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Universidade Federal do Triângulo Mineiro EFEITOS DA EQUOTERAPIA EM EFEITOS DA EQUOTERAPIA EM EFEITOS DA EQUOTERAPIA EM EFEITOS DA EQUOTERAPIA EM PRATICANTES AUTISTAS PRATICANTES AUTISTAS PRATICANTES AUTISTAS PRATICANTES AUTISTAS Ana Paula Espindula Uberaba – Minas Gerais Novembro – 2008

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Universidade Federal do Triângulo Mineiro

EFEITOS DA EQUOTERAPIA EM EFEITOS DA EQUOTERAPIA EM EFEITOS DA EQUOTERAPIA EM EFEITOS DA EQUOTERAPIA EM PRATICANTES AUTISTASPRATICANTES AUTISTASPRATICANTES AUTISTASPRATICANTES AUTISTAS

Ana Paula Espindula

Uberaba – Minas Gerais Novembro – 2008

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Ana Paula Espindula

EFEITOS DA EQUOTERAPIA EM EFEITOS DA EQUOTERAPIA EM EFEITOS DA EQUOTERAPIA EM EFEITOS DA EQUOTERAPIA EM PRATICANTESPRATICANTESPRATICANTESPRATICANTES AUTISTAS AUTISTAS AUTISTAS AUTISTAS

Tese apresentada ao curso de Pós-graduação em Patologia, na área de concentração “Patologia Geral”, da Universidade Federal do Triângulo Mineiro, como requisito parcial para a obtenção do título de Mestre

Orientador: Orientador: Orientador: Orientador: Prof.Prof.Prof.Prof.Vicente de Paula AntuVicente de Paula AntuVicente de Paula AntuVicente de Paula Antunes Teixeiranes Teixeiranes Teixeiranes Teixeira

Uberaba – Minas Gerais Novembro – 2008

3

“Talvez não tenhamos conseguido fazer o melhor, mas lutamos para que o melhor fosse feito. Não somos o que devíamos ser, não somos

o que iremos ser... mas não somos mais o que éramos.

Martin Luther King

4

Dedico esta tese

aos meus pais, Valdelino e Fátima,

aos meus irmão, Robson e Cristina,

ao meu noivo Ismael,

aos meus sobrinhos, Juliana e João Pedro,

e ao Professor Vicente.

5

A DeusA DeusA DeusA Deus

Por mais belas e sinceras que sejam as palavras ditas nesse

momento, serão sempre insuficientes para traduzir meu sentimento

em relação a Deus, no entanto, ergo meu pensamento a ele e

agradeço por tudo que tenho recebido.

6

Aos Aos Aos Aos Meus pais,Meus pais,Meus pais,Meus pais, Valdelino e Valdelino e Valdelino e Valdelino e FátimaFátimaFátimaFátima

Vocês me deram à vida e me ensinaram a vivê-la com dignidade,

abriram as portas do meu futuro me iluminando com a luz mais

brilhante que puderam encontrar.

Obrigada pelo amor, apoio, carinho, pela dedicação e confiança

depositados em mim durante toda minha vida.

7

Aos Meus IrmãosAos Meus IrmãosAos Meus IrmãosAos Meus Irmãos,,,, Sobrinhos e ao Ismael Sobrinhos e ao Ismael Sobrinhos e ao Ismael Sobrinhos e ao Ismael

Aos meus irmãos, pelo amor e cumplicidade que nos une.

Aos meus sobrinhos, pela alegria, abraços e brincadeiras.

Ao meu noivo, Ismael, por estar sempre ao meu lado

reservando uma parte de seu tempo para me ouvir, aconselhar e

compartilhar os meus sonhos e anseios.

8

Ao meu Orientador, Prof. Vicente de Paula Antunes Ao meu Orientador, Prof. Vicente de Paula Antunes Ao meu Orientador, Prof. Vicente de Paula Antunes Ao meu Orientador, Prof. Vicente de Paula Antunes TeixeiraTeixeiraTeixeiraTeixeira

Pela confiança depositada em mim, me concedendo a oportunidade

de dividir das suas experiências, sabedorias e de receber sua

orientação, seu apoio e incentivo ao desenvolvimento profissional,

pessoal e às inúmeras reflexões.

9

A Prof. Marlene Antônia dos ReisA Prof. Marlene Antônia dos ReisA Prof. Marlene Antônia dos ReisA Prof. Marlene Antônia dos Reis

Obrigada por ter me acolhido, por estimular a busca de novos

conhecimentos, pelos momentos marcantes que tanto me

enriqueceu e por ser uma mestra exemplar.

10

Aos funcionários e alunos da APAE de Uberaba Aos funcionários e alunos da APAE de Uberaba Aos funcionários e alunos da APAE de Uberaba Aos funcionários e alunos da APAE de Uberaba

Obrigada pela confiança depositada em mim e no meu trabalho.

Em especial ao Alex Abadío Ferreira– Coordenador Clínico,

Egly Keyla Granzoti – Psicóloga e Jandira Batista Carneiro-

Psicóloga, que não mediram esforços para ajudar-me.

11

Agradeço a todas as pessoas que me fizeram: Sorrir, chorar, Agradeço a todas as pessoas que me fizeram: Sorrir, chorar, Agradeço a todas as pessoas que me fizeram: Sorrir, chorar, Agradeço a todas as pessoas que me fizeram: Sorrir, chorar, Sentir, Cantar, ProduzirSentir, Cantar, ProduzirSentir, Cantar, ProduzirSentir, Cantar, Produzir, enfim... Viver. Compartilhando , enfim... Viver. Compartilhando , enfim... Viver. Compartilhando , enfim... Viver. Compartilhando

diferentes momentos dessa caminhada tornando possível sua diferentes momentos dessa caminhada tornando possível sua diferentes momentos dessa caminhada tornando possível sua diferentes momentos dessa caminhada tornando possível sua concretização.concretização.concretização.concretização.

Em especial:Em especial:Em especial:Em especial:

A amiga Mara pelo convívio saudável, pelas inúmeras

contribuições, carinho, companheirismo, que me apoio desde o

momento em que coloquei os “pés” no Laboratório de Patologia

Geral.

Aos amigos (Dione e Virgínia) que estiveram comigo neta jornada e

acreditaram no meu sonho.

Às funcionárias da Pós-graduação da UFTM, Denise e Nelma, as

quais, tão gentis e prestativas, sempre prontas a ajudar-nos.

A todos os Professores e Funcionários do Laboratório de Patologia

Geral.

Aos colegas da Pós-graduação.

12

Apoio Financeiro

O presente trabalho foi realizado com recursos financeiros da

Universidade Federal do Triângulo Mineiro – UFTM, da Associação de Pais e

Amigos dos Excepcionais de Uberaba – APAE, do Conselho Nacional de

Desenvolvimento Científico e Tecnológico – CNPq, da Fundação de Ensino e

Pesquisa de Uberaba – FUNEPU, da Fundação de Amparo à Pesquisa do

Estado de Minas Gerais – FAPEMIG.

13

SUMÁRIO

DEDICATÓRIA.......................................................................................................................IV

AGRADECIMENTO ................................................................................................................V

APOIO FINANCEIRO.............................................................................................................. XII

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS............................................................................... XIV

LISTA DE TABELA.................................................................................................................. XV

LISTA DE FIGURAS................................................................................................................ XVI

RESUMO.................................................................................................................................... XVIII

ABSTRACT ................................................................................................................................. XXI

1 INTRODUÇÃO ..........................................................................................24

1.1 Hipótese .................................................................................................30

2 OBJETIVOS ..............................................................................................32

2.1 Objetivo geral .........................................................................................32

2.2 Objetivos específicos .............................................................................32

3 MATERIAL E MÉTODO ............................................................................34

3.1 Aspectos éticos do projeto .....................................................................34

3.2 Caracterização da amostra ....................................................................34

3.3 Critérios de inclusão e exclusão.............................................................36

3.4 Análise Estatística .................................................................................37

4 RESULTADOS..........................................................................................40

5 DISCUSSÃO .............................................................................................51

6 CONCLUSÃO............................................................................................56

7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..........................................................59

8 ANEXOS ...................................................................................................66

14

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLASLISTA DE ABREVIATURAS E SIGLASLISTA DE ABREVIATURAS E SIGLASLISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

COFFITO: Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional

APAE: Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais

UFTM: Universidade Federal do Triângulo Mineiro

MG: Minas Gerais

ANDE-BRASIL: Associação Nacional de Equoterapia.

TEACCH I: Tratamento e Educação de Crianças Autistas e com Deficiência de

Comunicação

DSMIII-R / DSM-IV: Manual de Diagnóstico e Estatístico de Transtornos

Mentais III-R e IV

NI: Não Iniciado

I: Iniciado

P: Progressão

S: Superação

E: Evolução

PR: Permaneceram

15

LISTA DE TABELA LISTA DE TABELA LISTA DE TABELA LISTA DE TABELA

Tabela 1Tabela 1Tabela 1Tabela 1. Dados referentes à área da Percepção Auditiva. Total de perguntas observadas com os 9 praticantes:36, submetidos a 36 sessões de Equoterapia na APAE de Uberaba..................................................................................41

Tabela 2Tabela 2Tabela 2Tabela 2. Dados referentes à área do Desenvolvimento na Equoterapia. Total de perguntas observadas com os 9 praticantes:126, submetidos a 36 sessões de Equoterapia na APAE de Uberaba .........................................................42

Tabela 3Tabela 3Tabela 3Tabela 3. Dados referentes à Área Emocional e Social. Total de perguntas observadas com os 9 praticantes: 90, submetidos a 36 sessões de Equoterapia na APAE de Uberaba...................................................................................43

Tabela 4Tabela 4Tabela 4Tabela 4. Dados referentes à área da Percepção Temporal. Total de perguntas observadas com os 9 praticantes: 135, submetidos a 36 sessões de Equoterapia na APAE de Uberaba...............................................................43

Tabela 5Tabela 5Tabela 5Tabela 5. Dados referentes à área do Desenvolvimento Perceptivo. Total de perguntas observadas com os 9 praticantes: 72, submetidos a 36 sessões de Equoterapia na APAE de Uberaba...............................................................44

Tabela 6Tabela 6Tabela 6Tabela 6. Dados referentes à área da Percepção Espacial. Total de perguntas observadas com os 9 praticantes: 126, submetidos a 36 sessões de Equoterapia na APAE de Uberaba...............................................................44

Tabela 7Tabela 7Tabela 7Tabela 7. Dados referentes à área da Percepção Tátil. Total de perguntas observadas com os 9 praticantes: 63, submetidos a 36 sessões de Equoterapia na APAE de Uberaba...................................................................................45

Tabela 8Tabela 8Tabela 8Tabela 8. Dados referentes à área do Desenvolvimento Verbal e Compreensão Verbal. Total de perguntas observadas com os 9 praticantes: 81, submetidos a 36 sessões de Equoterapia na APAE de Uberaba ......................................46

Tabela 9Tabela 9Tabela 9Tabela 9. Dados referentes à área do Desenvolvimento da motricidade. Total de perguntas observadas com os 9 praticantes: 117, submetidos a 36 sessões de Equoterapia na APAE de Uberaba..........................................................47

16

Tabela 10Tabela 10Tabela 10Tabela 10. Dados referentes à área da Coordenação Manual. Total de perguntas observadas com os 9 praticantes: 180, submetidos a 36 sessões de Equoterapia na APAE de Uberaba...............................................................47

Tabela 11Tabela 11Tabela 11Tabela 11. Dados referentes aos Hábitos de Independência. Total de perguntas observadas com os 9 praticantes: 180, submetidos a 36 sessões de Equoterapia na APAE de Uberaba...............................................................48

Tabela 12Tabela 12Tabela 12Tabela 12: Dados referentes as Áreas numéricas de Conceitos Numéricos Básicos. Total de perguntas observadas com os 9 praticantes: 117, submetidos a 36 sessões de Equoterapia na APAE de Uberaba ...................................48

17

LISTA DE FIGURASLISTA DE FIGURASLISTA DE FIGURASLISTA DE FIGURAS

Figura 1.Figura 1.Figura 1.Figura 1. Cavalo “Arco”, usado para a prática da Equoterapia em Crianças Autistas na APAE de Uberaba. Assim como, o material de montaria utilizado durante as sessões: rédea, freio, cabresto, sela e manta............................38

Figura 2.Figura 2.Figura 2.Figura 2. Cavalo “Criolo”, usado para a prática da Equoterapia em praticantes autistas na APAE de Uberaba......................................................................38

Figura 3.Figura 3.Figura 3.Figura 3. Áreas que evoluíram com a Equoterapia, observadas em praticantes autistas antes e após 36 sessões ................................................................42

FiguraFiguraFiguraFigura 4. 4. 4. 4. Áreas que evoluíram de Iniciado para Superação/ Progressão, após 6 sessões de Equoterapia............................................................................45

Figura 5. Figura 5. Figura 5. Figura 5. Áreas que permaneceram com o mesmo grau de habilidade após 36 sessões de Equoterapia em praticantes autistas.........................................49

18

ResumoResumoResumoResumo

19

RESUMO

Autismo é uma síndrome comportamental caracterizada por distúrbio de

desenvolvimento, há disfunções em nível das capacidades físicas, sociais e

lingüísticas, e anormalidades no relacionamento com objetos, eventos e

pessoas. A utilização do cavalo para tratamento, além de sua função

cinesioterápica, produz participação no aspecto psíquico, favorecendo a

reintegração social. Objetivos: Analisar em praticantes autistas submetidas à

Equoterapia, os possíveis efeitos relacionados: a função neuropsicomotora, a

percepção do meio externo, ao ajuste tônico-postural e comunicação.

Métodos: Aprovado pelo CEP da UFTM, protocolo nº 1101. Analisamos 9

crianças autistas com idades entre 8 à 17 anos, que freqüentam à APAE de

Uberaba, realizando atividades de Equoterapia uma vez por semana.

Analisamos áreas que compreendem: 1) Desenvolvimento perceptivo; 2)

Percepção auditiva; 3) Percepção tátil; 4) Percepção espacial; 5) Percepção

temporal; 6) Desenvolvimento da motricidade e movimentos corporais; 7)

Hábitos de independência; 8) Coordenação Manual; 9) Desenvolvimento

verbal, compreensão verbal e linguagem; 10) Áreas numéricas e conceitos

numéricos básicos; 11) Área emocional e social; 12) Desenvolvimento na

sessão de Equoterapia.

Teste utilizado foi o Tratamento e Educação de Crianças Autistas e com

Deficiência de Comunicação (Teacch I). Essas avaliações foram agrupadas

de acordo com fase de desenvolvimento de cada criança, sendo NI

(Desenvolvimento não Iniciado), I (Iniciado), P (Progressão), S (Superação) e

SI (100% superado), onde também foi utilizado o número 1 quando a criança

20

apresentou D (Desenvolvimento) e 2 para PR (Permanência). Para análise

estatística usamos o teste de Mc Nemar (SigmaStat). Resultados: O número

de praticantes em evolução nos grupos NI, I, P, S e SI, foram

significativamente superiores na análise da Percepção Auditiva,

Desenvolvimento na Sessão de Equoterapia e Área Emocional. Na análise de

Desenvolvimento Verbal, Coordenação Manual, Desenvolvimento da

Motricidade e áreas numéricas, o número de praticantes que permaneceram

com o mesmo grau de habilidade foi significativamente superior. Quanto a

Percepção Temporal, Desenvolvimento Perceptivo, Percepção Espacial e

Tátil, houve um número significativamente maior de participantes que

permaneceu no grupo NI e que evoluíram nos grupos I/P/S. Conclusões: A

Equoterapia é um método eficaz já que com ela conseguimos proporcionar

aos praticantes autistas melhoras após os estudos realizados nas áreas

relacionadas à Percepção Auditiva, Desenvolvimento na Sessão de

Equoterapia, Área Emocional, Percepção Temporal, Desenvolvimento

Perceptivo, Percepção Espacial e Tátil. Porém vale ressaltar que essa

evolução é variável de acordo com a fase de desenvolvimento de cada

criança. Nosso estudo confirma que a Equoterapia promove nos praticantes

autistas melhoras na qualidade de vida, proporcionando-lhes confiança e

ganho da auto-estima.

Palavras-chaves: autismo; equoterapia; fisioterapia.

21

AbstractAbstractAbstractAbstract

22

ABSTRACT

Autism is a comportamental syndrome characterized by disturbance

development, there are dysfunctions in level of the physical, social and linguistic

capacities, and abnormalities in the relationship with objects, events and

people. The use of the horse for treatment, besides its cinesioterapic function,

produces participation in the psychic aspect, favoring the social reintegration.

Objectives: To analyze autists patients submitted to hippotherapy, possible

related effects: the neuropsicomotor function, the perception of the external

enviromment, to the tonic-postural adjustment and communication. Methods:

After approved for the Ethics commit of UFTM, we analyzed 9 autistic children

with ages between 8 to 17 years, that frequent APAE, accomplishing activities

of hippotherapy once a week. We analyzed areas that understand: 1)

Perceptive development; 2) auditive perception; 3) tactile perception; 4) space

perception; 5) temporary perception; 6) motricity development; 7) independence

habits; 8) Manual co-ordination; 9) verbal development, verbal understanding

and language; 10) numeric areas and basic numeric concepts; 11) emotional

and social area; 12) development in the session of hippotherapy.

Used test: Treatment and Education of Autistic Children and with Deficiency of

Communication (Teacch I). Those evaluations were contained in accoding with

phase of each child's development, being NI (Development non Initiate), I

(Initiate), P (Progression), S (Superation) e SI (100% Superation); where the

number 1 was also used when the child presented D (Development) and 2 for

PR (Permanence). For statistical analysis we used Mc Nemar's test

(SigmaStat). Results: The number of apprentices in evolution in the groups NI,

23

I, P, S and SI, were significantly superiors in the analysis of the Auditive

Perception, Development in the Session of hippotherapy and Motricity

Emotional Area. In the analysis of Verbal Development, Manual Coordination, of

Motricidade Development and Numeric Areas the number of apprentices that

stayed with the same ability degree it was significantly superior. As the

Temporary Perception, Perceptive Development, Space and Tactile Perception,

there was a number significantly larger of participants that PR in the group NI

and that developed in the group I/P/S. Conclusions: hippotherapy is an effective

method to provide to the autiatic apprentices improvements after the studies

accomplished in the areas related to the Auditive Perception, Development in

the Session of hippotherapy, Emotional Area, Temporary Perception,

Perceptive Development, Space and Tactile Perception. However, it is worth to

point out that that evolution is variable in accord with the phase of each child's

development. Our study confirms that hippotherapy promotes in the autistic

apprentices improvements in the life quality,trust and providing them earnings of

the self-esteem.

Word-keys: autism; hippotherapy; physiotherapy.

24

1 Introdução1 Introdução1 Introdução1 Introdução

25

O termo Autismo foi criado em 1907 por Eugen Bleuler, porém, os

primeiros escritos clínicos aceitos como descrições de autismo foram

publicados apenas em 1943, por KANNER, como Autistic Disturbances of

Affective Contact (ROUDINESCO e PLON, 2000).

O autismo é uma síndrome comportamental com características de um

distúrbio de desenvolvimento. Caracteriza-se por disfunções em nível das

capacidades físicas, sociais e lingüísticas, além de anormalidades no

relacionamento com objetos, eventos e pessoas. Aparentemente, os fatores

emocionais não são causadores isolados da doença, e fatores biológicos

aparecem em quase todos os casos de autismo, porém ainda não foi

descoberto um marcador biológico específico (AARONS e GITTENS, 1992;

FRITH, 1996; POWELL e JORDAN, 1997; MARQUES, 1998; BARON-COHEN,

1999; PEREIRA, 1999; BARANEK, 2002).

Vários autores sugeriram a existência de um problema nuclear central:

uma tríade de incapacidades (Tríade de Lorna Wing), que fazem parte

alterações em nível da interação social; alterações da comunicação; alterações

da imaginação (WING, 1997; MARQUES, 1998; RODRIGUES, 2001).

Referiram ainda existir um conjunto de outras características (doenças, níveis

de desenvolvimento, idade cronológica da criança) que, em associação, vão

desencadear uma diversidade de sintomatologia específica, que se traduz em

quadros diferente (APA, 1994; HAAG et al., 2005).

O Autismo clássico, com início antes dos três anos de idade, pode ser

diagnosticado quando a criança apresenta alterações comportamentais na

interação social e na comunicação, fatos associados a várias características

como, padrões de comportamento, interesses e atividades restritos,

26

movimentos repetitivos e estereotipados, e ainda atraso ou funcionamento

anormal a nível do jogo simbólico ou imaginativo (McCONNEL, 2002; LEITÃO,

2004).

A etiologia do autismo ainda não foi definida. Com os avanços do

domínio da neurocirurgia, algumas investigações sugerem que não há um dano

físico no sistema nervoso central que desempenhe um papel primário no seu

aparecimento. Existem sim, fatores genéticos e ambientais que são

considerados como determinantes, embora a maioria dos autores apontem,

atualmente, para a multi-casualidade (GUPTA, 2006).

Portanto, a identificação precoce do autismo tem sido feita basicamente

com base em dificuldades específicas na orientação para estímulos sociais,

contato ocular social, atenção compartilhada, imitação motora e jogo simbólico.

E assim, a intervenção precoce tem-se tornado possível graças a sua

identificação cada vez mais cedo, a partir dos 18 meses de idade. (BARON-

COHEN et al., 1992).

Descrita por Hipócrates em 458 - 370 ou 351 a.C, a Equoterapia era

indicada para a regeneração da saúde, sobretudo o tratamento da insônia

(FREIRE, 1999).

A Equoterapia é usada desde a Antiguidade, sendo descrita em

trabalhos de Galeno; há também relatos de seus benefícios datando da Idade

Média – Oribasius em 1555, Puller em 1705, Quellmaltz em 1735, Van

Swienten em 1776, Chassaigne em 1870. Mesmo após tão longo período de

uso e de descrição de seus benefícios, hoje ainda existem poucos estudos que

comprovem cientificamente sua eficácia (STERBA et al.,2002).

27

A partir de 1960, a Equoterapia ganhou uma força crescente, resultante

do reconhecimento, já histórico, das qualidades terapêuticas que o cavalo tem

para o corpo e mente humanos. O termo passou então a ser usado para

descrever todos os possíveis usos terapêuticos do cavalo (COPELAND-

FITZPATRICK e TEBAY, 1998).

Desta maneira, em torno da década de 60 na Alemanha, a equitação,

enquanto intervenção terapêutica estruturada dá os seus primeiros passos e

surge originária da medicina, designando-se por Hipoterapia (SCHULZ, 1997),

Um dos conceitos que define esse recurso terapêutico se refere a ele

como um conjunto de técnicas reeducativas que atuam para superar danos

sensoriais, cognitivos e comportamentais e que desenvolvem atividades lúdico-

esportivas utilizando o cavalo. Assim, Equoterapia é um tratamento de

educação, reeducação, reabilitação motora, mental e educacional que utiliza o

cavalo dentro de uma abordagem interdisciplinar e global, buscando o

desenvolvimento físico, psicológico e social das pessoas portadoras de

necessidades especiais. É indicada para o tratamento de distúrbios que afetam

o comportamento, aprendizagem e o desenvolvimento psicomotor global, bem

como dificuldades motoras causadas por lesões cerebrais e medulares. O

tratamento através da Equoterapia pode oferecer ao praticante a interação com

o ambiente a sua volta, e ainda, provocar estímulos tridimensionais através do

cavalo, além de atuar como uma fonte de estímulos ambientais ao redor do

praticante e estimular a atividade física (CITTÉRIO, 1999; FREIRE, 1999;

GARRIGUE, 1999; SANTOS, 1999).

A Equoterapia é um recurso terapêutico que pode ser aplicado às áreas

de Saúde (portadores de necessidades especiais físicas, sensoriais e/ou

28

mentais); educação (indivíduos com necessidades educativas especiais) e

social (indivíduos com distúrbios evolutivos e/ou comportamentais) (SILVA,

2004).

Os efeitos terapêuticos que podem ser alcançados com a Equoterapia

são de quatro ordens

• melhoramento da relação: considerando os aspectos da comunicação,

do autocontrole, da autoconfiança, da vigilância da relação, da atenção e do

tempo de atenção;

• melhoramento da psicomotricidade: nos aspectos do tônus, da

mobilidade das articulações da coluna e da bacia, do equilíbrio e da postura do

tronco ereto, da obtenção da lateralidade, da percepção do esquema corporal,

da coordenação e dissociação de movimentos, da precisão de gestos e

integração do gesto para compreensão de uma ordem recebida ou por

imitação;

• melhoramento de natureza técnica: facilitando as diversas

aprendizagens referentes aos cuidados com os cavalos e o aprendizado das

técnicas de equitação;

• melhoramento da socialização: facilitando a integração de indivíduos

com danos cognitivos ou corporais com os demais praticantes e com a equipe

multidisciplinar (GARRIGUE, 1999).

Hoje em dia, devemos entender a Equoterapia como uma área de

intervenção terapêutica reconhecida pelo conselho de medicina. Como

também, Recurso Terapêutico sendo parte para a formação como disciplina

curricular, reconhecida pelo Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia

Ocupacional – COFFITO, sob parecer 008/2008 em 02 de abril de 2008.

29

(SILVA, 2008). Que utiliza o cavalo dentro de uma abordagem interdisciplinar,

nos planos da saúde e do desporto, na procura incessante do bem-estar físico,

psíquico e social de indivíduos portadores de deficiência e/ou com

necessidades especiais. (GARRIGUE, 1999; WALTER, et al., 2000; CIRILLO,

2005).

A utilização do cavalo para o tratamento, além de sua função

cinesioterápica, produz importante participação no aspecto psíquico, uma

vez que o indivíduo usa o animal para desenvolver e modificar atitudes e

comportamentos, favorecendo a reintegração social, que é estimulada pelo

contado do indivíduo com a equipe e com o animal, aproximando-o desta

maneira, cada vez mais, da sociedade na qual convive (FREIRE, 1999).

Assim, como a Equoterapia e outras terapias podem ser coadjuvantes

dos tratamentos convencionais e rotineiros para o melhor desenvolvimento

motor e cognitivo das pessoas que delam utilizam. Porém, a Equoterapia é

única na qual o praticante tem o movimento do cavalo o qual chamamos de

movimento tridimensional, semelhante ao do ser humano, estimulando a

movimentação ativa do praticante por meio da movimentação do animal

(COPETTI et al., 2007).

O cavalo realiza ciclos de movimentos semelhantes ao do homem

durante sua andadura natural, ao passo. Dentro de um minuto a quantidade de

passadas realizadas pelo cavalo pode variar de 48 a 70 passos (MEDEIROS E

DIAS, 2002).

A freqüência dos passos do cavalo esta associada ao comprimento do

passo e da velocidade da andadura do cavalo. O cavalo pode desempenhar

três tipos de andadura ou engajamento ao passo:

30

a) Transpistar: O cavalo apresenta um comprimento de passo longo, no

qual a pegada da pata posterior ultrapassa a pegada da pata anterior. Sendo

assim, um movimento de baixa freqüência.

b) Sobrepistar: As pegadas das patas posteriores coincidem com as

marcas deixadas pelas patas anteriores. Neste tipo de engajamento de patas o

cavalo possui uma freqüência média.

c) Antepitar: O cavalo apresenta um comprimento de passo curto em

que as pegadas deixadas no solo pelas patas posteriores ultrapassam as

pegadas deixadas pelas patas anteriores. Realizando assim, um movimento de

alta freqüência (BENDA et al., 2003; FREIRE, 2000).

Pesquisas apontam melhoras após intervenções com sessões de

Equoterapia nos campos psicológicos, social, nas funções motoras grossas, na

simetria da atividade muscular de tronco e no equilíbrio em pé e em quatro

apoios (COPETTI et al., 2007).

A Equoterapia é um importante meio terapêutico complementar, com

aparentes resultados positivo em vários domínios da doença Autista (FREIRE,

2000).

1.1 Hipótese

A Equoterapia gera efeitos positivos em praticantes autistas com o

passar das sessões, nas funções:

a) Neuropsicomotora;

b) Percepção do meio externo;

c) Comunicação.

31

2 Objetivos2 Objetivos2 Objetivos2 Objetivos

32

2.1 Objetivo Geral

O objetivo do presente trabalho foi estudar os efeitos da Equoterapia em

praticantes autistas no período de Fevereiro à Novembro de 2007, que

realizam a prática da Equoterapia na Associação de Pais e Amigos dos

Excepcionais de Uberaba – APAE.

2.2 Objetivos Específicos

Analisar nas crianças autistas submetidas à Equoterapia os possíveis

efeitos relacionados:

1) Ao desenvolvimento perceptivo;

2) A percepção auditiva;

3) A percepção tátil;

4) A percepção espacial;

5) A percepção temporal;

6) Ao desenvolvimento da motricidade e movimentos corporais;

7) Aos hábitos de independência;

8) A coordenação Manual;

9) Ao desenvolvimento verbal, compreensão verbal e linguagem;

10) As áreas numéricas e conceitos numéricos básicos;

11) A área emocional, afetiva e social;

12) Ao desenvolvimento na sessão de Equoterapia.

33

3 Material e Métodos3 Material e Métodos3 Material e Métodos3 Material e Métodos

34

3.1 Aspectos éticos do projeto

O presente projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa (CEP)

da Universidade Federal do Triângulo Mineiro – UFTM com o protocolo de n°

1101.

Os responsáveis pelos praticantes inclusos no projeto leram e ouviram o

termo de esclarecimento, compreendendo o objetivo do presente estudo e qual

procedimento adotado. Assinando assim, o termo de consentimento, após

esclarecimento - ANEXO I

3.2 Caracterização da amostra

Foi realizada previamente a análise dos prontuários dos pacientes com

diagnóstico de Autistas que freqüentam a APAE e levantados dados como a

idade, o sexo, a cor e o tempo de atendimento equoterapêutico, sendo que

todos os participantes no projeto estavam iniciando a prática juntamente com o

estudo proposto.

Todos os participantes do projeto faziam uso de anticonvulsivante, e

realizavam tratamento psicológico uma vez por semana na APAE de Uberaba.

Foram analisados 9 praticantes com diagnóstico clássico de Autismo,

sendo 6 do sexo masculino, que freqüentam regularmente a APAE, com idade

entre 8 a 17 anos.

35

Foi utilizado para a avaliação dos pacientes com diagnóstico de Autista

as medidas de avaliação antes do início do tratamento com a Equoterapia e ao

final de 9 meses/36 sessões do tratamento. Variáveis dependentes formam

comportamentos que caracterizam o transtorno autista, de acordo com o

Manual de Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais -DSMIII-R e DSM-

IV (FREIRE, 1999). Desta maneira, realizamos o teste Teacch I - validado:

Tratamento e Educação de Crianças Autistas e com Deficiência de

Comunicação (Teacch I) – ANEXO II.

As áreas avaliadas seguindo o Teacch I foram: 1) Desenvolvimento

Perceptivo; 2) Percepção Auditiva; 3) Percepção Tátil; 4) Percepção

Espacial; 5) Percepção Temporal; 6) Desenvolvimento da Motricidade; 7)

Hábitos de Independência; 8) Coordenação Manual; 9) Desenvolvimento

Verbal, Compreensão Verbal e Linguagem; 10) Áreas Numéricas e

Conceitos Numéricos Básicos; 11) Área Emocional, afetiva e Social; 12)

Desenvolvimento na Sessão de Equoterapia – vale ressaltar, que esta área

avaliada não é uma área validada pelo teste. Sendo esta acrescida pelos

pesquisadores do presente projeto.

Desta forma, avaliamos se os praticantes encontravam-se nos

seguintes grupos: Aquisição ou aprendizagem Não iniciada – NI; Iniciada – I;

Progressão – P; Superação – S e aquisição ou aprendizagem totalmente

alcançada - SI

As avaliações foram realizadas somente por examinadores previamente

treinados para a execução do teste. Foram realizadas duas avaliações, sendo

a primeira no início da pesquisa e a segunda avaliação transcorridos 9 meses

ou 36 sessões após a primeira avaliação.

36

As sessões foram realizadas na APAE, que possui uma área apropriada

para o desenvolvimento das atividades, contendo um picadeiro, um redondel

com rampa de acesso, objetos lúdicos, áreas com pisos variados (cimentado,

areia, terra batida, grama, pedra brita). Foram utilizados dois cavalos treinados

pela instituição em boas condições para os atendimentos, equipamentos

necessários para a prática de Equoterapia como, por exemplo, selas, baixeiros,

cilhões, mantas, cabeçadas, rédeas, materiais pedagógicos e lúdicos como

bolas, bastões, argolas, marionetes, brinquedos de texturas diferentes (Figura

1) e (Figura 2). A rotina do atendimento das crianças com diagnóstico de

Autistas teve a colaboração da equipe técnica da APAE e da Universidade

Federal do Triângulo Mineiro, composta por médicos, fisioterapeutas,

psicólogas, pedagogas, fonoaudiólogas, terapeutas ocupacionais e auxiliares

guias.

3.3 Critérios de inclusão e exclusão

Como critério de inclusão fez se necessário que o paciente com

diagnóstico de Autista estivesse em início de atendimento equoterapêutico na

APAE, bem como encaminhamento médico e termo de responsabilidade

assinado pelo responsável, que fora elaborado pela Associação Nacional de

Equoterapia (ANDE-BRASIL) adotado pela APAE autorizando a prática de

Equoterapia. Alem, da assinatura do Termo de Consentimento para a

realização da pesquisa.

37

Como critério de exclusão, o paciente com diagnóstico de Autista não

podia apresentar: epilepsia não controlada, cardiopatias agudas,

comportamento autodestrutivo ou com medo incoercível, instabilidades da

coluna vertebral, graves afecções da coluna cervical como hérnia de disco,

luxações de ombro ou de quadril, escoliose em evolução de 30 graus ou mais,

hidrocefalia com válvula, processos artríticos em fase aguda, úlceras de

decúbito na região pélvica ou nos membros inferiores.

3.4 Análise Estatística

Para a análise estatística foi elaborada uma planilha eletrônica banco de

dados através do programa Microsoft Excel® e os dados foram analisados

através do Software SigmaStat® 2.3. A normalidade e homogeneidade das

variâncias dos dados foram verificadas a partir do teste de Kolmogorov-

Smirnov.

Os testes estatísticos foram aplicados de acordo com os objetivos

específicos descritos neste projeto, como segue: (1) Objetivos 1 a 12. O

estudo das variáveis não paramétricas foi através do teste de McNemar.

Foram consideradas estatisticamente significativas as diferenças em que a

probabilidade foi menor que 5% (p<0,05).

38

Figura 1: Cavalo “Arco”, usado para a prática da Equoterapia em praticantes autistas na APAE de Uberaba. Assim como, o material de montaria utilizado durante as sessões: rédea, freio, cabresto, sela e manta.

Figura 2: Cavalo “Criolo”, usado para a prática da Equoterapia em Crianças Autistas na APAE de Uberaba.

39

Resultados Resultados Resultados Resultados

40

Foram analisados 9 praticantes autistas com idade entre 8 a 17 anos,

sendo 6 do gênero masculino e 6 da cor branca, iniciados com tratamento

equoterapêutico na APAE de Uberaba.

As áreas avaliadas seguindo o Teacch I foram: 1) Desenvolvimento

Perceptivo; 2) Percepção Auditiva; 3) Percepção Tátil; 4) Percepção

Espacial; 5) Percepção Temporal; 6) Desenvolvimento da Motricidade e

Movimentos Corporais; 7) Hábitos de Independência; 8) Coordenação

Manual; 9) Desenvolvimento Verbal, Compreensão Verbal e Linguagem; 10)

Áreas Numéricas e Conceitos Numéricos Básicos; 11) Área Emocional,

afetiva e Social; 12) Desenvolvimento na Sessão de Equoterapia.

O número de praticantes em evolução nos grupos Não Iniciado – NI;

Iniciado – I; Progressão - P e Superação – S e 100% alcançado, foi

significativamente superior na análise da Percepção Auditiva (Tabela 1),

Desenvolvimento na Sessão de Equoterapia (Tabela 2) e Área Emocional,

Afeto e Social (Tabela 3), (Figura 3).

41

2º Avaliação

1º Avaliação NI I P S SI

NI 1 8 4 0 0

I 0 0 10 0 0

P 0 0 9 4 0

S 0 0 0 0 0

SI 0 0 0 0 0

Tabela 1- Dados referentes à área da Percepção Auditiva. Total de

perguntas observadas com os 9 praticantes: 36, submetidos a 36 sessões

de Equoterapia na APAE de Uberaba.

2º Avaliação

1º Avaliação NI I P S SI

NI 11 17 22 22 21

I 0 0 1 0 18

P 0 0 0 0 4

S 0 0 0 0 2

SI 0 0 0 0 8

Tabela 2: Dados referentes à área do Desenvolvimento na Equoterapia.

Total de perguntas observadas com os 9 praticantes: 126, submetidos a 36

sessões de Equoterapia na APAE de Uberaba.

42

2º Avaliação

1º Avaliação NI I P S SI

NI 30 32 5 0 0

I 0 6 5 0 0

P 0 0 7 0 0

S 0 0 0 0 0

SI 0 0 0 0 5

Tabela 3: Dados referentes à Área emocional, afetiva e Social. Total de

perguntas observadas com os 9 praticantes: 90, submetidos 36 sessões de

Equoterapia na APAE de Uberaba.

0

20

40

60

80

100

120

Figura 3- Áreas que evoluíram com a Equoterapia observadas em praticantes autistas antes e após 36 sessões (Teste de McNemar *p<0,05).

Permaneceu Evoluiu

Percepção Auditiva Desenv. na Equot Emocional

Perguntas

8

41 49

28 18

108

43

Quanto a Percepção Temporal (Tabela 4), Desenvolvimento Perceptivo

(Tabela 5), Percepção Espacial (Tabela 6) e Tátil (Tabela 7), houve um

número significativamente maior de participantes que permaneceu no grupo

NI, e que evoluíram nos grupos I/ P/S (Figura 4).

2º Avaliação

1º Avaliação NI I P S SI

NI 118 4 0 0 0

I 0 5 3 0 0

P 0 0 4 1 0

S 0 0 0 0 0

SI 0 0 0 0 0

Tabela 4: Dados referentes à área da Percepção Temporal. Total de

perguntas observadas com os 9 praticantes: 135, submetidos a 36 sessões

de Equoterapia na APAE de Uberaba.

44

2º Avaliação

1º Avaliação NI I P S SI

NI 38 8 0 0 0

I 0 11 7 0 0

P 0 0 3 2 0

S 0 0 0 3 0

SI 0 0 0 0 0

Tabela 5: Dados referentes à área do Desenvolvimento Perceptivo. Total de

perguntas observadas com os 9 praticantes: 72, submetidos a 36 sessões

de Equoterapia na APAE de Uberaba.

2º Avaliação

1º Avaliação NI I P S SI

NI 66 27 4 0 0

I 0 15 10 0 0

P 0 0 4 0 0

S 0 0 0 0 0

SI 0 0 0 0 0

Tabela 6: Dados referentes à área da Percepção Espacial. Total de

perguntas observadas com os 9 praticantes: 126, submetidos a 36 sessões

de Equoterapia na APAE de Uberaba.

45

2º Avaliação

1º Avaliação NI I P S SI

NI 19 9 1 0 0

I 0 16 7 0 0

P 0 0 7 3 0

S 0 0 0 0 1

SI 0 0 0 0 0

Tabela 7: Dados referentes à área da Percepção Tátil. Total de perguntas

observadas com os 9 praticantes: 63, submetidos a 36 sessões de

Equoterapia na APAE de Uberaba

0

2

4

6

8

10

12

14

16

18

Figura 4- Áreas que evoluíram de Iniciado para Superação/Progressão após 36 sessões de Equoterapia (Teste de McNemar * p< 0,05).

Desenvolvim. Perceptivo Percepção Temporal Percepção Espacial

Percepção Tátil

Permaneceu Evoluiu

Perguntas

5

10

18

16

5 5 4

7

46

Na análise de Desenvolvimento Verbal e Compreensão Verbal (Tabela

8), Coordenação Manual (Tabela 9), Desenvolvimento da Motricidade

(Tabela 10), Hábitos de independência (Tabela 11) e Áreas Numéricas -

conceitos numéricos básicos (Tabela 12), o número de praticantes que

permaneceram com o mesmo grau de habilidade foi significativamente

superior, (Figura 5).

2º Avaliação

1º Avaliação NI I P S SI

NI 54 6 0 0 0

I 0 5 3 0 0

P 0 0 8 3 0

S 0 0 0 0 0

SI 0 0 0 0 2

Tabela 8: Desenvolvimento Verbal e Compreensão Verbal. Total de

perguntas observadas com os 9 praticantes: 81, submetidos a 36 sessões

de Equoterapia na APAE de Uberaba.

47

2º Avaliação

1º Avaliação NI I P S SI

NI 83 34 4 0 0

I 0 12 10 3 0

P 0 0 6 2 0

S 0 0 0 0 0

SI 0 0 0 0 26

Tabela 9: Dados referentes à área da Coordenação Manual. Total de

perguntas observadas com os 9 praticantes: 180, submetidos a 36 sessões

de Equoterapia na APAE de Uberaba.

2º Avaliação

1º Avaliação NI I P S SI

NI 20 4 1 0 0

I 0 4 0 0 0

P 0 0 4 6 0

S 0 0 0 0 0

SI 0 0 0 0 78

Tabela 10: Dados referentes à área do Desenvolvimento da Motricidade.

Total de perguntas observadas com os 9 praticantes: 117, submetidos a 36

sessões de Equoterapia na APAE de Uberaba.

48

2º Avaliação

1º Avaliação NI I P S SI

NI 71 27 2 1 0

I 0 13 4 0 0

P 0 0 9 5 0

S 0 0 0 0 1

SI 0 0 0 0 47

Tabela 11: Dados referentes à área dos Hábitos de Independência. Total de

perguntas observadas com os 9 praticantes: 180, submetidos a 36 sessões

de Equoterapia na APAE de Uberaba.

2º Avaliação

1º Avaliação NI I P S SI

NI 99 9 1 0 0

I 0 6 1 0 0

P 0 0 1 0 0

S 0 0 0 0 0

SI 0 0 0 0 0

Tabela 12: Dados referentes as Áreas Numéricas e Conceitos Numéricos

Básicos. Total de perguntas observadas com os 9 praticantes: 117,

submetidos a 36 sessões de Equoterapia na APAE de Uberaba.

140

49

0

20

40

60

80

100

120

140

Figura 5- Áreas que permaneceram com o mesmo grau de habilidade após

36 sessões de Equoterapia em praticantes autistas (Teste de McNemar * p<

0,05).

Permaneceu Evoluiu

Desenv. Verbal Coord. manual Desenv. motric Hábit. independ Áreas numéricas

Perguntas

69

12

127

53

106

11

40

106

11

50

5 Discussão5 Discussão5 Discussão5 Discussão

51

Em nosso estudo observamos que todos os praticantes de Equoterapia

com autismo que participaram desde trabalho tiveram em alguma das áreas

avaliadas melhoras. Embora, algumas de forma mais evidentes que outras,

como a área emocional – afetiva e social, percepção auditiva, e sessões de

Equoterapia. Os praticantes no desenvolvimento do trabalho passaram a

perceber melhor os profissionais que ali estava e também o cavalo, passaram a

reagir de modo menos desadequado ao contado físico, gostando de estar

montado a cavalo e demonstrando carinho com os profissionais e

principalmente com o animal. Na literatura encontra-se descrito que autista

facilita o trato com os animais por haver uma semelhança em seus

comportamentos (GRANDIN E JOHNSON, 2005).

Nossos dados demonstraram que os comportamentos impróprios, agressivos e

de agitação, apresentaram redução com o passar das sessões de Equoterapia.

Durante as sessões o contato entre o praticante e o cavalo foi multissensorial.

O autista manifestou-se emocionalmente com o cavalo através do toque e da

expressão facial, onde obtivemos melhoras na área afetiva - social e

emocional. Estando de acordo com que foi descrito na literatura. (GARRIGUE

et al,1999; SCHULZ, 1997).

As alterações no nosso estudo na área da percepção auditiva

apresentaram características evolutivas com resultados significativos, estando

de acordo com a literatura, que, em nível sensoperceptivo o cavalo irá

contribuir na estimulação dos sistemas vestibular, somatossensorial,

proprioceptivo, visual e auditivo no paciente (MEDEIROS E DIAS, 2002).

Ao analisarmos a área do Desenvolvimento Perceptivo, Percepção Tátil,

Espacial, e Temporal, observamos que não houve diferença estatisticamente

52

significativa nos grupos que se encontravam em habilidade Não Iniciada - NI.

Porém, entre os praticantes que se encontravam nos grupos Iniciado – I,

Progressão - P e Superação - S, no início do trabalho, obtiveram uma

evolução significativa. Estes dados demonstram que a Equoterapia melhora a

coordenação espaço-temporal e o desenvolvimento perceptivo, dependendo do

grau de evolução de cada praticante (BUCHENE & SAVINI, 1996; BROWN,

2000). Além disso proporciona aos praticantes uma adequação no

estabelecimento do contato tátil (FREIRE, 2000).

Em nosso estudo encontramos o mesmo grau de habilidade, nas áreas

do Desenvolvimento da Motricidade e Movimentos Corporais, Coordenação

Manual, Desenvolvimento Verbal, Compreensão Verbal e Linguagem. Acredita-

se que no Desenvolvimento da Motricidade e Movimentos Corporais, não

encontramos diferença estatisticamente significante, porque os praticantes

autistas, incluídos neste estudo, tinham graus considerados satisfatórios para

esta categoria. Em outros trabalhos, os autores demonstram que a Equoterapia

pode contribuir para uma marcha mais independente, pois sobre o cavalo tem-

se a oportunidade de vivenciar mudanças posturais em postura ereta e praticar

estabilização de cabeça e tronco, além de experimentar diversas forças em

variados planos de movimento, como situações momentâneas e que exigem

novos ajustes posturais para que ele continue a se manter posicionado sobre o

cavalo (FLECK ,1992; LALLERY, 1992; BUCHENE E SANIVI, 1996;

GARRIGUE et al., 1999; ROCHA E LOPES, 2004).

Estudos mostram que os indivíduos do espectro autista apresentam

algum tipo de comunicação (BERNARD - OPTIZ, 1982; MOLINI E

53

FERNANDES, 2003). Ao contrário dos dados estatísticos que encontramos em

nosso estudo.

Em relação a área numérica e conceitos numéricos básicos, observamos

uma permanência dos dados, sem diferença estatisticamente significante, onde

os praticantes na avaliação desta área demonstram falha na coerência e,

conseqüentemente, tendência a prestar atenção em detalhes. Desta forma,

tornou-se difícil o estabelecimento da relação entre as partes e o todo. O que

esta de acordo com outros autores (TAWNEY E GAST, 1984; SPRANDLIN E

BRADY, 1999; ALMEIDA, 2003; HAPPÉ, 2006).

Este estudo demonstrou de forma geral que o autista demonstrou gostar

de estar em contado com o cavalo. Na literatura é descrito que a maioria dos

autistas vivenciam o mundo de forma parecida com a dos animais (GRANDIN

E JOHNSON, 2005).

Em conclusão, o cavalo revelou ser um organizador potente do

comportamento de todas as crianças. Observamos ainda que os praticantes

exibiram manifestações de autoconfiança, capacidade e auto-suficiência,

comportamentos esses imprescindíveis para o desenvolvimento de uma vida

estável.

Acreditamos também que seria importante que o estudo das áreas

numéricas fosse reaplicado com um número maior de participantes. Uma vez

que, justifica-se o desenvolvimento de tecnologias para o ensino de habilidades

acadêmicas que atinjam esse público, pois no Brasil, com o advento da filosofia

de inclusão escolar, a educação de pessoas com necessidades educacionais

especiais, incluindo autistas, passou a ser direcionada para a escola regular

(GOMES, 2007).

54

6 Conclusão6 Conclusão6 Conclusão6 Conclusão

55

6.1 Com relação aos objetivos propostos concluímos que:

6.1.1. A ocorrência de evolução em crianças autistas avaliadas após 9

meses de sessão de Equoterapia uma vez por semana por um

tempo de 30 minutos, nas áreas da Percepção Auditiva,

Emocional, afetiva e social e Desenvolvimento na Sessão de

Equoterapia, demonstrou ser um método eficaz para o praticante

autista já que com ela conseguimos proporcionar a esta

população melhoras após os estudos realizados;

6.1.2. quando analisamos o Desenvolvimento Perceptivo, Percepção

Tátil, Espacial e Temporal, observamos que os praticantes que se

encontravam no início do trabalho no grupo Não iniciado – NI,

mantiveram os mesmos resultados ao final da pesquisa. Porém,

os que estavam nos grupos Iniciado – I, Progresso - P e

Superação – S, obtiveram evolução quando avaliados ao final das

36 sessões.

6.1.3 houve prevalência do mesmo grau de habilidade nas áreas do

Desenvolvimento da Motricidade e Movimentos Corporais,

provavelmente como conseqüência dos praticantes apresentarem

uma boa evolução no início da avaliação; além da área da

Linguagem, Desenvolvimento Verbal, compreensão verbal, os

praticantes mantiveram sem apresentar dados significativos de

evolução.

6.1.4 na avaliação da área numérica e conceitos numéricos básicos não

ocorreu evolução significante, uma vez que os praticantes

56

permaneceram nos mesmos grupos avaliados Não iniciado – NI,

Iniciado – I, Progressão – P e Superação - S.

Finalmente, concluímos que a Equoterapia revelou ser um método eficaz

para o praticante autista, tendo em vista que conseguimos proporcionar a esta

população melhoras após os estudos realizados envolvendo as áreas de

Percepção Auditiva, Desenvolvimento na Sessão de Equoterapia, Área

Emocional, Percepção Temporal, Desenvolvimento Perceptivo, Percepção

Espacial e Tátil. Porém, vale ressaltar que essa evolução é variável de acordo

com a fase de desenvolvimento de cada praticante. Nosso estudo confirma que

a Equoterapia promove nos praticantes autistas uma melhora na qualidade de

vida, reforçando a auto-estima, proporcionando-lhes confiança e segurança

com o passar das sessões. A prática da Equoterapia como agente terapêutico

tem se difundido, e isto se justifica pelos seus objetivos de estimular o indivíduo

como um todo, favorecendo as funções neuromotoras, cognitivas e

psicossociais. Desta forma, a Equoterapia colabora no processo de reabilitação

ativa do indivíduo participando de seu crescimento e desenvolvimento.

57

7 Referências Bibliográficas7 Referências Bibliográficas7 Referências Bibliográficas7 Referências Bibliográficas

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35. ROUDINESCO, E.; PLON, N. Socializing influence of remedial

educational vaulting on children with autistic attitudes. Proceedings

of the Ninth International Therapeutic Riding, v. 15, p. 65 – 73,

2000.

36. SANTOS, O. O papel do médico na equoterapia. Obra apostilada. P.

5 – 7, 1999.

37. SCHULZ, M. Socializing influence of remedial education vaulting on

children with autistc attitudes. In Proceedings of the Minth

International Therapeutic Riding, p. 15, 1997.

38. SILVA, C. H.; E GRUBITIS, S. Discussão sobre o efeiro positivo da

equoterapia em crianças cegas. Arquivos de Psicanálise, v. 5, n. 2,

p. 6 – 13, 2004.

64

39. SILVA, J. E. P. Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia

Ocupacional. Disponível em Internet <

http//www.coffito.org.br/publicações. Acessado em 10 de setembro

de 2008.

40. SPRADLIN, J.E.; BRADY, N.C. Early chidhood autis and stimulus

control. Journal de context, p. 49 – 65, 1999.

41. STERBA, J. A.; ROGERS, B. T.; FRANCE, A.P.; VOKES, D. A.;

WARNER, R. Horseback riding in children with cerebral palsy: effect

on gross motor function. Developmental Medicine and Child

Neurology, v. 44, p. 301 – 308, 2002.

42. TAWNEY, J. W.; GAST, D. L. Single subject research in special

education, Company Journal Towell, 1984.

43. WALTER, G. B.; VENDRAMINI, M. Equoterapia – Terapia com o

uso do cavalo. p, 62, 2000.

44. WING, L. Syndromes of autism and atypical development. Journal

New York Sons, n. 2, p. 148 -172, 1997.

65

8 Anexos8 Anexos8 Anexos8 Anexos

66

TERMO DE ESCLARECIMENTO

TÍTULO DO PROJETO: EFEITOS DA EQUOTERAPIA EM CRIANÇAS

AUTISTAS

Você é responsável por um paciente portador de uma doença denominada Autismo e

seu tutelado está sendo convidado(a) a participar do estudo “Análise dos efeitos da

equoterapia em praticantes autistas”. Os avanços na área da saúde ocorrem através

de estudos como este, por isso a sua participação é importante. O objetivo deste estudo é

analisar os efeitos obtidos pela equoterapia nas “relações físicas e sociais” dos pacientes

Autistas. Caso você aprove a participação, seu tutelado não sentirá desconforto ao

realizar os testes, pois eles serão inseridos nas sessões semanais de equoterapia.

Você poderá obter todas as informações que quiser e poderá retirar seu consentimento a

qualquer momento, sem prejuízo no atendimento. Pela participação no estudo, não

haverá recebimentos de valor em dinheiro, mas terá a garantia de que todas as despesas

necessárias para a realização da pesquisa não serão de sua responsabilidade. Não será

mencionado o nome do paciente e os resultados obtidos serão expressos em letras ou

números.

67

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE, APÓS ESCLARECIMENTO

TÍTULO DO PROJETO: EFEITOS DA EQUOTERAPIA EM PRATICANTES

AUTISTAS

Eu, ____________________________________________________________, li e/ou

ouvi o esclarecimento acima e compreendi para que serve o estudo e qual procedimento

será realizado. A explicação que recebi esclarece os riscos e benefícios do estudo. Eu

entendi que sou livre para interromper a participação a qualquer momento, sem

justificar minha decisão e que isso não afetará o tratamento de meu tutelado. Sei que o

nome não será divulgado, que não terei despesas e não receberei dinheiro por participar

do estudo. Eu concordo em participar do estudo.

Uberaba,............./ ................../................

____________________________________ _______________________

Assinatura do voluntário ou seu responsável legal Documento de identidade

______________________________ _________________________________

Assinatura do pesquisador responsável Assinatura do pesquisador orientador

Telefone de contato dos pesquisadores: 3318-5428 (Disciplina de patologia

Geral/UFTM) 3331-7500 (APAE/Uberaba – MG).

Em caso de dúvida em relação a esse documento, você pode entrar em contato com o

Comitê Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Triângulo Mineiro, pelo telefone

3318-5428 Disciplina de Patologia Geral.

68

AVALIAÇÃO

( X ) Primeira Avaliação: Fevereiro de 2007 ( *) Segunda Avaliação: Novembro de 2007

Os itens admitem vários tipos de respostas.

Em todos colocaremos um X para a primeira avaliação e um *

para segunda avaliação, na coluna da direita no lugar em

que corresponda a seguinte legenda:

NI: Aquisição ou aprendizagem “Não iniciada”.

I: Aquisição ou aprendizagem em etapa de “Iniciação”.

P: Aquisição ou aprendizagem em fase “progresso”.

S: Aquisição ou aprendizagem em fase “Superação”.

SI: Aquisição ou aprendizagem totalmente alcançada 100%.

Aluno (a):

Data: Método de atendimento: Teacch

I

Responsável pela coleta dos dados:

69

Desenvolvimento Perceptivo NI I P S

1 Segue com vista a trajetória de um objeto (perto – longe)

2 Discrimina intensidade da luz (dia – noite – claro – escuro)

3 Conhece as formas dos objetos e agrupa

4 Discrimina as cores primárias ( branco, preto, vermelho, azul, verde,

amarelo)

5 Discrimina as cores secundárias. Quais?

6 Percebe o que falta em figuras

7 Identifica semelhança entre pares

8 Identifica diferença nos pares

Percepção Auditiva

Discrimina sons produzidos:

1 Pelo próprio corpo

2 Por instrumentos

3 Por animais

4 Localiza de onde vem o som

Percepção Tátil

1 Partes do corpo, Quais?

2 Objetos. Quais?

3 Quente – frio

4 Formas geométricas

5 Discrimina objetos por sua textura (áspero, suaves, rugosos, lisos)

6 Discrimina diferentes sabores (doce, amargo, salgado)

7 Discrimina odores (agradável, desagradável)

Percepção Espacial

Discrimina:

1 Dentro - fora

2 Fechar - abrir

3 Grande - pequeno

4 Alto - baixo

5 Acima - abaixo

6 Cheio - vazio

70

7 Perto - longe

8 Curto - comprido

9 Igual - diferente

10 Largo - estreito

11 Princípio - fim

12 Direita - fim

13 Soluciona quebra -cabeça

14 Discrimina formas geométricas: em cima, em baixo, ao lado, menor,

maior

Percepção Temporal

Discrimina os seguintes conceitos:

1 a) Dia - noite

2 b) Antes – agora - depois

3 c) Manhã – tarde - noite

4 d) Hoje – amanhã - ontem

5 e) Semana (fala os dias, sabe a ordem)

6 f) Mês

7 g) Ano

8 h) Estações do ano – as reconhece. Quais?

Percepção Temporal

Discrimina no relógio:

9 As horas em ponto

10 As meias-horas

11 Os quartos de horas

12 Os minutos

13 Os segundos

14 Verbaliza fatos em ordem cronológica

71

15 Mona estórias em seqüência

DESENVOLVIMENTO DA MOTRICIDADE NI I P S SI

1 Movimentos e coordenações gerias

2 Controla a cabeça

3 Mantém-se sentado

4 Engatinha

5 Põe-se de pé

6 Caminha

7 Corre

8 Salta

9 Lança objetos

10 Maneja uma bicicleta (de três rodas / de duas)

11 Marcha

12 Andar em um pé só

13 Faz um quatro

HÁBITOS DE INDEPENDÊNCIA NI I P S SI

1 Come sozinho

2 Usando colher

3 Usando garfo

4 Usando faca

5 Controla esfíncteres

6 a) durante o dia (urinário, anal)

7 b) durante a noite (urinário, anal)

8 Calça chinelos

9 Assoa com um lenço

10 Desabotoa

11 Usa o W.C. de forma independente

12 Veste roupas. Quais?

13 Escova os dentes

14 Corta as unhas

15 Usa normas de cortesia com os demais (cumprimenta, despede-se,

desculpa-se, responde a perguntas)

16 Anda sozinho pelas ruas

72

17 Toma banho sozinho

18 Penteia os cabelos

19 Alimenta-se sozinho

20 Sabe preparar refeições simples

COORDENAÇÃO MANUAL NI I P S SI

A Mantém objetos na mão

B Domina os movimentos das mãos

C Pressão

D Força

Precisão

1 Coordena os movimentos viso-manuais

2 Pressão

3 Força

4 Precisão

5 Coordenação grafo-manual (pré-escrita)

6 Realiza traços livres: com as mãos, com os dedos (horizontal,

vertical, inclinado, curvas, espiral, cruzados, saltos, paralelas, etc.

7 Realiza traços com instrumentos: grosso (pincéis, giz)

8 Finos (lápis, caneta)

9 Precisão

10 Preenche espaços de forma geométrica

11 Preenche espaços fechados por moldes

12 Preenche espaço fechado por linhas

13 Une ponto previamente dispostos

14 Traça linhas

15 Reproduz figuras geométricas

DESENVOLVIMENTO VERBAL E COMPREENSÃO VERBAL NI I P S SI

1 Discrimina as pessoas pó seu nome

2 Entende ordens (simples, complexas)

3 Reconhece objetos por seu nom. Quais?

4 Define palavras concretas

5 Define palavras abstratas. Quais?

6 Sabe sinônimo de palavras. Quais?

73

7 Sabe antônimo de palavras. Quais?

8 Explica o significado de uma explicação

9 Resume o significado de uma explicação

ÁREAS NUMÉRICAS CONCEITOS NUMÉRICOS BÁSICOS NI I P S SI

1 Usa significativamente os conceitos: quantitativos referentes a pessoas

(ninguém, nenhum, um, pouco, algum, vários, muitos, todos)

2 Quantitativos referentes a coisas (nada – pouco – muito – tudo)

3 Comparação (mais igual – menos – maior/menor)

4 Ordem (primeiro e último)

5 Resolve multiplicações: por um algarismo. Quais?)

6 Por dois ou mais algarismos

7 Possui um conceito de fração

8 Raciocínio abstrato: resolve quebra-cabeça e outras construções

9 De quantas peças

10 Classifica objetos: de acordo com um critério (cor, forma, tamanho)

11 Encontra relações de igualdade

12 Encontra deifrenças

13 Dá soluções práticas e situações concretas

ÁREA EMOCIONAL – AFETIVA E SOCIAL NI I P S SI

1 Supera os medos

2 Supera as trivialidades

3 Reage equilibradamente à frustração

4 Supera rações de competição

5 Comporta-se de forma correta, sem necessidade de motivação

extrínseca

6 Mostra um estado emocional regular: Quais condutas inadequadas

74

demonstram com mais freqüência? (impaciência, choro, caprichos)

7 Outros: nervosismo, mexe-se com freqüência não atendendo pedidos

para parar

8 Integra-se bem no grupo

10 Em caso negativo: que conduta de egocentrismo mostra?

11 Mostra-se membro ativo no grupo

12 Atém-se a normas de comportamento ético-social. Em caso negativo:

que comportamento realiza?

MELHORAS NAS SESSÕES DE EQUOTERAPIA NI I P S SI

1 Medo do cavalo

2 Faz carinho no cavalo

3 Segura no cepilho

4 Sobe do cavalo e desce do cavalo sozinho

5 Interage com o animal

6 Interage com a Equipe

7 Mantém boa postura em cima do cavalo

8 Mantém maneirismos em cima do cavalo

9 Se mantém sozinho em cima do cavalo

10 Tem noção do balanço do cavalo

11 Coloca os pés no estribo

12 Tem interesse em ir para a sessão

13 Descrimina sons produzidos por animais

14 Mantém o equilíbrio em cima do cavalo

OBS: Melhoras na sessão de Equoterapia, adaptação da avaliação

75

Eventos que ocorreu a apresentação da teseEventos que ocorreu a apresentação da teseEventos que ocorreu a apresentação da teseEventos que ocorreu a apresentação da tese

1. Apresentação em congresso: Congresso de Fisioterapia do Triângulo

Mineiro, Uberaba, Minas Gerais, Maio de 2008.

2. Publicação com Resumos: Suplemento da revista Fisioterapia e

Especialidades.

3. Apresentação em Congresso: I Congresso Latino Americano e IV

Brasileiro de Equoterapia, Curitiba, Paraná, Setembro de 2008-08-28

4. Publicação com Resumos nos Anais I Congresso Latino Americano e IV

Brasileiro de Equoterapia

76

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