Editorial A Imortalidade do Espírito -...

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Rua Begônia , 98 - Vila da Penha - RJ / CEP : 21.210-220 Fone : (21) 3252-1437 Ano XIV - Edição 158 - NOVEMBRO / 2016 www.irmaoclarencio.org.br Boletim Informativo do Centro Espírita Irmao Clarêncio SEGUNDA-FEIRA /19:30 às 21:00 Curso de Treinamento para o Serviço da Desobsessão. TERÇA-FEIRA /18:00 às 19:15 • A vida de Yvonne do Amaral Pereira. TERÇA-FEIRA /19:30 às 21:00 • Curso de Orientação Mediúnica e Passes. • Curso de Orientação e Treinamento para Servi ços Específicos. • Curso de Orientação e Treinamento para o Aten- dimento Fraterno. • Curso de Orientação para o Trabalho de Trata- mento Espiritual. • Obras de André Luiz (livro: Nosso Lar/ livro: Mecanismos da Mediunidade). • Obras de Yvonne Pereira (livro: Devassando o Invisível/livro: Recordações da Mediunidade QUARTA-FEIRA / 17:30 às 18:30 • Esperanto (término 19h). • Grupo de Estudos Antonio de Aquino (livro: No Invisível). 18: às 18:40 Grupo de Estudos Altivo Pamphiro (Livro: Técnica de Passes) QUINTA-FEIRA / 15:00 às 16:30 • O que é o Espiritismo. • História do Espiritismo ( 2° Semestre) • O Livro dos Espíritos. • O Evangelho Segundo o Espiritismo. • O Livro dos Médiuns. • O Céu e o Inferno. • A Gênese. • Obras Póstumas. • Obras de Léon Denis (livro: Depois da Morte). 4 18:20 às 19:10 • Aprofundamento de O Livro dos Espíritos 4 19:30 às 21:00 • O que é o Espiritismo. • História do Espiritismo ( 2° Semestre) • O Livro dos Espíritos. • O Evangelho Segundo o Espiritismo. • O Livro dos Médiuns. • O Céu e o Inferno. • A Gênese. • Obras Póstumas. • Obras de Léon Denis (Livro: Depois da Morte). • Revista Espírita. Sábado / 8:30 às 9:30 ou 16:30 às 17:30 • Curso Permanente para Médiuns do CEIC – (2º e 4º sábados do mês). 4 09:50 às 11:10 A Família na Visão Espírita - (aberto a todos - 2 o e 4 o sábados do mês). 4 16:00 às 17:30 • Valorização da Vida (aberto a todos). • O que é o Espiritismo. • História do Espiritismo( 2° Semestre) • O Livro dos Espíritos. • O Evangelho Segundo o Espiritismo. • O Livro dos Médiuns. • O Céu e o Inferno. • A Gênese. • Obras Póstumas. • Curso de Orientação Mediúnica e Passes. O pensamento de Emmanuel ( 1º e 3° sábados do mês). • Obras de Allan Kardec para Jovens de 18 a 25 anos. Cursos no C.E.I.C. pág. 7 pág. 2 pág. 5 pág. 6 pág. 12 Vida – Dádiva de Deus: Suicídas Clareando as Ideias com Kardec: Progresso da Legislação Humana pág. 14 Educação Senda de Luz: A Educação pág. 13 A Família na Visão Espírita: Aos Pais de Família pág. 10 Do Outro Lado da Vida: História de um Criado Deus Causa Primeira: Reflexões Elucidações Doutrinárias: Objetivo da Evolução Na Seara Mediúnica: Na Mediunidade Nesta Edição : pág. 17 Comemoração Especial: Evocação dos Mortos Agradecemos ao BUREAU DE IMPRESSÃO BELLA COPY pela colaboração na impressão deste Boletim. (www.bellacopy.com.br) “A alma traz, gravada em si mesma, a lei de seus destinos. Aprender a so- letrar os preceitos, a decifrar esse enigma, eis a verdadeira ciência da vida. (...) Nos recônditos todas as potências estão em gérmen, esperando a hora de fecundação para desabrochar em feixes de luz”. (¹) Diante destas reflexões, cabe-nos questionar: teríamos condição de, numa única existência, desenvolver todas as potências da alma? A lógica nos leva a concluir que “não”. Precisamos de vários estágios na ma- terialidade para alcançar o alvo supremo da vida: a perfeição. É com essas idas e vindas do plano material ao plano espiritual que iremos proporcionar, passo a passo, o desabrochar desses germens. Já fizemos essa mudança de planos várias vezes. Pensemos nisso: não existe a morte do Espí- rito! Ao encerrarmos um estágio na Terra, continuaremos nossa existência num outro plano vibratório. Assim é para todos nós. “A morte é uma simples mudança de estado; a destruição de uma forma frá- gil, que já não proporciona à vida as condições necessárias ao seu aperfei- çoamento e à sua evolução”. (²) Somos Espíritos imortais criados por um Pai de justiça, amor e bondade: Deus. Viveremos sempre! Paz em nosso coração! (¹) Depois da Morte, Léon Denis, 2ª parte, capítulo XII. (²) O Problema do Ser e do Destino, Léon Denis, 1ª parte, capítulo X. Editorial A Imortalidade do Espírito

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Rua Begônia , 98 - Vila da Penha - RJ / CEP : 21.210-220Fone : (21) 3252-1437

Ano XIV - Edição 158 - NOVEMBRO / 2016www.irmaoclarencio.org.br

Boletim Informativo do Centro Espírita Irmao Clarêncio

SEGUNDA-FEIRA /19:30 às 21:00• Curso de Treinamento para o Serviço da Desobsessão.TERÇA-FEIRA /18:00 às 19:15• A vida de Yvonne do Amaral Pereira.TERÇA-FEIRA /19:30 às 21:00• Curso de Orientação Mediúnica e Passes.• Curso de Orientação e Treinamento para Servi ços Específicos.• Curso de Orientação e Treinamento para o Aten-dimento Fraterno.• Curso de Orientação para o Trabalho de Trata-mento Espiritual.• Obras de André Luiz (livro: Nosso Lar/ livro: Mecanismos da Mediunidade).• Obras de Yvonne Pereira (livro: Devassando o Invisível/livro: Recordações da MediunidadeQUARTA-FEIRA / 17:30 às 18:30• Esperanto (término 19h).• Grupo de Estudos Antonio de Aquino (livro: No Invisível).18: às 18:40Grupo de Estudos Altivo Pamphiro (Livro: Técnica de Passes)QUINTA-FEIRA / 15:00 às 16:30• O que é o Espiritismo.• História do Espiritismo ( 2° Semestre)• O Livro dos Espíritos.• O Evangelho Segundo o Espiritismo.• O Livro dos Médiuns.• O Céu e o Inferno.• A Gênese.• Obras Póstumas.• Obras de Léon Denis (livro: Depois da Morte).4 18:20 às 19:10• Aprofundamento de O Livro dos Espíritos4 19:30 às 21:00• O que é o Espiritismo.• História do Espiritismo ( 2° Semestre)• O Livro dos Espíritos.• O Evangelho Segundo o Espiritismo.• O Livro dos Médiuns.• O Céu e o Inferno.• A Gênese.• Obras Póstumas.• Obras de Léon Denis (Livro: Depois da Morte).• Revista Espírita.Sábado / 8:30 às 9:30 ou 16:30 às 17:30• Curso Permanente para Médiuns do CEIC – (2º e 4º sábados do mês).4 09:50 às 11:10 A Família na Visão Espírita - (aberto a todos - 2o e 4o sábados do mês).4 16:00 às 17:30• Valorização da Vida (aberto a todos).• O que é o Espiritismo.• História do Espiritismo( 2° Semestre)• O Livro dos Espíritos.• O Evangelho Segundo o Espiritismo.• O Livro dos Médiuns.• O Céu e o Inferno.• A Gênese.• Obras Póstumas.• Curso de Orientação Mediúnica e Passes.• O pensamento de Emmanuel ( 1º e 3° sábados do mês).• Obras de Allan Kardec para Jovens de 18 a 25 anos.

Cursos no C.E.I.C.

pág. 7

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pág. 12

Vida – Dádiva de Deus:Suicídas

Clareando as Ideias com Kardec:Progresso da Legislação Humana

pág. 14 Educação Senda de Luz:A Educação

pág. 13

A Família na Visão Espírita:Aos Pais de Família

pág. 10

Do Outro Lado da Vida:História de um Criado

Deus Causa Primeira:Reflexões

Elucidações Doutrinárias:Objetivo da Evolução

Na Seara Mediúnica:Na Mediunidade

Nesta Edição :

pág. 17 Comemoração Especial:Evocação dos Mortos

Agradecemos ao Bureau de Impressão Bella Copy pela colaboração na impressão deste Boletim.(www.bellacopy.com.br)

“A alma traz, gravada em si mesma, a lei de seus destinos. Aprender a so-letrar os preceitos, a decifrar esse enigma, eis a verdadeira ciência da vida. (...) Nos recônditos todas as potências estão em gérmen, esperando a hora de fecundação para desabrochar em feixes de luz”. (¹)Diante destas reflexões, cabe-nos questionar: teríamos condição de, numa única existência, desenvolver todas as potências da alma?A lógica nos leva a concluir que “não”. Precisamos de vários estágios na ma-terialidade para alcançar o alvo supremo da vida: a perfeição.É com essas idas e vindas do plano material ao plano espiritual que iremos proporcionar, passo a passo, o desabrochar desses germens. Já fizemos essa mudança de planos várias vezes. Pensemos nisso: não existe a morte do Espí-rito! Ao encerrarmos um estágio na Terra, continuaremos nossa existência num outro plano vibratório. Assim é para todos nós.“A morte é uma simples mudança de estado; a destruição de uma forma frá-gil, que já não proporciona à vida as condições necessárias ao seu aperfei-çoamento e à sua evolução”. (²)Somos Espíritos imortais criados por um Pai de justiça, amor e bondade: Deus.Viveremos sempre!Paz em nosso coração!

(¹) Depois da Morte, Léon Denis, 2ª parte, capítulo XII.(²) O Problema do Ser e do Destino, Léon Denis, 1ª parte, capítulo X.

Editorial

A Imortalidade do Espírito

Clareando / Ano XIV / Edição 158 / Novembro . 2016 - Pág . 2

Campanha CEIC

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Reflexões

Deus - Causa Primeira

Não te permitas, em circunstância nenhuma, o abismo da revolta geradora da tristeza e da melancolia de longo e pernicioso curso.Exulta de alegria e entrega-te a Deus, cantando-Lhe um hino de louvor”. (lição 11).

*Deus está contigo em todos os instantes da tua vida, auxiliando-te, inspirando--te, ajudando-te no desenvolvimento espiritual e moral, a fim de que alcances as cumeadas do progresso. Sob o comando de Deus, nunca te encontrarás a sós.Deixa-te conduzir por Deus e tudo se te apresentará rico de bênçãos”. (lição26)Fonte: Entrega-te a Deus, Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo Pereira Franco, Editora Inter Vidas.

Claridade em nossas vidas

Lírio alvo que reluz

Auxílio é o teu nome

Redentor que nos conduz

Esperança sempre temos

Nunca há de nos faltar

Coração como és grande

Irmão a nos resguardar

Oh! Grande Ministro CLARÊNCIO toda glória queremos te dar.

(Uma trabalhadora da CASA)

Acróstico

Dia : 13 / 11 / 2016 - 16 horasCulto no Lar de

Sonia Dorothéa Migueis

Atividades Doutrinárias

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InformatIvo do CeIC

Deus é a inteligência suprema, causa primeira de todas as coisas”.

(O Livro dos Espíritos, questão 1).

A prova da existência de Deus se encontra “Num axioma que aplicais às vossas ciências. Não há efeito sem causa. Procurai a causa de tudo o que não é obra do homem e a vossa razão responderá”.

(O Livro dos Espíritos, questão 4).

Clareando / Ano XIV / Edição 158 / Novembro . 2016 - Pág . 3

àquele que se vota aos objetos que lhe pertenceram, que ele tocou e que as pessoas que lhe são afeiçoadas guar-dam como relíquias. Era isso o que aquele homem não podia por si mes-mo compreender. Jesus lho ensina, di-

zendo: Não te preocupes com o corpo, pensa antes no Espírito; vai ensinar o reino de Deus; vai dizer aos homens que a pátria deles não é a Terra, mas o céu, porquanto somente lá transcorre a verdadeira vida.

Fonte: O Evangelho Segundo o Espi-ritismo, Allan Kardec, capítulo XXIII, itens 7 e 8, Editora FEB.

Deixar aos Mortos o Cuidado de Enterrar seus Mortos

Que podem significar estas pala-vras: “Deixa aos mortos o cuidado de enterrar seus mortos”? As consi-derações precedentes mostram, em primeiro lugar, que, nas circunstân-cias em que foram proferidas, não po-diam conter censura àquele que considerava um dever de piedade filial ir sepultar seu pai. Tem, no entanto, um sentido profundo, que só o conhecimento mais comple-to da vida espiritual podia tornar perceptível. A vida espiritual é, com efeito, a verdadei-ra vida; é a vida normal do Espírito, sendo-lhe transitória e passageira a existência terrestre, espécie de morte,

se comparada ao esplendor e à ativi-dade da outra. O corpo não passa de simples vestimenta grosseira que tem-porariamente cobre o Espírito, ver-dadeiro grilhão que o prende à gleba terrena, do qual se sente ele feliz em

libertar-se. O respeito que aos mortos se consagra não é a matéria que o ins-pira; é, pela lembrança, o Espírito au-sente quem o infunde. Ele é análogo

Semeando o Evangelho de Jesus

“Eis que o Semeador saiu a semear.”

"Jesus e o Evangelho à Luz da Psicologia Profumda", Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo P. Franco, Editora Leal.

Se você deseja conhecer a Doutrina Espírita leia e estude primeiramente as Obras Básicas : O Livro dos Espíritos, O Evangelho Segundo o Espiritismo,O Livro dos Médiuns, O Céu e o Inferno e A Gênese.Com esse embasamento você saberá selecionar bons livros da Literatura Espírita.

• Sugestão do Mês:

Sugestão de Leitura

Disse a outro: Segue-me; e o outro respondeu: Senhor, consente que, primeiro, eu vá enterrar meu pai. - Jesus lhe retrucou: Deixa aos mortos o cuidado de enterrar seus mortos; quanto a ti, vai anunciar o reino de Deus.

(S. Lucas, cap. IX, vv. 59 e 60).

"A vida espiritual é, com efeito, a verdadeira vida; é a vida normal do Espírito..."

ReflexãoComo observar em si mesmo o entendimento e a assimilação do conhecimento espírita?“(...) Analisa o teu conhecimento doutrinário nas horas de decisão. Em tais circunstâncias é que demonstrarás para ti mesmo, e para os outros, como se te gradua o brilho do Espiritismo no âmago da razão.”

(Ignácio Bittencourt).Qual o principal obstáculo a esse entendimento?(...) Entre as causas que dificultam a marcha da Nova Revelação na Terra, destaca-se, em posição de espeta-cular e doloroso relevo, a preguiça mental.” (Ignácio Bittencourt).

(Seareiros de Volta – Waldo Vieira – páginas 105 a 107 – Editora FEB)

Fonte: Apostila do Encontro Espírita de Medicina Espiritual – ano 2001 – Seção Doutrinária

Clareando / Ano XIV / Edição 158 / Novembro . 2016 - Pág . 4

Revista Espírita

JúpiterInfinitamente maior que a Terra, o pla-neta Júpiter não apresenta o mesmo as-pecto. É inundado por uma luz pura e brilhante, que ilumina sem ofuscar. As árvores, as flores, os insetos, os animais, dos quais os vossos são o ponto de par-tida, ali são maiores e aperfeiçoados; a Natureza é mais grandiosa e mais varia-da; a temperatura é igual e deliciosa; a harmonia das esferas encanta os olhos e os ouvidos. A forma dos seres que o habitam é a mesma que a vossa, mas embelezada, aperfeiçoada e, sobretu-do purificada. Não somos submetidos às condições materiais de vossa natu-reza: não temos as necessidades, nem as doenças que lhes são consequência. Somos almas revestidas de um envol-tório diáfano, que conserva os traços de nossas passadas migrações; aparecemos aos amigos tal como nos conheceram, porém iluminados por uma luz divina, transfigurados por nossas impressões in-teriores, que são sempre elevadas. Como a Terra, Júpiter é dividido num grande número de países de aspectos variados, mas não de clima. As diferenças de con-dições são determinadas apenas pela superioridade moral e de inteligência; não há senhores nem escravos; os mais elevados graus são marcados somente pelas comunicações mais diretas e mais frequentes com os Espíritos puros e pe-las mais importantes funções que nos são confiadas. Vossas habitações não vos podem dar nenhuma ideia das nos-sas, pois não temos as mesmas necessi-dades. Cultivamos as artes,chegadas a um grau de perfeição desconhecida en-tre vós. Gozamos de espetáculos subli-mes; entre eles, o que mais admiramos,à medida que melhor compreendemos, é o da inesgotável variedade das criações,

variedades harmoniosas que têm o mes-mo ponto de partida e se aperfeiçoam no mesmo sentido. Todos os sentimentos ternos e elevados da natureza humana, nós os encontramos engrandecidos e purificados, e o desejo incessante que temos, de alcançar o plano dos Espíritos puros, não é um tormento, mas uma no-bre ambição que nos impele ao aperfei-çoamento. Estudamos incessantemente, com amor, para nos elevarmos até eles, o que também fazem os seres inferiores para nos igualarem. Vossos pequenos ódios, vossos ciúmes mesquinhos nos são desconhecidos; um laço de amor e de fraternidade nos une: os mais fortes ajudam os mais fracos. Em vosso mun-do tendes necessidade da sombra do mal para sentir o bem, da noite para admirar a luz, da doença para apreciar a saúde. Aqui, esses contrastes não são neces-sários; a eterna luz, a eterna bondade, a calma eterna da alma nos cumulam de uma eterna alegria. Eis o que o Espírito humano tem mais dificuldade para com-preender: se foi engenhoso para pintar os tormentos do inferno, jamais pôde representar as alegrias do céu. E por quê? Porque, sendo inferior, só tendo suportado sofrimentos e misérias, não foi capaz de entrever as claridades ce-lestes; não vos pode falar senão do que

conhece, como o viajante descreve os países que percorreu. Mas, à medida que se eleva e se depura, o horizonte se aclara e ele compreende o bem que está à sua frente, como compreendeu o mal que ficou para trás. Já outros Espíritos tentaram vos fazer compreender, tan-to quanto o permite a vossa natureza, o estado dos mundos felizes, a fim de vos estimular a seguir o único caminho que a eles pode conduzir. Mas há entre vós os que estão de tal modo ligados à matéria, que ainda preferem as alegrias materiais da Terra às alegrias puras, re-servadas ao homem que sabe desligar-se delas. Que gozem, pois, enquanto estão aqui! Porque um triste revés os espera, talvez mesmo nesta vida. Os que esco-lhemos para nossos intérpretes são os primeiros a receber a luz. Infelizes, so-bretudo, os que não aproveitam o favor que Deus lhes concede, porquanto sua justiça pesará sobre eles!

Georges

Mensagem psicografada pela médium Sra. Costel.

Fonte: Revista Espírita, Allan Kardec, outubro, 1860, Editora FEB.

“Allan Kardec, durante onze anos e quatro meses de trabalho intensivo (1858 – 1869), ofereceu-nos, ao vivo, toda a História do Espiritismo, no processo de seu desenvolvimento e sua propagação no século dezenove”. (Introdução, Revista Espírita de 1858, EDICEL).Assim se expressa Allan Kardec sobre a Revista Espírita, em O Livro dos Médiuns, item 35-4º: “Variada coletânea de fatos, de explicações teóricas e de trechos isolados, que complementam o que se encontra nas duas obras precedentes (*), formando-lhes, de certo modo, a aplicação”.(*) O Livro dos Espíritos e O Livro dos Médiuns, conforme item 35-3º.

Clareando / Ano XIV / Edição 158 / Novembro . 2016 - Pág . 5

Elucidações Doutrinárias

Objetivo da Evolução(*)

O objetivo da evolução, a razão de ser da vida não é a felicidade terrestre, como muitos erradamente creem, mas o aper-feiçoamento de cada um de nós, e esse aperfeiçoamento devemos realizá-lo por meio do trabalho, do esforço, de todas as alternativas da alegria e da dor, até que nos tenhamos desenvolvido com-pletamente e elevado ao estado celeste. Se há na Terra menos alegria do que so-frimento, é que este é o instrumento por excelência da educação e do progresso, um estimulante para o ser, que, sem ele, ficaria retardado nas vias da sensualida-de. A dor, física e moral, forma a nossa experiência. A sabedoria é o prêmio.

Pouco a pouco a alma se eleva e, conforme vai subindo, nela se vai acu-mulando uma soma sempre crescente de saber e virtude; sente-se mais estrei-tamente ligada aos seus semelhantes; comunica mais intimamente com o seu meio social e planetário. Ele-vando-se cada vez mais, não tarda a ligar-se por laços pujantes às sociedades do Espaço e de-pois ao Ser Universal.

Assim, a vida do ser consciente é uma vida de solidariedade e liberdade. Livre dentro dos limites que lhe assina-lam as leis eternas, faz-se o arquiteto do seu destino. O seu adiantamento é obra

sua. Nenhuma fatalidade o oprime, salvo a dos próprios atos, cujas consequências nele recaem; mas, não pode desenvolver--se e medrar senão na vida coletiva com o recurso de cada um e em proveito de todos. Quanto mais sobe, tanto mais se sente viver e sofrer em todos e por todos.

“Deus não permite que ao homem tudo seja revelado neste mundo”. “O véu se levanta a seus olhos à medida que ele se depura”. “A Ciência lhe foi dada para seu adiantamento em todas as coisas; ele, porém, não pode ultrapassar os limites que Deus estabeleceu”.

(O Livro dos Espíritos, Allan Kardec, questões 17, 18 e 19).

"Se há na Terra menos alegria do que sofrimento, é que este é

o instrumento por excelência da educação e do progresso,..."

Na necessidade de se elevar a si mesmo, atrai a si, para fazê-los chegar ao estado espiritual, todos os seres humanos que povoam os mundos onde viveram. Quer fazer por eles o que por ele fizeram os seus irmãos mais velhos, os grandes Es-píritos que o guiaram na sua marcha.

(*) Título criado para este trecho do tex-to. Título do texto completo: Evolução e Finalidade da alma.

Fonte: O Problema do Ser e do Destino, Léon Denis, 1ª parte, capítulo IX (pe-queno trecho), Editora FEB.

Fonte: Reflexões - Volume IEspírito : Dr. HermannPsicografia : Altivo Carissimi Pamphiro

Gotas de Luz

Seleção de textos :José Roberto Gouvêa

"Todas as vezes que, por qualquer luta ou dificuldade, estivermos a ponto de desistir da vida, do trabalho, do aprendizado, e nos desesperarmos, lembremo-nos de que devemos entender porque estamos sofrendo. E, de posse desse entendimento, certamente teremos forças para superar a dor em si."

Clareando / Ano XIV / Edição 158 / Novembro . 2016 - Pág . 6

Na Mediunidade

Na Seara Mediúnica

Não é a mediunidade que te distingue.

É aquilo que fazes dela.

A ação do instru-mento varia conforme a atitude do servidor.

A produção revela o operário.

A pena mostra a alma de quem escreve.

O patrimônio ca-minha no rumo que o mordomo dirige.

O lavrador tem a enxada, entretan-to...

Se preguiçoso, cede asilo à ferru-gem.

Se delinquente, empresta-lhe o corte à sugestão do crime.

Se prestativo e diligente, ergue, ditoso, o berço de flor e pão.

O legislador guarda o poder; con-tudo, através dele...

Se irresponsável, estimula a de-sordem.

Se desonesto, incentiva a pilha-gem.

Se consciente e abnegado, é funda-mento vivo à cultura e ao progresso.

O artista dispõe de mais amplos recursos da inteligência; todavia, com eles...

Se desequilibrado, favorece a lou-cura.

Se corrompido, estende a viciação.Se enobrecido e generoso, surgirá

sempre como esteio à virtude.Urge reconhecer, no entanto, que

acerca das qualidades e possibilidades do lavrador, do legislador e do artis-ta, na concessão do mandato que lhes é confiado, apenas à Lei Divina real-mente cabe julgar.

Todos nós, porém, de imediato, conseguimos classificar-lhes a influên-cia pelos males ou bens que espalhem.

Assim também na mediunidade.Seja qual for o talento que te en-

riquece, busca primeiro o bem, na convicção de que o bem, a favor do próximo, é o bem irrepreensível que podemos fazer.

Desse modo, ainda mesmo te sin-tas imperfeito e desajustado, infeliz ou doente, utiliza a força medianí-mica de que a vida te envolve, aju-dando e educando, amparando e ser-vindo, no auxílio aos semelhantes, porque o bem que fizeres retornará dos outros ao teu próprio caminho, como bênção de Deus a brilhar so-bre ti.

Emmanuel

Obs.: Estudo baseado no item 226, 1º§ de O Livro dos Médiuns, Allan Kardec·.

Fonte: Seara dos Médiuns, psico-grafia de Francisco Cândido Xavier

Todo aquele que sente, num grau qualquer, a influência dos Espíritos é, por esse fato, médium. Essa faculda-de é inerente ao homem; não constitui, portanto, um privilégio exclusivo. Por isso mesmo, raras são as pes-soas que dela não possuam alguns rudimentos. Pode, pois, dizer-se que todos são, mais ou menos, médiuns.

(O Livro dos Médiuns, Allan Kardec, item 159, Editora FEB).

Fonte: Reflexões - Volume IEspírito : BalthazarPsicografia : Altivo Carissimi Pamphiro

Gotas de Luz

Seleção de textos :José Roberto Gouvêa

"A amizade é um dos valores mais importantes que o homem pode desenvolver enquanto encarnado. Pela amizade, ele cria condições para a continuidade da própria vida, pois ninguém há que viva sozinho, sem amparo, sem forças, sem sustentação."

Clareando / Ano XIV / Edição 158 / Novembro . 2016 - Pág . 7

Do Outro Lado da Vida

História de um CriadoServindo a uma família de alta posição, era um moço cuja figura inteligente e fina surpreendia por sua distinção. Em suas maneiras nada havia de rústico ou plebeu, e, ao mesmo tempo em que diligenciava bem servir seus patrões, estava longe de ostentar quaisquer servilismos, aliás, muito próprios das pessoas de sua condição. Voltando, de uma feita, a casa dessa família, onde o conhecêramos, e porque não o víssemos, perguntamos se o haviam despedido.

Disseram-nos que tinha ido passar alguns dias na sua terra natal, e que lá falecera. Disseram-nos, mais, que muito lamentavam a perda de tão excelente moço, possuidor de sentimentos assaz elevados para a sua posição. E acrescentaram que ele lhes era muito dedicado, dando provas de grande afeição.

Mais tarde, veio-nos a ideia de evocar esse rapaz, e eis o que nos disse ele:

“Na penúltima encarnação, havia eu nascido de muito boa família, como se diz na Terra, mas cujos bens estavam arruinados pelas prodigalidades de meu pai. Órfão muito criança, um amigo deste recolheu-me e mandou educar-me excelentemente como um filho, educação essa que me suscitou tal ou qual vaidade. Meu protetor, de então, é hoje o Sr. G..., ao serviço do qual me conhecestes. É que eu quis expiar o orgulho, na última existência, sob a condição de servo, provando ao mesmo tempo a dedicação devida ao meu benfeitor. Cheguei mesmo a salvar-lhe a vida sem que ele o soubesse. Isso constituiu também uma provação da qual saí vitorioso e bastante confortado para me não deixar corromper num meio vicioso. Conservando-me impoluto, a despeito dos maus exemplos, agradeço a Deus a recompensa, na felicidade que hoje gozo”.

- P. Em que circunstâncias salvastes a vida de G...?

- R. Evitando que fosse esmagado por um grande tronco, em passeio a cavalo. Eu que o seguia, só, percebi a iminência

do perigo, e com um grito lancinante fi-lo voltar rápido, enquanto o tronco se abatia.

Nota - G..., a quem referimos o fato, dele se lembrou perfeitamente.

- P. Por que desencarnastes tão jovem? - R. Porque Deus julgou suficiente a prova.

- P. Como pudestes aproveitar essa provação quando não tínheis noção da sua causa anterior?

- R. Na humildade da minha condição ainda me restava um instinto daquele orgulho; fui feliz por tê-lo domado,

tornando proveitosa a provação que, a não ser assim, eu teria de recomeçar. Nos seus momentos de liberdade, o meu Espírito lembrava-se do que fora e ao despertar invadia-lhe um desejo intuitivo de resistir às más tendências. Tive mais mérito lutando assim, do que se tivesse a lembrança do passado. Com essa lembrança o orgulho de outros tempos se teria exaltado, perturbando-me, ao passo que deste modo apenas tive que combater as influências nocivas da minha nova condição.

- P. De que serviu terdes recebido uma brilhante educação, uma vez que na última encarnação não vos era possível lembrar os conhecimentos adquiridos?

- R. Tais conhecimentos, dada a minha ulterior condição, seriam

supérfluos; por isso ficaram num estado latente para que hoje eu os reencontrasse. Mas tais conhecimentos não me foram de todo inúteis, visto como, desenvolvendo-me a inteligência, me incutiram predileção instintiva pelas coisas elevadas e repugnância pelos baixos e ignóbeis exemplos que tinha à vista. Sem aquela educação, eu não passaria de um criado.

- P. A abnegação dos criados para com os patrões terá por ascendente o fato de relações anteriores?

- R. Sem dúvida, e ao menos é esse o caso comum. Às vezes tais criados são membros da mesma família, ou, como no meu caso, escravos do reconhecimento e que procuram saldar uma dívida, ao mesmo tempo concorrendo para que progridam por sua dedicação. Vós não compreendeis todos os efeitos da simpatia que a anterioridade de relações produz aí no mundo. A morte em absoluto não interrompe essas relações, que podem perpetuar-se por séculos e séculos.

- P. Por que são hoje tão raros esses exemplos de dedicação?

- R. Causal a feição egoística e orgulhosa do vosso século, agravada ainda pela incredulidade das ideias

materialistas. A verdadeira fé antepõe-se presentemente a cobiça, a avidez do ganho, em detrimento da abnegação. Induzindo os homens à verdade, o Espiritismo fará reviver igualmente as virtudes esquecidas.

Nota - Nada melhor do que este exemplo para evidenciar o benefício do esquecimento em relação às existências anteriores. Se G... tivesse ciência do que havia dito o seu criado, ficaria para com ele numa posição embaraçosa, e não o conservaria como tal, obstando, por conseguinte, uma provação proveitosa para ambos.

Fonte: O Céu e o Inferno, Allan Kardec, parte II, capítulo VIII, Editora FEB.

Clareando / Ano XIV / Edição 158 / Novembro . 2016 - Pág . 8

Relembrando as Passagens de Jesus

loCal: Centro espírIta Irmão ClarênCIo

Encontros E Seminários

reunIão púBlICa Com preCe pelo dIa de fInados

data: 06/11/2016170 enContro espírIta soBre Joanna de ÂngelIs

data: 27/11/2016

Em Novembro90 enContro espírIta soBre CrIsto o Consolador

data: 04/12/2016estudo soBre valorIzação da vIda

exposItor: andré trIgueIro

data: 18/12/2016

Em Dezembro

E assim relatam os evangelistas

A fé na palavra de Jesus produz vida – Jesus voltou para Caná da Galileia, onde havia transformado a água em vinho. Ora, em Cafarnaum havia um funcionário do rei que tinha um filho doente. Ele ouviu dizer que Jesus tinha ido da Judeia para a Galileia. Saiu ao encontro de Jesus e lhe pediu que fosse a Cafarnaum curar seu filho que estava morrendo. Jesus disse-lhe: “Se vocês não veem sinais e prodígios, vocês não acreditam”. O funcionário do rei disse: “Senhor, desce, antes que meu filho morra! Jesus disse-lhe: “Pode ir, seu filho está vivo”. O homem acreditou na palavra de Jesus e foi embora. Enquanto descia para Cafarnaum, seus empregados foram ao seu encontro e disseram:” Seu filho está vivo”. O funcionário perguntou a que horas o menino tinha melhorado. Eles responderam: “A febre desapareceu ontem pela uma hora da tarde”. O pai

percebeu que tinha sido exatamente na mesma hora em que Jesus lhe havia dito: “Seu filho está vivo”. Então, ele acreditou, juntamente com

toda a sua família.

Esse foi o segundo sinal de Jesus. Foi realizado quando ele voltou da Judeia para a Galileia.

Esclarecendo:

O círculo da missão evangelizadora de Jesus se expande, distanciando-se cada vez mais das instituições consideradas salvadoras. Os judeus recusam Jesus, os samaritanos o acolhem. E agora, um pagão acredita na palavra dEle e se converte com toda a família. Fica, assim, rompida toda relação de dependência entre salvação e lei, entre fé e instituição. A salvação é dom de Deus para todos aqueles que se abrem e respondem a esse dom.

Fonte: Bíblia Sagrada, Novo Testamento, edição pastoral, Edições Paulinas.

Segundo Sinal

Jesus Cura o Filho do Funcionário do Rei

Clareando / Ano XIV / Edição 158 / Novembro . 2016 - Pág . 9

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Iinstruções dos Espíritos no Pentateuco Espírita

“Dá-se ao que já tem e tira-se ao que não tem.” Meditai esses grandes ensinamentos que se vos hão por vezes afigurado parado-xais. Aquele que recebeu é o que possui o sentido da palavra divina; recebeu unicamente porque tentou tornar-se digno dela e porque o Se-nhor, em seu amor misericordioso, anima os esforços que tendem para o bem. Aturados, perseverantes, esses esforços atraem as graças do Senhor; são um ímã que chama a si o que é progressivamente melhor, as graças copiosas que vos fazem fortes para galgar a montanha san-ta, em cujo cume está o repouso após o labor. “Tira-se ao que não tem, ou tem pouco.” Tomai isso como uma antítese figurada. Deus não retira das suas criaturas o bem que se haja dignado de fazer-lhes. Homens cegos e surdos! Abri as vossas inteligências e os vossos corações; vede pelo vosso Espírito; ouvi pela vossa alma e não inter-

preteis de modo tão grosseiramente injusto as palavras daquele que fez resplandecesse aos vossos olhos a justiça do Senhor. Não é Deus quem retira daquele que pouco re-cebera: é o próprio Espírito que, por pródigo e descuidado, não sabe conservar o que tem e aumentar, fecundando-o, o óbolo que lhe caiu no coração. Aquele que não culti-va o campo que o trabalho de seu pai lhe granjeou, e que lhe coube em herança, o vê cobrir-se de ervas parasitas. É seu pai quem lhe tira as colheitas que ele não quis pre-parar? Se a falta de cuidado deixou fenecessem as sementes destinadas a produzir nesse campo, é a seu pai que lhe cabe acusar por nada pro-duzirem elas? Não e não. Em vez de acusar aquele que tudo lhe pre-parara, de criticar as doações que recebera, queixe-se do verdadeiro autor de suas misérias e, arrepen-dido e operoso, meta, corajoso, mãos à obra; arroteie o solo ingra-

to com o esforço de sua vontade; lavre-o fundo com auxílio do arre-pendimento e da esperança; lance nele, confiante, a semente que haja separado, por boa, dentre as más; regue-o com o seu amor e a sua caridade, e Deus, o Deus de amor e de caridade, dará àquele que já recebera. Verá ele, então, coroados de êxito os seus esforços e um grão produzir cem e outro mil. Ânimo, trabalhadores! Tomai dos vossos arados e das vossas charruas; la-vrai os vossos corações; arrancai deles a cizânia; semeai a boa se-mente que o Senhor vos confia e o orvalho do amor lhe fará produzir frutos de caridade.

Um Espírito amigo. (Bordéus, 1862.)

Fonte: O Evangelho Segundo o Es-piritismo, Allan Kardec, capítulo XVIII, itens 14 e 15, Editora FEB.

Os espíritos anunciam que chegaram os tempos marcados pela Providência para uma manifestação universal e que, sendo eles os ministros de Deus e os agentes de Sua vontade, têm por missão instruir e esclarecer os homens, abrindo uma nova era para a regeneração da Humanidade.

(O Livro dos Espíritos, Allan Kardec, Prolegômenos).

Tende muito cuidado com o que ouvis, porquanto usarão para convosco da mesma medida de que vos houverdes servido para medir os outros, e ainda se vos acrescentará; pois, ao que já tem, dar-se-á, e, ao que não tem, até o que tem se lhe tirará.

(S. Marcos, cap. IV. vv. 24 e 25.)

Clareando / Ano XIV / Edição 158 / Novembro . 2016 - Pág . 10

A Família na Visão Espírita

Para a sociedade o relaxamento dos laços de família seria uma recrudescência do egoísmo. (O Livro dos Espíritos, Allan Kardec, questão 775).

“Mas, se alguém não tem cuidado dos seus, e principalmente dos da sua família, negou a fé e é pior do que o infiel”. Paulo

(I Timóteo, 5:6)

Aos Pais de Família

Pediram-me que patrocinasse uma exposição da moral evangélico-espí-rita para uso dos pais de família nos primeiros passos da educação religio-sa e filosófica dos filhos.

Impossível seria furtar-me a esse convite tão sugestivo no momento difícil que a Humanidade atravessa, quando a fé e o moral, a solidez dos costumes, o cumprimento do dever e a responsabilidade de cada um se di-riam em colapso, desorientando mui-tos, vencendo outros tantos, desanimando ou enrijecendo o co-ração de quase todos para lançar o caos na sociedade huma-na, assinalando as últimas etapas do fim de uma civiliza-ção. Aquiesci, portanto, visto que ao servo zeloso cumpre agenciar com os talentos confiados à sua guarda, a fim de renderem o máximo para gáudio do Senhor, que deseja ver a sua vinha habilmente cultivada, oferecendo fru-tos excelentes de amor e justiça, para felicidade das gerações vindouras.

O lar é a grande escola da família, em cujo seio o indivíduo se habilita para realização dos próprios compro-missos perante as leis de Deus e para consigo mesmo, na caminhada para o progresso. É aí, de preferência a qual-quer outra parte, que a criança, o ci-dadão futuro, o futuro governante, o

futuro elemento da sociedade, se de-verá educar, adquirindo aquela sólida formação moral-religiosa que resistirá vitoriosamente aos embates das lutas cotidianas, das provações e mil com-plexos próprios de um planeta ainda inferior. Nem o mestre, nem o adepto de uma crença qualquer, nem o ami-go, por maior que lhes seja o desejo de servir, conseguirá cultivar, no co-ração da infância, os valores da mo-ral evangélica se os pais, por sua vez,

não edificarem no próprio lar feliz o ensinamento que tenderá a florescer e frutescer para a eternidade. Daí a urgente necessidade de os pais espí-ritas se habilitarem para dar aos filhos pequeninas aulas de moral, aulas de Evangelho, aulas de legítimo Espiri-tismo e mesmo aulas de boa educa-ção social e doméstica, pois o espíri-ta, antes de qualquer coisa, necessita manter a boa educação doméstica e social, sem a qual não será cristão. Igualmente, será necessário que, de uma vez para sempre, os pais de fa-mília observem a prática do amor re-cíproco que fornecerá forças para rea-

lizarem a tarefa que assumiram ao se tornarem cônjuges, qual a conquista do progresso através da paternidade; que zelem pela harmonia e a sereni-dade doméstica de cada dia, jamais se permitindo displicências de quaisquer naturezas, discussões, hostilidades, pois será necessário que respeitem os filhos, lembrando-se de que das suas atitudes surgirão exemplos para a pro-le e que esses exemplos deverão ser os melhores, para que não enfraqueçam

a própria autori-dade e o respei-to para dirigir a família. Se tais atitudes não fo-rem observadas, dificilmente po-derão cumprir o próprio dever de

orientadores da família e a grandes responsabilidades serão chamados na realidade do mundo espiritual.

Não obstante, será bom que a crian-ça e o adolescente assistam a aulas educativas de moral religiosa na sua agremiação espírita. Deverão mesmo fazê-lo, pois será também necessário cultivar a convivência com os futuros companheiros de ideal, ampliar rela-ções fraternas, desenvolver traquejo para futuros certames de cunho espíri-ta e em razão de que o Centro Espírita deve ser prolongamento do lar. O que, porém, é necessário e indispensável, o que é extremamente urgente é que os

“Ó espíritas! Compreendei agora o grande papel da Humanidade; compreendei que, quando produzis um corpo, a alma que nele encarna vem do espaço para progredir; inteirai-vos dos vossos deveres e ponde todo o vosso amor em aproximar de Deus essa alma; tal a missão que vos está confiada e cuja recompensa recebereis, se fielmente a cum-prirdes. Os vossos cuidados e a educação que lhe dareis auxiliarão o seu aperfeiçoamento e o seu bem estar futuro. Lembrai-vos que a cada pai e a cada mãe perguntará Deus: Que fizestes do filho confiado a vossa guarda?”

(O Evangelho segundo o Espiritismo” – Cap. XVI – Comunicação de Santo Agostinho.)

“Ó espíritas! Compreendei agora o grande papel da Humanidade; compreendei que,

quando produzis um corpo, a alma que nele encarna vem do espaço para progredir;...

Clareando / Ano XIV / Edição 158 / Novembro . 2016 - Pág . 11

pais não releguem a outrem o dever de encaminhar os filhos para Deus, dever com o qual se comprometeram perante as Leis ao reencarnar, perante as exigências sociais do matrimônio e perante as disposições morais da pa-ternidade.

A criança é grande enamorada dos próprios pais. Segue-os de olhos fixos. Uma lição, uma advertência carinho-sa dos pais, se prudente e sabiamente aplicadas, serão facilmente assimila-das pelo filho, ainda frágil e simples. Se descurou-se, porém, a educação na primeira infância, a puberdade e a adolescência tornar-se-ão fases de orientação mais difícil. Mesmo em se tratando de criança de índole rebelde, grandes benefícios advirão, se tal de-ver, o de educar, for fielmente obser-vado pelos pais. Jamais estes deverão alimentar a pretensão de que seu filho seja modelo de qualidades, enquanto o filho do próximo é atestado de qua-lidades inferiores, visto que tal ilusão entravará desastrosamente as provi-dências educativas a favor do pró-prio filho. Que os pais rejeitem, sem vacilações, a notícia, mediunicamen-te revelada, de que “grandes missio-nários” são seus filhos reencarnados.

Semelhantes informações serão quase sempre fruto de mistificação, de pre-ferência veiculadas por obsessores e não por amigos espirituais, porquanto estes seriam prudentes em não se per-mitirem tais indiscrições, mais preju-diciais que úteis ao próprio futuro da criança. Entretanto, à mãe compete ainda a maior dose de responsabilida-de no certame. O fato de ser mãe não será apenas acontecimento biológico, mas posto de trabalho árduo, testemu-nho de paciência, digno atestado de vigilância, de coragem, de amor, con-cordância com a renúncia e o sacrifí-cio. Não terá bem cumprido a própria tarefa a mulher que deixar de observar tal lema. Um grande filósofo, adepto do Espiritismo, acentuou, numa das suas obras de educação e instrução, a seguinte reflexão:

“... tal seja a mulher tal é o filho, tal será o homem. É a mulher que, desde o berço, modela a alma das gerações. É ela que faz os heróis, os poetas, os artistas, cujos feitos e obras fulguram através dos séculos.”

“... para desempenhar, porém, tão sagrada missão educativa (na anti-guidade grega), era necessária a ini-ciação no grande mistério da vida e

do destino, o conhecimento da lei das preexistências e das reencarnações, porque só essa lei dá a vida do ser, que vai desabrochar sob a égide ma-terna, sua significação tão bela e co-movedora”.

Patrocinando, pois, um ensaio lite-rário-espírita para auxílio das mães e dos pais de família, durante as noites de serão no lar, onde o Evangelho do Senhor e seus consequentes benefí-cios no indivíduo e na sociedade serão ministrados e examinados, eu o faço no cumprimento dos próprios deveres para com o Consolador, enviado pelo Céu à Terra como orientador da reno-vação moral de cada um, para efetiva-ção dos desígnios de Deus em relação a Humanidade.

Que tão belos serões renovadores do lar e dos corações obtenham êxitos na boa educação da infância. É o meu desejo.

(Comunicação obtida pela médium Yvonne A. Pereira, na noite de 11 de agosto de 1966).

Fonte: Bezerra de Menezes Ontem e Hoje, Editora FEB.

Clareando / Ano XIV / Edição 158 / Novembro . 2016 - Pág . 12

Clareando as Ideias com Kardec

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Progresso da Legislação HumanaPoderia a sociedade reger-se unicamente pelas leis naturais, sem o con-curso das leis humanas?

“Poderia, se todos as compreendessem bem. Se os homens as quisessem praticar, elas bastariam. A sociedade, porém, tem suas exigências. São-lhe necessárias leis especiais.”

Qual a causa da ins-tabilidade das leis huma-nas?

“Nas épocas de barbaria, são os mais fortes que fazem as leis e eles as fizeram para si. À proporção que os homens foram compreendendo me-lhor a justiça, indispensável se tornou a modificação delas. Quanto mais se aproximam da vera justiça, tanto me-nos instáveis são as leis humanas, isto é, tanto mais estáveis se vão tornando, conforme vão sendo feitas para todos e se identificam com a lei natural.”

Nota de Kardec - A civilização criou necessidades novas para o ho-

mem; necessidades relativas à po-sição social que ele ocupe. Tem-se, então, que regular, por meio de leis humanas, os direitos e deveres des-sa posição. Mas, influenciado pelas suas paixões, ele não raro há cria-do direitos e deveres imaginários que a lei natural condena e que os povos riscam de seus códigos à me-dida que progridem. A lei natural é imutável e a mesma para todos; a lei humana é variável e progressi-va. Na infância das sociedades, só esta pode consagrar o direito do mais forte.

No estado atual da sociedade, a severida-de das leis penais não constitui uma necessi-dade?

“Uma sociedade depravada certamente precisa de leis severas. Infelizmente, essas leis mais se destinam a punir o mal depois de feito, do que a lhe secar a fonte. Só a educação poderá re-formar os homens, que,

então, não precisarão mais de leis tão rigorosas.”

Como poderá o homem ser leva-do a reformar suas leis?

“Isso ocorre naturalmente, pela força mesma das coisas e da influên-cia das pessoas que o guiam na senda do progresso. Muitas já ele reformou e muitas outras reformará. Espera!”

Fonte: O Livro dos Espíritos, Allan Kardec, questões 794 a 797, Editora FEB.

Estudar Kardec é libertar-se de dogmas, crendices e superstições. É aprender a viver como espírito imortal, a caminho da perfeição.

“Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará”. Jesus, (João, 8:32)

Clareando / Ano XIV / Edição 158 / Novembro . 2016 - Pág . 13

Vida - Dádiva de Deus

Não condenes as vítimas da loucu-ra e do sofrimento que se retiram do mundo pelas portas do suicídio.

Ninguém lhes viu talvez a luta in-sana. E não sabes até que ponto sorve-ram o veneno da angústia na taça de fel!

Faze silêncio, diante dos que caí-ram no paroxismo da desesperação e da dor.

Na batalha do mundo, quantos despem o manto da carne, roídos no âmago da alma pelas chagas de afli-tivas desilu-sões!... Quantos procuram fugir ao nevoeiro do vale, arrojando--se às trevas do despenhadeiro cruel!...

E, pedindo a paz do Senhor para os que des-cem à sombra da rendição an-tes do triunfo, ora também pe-los que armam as garras da tre-va contra si próprios no pelourinho da maldade e da calúnia:

pelos que perturbam o caminho alheio, aniquilando a própria existên-cia;

pelos que rendem culto à perversi-dade, consumindo-se na ilusão de que destroem o próximo;

pelos que se afogam no charco da viciação;

pelos que se entregam à inércia e pelos que perseguem e chicoteiam os semelhantes, cavando para si mesmos o túmulo de lodo em que hão de pe-recer!

Saibamos utilizar dificuldades na sublimação de nosso futuro.

A Terra é um santuário de rege-neração e de esperança para quantos lhe abraçam as lições com ânimo forte, conscientes da misericórdia em que se fundamenta a Divina Jus-tiça.

Dores, aflições, provas e desen-cantos representam o material educa-tivo do templo em que nos asilamos, à procura de fortaleza moral e de crédi-tos imprescindíveis à continuidade de nossa viagem para Deus.

Não te confies ao cansaço ou ao desalento, na solução dos problemas que te afligem a marcha.

Renova-te na fé viva e no trabalho constante, inspirando-te na excelsitu-de do Sol que te acompanha, a cada manhã, prometendo-te, cada noite, o esplendor de outro dia, que raiará sempre mais belo.

Caminha para diante, regozija--te com o sofrimento que te ajusta as contas e abençoa os obstáculos que te fazem mais experiente e mais no-bre!...

E unido à tarefa que o Senhor te confiou, qualquer que ela seja, apren-

dendo e ser-vindo, amando e lutando na construção do Bem Infinito, encon t ra rás , mesmo na Ter-ra, o manan-cial da Vida Abundante que te alimentará o coração na conquista da Vida Imperecí-vel.

A melhor maneira de assegurarmos nossa fu-tura felicidade está em sermos ago-ra tão felizes quanto honradamente pudermos sê-lo. (Charles W. Elliot, “The Happy Life”).

Fonte: Escrínio de Luz, Emma-nuel, psicografia de Francisco Cândi-do Xavier.

“A calma e a resignação hauridas da maneira de considerar a vida terrestre e da confiança no futuro dão ao espírito uma serenidade que é o melhor preservativo contra a loucura e o suicídio.”

(O Evangelho Segundo o Espiritismo, capítulo V, item 14).

Aviso Importante Temos evangelização para crianças nos mesmos horários das Reuniões Públicas, e para jovens, nos

horários das Reuniões Públicas Noturnas.

Suicidas

Clareando / Ano XIV / Edição 158 / Novembro . 2016 - Pág . 14

Educação - Senda de Luz

É pela educação que as gerações se transformam e aperfeiçoam. Para uma sociedade nova é necessário homens novos. Por isso, a educação desde a infância é de importância capital.

Não basta ensinar à criança os elementos da Ciência. Aprender a governar-se, a conduzir-se como ser consciente e racional, é tão necessá-rio como saber ler, escrever e con-tar: é entrar na vida armado não só para a luta material, mas, principal-mente, para a luta moral. É nisso em que menos se tem cuidado. Presta--se mais atenção em desenvolver as faculdades e os lados brilhantes da criança, do que as suas virtudes. Na escola, como na família, há muita negligência em esclarecê-la sobre os seus deveres e sobre o seu destino. Portanto, desprovida de princípios elevados, ignorando o alvo da exis-tência, ela, no dia em que entra na vida pública, entrega-se a todas as ciladas, a todos os arrebatamentos da paixão, num meio sensual e cor-rompido.

Mesmo no ensino secundário, aplicam-se a atulhar o cérebro dos estudantes com um acervo indigesto de noções e fatos, de datas e nomes, tudo em detrimento da educação moral. A moral da escola, desprovi-da de sanção efetiva, sem ideal ver-dadeiro, é estéril e incapaz de refor-mar a sociedade.

Mais pueril ainda é o ensino dado pelos estabelecimentos religio-sos, onde a criança é apossada pelo fanatismo e pela superstição, não adquirindo senão ideias falsas sobre a vida presente e a futura.

Uma boa educação é, raras vezes, obra de um mestre. Para despertar na criança as primeiras aspirações

ao bem, para corrigir um caráter difícil, é preciso, às vezes, a perse-verança, a firmeza, uma ternura de que somente o coração de um pai ou de uma mãe pode ser suscetível. Se os pais não conseguem corrigir os filhos, como é que poderia fazê-lo o mestre que tem um grande número de discípulos a dirigir?

Essa tarefa, entretanto, não é tão difícil quanto se pensa, pois não exi-ge uma ciência profunda. Pequenos e grandes podem preenchê-la, desde que se compenetrem do alvo eleva-do e das consequências da educação. Sobretudo, é preciso nos lembrar-mos de que esses Espíritos vêm coa-bitar conosco para que os ajudemos a vencer os seus defeitos e os prepa-remos para os deveres da vida. (...)

A educação, baseada numa con-cepção exata da vida, transformaria a face do mundo. Suponhamos cada família iniciada nas crenças espiri-

tualistas sancionadas pelos fatos e incutindo-as aos filhos, ao mesmo tempo em que a escola laica lhes ensinasse os princípios da Ciência e as maravilhas do Universo: uma rápida transformação social operar--se-ia, então, sob a força dessa du-pla corrente. Todas as chagas morais são provenientes da má educação. Reformá-la, colocá-la sobre novas bases traria à Humanidade conse-quências inestimáveis. Instruamos a juventude, esclareçamos sua inte-ligência, mas, antes de tudo, fale-mos ao seu coração, ensinemos-lhe a despojar-se das suas imperfeições. Lembremo-nos de que a sabedoria por excelência consiste em nos tor-narmos melhores.

Fonte: Depois da Morte, Léon De-nis, 5ª parte, capítulo LIV, Editora FEB.

A Educação

“A Educação consiste na arte de formar os caracteres, incutir hábitos (...). Quando essa arte for conhecida, compreendida e praticada o homem terá no mundo hábitos de ordem e de previdência para consigo mesmo e para com os seus, de respeito a tudo o que é respeitável”.

(LE, q. 685- nota de Kardec).Só a Educação poderá reformar os homens”.

(LE, q. 796).

Clareando / Ano XIV / Edição 158 / Novembro . 2016 - Pág . 15

Yvonne Pereira - Uma Seareira de Jesus

Amigos em Jesus, que Ele nos ampa-re e ilumine!

Nos dois planos da vida somos o que pensamos, os pensamentos geran-do vibrações que nos imantam flui-dicamente às trevas ou à luz. Dessa imantação surgem diversos estados de saúde espiritual e, mesmo, física, pois esta também se situa na estreita faixa de influência do padrão vibratório que nos caracteriza o ser.

Os pensamentos, queiramos ou não, geram os sentimentos, sendo estes os determinadores da companhia espi-ritual que fazemos por merecer. Por eles, pois, fazemo-nos acompanhar de benfeitores espirituais ou dos irmãos denominados obsessores, todos sempre atraídos à nossa esfera psíquica pelo padrão de sentimento gerado pelo pen-samento.

Dessas premissas podemos tirar uma orientação fundamental para nossa saúde psíquica: somos os responsáveis pela vida feliz ou infeliz que levamos, o que nos faz entender que os princi-pais agentes da cura de nossas mazelas morais ou físicas somos nós mesmos, desde que queiramos praticar a autote-rapia com o Evangelho de Jesus.

O trabalho da evangelização, si-nônimo de moralização interior, é es-

sencial para libertar-se a criatura dos seus algozes, os quais outros não são senão aqueles gerados pela inobser-vância dos padrões da conduta cristã. Por essencial, essa não é uma empre-sa fácil, que se cumpra em um átimo ou tão somente por afirmar-se: “eu quero”. Entre o desejo e a patente ação de um estado moralizado, me-deia um longo caminho, todo feito de renúncias ao “homem velho”, de de-dicação a tarefas nem sempre agra-dáveis ao nosso orgulho, da prática constante da caridade para com todos os irmãos de jornada, indiscrimina-damente.

Onde a cura para nossos males? Onde a maior terapia para os nossos problemas? Na água fluidificada? Nos tratamentos espirituais? (...) Di-remos, em nossa pequenez, que es-tarão basicamente na moralização do ser, sem qualquer menosprezo para com os profissionais da cura. É pelo estudo e prática do Evangelho que nos tornamos os agentes e os profis-sionais da nossa cura moral. Lenta-mente, através do tempo, camadas de erros e de crimes serão dissolvidas pela dor e pelo sofrimento bem su-portados, e iremos progressivamente passando por etapas de soerguimento

moral, das quais nascerá o homem re-novado para Jesus.

Pacifiquemo-nos, se queremos a paz. Pensemos moralizadamente e seremos, para nós, os próprios inter-mediários do passe. Pratiquemos a caridade, perdoando as ofensas, sa-ciando a fome alheia, do corpo ou do Espírito, e, de acordo com os nossos merecimentos, o socorro almejado, a graça solicitada serão alcançados. Lembremo-nos sempre de que o Mes-tre sabe exatamente do que precisa-mos ou do que merecemos.

Busquemos, pois, na Boa Nova o agente libertador. Vivamo-la, e pou-co a pouco, pela nossa renovação à luz do Evangelho, galgaremos com brilho um novo degrau na escala evo-lutiva, conquista que a nós, exclusi-vamente a nós, compete realizar.

Que a paz do Senhor esteja com todos, agora e sempre.

A amiga e companheira,

Yvonne

(Mensagem recebida psicografica-mente pela médium Tânia de Souza Lopes, em reunião pública da Fede-ração Espírita Brasileira, Rio de Ja-neiro, na noite de 01/02/1985.).

“Esta mulher, extremamente corajosa, enfrentou, sem revoltas, uma encarnação de renúncias, de sofrimen-tos e de carências inomináveis e teve como prova mais dura, a meu ver, o conhecimento de várias encarna-ções passadas em que faliu sistematicamente”.

(Vera Leal Coutinho – Revista “O Médium”) - Fonte: O Voo de Uma Alma.

(24/12/1900 – 09/03/1984)

Renovação à Luz do Evangelho

"Tudo sobre esse mundo é implemento materializado; somos espíritos e tudo que constitui a vida no Planeta transcende a matéria... A terra é uma dimensão espiritual mais compactada."

Fonte: "Orações de Chico Xavier" - Carlos A. Baccelli

Lembrete Carinhoso aos Médiuns

Clareando / Ano XIV / Edição 158 / Novembro . 2016 - Pág . 16

O Passamento

Céu e Inferno - Esperanças e Consolações

A certeza da vida futura não exclui as apreensões quanto à passagem desta para a outra vida. Há muita gente que teme não a morte, em si, mas o momento da transição. Sofremos ou não nessa passagem? Por isso se inquietam, e com razão, visto que ninguém foge à lei fatal dessa transição. Pode-mos dispensar-nos de uma viagem neste mundo, menos essa. Todos, ricos e pobres, devem fazê-la, e, por mais dolorosa que seja a fran-quia, nem posição nem for-tuna poderiam suavizá-la.

Vendo-se a calma de al-guns moribundos e as con-vulsões terríveis de outros, pode-se previamente julgar que as sensações experimentadas nem sem-pre são as mesmas. Quem poderá, no entanto, esclarecer-nos a tal respeito? Quem nos descreverá o fenômeno fi-siológico da separação entre a alma e o corpo? Quem nos contará as impres-sões desse instante supremo quando a Ciência e a Religião se calam? E calam-se porque lhes falta o conheci-mento das leis que regem as relações do Espírito e da matéria, parando uma nos umbrais da vida espiritual e a ou-tra nos da vida material. O Espiritis-mo é o traço de união entre as duas, e só ele pode dizer-nos como se opera a transição, quer pelas noções mais po-sitivas da natureza da alma, quer pela descrição dos que deixaram este mun-do. O conhecimento do laço fluídico que une a alma ao corpo é a chave desse e de muitos outros fenômenos.

A insensibilidade da matéria iner-te é um fato, e só a alma experimenta

sensações de dor e de prazer. Durante a vida, toda a desagregação material repercute na alma, que por este mo-tivo recebe uma impressão mais ou menos dolorosa. É a alma e não o cor-po quem sofre, pois este não é mais que instrumento da dor: - aquela é o paciente. Após a morte, separada a alma, o corpo pode ser impunemen-te mutilado que nada sentirá; aquela, por insulada, nada experimenta da destruição orgânica. A alma tem sen-sações próprias cuja fonte não reside na matéria tangível. O perispírito é o envoltório da alma e não se separa dela nem antes nem depois da morte. Ele não forma com ela mais que uma só entidade, e nem mesmo se pode conceber uma sem outro. Durante a vida o fluido perispirítico penetra o corpo em todas as suas partes e ser-ve de veículo às sensações físicas da alma, do mesmo modo como esta, por seu intermédio, atua sobre o corpo e dirige-lhe os movimentos.

A extinção da vida orgânica acarreta a separação da alma em consequência do rompimento do laço fluídico que a une ao corpo, mas essa separação nun-ca é brusca. O fluido perispiritual só pouco a pouco se desprende de todos os órgãos, de sorte que a separação só é completa e absoluta quando não mais reste um átomo do perispírito ligado a uma molécula do corpo. “A sensação dolorosa da alma, por ocasião da morte, está na razão direta da soma dos pontos de contacto existentes entre o corpo e o perispírito, e, por conseguinte, também da maior ou menor dificuldade que apresenta o rompimento.” Não é pre-ciso, portanto dizer que, conforme as circunstâncias, a morte pode ser mais ou menos penosa. Estas circunstâncias é que nos cumpre examinar.

Fonte: O Céu e o Inferno, Allan Kar-dec, parte II, capítulo I, itens 1 a 4, Editora FEB.

A obra O Céu e o Inferno, Allan Kardec, “objetiva demonstrar a imortalidade do Espírito e a condição que ele usufruirá no mundo espiritual, como consequência de seus próprios atos”.

(O Céu e o Inferno, capa, 61ª edição, Editora FEB).E assim, reencarnando e desencarnando, o Espírito prossegue em sua jornada em busca da perfeição, sendo herdeiro de si mesmo.

Clareando / Ano XIV / Edição 158 / Novembro . 2016 - Pág . 17

Seleção de textos :José Roberto Gouvêa

Fonte: Reflexões - Volume IEspírito : BalthazarPsicografia : Altivo Carissimi Pamphiro

Gotas de Luz

"Trabalhem, modifiquem o máximo possível os seus sentimentos, a maneira de falar; coloquem humildade no coração, profunda humildade, e continuem trabalhando. Continuem sem interrupções mesmo com o sentimento de pouco valor, mesmo com sentimentos que poderiam ter feito mais; não diminuam, de modo algum, o tempo dado ao serviço, ao contrário, prossigam. Nossa palavra é no sentido de que vocês se estimulem sempre..."

Comemoração Especial

Dia de Finados Evocação dos Mortos

“A emissora da Fraternidade”

Estrada do Dendê, nº 659Ilha do GovernadorRio de Janeiro - RJCEP: 21.920/000Fone: (21)3386.1400Visite o site e ouça a programação

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Quentinhas (irmãos em situação de rua)Cestas Básicas (famílias carentes)

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sempre seráDoação

Bem-VinDa

“Morrer, nem é mergulhar no caos do nada, como tão pouco é desferir voo para os altiplanos da felicidade. Ou os vulcões do horror... Simplesmente repre-senta mudar de lugar vibratório; intrinsecamente cada um prosse-guindo confor-me era, com as conquistas e os débitos transferi-dos de lugar, po-rém presentes na consciência indi-vidual.

Envolve, as-sim, os entes queridos que desencarnaram nas vibrações de carinho e de esperan-ça, não os convocando, antes do tempo, a injustificável intercâmbio mediúnico, com que os constran-geria, impondo-lhes desnecessá-rios padecimentos...

Não penses em invocá-los, curioso ou atormentado.

Reencontrá-los-ás, logo mais, quando também fores convocado ao retorno.

Tem paciência hoje, e organiza--te, a fim de os reabraçar ditoso, mais tarde, em condição de ajudá--los, caso não estejam bem, ou re-ceber-lhes a ajuda, se te encontra-res em situação menos feliz.

Por enquanto, confia na vida,

e de tua parte entrega-os a Deus, o Excelso Pai de todos nós, que a ninguém deixa sem o seu sublime auxílio.

Vivem os que morreram, pros-seguindo na jornada adiante!”

Fonte: Rumos Libertadores, Joan-na de Ângelis, psicografia de Di-valdo Pereira Franco, lição 13, Editora LEAL.

Clareando / Ano XIV / Edição 158 / Novembro . 2016 - Pág . 18

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O Livro dos Médiuns Allan Kardec

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Mosaico Kardequiano

O Progresso“O progresso é lei da Natureza. A essa lei todos os seres da Criação, ani-mados e inanimados, foram submetidos pela bondade de Deus, que quer que tudo se engrandeça e prospere. (...) Ao mesmo tempo em que todos os seres vi-vos progridem moralmente, progridem materialmente os mundos em que eles habitam. “(ESE, cap. III, item19).

Segue sempre marcha progressiva e lenta o aperfeiçoamento da Humanida-de?

“Há o progresso regular e lento, que resulta da força das coisas. Quan-do, porém, um povo não progride tão depressa quanto devera, Deus o sujeita, de tempos a tempos, a um abalo físi-co ou moral que o transforma.” (LE, q. 783).

O progresso moral acompanha sem-pre o progresso intelectual?

“Decorre deste, mas nem sempre o segue imediatamente.” (LE, q.780).

De que maneira pode o Espiritismo contribuir para o progresso?

“Destruindo o materialismo, que é uma das chagas da sociedade, ele faz com que os homens compreendam onde se encontram seus verdadeiros in-teresses”. (LE, q. 799).

A Humanidade é um ser coletivo em quem se operam as mesmas revoluções morais por que passa todo ser indivi-dual, com a diferença de que umas se realizam de ano em ano e as outras de século em século”. (Gênese, cap. XVIII,

item12).De duas maneiras se opera, como

já o dissemos, a marcha progressiva da Humanidade: uma, gradual, lenta, imperceptível, se considerarem-se as épocas consecutivas, a traduzirem-se por sucessivas melhoras nos costumes, nas leis, nos usos, melhoras que só com a continuação se podem perceber, como as mudanças que as correntes d’água ocasionam na superfície do globo; a outra, por movimentos relativamente bruscos, semelhantes aos de uma tor-rente que, rompendo os diques que a continham, transpõe nalguns anos o espaço que levaria séculos a percorrer.” (Gênese, cap. XVIII, item 13).

“Quando se vos diz que a Humani-dade chegou a um período de transfor-mação e que a Terra tem que se elevar na hierarquia dos mundos, nada de místico vejais nessas palavras; vede, ao contrário, a execução de uma das grandes leis fatais do Universo, contra as quais se quebra toda a má vontade humana”. Arago. (Gênese, cap. XVIII, item 8).

“O progresso da Humanidade se cumpre, pois, em virtude de uma lei. Ora, como todas as leis da Natureza são obra eterna da sabedoria e da presciên-cia divinas, tudo o que é efeito dessas leis resulta da vontade de Deus, não de uma vontade acidental e caprichosa, mas de uma vontade imutável.” (Gêne-se, cap. XVIII, item 2).

“ Dedica uma das sete noites da semana ao

Culto do Evangelho no Lar, a fim de que Jesus

possa pernoitar em tua casa.”Joanna de ÂngelisFonte : S.O.S. FamíliaMédium: Divaldo Pereira Franco

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A Família na Visão Espírita

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Clareando / Ano XIV / Edição 158 / Novembro . 2016 - Pág . 19

Graças a um estratagema de meu pai, aprendi — ainda muito novo — a dominar os meus acessos de raiva.

Eu e meu irmão brigávamos a cada instante.E tínhamos grandes e frequentes turras.Um dia, vendo-nos encolerizados, sem se zangar meu

pai deu a cada um de nós um pedaço de trapo. E levou-nos para perto de uma porta envidraçada.

- Vocês vão limpar o mesmo pedaço desta vidraça, mas cada um de um lado. Comecem por aqui.

No princípio, obrigados a ficar olhando um para a cara do outro, estávamos sisudos e aborrecidos.

Mas não tardou muito e ambos, meu irmão e eu, caía-mos numa estrondosa gargalhada.

E a zanga ficou esquecida.- O riso, disse-nos papai, é o melhor remédio para a cólera.Ainda hoje, quando me irrito contra alguém, imagino

que cara faríamos vendo-nos através de uma vidraça, frente a frente, a dar-lhe lustro.

E sempre a minha cólera se esvai...

Fonte: E Para o Resto da Vida, Wallace V. Rodrigues, Edi-tora O Clarim.

Suplemento Infantojuvenil

O Remédio

Querido leitorIndicaremos mensalmente um bom livro doutrinário infantojuvenil, escrito especialmente para você . Leia e nos envie sua opinião .Que tal formar uma roda de leitura com seus amigos?

Dica do mês :

o menIno que não morreu,IsolIna BresolIn vIanna, edItora o ClarIm.

“Quando você ensina, transmite. Quando você educa, disciplina. Mas, quando você evangeliza, salva”. (Amélia Rodrigues)