educação Farol Da · A educação para o futuro sustentável significa incluir questões--chave...

eQuilÍbrio

escritor

educação edição 45

Farol Da

DeSenvolviMento

Social e eMocional

para uM MunDo

SuStentável.

out • nov • dez 2013

berçárioDoação

www.faroldaeducacao.com.br

e alunoS juntoS

pelo tietÊ liMpo

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entiDaDeS SociaiS

arboS inveSte eM

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/RevistaFaroldaEducacao

impresso fechado pode ser aberto pela eCT.

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Um homem precisa viajar por sua conta, não por meio de histórias, imagens, livros ou TV. Precisa viajar por si, com seus olhos e pés para entender o que é seu, para um dia plantar as suas próprias árvores e dar-lhes valor.”

Amyr KlinkVelejador

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4 Farol da Educação | out • nov • dez 2013

6 Água une educação, alunos e escritor

Amizade expressa o desejo de ter de volta o rio Tietê limpo

8 Educação sustentávelNa formação de crianças e jovens, educação sustentável passa pela compreensão dos próprios sentimentos

10 Meio ambiente e a moralPara construirmos o que é humano, precisamos destruir o que é natural?

11 De olho na bocaAlterações na respiração causam prejuízos na qualidade do sono e do rendimento escolar

13 Experiência para toda a vidaEx-alunas do Colégio Arbos contam como foi passar quase um ano estudando em outro país

14 Alunos ajudam entidades sociaisProjeto faz aluno do Colégio Arbos querer mudar o mundo, dar valor, pensar no futuro e valorizar as oportunidades que tem

16 Berçário renovadoARBOS/SCS investe em nova estrutura totalmente adequada às necessidades dos bebês

18 Crônica do SaberAo procurar trabalho nas empresas, posicione-se como pessoa de negócio

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Farol da Educação | www.faroldaeducacao.com.br 5

Editor ChefeEduardo Ritschel (Mtb 22.191)[email protected]

Reportagem e RedaçãoRenata de AlbuquerqueInnews Intelligence Edições Ltda.

RevisãoEsther Alcântara

Colégio Arbos - Conselho Editorialdiretor geral: Pedro Cia diretor de Marketing: Mario Francisco Cia diretor de rh: Pedro Cia Junior Diretor Pedagógico: Paulo André Cia Diretor de Infraestrutura: marcelo José F. F. Alves Diretor Financeiro: Ernesto Albuquerque D’Andrea diretora do arbos/sa: Luciana de Vitta Costa diretor do arbos/sCs: Mario Ademar Fava diretor do arbos/sbC: mauricio Celli de Vitta

Equipe de MarketingPaola Muniz dos Reis, Giuliana Rinaldi e Ingrid Nascimento

Edição de ArteÁttema Editorial :: Assessoria e [email protected]

Direção ComercialEdson Faria [email protected].: 11 97656.2478

Tiragem de 5 mil exemplares. Os artigos e informes publicitários não representam necessariamente a posição da revista e são de total

editorialDificilmente elogiamos um ambiente escolar. Ele nos chama a atenção quando

falta alguma coisa, quando não somos bem atendidos e quando identificamos a

necessidade de um equipamento ou de uma condição da estrutura nova.

Quando tudo funciona bem, essa normalidade passa despercebida. Mas aqui no

Colégio Arbos, o investimento em infraestrutura sempre foi uma prioridade.

Porque, para nós, o ambiente educa. Desde a nossa inauguração, pensamos numa

construção para abrigar uma escola com toda a infraestrutura necessária ao

desenvolvimento e concretização de um projeto educacional.

São piscinas, quadras de esportes, laboratórios, auditórios, teatros e refeitórios,

que compõem os recursos disponíveis num palco no qual alunos e professores

são os atores principais.

Em São Caetano do Sul, em nossa unidade da Rio Grande do Sul, avançamos

com um novo berçário, a construção de um solárium (leia matéria na página

16), dois elevadores, além da ampliação de salas que permitiu integrar todo o

Fundamental I, até o 5º ano, naquele local.

Também integramos os ambientes para permitir a rápida locomoção dos alunos

entre os vários ambientes educacionais. Talvez não seja fácil de perceber para

alunos e familiares que usam a estrutura, mas as novidades geram conforto adi-

cional para os estudantes.

Mas a principal transformação que vivenciamos ao longo de 2013 foi o desen-

volvimento do ambiente digital com o conceito de sala 360°, integrando toda a

tecnologia disponível ao uso do iPad. O equipamento faz parte de um projeto que

teve início em 2010 e que, a partir de 2014, será de uso obrigatório a partir do 6º

ano do Ensino Fundamental.

O ambiente acolhe a nova era.

Um bom final de ano a todos e um feliz 2014.

Mario Ademar FavaDiretor Arbos/SCS

Patrocínio

responsabilidade de seus autores.

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contato entre os alu-

nos do 4° ano do Ensino

Fundamental do Arbos/

SCS com o escritor infantil

Luiz Carlos Salles nasceu na Feira de

Livros realizada pela escola, que envol-

veu o tema “2013 - Ano Internacional de

Cooperação pela Água”, proposto pela

Unesco e adotado na unidade.

Desde então, o que se viu foi nascer uma

amizade entre escritor e alunos, tendo

como pano de fundo o desejo de ter de

volta o rio Tietê com a alegria de suas

águas limpas.

A partir daquele primeiro encontro, quando

o autor do livro “Aventuras com Golfinhos”

contou suas lembranças de criança brin-

cando na margem de um rio vivo, surgiu a

ideia dos alunos de apresentar propostas

de despoluição durante a Feira de Ciências

e Cultura do Colégio Arbos (ARFEC).

Contagiado pela disposição das crianças,

Luis Carlos aprofundou-se no tema, com-

partilhou informações e mandou material

de pesquisa para os alunos e professores.

Apesar da agenda, conseguiu participar do

evento e revelou ter incorporado novos

conhecimentos sobre o uso da água.

A experiência dessas crianças transladou

conhecimento para além da comunidade

escolar, atingindo as famílias e amigos.

A evolução do projeto foi compartilhada

em redes sociais e contou com iniciativas

especiais de pais e alunos.

Para coroar esse processo, recebemos do

escritor Luiz Carlos Salles um poema. Ele

foi elaborado, segundo o escritor, como uma

forma de “homenagem aos alunos pelo

brilhante trabalho apresentado durante a

última ARFEC”. •*Trecho da poesia “Meu querido Tietê”, feita especialmente para os alunos do Arbos pelo escritor Luiz Carlos Salles

ÁGUa UNe eDUCaÇÃo,alunoS e eScritor

o

A�� , �� do�� T�e�� E� �ua� m�nsa� á�ua� Qu�nt� �m��, �u�nt� ��e��i� Q�� h� ��it� nã� �� .*

POR MÔNICA D´ALMEIDA, COORDENADORA PEDAGÓGICA DO ARBOS/SCS

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uando se fala em sustentabilidade, logo vem à

mente um conceito de preservação ambiental e eco-

logia. No dicionário, essa concepção é mais ampla.

Envolve um modelo de desenvolvimento que busca

conciliar as necessidades econômicas, sociais e ambientais de

modo a garantir seu atendimento por tempo indeterminado e a

promover a inclusão social, o bem-estar econômico e a preserva-

ção dos recursos naturais.

Mas como transportar e aplicar esse conceito à educação?

De acordo com a Organização das Nações Unidas para a

Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), a educação para o

desenvolvimento sustentável permite a todo ser humano adqui-

rir conhecimento, habilidades, atitudes e valores necessários

para formar um futuro sustentável.

A Unesco é líder da Década da Educação para o Desenvolvimento

Sustentável (DEDS), período de 2005 a 2014, proclamado pela

Assembleia Geral das Nações. Seu principal objetivo é integrar os

princípios, os valores e as práticas do desenvolvimento sustentá-

vel a todos os aspectos da educação e da aprendizagem.

Como escola associada a Unesco, o Colégio Arbos trabalha para

formar o jovem solidário e criativo, capaz de integrar-se na socie-

dade, produzir, interferir e buscar soluções adequadas para os

problemas, transformando e melhorando o mundo em que vive.

“Criamos condições para que o aluno desenvolva sua personalidade

de forma ativa e participante, construindo o conhecimento a partir

da sua vivência no próprio meio em que interage, assimilando-o e o

transformando”, explica Paulo André Cia, Diretor Pedagógico.

A educação para o futuro sustentável significa incluir questões-

-chave sobre o desenvolvimento sustentável no ensino e na

aprendizagem, por exemplo, mudança climática, redução de ris-

cos de desastres, biodiversidade, redução da pobreza e consumo

sustentável. Também requer métodos participativos de ensino

eDucação SUSTeNTÁvelNa formação de crianças e jovens, educação sustentável passa pela compreensão dos próprios sentimentos

DeSaFio É integrar oS princÍpioS,

oS valoreS e aS práticaS

Do DeSenvolviMento SuStentável

ao proceSSo De aprenDizageM

Q

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A educação integral se dá por meio da integração dos conhecimentos, do equilíbrio entre a teoria e a vivência, estimulando uma visão reflexiva dos acontecimentos.”

Paulo André CiaDiretor Pedagógico

e aprendizagem para motivar os alunos

a mudar seus comportamentos e tomar

atitudes em favor do desenvolvimento

sustentável.

Mas sustentabilidade também tem cone-

xão direta com equilíbrio. E no caso da

formação de crianças e jovens, esse equilí-

brio passa pela compreensão dos próprios

sentimentos.

Amigos do Zippy é um exemplo de pro-

grama de educação emocional aplicado

no Colégio Arbos para crianças de seis a

sete anos de idade. Ele ensina os peque-

nos a lidarem com as dificuldades do dia

a dia, a identificarem seus sentimentos, a

conversarem e a explorarem maneiras de

lidar com eles.

Incentiva-os também a interagir com

outras pessoas de maneira saudável e a

buscar e oferecer apoio quando necessário,

a pensar por si mesmos, estimulando um

comportamento solidário e expandindo

sua capacidade emocional e social.

De acordo com a Unesco, uma educação

para o desenvolvimento sustentável é um

“conceito dinâmico que compreende uma

nova visão da educação que busca prepa-

rar pessoas de todas as idades para assu-

mir a responsabilidade de criar e desfrutar

um futuro sustentável”.

Perseguir o desenvolvimento sustentável

através da educação requer que educa-

dores e educandos reflitam criticamente

em suas próprias comunidades, identifi-

quem elementos inviáveis em suas vidas, e

explorem tensões entre valores e objetivos

conflitantes.

Esses valores devem equilibrar a relação

entre alunos e professores, entre filhos e

pais. Devem considerar o equilíbrio entre

consumo e preservação, entre natureza e

qualidade de vida, entre vida em sociedade

e bem-estar, numa visão integrada do ser

humano e do mundo. Esses são os princí-

pios que regem o projeto pedagógico do

Colégio Arbos

“Ao longo de todo período de formação

do aluno, estamos desenvolvendo uma

educação que promove competências

como pensamento critico, reflexão sobre

cenários futuros e tomadas de decisão de

forma colaborativa”, explica Mario Ademar

Fava, diretor da Unidade de São Caetano

do sul.

“Nossa escola está comprometida com a

educação integral do ser humano, atra-

vés da integração dos conhecimentos, do

equilíbrio entre a teoria e a vivência,

estimulando uma visão reflexiva dos acon-

tecimentos”, completa Paulo André Cia.•

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esde que o homem evoluiu

tecnologicamente, passamos

a conviver de forma que con-

sideramos civilizada, em casas

e cidades. Surge então uma divisão entre

o que é humano e o que é natural: o ser

humano passou a não ser mais um elemen-

to da natureza, mas algo superior a ela. Para

construirmos o que é humano, precisamos

destruir o que é natural, como quando des-

matamos para fazer papel. Qual o limite da

interferência humana no meio ambiente?

Meio ambiente envolve todos os seres

vivos e não vivos que interagem entre

si em um determinado espaço, que é o

ecossistema. Graças ao crescimento das

indústrias e do consumo, nós, humanos,

estamos destruindo cada vez mais esses

ecossistemas. Nos achamos no direito de

matar e destruir por sermos mais fortes e

inteligentes. Acabamos com a biodiversi-

dade da flora e da fauna e com populações

inteiras. Essa destruição ironicamente pre-

judica a nós mesmos, pois causa um terrí-

vel desequilíbrio ecológico. Tudo isso nos

faz pensar se é realmente certo ou errado

explorarmos a natureza.

Alguns pensam que é de nosso direi-

to usar todos os recursos disponíveis e

abusam disso. Outros pensam que ainda

somos parte da própria natureza e, por

isso, devemos respeitá-la, e acreditam que

toda vida tem o mesmo valor. Devido aos

problemas ecológicos que a exploração

proporciona, somados a essas ideias de

respeito à natureza, vêm sendo criado

cada vez mais campanhas de preservação

do meio ambiente.

É de extrema importância que preserve-

mos o meio ambiente para o nosso próprio

bem e de todo o planeta. Devemos incen-

tivar a todos, principalmente as crianças, a

criarem uma consciência ecológica, atra-

vés de campanhas e projetos nas esco-

las; cobrar das indústrias medidas para

que poluam menos; incentivar o consumo

consciente e ter uma moral individual,

mudando nossos hábitos. •

Meio aMbiente e a moral

D

Para construirmos o que é humano, precisamos destruir o que é natural?

REDAÇÃO DA ALUNA DÉBORA PAULINO DE L IRA , DO ARBOS/SA

farol_201311.indd 10 19/12/2013 20:33:12

�a�n�u�n�c�i�o� �P�l�a�n

�q�u�a�r�t�a�-�f�e�i�r�a�,� �2�2� �d�e� �m�a�i�o� �d�e� �2�0�1�3� �1�0�:�2�3�:�0�2

aNUNCIe

o procurar um dentista para

corrigir e tratar alterações

nos dentes, nem todos têm a

consciência da importância

da avaliação conjunta de um fonoaudiólo-

go. Enquanto o dentista atua para corrigir

o problema do dente, o fonoaudiólogo irá

tratar e corrigir os prejuízos funcionais que

porventura existirem no processo de mas-

tigação, deglutição (ato de engolir), respi-

ração, fala e nos músculos, que geralmente

ocorrem por causa da alteração dentária.

Se o trabalho do fonoaudiólogo não estiver

sendo realizado junto com o dentista, o tra-

tamento dentário pode não atingir o resul-

tado esperado, pois os músculos fracos e as

funções sendo realizadas de forma errada

forçarão os dentes a voltar a ter alterações.

Em alguns adolescentes, também podemos

encontrar alterações na respiração que

causam prejuízos na qualidade do sono e

no rendimento escolar, além de afetar as

funções orais, nos músculos da face com

impacto negativo para a harmonia facial.

Se você perceber que seu filho ou alguém

próximo respira pela boca, é importante

levá-lo a um médico otorrinolaringologista

para que ele possa identificar qual a causa

do problema que impede o ar de entrar

pelo nariz.

É importante que a criança não desenvolva

o hábito de roer unhas, morder objetos,

apoiar o queixo na mão, nem mastigar chi-

cletes o dia inteiro. Além de prejudicarem

a formação correta dos dentes, esses maus

hábitos podem sobrecarregar os músculos

da face, pelo fato de serem executados

repetidas vezes. •Dra. Thaís Faggiani é dentista. Fale com ela pelo email [email protected], ou pelos telefones 4232 6289 ou 4318 6289.

De olho na boca

a

Alterações na respiração causam prejuízos na qualidade do sono e do rendimento escolar

Por Thaís Faggiani

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FACEBOOK.COM/STBSAOBERNARDO [email protected] da Educação | www.faroldaeducacao.com.br 13

oltei diferente”. São apenas

duas as palavras que Bianca

de almeida guertas usa para

explicar o impacto que a

experiência de estudar durante cerca de

um ano em outro país teve em sua vida.

Mas, por trás dessas palavras, está uma

enorme bagagem que quem faz inter-

câmbio ganha.

No caso de Bianca, foi durante sua estada

nos Estados Unidos (EUA), entre agosto de

2007 e julho de 2008, que ela mudou de

opção de carreira e voltou decidida a pres-

tar vestibular para Relações Internacionais.

Ela acaba de se formar pela ESPM. “Foi

durante o intercâmbio que aprendi a me

virar sozinha. Não tinha quem fosse me

buscar nos lugares, que me orientasse nos

estudos. Fiquei mais independente, mais

desgarrada dos meus pais”, diz.

Ser mais independente foi a lição que o

intercâmbio deixou também para Isabella

Correa Garcia, que morou e estudou nos

EUA entre a metade de 2011 e a metade

de 2012. “Fiquei uma pessoa mais respon-

sável, fiz muitos amigos com quem me

correspondo até hoje”, conta.

Tanto Bianca quanto Isabella são ex-alu-

nas do Colégio Arbos e escolheram o STB

como agência de intercâmbio. “O STB dava

mais garantias, passava mais solidez”, diz

Isabella. “Escolhemos o STB por ser a mais

organizada e a que dava mais suporte”,

completa Bianca.

E, ao contrário do que se possa pensar, sair

do país tão perto de concluir os estudos e

das provas de vestibular não foi um pro-

blema. “Algumas matérias são diferentes.

Quando voltei, o Arbos oferecia aulas de

reforço à tarde pra complementar o que

fosse preciso”, diz Isabella. Bianca con-

corda: “o nível da educação lá é inferior

ao daqui. Acho que isso acontece porque

os estudantes podem escolher todas as

matérias que querem fazer, e acabam esco-

lhendo as mais fáceis. Então, eles ficam

fracos. Todos precisavam de calculadora,

por exemplo. Só eu sabia fazer contas na

mão”, espanta-se.

Elas ficaram em casas de famílias. No caso

de Isabella, nem ela nem os dois “irmãos”

tinham hora para comer. “Senti falta de

arroz e feijão”, confessa. Já na casa onde

Bianca ficou, a família era composta de

avó, mãe e irmã. “Elas tomavam café da

manhã cedo, almoçavam por volta de 11h

da manhã e jantavam às 18h. No começo,

às 21h eu já estava com fome, porque aqui

no Brasil a gente janta mais tarde”, explica.

As duas contam que foram muito bem-

-recebidas nas escolas onde estudaram e

que fizeram muitos amigos. E se gosta-

ram? É Isabella quem responde: “eu faria

tudo de novo”. •

eXPerIÊNCIapara toDa a viDa

v

eX-alunaS Do colÉgio arboS contaM coMo Foi

paSSar QuaSe uM ano eStuDanDo eM outro paÍS

Foi durante o intercâmbio que aprendi a me virar sozinha.”

Bianca de Almeida GuertasEx-aluna Arbos

POR RENATA DE ALBUQUERQUE

“

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studar para as provas, tirar boas notas, escolher uma

carreira e dedicar-se para fazer o melhor no vestibular.

Para muitos adolescentes, todo o tempo é tomado por

essas tarefas. Mas na Unidade Arbos/SA, um grupo de

cerca de 20 alunos, entre 15 e 17 anos, além de todas essas tare-

fas, ainda se dedica a ajudar a quem precisa. Trata-se do “Projeto

Novo Horizonte – Jovens pela Vida”, coordenado pela Professora de

Educação Física Lúcia Neres Correia Paes.

O projeto começou em agosto de 2012 e já foi reconhecido até

mesmo pelo Poder Público. Isso porque, entre agosto e outubro

de 2013, a Prefeitura de Santo André realizou a Gincana da

Bondade, que reuniu oito escolas particulares da região, cujos

alunos se organizaram para arrecadar produtos de higiene, lim-

peza e alimentos. Os alunos do Arbos – por meio do Projeto e

com o auxílio de doações conseguidas junto ao Pão de Açúcar

– venceram o desafio e ganharam o Troféu Gincana da Bondade.

“Tudo o que foi arrecadado foi para o Banco de Alimentos de

Santo André e distribuído para as famílias e instituições cadas-

tradas”, explica a professora.

Mas essa foi apenas uma das muitas ações que o projeto realiza.

Semanalmente, os alunos se reúnem para discutir atividades soli-

dárias. Eles organizam ações e arrecadam bens para comunidades

carentes, passando nas salas de aula, divulgando e explicando

qual será a entidade beneficiada. O projeto também já fez outras

ações, como uma em prol da reciclagem de lixo, com oficinas para

os alunos do Arbos, campanha do agasalho e do brinquedo. “Todos

os alunos se envolvem, buscando doações na vizinhança, no prédio

onde moram”, orgulha-se Lúcia.

Em junho, foi realizado o Bingo Solidário, uma ação para arrecadar

fundos para a segunda edição do Natal Solidário, do qual partici-

param 18 crianças de uma das unidades do Lar São Francisco de

Assis e os alunos do Arbos. “Não adianta só arrecadar, a melhor

parte é distribuir as doações, o contato direto com as crianças, que

precisam tanto de carinho e demonstram tanto amor”, acredita

Stefanie Andreone de Lima, que acaba de concluir o 2º ano do

Ensino Médio e participa do projeto desde o início.

No Natal Solidário, as crianças carentes receberam do Papai Noel

sacolinhas com roupas, calçados, brinquedos, roupas íntimas e um

kit escolar, além de lanche. Foram os próprios alunos do Arbos que

levantaram fundos para a ação, captando patrocinadores e arreca-

dando prendas para serem sorteadas no bingo. “Ver a felicidade

das crianças é o que mais me marcou. Para elas, este é um mundo

alUNoS aJUDamentiDaDeS SociaiS

e

Projeto faz aluno do Colégio Arbos querer mudar o mundo, dar valor, pensar no futuro e valorizar as oportunidades que tem

projeto novo horizonte, jovenS pela viDa,

ajuDa carenteS De Santo anDrÉ e São

reconheciDoS pela preFeitura Da ciDaDe

POR RENATA DE ALBUQUERQUE

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Não adianta só arrecadar, a melhor parte é distribuir as doações, o contato direto com as crianças, que precisam tanto de carinho e demonstram tanto amor”

Stefanie Andreone de LimaAluna do 2º ano do Ensino Médio

diferente; um cachorro quente, que é tão

comum para nós, tem para elas um valor

especial”, diz Bruno Rebelo Zanquetta, que

acabou o 2º ano do Ensino Médio e tam-

bém participa do projeto desde o início.

E, ao contrário do que muita gente possa

pensar, o projeto não atrapalha os estudos.

Ao contrário, auxilia. “Aprendi a me orga-

nizar melhor para poder participar das

reuniões. Ele só agregou na minha vida

escolar”, acredita Bruno. Ele também enri-

quece a vida pessoal. “O projeto faz a gente

querer mudar o mundo, dar valor, pensar

no futuro e valorizar as oportunidades que

tem”, afirma Stefanie. •

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Unidade do Colégio Arbos em São Caetano do Sul,

localizada na rua Rio Grande do Sul, inaugurou uma

estrutura do Berçário totalmente nova para abrigar

crianças de 4 meses a cerca de 2 anos e meio. Um

novo andar foi projetado para atender todas as necessidades dos

níveis Berçário 1 (para bebês que ainda não andam) e Berçário 2

(para crianças que já andam com segurança).

“Não se trata de um espaço adaptado, mas um ambiente cria-

do de acordo com a rotina dessas crianças”, explica Ana Paula

Tumonis, Coordenadora do Arbos/SCS. Para atender à mais

importante fase de desenvolvimento, quando o bebê começa a

andar, falar e socializar, a escola investiu numa ampla estrutura

de atendimento.

“Na fase Berçário 1, temos um funcionário para cada três crianças

e, para o Berçário 2, cinco bebês são atendidos por funcionário,

uma das mais amplas estruturas da região”, analisa Ana Paula.

As 50 vagas estão praticamente lotadas e a escola até registra lista

de espera. Disponível das 7 às 19h, o Berçário conta com sala de

amamentação para mães, salas com pisos especiais utilizados em

hospitais, janelas que garantem ampla iluminação e ventilação e

espaços para banhos especialmente projetados para a segurança

da criança. O lactáreo está estrategicamente localizado no centro

do andar com programação nutricional específica para cada criança.

Filho sem fila

Os pais com criança no Berçário do Arbos experimentaram, em

primeira mão, mais uma facilidade tecnológica que aprimorou o

processo de retirada das crianças. O aplicativo “Filho sem fila”,

desenvolvido nas plataformas Android e iOS, avisa à portaria,

quando os pais estão próximos do colégio, e agiliza a saída das

crianças, diminuindo o tempo de espera dos pais e gerando mais

segurança para ambos. •

berçário reNovaDoArbos investe em nova estrutura totalmente adequada às necessidades dos bebês

a

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CrôNICa Do Saber

Por roberTo adami Tranjan

CrôNICa Do Saber

tualmente, no Brasil e no mundo, fala-se muito sobre empre-

endedorismo, sobre criar seu próprio negócio, inventar seu

emprego ideal. E fala-se também daquele tipo de empreende-

dor que não necessariamente é a pessoa que fundou a empre-

sa. Um colaborador pode se comprometer com um negócio que não foi

gerado por ele, para além de sua função?

As empresas foram criadas para fazer os negócios funcionarem. No entan-

to, algo saiu errado. Da maneira como organizam o trabalho, as empresas

mais dificultam do que facilitam os negócios. A começar pelas pessoas

que lá estão. Poucas são, de fato, pessoas de negócio.

Acontece que criaram os departamentos, descreveram os cargos e defini-

ram as funções. Cargo nenhum descreve as atribuições de um profissio-

nal de negócio. Muitas pessoas iniciam suas carreiras em alguns desses

cargos e se movem para cima (no sentido hierárquico do termo), a cada

promoção. O máximo que conseguem é se especializar no mesmo duto,

um posto de maior destaque na tal escala de mando, e paradoxalmente

cada vez mais distantes do que seja um negócio.

Um indivíduo pode ser um bom profissional de marketing, finanças,

produção ou recursos humanos, mas nada disso faz dele uma pessoa

de negócio. Quanto mais apego ao cargo, mais estreita é a sua visão

de negócio.

É preciso ver a empresa como um algo integrado, que conjuga clientes,

equipe e resultados. Quem é responsável pelo cliente no departamento?

Quem é responsável pelos resultados? Todos e ninguém. Poucos se lem-

bram do cliente (seja interno ou externo).

As empresas precisam urgentemente de pessoas de negócio. No entanto,

não há curso de formação, MBA ou especialização, que ensine. Ao procurar

trabalho nas empresas, posicione-se como pessoa de negócio. E, acredite,

eles também estão procurando por você. Há vagas! •Roberto Adami Tranjan, empreendedor e empresário, é conferencista e autor do livro O Devir, lançamento pela Palavra Acesa Editora (www.palavraacesa.net)

a

peSSoaS De negÓcio:

Seja uMa DelaS

Ao procurar trabalho nas empresas,posicione-se como pessoa de negócio

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educação Farol Da · A educação para o futuro sustentável significa incluir questões--chave...

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