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¹ Bacharel em Administração, Especialista em Gestão de Pessoas. Instituto Federal Sul-rio-grandense – Campus Pelotas. Praça XX de Setembro, 455 – Pelotas/RS. (53)21231044. [email protected]. ²Bacharel em Administração. Instituto Federal Sul-rio-grandense – Campus Pelotas. Praça XX de Setembro, 455 – Pelotas/RS. (53)21231044. [email protected] ³ Acadêmica do curso Técnico em Comunicação Visual, Bolsista de Iniciação Científica. Instituto Federal Sul-rio-grandense – Campus Pelotas. Praça XX de Setembro, 455 – Pelotas/RS. (53)21231044. [email protected]. Bacharel em Economia, Especialista em Gestão Empresarial. Instituto Federal Sul-rio-grandense – Campus Pelotas. Praça XX de Setembro, 455 – Pelotas/RS. (53)21231117. [email protected]. Bacharel em Administração, Especialista em Marketing no Agronegócio. Instituto Federal Sul-rio-grandense – Campus Pelotas. Praça XX de Setembro, 455 – Pelotas/RS. (53)21231044. [email protected] 1 2 EDUCAÇÃO PARA O EMPREENDEDORISMO: POSSIBILIDADES PARA 3 OS ALUNOS DO ENSINO TECNOLÓGICO/SUPERIOR DO CAMPUS 4 PELOTAS/INSTITUTO FEDERAL SUL-RIO-GRANDENSE 5 Autor: MARTINS, Érica Pereira¹ 6 Co-autores: AMARAL, Charles Eduardo da Cruz² LETTNINN, Bruna Dutra³ 7 PEREIRA, Diego RodriguesRODRIGUES, Leandro Knepper da Silva 8 9 Resumo 10 O mercado de trabalho vem sofrendo profundas transformações e neste novo contexto de uma 11 economia em franco crescimento passam a ser demandados não só empregados, mas também 12 pessoas que possam criar novos postos de trabalho por meio da abertura de empresas. Nesse 13 cenário, salienta-se o papel das instituições de ensino. Oferecer uma formação que contemple 14 a educação empreendedora se torna um dever em prol da efetiva preparação profissional do 15 aluno. Considerando isso, foi definido como objetivo geral desta pesquisa conhecer quais as 16 possibilidades de intervenção para proporcionar aos alunos ações voltadas à educação 17 empreendedora. Para tal, foi elaborado um questionário a fim de identificar quais interesses, 18 motivações e grau de conhecimento sobre o tema. A pesquisa foi aplicada durante o ano de 19 2012 aos alunos dos cursos de tecnologia/superiores. Os principais resultados foram: 96,6% 20 dos participantes já ouviu falar sobre empreendedorismo; 43,5% pretendem abrir um negócio 21 após formado; 80,7% participaria de ações voltadas ao desenvolvimento do 22 empreendedorismo e, 91% gostaria de aprender sobre empreendedorismo durante sua 23 formação escolar. Estes resultados reforçam as premissas iniciais a respeito da necessidade de 24

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¹ Bacharel em Administração, Especialista em Gestão de Pessoas. Instituto Federal Sul-rio-grandense – Campus Pelotas. Praça XX de Setembro, 455 – Pelotas/RS. (53)21231044. [email protected].

²Bacharel em Administração. Instituto Federal Sul-rio-grandense – Campus Pelotas. Praça XX de Setembro, 455 –

Pelotas/RS. (53)21231044. [email protected] ³ Acadêmica do curso Técnico em Comunicação Visual, Bolsista de Iniciação Científica. Instituto Federal Sul-rio-grandense – Campus Pelotas. Praça XX de Setembro, 455 – Pelotas/RS. (53)21231044. [email protected]. ⁴ Bacharel em Economia, Especialista em Gestão Empresarial. Instituto Federal Sul-rio-grandense – Campus Pelotas. Praça XX de Setembro, 455 – Pelotas/RS. (53)21231117. [email protected]. ⁵ Bacharel em Administração, Especialista em Marketing no Agronegócio. Instituto Federal Sul-rio-grandense – Campus Pelotas. Praça XX de Setembro, 455 – Pelotas/RS. (53)21231044. [email protected]

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EDUCAÇÃO PARA O EMPREENDEDORISMO: POSSIBILIDADES PARA 3

OS ALUNOS DO ENSINO TECNOLÓGICO/SUPERIOR DO CAMPUS 4

PELOTAS/INSTITUTO FEDERAL SUL-RIO-GRANDENSE 5

Autor: MARTINS, Érica Pereira¹ 6

Co-autores: AMARAL, Charles Eduardo da Cruz² LETTNINN, Bruna Dutra³ 7

PEREIRA, Diego Rodrigues⁴ RODRIGUES, Leandro Knepper da Silva ⁵ 8

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Resumo 10

O mercado de trabalho vem sofrendo profundas transformações e neste novo contexto de uma 11

economia em franco crescimento passam a ser demandados não só empregados, mas também 12

pessoas que possam criar novos postos de trabalho por meio da abertura de empresas. Nesse 13

cenário, salienta-se o papel das instituições de ensino. Oferecer uma formação que contemple 14

a educação empreendedora se torna um dever em prol da efetiva preparação profissional do 15

aluno. Considerando isso, foi definido como objetivo geral desta pesquisa conhecer quais as 16

possibilidades de intervenção para proporcionar aos alunos ações voltadas à educação 17

empreendedora. Para tal, foi elaborado um questionário a fim de identificar quais interesses, 18

motivações e grau de conhecimento sobre o tema. A pesquisa foi aplicada durante o ano de 19

2012 aos alunos dos cursos de tecnologia/superiores. Os principais resultados foram: 96,6% 20

dos participantes já ouviu falar sobre empreendedorismo; 43,5% pretendem abrir um negócio 21

após formado; 80,7% participaria de ações voltadas ao desenvolvimento do 22

empreendedorismo e, 91% gostaria de aprender sobre empreendedorismo durante sua 23

formação escolar. Estes resultados reforçam as premissas iniciais a respeito da necessidade de 24

que sejam proporcionadas ao aluno, durante sua formação acadêmica, possibilidades que 25

gerem a difusão do empreendedorismo. 26

Palavras chave: Empreendedorismo. Educação Empreendedora. Pesquisa. 27

Entrepreneurship education: possibilities for students from technological/higher 28

education of Campus Pelotas/Instituto Federal Sul-rio-grandense 29

30

Abstract 31

Labor market has been suffering deep transformations and, in this new context of a growing 32

economy, are demanded not only employees, but people able to create new work positions by 33

opening companies. In this scenario, it is possible to stress educational institutions role. 34

Offering a formation that contemplates educational entrepreneurship became a duty in pro of 35

effective student’s professional preparation. Considered this, research’s general objective was 36

to know which interventions are possible to provide students actions focused on educational 37

entrepreneurship. To achieve this objective was formulated a questionnaire in order to identify 38

interests, motivations and level of knowledge about the theme. The research was applied 39

during the year of 2012 to students from technological and higher education courses. Main 40

results were: 96,6% of the participants have heard about entrepreneurship; 43,5% intend to 41

open a business after graduation; 80,7% would participate in actions focused on 42

entrepreneurship development; and 91% would like to learn about entrepreneurship during 43

scholar formation. These results reinforce initial assumptions about the necessity to provide 44

students, during scholar formation, possibilities that spread entrepreneurship. 45

Key words: Entrepreneurship. Entrepreneurship Education. Research. 46

47

1. Introdução 48

Atualmente o empreendedorismo passa a ser visto como uma opção de carreira e uma forma 49

de absorver os portadores de diploma que não conseguem uma colocação no mercado de trabalho. 50

Dessa forma, a criação de um novo perfil profissional se torna necessária, uma vez que o 51

empreendedorismo além de ser considerado como um desejo por algumas pessoas passa a ser uma 52

ótima opção para outras tantas. 53

Na prática, muitas pessoas tem dificuldade de levar suas ideias ao mercado na forma de uma 54

oportunidade de negócio, conhecendo minimamente seu ambiente de mercado, e assim criando novas 55

empresas, de acordo com Hisrich e Peters (2004). Sendo assim, se faz importante o preparo dos 56

empreendedores, para que os indivíduos possam ter conhecimento sobre as necessidades profissionais 57

que serão demandadas, bem como sobre a contribuição econômica de novos empreendimentos. 58

Nesse cenário, salienta-se o papel das instituições de ensino no processo. Oferecer uma 59

formação que contemple a educação empreendedora é mais do que uma prática refinada: se torna um 60

dever, em prol da efetiva preparação profissional do aluno. De acordo com essa perspectiva, sabe-se 61

que a escola como um todo pode se tornar um vetor na disseminação da cultura do empreendedorismo, 62

propiciando além de abordagens teóricas o contexto de estímulo à inovação, e abertura de novos 63

negócios, considerando a importância do empreendedorismo como ferramenta de desenvolvimento 64

social para sua região. 65

Considerando este contexto a presente pesquisa foi elaborada, tendo como objetivo geral 66

conhecer quais as possibilidades de intervenção para proporcionar ações voltadas à educação 67

empreendedora para os alunos do campus Pelotas do Instituto Federal Sul-rio-grandense (IFSul). O 68

campus conta com aproximadamente 5.000 alunos, divididos em cursos de nível técnico, tecnológico, 69

bacharelado e pós-graduação, lato e stricto sensu. 70

A pesquisa consiste em realizar uma investigação, mediante aplicação de um questionário, 71

junto a todos os alunos do Campus a fim de identificar qual seu grau de conhecimento e interesse 72

sobre o tema. Além disso, busca conhecer informações básicas a respeito do perfil dos alunos, para 73

que seja possível, com base nestes dados, um planejamento para realização de atividades que tenham 74

como foco difundir a cultura do empreendedorismo na instituição. 75

76

77

78

79

80

2.REFERENCIAL TEÓRICO 81

82

2.1 Empreendedorismo 83

84

O estudo do Empreendedorismo, atualmente vem ganhando grande importância, tendo em 85

vista a relação direta verificada entre o seu fomento e o desenvolvimento econômico, regional ou 86

mesmo mundial. Conforme Chiavenato (2007, p. 05), “O empreendedorismo tem sua origem na 87

reflexão de pensadores econômicos dos séculos XVIII e XIX, conhecidos defensores do laissez-faire 88

ou liberalismo econômico”. Considerando isto, podemos perceber que o Empreendedorismo surge em 89

virtude de demandas verificadas pela Ciência Econômica. Além dos economistas, outras correntes de 90

pensadores ligados às mais diversas áreas de conhecimento – Sociologia, Psicologia, etc. -, ocuparam-91

se e cada vez mais se debruçam sobre os estudos relativos ao Empreendedorismo. 92

Segundo Dolabela (2008, p. 59), o termo Empreendedorismo “... é um neologismo derivado da 93

livre tradução de palavra entrepreneurship e utilizado para designar os estudos relativos ao 94

empreendedor...”. Entretanto, o que é ser empreendedor? Segundo Filion apud Dolabela (2008, p. 59), 95

“o significado da palavra empreendedor muda ao longo da história conforme a região e época em que 96

ela é aplicada”. O termo empreendedor já foi usado para designar os grandes capitães de indústria, 97

durante o século XIX e início do século XX. Mas atualmente está mais ligado às questões atitudinais e 98

de comportamento do que propriamente do cargo ocupado na organização. Por exemplo, Filion (1991, 99

p. 31), define empreendedor como “... uma pessoa que imagina, desenvolve e realiza visões”. Algumas 100

correntes de pensadores contribuíram enormemente sobre qual seria a conceituação mais apropriada ao 101

termo empreendedor. Dentre elas, destacaram-se os economistas e os comportamentalistas. 102

Os economistas, conforme já dito, foram os precursores do estudo do Empreendedorismo. 103

Cantillon e Say apud Chiavenato (2007) foram os primeiros a vincular o termo empreendedor às 104

pessoas que assumem riscos, aproveitam oportunidades, inovam e, com isso, geram lucro. Say apud 105

Dolabela (2008, p. 65), considerado o pai do empreendedorismo, foi mais longe e “... considerou o 106

desenvolvimento econômico como resultado da criação de novos empreendimentos”. Outra importante 107

contribuição foi dada por Schumpeter apud Dolabela (2008, p.66); segundo ele: 108

“Empreendedor é alguém que faz novas combinações de elementos criando novos 109 produtos, novos métodos de produção, identificando novos mercados de consumo ou 110 fontes de suprimento, criando novos tipos de organizações e sobrepondo-se aos 111 antigos métodos menos eficientes e mais caros. O empreendedor é responsável pelo 112 processo de destruição criativa, o impulso fundamental que aciona e mantém em 113 marcha o motor capitalista”. 114 115

Por sua vez, os comportamentalistas ou behavioristas enfatizaram no empreendedor atitudes 116

como criatividade e intuição e o associaram a pessoas que tem grande necessidade de auto realização. 117

Dois dos principais autores desta corrente são Everet Hagen e David McClelland. Hagen apud 118

Chiavenato (2007, p. 07), em seus estudos, argumenta que “as pessoas que crescem e vivem com 119

certas minoridades desenvolvem características psicológicas propensas ao empreendedorismo, quando 120

comparadas às pessoas que não pertencem a essas minorias”. Já McClelland definiu empreendedores 121

como sendo pessoas voltadas à autorrealização (apud Dolabela, 2008, p. 68), e sentenciou que um 122

empreendimento, para acontecer, depende de um indivíduo realizador. Muito embora, para ele, a 123

concepção de empreendedor esteja mais associada ao perfil dos gerentes das organizações do que 124

propriamente aos empresários, e a despeito do descrédito e das críticas sobre seu trabalho, McClelland 125

contribuiu muito para o aprofundamento dos estudos contemporâneos atinentes ao 126

Empreendedorismo, identificando as principais características dos empreendedores – Características 127

Comportamentais Empreendedoras. Esta contribuição é resultado de seu estudo realizado com 128

empreendedores de 34 países, objetivando a criação de instrumentos adequados para a seleção e 129

treinamento de futuros empreendedores. O programa ficou pronto em meados de 1985 e foi lançado no 130

Brasil, oficialmente por meio de um convênio entre o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e 131

Pequenas Empresas (SEBRAE) e a Organização das Nações Unidas (ONU). 132

De acordo com Escarlate (2010), foi justamente na década de 90 que o empreendedorismo 133

ganhou força no Brasil, principalmente pela abertura da economia e da chamada globalização. Além 134

disso, o controle da inflação e a estabilidade econômica foram fundamentais para o processo de 135

reestruturação das empresas, permitindo principalmente o planejamento das suas ações. Este foi um 136

contexto bastante favorável para o surgimento dos micro e pequenos negócios. 137

O Empreendedorismo ainda é uma área de estudo bastante recente, com cerca de quatro 138

décadas, de acordo com Dolabela (2008); mas tendo em vista que está, via de regra, ligada ao 139

desenvolvimento econômico das regiões, e considerando as flutuações da economia mundial, vem 140

gradualmente conquistando reconhecimento como antídoto às recessões ou mesmo deseconomias. 141

Segundo Dolabela (2008, p. 61), “o empreendedorismo deve conduzir ao desenvolvimento econômico, 142

gerando e distribuindo riquezas e benefícios à sociedade”. O empreendedor, por estar sempre 143

buscando o novo, evolui e avança em virtude das descobertas que faz, as quais podem se referir a uma 144

infinidade de elementos, como novas oportunidades de negócios, novas formas de comercialização, 145

vendas, tecnologia, gestão, etc. Estas características dos empreendedores ratificam a importância do 146

empreendedorismo para a sociedade contemporânea e a necessidade da incorporação da educação 147

empreendedora no sistema formal de ensino, a fim da manutenção da sustentabilidade dos sistemas 148

econômicos. 149

150

2.2 Educação Empreendedora 151

152

O empreendedor deve ser aquela pessoa que quer criar algo novo e diferente, mudando ou 153

transformando valores, conforme definição de Drucker apud Freitas e Martens (2008). Essas 154

características podem ser atribuídas a pessoas que naturalmente apresentam um perfil pró-ativo e 155

desacomodado, independentemente da existência de uma educação formal. Mas a questão fundamental 156

nesse caso é saber se uma pessoa pode aprender a ser empreendedora e de que maneira alcançar esse 157

objetivo. 158

Shane e Venkataraman (2000) acreditam ser improvável explicar o empreendedorismo, 159

somente pelas características pessoais, independentemente da influência das situações e do ambiente 160

em que essas pessoas se encontram. Segundo Dolabela apud Freitas e Martens (2008), ainda não 161

existe resposta científica para saber se é possível ensinar alguém a ser empreendedor, mas sabe-se que 162

é possível aprender a sê-lo, sendo para isso fundamental a criação de um ambiente que propicie esse 163

aprendizado. Na visão desses autores fica claro que, mais do que fatores internos ao indivíduo, o 164

desenvolvimento do Empreendedorismo provém do meio externo e das experiências vivenciadas. 165

A partir da identificação desse aspecto, inserem-se as instituições de ensino, as quais podem 166

ser responsáveis por promover essa mudança necessária nos indivíduos de modo a desenvolver 167

empreendedores por meio da educação. Mas para isso é necessária a adoção de mecanismos e 168

procedimentos pedagógicos que estimulem o desenvolvimento de competências básicas 169

empreendedoras, a partir de uma nova leitura do educador, vislumbrando a maior aproximação entre o 170

ensino e o mercado, de acordo com Crisostimo e Scabeni (2008). 171

Uma das vantagens em adotar o ensino para o Empreendedorismo já na educação básica, 172

segundo Degen apud Crisostimo e Scabeni (2008), é o acúmulo do aprendizado ao longo da vida, 173

sendo que a maioria das pessoas aprende mais rapidamente na juventude, o que torna esse um 174

momento propício para preparar um indivíduo para empreender um negócio. Para Dolabela (2004), 175

além de trabalhar com estudantes universitários, é essencial que se trabalhe esse assunto em todos os 176

âmbitos, em todos os níveis de educação. 177

Dolabela (2004) afirma que o empreendedorismo é não só um instrumento de geração de 178

riqueza, mas também um fenômeno social e cultural. Por esse motivo a educação empreendedora deve 179

fundamentar-se em uma forte conexão e cooperação com as forças vivas da comunidade. Assim, o 180

professor deve estar disposto a enfrentar o desafio de introduzir novos conteúdos, novos processos 181

didáticos, e a superar os obstáculos que inevitavelmente se apresentam a quem quer inovar, de acordo 182

com Dolabela apud Freitas e Martens (2008). 183

A posição desses autores ratifica a importância da influência externa para a construção do 184

perfil empreendedor e a necessidade de superação das dificuldades que cercam as tentativas de 185

empreender. Segundo o SEBRAE a taxa de mortalidade empresarial no Brasil, apurada para as 186

empresas constituídas e registradas nas juntas comerciais dos Estados nos anos de 2000, 2001 e 2002, 187

revela que 49,4% encerram suas atividades em até dois anos, 56,4% em até três anos e 59,9% não 188

sobrevivem além dos quatro anos. 189

Outra questão é a forma como o Empreendedorismo deve ser trabalhado em sala de aula. Por 190

se tratar de um assunto muito prático, e que envolve principalmente experiências e vivências, a pura 191

explanação teórica pode tornar-se um empecilho para o ensino dessa matéria. Os autores Solomon, 192

Duffy e Tarabishy apud Freitas e Martens (2008) apontam algumas das principais ferramentas de 193

aprendizagem, como: planos de negócios, contatos com empresas iniciantes, conversas com 194

empreendedores, simulações computacionais, simulações comportamentais, entrevistas com 195

empreendedores no ambiente de negócios, história de vida de empreendedores, viagens a campo e uso 196

de vídeos e filmes. 197

Dolabela apud Freitas e Martens (2008), criador da metodologia para o desenvolvimento de 198

empreendedores denominada Oficina do Empreendedor, afirma que o professor passa a ter nova 199

função: ser o criador do ambiente favorável ao desenvolvimento do empreendedor; ele passa a ser o 200

organizador da cultura empreendedora. O autor salienta que o professor não é um especialista em 201

apresentar respostas certas, mas, pelo contrário, deve buscar adquirir a capacidade de formular 202

perguntas que possam desencadear nos estudantes os processos de criatividade, identificação de 203

oportunidades, análise de viabilidade, adoção de medidas de minimização de riscos. 204

Diante dessas argumentações, pode-se constatar que a abertura de espaço para o ensino do 205

Empreendedorismo do ensino básico à pós-graduação aparece como uma boa prática para disseminar 206

os conceitos e aplicações da matéria, bem como minimizar a ideia de que é preciso que a pessoa nasça 207

com perfil próprio para ser empreendedor. E se o ambiente influencia diretamente nesse processo, é de 208

fundamental importância a preparação das instituições de ensino e dos educadores para a oferta dessa 209

disciplina. 210

211

3 METODOLOGIA 212

213

Para realização desta pesquisa foi elaborado um questionário, o qual está disponível no anexo 214

I deste artigo. A pesquisa foi realizada durante o ano de 2012, no período entre fevereiro e maio, junto 215

aos alunos dos cursos superiores, cujos resultados serão analisados neste artigo. Adicionalmente, no 216

mesmo ano, foram aplicados questionários junto aos alunos de ensino técnico e de pós-graduação, 217

cujos resultados estão em fase de análise. 218

Com relação aos seus objetivos, esta pesquisa é classificada como exploratória, de acordo com 219

Gil (1991). Com relação aos procedimentos, é classificada como levantamento, também de acordo 220

com o autor. 221

A amostra não foi definida de maneira probabilística, tendo a pesquisa sido operacionalizada 222

mediante aplicação dos questionários nas salas de aulas, com os alunos presentes. Responderam ao 223

questionário 179 alunos de cursos de nível tecnológico/superior. 224

225

4. ANÁLISE DOS RESULTADOS 226

227

Com base nos dados levantados, entre os alunos de nível tecnológico/superior, foi possível 228

constatar algumas questões importantes que comprovam a necessidade de se promover uma Educação 229

Empreendedora dentro de instituições. Num total de 179 questionários aplicados, alguns itens 230

fornecem dados para que seja possível conhecer o perfil dos entrevistados, como: faixa etária, sexo, 231

cidade em que moram e maior grau de instrução dos membros da família. 232

No quesito faixa etária, os resultados foram: 233

234

Gráfico 1: Idade dos entrevistados 235 Fonte: Pesquisa direta, 2012 236 237

É possível perceber que a grande maioria dos entrevistados se encontra na faixa etária entre 21 238

e 40 anos, representando 60,9% da amostra. Nesse sentido, é possível inferir que a maior parte dos 239

entrevistados pertence a uma faixa etária economicamente ativa. 240

No quesito sexo, os resultados foram: 241

242

Gráfico 2: Sexo dos entrevistados 243 Fonte: Pesquisa direta, 2012 244

245

Com relação a este dado, foi possível perceber que 53,1% dos entrevistados são do sexo 246

masculino, em uma proporção não muito distinta do total de mulheres, sendo este 46,9%. Foram 247

observadas ainda duas não respostas. 248

No que se refere à cidade onde mora, os resultados foram: 249

250

Gráfico 3: Cidade onde moram os entrevistados 251 Fonte: Pesquisa direta, 2012 252 253 Percebeu-se que 88,3% dos entrevistados residem na cidade de Pelotas, sede do Campus em 254

que foi aplicada a pesquisa. Porém, as demais cidades citadas nas respostas são cidades vizinhas, 255

Localizadas na região. O total de 11,7% dos entrevistados que não residem na cidade sede do Campus 256

demonstra a importância da instituição para a região em que se situa. 257

Quanto ao grau de instrução dos familiares, relativo à questão em que foi perguntado ‘qual o 258

maior grau de instrução na família em que você foi criado?’, os resultados foram: 259

260

Gráfico 4: Maior grau de instrução dos familiares 261 Fonte: Pesquisa direta, 2012 262 263

É possível perceber que a maior parte dos entrevistados afirma que o maior grau de instrução 264

na sua família é de ensino médio, totalizando 40,2% do total. Porém, o quantitativo de famílias em que 265

o maior grau de instrução é o superior totaliza 31,3%, não apresentando expressiva diferença em 266

relação ao ensino médio. Cabe salientar ainda, que o total de familiares com curso de pós-graduação é 267

superior ao total de familiares que apresentam como maior grau de instrução o ensino fundamental. 268

Considerando os dados apresentados, pode-se delinear o seguinte perfil dos participantes da 269

amostra: 60,9% estão na faixa etária entre 21 e 40 anos; 53,1% são do sexo masculino; 88,3% moram 270

na cidade em que o Campus está localizado; e, 40,2% foram criados em famílias cujo maior grau de 271

instrução dos membros é de ensino médio concluído. 272

Com relação à temática central da investigação, alguns dados apresentam grande relevância 273

para o propósito desta investigação: número de participantes que já ouviu falar sobre 274

Empreendedorismo; grau de interesse com relação ao tema; pretensão de atuação após formado; quais 275

são os principais desafios que considera para que um empreendimento tenha sucesso; 276

disponibilidade/interesse para participar de ações voltadas ao Empreendedorismo; e, interesse para 277

aprender sobre o tema. 278

Na pergunta ‘Já ouviu falar sobre Empreendedorismo?’, as respostas foram: 279

280

Gráfico 5: Já ouviram falar sobre Empreendedorismo 281 Fonte: Pesquisa direta, 2012 282 283

Os resultados apontam que 96,6% dos entrevistados já ouviram falar sobre o tema, 284

demonstrando que a temática é atual e relevante. Cabe salientar que o fato de o participante afirmar já 285

ter ouvido falar sobre o tema não significa que tenha conhecimento sobre seu significado. 286

No quesito grau de interesse sobre o tema, os resultados foram: 287

288

Gráfico 6: Grau de interesse dos entrevistados 289 Fonte: Pesquisa direta, 2012 290 291

Percebeu-se que 78,4% dos entrevistados apresenta grau de interesse elevado ou médio, o que 292

reforça a necessidade de ações voltadas à promoção da cultura empreendedora na instituição. Foram 293

observadas ainda três não respostas. 294

Ao serem questionados sobre no que pretendem trabalhar depois de formados, os estudantes 295

responderam o seguinte: 296

297

Gráfico 7: O que os entrevistados pretendem fazer depois de formado 298 Fonte: Pesquisa direta, 2012 299 300

A maioria dos entrevistados afirma que pretende trabalhar como empregado, totalizando 301

53,8%. Porém, ao comparar esse total com o quantitativo de participantes que pretende abrir um 302

negócio, 43,5%, é possível perceber que esta diferença é bastante pequena, reforçando novamente a 303

relevância da temática e de ações voltadas para a educação empreendedora. Cabe salientar que a 304

questão apresentava possibilidade de múltiplas escolhas na resposta. 305

Na questão ‘Caso surgisse uma oportunidade de abrir um negócio, na sua avaliação quais 306

seriam os principais desafios para que o empreendimento pudesse dar certo?’, as respostas foram: 307

308

Gráfico 8: Principais desafios 309 Fonte: Pesquisa direta, 2012 310

311

Nesta questão o participante poderia escolher mais de uma dentre as alternativas disponíveis, o 312

que ocasionou um total de respostas superior ao número de respondentes. A maioria, representando 313

32,4% das respostas, afirmou ser o capital inicial o maior desafio. O segundo item com maior número 314

de ocorrências foi planejamento, totalizando 25,2%, o que sugere que grande parte dos entrevistados 315

possui algum tipo de esclarecimento sobre o que é necessário para abrir um negócio e as dificuldades 316

de mantê-lo. 317

Na questão ‘você participaria de ações no campus voltadas ao desenvolvimento do 318

empreendedorismo, caso houvessem?’, as respostas foram: 319

320

Gráfico 9: Participaria de ações 321 Fonte: Dados tabulados pelos pesquisadores, 2012 322 323 A grande maioria dos entrevistados, 80,7%, afirmou que participaria de ações na instituição 324

voltadas para o desenvolvimento do Empreendedorismo. É importante ressaltar que não existe, na 325

atualidade, nenhuma ação desta natureza voltada aos alunos no Campus. Porém, a pré-disposição 326

verificada nestas respostas, faz concluir que quando essas ações forem colocadas em prática, é 327

possível que mais pessoas demonstrem interesse, uma vez que, como já foi dito, ainda não existem 328

políticas da instituição nesse sentido. Foram observadas, ainda, três não respostas por parte dos 329

participantes. 330

Quando questionados a respeito do interesse em aprender sobre Empreendedorismo na 331

formação escolar na instituição, as respostas foram: 332

333

Gráfico 10: Gostaria de aprender sobre Empreendedorismo 334 Fonte: Pesquisa direta, 2012 335

336

Foi possível perceber que o número de estudantes que gostaria de aprender sobre 337

empreendedorismo foi expressivo, totalizando 91%. Este dado também reforça a necessidade de ações 338

voltadas para a disseminação da cultura empreendedora na Instituição. Cabe salientar que foi 339

observada uma não resposta nesta questão. 340

Durante a análise dos dados, os pesquisadores relacionaram algumas variáveis, comparando 341

respostas de mais de uma questão, as quais foram intituladas ‘análises cruzadas’. No presente artigo 342

serão apresentadas três análises cruzadas, as quais apresentaram resultados mais relevantes. 343

Primeiramente foi analisado o fator ‘faixa etária’ em comparação a ‘pretensão de atividade 344

após formado’, sendo: 345

Após formado Não

resposta

Em alguma

empresa,

como

empregado

Por conta,

abrindo um

negócio

Não pretendo

seguir atuando

na área do

meu curso

TOTAL

Qual sua idade?

Até 15 anos 0 0 0 0 0

Entre 16 e 20 anos 0 43 27 1 71

Entre 21 e 40 anos 1 55 54 4 114

Acima de 40 anos 0 2 0 0 2

TOTAL 1 100 81 5 187

Tabela 1 – Após formado x Qual sua idade? 346 Fonte: Pesquisa direta, 2012 347 348

Observa-se que a maior parte dos participantes (54) que pretendem abrir um negócio após 349

formados está na faixa etária entre 21 e 40 anos, fazendo parte, provavelmente, da população 350

economicamente ativa ocupada. 351

Por outro lado, na faixa etária entre 16 e 20 anos, a maioria dos participantes tem a pretensão 352

de trabalhar em alguma empresa, como empregado. É possível inferir que, por estarem recém 353

preparando-se para o mercado de trabalho, a probabilidade de que estes respondentes não tenham tido 354

oportunidade de contato com alguma experiência empreendedora é consideravelmente maior. 355

Outra análise realizada foi a relação entre a perspectiva de trabalho após formado e o grau de 356

interesse sobre o tema. Os dados foram: 357

Após formado Não

resposta

Em alguma

empresa,

como

empregado

Por conta,

abrindo um

negócio

Não pretendo

seguir atuando

na área do

meu curso

TOTAL

Grau de interesse

Não resposta 0 2 0 1 3

Elevado 0 20 28 1 49

Médio 1 54 39 1 95

Pouco 0 23 14 2 39

Nenhum 0 1 0 0 1

TOTAL 1 100 81 5 187

Tabela 2 – Após formado x Grau de interesse 358 Fonte: Pesquisa direta, 2012 359 360

Foi possível perceber que a maioria dos participantes que pretende trabalhar como empregado 361

apresenta grau médio de interesse sobre o tema. A relação mais explícita entre as variáveis é de que 362

quanto maior o grau de interesse sobre o tema, maior é a pré-disposição de abrir um negócio depois de 363

formado. 364

Ainda no âmbito das análises cruzadas, foi avaliada a relação entre o curso no qual o 365

participante está matriculado e a discussão de tópicos de empreendedorismo, tendo os seguintes 366

resultados: 367

Disciplinas ministradas no seu curso Não

resposta

Sim Não TOTAL

Curso

Bacharelado em Design 1 11 8 20

Engenharia Elétrica 0 31 2 33

Tecnólogo em Gestão Ambiental 0 16 16 32

Tecnólogo em Saneamento

Ambiental

0 11 21 32

Tecnólogo em Sistemas para Internet 0 46 16 62

Técnico em Eletrônica 0 0 0 0

TOTAL 1 115 63 179

Tabela 3 – Disciplinas ministradas no seu curso x Curso 368 Fonte: Pesquisa direta, 2012 369 370

Através destes resultados, foi possível perceber que em todos os cursos de 371

tecnologia/superiores (Bacharelado em Design, Engenharia Elétrica, Gestão Ambiental, Saneamento 372

Ambiental e Sistemas para Internet), são abordados tópicos sobre Empreendedorismo. 373

374

5 CONCLUSÃO 375

A pesquisa revelou vários dados importantes a respeito dos grupos respondentes. 376

Primeiramente, se faz necessário ressaltar que um índice bastante expressivo de entrevistados já ouviu 377

falar sobre Empreendedorismo, mostrando que o tema é atual. O conhecimento prévio sobre a temática 378

é muito importante na iniciativa de propor ações que estimulem a cultura empreendedora, uma vez que 379

o público alvo revela já ter alguma noção sobre o que se trata. 380

Paralelamente a esse resultado, outro dado relevante diz respeito ao grau de interesse dos 381

respondentes sobre o tema. A maioria dos entrevistados apresenta interesse médio ou elevado, o que 382

caracteriza uma pré-disposição da parte dos alunos para participação em ações que promovam a 383

temática na instituição. 384

Considerando o objetivo da pesquisa, pode-se afirmar que os resultados estão correspondendo 385

ao fator que motivou a investigação. Os pesquisadores estão confirmando as premissas prévias que 386

geraram a investigação, constatando que existe conhecimento a respeito do tema e interesse por parte 387

dos alunos entrevistados, o que subsidia futuras atividades que tenham como objetivo promover e 388

difundir a cultura do Empreendedorismo na instituição. 389

Cabe novamente salientar a importância de que a educação para o Empreendedorismo não 390

esteja dissociada da formação acadêmica, uma vez que a preparação profissional não se esgota 391

somente no ensino de um ofício. Orientar o aluno sobre o mercado de trabalho e as suas possibilidades 392

de atuação profissional faz parte do processo de formação de um profissional melhor preparado para 393

vivenciar as realidades que lhe aguardam após a conclusão do curso. 394

Com base nos dados avaliados é possível perceber que existem expectativas e, mais do que 395

isto, necessidades de aprendizado por parte dos alunos com relação à educação empreendedora, que 396

poderão ser contempladas através das ações futuras, oriundas ou não dos dados desta investigação. 397

Pode-se considerar que o presente trabalho apresenta-se como alternativa para o início de um processo 398

institucional de estímulo ao Empreendedorismo, o qual pode gerar ganhos não apenas para a 399

comunidade local como para sociedade em geral. 400

6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 401

CHIAVENATO, Idalberto. Empreendedorismo: Dando asas ao espírito empreendedor. São Paulo: 402

Saraiva, 2007. 403

404

CRISOSTIMO, A.; SCABENI, N. A importância da educação empreendedora na formação inicial 405

do administrador. Ed. 6, Revista Eletrônica Lato Sensu – UNICENTRO, 2008. 406

407

DOLABELA, Fernando. Oficina do empreendedor. Rio de Janeiro: Sextante, 2008. 408

409

DOLABELA, Fernando. Pedagogia empreendedora. Revista de Negócios, Blumenau, v. 9, n. 2, p. 410

127-130, abril/junho, 2004. 411

412

ESCARLATE, Luiz Felipe. Aprender a Empreender. Brasília: Fundação Roberto Marinho, 413

SEBRAE, 2010. 414

415

FILLION, Jacques. O planejamento do seu sistema de aprendizagem empresarial: Identifique 416

uma visão e avalie o seu sistema de relações in Revista de Administração de Empresas, São 417

Paulo, 1991. 418

419

FREITAS, H. ; MARTENS, C. Influência do ensino de empreendedorismo nas intenções de 420

direcionamento profissional dos estudantes. Estudo & Debate, Lajeado, 2008, v. 15, n. 2, p. 71-95. 421

422

GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. São Paulo: Atlas, 1991. 423

424

HISRICH, Robert D. PETERS, Michael P. Empreendedorismo. 5ª Ed. Porto Alegre: Bookman, 425

2004. 426

427

SHANE, S.; VENKATARAMAN, S. The promise of entrepreneurship as a field of research. 428

Academy of Management Review, jan 2000, v. 25, Issue 1, p.217-226. 429

430

431

432

433

434

435

436

437

438

439

440

441

442

443

444

445

446

447

ANEXO I 448

449

Questionário utilizado para a pesquisa 450

451

Esse questionário tem como objetivo a coleta de informações sobre o tema Empreendedorismo 452

junto aos alunos do campus Pelotas, para que futuras ações possam ser elaboradas. Sua 453

participação é muito importante! Obrigada! 454

1) Qual sua idade? 455

( ) até 15 anos ( ) entre 16 e 20 anos ( ) entre 21 e 40 anos ( ) acima de 40 anos 456

2) Qual seu sexo? ( ) feminino ( ) masculino 457

3) Marque o(s) curso(s) no(s) qual(s) você está matriculado: 458

( ) Técnico em Comunicação Visual ( ) Bacharelado em Design

( ) Técnico em Design de Móveis ( ) Engenharia Elétrica

( ) Técnico em Edificações ( ) Gestão Ambiental

( ) Técnico em Eletromecânica ( ) Saneamento Ambiental

( ) Técnico em Eletrônica ( ) Sistemas para Internet

( ) Técnico em Eletrotécnica

( ) Técnico em Mecânica

( ) Especialização em Linguagens Verbais e

Visuais e suas Tecnologias

( ) Técnico em Química

( ) Técnico em Telecomunicações

( ) Especialização em Educação Profissional –

habilitação para Docência

( ) Técnico em Conservação e Restauro de

Edificações

( ) Especialização em Educação

( ) Mestrado Profissional em Educação e

Tecnologia

459

460

461

4) Na família em que você foi criado, qual ocupação profissional dos membros? 462

( ) aposentado/pensionista ( ) profissional autônomo ( ) proprietário de um negócio ( ) servidor 463

publico ( ) trabalhador em empresa privada ( ) não trabalha 464

( ) Outros: __________________________________ 465

466

5) Na família em que você foi criado, qual o maior grau de instrução 467

( ) ensino fundamental ( ) ensino médio ( ) ensino superior ( ) pós graduação 468

469

6) Qual cidade em que você mora? _____________________________________ 470

471

7) Você já ouviu falar sobre empreendedorismo? 472

( ) sim ( ) não 473

474

8) Se sim, qual grau de interesse pelo tema? 475

( ) elevado ( ) médio ( ) pouco ( ) nenhum 476

477

9) Nas disciplinas ministradas em seu curso são discutidos tópicos sobre empreendedorismo? 478

( ) sim ( ) não 479

480

10) Seu curso lhe dá informações sobre o mercado de trabalho da sua área de atuação? 481

( ) sim, muitas ( ) sim, mas poucas ( ) poucas ( ) nenhuma 482

483

11) Após formado, pensa em trabalhar: 484

( ) Em alguma empresa, como empregado 485

( ) Por conta, abrindo um negócio 486

( ) Não pretendo seguir atuando na área do meu curso 487

488

12) Caso surgisse uma oportunidade de abrir um negócio, na sua avaliação quais seriam os principais 489

desafios para que o empreendimento pudesse dar certo? 490

( ) capital inicial ( ) conhecimento técnico sobre o produto/serviço a ser oferecido 491

( ) mercado ( ) orientação ( ) planejamento 492

493

13) Você participaria de ações no campus voltadas ao desenvolvimento do empreendedorismo, caso 494

houvessem? 495

( ) sim ( ) não 496

14) Gostaria de aprender sobre Empreendedorismo durante a formação escolar no IF Sul? 497

( ) sim ( ) não 498

499

15) Caso tenha interesse em ser empreendedor, que tipo de apoio gostaria de receber do IF Sul? 500

___________________________________________________________________ 501

___________________________________________________________________ 502

___________________________________________________________________ 503

___________________________________________________________________ 504

505

Obrigado por sua participação! 506

507

508