Eficiência Energética no Plano Nacional de Energia...Eficiência energética no PNE 2050 | A....

Amilcar Guerreiro Diretor de Estudos da Economia da Energia e do Meio Ambiente

Empresa de Pesquisa Energética - EPE

Brasília, DF | 28 de maio de 2014

Eficiência Energética no Plano Nacional de Energia

Fórum sobre Eficiência Energética e Geração Distribuída

Eficiência energética no PNE 2050 | A. Guerreiro | DF, mai 2015


AGENDA

1 Contexto socioeconômico e demográfico do PNE 2 Aspectos metodológicos

3 Eficiência energética no consumo total de energia elétrica 4 Considerações finais



1 Contexto socioeconômico e demográfico


Números

1.200.000 pessoas é o crescimento da população brasileira

A cada ano

500.000 pessoas se mudam da zona rural para as cidades

300.000 novos carros são emplacados

A cada mês

125.000 novas residências são ligadas à rede elétrica

70 milhões de pessoas são transportadas por ônibus nas cidades

A cada dia

40 milhões de pessoas navegam na internet por pelo menos uma hora

Fontes: IBGE | ANFAVEA | ConScor, in Brazil Econômico, junho 2014

Eficiência energética no PNE 2050 | A. Guerreiro | DF, mai 2015 5

Contexto socioeconômico e demográfico do PNE

CRESCIMENTO DEMOGRÁFICO

-0,4%

-0,2%

0,0%

0,2%

0,4%

0,6%

0,8%

1,0%

1,2%

1,4%

180

190

200

210

220

230

240

2010

2012

2014

2016

2018

2020

2022

2024

2026

2028

2030

2032

2034

2036

2038

2040

2042

2044

2046

2048

2050

Milh

ares

População Taxa de crescimento

+ 30 milhões de pessoas




CRESCIMENTO DA RENDA

10,8 13,5 19,2

26,5 35,9

Chin

aM

exic

oBr

asil

2012

Vene

zuel

aBr

asil

2020

Russ

iaCh

ileBr

asil

2030

Kore

aBr

asil

2040

Spai

nBr

asil

2050

Fran

ceG

erm

any

Japa

nU

nite

d St

ates

10,8 13,9 20,5

30,0 42,3

Chin

aM

exic

oBr

asil

2012

Vene

zuel

aRu

ssia

Bras

il 20

20Ch

ileBr

asil

2030

Kore

aSp

ain

Bras

il 20

40Fr

ance

Ger

man

yBr

asil

2050

Japa

nU

nite

d St

ates

Banda inferior Banda superior

Renda per capita entre US$ 36 mil e US$ 42 mil por ano [US$ 2012]




CRESCIMENTO DA DEMANDA DE ENERGIA

0

2.000

4.000

6.000

8.000

10.000

12.000

14.000

0 10.000 20.000 30.000 40.000 50.000 60.000

Chile

Paraguai

Argentina

Portugal Espanha

Itália

União Europeia Reino Unido

Alemanha

França

Estados Unidos

Brasil 2013

Brasil 2030

Brasil 2050

kWh/hab/ano

US$/hab/ano

CRESCIMENTO DA RENDA

Em 2050, consumo de eletricidade comparável ao consumo atual de países industrializados


2 Aspectos metodológicos


tempo

consumo final

consumo final em to

Eficiência energética

consumo final em t

to t

Crescimento vegetativo (crescimento demográfico; acumulação de capital, etc.)

Efeito renda/estrutura

Eficiência energética e efeitos renda/estrutura


0

300

600

900

1.200

1.500

1.800

2.100

0 2.000 4.000 6.000 8.000 10.000 12.000 14.000 16.000 18.000 20.000

[R$/

tep]

[mil tep/ano]

caldeiras s. industrial

caldeiras s. energético

geração, transferência eretenção de calor em fornos

distribuição do vapor s. industrial

iluminação s. residencial

AVAs

veículos a diesel

gestão energética s. industrial

recuperação de calor em fornos

veículos a gasolina

distribuição do vapor s. energético

manuseio e processamento

10

Curva de custo potencial de iniciativas de eficiência energética


Principais variáveis • Consumo específico de eletricidade dos equipamentos

televisores – condicionadores de ar - refrigeradores

iluminação - chuveiro elétrico - outros equipamentos

• Posse e uso dos equipamentos

• Substituição de aquecimento de água elétrico por

aquecimento solar direto e/ou gás natural

• Programa Brasileiro de Etiquetagem/Selo PROCEL

• Padrões Mínimos de Eficiência Energética para

equipamentos eletrodomésticos

• Programas de orientação do consumidor

Mecanismos

Residencial


3,0%

11,2%

5,8%

34,3%

39,5%

0% 5% 10% 15% 20% 25% 30% 35% 40% 45%

Refrigeração

Outros serviços do lar

Iluminação

Climatização

Entretenimento

12

Residencial Ganho de eficiência por equipamento no longo prazo (2050)


Condicionamento ambiental

Aquecimento direto

Refrigeração

Iluminação

Comercial e público


• Padrões Mínimos de Eficiência Energética

• Contratos de performance

• Atuação de ESCOs

Mecanismos

Principais áreas de interesse


Principais variáveis Transportes

Evolução dos modais

Evolução da frota

Consumo específico de combustíveis líquidos (óleo diesel; gasolina e etanol)

Cenário de evolução tecnológica da frota de veículos leves

0%

85%

15%

0%10%20%30%40%50%60%70%80%90%

100%20

12

2014

2016

2018

2020

2022

2024

2026

2028

2030

2032

2034

2036

2038

2040

2042

2044

2046

2048

2050

% CI % Híbridos % VEFonte: EPE


Competição entre fontes energéticas

Progresso tecnológico

Eficiência energética no uso final

Metodologia geral da previsão do consumo de energia

Indústria


Ferro-gusa e aço tecnologias e rendimentos de conversão por etapa do processo (redução, aciaria e laminação)

Cimento kcal/kg de clínquer

Alumínio avanço dos processos APC (anodos pré-cozidos e Sodeberg)

Química rendimento energético por fonte e serviço energético (1); avanço da cogeração a gás natural; substituição tecnológica na produção de soda-cloro (células de amálgama de mercúrio diafragma membrana)

Papel e celulose consumo específico energia térmica e elétrica na produção de celulose e por tipo de papel

Demais setores rendimento energético por fonte e serviço energético (1)

(1) Calor de processo, aquecimento direto, força motriz, iluminação, eletroquímica e outros usos, conforme abertura do Balanço de Energia Útil

Indústria Exemplos de variáveis


Indústria Mecanismos


• Programas dirigidos (ex: Procel Indústria)

• Padrões Mínimos de Eficiência Energética

• Contratos de performance

• Ação de ESCOs


3 Eficiência energética no consumo total de energia elétrica


Tempo

eficiência energética

geração distribuída e autoprodução

geração centralizada

Representação da eficiência energética/geração distribuída e autoprodução na evolução da demanda

Eficiência energética geração distribuída/autoprodução crescerão mais que proporcionalmente em relação ao consumo


0

250

500

750

1.000

1.250

1.500

1.750

2.000

2013 2030 2050

TWh

Consumo final de energia elétrica (CFE)

eficiência energética

2013/2050

PIB 3,6

CFE SEM EE 3,7

COM EE 3,2

0,889

PIB: Produto Interno Bruto CFE: Consumo Final de Energia Elétrica EE: Eficiência Energética

per capita 2013/2050

PIB 3,5

CFE SEM EE 3,4

COM EE 2,8

0,800

Eficiência energética

363,6 TWh (24,7% do aumento do CFE)

1,028

0,971


Energia conservada em 2050

Eficiência elétrica por setor

Indústria 160 TWh

Comercial/Público 113 TWh

Contribuição de cada setor para o total conservado

44%

31%

2%

23% Residencial 84 TWh

Outros2 7 TWh

Obs.: (1) indústria inclui setor energético; (2) energia conservada nos setores agropecuário e transporte


75.000 MW hidroelétricos Energia conservada equivalente

Eficiência energética em 2050

Energia elétrica 363,6 TWh (24,7% do acréscimo do consumo)

(30% do potencial hidrelétrico nacional)


Eficiência energética em 2050 Emissões evitadas de gases de efeito estufa

Setor Base: setor elétrico 2014

Base: geração a gás

Industrial (1) 21,9 65,6

Comercial 15,5 46,3

Residencial 11,5 34,4

Outros (2) 1,0 2,9

TOTAL 49,9 149,2

(1)Inclui setor energético (2)Transportes e setores público e agropecuário

A avaliação das emissões evitadas depende da composição da oferta futura de energia. Na medida em que a geração hidrelétrica perde participação na matriz elétrica, as emissões de CO2 tendem a ser maiores. (10 a 30% das emissões totais na produção e no consumo de

energia no país em 2014)


EVOLUÇÃO DA INTENSIDADE ENERGÉTICA E ELÉTRICA DA ECONOMIA

Eficiência energética no PNE 2050

Impacto da Eficiência Energética no Planejamento Energético Brasileiro

4 Considerações finais


Mesmo considerando o efeito do aumento da renda e da população, é possível “retirar” uma parte do consumo final por meio de eficiência energética

A eficiência energética tem papel importante no atendimento aos requisitos da demanda por energia, contribuindo para:

• Redução do montante de energia efetivamente consumido

• Postergação de investimentos na expansão do parque energético

• Redução das emissões de gases de efeito estufa

• Segurança no fornecimento de energia

Conclusões


Aperfeiçoamento de métodos, dados e critérios • W2W: well to wheel

EPE desenvolveu estudo com o INEE

• Balanço de Energia Final EPE desenvolveu com FGV metodologia para aferição do consumo de lenha e carvão vegetal

• Balanço de Energia Útil EPE realizará revisão do BEU

• Definição de prioridades e fixação de metas MME concluiu Plano Nacional de Eficiência Energética

• Aprimoramento de metodologia para elaboração de Curvas de Custo Potencial por setor

• Construção de banco de dados de indicadores de eficiência energética EPE participa de estudo com CEPAl e mantém cooperação com GIZ (Alemanha) e DECC (Reino Unido)

• Definição de protocolos de medição e verificação

A seguir


Desenvolvimento de mecanismos de estímulo à eficiência

• Manutenção/reforço das ações em curso (PROCEL, CONPET, PBE, PROESCO), inclusive aprimoramento institucional

• Intensificação na definição de padrões de consumo para novos equipamentos (Lei de Eficiência Energética)

• Desenvolvimento de novos mecanismos:

• leilões de eficiência energética, na área de energia elétrica

• certificação de projetos de eficiência energética

A seguir


EMPRESA DE PESQUISA ENERGÉTICA - EPE

Muito obrigado!

http://www.epe.gov.br Av. Rio Branco, 1 – 11o andar

20090-003 Rio de Janeiro RJ Tel.: + 55 (21) 3512 - 3100 Fax: + 55 (21) 3512 - 3199

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