Eficiência Energética e Redução de Emissão de Gases Efeito Estufa Em Edificações - Versão 3

39
EFICIÊNCIA ENERGÉTICA E REDUÇÃO DE EMISSÃO DE GASES EFEITO ESTUFA EM EDIFICAÇÕES Integrantes: Leonardo Belichi Vieira Ronan Mattedi Walber Ronconi dos Santos Prof. Dr. Celson Rodrigues UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO CENTRO TECNOLÓGICO DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA MECÂNICA

Transcript of Eficiência Energética e Redução de Emissão de Gases Efeito Estufa Em Edificações - Versão 3

EFICIÊNCIA ENERGÉTICA E REDUÇÃO DE EMISSÃO DE GASES EFEITO ESTUFA EM EDIFICAÇÕES

Integrantes: Leonardo Belichi Vieira

Ronan Mattedi Walber Ronconi dos

Santos

Prof. Dr. Celson Rodrigues

UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTOCENTRO TECNOLÓGICO

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA MECÂNICA

Introdução

Falar sobre o trabalho. O que iremos abordar.

Gases Efeito Estufa (GEE)

O que são? O que causam? Trabalhos (congressos, publicações,

ONU) que falam sobre o assunto.

GEE – O que são?

Os gases do efeito estufa são aqueles que dificultam ou impedem a dispersão para o espaço da radiação solar que é refletida pela Terra.

Grande parte destes gases é produzida pelos seres humanos em diversas atividades, principalmente pela queima de combustíveis fósseis, atividades industriais e queimadas de florestas.

Ao segurar este calor em nosso planeta, estes gases estão também provocando o aquecimento global.

Principais gases do Efeito Estufa

Dióxido de Carbono - CO2

Gás Metano - CH4

Óxido Nitroso - N2O Perfluorcarbonetos Hexafluoreto de Enxofre - SF6

Hidrofluorcarbonetos - HFCs

GEE – O que causam?

Aquecimento Global As principais atribuições para o

aquecimento global são relacionadas às atividades humanas, que intensificam o efeito estufa através do aumento na queima de combustíveis fósseis, como petróleo, carvão mineral e gás natural.

Trabalhos que falam sobre o assunto

Em 1988, ocorreu na cidade canadense de Toronto a primeira reunião com líderes de países e classe científica para discutir sobre as mudanças climáticas, na reunião foi dito que as mudanças climáticas têm impacto superado somente por uma guerra nuclear. A partir dessa data foram sucessivos anos com elevadas temperaturas, jamais atingidas desde que iniciou o registro.

Em 1990, surgiu o IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática), primeiro mecanismo de caráter científico, tendo como intenção alertar o mundo sobre o aquecimento do planeta, além disso, ficou constatado que alterações climáticas são principalmente provocadas por CO2 (dióxido de carbono) emitidos pela queima de combustíveis fósseis.

Em 1992, as discussões foram realizadas na Eco-92, que contou com a participação de mais de 160 líderes de Estado que assinaram a Convenção Marco Sobre Mudanças Climáticas.

Na reunião, metas para que os países industrializados permanecessem no ano de 2000 com os mesmos índices de emissão do ano de 1990 foram estabelecidas. Nesse contexto, as discussões levaram à conclusão de que todos os países, independentemente de seu tamanho, devem ter sua responsabilidade de conservação e preservação das condições climáticas.

Trabalhos que falam sobre o assunto

Em 1995, foi divulgado o segundo informe do IPCC declarando que as mudanças climáticas já davam sinais claros, isso proveniente das ações antrópicas sobre o clima. As declarações atingiram diretamente os grupos de atividades petrolíferas, que rebateram a classe científica alegando que eles estavam precipitados e que não havia motivo para maiores preocupações nessa questão.

No ano de 1997, foi assinado o Protocolo de Kyoto, essa convenção serviu para firmar o compromisso, por parte dos países do norte (desenvolvidos), em reduzir a emissão de gases. No entanto, não são concretos os meios pelos quais serão colocadas em prática as medidas de redução e se realmente todos envolvidos irão aderir.

Em 2004 ocorreu uma reunião na Argentina que fez aumentar a pressão para que se estabelecessem metas de redução na emissão de gases por parte dos países em desenvolvimento até 2012.

O ano que marcou o início efetivo do Protocolo de Kyoto foi 2005, vigorando a partir do mês de fevereiro. Com a entrada em vigor do Protocolo de Kyoto, cresceu a possibilidade do carbono se tornar moeda de troca. O mercado de créditos de carbono pode aumentar muito, pois países que assinaram o Protocolo podem comprar e vender créditos de carbono.

Trabalhos que falam sobre o assunto

Uma verdade inconveniente, Al Gore O documentário analisa a questão do aquecimento global, a partir da perspectiva do

ex-vice-presidente dos Estados Unidos, Al Gore. Ele apresenta uma série de dados para comprovar a correlação entre o comportamento humano e a emissão de gases na atmosfera. Não é preciso sairmos de casa para que vejamos uma série de fenômenos naturais com uma frequência elevadíssima, qualquer meio de comunicação é capaz de fornecer tais notícias, tais como: um furacão, enchentes, secas.

Gore faz uma comparação entre um objeto e a terra, quando passamos verniz em determinado objeto a sua espessura é fina, tal como a camada de ozônio em relação à Terra. Se aumenta a emissão de dióxido de carbono, a espessura da camada de ozônio aumenta, e maior quantidade de raios ficarão contidos dentro dela, ocasionando o aquecimento global.

Com o advento da Revolução Industrial tais efeitos aumentaram de forma assustadora, a escala progressiva está de maneira aceleradíssima, mesmo que tenhamos vários estudos provando que o mundo passa de maneira cíclica por tais eventos, nunca se constatou tais mudanças em níveis tão altos.

É necessário uma mudança de atitudes, desde a educação primária à reeducação dos adultos. Quantas catástrofes mais devem acontecer para que a sociedade acorde para essa realidade? Teremos tempo suficiente para esperar tal conscientização social? Os hábitos devem ser modificados, é necessário um freio ao capitalismo e um cuidado maior com o meio ambiente.

Gases Efeito Estufa (GEE)

Inventários Principais fontes em Edificações. Como é calculada a emissão de GEE em

edificações? Como reduzir as emissões? Troca de materiais? Políticas públicas Cases. Apresentar dados sobre emissão de GEE em

Edificações. Cenário internacional/ brasileiro.

GEE – Inventários

A unidade organizacional básica para o Inventário é a Obra. A atividade inventariada em cada Obra é a construção de um

Empreendimento, que tem lugar desde seu início até sua entrega aos usuários.

A principal referência para a identificação de cada Obra será a sua localização.

Poderá ser realizado e relatado o Inventário de apenas uma Obra, ou de um conjunto de Obras, conforme as necessidades do Usuário deste Guia.

No caso de um conjunto de Obras, será sempre respeitada a apuração individual para cada Obra, que assim fica sendo o nível mínimo de detalhamento aceito por este Guia.

A Obra corresponde ao conceito de “instalação” utilizado nas Normas Gerais.

GEE – Exemplo de Inventário EXEMPLO A Incorporadora A decidiu dar início à realização de Inventários de GEE

em seus empreendimentos, de modo a poder tomar iniciativas de mitigação deste impacto ambiental e comunicar o fato ao seu mercado, caracterizando um processo de Gestão de Carbono.

Iniciou por algumas obras selecionadas, nos quais obteve interesse imediato das construtoras e parceiros com quem usualmente compartilha seus empreendimentos. Nestes casos, obteve dos participantes toda a base de dados necessária para o trabalho, com ótima qualidade.

Passou, assim a realizar os inventários ao nível das obras individuais, sem, ainda, consolidar um Inventário Corporativo da empresa. Este deverá surgir no futuro, quando completar-se a aplicação do trabalho de Gestão de Carbono a todas as obras incorporadas pela empresa.

A iniciativa da Incorporadora A destaca-se, desde cedo, por ser uma importante contribuição para o setor, assim como para o mercado, mesmo não tendo ainda consolidado seu Inventário no nível corporativo.

GEE – Principais fontes em edificações

O detalhamento de cada Obra, aumentando a resolução do Inventário para o nível de componentes, estruturas, materiais ou atividades mais detalhadas, poderá ser feito a critério do Inventariante. Este detalhamento será muito útil para a atividade de Gestão de Emissões, cálculo de índices, e outros usos.

De acordo com o princípio da Integralidade, todas as fontes relevantes dos Escopos 1, 2 e 3 devem ser incluídas no Inventário.

A seguir é proposta uma lista detalhada de fontes a serem consideradas no inventário de cada Obra.

GEE – Principais fontes em edificações

GEE – Principais fontes em edificações

GEE – Principais fontes em edificações

GEE – Como é calculado?

Um Inventário de Emissões de GEE é basicamente realizado através do monitoramento de um conjunto de variáveis denominadas Dados de Atividade, que são grandezas determinantes de emissões de GEE.

Suas quantidades são medidas em um período, em geral o ano, sendo expressas em (quantidade / ano).

Os Dados de Atividade, uma vez medidos, são multiplicados por Fatores de Emissão, expressos em (tCO2e / unidade) do dado de atividade, resultando na quantidade de emissões de GEE ocorrida no período.

GEE – Como é calculado?

A quantificação das emissões de cada fonte é feita conforme a seguinte fórmula conceitual:

EFI = DAFI . FEFI Onde: EFi significa Emissão de GEE da Fonte i DAFi significa Dado de Atividade da Fonte i, é a variável

determinante de emissões de GEE que será efetivamente medida20 na fonte i, resultando em determinada quantidade por unidade de tempo, geralmente por ano.

FEFi significa o Fator de Emissão de Gases de Efeito Estufa adotado para a Fonte i, expresso em tCO2e / unidade DA.

GEE – Como é calculado?

Ocorre frequentemente uma questão de análise dimensional, na qual o Fator de Emissão adotado é referido a determinada dimensão do Dado de Atividade, e o monitoramento deste são feito em outra dimensão.

Nestes casos, há que se acrescentar um fator de conversão FC, a fórmula geral passando a ser:

EFI = DAFI . FC . FEFI

GEE – Como é calculado?

Exemplo de cálculo de emissões para uma fonte específica: fonte: piso de cerâmica branca 20x20 do Fabricante F, área aplicada: 31,00 m2 por unidade, obra: 4 unidades/andar, em 3 torres com 18 andares tipo cada

Na fórmula geral “EF = DAF . FC . FEF”, temos, no caso em foco, trabalhando com 5 casas decimais:

• DAF = 6.696,00000 o dado de atividade escolhido para medir esta fonte é a área de aplicação da cerâmica,

expressa em m2, que é de 6.696 m2 no total da obra; • FC = 0,01273 neste caso, é necessário converter a área de aplicação em toneladas de material, através da

densidade deste material, que é de 0,01273 t/m2, segundo informação do Fabricante F; • FEF = 0,73100 o fator de emissões da cerâmica adotado no Inventário é de 0,731 tCO2e / t cerâmica,

segundo informação do Fabricante F, que calcula de forma correta a pegada de carbono de seu produto;

Resultado para esta fonte, aplicando os termos na fórmula geral: • EF = 62,31049 tCO2e que significa o total de emissões de GEE atribuídos ao piso cerâmico, no total da obra. O Inventário total da obra consiste na somatória de cálculos análogos ao exemplo acima,

para todas as fontes consideradas.

GEE – Como é calculado?

GEE – Como é calculado?

GEE – Como reduzir as emissões? O Inventário de Emissões de GEE é a métrica que

serve como base para um processo de gestão das emissões destes gases. É claro, porém, que o objetivo de todo o processo vai além de medir as emissões: é reduzi-las, contribuindo positivamente para o desenvolvimento sustentável da sociedade.

Esta redução será decorrente de um processo de gestão da Empresa sobre suas emissões, composto por ações direcionadas, a serem empreendidas ao longo do tempo. Os resultados serão refletidos na gradual redução do Inventário e dos seus indicadores.

GEE – Como reduzir as emissões? Para efeito de caracterização e descrição, as ações de redução

de Emissões de GEE serão denominadas de Projetos. Para a caracterização de cada Projeto, a Empresa deverá considerar os seguintes elementos:

a. âmbito: limites de atuação do Projeto, e fonte emissora a que se refere e sua localização nos Escopos do Inventário;

b. linha de base: emissões calculadas no âmbito do Projeto, na ausência da ação direcionada, ano a ano;

c. linha da ação: emissões calculadas no âmbito do Projeto, resultantes da operação do mesmo, ano a ano;

d. redução de emissões: calculadas ano a ano, pela expressão (d) = (b) - (c).

Eventuais projetos de remoção de Gases de Efeito Estufa da atmosfera realizados nas próprias Obras poderão ser incluídos nesta categoria.

GEE – Troca de materiais

GEE – Troca de materiais

Eficiência Energética

O que é? Como é calculado? Principais problemas em Edificações. Como melhorar? Cenário internacional/ brasileiro. Políticas de aumento de eficiência. Cases. Apresentar dados sobre eficiência energética em

Edificações. Cenário internacional/ brasileiro.

Citar trabalhos (congressos, publicações, ONU) que falam sobre o assunto.

Eficiência Energética

O consumo de energia elétrica nas edificações corresponde a cerca de 45% do consumo no país.

Estima-se um potencial de redução deste consumo em 50% para novas edificações e de 30% para aquelas que promoverem reformas que contemplem os conceitos de eficiência energética em edificações.

Eficiência Energética

Desperdício de oportunidades de poupar energia, desde o projeto até a utilização final.

Eficiência Energética

Principais problemas no projeto das edificações: Soluções convencionais, sem consideração dos

aspectos construtivos nos conceitos de eficiência energética;

Orientação inadequada do prédio para garantir uma insolação otimizada, proteção/aproveitamento dos ventos;

Emprego de materiais que não cumprem papel de reter ou dispersar energia;

Escolha inadequada de equipamentos e sistemas de supervisão e controle para transporte, iluminação, refrigeração, bombeamento;

Não utilização de modelos de simulação energética e de dados climáticos;

Falta de racionalidade bio-climática.

Eficiência Energética

Principais problemas na construção das edificações:

Desconhecimento de novas técnicas construtivas e de equipamentos que podem reduzir o consumo de energia durante a construção, com aumento da segurança e redução do prazo.

Eficiência Energética

Principais problemas no uso das edificações:

Utilização de aparelhos ineficientes na conversão de energia elétrica em serviços de energia (luz, movimento, calor/frio);

Operação inadequada dos equipamentos e dos sistemas de supervisão e controle;

Não aproveitamento da energia renovável (sol, ventos).

Eficiência Energética

Barreiras à eficiência energética: Barreiras economico-financeiras: Custos iniciais mais altos. Custos e benefícios ocultos: Custos de transação e riscos

associados com a substituição de tecnologia. Benefícios indiretos, como redução da poluição atmosférica e consequente melhora na saúde, são negligenciados.

Falhas de mercado: Incentivos mal aplicados, falta de interesse e limite orçamentário no setor público.

Limitações comportamentais e organizacionais: Difícil mudança de comportamento e estilo de vida. Pouca atenção devido aos baixos custos.

Barreiras políticas e estruturais: Falta de interesse do governo, instituições de fiscalização inadequadas, falta de pessoal qualificado, corrupção.

Barreiras de informação: Falta de informações, técnicas e potenciais de soluções de eficiência.

Eficiência Energética

Instrumentos de incentivo à eficiência energética.

Medidas políticas. (Leo)

Eficiência Energética

Incentivo à conservação e ao uso eficiente dos recursos naturais (água, luz, ventilação etc.) nas edificações, reduzindo os desperdícios e os impactos sobre o meio ambiente.

Eficiência Energética

Etiquetagem

Eficiência Energética

Etiquetagem: a compulsoriedade deverá ser aplicada para edificações públicas até 2020, comerciais e de serviços até 2025 e residenciais até 2030.

Instituições

Algumas instituições e companhias sobre o tema: UNEP – United Nations Environment Programme INEE – Instituto Nacional de Eficiência Energética SindusCon – Sindicato da Indústria da Construção

Civil McKinsey&Company IEA – Internacional Energy Agency PROCEL EDIFICA – Programa Nacional de

Eficiência Energética em Edificações

Bibliografia

http://www.afd.fr/webdav/shared/PORTAILS/PAYS/BRESIL/pdf/Anais%20-%20Iniciativas%20urbanas%20de%20efici%C3%AAncia%20energ%C3%A9tica%20e%20redu%C3%A7%C3%A3o%20de%20emiss%C3%B5es.pdf

http://www.iea.org/publications/freepublications/publication/TechnologyRoadmapEnergyEfficientBuildingEnvelopes.pdf

http://www.labeee.ufsc.br/sites/default/files/disciplinas/ECV5161_Sustentabilidade_apostila.pdf

http://portais4.ufes.br/posgrad/teses/nometese_205_Bruna%20Gomes%20Casagrande.pdf

http://veja.abril.com.br/40anos/ambiente/pdf/relatorio-mckinsey.pdf

http://www.sindusconsp.com.br/downloads/prodserv/publicacoes/guia_gee_i_pad_e_web.pdf

http://www.cbcs.org.br/userfiles/comitestematicos/outrosemsustentabilidade/UNEP_capa-miolo-rev.pdf

http://www.procelinfo.com.br/data/Pages/LUMIS623FE2A5ITEMIDC46E0FFDBD124A0197D2587926254722LUMISADMIN1PTBRIE.htm

http://www.inee.org.br/down_loads/edif/Provoc2_edif.pdf