Educação empreendedora no Brasil

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ANO VII / Nº 40 / JAN-FEV 2014 Parceria entre Sebrae-SP e Centro Paula Souza põe o empreendedorismo ao alcance de todos educação a distância Cursos não presenciais caem no gosto de pequenos e médios empresários sintonia com o futuro Programa transmite noções empresariais a jovens e crianças de olho no mundo O ensino empreendedor na Europa, Estados Unidos e América Latina ações de impacto Práticas pedagógicas inovadoras querem criar histórias de sucesso

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Educação Empreendedora: Mesmas perguntas com novas respostas. Artigo escrito pelo Prof. Marcelo Nakagawa -----------------------------------------------------> NAKAGAWA, Marcelo. Educação Empreendedora: Mesmas Perguntas com novas respostas. São Paulo: SEBRAE-SP. Ano VII / Nº 40 / Jan-Fev 2014

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  • ANO VII / N 40 / JAN-FEV 2014

    Parceria entre Sebrae-SP e Centro Paula Souza pe o empreendedorismo ao alcance de todos

    educao a distnciaCursos no presenciais

    caem no gosto de pequenos e mdios empresrios

    sintonia com o futuroPrograma transmite noes empresariais a jovens e crianas

    de olho no mundoO ensino empreendedor

    na Europa, Estados Unidos e Amrica Latina

    aes de impactoPrticas pedaggicas

    inovadoras querem criar histrias de sucesso

  • Ppanorama

    A discusso remete a 1755, quando, supostamente, o economista fran-cs Richard Cantillon apresentou o conceito de empreendedor. Mas

    ganhou destaque a partir do meio do sculo 20, quando outro economista, o americano Joseph Schumpeter, as-sociou o empreendedor inovao e ao desenvolvimen-to econmico. Mais de 250 anos depois, ainda estamos longe de uma definio nica de empreendedorismo e como se formam novos empreendedores.

    Esse debate levou a educao empreendedora a se dividir em pelo menos trs grandes eixos: as-pectos pessoais, planejamento de novos negcios e gesto do crescimento.

    No aspecto pessoal, temas como proatividade, cria-tividade, resilincia, liderana e trabalho em equipe so explorados o campo da psicologia empreendedora. Em seguida, entram em cena assuntos como oportu-nidades e planos de negcio. E, por fim, chegam os es-pecialistas em gesto de negcios nascentes com suas tticas de criao e desenvolvimento de empresas.

    Contudo, essa abordagem compartimentalizada alvo de vrias crticas. No campo pessoal, ainda h polmicas sobre perfis empreendedores e o que pode tornar o perfil de uma pessoa mais arrojado. Muitas delas escreveram planos de negcio que nunca funcio-naram porque as condies reais eram muito diferen-tes daquelas fantasiadas no plano. E no so poucos os que desaprovam as tcnicas de gesto de grandes em-presas para empreendedores, que no so aplicveis em suas realidades de fundo de quintal.

    Afinal, como formar empresrios? Como identifi-car oportunidades de negcios? Como criar e desen-volver um negcio? As perguntas mais bsicas con-tinuam as mesmas, mas h novas respostas que se baseiam nos seguintes pilares:

    - Aprender a experimentar: o professor/escritor Pe-ter Drucker explicava que empreendedorismo no era um dom pessoal inato, mas um comportamento que pode ser praticado e desenvolvido. Novas abordagens como o effectuation (proposto por Saras Sarasvathy) e lean startup (proposto por Eric Ries) defendem o apren-der vivenciando, uma das tcnicas de aprendizado mais bsicas.

    - Aprender a interagir: enquanto as tcnicas an-teriores se baseavam na pesquisa de mercado, novas abordagens como o customer development (proposto por Steve Blank) e design thinking (difundido princi-palmente por David Kelley) defendem a interao com o mercado.

    - Aprender a evoluir: mesmo com nomes compli-cados, effectuation e lean startup pressupem evolu-o. O ciclo empreendedor baseado em um desen-volvimento constante, o que implica na evoluo da capacidade de gesto do empreendedor. Eu mesmo desenvolvi dezenas de ferramentas de gesto para o Movimento Empreenda, uma iniciativa da Editora Globo, com apoio do Sebrae, que prope solues sim-ples de gesto baseadas em tcnicas consagradas das grandes empresas.

    Essas novas abordagens podem contrapor algu-mas antigas, mas em muitos casos complementam ou mesmo corroboram iniciativas consagradas de educa-o empreendedora como o caso do Empretec, ofe-recido pelo Sebrae no Brasil.

    Dessa forma, para os que lidam com educao em-preendedora no Brasil, mais do que ficar totalmente vislumbrado com o novo ou se apegar inercialmente ao passado, preciso continuar a questionar sobre o que empreendedorismo e como se formam novos empreendedores para, dessa maneira, termos mais (e melhores) empresas no Pas.

    EDUCAO EMPREENDEDORA:MESMAS PERGUNTAS COM NOVAS RESPOSTAS

    MARCELO NAKAGAWA PROFESSOR DE EMPREENDEDORISMO DO INSTITUTO DE ENSINO E PESQUISA (INSPER) E MEMBRO DO CONSELHO DA ARTEMSIA NEGCIOS SOCIAIS, DA ANJOS DO BRASIL

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