Educação para Tolerância

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Universidade Federal de Pelotas Centro de Educação a Distância Produção de Material Didático Digital para Diversidade Materiais Didáticos Digitais na perspectiva da Diversidade EDUCAÇÃO PARA A TOLERÂNCIA Rafael Schilling Fuck Novo Hamburgo, 26 de Junho de 2011

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Material sobre Educação para Tolerância.

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Page 1: Educação para Tolerância

Universidade Federal de PelotasCentro de Educação a Distância

Produção de Material Didático Digital para DiversidadeMateriais Didáticos Digitais na perspectiva da Diversidade

EDUCAÇÃO PARA A TOLERÂNCIA

Rafael Schilling Fuck

Novo Hamburgo, 26 de Junho de 2011

Page 2: Educação para Tolerância

Considerações iniciais...

O presente material tem por objetivo discutir

acerca da tolerância, atitude/sentimento

urgentemente demandado na contemporaneidade.

Este material se destina à formação de professores

de todos os níveis da educação.

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“Aprendi o silêncio com os faladores, a

tolerância com os intolerantes, a bondade

com os maldosos; e, por estranho que

pareça, sou grato a esses professores”

(Khalil Gibran)

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Observe a fotografia...

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Após observar a imagem, reflitam sobre as seguintes questões

Quais foram tuas percepções sobre a fotografia observada?

O que você acha que estava acontecendo no momento em que esta imagem foi obtida?

Quais são as semelhanças e diferenças entre os sujeitos da fotografia?

O que há “por trás” de cada sujeito? Todos possuem a mesma história de vida? Possuem desejos comuns? Quais são suas necessidades?

O que torna cada sujeito um indivíduo singular?

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A partir de tuas reflexões sobre os questionamentos anteriores, como os elementos presentes nelas se articulam com a temática da tolerância? Isto é:

O que é tolerância?

Qual é o significado do trinômio indivíduo-coletivo-tolerância?

Como se desenvolve a tolerância?

O que é um sujeito intolerante? Como tornar um indivíduo intolerante em tolerante?

Como se articulam subjetividade e tolerância?

Quais são as implicações da (in)tolerância?

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Vídeo sobre tolerância

La tolerancia*

*Devido ao formato desta apresentação, o link para o vídeo “La tolerancia” está disponível nas referências deste trabalho.

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Estabelecendo conexões e ampliando ideias...

Rosária Sperotto afirma que “a subjetivação é um

processo através do qual são criadas novas

formas: de existência, de relações, de saberes e de

vínculos; ela emerge a partir da consciência de si,

ou seja, como nos sentimos e estabelecemos

relações e conexões com o que nos cerca”.

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Nesse sentido, Marcos Villela Pereira coloca que “talvez se

trate de aprendermos a ter uma relação de tolerância, em

primeiro lugar, conosco mesmos. Aprender sobre nós

mesmos, aprender como é que a gente se torna aquilo que

é, como é que a gente vive, age e reage com as

interferências que vêm do meio, do outro, dos outros. Como

é que a gente se faz feliz, como é que a gente cresce, se

transforma, se diferencia da gente mesmo. Depois, depois

de prestar atenção e escutar a gente mesmo e aprender um

pouco mais de si, tratar de aprender a ter uma relação de

tolerância com o outro, com os outros, com a cidade”.

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A partir das ideias expressas pelos autores citados

anteriormente, observa-se que a relação entre subjetividade e o

desenvolvimento do sentimento/atitude de tolerância se

estabelece na medida em que o sujeito se torna consciente de

si, de sua forma de pensar, de agir, os quais são culturais e,

portanto, não são formas naturais e neutras.

A questão que emerge nesse contexto é: como a escola pode

contribuir para a formação de sujeitos tolerantes,

promovendo assim uma educação para a paz?

Nessa ótica, a escola pode utilizar, critica e criativamente, os

dispositivos pedagógicos, de tal forma que contribuam na

constituição de uma subjetividade tolerante.

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Sperotto destaca que “um dispositivo pedagógico age

em qualquer lugar, transforma relações entre as

pessoas, no meio onde interage, bem como nas que o

sujeito estabelece consigo mesmo”.

Nesse sentido, a fotografia escolhida para este

trabalho é um exemplo de dispositivo pedagógico que

pode mobilizar os indivíduos na busca de novas

formas de pensamento, expressão, relação entre

outros sujeitos e grupos, experimentação de novos

modos de ser.

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A importância dessa prática se constitui em desafio para

Pereira, pois “não é nada fácil romper a inércia que nos

envolve e partir para a experimentação de outros estados,

outros jeitos de ser. Não é fácil (apesar do tanto que a gente

reclama da violência) fazer da cidade um grande laboratório

de experimentação de modos de ser. Porque isso nos coloca

em constante risco. Risco de dar errado, risco de sucumbir,

de se equivocar, de exagerar. Risco que faz parte, mas ao

qual nós renunciamos em nome da comodidade dos espaços

e dos tempos regulados, dos modos de ser padronizados e

continuadores de um certo jeito óbvio de ser. Risco de não

saber em que vamos nos tornar”.

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Sugestão de leitura

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Considerações finais

A escolha pela fotografia apresentada neste trabalho decorreu

da possibilidade de utilizá-la para suscitar questionamentos aos

professores acerca de aspectos relacionados aos processos de

subjetivação, os quais precisam considerar os diversos

dispositivos pedagógicos (mídias, tecnológicos, indivíduos e

grupos).

Em seguida, a partir da análise dessas questões, objetivou-se

apontar possíveis percursos que “ligam” os termos

subjetividade e tolerância por meio das contribuições de

Sperotto e Pereira.

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Para finalizar, os dispositivos pedagógicos “contaminam”,

positiva ou negativamente, o jeito de ser, de pensar e

experimentar do sujeito.

Nesse sentido, o papel do professor é orientar seu aluno

para uma reflexão crítica dos efeitos desses dispositivos na

constituição de sua subjetividade, conduzindo-o ao terreno

da consciência, pois como bem colocou Pereira, “depois de

prestar atenção e escutar a gente mesmo e aprender um

pouco mais de si, tratar de aprender a ter uma relação de

tolerância com o outro, com os outros, com a cidade”, é que

a tolerância servirá de referência para as relações sociais e

individuais.

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Referência

Link para vídeo “La tolerancia”: http://www.youtube.com/watch?v=xzhEo7wzMCw