EDITORIAL BAR DAS LETRAS DIÁRIO GRÁFICO. Por Áureo Castelo ... · resenha boa de 30 minutos de...

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FORTALEZA, TERÇA, 28/01/2020 * Nº 522 – ANO XI * DESDE JUNHO DE 2008

... E QUE O ÁLCOOL NUNCA DEIXE DE CORRER EM NOSSAS VEIAS!!

... MAS BEBA COM MODERAÇÃO E RESPONSABILIDADE!

EDITORIAL

Caros amigos,

Muito papo rolando sobre pré-carnavais e

carnavais. Muitos carnavalescos opinando... E o

povão tá nem aí para eles.

Carnaval bom é na rua com o povo correndo

atrás de uma banda que só toca coisa de (muita)

qualidade e, principalmente, ao gosto dos

organizadores do evento. Ponto. E só deve

participar os que pensam igual! Reticências...

Mas os músicos precisam ganhar para divertir a

plateia. É pouco para quem recebe e muito para

quem paga. Então, os organizadores correm atrás

de dinheiro público e patrocinadores para

viabilizar a coisa, claro, senão, não. Será pecado

isso?

Do outro lado, tem quem reclame do

comportamento das pessoas por ser diferente dos

seus. Amassos e beijos em público, por exemplo.

Na minha opinião a questão “carnaval” se

resume à garantia da segurança pública e respeito

aos moradores dos locais onde acontecem esses

eventos. De resto, deixem o povo ser feliz, ouvir

a música que quiserem, beijar quem quiserem,

pois muitos passam o ano todo esperando para

quando o carnaval chegar... E não cabe a

ninguém ser seu guardião. Quer fazer seu próprio

carnaval, pois faça-o e chame sua turma!

Altino Farias

BAR DAS LETRAS

DIÁRIO GRÁFICO. Por Áureo Castelo Branco

Fonte do pátio interno do casarão do Barão de

Camocim. Não me conformo com a cor. Marta

posando como se brincasse com água.

OPINIÃO

Por Nirton Venâncio

O BRASILEIRÍSSIMO

O compositor Waldir Azevedo, com chorinhos

como "Pertinho do céu", "Delicado",

"Brasileirinho", praticamente colocou o

cavaquinho no seu devido lugar de importância

na música brasileira, explorando as

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possibilidades, até então considerado um mero

instrumento ao fundo no conjunto musical.

"Brasileirinho" tornou-se uma espécie de marca

do gênero, principalmente depois da versão

acelerada de Ademilde Fonseca.

Baby (quando Consuelo), na época dos Novos

Baianos, deu projeção ao chorinho para as

novas gerações com a ótima e histórica

apresentação no Rock in Rio, em 1985,

eletrizando a plateia, com um barrigão, grávida

de uma de suas filhas de nomes

"brasileirinhos"...

Esse mês, 97 anos de nascimento de Waldir

Azevedo, que se foi em 1980, com apenas 57

anos.

Gostamos, pulamos, dançamos, e nunca mais

esqueceremos o tal chorinho brasileirinho!

BAIXA GASTRONOMIA

Por Romeu Duarte

BARREADO

Acabo de chegar do almoço de segunda-feira do

Bar do Nonato. No cardápio, barreado, preparado

pelo grand chef Eneás Murté (trois étoiles

Michelin). Para quem não conhece a iguaria, o

barreado é um prato metade açoriano, metade

indígena, feito pelos caiçaras do Paraná na

cidade de Morretes. Consiste num músculo

bovino temperado e cozido por longo tempo até

transformar-se em fibras ensopadas. Coloca-se

farinha de mandioca numa terrina, põe-se as

carnes e por cima joga-se o caldo fervilhante da

carne, que transforma imediatamente a farinha

num pirão delicioso, repleto de carne macia e

apimentada. Como se não fora bastante,

Monsieur Jacob Jardin de Buissons, outro chef

estrelado, compareceu com um bacalhau ao

molho de camarões. Tudo de lamber e recordar.

Regando o repasto, cerveja ânus-de-foca,

cachacinhas octanadas e laranjinhas e seriguelas

volantes, tudo comme il fault. Cada vez mais me

convenço de que o futuro da gastronomia

mundial está na Gentilândia velha de guerra.

POESIA

Por Diogo Fonetenelle

ESSA INTRUSA TELEFONIA CELULAR

A Deusa Tecnologia da Comunicação me faz calar,

Parece acordar o meu desejo de não ser invadido

A quaisquer horários dentro de mim e do meu lar.

Rogo por silêncio para me ouvir e para ser ouvido.

Ouso declarar não para essa intrusa telefonia celular,

Por certo sou extraterreno, perdido ser estelar aflito.

Digo sim para a minha voz interior, a verdade singular,

Digo sim para o meu silêncio que é meu genuíno grito,

É o meu jeito de “ser eu mesmo”, é meu pobre poetar.

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POESIA DO MEU JEITO

Por Concita Farias

MÁSCARAS

Máscaras,

Máscaras

No carnaval,

Tantas, tantas,

Parecem um

Vendaval.

E na vida

Real?

Máscaras,

Máscaras,

Verdadeiro

Vendaval

De paixões

E ambições.

Mas, tudo

Iria melhorar

Se o homem

Pudesse

As máscaras

Tirar.

SINGULARMENTE FALANDO...

Por Eliézer Rodrigues

LUPICÍNIO RODRIGUES: A HISTÓRIA

VERDADEIRA DE “VINGANÇA”

A música “Vingança”, de Lupicínio Rodrigues

(samba canção lançado com estrondoso sucesso,

em 1951, e clássico da Música Popular

Brasileira) tem uma história real, vivida pelo

próprio compositor.

Segundo Lupicínio (no livro “O Som do

Pasquim”) “a mulher que me inspirou

“Vingança” viveu comigo seis anos. E depois

terminou namorando um garoto que era meu

empregado”. Anos depois, certa madrugada, no

Rio de Janeiro, ela foi encontrada numa mesa de

bar, chorando, arrependida, perguntando por ele.

“Lupi”, que estava no outro bar em frente, foi

avisado. “Aí foi que eu fiz “Vingança”. Na

mesma hora comecei a cantar: “Gostei tanto,

tanto, quando me contaram, que lhe encontraram

chorando e bebendo na mesa de um bar”...,

relembrou o artista na entrevista para o livro.

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ESCREVO

Por Roberto Paiva

CONDUTORES DE VIDAS'

Talvez hoje,

o dia já não seja mais sábado.

E o domingo,

ainda não tenha se vestido de feriado.

Os dias, já não nos esperam.

E o sol..

será que nos conforta?

O tempo, a verdade e os sentimentos.

A vida, a morte e seus lamentos.

Nossas bocas nem mais nos enxergam.

Sintomas da vida real.

Captadores do mal.

Não mais avistamos o alvo,

Somos o próprio.

ENTRETENIMENTO

ENSINO FUNDAMENTAL

Na natureza há três reinos:

animal, vegetal e mineral.

CONSELHO PBV

NÃO VÁ PARA A CHINA, NEM MESMO À CHINA.

A BARRA LÁ TÁ PESADA.

EPISÓDIOS DE CHICO LITRO

- Tu viu, Chico Litro, lá na China o povo tão

comendo é murcego e rato.

- É mermo? E eu qui tava pensando qui tava

passando mal aqui cum minhas avoante...

ATENÇÃO!!

UTILIDADE PÚBLICA DO BURACO

BEBER É PRIMEIRA NECESSIDADE IGUAL A

RESPIRAR. SE ALGUÉM CISMAR DE DESLIGAR O

SEU “BALÃO DE OXIGÊNIO”...

LIGUE PARA O TELE-ÁLCOOL,

E DENUNCIE O ABUSO!!

FONE: (85) 3999-6666 (procurar o Sr. Belém).

SÓ FILOSOFANDO...

Com um simples dedo você pode mudar sua visão

do mundo. Basta apagar ou acender a luz.

TELE ÁLCOOL

ÀS ORDENS!!

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NO MEU QUADRO NEGRO...

PRELIMINARES:

O mundo da boa cachaça está mobilizado para

mudar o conceito da palavra “cachaceiro”, que

atualmente designa todo tipo de bêbados e

alcoólatras genericamente, não importando se o

indivíduo bebeu cerveja, conhaque, zinebra ou

chá de zabumba. Todo mundo é “cachaceiro”. A

definição que os cachaceiros de verdade querem

ver nos dicionários:

O Pelos Bares da Vida apóia essa ideia!

É carnaval, mas ao fim e ao cabo, É SÓ ISSO

MESMO!

*****

Falando em carnaval, vejam essa foto com um

toque de arte e carnaval do amigo Paulo

Alcântara.

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*****

Tem CD novo do Ciribáh Soares na praça, é o

Samba do Grande Amor Volume 2.

Recomendamos.

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Michele Militão avisa:

Toda última segunda feira do mês os

compositores do ECCO'S - ENCONTRO

CEARENSE DE COMPOSITORES DE

SAMBA se reúnem no Floridabar na sua

reunião mensal, após a reunião tem uma

resenha boa de 30 minutos de samba autoral...

Então, você compositor ou compositora, é só

chegar! Rua: Dom Joaquim, 68 Praia de

Iracema.

*****

E por falar em compositores, segue a letra de

Passo-abraço, de Felipe Araújo e Luiz José com

comentário do Felipe:

Uma pequena saudação à melhor época do

ano. "Passo-abraço", letra minha e música do

meu maestro soberano (e agora parceiro) Luiz

José. Viva o carnaval de Fortaleza!

PASSO-ABRAÇO (Felipe Araújo / Luiz José)

Um passo-abraço

No seu colo com você

Um laço eu faço

No seu braço um bem querer

Arrisca a dança vem chegando o carnaval

Trocando a trança tranca os troços no quintal

A folia é a terceira margem

Dessa viagem que se faz em fevereiro

É a nova vida que se encanta na carne

E faz tremer a saudade o ano inteiro

Meu bem diz que fica

ferro e fogo Ferreira

Iracema do sol à saideira

PELOS BARES DA VIDA

Quarta feira passada teve Paulo Façanha no

Boteco do Arlindo, Waleska & Cia esteve lá

prestigiando o artista mais uma vez. Wladimir

Blum teve direito a dar uma palhinha. Fotos

Waleska Correia.

https://www.facebook.com/luiz.jose.106?__tn__=%2CdKH-R-R&eid=ARC3uyKqByXL0LjV_4czeFAEM0FG_ZF18FQFa5C6btMFyE3x2xW7JDas9J4rVHzRTPxIq1x0tR5BSIbp&fref=mentions

https://www.facebook.com/luiz.jose.106?__tn__=%2CdKH-R-R&eid=ARC3uyKqByXL0LjV_4czeFAEM0FG_ZF18FQFa5C6btMFyE3x2xW7JDas9J4rVHzRTPxIq1x0tR5BSIbp&fref=mentions

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Sábado foi dia corrido, com pré-carnaval nos

quatro cantos da cidade. O embaixador Altino

teve a ideia de instituir o Rei Momo da

Embaixada e sua corte para movimentar a

temporada. A corte de Momo, então, ficou

assim composta:

Rei Momo: Lauro Bezerra é Laurão, o Momo

Comilão;

Rainha do Carnaval da Embaixada: Socorro

Silva;

Príncipe herdeiro: Buiú;

Coroa do Rei: Maura

Bispo: Seu Aírton

Bobo da Corte (substituto): Pitombeira;

Romeu Duarte: feiticeiro;

Altino Farias: cocheiro;

Gorette Almeida: Duquesa de Pacajus;

Chico Pio: menestrel.

Vejam algumas imagens da brincadeira (fotos

de vários colaboradores do PBV):

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Foto oficial da família momina da Embaixada

da Cachaça 2020. (foto Ana Maria Farias)

Grande honraria, Laurão, o Rei Momo comilão,

foi coroado pelo Rei Momo de Fortaleza 2019,

Gil Baratha.

A animação da tarde ficou por conta do Grupo

Nosso Samba com voz de Cris Malagueta. O

grupo coordenado pela Dulcinéia Aires contou

também com sopros extras para executar

marchinhas. Show!!

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Chiquinho Bezerra, Juarez Matos & Cia

curtiram o segundo tempo no pré do no Num

Ispaia Sinão Ienche.

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Paulinho Pantera, Sandra & amigos foram para

a festa do Boteco Praia...

*****

E a turma do pit stop foi para a Dona

Mocinha...

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No domingo de chuva teve Nosso Samba no

Raimundo do Queijo.

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E Mara curtiu o domingo no Gentilândia Bar,

que vem fazendo a diferença no bairro com

intensa programação cultural e musical.

Muitas vezes os bares são responsabilizados por

ações de particulares nas ruas, que praticam

algazarra, som alto e atentam contra os bons

costumes morais, perturbando a vizinhança.

Olho vivo!

*****

Enquanto uns se divertem, outros trabalham,

afinal, alguém tem que trabalhar nesse país, não

é mesmo?

Então, domingo passado a equipe da

Embaixada da Cachaça realizou a 4ª e última

rodada de degustação de cachaças para escolher

50 rótulos dentre os 250 classificados na

primeira fase do IV Ranking da Cúpula da

Cachaça. Altino Farias, da Embaixada da

Cachaça, é um dos 50 especialistas nomeados

pela Cúpula para participar dessa segunda fase

do concurso, e nesse trabalho (acreditem, isso é

trabalho) contou com o apoio de sua equipe

composta por Gorette Almeida, Ana Maria

Farias, Ernesto Gallo e Wall Arrais. Avante!

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*****

Pensam que o jornal terminou aqui? Nada! Na

“Segunda sem Leite – O Dia do Profissional”

da Embaixada da Cachaça boa frequência no

balcão mais top da cidade. Para completar, o

amigo Adriano Veras levou um delicioso arroz

carreteiro. Delicioso. Não deu para quem quis.

O arroz terminou, mas os bons papos

continuaram até...

*****

Fechando nossa edição fazemos o registro do

“Momento Literário” da Embaixada com boas

presenças e participações, destacando a estreia

na ribalta do amigo Fabrício Pombo, que

declamou belíssimo poema. Nessa semana a

chamada que Altino faz pelas mídias sociais foi

a seguinte:

Hoje é terça feira,

Desde que raiou o dia,

Até a hora derradeira,

O assunto vai ser poesia.

Seguem fotos do evento feitas por Waleska

Correia.

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E assim foi a semana, apesar de todos os pesares

da vida aqui para nós, a semana foi muito massa,

foi FLÓRIDA!!

CONECTE-SE À EMBAIXADA!

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Encerrando,

O poeta disse...

Encontrei o meu pedaço na avenida

De camisa amarela Cantando a Florisbela, oi, a Florisbela

Convidei-o a voltar pra casa

Em minha companhia Exibiu-me um sorriso de ironia

Desapareceu no turbilhão da galeria

Não estava nada bom O meu pedaço na verdade

Estava bem mamado

Bem chumbado, atravessado Foi por aí cambaleando

Se acabando num cordão Com o reco-reco na mão

Mais tarde o encontrei

Num café zurrapa Do Largo da Lapa

Folião de raça

Tomando o quarto copo de cachaça Isto não é chalaça

Voltou às sete horas da manhã Mas só na quarta feira

Cantando A Jardineira, oi, A Jardineira

Me pediu ainda zonzo Um copo d'água com bicarbonato

O meu pedaço estava ruim de fato

Pois caiu na cama E não tirou nem o sapato

E roncou uma semana Despertou mal humorado

Quis brigar comigo

Que perigo, mas não ligo!

O meu pedaço me domina

Me fascina, ele é o tal

Por isso não levo a mal Pegou a camisa, a camisa amarela

E botou fogo nela

Gosto dele assim Passada a brincadeira

E ele é pra mim

Meu Sinhô do Bonfim

(Camisa Amarela, de Ari Barroso)

PELOS BARES DA VIDA

Edição Nº 522 - ANO XI

Desde junho de 2008

Editor: Altino Farias

Conselheiro e Colunista: Robson Menezes

Colaboradores:

Dejoces Baptista Jr.

Áureo Castelo Branco

Nirton Venâncio

Concita Farias

Romeu Duarte

Eilézer Rodrigues

Diogo Fontenelle

Roberto Paiva

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