Editora Ática & Scipione
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Transcript of Editora Ática & Scipione
capítulo
Vamos tratar de:
• Importância das telecomunicações para a sociedade contemporânea
• Processos de produção, transmissão e recepção de sons
• Comunicação através de fios, precursora dos atuais sistemas de telecomunicação
• Natureza das ondas de rádio e sua utilização na comunicação a distância
A comunicação11
Índios Waurá com computador.
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Computadores e telefones celulares ampliaram as possibilidades de comunicação entre indivíduos.
A comunicação humana envolve estruturas biológicas, artefatos tecnológicos e conhecimentos que nos permitem produzir, perceber e processar sons, imagens e gestos. Neste capítulo aprenderemos mais
sobre os recursos usados para comunicação, incluindo aqueles que nos permitem realizar a comunicação a distância.
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Lendo e avaliando a leitura
A comunicação e a globalizaçãoA comunicação não ocorre apenas entre indivíduos que estão próximos em
uma mesma comunidade. Ao longo da história de nossa civilização fomos de-senvolvendo e utilizando símbolos para registrar ideias e informações passadas de geração em geração. Graças a esses registros a comunicação nos possibilitou ultrapassar nossa experiência pessoal, bem como a experiência da comunidade em que vivemos. Livros, filmes, jornais, revistas, assim como programas de rádio e TV, nos permitem compartilhar expe-riências de outros tempos e lugares.
Do mesmo modo que outras dimen-sões da vida moderna, a comunicação foi profundamente alterada pelo de-senvolvimento de novas tecnologias. As tecnologias de comunicação con-tribuíram para a instauração de um processo, chamado globalização, que criou novos traços comuns a todas as culturas. Ao mesmo tempo, esse proces-so aumentou os conflitos e as desigual-dades entre povos e países e, a partir do final do século XX, assumiu propor-ções muito maiores, passando a ser ci-tado como um dos traços marcantes da atualidade.
A partir das Ciências Naturais podemos desenvolver um modo particular de considerar e entender a comunicação. O foco, nesse caso, recai sobre os fenô-menos naturais e os aparatos tecnológicos que tornam possíveis algumas das formas de comunicação essenciais à vida em nossa sociedade: a fala, a comuni-cação através de fios elétricos e a comunicação realizada a grandes distâncias por meio de ondas de rádio.
Avaliando a leitura
Compare cada afirmativa apresentada a seguir com os três parágrafos quecompõem o texto de introdução deste capítulo. Com base nessa comparação,classifiquecadaafirmativaverificandoseela:A. estárelacionadacomoassuntodotextoeestáemconcordânciacomele;B. estárelacionadacomoassuntodotextoeestáemdiscordânciacomele;C. estárelacionadacomoassuntodotexto,masvaialémdele(extrapolaotexto).
1. As Ciências Naturais se ocupam dos processos de comunicação natural,
enquanto as tecnologias cuidam dos processos que envolvem aparelhos
eletrônicos.
2. Ao longo da História, a Ciência e a tecnologia contribuíram para a
diversificação dos recursos de comunicação utilizados pelos seres humanos.
3. Embora todos nós necessitemos nos comunicar, muitos ainda não têm
acesso aos diversos recursos tecnológicos de comunicação hoje disponíveis.
Nós, humanos, somos seres sociais. A vida em sociedade só é possível quando os indivíduos são capazes de se comunicar uns com os outros e cooperar na realização das mais diferentes tarefas.
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A comunicação oral: ondas através do ar
Umadas formasdecomunicaçãomais importantesemnossaculturaéapalavra falada. A palavra falada utiliza sons. Mas como os sons são produzidos? Como
nossoorganismoécapazdepercebersons?Pararesponderaessasquestões,vamosinvestigarofenômenodaproduçãoedatransmissãodossons.
Sons e vibraçõesTodaequalquerformadecomunicaçãopressupõeaexistênciadepelomenostrês
elementos:
•Osujeitoqueproduzamensagem.
•Osujeitoquerecebeeinterpretaamensagem.
•Omeioutilizadoparatransmitiramensagem.
Nocasodafalaedamúsica,aproduçãodamensagemcorrespondeàproduçãodesons.
vamos pesquisar
A produção dos sons
Oqueháemcomumnasdiversassituaçõesenvolvendoaproduçãodesons?Esta atividade oferece algumas pistas para que você possa responder a essaquestão.
Você Vai precisar de:
•Duasbarrasmaciçasdemetalcomcomprimentosdiferentes(amaiordeveter1mdecomprimentooumais),outroobjetometálico,cordão(oubarbante)eumabacia(oubalde)comágua.
como fazer:
•Suspendaabarramaiorprendendoumpedaçodebarbanteemcadaextremidade.Emseguida,peçaaalguémquebatanabarracomoobjetometálico(vejafotos).Façaomesmocomabarramenorecompareossonsqueasbarrasproduzem.
•Segureumadasbarrascomamãoebatanelacomomesmoobjetometálicoquevocêjáutilizou.Compareosomproduzidopelabarrasuspensacomosomquevocêproduzagora.
•Suspendaabarramaiorporapenasumdosfios.Introduzasuaextremidadeinferiornabaciacomágua.Depoisdisso,batanabarracomumobjetometálico.Veja,então,oqueacontececomasuperfíciedaágua.
•Coloqueosdedosnopescoço,sobreagarganta,eemitaumsombemalto.Presteatençãonasensaçãoqueissoprovocaemseusdedos.
A realização de atividades ex-perimentais propostas nes- te capítulo potencializa a compreensão dos fenômenos envolvidos e dos conceitos e modelos utilizados para interpretá-los.
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Muitosprocessosdeproduçãodesonsestãoassociadosàvibraçãodeummaterialsólido,deumamembranaoudeumfioelástico.Outrossonssãoproduzidosporexplo-sõesecolisões.Emtodosessescasos,osmateriaisqueproduzemossonsestãocerca-dosdear.
Comoseráqueoarparticipadoprocessodeproduçãodesons?Quandofazemosalgumaaçãoquemodificabruscamenteapressãodoaremnos-
savolta,produzimossons.Seesvaziarmosumbalão,deixandooarsairaospoucosdedentrodele,quasenãopercebemososomproduzido.Se,poroutrolado,estourarmosumbalão,umruídoforteéproduzido.
Nomomentodoestouro,oarqueestavacomprimidodentrodobalãoseexpandeeempurrabruscamenteoarnasproximidadesdele.Essedeslocamentorepentinodoaraumentaapressãoemtornodobalãoeproduzosomdoestouro.Essemovimentobruscodoartambémacontecequandobatemospalmas.Emambasassituações,oqueproduzefeitossonoroséavariaçãodapressãosobreoarsituadoemumadetermina-daregiãodoespaço.
Aoproduzir sonsbatendoemumabarrademetalsuspensa por fios, notamos que a barra permanecevibrando durante algum tempo. Quando batemos nabarra, segurando-a em uma de nossas mãos, a dura-çãodosoméreduzida.Nessecaso,nossamãoimpedequeabarravibrelivrementeapóstersofridoabatida.
Oarsituadoemtornodeumabarrasuspensaéin-fluenciadopelavibraçãodabarra.Nãosomoscapazesde observar diretamente as vibrações da barra, maspodemosusarumavasilhacomáguaparaobservarosefeitosproduzidosporessabarravibrantequandoelatocaasuperfíciedaáguacontidanavasilha.
Aimagemdasvibraçõesseespalhandosobreasu-perfíciedaáguapodeserassociadaà ideiadapropa-gaçãodosomemumambientecheiodear.
Sevocêsegurarumbalãocheiodeardiantedeseurostoefalarnafrentedele,podesentir,comasmãos,avibraçãodobalão.Faleàvontadecomabocavolta-danadireçãodobalão,masevitandoocontatodiretoentreeles.Nessascondições,oqueprovocaavibraçãodobalão?
Interpretando a atividade
1. Existe algo em comum entre a sensação produzida em seus dedos
quando você segura os fios que suspendem a barra e a produzida
quando você toca sua própria garganta durante a emissão de um
som? Explique.
2. Que diferença você observa na duração do som produzido na
situação em que a barra é suspensa por fios e na em que ela é
segura com as mãos? Como você explica essa diferença?
3. O comprimento de uma barra influencia o som que ela produz? Explique.
na rede
Veja um experimento sobre sons e sua propagação:
<http://pontociencia.org.br/experimentos-interna.php?experimento=525&AS+VOZES+DO+ALUMINIO>.
Acessoem:30nov.2011.
Quando colocamos uma barra de metal para vibrar, batendo nela com outro objeto de metal e, em seguida, encostamos a barra vibrante
na superfície da água contida em uma bacia, formam-se ondas nessa superfície. Tais ondas espalham-se a partir do ponto em que a barra
tocou a superfície da água.
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Construindo um modelo explicativo
Uma lâmina é afastada de sua posição de
equilíbrio. Alguns metros à sua frente se
encontra uma pessoa que escutará o som
que será produzido pela lâmina.
Ao ser abandonada, a lâmina move-se violentamente para a
frente. Ao fazer isso, ela comprime a camada de ar que está à
sua frente, provocando uma aproximação das moléculas que
constituem o ar nessa região. Assim, tanto a densidade quanto
a pressão do ar comprimido são maiores do que eram antes de
o ar ser perturbado pelo movimento da lâmina. A região de ar
comprimido transmitirá essa perturbação para a camada de ar
que está à sua frente, a qual, por sua vez, também transmitirá
para a próxima camada, e assim sucessivamente.
Após atingir sua posição de máximo afastamento para a frente,
a lâmina volta violentamente para trás. Ao fazer isso, ela produz
uma região de ar rarefeito, pois permite que o ar à sua frente
se expanda e ocupe um volume maior. Assim, a densidade e a
pressão do ar rarefeito nessa região são menores do que eram
antes de o ar ser perturbado pelo movimento da lâmina. Também
essa perturbação será transmitida sucessivamente de uma
camada de ar para a camada de ar mais próxima, provocando
zonas de rarefação entre a lâmina e a pessoa.
Enquanto a lâmina vibra, novas e sucessivas regiões de ar
comprimido e rarefeito são formadas e transmitem para as
camadas de ar subsequentes as perturbações produzidas pela
vibração da lâmina. Esse conjunto de perturbações avança em
direção à pessoa, de estruturas sensiveis que compõe a orelha
que ouve o som produzido pela vibração.
Ao colocar as mãos no pescoço, com os dedosapoiados sobre a garganta, você perceberá que elaproduz muitas vibrações durante a fala. A vibraçãoda garganta e a vibração de um balão colocado nafrentedabocadequemfalanãosãofenômenosin-dependentes.Aorigemdasduasvibraçõeséames-ma:aaçãodefalar.
Aindaquenãosejapossívelobservaroqueacon-tece quando um som é produzido e transmitido,dispomosdeinformaçõeseevidênciasquenosper-mitem criar um modelo explicativo e relacionar osfenômenos citados anteriormente. Afinal, em Ciên-cias,oquenãopodeserobservadopodeedeveserimaginado.
Mesmo sem enxergar, você pode sentir a vibra-ção produzida em sua garganta enquanto fala,apoiando os dedos sobre ela. Da mesma forma, aofalaremfrenteaumbalão,tambémpodesentiremsuasmãosqueelevibrou.Sevocêparadefalar,ces-saavibraçãotantoemsuagargantaquantonoba-lão.Logo,érazoávelconcluirqueasduasvibraçõesocorremporquevocêestáfalando.
Mas há mais uma questão importante: como asvibraçõesqueproduzimoschegamaobalão, fazen-do-ovibrar?Comoessavibraçãosepropagou?Ora,oqueháentresuabocaeobalãoéoar.Assim,mesmosemveroqueocorreuduranteoprocessodepropa-gação do som, podemos concluir que as vibraçõesproduzidaspelagargantasãotransmitidaspeloarealcançamobalão,fazendo-ovibrar.
A sequência de imagens esquemáticas apresen-tadasnestapáginadescreveomodocomoconcebe-mosessatransmissãodevibraçõesnasCiências.Emtodasas imagensdasequência representamos,pormeio de pontos, as moléculas de ar situadas entreuma lâmina vibrante e a orelha de uma pessoa. Asregiõesdecompressãoerarefaçãodoarpodemseridentificadas pela diferente concentração dos pon-tosusadospararepresentarasmoléculas.Nasregi-ões de compressão, o ar se encontra momentanea-mentemaisdenso;nas regiõesde rarefaçãoocorreocontrário.
Ofenômenodetransmissãodevibraçõesrecebeonomedeonda.Ossonssãotransmitidospormeiodeondas.Dizemosqueasondassonorassãopertur-baçõesquesepropagamatravésdeummeioequeproduzem pequenas modificações locais e momen-tâneasnadensidadedomeioemquesedeslocam.
Comoéomeioquevai transmitiraperturbaçãoinicialdopontoondeaondaéproduzidaatéopontoonde será percebida, não há transmissão de ondassonorassemapresençadeummeiomaterial.
Nesta sequência de imagens esquemáticas, representamos o ar situado entre uma lâmina vibrante e a orelha de uma pessoa que escuta o som emitido pela vibração dessa lâmina. As regiões de compressão e rarefação do ar podem ser identificadas pela diferente concentração dos pontos usados para representar as moléculas.
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Faça em seu caderno
A produção e a transmissão de sons no ar
1. Um menino segura uma barra de metal em cujas extremidades foram amarrados dois pedaços de
fio. Outro menino bate com uma chave de fenda na barra de metal. Na primeira batida, a barra está
suspensa por meio de fios. Na segunda, a barra encontra-se segura em uma das mãos do primeiro
garoto. Do ponto de vista do tempo de duração do som, faz diferença a barra estar ou não suspensa
por fios quando ela é percutida? Explique.
2. Podemos produzir sons ao provocar a vibração de um material sólido (como uma régua), de uma
membrana (com em um tambor) ou de um fio esticado (como em um violão). Todos esses materiais
estão cercados de ar. Como a vibração desses materiais pode afetar o ar que existe ao seu redor?
3. Como um balão estourando produz o som que ouvimos no momento do estouro?
4. Quando seguramos um balão diante de nosso rosto e falamos com a boca voltada para esse objeto,
nossas mãos sentem sua vibração, ainda que a boca e o balão não estejam diretamente em contato.
Se nós não somos capazes de ver as vibrações sendo transmitidas entre a garganta e o balão, por
que ainda acreditamos que tal transmissão realmente acontece?
5. Analise a sequência de imagens apresentadas na página 260 e responda:
a) O que representam os pequenos pontos situados entre a lâmina e a orelha humana apresentados
em todas as imagens da sequência?
b) Por que, em algumas imagens, existem regiões nas quais os pontos estão mais próximos ou mais
afastados do que o padrão de proximidade que eles exibem na primeira imagem da sequência?
c) Por que, na última imagem, existem muito mais regiões com pontos mais próximos ou mais
afastados do que nas imagens anteriores?
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Uma experiência simples nos ajuda a perceber que barbantes podem transmitir sons. Amarre dois cordões em um objeto metálico, como um cabide ou uma haste metálica. Encoste a ponta dos cordões no interior das orelhas e peça a alguém que bata no cabide com outro objeto metálico. Você vai notar que o som emitido pela vibração do cabide se transmite mais intensamente pelo barbante do que pelo ar.
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A água pode transmitir vibrações. Muitos animais, como golfinhos e baleias, têm órgãos especializados para produzir e perceber vibrações na água. Essas vibrações se espalham em todas as direções na forma de ondas (veja acima). Os sons transmitidos por essas ondas são usados para a comunicação entre os animais da mesma espécie.
Oarnãoéoúnicomeioatravésdoqualasondassonorassepropa-gam.Ossonspodemsertransmitidosporqualquertipodematerial,sejasólido,líquidoougasoso.Aoencostaraorelhaemumamesa,vocêpoderáouvirbatidaslevesfeitasemumlocaldistantedeondevocêestá.
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Distinguindo um som de outroA música e a fala resultam de uma combinação de muitos sons diferentes. Mas
quaissãooscritériosqueutilizamosparadiferenciarossonsentresi?Demodogeral,podemosdistinguirumsomdeoutroporsuaduração,intensidade,
frequênciaetimbre.
Aduraçãodizrespeitoaotempoduranteoqualumsompodeserpercebido.Namú-sica,éimportantesabercomoalteraraduraçãodossons.Emumviolão,porexemplo,aduraçãodossonspodeseralteradacolocando-seamãosobreascordasparaimpe-dirqueelascontinuemavibrar.
A intensidadedeumsoméacaracterísticaquenospermitedistinguirsonsfortesdefracos.Batendoemumtamborcommaisforça,porexemplo,produzimosumade-formaçãomaioremsuamembrana.Aosofrermaiordeformação,amembranadotam-borvibracommaioramplitude,eosomproduzidoporelamostra-semaisintenso.
Demodosemelhanteaoqueocorrenocasodotambor,podemosmudaraintensi-dadedossonsproduzidosporumacordadecontrabaixo, fazendocomqueelavibrecommaioroumenoramplitude,talcomosugeremasilustraçõesabaixo.
Percebemos,portanto,queaintensidadedeumsomproduzidovariacomaamplitu-dedavibraçãododispositivoquecolocamosparavibrar.Ouseja,quandoaumentamosaamplitudedavibraçãodeumacordaouquandoproduzimosumadeformaçãodemaioramplitudenasmembranasdealguns instrumentos,comootambor,aumentamosa in-tensidadedosomproduzido.
A intensidade dos sons que chegam às nossas orelhas de-pende, também, da distância a que nos encontramos do localondeosomfoiproduzido.Quantomaisdistantesnosencontra-mosdafonte,menoréaintensidadedossonsquepercebemos.
Maisumavez,aimagemdeondasseespalhandonasuperfí-ciedaáguanosajudaaentenderporqueissoacontece.Quandoobservamosondasnasuperfíciedaágua,notamosqueaampli-tudedasvibraçõesdiminuiàmedidaqueelasseafastamdolo-calondeforamoriginalmenteproduzidas.
Na música, a duração dos sons está associada à noção de ritmo. Prolongar as notas musicais
de uma melodia dá à música um andamento mais lento. Existem instrumentos que têm a
marcação do ritmo como sua função principal. São os instrumentos de percussão, que
produzem sons curtos e repetitivos.
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(A) Uma corda vibrando com pequena amplitude produz um som de baixa
intensidade, que pode até passar despercebido se há outros sons no
ambiente. (B) Quando a amplitude de vibrações da corda aumenta, o som
que ela produz se torna mais intenso e já não passa mais despercebido.
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Ondas na superfície da água.
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A transmissão dos sons
Quandofalamos,produzimosvibraçõesnoarqueseespalhamemtodasasdireções.Por isso,a intensidadedeumsomdiminuiquandonosafastamosdafontequeproduzasvibraçõesnoar.Seriapossívelevitarqueissoacontecesse?
Você Vai precisar de:
•Umpedaçode2metrosdemangueirafeitacommaterialplásticoouborracha,doisfunisadaptadosàsextremidadesdamangueira(podemnãoserusados,masseuusotornaaexperiênciamaisinteressante).
como fazer:
•Primeiro,useamangueiraparaconduzirossonsquesaemdesuabocaaumadesuasorelhas.
•Depoisdefalar“comvocêmesmo”,falecomumcolegaeouçaavozdelepormeiodamangueira.
Interpretando a atividade
Porqueossonsconduzidosatravésdamangueirasãomaisintensosdoqueaquelestransmitidossemoauxíliodela?Representeseuraciocínionocadernopormeiodedesenhos.
Atenção! Tome muito cuidado para não gritar, pois isso pode provocar dor e danos à audição.
vamos pesquisar
Alémda intensidadeedaduração,existeumaterceiraqualidadequenospermitediferenciarossonsentresi.Essaterceiraqualidadeestáassociadaaonúmerodevibra-çõesqueatingenossasorelhasacadasegundo.Essenúmerodáorigemaumamedidachamadafrequência.Seonúmerodevibraçõesrecebidaspelasorelhasacadasegun-do é pequeno, dizemos que possui baixa frequência. Sons de baixa frequênciasãopercebidoscomosonsgravesou“grossos”.Demodooposto,teremosumsomdealta frequênciaquandoonúmerodevibraçõesqueocorreacadasegundoforgrande.Nessecaso,osomnosparecerámaisagudoou“fino”.
Ascordasdeumviolãopodemserfeitasdenáilonoudeaço.Afrequênciadevibra-ção de uma corda, que está relacionadacomanotamusicalemitidaporela,depen-dedeseucomprimento,desuaespessuraedoquantoelaestá tensionada,ouseja,datensãoaqueestásubmetida.
Ao tocar um violão, o músico controlao comprimento das cordas pressionando-ascom os dedos no braço do instrumento.Desse modo, controla a frequência dossonsemitidos.Ascordasdemaiorcompri-mento vibram com menor frequência doqueascordascurtas(supondoquetenhama mesma espessura e estejam igualmentetensionadas). Por essa razão, cordas lon-gas costumam produzir sons mais gravesdoquecordascurtas.Assim, instrumentoscomcordascurtas,comoocavaquinhoouo violino, geralmente produzem sons maisagudosdoqueinstrumentosdecordaslon-gas,comoocontrabaixoouovioloncelo.
O violão possui cordas com espessuras diferentes (veja ao lado), assim como vários outros instrumentos de corda. As cordas mais grossas costumam produzir sons mais graves. As mais finas vibram mais rapidamente e por isso, geralmente, produzem sons mais agudos.
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Alémdisso,aocompararmosaespessuradascordasdeumviolãocomossonsqueelasemitem,percebemosque,quandoascordasgrossasefinastêmomesmocompri-mento efetivo, as mais finas vibram mais rapidamente do que as grossas. É por issoquecordasmaisfinasproduzemsonsmaisagudosdoquecordasmaisgrossas.
Afrequênciadossonsemitidosdepende,ainda,datensãodascordas.Quantomaisesticadaestiveracorda,maisagudoéosomqueelaemite,ouseja,cordasmaisestica-dasvibrammaisrapidamentedoquecordasmaisfrouxas.Aoafinaroviolão,ummúsi-cocontrolaatensãodascordasgirandoascravelhas,nomedadoàstarraxasnasquaisascordassãopresasaobraçodoinstrumento.Énaafinaçãoqueeleajustaafrequên-ciadasnotasemitidaspelasseiscordasdoinstrumento,demodoque,acionadasjun-tas,produzamsonsemharmonia.
Medironúmerodevibraçõesqueumacordaexecutaacadasegundoéumamanei-radeavaliara“rapidez”comqueelavibra.Essamedida,comojádissemos,éconheci-dacomomedidadefrequência.Aunidadeadotadaparaapresentarosvaloresdefre-quênciaéoHz(hertz).Umhertz(1Hz)éigualaumavibraçãoporsegundo.
Quandoum instrumentodecordaestásendotocado,épossívelperceberomovi-mento das cordas que estão em vibração. Contudo, se podemos ver a vibração, nãosomoscapazesdecontarquantasvibraçõesocorremporsegundo,oquesópodeserfeitopormeiodeaparelhospróprios.
Seria possível que dois sons fossem diferentes, ainda que tivessem a mesma fre-quência,duraçãoeintensidade?Arespostaaessaquestãoéafirmativa.Nessecaso,oquepoderiadiferenciarossonsseriaotimbre.Otimbreéaqualidadedossonsquenospermitedistingui-los,mesmoquandosuastrêsoutrascaracterísticascoincidem.Duaspessoas,porexemplo,podemcantarumamesmamúsica,nomesmotom,obedecen-doaosmesmosintervaloseduraçõese,aindaassim,nósconseguiríamosperceberqueouvimosduasvozesdiferentes.Domesmomodo,éotimbrequenospermiteidentifi-carseumanotamusicalouumamúsicaestásendotocadanumviolãoounumviolino,numpianoounumaflauta,mesmoqueasoutrasqualidadesdosomsejam iguais.Otimbrevaidependerdotipodeinstrumento,domaterialdequeéfeitoedotamanhodomesmo.Assimtambém,otimbredevozdeumapessoadependemuitodesuacon-formaçãofísica.
Atualmente,programasdecomputador,demanipulaçãorelativamentesimples,for-necemrepresentaçõesgráficasquenospermitemverificarcomosonscomasoutrastrêsqualidadesiguaispodemteruma“forma”diferente.Paraobservarasdiferenças,bastagravarossonsesubmetê-losàanálisedessesprogramas.
Quando fazemos vibrar livremente as cordas
de um violino afinado (sem prendê-las com
os dedos), a corda mais grossa emite o som
mais grave. A corda mais grossa de um violino
afinado vibra 196 vezes por segundo, ou 196 hertz (Hz). Já a corda
mais grossa de um violoncelo é bem maior
e mais espessa do que a de um violino.
Com o violoncelo afinado, ela vibra
65 vezes por segundo, ou 65 hertz (Hz).
O nome da unidade de medida da frequência,
que corresponde ao número de vibrações
que uma corda executa a cada segundo, foi
dado em homenagem ao físico alemão
Heinrich Hertz (1857-1894) (acima). No final
do século XIX, Hertz conseguiu gerar, pela
primeira vez, ondas de rádio. Embora as ondas de rádio sejam um tipo
diferente das ondas sonoras, a frequência
das vibrações que constituem uma onda de rádio também é medida
em hertz, kHz ou MHz, em que kHz é o símbolo para 1 quilohertz (1 000
Hz) e MHz é o símbolo para 1 megahertz
(1 000 000 Hz).
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Como percebemos os sonsVocêjásabequeumbalãodeborrachavibraquandooseguramosefalamoscom
abocavoltadaemsuadireção.Algoparecidoacontecenointeriordenossasorelhas.Paraentenderisso,vamoscomeçaranalisandoafiguraaseguir,naqualilustramosasprincipaisestruturasquefazempartedosistemaauditivohumano.
Quandoumsoméproduzidoemumambiente,asvibraçõesespalham-sepeloar.Aperturbaçãosonorapropaga-seatravésdoar,comovimosnapágina260.Oarqueestáemcontatocomapartemaisexternadenossaorelhatransmiteavibraçãoquechegaatéelaparaumamembranaqueécapazdevibrarcomfacilidade:otímpano.
Otímpanoestáligadoaumconjuntodetrêspequenosossosconhecidoscomomar-telo,bigornaeestribo.Onomedessesossosestáassociadoàssuas formas.Oestribo,porexemplo,ébastanteparecidocomoaces-sóriodemesmonome,utilizadocomoapoioparaospésdocavaleiro.Oestriboébempe-queno:éomenordocorpohumano.
As vibrações do tímpano são transmiti-das ao martelo, à bigorna e ao estribo atéchegaraumaestruturadotamanhodeumaervilha e parecida com um caracol. Dentrodessaestrutura,chamadacóclea,existeumlíquidoque,aovibrar,estimulacélulasespe-cializadas.Essascélulas,aoseremestimula-das, produzem impulsos nervosos que sãoenviados ao cérebro pelo nervo auditivo. Énocérebroquepercebemoseinterpretamosossons.
Ilustração simplificada em cores fantasia do sistema auditivo humano. As regiões chamadas
conduto auditivo e cavidade timpânica são ambientes preenchidos de ar.
Faça em seu caderno
Distinguindo um som do outro
1. Alguns instrumentos têm cordas finas e bem esticadas, que podem vibrar até milhares de vezes
a cada segundo. Outros têm cordas grossas e menos esticadas, que executam algumas poucas
dezenas de vibrações a cada segundo. Diga qual é a diferença entre os sons produzidos por esses
instrumentos que decorre do modo como suas cordas vibram.
2. Como um violonista consegue obter sons mais graves ou mais agudos usando as diversas cordas que
compõem seu instrumento?
3. Existe alguma diferença no modo como a membrana de um tambor vibra quando o instrumento está
sendo usado para produzir sons mais ou menos intensos? Explique.
4. Sons podem ser distinguidos uns dos outros de acordo com sua duração. O que poderia ser feito para
que o som produzido por um tambor emitisse sons de maior ou menor duração?
5. Os conceitos “grave” e “agudo”, usados para distinguir os sons, são termos relativos. Por
conseguinte, um som pode ser grave em relação a outro e agudo em relação a um terceiro. Dê um
exemplo de uma situação em que essa afirmação pode ser verificada.
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tímpano
martelo
bigorna
estribo
cóclea
nervoauditivo
canaissemicirculares
condutoauditivo
cavidadetimpânica
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Nemtodasasvibraçõespresentesnoarpodem provocar, nos seres humanos, umasensação sonora. Para percebermos sonscontínuos,asvibraçõesprecisamapresentarfrequências maiores que 20 Hz (vinte vibra-ções por segundo) e menores que20000 Hz(20 mil vibrações por segundo). Alguns ani-mais percebem vibrações com frequênciasque se encontram em faixas diferentes dafaixa percebida pelo ser humano, tal comomostradonográficoaolado.
A escala do gráfico acima apresenta as faixas de frequências das ondas sonoras percebidas por diferentes animais. As frequências abaixo de 20 Hz são chamadas infrassons, pois estão abaixo das que podem ser captadas pelo ser humano. Por outro lado, as frequências acima de 20 000 Hz são chamadas ultrassons, pois estão acima das que podemos captar.
frequênciaem hertz
(Hz)
son
s au
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sin
fras
son
s
20 00050 000 65 000
150 000 120 000
10 000
20 1560
150
1 000
50
1 000 000
100 000
10 000
1 000
100
10
0
ser
humanocão
gatogolfinho
morcegorã
A transmissão de vibrações em nosso crânio
Quandoenfrentamosumbarulhodesagradáveleintenso,quasesempreleva-mososdedosàsorelhasparadiminuiraintensidadedossons.Seráqueainten-sidadedeumsomvainosparecersempremenoremqualquersituaçãoemquetamparmosasorelhas?
Aorealizarestaatividade,vocêestaráinvestigandoumfenômenocurioso,epoderáresponderaessaeaoutrasperguntas.
Você Vai precisar de:
•Umpedaçodeelástico.
como fazer:
•Façavibraropedaçodeelásticoesticadoaalgunscentímetrosdedistânciadesuaorelha.Nessascondições,éprovávelquevocêouçaumsomdebaixaintensidade.Essesoméproduzidopelasvibraçõesdoelásticotransmitidasatésuaorelhaatravésdoar.
•Agoraexperimente:
a)enrolarumadasextremidadesdoelásticonodedoindicador;
b)utilizarapontadessededoparatamparaentradadeardeumadesuasorelhas;
c)fazeropedaçodeelásticovibrar,tomandocuidadoparanãosemachucar.
•Sevocêtiverseguidocorretamenteasinstruções,vaiperceberumsommuitomaisintensonessesegundocaso.
Interpretando a atividade
1. Apertar o elástico contra a entrada de ar da orelha impede que ela receba as
vibrações produzidas pelo elástico? Explique.
2. É correto dizer que o ar é o único meio capaz de transmitir vibrações às nossas
orelhas, de modo que produza em nós uma sensação sonora? Explique.
vamos pesquisar na rede
Veja uma breve explicação e ouça sons em diferentes frequências:
<http://www.eca.usp.br/prof/iazzetta/tutor/acustica/introducao/som.html>.
Acessoem:30nov.2011.
266
Faça em seu caderno
Ondas através do ar
1. Quando escutamos sons, geralmente somos capazes de perceber o local de onde eles foram
produzidos. Analisando a ilustração deste exercício, responda:
a) Qual das orelhas mostradas na figura é atingida primeiro pelas ondas sonoras produzidas pela
fonte?
b) Considerando que a cabeça da pessoa é um obstáculo à propagação das ondas sonoras, qual das
orelhas percebe os sons com maior intensidade?
c) As respostas que você deu nos itens anteriores seriam as mesmas caso a fonte estivesse na frente
do rosto da pessoa?
O som produzido por uma fonte sonora, situada à nossa esquerda, precisa contornar nossa cabeça para atingir a outra orelha. Isso faz com que as duas orelhas percebam sons com pequenas diferenças. Ao reunir os impulsos nervosos enviados pela orelha da esquerda e da direita, o cérebro pode comparar os sons e identificar a posição da qual o som foi emitido.
2. Ao tocar uma corda de violão, nós a fazemos vibrar. Por que a intensidade do som que a corda produz
diminui com o passar do tempo?
3. Um menino encosta sua orelha esquerda em um corrimão de aço comprido que vai até o final de um
corredor. Sua orelha direita fica exposta ao ar. Outro menino, situado no começo do corredor, dá
pequenas batidas no corrimão de aço.
a) O meio que transmite ondas sonoras para a orelha esquerda é o mesmo que transmite ondas
sonoras para a orelha direita? Explique.
b) Há alguma diferença nos sons percebidos pelas duas orelhas?
4. Seres humanos e cães são capazes de perceber ondas sonoras independentemente de sua
frequência? Explique.
5. Ao segurarmos um balão cheio de ar, nosso tato nos permite sentir as vibrações da membrana de
borracha do balão, quando falamos com a boca voltada na direção do mesmo. Quando ouvimos um
som transmitido através do ar nossos tímpanos também vibram. Como nosso organismo percebe as
vibrações de nossas membranas timpânicas?
Glo
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267
Preservando a audição em meio ao ruídoAnossaespécie,Homo sapiens, surgiuhámaisde100milanos.Nossoorganismo,
deláparacá,praticamentenãosofreualterações.Nossoaparelhoauditivoéomesmo,masosambientesemquevivemospassarampordrásticastransformações.Hoje,ummoradordeumagrandecidadepraticamentenãotemcontatocomoquepoderíamoschamarde“sonsdanatureza”.Emlugardisso,eleconvivecomumasériedesonseruí-dosassociadosàsatividadestípicasdeumasociedadetecnológica.
Nossoaparelhoauditivoevoluiucomnossoorganismoparapermitirnossaadapta-çãoaoambiente.Aaudiçãonuncadescansa,nemmesmoquandoestamosdormindo.Éosentidoquenosalertadealgumperigoquandoestamosdeolhosfechados.Comaajudadaaudição,podemosacordarenosdefender.Aaudiçãofoi,portanto,fundamentalparaasobrevivênciadenossosantepassados:caçadoresecoletoresdehábitosdiurnos.
Oaparelhoauditivohumanoébastantesofisticado.Nossaaudiçãoconsegueper-cebersinaistãofrágeisquantoaquebradeumgravetoa20mdedistância,bemcomosuportarsonstãofortescomoaexplosãodeumaárvoreatingidaporumraio.Aindaassim,osambientesqueproduzimos,enosquaisvivemosatualmente,desafiamapre-servaçãodasaúdedenossoaparelhoauditivoecolocamemriscoseufuncionamentoamédioelongoprazo.
Geralmente,oabusodaaudiçãonãoproduzefeitos imediatos.Namaioriadasve-zes,umapessoaquedesenvolveproblemasauditivosinduzidosporruídosódescobreissoapósmuitosanosdeexposiçãoaoruído.Quandoissoacontece,infelizmente,qua-sesempreétardedemais.
O tema de perdas auditivas por excessiva exposição a ruídos é muito importante na educação de adolescentes. Sugerimos destaque nesta leitura e uma boa discussão em torno do tema, que pode se desdobrar em outras ativi-dades.
Oabusodaaudiçãopodeestarassociadoaos locaisondevivemosetrabalhamosoumesmoamaushábitos,comoouvirsonsemaltovolume.
Oexcessoderuídosemumdadoambienteconfiguraoquechamamostecnicamen-tedepoluiçãosonora.Geralmente,quandoaspessoas falamemproblemasambien-tais,elaspensamemuma longa listaque incluiapoluiçãodosrios,adevastaçãodeflorestas, a emissão de poluentes no ar, dentre outros. O excesso de sons ou ruídosnemsempreéincluídonessalista,masdeveria.
Emalgunsambientesdetrabalho,comonaindústria,ostrabalhadoresficamexpos-tosaaltosníveisderuído.Alegislaçãotrabalhistaprevêousoobrigatóriodeequipa-mentosdeproteção individualeaadoçãodemedidasquediminuamaproduçãoeatransmissãodossonsnessesambientes.Alémdisso,a legislaçãoprevêqueonúmerodehorasdetrabalhosejareduzidoemfunçãodonívelderuídoexistenteemcadaam-biente.Assim,quemtrabalhaemlocaismaisbarulhentosdevepermanecernelespormenostempo.
Existem ambientes de trabalho que não sofrem o controle e o acompanhamentoque a legislação estabelece para a indústria. Assim, por exemplo, quem trabalha emlojaseescritóriospróximosaruasouavenidasdemuitomovimentoficaexpostoaní-veisderuídoelevadosdurantelongosperíodosdetempo.Essetipodeambientepode
A poluição sonora passou a ser matéria de jornais e revistas por ter se tornado um dos maiores problemas ambientais da atualidade.
268
prejudicaraaudição.Alémdisso,amédioelongoprazo,pessoasquetrabalhamoumo-ramnessesambientestendemasofrerdiversosoutrosproblemasdesaúde.
Quandoossonssãodesagradáveis,comoosruídosprovenientesdotráfegodeveículos,elesaumentamoestresseecomprometemasaúdegeraldo indivíduo.Distúrbiosdosono, irritabilidadeeumaenormegamadeoutrosmalescostumamestarassociadosaoexcessoderuídoouaoconvíviocomsonsindesejáveis.
Sons agradáveis também podem ser prejudiciais. Muitos jovens escutam músicacomvolumeexcessivamenteintenso,apesardeteremsidodotadoscomumórgãoex-tremamente sensível,queé capazdeperceber sonsmuitomais sutis.O som intensocostumaprovocarumestadodeexcitação.Embuscadeaumentaressaexcitação,mui-taspessoasaumentamovolumedosaparelhosdesome,nessascircunstâncias,come-çamaprejudicarseupróprioorganismo.
Escutarsonsemaltovolumepodesetornarumvício.Alémdisso,comodissemos,osproblemasauditivosassociadosàsuperexposiçãoasonsintensoscostumamdemo-rarmuitosanosparaseremnotados.Porisso,émuitodifícilconvenceraspessoasdequeummauhábitocomoodeescutarmúsicaemaltovolumedeveserevitado.
Édifícilparaamaioriadaspessoasseconvencerdequealgoaparentementeagradá-velequenãoprovocaefeitosnocivosimediatospossarepresentaralgummalnofuturo.Éprecisoserbastanteconscienteparacompreenderqueescutarmúsicaemaltovolumefazmalaoorganismoeaospoucosprovocaumefeitototalmenteirreversível:adestrui-çãodascélulasresponsáveisporperceberosestímulossonoroseporenviarsinaiselétri-cosaocérebroondeseprocessaaaudição.
05_11_f023_9CCaS [NOVA_protetor auricular ou fone de proteção auricular utilizado em um ambiente de trabalho com muito ruído OU alguma foto que indique o uso destes equipamentos em ambientes de trabalho, visando proteger a audição do funcionário]
Equipamentos de proteção individual usados em ambientes de trabalho com níveis elevados de ruído.
Na ilustração vemos um frasco com um formato diferenciado (A). De início, um pequeno tubo verte líquido no interior do frasco (B), até que o nível atinja uma altura h (C). Em razão do formato diferenciado, para que o nível de líquido atinja uma altura duas vezes maior, a quantidade a ser acrescentada da segunda vez precisa ser muito maior (D, E e F).
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ora
269
No momento em que um aparelho auditivo de um indivíduo saudável recebe sons
maisintensos,suaaudiçãotorna-semenossensível.Porisso,aquantidadedeenergiane-
cessáriaparaaumentarumpoucomaisasensaçãodeintensidadesonoravaisetornan-
docadavezmaior,oqueelevaoriscodedanosatecidosdelicadossituadosnointerior
doaparelhoauditivo.
A ilustração da página anterior propõe uma analogia entre a mudança da sen-
sibilidadedenossaaudiçãoeamudançanoníveldelíquidocontidonointeriorde
umfrascocomumformatodiferenciado.Noinício,quandoofrascoaindaestáva-
zio, o acréscimo do conteúdo de um pequeno tubo produz uma grande mudança
nonívelde líquido.Maistarde,quandoofrasco jácontémalgumlíquido, torna-se
maioraquantidadenecessáriaparaprovocarumamudançasignificativanonível
dolíquidocontidonofrasco.
Algosimilaracontececomnossaaudição.Quandonosencontramosemumambien-
tesilencioso,umsombemfraquinhopodeestimularnossaaudiçãodemaneirasignifi-
cativa.Àmedidaqueoambientesetornamaisbarulhento,noentanto,nossaaudição
vaisetornandomenossensível:énecessárioumsommuitomaisintensoparaqueper-
cebamosqueonívelderuídonoambientesetornoumaior.
Invertendoo raciocíniopodemosperceberqueéplenamentepossíveladotarme-
didasqueajudamapreservarnossaaudição.Quandoofrascodailustraçãodapági-
naanteriorestácheio,aretiradadeumagrandequantidadedelíquidodeseuinterior
provocaumapequenamudançanonível.
Assim,tambémumareduçãosignificativadaquantidadedesonspresentesemum
ambientepodeocorrersemquetenhamosasensaçãodequeosomtenhasetornado
“fracodemais”.AoreduzirovolumedeumaparelhodesomoudeTV,porexemplo,nos-
saaudiçãosetornamaissensívelenósnãotemosasensaçãodequeosomficoumui-
to fraco. Temos, apenas, uma pequena redução na sensação de intensidade, embora
tenhamostornadoafontesonoramuitomenosperigosaàsdelicadasestruturasque
compõem nosso aparelho auditivo. Uma grande redução na energia sonora provoca
umapequenaquedananossasensaçãodeintensidadesonora,masumgrandeefeito
emtermosdapreservaçãodenossaaudição.
Faça em seu caderno
Preservando a audição em meio ao ruído
Responda às questões a seguir de acordo com as informações apresentadas no texto.
1. O texto diz que o aparelho auditivo humano é bastante sofisticado. Que argumentos ele apresenta para sustentar essa afirmação?
2. De que modo a legislação busca preservar a audição de pessoas que trabalham em ambientes
industriais e que ficam expostas a altos níveis de ruído?
3. Os problemas de saúde relacionados à exposição ao ruído estão restritos ao perigo de perda
gradativa da audição? Explique.
4. Por que é geralmente difícil convencer as pessoas que têm o mau hábito de escutar música em alto
volume de que esse hábito pode ser prejudicial à sua saúde?
5. O texto afirma que uma grande redução na quantidade de energia sonora disponível em um
ambiente provoca uma pequena queda na sensação de intensidade sonora das pessoas situadas
naquele ambiente. Que recursos, argumentos ou exemplos o texto apresenta para explicar essa
afirmação a seus leitores?
270
A comunicação através de fiosAcomunicaçãoqueaconteceapartirdaproduçãoeda transmissãodeondasso-
norastemumagrandelimitação:nãofuncionaagrandesdistâncias.Masodesenvol-vimentocientíficoetecnológiconospermitiuvenceressalimitaçãoeestabelecerfor-masdecomunicaçãoqueutilizamaparelhosligadospormeiodefios.
Nestaseçãovamos investigaralgunsdessesaparelhoseosfenômenosnaturaisaelesrelacionados.
O telégrafoA comunicação humana foi radical-
mente transformada a partir dos sécu-los XIX e XX. O telégrafo foi o primeiroaparelho que permitiu a comunicaçãoadistância.Esseaparelhofoiinventadoem 1830 pelo norte-americano SamuelMorse (1791-1872). Por meio do telégra-fo, sinais puderam ser enviados e rece-bidosdemodorápido,baratoeseguro.
Antesdotelégrafo,acidentesnasestradasdeferroeramfrequentes.Afinal,nãoexis-tianenhumsinalquepudesseviajarmaisdepressaqueotremparaavisarqueeleestavaacaminho.Comotelégrafo,asegurançanasestradasdeferromelhorouincrivelmente.
Otelégrafoéumdispositivoelétricodestinadoàproduçãoeàrecepçãodesinaisemcódigo.Ailustraçãoaseguirapresentaumaversãosimplificadaparaessetipodeaparelho.Talversãoutiliza,comoestratégiafundamental,acendereapagarumalâmpadaelétrica.
Ocircuitoelétricodeumtelégrafoconstruídocombaseemduaslâmpadaseumapi-lhapermiteligaredesligaraslâmpadascomqualquerumadaschaves.
Quando a chave “liga-desliga” situada em uma das extremidades do circuito émantidaemumaposiçãofixa,amovimentaçãodaoutrachave,paraum ladoeparaooutro,permite ligaroudesligara lâmpadaqueestámaispróximadaprimeiracha-ve.Acadavezqueachaveoperadaadistânciaéabertaoufechada,um“sinalelétrico”percorreosfioscomavelocidadedaluz,fazendocomquealâmpadaquaseimediata-menteacendaouapague.Comaajudadeumcódigo,podemostransformaremmensa-genssequênciasdesinaisluminososdotipo“lâmpadaligadaporumperíodolongo”ou“lâmpadaligadaporumcurtoperíodo”.
Telegrafia é, portanto, o processo de comunicação a distância por meio de sinaiselétricoscodificadosetransmitidosatravésdefios.
Ilustração esquemática de telégrafo construído com base em chaves interruptoras de três terminais (conhecidas comercialmente como chaves do tipo three-way), uma bateria e duas lâmpadas de lanterna. Quando a chave 1 está na posição A, o operador da chave 2 pode ligar ou desligar a lâmpada L1 ao mover essa chave entre as posições A’ e B’. Do mesmo modo, quando a chave 2 está na posição B’, o operador da chave 1 também pode ligar ou desligar a lâmpada L2 ao atuar sobre essa chave alternando sua posição entre os pontos A e B. Desse modo, cada operador pode enviar sinais para o outro.
na rede
Conheça um pouco da história do telégrafo:
<http://iecom.dee.ufcg.edu.br/~museudofuturo/modules/mastop_publish/?tac=Tel% E9grafos_e_Telefones>.
Acessoem:30nov.2011.
Telégrafo construído por Samuel Morse em 1830. O telégrafo de Morse tem um dispositivo eletromagnético capaz de marcar uma fita de papel com pontos e traços.
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vamos pesquisar
Foto dos materiais e das ligações necessárias à construção de um telégrafo. Nessa montagem usamos fios curtos apenas para que todas as peças aparecessem na fotografia.
O código Morse associa sequências de pontos e traços com as letras do alfabeto e os números arábicos. Ao receber esse sinal codificado, uma pessoa experiente pode rapidamente transformar os códigos em um texto escrito.
Conversando através de um telégrafo
Nãopercaaoportunidadedeconstruirumtelégrafo!
Você Vai precisar de:
•Duaschavesdetrêsterminais(podemserencontradasemqualquerlojadematerialelétrico),duaslâmpadasdelanterna,15mdefiobemfino(podeserfiodetelefoneoudecampainha)eumapilhacapazdeacendercadaumadaslâmpadasseparadamente.
como fazer:
•Cortetrêspedaçosdefiocomcercade5mcadaum.
•Pegueumdospedaçosdefioecorte-oacercade15cmdeumadesuasextremidades,religandoessepedaçoaorestantedofiodemodoqueapilhasejainseridanocaminho.Depoisdemontaressefio,conectesuasextremidadesaoterminalcentraldecadaumadaschavesdetrêsterminais.
•Pegueoutropedaçodefio,corte-otambéma15cmdeumadesuasextremidades,religandoessepedaçoaorestantedofioporumadaslâmpadas.Depoisdisso,conecteasextremidadesdessefioaoutroterminaldecadaumadaschavesdetrêsterminais.
•Repitaoprocedimentoanteriorcomoterceiropedaçodefioeaoutralâmpada,conectandooterceiroterminaldecadaumadaschavesdetrêsterminais.
•UtilizeatabeladecódigoMorsereproduzidanafiguraaseguirparamandarumamensagemcomapenasumapalavraaumcolegasituadonaoutraextremidadedotelégrafo.Nocódigo,ospontosrepresentamsinaiscurtoseostraçossinaismaislongos.
Interpretando a atividade
1. Quando você aciona a chave que está perto de você, a lâmpada
que se encontra próxima do seu colega demora muito a acender?
2. A velocidade com que o sinal é transmitido de uma extremidade
a outra do telégrafo é baixa ou alta? Justifique sua resposta.
3. O tempo que o sinal demora para ser enviado de uma
extremidade a outra do telégrafo seria muito grande se ele
tivesse 100 m em vez de apenas 5 m? Explique.
4. A transmissão de mensagens em um telégrafo exige a adoção de
um código. O código que utilizamos nesta atividade foi o código
Morse. Na linguagem falada ou escrita também utilizamos
algum tipo de código? Explique.
Esta atividade é especial-mente motivadora quando se acrescentam informações sobre a história dos telégra-fos, que, com a instalação de cabos submarinos, inaugura-ram a era da globalização das informações.
272
O telefone fixoApalavra“telefone”éformadadedoisradicais.Apalavra“fone”querdizer‘fala’ou
‘falar’.Apalavra“tele”querdizer‘distante’ou‘adistância’.Alémdetelefone,háoutraspalavrasformadasdoradical“tele”,comotelecomunicação(comunicaçãoadistância),telégrafo(escreverou“grafar”adistância)etelevisão(visãoadistância).
Ilustração esquemática, fora de escala. (A) Uma pessoa fala com a boca próxima a um dos copos. Ela produz vibrações no ar que alcançam o fundo desse copo. O fundo do copo vibra, fazendo vibrar o barbante; (B) as vibrações são transmitidas pelo barbante até o fundo do segundo copo; (C) o ar no interior do segundo copo põe-se a vibrar e as vibrações penetram na orelha da pessoa que coloca o copo próximo à cabeça.
CBA
diafragma
linha de telefone
fonte de energia
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Ilustração esquemática do funcionamento de um telefone. O telefone é um aparelho que liga microfones a alto-falantes. O microfone é utilizado para transformar ondas sonoras em sinais elétricos. A corrente elétrica é transmitida através de fios até um alto-falante próximo da orelha do ouvinte. O alto-falante é utilizado para transformar corrente elétrica novamente em ondas sonoras. Com isso, consegue-se promover a comunicação oral entre pessoas muito distantes entre si.
Para entender como funciona o telefone, vamos analisar a ilustração acima, quedescreveofuncionamentodeumtelefonedebrinquedoconstituídoporumbarbanteesticadocomasextremidadespresasaofundodedoiscopos.
Umtelefonefeitocomcoposebarbantenãoéeficienteparaestabeleceracomu-nicaçãoagrandesdistâncias.Paraqueele funcione,obarbanteprecisaestarestica-do,alémdenãopoderfazercurvasouencostaremoutrosmateriais.Aocontráriodes-se tipo de telefone, os telefones de verdade são capazes de transmitir nossa vozagrandesdistâncias.Paraisso,utilizamdoisaparelhosqueosdebrinquedonãotêm:alto-falantesemicrofones.Essesaparelhossãoessenciaisaofuncionamentonãoape-nasdotelefone,mastambémdorádioedatelevisão.
Quandoumapessoaconversaemumtelefonedeverdade,elaproduzvibraçõesnoar,quesãocaptadaspelomicrofonepróximodasuaboca.Umaestruturaespecialnointeriordomicrofoneproduzsinaiselétricosquandooaparelhocomeçaavibrarsobainfluênciadasondassonoras.
Essessinaiselétricosviajamporfios,sendoamplificadospelacompanhiatelefônicaedirigidosaotelefonedapessoacomaqualdesejamosfalar.Nessesegundotelefone,ossinaiselétricosatingemumalto-falantepróximoàorelhadoouvinte.
Nessafasedopercurso,ossinaiselétricossãoutilizadospeloalto-falanteparapro-duzirvibraçõesnoar.Oarvibrantepenetranaorelhadoouvinteepermitequeelees-cuteamensagem.
273
Faça em seu caderno
A comunicação através de fios
1. Por que o telégrafo é considerado um importante marco na história das telecomunicações?
2. Que semelhanças e diferenças existem entre um telefone convencional e um telefone de brinquedo
feito com latas e com um cordão esticado?
A comunicação sem fiosAcomunicaçãoatravésdefiosnãoéoúnicomododeatingirgrandesdistâncias.Há
outraalternativaimportantedetelecomunicação:asondasderádio.O termorádioéumaformareduzidade radiotelegrafia, indicandoquea trans-
missão de mensagens a distância é diferente da transmissão por telegrafia. Umadasdiferençaséofatodeque,naradiotelegrafia,ossinaisnãosãoenviadosatra-vésdefios.
Nestaseçãovamosfazerumbreveestudodosprocessosdeprodução,transmissãoerecepçãodasondasusadaspelasestaçõesderádioAMeFM,emissorasdetelevisãoecompanhiasdetelefoniacelular.
As ondas de rádio e os telefones móveisVamosescolherumaparelhode rádio,emparticular,paradescreverosprincípios
geraisquevalemparatodosostiposdetelecomunicaçãosemfios.Esseaparelhoéotelefonecelular.
Assimcomoemumtelefonefixo,ocelulartambémutilizaummicrofoneparagerarsinaiselétricosdasvibraçõesqueproduzimosnoarenquantofalamos.Dentrodocelu-lar,existeumaminiestaçãoemissoracapazdegerarondasderádio.Essasondassãocaptadasporantenasespeciais,espalhadaspelascompanhiastelefônicasnasregiõesemqueelasprestamseusserviçosdetelefonia(vejaafiguraaseguir).
Esta ilustração esquemática e fora de escala mostra como as antenas da telefonia celular captam e transmitem as ondas de rádio que são enviadas de um aparelho a outro. O termo “telefonia celular” deriva de “célula”, nome dado a cada região coberta por uma determinada antena.
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Depoisdecaptarosinalderádiodebaixaintensidadequeégeradopeloaparelhocelular,aantenaamplificaeretransmiteessesinal,fazendocomqueelepossaalcan-çarumsegundoaparelhoououtraantenapróximadessesegundoaparelho.
Para compreender a natureza das ondas de rádio é necessário um estudo maisaprofundadodasrelaçõesentreeletricidadeemagnetismo.Faremosaquiapenasumareferênciageraleabrangentedessasrelações.
NaprimeirametadedoséculoXIX,diversoscientistasenvolvidoscomoestudodecircuitoselétricosproduziramfenômenosinteressantesapartirdosquaiserapossívelgerarmagnetismodaeletricidadeou,aocontrário,eletricidadedomagnetismo.Ase-quênciadeimagensaseguirmostraalgunsdessesfenômenos.Todoselessãofáceisdereproduzircommateriaissimplesedisponíveis.
A reprodução desses experi-mentos em sala de aula é re-lativamente simples e auxilia a compreensão das relações entre eletricidade e magne-tismo, tratadas no texto.
bobina desconectada
da pilha
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As duas colunas ao lado mostram fotografias de dois experimentos que comparam o comportamento de uma bússola em duas situações. Na primeira coluna a bússola está próxima de um ímã em forma de barra. Na segunda coluna vemos a bússola próxima a uma bobina feita com 10 m de fio de telefone enrolado em torno de um lápis. Nos dois experimentos, pode ser observado o mesmo tipo de movimento da agulha da bússola. Como todo ímã, essa agulha possui dois polos magnéticos com comportamentos opostos. Na coluna da esquerda, mostramos que os polos magnéticos da agulha são atraídos ou repelidos por polos opostos situados nas extremidades do ímã. Na coluna da direita, mostramos que uma bobina percorrida por eletricidade se comporta exatamente como o ímã de barra. A bobina apresenta polos magnéticos que também atraem os polos existentes na agulha da bússola.
Se enrolarmos um fio condutor ao redor de um prego, conseguiremos efeitos magnéticos muito mais intensos do que se enrolássemos o mesmo fio ao redor de um lápis. Ligando as extremidades do fio aos polos de uma pilha ou bateria, estaremos fabricando uma bobina capaz de atrair objetos leves de ferro, aço e níquel. Quando fizer sua bobina, experimente ligar e desligar o circuito e observe os resultados dessas ações.
275
Uma história sobre as relações entre eletricidade e magnetismo
No final do século XVIII, muito já se sabia sobre fenômenos elétricos e
magnéticos, graças aos diversos experimentos realizados nessas áreas e
às interpretações teóricas imaginadas pelos cientistas para concebê-los e
explicá-los.
Nessa época, o cientista francês Charles de Coulomb (1736-1806) já tinha
desenvolvido estudos sobre forças entre objetos eletrizados. Os experimentos
de eletrização realizados por Benjamin Franklin (1706-1790) e o para-raios já
eram amplamente conhecidos. Na virada do século, no ano de 1800, o cientista
italiano Alessandro Volta (1745-1827) inventou a pilha.
Os fenômenos magnéticos, por sua vez, haviam sido estudados pelos
trabalhos pioneiros de William Gilbert (1544-1603). Os experimentos de Gilbert
o levaram à conclusão de que magnetismo e eletricidade eram fenômenos
distintos. Assim, até o início do século XIX, não havia sido estabelecida
nenhuma relação entre os fenômenos elétricos e os magnéticos.
Foi o dinamarquês Hans Christian Oersted (1777-1851) quem, pela primeira
vez, estabeleceu essa relação. Em 1820, Oersted realizou um experimento que
indicava o aparecimento de efeitos magnéticos com base na corrente elétrica.
Esse experimento teve enorme importância histórica, pois iniciou uma grande
atividade teórica e experimental de muitos cientistas em várias partes do
mundo, marcando o surgimento do eletromagnetismo.
Alguns historiadores da Ciência assumem a versão de que a grande
descoberta teria acontecido num experimento realizado pelo cientista em
uma de suas aulas na Universidade de Copenhagen (Dinamarca).
bobinas enroladas em
volta do eixo do motor
ímãs permanentes
No interior do motor do tipo utilizado em um carrinho de brinquedo ou em um toca--fitas (A), existem fios enrolados em forma de bobinas, que podem girar com o eixo do motor. Existem, também, ímãs permanentes que são mantidos fixos em volta das bobinas. Esse tipo de motor também pode ser usado como gerador. Enrolando um fio sobre o eixo de um pequeno motor (B) e puxando o fio em seguida (C), estabelecemos o movimento das bobinas em relação aos ímãs. Esse movimento faz surgir uma corrente elétrica no interior das bobinas e, por isso, a lâmpada acende.
Consulte o Manual do Profes-sor, pg 87, e veja instruções sobre essa montagem.
ciência em movimento
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276
Conta-se que, durante a demonstração, o professor dinamarquês deixou
uma bússola próxima do circuito elétrico que estava sobre a mesa em que
realizava o experimento. A bússola teria sido deixada em uma posição tal que
sua agulha estava paralela aos fios do circuito. Quando o circuito foi ligado,
algo aparentemente estranho pôde ser observado: a agulha da bússola sofreu
um desvio. Ligando e desligando o circuito, Oersted observou que a agulha
oscilava, mantendo-se paralela aos fios quando o circuito estava desligado e
sofrendo um desvio brusco tão logo o circuito era ligado.
Depois de Oersted, cientistas de toda parte repetiram o experimento e
introduziram variações no modo de realizá-lo, a fim de checar os resultados. Não
havia dúvida: um fio percorrido por uma corrente elétrica provoca um desvio na
posição da agulha de uma bússola da mesma forma que um ímã também provoca.
Em 21 de julho de 1820, Christian Oersted publicou sua descoberta em
um panfleto intitulado Experimentos acerca do efeito dos conflitos elétricos
numa agulha magnética, que foi enviado para pesquisadores e sociedades
científicas da época.
Traduzimos do inglês parte do artigo escrito por Oersted, publicado em
1876 pela Revista da Sociedade dos Engenheiros Telégrafos. O cuidado do
pesquisador em verificar os resultados observados pode ser claramente
identificado no trecho que apresentamos a seguir.
Os primeiros experimentos que empreendi para ilustrar o assunto tiveram como
ponto de partida as aulas de eletricidade, galvanismo e magnetismo, dadas por mim
no inverno anterior. Esses experimentos pareciam mostrar que a agulha magnética
movia-se a partir de sua posição inicial com a ajuda de uma bateria e isso ocorreu
quando o circuito foi fechado, mas não ocorreu quando foi aberto, como certos físi-
cos muito famosos tentaram, em vão, fazer vários anos atrás.
Contudo, como esses experimentos foram realizados com aparelhos meio defei-
tuosos e o fenômeno produzido não parecia claro o bastante para a importância do
assunto, convenci meu amigo Esmarch, ministro da justiça do rei, a juntar-se a mim,
de modo que os experimentos fossem repetidos e estendidos, utilizando agora uma
grande bateria que nós montamos juntos. Um distinto homem, Wleugel, cavaleiro da
Ordem Dinamarquesa, [...] também esteve presente em nossos experimentos como um
parceiro e como testemunha. Além deles, foram testemunhas desses experimentos:
o melhor dos homens, condecorado pelo rei com a maior das honrarias, Hauch, cujo
conhecimento em Ciência Natural tem sido há muito celebrado; o mais perspicaz dos
homens, Reinhardt, professor de História Natural; Jacobsen, professor de Medicina, um
homem de extrema sagacidade na condução de experimentos; e o mais experiente quí-
mico, Zeise, doutor em Filosofia.
Na verdade, com alguma frequência, eu mesmo realizei experimentos relaciona-
dos ao tema proposto, mas os fenômenos que descobri, nessas ocasiões, repeti na
presença desses homens tão sábios.
Magie,WilliamFrancis.A Source book in Physics.1sted.,3rdimp.NewYork:McGraw-Hill,1935.p.437-441.Textotraduzido.
A ilustração esquemática mostra uma montagem possível do experimento de Oersted. O material necessário para reproduzi-la é muito simples: uma pilha, um longo fio metálico e uma bússola, dispostos do modo indicado na figura. Se você fizer esse experimento, poderá verificar tanto o aquecimento do fio, quanto os efeitos magnéticos provocados pela corrente elétrica estabelecida no interior do fio. Além disso, estará reproduzindo um experimento que marcou profundamente a história da Física.
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As ondas de rádio como ondas eletromagnéticasSaberqueépossívelproduzirmagnetismodaeletricidadeeeletricidadedomagne-
tismofoiumgrandepassoparaoentendimentodasondaseletromagnéticas,entreasquaissedestacamasondasderádioealuz.Podemosdefinirluzcomoumaondaele-tromagnéticacapazdesensibilizarnossavisão,enquantoasondasderádiopodemserdefinidascomoondaseletromagnéticasusadasnatelecomunicação.
As ondas eletromagnéticas são diferentes das ondas sonoras que produzi-mos quando falamos, bem como das ondas produzidas por uma barra vibrantequetocaasuperfíciedaágua.Ondassonorastransmitidasatravésdoareondasproduzidasemmeiosmateriais(comoaágua,porexemplo),sãoconhecidascomoondasmecânicas.
Diferentemente das ondas mecânicas, que só podem ser transmitidas através deummeiomaterial,asondaseletromagnéticaspropagam-seatémesmonoespaçova-zio.Emoutraspalavras,nãoénecessárioarnemqualqueroutromeiomaterialparatransmiti-las.Porisso,podemosenviarondasdeluzeondasderádioparaoespaçodomesmomodoquepodemosreceberessasondasdeestrelasegaláxiasdistantes.
Emtermospráticos,a teoriaquenospermitiucompreendereproduzirondasele-tromagnéticas possibilitou grandes avanços tecnológicos. Hoje fazemos uso dessetipodeondaemvárioscampos.Ocampodastelecomunicaçõeséumexemplodisso.
Hans Christian Oersted.
Estrelas e galáxias distantes emitem não apenas ondas de luz visível, mas também ondas de rádio. Nos dois casos, as ondas são geradas por causa do movimento de cargas elétricas existentes no interior desses corpos celestes e do magnetismo que esse movimento provoca. As ondas de luz visível são captadas por telescópios (A) que nos fornecem imagens ampliadas dos corpos celestes. Os radiotelescópios (B) captam as ondas de rádio emitidas por galáxias e estrelas e são muito importantes no estudo da constituição desses corpos.
1. Em seu artigo, Oersted demonstra
grande preocupação em confirmar os
resultados de seu experimento. Como
você explica essa preocupação?
2. O texto mostra o cuidado do cientista
dinamarquês para confirmar
sua descoberta e, ao mesmo
tempo, revela uma estratégia de
convencimento utilizada por ele
várias vezes.
a) Que estratégia é essa?
b) Você julga ser eficiente essa
estratégia? Justifique.
A B
na rede
Veja mais informações sobre as ondas eletromagnéticas:
<http://www.fisica.net/einsteinjr/9/ondas_eletromagneticas.html>.
Acessoem:30nov.2011.
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278
A produção de ondas de rádio
Aondaderádioéumaondadenaturezaeletromagnética,ouseja,estáasso-ciadaaosfenômenosrelacionadoscomaeletricidadeeomagnetismo.Sequiser,vocêpodeproduzirondaseletromagnéticasdebaixaintensidadecapazesdese-
remcaptadasemumaparelhoderádioAM.
Você Vai precisar de:
•Umaparelhoderádiocomantena,umalimademetalusadaparalixarobjetosdeferro,duaspilhasligadasemsérieedoispedaçosdefiocondutor.
como fazer:
•Monteumcircuitoigualaomostradonailustraçãoesquemáticaaseguir:
•Ligueosdoispedaçosdefioaosterminaisdaspilhas.
•Depois,ligueaextremidadedeumdessesfiosaumadasextremidadesdalimademetal.Aextremidadelivredooutrofiodeveserpressionadacontraalima,esfregando-sedeumladoparaoutro.
Alimaéserrilhadaeofioperderácontatocomometalporumintervalodetempomuitopequeno,enquantopassadeumserrilhadoaoutro.Issovaiprovocarumrápidoliga-desliganocircuitoquevocêmontou.
•Passeofiosobrealimadeixandotodoocircuitopróximodaantenadorádio.Osinalobtidocostumasermuitofraco.PorissoorádiodeveestarcomovolumealtoenafaixadeAM;alémdisso,nãopodeestarsintonizadoemumaestação.Nessascircunstânciasvocêescutaráumchiado.Noteque,todavezqueofiopassarsobrealima,orádioproduziráumchiado.ExperimenteproduzirchiadosmaislongosemaiscurtosparatransmitirumsinalcomcódigoMorse.
Interpretando a atividade
1. Se fosse possível repetir a experiência na superfície da Lua ou em qualquer
outro ambiente sem a presença de ar, o sinal produzido pelo circuito ligado
na lima de metal ainda seria captado pelo rádio?
2. No circuito ligado na lima de metal, nos momentos em que o contato entre o
fio e a superfície da lima efetivamente ocorre, certamente existe a circulação
de uma corrente elétrica. Será, então, que também há a produção de
magnetismo no entorno desse circuito?
vamos pesquisar
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Esquema fora de escala de uma antena emissora de ondas de rádio de baixa intensidade.
279
De modo semelhante ao que ocorre com as ondas sonoras, as ondas eletromag-néticaspodemapresentar frequênciasdiferentes.Ondasde luzapresentamfrequên-ciasmuitomaisaltasdoqueasdasondasderádio.Alémdisso,podemosvera luz,oquenãoocorrecomasondasderádioeoutrasondaseletromagnéticas.Nossavisãosóconsegueperceberondaseletromagnéticas cuja frequênciaesteja situadaentre410trilhõesdehertz(luzvermelha)e750trilhõesdehertz(luzvioleta).Asondasderá-dio,porsuavez,têmfrequênciasqueseestendemdesde1hertzaté30bilhõesdehertz.
Faixas de frequência das ondas de rádio
Frequência Denominação Principais usos
de 30 a 3 mil Hz frequência extremamente baixa (ELF) radiocomunicação entre submarinos
de 3 mil a 30 mil Hz frequência muito baixa (VLF) radiocomunicação de uso militar (marinha e exército)
de 30 mil a 300 mil Hz ondas longas (frequência baixa) radiocomunicação de uso militar (marinha e exército)
de 300 mil a 3 milhões de Hz ondas médias estações de rádio AM e radioamadores
de 3 milhões a 30 milhões de Hz ondas curtas (frequência média) estações de rádio AM e radioamadores
de 30 milhões a 300 milhões de Hz VHF (frequência muito alta) estações de rádio FM
de 300 milhões a 3 bilhões de Hz UHF (frequência ultra elevada) canais de televisão de sinal aberto e telefonia celular
de 3 bilhões a 30 bilhões de Hz micro-ondas transmissão de sinais via satélite
Dependendodesuafrequência,asondasderádiotêmváriasaplicações.Todososdispositivosdetelecomunicaçãosemfioutilizamondasderádioparatransmitirere-ceber sinais.Esses instrumentosoperamemdiferentes frequênciasde talmodoqueumdispositivonãointerferenastransmissõesdosoutros.
OscelularesproduzemondasderádiocujafrequêncianãopodesercaptadaporaparelhosderádioAMouFM.Alémdisso,ossinaistransmitidosentreaparelhoscelu-laressãocodificados.Seessescuidadosnãofossemtomados,aparelhosderádioco-munspoderiamcaptarconversastelefônicastransmitidasentreaparelhoscelulares,casoestivessembempróximosdessesaparelhosoudasantenasretransmissoras.
Ondas de rádio são atualmente utilizadas para transmitir informações para omundointeiro.OsistemaatualempregasatélitesquegiramemvoltadaTerra,acom-panhando a rotação de nosso planeta. Existem, em órbita, centenas de satélites decomunicação.Ailustraçãoaseguirrepresentaumesquemadofuncionamentodeumsistema de comunicação por satélites e utiliza a transmissão de sinais de TV comoexemplo.Acomunicaçãoporsatélitestambéméusadaparatransmitiroutrostiposdesinais,comoossinaistelefônicoseosdadosdeinternet.
Quando se propagam na ausência de qualquer meio material, ou seja, quando sepropagam no vácuo, as ondas eletromagnéticas viajam em uma velocidade igual a300000 km/s. Esse valor é incrivelmente alto e é considerado o limite de velocidadepossível em nosso Universo. Já a velocidade das ondas sonoras no ar é bem menor:aproximadamente340m/s.
Sefossepossívelconstruirummeiodetransportecapazdeviajarnavelocidadedeumaondaeletromagnéticaemapenasumsegundo,elepoderiadarsetevoltasemeiaem torno do equador! Um veículo desenvolvendo uma velocidade equivalente à dosompercorreria,nessemesmotempodeumsegundo,apenas340metros.
Comumavelocidadetãogrande,asondaseletromagnéticasutilizadasparatrans-mitirsinaisderádio,TV,oudadosdainternetnãodemoramapercorrerasenormesdis-tânciasqueseparampaísese regiõesdomundo.É issoquepermitequeseassistaaumjogodefuteboloudevoleibolrealizadonoJapão,aovivo,daquidoBrasil.Podemosvibrarcomamarcaçãodeumgoloucomaconquistadeumpontoquasenomesmomomentoqueosatletaseostorcedorespresentesnolocaldapartida.
280
SAT1 SAT2
E1
E2
A1
A2
A3
Esta ilustração esquemática, fora de escala, mostra o processo de transmissão de ondas de rádio usadas para enviar sinais de televisão por satélites. Na ilustração, supomos que o sinal é gerado na estação emissora E1, situada mais à esquerda. Ondas eletromagnéticas geradas nessa estação E1 se espalham em todas as direções atingindo antenas de aparelhos de TV, como a antena A1 e também o satélite de telecomunicação SAT 1, situado fora da atmosfera terrestre. O satélite SAT 1 capta as ondas emitidas pela estação E1 e as retransmite para a estação E2 em outro ponto da superfície da Terra. Ondas captadas pela estação E2 são retransmitidas para aparelhos de TV situados nas proximidades de E2. Além disso, as ondas provenientes de E2 alcançam o satélite SAT 2, que continuará com o processo de recepção e retransmissão dos sinais, até que eles possam atingir toda a superfície da Terra.
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Faça em seu caderno
A comunicação sem fios
1. Em seu caderno, produza uma figura semelhante à da página 274, mas introduza a seguinte
alteração: desenhe um aparelho celular no lado direito do hexágono de cor marrom situado na parte
central da figura. Feito isso, modifique a imagem de modo a representar como seria o percurso de
um sinal gerado pelo celular situado mais a esquerda até o celular que você acabou de introduzir na
parte central da figura.
2. De acordo com o texto, um telefone celular funciona como uma miniestação emissora de rádio
que gera sinais de fraca intensidade. Mas, se os sinais são realmente fracos, como eles conseguem
alcançar outros aparelhos situados em regiões mais distantes?
3. Que característica das ondas eletromagnéticas permite que a conquista de um ponto em um jogo de
voleibol realizado no Japão seja assistida “ao vivo” pelos torcedores brasileiros?
4. A luz é considerada uma onda eletromagnética, assim como as ondas transmitidas por estações de
rádio. Então, qual é a diferença entre ondas de luz e ondas de rádio?
5. Que característica distingue as ondas de rádio usadas em diferentes tipos de aplicações como a
transmissão da programação de rádios AM, FM, a transmissão da programação de TV e a telefonia celular?
6. Existe uma diferença marcante entre as ondas sonoras e as ondas de rádio. Qual é essa diferença?
281
O uso da Ciência na interpretação de fatos do dia a dia
Façaa leituradotextoaseguir,“Sorriso”,deAlanLightman.OautornasceunosEstadosUnidos,emMemphis,Tennesse,em1948,eeducou-senaUniversidadedePrincentonenoInstitutodeTecnologiadaCalifórnia.Eleéfísico,escritor,edu-cadoreprofessoradjuntodaáreadeCiênciasHumanasno InstitutodeTecnologiadeMassachussetts.
Emseguida,respondaàsquestõespropostasnestaatividade.
Sorriso[...]
O homem e a mulher estão agora no embarcadouro de madeira, contemplando o
lago e as ondas na água. Ainda não perceberam a presença um do outro.
O homem então se vira. E assim tem início uma sequência de eventos que haverão
de informá-lo a respeito dela. A luz refletida pelo corpo da mulher penetra instantanea-
mente suas pupilas [...]. Depois de atravessar as pupilas [...], a luz percorre uma lente oval
e, em seguida, uma substância transparente gelatinosa que preenche o globo ocular, até
atingir a retina, onde é recebida por 100 milhões de células, os cones e bastonetes.
As células que estão no percurso da luz refletida são fortemente iluminadas, ao
passo que as situadas nas regiões sombreadas da cena refletida recebem pouquíssima
luz. Os lábios da mulher, por exemplo, estão brilhando sob a luz do Sol nesse momento
e, portanto, refletem uma luz de alta intensidade, captada por um pequeno grupo de
células [...]. O contorno da boca, por outro lado, aparece bastante escuro [...].
Muito menos de um milésimo de segundo se passou desde que o homem viu a
mulher. [...] as células nervosas, os neurônios, começam a reagir, primeiro no olho e
depois no cérebro. [...] A mulher tem as mãos na cintura e inclina a cabeça num ân-
gulo de 5,5 graus. Seus cabelos caem suavemente sobre os ombros. Essa informação
e muitas, muitas outras são codificadas com precisão pelas pulsações elétricas dos
vários neurônios nos olhos do homem.
[...] os impulsos correm para o córtex visual primário, uma camada de tecido
todo redobrado de aproximadamente 0,04 centímetro de espessura e 13 centímetros
quadrados de área, contendo 100 milhões de neurônios em meia dúzia de camadas.
A quarta camada é a primeira a receber esse input e realiza uma análise preliminar,
transferindo então as informações para os neurônios das outras camadas. Em cada
estágio, cada neurônio pode receber sinais de mil outros neurônios, combinar esses
sinais – alguns dos quais se anulam reciprocamente – e despachar o resultado com-
putado para outros mil neurônios.
Passados trinta segundos [...] a mulher diz “Oi”. Imediatamente, a começar pelas
suas cordas vocais, moléculas de ar são empurradas umas contra as outras [...] e via-
jam em movimentos espiralados até os ouvidos do homem. O som percorre essa tra-
jetória de 6 metros em cerca de 1 quinquagésimo de segundo.
Dentro da orelha, o ar em vibração rapidamente completa o percurso até o tímpa-
no. O tímpano [...] começa ele próprio a vibrar e a transmitir seus movimentos a três
ossos minúsculos. De lá, as vibrações agitam o fluido da cóclea, uma cavidade em for-
ma de caracol com duas voltas e meia em espiral.
Dentro da cóclea, as tonalidades são decifradas. Aqui, uma membrana finíssima on-
dula [...]. Através dessa membrana basilar passam microfilamentos de espessuras va-
riadas, lembrando as cordas de uma harpa. É como se a voz da mulher, vinda de longe,
tocasse essa harpa. [...] dezenas de milhares de corpúsculos, em forma de bastonete,
encarapitados na membrana basilar, transmitem suas tremulações ao nervo auditivo.
Notícias do “Oi”, sob forma elétrica, avançam pelos neurônios do nervo auditi-
vo e entram no cérebro do homem [...]. Por fim, uma grande parcela dos trilhões de
neurônios do cérebro do homem acaba envolvida na computação dos dados visuais
e auditivos que acabaram de chegar. [...] Correntes elétricas percorrem as fibras dos
neurônios. Moléculas fluem da extremidade de um nervo para a do outro.
A leitura deste texto é muito interessante, como também as discussões que propicia. A intenção é promover um encantamento do estudante com a aventura de aprender ciências no entendimento dos fenômenos mais singelos da vida cotidiana.
trocando ideias
282
Tudo isso é sabido. O que não se sabe é por que, cerca de um minuto depois, o
homem caminha até a mulher e sorri.
Adaptadode:LIGHTMAN,Alan.In:Viagens no tempo e o cachimbo do vovô Joe e outros ensaios.SãoPaulo:CompanhiadasLetras,1998.p.21-24.
1. Identifique no texto as passagens que descrevem processos estudados,
de algum modo, em seu curso de Ciências.
2. Embora as Ciências Naturais se dividam em campos de estudo específicos,
os fenômenos com que deparamos ao longo de nossa vida não são,
isoladamente, fenômenos da Física, da Biologia ou da Química. Discuta
com seus colegas em que medida o texto “Sorriso” é coerente com essa
afirmação.
3. Como você interpreta a escolha do autor por terminar o texto citando um
acontecimento que “não sabemos explicar”?
4. Discuta com seus colegas e identifique outros acontecimentos que o
conhecimento científico não explica.
5. Na sua opinião, o fato de o conhecimento científico não ser capaz de
explicar todas as dimensões de nossa vida e de nosso mundo invalida o
estudo das Ciências?
Aplicando o que aprendemos
A comunicação
1. Anote em seu caderno o que ocorre com os sons provenientes de um tambor quando aumentamos a
amplitude das vibrações da membrana (aumentando a intensidade das batidas).
•Os sons aumentam de intensidade.
•Os sons aumentam de frequência.
•Os sons chegam mais rápido ao local onde estamos.
•As ondas sonoras não se alteram com a mudança.
2. Transcreva em seu caderno as sentenças que estão incorretas em relação às ondas sonoras,
corrigindo-as.
•São constituídas por vibrações que geralmente se espalham em todas as direções.
•Só podem ser transmitidas através do ar.
•Podem ter frequências menores que 20 mil hertz.
•Podem provocar danos ao aparelho auditivo caso sejam muito intensas.
3. Ondas sonoras são vibrações transmitidas através de um meio material. Ondas de rádio, no entanto,
não requerem nenhum meio material para sua transmissão. Qual desses dois tipos de onda pode ser
utilizado por uma sonda espacial para se comunicar com a Terra? Explique.
4. Faça, em seu caderno, uma lista de sistemas de telecomunicação que você conhece. Comente a
importância e a função que cada sistema citado em sua lista desempenha.
5. Além do telefone equipado com microfone e alto-falante, existe outra forma de comunicação a
distância que utiliza fios e eletricidade? Como ela funciona?
6. Suponha que você tenha ligado seu aparelho de TV para assistir ao seu programa preferido. Que tipo
de sinal a estação de TV envia até seu televisor?
283
7. Transcreva em seu caderno e corrija a única sentença que não expressa características do sistema
de telefonia celular que permitem ao seu usuário se deslocar dentro de um ônibus enquanto fala no
aparelho.
•As antenas instaladas em torres pelas companhias de telefonia celular são distribuídas de forma
que seu alcance de recepção se sobreponha levemente.
•Existe uma antena próxima do aparelho celular para captar e retransmitir os sinais que o aparelho
envia.
•Não há problema se o ônibus se aproximar de uma emissora de rádio, pois o aparelho celular
emprega ondas com frequências diferentes daquelas utilizadas pelas estações emissoras.
•O aparelho celular envia ondas de rádio muito intensas que conseguem atingir outros aparelhos
rapidamente em todas as partes do mundo.
8. Em resposta a um exercício encontrado em um livro de Ciências, um estudante produziu a seguinte
frase: “Sons desagradáveis podem provocar problemas de saúde.”.
a) Com base no que você estudou, você diria que a frase produzida por esse estudante está correta?
Justifique sua resposta.
b) É correto concluir a partir dessa frase que sons agradáveis não provocam problemas de saúde?
Explique.
9. A ilustração abaixo apresenta as frequências, em hertz, das notas musicais produzidas por diversas
teclas brancas de um piano. Cada tecla branca aciona uma alavanca que bate em uma corda esticada
dentro do instrumento. A corda, então, vibra e produz uma nota musical.
Transcreva em seu caderno a sentença que expressa o que ocorre com a frequência de vibração de
algumas cordas do piano:
•O som da nota si é mais grave que o da nota mi.
•O som da nota sol não pode ser mais intenso que o da nota lá.
•Quanto maior a frequência de vibração da corda de um piano, mais grave é o som que ela produz.
•O som da nota sol é mais agudo que o da nota ré, mas é mais grave que o da nota si.
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dó
264 Hz
ré
297 Hz
mi
330 Hz
fá
352 Hz
sol
396 Hz
lá
440 Hz
si
495 Hz
dó
528 Hz
284
Oconceitodecircuitoelétricofoi introduzidonocapítulo“Eletricidadeemnossas
casas”eaexpressão circuito elétrico foiutilizadaduasvezesnocapítulo “Acomuni-
cação”.Escrevaumtextoexplicandoqueconhecimentossobreoscircuitos,adquiridos
porvocênoprimeirocapítulodestaunidade,oajudaramacompreendero funciona-
mentodotelégrafo,mencionadonaseção“Acomunicaçãoatravésdefios”,eascarac-
terísticas do equipamento usado por Oersted, que foi descrito na seção “Ciência em
movimento:umahistóriasobreasrelaçõesentreeletricidadeemagnetismo”.
LivrosExperiências de Física na escola. Santos Diez Arribas.4. ed. Passo Fundo: EDIUPF, 1996. Disponível
em: <www.upf.br/editora>. Acesso em: 14 mar. 2011.
» OlivroédirigidofundamentalmenteaprofessoresealunosdoEnsinoFundamental,trazumgrandenúmero
deatividadeseexperiênciasquepoderãoserfeitasemsaladeaula.
Universo elétrico. David Bodanis. São Paulo: Record. 2008.
» O livro traz explicações sobre os campos de força sob o Atlântico, os satélites de
posicionamento global, e como a descoberta e o uso da eletricidade transformaram o
nossomundo.
Ciência Hoje na Escola (coleção). Rio de Janeiro: SBPC, 2000. v. 5. (Ver e ouvir).
» Estevolumetratadeconceitosrelacionadosàluzeaosom.
Rio de Janeiro: SBPC, 2000. v. 12. (Eletricidade).
» Estevolumeabordaconceitosfundamentaisdeeletricidade.
Do grito ao satélite. Antonio Costella. 5. ed. São Paulo: Mantiqueira, 2002.
» OlivroapresentaahistóriadosmeiosdecomunicaçãonoBrasilenomundodesdeoiníciodaescrita.
Ondas e bits. Mauro M. Doria. São Paulo: Livraria da Física, 2006. (Temas atuais de Física).
» Um livro de linguagem simples que aborda micro-ondas, nanotecnologia, raios ultravioleta, e
supercondutividade.
A eletricidade e suas aplicações. Alberto Gaspar. São Paulo: Ática, 1999.
» Trata-sedeumlivroparadidáticoqueapresentademodoumtantotradicionalosconceitosdaeletricidade.
Edison e a lâmpada elétrica. Steve Parker. São Paulo: Scipione, 1999. (Caminhos da Ciência).
» Trata-sedeumpequenolivroquetrazumabiografiacomentadadeThomasEdison.
O ouvido e a audição. Steve Parker. Adaptação de Amabis & Martho. São Paulo: Scipione, 1993. (O
corpo humano).
» Olivroapresentaaestruturaeofuncionamentodoaparelhoauditivohumano.
Audição e fala. Telma Lúcia F. Rossi. São Paulo: Ática, 1996.
» Olivroexplicacomsimplicidadeosmecanismosdeaudiçãoefalaquepermitemacomunicaçãooralhumana.
Endereços eletrônicos<www.aminharadio.com>. Acesso em: 14 mar. 2011.
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<www.canalkids.com.br/tecnologia>. Acesso em: 14 mar. 2011.
» Trazinformaçõeseilustraçõesfeitasparainformarascriançaseosjovenssobreahistóriadotelefone,do
rádio,datelevisão,dainternetedeoutrosmeiosdecomunicação.
<www.ludoteca.if.usp.br/ripe/index.html>. Acesso em: 14 mar. 2011.
» SitedaExperimentoteca-LudotecadoInstitutodeFísicadaUSPcomsimulaçõesdechavesinterruptorase
váriostiposdecircuitoselétricos.
05_11_f046_9CCaS
285
Para explorar
Para conclu
ir
ABREU, K.; MAKLER, M. Por que sentimos choque? Revista Ciência Hoje das Crianças, n. 134, abr. 2003, p. 28.
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