Editorial ruminantes n.5 (nov dez 2008)

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2 FUNDADOR Synesio Ascencio (1929 - 2002) DIRETORES José Figuerola, Helena Ambrósio Ascencio, Maria Dolores Pons Figuerola EDITOR RESPONSÁVEL Fernando Figuerola JORNALISTA RESPONSÁVEL Taiana Bueno (MTB 49.881) Sigma Six Comunicação Tel.: (11) 4013-0755 [email protected] PROJETO GRÁFICO Studio Figuerola EDITOR DE ARTE Roberto J. Nakayama EDITORAÇÃO ELETRÔNICA Miguel Figuerola MARKETING Master Consultoria e Serviços de Marketing Ltda. Milson da Silva Pereira [email protected] PUBLICIDADE / EVENTOS Diretor Comercial: Fernando Figuerola Tels.: (11) 3721-0207 3722-0460 / 9184-7056 [email protected] R&D Consultores S/C: Douglas Azevedo - Tel.: (84) 9982-1081 [email protected] Revista de Medicina Veterinária EDITORIAL Quem não chora, não mama Durante o ano de 2008 o Brasil comemorou, justifi- cadamente, a melhoria da distribuição de renda, a maior equidade. O índice de Gini (medida de desigualdade, que quanto mais próxima de um significa maior concentração de renda), caiu de 0,54 em 2002 para 0,51 em 2007, sendo projetado, para 2010, índice de 0,49. Nesse período, as ca- madas mais pobres da população brasileira elevaram sig- nificativamente seu poder aquisitivo. O que não se justifica é atribuir toda esta melhora a aumentos no salário míni- mo, a melhoria na escolaridade ou a programas assisten- cialistas (bolsas). Como tem destacado o Prof. Geraldo Camargo de Barros, há fatores mais importantes. Reflexos de melhor escolaridade ocorrem no longo prazo, não são imediatos. Fortes elevações de salário míni- mo já ocorreram na história brasileira, desde Getulio Var- gas, sem implicar em melhor distribuição de renda. Se o efeito da concessão de bolsas fosse tão forte, bastaria o Governo elevar o valor desta assistência: o custo seria in- significativo comparado ao benefício. Onde está, então, a causa da melhora dos indicadores? A importante resposta não tem recebido o devido crédito: o grande aumento da produtividade agropecuária. Foi a gigantesca evolução na adoção de novas tec- nologias, melhoramento genético, manejo de pastagens, tratos sanitários e tantas outras ações de pecuaristas (e agricultores) que tornaram os preços dos alimentos bai- xos. Foi o esforço e sacrifício do agronegócio que fez o Brasil ficar melhor, menos desigual. O que surpreende, além do não reconhecimento acima comentado, é que no momento em que a crise mun- dial estrangula o agronegócio (custos em elevação e pre- ços em queda), o Governo vai em socorro de montadoras e outros segmentos que gritaram mais forte. A mãe gover- no amamenta quem chora mais alto, não necessariamen- te quem tem mais fome. Se o agronegócio não cobrar seus bônus, ficará, como sempre tem acontecido, apenas com o ônus. Até quando pecuaristas e agricultores suportarão transferir renda para setores que tem contribuído em me- nor intensidade para o crescimento e equidade do Brasil? Roberto Arruda de Souza Lima [email protected] Breno Dalla Maestri Fisiopatologia da Reprodução [email protected] Cristina Gevehr Fernandes Anatomia Patológica [email protected] Domingos Marcelo C. Pesce Clinica Médica, Nutrição, Julgamento - [email protected] Eunice Oba Fisiopatologia da Reprodução [email protected] Fernanda Manaia Martins Instituto Brasileiro de Pós- Graduação Qualittas. [email protected] Flávio Elston Anestesiologia f[email protected] Flávio R.A. Faro Farmacologia [email protected] Lílian Barreto Elston Anatomia Patológica [email protected] ADMINISTRAÇÃO Helena Ambrosio Ascencio, Maria Dolores Pons Figuerola ASSINATURAS Iolanda Ambrosio Tel.: (11) 3845-5325 [email protected] REVISTA DE MEDICINA VETERINÁRIA DE RUMINANTES é uma publicação bimestral da EditoraTroféu Ltda. Administração e Redação: Rua Alvorada, 314 Vila Olímpia - CEP: 04550-001 São Paulo, SP - Fones: (11) 3845-5325 / 3849-4981 [email protected] Publicidade e Produção: Rua Braço do Sul, 61 - ap. 01 - Morumbi - CEP: 05617-090 São Paulo, SP - Fones: (11) 3721-0207 / 3722-0640 [email protected] NOTAS a) As opiniões de articulistas e entrevistados não representam necessariamente, o pensamento de REVISTA DE MEDICINA VETERINÁRIA DE RUMINANTES. b) Os anúncios comerciais e informes publicitários são de inteira responsabilidade dos anunciantes. ENDEREÇO ELETRÔNICO Home page: www.ruminantesvet.com.br Redação: [email protected] Assinatura/Administração: [email protected] Publicidade/Eventos: [email protected] Editora: [email protected] CONSULTORES CIENTÍFICOS Marcelo Landim Brisola Nutrição e Bioestatística [email protected] Marconi Gauttier Abba Clínica, Cirurgia e Reprodução de Grandes Animais - [email protected] Maria Célia R. Bellenzani Cirurgia de Grandes Animais [email protected] Moacir Leomil Neto Cardiologia Veterinária - USP [email protected] Roberto Arruda Souza Lima Agronegócios [email protected] Sony Dimas Bicudo Reprodução de Ruminantes [email protected] Thales dos Anjos F. Vechiato Mestrando da FMVZ/USP Clínica Médica - [email protected]

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FUNDADORSynesio Ascencio (1929 - 2002)

DIRETORESJosé Figuerola,Helena Ambrósio Ascencio,Maria Dolores Pons Figuerola

EDITOR RESPONSÁVELFernando Figuerola

JORNALISTA RESPONSÁVELTaiana Bueno (MTB 49.881)Sigma Six ComunicaçãoTel.: (11) [email protected]

PROJETO GRÁFICOStudio Figuerola

EDITOR DE ARTERoberto J. Nakayama

EDITORAÇÃO ELETRÔNICAMiguel Figuerola

MARKETINGMaster Consultoria e Serviços deMarketing Ltda.Milson da Silva [email protected]

PUBLICIDADE / EVENTOSDiretor Comercial:Fernando FiguerolaTels.: (11) 3721-02073722-0460 / [email protected]&D Consultores S/C:Douglas Azevedo -Tel.: (84) [email protected]

Revista de Medicina Veterinária

EDITORIAL

Quem não chora, não mama

Durante o ano de 2008 o Brasil comemorou, justifi-

cadamente, a melhoria da distribuição de renda, a maior

equidade. O índice de Gini (medida de desigualdade, que

quanto mais próxima de um significa maior concentração

de renda), caiu de 0,54 em 2002 para 0,51 em 2007, sendo

projetado, para 2010, índice de 0,49. Nesse período, as ca-

madas mais pobres da população brasileira elevaram sig-

nificativamente seu poder aquisitivo. O que não se justifica

é atribuir toda esta melhora a aumentos no salário míni-

mo, a melhoria na escolaridade ou a programas assisten-

cialistas (bolsas). Como tem destacado o Prof. Geraldo

Camargo de Barros, há fatores mais importantes.

Reflexos de melhor escolaridade ocorrem no longo

prazo, não são imediatos. Fortes elevações de salário míni-

mo já ocorreram na história brasileira, desde Getulio Var-

gas, sem implicar em melhor distribuição de renda. Se o

efeito da concessão de bolsas fosse tão forte, bastaria o

Governo elevar o valor desta assistência: o custo seria in-

significativo comparado ao benefício. Onde está, então, a

causa da melhora dos indicadores? A importante resposta

não tem recebido o devido crédito: o grande aumento da

produtividade agropecuária.

Foi a gigantesca evolução na adoção de novas tec-

nologias, melhoramento genético, manejo de pastagens,

tratos sanitários e tantas outras ações de pecuaristas (e

agricultores) que tornaram os preços dos alimentos bai-

xos. Foi o esforço e sacrifício do agronegócio que fez o

Brasil ficar melhor, menos desigual.

O que surpreende, além do não reconhecimento

acima comentado, é que no momento em que a crise mun-

dial estrangula o agronegócio (custos em elevação e pre-

ços em queda), o Governo vai em socorro de montadoras

e outros segmentos que gritaram mais forte. A mãe gover-

no amamenta quem chora mais alto, não necessariamen-

te quem tem mais fome. Se o agronegócio não cobrar seus

bônus, ficará, como sempre tem acontecido, apenas com

o ônus. Até quando pecuaristas e agricultores suportarão

transferir renda para setores que tem contribuído em me-

nor intensidade para o crescimento e equidade do Brasil?

Roberto Arruda de Souza [email protected]

Breno Dalla MaestriFisiopatologia da Reproduçã[email protected]

Cristina Gevehr FernandesAnatomia Patoló[email protected]

Domingos Marcelo C. PesceClinica Médica, Nutrição,Julgamento [email protected]

Eunice ObaFisiopatologia da Reproduçã[email protected]

Fernanda Manaia MartinsInstituto Brasileiro de Pós-Graduação [email protected]

Flávio [email protected]

Flávio R.A. [email protected]

Lílian Barreto ElstonAnatomia Patoló[email protected]

ADMINISTRAÇÃOHelena Ambrosio Ascencio,Maria Dolores Pons Figuerola

ASSINATURASIolanda AmbrosioTel.: (11) [email protected]

REVISTA DEMEDICINA VETERINÁRIADE RUMINANTESé uma publicação bimestral daEditoraTroféu Ltda.

Administração e Redação:Rua Alvorada, 314Vila Olímpia - CEP: 04550-001São Paulo, SP - Fones:(11) 3845-5325 / [email protected]

Publicidade e Produção:Rua Braço do Sul, 61 - ap. 01 -Morumbi - CEP: 05617-090São Paulo, SP - Fones:(11) 3721-0207 / [email protected]

NOTASa) As opiniões de articulistas eentrevistados não representamnecessariamente, o pensamentode REVISTA DE MEDICINAVETERINÁRIA DE RUMINANTES.b) Os anúncios comerciais einformes publicitários são deinteira responsabilidade dosanunciantes.

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