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Índice do Relatório e Contas Órgãos Sociais Organização do Grupo Evolução de Alguns Indicadores Síntese da Actividade do Semestre Relatório de Gestão 1. Introdução 2. Enquadramento macro-económico 3. Actividade e Factos mais Importantes 4. A EFACEC e o Mercado de Capitais 5. Situação Económica e Financeira 6. Recursos Humanos 7. Factos Relevantes após o termo do Semestre 8. Perspectivas Anexo ao Relatório de Gestão Balanço e Demonstração dos Resultados Anexo ao Balanço e à Demonstração dos Resultados Relatório de Revisão Limitada do Auditor Externo Órgãos Sociais CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO Eng. António Afonso Lasso de La Vega Cardoso Pinto Presidente do Conselho de Administração Eng. Guilherme Ricca Gonçalves Vice-Presidente Eng. Alfredo Nascimento Melo Vogal Dr. João Paulo Seara Sequeira do Vale Peixoto Vogal Eng. João Jorge Gonçalves Fernandes Fugas Vogal CONSELHO FISCAL Dr. Ruy Octávio Matos de Carvalho Presidente Bernardes, Sismeiro & Associados, Sociedade de Revisores Oficiais de Contas, Lda, representada por Dr. Manuel Heleno Sismeiro Vogal Dr. Joaquim Jorge Amorim Machado Vogal Dr. Carlos Bernardes Vogal Suplente MESA DA ASSEMBLEIA GERAL Dr. João Vieira de Castro Presidente Dr. Pedro Luís Meireles da Costa Mendes Secretário Eng. Rui Miguel Cardinal da Costa Reis Secretário EFACEC CAPITAL, SGPS, SA Sociedade Aberta Capital Social Euros 69 402 360 Sede Social: Arroteia - Leça do Balio - Apartado 1018 - 4466-952 S. Mamede de Infesta Pessoa Colectiva n.º. 500 091 480 Registado na C.R.C. do Porto sob o n.º. 13 298 " A Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, ao Abrigo do disposto no nº 3 do artigo 250º do código dos valores imobiliários, dispensou a publicação das contas semestrais individuais" Os documentos de prestação de contas alvo desta dispensa encontra-se disponíveis para consulta, juntamente com os restantes, nas sede desta sociedade"

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Índice do Relatório e Contas • Órgãos Sociais • Organização do Grupo • Evolução de Alguns Indicadores • Síntese da Actividade do Semestre • Relatório de Gestão

1. Introdução 2. Enquadramento macro-económico 3. Actividade e Factos mais Importantes 4. A EFACEC e o Mercado de Capitais 5. Situação Económica e Financeira 6. Recursos Humanos 7. Factos Relevantes após o termo do Semestre 8. Perspectivas

• Anexo ao Relatório de Gestão • Balanço e Demonstração dos Resultados • Anexo ao Balanço e à Demonstração dos Resultados • Relatório de Revisão Limitada do Auditor Externo

• Órgãos Sociais

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO Eng. António Afonso Lasso de La Vega Cardoso Pinto Presidente do Conselho de Administração Eng. Guilherme Ricca Gonçalves Vice-Presidente Eng. Alfredo Nascimento Melo Vogal Dr. João Paulo Seara Sequeira do Vale Peixoto Vogal Eng. João Jorge Gonçalves Fernandes Fugas Vogal CONSELHO FISCAL Dr. Ruy Octávio Matos de Carvalho Presidente Bernardes, Sismeiro & Associados, Sociedade de Revisores Oficiais de Contas, Lda, representada por Dr. Manuel Heleno Sismeiro Vogal Dr. Joaquim Jorge Amorim Machado Vogal Dr. Carlos Bernardes Vogal Suplente MESA DA ASSEMBLEIA GERAL Dr. João Vieira de Castro Presidente Dr. Pedro Luís Meireles da Costa Mendes Secretário Eng. Rui Miguel Cardinal da Costa Reis Secretário

EEFFAACCEECC CCAAPPIITTAALL,, SSGGPPSS,, SSAA SSoocciieeddaaddee AAbbeerrttaa

CCaappiittaall SSoocciiaall EEuurrooss 6699 440022 336600 SSeeddee SSoocciiaall:: AArrrrootteeiiaa -- LLeeççaa ddoo BBaalliioo -- AAppaarrttaaddoo 11001188 -- 44446666--995522 SS.. MMaammeeddee ddee IInnffeessttaa

PPeessssooaa CCoolleeccttiivvaa nn..ºº.. 550000 009911 448800 RReeggiissttaaddoo nnaa CC..RR..CC.. ddoo PPoorrttoo ssoobb oo nn..ºº.. 1133 229988

"" AA CCoommiissssããoo ddoo MMeerrccaaddoo ddee VVaalloorreess MMoobbiilliiáárriiooss,, aaoo AAbbrriiggoo ddoo ddiissppoossttoo nnoo nnºº 33 ddoo aarrttiiggoo 225500ºº ddoo ccóóddiiggoo ddooss vvaalloorreess iimmoobbiilliiáárriiooss,, ddiissppeennssoouu aa ppuubblliiccaaççããoo ddaass ccoonnttaass

sseemmeessttrraaiiss iinnddiivviidduuaaiiss"" OOss ddooccuummeennttooss ddee pprreessttaaççããoo ddee ccoonnttaass aallvvoo ddeessttaa ddiissppeennssaa eennccoonnttrraa--ssee ddiissppoonníívveeiiss ppaarraa ccoonnssuullttaa,, jjuunnttaammeennttee ccoomm ooss rreessttaanntteess,, nnaass sseeddee ddeessttaa ssoocciieeddaaddee""

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Relatório 1º Sem. 2002 Grupo EFACEC

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• Organização do Grupo

Evolução de Alguns Indicadores (Valores semestrais em M€)

Jun-1998 Jun-1999 Jun-2000 Jun-2001 Jun-2002

Encomendas em Carteira 212.49 253.56 267.62 289.21 289.59

Encomendas Recebidas 115.65 170.65 130.12 115.19 137.72

Volume de Negócios 104.32 114.70 101.15 99.68 110.27

EBITD (b) 9.39 9.80 8.22 0.87 10.25

Resultados Líquidos 2.76 2.99 1.65 (14.55) 1.33

Resultados Antes de Impostos 3.84 4.15 2.24 (14.50) 2.31

Cash-Flow 8.05 9.86 6.99 (9.34) 5.66

Capitais Próprios 74.79 93.04 93.54 65.12 51.30

Activo Líquido 226.42 251.38 258.50 267.61 259.84

Passivo Financeiro Líquido 46.44 49.64 65.95 80.15 84.77

Fundo Maneio Exploração 71.72 86.96 88.38 73.92 69.54

Produtividade (Vendas/Efectivo) ( m€) 37 38 42 50 59

Rentabilidade Vendas (EBITD/Vendas) 9% 9% 8% 1% 9%

Cotação (euros) (a) Máxima 8.24 6.92 10.90 7.47 3.17

Mínima 4.74 5.67 5.65 3.55 2.66

Final 6.14 5.68 6.60 3.76 2.78

Nº de Efectivos 2 630 2 647 2 260 1 999 1 862

Energia Engenharia Ambiente e Servi ço s

Telecomunicações Logística e Electrónica

EFACEC Capital SGPS

Transformador de Potência e Subestações Móveis Transformadores de

Distribuição

Aparelhagem Média Tensão

Sistemas de Energia

Sistemas Industriais

Sistemas Hidráulicos

Transportes

Ar

Serviços & Reparações

Sistemas de Electrónica

Telecomuni .

Indústria e Serviços

Automação e Sistemas de Energia

Sistemas para Transportes

Brasil Argentina Venezuela Tunísia Marrocos Vietnam Angola Etiópia Malásia

Praga EUA Colômbia S. Salvador Zimbabwe Singapura Argélia Moçambique China

Aparelhagem de Alta Tensão

Investimentos e Concessões

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Relatório 1º Sem. 2002 Grupo EFACEC

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(a) as cotações, nos anos de 1998 e 1999, encontram-se ajustadas pela diluição do número de acções, fruto dos aumentos de capital

(b) EBITD = Resultados antes de Impostos + R. Financeiros + R. Extraordinários + Amortizações e Provisões do Exercício

Evolução de Alguns Indicadores (Valores semestrais em M€)

Volume de Negócios

104

100

110115

101

1998 1999 2000 2001 2002

Encomendas Recebidas

116

171

130115

138

1998 1999 2000 2001 2002

Produtividade 118

100

908779

1998 1999 2000 2001 2002

Fundo Maneio Exploração

7074

8887

72

1998 1999 2000 2001 2002

EBITD

1

81010

9

1998 1999 2000 2001 2002

Result. Líquidos

1

-15

233

1998 1999 2000 2001 2002

Rentab. Das Vendas

9%

1%

8%9%9%

1998 1999 2000 2001 2002

CASH FLOW

5,66

-9,34

6,999,86

8,05

Jun-98 Jun-99 Jun-00 Jun-01 Jun-02

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Relatório 1º Sem. 2002 Grupo EFACEC

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Síntese da Actividade do Semestre • As Encomendas recebidas, no 1º semestre de 2002, aumentaram 20% face a igual período de 2001, e as Vendas aumentaram 11%

em igual período. • A Margem Bruta aumentou em valor 46%, passando de 16,1% das Vendas em 2001 para o valor razoável de 21,2% em 2002. • Os Resultados Líquidos apurados foram de 1,3 Milhões de euros (M€), contra Resultados Líquidos negativos de 14,6 milhões no

semestre homólogo (24,9 milhões no ano 2001). • O EBITD mais que decuplicou face ao período homólogo anterior passando de 0,9 M€ para 10,3 M€. • Os Resultados Operacionais foram de 3,5 M€ e os Resultados Antes de Impostos atingiram os 2,3 M€, o que contrasta com os

resultados negativos operacionais de (7,5 M€) e os Resultados Antes de Impostos de (14,5 M€), em igual período do ano anterior. • Registou-se uma redução de 18% dos Fornecimentos e Serviços Externos (menos 6 M€), e uma redução de 6,3% nos custos com o

Pessoal (menos 1,9 M€). Os Custos Operacionais reduziram 6% (menos 7,8 M€) e os Custos Antes de Impostos reduziram 11% (menos 14,6 M€). Estas reduções de custos foram conseguidas apesar do aumento de volume das Vendas de 11%. O aumento de Proveitos Operacionais foi de 2,7%, e a Variação da Produção foi reduzida em 40%.

• Os Custos Variáveis aumentaram apenas 4%, face a um aumento de Vendas de 11%. • Os Custos Fixos reduziram 23% face a 2001, representando menos 3,8 M€. • A conta de Clientes foi reduzida em 6% (menos 5,8 M€) quando comparada com o final do ano 2001, e o Fundo de Maneio reduziu

em 6% por comparação com o período homólogo do ano anterior. • As dívidas a Fornecedores reduziram de 39,7 M€ no final de 2001 para 34,9 M€ em Junho 2002. • O cash flow gerado durante o 1º semestre de 2002 foi de 5,7 M€, contra 9,3 M€ negativos no 1º semestre de 2001. • O número de Efectivos tive uma evolução líquida (rescisões menos admissões) de menos 7% por comparação com o final do 1º

semestre de 2001. Os custos com rescisões durante o 1º semestre de 2002 atingiram os 3,2 M€. Do total de efectivos 75% dos colaboradores possuem o 12º ano de escolaridade e 35% são licenciados, mestres ou doutores.

• A Produtividade (vendas por efectivo) passou de 50 para 59 milhares de euros por efectivo, o que representa um aumento de 18% quando comparada com o ano anterior, e a Rentabilidade das Vendas (EBITD/Vendas) subiu de 1% para 9%.

RELATÓRIO DE GESTÃO

1. Introdução No cumprimento das disposições legais e regulamentares, o Conselho de Administração da sociedade aberta EFACEC Capital, S.G.P.S., S.A., apresenta o seu relatório de gestão e as contas consolidadas referentes ao semestre findo em 30 de Junho do corrente. Sendo esta sociedade a empresa mãe de um grupo empresarial que inclui várias empresas em Portugal e no estrangeiro com actividades múltiplas, para além de serem apresentados os factos mais relevantes para o grupo, são igualmente destacadas algumas situações que julgamos importantes relativas às empresas ou unidades económicas que compõe esse conjunto. 2. Enquadramento macro-económico O clima de incerteza em que se encontra mergulhada a economia mundial, está a dificultar a recuperação económica. A EFACEC actuando, num mercado internacional, encontra-se exposta aos efeitos desse abrandamento económico. Considerando os mercados onde a EFACEC exerce a sua actividade, a caracterização do meio macro-económico envolvente, em síntese, é a seguinte: - Em Portugal, mercado que continua a representar parte importante dos seus negócios, a actividade económica medida em termos

de PIB desacelerou em 2001, registando um crescimento de 1,8%. O 1º semestre de 2002 deverá registar uma nova redução da actividade económica, prevendo-se que o crescimento do PIB atinja apenas 1,0% no ano 2002. O fraco crescimento está a agravar a execução orçamental, exigindo medidas a fim de controlar as despesas públicas. As receitas orçamentais foram inferiores às previsões iniciais. Já no final do 1º semestre a taxa do IVA subiu de 17% para 19%. O nível de investimento quer em construção quer em bens de equipamento, manteve-se fraco. A taxa de variação homóloga do IPC, em Julho, situou-se nos 3,4%. A variação média anual tem vindo a descer ligeiramente situando-se nos 3,6%.

- Na Área do euro o crescimento da actividade para 2002, tem vindo a ser revista em baixa, sendo de esperar para a Alemanha uma taxa de 0,8% e para a França de 1,3%. A queda verificada nos mercados accionistas a nível internacional e a apreciação do euro vieram aumentar a incerteza quanto à sustentabilidade e vigor da recuperação.

- Nos Estados Unidos da América, a actividade cresceu 2,1% no 2º trimestre de 2002, face a 1,4% no trimestre anterior. A evolução negativa dos mercados accionistas, nestes últimos meses está a contribuir para a deterioração da confiança dos agentes económicos, prevendo-se para os próximos meses um enfraquecimento da actividade económica.

- Na América Latina, mantém-se uma crise económica profunda afectando particularmente a Argentina e Venezuela e de forma menos profunda o Brasil. Verifica-se uma desaceleração dos investimentos estrangeiros face a anos anteriores. No passado recente, as privatizações na região foram a origem de grandes aquisições e transferências de fundos. Com um menor volume de dólares para fazer face à dívida externa, aumentou a pressão de desvalorização das respectivas moedas.

- No Extremo Oriente, depois de uma queda acentuada, sendo de destacar a recessão da economia nipónica, a economia, sensível aos desenvolvimentos externos, dada a concentração da recuperação das exportações está numa trajectória de recuperação moderada.

No contexto internacional há ainda a salientar a desvalorização do dólar, em 10%, durante os primeiros sete meses do ano face ao euro. A actividade da EFACEC foi assim influenciada por uma conjuntura económica desfavorável, cujo desenvolvimento damos conta nos capítulos seguintes. 3. A Actividade e Factos mais Importantes As contas consolidadas do Grupo EFACEC relativas ao 1º semestre de 2002, apresentam resultados positivos, situando-se dentro das previsões estabelecidas, o que traduz o esforço de recuperação económica que vem sendo desenvolvido pela EFACEC nos últimos meses. Apesar de uma conjuntura económica desfavorável, foi possível inverter a tendência de resultados negativos, manter um elevado nível de actividade e uma importante carteira de encomendas.

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Relatório 1º Sem. 2002 Grupo EFACEC

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As encomendas recebidas durante o 1º semestre de 2002 atingiram um montante de cerca de 138 milhões de euros, contra 115 milhões no 1º semestre do ano anterior, o que representa um crescimento de 20%, valor só superado em 1999 em consequência da carteira excepcional da EXPO. Trata-se de um facto digno de registo, pois foram encomendas obtidas num mercado cuja recessão gerou uma forte competitividade. A actual carteira de encomendas, trabalhos contratados e a realizar em períodos seguintes, é de 290 milhões de euros (valor superior a mais de um ano de laboração). Face ao período homólogo anterior o volume de negócios teve um crescimento de 10%, passando de cerca de 100 milhões de euros para 110 milhões de euros, valor só superado no período da Expo, dos quais 40% foram para exportação. Ao nível dos resultados de exploração, a EFACEC, apresenta o maior EBITD dos últimos anos, 10.256 milhares de euros (866 no 1º semestre de 2001) e um resultado líquido de impostos de 1.335 milhares de euros (14.555 negativos no 1º semestre de 2001). Esta evolução extremamente positiva, deve-se nomeadamente, a margens brutas mais seleccionadas, à redução dos custos de funcionamento, à melhoria da produtividade e a uma gestão mais eficiente no acompanhamento das obras e projectos. No período em análise e decorrente do plano estratégico da sociedade, demos continuidade ao redimensionamento de efectivos, ao reforço da capacidade tecnológica, da qualidade e fiabilidade das soluções propostas, com vista a assegurar a satisfação dos clientes e parceiros de negócio. ACTIVIDADE DESENVOLVIDA A EFACEC, projecta sistemas, fabrica equipamentos para telecontrolo e teleoperação, nomeadamente para os mercados Electrico, Transportes, Indústria, Telecomunicações e Ambiente (ar, águas), encontrando-se estruturada em três grandes Áreas de Negócios:

• Engenharia Ambiente e Serviços, englobando as actividades relacionadas com Sistemas Industriais (eléctricos e electromecânicos), Sistemas de Energia, Sistemas Integrados para Transportes, Sistemas de “Águas” e “Ar” e ainda os Serviços de Manutenção, Assistência e Reparações.

• Energia, englobando o fornecimento de soluções integradas e de bens de equipamento para o mercado da Transmissão e Distribuição de energia eléctrica, onde se incluem as seguintes actividades: Transformadores de Potência, Transformadores de Distribuição, e Aparelhagem de Média Tensão, para além de Subestações Móveis.

• Telecomunicações, Logística e Electrónica, agregando as actividades de Automação de Sistemas de Energia, Sistemas de Transportes, Sistemas de Alimentação, Soluções Integradas, Produção de Electrónica, Telecomunicações, Automação e Robótica, Logística de Aeroportos, Sistemas Digitais, Gestão Integrada de Edifícios, Climatização, Sistemas de Segurança e Indicação Electrónica

Encomendas recebidas Durante o semestre, as encomendas recebidas, no Grupo, ascenderam a cerca de 138 milhões de euros, conforme se apresenta no quadro seguinte:

Encomendas Recebidas Junho 2001 Junho 2002 Engenharia, Ambiente e Serviços 55.91 59.96 Energia 36.05 58.52 Telecomunicações, Logística e Electrónica 34.13 36.24 Encomendas Intragrupo e Outras (10.90) (17.01) Encomendas consolidado 115.19 137.72

Em 30 de Junho, o Grupo EFACEC mantinha um elevado volume de encomendas em carteira no montante de cerca de 290 milhões de euros. Relativamente às encomendas, destacam-se, nomeadamente: Na área de Engenharia Ambiente e Serviços:

• Extensão da Estação 60/10 10Kv da EDP para a ABB Lummus Crest BV • Remodelação e aumento de potência – REFER / Travagem • Montagem de equipamentos e acessórios para a ESCOM – Congo • Instalação complementar Produção – CPPE / Venda Nova II • Lote eléctrico para FAFEN Energia – Brasil • Sistemas de Tratamento de Água – Madeira • Manutenção de substações de tracção – REFER

Na área de Energia: • Transformadores de 420 MVA – 230 kV para PG&E - USA: • Transformador de 450 MVA – 400 kV, para a REN; • Reparação profunda e montagem de transformadores de potência SONELGAZ - Argélia: • Acordo Quadro de Fornecimento para 2002 de Aparelhagem de Alta Tensão EDP/DAP • Fornecimento de seccionadores de 72,5 kV - Síria • Acordo Quadro de Fornecimento para 2002 de Transformadores de Distribuição - EDP/DAP; • Contrato de fornecimento de transformadores de distribuição - Nigéria; • Contrato programa de fornecimento de transformadores para várias utilities durante 3 anos - UK; • Fornecimento de Celas Normafix e Fluofix para WHL - China

Na área das Telecomunicações, Logística e Electrónica: • Armazém automático para a SCP Papeleira Eslovaca do Grupo Neusiedler • Sistema de transporte de bagagens para o Aeroporto de Brasília • Fornecimento de Sistemas de Alimentação para operador de GMS de Marrocos. • Sistemas de comando para a REN • Contrato de remodelação completa da rede integrada de telecomunicações do troço Funcheira Faro • Sistemas de comando e controlo para toda a rede da Bandeirantes – Brasil

No início do 2º Semestre a Efacec ganhou as seguintes importantes encomendas:

• Novo estádio José de Alvalade (Sporting Clube de Portugal) - Construção das instalações eléctricas, ventilação, ar condicionado, rede de águas, rede de drenagem, rede do serviço de incêndios, rede de gás e gestão técnica centralizada.

• Continental Mabor - Fornecimento de armazém automático.

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Relatório 1º Sem. 2002 Grupo EFACEC

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As supramencionadas encomendas, mostram a confiança dos clientes na competência técnica, no elevado nível tecnológico dos equipamentos e na grande capacidade de realização da EFACEC. Um dos testemunhos deste facto, é o êxito visível do projecto do Metro do Porto, inaugurado em 29 de Junho, e cuja primeira fase será concluída em 2004 (com circulação no Porto). Este projecto, representa para o Grupo um negócio no montante global aproximado de 63,5 milhões de euros, no qual participam de forma integrada as diferentes competências do Grupo representadas pelas empresas – EFACEC Engenharia, S. A., EFACEC Ambiente, S. A., EFACEC Energia, S.A., EFACEC Sistemas de Electrónica, S. A., ENT – Empresa Nacional de Telecomunicações, S. A. e Microprocessador, Sistemas Digitais, S. A.. Vendas O volume de negócios do Grupo no semestre atingiu 110 milhões de euros contra cerca de 100 milhões de euros no período homólogo do ano anterior, conforme se apresenta no quadro seguinte:

Milhões de Euros Vendas Junho 2001 Junho 2002

Mercado Interno

MercadoExterno Total Mercado

Interno Mercado Externo Total

Engenharia Sistemas e Serviços 26.60 5.81 32.41 39.07 6.91 45.98

Energia Indústria 14.90 27.33 42.23 19.34 24.82 44.16

Telecomunicações, Logística e Electrónica 28.74 8.11 36.84 32.06 11.25 43.31

Vendas Intragrupo e Outras (11.68) (0.12) (11.80) (24.29) 1.13 (23.17)

Vendas Consolidadas 58.56 41.12 99.68 66.17 44.11 110.27

Apesar do atraso no programa de execução de algumas obras, em virtude de adiamentos por parte de clientes, a EFACEC em termos globais conseguiu crescer o seu volume de vendas em 10%, face ao 1º semestre de 2001. A EFACEC ao longo do corrente ano acentuou uma maior focalização em determinados mercados e produtos, seleccionando com maior rigor os negócios para os quais está mais vocacionada e com margens mais adequadas. As vendas registadas neste semestre atingiram uma rentabilidade (Vendas/EBITD) de 9%, quando em igual período do ano anterior se verificou uma rentabilidade de apenas 1%. O mercado externo continua a ter uma expressão importante, representando já mais de 40% da actividade total do Grupo, particularmente o mercado dos Estados Unidos e do Brasil, apresentam- se com elevadas taxas de crescimento nos negócios do Grupo. A presença da EFACEC continua a ser significativa em África e no Extremo Oriente. 4. A EFACEC e o Mercado de Capitais Síntese do mercado A forte descida nos mercados bolsistas internacionais, a par de uma exposição significativa de algumas importantes empresas no mercado Sul Americano, fez com que o índice de acções da bolsa de valores portuguesa tivesse uma performance negativa. No período em análise, o índice accionista PSI-20 registou perdas acumuladas de cerca de 13%, fechando em 28 de Junho, ao nível dos 6.809 pontos. Acções EFACEC A EFACEC mantém cotadas no mercado oficial 13.880.472 acções, correspondente à totalidade do seu capital social, com um valor nominal de € 5 cada. As cotações acompanharam o andamento negativo da bolsa portuguesa sendo no final do semestre de é 2.78, contra € 2.89 no início do ano, o que representa uma quebra de 4% (apenas 1/3 da desvalorização média do PSI 20). A cotação máxima no período foi de € 3.17 e a mínima de € 2.66. O volume de transacções foi de cerca de 0.6 milhões de acções no primeiro semestre. À data de 30 de Junho de 2002 a empresa mantinha em carteira 300.000 acções próprias adquiridas durante o ano de 2000. Obrigações EFACEC Em Novembro de 1999, a Empresa emitiu um empréstimo obrigacionista no montante nominal de 15 milhões de euros, com um prazo máximo de 5 anos e com uma opção de reembolso antecipado (call option) no final do 3º ano. Estas obrigações foram emitidas à taxa de juro variável indexada à Euribor 6m acrescida de 1%, com pagamento de juros semestral e postecipado. Este empréstimo encontra-se cotado no mercado oficial da Euronext Lisboa. Em Dezembro de 2001 foi emitido um novo empréstimo obrigacionista no valor nominal de 15 milhões de Euros, com um prazo de 2 anos, à taxa de juro variável indexada à Euribor a 3 meses acrescida de 2% de spread, com pagamento de juros trimestral e postecipado.

5. Situação Económica e Financeira Durante o 1º semestre, e no plano financeiro, há que referir o pagamento de rescisões de contratos de trabalho no montante de 3,2 milhões de euros e os investimentos com a modernização das unidades de produção e a implementação de novas ferramentas de gestão informática (BaaN) no valor aproximado de 4,0 milhões de euros. O activo líquido passou de 255 para 260 milhões de euros, tendo contribuído para este aumento o crescimento dos produtos e trabalhos em curso no montante de cerca de 10 milhões de euros, resultante do acréscimo de actividade verificado no período. A EFACEC tem vindo a desenvolver um plano de redução do endividamento. Das medidas em curso, destacam-se acções de cobrança junto dos seus clientes, uma maior selectividade nos investimentos, a contenção de despesas de estrutura e uma melhor reafectação dos activos. Os resultados deste esforço financeiro começaram a ser visíveis já no início do 2º semestre (Agosto) onde, apesar dos investimentos efectuados, o endividamento teve uma redução de 4,8 milhões de euros quando comparado com Dezembro de 2001. Também o Fundo de Maneio de Exploração, tem vindo a reduzir quando comparado com a evolução verificada entre Junho 2001 e Junho 2002, passando de 73,9 para 69,5 milhões de euros. Durante o 1º semestre de 2002, a produtividade, medida em termos de vendas por efectivo, foi de 59 milhares de euros, quando no período homólogo do ano anterior foi de 50 milhares de euros, registando-se um crescimento de 18%.

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Relatório 1º Sem. 2002 Grupo EFACEC

7

6- Recursos Humanos Evolução de Efectivos

Nº de Efectivos Jun-98 Jun-99 Jun-00 Jun-01 Jun-02 2 630 2 647 2260 1999 1862

Verifica-se uma redução de efectivos, de cerca de 7% por comparação com o final do 1º Semestre de 2001, fruto da política em curso de reajustamento dos custos e produtividade dos meios instalados.

Em Junho de 2002, 75% dos colaboradores do Grupo possuíam o ensino secundário (12 anos de escolaridade) ou nível superior (35%). Desde o início de 2000 até ao final deste 1º semestre, a EFACEC suportou custos com rescisões no montante de13,2 M€. Desenvolvimento e Formação Profissional Durante o 1º semestre de 2002 o investimento na formação e desenvolvimento centrou-se, sobretudo, no âmbito da formação técnica, da Qualidade e da formação “on job”. As acções de formação realizadas neste semestre envolveram 350 colaboradores, num total de 9800 horas. 7- Factos Relevantes após o termo do Semestre As actividades de produção de Transformadores de Distribuição e de Equipamentos de Média Tensão, que vinham sendo exercidas na sociedade EFACEC Energia Equipamentos Eléctricos, S. A. , foram autonomizadas juridicamente, dando lugar a duas novas sociedades, respectivamente EFACEC DT - Transformadores de Distribuição de Energia, S.A. e EFACEC AMT - Aparelhagem de Média Tensão, S.A. Estas novas sociedades, cujas actividades se iniciaram no 2º semestre, são detidas a 100% pelo Grupo EFACEC. Em 26 de Julho passado apresentaram o pedido de renúncia ao cargo que vinham exercendo no Conselho de Administração os Senhores Doutores José António José de Mello e Henrique António da Cruz Dionísio. 8. Perspectivas Pese embora as reconhecidamente arrefecidas condicionantes externas, a Efacec tem sabido reagir aos desafios que se colocam no mercado acrescidamente competitivo e de grande evolução tecnológica. A inversão dos resultados, claramente visível nas contas deste 1º semestre, são a prova da capacidade de adaptação e de forte empenho e dedicação de todos aqueles que trabalham neste Grupo que vem acumulando inúmeras referências de prestígio quer no mercado nacional, quer no mercado internacional. Estamos convictos que o resultado da actividade do 2º semestre irá manter a tendência positiva, tal como apontava o plano previsional do Grupo EFACEC. Suporta esta perspectiva a importante carteira de encomendas, o comportamento positivo das obras em curso e um vasto conjunto de acções encetadas há algum tempo atrás, visando a redução de custos e o crescimento da produtividade. Finalmente queremos, reafirmar que esta evolução positiva tem todos os sinais de consistência, pois resulta de um programa mais profundo de revitalização do Grupo assente, no Factor Humano, na Qualidade, na Investigação e Desenvolvimento de novas soluções e metodologias bem como numa postura comercial de permanente diálogo com o Cliente. Leça do Balio, 18 Setembro de 2002

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO Eng. António Afonso Lasso de La Vega Cardoso Pinto Eng. Guilherme Ricca Gonçalves Eng. Alfredo Nascimento Melo Dr. João Paulo Seara Sequeira do Vale Peixoto Eng. João Jorge Gonçalves Fernandes Fugas

ANEXO AO RELATÓRIO DE GESTÃO No cumprimento do disposto no artigo 447º do Código das Sociedades Comerciais os membros do Conselho de Administração comunicaram os movimentos abaixo discriminados e as quantidades detidas em 30 de Junho de 2002 quanto a títulos da Sociedade:

- Engº GUILHERME RICCA GONÇALVES – detinha no final do semestre 603.735 acções, não tendo transaccionado acções durante o exercício.

- Dr. JOÃO PAULO SEARA SEQUEIRA DO VALE PEIXOTO, detinha no final do semestre, 279 acções, não tendo transaccionado acções durante o exercício.

- Engº ALFREDO DO NASCIMENTO MELO, detinha no final do semestre, 5.648 acções, não tendo transaccionado acções durante o exercício.

Nos termos e para os efeitos do disposto no artigo 448º do Código das Sociedades Comerciais e na alínea e) do nº 1 do artigo 6º do Regulamento 11/2000 da CMVM, informamos que, à data de 30 de Junho de 2002, as entidades:

- José de Mello SGPS, SA conjuntamente com a sua participada Tecnocapital, SGPS, SA (ex – SPPO) detinha 3.525.631 acções, representando 25,40% do capital social, correspondente a 25,96% dos direitos de voto, sendo 2.158.557 acções da José de Mello SGPS, SA e 1.367.074 acções da Tecnocapital, SGPS, SA;

- Têxtil MANUEL GONÇALVES, S.A., através das suas associadas, Têxtil Manuel Gonçalves, SGPS, SA e SPE - Sociedade de Produção de Electricidade e Calor SA, detinha 3.525.838 acções, representando 25,40% do capital social, correspondente a 25,96% dos direitos de voto, sendo 3.389.317 acções da Têxtil Manuel Gonçalves, SGPS, SA e 136.521 acções da SPE - Sociedade de Produção de Electricidade e Calor SA;

- EDP Participações – SGPS, Sa, detinha 708.607 acções, representando 5,11% do capital social, correspondente a 5,22% dos direitos de voto;

- Fundação Ernesto Lourenço Estrada, Filhos, detinha 284.075 acções, representando 2,05% do capital social, correspondente a 2,09% dos direitos de voto.

Leça do Balio, 18 de Setembro de 2002

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO Eng. António Afonso Lasso de La Vega Cardoso Pinto Eng. Guilherme Ricca Gonçalves Eng. Alfredo Nascimento Melo Dr. João Paulo Seara Sequeira do Vale Peixoto Eng. João Jorge Gonçalves Fernandes Fugas

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Os valores monetários estão expressos em euros

31 de Dez

2001 2001ACTIVO Notas Activo Amortizações Activo Activo Activo

Bruto e provisões Líquido Líquido Líquido IMOBILIZADO

Imobilizações incorpóreas: Despesas de instalação 27 6 061 709 5 527 248 534 461 1 221 910 839 801 Despesas de investigação e desenvolvimento 27 33 389 806 27 718 031 5 671 775 11 608 658 8 413 788 Propriedade industrial e outros direitos 27 487 230 368 395 118 834 39 634 33 345 Imobilizações em curso 27 2 803 136 2 803 136 1 658 144 1 019 837 Diferenças de Consolidação 10 522 945 156 883 366 061 470 651 418 357

43 264 826 33 770 558 9 494 267 14 998 997 10 725 127

Imobilizações corpóreas: Terrenos e recursos naturais 27 22 636 055 22 636 055 22 636 057 22 636 055 Edifícios e outras construções 27 61 819 571 37 050 763 24 768 808 31 139 524 25 750 019 Equipamento básico 27 44 934 833 31 892 728 13 042 105 17 242 161 14 194 401 Equipamento de transporte 27 8 087 224 6 611 706 1 475 519 2 123 807 1 778 120 Ferramentas e utensílios 27 4 395 547 3 850 295 545 251 753 170 621 043 Equipamento administrativo 27 14 158 158 11 229 234 2 928 924 3 265 101 3 432 682 Imobilizações em curso 27 2 231 395 2 231 395 3 704 382 1 055 990

41 , 42 158 262 783 90 634 726 67 628 057 80 864 202 69 468 311

Investimentos financeiros: Partes de capital em empresas do grupo 2 , 27 7 276 680 5 985 575 1 291 105 1 110 080 1 176 116 Empréstimos a empresas do grupo 27 1 747 793 1 747 793 0 386 144 Partes de capital em empresas associadas 3 , 4 , 18 , 27 5 994 238 2 259 554 3 734 683 4 382 792 3 732 200 Empréstimos a empresas associadas 27 112 448 112 448 361 848 112 449 Partes de capital em outras empresas participadas6 , 27 3 476 684 274 284 3 202 400 2 307 339 3 202 407 Empréstimos a outras empresas participadas 27 371 604 371 604 102 254 371 604 Titulos e outras aplicações financeiras 27 700 894 700 894 704 801 701 839

19 680 341 8 519 413 11 160 928 8 969 114 9 682 760

REALIZAVEL A MÉDIO E LONGO PRAZO Outros devedores 50 4 518 872 4 518 872 5 137 618 5 060 424 Subscritores de Capital 0 0 0

4 518 872 4 518 872 5 137 618 5 060 424

CIRCULANTEExistências: Matérias-primas, subsidiárias e de consumo 7 575 147 95 625 7 479 523 11 440 723 7 745 314 Produtos e trabalhos em curso 37 32 831 875 3 961 952 28 869 923 36 554 154 18 693 534 Produtos acabados e intermédios 2 607 373 34 916 2 572 457 3 974 317 3 888 803 Mercadorias 557 754 0 557 754 893 886 858 002

43 572 149 4 092 492 39 479 657 52 863 080 31 185 653

Dívidas de terceiros - curto prazo: Clientes, c/c 91 597 649 74 820 91 522 829 78 138 556 97 293 378 Clientes, títulos a receber 147 341 147 341 456 929 273 566 Clientes de cobrança duvidosa 5 579 632 5 172 932 406 700 0 397 098 Empresas do grupo 1 464 162 1 464 162 26 845 1 001 641 Empresas associadas 652 677 652 677 245 264 320 956 Empresas participadas 75 688 75 688 75 688 75 688 Adiantamentos a fornecedores 1 142 298 1 142 298 1 261 131 1 700 706 Adiantamentos a fornecedores de imobiliz. 1 695 1 695 4 938 68 984 Estado e outros entes públicos 52 2 016 972 2 016 972 1 710 802 1 364 497 Outros devedores 51 11 226 108 3 830 768 7 395 340 5 261 400 4 550 513 Subscritores de Capital 0 0 0 0

113 904 222 9 078 519 104 825 702 87 199 549 107 047 027

Títulos negociáveis: Outros títulos negociáveis 16 16 15 15 Outras aplicações de tesouraria 0 0 22 795 0

16 16 22 810 15

Depósitos bancários e caixa: Depósitos bancários 1 458 548 1 458 548 2 362 566 1 613 666 Caixa 176 233 176 233 171 123 154 253

1 634 782 1 634 782 2 533 689 1 767 919

ACRÉSCIMOS E DIFERIMENTOS Acréscimos de proveitos 53 5 888 713 5 888 713 4 721 147 4 364 985 Custos diferidos 53 750 418 750 418 1 220 499 364 591 Impostos Diferidos Activos 38 14 458 001 14 458 001 9 084 107 15 310 701

21 097 132 21 097 132 15 025 753 20 040 278

Total de amortizações 124 405 284

Total de provisões 46 21 690 425

Total do activo 405 935 122 146 095 709 259 839 413 267 614 813 254 977 514

O TÉCNICO OFICIAL DE CONTAS O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

EFACEC Capital, S.G.P.S., S.A. e Empresas Subsidiárias

200230 de Junho

O Anexo apresentado à frente faz parte integrante destes balanços consolidados

Balanços Consolidados para os períodos findos em 30 de Junho de 2002 e 2001 e em Dezembro de 2001

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Os valores monetários estão expressos em euros

31 de Dez.CAPITAL PRÓPRIO, INTERESSES MINORITÁRIOS E PASSIVO Notas 2002 2001 2001

CAPITAL PRÓPRIO

Capital 55 , 57 69 402 360 69 402 360 69 402 360

Acções Próprias - Valor nominal 57 (1 500 000) (1 500 000) (1 500 000)

Acções Próprias - Descontos e prémios 57 ( 494 719) ( 494 719) ( 494 719)

Prémios de emissão de acções 125 254 125 254 125 254

Diferenças de consolidação 10 3 080 052 3 068 670 3 080 052

Ajustamentos de partes de capital em filiais associadas 57 (5 706 214) (1 117 287) (5 569 862)

Reservas de reavaliação 42 , 57 24 135 334 24 149 031 24 135 334

Reservas:

Reservas legais 57 2 395 930 2 395 930 2 395 930

Outras reservas 57 0 0 0

Resultados transitados 57 (41 476 083) (16 354 768) (16 710 397)

Sub-total 49 961 914 79 674 471 74 863 953

Resultado líquido do exercício 1 334 687 (14 554 693) (24 886 947)

Total do capital próprio 51 296 601 65 119 777 49 977 005

INTERESSES MINORITÁRIOS 59 1 124 218 1 369 739 1 311 370

PASSIVO

Provisões para riscos e encargos:

Provisões para pensões 46 467 483 545 790 467 483

Outras provisões para riscos e encargos 46 6 639 614 19 320 922 8 923 614

7 107 097 19 866 711 9 391 097

Dívidas a terceiros - médio e longo prazo:

Dívidas a instituições de crédito 54 1 083 028 1 592 228 1 984 702

Empréstimos por Obrigações 54 30 000 000 15 000 000 30 000 000

Outros credores 0 6 534 0

31 083 028 16 598 762 31 984 702

Dívidas a terceiros - curto prazo:

Empréstimos por Obrigações 54 0 18 423 011 0

Dívidas a instituições de crédito 54 55 320 773 47 665 820 52 830 075

Fornecedores, c/c 33 578 123 27 686 705 38 845 552

Fornecedores - Facturas em recepção e conferência 11 176 556 9 244 541 9 380 573

Empresas do grupo 198 542 0 90

Outros accionistas 12 419 12 565 12 565

Adiantamentos de clientes 15 947 611 19 682 500 15 606 473

Fornecedores de Imobilizado, c/c 1 334 710 447 711 890 654

Estado e outros entes públicos 52 3 145 348 3 458 046 6 251 299

Outros credores 1 696 466 2 898 768 3 431 321

Credores por Subscrição 0 0 0

122 410 549 129 519 667 127 248 601

Acréscimos e diferimentos

Acréscimos de custos 53 18 724 611 16 103 171 11 701 514

Proveitos diferidos 53 28 093 308 19 036 986 23 363 225

46 817 919 35 140 157 35 064 739

Total do passivo 207 418 594 201 125 297 203 689 139

Total do capital próprio, interesses minoritários e passivo 259 839 413 267 614 813 254 977 514

O TÉCNICO OFICIAL DE CONTAS O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

30 de Junho

O Anexo apresentado à frente faz parte integrante destes balanços consolidados

Balanços Consolidados para os períodos findos em 30 de Junho de 2002 e 2001 e em Dezembro de 2001

EFACEC Capital, S.G.P.S., S.A. e Empresas Subsidiárias

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Notas 2002 2001 2001

CUSTOS E PERDAS

Custo merc. vendidas e das matérias consumidas: Mercadorias 2 815 603 3 165 431 7 084 247 Matérias 51 768 250 54 583 852 49 742 371 52 907 802 106 100 184 113 184 431

Fornecimentos e serviços externos 58 27 329 821 33 283 572 64 719 356

Custos com o pessoal: Remunerações 22 117 757 23 364 611 44 392 449 Encargos sociais 6 620 700 28 738 457 7 317 914 30 682 525 13 509 352 57 901 802

Amortizações do imobilizado corpóreo incorpóreo 27 6 644 013 7 732 944 15 418 407 Provisões 107 254 6 751 267 623 173 8 356 117 1 029 753 16 448 160

Impostos 138 412 113 746 283 302 Outros custos e perdas operacionais 466 208 604 620 454 889 568 635 938 094 1 221 396

(A) 118 008 017 125 798 650 253 475 145

Perdas relativas a empresas associadas 44 116 344 311 325 767 046

Amort. e prov. aplic. e invest. finan. 0 0 4 933

Juros e custos similares: Outros 44 3 612 888 3 490 797 8 982 427

(C) 121 737 250 129 600 772 263 229 552

Custos e perdas extraordinárias 45 1 106 216 7 880 962 17 884 364

(E) 122 843 466 137 481 734 281 113 915

Imposto sobre o rendimento do exercício 52 1 002 701 124 699 (3 843 742)

(G) 123 846 167 137 606 433 277 270 174

Interesses minoritários 59 ( 26 520) ( 67 482) ( 82 192)

Resultado consolidado líquido do exercício 1 334 687 (14 554 693) (24 886 947)

125 154 333 122 984 258 252 301 035

PROVEITOS E GANHOS

Vendas: Mercadorias 2 984 191 3 525 838 8 415 509 Produtos 36 99 664 235 88 047 775 208 901 153 Prestações de serviços 36 7 622 039 110 270 465 8 113 063 99 686 675 17 114 225 234 430 887

Variação da produção 9 354 488 15 630 895 4 178 116

Trabalhos para a própria empresa 1 473 427 1 334 045 2 513 293 Proveitos suplementares 215 678 176 689 424 277 Subsídios à exploração 4 968 0 142 113 Outros proveitos e ganhos operacionais 193 631 414 277 1 479 844 1 656 533 1 844 131 2 410 521

(B) 121 512 657 118 308 147 243 532 816

Ganhos de participações de capital: Relativos a empresas associadas 44 347 922 72 525 355 693 Rend. De participações de capital 0 0 125 Rend. de títulos negoc. e outras aplic. financeiras: Outros 27 507 4 439 20 825 Outros juros e proveitos similares: Outros 44 1 051 541 1 426 970 1 415 658 1 492 623 1 406 251 1 782 893

(D) 122 939 627 119 800 770 245 315 709

Proveitos e ganhos extraordinários 45 2 214 707 3 183 488 6 985 325

(F) 125 154 333 122 984 258 252 301 035

Resumo:

Resultados operacionais: (B)-(A) 3 504 639 (7 490 503) (9 942 329)

Resultados financeiros: (D-B)-(C-A) (2 302 262) (2 309 499) (7 971 514)

Resultados correntes: (D)-(C) 1 202 377 (9 800 002) (17 913 843)

Resultados antes de impostos: (F)-(E) 2 310 867 (14 497 476) (28 812 881)

Resultado consolidado com os interesses minoritários do exercício: (F)-(G) 1 308 167 (14 622 176) (24 969 139)

O TÉCNICO OFICIAL DE CONTAS O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

O Anexo apresentado à frente faz parte integrante destas demonstrações consolidadas de resultados

30 de Junho

EFACEC Capital, S.G.P.S., S.A. e Empresas Subsidiárias

Demonstração Consolidada dos Resultados por Naturezas para os períodos findos em 30 de Junho de 2002 e 2001 e em Dezembro de 2001

31 de Dezembro

Os valores monetários estão expressos em euros

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EFACEC Capital, S.G.P.S., S.A. Anexo às demonstrações financeiras consolidadas para

os períodos findos em 30 de Junho de 2002 e 2001 (Os valores monetários estão expressos em Euros)

Introdução e Descrição do Negócio As actividades das empresas do Grupo EFACEC compreendem uma extensa gama de produtos e serviços de elevado nível tecnológico. Esta diversidade, com competências aos níveis produtivos e de engenharia, possibilitam a oferta de soluções técnicas a um leque muito variado de sectores de actividade tanto no mercado interno como no externo, onde é dirigida uma fatia importante dos nossos produtos e do suporte de apoio a ferramentas de controlo operacional e de gestão, pensadas e elaboradas de acordo com as mais sofisticadas exigências do consumidor. A variedade de serviços e produtos incluem equipamentos diversos destinados ao apoio na produção, transporte e distribuição de energia eléctrica, sistemas de comando e controle, tracção eléctrica, electrónica industrial, telecomunicações, automatização e robótica e projectos de engenharia visando complexos industriais, transportes e manutenção industrial. O Grupo insere-se num mercado altamente competitivo, sendo necessário estar preparado e atento às constantes evoluções e mutações das preferências dos clientes e das novas tecnologias. Atento a isto, o Grupo tem vindo a adaptar a sua estrutura tendo em vista a melhor resposta. Depois de nos últimos anos ter apostado na internacionalização e na diversificação das suas actividades, que culminaram com a criação de sucursais, filiais e agentes espalhados por mais de 30 países, desde o ano de 2000 o posicionamento tem sido o de analisar e avaliar as estratégias desenvolvidas, apostar nas áreas de maior valor acrescentado e dotar as estruturas do grupo de competências adequadas para os novos desafios, inerentes ao mercado e às organizações. No ano de 2000 foram tomadas algumas decisões de reestruturação pelo Conselho de Administração, que culminaram na realização de provisões significativas nas contas das várias empresas do Grupo. Nomeadamente, foram constituídas provisões para as participações detidas ainda no final de 2000 na Liaoyang EFACEC Electrical Equipment, Co. Foram ainda constituídas provisões para outros riscos e encargos relacionados com perdas previsíveis em obras em curso, responsabilidades assumidas e outras reorganizações previstas e assumidas pelo Conselho de Administração. Algumas destas foram já materializadas em 2001, outras porém, mantém-se ainda nas rubricas de Provisões, devendo ser utilizadas ainda no decorrer de 2002 ou nos próximos, dependendo da oportunidade na gestão da sua utilização. Durante o ano de 2001, deu-se continuidade ao plano de reorganização e reestruturação interna, culminando com a redefinição de algumas estruturas orgânicas do grupo. No último trimestre de 2001, ao nível dos investimentos e das participações, foi tomada uma decisão importante que culminará na desactivação e desinvestimento na unidade de produção mantida no Oriente – Macau desde 1993 e que, estrategicamente não se mostrava viável, atendendo a outros investimentos no grupo na mesma zona do mundo mais competitivos. A decisão teve por consequência a eliminação completa da até então empresa do grupo – EFACEC Oriente, Lda., que saiu do perímetro de consolidação em Setembro de 2001, ficando apenas registada como Parte de capital em empresa do grupo. Dada a improbabilidade de se receber qualquer tipo de benefício desta participada, foi registada uma provisão de 100% para o efeito. No final de 2001, foi ainda efectuada a liquidação da subsidiária, Tecnirob. A estratégia e o plano continuam a ser ambiciosos, provocando nos anos em que a mudança se faz constrangimentos inevitáveis mas necessários à constituição de uma estrutura de base sólida e coerente com os objectivos internos e externos a que o grupo se propõe. As contas agora apresentadas são também o reflexo desta postura, que se traduz no controlo e na análise rigorosa de todas as situações ordinárias e extraordinárias que possam afectar as demonstrações financeiras hoje e no futuro. As acções da EFACEC Capital encontram-se cotadas no mercado oficial da Euronext Lisboa. As notas seguintes estão organizadas em conformidade com o Decreto-Lei nº 238/91 de 2 de Julho que aprovou o Plano Oficial de Contabilidade, para a apresentação das Demonstrações Financeiras Consolidadas. Os números das notas não indicados neste Anexo significam que as mesmas não se aplicam ou a sua apresentação não é relevante para a leitura e interpretação das demonstrações financeiras consolidadas anexas. I - Informações relativas às empresas incluídas na consolidação e a outras 1. Empresas Incluídas na Consolidação As empresas incluídas na consolidação, as suas sedes sociais e a fracção de capital detido pela EFACEC Capital, directa ou indirectamente, são as seguintes:

Denominação Social

Sede

Fracção de Capital detido

(%) EFACEC Capital, S.G.P.S., S.A. Matosinhos Empresa - mãe EFACEC, S.G.P.S., S.A. Matosinhos 100,0 EFACEC Energia – Máquinas e Equipamentos Eléctricos, S.A. Matosinhos 100,0 EFACEC Engenharia, S.A. Oeiras 100,0 EFACEC Motores Eléctricos, S.A (a) Ovar 100,0 EFACEC Ambiente, S.A. Porto 100,0 EFACEC Sistemas de Electrónica, S.A. Maia 100,0 EFACEC Automação e Robótica S.A. Matosinhos 100,0 EFACEC Serviços de Manutenção e Assistência, S.A. Matosinhos 100,0 EFACEC Sistemas de Informação, S.A. Matosinhos 100,0 MOLDIAMLEVA – Soc. Instaladora de Elevadores, Lda Oeiras 100,0 MICROPROCESSADOR – Sistemas Digitais, S.A. Maia 54,3 ENT – Empresa Nacional de Telecomunicações, S.A. (b) Maia 100,0 EFACEC International Financing, S.G.P.S., S.A.(c) Matosinhos 55,0 EFACEC Investimentos e Concessões, S.G.P.S., S.A.(d) Oeiras 75,0 GEMP – Empreendimentos Imobiliários, S.A. (e) Matosinhos 100,0 EFACEC do Brasil, Lda. S. Paulo (Brasil) 100,0

(a) A partir de 1999, após a alienação da actividade de produção e comercialização de motores eléctricos, esta empresa passou a concentrar a sua

actividade na reparação de motores e transformadores de distribuição; (b) A participação era no final de 1999 de 50,8%. No final de 2000 foram adquiridos mais 21,2%, os quais geraram uma diferença de consolidação

(nota 10) no montante de 223.631 Euros. A partir de 2001 a participação passou a ser de 100%; (c) Empresa participada em 45% pelo IPE – Investimentos e Participações Empresariais, tendo por objectivo a gestão de algumas participações no

Oriente. À data de 30 de Junho de 2002, detém 60% da sociedade EFACEC Malaysia SDN. BHD que, por sua vez, detém 23% da sociedade Sesco EFACEC, residente no mesmo país;

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(d) Os restantes 25% são detidos pela Caixa Investimentos – Sociedade de Investimentos, S.A.. Esta sociedade foi constituída com a finalidade de gerir participações sociais, como forma indirecta de exercício de actividades económicas, podendo igualmente prestar serviços técnicos de administração e gestão, nos termos legais, nomeadamente o acompanhamento de concessões;

(e) Sociedade adquirida em 1999 para gestão de património imobiliário do grupo; A 30 de Junho de 2001, para além das empresas acima referidas, foram ainda integradas o CTI – Consórcio Técnico Industrial, S.A., TECNIROB – Desenvolv. de Equipamentos Industriais, S.A, EFACEC – Angola, Lda e EFACEC - Oriente. Relativamente às duas primeiras, as empresas estão praticamente inactivas, sendo a sua actividade reduzida ou mesmo inexistente, tendo inclusivamente sido efectuada a dissolução da Tecnirob no final de 2001. Quanto à Efacec – Angola, Lda (nota 2), a 30 de Junho de 2001, esta filial foi integrada nas contas consolidadas mas considerando apenas as rubricas de Balanço reportadas a 31 de Dezembro de 2000, por falta de disponibilidade atempada das demonstrações financeiras nessa data. A 30 de Junho de 2002, tal como a 31 de Dezembro de 2001, não foram igualmente integradas as respectivas Demonstrações Financeiras por não se encontrarem disponíveis. A empresa não tem praticamente significado na leitura das contas consolidadas do Grupo. Informação completa sobre o negócio e actividades desenvolvidas das empresas acima referidas encontram-se na sede, podendo ser disponibilizadas se solicitado. Todas as empresas referidas no mapa acima, foram consolidadas pelo método integral, de acordo com o estabelecido na alínea a) do nº 1 do Artigo 1º do Decreto Lei nº 238/91 de Julho, o qual estabelece a detenção da maioria dos direitos de voto como obrigação de consolidação. Para além da integração das empresas acima referidas, foram ainda integradas nas demonstrações financeiras consolidadas, as contas das sucursais da República Checa, Tunísia e Itália. Estas sucursais estão afectas a obras em realização nesses países. O efeito global no capital próprio e no resultado líquido foi de aproximadamente de (115.657) Euros (199.520 negativo a 30 de Junho de 2001) e (184.591) Euros, (99.760 positivo a 30 de Junho de 2001), respectivamente. 2. Empresas do Grupo Excluídas da Consolidação As empresas registadas em Partes de capital em empresas do grupo e que foram excluídas da consolidação, em 30 de Junho de 2002, as suas sedes sociais e a fracção de capital detido, directa ou indirectamente, eram as seguintes:

Denominação Social

Sede

Fracção de Capital

detido (%) Valor na

Contabilidade EFACEC AMT – Aparelhagem de Média Tensão . (d) Matosinhos 100,0 50.000 EFACEC DT – Transformadores de distribuição de energia, SA (d) Matosinhos 100,0 50.000 SVEP – Segurança e Vigilância Electrónica de Pessoas, Lda Oeiras 100,0 15.000 EFACEC Colômbia, S.A. (a) Bogotá (Colômbia) 70,0 56.205 EFACEC Malaysia, SDN. BHD. (b)(1) Kuching (Malásia) 61,0 858.212 EFACEC Sistemas Venezuela, C.A. (c) (2) Caracas (Venezuela) 65,0 198.756 EFACEC Sistemas do Brasil, Lda. (c) (2) Salvador da Baía (Brasil) 99,0 40.482 MSEG – Sistemas de Segurança, Lda. (b) Porto 54,0 2.684 EFACEC Angola, Lda. (c) (3) Luanda (Angola) 100,0 16.400 EFACEC Oriente, Lda. (4) Macau 100,0 5.988.952 7.276.680 Provisão para a EFACEC Oriente (nota 46) (5.985.575) 1.291.105

(a) Estas participações estão registadas pelo custo de aquisição (b) Estas participações estão registadas pelo Método de Equivalência Patrimonial. (c) Estas participações encontram-se registadas pelo Método de Equivalência Patrimonial mas com referência a 31 de Dezembro de 2001, em

virtude de não terem sido disponibilizadas demonstrações financeiras das filiais com referência a 30 de Junho de 2002. Relativamente à Efacec Angola, a aplicação do Método está reportado a 31 de Dezembro de 2000;

(d) Estas empresas foram criadas no decorrer de 2002 estando em curso o destaque de duas divisões da EFACEC Energia – Máquinas e Equipamentos Eléctricos, S.A. para estas empresas

(1) Esta empresa é detida pelo grupo, através da EFACEC International Financing, S.G.P.S., S.A., em 60% e pela EFACEC Capital, S.G.P.S., S.A., em 1%. Pelo facto daquela sociedade ser detida em 55% por esta, há controlo da EFACEC Malaysia. Porém, dada a imaterialidade das rubricas de Balanço e da Demonstração dos Resultados, optou-se por considerar a empresa, pela primeira vez, através do Método de Equivalência Patrimonial em 31 de Dezembro de 2001. A 30 de Junho de 2002, não foi considerado o efeito da aplicação do Método de Equivalência Patrimonial à participação detida por esta filial na Sesco Efacec Sdn, sendo no entanto o efeito não significativo; (2) Estas são sociedades recentemente criadas nos países mencionados para promover a realização de negócios na área da engenharia. A exclusão do consolidado deveu-se ao facto dos valores incluídos nos seus Balanços e das suas Demonstrações dos resultados não serem relevantes para a leitura das demonstrações financeiras consolidadas do grupo EFACEC. (3) Esta participação em Angola não foi integrada por não estarem disponíveis atempadamente contas fiáveis da empresa (nota 1). Todavia, a imaterialidade dos números envolvidos nas suas demonstrações financeiras não provoca qualquer distorção na leitura das contas consolidadas do grupo. (4) A meio do último trimestre do exercício de 2001 foi tomada a decisão pelo Conselho de Administração da EFACEC de desactivar/desinvestir a actividade principal de produção desenvolvida pela EFACEC Oriente, Lda., passando apenas a dar algum apoio a outros investimentos e projectos do grupo naquela zona do mundo. Assim, para efeitos de consolidação de contas, a empresa foi integrada nos seus custos e proveitos até ao mês de Setembro de 2001, altura em que foram apresentadas as contas do terceiro trimestre, tendo até essa data contribuído negativamente para os resultados do grupo consolidados em 3.153.445 Euros (nota 14) (sem ajustamentos de consolidação 2.357.050 Euros). A decisão entretanto tomada inviabilizou qualquer transferência de fundos desta participada para Portugal podendo o investimento ser desactivado ou vendido. Tendo isto em consideração, o Conselho de Administração decidiu de imediato excluí-la do perímetro de consolidação do grupo, fazendo referência ao nº 3 do artigo 4º do Decreto Lei nº 238/91 de 2 de Julho, passando a tratá-la nas demonstrações financeiras como uma parte de capital em empresas do grupo. Por outro lado, e em conformidade com o capítulo 5.4.3.5 dos Critérios de Valorimetria do Plano Oficial de Contabilidade foi decidido constituir uma provisão para a totalidade do investimento nessa participada. As restantes empresas, acima referidas, foram excluídas da consolidação por serem imateriais para a apresentação de uma imagem verdadeira e apropriada da posição financeira e dos resultados das suas operações no Grupo, seguindo o exposto no nº 1 do artigo 4º do Decreto Lei 238/91. Estas empresas, estão em condição de inactividade ou com uma actividade muito pouco relevante, pelo que o valor dos seus activos, passivos, custos e proveitos, bem como as relações entre o Grupo são completamente irrelevantes.

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3. Empresas Associadas Incluídas na Consolidação através do Método de Equivalência Patrimonial As empresas associadas, respectivas sedes sociais, e fracção do capital detido pela EFACEC Capital, em 30 de Junho de 2002, incluídas na consolidação pelo Método de Equivalência Patrimonial, de acordo com o disposto no nº 13.6 das normas de consolidação previstas no Decreto Lei nº 238/91, são como segue:

Denominação Social

Sede

Fracção de Capital detido

(%) Valor na

Contabilidade SADICEC – Máquinas Têxteis, S.A. (a) Valongo 33,2 - Godrej EFACEC Automation & Robotics LT. (b) Mumbai (India) 50,0 197.154 NORMED – Med. Téc. De Seguros Industriais, S.A. Matosinhos 30,0 24.931 EID – Emp. de Inv. e Desenv. de Electrónica, S.A. (c) Lisboa 25,1 1.611.610 EFACEC (Thailand), Lda. Bangkok (Tailândia) 30,0 10.874 EFACEC Moçambique, Lda. (d) Maputo (Moçambique) 49,0 118.927 SEFLOR – Soc. de Energia Florestal, S.A. (d) Mortágua 31,0 397.786 SESCO EFACEC SDN BHD (e) Kuching (Malásia) 20,0 449.283 Águas da Figueira, S.A. (f) Figueira da Foz 20,0 583.894 BAUEN, S.A. (g) Córdoba (Argentina) 30,0 341.282 Outras (Efacec Itália) Itália 54 3.735.796 Empresas associadas excluídas da consolidação (nota 4) 2.258.442 5.994.238 Provisão para Investimentos financeiros (notas 4, 46) (2.259.554) 3.734.683

(a) Esta participação está neste momento valorizada com um valor nulo, via aplicação do método de equivalência patrimonial com referência a 31 de

Dezembro de 2001. O valor de aquisição, no montante de 165.770 Euros, está deduzido à rubrica de Ajustamentos de partes de capital no capital próprio.

(b) Empresa localizada na Índia, constituída em 8 de Janeiro de 1999 na dependência operacional da EFACEC Automação e Robótica. Foi aplicado o método de equivalência patrimonial a 30 de Junho de 2002.

(c) Esta empresa foi adquirida no início do último trimestre de 2000. Foi reconhecida uma diferença negativa entre o valor de aquisição e o montante do capital próprio, registada em Proveitos diferidos, no valor de 580.012 Euros (nota 10).

(d) A 31 de Dezembro de 2001, por indisponibilidade atempada das demonstrações financeiras, o Método de Equivalência Patrimonial foi aplicado à data de 31 de Dezembro de 2000. A 30 de Junho de 2002, o Método foi aplicado com referência à data de 30 de Junho de 2002.

(e) Esta empresa é detida em 12,2% directamente pela EFACEC Energia, sendo a parte restante indirectamente através da participação directa na EFACEC International Financing, SGPS que detém o controlo da EFACEC Malaysia que por sua vez detém 23% da Sesco EFACEC. O valor aqui apresentado resulta da aplicação do Método de Equivalência Patrimonial via EFACEC Energia, uma vez que os outros efeitos estão considerados via EFACEC Malaysia (nota 2).

(f) Esta sociedade tem como objecto social a exploração em regime de concessão de sistema de captação, tratamento e distribuição de água para consumo público e do sistema de recolha, rejeição dos afluentes do conselho da Figueira da Foz. O valor da participação no grupo foi aumentado em 2001 em 102.079 Euros, resultante da valorização da participação em consequência da venda da EFACEC Ambiente à EFACEC Investimentos e Concessões, a qual, é detida em 75%. A mais valia apurada na venda nesse exercício foi anulada tendo em conta aquela percentagem de participação.

(g) No momento da publicação das contas relativamente a 2001, devido aos problemas políticos surgidos no país e à forte desvalorização do Peso Argentino face ao US Dólar, o capital próprio desta empresa tinham sofrido uma desvalorização no valor aproximado de 175.000 Euros. Não foram disponibilizadas contas com referência a 30 de Junho de 2002.

4. Empresas Associadas Excluídas da Consolidação As empresas incluídas em Partes de capital em empresas associadas excluídas da consolidação, registadas ao custo de aquisição, são as seguintes:

Denominação Social

Sede

Fracção de Capital

detido (%) Valor na

Contabilidade Liaoyang EFACEC Electrical Equipment Co. (nota 3) Liaoyang (China) 22,6 2.258.442

Não foi considerado o método de equivalência patrimonial nesta associada dada a pouca probabilidade de transferência de fundos no futuro. Foi constituída uma provisão no valor de 2.259.554 euros, a qual tendo em conta a projecção de fluxos de caixa futuros pressupõe uma perda total. 6. Outras Empresas Participadas As empresas participadas pelo Grupo EFACEC não referidas nas notas anteriores são como segue:

30.06.2002 31.12.2001 Valor da

Participação Percentagem

aproximada Valor da

Participação Biorope, Soc. Europeia de Biotecnologia, S.A. (a) 195.603 5,00% 195.604 Portugália – Comp. Port. Transportes Aéreos, S.A. 99.759 - 99.760 Águas da Costa de Cascais, S.A (b) 534.556 10,00% 534.557 Portugal Space – Tecn. Serv. Espaciais, S.A. 325.001 16,25% 325.002 Oniway – Infocomunicações, S.A. (c) 2.299.495 1,00% 2.299.497 Outras 22.270 - 22.271 3.476.684 3.476.691 Provisão (a) (274.284) (274.284) 3.202.400 3.202.407

(a) Esta participação encontra-se totalmente provisionada a 30 de Junho de 2002;

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(b) O valor desta participada inclui prestações acessórias (configurando suplementares) no valor de 184.555 Euros efectuadas em 2001. (c) No final do semestre estão subscritas 3.000.000 acções no valor de 1 Euro cada, faltando realizar o valor correspondente a 1.100.000 acções. No

valor da participação, para além do valor realizado no montante de 1.900.000 Euros, estão incluídas prestações acessórias no valor de 399.500 Euros.

A Onyway – Infocomunicações, S.A. tem sede na Av. José Malhoa, lote A – 13, 1070 – 157 Lisboa. Quanto às restantes empresas, não estão referidas informações sobre a sede, capitais próprios e resultados do período, dada a indisponibilidade e imaterialidade das mesmas, de acordo com o disposto no nº 13.2.2 das normas das normas de consolidação. 7. Número Médio de Trabalhadores ao Serviço O número médio de pessoas nos quadros das empresas do Grupo, incluídas no perímetro de consolidação pelo método integral, durante o exercício findo em 30 de Junho de 2002, 31 de Dezembro de 2001 e 30 de Junho de 2001, foram, respectivamente, 1.906, 1.989 e 2.177, com a seguinte repartição:

30.06.02 31.12.01 30.06.01 Quadros Superiores e licenciados……….. 706 703 700 Técnicos e Administrativos..........……….. 662 664 765 Operários.........................……………….. 538 622 712 Total 1.906 1.989 2.177

II – Informações Relativas à Imagem Verdadeira e Apropriada 8. Aplicação das Normas de Consolidação As demonstrações financeiras consolidadas do período findo em 31 de Dezembro de 2001, foram preparadas em todos os seus aspectos materiais, em conformidade com as Normas de Consolidação estabelecidas pelo Decreto Lei nº 238/91 de 2 de Julho, com o objectivo de dar uma imagem verdadeira e apropriada da situação financeira e dos resultados do conjunto das empresas incluídas na consolidação. III – Informações Relativas aos Procedimentos de Consolidação 10. Diferenças de Consolidação Nas participações em filiais e associadas existentes em 31 de Dezembro de 1990 (anteriores à primeira consolidação de contas), a diferença entre o valor da participação financeira e o valor proporcional do capital próprio na mesma data, foi registada no capital próprio sob a designação "Diferenças de consolidação". Em aquisições posteriores a 1 de Janeiro de 1991, a diferença entre o valor da participação financeira e o valor proporcional do capital próprio, calculada à data de aquisição, sendo positiva é inscrita no activo incorpóreo na rubrica "Diferenças de consolidação", e sendo negativa é inscrita no capital próprio ou no passivo, no caso de se prever, à data de aquisição, uma evolução dos resultados futuros desfavorável, ou à previsão de encargos que a participação ocasionará, na medida em que a referida previsão se realize, de acordo com o disposto na alínea g2) do parágrafo 13.4.1 das Normas de Consolidação de Contas. O saldo desta rubrica no final de Junho de 2002, compreende as diferenças de consolidação – Good Will, no caso de positivas, e Bad Will, no caso de negativas - decorrentes da aplicação dos métodos acima referidos. O detalhe do seu valor, líquido das amortizações acumuladas, é conforme segue:

30.06.02 Rubrica Valor Bruto Amort. V. Líq. 31.12.01

ACTIVO ENT - Empresa Nacional de Telecomunicações (a) 522.945 (156.884) 366.061 418.357

CAPITAL PRÓPRIO (c) EFACEC Motores Eléctricos 3.029.329 - 3.029.329 3.029.329EFACEC Ambiente 47.690 - 47.690 47.690Outras 3.033 - 3.033 3.033 3.080.052 - 3.080.052 3.080.052PROVEITOS DIFERIDOS EID – Empresa de Investigação e Desenvolvimento (b) 580.012 (203.000) 377.012 435.012

(a) Esta empresa do Grupo estava integrada na consolidação detendo a EFACEC Capital desde a data da sua constituição 50,8%. Em Dezembro de 2000, foram adquiridos aos minoritários mais 21,2%, contendo estes good will que será amortizado no Grupo em 5 anos, de acordo com a política do grupo (nota 27). No início de 2001, foram adquiridos os restantes 28%, sendo apurado o montante de good will afecto a esta percentagem de aquisição. No total, o cálculo foi assim apurado:

Empresa

Valor de Aquisição dos

49,2%

49,2 % do Capital Próprio

Diferença Consolidação

(Good Will) ENT – Empresa Nacional de Telecomunicações, S.A. 1.224.050 701.105 522.945

A variação face a 31 de Dezembro de 2001 prende-se com a amortização do semestre de 52.295 euros. (b) Esta empresa passou a associada no último trimestre de 2000, após a aquisição de mais 5,6% do capital desta sociedade dedicada à investigação e ao desenvolvimento. No momento da aquisição foi apurado um bad will, registado em Proveitos diferidos no montante acima referido. No exercício de 2000 e 2001 foram imputados a resultados 145.000 Euros, estando o remanescente evidenciado em Proveitos diferidos (nota 53). No período findo em 30 de Junho de 2002, foi feita uma afectação adicional a proveitos financeiros, correspondente a 20% do valor inicialmente registado em Proveitos diferidos – 58.000 Euros. (c) O saldo incluído no Capital próprio foi originado pela aplicação, pela primeira vez em 1 de Janeiro de 1991, da consolidação das demonstrações financeiras, e decorre da compensação efectuada entre o custo de aquisição das partes de capital detidas e a proporção dos capital próprio que elas

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representavam, reportadas àquela data. A variação face a 30 de Junho de 2001 é explicada pela eliminação do valor afecto à EFACEC Oriente, dado que esta empresa foi excluída do grupo do consolidado. Os valores atribuíveis às partes do capital próprio nas empresas filiais incluídas na consolidação, detidas por pessoas que não sejam as empresas consolidadas, foram inscritos no balanço consolidado na rubrica "Interesses minoritários". Relativamente aos resultados (corrigidos sempre que necessário por ajustamentos de homogeneização de critérios de valorimetria) atribuíveis às partes dos capital próprio nas empresas filiais, detidas por pessoas que não sejam as empresas compreendidas na consolidação, foram apresentados na demonstração consolidada dos resultados na rubrica "Interesses minoritários" (nota 59). 14. Alterações ao perímetro de consolidação EFACEC - Oriente Como referido na nota 2, por decisão do Conselho de Administração, a partir de 1 de Outubro de 2001 a EFACEC Oriente, empresa detida a 100%, deixou de fazer parte do consolidado integral da EFACEC para ficar registada apenas como Parte de capital em empresas do grupo. Esta exclusão teve por princípio o facto da empresa ser desactivada, não se esperando qualquer geração de benefício económico futuro, podendo a sociedade passar mesmo pela alienação ou dissolução num futuro próximo. Ao nível das suas contas de proveitos e custos (demonstração dos resultados a 31 de Dezembro de 2001) ela foi integrada no consolidado até 30 de Setembro de 2001. À data de 31 de Dezembro de 2001 todos os seus activos e passivos deixaram de fazer parte do consolidado ficando apenas relevada a participação na sociedade, estando integralmente provisionada. A sociedade apresentava no seu Balanço de 30 de Junho de 2001, os seguintes valores: Activo 16.492.442 Euros Passivo 9.405.224 Euros A 30 de Junho de 2001, a demonstração dos resultados consolidada inclui os resultados desta filial com os respectivos ajustamentos de consolidação. Em 31 de Dezembro de 2001, a demonstração dos resultados foi integrada com os ajustamentos de consolidação até 30 de Setembro. Os respectivos montantes de proveitos e custos nessas datas são os seguintes:

30.06.2001 30.09.2001 Proveitos totais 2.138.446 3.365.714 Custos totais 3.491.151 6.519.159

Em contrapartida passou a aparecer na rubrica de Partes de capital em empresas do grupo a quantia de 5.985.575 Euros, provisionada a 100%. EFACEC – Angola Conforme referido na Nota 1, esta filial foi excluída do perímetro de consolidação à data de 31 de Dezembro de 2001 e 30 de Junho de 2002 por indisponibilidade das respectivas demonstrações financeiras. Assim, às datas de 31 de Dezembro de 2001 e 30 de Junho de 2002, todos os seus activos e passivos deixaram de fazer parte do consolidado ficando apenas relevada a participação na sociedade. A sociedade apresentava no seu Balanço de 30 de Junho de 2001, os seguintes valores com ajustamentos de consolidação: Activo 753.459 Euros Passivo 1.075.114 Euros O efeito em termos de demonstração dos resultados a 30 de Junho de 2001 não é significativa e não distorce a análise comparativa. Em contrapartida passou a aparecer na rubrica de Partes de capital em empresas do grupo a quantia de 16.400 Euros, na rubrica de Empréstimos a empresas do grupo, 386.146 euros e em Dívidas de terceiros – Curto Prazo – Empresas do Grupo, 683.976 euros. 18. Critério de Contabilização das Participações Financeiras em Associadas O Grupo EFACEC adopta a política contabilística que segue, para registar, nas suas demonstrações financeiras os investimentos financeiros em empresas associadas: - Os investimentos em empresas associadas são registados pelo método de equivalência patrimonial (Equity Method). Por este método, as

participações são inicialmente registadas ao custo de aquisição, o qual é acrescido ou reduzido pela diferença para o valor proporcional à participação no capital próprio dessas empresas, reportado à data da primeira aplicação do método, à data de aquisição, ou no momento em que a empresa se tornou numa empresa associada, se posterior.

- As diferenças resultantes da aplicação do método, se positivas (casos em que o valor da aquisição é superior à proporção no capital próprio), são tratadas como Good Will no Activo (nota 3) estando incluídos na rubrica de partes de capital em empresas associadas, se negativas (casos em que o valor da aquisição é inferior à proporção no capital próprio) são registadas no capital próprio ou em Proveitos diferidos, sendo este último caso para as situações onde são estimadas as perdas futuras derivadas da participação. A análise do custo de aquisição e a sua comparação com a percentagem do capital próprio da associada tem em conta o conceito de justo valor dos activos e dos passivos, quando este se mostrar disponível e a sua análise for relevante para a leitura das demonstrações financeiras.

- O valor do investimento financeiro é ajustado anualmente pelo valor correspondente à proporção nos resultados líquidos das empresas ou noutras variações das restantes rubricas do capital próprio dessas empresas, por contrapartida de ganhos ou perdas financeiros (nota 44) ou como ajustamentos de partes de capital em associadas, respectivamente. Adicionalmente, os dividendos recebidos dessas empresas são registados como uma diminuição do valor do investimento.

- A diferença verificada no exercício seguinte ao do reconhecimento do proveito ou perda financeira entre estes e o montante atribuído de dividendos é levada à rubrica de “Ajustamentos de partes de capital em empresas associadas”, no capital próprio.

- Os ganhos e perdas financeiros decorrentes de operações de aumentos de capital em empresas associadas, não subscrito pela EFACEC Capital, bem como os resultantes de outras operações que originem alteração da percentagem de participação, são registados na demonstração dos resultados, no período em que ocorrem.

- Os empréstimos concedidos a empresas associadas são registados pelo seu valor nominal, ou o valor estimado de realização, quando mais baixo, na rubrica de “Empréstimos a empresas Associadas”.

- Tratando-se de Prestações suplementares ou acessórias (tendo estas as mesmas condições que aquelas, preconizadas no Código das Sociedades Comerciais) são registadas na rubrica de Partes de capital em empresas associadas.

- As perdas estimadas na realização e/ou recuperação destes investimentos financeiros encontram-se registados na rubrica de provisões para investimentos financeiros em associadas.

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- Este método de contabilização não é aplicado no caso de existirem restrições severas e duradouras que prejudiquem significativamente a capacidade de transferência de fundos para a empresa detentora ou estas partes de capital sejam adquiridas e/ou detidas com a finalidade de venda num futuro próximo.

IV – Informações Relativas a Compromissos 21. Compromissos Financeiros Assumidos e Não Incluídos no Balanço Consolidado Uma parte importante dos negócios do Grupo EFACEC desenvolve-se nos mercados internacionais, dando origem a exposições ao risco de flutuação das taxas de câmbio, tanto na compra como na venda. O Grupo utiliza alguns instrumentos financeiros com o objectivo único de reduzir esses riscos, que incidem fundamentalmente sobre as receitas líquidas em dólares americanos. À data do balanço, os contratos cambiais em vigor totalizavam 27,3 milhões de dólares, com um câmbio médio USD/Euro 0,9561, e com maturidades entre Julho de 2002 e Dezembro de 2003, de acordo com o prazo de execução dos negócios que lhes estão subjacentes. Os referidos contratos têm por base o conjunto dos negócios em divisas do Grupo, firmes ou expectáveis, encarados nos seus diferentes estádios de desenvolvimento: (i) contas a receber, (ii) encomendas em carteira ainda não facturadas, e (iii) propostas de negócio a aguardar decisão dos clientes, estas ponderadas pela probabilidade de sucesso que a cada uma é atribuída. A contabilização dos contratos está em conformidade com as normas em vigor. São reconhecidas no balanço todas as fixações de câmbio que respeitam a facturação emitida e ainda não recebida (contratos no valor global de 7,5 M.USD). Os restantes contratos estão afectos a encomendas em curso e a propostas a clientes, sendo considerados como responsabilidades. O seu valor ascende a 19.8 M.USD e a sua valorização ao câmbio de 30.06.2002, traduz-se num custo de oportunidade para o Grupo no montante de 1.289.400 euros (1.496.394 Euros a 31 de Dezembro de 2001). Na data do Balanço o grupo mantinha contratos de Aluguer de Longa Duração (“Renting”) considerados como locação operacional cujo valor das rendas vincendas ascendiam a 1.730.312 Euros. 22. Garantias Prestadas, Responsabilidades e Outras Contingências Em 30 de Junho de 2002, o Grupo EFACEC tinha assumido responsabilidades perante terceiros que podem ser resumidas como segue:

30.06.2002 31.12.2001

Fianças e Avales ………………………………......................... - 220.972 Letras, outros títulos descontados e outras responsabilidades ... 1.416.966 1.787.477 Garantias e Cauções.............................……………................... 142.725.235 152.076.660

Adicionalmente, a EFACEC Capital, S.G.P.S., emitiu “side letters” garantindo o pagamento de valores não cobertos pela apólice de seguro de crédito num contrato de fornecimento efectuado a um cliente. Em 30 de Junho de 2002, a responsabilidade ascendia a 503.941 Euros. V – Informações Relativas a Políticas Contabilísticas 23. Bases de Preparação, Princípios de Consolidação e Critérios Valorimétricos Adoptados As principais políticas e critérios de contabilidade adoptados na preparação destas demonstrações financeiras, são como segue: Bases de Apresentação As demonstrações financeiras consolidadas foram preparadas de acordo com os princípios de contabilidade geralmente aceites em Portugal. Foram ainda preparadas no pressuposto da continuidade das operações, e com base nos livros e registos das empresas incluídas na consolidação, referidas nas notas 1 a 3. Princípios de Consolidação Investimentos em Subsidiárias (filiais) Investimentos em subsidiárias onde o Grupo tem direitos de voto superiores a 50% ou, sem o ter, exerce, directa ou indirectamente, controlo sobre as operações da empresa, são consolidadas pelo método de integração global (nota 1). A consolidação inicia-se desde a data cujo controlo passou para o Grupo e termina quando este cessa. Este critério não é adoptado quando se tratem de empresas com pouco significado, cuja contribuição para o agregado não é importante. O controlo existe quando o Grupo tem o poder de orientar as políticas financeiras e operacionais da empresa, em ordem a obter os benefícios económicos das suas actividades. Por este método de consolidação, as transações, saldos e fluxos de caixa entre essas empresas foram eliminados, bem como os ganhos não realizados. As perdas não realizadas são igualmente anuladas, salvo se o custo não possa ser recuperado. O valor correspondente à participação dos terceiros nessas empresas, nos capital próprio e nos resultados do exercício, é apresentado no balanço e na demonstração dos resultados na rubrica de “Interesses minoritários”. As diferenças de consolidação, decorrentes da diferença entre o valor contabilístico das partes de capital e o valor da proporção no capital próprio, corrigido para o justo valor dos activos e passivos, que elas representam, reportadas à data da primeira consolidação ou de aquisição, foram registadas na rubrica de “Diferenças de consolidação” (nota 10). Quando necessário, as políticas de contabilidade existentes nestas subsidiárias, poderão ser alteradas de modo a que haja consistência nas políticas do Grupo. Investimentos em Associadas Os investimentos financeiros representando partes de capital em empresas associadas encontram-se valorizados no balanço consolidado pelo método de equivalência patrimonial (nota 18). Estes são investimentos onde o Grupo tem normalmente direitos de voto entre 20% a 50%, ou tem, de outro modo, uma influência significativa na gestão, mas não tem o controlo, como referido acima. Os ganhos não realizados são eliminados até à proporção da participação na associada. As perdas são igualmente eliminadas na mesma proporção, salvo se as perdas possam ser irrecuperáveis. Os investimentos do Grupo em associadas podem incluir um valor de “Trespasse” – Good Will, que pode ser activo, capital próprio ou proveito diferido, de acordo com a nota 18. A aplicação do método de equivalência patrimonial deixa de existir quando o valor contabilístico da participação atinja um montante nulo, salvo se o Grupo tiver assumido o compromisso de compensar as perdas e todas as responsabilidades da empresa associada, momento em que constituirá uma provisão para essas participadas. Os resultados das operações destas empresas associadas são registados na demonstração dos resultados financeiros do Grupo, desde a data em que foi assumida a influência significativa até ao seu desaparecimento. Conversão das Demonstrações Financeiras em Moeda Estrangeira As diferenças de câmbio originadas pela conversão para escudos e depois para Euros das demonstrações financeiras de empresas subsidiárias e associadas expressas em moeda estrangeira, foram incluídas no capital próprio, na rubrica de Outras reservas. A conversão dos activos, passivos, rubricas dos capital próprio e da demonstração dos resultados é efectuada pela aplicação da taxa de câmbio vigente à data do balanço. Para as subsidiárias ou associadas que operem em locais com economias com inflação muito elevada, é feita a conversão de acordo com a Norma Internacional de Contabilidade nº 29, usando índices adequados previamente à conversão para escudos – posteriormente para Euros.

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Critérios Valorimétricos Adoptados a) Imobilizações incorpóreas As imobilizações incorpóreas incluem fundamentalmente despesas de investigação e desenvolvimento assentes no melhoramento contínuo de métodos e técnicas afectos à actividades das diversas empresas do Grupo. Estes custos são capitalizados até ao momento em que exista a expectativa de virem a gerar benefícios económicos futuros. Despesas incorridas na investigação são registadas em custos quando ocorrem. As despesas com desenvolvimento que foram capitalizadas são amortizadas pelo método das quotas constantes durante um período de três anos, com início no momento em que o produto ou técnica desenvolvida produz os benefícios esperados. Estas imobilizações incluem igualmente as diferenças de consolidação geradas em conformidade com as notas 10 e 18, as quais estão a ser amortizadas num período de cinco anos. As despesas com o desenvolvimento e manutenção de programas de software são na generalidade incluídos em custos aquando da sua ocorrência. Contudo, despesas que estão directamente relacionadas com programas de software específico controlados pelo Grupo e existem fortes probabilidades que os seus benefícios ultrapassem um ano, são reconhecidos como imobilizado incorpóreo, bem como outras despesas de desenvolvimento posterior que complementem a aplicação informática. Do mesmo modo, as despesas incorridas com estudos diversos no Grupo são habitualmente registadas em custos do exercício. Porém, as que se referem a estudos e análises referentes à organização e expansão do Grupo, desde que existam fortes probabilidades que os seus benefícios económicos ultrapassem um ano, são imobilizadas e amortizadas no seu período de vida útil, o qual não deverá ultrapassar 5 anos. Quando existem indicações credíveis de que o activo inicialmente considerado como imobilizado incorpóreo sofreu uma desvalorização, incluindo diferenças de consolidação, o valor da mesma é apurado e eliminado até ao seu valor recuperável. b) Imobilizações corpóreas Os Terrenos, onde estão instaladas as fábricas e os escritórios das empresas incluídas na consolidação, a partir do exercício de 1998, estão registados ao valor de mercado, com base em avaliações bienais realizadas por uma entidade independente de avaliadores. De acordo com o plano, durante o exercício de 2000 foi efectuada nova reavaliação dos terrenos. O aumento ou diminuição para o valor actual, quando materialmente relevante, é registado no excedente originado aquando da primeira avaliação e incluído nos capital próprio, em conformidade com a Directriz Contabilística nº 16 – Reavaliação de activos imobilizados tangíveis. Todas as restantes imobilizações corpóreas, são originalmente contabilizadas pelo respectivo valor histórico de aquisição ou de produção. O custo de aquisição ou de produção inclui o preço da factura, despesas de transporte e montagem, diferenças de câmbio e encargos financeiros de empréstimos contraídos especificamente para o investimento e suportados durante o período de construção. Alguns destes bens foram posteriormente reavaliados segundo diplomas legais, de acordo com as disposições referidas na nota 41 (ver também nota 42). As amortizações e reintegrações do imobilizado corpóreo são calculadas segundo o método das quotas constantes por duodécimos sobre o valor de custo ou de reavaliação. As taxas anuais aplicadas reflectem satisfatoriamente a vida útil dos bens, situando-se entre os limites mínimo e máximo indicados no Decreto Regulamentar nº. 2/90, de 12 de Janeiro. O processo de depreciação inicia-se no mês seguinte àquele em que o bem entrou em funcionamento, de acordo com a sua vida útil estimada, como segue:

Rubrica Anos Terrenos - Edifícios e Outras Construções 25 – 50 Equipamento Básico 8 - 12 Equipamento de Transporte 4 – 5 Ferramentas e Utensílios 4 – 8 Equipamento Administrativo 4 – 6

Os ganhos e/ou perdas nas alienações ou abates são determinados pela diferença entre o seu valor líquido contabilístico (activo bruto – amortizações acumuladas) e o seu valor de alienação ou abate, sendo neste último caso nulo. Os resultados são incluídos nos resultados do período. Pela amortização ou venda de bens reavaliados, é calculada a parte da reserva realizada, a qual é sujeita a um registo contabilístico interno separado, uma vez que a sua utilização para incorporação em capital social ou para cobertura de prejuízos passa a ser possível. Quando o valor líquido de um activo registado em imobilizações corpóreas é superior ao seu valor recuperável, por utilização na actividade corrente de cada uma das empresas ou por venda, a diferença é registada em custos do período. Os encargos com reparações e manutenções de natureza corrente são registados como custos no período em que ocorreram. As reparações relacionadas com a substituição de partes de equipamentos quando representem aumentos dos benefícios económicos futuros, são registadas como imobilizações corpóreas e amortizadas de acordo com a sua vida útil esperada. c) Investimentos Financeiros Nas empresas cujas participações são em associadas é seguida a política contabilística referida na nota 18. Os restantes investimentos financeiros estão registados ao mais baixo valor entre o seu custo de aquisição e o seu valor líquido de realização. Este último é calculado tendo por base o valor da proporção no capital próprio e/ou os fluxos de tesouraria previstos que provenham do investimento. d) Locações As empresas do Grupo seguem os critérios preconizados na Directriz Contabilística nº 25 – Locações, tendo presente o principio da substância sob a forma. Na maior parte dos casos, os activos imobilizados adquiridos sob a forma de locação financeira, bem como as correspondentes responsabilidades, são contabilizados pelo método financeiro. De acordo com este método, o custo do bem é registado em imobilizado corpóreo, a responsabilidade assumida com a locadora é registada no passivo em “Fornecedores de Imobilizado”, os juros incluídos nas rendas são levados a resultados financeiros e a amortização do activo a “Amortizações do exercício”, nos resultados operacionais, de acordo com a política estabelecida na nota 23 b). As locações que forem consideradas operacionais, nomeadamente pela inexistência de intenção de ficar com o activo sujeito à locação, entre outras condições previstas naquela directriz, são apenas registadas pelo valor da renda em custos operacionais. e) Existências As existências estão registadas ao mais baixo valor entre o custo e o valor líquido de realização. Este último representa a melhor estimativa de preço de venda no decurso normal da actividade de cada uma das empresas, deduzido dos custos de acabamento e colocação no cliente final. Matérias Primas, Mercadorias e Produtos Acabados estão registados ao custo padrão, apurado de acordo com princípios técnicos e contabilísticos periodicamente revistos. Os materiais adquiridos a terceiros especificamente para a produção em curso são contabilizados pelo respectivo custo de aquisição. Os custos padrões utilizados nas matérias-primas, subsidiárias e de consumo e nas mercadorias consideram-se adequadamente representativos dos respectivos custos reais de aquisição, incluindo despesas de compra. No que respeita aos produtos acabados e semiacabados e

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aos produtos e trabalhos em curso, os custos padrão aplicados reflectem adequadamente os respectivos custos reais directos e indirectos de produção. Na determinação do valor em curso são usadas estimativas relativas aos graus de acabamento e facturação das respectivas obras ou instalações em curso. f) Reconhecimento de Proveitos e Custos nos Contratos Plurianuais O proveito relativo a contratos que ultrapassam um ano é reconhecido de acordo com o método da percentagem de acabamento ou de facturação, dos dois o mais baixo ou o mais fielmente apurado, medido pelas entregas parciais, identificação de segmentos, autos de medição ou outras formas que permitam estimar com fiabilidade os custos a incorrer para que a obra se dê por terminada ou as facturas a emitir para o cliente. Quando não é possível estimar com razoável fiabilidade, os proveitos bem como os custos, são reconhecidos apenas com a entrega do produto, adoptando-se aqui o critério da obra completa. Neste caso, os custos incorridos ficam registados em Existências – Produtos e trabalhos em curso. O reconhecimento pelo grau de facturação e não pelo grau de acabamento, nalguns casos, não produz efeitos substanciais nos proveitos a reconhecer nem, consequentemente, nos resultados apurados. Os custos dos contratos incluem matérias primas e materiais directos, mão de obra directa e também a imputação de custos indirectos, distribuídos de acordo com a especificidade do contrato. Despesas com vendas e administrativas são registadas em custos quando ocorrem. São constituídas provisões para as perdas previsíveis decorrentes da realização do contrato, no período em que elas são determinadas, sendo reconhecidas de imediato nos resultados. Alterações aos contratos ou a estimativas e previsões de custos e/ou proveitos e margens, decorrentes de renegociação das condições com os clientes ou de produtividade interna, são reconhecidos em resultados a partir do período em que ocorrem e atendendo aos graus de acabamento. Nos contratos cujo custo de serviços pós-venda não esteja coberto por seguros específicos, é diferido parte do proveito a reconhecer (2 a 5% do total de proveitos), que só é reconhecido aquando da ocorrência do custo ou no fim do período dado como garantia. Noutros casos, a empresa reconhece provisões para fazer face a eventuais perdas no serviço pós-venda. Quando o grau de acabamento é superior ao grau de facturação, ou existem materiais que não foram ainda objecto de utilização e aplicação na obra ou instalação, o balanço apresenta saldo na rubrica de Produtos e trabalhos em curso, correspondendo no primeiro caso a uma situação de crédito sobre os clientes que não está ainda facturada e, portanto, não reconhecido a margem daí decorrente. Quando ocorre a situação contrária, o grau de facturação é superior ao grau de acabamento, existe um proveito diferido, do lado do passivo, o qual, representa um crédito do cliente perante a obra desenvolvida. g) Dívidas a Receber As contas a receber estão relevadas pelos valores das facturas correspondentes, diminuídas das estimativas feitas para créditos de cobrança duvidosa, tendo por base as análises a facturas vencidas e ainda não cobradas, a antiguidade do crédito e a situação ou natureza do devedor. As dívidas consideradas como incobráveis são eliminadas das contas a receber no período em que forem identificadas. h) Transacções em moeda estrangeira Todos os activos e passivos expressos em moeda estrangeira foram convertidos para euros às taxas de câmbio vigentes à data do balanço. Os activos e passivos em moeda estrangeira cobertos por operações de venda ou compra de moeda a prazo “forwards”, são convertidos inicialmente à taxa de câmbio da data de fecho do período, afectando directamente cada uma das rubricas incluídas no activo ou no passivo, por contrapartida de custos ou proveitos financeiros. Posteriormente, tendo em atenção os câmbios contratados com as instituições financeiras, faz-se nova actualização, surgindo nas demonstrações financeiras um activo ou um passivo sobre a instituição de crédito, tendo por contrapartida custos ou proveitos financeiros, evidenciando o ganho ou a perda potencial resultante da fixação. As vendas e outros custos ou proveitos operacionais para os quais existe fixação de moeda a prazo, indexadas às notas de encomenda ou mesmo às propostas, estão registadas ao câmbio fixado com as instituições financeiras. As transacções em moeda estrangeira são convertidas em euros aos câmbios oficiais vigentes à data da operação. As diferenças de câmbio realizadas no exercício, favoráveis e desfavoráveis, bem como as potenciais apuradas nos saldos existentes na data do balanço, por referência às paridades vigentes nessa data, integram os resultados correntes do exercício. Não foram feitos quaisquer registos nas demonstrações financeiras por respeito à Norma Internacional de Contabilidade nº 39 – Instrumentos Financeiros, apesar de entrar em vigor a partir deste exercício, por haverem dúvidas quanto à sua aplicação atendendo às limitações impostas pelo normativo contabilístico nacional. i) Especialização de Exercícios Os proveitos e custos, relativos a receitas e despesas, são registados de acordo com o princípio do acréscimo ou da especialização de exercício, pelo qual, aqueles são reconhecidos na medida em que são gerados, independentemente do momento em que sejam recebidos ou pagos. As diferenças entre os dois momentos dá origem a um registo nas rubricas de Acréscimos e Diferimentos (nota 53). j) Uso de Estimativas A preparação das demonstrações financeiras consolidadas, em conformidade com os princípios contabilísticos geralmente aceites, requer que os membros da gestão de cada uma das empresas que integram o consolidado, façam estimativas e previsões, os quais afectam os valores dos activos e das responsabilidades expressos no balanço, a apresentação e divulgação de activos e passivos nos relatórios e notas anexas, bem como os proveitos e custos reconhecidos no período. A gestão revê as suas estimativas e pressupostos em todos os períodos e na data do balanço tendo por base a continuidade das operações e segundo a informação que tem disponível. As alterações de factos e circunstâncias podem resultar na revisão das estimativas e os resultados actuais serem diferentes dos estimados. Uma parte significativa das actividades das empresas do Grupo refere-se a contratos de longo prazo. Adicionalmente, alguns produtos e serviços do Grupo são negociados com os clientes envolvendo a constituição de garantias por mais de um ano. A preparação das demonstrações financeiras consolidadas envolve assim o uso de estimativas relacionadas com aquelas actividades, incluindo as que se relacionam com os custos a incorrer para o acabamento da obras e com a manutenção e custos das garantias. O Grupo é assim obrigado a rever e a acompanhar com muita regularidade a informação disponível por forma a que as estimativas sejam o mais realísticas possíveis. k) Complemento de pensões de reforma e invalidez Os complementos de pensões de reforma e invalidez, concedidos facultativamente pela sociedade foram, em conformidade com a Directriz Contabilística nº. 19, objecto de um estudo actuarial da respectiva responsabilidade assumida. Para tal, foi constituída em 1998, uma provisão para riscos e encargos, cuja contrapartida foi levada directamente ao capital próprio. O valor desta provisão vai variando em função da estimativa de pagamentos futuros e dos pagamentos efectuados durante o exercício. l) Subsídios ao Investimento relacionados com Imobilizações Incorpóreas e Corpóreas Os subsídios para aquisição de imobilizado corpóreo e para estudos de desenvolvimento classificados como imobilizado incorpóreo são diferidos no balanço, na rubrica de “Proveitos diferidos”(nota 53), sendo posteriormente reconhecidos como proveitos de acordo com a vida útil dos bens adquiridos ou dos projectos de desenvolvimento, sob a rubrica de "Proveitos e ganhos extraordinários"(nota 45), em conformidade com o Plano Oficial de Contabilidade. m) Imposto sobre o Rendimento e Impostos Diferidos

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A EFACEC Capital, S.G.P.S. optou pelo regime de tributação pelo lucro consolidado a partir do exercício de 1993, actualmente denominado de Regime Especial de Tributação dos Grupos de Sociedades (Artigo 63º do Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas (CIRC). Foram incluídas no perímetro da consolidação fiscal todas as sociedades do Grupo com sede em território nacional e sujeitas ao regime geral do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas (IRC), nas quais a participação directa ou indirecta é superior a 90%, de acordo com a legislação aplicável. O imposto sobre o rendimento consolidado é determinado a partir da matéria colectável consolidada do conjunto de empresas acima descrito, e da matéria colectável de cada uma das restantes filiais consideradas isoladamente, nomeadamente as externas. Os impostos diferidos são calculados para cada uma das entidades quando existam diferenças temporárias entre os valores considerados para efeitos fiscais e os montantes relevados na contabilidade em activo ou passivo, custos ou proveitos. O imposto diferido passivo representa impostos a pagar no futuro, dependendo a sua realização do valor na contabilidade que o originou. O imposto diferido activo é reconhecido no activo não corrente e representa um crédito de imposto futuro, cuja realização dependerá igualmente da realização do valor no balanço e/ou na demonstração dos resultados que originou a existência deste imposto diferido. Alterações do valor de imposto diferido decorrente de alterações nas taxas de IRC são reconhecidas nos resultados no momento em que ocorrem. Impostos diferidos provenientes de diferenças temporárias relacionadas com investimentos em subsidiárias e associadas são registados, excepto se a reversão da diferença temporária for controlada e não seja provável que a reversão se dê num futuro previsível. As principais diferenças temporárias no Grupo resultam de provisões para reestruturação e outras cujo encargo deductível não é considerado no momento em que o custo é registado nas demonstrações financeiras, as quais só quando se materializarem os respectivos custos e as perdas fiscais reportáveis serão consideradas para efeitos fiscais (nota 46). A taxa de imposto que tem servido de base à determinação dos impostos diferidos é a prevista na legislação actual – 30%, acrescida da derrama – 3%. De acordo com a Norma Internacional de Contabilidade nº 12 (Revista), e por força da Directriz Contabilística nº 18, de 18 de Dezembro de 1996, e mais recentemente da Directriz Contabilística nº 28 – Impostos sobre o Rendimento, que só se torna efectiva a partir de 1 de Janeiro de 2002, são reconhecidos impostos diferidos activos e passivos sempre que os respectivos efeitos sejam significativos para a melhoria da imagem verdadeira e apropriada das demonstrações financeiras da entidade. n) Provisões As provisões são reconhecidas quando o Grupo tem um compromisso legal ou decorrente de uma decisão formal de gestão, relacionada com eventos passados, seja provável que venha a resultar num despender de recursos para cumprir esse compromisso, e a estimativa possa ser calculada com razoável fiabilidade. Provisões para reestruturação, incluindo indemnizações a pagar ao pessoal, perdas com a desactivação ou alienação de imobilizado corpóreo, e outras que sejam previsíveis são reconhecidas no período em que o Grupo passa a assumir o compromisso ou exista uma grande probabilidade de um exfluxo de recursos incorporando benefícios económicos seja exigido para liquidar a obrigação e possa ser feita uma estimativa fiável da quantia da obrigação. O seu reconhecimento no exercício pressupõe um grau de irreversibilidade elevado, incluindo a existência de um plano formal que identifique o negócio ou parte dele, as localizações, as funções e os números de empregados que serão retribuídos por terminarem os seus serviços, os dispêndios que serão suportados e a data em que o plano irá ser implementado. São igualmente realizadas provisões sempre que no decorrer de uma obra plurianual se estime com algum grau de fiabilidade uma perda potencial para o final dessa obra. A provisão é feita pelo valor total da perda e de imediato em resultados, independentemente do grau de acabamento da mesma. o) Facturação e Adiantamentos de Clientes Nas actividades correntes de produção e venda de produtos ou prestação de serviços a curto prazo, as facturas emitidas pela empresa são registadas em proveitos operacionais – Vendas ou Prestações de serviços. Quando se tratam de facturas emitidas por respeito a facturações parciais previstas nos contratos de longa duração, como não representam obrigatoriamente os proveitos respectivos a reconhecer (nota 23 f)), são relevadas em Proveitos diferidos. Os adiantamentos dos clientes relacionados com fornecimentos futuros são reconhecidos na rubrica de “Adiantamentos de clientes” no passivo corrente, traduzindo uma fase inicial da obra (com a adjudicação p.e.), cujos custos incorridos são poucos ou mesmo inexistentes e/ou quando respeitam a recebimentos efectivos dos clientes. O montante é posteriormente regularizado de acordo com o referido no parágrafo anterior. p) Cobertura de Riscos Financeiros e Cambiais O Grupo opera internacionalmente dando origem a exposições de mercado, alterações de taxas de juro e taxas de câmbio. Alguns instrumentos financeiros são usados pelo Grupo para reduzir estes riscos. Porém, o Grupo não utiliza qualquer tipo de instrumentos financeiros que não sejam para se assegurar de riscos do seu negócio e actividades (“hedging purposes”). Nas Vendas e Prestações de serviços, o Grupo tem realizado operações significativas com países fora da zona Euro, nomeadamente em divisas como os Dólares Americanos (USD) e as Libras Inglesas (GBP). As empresas do Grupo tem vindo a proceder a uma gestão cuidada da cobertura cambial tendo presente a margem operacional dos negócios, desde a data da proposta, em alguns casos, ou da encomenda noutros casos (quando a proposta é mais duvidosa), até às vendas ou facturações parciais. Deste modo, não só os valores registados no activo ou no passivo no balanço estão na sua maioria cobertos por estas fixações a prazo, mas também as vendas futuras, indexadas às propostas (considerando uma margem aceitável de sucesso) e às notas de encomenda. Surge assim uma cobertura que pode decorrer durante vários anos, enquanto o projecto ou instalação estiver a decorrer, dada a plurianuidade das obras realizadas pelo Grupo ou pelas empresas individuais. O tratamento dado a estes “forwards”, como referido acima (alínea h), não segue o previsto na Norma Internacional de Contabilidade nº 39 – Instrumentos Financeiros, dadas as dúvidas ainda não esclarecidas pela Comissão de Normalização Contabilística quanto à sua aplicação no normativo nacional. Segundo esta norma, se forem satisfeitas as condições que suportam instrumentos de cobertura, a porção do ganho ou perda do instrumento de cobertura, deve ser reconhecida directamente no capital próprio. Caso não se traduza em instrumento de cobertura, a parte de ganho ou perda é imediatamente reconhecida nos resultados do período. Por falta de normalização e informação completa e rigorosa nesta matéria contabilística, a contrapartida do passivo, no caso em que sejam admitidas perdas futuras, é a de Provisões para outros riscos e encargos. No momento em que o ganho ou perda se realizar, será feita a regularização da provisão (no caso de perda) ou activo (no caso de ganho), afectando directamente o capital próprio, não tendo qualquer efeito em resultados. A análise será feita no final de cada período, sendo acertada a provisão ou activo correspondente. Uma vez que não foi realizado qualquer registo contabilístico para o tratamento destes “forwards” apenas estão divulgadas as situações de compromisso assumido (nota 21), sendo destacada a diferença, consubstanciada num custo de oportunidade, entre duas situações: a taxa de câmbio fixada e a taxa do dia 30 de Junho de 2002 e os recebimentos previstos e as responsabilidades já registadas nas empresas. q) Resultados por Acção Estes resultados obtêm-se pela divisão dos resultados líquidos do período (deduzidos dos correspondentes às acções preferenciais) pelo número médio ponderado de acções ordinárias em circulação durante o mesmo período. r) Activos e Passivos contingentes Os activos contingentes surgem normalmente de eventos não planeados ou outros esperados que darão origem à possibilidade de um influxo de benefícios económicos para a empresa. A empresa não reconhece activos contingentes nas suas demonstrações mas apenas procede à sua divulgação se considerar que os benefícios económicos que daí poderão resultar para a empresa forem prováveis. Quando a realização do proveito for virtualmente certa, então o activo não é contingente e o reconhecimento é apropriado.

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Os passivos contingentes são reconhecidos quando a entidade está conjunta e severamente comprometida a uma obrigação que se espera seja satisfeita. É reconhecida uma provisão pela parte da obrigação em que seja provável um exfluxo de recursos incorporando benefícios económicos, excepto nas circunstâncias raras em que nenhuma estimativa fiável possa ser calculada. 24. Cotações Utilizadas para a Conversão em Euros das Principais Moedas Estrangeiras Na consolidação das sociedades do Grupo sediadas no estrangeiro, os valores constantes das demonstrações financeiras relativos a activos e passivos e incluídos na demonstração de resultados, foram convertidos para Euro pela aplicação de taxas de câmbio em 30 de Junho de 2002 como segue:

30.06.02 31.12.01 30.06.01 Para uma unidade monetária – Euro Fecho Fecho Fecho Dólares Americanos (USD) 0,997 0,883 0,848 Macau - Pataca (MOP) (a) - 7,092 6,808 Rep. Checa - Coroa (CZK) 29,239 31,924 33,808 Tunísia – Dinar (TND) 1,365 1,298 1,276 Brasil – Real (BRL) 2,816 2,051 1,963

(a) Como referido nas notas 2 e 14, por decisão do Conselho de Administração, a partir de 1 de Outubro de 2001 a EFACEC Oriente, empresa detida a 100%, deixou de fazer parte do consolidado integral da EFACEC para ficar registada apenas como Parte de capital em empresas do grupo. VI – Informações Relativas a Determinadas Rubricas 25. Comentário às rubricas de Despesas de Instalação, Despesas de Investigação e Desenvolvimento e Imobilizações Incorpóreas em Curso As despesas de instalação referem-se fundamentalmente a despesas com aumentos de capital, emissão de obrigações e com a organização e expansão das empresas do Grupo. As despesas de investigação e desenvolvimento referem-se essencialmente a gastos relacionados com o estudo e desenvolvimento de novos produtos que são capitalizados em conformidade com a política referida na nota 23 a). As imobilizações incorpóreas em curso, respeitam em grande parte a despesas com desenvolvimento de produtos e técnicas e estudos no âmbito da organização e expansão do Grupo, as quais não estão ainda terminadas nem representam para já benefícios económicos. A natureza das imobilizações incorpóreas mais importantes, em 30 de Junho de 2002, pode ser apresentada do seguinte modo:

Valor Bruto

Amortizações Acumuladas

Valor Líquido

Despesas de Instalação: Licenças e estudos na instalação de Software 518.962 405.890 113.072 Análise estratégica à organização e expansão do Grupo 548.678 246.021 302.657 Aumentos de capital e empréstimos obrigacionista na EFACEC Capital 1.935.909 1.935.909 - Estudos de organização e expansão 3.058.160 2.939.428 118.732 6.061.709 5.527.248 534.461 Despesas de Investigação e Desenvolvimento: Projecto Atlantis na área das telecomunicações 3.148.562 3.148.562 - Projecto SARA – Solução Avançada para Redes de Acesso 1.659.625 1.341.205 318.420 Desenvolvimento de produtos na área das telecomunicações 3.618.026 1.520.693 2.097.333 Projectos na área da electrónica, centros de comando e redes digitais 6.290.530 5.164.267 1.126.263 Projectos de desenvolvimento na área de energia 12.752.088 11.022.479 1.729.609 Projectos na área da robotização e armazéns automáticos 2.412.800 2.012.650 400.150 Outros 3.508.175 3.508.175 - 33.389.806 27.718.031 5.671.775 Imobilizações Incorpóreas em Curso: Desenvolvimento de produtos na área das telecomunicações 648.816 - 648.816 Desenvolvimento de sistemas e produtos na energia 904.503 - 904.503 Desenvolvimento de automação de armazéns 191.851 - 191.851 Desenvolvimento na área da electrónica 835.073 - 835.073 Outros 222.893 - 222.893 2.803.136 - 2.803.136

Para os investimentos incorpóreos em despesas de investigação e desenvolvimento é possível identificar em cada uma das empresas do Grupo a viabilidade económica de cada um dos projectos. Grande parte dos projectos incorpóreos têm vindo a ter associados recebimentos de subsídios a fundo perdido os quais estão evidenciados na nota 53.

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27. Movimentos ocorridos nas Rubricas de Activo Imobilizado e Amortizações Durante o período findo em 30 de Junho de 2002, os movimentos ocorridos nas rubricas de imobilizado incorpóreo, corpóreo e investimentos financeiros, assim como nas correspondentes amortizações, estão apresentados nos quadros seguintes e comentados nas situações consideradas mais importantes.

Activo Bruto

Rubricas

Saldo Inicial

Aumentos Alienações

Transferências e

Abates

Saldo Final Imobilizações incorpóreas (nota 25): Despesas de instalação 6.062.280 - - (571) 6.061.709 Despesas de investigação e desenvolvimento 33.370.931 18.875 - - 33.389.806 Propriedade Industrial e outros direitos 381.850 105.380 - - 487.230 Imobilizações em curso 1.019.837 1.889.202 - (105.903) 2.803.136 Diferenças de consolidação (nota 10) (a) 522.945 - - - 522.945 41.357.843 2.013.457 - (106.474) 43.264.826 Imobilizações corpóreas: Terrenos e recursos naturais (nota 41) (h) 22.636.057 - - (2) 22.636.055 Edifícios e outras construções 61.757.923 63.915 - (2.267) 61.819.571 Equipamento básico 45.460.590 256.774 774.782 (7.749) 44.934.833 Equipamento de transporte 8.202.188 - 79.387 (35.576) 8.087.224 Ferramentas e utensílios 4.369.509 29.463 - (3.426) 4.395.547 Equipamento administrativo 13.988.363 173.717 - (3.923) 14.158.158 Imobilizações em curso 1.055.991 1.276.992 - (101.587) 2.231.395 157.470.621 1.800.862 854.169 (154.531) 158.262.783 Investimentos financeiros: Partes de capital em empresas do Grupo (b) 7.161.690 114.990 - - 7.276.680 Empréstimos a empresas do grupo (c) 386.144 1.361.649 - - 1.747.793 Partes capital em empresas associadas (d) 5.991.755 52 - 2.431 5.994.238 Empréstimos a empresas associadas 112.448 - - - 112.448 Partes capital em empresas participadas (e) 3.476.684 - - - 3.476.684 Empréstimos a empresas participadas 371.604 - - - 371.604 Títulos e outras aplicações financeiras (nota 6) (f) 701.839 - - (945) 700.894 18.202.173 1.476.691 1.486 19.680.341

Os movimentos ocorridos nas amortizações e provisões podem ser vistos como segue:

Amortizações e Provisões

Rubricas

Saldo Inicial

Reforço Transferências e

Regularizações

Saldo Final Imobilizações incorpóreas: Despesas de instalação 5.222.479 304.769 - 5.527.248

Despesas de investigação e desenvolvimento 24.957.143 2.760.888 - 27.718.031 Propriedade Industrial e outros direitos 348.505 18.892 998 368.395

Diferenças de consolidação (a) 104.588 52.295 - 156.883 30.632.715 3.136.845 998 33.770.558 Imobilizações corpóreas: Edifícios e outras construções 36.007.906 1.043.324 (467) 37.050.763 Equipamento básico 31.266.190 1.402.295 (775.755) 31.892.728 Equipamento de transporte 6.424.068 282.913 (95.276) 6.611.706 Ferramentas e utensílios 3.748.466 104.816 (2.987) 3.850.295 Equipamento administrativo 10.555.681 673.818 (265) 11.229.234 88.002.309 3.507.168 (874.751) 90.634.726 Provisões para investimentos financeiros (g) 8.519.413 - - 8.519.413

(a) Esta diferença de consolidação diz respeito ao goodwill relativo à aquisição 49,4% da ENT – Empresa Nacional de Telecomunicações, SA (21,2% em Dezembro de 2000 e mais 28% em 2001) (nota 10);

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(b) Os movimentos verificados nas Partes de capital em empresas do grupo não integradas podem ser assim justificados:

Partes de capital em empresas do Grupo: 31.12.01 Movimentos 30.06.02 EFACEC AMT - (1) (nota 2) 0 50.000 50.000 EFACEC DT - (1) (nota 2) 0 50.000 50.000 SVEP - (nota 2) 0 15.000 15.000 EFACEC Sistemas Brasil 40.482 - 40.482 EFACEC Colômbia, S.A. 56.205 - 56.205 EFACEC Sistemas Venezuela, C.A. 198.756 - 198.756 MSEG – Sistemas de Segurança, Lda. 2.684 - 2.684 EFACEC Oriente, Lda. (nota 2) 5.988.952 - 5.988.952 EFACEC Angola, Lda. (nota 2) (2) 16.400 - 16.400 EFACEC Malaysia, SDN. BHD. (3) 858.212 (10) 858.212 7.161.690 114.990 7.276.680

(1) Estas empresas foram criadas no decorrer de 2002 estando em curso o destaque da actividade de duas divisões da EFACEC Energia – Máquinas e Equipamentos Eléctricos, S.A. para estas empresas; (2) A não integração das contas desta empresa do grupo deveu-se ao facto da falta de fiabilidade nas contas desta associada e da sua imaterialidade na análise das demonstrações financeiras do grupo; (3) A EFACEC Capital, através da EFACEC International Financing, SGPS, tem subscrito um capital representativo de 60% da EFACEC Malaysia, tendo directamente mais 1%. A realização da percentagem subscrita tem vindo a ser feita por tranches. Foi aplicado o Método de Equivalência Patrimonial pela primeira vez em 2001. O movimento do semestre As principais sociedades incluídas em Partes de capital em empresas do grupo mostravam a seguinte decomposição (não consolidados):

Participação no Capital

Investimento

Activos

Capital Próprio

Proveitos totais

Resultado Liquido

%

Montante

Valor na Contabilidade

EFACEC Oriente (30.06.02) * (a) 12.168.505 (913.702) 1.717.202 (505.050) 100 (913.702) (a) - EFACEC Angola (31.12.01) * 1.496.114 16.181 1.061.871 22.975 100 16.181 16.400 EFACEC Malaysia (31.12.01) *(b) 1.725.063 1.406.891 0 (13) 61 858.204 858.204

* Contas disponíveis não auditadas.

(a) Esta participação foi totalmente provisionada a partir de Outubro de 2001 (notas 2 e 14). (b) Como referido na nota 2, trata-se de uma empresa que detém apenas uma participação na Sesco EFACEC.

(c) Esta rubrica inclui um empréstimo à EFACEC Angola (386.146 euros) que já transita do exercício anterior e que não foi objecto de integração no consolidado por não ter sido considerada importante na leitura das demonstrações financeiras (nota 2), assim como empréstimos concedidos à Efacec – Oriente, não integrada conforme nota 2, decorrentes nomeadamente da transferência em 2002 para a Efacec Capital de empréstimos obtidos por esta filial no Finibanco (conta caucionada, créditos à importação e créditos documentários). (d) Os movimentos verificados nas Partes de capital em empresas associadas podem ser assim justificados:

Partes de capital em empresas associadas: 31.12.01 Movimentos 30.06.02 NORMED – Mediação Téc. de Seguros Industriais, S.A. 10.210 14.720 24.931 Liaoyang EFACEC Electrical Equipment Co. (1) 2.258.442 - 2.258.442 EFACEC (Thailand), Lda. 10.874 - 10.874 BAUEN, S.A. 341.282 - 341.282 Godrej EFACEC Automation & Robotics 217.895 (20.742) 197.154 Águas da Figueira, S.A. (2) 571.977 11.917 583.894 Sesco EFACEC SDN. BHD. (3) 527.180 (77.898) 449.283 EFACEC Moçambique, Lda. 118.927 - 118.927 Seflor- Sociedade de Energia Florestal (4) 235.996 161.790 397.786 EID – Empresa de Investigação e Desenvolvimento, S.A. (5) 1.698.970 (87.360) 1.611.610 Sadicec – Máquinas Têxteis, SA (nota 3) - - - Outras - 54 54 5.991.755 2.483 5.994.238 Provisão (1) (nota 46) (2.259.554) - (2.259.554) 3.732.201 2.483 3.734.683

(1) Durante o primeiro semestre de 2000 o capital desta empresa foi aumentado, passando a sociedade a ser detida em 22,58% e assumindo no

balanço a condição de empresa associada. Porém, e dadas as restrições às transferências de fundos da China, foi decidido não aplicar o método de equivalência patrimonial, estando assim apresentada ao seu custo de aquisição. Esta participação encontra-se ainda totalmente provisionada;

(2) A diferença face a Dezembro de 2001 resultou da apropriação dos resultados do semestre (22.874 euros) e o restante de outras variações de capital próprio;

(3) Esta sociedade é detida pelo Grupo EFACEC em 20,2%, sendo parte detida directamente pela EFACEC Energia – 12,2% e o restante indirectamente pela EFACEC Capital (via EFACEC Malaysia que é controlada pela EFACEC International Financing, S.G.P.S.). Esta sociedade está em fase de investimento e expansão esperando-se que nos próximos anos venha a constituir um importante veículo para o crescimento da actividade global do Grupo EFACEC na Malásia, onde é igualmente detida a EFACEC Malaysia, referida no quadro anterior, que serve de sociedade financeira veículo para os investimentos financeiros. O método de equivalência patrimonial foi aplicado pela primeira vez em 2001. O movimento do semestre decorre de variações cambiais e variações de capitais próprios;

(4) O movimento do semestre decorre da aplicação do Método de Equivalência Patrimonial, apropriação do resultado positivo do semestre (211.617 euros) e outras variações de capitais próprios;

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(5) Esta sociedade passou a associada durante o exercício de 2000, após a aquisição de mais percentagem de capital, passando o Grupo a deter 25,1%. Foi aplicado o método de equivalência patrimonial tendo gerado um bad will (nota 10). Durante este semestre foi apurado um resultado negativo de 87.360 Euros. A Administração prevê aumentos nas vendas e nos resultados futuros.

Em 30 de Junho de 2002, as principais sociedades incluídas em Partes de capital em empresas associadas mostravam a seguinte decomposição:

Participação no Capital

Investimento

Activos

Capital Próprio

Proveitos totais

Resultado Liquido

%

Montante

Valor na Conta.

EID Emp. Inv. e Des. (a) (c) 20.364.576 6.420.756 6.241.296 (348.041) 25,10 1.698.970 1.698.970 Liaoyang EFACEC E.E. (a) (b) 31.689.992 5.959.278 *7.494.079 (4.355.094) 22,58 1.345.607 - Bauen, SA (a) (b) 2.773.805* 1.137.608* -* 42.123* 30,00 341.283* 341.281

* informação não disponível

(a) contas não auditadas. (b) Informação relativa a 31 de Dezembro de 2000. (c) A actividade da empresa passa quase exclusivamente pela realização de projectos de investigação e desenvolvimento ligados à electrónica,

sendo neste momento credível a viabilidade global desses projectos, pelo que o Conselho de Administração não admite perdas significativas inerentes a esses processos.

(e) As Partes de capital em outras empresas participadas tiveram a seguinte evolução:

30.06.2002 31.12.2001 Partes de capital em empresas participadas: Valor da

Participação Variação Valor da

Participação Biorope, Soc. Europeia de Biotecnologia, S.A. 195.604 - 195.604 Portugália – Comp. Port. Transportes Aéreos, S.A. 99.760 - 99.760 Águas da Costa de Cascais, S.A 534.550 (7) 534.557 Portugal Space – Tecn. Serv. Espaciais, S.A. 325.002 - 325.002 Oni Way – Infocomunicações, S.A. (nota 6)(a) 2.299.498 - 2.299.498 Outras 22.271 - 22.271 3.476.684 (7) 3.476.691 Provisão (274.284) - (274.284) 3.202.400 (7) 3.202.407

(a) Durante o primeiro semestre de 2001, foi feito um aumento de capital, subscrito pela EFACEC Capital, no valor de 1.000.000 Euros. No mesmo período foram igualmente realizadas prestações acessórias, no montante de 399.500 Euros. Este montante, ficará consignado à sua conversão em capital, no âmbito de um aumento de capital futuro já decidido pelos accionistas, mediante a emissão de novas acções. No segundo semestre de 2001 foi realizado mais um aumento de capital no valor de 900.000 Euros. No final do semestre estão subscritas 3.000.000 acções no valor de 1 Euro cada, faltando realizar o valor correspondente a 1.100.000 acções. No valor da participação, para além do valor realizado no montante de 1.900.000 Euros, está incluído o valor das prestações acessórias 399.500 Euros.

(f) O valor incluído em Títulos e outras aplicações financeiras respeita a edifícios não afectos à actividade da empresa. Estão registados ao valor de aquisição. (g) As Provisões para investimentos financeiros reflectem a provisão criada neste exercício para a EFACEC Oriente, pelas razões apontadas em (a) e nota 2. (h) Em 30 de Junho de 2002, o valor dos Terrenos, inclui a avaliação independente realizada nos exercícios de 1998 e 1999, a qual, provocou um aumento no montante de 15.916.875 Euros. No final de 2000, foi realizada nova reavaliação aos terrenos por uma entidade independente (nota 41), tendo aumentado aquele excedente em 2.284.494 Euros. 36. Distribuição das Vendas e Prestação de Serviços por Actividades e Mercados Geográficos O Grupo tem vindo a fazer a gestão das várias empresas tendo em atenção o sector de actividade em que se insere. A composição de cada um dos sectores, referidos no inicio das Notas, pode variar com o tempo, podendo, inclusivamente, alterar a forma como o Grupo se posiciona em cada um desses sectores ou actividades e como mede a rentabilidade e o interesse em cada um deles. Segmento de negócio Segmento de negócio é um componente distinguível do Grupo, comprometido em fornecer um produto ou serviço individual, e que está sujeito a riscos e retornos diferentes dos de outros segmentos de negócio. Segmento geográfico Segmento geográfico é uma área individualizada do Grupo comprometida em prover produtos ou serviços dentro de um ambiente económico particular e que está sujeita a riscos e retornos que são diferentes de outras áreas que operam em outros ambientes económicos. Reporte por segmentos de actividade A informação por segmentos é apresentada em relação aos segmentos geográfico e de negócio do Grupo. Os resultados, activos e passivos de cada segmento correspondem àqueles que lhes são directamente atribuíveis assim como os que numa base razoável lhes podem ser atribuídos.

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Nos semestres de 2002 e 2001, a informação não consolidada por actividades ou segmentos, pode ser vista como segue:

Serviços de Gestão (a)

Energia

Engenharia e Serviços

Electrónica Telecomun.

Automação e Robótica

Outros (b) (c)

Consolidação Total

01.01.02 a 30.06.02 Vendas Líquidas - 41.935.450 40.915.415 38.124.546 4.187.840 3.085.030 (25.599.856) 102.648.425 Prestação de Serviços

2.663.082 2.220.066 5.070.289 - - 652.808 (2.984.207) 7.622.039

2.663.082 44.155.516 45.985.704 38.124.546 4.187.840 3.737.839 (28.584.063) 110.270.465 Result. Operacional 1.253.052 726.112 824.931 1.382.085 (274.743) (200.145) 3.711.293 3.504.639 Resultado Líquido (267.349) (1.221.390) 696.045 1.640.663 (583.983) (279.483) 1.350.183 1.334.687 Investimentos Brutos 528.431 1.304.892 299.276 1.475.629 309.786 (1.819.829) - 3.929.319 Activo Líquido 114.640.381 84.106.521 95.967.643 66.600.057 14.263.712 56.951.771 (172.690.673) 259.839.413 Passivo 64.930.725 58.564.656 67.828.963 45.172.383 13.468.196 34.631.175 (77.177.505) 207.418.599 01.01.01 a 30.06.01 Vendas Líquidas - 41.906.031 27.528.372 28.287.382 6.724.878 3.989.261 (16.862.312) 91.573.613 Prestação de Serviços

3.100.054 2.811.734 4.886.883 987.360 - 614.788 (4.287.757) 8.113.063

3.100.054 44.717.765 32.415.254 29.274.742 6.724.878 4.604.049 (21.150.068) 99.686.675 Result. Operacional (235.792) (5.221.631) (1.548.219) (108.464) (1.270.334) 176.070 717.865 (7.490.503) Resultado Líquido (1.723.272) (7.632.760) (1.240.715) 585.539 (108.967) 38.023 (4.472.541) (14.554.693) Investimentos Brutos 1.739.318 1.231.597 143.608 1.115.711 129.593 (2.810.427) - 4.599.156 Activo Líquido 135.883.596 115.320.278 73.234.375 55.996.055 15.396.564 39.593.489 (167.809.544) 267.614.813 Passivo 57.781.382 90.396.120 48.327.063 38.936.763 9.855.328 19.735.925 (63.907.283) 201.125.297

(a) Este valor acaba por ser na sua maioria repartido pelas várias empresas do Grupo, e inclui os serviços de consolidação, jurídicos, fiscais, financeiros, administração e outros serviços gerais de gestão das participações.

(b) A EFACEC Oriente foi aqui incluída apenas em Junho de 2001. Os efeitos em termos de activo, passivo, proveitos e custos encontram-se referidos na nota 14. (c) O resultado líquido de 2001 inclui a filial EFACEC Sistemas de Informação que, durante esse período alienou a actividade de gestão documental, tendo gerado um

proveito adicional de 1.077.403 Euros. Nos mesmos períodos, a informação geográfica reparte-se do seguinte modo:

Portugal Resto Europa. Ext. Oriente Méd. Oriente África América Lat. Outros (a) Total 01.01.02 a 30.06.02 Vendas + Pres.de Serviços 66.292.151 10.605.453 6.849.544 26.722 6.804.487 13.277.367 6.441.462 110.270.464 01.01.01 a 30.06.01 Vendas + Pres.de Serviços 55.565.986 8.588.497 7.144.646 3.186.934 9.218.314 10.922.207 2.060.090 99.686.675

(a) Essencialmente América do Norte Nota: Ver as notas (b) e (c) acima, com reflexos na actividade comparativa entre 2001 e 2000. 37. Efeitos da Utilização de Critérios de Valorimetria de Base Fiscal ou não previstos nas Normas de Consolidação Como referido nos critérios valorimétricos, notas 23 e) e f), o Grupo tem vindo a registar os seus proveitos e as margens decorrentes das obras de carácter plurianual, tendo por base genérica os critérios protagonizados na Circular 5/90, emanada da Direcção Geral de Contribuição e Impostos, a qual prevê o registo dos proveitos de acordo com a comparação entre os graus de facturação e graus de acabamento, sendo o registo feito na maioria dos casos pelo mais baixo dos dois. Por outro lado, os custos decorrentes da progressão das obras que ainda não foram sujeitos a qualquer reconhecimento de margem estão apresentados em Existências – Produtos e trabalhos em curso, valorizados ao preço de custo. De acordo com os critérios contabilísticos geralmente aceites, nomeadamente a Directriz Contabilística nº 3 – Tratamento contabilístico dos contratos de construção e o parágrafo 5.3.17. do Plano Oficial de Contabilidade, é previsto que nas actividades de carácter plurianual, os produtos e trabalhos em curso sejam valorizados, no fim do exercício de 2002, pelo método da percentagem de acabamento ou, alternativamente, mediante a manutenção dos respectivos custos até ao acabamento. A não utilização dos critérios adequados não terá efeitos significativos em resultados mas apenas na apresentação do Balanço. 38. Diferenças entre Impostos imputados ao Exercício ou a Exercícios Anteriores e pagos ou a pagar Em virtude da adopção da Norma Internacional de Contabilidade nº 12 (Revista), no exercício de 1998, o Grupo passou a relevar nas suas demonstrações financeiras, quando relevante para a sua compreensão, os impostos diferidos (nota 23 m)). Deste modo, independentemente do momento do pagamento ou liquidação do imposto, desde que ocorra o facto gerador, e quando reversível, ele é registado nas demonstrações financeiras da empresa, ou, neste caso, do Grupo. O saldo dos impostos diferidos no grupo EFACEC pode ser analisado como segue:

Descrição Montante Provisão para Imobilizações Corpóreas 356.400 Desvalorização de Incorpóreo 409.404 Provisões para investimentos financeiros:

Empresas associadas: Liaoyang EFACEC, Elect. E Co (1) 795.582 Empresas do grupo: EFACEC Oriente (2) 1.975.240 Empresas participadas: Biorope 88.886

Provisões para perdas potenciais em obras em curso 1.574.976 Provisões para Outros Devedores:

Liaoyang EFACEC, Elect. E Co 1.616.405 Sadicec 52.673

Provisões para clientes 593.663 Provisões para montantes a receber de companhias de seguros 658.512 Provisões para depreciação de existências 115.286 Provisões para penalidades 327.199 Provisões para diferenças cambiais (3) 728.145 Provisões para garantias 93.390 Outras provisões 16.500 9.402.262 Prejuízos fiscais reportáveis (4) 5.055.739 14.458.001

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(1) A provisão relativa à participação na Liaoyang EFACEC, Elect. E Co no valor de 2.259.554 euros foi registada em Capital Próprio, assim como o respectivo imposto diferido activo de 795.582 euros, sendo o valor líquido registado de 1.463.972 euros;

(2) A depreciação para a participação detida na EFACEC Oriente (notas 2 e 46), constituída em 2001 no montante de 5.985.575 euros foi registada directamente em Capital Próprio. O respectivo imposto diferido activo no montante de 1.975.240 euros foi igualmente relevado em Capital Próprio;

(3) O valor correspondente a uma verba da EFACEC Engenharia relativa a diferenças cambiais, no valor de 329.207 euros, cujos impostos diferidos ascenderam a 114.724 euros, foi igualmente registado em Capital Próprio

(4) Este montante corresponde aos prejuízos fiscais que a empresa considera puder vir a recuperar nos próximos anos.

O apuramento deste imposto diferido surge dado que o grupo não contará com estas provisões para efeitos fiscais nestes exercícios mas apenas nos próximos, quando os custos ou despesas efectivas forem evidenciados nas contas da sociedade. Deste modo, quando os custos decorrentes das provisões agora efectuadas se tornar definitivos nas contas das empresas, os impostos diferidos activos serão regularizados, aumentando o valor da estimativa para o Imposto sobre o Rendimento (i.e. tornando-a mais negativa). Todos os impostos diferidos activos registados têm por base uma taxa de imposto de 33%, com excepção do montante relativo à provisão constituída para a Liaoyang EFACEC, Elect. E Co, calculda com base numa taxa de 35,2%. Os movimentos ocorridos durante o primeiro semestre de 2002 são os seguintes:

Descrição: Valor

Impostos Diferidos – Activo ( nota 53)

Valor proveniente de 31 de Dezembro de 2001 15.310.701

Utilização de Provisão para operações de cobertura cambial 317.723

Utilização de Provisão para operações de reestruturação 493.809

Utilização de Provisões para desvios negativos em obras 75.832

Utilização de outras provisões 34.664

Impostos diferidos activos em 30 de Junho de 2002 (quadro anterior) 14.458.001 A regularização dos impostos diferidos activos do semestre ascendem assim a 852.700 euros e encontram-se reflectidos em linha própria na demonstração dos resultados consolidados. Na regularização do imposto diferido activo está igualmente inerente a condição de benefício económico como em qualquer outro activo. O facto do grupo apresentar resultados económicos e fiscais negativos, implicou em 2001 a não utilização de qualquer montante de imposto diferido, devendo ser este regularizado nas seguintes situações: o grupo passar a resultados positivos, sendo o imposto diferido activo usado como reporte fiscal, a utilização das provisões criadas não aceites fiscalmente no passado e/ou a estimativa de resultados futuros não permitir a utilização integral do activo por imposto diferido nas demonstrações financeiras, sendo regularizado até esse limite. Logo que as empresas que compõe o grupo passem a reflectir nas suas contas resultados positivos, ainda que não constituam qualquer estimativa para pagamento de IRC, por usar a faculdade do reporte fiscal derivado dos prejuízos fiscais entretanto constituídos, serão proporcionalmente regularizados os impostos diferidos, que ficam assim sujeitos à utilização dos reportes de prejuízos e das provisões constituídas. No final deste semestre, existem nas contas do Grupo EFACEC 14.458.001 Euros de impostos diferidos activos os quais, vão influenciar o montante de estimativa para Imposto sobre Rendimento registada na Demonstração dos Resultados futura, através de uma compensação do valor a decrescer na matéria colectável de cada um dos exercícios seguintes, não afectando porém os encargos a pagar de imposto sobre o rendimento mas sim a apresentação e a especialização económica dos resultados. De salientar que aquele activo pressupõe a realização de proveitos futuros que impliquem uma matéria colectável de pelo menos 43.812.124 Euros (14.358.001 Euros/33%). Foi utilizada a taxa de IRC planeada para o ano em curso. Alterações de taxas de imposto deverão afectar os resultados em que ocorrerem. Pela análise dos planos de actividades o Conselho de Administração assume ser possível atingir aqueles resultados no período de máximo de 6 anos, limite imposto pelas regras fiscais. 39. Remunerações Atribuídas aos Órgãos Sociais no Período O montante de remunerações auferido pelos membros dos órgãos sociais das diversas empresas do grupo, durante o período findo em 30 de Junho de 2002, foi como segue:

30.06.02 31.12.01 30.06.01 Conselho de Administração.................... 352.697 724.349 314.407 Conselho Fiscal e Fiscal Único .............. 76.565 133.179 76.565

41. Legislação utilizada para a Reavaliação do Imobilizado Corpóreo As empresas incluídas na consolidação, procederam em anos anteriores à reavaliação do seu activo imobilizado corpóreo (nota 23 b)), ao abrigo dos seguintes diplomas legais: - Decreto-Lei 126/77, de 2 de Abril - Decreto-Lei 219/82, de 2 de Junho - Decreto-Lei 399-G/84, de 28 de Dezembro - Decreto-Lei 118-B/86, de 27 de Maio - Decreto-Lei 111/88, de 2 de Abril - Decreto-Lei 49/91, de 25 de Janeiro - Decreto-Lei 264/92, de 24 de Novembro - e, Decreto-Lei 31/98, de 11 de Fevereiro. Os bens transferidos em Junho de 1990 para as empresas afiliadas foram reavaliados para preços de mercado. Como referido na nota 23 b), os Terrenos foram avaliados ao preço de mercado durante o exercício de 1998, por uma entidade independente, credenciada neste tipo de avaliações. No final de 2000 foi feita nova avaliação pela mesma entidade. As avaliações tiveram por pressupostos:

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- no cálculo do valor dos terrenos afectos às instalações actualmente em uso, foi considerada a avaliação pelo método do Uso Continuado. Entende-se por valor em uso continuado como sendo o valor pelo qual uma propriedade pode ser transaccionada entre um possível comprador e um possível vendedor, ambos tendo conhecimento de todos os factos pertinentes sem agirem sob pressão indevida e com equidade para ambas as partes, podendo ser assim definido pelo montante que se justifica a posse. Considera-se ainda que haverá uma continuação dos usos e actividades para as quais a propriedade foi criada no pressuposto de que a propriedade tem capacidade para gerar benefícios actualmente e no futuro. Assim, a definição de valor em uso continuado, pressupõe que os benefícios previstos serão suficientes para gerar o reembolso do investimento efectuado com uma justa rentabilidade;

- para os terrenos que não estão no momento afectos à actividade principal ou representam remanescentes de espaço das instalações em utilização foi considerada a avaliação pelo método do Uso Alternativo. Nesta modalidade, o valor actual considera que o imóvel poderá ser utilizado para fins diferentes daquele para que foi inicialmente concebido ou para o qual se encontra adaptado. Nestas circunstâncias foi adoptada uma metodologia de rendimento sendo a propriedade avaliada considerando a sua máxima e melhor utilização, em conformidade com as condicionantes legais e os regulamentos de planeamento municipal em vigor. O valor de mercado contempla assim não só as construções existentes e adaptadas ao uso alternativo mas também o valor residual do terreno afecto às construções potenciais e adicionais possíveis.

Os principais terrenos avaliados decorrem do primeiro método, sendo a aplicação deste segundo de forma residual. O efeito destas reavaliações no valor líquido dos terrenos e do restante imobilizado do Grupo pode ser visto na nota seguinte. 42. Efeito das Sucessivas Reavaliações no Valor Líquido do Imobilizado Corpóreo O aumento no imobilizado corpóreo líquido, condicionado pelas sucessivas reavaliações, ao abrigo da legislação aplicável, e, no caso dos terrenos, de avaliação livre, em 30 de Junho de 2002, é apresentado como segue:

Rubricas

Custos históricos (a)

Reavaliações

(a) (b)

Valores contabilísticos

reavaliados (a) (b) Imobilizações Corpóreas:

Terrenos e recursos naturais....… 289.962 22.346.093 22.636.055 Edifícios e outras construções..... 21.924.530 2.844.278 24.768.808 Equipamento básico...........…….. 11.505.790 1.536.315 12.645.505 Equipamento de transporte........ 1.334.792 140.727 1.475.519 Ferramentas e utensílios...........… 509.063 36.188 545.251 Equipamento administrativo..... 2.909.756 19.168 3.325.524 38.473.894 26.922.768 65.396.662

(a) Líquido de amortizações. (b) Englobam as sucessivas reavaliações. No final de 31 de Dezembro de 2001 e 30 de Junho de 2001, o efeito das sucessivas reavaliações no imobilizado corpóreo ascendia a 28.126.779 Euros e 16.852.973 Euros, respectivamente. O excesso no valor das amortizações do período provocado pelas sucessivas reavaliações ascendeu a 346.672 Euros. O valor incluído na coluna das Reavaliações, diminui de ano para ano, mediante a alienação ou abate de bens reavaliados não totalmente amortizados e pelo excesso das amortizações do exercício sobre o imobilizado corpóreo, decorrente das reavaliações. Deste excesso, calculado anualmente aquando das amortizações do exercício, 40% não é aceite fiscalmente como custo para determinação da matéria colectável, em sede do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas (CIRC) (nota 52). Atendendo ao valor resultante deste aumento no valor do imposto anual, entendeu-se não registar impostos diferidos passivos, os quais, no final do semestre de 2002, ascenderiam a cerca de 604.121 Euros (4.576.676 * 33% * 40%). A reavaliação económica realizada sobre os terrenos do Grupo, apenas será sujeita ao imposto sobre o rendimento das pessoas colectivas se forem vendidos, sendo realizada a reserva incluída no capital próprio decorrente da mais valia gerada. De outro modo, ao contrário dos bens amortizáveis cuja realização decorre da sua utilização e reintegração correspondente, apenas haverá imposto a pagar no futuro decorrente da reavaliação caso o terreno seja alienado. O grupo tem entendido como política não registar os passivos por impostos diferidos resultantes das reavaliações passadas dos terrenos. 43. Comentário às Contas das Demonstrações Financeiras, cujo conteúdo não é Comparável No final do exercício de 2001 foi decidido pelo Conselho de Administração abandonar a participação detida na EFACEC Oriente, Lda. Por esta razão, esta empresa foi retirada das contas consolidadas a partir de Outubro de 2001, consolidando a demonstração dos resultados até Setembro desse ano. As vendas incorporadas até esse mês foram 1.467.803 Euros. Em 2001 estavam incluídos no semestre inteiro vendas no valor de 663.152 Euros, considerando os ajustamentos de consolidação. No montante do activo líquido a 30 de Junho de 2001 estavam incluídos desta empresa cerca de 16.492.442 Euros (nota 14). No final do primeiro semestre de 2001 foi vendida a actividade de gestão documental da empresa EFACEC Sistemas de Informação. A venda e a actividade em causa não causaram efeitos significativos. Conforme referido na Nota 14, por não se encontrarem disponíveis as demonstrações financeiras da filial EFACEC – Angola a 31 de Dezembro de 2001 e 30 de Junho de 2002, as mesmas não foram integradas ao contrário do que sucedeu no período findo em 30 de Junho de 2001 (nota 14). A sociedade apresentava no seu Balanço de 30 de Junho de 2001, os seguintes valores com ajustamentos de consolidação: Activo 753.459 Euros Passivo 1.075.114 Euros O efeito em termos de demonstração dos resultados a 30 de Junho de 2001 não é significativa e não distorce a análise comparativa.

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44. Demonstração dos Resultados Financeiros Os resultados financeiros consolidados nos períodos findos em 30 de Junho de 2002 e 2001, podem ser demonstrados como segue:

Custos e Perdas 2002 2001 Juros suportados (a) 2.061.482 2.285.836 Perdas em empresas do Grupo e associadas (b) 116.344 311.325 Diferenças de câmbio desfavoráveis (c) 1.350.102 891.297 Descontos de pronto pagamento concedidos 40.429 85.374 Outros custos e perdas financeiros 160.873 228.290 Total dos Custos Financeiros 3.729.232 3.802.122 Resultados financeiros (2.302.262) (2.309.499) 1.426.970 1.492.623

Proveitos e Ganhos 2002 2001 Juros obtidos 120.925 112.344 Ganhos em empresas do Grupo e associadas (b) 347.922 72.525 Rendimentos de participações de capital - - Diferenças de câmbio favoráveis (c) 772.286 1.065.243 Descontos de pronto pagamento obtidos 117.843 142.093 Outros proveitos e ganhos financeiros 67.992 100.418 Total dos Proveitos Financeiros 1.426.970 1.492.623

(a) Durante o exercício de 2001 houve uma maior recorrência a financiamento bancário de curto prazo, tendo-se verificado um maior nível de endividamento médio durante o primeiro semestre de 2001. Por outro lado, as taxas de juro entre o período homólogo anterior e este desceram cerca de 0.5 ponto percentual. (b) As perdas e os ganhos correspondem essencialmente à aplicação do método de equivalência patrimonial, respectivamente à associada EID (87.358 euros) (notas 3 e 27) e Seflor (211.617 euros). (c) A gestão cambial do Grupo decorre do descrito nas notas 23 h) e p). Seguindo o aí exposto, a empresa regista as suas vendas e prestações de serviços já ao câmbio fixado com a instituição de crédito. No final de cada período actualiza os saldos incluídos nos activos e passivos ao câmbio “fixing” reportado à data. Posteriormente, e atendendo às fixações efectuadas, as quais são feitas para grande parte das transações do Grupo, faz nova actualização dos saldos, apresentado-os ao câmbio fixado com as instituições de crédito. Até ao exercício de 2000, toda a gestão cambial, incluindo a assinatura dos contratos era feita na EFACEC Capital. A partir de 2000 ela ficou nesta empresa apenas em termos de gestão, passando a assinatura dos contratos bem como a responsabilidade de venda ou compra de divisas para as empresas consideradas individualmente. O aumento verificado deve-se a perdas significativas neste exercício na divisa USD. 45. Demonstração dos Resultados Extraordinários Os resultados extraordinários consolidados no final do semestre de 2002 e 2001, podem ser demonstrados como segue:

Custos e Perdas 2002 2001 Donativos. 2.946 98.044 Perdas em imobilizações (a) 5.000 863.738 Multas e penalidades (f) 11.986 65.801 Aumentos de amortizações e provisões - 41.530 Outros custos e perdas extraordinárias (b) 1.086.285 6.811.848 Total dos Custos Extraordinários 1.106.217 7.880.962 Resultados Extraordinários 1.108.490 (4.697.474) 2.214.707 3.183.488

Proveitos e Ganhos 2002 2001

Ganhos em existências (d) 291.129 22.725 Ganhos em imobilizações 164.836 151.565 Reduções de provisões (c) 802.097 1.254.741 Outros proveitos e ganhos extraordinários (e) 956.645 1.754.457 Total dos Proveitos Extraordinários 2.214.707 3.183.488

(a) Em 2001 esta rubrica incluía essencialmente a menos valia gerada na alienação da parte de capital na empresa filial EFACEC Bombas Hidráulicas e Ventiladores, SA

no valor de 847.956 euros, a qual tinha sido totalmente provisionada no final do exercício de 2000; (b) Esta rubrica em 2001 era decomposta pelos seguintes items:

Encargos com rescisões de contratos de trabalho 4.149.026 Perdas potenciais futuras em obras em curso 1.525.563 Abandono de projectos em Imobilizado Incorpóreo 1.137.259 6.811.848

O montante registado em 2002 em Outros Custos e Perdas Extraordinários respeita quase na totalidade a indemnizações pagas por rescisões de contratos de trabalho do primeiro semestre (2.590.292 euros) deduzidos da provisão criada em 2001 de 1.496.303 euros, assim como anulação de provisões para outros riscos e encargos de 219.900 euros (nota 46);

(c) A rubrica de Reduções de Provisões inclui cerca de 484.684 euros relativos à utilização de provisões para perdas verificadas em obras em curso e desvalorização de incorpóreo e 317.415 euros referentes à anulação de uma provisão para diferenças cambiais registadas no exercício anterior. Em 2001, esta rubrica incluía a anulação da provisão criada em 2000 para a participação financeira referida em (a). (d) No decurso do semestre a filial EFACEC Energia debitou à companhia de seguros o montante de 172.165 Euros referente a perdas em existências ocorridas neste semestre. (e) Neste montante estão incluídos 936.184 Euros referentes à afectação a proveitos de subsídios ao investimento. No ano anterior 1.485.430 Euros (nota 23 l)). A diminuição prende-se com subsídios que ficaram completamente amortizados; (f) Inclui uma anulação de uma provisão para penalidades criada em 2001 no valor de 125.000 euros por forma a contrabalançar com o pagamento efectuado em 2001.

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46. Movimentos Ocorridos nas Contas de Provisões Os movimentos verificados nos saldos das rubricas de provisões durante o exercício foram como segue:

Rubricas Saldo Inicial Aumento Redução Saldo Final

Provisões para cobranças duvidosas:

Clientes de cobrança duvidosa 5.278.693 3.300 (34.241) 5.247.752

Outros devedores 3.830.768 - - 3.830.768

Provisões para riscos e encargos:

Processos de reestruturação 3.192.307 - (1.496.394) 1.695.913

Outros riscos e encargos 5.731.308 41.975 (829.583) 4.943.700

Provisões para pensões não cobertas por fundo 467.483 - - 467.483

Total Provisões para riscos e encargos 9.391.097 41.975 (2.325.977) 7.107.097

Provisões para depreciação de existências:

Produtos e trabalhos em curso 3.961.952 - - 3.961.952

Matérias primas e materiais diversos 95.625 - - 95.625

Produtos acabados 34.916 - - 34.916

Provisões para investimentos financeiros:

Potenciais perdas em investimentos 8.519.413 - - 8.519.413

31.112.467 45.275 (2.360.218) 28.797.523

Provisões para cobranças duvidosas Outros devedores Nesta rubrica estão incluídos essencialmente saldos relativos à actividade do Grupo no mercado chinês. O aumento relativo a este exercício não decorre da actividade operacional do Grupo mas de situações resultantes de financiamentos a empresas participadas onde o Grupo se substituiu no pagamento de empréstimos, nomeadamente relativamente à associada LEEC (nota 3). Provisões para outros riscos e encargos Provisões para reestruturação Desde 1998 que o Grupo tem vindo a constituir provisões para reestruturação das diversas unidades industriais e actividades. Este esforço tem sido grande, embora se tenha vindo a fazer sempre, desde aquela data por contrapartida do capital próprio. As provisões para reestruturação têm sempre calculados os valores para cada um dos processos em reestruturação, bem como a determinação concreta das acções a realizar e a divisão por empresas. Os valores que têm vindo a ser constituídos assentam em decisões tomadas no decorrer dos vários períodos pelo Conselho de Administração e em face dos compromissos e acordos assumidos e representam a melhor estimativa da gestão das várias empresas do Grupo para as potenciais perdas. No final do semestre, esta provisão diz respeito ao remanescente do empréstimo da Liaoyang EFACEC E.E.Co. Como referido acima, este montante representa o valor em dívida daquela associada à instituição de crédito, que deverá continuar a ser pago por conta pela EFACEC Energia, empresa do grupo detida em 100%. A variação face a 31 de Dezembro de 2001 prende-se com a utilização da provisão constituída em 2001 decorrente do pagamento a título de indemnizações por rescisão de contratos de trabalho no primeiro semestre, a qual foi contabilizada a deduzir na rubrica de Custos e Perdas Extraordinários (nota 45).

Outros riscos e encargos No que respeita aos aumentos, eles são relativos a uma provisão para serviço-pós venda constituída pela filial, EFACEC – Energia. Esta provisão foi constituída para fazer face a custos de manutenção e assistência pós-venda. O valor da redução é relativo à utilização de provisões e pode ser visto como segue: Utilização de provisões via Proveitos e Ganhos Extraordinários: Euros Perdas verificadas em obras em curso 245.700 Desvalorização de imobilizado incorpóreo (a) 238.983 Total (nota 45) 484.683 Utilização de provisões via redução de Custos e Perdas Extraordinários: Penalidades 125.000 Outros 219.900 Total (nota 45) 344.900 Total 829.583 (a) Em 2001 e em exercícios anteriores foram incluídos nas rubricas de imobilizado incorpóreo montantes relacionados com actividades de investigação e desenvolvimento de produtos e serviços das várias empresas do Grupo. No final de 2000 foi feita uma análise sobre a viabilidade desses projectos e dos produtos a que estão afectos tendo-se concluído que alguns deles poderão não vir a ter a viabilidade económica futura que era esperada no momento em que tinham sido objecto de capitalização, os quais foram provisionados. A utilização do semestre corresponde às amortizações desses projectos. No final do semestre, esta provisão inclui:

Situação Euros Perdas em obras em curso, produtos e penalidades (a) 4.407.794 Outros riscos e encargos 535.905 4.943.700

(a) Estes montantes são relativos a situações que têm vindo a ser objecto de análise continuada pela gestão das diversas empresas e que se referem a problemas em

discussão com os clientes relacionados com a imputação de responsabilidades e cujo desfecho desfavorável para a empresa se tornou neste exercício mais verosímil. Desde 2000 que tem sido feita uma análise rigorosa ao comportamento e andamento de todas as obras a decorrer no Grupo. Em resultado desta análise

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exaustiva às obras e instalações em curso foram verificadas algumas situações que podem vir no futuro a determinar perdas. Para estas perdas, e no respeito dos princípios de prudência preconizados na Directriz Contabilística nº 3, foi decidido proceder à constituição de provisões. Durante os vários exercícios o Grupo tem vindo a incorrer em custos de manutenção e assistência pós-venda. Desde 2000 que os custos com este serviço têm vindo a ser analisados e se significativos tem vindo a ser constituídas provisões para estas perdas futuras, apresentando de forma mais apropriada as responsabilidades potenciais futuras do Grupo.

Provisões para investimentos financeiros O saldo desta provisão está relacionado com as seguintes participações:

Situação Euros Liaoyang EFACEC Electric Equipment Corp. (notas 4 e 27) 2.259.554 Biorope (nota 6) 269.351 EFACEC Oriente, Lda. (nota 2) 5.985.575 Outros 4.933 8.519.413

Os cálculos para as perdas de valor foram efectuados tendo por base os valores de mercado e a estimativa de fluxos de caixa futuros, dos dois o mais baixo. 47. Valor Contabilístico de Bens Utilizados em Regime de Locação Financeira e Aluguer de Longa Duração Em 30 de Junho de 2002, o Grupo mantinha os seguintes contratos de locação financeira e aluguer de longa duração, registados de acordo com a política referida na nota 23 d):

Valor dos Contratos

Rendas pagas neste exercício

Rendas a pagar (nota 21)

Contratos de Locação Financeira 2.013.538 160.547 946.627 Contratos de Aluguer de Longa Duração (a) 3.616.293 431.353 1.730.312 5.629.831 591.900 2.676.939

(a) Estes contratos não se encontram registados em Imobilizado. VII – Outras Informações 49. Outras Informações Requeridas por Diplomas Legais Para além do que está referido ao longo das diversas notas deste anexo, é de acrescentar que o Grupo EFACEC tem a sua situação de contribuições perante a Segurança Social, devidamente regularizada (DL 411/91 de 17/10). 50. Dívidas de Terceiros a Médio e Longo Prazo Em 30 de Junho de 2002, as dívidas com a natureza de médio e longo prazo são as seguintes: 30.06.2002 31.12.2001 (1) Empréstimo à EFACEC Universal Motors – Equipamentos Eléctricos, S.A. 4.040.263 4.489.181 (2) Empréstimo à EFACEC Bombas Hidráulicas e Ventiladores, S.A. 478.609 571.243 (1) Durante o exercício de 1999 a EFACEC Capital, S.G.P.S. procedeu à reestruturação das suas actividades de reparação, fabrico e comercialização de motores eléctricos. Neste contexto, foi constituída a 4 de Maio desse ano a EFACEC Universal Motors, S.A., a qual se dedica à actividade de produção de motores eléctricos. Assim, foi trespassada para esta nova sociedade todos os activos e passivos afectos a essa actividade, mantendo, contudo, na EFACEC Motores Eléctricos, S.A., o negócio de reparação e beneficiação de motores e transformadores eléctricos. Em consequência, o valor dos empréstimos efectuados até àquela data à afiliada EFACEC Motores Eléctricos, S.A., no montante de 4.489.181 euros, foram também transferidos para a nova sociedade então criada. O empréstimo concedido será amortizado em parcelas semestrais e sucessivas durante 13 anos com início no 4º ano, inclusive. Os juros são calculados à taxa de 3% durante os três primeiros anos. Nos períodos subsequentes à taxa “Euribor” a seis meses, relativamente à quantia em dívida, na data respectiva. A variação face a Dezembro de 2001 prende-se com a antecipação do recebimento das duas primeiras amortizações semestrais no valor de 448.918 euros, inicialmente previstas apenas para Julho 2002 e Janeiro de 2003 e decorrentes de um novo acordo celebrado em Maio de 2002. Para garantia de cumprimento da obrigação do pagamento daquele empréstimo, foram dadas à EFACEC Capital garantias como, penhor mercantil sobre equipamento incluído no imobilizado corpóreo, existências e saldos de clientes e a hipoteca sobre um imóvel. O valor destas garantias ultrapassa o valor em dívida. (2) No final de 2000, o Conselho de Administração considerou o negócio de produção e comercialização de bombas e ventiladores não estratégico. Em Fevereiro de 2001 foi feita a alienação da totalidade do capital da empresa que se dedicava àquele objecto social. Na altura da venda, existia um empréstimo no montante global de 648.437 Euros feito pela EFACEC Capital àquela entidade, o qual foi considerado em dívida pelos novos accionistas. Este empréstimo não vence juros e será amortizado em 42 mensalidades iguais e sucessivas, após 18 meses de carência, a contar da data de celebração do contrato de venda das acções, em 16 de Fevereiro de 2001, ou seja Agosto de 2002. Para garantia do cumprimento, foi feito um penhor de créditos sobre clientes até ao montante de 748.197 Euros, à escolha da EFACEC, sendo disponibilizado a qualquer momento relação dos terceiros para execução da penhora, nos termos da lei civil e comercial. 51. Outros Devedores A rubrica de Outros Devedores em 30 de Junho de 2002 apresentava o seguinte detalhe:

30.06.2002 31.12.2001 Outros Devedores – Activo Circulante: Pessoal 362.018 249.738 Liaoyang EFACEC E. E. Co. Ltd 3.448.147 2.974.686 EFACEC Universal Motors 425.319 549.167 Seguros a receber por perdas em existências 1.777.783 1.796.525 EFACEC Oriente, Lda. 512.689 512.689 Transferência de obras em curso (a) 206.215 - Outros – diversas entidades (b) 4.493.937 2.298.476 11.226.108 8.381.281 Provisão realizada (3.830.768) (3.830.768) 7.395.340 4.550.513

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(a) Montante relativo a obras em curso da divisão das águas da filial EFACEC Engenharia a transferir em Julho de 2002 para a EFACEC – Ambiente, ficando esta última, a partir desta data, a gerir a divisão das águas. (b) São várias entidades com saldos de diversa natureza que no seu conjunto, apesar do aumento verificado no semestre, são considerados aceitáveis atendendo às actividades operacionais do Grupo. A provisão realizada está constituída essencialmente para os saldos em dívida da Liaoyang E. E. E. Co. registados em Outros Devedores no valor de 3.671.152 euros e da Sadicec 159.615 euros. 52. Estado e Outros Entes Públicos As rubricas incluídas nos saldos com o Estado e outros entes públicos, tinham em 30 de Junho de 2002, a seguinte decomposição:

30.06.02 31.12.01 Saldos a favor do Grupo – Activo: Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas - IRC 249.689 284.315 Imposto sobre o Valor Acrescentado a Recuperar 1.646.658 703.874 Outros impostos a recuperar 120.623 376.308 2.016.972 1.364.497 Saldos a favor do Estado – Passivo: Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas - IRC (a) - - Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares – Retenções 599.456 1.039.904 Imposto sobre o Valor Acrescentado – a Pagar 1.287.689 3.156.977 Contribuições para a Segurança Social (b) 1.099.941 1.855.942 Outras 158.261 198.477 3.145.348 6.251.299

(a) Este saldo tem sido calculado em conformidade com os princípios e normas fiscais relacionadas com a determinação do lucro consolidado, a partir de 2001, regime especial de tributação de grupos de sociedades, para a maior parte das empresas do Grupo e segundo as regras normais de apuramento da matéria colectável para as restantes empresas, deduzido dos valores pagos por conta durante o exercício. O montante apurado diz respeito ao IRC a pagar relativamente à filial, Microprocessador e à tributação autónoma do primeiro semestre (150.000 euros). Dados os resultados negativos apurados, não foi constituída qualquer estimativa para pagamento de IRC, excepto no que respeita às tributações autónomas no montante de 150.000 Euros . Este valor foi totalmente compensado por retenções na fonte, pelo que o valor líquido está apresentado no activo como saldo a receber do Estado. As divergências entre critérios contabilísticos e fiscais, no que respeita às diferenças permanentes ou temporárias, tem originado diferenças entre o valor a pagar de IRC e o encargo referido na demonstração dos resultados e no balanço (nota 38), cuja reconciliação pode ser vista como segue: - Valor considerado na estimativa para imposto a pagar 150.000 € - Valor de impostos diferidos activos anulados durante o semestre (nota 38) 852.701 €

Valor na demonstração dos resultados 1.002.701 €

A regularização de impostos diferidos activos decorre da utilização de provisões não consideradas para fins fiscais no ano da sua constituição e que estiveram subjacentes à constituição dos activos por impostos diferidos, tendo neste semestre sido suportados os respectivos encargos, pelo que se efectuou a reversão dos respectivos impostos diferidos. Para além do referido na nota 38, as situações que podem afectar os impostos sobre o rendimento a pagar no futuro, são as seguintes: i) De acordo com a legislação vigente, as declarações fiscais estão sujeitas a revisão por correcção por parte das autoridades fiscais durante um período de quatro

anos (para os exercícios de 1998 e seguintes) ou cinco anos (para os exercícios até 1997), excepto quando tenham havido prejuízos fiscais, tenham sido concedidos benefícios fiscais, ou estejam em curso inspecções, reclamações ou impugnações, cujos, em determinados casos previstos na lei, podem ver os prazos prolongados ou a contagem suspensa. Deste modo, as declarações fiscais apresentadas pelo Grupo referentes aos exercícios de 1997 a 2001 podem vir ainda a ser sujeitas a revisão (já efectuadas pela Administração Fiscal até 1998). A Administração do Grupo EFACEC considera que, as correcções que poderão surgir decorrentes de revisões ou inspecções por parte da administração fiscal àquelas declarações, não poderão ter um efeito significativo nas demonstrações financeiras apresentadas a 30 de Junho de 2002.

ii) Como consequência da não aceitação como custo, para efeitos de determinação da matéria colectável em sede de IRC, da parte correspondente a 40% do excesso

nas amortizações do exercício decorrentes das reavaliações efectuadas (nota 42), a matéria colectável para o semestre de 2002 e de exercícios futuros será aumentada em 138.669 Euros e 1.830.670 Euros, respectivamente.

iii) De acordo com a legislação em vigor, os ganhos e perdas resultantes da apropriação de resultados de empresas participadas pelo método de equivalência

patrimonial não são considerados como proveitos e custos, respectivamente, para efeitos de determinação da matéria colectável em sede de IRC, no exercício em que são reconhecidos contabilisticamente, sendo apenas tributados os dividendos no exercício em que são atribuídos. A Norma Internacional de Contabilidade nº 12 (revista) – Imposto sobre o Rendimento, obriga a que estes sejam registados na contabilidade, independente da sua aceitação fiscal, desde que se verifique simultaneamente os seguintes critérios: a reversão seja verificada num período futuro previsível e a empresa mãe controle a reversão dessa diferença temporária.

iv) Como referido na nota 23 m), a empresa adoptou desde 1998, o tratamento preconizado na Norma Internacional de Contabilidade nº 12 (revista) (NIC), por força da

Directriz Contabilística nº 18, a qual refere aquela como adoptável quando a situação não esteja devidamente tratada no Plano Oficial de Contabilidade ou nas Directrizes Contabilísticas e, mais recentemente, a Directriz Contabilística nº 28 – Impostos sobre o Rendimento, com aplicação prevista a partir de exercícios com início em 1 de Janeiro de 2002. Os impostos diferidos, previstos naquela NIC e nesta directriz, têm sido registados apenas nas situações cujo efeito seja considerado significativo na leitura das demonstrações financeiras do Grupo (nota 38).

(b) Estas contribuições, incluem o valor a pagar correspondente à parcela retida aos trabalhadores (taxa geral de 11% sobre os rendimentos sujeitos) e a parte correspondente à empresa (taxa geral de 23,75% sobre os rendimentos atribuídos sujeitos a este imposto).

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53. Acréscimos e Diferimentos Os saldos destas rubricas, incluídas no Activo e no Passivo, em 30 de Junho de 2002, apresentavam a seguinte:

30.06.02 31.12.01 Acréscimos de Proveitos – Activo: Valores a facturar (a) 5.724.009 4.205.888 Outros 164.704 159.097 5.888.713 4.364.985 Custos Diferidos – Activo: Encargos com obras e conservação plurianual 139.384 323.420 Custos a imputar a vários períodos 165.916 41.171 Outros 445.118 - 750.418 364.591 Impostos Diferidos – Activo Provisões para reestruturação (nota 38) 14.458.001 15.310.701 14.458.001 15.310.701 Acréscimos de Custos – Passivo: Encargos com Remunerações 11.045.438 6.484.886 Encargos com obras (b) 2.816.259 2.412.316 Antecipação de custos s/ factura (c) 2.424.700 1.490.029 Juros a Pagar 602.532 282.878 “Redevances” a pagar 462.732 243.927 Outros 1.372.950 787.477 18.724.611 11.701.514 Proveitos Diferidos – Passivo: Subsídios ao Investimento (d) 5.023.246 5.942.459 Facturação diferida (e) 22.428.003 16.669.002 Diferença de consolidação bad will – (nota 10) 377.009 435.012 Outros 265.050 316.752 28.093.308 23.363.225

(a) Estes montantes referem-se a projectos e obras em curso, cujo grau de acabamento é superior ao grau de facturação ou encontram-se numa fase cuja obra esteja

substancialmente concluída. Continuando o Grupo a reconhecer os proveitos relacionados com as suas obras segundo critérios maioritariamente de base fiscal, nota 23 f), apenas as situações em que o grau de acabamento é próximo dos 100% no final do período estão aqui reconhecidas.

(b) Algumas das empresas do Grupo reconheceram nas suas obras em curso custos adicionais com a conclusão de alguns trabalhos que foram registados nesta conta de

acréscimos de custos. (c) Tem praticamente a mesma natureza da alínea anterior. Aqui porém, podem incluir-se situações onde as facturas estão ainda em fase de conferência e aprovação. (d) Durante este semestre não foram recebidos subsídios relativos a projectos de investimento, tendo sido transferido para proveitos 936.184 Euros (nota 45), segundo o

exposto na nota 23 l). (e) Os planos de facturação acordados com os clientes não respeitam estritamente os graus de acabamento que acabam por ser reconhecidos nas obras daí que sempre que

são emitidas facturas para clientes elas são primeiramente registadas nesta conta, indo sendo regularizadas na medida dos graus de acabamento dado pelas engenharias de produção e que traduzem os graus de reconhecimento das obras (notas 23 f) e o)).

54. Dívidas de Financiamento Em 30 de Junho de 2002 e 31 de Dezembro de 2001, os empréstimos e os descobertos bancários, as suas taxas anuais médias e outras condições podem ser assim apresentados:

30.06.02 31.12.01

Médio e Longo Prazo:

Empréstimos por obrigações 30.000.000 30.000.000

Subsídios reembolsáveis 972.579 1.872.578

Financiamento bancário 110.449 112.125

31.083.028 31.984.702

Curto Prazo:

Empréstimo por obrigações - -

Papel comercial 20.091.610 20.065.099

Contas correntes bancárias 35.094.567 32.159.660

Subsídios reembolsáveis 134.596 605.316

55.320.773 52.830.075

Empréstimo por obrigações À data do balanço, o Grupo tem emitidos 2 empréstimos obrigacionistas, com um valor global em dívida de 30.000.000 Euros. O primeiro empréstimo foi emitido em 25 de Novembro de 1999, no valor de 15.000.000 Euros, representado por 1.500.000 obrigações comuns com o valor nominal de 10 Euros cada uma. Este empréstimo vence juros semestralmente à taxa Euribor a 6 meses, acrescida de 1%, e tem uma vida útil máxima de 5 anos, podendo ser reembolsado antecipadamente no final do 3º ano, por iniciativa da Sociedade (call option). Este empréstimo encontra-se cotado no mercado oficial da Euronext Lisboa.

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GRUPO EFACEC Demonstrações Financeiras Consolidadas para os períodos findos em 30 de Junho de 2002 e 2001

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Em 4 de Dezembro de 2001, a EFACEC emitiu um novo empréstimo por obrigações no valor de 15.000.000 Euros, representado por 3.000.000 obrigações comuns com o valor nominal de 5 Euros cada uma. Este empréstimo vence juros trimestralmente à taxa Euribor a 3 meses, acrescida de 2% de spread, e tem uma vida útil máxima de 2 anos. À margem das condições de emissão, portanto sem efeitos no investidor, a EFACEC contratou, em Maio de 2000, um “Interest Rate Swap” para cobertura do risco de taxa de juro que incide sobre o primeiro empréstimo obrigacionista emitido. As características principais deste contrato são as seguintes: O montante desta operação é de 15.000.000 Euros, correspondente ao montante total das obrigações emitidas em Novembro de 1999, e abrange o período 25Nov00 a 25Nov02 (data de vencimento da call-option existente). Ao abrigo deste contrato, a EFACEC troca uma taxa EUR6m+1% por uma taxa fixa de 6,05%, desde que a referida Euribor não exceda os seguintes limites: 5,50% em 27Nov00, 5,75% em 25Mai01, 6,00% em 26Nov01, e 6,25% em 27Mai02 (datas de início de cada período de contagem de juros). Caso a Euribor exceda aqueles valores, a Empresa voltará a incorrer no regime de taxa variável, com uma penalização de 0,5%. Papel comercial O Grupo EFACEC dispõe de um Programa de Papel Comercial grupado e multidivisas no montante de cerca de 25.000.000 Euros, incluindo o montante afecto à EFACEC – Oriente, não integrada a partir de Outubro de 2001 (nota 2). Em 30 de Junho de 2002, o programa estava integralmente utilizado, repartido por diversas emissões, em euros e em dólares, colocadas em diversas sociedades do Grupo. O reembolso destas emissões situa-se em Julho de 2002, podendo ser renovadas mediante solicitação à instituição de crédito líder da operação. A taxa média de colocação das últimas emissões corresponde à Euribor acrescida de 0,10%. Subsídios reembolsáveis Resultam de contratos de projectos de investimento financiados por fundos comunitários e nacionais no âmbito de PEDIP’s e/ou POE´s. O valor está repartido por várias empresas do Grupo tendo vários prazos de reembolso previstos. Contas correntes bancárias Estas contas correntes bancárias não têm prazo de reembolso definido podendo este renovar-se em vários períodos, embora assumam a natureza de curto prazo. A taxa média destas contas correntes assenta na Euribor acrescida de um spread de cerca de 1,3%. 55. Composição do Capital Social Em 30 de Junho de 2002, o capital social é de 69.402.360 Euros, estando representado por 13.880.472 acções escriturais com o valor nominal unitário de 5 Euros cada. 56. Entidades com Participação Igual ou Superior a 20% no Capital Social da EFACEC Capital Em 30 de Junho de 2002, as entidades com uma percentagem directa ou indirecta, igual ou superior a 20%, eram as seguintes: Têxtil Manuel Gonçalves, S.A. 25,4% José de Mello – Sociedade Gestora de Participações Sociais, S.A. 25,4% 57. Movimentos na Rubricas do Capital próprio Os movimentos ocorridos nas contas de capital próprio durante o período findo em 30 de Junho de 2002, foram como segue:

Rubricas Saldo Inicial Aumento Reduções Saldo Final

Capital social

69.402.360 - - 69.402.360

Acções Próprias – Valor nominal (a)

(1.500.000) - - (1.500.000)

Acções Próprias – Desc. e prémios (a)

(494.719) - - (494.719)

Prémios de emissão de acções

125.254 - - 125.254

Diferenças de consolidação (nota 10)

3.080.052 3.080.052

Ajustamentos de partes de capital em filiais e associadas (b)

(5.569.861) - (136.353) (5.706.214)

Reservas de reavaliação (notas 41 e 42)

24.135.334 - - 24.135.334

Reservas:

Reservas legais

2.395.930 - - 2.395.930

Outras reservas (c)

- - - -

Resultados Transitados (c)

(16.710.399) 121.262 (24.886.947) (41.476.083)

Subtotal

74.863.952 121.262 (25.023.300) 49.961.914

Resultados consolidados líquidos

(24.886.947) 1.334.687 24.886.947 1.334.687

Total do Capital próprio

49.977.005 1.455.949 (136.353) 51.296.601 (a) Durante o ano de 2000 a EFACEC Capital adquiriu em Bolsa 285.287 acções próprias. No final do semestre, mantinha em carteira 300.000 acções, valorizadas ao preço de custo de 6.65 Euros. (b) Os movimentos em Ajustamentos de partes de capital podem ser assim explicados:

Euros Ajustamentos c/ Participações 220.638 Provisões para Investimentos (1) (5.474.307) Ajustamentos no Capital próprio da associada EID (notas 3 e 27) (510.425) Ajustamentos relacionados com o Método de Aplicação Patrimonial 194.232 Saldo em 31.12.01 (5.569.861) Movimento de 2002: Ajustamentos c/ Participações (136.353) Total (5.706.214)

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(1) Em 30 de Junho de 2002 as provisões levadas directamente ao Capital próprio nos exercícios anteriores são: Provisão constituída para a participação detida na Liaoyang EFACEC E. E. Co. (2.259.554) € Provisão constituída para a EFACEC Oriente, Lda (notas 2 e 46) (5.985.575) € Dedução de Impostos diferidos activos (nota 38) 2.770.822 € (5.474.307) € (c) Até o exercício de 31 de Dezembro de 2000 e o período findo em 30 de Junho de 2001, as rubricas de “Ajustamentos para custos de reestruturação” e as “Outras reservas” apresentavam saldos negativos de 2.961.862 Euros e 1.827.052 Euros, respectivamente. O primeiro saldo resultou de uma provisão para reestruturação constituída em 1999, deduzida dos correspondentes impostos diferidos activos já realizada entretanto. Relativamente às “Outras reservas”, elas têm vindo a incluir vários movimentos de consolidação menos significativos, incluindo também as diferenças apuradas de conversão cambial. Atendendo a que, relativamente à reestruturação ela já se encontra realizada e os saldos se apresentam negativos, sendo contrários à natureza de uma rubrica de Reservas, estes saldos foram transferidos para Resultados transitados, incluindo os relativos ao primeiro semestre de 2001, de modo a tornar mais adequada a comparabilidade dos valores e saldos dos Balanços. Assim, no final do semestre de 2002, a rubrica de Resultados transitados apresentou as seguintes evoluções:

Descrição Euros Ajustamentos para custos de reestruturação e conversão cambial (4.788.914) Transferência dos resultados líquidos de 2000 – aplicação dos resultados (10.775.525) Alienação da EFACEC Bombas Hid. e Vent. – tranfª de Ajust. de Partes de Capital (571.124) Outros movimentos de consolidação (574.834) Saldo em 31.12.01 (16.710.397) Transferência dos resultados líquidos de 2001 – aplicação dos resultados (24.886.947) Outros movimentos de consolidação 121.261 Saldo em 30.06.02 (41.476.083)

As reservas de reavaliação, resultam da reavaliação do imobilizado corpóreo efectuada nos termos de legislação aplicável e livre no caso dos terrenos (notas 41 e 42). De acordo com a legislação em vigor e as práticas contabilísticas aceites em Portugal, estas reservas não são distribuíveis aos accionistas, só podendo ser utilizadas para aumentar o capital ou cobrir prejuízos, mas tal só se pode verificar quando estiverem realizadas, o que acontece via reintegração dos bens ou pela alienação dos mesmos. As reservas legais, bem como os montantes relativos a prémio de emissão, não estão disponíveis para distribuição, apenas podendo ser utilizadas para aumentar o capital ou compensar prejuízos. De acordo com a legislação comercial, as empresas do Grupo, são obrigadas a transferir para esta reserva, no mínimo 5% do resultado líquido anual até que a mesma atinja os 20% do capital social. 58. Fornecimentos e Serviços Externos Durante os exercícios findos em 30 de Junho de 2002 e 2001, os principais fornecimentos e serviços externos, foram os seguintes:

30.06.02 30.06.01 Subcontratos 7.464.353 9.017.432 Trabalhos especializados 8.016.799 8.444.958 Deslocações e estadas 2.167.823 2.764.223 Transporte de mercadorias 2.401.328 2.709.086 Rendas e Alugueres 968.038 952.080 Conservação e Reparação 873.200 922.092 Seguros 651.274 720.883 Comunicação 626.825 683.797 Electricidade 480.740 519.548 Outros fornecimentos e serviços 3.679.442 6.549.473 27.329.821 33.283.572

Atendendo à actividade do grupo, não se consideram existir variações anormais dignas de realce, excepto, relativamente aos Subcontratos onde se verifica um diminuição com algum significado. Esta subcontratação é inerente aos vários projectos do grupo e pode variar em função do tipo de projectos em curso. 59. Interesses Minoritários Em 30 de Junhode 2002 e 31 de Dezembro de 2001, o detalhe dos interesses minoritários é como segue:

30.06.02 31.12.01 Microprocessador (Int. Min. – 45,7%) 743.454 703.879 Investimentos e Concessões (Int. Min. – 25%) 192.234 286.824 International Financing, S.G.P.S., S.A. (Int. Min. – 45%) 188.530 320.667 1.124.218 1.311.370

Os resultados atribuíveis aos interesses minoritários durante o semestre findo em 30 de Junho de 2002 e o exercício findo em 31 de Dezembro de 2001, têm a seguinte composição:

30.06.02 31.12.01 Microprocessador (Int. Min. – 45,7%) 39.579 50.239 Investimentos e Concessões (Int. Min. – 25%) (57.527) (107.785) International Financing, S.G.P.S., S.A. (Int. Min. – 45%) (8.571) (24.646) (26.520) (82.192)

60. Eventos subsequentes Não são conhecidos eventos subsequentes que possam influenciar a apresentação e interpretação das demonstrações consolidadas reportadas a 30 de Junho de 2002. O TÉCNICO OFICIAL DE CONTAS Drª Maria Elisa Loureiro Moreira Pereira de Oliveira

O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO Engº António Afonso Lasso de La Vega Cardoso Pinto – Presidente Engº Guilherme Ricca Gonçalves Engº Alfredo Nascimento Melo Engº. João Jorge Gonçalves Fernandes Fugas Dr. João Paulo Seara Sequeira do Vale Peixoto