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Subsídios à elaboração de provas História Ensino Fundamental II 7 o ano — 2 o bimestre/2014 APRESENTAÇÃO Com a intenção de contribuir de forma mais efetiva para a elaboração de instrumentos de ava- liação, coerentes com a abordagem metodológica adotada em nosso sistema de ensino, os autores de nosso material didático produzem, bimestralmente, estes “Subsídios”. Trata-se de sugestões que podem ser utilizadas nas avaliações, mas têm como principal destinatário o próprio professor. Por esse motivo, será necessário que você analise cada uma das propostas, verificando o nível de adequação delas, de acordo com as necessidades de seus alunos. Sabendo das particularidades de cada região, de cada escola e respeitando a dinâmica e as carac- terísticas de cada professor, salientamos que a utilização das atividades sugeridas depende exclusiva- mente de sua decisão.

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Opções de atividades para 7 º ano

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Subsídios à elaboração de provas

História

Ensino Fundamental II7o ano — 2o bimestre/2014

APresentaçÃo

Com a intenção de contribuir de forma mais efetiva para a elaboração de instrumentos de ava-liação, coerentes com a abordagem metodológica adotada em nosso sistema de ensino, os autores de nosso material didático produzem, bimestralmente, estes “Subsídios”. Trata-se de sugestões que podem ser utilizadas nas avaliações, mas têm como principal destinatário o próprio professor.

Por esse motivo, será necessário que você analise cada uma das propostas, verifi cando o nível de adequação delas, de acordo com as necessidades de seus alunos.

Sabendo das particularidades de cada região, de cada escola e respeitando a dinâmica e as carac-terísticas de cada professor, salientamos que a utilização das atividades sugeridas depende exclusiva-mente de sua decisão.

Neste segundo ciclo de subsídios às avaliações, queremos avançar na fundamentação das provas operatórias. Acreditamos tratar-se de instrumentos preciosos de avaliação, que permitem ao aluno utilizar os conteúdos iniciais como base para análises, reflexões e um entendimento mais amplo dos contextos em questão.

A título de contribuição, reproduzimos a seguir um trecho do livro A prova operatória:

A prova operatória tem o grande mérito de romper com a clássica forma (leia-se fôrma) de perguntas e respostas, interrompendo, de maneira drástica, o ciclo maniqueísta que só estabelece o certo e errado, o falso e verdadeiro.

Esta prova [...] tem a intenção de orientar o aluno passo a passo, deixando sempre muito claros os ob-jetivos das questões.

Parte delas podem ser apresentadas a partir de um texto a ser cuidadosamente lido. O texto tem como meta apresentar o contexto, tornando a análise obrigatoriamente mais profunda e abrangente. As questões não são mais isoladas, fragmentadas ou subtraídas do contexto.

Tal contextualização impressa nas questões impõe ao aluno que deixe de lado a simples ação de me-morização, para poder colocá-la a serviço e em função do que foi lido. A relação que se estabelece já não é mais leitor-pergunta, mas leitor-contexto, via texto.

A ação da memorização, assim, passa a ser um meio e não um fim em si mesma. [...] Na prova operatória há que se ler um pequeno texto. Esse exibe e expõe um contexto e sobre ele pede-se, posteriormente, uma reflexão.

Em poucas palavras: o importante é o texto a ser lido, o contexto a ser compreendido e depois interpretado na resposta a ser dada. Nesta prova, ler torna-se exercício obrigatório.

A prova operatória pode ser composta de perguntas e de problemas. A pergunta é bem mais simples, me-nor, menos complexa. Pedem-se respostas imediatas, únicas, baseadas, muitas vezes, no exercício da memória. A pergunta evidencia parte do conteúdo básico que o indivíduo deve saber para que possa, depois, alçar voos mais altos nas reflexões que venha a fazer.

Já o problema, geralmente escrito em forma interrogativa, é mais complexo, às vezes maior, de amplo alcance, exigindo respostas mais elaboradas, com maior composição e combinações. Os problemas são sem-pre formados por uma ou mais “palavras operatórias”. Essas indicam qual a habilidade operatória que se quer observar na resposta que o aluno venha a dar. Por exemplo: analise, classifique, compare, critique, imagine, serie, levante hipótese, justifique, explique, interprete, suponha, reescreva, descreva, localize, opine, calcule, determi-ne, comente, substitua, exponha, construa, relacione, sintetize e outras.

RONCA, Paulo A; TERZI; Cleide. A prova operatória. São Paulo: Edesplan, 1991, p. 37-39.

Os temas abordados no Caderno 2 do 7o ano articulam-se com os seguintes objetivos:• Compreensão das semelhanças e diferenças que existem entre as sociedades.• Identificação de permanências e mudanças na história.• Reconhecimento das possibilidades positivas de um encontro entre culturas diferentes:

troca, aprendizado e aquisições culturais.• Identificação de quem é o “outro” nas diversas sociedades estudadas e as formas de

relacionamento com suas diferentes expressões.• Compreensão das consequências negativas da intolerância cultural: genocídio e etnocídio.• Identificação das diversas formas de organização econômica e política.• Reconhecimento dos diferentes mecanismos utilizados para a manutenção do poder

instituído.

Considerações e orientações gerais

Subsídios • História • 7o ano — 2o bimestre/2014 SISTEMA ANGLO DE ENSINO2

Tendo em vista o que foi exposto no texto, uma avaliação de desempenho pode utilizar questões que permitam aferir o desenvolvimento das seguintes habilidades:· leitura e interpretação de texto;· compreensão de contexto;· comparação;· identificação de características;· domínio de informações essenciais;· relação entre informações.

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Proposta 1

Objetivos

· Aferir capacidade de domínio de informações essenciais.· Avaliar capacidade de análise de contexto.

Questão

Observe a imagem a seguir. Ela se refere à chamada Cruzada das Crianças, em 1212. Depois, responda às questões.

Ilustração de Gustave Doré

a) O que motivava os europeus em relação às Cruzadas, a ponto de eles incluírem as crianças em ex-pedições que envolviam combates militares?

b) Explique a consequência mais importante das Cruzadas para a Europa.

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Respostas

No item a, o aluno deve perceber o fanatismo por parte dos organizadores e participantes das Cruzadas (a ponto de mobilizarem milhares de crianças em uma delas). Sob esse aspecto, o aluno deve apontar a motivação religiosa: a crença de que libertar a cidade-símbolo de Jerusalém traria bênçãos especiais a quem se dedicasse à tarefa.

No item b, espera-se que o aluno aponte a consequência mais importante: a abertura do mar Mediter-râneo e a consequente ampliação das possibilidades de comércio.

Comentários e observações

Sugerimos que a pontuação aplicada para os dois itens seja, respectivamente, 0,7 e 0,3. Ressaltando que o item a deve ser mais pontuado porque envolve maior análise de contexto por parte do aluno.

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Proposta 2

Objetivos

· Avaliar leitura e interpretação de texto.· Verificar domínio de informações essenciais.· Aferir capacidade de análise de contexto.

Questão

Leia o poema a seguir, escrito durante o século XIV, na França.

Não há um membro nem uma forma, Que não cheire à putrefação1. Antes que a alma se liberte, O coração que quer rebentar no peito Ergue-se e dilata o peito Que quase fica junto da espinha dorsal. – A face é descorada e pálida. E os olhos cerrados2, na cabeça. A fala perdeu-se, Porque a língua está colada ao céu do boca. O pulso bate e ele anseia. [...] Os ossos separam-se por todas as ligações Não há um só tendão que não se estique e estale.

CHASTELLAIN. “Les Pas De La Mort”. Vocabulário

1 putrefação: apodrecimento, decomposição de corpos.2 cerrados: fechados.

a) Qual é o tema do poema?

b) Por que este assunto estava tão presente no cotidiano da Europa, neste século?

Respostas

No item a, o aluno deve identificar a morte (ou a proximidade dela) como tema principal.No item b, deve mencionar que a morte estava presente no cotidiano do século XIV, marcado por

uma grande crise: guerras (como a dos Cem Anos) e a Peste Negra foram fatos marcantes deste período e provocaram a morte de milhões de pessoas no continente.

Comentários e observações

Pontuação sugerida para os itens a e b: 0,3 e 0,7, respectivamente.

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Proposta 3

Objetivos

· Aferir domínio de informações essenciais.· Avaliar capacidade de leitura e interpretação de texto.· Familiarizar o aluno com questões de testes de múltipla escolha.

Questão

(Enem-adaptada) — Se a mania de fechar, verdadeiro habitus da mentalidade medieval nascido talvez de um profundo sentimento de insegurança, estava difundida no mundo rural, estava do mesmo modo difundida no meio urbano, pois uma das características da cidade era ser limitada por portas e por uma muralha.

DUBY, G. et al. Séculos XIV-XV. In: ARIÈS, P.; DUBY, G. História da vida privada da Europa Feudal à Renascença. São Paulo: Cia. das Letras, 1990. Adaptado.

As práticas e os usos das muralhas sofreram importantes mudanças no final da Idade Média, quan-do elas assumiram a função de pontos de passagem ou pórticos.

Esse processo está diretamente relacionado coma) o crescimento das atividades comerciais e urbanas.b) a expansão dos parques industriais e fabris.c) o aumento do número de castelos e feudos.d) a contenção das epidemias e doenças.

Resposta

Alternativa a.

Comentários e observações

Nos chamados pontos de passagem, confluências de rotas ou próximo às cidades, formaram-se feiras que estimularam as atividades comerciais e artesanais (e que, consequentemente, estimularam o crescimento das cidades originais e ajudaram a formar novas cidades).

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