao meu ver, os governosdevem implementar estratégiasque permitam uma transição sus-tentável que vise o bem-estar dosindivíduos, uma vez que os avançostecnológicos são um dos grandesvalores de transformação, pela na-tureza exponencial de mudançasque provocam. Os avanços devemser sustentáveis para que novos

modelos de negócios não geremónus social maior do que o ganhoeconómico esperado. Afinal nãopode ser apenas bom para poucos.Estou de acordo com Bill Gates,assim como com outros grandesatores do nosso tempo, que pro-movem o desenvolvimento e apli-cação da inteligência artificial empraticamente todos os domínios deintervenção.Acredito também que é efetiva-mente necessário criar mecanis-mos de formação e informação agrande escala, de forma a evitar atão temida diferença social. A evo-lução e a coabitação entre a raçahumana e a inteligência artificialpassará sempre por um evoluir dementalidades e pela superação desi mesmo.Se conseguirmos fazer desta coabi-tação algo de saudável será real-mente positivo para a humanidade,pois poderemos aproveitá-la paraconstruir um mundo melhor.

L’ServicesBalcão Único do Emigrante37 rue des Martyrs de la Resistance69200 VenissieuxInfos: 07.77.99.37.77www.lservices.fr

A inteligência artificialOpinião de Carla Lobão, L’Services

08 mai 2019

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LUSOJORNAL EMPRESAS 07

A 8ª edição do Salão do ImobiliárioPortuguês, em Paris, decorre de 17a 19 de maio, com a ambição deatrair os seus visitantes para residire visitar Portugal, mas tambémpara trabalhar no país, nomeada-mente os ‘nómadas digitais’.Anteriormente organizado pela Câ-mara de Comércio e IndústriaFranco-Portuguesa, o Salão do Imo-biliário Português em Paris nasceuem 2012 e foi adquirido recente-mente pela empresa InvestPortugal,liderada por Marc Laufer, empresá-rio francês que detém participaçõesem alguns dos maiores grupos demeios comunicação francófonos.Na 8ª edição deste certame, que sevai realizar no Parque de Exposi-ções de Porte de Versailles e queatrai todos os anos milhares de vi-sitantes para conhecer as ofertasimobiliárias e turísticas de Portugalcom cerca de 200 expositores, a or-ganização quer ir além de convidaros Franceses a residir e visitar, mastambém apostar nas oportunidadesde investimento, empreendedorismoe trabalho lusas.“O Salão estava muito ancorado numeixo de residir e visitar e este ano

alarga a mais três eixos: investir, em-preender e trabalhar”, afirmou Ri-cardo Simões, Coordenador do Salãodo Imobiliário Português,em declara-ções à Lusa.

No que diz respeito ao investimento,o salão quer alertar para “todas asoportunidades de investimento emPortugal”, incluindo empresas nacio-nais que precisem de parceiros em

França para abrir novos mercados.Sobre o empreendedorismo, RicardoSimões aponta “o facto de Portugalter um ecossistema favorável à cria-ção de ‘startup’” e ainda a possibili-

dade de atrair os novos profissionaisliberais ou ‘nómadas digitais’.“Estes profissionais trabalham em di-ferentes projetos e têm possibilidadede escolher no que querem traba-lhar. Essa mobilidade internacional éum dos focos no salão, porque estesnómadas digitais podem trabalharonde quer que seja. O objectivo é co-locar Portugal no mapa da mobili-dade internacional, captando talentointernacional que possa, juntamentecom o talento nacional, abordar umespectro maior de ideias e pensar deuma forma global”, acrescentou Ri-cardo Simões.Tendo integrado a equipa que fun-dou este certame, Ricardo Simõesestá agora na InvestPortugal e reco-nhece que o salão necessitava de“renovar a abordagem” e precisavade “um parceiro com capacidade eque pudesse profissionalizar aindamais” a iniciativa, sem avançar ovalor da operação de venda do Salãodo Imobiliário Português.Este evento já marca o calendário defeiras em Paris, com uma ampla di-vulgação mediática incluindo publi-cidade nos autocarros e no metro dacapital francesa. Este ano, esta mos-tra quer chegar a mais de 17 mil visi-tantes.

Por Catarina Falcão, Lusa

Ricardo Simões, Coordenador do Salão

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Salão imobiliário em Paris renova-se para atrair‘nómadas digitais’ para trabalhar em Portugal

08 mai 2019

CCIFP / Jorge Marques

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LUSOJORNAL08 CULTURA

Exposição de artes plásticas nas comemoraçõesdos 105 anos de Alcanena e geminação com DampmartA inauguração da ALC’ARTE - Expo-sição Anual dos Artistas Plásticosdo Concelho de Alcanena, no sá-bado passado, abriu o programadas comemorações dos 105 anosdo concelho de Alcanena, que in-tegra também a assinatura de umacordo de geminação com o mu-nicípio francês de Dampmart, naSeine et Marne (77), perto de Torcy.O juramento de geminação deveter lugar esta quarta-feira, dia 8 demaio, depois de devidamente au-torizada pela Assembleia Munici-pal de Alcanena. A Presidente daCâmara Municipal, a socialista Fer-nanda Asseiceira, vai assinar o do-cumento conjuntamente com oMaire de Dampmart, Laurent Del-pech, que se desloca a Portugalpara esta ocasião.Com pouco mais de 3.000 habitan-tes, Laurent Delpech reconhece,com esta geminação, “a importân-cia da Comunidade portuguesa naconstrução e desenvolvimento doseu território”.Para domingo, está agendado o XVRaid Cicloturismo Lisboa-Alca-nena, com início marcado para as08h00, decorrendo na quarta-feira, feriado municipal, uma sériede iniciativas, como a homenagemaos promotores e fundadores doconcelho, romagem ao cemitériopara homenagear os presidentesde Câmara já falecidos, e então asessão solene de geminação.Nesse mesmo dia, à noite, a dele-gação francesa vai assistir a umanoite de fados com um concertoda fadista Ana Moura.

Andaime francês de quatro andaresno Festival Ilustração àVista em ÍlhavoUm andaime de quatro andares foierigido na praça da Casa da Cul-tura de Ílhavo, para construir o es-petáculo “La Tortue de Gauguin”pela companhia francesa Lucamo-ros, no âmbito do festival Ilustra-ção à Vista.De quinta a domingo, o Municípiode Ílhavo mostrou a ilustração em“distintas e até improváveis” ex-pressões artísticas, através do fes-tival organizado pelo projetocultural 23 Milhas.O andaime de “La Tortue de Gau-guin” é uma das “fachadas” da ter-ceira edição do Ilustração à Vista,que condensa em torno da ilustra-ção um conjunto de exposições,oficinas, teatro e teatro de rua,dança, performances diversas,música e concertos.

Artista portuguesa está exposta no coração de ParisA exposição “Visages de L’Europe”que está exposta à volta da Torre deSaint Jacques, em Châtelet, na capi-tal francesa, reúne fotografias de vá-rios artistas europeus, desafiandocada um a mostrar as diferentescaras do velho continente.A artista portuguesa Sandra Rocha,com apoio do Instituto Camões, fazparte desta iniciativa com três foto-grafias que representam mulheres.A exposição é ao ar livre e foi inau-gurada pelo Conseiller de Paris, Her-mano Sanches Ruivo, na presençado Embaixador de Portugal emFrança.O LusoJornal falou com a AçorianaSandra Rocha sobre a importânciadesta exposição e o significado decada fotografia.

O que representa estar presentenesta exposição?A importância é participar, numevento europeu, porque acho que aEuropa precisa de se lembrar do queé a Europa hoje em dia. O outro ladoé a oportunidade de mostrar o meutrabalho num sítio onde nunca tereitanta gente a ver as minhas fotogra-fias, e de poder representar o meupaís.

Como surgiu a oportunidade paraestar presente?A iniciativa partiu do Diretor do Ins-tituto Camões que conhece o meutrabalho há muito tempo, e tambémpelo facto de viver em Paris. Eu e oJoão Pinharanda escolhemos as trêsfotografias. Escolhemos três foto-grafias de adolescentes porque eucostumo trabalhar com adolescen-tes e escolhemos os Açores paramarcar de onde venho e por haveruma certa coerência numa amostraque tem três fotografias. Queríamos

dar este lado natural e exótico dePortugal que passa pelos Açoresneste caso.

Os quatro elementos estão repre-sentados nas três fotografias?Os quatro elementos fazem parte domeu trabalho. A nossa relação coma natureza e a forma como nos rela-cionamos com esses quatro ele-mentos que fazem com que tudoexista.

É também uma maneira de fazer apromoção dos Açores?

É bom que os Açorianos vejam quenão é só de cartazes turísticos que aboa promoção pode ser feita. A cul-tura também pode ter um papel es-sencial.

As três fotografias têm como prota-gonistas quatro mulheres…Eu trabalho muito o feminino, não ofeminismo, o feminino. E a formacomo o nosso corpo se relacionacom o natural. Os corpos das ado-lescentes que ficam ali entre não serjá uma coisa e ainda não ser outra,são a minha fonte de inspiração.

A natureza também está presente…A natureza interliga-se com as pes-soas porque as pessoas algumasvezes não veem a natureza.

Como decidiu seguir a via da foto-grafia?Eu sabia que queria fazer qualquercoisa que tivesse uma expressão ar-tística. A fotografia chegou quandojá tinha 20 anos e achei que era maisfácil dominar a técnica fotográficado que a pintura ou a escultura. Fuifazer uma escola de fotografia,abandonei o curso de biologia e de-pois tudo saiu bem. Os anos 90 eramuns anos fantásticos, tudo era maisfácil (risos).

Por Marco Martins

Sandra Rocha, uma cara europeia

José Cruz tem apresentado a versãoportuguesa do seu espetáculo, “EmConstrução”, na Boîte à Rire. O Luso-Jornal esteve presente para perce-ber as dificuldades que se podemencontrar na tradução, abordar osfuturos meses com o artista, masigualmente falar do público que temaderido às duas versões visto que asala estava cheia em Paris.

É mais complicado ter um espetá-culo em português?O espetáculo em português, comofoi para o ‘Olá’, leva mais tempo por-que eu nasci em França, o portuguêsé a língua dos meus pais. Tenho estadupla cultura, francesa e portu-guesa. Passo 11 meses em França eapenas três ou quatro semanas emPortugal, então não tenho o hábitode falar muito português. Mas eutrabalho com uma boa equipa e aideia é fazer progredir o espetáculocada vez mais, para que o portuguêsseja cada vez melhor. E tambémpara fazer a adaptação total do es-petáculo em francês, em versão por-tuguesa, o que leva muito tempo.Acho que o espetáculo vai mudarainda muito, e vai continuar a cres-cer. Preciso de mais atuações.

Como tem reagido o público?O público gostou muito do espetá-culo, porque muita gente fica no fim

do espetáculo para falar comigo, eisso é um sinal muito bom. Agora écontinuar a trabalhar e melhorartudo. Encontrar novas piadas comotenho encontrado com o públicodurante os espetáculos. Isto é o oneman show: escreves um espetáculoe depois tem de ser modificado. Istoaconteceu por causa das interaçõescom o público. Gosto muito disto ede adaptar o espetáculo em funçãodo público presente. Tivemos porexemplo uma pessoa que chegouatrasado 20 minutos porque estavaa estacionar o carro, isso tambémfaz com que modifique o espetáculo(risos).

Durante o verão, vai haver uma tour-

née em território português?A tournée em Portugal tem esse in-tuito de apresentar o espetáculo,mas também de ganhar experiênciae de interagir com as pessoas quevão estar em casa e à vontade.Quero falar com elas e aprendersempre. Eu sempre quis fazer um‘road-trip’ por Portugal e descobrirPortugal de uma outra maneira. Euconheço Portugal pelas minhas ori-gens, Bragança, Trás-os-Montes, Al-garve, bem como outras cidadescomo Porto e Lisboa. Mas queriadescobrir Portugal de uma outraforma. Vou conhecer pessoas, voumostrar o meu espetáculo e voufazer quase como uma reportagem,mostrando às pessoas por onde vou

passar, quer seja aos Francesescomo aos Portugueses. É o Portugaldas vilas, que não são conhecidas,mas onde vão os emigrantes.

Para aqueles que querem ver JoséCruz em Portugal, como podem con-tactá-lo?Pelos jornais - pelo LusoJornal, porexemplo - as pessoas podem con-tactar-me pelas redes sociais, naminha página “José Cruz - ComédienHumoriste”. Eu também lanço oapelo pelo Youtube, pelo Instagrame pelo Facebook. As pessoas podemcontactar-me para eu passar pelascidades onde vão estar em Portugal.Têm de ter um jardim, porque queroatuar fora, quando a luz da lua co-meça a aparecer, por volta das20h00, 21h00, e tem de haver pelomenos 25 pessoas. Se tudo correrbem, vou atuar a casa das pessoas,é gratuito. As pessoas não pagam, sótêm apenas de me albergar e de meoferecer a comida para um ou doisdias, onde vou atuar, vou filmar evou falar com as pessoas. Isto vai seruma experiência para partilhar tra-dições, para partilhar momentos.Aliás eu guardo assuntos específicospara Portugal, que não vou mostraraqui em França. O espetáculo nãoexiste sem o público. Eu quero des-cobrir as pessoas, quero ter contac-tos com as pessoas, porque os meusespetáculos são para as pessoas emostra o que elas vivem ou viveram.

Por Mário Cantarinha

José Cruz, humorista

O artista luso-francês apresentou versão portuguesa de “En Construction”

LJ / António Borga

LJ / Mário Cantarinha

08 mai 2019

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LUSOJORNAL CULTURA 09

Juan Branco, advogado, de 29 anose filho do produtor de cinema por-tuguês Paulo Branco, entrou derompante no top de vendas francêscom o seu livro “Crépuscule”, umensaio político que constitui um dosmais fortes ataques ao sistema es-tabelecido pelo Presidente francêsEmmanuel Macron. Uma obra quehá poucos meses, à falta de editorinteressado, foi disponibilizado gra-tuitamente pelo autor na internetem formato PDF. Todavia, o conser-vador mundo da edição também écapaz de dar súbitas e rocamboles-cas reviravoltas e demorou, apesardas resistências, pouco tempo a pu-blicar um livro que se vende a sipróprio graças à polémica imediataque gera, sobrevivendo sem proble-mas ao elucidativo silêncio com queos media o cobriram.Nascido na Andaluzia, filho de PauloBranco e da psicanalista espanholaDolores López, o jovem ativistafranco-espanhol cresceu entre o 5ºe 6º bairros parisienses e estudouna muito seletiva École Alsacienne,instituição de ensino privada fun-dada em 1874. Frequentou o Insti-tuto de Estudos Políticos de Paris(Sciences Po), a École Normale Su-périeure e as Universidades de ParisIV e Paris I.Crítico de uma certa arrogância in-telectual e mania da superioridadedemonstradas pelo Presidentefrancês, Juan Branco, em entrevista

à Sud Radio a propósito de “Crépus-cule”, afirma que “eu tinha vontadede que aparecesse alguém oriundode um meio igual ao de Macron, quetenha pelo menos feito os mesmosestudos, que tenha os mesmos títu-los de glória, que lhe atirasse à caraesta violência, esta violência simbó-lica que consiste em olhar de altoos cidadãos, julgando-se superior aeles por causa dos estudos que rea-lizou”. Esse “alguém” é Juan Branco.Vindo ele próprio de um meio quemuitos considerarão elitista, afinaldurante a infância recebia em casacelebridades como Catherine De-neuve, Juan Branco, que fala umportuguês perfeito, cedo se mos-trou contrário a essa “elite” atravésdo militantismo estudantil, che-gando a participar na ocupação daÉcole Normale Supérieure. A suaposição contra as “elites” socioeco-nómicas e políticas francesas, umaespécie de aristocracia republicana,ganhou novos contornos de radica-lização com a eleição de EmmanuelMacron.O seu livro “Contre Macron” (2017) éa prova mais óbvia disso mesmo,não fosse a sua premissa a se-guinte: “o Macronismo é uma novavariante do fascismo, e teremos deprestar a maior das atenções à ma-neira como vamos desligar essaspessoas das nossas instituições nomomento da necessária mudançademocrática, algo que eles tentarãocompulsivamente evitar”.Este jovem advogado, que já foi

Conselheiro jurídico de Julian As-sange e parece ter vivido duas vidasnos seus escassos 29 anos, volta àcarga em “Crépuscule”. Nas palavrasdos editores Au Diable Vauvert eMassot Éditions, podemos ler que

“através da pena inflamada de umjovem adulto formado para integraras elites, mas acreditando ainda naRepública, este livro denuncia eexpõe as provas de uma captura daDemocracia por poderosos oligar-

cas em favor de interesses de casta.E como o Presidente Emmanuel Ma-cron é tanto a criatura como o ins-trumento”.Candidato pela França Insubmissaàs eleições legislativas de 2017 -rompeu pouco depois com o Par-tido de Jean-Luc Mélenchon - e umdos rostos mais mediáticos do Mo-vimento dos Coletes Amarelos, JuanBranco é de uma acidez profunda-mente corrosiva na análise ao sta-tus quo e das tensões que nestemomento fazem explodir a socie-dade francesa. Não sendo um livrorevolucionário ou anticapitalista esendo tão militante e propagan-dista como “Révolution”, escrito porEmmanuel Macron em 2016, “Cré-pusculo” é um livro divisivo escritopor um jovem e polémico intelec-tual que reflete a fratura do tecidosocial francês e que tem o potencialpara se transformar no colérico ma-nifesto de uma parte da populaçãoque se sente traída e esquecida e aquem tudo opõe à franja (da qualMacron se tornou o símbolo e queJuan Branco conhece bem por delaser oriundo) que sempre teve oPoder e que nunca teve qualquerpejo em usar meios pouco reco-mendáveis, como o nepotismo, para“ajudar os seus”. Um livro que parauns será um autêntico evangelho epara outros não passará de merapropaganda barata, mas que certa-mente não deixará nenhum indife-rente a meio da ponte. Ou se amaou se odeia.

Por Nuno Gomes Garcia

Um livro do lusodescendente Juan Branco

Um livro com mais de 80 fotografias deGérald Bloncourt, conhecido como ofotógrafo da emigração portuguesaem França, sobre as celebrações do 1ºde Maio de 1974 em Lisboa, apresen-tado no passado dia 2 de maio, emParis, é considerado uma “cápsula dotempo”.O livro “Dias de Liberdade em Portu-gal” foi apresentado no ConsuladoGeral de Portugal na capital francesa emostra fotografias das manifestaçõese dos ‘slogans’ políticos, mas tambémdas pessoas a lerem os primeiros jor-nais sem censura.O prefácio é do Capitão de Abril VascoLourenço e a obra foi financiada porum grupo de empresários portugue-ses em França, Canadá e Portugal.Mais conhecido por ter mostrado aomundo as condições de vida dos emi-grantes portugueses nos chamados“bidonville” aquando a sua chegada aFrança nos anos 60, o fotógrafo franco-haitiano Gérald Bloncourt foi tambémum “espetador privilegiado” dos diasque se seguiram à Revolução do 25 deAbril, tendo estado em Portugal entre30 de abril e 02 de maio de 1974. “Comohistoriador e amigo foi uma desco-berta perceber que ele tinha umaparte do seu espólio praticamenteinédito e desconhecido que se interli-

gava com outro momento importanteda história contemporânea portu-guesa, nomeadamente os primeirosdias de liberdade em Portugal”, disseà Lusa Daniel Bastos, historiador e umdos autores do livro “Dias de Liber-dade em Portugal”, que reúne fotogra-fias de Bloncourt.Para Daniel Bastos, “Gérald Bloncourtfoi um espetador privilegiado dos pri-meiros dias de liberdade em Portugal”,considerando que o trabalho do fotó-

grafo sobre este período é “uma pe-quena cápsula do tempo da históriaportuguesa preservada”.O fotógrafo, falecido em outubro de2018, chegou a Portugal no dia 30 deabril de 1974 no mesmo avião que Ál-varo Cunhal, líder do Partido Comu-nista, que também seguia de Paris.Depois de fotografar a chegada de Ál-varo Cunhal a Portugal, Gérald Blon-court terá passado três dias semdormir e a fotografar as celebrações

espontâneas nas ruas de Lisboa, osmilitares e a manifestações do 1º deMaio após a Revolução. “Foram mo-mentos marcantes que o acompanha-ram sempre na sua vida. Recordopalavras em que o Gérald Bloncourt seidentificava com os protagonistasanónimos que captou. Ele estava ir-manado destes sonhos, destas uto-pias e deste desejo de liberdade”,afirmou ainda o historiador português.Gérald Bloncourt fez parte de um

grupo revolucionário no Haiti, paísonde nasceu em 1926, filho de mãefrancesa e pai guadalupense, tendosido obrigado a sair do seu país natalpara se instalar em Paris nos anos 40.“Este livro conta uma Revolução bem-sucedida e mostra essa felicidade. Elequeria também ter feito a revoluçãono Haiti, não conseguiu e deixou o seupaís. Mas ao ver esta multidão portu-guesa, feliz com a sua revolução, foipara ele um momento extraordinário”,afirmou Isabelle Repiton-Bloncourt,viúva do fotógrafo, na apresentação dolivro.Em declarações à Lusa em 2015, GéraldBloncourt recordou a presença emPortugal. “Como estava em contactocom eles [os emigrantes portugueses],avisaram-me da Revolução dos Cra-vos. Fui logo a Portugal de avião, en-contrei um lugar e estava no mesmoavião que Álvaro Cunhal. Os camara-das dele cantavam e batiam com ospés e a hospedeira foi-lhes pedir paraparar. Vivi a Revolução dos Cravos. Foiuma coisa incrível”, descreveu então.Gérald Bloncourt foi condecorado coma Ordem do Infante D. Henrique, peloPresidente da República, Marcelo Re-belo de Sousa, durante as comemora-ções do Dia de Portugal, de Camões edas Comunidades Portuguesas, quedecorreram entre 10 e 12 de junho de2016, em Paris.

Por Catarina Falcão, Lusa

Livro foi apresentado em Paris

Fotografias de Gérald Bloncourt são “cápsula do tempo” do 25 de Abril

O “Crepúsculo” do mundo de Macron?

Jaques R.

08 mai 2019

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LUSOJORNAL10 ASSOCIAÇÕES

Les membres de l’Association Socio-Culturelle des anciens Combattantsdes ex-Colonies Portugaises, dont lesiège est à Roubaix, officiellementcréée le 04 juillet 1997, ont fêté les 22ans de l’association et les 45 ans laRévolution des Œillets avec leurs fa-milles dans le restaurant o Galod’Ouro de Roubaix, le dimanche 28avril.En début de repas, son Président,Manuel Pereira, a remercié les pré-sents et se réjouit de voir l’associa-tion grandir, avec l’adhésion récentede 3 nouveaux membres, qui en cejour d’échange ont parcouru 200 ki-lomètres pour honorer de leur pré-sence. Manuel Pereira rappellera :«L’Union fait la force, notre forcec’est notre union».Pour signaler les 45 ans du 25 Avril,des œillets rouges ont été distribuésà toutes les dames présentes aurepas.Au nom du Bureau de l’association,son Président, a remercié tous ceuxqui ont assisté aux cérémonies des101 ans de la Bataille de la Lys, le 13avril dernier, à Richebourg et à LaCouture et tout spécialement lesporte-drapeaux. Ces derniers ont étévivement applaudis, prenant sur leurtemps, ils participent pendant toute

une année à plus de 30 cérémoniescommémoratives.Rendez-vous a été pris pour le 11mai, à l’église de Saint Martin deRoubaix, à 20h30, lors des cérémo-nies en honneur de Notre Dame deFátima.Une minute de silence a été respec-tée en souvenir de ceux qui ont dis-paru dans Ultramar et pour lesmembres de l’association décédésces dernières années.LusoJornal a profité de cette occa-

sion pour interviewer le Président del’association, Manuel Pereira.

Quelle a été l’idée fondatrice de l’as-sociation des anciens combattants ?A la fin des années 1990 arrivaient àla retraite des compatriotes quiavaient combattu dans les Coloniesportugaises et qui avaient émigré. Ily avait la nécessité de faire reconnaî-tre et comptabiliser les années pas-sées en tant que combattants pourla retraite et de lutter pour recevoir

une pension en tant que tel. Ce fu-rent des années de combat et derendez-vous, qui ont abouti à un ver-sement de pension de 75, 100 ou 150euros selon le nombre de mois deservice militaire dans les anciennesColonies portugaises. Un complé-ment bien mérité et nécessaire.

Combien de dossiers de retraite ontété traités par votre association ?Nous avons constitué plus de 250dossiers de retraite. L’association a

par ailleurs aidé et accompagnédeux de ses associés à se déplaceret à être traités à l’Hôpital Militairede Lisboa, suite à ce qu’on appelle lamaladie « Stress de guerre ».

Quel âge ont actuellement vos adhé-rents et avez-vous encore des ba-tailles en cours pour faire valoir vosdroits ?Au fur et à mesure que les pro-blèmes des retraites ont été résolus,le nombre d’associés a diminué. Ac-tuellement nous avons un noyau durde 45 associés, âgés de 68 à 72 ans.Nous avons eu des rendez-vous avecplusieurs institutions en vue de l’at-tribution d’une Carte de malade mi-litaire qui donnerait accès à destraitements médicamenteux en ex-terne gratuitement.

A quelles autres activités participez-vous ?Nous représentons dans la région duNord la « Liga dos Combatentes »,celle-ci ayant été créée en 1924 par 9combattants rescapés de la Bataillede la Lys et nous représentons éga-lement l’association « Veteranos deGuerra de Braga ». Nous sommes ap-pelés pour rendre hommage dansdiverses manifestations dans le Nordet même au-delà, en la Belgique, Al-lemagne et même aux Pays Bas.

Par António Marrucho

Association Socio-Culturelle des Anciens Combattants des ex-Colonies Portugaises

Le samedi 27 avril, à Saint Martin-de-Seignanx, dans les Landes, l’associa-tion Portugal Passion Traditions acommémoré le 45ème anniversaire dela Révolution des Œillets, du 25 avril1974, au Portugal.Cette année, la soirée s’est déclinée endeux parties. A 19h00, première partieavec la projection d’un documentaireconstitué de différents reportagesjournalistiques français (archives del’INA) et de films produits par le Mou-vement des Forces Armées Portugais,le tout doublé en langue française. Unmontage élaboré par Carlos Águeda-Rosa, Président de l’association pourobtenir un film de 58 minutes relatantla journée du 25 avril 1974 et les quel-ques jours suivants, jusqu’au 1er mai1974.La genèse de ce 25 avril 1974 est relatéeavec un état des lieux politique et éco-nomique du Portugal. Une dictature de48 ans sous António Salazar et puissous Marcelo Caetano (Présidents duConseil pendant l’Estado Novo) qui im-pose un budget militaire démesurépour faire la guerre dans les colonies(Guinée, Angola,...) et néglige la popu-lation contrainte par milliers à s’expa-trier.Suite à la publication de son livre criti-que « Le Portugal et son Avenir », leGénéral António de Spínola contribueà ce renversement. En effet il a été l’undes premiers à dénoncer ces guerrescoloniales qui n’apportaient au paysque la disparition de ses jeunes sol-dats.

Le Général Spínola sera limogé peuaprès la parution de son livre. « Lemouvement du 25 avril 1974 a été trèsbien organisé par un collectif de mem-bres de l’Armée Portugaise, surnommé‘Les Capitaines d’Avril’ » explique Car-los Águeda-Rosa. Le documentairetransmet bien l’atmosphère de cettejournée, avec le signal de départ, lachanson Grândola à la radio, puis leschars dans les rues et, petit à petit, enentendant les rumeurs, les Portugaissortent dans les rues. « On ressent unetension énorme en attendant lagrande nouvelle de la rémission del’ancien Gouvernement. Et enfin c’estla joie qui éclate dans la ville de Lisboaoù tout a commencé, puis dans le Por-tugal tout entier. Des images de liessecollective et ferveur aux cris de ‘Liber-dade, liberdade’ avec le symbole decette Révolution, l’œillet rouge, soit ac-

croché à la veste, au bout du fusil, ousimplement tenu à la main ».Parmi les images fortes, il y a la libéra-tion des détenus politiques, la joie desfamilles de retrouver l’un des leurs,emprisonnés depuis de nombreusesannées.L’un des plus émouvants témoignagesest celui de cette jeune femme qui ré-pond à la question du journaliste «avez-vous été torturée ? » par ces mots« oui, j’ai été frappée, privée de som-meil pendant 11 jours, et obligée à res-ter debout pendant 14 heures d’affilée». L’emprisonnement sous haute sur-veillance par peur de lynchage, despersonnes travaillant pour la DGS (Di-rection générale de la sécurité), orga-nisme d’état qui avait succédé à laPIDE (Police Internationale de Défensede l’Etat) en novembre 1969.On y voit aussi l’arrivée à Lisboa, le 28

avril 1974, de Mário Soares (socialiste),qui était en exil à Paris, l’accolade his-torique entre Mário Soares et le Géné-ral Spínola, l’organisation nouvelle del’Etat portugais, la mise en place d’ungroupe d’hommes pour diriger le payset conduire celui-ci vers l’organisationd’élections démocratiques,… le film setermine sur la grande manifestationdu 1er mai 1974 où tous les Partis poli-tiques autrefois clandestins pouvaientenfin défiler dans les rues, à côté dupeuple portugais, pour exprimer leursjoies et leurs confiances en l’avenir.Après la projection, Carlos Águeda-Rosa, qui est le Président de l’asso-ciation, a proposé d’échanger lesimpressions et les commentaires dupublic venu nombreux pour le film. «Nous avons eu divers témoignages dePortugais qui ont vécu ces événe-ments de France, car ils étaient déjà

immigrés ».Manuel a rapporté des faits vécus parson père à propos de la PIDE et de lacruauté de ses dirigeants. José est partien Guinée durant la guerre, pendantson temps de service obligatoire.Beaucoup de jeunes hommes Portu-gais fuyaient le Portugal pour ne paspartir se faire tuer dans les colonies :des participants français qui ont dé-couvert cet épisode de l’histoire duPortugal ont été très intéressés par cereportage très bien réalisé ».La conclusion a été faite par CarlosÁgueda-Rosa qui a dit « la liberté estun bien précieux qu’il faut apprécier etrespecter ».20H45, 2ème partie : place au momentde convivialité. Dans une salle très jo-liment décorée de drapeaux Portugaiset de jolis bouquets d’œillets rouges etaussi d’une exposition de photos pri-ses durant la Révolution des Œillets(chars dans la ville de Lisboa, les sol-dats avec l’œillet rouge au bout dufusil, la foule avec des pancartes « li-berdade »), le texte de la chansonGrândola Vila Morena.Les convives ont pu apprécier, aprèsun apéritif copieux, un repas tradition-nel avec charcuterie, cochon de lait,haricots blancs, fromage, pasteis denata, gâteaux glacés, sans oublier lePorto. La soirée s’est terminé tard etchacun est reparti avec un œillet rougepour se souvenir de la symbolique decette fleur qui sera à jamais liée à laRévolution des Œillets du 25 avril 1974et à la Liberté du peuple Portugais ».

ACSACCP de Roubaix a fêté ses 22 ans et les 45 ans de la Révolution des Œillets

Le 45ème anniversaire de la Révolution des Œilletsà Saint Martin-de-Seignanx

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LUSOJORNAL ASSOCIAÇÕES 11

AssociationPortugaised’Angoulêmecomemorou o25 de abrilL’Association Amitiés Franco-Portugaises d’Angoulême et dela Charente (AAFPAC), vieille deses 38 ans, a fêté les 45 ans dela Révolution des Œillets lorsd’un repas animé par le groupeSeven, venu de da région deBordeaux, le samedi 27 avril, àSaint Michel.L’ambiance festive a laisséplace à l’émotion de sa Prési-dente Elizète Rua Fernandes,accompagnée d’autres diri-geantes de l’association : CindyRibeiro, Gabriela Fernandes,Marie da Fonte, Vanessa Pinto -Aucéane Queiroga était ab-sente. Elizète Rua Fernandesétait très émue car c’était sonpremier discours en public.Elle a rappelé l' impact impor-tant de la dictature de Salazarsur l’émigration de la Commu-nauté portugaise vers la France,notamment en Charente.Et le symbole de la liberté du 25avril 1974 a été évoqué à traversune petite exposition de photosd’époque, d’articles et depoèmes sur le sujet.La soirée a été une grande réus-site, soutenue par le couragevolontaire de tous les béné-voles.

Treinador francês GérardHoullier entreos oradores daSoccerex emOeirasO ex-Treinador francês GérardHoullier, o Presidente da LigaPortuguesa de Futebol Profissio-nal (LPFP), Pedro Proença e o an-tigo internacional portuguêsDeco, vão discursar na SoccerexEurope, anunciou a organizaçãoda Conferência internacional, quese realiza em Oeiras.Em comunicado, a entidade orga-nizadora da Soccerex, que estámarcada para 05 e 06 de setem-bro, confirmou também as pre-senças do CEO do Grupo Benfica,Domingos Soares Oliveira, e dodiretor de media do ManchesterUnited, Phil Lynch.Deco, que trabalha como agentede jogadores, e Houllier juntam-se a outros nomes, como o em-presário turco Erkut Sogut, oDiretor de comunicação da FIF-Pro, Andrew Orsatti, e ÓscarMayo, Diretor do desenvolvi-mento internacional da Liga es-panhola.Também têm presença confir-mada na Soccerex “representan-tes de Inter de Milão, Sevilha,Borussia Dortmund, Ajax e Ever-ton”, entre outros clubes, para asessão que vai decorrer em Oei-ras, com o apoio da LPFP.

Os Amigos de Décines, no Rhône, or-ganizaram no sábado 27 de abril, o seu4º Festival Folclórico no Gymnase Bec-querel, na rue Sully, em Décines-Char-pieu. Cerca de 700 pessoasencontravam-se presentes no local.A apresentação desta tarde festivaficou a cargo dos responsáveis dogrupo folclórico Os Amigos de Décines:Pascal Cerqueira, o acordeonista dogrupo e Maria Pereira, a apresentadorapresente nas saídas do grupo.Foi realizado um desfile inicial com osgrupos participantes e o “ritual” de co-locação das fitas nos estandartes foifeito pelos membros do grupo folcló-rico da casa, no final de cada atuação.O festival teve início às 16h00 e antesdo rancho anfitrião subir ao palco foirealizado o desfile de apresentação decada grupo. Foram os Bombos da Casada Barca de Vaulx-en-Velin que pro-porcionaram a abertura deste festivalde folclore. Estiveram também presen-tes os grupos folclóricos da região: Flo-res de Portugal de Bron, Rosas daPrimavera de Rives, Lavadeiras doMinho de Orbe, vindos da Suíça, RioLima Alto Minho de Caluire e Mocidade

do Verde Minho de Saint Martind’Hère. Houve ainda tempo para osdiscursos de agradecimentos porparte de cada grupo.No final do Festival, Maria Pereira agra-deceu emocionada a Sophie AfonsoPereira, sua filha, pela criação dos Ami-gos de Décines, mas também ao Pre-sidente da Associação, FernandoRibeiro, “por tudo que tem feito pelogrupo desde o primeiro momento”.A associação Os Amigos de Décines foifundada a 17 de fevereiro de 2013, pela

ideia brilhante de Sophie Afonso Pe-reira, filha de Maria Pereira. “Na altura,somente com quatro pessoas Paul,Linda, Pascal e a própria Sophie. Ao fimde alguns anos o grupo foi aumen-tando com dançarinos vindos de ou-tros grupos, com familiares, amigos econhecidos, muitos deles não sabiamnem dançar”, relembra Maria Pereiraao LusoJornal.Hoje, o grupo conta com cerca de qua-renta membros, e todos eles tem amorpelo folclore. E “somos um grupo de

jovens que gosta de dançar e isso fazcom que a nossa cultura continue”.Maria Pereira afirma ainda que “os jo-vens são o nosso futuro, e é com a ju-ventude que nós faremos o futuro deamanhã do folclore, não esquecere-mos as nossas raízes”.“Nem sempre é fácil gerir o grupo OsAmigos de Décines, mas estou muitoorgulhosa do percurso efetuado atéaqui” diz Maria Pereira. “Espero queassim continue por muito tempo”disse no final do Festival.Este grupo faz parte integrante da As-sociation Culturelle et Sportive Portu-gaise de Décines, presidida porFernando Ribeiro, desde há algunsanos e este encontra-se “sempre dis-ponível para o que for necessário”.Quando subiu ao palco, o Presidenteda coletividade saudou todo o traba-lho do grupo.Uma vez terminado o Festival, foi a vezde Leonel Figueiredo animar os con-vivas pela noite dentro.Neste Festival podemos destacar tam-bém, para além da presença do Luso-Jornal, a presença do programa Raízes,Radio Pluriel 91.5 FM, com toda a suaequipa, para a transmissão do eventoem direto para as redes sociais.

Por Patrícia Guerreiro

Nos arredores de Lyon

Foi no passado dia 27 de abril queAssociação Portuguesa de SaintMaurice de l’Exil (38), realizou umjantar para sócios e não sócios,aberto a toda a Comunidade portu-guesa. Juntou cerca de 200 convivasna Salle Aragon, em Saint Maurice del’Exil. A Direção da Associação ficousatisfeita com a grande aderência aoevento. Partilharam grandes mo-mentos de convívio, alegria e ami-zade.A noite foi animada pelo dueto Jorgee Miguel Beirão, pai e filho, que vie-ram de Toulouse, com o espetáculo“São Saudades Tour 2019”. Esta é já aterceira vez que visitam e animam asfestividades organizadas pela Asso-

ciação de Saint Maurice de l’Exil. Con-sideram que, “não são, nem melho-

res, nem piores, apenas diferentes”.Esta dupla ofereceu um leque de

clássicos aos convivas que se diver-tiram até altas horas da noite.O Presidente da associação, Alber-tino da Costa Gonçalves, e restanteDireção, estavam satisfeitos e agra-deceram a todos os voluntários queajudaram na preparação do jantar.Esta associação tem como principalatividade o folclore, cujo grupo sechama “Mocidade do Minho”. Ogrupo junta-se aos fins de semanapara os ensaios e conta com cerca de40 elementos.Patrícia Vasco, da Direção da coleti-vidade, confirmou ao LusoJornal queo Festival folclórico organizado pelaMocidade do Minho de Saint Mauricede l’Exil, será realizado no próximodia 18 de maio, com vários grupos daregião Rhône-Alpes.

Por Patrícia Guerreiro

Na região de Grenoble

A 52ª Peregrinação ao Santuáriode Mont-Roland, em honra de NªSª de Fátima, que todos os anosse realiza no fim de semana pre-cedente ao 13 de maio, vai terlugar, este ano, nos dias 11 e 12 demaio.Este é um ponto de encontro ha-bitual para milhares de Portugue-ses dos arredores, como Dijon,Dôle e Besançon, mas tambémum pouco de toda a França e

mesmo da Suíça vizinha, da Ale-manha e da Bélgica.Contando com a presença de vá-rias entidades civis e religiosas,as cerimónias iniciarão no sá-bado, dia 11, com a missa vesper-tina seguida de uma procissão develas.No dia 12, a missa vai ter lugar às10h20, presidida por D. AntónioMarto e Monseigneur Jordy, res-petivamente Bispos de Fátima ede Saint Claude, com a presençaainda de Luiz Brito Câmara, Côn-

sul Geral de Portugal em Lyon, doDeputado Carlos Gonçalves, eainda outras personalidadescomo o Maire de Dôle.Na parte de tarde, terá lugar oTerço, seguido de animação comparticipação do Grupo folclóricodos Portugueses de Genebra,entre outras improvisações.O serviço de restauração, está acargo de várias associações dePortugueses dos arredores, parti-cularmente da Associação dosPortugueses de Dôle.

Por Chico Correia

Os Amigos de Décines realizaram o seu4º Festival de Folclore

Festival de folclore em Saint Mauricede l’Exil

52ª Peregrinação a Nª Senhora de Fátima em Mont-Roland (Jura)

08 mai 2019

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LUSOJORNAL12 ASSOCIAÇÕES

O livreiro e ator cultural João Heitoresteve na semana passada naGuarda para apoiar a candidaturadaquela cidade a Capital Europeia daCultura em 2027. O ativista cultural,originário da Meda, participou numaação com vários outros agentes cul-turais e no qual também participouo Presidente da Câmara Municipal daGuarda.“Assumimos desde a primeira hora acultura como fator importante para odesenvolvimento económico da re-gião e com o trabalho que foi reali-zado ao longo destes últimos anos,com o trabalho que queremos aindarealizar, com a colaboração de váriasentidades, várias personalidades,gente que não vou dizer que são pro-fissionais da cultura, mas que são es-pecialistas em diferentes áreas dacultura, que representam valores es-

senciais daquilo que é identidadeportuguesa, temos a convicção plenaque vamos conseguir projetar aGuarda através da cultura e ganharesta candidatura da Capital Europeiada Cultura” disse ao LusoJornal oPresidente Carlos Monteiro. “Acredi-tamos que temos potencialidades,temos riquezas patrimoniais, gastro-nómicas, culturais, educacionais, téc-nicas, científicas, que temos de reunirnum plano que tem de ser racional-mente organizado, para que o júri,em 2021, tenha sérias dificuldadesem não considerar que a Guarda éaquela que apresenta as melhorescondições, os melhores pressupos-tos, para se afirmar em 2027 comoCapital Europeia da Cultura”.João Heitor concorda plenamente eacredita na candidatura. “Eu pensoque nós temos condições para ga-nhar o concurso, porque somos umaregião com 17 concelhos, que vai

desde Gouveia, Seia, até Foz Côa,temos um património cultural fora desérie. Évora não necessita de mais tu-ristas, porque está cheia de turistas”afirma.

João Heitor considera que o júri vaiescolher zonas do país mais deserti-ficadas, e garante que o apoio da ci-dade espanhola de Salamanca, quejá foi Capital Europeia da Cultura, é

uma mais-valia para o projeto. “Pa-rece-me que o espírito das candida-turas não vai tanto por Porto, Lisboaou Évora,… que já são cidades desen-volvidas, com turismo, mas mais porzonas como a nossa. A nossa zonaestá despovoada, as pessoas parteme não voltam, como dizia o Presi-dente da Câmara não é apenas paratrazer para cá 200 concertos, mas étambém para desenvolver. Foi o queeu tentei trazer, dar esta experiênciasociológica, cultural, através daminha experiência” disse João Heitorao LusoJornal. “Há milhares de coisasa desenvolver”. E uma delas é a aber-tura de um Museu nacional da emi-gração. “A Guarda, pela sua situaçãogeográfica, tem de ter aqui um centrode estudos sobre as questões migra-tórias, tem de aproveitar esta opera-ção para abordar também estesassuntos, porque também são cultu-rais” diz João Heitor.

Por Mário Cantarinha

Presidente da Câmara diz-se otimista

A «Association Drancéenne des Amisdu Portugal» (ADAP), na cidade deDrancy (93), comemorou no sábadopassado, 22 anos de existência eaproveitou para apresentar a novaPresidente da coletividade, OdetteFernandes.Mais de 600 pessoas participaramneste evento que começou às 17h00com um espetáculo dos alunos da Es-cola de Música Laurence Oliveira, impli-cou depois um jantar e prolongou-sepela noite dentro.Glória da Silva, que assumiu duranteos primeiros 22 anos, a Presidência daassociação, deixou o lugar à nora,Odette Fernandes, conhecida por ani-mar na rádio Alfa um programa derádio sobre Fado.“Eu integrei esta associação há 14anos como Professora de Português,e foi nesta associação que conheci omeu marido. É uma associação muitoativa, com aulas de português, umgrupo folclórico, uma equipa de fute-bol, uma escola de música e quere-

mos crescer mais, propor convíviosculturais como o desta noite, jantares,espetáculos,… Temos muito trabalho,mas juntos vamos mais longe etemos capacidades” disse Odette Fer-nandes interrogada pelo LusoJornal.Glória da Silva vai continuar “muitoativa” na associação e sobretudo nogrupo de folclore. “É uma grande se-nhora, minhota, com uma força ex-

traordinária, trabalhou muito para aassociação e vai continuar a traba-lhar” afirma Odette Fernandes aomesmo tempo que valoriza o “traba-lho coletivo” dos membros da asso-ciação. “Eu vou continuar a contar,como contou a Senhora Glória daSilva, com membros muito ativos, naorganização das festas, nas ativida-des,… É uma nova aventura para mim,

mas temos de valorizar as pessoasque trabalham connosco”.A semana foi difícil para programar afesta e prever todas as questões lo-gísticas. Mas tudo aconteceu comoprevisto.Os 80 alunos de Laurence Oliveira, aprofessora de música da associação,abriram o espetáculo.Laurence Oliveira começou a apren-der música com apenas 6 anos deidade - o pai já era músico - aos 11anos fez um primeiro espetáculo comTony Carreira, aos 15 anos começou ater os primeiros alunos e há 5 anosdecidiu abrir uma Escola de música.“É um projeto que tenho na cabeçahá 20 anos. Vai fazer 5 anos que a es-cola está aberta, começou com 4 ou5 alunos e agora temos 80, dos 6 aos82 anos, com música portuguesa,clássica, música francesa,… isto é paratoda a gente, não é só para Portugue-ses”.Durante 2 horas, os alunos das aulasde concertina e teclado passarampelo palco.Também os alunos das aulas de por-

tuguês de Odette Fernandes prepa-raram um espetáculo com anedotas,representação do conto “A cigarra e aformiga”, cantares,… “Tentamos fazercom que os jovens nunca esqueçama língua portuguesa. Ainda bem queos nossos jovens gostam de Portugal.Em Drancy, queremos mostrar quePortugal não é apenas futebol e fol-clore, mas pode haver escola, teatro,etc.” diz Odette FernandesPelo palco do Ginásio Auguste De-laune passou ainda o grupo folclóricoda casa, “Romarias do Minho deDrancy”, os 35 elementos do grupo dedança “Alcateia Capoeira” e foi apre-sentada a equipa de futebol USDUnion Seara Drancy.Depois de uma Feijoada Transmon-tana que visivelmente agradou aospresentes, Lurence Oliveira subiu aopalco para animar a primeira parte doconcerto final, à qual sucedeu ogrupo musical Finist3rra “com músicapop-rock portuguesa porque quere-mos precisamente mostrar a varie-dade” concluiu Odette Fernandes,contente com o desenrolar da noite.

Por Mário Cantarinha

Associação comemorou 22 anos de existência

O Grupo Português de Reims (GPR) foicriado em 1975 na cidade de Reims, e éuma das 5 associações portuguesasdesta cidade com mais forte atividade.A coletividade tem um local próprioonde diariamente tem um bar abertoaos associados que gostam de uma be-bida depois de um dia de trabalho, epara aqueles que também querem tero prazer e o tempo para um jogo decartas com os amigos.O GPR conta nas suas atividades comum grupo folclórico com 30 elementos,20 deles são dançarinos, ensaiado pela“Senhora Adelaide”, com duas equipas

de futebol, uma de seniores e outra deveteranos, e tem ainda um grupo debombos.A associação organiza vários eventosdurante o ano, como aconteceu no sá-bado passado, dia 4 de maio, duranteuma noite onde os participantes tive-ram a possibilidade de comer uma ex-celente Paëla feita por José Mendes,sem esquecer a Feijoada à Transmon-tana preparada pela Senhora Emília.De destacar a presença do artista ChrisRibeiro, que pela primeira vez esteveem Reims e do já famoso grupoEnigma, vindo de Orléans, por quem aprópria Direção do clube e o públicotem muito carinho.

Na sala estavam cerca de 400 pessoaspara jantar e mais algumas que só che-garam para o espetáculo.No domingo, 5 de maio, a festa conti-nuou com um Festival de folclore, ondeparticipam 6 grupos representando re-giões diferentes. O rancho da casa re-presentando o Minho.Todos os 15 dias a associação organizaum jantar na sala da sua própria sede,mas quando se trata de eventos maio-res, recorre à sala de Bezannes, comoaconteceu no fim de semana passado.No dia 16 de novembro, os membros doGPR já notaram nas agendas, a organi-zação de mais um jantar e espetáculo,cujo programa saberemos mais tarde.

Por Fátima Sampaio

Chris Ribeiro e o Grupo Enigma encantaram Reims

Odette Fernandes é a nova Presidente da ADAP

LJ / Mário Cantarinha

LJ / Mário Cantarinha

08 mai 2019

João Heitor apoia candidatura da Guarda a Capital Europeia da Cultura’2027

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LUSOJORNAL14 DESPORTO

Le challenge imposé samedi dernierau Sporting Club de Paris pour partici-per aux play-off était trop relevé. Eneffet, il fallait que les Parisiens s’impo-sent contre Béthune et que dans lemême temps Nantes perde à Garges.Aucune de ces deux conditions n’ayantété respectée. Les Parisiens ne partici-peront donc pas à la phase finale.Ils terminent au pied du podium, à lacinquième place. Ce sont les équipesde Toulon Elite, d’Acces, du Kremlin Bi-cêtre et de Nantes Métropole qui sedisputeront le titre de Champion deFrance de Futsal.Si les joueurs du Président José Lopespeuvent légitimement avoir des re-grets, ce n’est pas forcément sur cettedernière rencontre qu’ils doivent enavoir, mais plutôt regretter leur trèsmauvais début de Championnat avec3 défaites (dont 2 à domicile) lors desquatre premières rencontres.Malgré une belle remontada, suite à lareprise en main de l’équipe par Ro-dolphe Lopes, il manque 3 points auSporting Club de Paris pour être sur lepodium… et on ne peut que déplorerce démarrage calamiteux.

Pour ce dernier match de la saison ré-gulière, le Sporting Club de Paris se dé-plaçait donc à Lens, pour rencontrerBéthune… équipe qui l’avait emportéà Carpentier lors de la première jour-née. Les Parisiens se présentaient aucomplet avec l’intention de jouer leurchance à fond. Leur début de matchest conforme à ce qu’on peut attendred’une équipe qui a une partie de sondestin en main et qui doit gagner im-pérativement ce match.Après plusieurs tentatives infructueu-ses, le Sporting Club de Paris prendl’avantage par Tchapchet à la 7ème mi-nute qui reprend un centre de Saa-daoui (0-1). Le match est équilibré,mais les défenses prennent le pas surles attaques et les Parisiens ne sontpas vraiment inquiétés.Il faut un fait de jeu pour remettre Bét-hune dans le match. En effet, une fautecommise sur Ségura au milieu de ter-rain n’est pas sifflée et Bernardou enprofite pour déborder, son centre tirfrappe le poteau et le ballon revientsur la tête de Mathieu qui marque (1-1,12 min). Ce but déstabilise un peu lesParisiens qui perdent le fil du match etqui même sont pénalisés de 5 fautesdès la 14ème minute. Béthune, sans semontrer réellement dangereux, par-vient quand même, un peu contre lecours du jeu, à prendre l’avantage parl’inévitable Bernardou, à la 18ème mi-nute (1-2).Le Sporting Club de Paris finit cette

première mi-temps en power-playsans se procurer de véritables occa-sions.A la reprise, le schéma tactique est lemême. Condamnés à gagner pour es-pérer participer aux play-offs, les Pa-risiens débutent la seconde périodeen power-play. Ils sont dominateursdans le jeu, mais leurs actions trou-vent toujours un pied ou une tête ad-verse pour renvoyer le ballon. Maisaussi Magnien, qui dans son but, faitdes arrêts importants et spectaculai-res (comme au match aller d’ailleurs).La stérilité parisienne est sanctionnéepar un nouveau but Béthunois sur unebelle action collective par Kasmi qui

aggrave le score (3-1, 27 min). Puis,dans la minute suivante, suite à uneinterception, c’est Mathieu qui envoiele ballon dans le but parisien vide (4-1).Les espoirs du Sporting Club de Pariss’amenuisent sérieusement, mais ilreste encore assez de temps pour ten-ter de revenir au score. Et c’est Fabricioqui remet un peu d’espérance dansson camp en transformant un pénaltyobtenu pour une faute de main dansla surface de réparation (4-2, 29 min).Toujours en power-play, les visiteurstentent beaucoup, mais n’arrivent pasà marquer et finissent par manquerde lucidité. C’est ainsi qu’une touche

en leur faveur, près du but adverse, estmal négociée et récupérée par le Bét-hunois Bella qui expédie le ballondans la cage vide (5-1).Il reste 8 minutes à jouer et les hom-mes de Rodolphe Lopes se remettenten configuration normale avec un gar-dien fixe mais encaissent aussitôt unsixième but par Bernardou à la conclu-sion d’une belle action collective (6-2,33 min). Jetant leurs dernières forces etleurs derniers espoirs dans cette con-frontation, les Parisiens marquent 2nouveaux buts : d’abord par Saadaouiau terme d’un beau slalom dans la dé-fense nordiste (37 min) puis par De SáAndrade à 1 minute du terme de cematch.Cette défaite (6-4) conjuguée aumatch nul (2-2) de Nantes à Garges,ne permet pas au Sporting Club deParis de se qualifier pour les play-offs. Le Championnat est donc ter-miné pour cette saison pour lesParisiens. Il leur reste néanmoins unmatch à jouer, et lequel ! La finale dela Coupe Nationale !Samedi prochain, le 11 mai, ils se ren-dront à Blois pour y affronter GargesDJibson dans un remake de la finale de2015, remportée 1-0 par le SportingClub de Paris. Soulever pour la sixièmefois la Coupe Nationale serait une bellerécompense pour les joueurs et le staffqui ont défendu valeureusement et ar-demment les couleurs du club cher auPrésident José Lopes.

Par RDAN

Futsal

O Paris Saint Germain dos BrasileirosNeymar, Daniel Alves e Marquinhos em-patou a uma bola frente ao Nice dosBrasileiros Danilo e Dante Bonfim, numjogo a contar para a 35ª jornada doCampeonato francês da primeira divi-são de futebol, a Ligue 1.Os golos foram apontados por IgnatiusGanago, avançado camaronês do Nice,e pelo internacional brasileiro Neymarpara o PSG.Na tabela classificativa o PSG lidera com85 pontos, mais 17 do que o Lille, en-quanto o Nice ocupa o 7° lugar com 52pontos.O LusoJornal falou com Danilo Barbosa,médio de 23 anos do Nice, que passoupor Portugal onde atuou pelo Sportingde Braga e pelo Benfica.

Como podemos analisar o empatefrente ao PSG?O jogo estava mais favorável para oNice. Tivemos uma oportunidade clarade golo com o Allan Saint Maximin eacho que se ele faz o segundo golo,seria mais complicado para o PSG mar-car, empatar ou inverter o resultado.Mas não aconteceu. No entanto estive-mos muito bem, suportámos a pressão,soubemos sofrer, e apesar da equipaser muito jovem, demonstrou que temmuita maturidade. Isso é muito posi-tivo.

Na primeira parte, um remate do Danilo

acabou por bater no poste…Tive a felicidade de chegar e finalizarbem, mas a bola acabou por bater noposte. Mas espero marcar na próximavez. Tentar remates fora da área é umamaneira de marcar golos, não é só debola parada, nem dentro da área.Temos jogadores com qualidade pararematar de fora da área, então sempreque temos uma possibilidade, temosde tentar.

O PSG é um justo vencedor da Ligue 1?Acho que é um justo vencedor porquefizeram tudo para isso. Venceram oCampeonato quando ainda faltavammuitas jornadas pela frente. Acho quenão se pode julgar a equipa em relaçãoaos últimos jogos que realizaram. Éuma equipa de grande qualidade, ape-

sar dos resultados menos bons que ob-tiveram. Não se pode contestar a su-premacia do PSG no Campeonato.

O que podemos esperar do Nice até aofim da época?A nossa ambição é vencer jogos. Sabe-mos que a época não acabou e temosde vencer os próximos jogos. Temos deganhar para os nossos adeptos.

A temporada do Nice tem sido positiva?A temporada foi positiva para o Niceporque temos uma equipa jovem,temos de nos conhecer ainda melhor,tivemos um Treinador novo, acho quehá vários pormenores para explicar aépoca que fizemos. Penso que foi umaépoca mais positiva do que negativa.

Como tem sido a temporada para oDanilo?Foi uma temporada que não quero re-petir no capítulo das lesões. Tenho pro-curado sobressair apesar dasadversidades. Cada vez que regressodou o meu máximo para ajudar aequipa.

Tem tido a confiança de Patrick Vieira,Treinador do Nice?O Treinador, a equipa e o staff técnicotêm-me dado confiança. Eu procurosempre dar o meu máximo, indepen-dentemente das lesões. Eu dou sempretudo até nos treinos.

A experiência em França tem sido boa?É um Campeonato com grandes equi-pas, com um poder físico incrível, comuma intensidade forte, e eu gosto disto.E com isto tudo, há uma componentetécnica, jogo com bola… Tem sidomuito atrativo para mim. Tenho gos-tado bastante.

Continuar a seguir o Campeonato por-tuguês?Sempre que possível, sigo o Braga e oBenfica. Aliás acompanhei o jogo entreos dois e estou a torcer pelos meusamigos que tenho em ambos os clu-bes.

A classificação atual é justa?Eu acreditei num possível título doBraga. Fizeram uma grande primeiravolta. Não sei o que se passou na se-

gunda volta. Eu apenas sei que estou atorcer por eles, isto independente-mente do que se passa. Acho que aclassificação tanto para o Benfica comopara o Braga acaba por ser justa nestemomento e pelo que se vê de fora. Masvou continuar a torcer para que o Bragatermine a época em grande.

O Sporting de Braga pode ser Campeãoum dia?Eu acredito que o Braga pode chegarao título. Não vai ser neste ano, não foino ano em que eu estive e que tam-bém fizemos uma grande época, masmais cedo ou mais tarde isso vai acon-tecer! Os adeptos do Braga merecemesse título de Campeão. Tenho umenorme carinho pelo clube, pela ci-dade, onde o meu filho nasceu. Eutorço para que o Braga consiga serCampeão brevemente.

Danilo é brasileiro, mas já pensou emrepresentar a Seleção portuguesa?Portugal está no meu coração. Foi oprimeiro país que conheci quando saído Brasil. Fui muito bem recebido porpessoas que marcaram a minha vida,quer dentro, quer fora do clube, comoas pessoas que encontrava nas ruas dacidade. O meu filho nasceu em Braga,sempre que possível estou em Braga,é uma sensação incrível. É Portugal,mas sinto-me em casa. Nunca se sabeo dia de amanhã. Se tiver uma oportu-nidade, porque não? Vamos esperar ever o que o futuro nos reserva.

Por Marco Martins

Médio brasileiro que passou por Portugal está em destaque no Nice

Béthune 6-4 Sporting Club de ParisButeurs : Sporting Club de Paris :Tchapchet, Fabricio, Saadaoui et DeSá Andrade. Béthune Futsal : Mathieux2, Bernardou x2, Kasmi et Bella.

Déception : Le Sporting Club de Paris Futsal ne participera pas aux play-offs…

Danilo Barbosa, Portugal no coração do futebolista

SCParis

ogcnice.com

08 mai 2019

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LUSOJORNAL DESPORTO 15

BOA NOTÍCIA

Escutar. Seguir.Anunciar.O 4º domingo do tempo Pascal échamado “Domingo do Bom Pas-tor”, pois a liturgia propõe-nos,todos os anos, um trecho dife-rente do 10º capítulo do Evange-lho de S. João, onde Jesus seapresenta com esse título e di-rige-nos uma importante mensa-gem de esperança.É verdade, os tempos são difí-ceis… a estrada tem muitos obs-táculos… mas a coragem dosdiscípulos não vem da vida fácil,mas sim da certeza. Certeza deque Cristo vence tudo o queoprime o homem; certeza de queEle vive e reina; certeza de quenão abandona a sua Igreja.É verdade que não O podemosver, mas isso não significa quenão O possamos escutar. Ondequer que estejamos, um simplesmomento de silêncio orante poderevelar a presença do Senhor: «Asminhas ovelhas escutam a minhavoz». E reconheceremos a Suavoz, sobretudo, se conhecermos asua Palavra e a meditarmos comassiduidade.Porém, o Bom Pastor não é ape-nas alguém que chama: é tam-bém uma mão que guia e protege.Confiamos que ninguém nos po-derá separar do seu Amor, poissomos o rebanho que o Pai con-fiou ao Filho «e ninguém pode ar-rebatar nada da mão do Pai. Eu eo Pai somos um só».Mas se o Senhor nos assegura aSua presença e nos defende coma Sua mão, isso não significa quenos possamos distrair ou deixaradormecer: «Eu conheço as mi-nhas ovelhas e elas seguem-Me».Por Cristo, com Cristo e em Cristoentrámos na intimidade de DeusPai. E tal como Ele, também nóssomos enviados, todos os dias ea todas as nações, pois a Palavradita a São Paulo (e que escutare-mos na primeira leitura) é repe-tida hoje a cada um de nós:«Estabeleci-te como luz dospovos, para levares a salvação atéaos confins da Terra».

P. Carlos Caetanopadrecarloscaetano.blogspot.com

Sugestão de missa em português:Eglise Notre Dame du Sacré-CœurRue Elisa Roubaud94500 Champigny-sur-MarneDomingo às 9h30

De retour devant leur public duStade Duvauchelle samedi dernier,les Béliers avaient à cœur de fêtercomme il se doit leur montée enNational obtenue il y a de celadeux semaines. Pour cela, le clubavait invité tous les jeunes de l’as-sociation à défiler avant la rencon-tre. Une fête un temps gâchée parla grêle et les violentes averses.Mais ces dernières ne sont pas ve-nues à bout de la bonne ambiancequi régnait durant cette rencontreà Créteil.

Face à la réserve de Lens, les Cris-toliens frappent vite et fort, Pardalvoyant son centre dévié dans sapropre cage par le défenseur ad-verse (1-0, 8 min). Bien lancés, lesBéliers doublent rapidement lamise sur un bel enchaînement, Rasservant Fofana avant que ce dernierne délivre un caviar à Gendrey (2-0,18 min). Assommés, les Lensois onttout de même de la ressource. Alorsqu’ils luttent toujours pour le main-tien, ces derniers poussent à plu-sieurs reprises Véron à la parade

(35 min, 41 min).Deux alertes avant la réduction del’écart du RC Lens, Lemaire se re-trouvant idéalement servi au pointde penalty (2-1, 44 min). De nouveausous la menace, l’US Créteil/Lusita-nos ne panique pas. Il se montrebien plus dominateur dans le se-cond acte. Belkouche voit toutd’abord son but refusé logique-ment (58 min) avant que Gendreydans le dernier quart d’heure nemanque le cadre sur une énormeoccasion venue d’un centre de Par-

dal (81 min). Ce n’est que partie re-mise pour l’avant-centre cristolien,qui s’offre un doublé sur une frappeloin juste derrière (3-1, 84 min).L’affaire est alors entendue pourCréteil, qui s’en va fêter sa montéeet son succès avec ses soutiensaprès le match. Il signe par ailleursun 17e succès en 27 rencontres deChampionnat et prend 14 pointsd’avance sur son nouveau dauphin,Croix. Les Béliers, encore invaincusen 2019, sont toujours aussi irrésis-tibles.

Par Daniel Marques

Football / National 2

Um pouco de história:O Arroz de marisco é um prato tradi-cional da gastronomia de Portugal,tendo a sua origem na praia da Vieira,na região da Marinha Grande e foi no-meado uma das 7 Maravilhas da Gas-tronomia de Portugal.Como o nome indica, o prato é confe-cionado com diversos tipos de ma-risco. Entre estes, contam-se oscamarões, as amêijoas, a sapateira, alagosta, o mexilhão e o berbigão. Ascombinações de mariscos utilizadasvariam de região para região, con-soante as receitas, a disponibilidade eo preço de cada um dos mariscos.

Ingredientes:400 grs de arroz500 grs de mexilhão500 grs de amêijoas500 grs de camarão4 bocas de sapateira1 tomate bem maduro4 colheres de sopa de azeite1 cebola média picada50 grs de margarina2 dentes de alho picado1 molhinho de coentrospicante q.b.sal1 dl de vinho branco

Preparação:Limpe e lave os mariscos. Coza-os e

descasque-os, aproveitando a águadepois de filtrada (para evitar a areia)de todos eles, e deixando alguns ca-marões inteiros para decoração.Com as cabeças do camarão faça umbom caldo, triture e filtre.Refogue os alhos picados, o tomatemaduro sem as grainhas e as cebolasno azeite e margarina, sem deixarqueimar. Junte o caldo filtrado, e ovinho deixe levantar fervura e, junte oarroz (4 chávenas de caldo para 1 dearroz) deixe cozer por 12 minutos, junteos mariscos e os coentros picados, re-tifique os temperos e deixe ao lumepor mais 3 minutos.Retire o tacho do lume e decore comalguns camarões inteiros e umas delí-cias do mar sobretudo se os seus con-vivas são crianças pois em geral ascrianças preferem “As delicias” do quedescascar os camarões.Sirva de imediato.

Nota: Na foto está uma das minhas re-centes realizações do arroz de marisco,como não tenho tacho em cerâmica fizno Wok. Eu sei, não é a mesma coisa,mas não sou um purista.Vinho: Branco fresco, de preferênciaVerde.

Atenção: Há receitas mais rápidas emenos complicadas, mas isso fica paraoutra vez.

Na cozinha do VitorArroz de marisco

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Créteil/Lusitanos fête sa montée en NationalUS Créteil/Lusitanos 3-1 RC Lens IIStade : Dominique Duvauchelle, CréteilSpectateurs : 1.076 spectateursArbitres : M. Lucas assisté de M. Gazon et M. BoudjakdjiButs : Mathieu (c.s.c, 8 min), Gendrey (18et 84 min) pour Créteil/Lusitanos, Le-maire (44 min) pour Lens IIAvertissements : Pardal (89 min) pourCréteil/Lusitanos, Boli (72 min) pourLens IICréteil : Veron; Pardal, Belkouche, Al-meida, Y. Fofana; Buaillon (Cap.), Baal,Baptista; Diallo, Gendrey (Guélade, 87min), Ras (Dogo, 73 min). Entraîneur: Carlos SecretárioLens II : Pandor; Ebosse, Mathieu, Pi-neau, Louveau (Laura, 28 min); Ducrocq,Boli (Cap., Oudjani 75 min), Chah, Maes;Boura, Lemaire (Sow, 70 min). Entraîneur: Franck Haise

US Créteil / Lusitanos

08 mai 2019

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