Editoracao Eletronica

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Hip Hop

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Felipe Moraes e Rodrigo Pinheiro

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Hip Hop

Sumário03. História do Hip Hop04. História do Hip Hop05. Rap no Brasil06. Artistas brasileiros

Hip HopA história do

O hip-hop emergiu em meados da década de 1970 nos subúrbios

negros e latinos de Nova Iorque. Estes subúrbios, verdadeiros guetos,

enfrentavam diversos problemas de ordem social como pobreza, violên-

cia, racismo, tráfico de drogas, carência de infra-estrutura e de edu-

cação, entre outros. Os jovens en-contravam na rua o único espaço de

lazer, e geralmente entravam num sistema de gangues, as quais se

confrontavam de maneira violenta na luta pelo domínio territorial. As

gangues funcionavam como um sistema opressor dentro das

próprias periferias - quem fazia parte de algumas das gangues, ou quem estava de fora, sempre conhecia os territórios e as regras impostas por

elas, devendo segui-las rigidamente.

Esses bairros eram essencialmente habitados por imigrantes do Caribe, vindos principalmente da Jamaica. Por lá, existiam festas de rua com

equipamentos sonoros ou carros de som muito possantes chamados de

Sound System (carros equipa-dos com sistemas de som, parecidos com trios elétri-cos). Os Sound System

foram levados para o Bronx, um dos bairros de

Nova Iorque de maioria negra, pelo DJ Kool

Herc, que com doze anos migrou para os Es-

tados Unidos com sua família. Foi Herc quem

introduziu o Toaster (modo de cantar com

levadas bem fraseadas e rimas bem feitas,

muitas vezes bem politiza-das e outras banais e sex-uais, cantadas em cima de

reggae instrumental), que daria origem ao rap.

Neste contexto, nasciam diferentes manifestações artísticas de rua,

formas próprias, dos jovens ligados àquele movimento, de se fazer

música, dança, poesia e pintura. Os DJs Afrika Bambaataa, Kool Herc e Grand Master Flash, GrandWizard Theodore, GrandMixer DST (hoje

DXT), Hollywood e Pete Jones, entre outros, observaram e partici-

param destas ex-pressões de rua, e

começaram a orga-nizar festas nas

quais estas man-ifestações tinham

espaço - assim nasceram as Block

Parties.

As gangues foram encontrando naquelas

novas formas de arte uma maneira de canali-

zar a violência em que viviam submersas, e

passaram a frequentar as festas e dançar break,

competir com passos de dança e não mais com

armas. Essa foi a proposta de Afrika Bambaataa, consider-ado, hoje, o padrinho da cultu-

ra hip-hop, o idealizador da junção dos elementos, cri-

ador do termo hip-hop e por anos tido como "master of records" (mestre dos discos), por sua vasta coleção de discos de vinil.

DJ Hollywood foi um DJ de grande im-portância para o movimento. Apesar de tocar ritmos mais pop como a dis-coteca, foi o primeiro a introduzir, em suas festas, MCs que animavam com rimas e frases que deram início ao rap. Os MCs passaram a fazer discursos rimados sobre a comunidade, à festa e outros aspectos da vida cotidiana. Taki 183, o grande mestre do Pixo, fez uma revolução em Nova Iorque ao lançar suas "Tags" (assinaturas) por toda cidade, sendo noticiado até no The New York Times à época. Depois dele vieram Blade, Zephyr, Seen, Dondi, Futura 2000, Lady Pink, Phase 2, Cope2 entre outros.

Em 12 de novembro de 1973, foi criada a primeira organização que tinha em seus interesses o hip hop. Sua sede estava situada no bairro do Bronx. A Zulu Nation tem, como objeti-vo, acabar com os vários problemas dos jovens dos subúrbios, especial-mente a violência. Começaram a orga-nizar "batalhas" não violentas entre gangues com um objetivo pacificador. As batalhas consistiam em uma com-petição artística.

RapA história do

no BrasilAntes mesmo do rap chegar ao

Brasil, algumas canções no estilo já tinham sido lançadas. Como pos-

síveis primeiras canções estão "Deixa Isso Pra Lá" (1964) de Jair

Rodrigues1 , "Melô do Tagarela" (1979) de Arnaud Rodrigues e Luís Carlos Miele (paródia de Rapper's

Delight de Sugarhill Gang)2 , "Man-damentos Black" (1977)3 e Mêlo do

Mão Branca" (1984) de Gerson King Combo4 . Outros como Rappin Hood, apontam que os repentistas nordesti-

nos seriam os precursores do estilo no país5 .

O rap chegou ao Brasil no final dos anos 1980, com grupos de periferia

que se reuniam na estação São Bento do metrô de São Paulo, lugar

onde o movimento punk começava a surgir. Nesta época, as pessoas não aceitavam o rap, pois consideravam este estilo musical como sendo algo violento e tipicamente de periferia.6 Os primeiros a frequentarem o local

foram os dançarinos de breakdance, o principal tipo de dança hip hop.7

O dançarino Nelson Triunfo é consid-erado um dos primeiros dançarinos

de breakdance do país8 . Dentre estes b-boys, muitos acabaram de-

cidindo serem rappers, como são chamados os cantores de rap. Apeli-dados de "tagarelas", tiveram que se

mover para a Praça Roosevelt porque houve uma divisão de grupos

para cada um continuar difundindo um pilar da cultura hip hop em cada lugar.9 Pouco tempo depois, os rap-

pers tornaram-se os principais repre-sentantes do movimento no Brasil.

Em 1993, no Rio de Janeiro, MV Bill par-ticipou da coletânea Tiro Inicial, que foi crucial para que seguisse na carreira de rapper.14 Mas seu primeiro álbum, Trafi-

cando Informação, só viria em 1999. Com esse álbum, MV Bill recebeu o Prêmio Hutúz de 2000, na categoria

álbum do ano.23

RapArtista do

brasileiroMauro Mateus dos Santos

(São Paulo, 3 de abril de 1973 — São Paulo, 24 de

janeiro de 2003), mais con-hecido pelo seu nome

artístico Sabotage, foi um compositor, cantor e ator

brasileiro. Mauro, pai de 3 filhos, nasceu na Zona Sul de São Paulo, onde, depois de ter sido assaltante e gerente de tráfi-

co, encontrou a saída no rap, en-trando na música e percebendo o seu verdadeiro dom. A origem do

apelido Sabotage deu-se por estar sempre conseguindo burlar as leis

com tremendo êxito, como entrar em bailes, festas e boates sem

permissões, e saindo ileso de um Mauro Mateus dos Santos (São Paulo, 3

de abril de 1973 — São Paulo, 24 de janei-ro de 2003), mais conhecido pelo seu

nome artístico Sabotage, foi um composi-tor, cantor e ator brasileiro. Mauro, pai de 3

filhos, nasceu na Zona Sul de São Paulo, onde, depois de ter sido assaltante e ger-ente de tráfico, encontrou a saída no rap, entrando na música e percebendo o seu

verdadeiro dom. A origem do apelido Sabo-tage deu-se por estar sempre conseguindo

burlar as leis com tremendo êxito, como

eras confusões. Considerado uma lenda na Zona Sul, ele inspirou vários

rappers, como Rhossi, Pavilhão 9, além de ter ensinado Paulo Miklos

como ser um digno malandro, no filme "O Invasor", de Beto Brant, com quem

escreveu até uma música. Sabotage fez um único disco solo, o Rap é Com-

promisso!, e participou de vários CDs com o