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    "EIS-ME AQUI ENVIA-ME!": O PODER EVANGELIZADOR 

    DA JUVENTUDE

    Ir. Kephas Filho das Santas Chagas*

    RESUMO: A evangelização é sempre um tema que envolve muitos fatores. uando falamos

    de evangelização da !uventude e por ela realizada esses fatores tornam se mais numerosos. "o

    meio de tantas mudanças so#iais presentes na presente épo#a o tema e$ige muita refle$ão e

    muitas tentativas de respostas pr%ti#as de #omo levar a &alavra da 'erdade ao #oração desta

     par#ela tão signifi#ativa da so#iedade. ( poss)vel evangelizar os !ovens e mais do que isso é poss)vel que um !ovem se!a evangelizador. +udo depende do en#ontro feito #om ,esus e do

    testemunho dado ap-s esse en#ontro. /ir/ em missão depende da e$peri0n#ia feita. A pr%ti#a

    da Fraternidade / Caminho/ apresenta um 1om e$emplo disso.

    PALAVRA-CHAVE: 2vangelização3 4issão3 ,uventude

    INTRODUÇÃO

     "o ano em que a Confer0n#ia "a#ional dos 5ispos do 5rasil 6 C"55 dedi#a a Campanha da

    Fraternidade ao !ovens #om o tema7 Fraternidade e ,uventude e o lema7 /2is6me aqui envia6

    me/ 8Is 9:; os mais diversos organismos da Igre!a se voltam para o tema da !uventude

    refle$o tam1ém da

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    apresenta o impa#to das mudanças de épo#a para a !uventude e a evangelização por ela

    realizada3 a importHn#ia do en#ontro #om ,esus #omo modelo e #ritério para um agir #ristão3 a

    transformação o#orrida ap-s esse en#ontro que torna o evangelizado em um evangelizador3 e

    o mandato sempre atual de ,esus que #hega tam1ém aos !ovens para irem e anun#iarem a 1oa6

    nova do amor.

    !ovem pode tornar6se evangelizador Como +er% efeito a sua evangelização São

    algumas das perguntas que se 1us#ar% responder ao longo dessa refle$ão.

    s novos desafios da Igre!a as r%pidas mudanças na so#iedade e a grande quantidade

    de !ovens no mundo e no 5rasil #er#a de J milh?es de !ovens de E a anos 8Censo

    DEDLI5M2; deve motivar a Igre!a a refletir so1re o espaço e o tempo dedi#ado N !uventude

    nos dias atuais.

    1 MUDANÇAS DE ÉPOCA

    /Ao ver a multidão teve #ompai$ão dela porque estava #ansada e a1atida #omo

    ovelhas sem pastor./ 84t OJ9;.

    Ainda ho!e as palavras e os sentimentos de ,esus #ontinuam vivos em relação N

    so#iedade. 2 quando se fala de !ovens quem sa1e não se faz refer0n#ia a /uma multidão#ansada e a1atida/ mas a uma das par#elas da so#iedade que mais sofre #om as #onstantes e

     profundas mudanças que a#onte#em nesse per)odo da hist-ria. /s !ovens são os primeiros a

    a1sorver tanto os elementos 1ons quanto os elementos ruins dessas mudanças/E.

    Po#umento de Apare#ida fala que /vivemos uma mudança de épo#a e seu n)vel mais

     profundo é o #ultural. Pissolve6se a #on#epção integral do ser humano sua relação #om o

    mundo e #om Peus/. 2ssa mudança #ultural que apresenta uma diversidade de vis?es do

    mundo e da vida torna6se um desafio gigante aos !ovens e Nqueles que atuam !unto a !uventude.

    Apesar de muitos elementos positivos que essa mudança de épo#a ofere#e as mudanças

    #ulturais #om #onsequ0n#ias perigosas para a !uventude e para a #onstrução de uma so#iedade

    equili1rada são preo#upantes.

    E C"F2=2"CIA "ACI"A@ PS 5IS&S P 5=ASI@ 8C"55;. Camaa #a$%a&'%(#a#' )*1+: +e$to65ase. 5ras)lia7 2diç?es C"55 DE. n. EJ p. Q. Pe agora emdiante as #itaç?es serão a1reviadas #om CF DEJ.

    C"S2@R 2&ISC&A@ @A+I"6A42=ICA" 8C2@A4;. D,.m'&, #'Aa%'(#a: te$to #on#lusivo da ' Confer0n#ia Meral do 2pis#opado @atino6Ameri#ano eCari1e. EJ a JE de maio de DDQ. São &aulo7 &aulus DDQ. n. p.J. Pe agora em diante as#itaç?es serão a1reviadas #om PAp.

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    J

    impa#to das mudanças atingem todas as %reas da vida humana7 e#onmi#a pol)ti#a

    so#ial #ient)fi#a edu#a#ional entre outras. Bma das %reas mais atingidas é a religiosa uma

    vez que esta se preo#upa #om tudo o que envolve o ser humano pro#urando ter uma visão

    hol)sti#a dos ser ou se!a do ser humano no seu todo e #onduzi6lo em toda sua integridade ao

    en#ontro #om o trans#endente.

    2ssa transformação na maioria das vezes tem fragmentado o ser humano e #onduzido6

    o ao individualismo ao pragmatismo ao hedonismo ao materialismo e outros tantos /ismos/

    que o deformam.

    /As relaç?es humanas estão sendo #onsideradas o1!etos de #onsumo #onduzindo a

    relaç?es afetivas sem #ompromisso respons%vel e definitivo/ 8PAp 9;. 2m outras palavras

    as pessoas estão amando as #oisas e usando as pessoas numa inversão de valores assustadora. "o meio desse emaranhado de mudanças en#ontra6se a !uventude #om seus sonhos e

    ideais seus pro!etos e in>meras #apa#idades que fazem dela piv #entral da so#iedade.

    Sem d>vida nenhuma os !ovens ho!e assumem um papel de protagonistas na

    so#iedade uma vez que são portadores de uma #apa#idade de de#isão mais determinada sem

    medo de errar e ter que voltar atr%s de re#omeçar. Além disso são dominadores da #ultura

    midi%ti#a não re#e1endo mais as informaç?es #omo mero ouvintes mas interagindo

    #riti#ando e até produzindo informação de segundo em segundo. R% uma relação natural entreo universo midi%ti#o e os !ovens de ho!e.

    Pessa forma os !ovens são e podem ser uma alternativa para responder as mudanças

    so#iais uma vez que são as pessoas mais sens)veis a essas mudanças. São agentes

    indispens%veis no pro#esso de evangelização e por que não dizer de humanização dessa nova

    so#iedade muitas vezes /#oisifi#ada/. progresso e o regresso da humanidade em quesitos

     propriamente ditos /humanos/ dependem em grande parte dos !ovens. 2 isto imp?e algumas

     perguntas7 Como &or onde ir que se deve a#olher e o que se deve re#haçar

    ) O ENCONTRO COM JESUS: $UNDAMENTO E CRITÉRIO

    &apa 5ento

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    Po#umento de Apare#ida apresenta a narração do en#ontro dos primeiros dis#)pulos #om

    ,esus no 2vangelho de São ,oão #omo s)ntese e modelo tam1ém para os dias atuais

    ressaltando o que esse en#ontro produziu em ,oão e André 8#f. PAp ;. 'e!amos esse

    epis-dio7

    ,esus est% passando quando ,oão 5atista aponta para 2le e faz uma a seguinte

    de#laração7 T2is o Cordeiro de PeusU 8,o EJ9;.

    /"o "+ apare#e quatro vezes o termo #ordeiro 8,o EO.J93 At :J3 E&d EEO; sempre

    em referen#ia a ,esus Cristo. ,oão ao apont%6lo #omo /#ordeiro/ anun#ia o fim >ltimo da

    missão de ,esus a salvação da humanidade a remissão de suas #ulpas.

     Ts dis#)pulos ouviram6no falar e seguiram ,esusU 8,o EJQ;. &ode6se ver a prontidão dos

    dis#)pulos de ,oão que es#utam o seu mestre falar e imediatamente dão #rédito a sua palavra. "ão pedem maiores e$pli#aç?es so1re ,esus apenas seguem6no. A atitude dos dois dis#)pulos

     !% mostra que ,oão 5atista não era um homem de palavras vazias. Sua palavra en#ontrava em

    sua vida o apoio ne#ess%rio para #onven#er .

    Aqui !% pode6se ter uma pista para ação pastoral #om a !uventude. s !ovens pre#isam

    en#ontrar naqueles que os dirigem um fundamento7 o testemunho. "ão 1astam palavras

     !ogadas ao vento. ,% diz o ditado popular7 /palavras #onven#em testemunhos arrastam/.

    ,esus per#e1e que est% sendo seguido volta6se para eles e faz uma pergunta queal#ança um alto valor teol-gi#o7 /Q.' %,.%a(/0"

    2ssa pergunta pode6se dizer est% in#utida no interior de todo homem e por assim

    dizer de todo !ovem. "ão h% quem não se pergunte7 / que eu estou fazendo aqui/ /&ara

    onde vou/ /nde quero #hegar/ São perguntas e$isten#iais feitas ao longo da hist-ria em

    diversas %reas que norteiam a vida e d% sentido a tudo o que se faz.

    que estais pro#urando 8v. J:; =. 5ultmann o1serva que est% é a primeira palavrade ,esus no 2vangelho de ,o7 uma palavra importante fazendo a pergunta #entral

     pergunta que qualquer um que se p?e a seguir ,esus se deve fazer3 pois h%seguimento e seguimento h% 1us#a e 1us#a... 2$iste 1us#a equivo#ada #omo a dasmultid?es que pro#uravam ,esus no deserto para pro#lam%6lo rei 8#ap. 9;. 2 h%tam1ém a ilusão de quem pensa que est% 1us#ando ,esus e na realidade se pro#uraa si mesmo.9

    s dis#)pulos dão uma resposta intrigante7 2O#' m,%a/03

    Cf. FA5=IS =inaldo3 4AMMI"I 5runo. O/ E4a5'6,/ 7II8 V+radução7 ,ohan Koningset al.W. São &aulo7 @oXola EOO p. O. Cf. Idem p. OQ9 Idem p.O9

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    Meralmente não se leva para #asa alguém que não se #onhe#e. A #asa é o lugar da

    intimidade. /2st% é a pergunta #erta do dis#)pulo. 2$prime a aut0nti#a 1us#a de Peus/.Q A

     pergunta dos dis#)pulos então poderia ser7 T4estre #om eu faço para ter intimidade

    #ontigoU."essa so#iedade muitas vezes pragm%ti#a grande parte das pessoas 1us#am as

    outras e até mesmo Peus por aquilo que elasL2le podem dar. s dis#)pulos não pedem nada

    não querem #oisas mas querem rela#ionar6se #om o Pivino 4estre.

    /"o pro#esso de #onstituição de sua identidade é natural que #ada !ovem se #oloque N

     pro#ura de refer0n#ias relevantes/ 8CF DEJ EQ;. s !ovens atualmente estão #arentes de

    referen#iais de modelos. &ode6se ver que ao longo da hist-ria homens e mulheres #om

    testemunhos aut0nti#os independente do #ampo de atuação sempre atra)ram a !uventude e a

    #onduziram a um ideal maior. 2ntre tantos e$emplos pode6se desta#ar Fran#is#o de Assis quedepois de se de#idir em seguir de forma radi#al ao Senhor atraiu para !unto de si in>meros

     !ovens homens e mulheres que queriam o mesmo ideal.

    4uitas pessoas #riti#am os !ovens dizendo que são in#onstantes e

    des#ompromissados. Ser% que são eles Ser% que não estão faltando modelos de homens e

    mulheres que lutam e doam a vida por alguma #ausa /A 1us#a de modelos pelos !ovens é

    uma porta que se a1re para lhes apresentarmos a pessoa de ,esus Cristo/ 8CF DEJ EQ;.

    2V(#' ' V'#'!3 disse o Senhor aos dis#)pulos vale dizer /Faça essa e$peri0n#ia deamor/. Peus não pode fi#ar somente na teoria. Peus é muito mais que o1!eto de estudo da

    +eologia de #atequese ou do estudo 1)1li#o. Peus é pessoa #om quem se pode en#ontrar.

    ( pre#iso ofere#er aos !ovens uma e$peri0n#ia #om ,esus Cristo Peus vivo e

    verdadeiro en#arnado no seio da humanidade que #onhe#e suas dores e alegrias tristezas e

    ang>stias sonhos e realidades. /2sse en#ontro deve renovar6se #onstantemente pelo

    testemunho pessoal pelo an>n#io do querigma e pela ação mission%ria da #omunidade/

    8PAp Q:;. T2les foram e fi#aram #om ele aquele diaU 8Cf. ,o EJO;. A partir do en#ontro #om ,esus o !ovem passa a ter respostas para as perguntas antes

    feitas a eles7 Como Po !eito de ,esusY &or onde ir &elo mesmo #aminho de ,esusY que se

    deve a#olher e o que se deve re#haçar que ,esus a#olheu e o que ,esus re#haçouY 2le passa

    a ser o modelo o fundamento e o #ritérioY

    + DE EVANGELIZADOS A EVANGELIZADORES

    Q Idem.

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    /André irmão de Simão &edro era um dos dois que tinham ouvido ,oão e seguido

    ,esus. 2n#ontra primeiramente seu pr-prio irmão Simão e lhe diz7 /2n#ontramos o 4essias/

    8,o E D;.

    evangelizado se tornou evangelizador. "ota6se que André logo ap-s o seu en#ontro

    #om o Pivino 4estre vai ao en#ontro de seu irmão pra anun#iar6lhe a 1oa6nova e além disso

    lev%6lo até ,esus.

     "ota6se que André não prega uma nova doutrina para &edro mas simplesmente o

    #onduz a um en#ontro. Ao mesmo en#ontro que ele a#a1ara de ter e lhe mudou a vida.

    /@evou6o a ,esus e ,esus lhe disse.../ 8,o E;. papel de André foi lev%6lo a ,esus depois

    ele sai de #ena e ,esus passa a agir. 2sse gesto pode dizer muito so1re o método da

    evangelização #om a !uventude.André depois do seu en#ontro #onduz seu irmão a ter um en#ontro assim tam1ém é

    #om os !ovens. !ovem é #onvidado por ,esus a ser dis#)pulo. entusiasmo provo#ado pelo

    #onvite é revelado por André que #orre em 1us#a do seu irmão Simão e lhe anun#ia !u1iloso7

    T2n#ontramos o 4essiasU 8,o EE;:. Bm !ovem evangelizado evangeliza outro ainda não

    evangelizado. +udo depende do en#ontro que fez. / Senhor despertava as aspiraç?es

     profundas de seus dis#)pulos e os atra)a a si maravilhados. seguimento é fruto de uma

    fas#inação que responde ao dese!o de realização humana ao dese!o de vida plena/ 8PApQQ;. Se houve um en#ontro verdadeiro #om o Senhor #om #erteza mar#ou sua vida e

    #ertamente falar% de sua e$peri0n#ia #om aqueles que fazem parte do seu #i#lo de amizades e

    #onviv0n#ia. 2sse testemunho na maioria das vezes é tão entusiasmante que aqueles que o

    ouvem dese!arão ter a mesma e$peri0n#ia.

    &apa 5ento

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    Q

    !ovem tem o poder de #hegar onde os demais agentes de pastoral não #onseguem.

     "os mais diversos am1ientes pode6se en#ontrar a presença da !uventude que faz esse

    am1iente prop)#io N evangelização7 os novos are-pagos #omo disseram os 1ispos na

    #onfer0n#ia do C2@A4 em Apare#ida 8Cf. PAp OE;.

    &apa 5ento ltimamensagem. Sois v-s que haveis de re#e1er a to#ha das mãos dos mais velhos para

    viver num mundo de gigantes#as transformaç?es hist-ri#as. '-s haveis de re#olher oque h% de melhor no e$emplo e no ensino de vossos pais e mestres para formar aso#iedade de amanhã em que vos haveis de salvar ou #om a qual a#a1areis por

     pere#er.EE

    &ode6se notar o #hamado da Igre!a e por assim dizer de ,esus Cristo para que a !uventude

     para o#upar o seu lugar na evangelização. termo /re#e1er a to#ha/ indi#a que agora é a hora

    dos !ovens e ninguém pode o#upar o lugar destinado a eles. Con#)lio diz ainda7 /2m nome

    de Peus e de seu Filho ,esus e$ortamos6vos a dilatar vossos #oraç?es nas dimens?es do

    mundo a ouvir o apelo de vossos irmãos e de #olo#ar #om ousadia a seu serviço todas as

    vossas energias/E.

    @ IDE E $AZEI DISCPULOS

    As alegrias e as esperanças as tristezas e as ang>stias dos homens de ho!eso1retudo dos po1res e de todos aqueles que sofrem são tam1ém as alegrias e asesperanças as tristezas e as ang>stias dos dis#)pulos de Cristo3 e não h% realidadealguma verdadeiramente humana que não en#ontre e#o no seu #oração. &orque a sua#omunidade é formada por homens que reunidos em Cristo são guiados pelo2sp)rito Santo na sua peregrinação em demanda do reino do &ai e re#e1eram amensagem da salvação para a #omuni#ar a todos. &or este motivo a Igre!a sente6sereal e intimamente ligada ao g0nero humano e N sua hist-ria.EJ

    ED 52"+

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    :

    2ssa #itação do Con#ilio 'ati#ano II e$pressa 1em o porqu0 e a atualidade do envio

    mission%rio feito por ,esus ^ sua Igre!a quando disse7 /Ide por todo o mundo e anun#iai oevangelho a toda #riatura/ 84# E9E;. s dis#)pulos de Cristo ao irem ao en#ontro dos

    homens de ho!e devem estar tomados de #ompai$ão ou se!a /sofrerem #om/ os destinat%rios

    da mensagem que levam.

    Pe modo espe#ial os !ovens devem ir ao en#ontro dos homens de ho!e e

     prin#ipalmente dos !ovens de ho!e #om a linguagem de ho!e enraizados na &alavra que não

     passa !amais para fazer novos dis#)pulos de Cristo. Além disso o envio mission%rio tam1ém

    requalifi#a a vida #ristã do pr-prio evangelizador. 5eato ,oão &aulo II na 2n#)#li#a

     Redemptoris Missio diz7 /( dando a fé que ela se fortale#e/E. Bm ditado #omum entre

    aqueles que pregam a &alavra do Senhor diz que /o ouvido mais pr-$imo de quem fala é o

    dele mesmo/ ou se!a ao anun#iar a 1oa nova o #oração de quem anun#ia se en#he da palavra

    anun#iada.

    Ir ao en#ontro do outro para anun#iar6lhe a 1oa nova é um gesto de amor e de #umprimento

    do mandamento maior de ,esus. an>n#io da 1oa nova é muito mais que levar uma 1oa

    noti#ia. _ levar uma pessoa7 ,esus Cristo.

    ,esus envia seus dis#)pulos onde ele mesmo deveria ir. Isso indi#a o modo de ir que

    deve sempre ser o modo P`2le assim alguns elementos tornam6se impres#ind)veis7

    • &reservação da vida7 dis#)pulo a e$emplo do mestre deve salvaguardar o direito N

    vida em todos os seus aspe#tos e em todas as suas fases. ,esus ao se deparar #om os

     pe#adores sempre lhes garatiu o direito a vida #omo se pode ver no epis-dio da

    mulher pe#adora. 8Cf. ,o :E6EE; Senhor reprova o pe#ado mas ama o pe#ador.• A#olhida7 Bm das #ara#ter)sti#as mais mar#antes em ,esus é sua #apa#idade de

    a#olher a todos independente da situação do estado de quem é ou do que fez. &ode6

    se notar esse atri1uto pr-prio de Peus em diversas passagens ao longo do 2vangelho.• 5oa6"ova7 an>n#io da 1oa noti#ia deve estar nos l%1ios do dis#)pulo levando aos

    seus ouvintes a esperança e a garantia de poderem re#omeçar.• Alegria7 A mensagem do 2vangelho deve ser anun#iada #om alegria a mesma que

    levou as mulheres aos dis#)pulos para revelar6lhes a ressurreição.

    E , &AB@ II. E6(a R'#'m&,%(/ M(//(,7 so1re a validade permanente domandato mission%rio. n. . Pispon)vel em7http7LL[[[.vati#an.vaLholX\fatherL!ohn\paul\iiLen#X#li#alsLdo#umentsLhf\!p6ii\en#\DQEEOOD\ redemptoris6missio\po.html. A#esso em E: de a1ril de DEJ.

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    O

    • &ropor a #onversão7 "o en#ontro #om os pe#adores ,esus nun#a dei$ou de propor6

    lhes a e$ig0n#ia da #onversão muitas vezes e$pressa em7 /vai e não peques mais/.

    2ssa e$ig0n#ia não é fruto de um moralismo sem sentido mas fruto de um amor que

    e$ige mudança para ofere#er vida em a1undHn#ia.

    &apa 5ento

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    ED

    Como foi dito antes o o1!etivo desse artigo é ofere#er sua #ontri1uição sem a

     pretensão de ofere#er uma resposta definitiva para o tema. "esse sentido apresenta6se nesse

     ponto a e$peri0n#ia pastoral da Fraternidade / Caminho/ na evangelização da !uventude.

    A Fraternidade Caminho é uma #omunidade formada por religiosos e leigos que

    seguindo o apelo do ,esus7 T'em e segue6meU dei$aram tudo para estar #om 2le a serviço dos

     pequeninos do =eino. 'ivem em pequenas #omunidades adotando o estilo de uma vida

    simples mar#ado pela po1reza e 1us#am se apro$imar ao m%$imo do estilo de vida dos

     po1res a quem servem.

    #arisma adotado pela Fraternidade pede que suas #asas se!am a #asa dos po1res. Ao

    lado deles #ompartilham a vida #omunit%ria as tarefas di%rias a oração a mesa da #omida e

    da 2u#aristia.A Fraternidade tra1alha #om #omunidades #arentes e presta au$)lio Ns fam)lias que

    moram na periferia de todo o 5rasil avançando tam1ém para os pa)ses da Améri#a @atina e

    2stados Bnidos.

    T CaminhoU desde o in)#io realiza retiros para !ovens em situação de ris#o 8drogas

     prostituição delinqu0n#ia; #hamados /=esgata6me/. +ais retiros visam provo#ar nestes

     !ovens um en#ontro #om Cristo e seu amor restaurador. 4uitos dos parti#ipantes que !% são

    dependentes qu)mi#os a partir de en#ontro #om o dese!o de mudar de vida 1us#am ainternação em uma das Casas de A#olhida da pr-pria Fraternidade. utros que não #hegaram

    N depend0n#ia ou são usu%rios #asuais de droga e %l#ool #omeçam um a#ompanhamento para

     poderem se manter /limpos/ ou se!a sem a su1stHn#ia. R% tam1ém aqueles outros !ovens que

    não #hegaram fazer uso de nenhuma su1stHn#ia e que ao parti#ipar do en#ontro per#e1em o

    mal que elas podem trazer N sua !uventude.

    fato é que todos esses !ovens ao parti#iparem do =esgata6me depois de terem essa

    e$peri0n#ia forte #omo Peus passam a ser evangelizadores de outros !ovens que estão namesma situação em que eles estavam. en#ontro é feito por eles. São !ovens evangelizando

     !ovens. São eles que pregam que #antam dão testemunho fazem as peças teatrais preparam

    as diversas surpresas a!udam na #ozinha limpam et#.

    papel dos religiosos da Fraternidade é somente a#ompanhar e administrar os

     poss)veis #onflitos que podem vir a a#onte#er no pro#esso.

    Costuma6se dizer na Fraternidade que /ninguém #onhe#e melhor o inferno do que

    aqueles que vieram de l%/. 2m outras palavras ninguém melhor para falar e ser #ompreendido

     por um !ovem do que aquele que fala a mesma l)ngua que veio do mesmo lugar que tinha 8ou

    tem; os mesmos #ostumes.

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    EE

    =esgata6me é uma 1ela e$peri0n#ia de evangelização da !uventude que mostra na

     pr%ti#a tudo o que foi dito até aqui. São !ovens que estão inseridos nessa épo#a #ontur1ada

    mar#ados muitas vezes de forma negativa por essas in>meras transformaç?es so#iais mas

    que se en#ontram #om ,esus fundamento e #ritério de todo agir #ristão e a partir desse

    en#ontro tornam6se evangelizadores.

    2m #ada #idade onde a Fraternidade tem uma #asa a#onte#em quatro en#ontros no

    ano o que propor#iona ao !ovem a e$perien#ia do /ide/. São os pr-prios !ovens que #onvidam

    outros !ovens a parti#ipar do en#ontro. R% #asos em que os !ovens vão para outra #idade e até

    outro estado para a!udar na realização do =esgata6me.

    'ale desta#ar in>meros #asos de !ovens que utilizam6se de suas #apa#idades naturais

    8falar atuar to#ar; antes utilizadas para o mal e que agora as utilizam para a evangelização ea promoção do 1em. &orque não dizer que tam1ém nesses #asos7 / que é estulto no mundo

    Peus o es#olheu para #onfundir os s%1ios3 e o que é fra#o no mundo Peus o es#olheu para

    #onfundir os fortes3 e o que é vil e desprez)vel no mundo Peus o es#olheu #omo tam1ém

    aquelas #oisas que nada são para destruir as que são./ 8ECor E Q6:;.

    CONSIDERAÇES $INAIS

    Sede pois mission%rios entusiastas da nova evangelizaçãoY @evai a quantos sofrem aquantos estão em 1us#a a alegria que ,esus quer doar. @evai6a as vossas fam)lias Nsvossas es#olas e universidades aos vossos lugares de tra1alho e aos vossos gruposde amigos onde quer que vivais. 'ereis que ela é #ontagiosa. 2 re#e1ereis o#0ntuplo7 a alegria da salvação para v-s pr-prios a alegria de ver a 4iseri#-rdia dePeus agir nos #oraç?es. "o dia do vosso en#ontro definitivo #om o Senhor 2le

     poder% dizer6vos7 /Servo 1om e fiel parti#ipa da alegria do teu senhorY/ 84t E;.EQ

    Segundo o 'ati#ano II /a Igre!a peregrina é por natureza mission%ria/ 8AM ; por isso

    tam1ém os !ovens são #hamados a missão levando o amor de Cristo a todos #om quem se

    en#ontrarem.

    &de6se o1servar ao longo desse artigo que a !uventude pode e deve anun#iar Cristo e

    seu 2vangelho #onduzindo todos a uma e$peri0n#ia genu)na #om o Senhor a partir de seu

    testemunho pessoal de en#ontro que teve #om esse mesmo Senhor.

    EQ 52"+ =*+=)*1)8 Psipon)vel em7Zhttp7LL[[[.vati#an.vaLholX\fatherL1enedi#t\$viLmessagesLXouthLdo#umentsLhf\ 1en6$vi\mes\DEDJE\Xouth\po.htmlb. A#esso em7 E: de a1ril de DEJ.

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    E

    prin#ipal meio de realizar essa evangelização é utilizar6se de todas as #ara#ter)sti#as

     pr-prias da !uventude a sa1er7 determinação dinamismo disposição #riatividade

    entusiasmo entre outras. Piz o &apa 5ento7 /Amados !ovens a Igre!a #onta #onvos#oY &re#isa

    da vossa fé viva da vossa #aridade e do dinamismo da vossa esperança. A vossa presença

    renova a Igre!a re!uvenes#e6a e #onfere6lhe renovado impulso./E:.Como foi dito o en#ontro

    #om ,esus é o fundamento dessa evangelização.

    entusiasmo de quem se en#ontra #om ,esus in#omoda no sentido de questionar

    aqueles que o o1servam e a#a1a por provo#ar perguntas #omo7 / que ele tem de diferente/

    /Como posso ser assim/. "esse pro#esso o !ovem passa a ser um importante agente de

    evangelização e um potente anun#iador da mensagem salvif)#a do Senhor.

    seguimento vem a partir do en#ontro #om 2le e produz segundo =. Fa1ris tr0s posturas importantesEO7

    E. 'er7 =e#onhe#er que ,esus é o 4essias3. &ermane#er7 &artilhar a vida o destino uma profunda #omunhão3J. +estemunhar7 o que foi #hamado torna6se testemunha3

    A e$peri0n#ia da Fraternidade / Caminho/ através do en#ontro do =esgata6me demonstra

    esse resultado. Mrande parte dos !ovens que parti#ipam desses en#ontros ao terem uma

    e$peri0n#ia #om Peus #omo os dis#)pulos re#onhe#em ,esus #omo seu Salvador passam a

     partilhar da vida d`2le es#olhendo para si o Seu estilo de vida e passam a ser evangelizadores

    testemunhando o Senhor nos vais diversos am1ientes e das mais diferentes formas.'ale lem1rar aqueles que não s- o =esgata6me mas tam1ém os diversos en#ontros de

     !ovens e$istem nos dias de ho!e são momentos oportunos de promover o aspe#to vo#a#ional

    na vida de alguns parti#ipantes além de re#uperar valores humanos muitas vezes perdidos

    em outros.

    2nfim a !uventude é ho!e uma par#ela da so#iedade e da Igre!a que tem plenas

    #ondiç?es de se tornarem protagonistas no anun#io do =eino e por meios pr-prios hauridos doen#ontro #om ,esus se tornar resposta #on#reta para muitos dos desafios atuais. P. Rélder

    CHmara !% profetizava aos !ovens dizendo7

    'o#0s são a esperança do amanhã. ter#eiro mil0nio é de vo#0s. R% ainda muitamiséria no mundo. ( pre#iso que vo#0s tra1alhem sem #essar em favor da partilha enão da #ompetitividade se!a esta a regra de sua vida. Sem partilha 8partilha dos

     1ens das riquezas do tra1alho do tempo livre do sa1er do sa1er fazer; não haver% !ustiça nem feli#idade para todos. 2 so1retudo os mais fra#os os mais po1res osmenos dotados sofrerão mais. 2nga!em6se vo#0s que são !ovensY +ra1alhem sem

    E: Idem.EO Cf. FA5=IS =inaldo3 4AMMI"I 5runo. O/ E4a5'6,/ 7II8F p. OQ

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    EJ

    #essarY Se!am #ompetentes em sua profissão... @avrador ou motorista advogado oumédi#o vo#0s serão ouvidos somente se forem re#onhe#idos #ompetentes. 4as nãoesqueçam a regra de toda paz de toda !ustiça de toda solidariedade7 servir e fazerque se!am servidos primeiro e em todo lugar os mais po1res...D

    RE$ERNCIAS

    52"+

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    E

    C"S2@R 2&ISC&A@ @A+I"6A42=ICA" 8C2@A4;. D,.m'&, #' Aa%'(#a: te$to #on#lusivo da ' Confer0n#ia Meral do 2pis#opado @atino6Ameri#ano e Cari1e. EJ a JEde maio de DDQ. São &aulo7 &aulus DDQ. JEE p.

    FA5=IS =inaldo3 4AMMI"I 5runo. O/ E4a5'6,/ 7II8 V+radução7 ,ohan Konings etal.W. São &aulo7 @oXola EOO. J p.

    , &AB@ II. E6(a R'#'m&,%(/ M(//(,7 so1re a validade permanente do mandatomission%rio. n. . Pispon)vel em7http7LL[[[.vati#an.vaLholX\fatherL!ohn\paul\iiLen#X#li#als Ldo#umentsLhf\!p6ii\en#\DQEEOOD\redemptoris6missio\po.html. A#esso em E: de a1ril de DEJ.