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AGRUPAMENTO DE ESCOLAS
DE FIGUEIRÓ DOS VINHOS
DOCUMENTO DE APOIO
Educação Física
MODALIDADE
Atletismo
Grupo de Educação Física
Educação Física
Documento de Apoio – Atletismo
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Grupo de Educação Física
1. DISCIPLINAS
Podemos dividir as várias disciplinas em três grupos fundamentais: as corridas, os
concursos (saltos e lançamentos) e as provas combinadas (corridas, saltos e
lançamentos).
As provas que integram o calendário olímpico são as seguintes:
CORRIDAS
SALTOS
LANÇAMENTOS BARREIRAS
MARCHA
100m
200m
400m
800m
1500m
3000 m obstáculos
(M)
5000 m
10000 m
Maratona
(42.195m)
4x100m
4x400m
Comprimento
Triplo
Altura
Vara
Peso
Dardo
Disco
Martelo
110m
100m(F)
400m
5000m
10.000m
20.000m
50.000m
Nota: As disciplinas sem qualquer indicação (M / F) são praticadas por atletas
masculinos e femininos, ainda que com algumas diferenças (peso dos engenhos, altura
dos obstáculos, etc).
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1.1. Local das Provas
Todas as provas se realizam numa pista de atletismo, excepto as distâncias maiores
como a maratona e algumas provas de marcha.
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Área de contacto do pé no solo
Quanto maior é a velocidade da corrida menor é a zona de impacto do pé no
solo. Assim, os especialistas de 100m realizam o contacto com o solo pelo terço anterior
do pé e o calcanhar não chega a tocar o solo. À medida que vai aumentando a distância
vai aumentando o apoio do pé no solo até que os fundistas iniciam o apoio no solo pelo
calcanhar e desenrolando de seguida o pé todo.
A acção dos Membros Superiores
A acção dos MS é de grande importância na corrida pois assegura o equilíbrio. O
movimento dos MS deve ter lugar na articulação do ombro, deve ser activo e na
direcção da corrida.
2. Corridas
2.1. Corrida de Velocidade
Fases da Corrida de Velocidade
As corridas de velocidade são constituídas por quatro fases fundamentais:
partida, fase de aceleração, fase de manutenção da velocidade máxima e fase de
desaceleração e chegada.
Velocidade Meio- fundo Fundo
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Partida
A partida é um factor decisivo e como tal deve ser treinado. Uma boa saída pode
provocar o comando de uma prova, o que constitui, em muitos casos, uma vantagem
importante.
Pela curta duração da corrida (60, 80 ou 100 metros), esta fase é considerada de
concentração.
Fases da Partida
1. O atleta deve estar de pé, atrás da linha de partida, e esperar que o juiz diga:
«Aos seus lugares»
O atleta aproxima-se da linha de partida e deve colocar-se em posição (braços
colocados em oposição aos apoios dos pés:
2. Seguidamente à ordem de “prontos”, deve baixar o centro de gravidade e
preparar-se para a partida;
O aluno:
À voz de “prontos” deve bloquear a respiração, após a inspiração, até ao sinal do
tiro, altura em que liberta a respiração;
«Prontos»
O olhar deve estar dirigido para um ponto mais à frente no solo;
O contacto dos pés com o solo é importante;
Posição imóvel.
3. Ao sinal de partida – tiro (ou ordem de vai) – o atleta deve reagir rapidamente:
A primeira impulsão é realizada com a perna de trás, logo de seguida, com maior
duração, a perna da frente é responsável pela projecção do corpo, formando com o plano
da pista um ângulo de 45º, aproximadamente;
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A trajectória da perna de trás deve ser rasante, rápida e curta;
Os braços devem ter uma acção correcta e coordenada com as pernas.
Fase de Aceleração
Na segunda fase da corrida, os primeiros apoios são mais próximos uns dos
outros e a amplitude de passada vai aumentando progressivamente.
Nesta fase a velocidade de aceleração assume um
papel predominante e as características individuais,
como o potencial muscular e a coordenação, irão
condicionar a capacidade de aceleração de cada um.
Apoiar o terço anterior do pé
Apoios rápidos e enérgicos no solo
Redução gradual da inclinação do tronco à medida que a amplitude e frequência
de passada aumenta
Tronco assume posição normal da corrida passados aproximadamente 20m
Fase de Manutenção da Velocidade Máxima
Uma boa coordenação entre a acção dos MI e MS é
fundamental nesta fase da corrida.
Aqui, a capacidade mais solicitada é a velocidade máxima
MS flectidos junto do tronco
Músculos do trem superior descontraídos
Ligeira inclinação do tronco à frente
Contacto com o solo feito com o terço anterior do pé
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Fase de Desaceleração e Chegada
Esta fase ocorre e todas as corridas de velocidade; no entanto, é mais notória
numa corrida de 400m do que numa de 100m.
A capacidade que aqui é solicitada é a velocidade de resistência do indivíduo.
Tentar manter os joelhos altos
Manter a amplitude de passada
Não alterar a técnica de corrida
Inclinar o tronco para a frente sobre a meta.
2.2. Corrida de Estafetas
É uma manifestação desportiva excitante, atractiva e provoca interesse na assistência por constituir
uma competição de equipa em que o êxito depende das transmissões.
O praticante faz parte de uma equipa, assume a responsabilidade como grupo, isto é, tem de aliar o
esforço individual ao coletivo – espirito de grupo.
Para além dos resultados, existem outros aspectos muito importantes que se devem ter em conta
numa corrida de estafeta:
1º estafeta deve ser o que tiver melhor velocidade de reacção (melhor saída);
2º estafeta deve ser o menos rápido;
3º estafeta deve ser o que assegura o 2º melhor tempo;
4º e último estafeta deve ser o mais veloz;
Entre os atletas deve existir espírito de equipa, força de vontade e combatividade.
As estafetas 4 x 100 m e 4 x 400 m são corridas em que cada equipa
é constituída por 4 elementos que:
Têm por objectivo transportar o testemunho durante a totalidade
do percurso, o mais rapidamente possível;
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Têm de transmitir entre si o testemunho, em percursos iguais, dentro da zona de transmissão de
20 m;
Não devem sair da pista sorteada.
Fases da corrida de estafetas
Partida ou Saída
Existem várias formas de segurar o testemunho na partida, mas a mais usual é
segurar na zona central do testemunho, de modo a causar pouca interferência na corrida.
Pega do testemunho na partida e posição de saída para a recepção
Transmissão do testemunho
O testemunho tem de ser entregue dentro de um espaço de 20 metros de
comprimento – zona de transmissão.
Zona de Transmissão
O receptor deve aguardar o transmissor na zona de balanço (10m), olhando para
trás e por cima do ombro.
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O receptor deve começar a correr quando o transmissor passa junto de uma marca
previamente colocada no corredor. Corre olhando para a frente e estica o braço para trás
com a mão aberta quando o transmissor lhe der o sinal sonoro: “vai”, “toma”, etc.
Modo de transmissão do testemunho
Existem duas técnicas que permitem a transmissão correcta do testemunho: a
transmissão descendente, ou por cima e a transmissão ascendente, ou por baixo.
A transmissão descendente, apesar de tornar-se a mais rápida, é a mais difícil,
porque o corredor da frente eleva mais o braço para receber o testemunho e coloca a
palma da mão virada para cima.
Técnica Descendente
Na transmissão ascendente, o corredor da frente mantém o braço numa posição
baixa, o que facilita a entrega do testemunho e estende a mão. Ao sinal do colega que se
encontra atrás, o receptor coloca a palma da mão virada para baixo, formando um “V”
com o polegar e o indicador e o transmissor executa um movimento de baixo para cima
para a entrega do testemunho. Este método é mais fácil de aprender e o mais seguro de
utilizar.
Técnica Ascendente
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O receptor deve aguardar o transmissor na zona de balanço (10 m), olhando para
trás e por cima do ombro.
A passagem do testemunho dá-se obrigatoriamente numa zona precisa de 20m,
que se designa por zona de transmissão, caso contrário a equipa é desclassificada.
Anterior a esta zona, pode anteceder uma outra área- zona de balanço ou aceleração, que
mede 10m. A nível escolar não é indispensável a utilização desta zona, porque as
distâncias a percorrer pelos alunos são muito reduzidas, a não ser que se realize a prova
dos 4 x 80m. A utilizar a zona de aceleração, é no seu início que os corredores devem
situar-se à espera dos companheiros de equipa. Desta forma, o receptor do testemunho
parte quando o seu colega passar pela marca colocada na pista (situa-se antes da zona de
aceleração).
Os atletas têm de combinar o modo e a mão com que fazem as transmissões,
pois isso influencia a colocação de cada um no corredor para receber o testemunho:
- Se o transmissor correr com o testemunho na mão esquerda, o receptor coloca-se
na zona interior do corredor de corrida, e recebe com a mão direita;
- Se o transmissor correr com o testemunho na mão direita, o receptor coloca-se na
zona exterior do seu corredor de corrida, e recebe com a mão esquerda.
Deste modo, no momento de transmissão do testemunho, ambos os corredores
devem estar a correr à máxima velocidade.
TRANSMISSÃO COM MUDANÇA DE MÃO TRANSMISSÃO SEM MUDANÇA DE MÃO
VA
NT
AG
EN
S
A maioria dos alunos são hábeis a receber
com a mão direita;
Possibilidades de mudar os percursos aos
alunos- todos efectuam o mesmo exercício;
Tem lógica entregar com a mão esquerda,
uma vez que a curva é efectuada para esse
lado (o ombro esquerdo está mais baixo).
Os alunos do primeiro e terceiro percursos
percorrem uma distância menor nos 4 x 100m;
Os MS não param o seu balanço com a
mudança de mão;
Trajectórias mais lógicas.
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DE
SV
AN
TA
GE
NS
Alongamento do percurso do testemunho;
Abrandamento inevitável durante a mudança
de mão.
Pode-se mudar os percursos, mas os
automatismos que se criam podem ser
perigosos;
Numa pista de 400m, há trajectos mais longos
em certos percursos para os 4 x 40m e 4 x
80m, consoante a pista em que se corre.
O receptor:
Deve começar a corrida na zona de balanço quando o colega transmissor passar
junto à marca previamente colocada no corredor;
Deve ter sinais de referência sobre o seu corredor;
Correr o mais rápido possível, olhando sempre para a frente;
Após a corrida lançada e no momento da passagem do testemunho, não deve olhar
para trás, pois daí pode resultar uma perda de tempo.
Erros mais frequentes do receptor:
Início da corrida lançada cedo ou tarde demais;
Abrandamento de velocidade no momento da transmissão.
Virar-se para trás no momento da transmissão;
Correr com o braço de recepção do testemunho ao longo do corpo ou à retaguarda;
Correr olhando para trás.
Erros mais frequentes do transmissor:
Extensão do braço demasiado cedo;
Ausência do sinal sonoro no tempo certo;
Transmissão efectuada muito perto do receptor.
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A linha de chegada (meta)
Após receber o testemunho, o último atleta corre para a linha da meta de forma
idêntica à corrida de velocidade.
2.3. Corrida de Barreiras
Corridas de velocidade em que os atletas têm de passar os obstáculos (barreiras)
que se encontram no seu percurso. Os obstáculos/barreiras não devem ser saltadas mas
sim passadas/transpostas.
Regulamento Específico da Corrida de Barreiras
- As corridas são efetuadas em pistas separadas, e os concorrentes devem
permanecer na sua pista até que a prova termine;
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- Será desclassificado o concorrente que passe uma barreira que não esteja
colocada na sua pista;
- Qualquer concorrente que derrube intencionalmente uma barreira, com as mãos
ou com os pés, será desclassificado.
Fases das Corridas de Barreiras:
Partida
Aproximação à barreira
Transposição da barreira
Corrida entre barreiras
Corrida da última barreira até à meta
Partida
A fase da partida é em tudo semelhante à de qualquer corrida de velocidade. O
atleta deve correr rápido em aceleração, procurando adquirir a maior velocidade
possível. Normalmente da partida, até à primeira barreira, cada concorrente efetua sete
ou oito apoios.
Aproximação à primeira barreira
Depois da partida e da aceleração progressiva, o atleta depara-se com o primeiro
obstáculo.
- bacia alta, tronco direito, olhando para a frente;
- realizar apoios ativos sobre o terço médio-anterior do pé, procurando uma
extensão enérgica dos membros inferiores de impulsão em cada passada;
- movimentar energicamente os membros superiores fletidos a 90º graus.
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Transposição da primeira barreira
Momento em que o atleta transpõe a barreira. A primeira perna a passar a barreira
é designada “Perna de Ataque”, enquanto a outra é designada “Perna de Impulsão”.
Nesta fase o concorrente deve:
- sincronizar o movimento dos membros inferiores com os membros superiores;
- a perna de impulsão realiza a sua ação a cerca de 2 metros da barreira,
permitindo um ataque em profundidade, a maior parte da impulsão é aplicada para a
frente, na direção da corrida;
- extensão ativa das articulações do tornozelo, joelho e anca;
- puxar a perna lateralmente, relativamente ao tronco, rápida e ativamente, após a
passagem da barreira com a perna de ataque, fazendo com esta um ângulo de cerca 90º
graus;
- a perna de ataque deve passar o mais rasante possível da barreira e deve ser
sempre a mesma em todas as transposições;
- na parte final do movimento a perna de ataque deve procurar rapidamente o solo
com um enérgico movimento de cima para baixo e de frente para trás;
- Os dedos do pé da perna de ataque devem estar fletidos, nunca apontando para o
solo;
- A receção deve ser rápida e efetuada pelo terço médio-anterior do pé;
- Após a receção, retomar de forma enérgica o movimento dos braços.
Corrida entre barreiras
Fase da corrida em que o atleta finalizou a transposição da primeira barreira até ao
final da última barreira;
- Procurar manter uma corrida equilibrada, ritmada, dando três passadas entre
barreiras;