Educacao conectada

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Ano 01 Nº1 Esta publicação do Boletim Informati- vo, para nós, é fundamental e muito importante. Os planos de sua implan- tação vêm de longa data. O NTE (Núcleo de Tecnologia Educacional) tomou a frente neste tra- balho e criou também o Boletim Ele- trônico que será colocado à disposição em breve, e será também fundamental para avançarmos na co- municação com o nosso público alvo: os professores, pais de alunos , bem como todos que se interessam pelo que está acontecendo na educação do nosso município. O Boletim é um canal de comunica- ção muito importante para podermos informar e dialogar com os nossos professores , mostrar os trabalhos im- portantes que têm sido feitos por eles e pelos alunos em nossas escolas. A grande contribuição do “Educação Conectada” é que ele não só estará impresso, como disponível eletronica- mente, com uma periodicidade que faz com que o diálogo seja mais freqüente e mais recente, diferencia- do de alguns outros veículos de infor- mação que também estão em estudo pela Secretaria de Educação, só que com periodicidade maior. Márcio Rogério Silveira de Andrade Diretor Pedagógico Nesta edição: ALUNOS MONITORES: PARCEIROS DO PROFESSOR Agosto/Setembro de 2008 PALAVRA DO DIRETOR Boletim Informativo da Secretaria Municipal de Educação de Campinas Os Laboratórios de Informática das nossas escolas municipais já podem contar com verdadeiros aliados pa- ra sua conservação: os alunos moni- tores. O projeto é desenvolvido desde 2004, e entre as escolas municipais de Campinas, umas das experiências bem sucedidas é a da Profª Gisele Flávia Alves Oliveira da EMEF Elza Pellegrini de Aguiar Segundo a professora Gisele “ tudo começou a partir da dificuldade dos professores em utilizar o sistema Li- nux instalado nos laboratórios, en- tão pensamos em uma maneira de achar ajudantes ou parceiros que pu- dessem apoiar os professores na or- ganização da sala e utilização dos equipamentos”. Os alunos passam por um treina- mento onde aprendem a utilizar to- dos os softwares educativos e de escritório e, após essa etapa, come- çam a monitorar as aulas dos profes- sores no período contrário ao de suas aulas. Gisele já formou cerca de 100 alunos e hoje possui uma equipe de 14 monitores atuando no laboratório. O projeto ajuda a elevar a auto-estima dos estudantes e o seu desenvolvi- mento na área da informática. Mui- tos deles se moti- varam a fazer cursos para aper- feiçoamento pen- sando já na vida profissional. O projeto também contribuiu para envolver mais os professores no uso das tecnolo- gias na escola. Palavra do Diretor Alunos monitores O computador e a inclusão A CPA e a Avaliação Youtube com alunos adultos A informática e a matemática Novo espaço de formação NTE nas escolas Trabalho com hipertextos

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Boletim da Secretaria de Educacao Municipal de Campinas

Transcript of Educacao conectada

Page 1: Educacao conectada

Ano 01 Nº1

Esta publicação do Boletim Informati-vo, para nós, é fundamental e muito importante. Os planos de sua implan-tação vêm de longa data.O NTE (Núcleo de Tecnologia Educacional) tomou a frente neste tra-balho e criou também o Boletim Ele-trônico que será colocado à disposição em breve, e será também fundamental para avançarmos na co-municação com o nosso público alvo: os professores, pais de alunos , bem como todos que se interessam pelo que está acontecendo na educação do nosso município.O Boletim é um canal de comunica-ção muito importante para podermos informar e dialogar com os nossos professores , mostrar os trabalhos im-portantes que têm sido feitos por eles e pelos alunos em nossas escolas.

A grande contribuição do “Educação Conectada” é que ele não só estará impresso, como disponível eletronica-mente, com uma periodicidade que faz com que o diálogo seja mais freqüente e mais recente, diferencia-do de alguns outros veículos de infor-mação que também estão em estudo pela Secretaria de Educação, só que com periodicidade maior.

Márcio Rogério Silveira de AndradeDiretor Pedagógico

Nesta edição:

ALUNOS MONITORES: PARCEIROS DO PROFESSOR

Agosto/Setembro de 2008

PALAVRA DO DIRETOR

Boletim

Informativo da

Secretaria

Municipal de

Educação de

Campinas

Os Laboratórios de Informática das nossas escolas municipais já podem contar com verdadeiros aliados pa-ra sua conservação: os alunos moni-tores. O projeto é desenvolvido desde 2004, e entre as escolas municipais de Campinas, umas das experiências bem sucedidas é a da Profª Gisele Flávia Alves Oliveira da EMEF Elza Pellegrini de AguiarSegundo a professora Gisele “ tudo começou a partir da dificuldade dos professores em utilizar o sistema Li-nux instalado nos laboratórios, en-tão pensamos em uma maneira de achar ajudantes ou parceiros que pu-dessem apoiar os professores na or-ganização da sala e utilização dos equipamentos”.Os alunos passam por um treina-

mento onde aprendem a utilizar to-dos os softwares educativos e de escritório e, após essa etapa, come-çam a monitorar as aulas dos profes-sores no período contrário ao de

suas aulas. Gisele já formou cerca de 100 alunos e hoje possui uma equipe de 14 monitores atuando no laboratório. O projeto ajuda a elevar a auto-estima dos estudantes e o

seu desenvolvi-mento na área da informática. Mui-tos deles se moti-varam a fazer cursos para aper-feiçoamento pen-sando já na vida profissional. O projeto também contribuiu para envolver mais os professores no uso das tecnolo-gias na escola.

Palavra do Diretor

Alunos monitores

O computador e a inclusão

A CPA e a Avaliação

Youtube com alunos adultos

A informática e a matemática

Novo espaço de formação

NTE nas escolas

Trabalho com hipertextos

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A profª Carmen Ferreira da Silva, da disciplina de Português, do EJA II da escola Corrêa de Mello, tem uti-lizado o computador para alfabetiza-ção de alunos em seu horário de CHP. "A idéia partiu da necessida-de de atender vários alunos com ne-cessidades extremamente especiais, com problemas mentais e que não

conseguiam se expressar na escrita", explica a professora. Trabalhando de forma tradicional foram esgota-das todas as possibilidades que ela conhecia e então resolveu fazer uma experiência usando o computa-dor como ferramenta para desenvol-ver a escrita e trabalhar as 4 operações matemáticas.

Ela utiliza o software Gcompris e o editor de Textos e atualmente uma das alunas já consegue produzir algumas frases. A profª Carmem já pôde observar uma melhora na aprendizagem de dois dos alunos que fazem uma troca de conhecimen-tos, "está acontecendo uma parceria interessan-te, porque a Tati tem um domínio maior em Portu-

guês e o Maurício está começando com as letrinhas, porém ele tem faci-lidade com o raciocínio lógico.” relata a professora. Há também a contribuição de uma aluna monito-ra de informática do 7ª ano da esco-la, Alina Grativol, que disponibiliza seu tempo no final da tarde para ajudar no laboratório os alunos e a professora. É mais uma parceria que deu certo entre a informática e a educação.

A CPA E A AVALIAÇÃO DO ENSINO NA REDE MUNICIPAL

Nos últi-mos anos, o desenvol-vimento de proces-sos de ava-liação de sistemas públicos

de ensino vem ocorrendo com bas-tante freqüência no cenário nacio-nal. Desde 2002 a SME procura desenvolver, em parceria com o La-boratório de Observação e Estudos Descritivos (LOED) da Faculdade de Educação da UNICAMP, um sis-tema de avaliação participativo que permita obter dados confiáveis atra-vés de diagnóstico com o objetivo de qualificar as suas ações de plane-jamento. Em 2007 a SME dá início formalmente ao processo de avalia-ção institucional. Dada a escassez de experiências de avaliação institucionais, o LOED, através da assessoria da Profª. Mara de Sordi, propôs um modelo que se baseia nas premissas da avaliação do Ensino Superior. O modelo é com-posto pelos processos de: Avaliação

Interna, Avaliação Externa e Avalia-ção de Desempenho dos Alunos. A Avaliação Interna é um processo contínuo por meio do qual a escola constrói conhecimento sobre sua pró-pria realidade. A metodologia foi a composição de uma Comissão Pró-pria de Avaliação (CPA) em cada unidade de Ensino Fundamental que coordena o processo de avalia-ção interna ou auto-avaliação.O desenvolvimento de sistema pró-prio de Avaliação de Desempenho dos alunos iniciou-se pelas discipli-nas de Língua Portuguesa e Matemá-tica da antiga 3ª série do Ensino Fundamental. Em 2005 foi realizado um levantamento do trabalho nesta série na rede e o material coletado serviu de base para que professores e especialistas da rede junto com con-sultores da Faculdade de Educação da UNICAMP construíssem a avalia-ção de desempenho dos alunos das antigas 3ª séries. A avaliação foi apli-cada em março deste ano e os resul-tados estarão disponíveis ainda este semestre. A Rede Municipal reali-zou também, em 2007, a avaliação das antigas 4ªs e 8ªs séries proposta

pelo MEC, a Prova Brasil, e os resul-tados já estão disponíveis para as es-colas. E em 2008, os alunos da antiga 2ª série realizaram a Provi-nha Brasil, proposta pelo MEC, para avaliar o nível de alfabetização dos alunos. O objetivo da Avaliação Ins-titucional é que as escolas possam melhor enfrentar os desafios da pro-dução de um projeto educativo de qualidade.

O COMPUTADOR E A INCLUSÃO

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Trabalhando de

forma tradicional

foram esgotadas

todas as possibili-

dades que ela co-

nhecia...

A Avaliação

Interna é um

processo

contínuo por

meio do qual a

escola contrói

conhecimento

sobre sua própria

realidade.

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JOGANDO COM NÚMEROS

A partir da dificuldade dos alunos para efetuar cálculos matemáticos, João Henrique Marques, professor de matemática da EMEF Corrêa de Mello, procurou diferenciar suas aulas utilizando os softwares edu-cativos Tux Math e KPorcentagem presentes nos computadores da escola para ajudar alunos de 6º e 8º anos a de-senvolverem o ra-ciocínio lógico. Trabalhando com porcenta-

gem e criando uma técnica de com-petição em duplas, o professor percebeu um desenvolvimento signi-ficativo nos alunos que, movidos pe-

lo gosto de estarem diante do computador e pela vontade de ven-cer a disputa, passaram a resolver os problemas mais rapidamente. A prática contribuiu para a melho-ra da aprendizagem de alunos de PPD (Projeto Pedagógico Diferenciado) no ano passado, e tem sido uma metodologia adotada para todas as turmas do professor João Henrique. Segundo ele, “os alunos trabalham, competem, jo-gam e a disputa é salutar, pois uns desejam boa sorte para os outros, e aqueles que ficam atrasados e não conseguem solucionar os proble-mas, numa próxima vez estudam mais para alcançar melhor resulta-do”.

Na escola Humberto de Alencar Cas-telo Branco, há um trabalho muito interessante com alunos adultos. Conforme relata Isabel Aparecida Durante Franco do Amaral, professo-ra da FUMEC. “Desde o ano passa-do quando eu comecei a frequentar os cursos do NTE, meus alunos utilizam o laboratório de informáti-ca com atividades diferenciadas ela-boradas e planejadas para atender os diferentes níveis de aprendiza-gem. No início desta proposta de tra-balho, houve resistência por parte de alguns alunos. Mas posso afir-mar que hoje todos realizam as ativi-dades no computador superando aos poucos as dificuldades de lidar com a situação nova de aprendiza-

gem. ” Este trabalho inclui a inter-pretação de vídeos do Youtube, selecionados pela professora e a pro-dução de textos pelos alunos de PEB 3 (alunos alfabetizados) após dis-cussão reflexiva sobre os temas apresentados. Com os alunos de PEB 1 e 2 (iniciantes na alfa-betização) são redigi-das listas de palavras referentes ao tema, se-guindo a ordem alfabé-tica. Segundo a professora, esta ativida-de está embasada nas idéias de Paulo Freire quando diz: “O que

me interessa agora é alinhar e discu-tir saberes fundamentais (...) da prá-tica educativa obrigatórios no processo de aprendizagem”.

NOVO ESPAÇO DE FORMAÇÃO DA SME

A partir do mês de Setembro de 2008, a Secretaria Municipal de Edu-cação contará com um novo espaço de formação: Centro de Formação, Tecnologia e Pesquisa Educacional - CEFORTEPE, agregando dois setores que hoje funcionam em loc-ais separados: o CEFORMA e o NTE. O endereço é Rua João Alves dos

Santos nº 860, Jardim das Paineiras. O prédio comporta amplas salas para cursos, biblioteca, laboratórios de informática e multidisciplinar.O novo Centro de Formação, busca ser um diferencial em termos da Educação Pública Municipal de Campinas. Neste mesmo espaço físico funcionou o Colégio Parthen-on, o qual, na sua própria época,

também fez a diferença em termos de Educação. Para 2009, o CEFORTEPE tem como objetivo a criação de um centro de pesquisa, produção e editoração que buscará não apenas publicar uma revista mensal, mas também incentivar a produção intelectual dos profissionais da rede.

YOUTUBE NO TRABALHO COM ALUNOS ADULTOS

Educação@Conectada 3

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O NTE ( Núcleo de Tecnologia Edu-cacional Munici-pal de Campinas) está oferecendo nas EMEFs diver-sas oficinas para

capacitação dos professores na utili-zação dos recursos de informática dos LIEDs (Laboratórios de Informá-tica Educativa). Cerca de 8 escolas já

foram atendidas e muitas outras es-tão agendadas para o mês de outu-bro. Nestas oficinas são apresentados os softwares educacio-nais presentes nas máquinas dos la-boratórios e suas possibilidades de uso no contexto das diversas discipli-nas do ensino fundamental. Além disso, é abordado o uso educacio-nal da internet e dos aplicativos de escritório: editor de textos, planilhas

e módulo de apresentação.A inten-ção desta parceria é a aproximação do NTE da realidade de cada comu-nidade escolar visando suprir as ne-cessidades particulares dos professores na utilização dos recur-sos tecnológicos na sua prática coti-diana. Isso vai de encontro as orientações do MEC na questão da incorporação das TICs ( Tecnologi-as da Informação e Comunicação)

O NTE NAS ESCOLAS

Educação@Conectada é um boletim interno

da Secretaria de Educação de Campinas

Redação: Angela Fernandes

Diagramação e Arte: Adriana Carla Betioli

Revisão: Ingrid Vogl

Idealização: NTE - Núcleo de Tecnologia

Educacional de Campinas

PARTICIPE DO PRÓXIMO BOLETIM!

Este primeiro boletim apresentou na sua maioria,

experiências voltadas ao uso de tecnologia nas

escolas da rede municipal de ensino. No entanto, o

foco desta publicação é apresentar experiências

em diferentes frentes relacionadas à educação

pública que acontecem em nossas escolas, como

projetos em cidadania, artes, esportes, meio

ambiente, e outros.

Mande sua colaboração, fale conosco:

email: [email protected]

Educação@Conectada 4

O Prof. Marcemino Bernardo Perei-ra, da disciplina de História, da EMEF Pe Melico Cândido Barbosa tem um trabalho sistematizado com informática desde 1998. O projeto in-formática na escola é alterado a ca-da ano, buscando melhorias, a partir de pesquisas de novidades na área. Hoje procura trabalhar as tecno-logias na escola enquanto ambiente geral de aprendizagem, para que os alunos possam interagir uns com os outros e com o professor.Dentre os trabalhos desenvolvidos há o proje-to de construção de hipertextos ou o “caderno eletrônico”, como passou a ser chamado.Trata-se da confec-ção de pequenos arquivos onde os alunos podem criar links entre eles.O trabalho com hipertexto começou com a idéia de fazer pesquisa, sen-do que os próprios alunos elabo-ram, com bastante autonomia, perguntas sobre um problema a ser pesquisado , sempre com temas pre-viamente trabalhados em sala, orga-nizam a página como se fosse uma

página da WEB. Um dos temas esco-lhidos neste ano, por uma turma do 7º ano foi a “Tecnologia” e uma das perguntas que elaboraram foi se a in-formática na escola me-lhora ou não a aprendizagem. Para res-ponder essa questão os alunos sugeriram estra-tégias, tais como compa-rar o estudo de conteúdos já estudados sem a utilização da in-formática, com o mesmo conteúdo trabalhado com o auxílio dela. To-do o projeto é feito com a participação e opinião de toda a classe, até mesmo na hora de avaliar os trabalhos.Um dos autores nos quais o professor se baseia é o Pierre Levi, quando diz que “a tecnologia da in-formação, em qualquer ambiente que ela esteja,não vai se impor ante a instituição, mas tem que haver um diálogo, uma interação entre

elas(...)”. “Os textos que utilizo em sala de aula têm sofrido intervenção das tecnologias da informação, e eu acredito que as áreas tem que man-

ter esse diálogo o tempo inteiro pa-ra que se produza algo mais dinâmico” explica Marcemino.Para ele, o computador potencializa coisas próprias da formação, a inte-ratividade entre as pessoas, o diálo-go, e a construção do conhecimento.

CONSTRUINDO CONHECIMENTO COM HIPERTEXTOS