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Elaboração de Diretrizes e Normas de Preservação para as Cidades Tombadas Oficina de Normatização de Cidades Históricas Brasília – 17 a 19 de novembro de 2010

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Elaboração de Diretrizes e Normas de Preservação para as Cidades Tombadas

Oficina de Normatização de Cidades HistóricasBrasília – 17 a 19 de novembro de 2010

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O que as Normas de Preservação devem salvaguardar?

Devemos partir do pressuposto de que o IPHAN deve garantir a preservação dos aspectos necessários para a leitura dos valores atribuídos ao sítio e que motivaram seu tombamento.

Na medida em que se conseguir definir “o que” deve ser preservado nos sítios protegidos, o próximo passo será definir “como” preservar.

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Salvador | BA

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1. O que preservar? Identificação da motivação do tombamento:

•Verificação dos valores atribuídos ao sítio e que motivaram sua proteção (histórico, arquitetura, urbanismo, paisagismo, caracterização da área...)•Verificação das poligonais de tombamento e entorno:

•Poligonal de Tombamento: Deve refletir a motivação do tombamento do conjunto•Poligonal de Entorno: deve estar relacionada à preservação da ambiência da área ou da coisa tombada

Obs. Caso não hajam poligonais definidas ou se verifique que as poligonais atualmente definidas não atendem aos objetivos do tombamento, sua revisão deverá ser o primeiro passo do trabalho!

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São Luís do Paraitinga | SP

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1.1. Como esses valores se materializam no sítio (conhecimento do sítio)?

Identificar como a motivação para o tombamento se materializa no sítio, através da definição dos condicionantes responsáveis pela caracterização dos espaços:

•Condicionantes históricas – elementos que, historicamente, adquiriram significado para a conformação e identidade urbana daquele espaço, desde sua fundação até os dias atuais.

•Topografia e condicionantes naturais – presença de elementos naturais que foram decisivos para a implantação da cidade naquele sítio, bem como para a definição de suas características, como orla marítima, presença de rios ou canais navegáveis, topografia (se influenciou a implantação da malha urbana), orientação solar, vegetação, etc.

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Jaguarão | RS

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•Referenciais urbanos históricos e atuais – igrejas, prédios públicos, praças, espaços simbólicos, largos, vias de acesso e comunicação (acessos internos prioritários, principais ruas e eixos de circulação, atuais acessos à área, vias de grande circulação e concentração de fluxo)...

•Caracterização da arquitetura e concentração de bens de interesse – verificação de áreas com características semelhantes ou diferenciadas (exemplo: áreas de predominância de arquitetura colonial, ou onde predomina um acervo eclético, edifícios industriais, etc). Caracterizar esse acervo quanto ao gabarito, porte e forma de implantação, e verificar a concentração de bens de interesse nos diferentes setores.

•Tendências atuais de uso, pressão por adensamento e alterações – identificação de áreas mais sujeitas à pressão, identificadas pela observação local, entrevistas com imobiliárias e mesmo áreas de expansão definidas pelo Plano Diretor, que requerem atenção especial por parte do IPHAN.

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Jaguarão | RS

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1.2. Identificação dos problemas que ameaçam a preservação do sítio:

•Identificar os principais fatores que causam impacto sobre o sítio, como:

•Dinâmicas urbanas ali existentes e os impactos sobre o sítio urbano;

•Mudanças de uso;

•Esvaziamento;

•Pressão por adensamento e/ou substituições;

•Análise da legislação incidente sobre o sítio (municipal, estadual, ambiental, tombamentos isolados por qualquer uma das instâncias de governo...).

•Identificação da rede de agentes sociais com interesses na área

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Jaguarão | RS

Jaguarão | RS

Jaguarão | RS

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Jaguarão | RS

Jaguarão | RS

Jaguarão | RS

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2. Sistematização das Informações – Pré-setorização:

Definição dos Setores de Preservação, ou seja, áreas com ocupação diferenciada e que demandem ações também diferenciadas para sua gestão e qualificação:

•Devem ser descritos em relação aos elementos gerais que o caracterizam (a partir dos condicionantes antes identificados);

•Deve-se buscar identificar aspectos e ações a serem estimulados ou coibidos.

•Esses elementos embasarão a definição das diretrizes para sua preservação.

Exemplo: Jaguarão - RS

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3. Detalhamento dos Setores:

Cada Setor de Preservação deve ser analisado individualmente, de forma a identificar especificidades e a possível existência de sub-setores que demandem ações diferenciadas, como:

•Ruas mais sujeitas a pressão por adensamento, verticalização ou que mereçam um controle de tráfego diferenciado;

•Áreas sujeitas a alagamento e que demandem ações específicas nesse sentido;

•Ruas que, mesmo estando dentro de uma área relativamente homogênea, tenham sido ocupadas em um período recente (antigos fundos de lote, mais tarde divididos e hoje edificados), e onde novos projetos poderão ser analisados com atenção diferenciada dos propostos para as áreas que efetivamente contribuem para a caracterização da cidade;

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•Áreas identificadas como potenciais sítios arqueológicos históricos ou pré-históricos, e que demandarão maior atenção quando da análise de projetos tanto para novas construções quanto para obras de infra-estrutura;

•Áreas onde a atual forma de ocupação cause impacto negativo sobre o sítio, demandando ações de disciplinamento, por exemplo, de engenhos publicitários e áreas de estacionamento, embutimento de fiação elétrica, entre outros.

•Exemplo: Jaguarão – RS

Obs. Nessa etapa já apresentará material suficiente para municiar os técnicos responsáveis pela gestão da área protegida durante a análise de projetos, tanto em relação ao bem para o qual a intervenção pontual é proposta, quanto a seu impacto na paisagem urbana que se deseja preservar. Estes documentos servirão para respaldar pareceres técnicos, bem como no diálogo com a população e as instâncias locais e estaduais de governo, quando for o caso.

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4. Construção de instrumentos para acompanhamento e gestão:

•Mesmo dentro de um setor, recomenda-se o levantamento das “faces de quadra”, onde as diretrizes apontadas para cada setor serão testadas quadra a quadra, permitindo a identificação de “exceções à regra” que deverão ser tratadas de forma isolada, considerando as especificidades de cada contexto onde os imóveis estão inseridos.

•Além disso, é importante manter a organização documental para cada bem fiscalizado, através da instrução adequada de processos.

•E na medida da oportunidade deve-se procurar atualizar as bases cadastrais do sítio urbano e complementar os levantamentos sobre cada imóvel.

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5. elaboração da Minuta de Normas de Preservação:

•Este documento deve refletir o processo de construção das diretrizes, seguindo uma seqüência lógica de organização dos conteúdos.

•Destacamos que a elaboração do documento final deve contar com auxílio da Procuradoria Jurídica do IPHAN.

•Destacamos ainda a importância do debate com as instâncias locais e a comunidade durante todo o processo, de forma a garantir a construção de “pactos” efetivos para a preservação dos sítios protegidos, e a construção de parcerias que beneficiem todos os interessados.

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Normatização de Cidades Históricas

Depam:Dalmo Vieira Filho – diretor

[email protected]

Coordenação Geral de Cidades Históricas:Yole Medeiros

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Coordenação de Gestão, Normas e Fiscalização:Anna Finger

[email protected]