EFEITOS DO TREINAMENTO DO MÉTODO PILATES COM … · requisito parcial para obtenção do grau de...
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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE
PRÓ-REITORIA DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA
MESTRADO EM EDUCAÇÃO FÍSICA
EFEITOS DO TREINAMENTO DO MÉTODO PILATES COM APARELHOS SOBRE A PRESSÃO ARTERIAL E A FUNÇÃO
PULMONAR DE MULHERES HIPERTENSAS
REBECA MARÍLIA DE ALCANTARA ARAUJO
São Cristóvão -SE
2017
II
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE
PRÓ-REITORIA DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA
MESTRADO EM EDUCAÇÃO FÍSICA
EFEITOS DO TREINAMENTO DO MÉTODO PILATES COM APARELHOS SOBRE A PRESSÃO ARTERIAL E A FUNÇÃO PULMONAR DE MULHERES HIPERTENSAS
REBECA MARÍLIA DE ALCANTARA ARAUJO
Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Educação Física da Universidade Federal de Sergipe como requisito parcial para obtenção do grau de Mestre em Educação Física.
Orientador: Prof. Dr. Rogério Brandão Wichi
São Cristóvão - SE
2017
III
ARAUJO, REBECA EFEITOS DO TREINAMENTO DO MÉTODO PILATES COM APARELHOS SOBRE A PRESSÃO ARTERIAL E A FUNÇÃO PULMONAR DE
MULHERES HIPERTENSAS
2017
IV
Ficha catalográfica
Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca Central / UFS
Araujo, Rebeca Marília de Alcantara
Efeitos do treinamento do método Pilates com aparelhos sobre a pressão arterial e a função pulmonar de mulheres hipertensas. São Cristóvão, 2017, 57 fl.
Orientador: Prof. Dr. Rogerio Brandão Wichi
Dissertação (Mestrado em Educação Física) – Universidade Federal de
Sergipe, Pró- Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa, Programa de Pós-
Graduação em Educação Física.
V
REBECA MARÍLIA DE ALCANTARA ARAUJO
EFEITOS DO TREINAMENTO DO MÉTODO PILATES COM APARELHOS SOBRE A PRESSÃO ARTERIAL E A FUNÇÃO PULMONAR DE MULHERES
HIPERTENSAS
Dissertação apresentada ao Núcleo de Pós-
Graduação em Educação Física da
Universidade Federal de Sergipe como
requisito parcial para obtenção do grau de
Mestre em Educação Física.
Aprovada em ____/____/____
___________________________________________ Orientador: Prof. Dr. Rogério Brandão Wichi
___________________________________________ 1° Examinador: Prof. Dr. Silvan Silva de Araújo
___________________________________________ 2º Examinador: Prof. Dr. Diogo Costa Garção
PARECER
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________
VI
AGRADECIMENTOS
Diante do final dessa jornada de dois anos agradeço a Deus por ter me dado força
para superar todos os obstáculos.
Agradeço a meus pais por todo o apoio em tudo na vida, acreditando e dando todo o
suporte para alcançar meus objetivos. Aos meus irmãos pela torcida de sempre, e
sempre dispostos a ajudar no que eu precisasse.
Ao professor Rogério Brandão Wichi por sempre acompanhar de perto todo esse
processo, sendo orientador e amigo, orientando da melhor forma possível. sua
contribuição foi para o meu crescimento não só na vida acadêmica, mas também na
vida pessoal.
A Rodrigo Miguel por toda contribuição e tempo disponibilizado para me ajudar, foi
essencial nessa jornada.
A todos os amigos que fiz e tive a oportunidade de conhecer durante esse percurso.
Aos professores do programa que contribuíram com trocas de conhecimento, e por
inspirar com a postura ética.
A todos meu muito OBRIGADA!
VII
RESUMO
Introdução: Para diminuir e controlar a pressão arterial é indicado como tratamento
não farmacológico a prática de exercício físico que pode ser considerado uma forma
eficaz, segura e de baixo custo. Diante dos tipos de treinamento pode-se destacar o
método Pilates. Objetivos: Avaliar o efeito do treinamento do método Pilates na
pressão arterial sistólica (PAS), na pressão arterial diastólica (PAD), na pressão
arterial média (PAM), no percentual de gordura corporal e na capacidade vital forçada
(CVF) de mulheres hipertensas. Métodos: Vinte e seis mulheres, sendo oito
normotensas (C), 10 hipertensas controladas (HC) e oito hipertensas
descompensadas (HD), com idade média de 58±5,6 anos, foram submetidas 12
semanas, duas sessões semanais com duração de 60 minutos cada sessão. O
protocolo foi composto por 10 exercícios, com três séries de 10 repetições e
intervalo de um minuto entre séries. Foram estimadas PAS, PAD, PAM, percentual
de gordura corporal e CVF 48 horas antes e 48 horas após o período de
treinamento. Resultados: O treinamento com Pilates promoveu redução da PAS de
9 mmHg e na PAM de 7 mmHg no grupo HD, na PAD não promoveu alterações em
nenhum dos grupos. O Pilates também reduziu o percentual de gordura nos grupos
de hipertensas controladas e hipertensas descompensadas (HC: pré: 28±3; pós:
26±3; HD: pré: 24±5; pós: 23±4%). A hipertensão arterial diminuiu a CVF das
mulheres hipertensas descompensadas e controladas, mesmo após 24 sessões de
treinamento com o método Pilates a CVF não apresentou alterações. Conclusão:
Foi possível verificar que 24 sessões de treinamento do método Pilates com
aparelhos, com intensidade moderada reduz a pressão arterial e o percentual de
gordura corporal em mulheres hipertensas descompensadas. A função pulmonar
apresentou uma diminuição nos grupos de hipertensa, e o Pilates não reverteu essa
condição.
Palavras-Chave: método pilates; pressão arterial; percentual de gordura; função
pulmonar; hipertensão.
VIII
ABSTRACT
Introduction: In order to reduce and control blood pressure, it is indicated as non-
pharmacological treatment the practice of physical exercise that can be considered
an effective, safe and inexpensive way. In front of the types of training you can
highlight the Pilates method. Purpose: To evaluate the effect of Pilates method on
systolic blood pressure (SBP), diastolic blood pressure (DBP), mean arterial pressure
(MAP), body fat percentage and force vital capacity (CVF) of hypertensive women.
Methods: Twenty-six women, eight normotensive (C), 10 hypertensive controls (HC),
and eight decompensated hypertensives (HD), aged 50 to 65 years, underwent 12
weeks of Pilates, two weekly sessions lasting 60 minutes each. The protocol
consisted of 10 exercises performed in specific equipment, three sets of 10
repetitions and one-minute interval between sets. SBP, DBP, MAP, body far
percentage and FVC were measured 48 hours before and 48 after the training
period. Results: Pilates promoted reduction in SBP (9 mmHg) and MAP (7 mmHg) in
the HD group, DBP did not change in any of the groups. Pilates also reduced the
percentage of fat in the groups of controlled hypertensive and decompensated
hypertensives (HC: before: 28±3; after: 26±3; HD: before: 24±5; after: 23±4%). The
arterial hypertension decreased the FVC, regardless of the pressure condition, even
after 24 training sessions. Conclusion: It was possible to verify that 24 training
sessions of Pilates method with devices, with moderate intensity reduce blood
pressure and percentage of body fat in hypertensive women who did not have BP in
normal values. Pulmonary function had a decrease in hypertensive groups and
Pilates did not reverse this condition.
Keywords: strength training, Pilates, cardiovascular system, hypertension
IX
INDICE DE FIGURAS
Figura 1 - Efeito do treinamento do método Pilates sobre a pressão arterial sistólica nos grupos normotensas, hipertensas controladas e hipertensas descompensadas. #(p<0,05) vs normotensas e vs hipertensas controladas no momento pré treinamento; +(p<0,05) vs normotensas no momento pós treinamento; *(p<0,05) vs no momento pré.......................................................................................................................
28
Figura 2 - Efeito do treinamento do método Pilates sobre a pressão arterial média nos grupos de normotensas, hipertensas controladas e hipertensas descompensadas. #(p<0,05) vs normotensas e vs hipertensas controladas no momento pré treinamento; *(p<0,05) vs o momento pré treinamento..........................................................................................................
29
Figura 3 - Efeito do treinamento do método Pilates sobre a pressão arterial diastólica nos grupos de normotensas, hipertensas controladas e hipertensas descompensadas. Valor adotado para *(p<0,05)..............................................................................................................
30
Figura 4 - Efeito do treinamento do método Pilates nos grupos de normotensas, hipertensas controladas e hipertensas descompensadas sobre o percentual de gordura. *(p<0,05) vs o momento pré treimanto..............................................................................................................
31
Figura 5 - Efeito do treinamento do método Pilates sobre a capacidade vital forçada (CVF) nos grupos normotensas, hipertensas controladas e hipertensas descompensadas. #(p<0,05) vs normotensas (pré); +(p<0,05) vs normotensas (pós).....................................................................................................................
32
X
INDICE DE TABELA
Tabela 1. Características antropométricas de mulheres normotensas, hipertensas controladas e hipertensas não controladas, submetidas a uma intervenção de treinamento do método Pilates............................................................................................................
26
Tabela 2. Dados da flexibilidade, força abdominal, força de tronco e preensão manual pré e pós 24 sessões de treinamento de Pilates em mulheres........................................................................................................
27
XI
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ............................................................................................... 12
2. OBJETIVOS ................................................................................................... 14
2.1. OBJETIVO GERAL ..................................................................................... 14
2.2. OBJETIVO ESPECÍFICO ........................................................................... 14
3. REVISÃO DE LITERATURA .......................................................................... 15
3.1. HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA ...................................................... 15
3.2. HIPERTENSÃO ARTERIAL E EXERCÍCIO FÍSICO .................................. 16
3.3. FUNÇÃO PULMONAR ............................................................................... 18
3.4. MÉTODO PILATES........................................................................................22
4. MATERIAL E MÉTODOS .............................................................................. 22
6. DISCUSSÃO .................................................................................................. 33
7. CONCLUSÃO................................................................................................... .39
8. REFERÊNCIAS ................................................................................................ 39
APÊNDICE A ........................................................................................................ 49
APÊNDICE B: Anamnese..................................................................................... 51
ANEXO A: Escala de Omni- RES ......................................................................... 53
ANEXO B: Descrição detalhada dos exercícios executados nas sessões
experimentais ....................................................................................................... 54
12
1. INTRODUÇÃO
A hipertensão arterial (HA) é uma doença que atinge 32,5% de indivíduos
adultos brasileiros, mais de 60% de idosos, e que está contribuindo com 50% das
causas de mortes por doenças cardiovasculares, de forma direta ou indireta. As
doenças cardiovasculares são responsáveis pelo alto número e frequência de
internações e dessa forma geram altos custos para o governo1.
Alguns fatores são considerados como de risco para a HA, um deles é a idade
que tem uma associação direta e linear2; outro fator é o sexo, em que existe maior
prevalência em mulheres3; consumo crônico e excessivo de bebidas alcoólicas4;
fatores socioeconômicos3, indivíduos com menor nível de escolaridade
apresentaram maior prevalência; excesso de peso e obesidade1; o consumo
excessivo de sódio5; e o sedentarismo6.
O tratamento e controle da PA podem ser realizados através do uso de
fármacos anti-hipertensivos e/ou medidas não medicamentosas7. O exercício físico
aeróbio e de resistência são considerados como parte de intervenção não
medicamentosa para o tratamento e controle da HA, tanto devido aos benefícios
proporcionados de forma aguda, como a hipotensão pós-exercício e a atenuação da
reatividade pressórica, quanto pelas adaptações morfofuncionais, oriundas do
somatório de estímulos agudos, como a redução dos valores pressóricos de repouso
e da reatividade pressórica ao estresse, e o aumento do metabolismo basal8,9,10,11,12.
Diante dos tipos de exercícios existentes o método Pilates surgiu e é
considerado um tipo de treinamento de condicionamento físico que está sendo
amplamente difundido por conta dos benefícios da sua pratica, principalmente entre
as mulheres13,14,15. Alguns estudos realizados para avaliar seu efeito agudo na PA
não demonstraram redução16,17,18, e os estudos realizados para avaliar o seu efeito
crônico19,20,21 demonstraram que o Pilates reduz a PA, mas as participantes não
foram divididas de acordo com as condições pressóricas. que se apresentavam (se
estava controlada ou não).
Para obter uma melhor execução dos exercícios, este método é baseado em
seis princípios: concentração, controle, centro, fluidez, precisão e respiração22. A
respiração é considerada o princípio mais importante do Pilates, é também
conhecida como “respiração lateral”, isto por causa do padrão respiratório utilizado
13
em que evita a expansão da região abdominal durante as inspirações. Ao utilizar
predominantemente o tórax e os músculos da caixa torácica, que favorece a
expansão lateral da caixa torácica, faz com que aumente o espaço para a expansão
pulmonar, influenciando nos volumes pulmonares dos praticantes23.
Os músculos respiratórios, assim como os demais músculos esqueléticos,
respondem aos estímulos dados através do treinamento físico24. Acredita-se que a
respiração proposta pelo método Pilates melhora a função pulmonar. Buscando
ampliar evidências e elucidar lacunas existentes sobre o método Pilates, esse
trabalho mostrará quais são os efeitos do treinamento do método Pilates com
aparelhos na pressão arterial, no percentual de gordura e na função pulmonar de
mulheres hipertensas. Os resultados aqui apresentados poderão nortear os
profissionais da área no momento de prescrever o treinamento do método Pilates
para população hipertensa.
14
2. OBJETIVOS
2.1. OBJETIVO GERAL
Avaliar o efeito crônico do método Pilates na pressão arterial, no percentual de
gordura e na função pulmonar de mulheres hipertensas.
2.2. OBJETIVO ESPECÍFICO
Avaliar o efeito crônico do treinamento do método Pilates sobre:
- Pressão arterial sistólica (PAS)
- Pressão arterial diastólica (PAD)
- Pressão arterial média (PAM)
- Percentual de gordura
- Capacidade vital forçada (CVF)
15
3. REVISÃO DE LITERATURA
3.1. HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA
A hipertensão arterial (HA) é uma doença que atinge 32,5% de indivíduos
adultos brasileiros, mais de 60% de idosos, e que está contribuindo com 50% das
causas de mortes por doenças cardiovasculares, de forma direta ou indireta. As
doenças cardiovasculares são responsáveis pelo alto número e frequência de
internações e dessa forma geram altos custos para o governo1.
Para o indivíduo ser considerado hipertenso, é preciso apresentar elevados e
sustentados níveis pressóricos, em que sua pressão arterial (PA) quando
mensurada em pelo menos três consultas distintas e os valores apresentarem ≥140
e/ou 90 mmHg1. Geralmente a HA está associada com alterações funcionais e/ou
estruturais de órgãos-alvo e com distúrbios metabólicos25,26. A pressão sanguínea é
desenvolvida pela força que o sangue exerce contra as paredes das artérias e,
quanto maior for esta pressão, maior será o esforço cardiovascular para bombear o
sangue27.
Quadro1. Classificação da pressão arterial de acordo com a medida casual no
consultório (> 18 anos).
CLASSIFICAÇÃO PRESSÃO SISTÓLICA
(MMHG)
PRESSÃO DIASTÓLICA
(MMHG)
Ótima < 120 < 80
Normal < 130 < 85
Limítrofe 130–139 85–89
Estágio 1 140–159 90–99
Estágio 2 160- 179 100- 109
Estágio 3 ≥ 180 ≥ 110
Fonte: VII Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial.
Em um estudo epidemiológico indica que os riscos de lesão cardíaca, neural
e cerebral estão diretamente relacionados com o grau de elevação da PA. Os riscos
e, portanto a urgência da terapia aumenta proporcionalmente com a magnitude da
16
elevação doa valores da PA. Não existe uma causa única para a hipertensão em
todos os indivíduos, os fatores que produzem alterações na resistência do fluxo
sanguíneo e débito cardíaco irão interferir na pressão arterial28.
Alguns fatores são considerados como de risco para a HA, um deles é a idade
que tem uma associação direta e linear2; outro fator é o sexo, em existe maior
prevalência em mulheres3; consumo crônico e excessivo de bebidas alcoólocas4;
fatores socioeconômicos3, indivíduos com menor nível de escolaridade
apresentaram maior prevalência; excesso de peso e obesidade1; o consumo
excessivo de sódio5; e o sedentarismo6.
O controle da PA é complexo e envolve mecanismos hemodinâmicos,
hormonais e neurais que interagem para regular a pressão quando ocorrem
variações devidas a vários estímulos. Para a manutenção e também na variação da
PA, diferentes mecanismos estão envolvidos, regulando o calibre e a reatividade
vascular, o débito cardíaco e a distribuição de fluido dentro e fora dos vasos29.
O tratamento e controle da PA podem ser realizados através do uso de
fármacos anti-hipertensivos ou medidas não medicamentosas7, que consiste na
mudança do estilo de vida, incluindo o controle do peso corporal, melhora na
alimentação, diminuição do consumo do sódio e a prática regular de exercícios
físicos, dentre outros fatores30, 31,32.
Em um estudo realizado por Chow e colaboradores, observou-se que cerca
de 30% de grupo de mais de 20.000 hipertensos medicados apresentam valores
normais de PA, ou seja, mais da metade da população estudada apresentou uma
fraca resposta de controle da PA às medidas farmacológicas, o que afirma a
necessidade de outras formas de tratamento para a hipertensão33.
3.2. HIPERTENSÃO ARTERIAL E EXERCÍCIO FÍSICO
Para a redução da PA em repouso, a pratica do exercício físico pode ser
considerado como estratégia. Para a segurança do indivíduo praticante, é
necessário entender as respostas cardiovasculares durante o exercício. As
respostas agudas ocorrem durante o exercício, e as crônicas ocorrem por um
17
período mais prolongado de treinamento, que é consequência do acúmulo contínuo
de respostas agudas34.
Adaptações ocorrem durante o exercício, como o aumento da frequência
cardíaca, e outras ocorrem pós-exercício, como a hipotensão pós-exercício (HPE),
caracterizada pela redução da PA no período de recuperação, fazendo com que os
valores pressóricos encontrados no período pós-exercício, se mantenham inferiores
aos encontrados no período pré-exercício35.
Algumas variáveis podem influenciar a duração e a magnitude da HPE,
portanto é necessário o entendimento delas por ser um fator primordial para a
elaboração de uma intervenção via exercício físico eficaz. Podemos destacar os
fatores étnicos e genéticos36, a intensidade37, o volume do exercício38 e o tipo de
intervalo de recuperação utilizado entre as séries de exercício resistido39,40, além da
massa muscular solicitada41 e a modalidade do exercício físico42,43.
Além da HPE, também se observa a ocorrência de um controle hemodinâmico
que favorece a manutenção da hipotensão, conhecido como atenuação à reatividade
pressórica11. A reatividade pressórica é uma variável hemodinâmica que é
caracterizada pela elevação brusca da PA após um evento estressor de natureza
física ou psicológica11,44.
Em um estudo realizado por Polito e Farinatti41, em que compararam as
respostas da PA após exercícios aeróbios e resistidos, verificaram redução da PAS
em ambos os tipos de exercícios. O American College Of Sports Medicine (ACM)
ressalta a importância de incluir o treinamento resistido em um programa de
prevenção, tratamento e controle da hipertensão arterial.
Romero35 e colaboradores verificaram em jovens normotensos, que uma
única sessão de exercício resistido que envolva grandes grupos musculares de
membros inferiores, apresentaram HPE. Costa e colaboradores verificaram através
do método auscultatório, a resposta da PA 10 minutos pré exercício, ciclos de 15
minutos durante e uma hora após o término da sessão, e constataram a HPE
produzida pelo exercício de força.
Costa e colaboradores34 verificaram a PA de hipertensas idosas pós exercício
através método auscultatório após 10 min de repouso no período pré-exercício e em
ciclos de 15 min durante 1h após o término da sessão, e constataram que uma
18
sessão de exercícios de força é capaz de promover hipotensão. Romero et al35
verificaram que sessões únicas de exercícios resistidos para grandes grupos
musculares de membros inferiores e superiores em jovens normotensos tiveram
efeito hipotensor.
O exercício aeróbio já é bem descrito na literatura em relação a sua eficácia
na HPE, e sugerido como prioridade em programas de exercícios para indivíduos
hipertensos. Mas também é orientada a pratica do exercício resistido para a
população hipertensa, pois além de promover aumento da massa muscular e
manutenção das taxas de glicose e do perfil lipídico, ela possibilita maior
mineralização óssea e prevenção da incidência de quedas, fatores determinantes
para o controle de peso corporal, prevenção de comorbidades e manutenção da
autonomia da população idosa45,46. Muitos estudos têm demonstrado o efeito
hipotensor do exercício resistido pós esforço47,48,49,50.
3.3. FUNÇÃO PULMONAR
O sistema respiratório é considerado o sistema do organismo que envelhece
mais rápido devido a alta exposição a poluentes ambientais que o indivíduo sofre
durante todo o percurso da vida. É clinicamente importante e relevante entender as
mudanças que ocorrem na função pulmonar, por estar associada ao aumento da
taxa de mortalidade, além de poder contribuir na detecção e prevenção de
disfunções respiratórias51.
A morfologia da parede torácica sofre diversas alterações com o
envelhecimento biológico, alterações no tórax, e consequentemente no pulmão52.
Ide52 afirma que o envelhecimento provoca a perda da elasticidade e provoca
alterações estruturais, fazendo com que ocorra o aumento da complacência
pulmonar, que é definida como sendo a variação de volume pulmonar por unidade
de variação de pressão, ou seja, é a relação existente entre as variações de volume
pulmonar e as variações correspondentes da pressão transpulmonar no mesmo ciclo
respiratório. Os bronquíolos tornam-se menos resistentes, dessa forma facilita o
calapso expiratório. Dimuinui o número de alvéolos, devido a ruptura dos septos
19
interalveolares e consequente fusão alveolar, e também diminuição da superfície
total respiratória, aumento do volume residual e complacência pulmonar53.
Para avaliação das variáveis da função pulmonar a espirometria é um
instrumento de avaliação que faz o diagnóstico de sintomas respiratórios gerais ou
limitações aos esforços, faz o prognóstico de diversas doenças respiratórias, além
de classificar a gravidade, e também avalia a capacidade ocupacional do indivíduo.
A espirometria mede o volume e os fluxos aéreos derivados de manobras
inspiratórias e expiratórias máximas forçadas ou lentas54.
Alguns parâmetros são utilizados na prática clínica, para entender a função
pulmonar. A capacidade vital (CV) representa o maior volume de ar mobilizado em
uma expiração. Pode ser obtida através de manobras forçadas (CVF) ou lentas
(CVL). O volume expiratório forçado (VEF) no primeiro segundo representa o volume
de ar exalado no primeiro segundo durante a manobra de capacidade vital forçada.
É considerada uma das variáveis mais úteis clinicamente. A relação VEF1/CV é
razão entre volume expiratório forçado no primeiro segundo e a capacidade vital,
sendo muito importante para o diagnóstico de um distúrbio obstrutivo. Para isto,
podemos considerar tanto o VEF1/CVF quanto o VEF1/CVL. O fluxo expiratório
forçado intermediário representa o fluxo expiratório forçado médio obtido durante a
manobra de CVF, na faixa intermediária entre 25 e 75% da CVF. O pico de fluxo
expiratório representa o fluxo máximo de ar durante a manobra de CVF, guarda
dependência com o esforço, o que o torna um bom indicador da colaboração na fase
inicial da expiração. A curva fluxo-volume é uma análise gráfica do fluxo gerado
durante a manobra de CVF desenhado contra a mudança de volume.
Frequentemente também a curva fluxo-volume prevista é desenhada para
comparação visual, o que facilita na identificação de padrões obstrutivos, restritivos,
amputações de fluxos inspiratórios ou expiratórios, e avaliação da resposta ao
broncodilatador tem fundamental importância, pois a análise somente dos valores
obtidos pode não identificar determinadas afecções respiratórias54.
Achados relacionados a parâmetros espirométricos revelam que a prática de
atividade física regular pode retardar o declínio da função pulmonar relacionada com
o envelhecimento55. Doijad e colaboradores56 relataram um aumento da função
pulmonar após um protocolo de 72 sessões de exercícios de Ioga. De acordo com
20
os autores, as posturas e a respiração realizada durante a prática favorecem o
fortalecimento e a resistência dos músculos respiratórios e assim melhoram o
desempenho nas manobras espirométricas. Paulin e colaboradores57 avaliaram o
efeito de um programa de exercício físico em pacientes portadores de doença
pulmonar obstrutiva crônica moderada e grave, após dois meses não encontraram
diferença na função pulmonar.
3.4. MÉTODO PILATES
Criado pelo alemão Joseph Pilates, este método atualmente tem se
destacado por ser considerado um tipo de treinamento de força que proporciona um
equilíbrio entre o corpo e a mente12. Apesar de trabalhar o corpo em sua totalidade,
este método se diferencia dos outros por dar ênfase às musculaturas abdominais,
paravertebrais, extensores do quadril, flexores do quadril e músculos do assoalho
pélvico, que é chamada de “casa de força” pelo seu criador. Para obter uma melhor
execução dos exercícios, este método é baseado em seis princípios: concentração,
controle, centro, fluidez, precisão e respiração13.
Esses princípios proporcionam resultados eficazes e melhor execução dos
exercícios. A concentração é um princípio fundamental para que o praticante
entenda a necessidade da conexão entre o corpo e a mente durante os exercícios.
O controle está relacionado com a atenção na execução dos movimentos, para
evitar lesões e compensações58.
O centro é também chamado de centro de força ou “power house”, que está
relacionado com um grande grupo muscular (abdômen, lombar, quadril e glúteo),
que é a parte da energia necessária para a realização dos exercícios. A fluidez
refere-se a realização de movimentos fluidos, em que haja uma continuidade na sua
realização, evitando movimentos abruptos que são comuns em outros métodos. A
precisão é realização do movimento preciso, de acordo com a finalidade, já que
cada exercício tem um propósito, evitando gasto energético desnecessário. E a
respiração é considerada um dos principais princípios, é uma inspiração torácica e
uma expiração forçada, em que puxa o ar pelo nariz e solta pela boca, ela é
fundamental para alcançar os outros princípios59.
21
A respiração é também conhecida como “respiração lateral”, isto por causa do
padrão respiratório utilizado em que evita a expansão da região abdominal durante
as inspirações. Ao utilizar predominantemente o tórax e os músculos da caixa
torácica, que favorece a expansão lateral da caixa torácica, faz com que aumente o
espaço para a expansão pulmonar, influenciando nos volumes pulmonares dos
praticantes59. A respiração é de extrema importância, pois todos os exercícios
devem ser feitos com um ritmo respiratório lento, com a finalidade de obter uma boa
circulação de sangue oxigenado para todos os tecidos do corpo23.
No estudo realizado por Bullo e colaboradores60 foi identificado que nos
estudos que avaliaram o método, as intervenções variavam de 5 a 52 semanas, com
uma a três sessões semanais. Além disso, identificou uma limitação no que se refere
a falta de informação sobre intensidade.
Existem dois tipos de treinamento do método Pilates, um deles é o Mat Pilates
que são exercícios executados no solo utilizando apenas o peso corporal e/ou
acessórios. Outra forma é em estúdio, que são utilizados aparelhos específicos:
barrel, reformer, cadilac e chair (cadeira wunda)61. Estudos têm demonstrado seus
efeitos benéficos na flexibilidade, aumento de força muscular, melhora na postura, e
em variáveis cardiometabólicas62,63,64,65,66.
Apesar da existência de vários estudos sobre os benefícios do método
Pilates, ainda existe uma lacuna na literatura sobre os efeitos do método Pilates
sobre a pressão arterial e o percentual de gordura. Jago ecolaboradores67 avaliaram
o efeito de quatro semanas de Pilates na composição corporal e pressão arterial de
meninas com 11 anos, apenas o percentual de gordura obteve resultados
significativos. Marinda et al19 avaliaram o efeito de três semanas de mat Pilates em
60 mulheres idosas e observaram redução significativa nos valores de PAS. No
estudo de Martins-Menezes e colaboradores20 que buscou investigar o efeito do mat
Pilates sobre a pressão arterial de 44 mulheres hipertensas e verificou hipotensão
pós exercício mesmo com o uso do medicamento.
22
4. MATERIAL E MÉTODOS
4.1 . AMOSTRA E GRUPOS EXPERIMENTAIS
Os critérios de inclusão para o estudo foram mulheres hipertensas e
normotensas, ter idade de 50 a 65 anos, não estar participando de nenhum
programa de atividade física (sedentárias). Os critérios de exclusão foram,
apresentar limitações funcionais para realização dos exercícios determinados, não
participar de no mínimo 75% do programa de intervenção e das avaliações pré e pós-
intervenção. Todas as mulheres hipertensas receberam o diagnóstico médico da
doença e faziam o uso de medicamentos para o tratamento da HA. Inicialmente 35
voluntárias preencheram os critérios de inclusão, três voluntárias não participaram
da avaliação inicial, quatro desistiram durante a intervenção e duas foram excluídas
por não terem obtido 75% de frequência de treinamento. Portanto, foram analisados
os dados de 26 participantes.
As voluntárias foram divididas conforme a classificação da PA em três grupos:
normotensa que é o grupo controle (C, n=8); hipertensas controladas (HC, n=10) e
hipertensas descompensadas (HD, n=8). Para ser incluída no grupo HC a
participante deveria ter o diagnóstico clínico de hipertensão, porém a PA avaliada no
início do protocolo deveria estar abaixo dos valores de normalidade (PAS: 120
mmHg e/ou PAD: 80 mmHg). Para ser incluída no grupo HD a participante deveria
ter o diagnóstico clínico de hipertensão, porém a PA avaliada no início do protocolo
deveria estar acima dos valores de normalidade (PAS: 140 mmHg e/ou PAD: 90
mmHg). Foi utilizado como referência de normalidade a 7ª Diretriz Brasileira de
Hipertensão Arterial68. Todas as participantes realizaram treinamento de Pilates
durante 12 semanas e não praticaram nenhum outro tipo de exercício físico. No
início, assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido conforme as
recomendações da resolução 510/2016 do Conselho Nacional da Saúde. O estudo
foi aprovado pelo comitê de ética em pesquisa da Universidade Federal de Sergipe
(CAEE: 60253616.6.0000.5546).
O uso de tratamento anti-hipertensivo e a classe farmacológica dos
medicamentos foram verificados através de revisão das receitas prescritas pelo
23
médico. Todas as 26 hipertensas estavam sob tratamento farmacológico. Os
medicamentos utilizados foram: receptores de angiotensina, diuréticos e
bloqueadores de canal lento de cálcio.
4.2. PROCEDIMENTOS PARA COLETA DOS DADOS
Para caracterização da amostra foram coletadas, a estatura (m) que foi
medida utilizando um estadiômetro e a massa corporal (kg) em uma balança, com
capacidade até 150 kg e escala de 100 g. O índice de massa corporal (IMC) foi
calculado através da massa corporal (kg) dividida pela estatura ao quadrado (m2). As
circunferências da cintura e quadril foram medidas usando uma fita antropométrica
flexível e não extensível com escala de 0,1 cm. A relação cintura-quadril (RCQ) foi
obtida através dos valores de circunferência da cintura e do quadril.
Para comprovar a efetividade do treinamento do método Pilates foram
avaliadas: flexibilidade e resistência muscular localizada (abdominal, tronco e
preensão manual). Na avaliação da flexibilidade foi realizado o teste de sentar e
alcançar69 através do banco de Wells, nesse teste o indivíduo foi posicionado
sentado sobre um colchonete, com os pés em pleno contato com a face anterior do
banco de Wells e os membros inferiores com extensão de joelhos e com os quadris
fletidos. Para avaliar a resistência muscular localizada abdominal foi contado o
número de execuções no período de um minuto63. Já para avaliar a resistência
muscular localizada do tronco70 e preensão71 manual foi utilizado dinamômetro,
foram realizadas três tentativas e calculada a média entre elas.
A mensuração da pressão arterial foi realizada de acordo com a 7ª Diretriz
Brasileira de Hipertensão Arterial68 na qual a avaliada permaneceu sentada, com as
pernas descruzadas, dorso recostado na cadeira, pés apoiados no chão e em
repouso por 10 minutos antes de iniciar o procedimento. O braço esquerdo na altura
do coração com a palma da mão voltada para cima e o cotovelo ligeiramente fletido.
Foram feitas três medidas e calculada a média. As medidas de pressão arterial
sistólica e pressão arterial diastólica (PAD) foram utilizadas para o cálculo da
pressão arterial média com a fórmula: PAM = PAD + (PAS ‐ PAD)/3.
O percentual de gordura foi obtido pelo método duplamente indireto, através
da mensuração da espessura de dobras cutâneas, por meio de um adipômetro. Para
24
o cálculo da composição corporal foram utilizadas as equações de Jackson e
Pollock72. Foram aferidas as seguintes dobras: peitoral; axilar média; tricipital;
subescapular; abdominal; suprailíaca; coxa.
Para a avaliação da capacidade vital forçada foi utilizado um espirômetro da
marca Microloop modelo MK8 com o software Spida 05, seguindo as normas da
American Thoracic Society (ATS) e European Respiratory Society (ERS)73 e
diretrizes para testes de função pulmonar53. Inicialmente a participante ficou em
repouso por 10 minutos, durante o repouso foi explicado e demonstrado à forma
como seria realizado o teste. A participante permaneceu sentada em posição
confortável, com os pés apoiados no chão, colocou o bocal do espirômetro na boca
e um clip nasal, dessa forma iniciou o teste. Foram realizados três ciclos de
respiração normal e depois foi incentivada a realizar, uma inspiração e expiração
ambas forçadas de inicio rápido e com o maior tempo possível. Foram feitas três
medidas para ser obtido o melhor sopro.
Todas as variáveis foram avaliadas antes e após o protocolo de treinamento.
As avaliações pré foram executadas 48 horas antes do início do período de
treinamento e as avaliações pós foram realizadas 48 horas após o término do
período de treinamento de doze semanas de Pilates.
4.3. PROTOCOLO DE TREINAMENTO DE PILATES COM APARELHOS
O treinamento de Pilates foi realizado durante 12 semanas, sendo duas sessões
semanais com duração de 60 minutos cada sessão. O protocolo foi composto por 10
exercícios executados em equipamentos específicos, com três séries de 10
repetições e intervalo de um minuto entre séries. As sessões ocorreram no turno
matutino, sob a temperatura de 24ºC. Os exercícios foram realizados de acordo com
os seis princípios que norteiam o Pilates: concentração, fluidez, respiração, controle,
centro e precisão. Para controlar a intensidade do exercício foi aferida a percepção
de esforço, através da escala de OMNI-RES (ANEXO A)74, em que após o final de
cada série a participante indicava na escala sua sensação percebida do esforço
realizado, para que pudesse manter os exercícios na intensidade moderada (5 a 7).
Exercícios do método Pilates realizados no treinamento:
25
Foot work- quadríceps: para fortalecimento dos músculos quadríceps. Foot work-
panturrilha: para fortalecimento da panturrilha. Side Split: para fortalecimento de
adutores. Sit up: Para mobilização da coluna e fortalecimento do centro de força.
Swan Front: Para fortalecimento de extensores da coluna. Arm spring- tríceps:
Fortalecimento dos músculos do triceps. Arm sprin-biceps: para fortalecimento do
músculo bíceps. Down stretch: para fortalecimento de membros inferiores e centro
de força. Mermaid kneeling: Para alongamento da cadeia lateral. Hamstring:
alongamento de posterior.
4.5. ANÁLISE ESTATÍSTICA
Os resultados foram analisados e apresentados em gráficos e tabelas, sendo os
valores das medidas obtidas representados como média ± desvio padrão. A
comparação entre os valores médios dos diferentes grupos foi realizada pela análise
de variância (ANOVA de duas vias), seguido pelo pós-teste de Bonferroni. Os
valores foram considerados estatisticamente significativos quando p<0,05.
26
5. RESULTADOS
As características antropométricas das 26 participantes estão representadas
na Tabela 1. Observou-se que as participantes dos grupos tiveram média de idade,
massa corporal, estatura e índice de massa corpórea e RCQ similares. Em relação a
PA o grupo de hipertensas descompensadas apresentou valores de PAS e PAM
maiores que os demais grupos.
Tabela 1. Características antropométricas de mulheres normotensas, hipertensas controladas e hipertensas não controladas, submetidas a uma intervenção de treinamento do método Pilates.
N HC HD
Idade (anos) 56±4,3 57±5 58±5,6
Massa corporal (kg) 67±4 73±14 73±19
Estatura (cm) 1,58±0,2 1,53±0,7 1,55±0,5
IMC (kg/m2) 27±1,7 31±5,8 30±6,5
RCQ
PAS (mmHg)
0,8±0,04
113±14
0,8±0,08
116±8
0,8±0,08
142±6*
PAD (mmHg) 68±9 68±7 75±7
PAM (mmHg) 84±7 84±18 97±5*
Valores representados em média ± desvio padrão. IMC: Índice de Massa Corpórea; RCQ: Relação Cintura Quadril; PAS: pressão arterial sistólica; PAD: pressão arterial diastólica; PAM: pressão arterial média. Valor de adotado *p<0,05.
A efetividade do treinamento com o método Pilates, foi verificado através do
aumento na flexibilidade em hipertensas controladas e hipertensas
descompensadas. A força abdominal e do tronco também aumentaram nos grupos
controle, hipertensas controladas e hipertensas descompensadas. Também foi
verificado aumento de força de preensão manual pós treinamento com Pilates no
grupo controle (Tabela 2). A percepção do esforço, obtida através da escala de
OMNI-RES, foi de 5,7 pontos no início do treinamento, 6,1 pontos na sexta semana
e 6,3 pontos na última semana do treinamento.
27
Tabela 2. Dados da flexibilidade, força abdominal, força de tronco e preensão manual pré e pós 24 sessões de treinamento de Pilates em mulheres normotensas, hipertensas controladas e hipertensas não controladas.
N
Pré Pós
HC
Pré
Pós
HD
Pré
Pós
Flexibilidade
(cm)
23±6 25±5 17±4 22±5* 21±3 24±3*
Força abdominal
(repetições)
25±5 33±7* 25±6 36±10* 25±10 35±10*
Força de tronco
(kg/f)
98±33 116±35* 107±39 123±35* 116±37 136±41*
Preensão manual (kg/f) 17±3 21±5* 16±2 18±4 20±3 21±3
Valores representados em média±desvio padrão. Valor adotado para *p<0,05.
A pressão arterial sistólica no grupo de hipertensas descompensadas
apresentou valor maior que o grupo controle e o grupo de hipertensas controladas
no momento pré treinamento (HD: 142±6; C:113±14; HC:116±8 mmHg), o mesmo foi
observado na PAM (HD: 97±5; C: 84±10; HC: 84±18 mmHg)(Figura 2). O Pilates
promoveu redução da PAS no grupo de hipertensas descompensadas, o que não
ocorreu nos grupos controle e hipertensas controladas (HD: 131±10; C:111±13; HC:
119±9 mmHg) (Figura 1), o mesmo ocorreu na PAM (HD: 90±6; C: 84±7; HC: 84±7
mmHg) (Figura 2). Na pressão arterial diastólica o treinamento com Pilates não
promoveu alterações em nenhum dos grupos; C (pré: 69±9; pós: 69±7 mmHg), HC
(pré: 68±7; pós: 67±7 mmHg) e HD (pré: 75±7; pós: 73±11 mmHg) (Figura 2).
O Pilates também reduziu o percentual de gordura nos grupos de hipertensas
controladas e hipertensas descompensadas (HC: pré: 28±3; pós: 26±3; HD: pré:
24±5; pós: 23±4%) e não alterou o valor do grupo controle (C: pré: 25±1; pós: 24±1)
(Figura 4).
A hipertensão arterial diminuiu a capacidade vital forçada (CVF),
independente da condição pressórica. Mesmo após 24 sessões de treinamento com
o método Pilates a CVF não apresentou alterações (C: pré: 2,6±0,5; pós: 2,6±0,4;
HC: pré: 2,1±0,3; pós: 2,1±0,3; HD: pré: 2±0,3; pós: 2,1±0,2 L) (Figura 5).
28
Figura 1. Efeito do treinamento do método Pilates sobre a pressão arterial sistólica nos grupos normotensas, hipertensas controladas e hipertensas descompensadas. #p<0,05 vs normotensas e vs hipertensas controladas no momento pré treinamento; +p<0,05 vs normotensas no momento pós treinamento; *p<0,05 vs no momento pré.
29
Figura 2. Efeito do treinamento do método Pilates sobre a pressão arterial média nos grupos de normotensas, hipertensas controladas e hipertensas descompensadas. #p<0,05 vs normotensas e vs hipertensas controladas no momento pré treinamento; *p<0,05 vs momento pré treinamento.
30
Figura 3. Efeito do treinamento do método Pilates sobre a pressão arterial diastólica nos grupos de normotensas, hipertensas controladas e hipertensas descompensadas. Valor adotado para *p<0,05.
31
Figura 4. Efeito do treinamento do método Pilates nos grupos de normotensas, hipertensas controladas e hipertensas descompensadas sobre o percentual de gordura. *p<0,05 vs o momento pré treinamento.
32
Figura 5. Efeito do treinamento do método Pilates sobre a capacidade vital forçada (CVF) nos grupos normotensas, hipertensas controladas e hipertensas descompensadas. #p<0,05 vs normotensas (pré); +p<0,05 vs normotensas (pós).
33
6. DISCUSSÃO
Os principais achados deste estudo mostraram que o treinamento físico com
o método Pilates reduziu a pressão arterial de mulheres que possuem a PA acima
dos valores considerados normais e o percentual de gordura corporal das mulheres
hipertensas.
O Pilates tem ganhado atenção pela alta adesão a sua prática e por mostrar
resultados eficazes na aptidão física. Alguns estudos comprovam que o Pilates
melhora a força64,62, resistência muscular63,64,65 e flexibilidade12,66 de indivíduos
praticantes. O que mostra no nosso estudo a eficácia do protocolo utilizado é a
melhora nas variáveis de força abdominal, tronco e preensão manual. Em um estudo
realizado por Sekendiz e colaboradores75 concorda com os resultados do presente
estudo, apesar de ter utilizado um protocolo de treinamento diferente, com duração
de cinco semanas e três sessões semanais, e realizado com mulheres saudáveis,
apresentou um aumento da flexibilidade, da força abdominal, de tronco e da
preensão manual.
No presente estudo foi utilizada para a percepção do esforço a escala de
OMINI-RES, esta escala foi usada para determinar a intensidade de carga utilizada
nas sessões de treinamento do método Pilates. Ela é um instrumento de baixo custo
e fácil aplicação, que está sendo muito utilizada. Alguns estudos76,77 validaram como
uma forma de indicar o esforço percebido na execução dos exercícios de força. A
percepção do esforço é um método que pode indicar o grau do esforço físico que
está sendo utilizado no momento do exercício, que pode indicar sinais do trabalho
muscular e cardiopulmonar, e também do sistema nervoso central, através de uma
estimativa verbal78.
Grande parte dos estudos encontrados na literatura que avaliam as variáveis
do exercício de força, utilizam os teste de 1 repetição máxima ou 10 repetições
máximas. Em seu estudo Silva e colaboradores79 compararam a escala de OMINI-
RES com o teste de 10RM para obter a percepção do esforço. Foram realizados
diferentes protocolos de exercícios de força para membros inferiores e superiores,
em 12 mulheres idosas. A reprodutibilidade teste e reteste da escala OMINI-RES foi
feita assim como a de 10 repetições máximas. Os resultados demostraram que a
percepção do esforço não foi alterada independente do protocolo utilizado, os
34
valores obtidos no teste e reteste se mostraram reprodutíveis nos 2 instrumentos
utilizados, e dessa forma concluíram que a escala pode ser usada em uma
população de mulheres idosas e sedentárias. Rodrigues e colaboradores80 realizam
um estudo em que investigou uma série de exercício resistido sobre as respostas
cardiovasculares em indivíduos com doença arterial periférica, e utilizaram a escala
OMINI-RES para determinar a intensidade do treinamento. Foi determinada a
percepção do esforço entre 5 e 7 na escala, assim como no presente estudo. O
protocolo de exercício foi composto por 8 exercícios, 3 séries de 10 repetições.
Para avaliar a PA foi utilizado o método oscilométrico, com um aparelho
monitor de pressão digital automático de braço (Microlife® - BP 3BTO‐A, Widnau,
Suíça). O mesmo método foi utilizado em outros estudos, Cuckson e
colaboradores81 testaram o dispositivo oscilométrico semelhante a marca utilizada no
presente estudo, em 85 pessoas e concluíram que este instrumento pode ser
utilizado na população adulta. Já Scher e colaboradoes82 compararam os métodos
auscultatório e oscilométrico, e constatou concordância entre os valores antes e
após sessões de exercícios.
Os achados do presente estudo em relação a PA mostra uma redução da
PAS de 9 mmHg e na PAM de 7 mmHg no grupo de hipertensas que não
apresentam valores pressóricos considerados dentro da normalidade. Tais achados
são de grande relevância clínica, visto que as mulheres que estavam na condição de
hipertensão passaram a ser consideradas pré-hipertensas, o que pode diminuir risco
de acidente vascular cerebral e eventos coronários37,83. As mulheres normotensas e
hipertensas controladas mantiveram os valores da PA, o que é um resultado
esperado e positivo, sendo que uma diminuição poderia expor as participantes a um
risco.
Em um estudo realizado anteriormente pelo nosso grupo (dados não
publicados), que analisou as respostas cardiovasculares durante o exercício
resistido em mulheres hipertensas, foi demosntrado que quando o quadro
hipertensivo não está controlado o pico pressórico durante o exercício físico é maior
comparado à condição de hipertensão controlada através do tratamento
farmacológico. Logo o resultado do presente estudo pode estar associado ao uso do
farmáco no tratamento da hipertensão arterial.
35
Em concordância com os achados do presente estudo, a redução da PAS foi
verificada quando Marinda e colaboradores19 realizaram um estudo com mulheres
idosas e obtiveram diminuição de 7 mmHg com o treinamento do método Pilates,
apesar de obter uma amostra maior, com 25 mulheres participando da intervenção e
25 no grupos controle durante 8 semanas.
No estudo realizado por Martins Meneses20 também foi observada redução da
PA após 16 semanas, 2 sessões semanais, de treinamento do mat Pilates. Foram
avaliadas mulheres hipertensas com uma média de idade de 50,5±6,3 anos que
faziam o uso de medicamento anti-hipertensivo. Para avaliação da PA eles
utilizaram um aparelho automático semelhante ao utilizado no presente estudo em
que apresentou uma diminuição de 8 mmHg na PAS e de 5 mmHg na PAM. E para
a PA ambulatorial foi medida através do MAPA (monitração ambulatorial de pressão
arterial) durante 24 horas, que apresentou redução de 7 mmHg na PAS e 4 mmHg
na PAM. Uma das explicações para estes resultados foi a hipótese da diminuição da
resistência vascular sistêmica e/ou débito cardíaco. Outra hipótese sugerida foi a
respiração e a utilização de música relaxante durante as sessões.
Arslanoglu e Senel21 mostraram em um estudo realizado com 20 mulheres de
meia idade saudáveis que oito semanas de exercícios de Pilates reduziu a PAS e o
percentual de gordura corporal, aumentou a flexibilidade e a força muscular
abdominal. Resultados semelhantes aos encontrados no presente estudo.
Em alguns estudos utilizando o método Pilates não foram observadas
diferenças na PA após o treinamento físico16,17,18. Esses estudos avaliaram o efeito
agudo pós exercício, o que diverge dos resultados encontrados no presente estudo
que avaliou o efeito crônico. O tempo de treinamento pode ter sido determinante no
resultado do presente estudos, já que o treinamento físico provoca adaptações
neurais e estruturais, como a diminuição da ativação do sistema nervoso simpático e
a maior distensibilidade da vasculatura permitindo a redução da resistência
periférica37,84. A respiração também pode ser outra possibilidade, estudo mostra que
o efeito de técnicas respiratórias melhora o controle autonômico, em que aumenta a
atividade parassimpática85.
Em relação ao percentual de gordura corporal no presente estudo o Pilates
promoveu redução nas hipertensas após o período de treinamento, o que vai de
encontro com o resultado do estudo realizado por Miranda e Moraes86 que avaliaram
36
o efeito do Pilates na composição corporal de mulheres saudáveis durante dois
meses. Eles utilizaram como método de avaliação a bioimpedância, após a
intervenção não observou alterações sobre o percentual de gordura. Em um estudo
realizado por Viana e colaboradores87 em que avaliaram o efeito do treinamento de
Pilates com aparelhos durante oito semanas sobre o percentual de gordura de vinte
e quatro mulheres jovens, também não apresentou alterações como resultado.
Nesse mesmo estudo foi utilizado um adipômetro para mensurar as dobras
cutâneas. Em uma revisão sistemática Aladro-Gonzalvo e colaboradores88 , mostram
em seus resultados que ainda não está esclarecido o efeito do Pilates na
composição corporal. Os estudos encontrados tem baixa qualidade metodológica,
com a ausência de desenhos experimentais rigorosos que permitam verdadeiras e
precisas conclusões e falta de padronização nas técnicas de medição.
O percentual de gordura é um fator importante a ser avaliado já que é
considerado um fator de risco cardiovascular, alguns estudos que examinaram a
associação entre a composição corporal, distribuição de massa gorda e
mortalidade89,90,91 mostraram que a obesidade é considerada um fator de risco. As
evidências foram heterogêneas devido a variedade de metodologias utilizadas para
avaliação da composição corporal e as características clínicas das populações
estudadas. No entanto, os estudos disponíveis concordam que os limites atuais em
relação ao percentual de gordura corporal estipulado pela OMS que definem
sobrepeso e obesidade92 não são aplicáveis a população mais velha e que a
adiposidade em certa medida, pode ser menos prejudicial em indivíduos mais velhos
do que em mais jovens.
Para avaliar a função pulmonar no presente estudo, foi utilizado como
instrumento a espirometria. A espirometria é um teste fisiológico que mede como a
pessoa inala e exala volumes de ar em função do tempo. O sinal primário medido
em espirometria pode ser volume ou fluxo. Assim como a pressão arterial fornece
informações importantes para o sistema cardiovascular, a espirometria é para a
saúde respiratória, podendo determinar disfunções no sistema respiratório. Uma
variável importante nesse diagnóstico é a CVF, que é o volume total de ar que pode
ser forçadamente expirado em uma respiração93. A CVF também é considerada um
índice da capacidade de distensão do sistema toracopulmonar94.
Os estudos em relação aos efeitos do Pilates na função pulmonar com a
população de mulheres hipertensas são escassos na literatura. Os achados do
37
presente estudo corroboram com o do estudo realizado por Jesus e colaboradores23,
que realizou um estudo com vinte e uma mulheres (10 grupo controle, não
realizaram os exercícios e 11 grupo experimental, treinamento de Pilates) durante
três meses, duas sessões semanais, utilizou a espirometria como instrumento de
avaliação, e não apresentou melhora na função pulmonar. Os autores atribuem este
resultado com o fato de que as voluntárias eram saudáveis e apresentavam valores
espirométricos acima de 80% do predito, o que significa função pulmonar dentro da
normalidade73. Um fator que também pode explicar o resultado do presente estudo,
em que todas as participantes, mesmo apresentando uma diminuição na CVF no
grupo de hipertensas, apresentaram valores considerados dentro da normalidade.
Santos e colaboradores95 também realizaram um estudo com o método
Pilates para avaliar os efeitos nos parâmetros respiratórios, utilizando como
instrumento de avaliação a espirometria. Foram avaliadas 10 mulheres saudáveis, o
protocolo de exercícios de Pilates foi aplicado durante 10 semanas, duas sessões
semanais. Após o período de treinamento as variáveis avaliadas através da
espirometria, que foram a capacidade vital lenta, a capacidade vital forçada e a
ventilação voluntária máxima, não mostraram melhora, assim como no presente
estudo. Assim como também Franco e colaboradores96 em estudo realizado com 19
pacientes com fibrose cística, aplicando o treinamento de Pilates uma vez por
semana durante 16 semanas, não apresentou melhora na função pulmonar.
Já Doijad e colaboradores56 relataram um aumento da função pulmonar após
um protocolo de exercícios de Ioga. Apesar de ser um método diferente do Pilates
se assemelha em relação ao enfoque na respiração durante o exercício. De acordo
com os autores, as posturas e a respiração realizada durante a prática favorecem o
fortalecimento e a resistência dos músculos respiratórios e assim melhoram o
desempenho nas manobras espirométricas. Uma hipótese para não apresentar
resultados positivos no presente estudo o baixo número de sessões, pois no estudo
de Doijad e colaboradores56 foram realizadas 72 sessões, seis sessões semanais, e
no presente estudo 24 sessões, duas sessões semanais.
38
7. CONCLUSÃO
Através dos resultados do presente estudo, foi possível verificar que 24
sessões de treinamento do método Pilates com aparelhos, com intensidade
moderada reduz a pressão arterial e o percentual de gordura corporal em mulheres
hipertensas que não tinham a PA dentro de valores de normalidade. A função
pulmonar apresentou uma diminuição nos grupos de hipertensas, e o Pilates não
reverteu essa condição. Apesar disso, melhora o quadro clínico das participantes e,
portanto, pode ser considerada como uma forma de tratamento não farmacológico
para hipertensão arterial.
39
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49
APÊNDICE A
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
Dados de identificação
Título do Projeto: Efeito crônico do treinamento do método Pilates no sistema
cardiorrespiratório de mulheres hipertensas.
Pesquisador Responsável: Rebeca Marília de Alcantara Araujo
Instituição a que pertence o Pesquisador Responsável: Universidade Federal de
Sergipe
Telefones para contato: 79 99922-1844
Nome do voluntário: _____________________________________________
Idade: _____anos R.G. _____________________________
O Sr. (ª) está sendo convidado(a) a participar da pesquisa “Efeito crônico do
treinamento do método Pilates no sistema cardiorrespiratório de mulheres
hipertensas”, de responsabilidade da pesquisadora Rebeca Marília de Alcantara
Araujo, aluna regular do curso de Mestrado em Educação Física da Universidade
Federal de Sergipe, sob orientação do professor Rogério Brandão Wichi.
Essa pesquisa tem como objetivo avaliar o efeito crônico do treinamento de
Pilates no sistema cardiorrespiratório de mulheres hipertensas. Para participar deste
estudo o Sr.(ª) deve ter entre 50 e 75 anos, seja sedentário e não tenha nenhum
problema de saúde que o impossibilite de realizar as sessões de exercícios.
O Sr. (ª) responderá algumas questões sobre saúde, além de passar uma
avaliação para medir a massa corporal, a altura, circunferência da cintura e quadril,
percentual de gordura, força de preensão manual, força lombar, força abdominal,
flexibilidade, capacidade cardiorrespiratória e pulmonar. Também serão avaliadas
pressão arterial, variabilidade da frequência cardíaca, frequência cardíaca de
repouso e qualidade de vida. Para essas avaliações serão utilizados(as): balança,
estadiômetro, fita não extensível, dinamômetro, banco de “Wells”, espirômetro,
monitores de pressão arterial e de frequência cardíaca e questionário sobre
qualidade de vida. Inicialmente você passará por uma avaliação inicial, e na semana
50
após terá início o treinamento do método Pilates durante 12 semanas, 2 sessões
semanais com duração de 60 minutos cada sessão. Todas as sessões da pesquisa
acontecerão no Balance Studio Pilates, localizado no bairro Orlando Dantas,
Avenida José Francisco da Fonseca (Gasoduto), nº 1226, Aracaju- SE. O Sr.(ª)
poderá parar a execução dos exercícios a qualquer momento durante as sessões.
Poderá haver desconfortos e riscos durante a sua participação no estudo. Os testes
podem oferecer riscos mínimos à sua saúde e estes possíveis riscos incluem:
cansaço, náusea, fraqueza e câimbra muscular. Os riscos associados as coletas das
variáveis necessárias a essa pesquisa são mínimos, como constrangimento durante
a avaliação antropométricas, e serão tomados todos os procedimentos necessários
para minimizá-los.
O Sr.(ª) terá benefícios em participar dessa pesquisa. Dentre os benefícios
destacam-se: análise da sua pressão arterial, frequência cardíaca, capacidade
pulmonar e cardiorrespiratória, composição corporal, flexibilidade, qualidade de vida,
força lombar, força de preensão manual e força abdominal, além de ter informações
sobre as respostas cardiorrespiratórias após 12 (doze) semanas de exercício.
Entender como essas variáveis respondem 12 (doze) semanas de Pilates é
fundamental para a prescrição segura e eficaz do treinamento.
Sua participação é voluntária e o Sr.(ª) terá a liberdade de retirar-se dos
testes a qualquer momento. Terá a liberdade e direito de questionar os
procedimentos adotados a qualquer momento, cabendo ao pesquisador(a)
responsável sanar eventuais dúvidas acerca dos procedimentos, riscos, benefícios e
outros assuntos relacionados com a pesquisa ou com o tratamento individual de
uma maneira satisfatória e em linguagem acessível.
Seus dados disponibilizados para pesquisa serão mantidos confidenciais,
sendo utilizados apenas com finalidade científica e acadêmica e sem a divulgação
de informações individuais. O Sr(ª) não terá gastos inerentes sua participação na
pesquisa.
Eu, _________________________________________________, RG nº
_____________________ Declaro que li este Termo de Consentimento Livre e
Esclarecido, compreendi tanto sua forma e conteúdo quanto as explicações que me
foram dadas e concordo em participar, como voluntário, da pesquisa acima descrita.
51
Local Aracaju/SE, _____ de ______________ de 2016
_________________________________________ Assinatura do voluntário
_________________________________________ Assinatura do pesquisador(a) responsável
52
APÊNDICE B- Anamnese
Nome: ....................................................................................... Nasc.:___/____/_____
End.: ..............................................................................................................................
Tel.:............................. Sexo: M ( ) F ( ) Hipertensão: Não ( ) Sim ( )
Remédio: Não ( ) Sim ( )
Quais remédios?............................................................... dose: ...................................
...........................................................................................dose:....................................
...........................................................................................dose:....................................
...........................................................................................dose:....................................
...........................................................................................dose:....................................
Pratica alguma atividade física: Não ( ) Sim ( ) .......................................................
Tem algum problema de saúde?...............Qual?...........................................................
TEM OU TEVE ALGUNS DOS PROBLEMAS ABAIXO?
( ) PRESSÃO ALTA ( ) DIABETES ( ) COLESTEROL ( ) ANGINA ( ) INFARTO DO CORAÇÃO ( ) DERRAME ( ) INSUFICIÊNCIA CARDÍACA ( ) CÁLCULO RENAL ( ) DOENÇA NO RIM
( ) DEPRESSÃO
( ) VARIZES ( ) DOENÇA DO PULMÃO ( ) CÂNCER ( ) OBESIDADE ( ) OSTEOPOROSE ( )ARTRITE ( ) ARTROSE
JÁ FEZ ALGUMA
CIRURGIA?............ESPECIFIQUE:.....
.........................................
54
ANEXO B: Descrição detalhada dos exercícios executados nas sessões
experimentais
Foot work no reformer
Foco: Fortalecimento dos músculos quadríceps e panturrilha
Posição: Decúbito dorsal, cabeça apoiada na cabeceira do equipamento, pés
apoiados na barra, alinhados aos joelhos.
Execução: Extensão e flexão dos joelhos, mantendo a coluna apoiada no
equipamento
Arm Spring tríceps
Foco: Fortalecimento dos músculos do triceps.
Posição: Decúbito ventral, mãos apoiadas na barra
Execução: Extensão e flexão dos cotovelos
Arm spring biceps no reformer
55
Foco: fortalecimento do músculo bíceps
Posição: Sentada na caixa longa mantendo a coluna neutra, mãos segurando as
alças. Pés apoiados.
Execução: Flexão e extensão de cotovelo e manutenção da coluna em coluna
neutra.
Side Split
Posição: Em pé. Membros inferiores um pé sobre a barra fixa e o outro sobre o
carrinho. Membros superiores ao longo do corpo.
Execução: Com o peso distribuído igualmente em membros inferiores realizar
uma abdução, em seguida o retorno a posição inicial.
Swan
Foco: Fortalecimento de extensores da coluna
Posição: Deitado na caixa longa em decúbito ventral, com a pelve apoiada e
segurando as alças do reformer.
Execução: extensão e flexão da coluna puxando as cordas para o lado do corpo e
para trás.
56
Mermaid
Foco: Alongamento da cadeia lateral
Posição: Ajoelhado no chão, de lado para o pedal, uma das mãos apoiada no
pedal, membro superior direito abduzido.
Execução: abdução do ombro livre, “desenhando um arco no ar com a mão”
enquanto a outra mão pressiona o pedal. Posteriormente, retorna a posição
inicial. Executa-se o movimento invertendo a posição de membros superiores
Hamstring
Foco: alongamento de posterior
Posição: Em posição ortostática, braços ao longo do corpo.
Execução: Flexão de coluna, levando as mãos em direção ao pedal da cadeira.
Ao tocar o pedal, empurrar três vezes em direção ao solo e retornar a posição
inicial.
57
Down stretch
Foco: fortalecimento de membros inferiores e centro de força
Posição: De joelhos no reformer de frente para a barra de pés, cotovelos
estendidos e mãos segurando a barra. Coluna e quadril em extensão, tornozelos
em dorsiflexão.
Execução: mantendo a posição inicial, deve-se empurrar o carrinho fazendo a
extensão dos ombros e voltar a posição inicial.
Sit up
Posição: Deitada no cadillac, pernas e braços estendidos, segurando a barra
móvel. Execução: Flexione o tronco até se sentar, estendendo os cotovelos e
empurrando a barra para cima. Retorna a posição inicial mobilizando a coluna em
flexão.