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LUIZ RICARDO ZENI DA SILVA Elaboração de roteiro otimizado para cálculo e compatibilização de projetos de instalações elétricas de baixa tensão Londrina Paraná 2014

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LUIZ RICARDO ZENI DA SILVA

Elaboração de roteiro otimizado para cálculo e compatibilização de projetos de instalações elétricas de baixa tensão

Londrina – Paraná 2014

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LUIZ RICARDO ZENI DA SILVA

Elaboração de roteiro otimizado para cálculo e compatibilização de projetos de instalações elétricas de baixa tensão

Orientador: Prof. Me. José Fernando Mangili Júnior

Trabalho de Conclusão do curso apresentado ao Departamento de Engenharia Elétrica da Universidade Estadual de Londrina, como requisito parcial à conclusão do Curso de Graduação em Engenharia Elétrica.

Londrina – Paraná 2014

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LUIZ RICARDO ZENI DA SILVA

Elaboração de roteiro otimizado para cálculo e compatibilização de projetos de instalações elétricas de baixa tensão

Trabalho de Conclusão do curso apresentado ao Departamento de Engenharia Elétrica da Universidade Estadual de Londrina, como requisito parcial à conclusão do Curso de

Graduação em Engenharia Elétrica.

Londrina, ____ de novembro de 2014

____________________________________ José Fernando Mangili Junior

Orientador Universidade Estadual de Londrina

____________________________________ Juliani Chico Piai

Avaliadora (Co-orientadora) Universidade Estadual de Londrina

____________________________________ Silvia Galvão de Souza Cervantes

Avaliadora Universidade Estadual de Londrina

Londrina - Paraná 2014

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Agradecimentos

Agradeço primeiramente à Deus, por tudo que Ele tem feito nessa caminhada

e pelo cuidado com a minha família.

Aos meus pais, Orlando e Rozangela, por estarem sempre ao meu lado, não

importando onde e nem quando. Pelos sacrifícios que fizeram para proporcionar a

mim a melhor formação educacional. Por serem exemplos de pessoas e de casal, no

qual me espelho e espero ser um dia.

Agradeço também à minha irmã Renata, por ser essa pessoa amiga e

confidente, sempre preocupada e atenciosa.

Aos meus padrinhos João Alfredo e Sônia, por serem como pais para mim,

sempre acreditando em mim.

Aos meus amigos Heloise Fink, Renan Schavarski e André Luiz Minikovski,

por todo apoio e companheirismo desprendido durante todos esses anos de

amizade.

Ao professor José Fernando Mangili Junior, pela confiança adquirida nesses

anos de trabalho conjunto, culminando na orientação desse trabalho.

À professora Juliani Chico Piai que co-orientou tal trabalho, sendo peça

fundamental para a conclusão do mesmo.

À professora Sílvia, pela oportunidade de realizar uma Iniciação Cientifica e

por aceitar fazer parte dessa banca examinadora.

Aos meus amigos de república Hélio Albano, Tiago Pereira, Rodrigo Fink,

Hellen Fink, Diego Fink e Diego Conchon e também aos ―agregados‖ Laura de Paula

Oliveira, Raissa Gritti e Severino Macruz pelos momentos impares passados juntos

como uma família.

Aos meus amigos que a faculdade me proporcionou, sejam do curso de

Engenharia Elétrica ou não. Nomes como Dário Guilherme Toginho, Fernando Arai,

Lucas Congio, André Modesto, Havena Louise Pavão, Rodrigo Guedes, Mayra

Gurgel, Marinara Marcato, Vanessa Piotto, Raul Valente, Lilian Schiffer, Luiz

Fernando Siviero e José Cláudio Junior.

Aos meus melhores amigos da Engenharia Elétrica, como Gabriel Martins,

Fernanda Beppu e Paulo Vitor Amaral Custodio. Sem vocês, hoje não estaria aqui

agradecendo-lhes.

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Aos inúmeros amigos que o Movimento Empresa Junior me proporcionou, tais

como Leonardo Mendes, Mayara Amaral Leme, Guilherme Yano, Henrique Morais,

Lucas Lopes Ribeiro, Jéssica Roque, João Brito, Pedro Mantovani, Danyela Ramos,

Raquel Esteves, Nayara Pretti, Yuri Tetsuo, Rafael Serodio, Larissa Lopes Pinheiro,

Cesar Cavenagui, Danilo Perdigão, Victor Martins, Jacqueline da Costa, Daniel

Canali, Flávia Saraiva, Fabio Sawada, Lucas Furlan, Guilherme Freitas, Caio Souza,

Victoria Vilasanti, Matheus Campoli, Gregório Pereira, Amanda Rossetto, Tamyra

Pagliai, Julia Mantelatto Bottene e em especial à Rafaela Biz e Jenifer Pavan.

Aos integrantes do ―Grupo do Rolê‖. Letícia Scholz, Marinno Arthur, Roberto

Ferreira, Joaquim Romero, Natalia Bim, Laís Mota, Tomy Moreira, Amanda Maia,

Raquel Gonçalves, Nataliê Moura, Renan Farias e Ana Paula Cavalheiro, por todas

as horas de descontração disponibilizadas e pelo espírito de família que formamos.

Á 3E-UEL meu eterno agradecimento por todo o conhecimento que consegui

adquirir nesses 50 meses de empresa, de onde saí amadurecido e certo do que

quero para o meu futuro profissional.

Aos melhores amigos que uma pessoa poderia ter. Em destaque Jessica

Zamaia, Nayra Romário e ainda Danilo de Paula Banachi, este último pela

inigualável ajuda na confecção da planilha, sem o qual com certeza o objetivo desse

trabalho não seria alcançado.

E deixo por último meus agradecimentos à 4 pessoas que julgo que não são

mais meus amigos, mas sim meus ―irmãos mais novos‖. Paola Rafaela Vitali

Taciano, Maria Paula Barretto Pacca, Daniel Strufaldi Batista e Lyha Fernanda José,

eu simplesmente amo vocês meus ―irmãos‖, obrigado por tudo.

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“Pois que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro

se perder a sua alma?”

(Bíblia Sagrada, Mateus 16:26)

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Resumo

Atualmente a elaboração de projetos elétricos exige um tempo muito grande do

projetista, devido a quantidade e complexidade de cálculos e parâmetros envolvidos.

A fim de agilizar e aumentar a confiabilidade dos processos envolvidos na

elaboração do projeto, seja nos cálculos ou na compatibilização do mesmo com

outros projetos é que esse trabalho foi desenvolvido, que propõe um roteiro que

aperfeiçoa os cálculos de projetos elétricos em baixa tensão (BT), unindo a ABNT

NBR-5410 – Instalações Elétricas de Baixa Tensão com a Norma Técnica Copel – e

a NTC-901100 – Fornecimento em tensão secundária de distribuição, vigente no

Paraná. O roteiro elaborado utiliza o software de planilha, chamado Excel da

Microsoft®, possibilitando o cálculo da corrente máxima por fatores de agrupamento

e temperatura e também o cálculo da seção do condutor de fase por queda de

tensão, assim fornecendo os valores de seção nominal de fase, neutro e terra, como

também o valor do disjuntor de proteção a ser usado no circuito. Da mesma forma

são feitos os cálculos para obtenção dos dados de entrada de serviço, através da

potência demandada, que pode ser calculada ou inserida na forma de porcentagem

pelo projetista em função da característica de cada tipo de projeto. O trabalho ainda

inclui check-list que compatibiliza o projeto elétrico atual com os demais projetos

existentes. Por fim, a ferramenta de cálculo de parâmetros demonstrou grande

eficiência, realmente executando os cálculos com rapidez e confiabilidade.

Palavras-chaves: ABNT NBR-5410, NTC-901100, compatibilização,

dimensionamento de projetos elétricos.

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Abstract

Nowadays the electric projects formulation require a lot of draftsman’s time owing to

quantity and complexity of calculation and parameters involved in the project. This

document was developed to streamline and increase the confiability of the process

that are involved in the projects elaboration, is in the calculations or in the compatible

with other studies. This document is intended to do some calculations, for electric

projects, faster for Low Voltage (LV), using ―ABNT NBR-5410 – Instalações

Elétricas de Baixa Tensão‖ with ―Norma Técnica Copel – and NTC-901100 –

Fornecimento em tensão secundária de distribuição‖, that’s prevailing in Paraná. The

script uses software for spreadsheet called Excel from Microsoft®, which makes

calculations of max current by factors like grouping and temperature and make

calculation of conductor section of phase by voltage drop.The software analyzes the

max value between them, and gives the nominal section value for phase, neutral and

ground, further the protection breaker value to the circuit. Similarly, some math are

executed to get data about service entrance, through respondent power, that can be

calculated or be inserted, like percentage, for designer by each project. The

document count with a check-list which match the electric project with others existent.

Finally the calculation tool of parameters showed a great efficiency, and made the

calculations in a quickly time which a great reliably.

Key-words: ABNT NBR-5410, NTC-901100, match, electric circuit’s calculus.

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Lista de Ilustrações

Figura 1 – Construção da barragem de Itaipu ........................................................... 18

Figura 2 – Casas do programa PAC Minha Casa, Minha Vida.................................. 19

Figura 3 – Participação relativa do PIB industrial (%) ............................................... 20

Figura 4 – Funcionário da COPEL realizando manobra em chave fusível utilizando

equipamentos de proteção individual conforme NR-10 ............................ 26

Figura 5 – Condutores sólidos ................................................................................... 27

Figura 6 – Condutores flexíveis ................................................................................. 27

Figura 7 – Eletroduto Aço Galvanizado Leve ............................................................ 32

Figura 8 – Eletroduto Aço Galvanizado Leve ............................................................ 33

Figura 9 – Eletroduto de PVC Rígido Roscável ......................................................... 33

Figura 10 – Eletroduto de PVC flexível série leve ..................................................... 34

Figura 11 – Disjuntor termomagnético Tipo DIN tripolar............................................ 37

Figura 12 – Disjuntor termomagnético Tipo NEMA tripolar ....................................... 37

Figura 13 – Gráfico de curvas B, C e D de disparo (tempo versus corrente) ........... 38

Figura 14 – Interface de trabalho do VBA ................................................................. 41

Figura 15 – Iniciando uma macro com ―Sub‖ e ―end sub‖.......................................... 42

Figura 16 – Exemplo de incompatibilidade entre o projeto elétrico e o hidráulico ..... 43

Figura 17 – Aba Introdução da ferramenta ................................................................ 47

Figura 18 – Para habilitar, clicar no botão Opções .................................................... 47

Figura 19 – Para habilitar as macros, ........................................................................ 47

Figura 20 – Aba Informações Básicas ....................................................................... 49

Figura 21 – Aba Informações Adicionais ................................................................... 53

Figura 22 – Aba Condutores e Disjuntores................................................................ 57

Figura 23 – Aba Cálculo de Eletrodutos .................................................................... 61

Figura 24 – Aba Ramal e Entrada de Serviço ........................................................... 63

Figura 25 – Gráfico sobre a funcionalidade da ferramenta........................................ 67

Figura 26 – Gráfico sobre o preenchimento da ferramenta ....................................... 68

Figura 27 – Gráfico sobre futuro uso da ferramenta .................................................. 71

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Lista de Tabelas

Tabela 1 – Seção mínima de condutores .................................................................. 51

Tabela 2 – Fatores de demanda para iluminação e pontos de tomadas de uso geral

(TUG's) ................................................................................................... 52

Tabela 3 – Fatores de demanda para pontos de tomadas de uso especifico (TUE's)

............................................................................................................... 52

Tabela 4 – Fatores de correção para temperaturas ambientes diferentes de 30ºC

para linhas não-subterrâneas e de 20ºC (temperatura do solo) para

linhas subterrâneas ................................................................................ 56

Tabela 5 – Seção reduzida do condutor neutro ......................................................... 58

Tabela 6 – Seção mínima do condutor de terra ........................................................ 59

Tabela 7 – Valores comerciais de disjuntores tipo DIN ............................................. 60

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Lista de abreviaturas e siglas

ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas

ANSI/ASME American National Standards Institute/American Society of

Mechanical Engineers

AT Alta Tensão

BT Baixa Tensão

BWF Burn Without Fire

CE Comissão de Estudo

D Distância

DR Disjuntor Diferencial Residual

EPR Etilenopropileno

FA Fator de Agrupamento

FP Fator de Potência

FT Fator de Temperatura

IEC International Electrotechnical Commission

MT Média Tensão

NB Norma Brasileira

NBR Norma Brasileira

NM Normas Mercosul

NR Norma Regulamentadora

NTC Norma Técnica da Copel

P Potência

PAC Programa de Aceleração do Crescimento

PE Polietileno

PIB Produto Interno Bruto

PVC Policloreto de polivinila

TR-XLPE Polietileno reticulado quimicamente retardante

à arborescência

TUE Tomada de Uso Específico

TUG Tomada de Uso Geral

XLPE Polietileno Termofixo

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Sumário

1 Introdução ...................................................................................................... 15

Parte I – Revisão Bibliográfica ............................................................................... 16

2 Construção Civil no Brasil ............................................................................ 17

2.1 Histórico ....................................................................................................... 17

2.2 Cenário do futuro da Construção Civil no Brasil ........................................... 19

3 Normas ........................................................................................................... 20

3.1 ABNT ............................................................................................................ 20

3.2 Copel ............................................................................................................ 23

3.2.1 NTC ....................................................................................................... 23

3.2.2 Cálculo de Potência Demandada .......................................................... 24

3.3 NR ................................................................................................................ 25

4 Materiais utilizados em instalações elétricas ............................................. 26

4.1 Condutores ................................................................................................... 26

4.1.1 Condutores com Isolação de PVC ou PE .............................................. 28

4.1.2 Condutores com Isolação de XLPE ....................................................... 29

4.1.3 Condutores com Isolação de EPR ......................................................... 29

4.1.4 Comparação entre os isoladores dos condutores .................................. 30

4.2 Conduto Elétrico ou eletroduto ..................................................................... 31

4.2.1 Eletrodutos Metálicos rígidos ................................................................. 31

4.2.2 Eletrodutos de PVC rígido ..................................................................... 33

4.2.3 Eletrodutos de PVC flexível ................................................................... 34

4.3 Tipos de linha e capacidade de condução de corrente. ............................... 34

4.4 Dispositivos de proteção .............................................................................. 35

4.4.1 Disjuntores termomagnéticos ................................................................ 36

5 Softwares e ferramentas ............................................................................... 39

5.1 Softwares ..................................................................................................... 39

5.2 Ferramentas ................................................................................................. 39

5.2.1 Fórmulas do Excel ................................................................................. 40

5.2.2 Macros ................................................................................................... 41

6 Compatibilização de projetos ....................................................................... 43

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Parte II – Desenvolvimento ..................................................................................... 45

7 Método, Desenvolvimento e Implantação da Ferramenta .......................... 46

7.1 Informações básicas .................................................................................... 48

7.2 Informações Adicionais ................................................................................ 53

7.3 Condutores e Disjuntores ............................................................................. 57

7.4 Cálculo de Eletrodutos ................................................................................. 60

7.5 Ramal e Entrada de Serviço......................................................................... 62

8 Check-List de Compatibilização de projetos .............................................. 64

8.1 Check-list externa ......................................................................................... 64

8.2 Check-list interna .......................................................................................... 64

PARTE III – RESULTADOS ...................................................................................... 66

9 Resultados da Ferramenta............................................................................ 67

10 Resultados das Check-Lists ......................................................................... 73

Parte IV – Conclusão ............................................................................................... 74

11 Conclusão ...................................................................................................... 75

12 Para trabalhos futuros .................................................................................. 76

Referências .............................................................................................................. 77

Anexos e Apêndices ............................................................................................... 80

Anexo 1 – Tipos de Linhas Elétricas ...................................................................... 80

Anexo 2 – Fatores de correção de agrupamento ................................................... 85

Anexo 3 – Capacidades de condução de corrente dos condutores ....................... 86

Anexo 4 – Tabela de dimensionamento de Ramal e Entrada de Serviço .............. 90

Apêndice A – Códigos em VBA da aba Informações Básicas ............................. 91

A.1 – Potência Aparente ........................................................................................ 91

A.2 – Corrente de Projeto ...................................................................................... 91

A.3 – Seção mínima de condutor ABNT NBR-5410 ............................................... 92

A.4 – Cálculo de Demanda .................................................................................... 92

Apêndice B – Códigos em VBA da aba Informações Adicionais ........................ 94

B.1 – Cálculo do fator de temperatura (FT) ............................................................ 94

B.2 – Cálculo do fator de agrupamento (FA) .......................................................... 96

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B.3 – Cálculo de Queda de Tensão ....................................................................... 98

Apêndice C – Códigos em VBA da aba Condutores e Disjuntores ..................... 98

C.1 – Cálculo seção de condutor Neutro ............................................................... 98

C.2 – Cálculo seção de condutor Terra ................................................................ 100

C.3 – Disjuntores .................................................................................................. 100

Apêndice D – Cálculo de Eletrodutos .................................................................. 102

D.1 – Tabelas de Ocupação dos condutos .......................................................... 102

D.2 – Código em VBA da aba Cálculo de Eletrodutos ......................................... 104

Apêndice E – Códigos em VBA da aba Ramal e Entrada de Serviço................ 108

E.1 – Entrada de Serviço ..................................................................................... 108

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1 Introdução

A indústria da construção civil brasileira vem demonstrando substancial

crescimento nas últimas décadas, muito por conta de incentivos do governo, por

meio de programas de habitação, e também por parte dos bancos, que acabam

financiando tais obras. Com isso, o papel do engenheiro é de suma importância para

os cálculos de projetos e supervisão dos mesmos.

Porém, com o decorrer dos anos e com histórico de grandes erros de cálculo

de engenharia, vem sendo desenvolvidos no mundo todo meios de agilizar e

aumentar a confiabilidade dos processos que envolvem uma obra e seus cálculos,

Esses meios, geralmente, são estabelecidos em forma de softwares, programas

criados para realizarem tarefas que normalmente seriam feitas à mão e que

demandariam muito tempo do projetista, sendo ainda suscetíveis a erro.

Normalmente tais programas não são disponibilizados gratuitamente ao

público, ou seja, para tê-los é preciso haver investimentos, que às vezes é inviável

aos profissionais em início de carreira ou até menos para instituições de ensino

públicas, e vale ressaltar que alguns desses softwares ainda não atendem as

normas brasileiras.

Assim o objetivo desse estudo é exatamente esse, proporcionar duas

ferramentas. A primeira que execute cálculos de parâmetros de projetos elétricos de

baixa tensão, seja acessível ao mercado e principalmente confiável, atendendo

todas as normas vigentes no Brasil. A segunda, um check-list de compatibilização de

projetos, em que o projetista da parte elétrica verificará se o projeto elaborado

influencia nos demais projetos, como estrutural, hidráulico e arquitetônico.

Para validação da primeira ferramenta, ela foi aplicada a uma amostra de

alunos do curso de Engenharia Elétrica da Universidade Estadual de Londrina.

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Parte I – Revisão Bibliográfica

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2 Construção Civil no Brasil

2.1 Histórico

Construção Civil é o termo dado a todo tipo de construção, ou seja, casas,

edifícios, pontes, barragens, estradas, aeroportos e outras infraestruturas que

interajam com uma comunidade, cidade ou população, onde participam arquitetos e

engenheiros civis e eletricistas, em colaboração com técnicos de outras áreas.

O primeiro grande crescimento do setor no Brasil aconteceu na década de

1940, durante o governo Getúlio Vargas, com um forte investimento do Estado,

conforme AMOEDO (2012). Como o Brasil se tornava um grande conhecedor na

tecnologia de concreto na época, surgiu a necessidade de se elaborar normas

técnicas para tal tecnologia, nascendo assim a Associação Brasileira de Normas

Técnicas – ABNT – que teve como sua primeira norma a NB-1 – Cálculo e Execução

de Obras de Concreto Armado (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS

TÉCNICAS, 2006). Hoje, essa codificação, NB e outras mais existentes na época,

não existem mais, sendo designadas somente como ABNT NBR.

Nas duas décadas seguintes, o Estado passou a incentivar menos a

construção civil, cabendo à iniciativa privada tal função. Alguns exemplos desse

investimento privado no setor são o Condomínio Edifício Mirante do Vale, localizado

na cidade de São Paulo, inaugurado em 1966 e por 48 anos sendo considerado o

maior edifício do país, e a crescente industrialização do país, mais especificamente

na região do ABCD Paulista (Santo André, São Bernardo, São Caetano e Diadema).

Esse cenário estendeu-se até a década de 70, quando, no regime militar, a

presença estatal voltou à cena. Duas grandes obras desse período, exemplificando

o investimento do governo na construção civil são a Ponte Rio - Niterói e a Usina

Hidrelétrica de Itaipu.

A Usina Hidrelétrica de Itaipu (figura 1) foi iniciada em 1971 e inaugurada em

1984, quando entrou em operação a primeira das 20 unidades geradoras. A obra

consumiu um volume de concreto de 12,7 milhões de m³. Em 2013, a usina bateu

pelo segundo ano seguido seu próprio recorde de geração, com a geração

98.287.128 megawatts-hora (JORNAL DA ITAIPU ELETRÔNICO, 2013).

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Figura 1 – Construção da barragem de Itaipu Retirado de (Blog Engenharia Civil UFES, 2011)

Nas décadas seguintes, o capital privado retorna e com ele, a preocupação

com a qualidade dos produtos entregues, passando, desde então, a haver uma

maior atenção com a qualificação dos profissionais da área, principalmente com a

mão-de-obra.

Nas duas últimas décadas, houve um crescimento exponencial no setor, em

conseqüência do grande investimento do Governo Federal e de construtoras

principalmente na área habitacional, frente ao déficit habitacional no país. Tais

investimentos podem ser exemplificados melhor a partir de 2007, com a criação do

Programa de Aceleração do Crescimento, o PAC, que promoveu um boom no

planejamento e execução de grandes obras pelo Brasil, sejam estas nos segmentos

de infraestrutura social, urbana, logística e energética do país. Nos seus primeiros

quatro anos, o PAC 1 ajudou a dobrar os investimentos públicos brasileiros (de

1,62% do PIB em 2006 para 3,27% em 2010) e ajudou o Brasil a gerar um volume

recorde de empregos – 8,2 milhões de postos de trabalho criados no período

(BRASIL. Ministério do Desenvolvimento, 2014).

Já o PAC 2, lançado em 2010, injetou na economia brasileira cerca de R$

1,59 trilhão, destacando-se os programas PAC Minha Casa, Minha Vida (figura 2) e

PAC Água e Luz para Todos.

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Figura 2 – Casas do programa PAC Minha Casa, Minha Vida Retirado de (Jornal Grande Bahia, 2013)

Devem ainda ser ressaltados os compromissos assumidos pelo Brasil para a

realização da Copa do Mundo de Futebol 2014 e dos Jogos Olímpicos de 2016.

2.2 Cenário do futuro da Construção Civil no Brasil

Num cenário de 2014 a 2023, (BRASIL. Ministério do Desenvolvimento,

2014), o setor de construção civil e infraestrutura vai sofrer uma estagnação, visto

que está muito atrelado ao crescimento interno da economia e este não apresenta

perspectivas de crescimento substancial. Os programas habitacionais do governo e

os projetos de infraestrutura continuarão dominando o cenário.

A figura 3 ilustra essa estabilidade que está projetada para o setor, variando

somente 0,1% em 10 anos.

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Figura 3 – Participação relativa do PIB industrial (%)

Retirado de (Nota Técnica DEA 03/14, 2014)

3 Normas

Trataremos nessa seção sobre as normas vigentes em projetos e instalações

elétricas, tais como normas da ABNT, Copel e Ministério do Trabalho.

3.1 ABNT

Fundada em 1940, Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT – é

uma entidade privada, sem fins lucrativos, responsável pela normalização técnica no

país, fornecendo a base necessária ao desenvolvimento tecnológico brasileiro. Hoje

a ABNT conta com 213 comitês responsáveis por tais normalizações.

(ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2011)

Como o alvo do trabalho centraliza a área de construção civil, mais

especificamente em instalações elétricas, iremos focar nas normas relacionadas à

ela.

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O comitê responsável pelas normalizações desta área é a ABNT/CB-003

Eletricidade, que tem ao todo, 974 normas relacionadas ao tema. Pode-se citar

como principais:

ABNT NBR-5410:2004 Versão Corrigida: 2008 – Instalações elétricas

de baixa tensão;

ABNT NBR 14039:2005 – Instalações elétricas de média tensão de 1,0

kV a 36,2 kV;

ABNT NBR 13534:2008 – Instalações elétricas de baixa tensão -

Requisitos específicos para instalação em estabelecimentos

assistenciais de saúde;

ABNT NBR 13570:1996 – Instalações elétricas em locais de afluência

de público;

ABNT NBR 10898:2013 – Sistema de iluminação de emergência

ABNT NBR 5419:2005 – Proteção de estruturas contra descargas

atmosféricas;

ABNT NBR ISO/CIE 8995-1: 2013 – Iluminação de ambientes de

trabalho;

ABNT NBR 5444:1989 – Símbolos gráficos para instalações elétricas

prediais;

Dentre as normas acima, iremos nos concentrar mais especificamente na

ABNT NBR-5410:2004. Esta Norma, elaborada juntamente com a Comissão de

Estudo de Instalações Elétricas de Baixa Tensão (CE–03:064.01), estabelece as

condições a que devem satisfazer as instalações elétricas de baixa tensão, a fim de

garantir a segurança de pessoas e animais, o funcionamento adequado da

instalação e a conservação dos bens, e substitui a edição anterior ABNT NBR-

5410:1997, conforme (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS,,

2014).

Ela é fundamentada a partir dos seguintes princípios, conforme a mesma:

Proteger pessoas e animais contra choques elétricos, efeitos térmicos

e sobrecorrentes e sobretensões;

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Assegurar que equipamentos destinados a funcionar em situações de

emergência, como incêndios, funcionem pelo tempo julgado

necessário;

Desenergizar ou seccionar um circuito em caso de perigo, manutenção,

verificação, localização de defeitos e reparos, através de dispositivos

de desligamento de emergência, facilmente identificáveis e

rapidamente manobráveis;

Permitir espaço suficiente tanto para a instalação inicial quanto para a

substituição posterior de partes, bem como acessibilidade para fins de

operação, verificação, manutenção e reparos;

O projeto, a execução, a verificação e a manutenção das instalações

elétricas devem ser confiados somente a pessoas qualificadas;

Tendo essa fundamentação, a norma estabelece valores mínimos para

condutores, sejam fase, neutro ou terra; eletrodutos e dispositivos de proteção;

Tais materiais foram apresentados na próxima seção desse trabalho.

Porém, para encontrar alguns dos valores mínimos acima, existem alguns

fatores a serem considerados, tais como:

Temperatura;

Tipo de linha;

Tipo de eletroduto;

Número de circuitos agrupados na mesma linha;

Número de condutores carregados no circuito;

Queda de tensão;

Corrente de curto circuito;

Tipo de isolação do condutor;

Na Parte II – Desenvolvimento, desse trabalho, foi mostrado como todos

esses fatores influenciam nos cálculos dos valores mínimos e como a ferramenta

utilizada agiliza tais cálculos.

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3.2 Copel

A Copel nos fornece inúmeras normas técnicas – NTC – para que as

instalações elétricas, sejam de baixa, média ou alta tensão, estejam dentro que um

padrão aceitável pela companhia.

Nesta seção trataremos das NTC’s 901100 e 90060, que contemplam o

fornecimento em baixa tensão e o cálculo de demanda, respectivamente, de

instalações elétricas no Estado do Paraná.

3.2.1 NTC

A NTC – Norma Técnica Copel – refere-se às normas de materiais de redes

de distribuição, montagens de redes de distribuição, ferramentas, materiais

utilizados em trabalhos com linha viva, projetos de redes de distribuição e padrões

para entradas de serviço ((COPEL. NTC-901100, 2012), vigentes no Estado do

Paraná e formuladas pela estatal COPEL – Companhia Paranaense de Energia.

Como a ABNT NBR-5410 não estabelece um padrão para entradas de serviço

de unidades consumidoras, cabe a cada concessionária de energia estabelecer tal

padrão.

No Estado do Paraná, a NTC-901100 – Fornecimento em Tensão Secundária

de Distribuição – estabelece a uniformização da entrada de serviço, que é um

conjunto de materiais, equipamentos e acessórios situados a partir do ponto de

conexão com a rede de distribuição da COPEL até a medição da unidade

consumidora. (COPEL. NTC-901100, 2012).

A NTC-901100 nos fornece padrões dos itens abaixo, a partir da potência

demandada máxima da unidade consumidora:

Fornecimento:

o a dois condutores: 127V monofásico;

o a três condutores: 220/127V bifásico;

o a quatro condutores: 220/127V trifásico;

Disjuntos de Proteção Geral;

Ramal de ligação multiplexado a partir do tipo de condutor;

Page 24: Elaboração de Roteiro Otimizado para Cálculo e Compatibilização ...

24

Seção do condutor do ramal de entrada a partir do tipo de entrada e do

tipo isolação do condutor;

Seção do eletroduto do ramal de entrada;

Condutor e eletroduto de aterramento;

Poste.

Essa NTC ainda fornece padrões quanto as formas de medição, de

agrupamento de unidades consumidoras e fornecimento de energia na área rural,

porém não serão alvos do estudo.

3.2.2 Cálculo de Potência Demandada

Com relação ao cálculo de potência demanda, a ABNT NBR-5410 e nenhuma

outra norma brasileira especifica formas de cálculo, cabendo também às

concessionárias de energia criar métodos para tais cálculos.

A COPEL possui a NTC-90060 – Instruções para cálculo da demanda em

edifícios residenciais de uso coletivo, na qual propõem critérios para a determinação

da demanda total através do cálculo da demanda por apartamentos e do

condomínio.

Porém, no decorrer dos estudos, tal cálculo proposto mostrou-se muito

complexo, visto o grande número de fatores envolvidos, e inapropriado para os fins

do trabalho, sendo necessário então buscar outro método, visto que, como

comentado, não há uma norma.

O método que se mostrou mais eficiente foi o proposto pela Prysmian®, bem

mais simples e apropriado ao nosso cenário.

Page 25: Elaboração de Roteiro Otimizado para Cálculo e Compatibilização ...

25

3.3 NR

As NR’s, Normas Regulamentadoras do Ministério do Trabalho, num total de

35, regulamentam e fornecem orientações sobre procedimentos obrigatórios

relacionados à segurança e medicina do trabalho no território brasileiro.

Dentre todas as NR’s, a que regulamenta o serviço em instalações elétricas é

a NR 10, criada em 1978 e atualizada em 2004, que estabelece os requisitos e

condições mínimas objetivando a implementação de medidas de controle e sistemas

preventivos, de forma a garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores que,

direta ou indiretamente, interajam em instalações elétricas e serviços com

eletricidade (BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego, 2004), e vista na figura 4.

Tal norma estabelece algumas medidas para o serviço em instalações

elétricas:

controle;

proteção coletiva;

proteção individual;

segurança em projetos, construção, montagem, operação e

manutenção;

segurança em instalações elétricas desenergizadas e energizadas;

trabalhos envolvendo alta tensão (AT);

sinalização de segurança;

situações de emergência.

Page 26: Elaboração de Roteiro Otimizado para Cálculo e Compatibilização ...

26

Figura 4 – Funcionário da COPEL realizando manobra em chave fusível

utilizando equipamentos de proteção individual conforme NR-10

Retirado de (GAZETA DO POVO, 19/05/2012)

4 Materiais utilizados em instalações elétricas

Gastos com materiais de instalações elétricas variam de 5 a 7% dos gastos

de uma construção, porcentagem que não inclui a mão de obra, e visto que a

ferramenta proposta faz cálculos do dimensionamento de materiais a serem usados

em instalações elétricas, discorrer sobre como cada um deles é utilizado, funciona

ou é normalizado segundo a ABNT, é primordial para compreensão da ferramenta,

assim como saber qual tipo de material usar, dependendo das circunstâncias.

4.1 Condutores

Nesse trabalho não trataremos de condutores de alumínio por serem pouco

utilizados em instalações elétricas de baixa tensão, iremos nos centrar em

condutores de cobre.

Segundo a ABNT NBR NM 280:2002 – Condutores de cabos isolados, os

condutores de cobre são classificados em 4 classes de encordoamento, com graus

crescentes de flexibilidade, sendo:

Page 27: Elaboração de Roteiro Otimizado para Cálculo e Compatibilização ...

27

Classe 1 – condutores sólidos (figura 5);

Classe 2 – condutores encordoados;

Classes 5 e 6 – cabos e cordões flexíveis, sendo a Classe 6 mais

flexível que a Classe 5 (figura6).

Figura 5 – Condutores sólidos Retirado de (CORFIO, 2014)

Figura 6 – Condutores flexíveis

Retirado de (CORFIO, 2014)

Page 28: Elaboração de Roteiro Otimizado para Cálculo e Compatibilização ...

28

A ABNT NBR 6251:2012 padroniza, num geral, a construção desses

condutores no Brasil, podendo ter como materiais de isolação e cobertura o PVC,

PE, EPR, XLPE ou o TR-XLPE.

Há também normas que padronizam os condutores com os diferentes

materiais de isolação, que serão abordados melhor nos próximos tópicos.

Nesse trabalho focaremos nas isolações de PVC, EPR e XPLE.

4.1.1 Condutores com Isolação de PVC ou PE

Os condutores com isolação de PVC (cloreto de polivinila) ou PE (polietileno)

são divididos em duas classes, até 750V e de 1kV até 6kV, são regulamentados

pelas seguintes normas:

ABNT NBR 8661:1997 – Cabos de formato plano com isolação

extrudada de cloreto de polivinila (PVC) para tensão até 750 V –

Especificação;

ABNT NBR 7288:1994 – Cabos de potência com isolação sólida

extrudada de cloreto de polivinila (PVC) ou polietileno (PE) para

tensões de 1 kV a 6 kV – Especificação.

Ambas as normas fixam condições exigíveis para a fabricação,

comercialização e utilização de condutores com isolação a base de PVC ou PE.

Os isoladores de PVC ou PE são classificados como termoplásticos, ou seja,

fabricados com plásticos derivados do petróleo. Segundo GOEKING (2009), a PVC

propriamente dita não é exatamente um bom condutor de fogo, mas sua queima

produz fumaça com grandes quantidades de gases tóxicos e corrosivos, porém os

condutores isolados com esse material têm baixa emissão de fumaça e gases

tóxicos.

Page 29: Elaboração de Roteiro Otimizado para Cálculo e Compatibilização ...

29

4.1.2 Condutores com Isolação de XLPE

Assim como os condutores com isolação de PVC ou PE, os condutores com

isolação de XLPE (polietileno termofixo) também são divididos nas classes de até

750V e de 1kV até 6kV, porém regulamentadas pelas seguintes normas da ABNT:

ABNT NBR 7287:1992 – Cabos de potência com isolação sólida

extrudada de polietileno reticulado (XLPE) para tensões de isolamento

de 1 kV a 35 kV – Especificação

ABNT NBR 7285:2001 – Cabos de potência com isolação extrudada de

polietileno termofixo (XLPE) para tensão de 0,6 kV/1 kV – Sem

cobertura – Especificação

Isolante termofixo como é classificado, o polietileno reticulado, ou XLPE como

é chamado comercialmente, passa por um processo interno de transformação

parecido com a vulcanização de uma borracha. Uma característica desse tipo de

isolação é sua resistência à temperatura, não ocorrendo deformações em até 250ºC

e o seu desempenho não é comprometido em baixas temperaturas (GOEKING,

2009).

4.1.3 Condutores com Isolação de EPR

As normas que regulamentam os condutores com isolações de EPR são:

ABNT NBR 9114:2010 – Condutores isolados flexíveis para ligações

internas com isolação de borracha etilenopropileno (EPR) para 130 °C

e tensões até 750V – Especificação

ABNT NBR 7286:2001 – Cabos de potência com isolação extrudada de

borracha etilenopropileno (EPR) para tensões de 1 kV a 35 kV -

Requisitos de desempenho

Page 30: Elaboração de Roteiro Otimizado para Cálculo e Compatibilização ...

30

Os cabos isolados com etilenopropileno, ou EPR, se comportam muito bem

tanto em altas ou em baixas temperaturas, muito por conta de ser um composto de

borracha, além de terem uma boa resistência aos agentes oxidantes e ao

envelhecimento térmico, como dito em GOEKING (2009).

4.1.4 Comparação entre os isoladores dos condutores

Dentre essas exigências vigentes em normas e em comum entre os três

isoladores, vale destacar:

Tipo BWF (resistente à chama);

Condições em regime de sobrecarga e curto circuito;

Ser de cobre nu, têmpera mole, sólido ou flexível;

Como citado em GOEKING (2009), outros pontos em comum entre os

isoladores são: Resistência ao envelhecimento por causas elétricas e químicas;

mínima absorção de umidade; Insensibilidade à vibração e Homogeneidade da

isolação.

Ainda segundo GOEKING (2009), atualmente, o PVC é o isolante mais

utilizado para condutores de baixa tensão por seu baixo custo, bom desempenho

elétrico e boa resistência à propagação de incêndio.

De acordo com PRYSMIAN (2010), os materiais de isolação XLPE e EPR

foram desenvolvidos para se obter uma maior eficiência para os condutores de MT

(Média tensão), linhas de transmissão subterrâneas e aéreas, pois com eles, a

classe térmica do cabo em regime contínuo pôde ser ampliada para até 90°C no

caso do XLPE e para até 105°C no caso do EPR.

Visto que tanto o EPR e XLPE são isolantes termofixos, existem poucas

diferenças mecânicas entre eles, porém a principal diferença está entre as isolações

na capacidade de resistir à umidade, onde o EPR leva grande vantagem, pois a

rigidez dielétrica de um cabo isolado com EPR não muda muito com o passar do

tempo, mantendo-se praticamente a mesma.

Page 31: Elaboração de Roteiro Otimizado para Cálculo e Compatibilização ...

31

4.2 Conduto Elétrico ou eletroduto

Para PRYSMIAN (2010), conduto elétrico, ou eletroduto, é um elemento de

linha elétrica fechada, podendo ser de seção circular ou não, que tem como

finalidade acomodar os condutores elétricos e como função principal proteger os

condutores elétricos contra certas influências externas.

Estes podem ser metálicos ou de material isolante, normalmente PVC, e

podem ser usados em qualquer tipo de linha embutida, aparente ou subterrânea.

Segundo CAVALIN (2006), os tipos de eletrodutos mais utilizados em

instalações elétricas podem ser classificados como:

Metálicos rígidos;

Metálicos flexíveis;

PVC rígidos;

PVC flexíveis.

Porém, na ABNT NBR-5410, os eletrodutos metálicos flexíveis não são

admitidos como condutores, exceto quando feitos para esse fim. Sendo assim,

iremos fixar os estudos nos eletrodutos rígidos de PVC ou metálicos, e nos de PVC

flexíveis.

4.2.1 Eletrodutos Metálicos rígidos

Geralmente fabricados em aço-carbono, os eletrodutos metálicos rígidos

possuem proteção interna e externa, com a finalidade de evitar a corrosão do

mesmo. Essa proteção normalmente é o zinco (figura 7), aplicado por imersão a

quente, ou seja, há o processo de galvanização.

As normas que regem tais eletrodutos são:

ABNT NBR 5597:1995 – Eletroduto rígido de aço-carbono e acessórios

com revestimento protetor, com rosca ANSI/ASME B1.20.1 –

Especificação;

ABNT NBR 5598:1993 – Eletroduto rígido de aço-carbono com

revestimento protetor, com rosca ABNT NBR 6414 – Especificação;

Page 32: Elaboração de Roteiro Otimizado para Cálculo e Compatibilização ...

32

ABNT NBR 5624:1993 – Eletroduto rígido de aço-carbono, com

costura, com revestimento protetor e rosca ABNT NBR 8133 –

Especificação;

ABNT NBR 13057 – Eletroduto rígido de aço-carbono, com costura,

zincado eletroliticamente e com rosca ABNT NBR 8133.

Figura 7 – Eletroduto Aço Galvanizado Leve Retirado de (BAZAR339, 2014)

Os eletrodutos fabricados segundo a ABNT NBR 5597 e ABNT NBR 5598,

são os chamados eletrodutos pesados, pois possuem uma parede delgada e são

comumente usados em instalações elétricas industriais.

Já os eletrodutos fabricados segundo a ABNT NBR 13057, são os eletrodutos

leves, utilizados em instalações comerciais e residenciais.

Dentro dos eletrodutos metálicos rígidos, ainda podemos citar as eletrocalhas

(figura 8), bandejas, prateleiras e escadas para cabos. Tais condutos são

regulamentados pelas :

ABNT NBR IEC 61537:2013 - Encaminhamento de cabos — Sistemas

de eletrocalhas para cabos e sistemas de leitos para cabos;

ABNT NBR IEC 61084-1:2006 - Sistemas de canaletas e condutos

perfilados para instalações elétricas.

Page 33: Elaboração de Roteiro Otimizado para Cálculo e Compatibilização ...

33

Figura 8 – Eletroduto Aço Galvanizado Leve

Retirado de (DAP SERVIÇOS ELÉTRICOS, 2014)

4.2.2 Eletrodutos de PVC rígido

Regulamentados pelas ABNT NBR 6150:1980 – Eletrodutos de PVC rígido –

Especificação e ABNT NBR 15465:2008 – Sistemas de eletrodutos plásticos para

instalações elétricas de baixa tensão - Requisitos de desempenho, os eletrodutos de

PVC rígido não sofrem corrosão, e podem ser do tipo soldável ou roscável.

Os eletrodutos de PVC rígido (figura 9) podem ser aplicados aparentes,

embutidos ou em linhas subterrâneas.

Figura 9 – Eletroduto de PVC Rígido Roscável

Retirado de (TIGRE, 2014)

Page 34: Elaboração de Roteiro Otimizado para Cálculo e Compatibilização ...

34

4.2.3 Eletrodutos de PVC flexível

Não há nenhuma norma brasileira regulamentando o eletroduto usado e a

fabricação dos eletrodutos de PVC flexível (figura 10). Porém, por convenção,

segundo CAVALIN (2006), tais eletrodutos podem ser aplicados em instalações

elétricas residenciais, comerciais e industriais, seguindo tais especificações:

PVC flexível série leve, de coloração amarela. Ideal para utilização

embutida em tijolos;

PVC flexível série reforçada, de coloração azul, cinza ou laranja. Ideal

para utilização embutida em lajes e pisos.

Figura 10 – Eletroduto de PVC flexível série leve

Retirado de (TIGRE, 2014)

4.3 Tipos de linha e capacidade de condução de corrente.

A seção 6.2.5 da ABNT NBR-5410:2004 trata da relação entre os tipos de

linhas ou métodos de instalação dos condutores, com a capacidade de corrente de

cada seção dos mesmos.

Os tipos de linhas são classificados como:

A1: condutores isolados em eletroduto de seção circular embutido em

parede termicamente isolante;

A2: cabo multipolar em eletroduto de seção circular embutido em

parede termicamente isolante;

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35

B1: condutores isolados em eletroduto de seção circular sobre parede

de madeira;

B2: cabo multipolar em eletroduto de seção circular sobre parede de

madeira;

C: cabos unipolares ou cabo multipolar sobre parede de madeira;

D: cabo multipolar em eletroduto enterrado no solo;

E: cabo multipolar ao ar livre;

F: cabos unipolares justapostos (na horizontal, na vertical ou em trifólio)

ao ar livre;

G: cabos unipolares espaçados ao ar livre.

Tais tipos de linhas e suas variações podem ser melhor visualizados no

Anexo 1 deste trabalho.

Assim, para se determinar a máxima capacidade de corrente de um condutor,

temos que analisar X fatores:

Tipo de linha;

Tipo de isolação;

Número de condutores carregados.

o 2 condutores para tensões de 127 V e 220 V monofásico e

bifásico;

o 3 condutores para tensão de 380 V.

Sendo assim, as capacidades máximas de correntes podem ser visualizadas

no Anexo 3.

4.4 Dispositivos de proteção

Segundo CAVALIN (2006), disjuntores são dispositivos que garantem,

simultaneamente, a manobra e a proteção contra correntes de sobrecarga e de curto

circuito, conforme dito na NR-10.

Os disjuntores devem atender às seguintes normas brasileiras:

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36

ABNT NBR IEC 60947-2:2013 – Dispositivo de manobra e comando de

baixa tensão Parte 2: Disjuntores

ABNT NBR NM 60898:2004 – Disjuntores para proteção de

sobrecorrentes para instalações domésticas e similares (IEC

60898:1995, MOD)

Existe hoje no mercado, 7 tipos de dispositivos de proteção:

Disjuntores térmicos;

Disjuntores magnéticos;

Disjuntores termomagnéticos;

Disjuntores de Alta Tensão;

Disjuntores de baixa tensão padrão IEC;

Dispositivos Diferencial Residual (DR);

Dispositivos de proteção contra surto (DPS).

4.4.1 Disjuntores termomagnéticos

Os disjuntores termomagnéticos são assim designados, pois possuem dois

tipos de disparadores associados: os disparadores térmicos que protegem contra

correntes de sobrecarga e os disparadores eletromagnéticos que protegem contra

correntes de curto-circuito.

Tais disjuntores ainda podem ser classificados em:

DIN (figura 11) – conforme ABNT NBR NM 60898:2004 – segue padrão

europeu, menor em tamanho e resposta mais rápida se comparado ao

NEMA. Encontrados comercialmente em versões de capacidade de

corrente: 6 A, 10 A, 16 A, 20 A, 25 A, 32 A, 40 A, 50 A e 63 A.

NEMA (figura 12) – conforme ABNT NBR IEC 60947-2:2013 – segue

padrão norte-americano, e caindo em desuso, sendo usado

normalmente somente como dispositivo de proteção de entradas de

serviço. Encontrados comercialmente em versões de capacidade de

corrente: 10 A, 15 A, 20 A, 25 A, 30 A, 35 A, 40 A, 50 A e 60 A, 70 A e

100 A.

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37

Figura 11 – Disjuntor termomagnético Tipo DIN tripolar

Retirado de (LEROY MERLIN, 2014)

Figura 12 – Disjuntor termomagnético Tipo NEMA tripolar Retirado de (EASCHAEFER, 2014)

Essa classificação refere-se somente ao tipo de encaixe do disjuntor no

quadro de distribuição, sendo que esses disjuntores ainda podem ser encontrados

em 3 versões, conforme número de pólos:

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38

Unipolar – para circuitos monofásicos;

Bipolar – para circuitos bifásicos;

Tripolar – para circuito trifásico.

Outra classificação dos disjuntores termomagnéticos refere-se às curvas de

disparo ou desarme: B, C ou D.

As normas ABNT NBR-5410 e NBR 5459-ABNT estabelecem que os

disjuntores de curva B devem atuar para correntes de curto-circuito entre três e

cinco vezes a corrente nominal, são indicados para cargas resistivas com pequena

corrente de partida, como é o caso de aquecedores elétricos, fornos elétricos e

lâmpadas incandescentes. Já os de curva C atuam entre cinco e dez vezes a

corrente nominal e são indicados para cargas de média corrente de partida, como

motores elétricos, lâmpadas fluorescentes e máquinas de lavar roupas, por fim, os

disjuntores de curva D devem responder para correntes entre dez e vinte vezes a

corrente nominal e são indicados para cargas com grande corrente de partida, a

exemplo de transformadores BT/BT (baixa tensão)

Figura 13 – Gráfico de curvas B, C e D de disparo (tempo versus corrente)

Retirado de (EDERSON E RODOLFO, 2010)

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5 Softwares e ferramentas

Nessa seção falaremos sobre os softwares de instalações elétricas existentes

no mercado e também sobre as ferramentas utilizadas para a elaboração da

ferramenta proposta.

5.1 Softwares

Hoje o mercado de softwares para a área de projetos elétricos da construção

civil se restringe a poucos produtos, e por serem disponíveis em número reduzido,

há certo investimento para tê-los.

Entre os softwares presentes no mercado, merecem destaque:

Autopower, da AutoEnge®;

Caddproj, da HighLight®;

Lumine, da AltoQI®;

PRO-Elétrica, da Multiplus®;

A vantagem desses softwares é que eles possuem integração com o

AutoCAD®, facilitando o serviço do projetista. Porém, alguns desses softwares não

executam, como um todo, os cálculos segundo a ABNT NBR-5410, o que no final do

projeto, pode causar desuniformidades com a norma e por conseguinte riscos à

execução do projeto.

5.2 Ferramentas

Na busca por meios mais confiáveis e baratos para os cálculos de parâmetros

de projetos elétricos, próprios projetistas criam ferramentas, seguindo as normas

vigentes. Essas ferramentas podem não executar todas as funções que um software

pago oferece, porém trás uma maior confiabilidade com os resultados obtidos.

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40

A ferramenta mais utilizada por essas pessoas é o Microsoft® Excel, software

do pacote Office.

O Microsoft® Excel é um editor de planilhas que inclui excelentes ferramentas

de cálculo. São basicamente duas ferramentas de cálculos:

Fórmulas do Excel;

Macros.

5.2.1 Fórmulas do Excel

As fórmulas do Excel utilizam valores das próprias células para fazer os

cálculos, e ser iniciadas sempre com o sinal de igual (=).

As funções mais usadas são:

Soma( ): soma todos os números que você especifica

como argumentos. Cada argumento pode ser um intervalo,

uma referência de célula, uma matriz, uma constante, uma fórmula ou

o resultado de outra função;

Se( ):Retorna um valor se uma condição que você especificou avaliar

como VERDADEIRO e um outro valor se for avaliado como FALSO;

Máximo( ): Retorna o valor máximo de um conjunto de valores;

Ou( ): Retorna VERDADEIRO se qualquer argumento for

VERDADEIRO; retorna FALSO se todos os argumentos forem

FALSOS;

SomaSe( ): soma valores em um intervalo que atendem aos critérios

que você especificar.;

Cont.Se ( ): calcula o número de células não vazias em um intervalo

que corresponde a determinados critérios;

Entre outras.

A grande limitação desse tipo de cálculo no Excel está no número máximo de

8192 caracteres para o comprimento do conteúdo da fórmula, ou seja, caso o

fórmula seja muito complexa, como ocorrido no projeto, as fórmulas do Excel não

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comportam. A saída mais rápida e eficiente, sem deixar de usar o Excel, é a

utilização de macros.

5.2.2 Macros

Segundo PARANHOS (2013), um macro do Excel nada mais é que uma

sequência de comandos e funções armazenados em um módulo de VBA (Visual

Basic for Applications), linguagem de programação muito parecida com C presente

em todos os aplicativos Microsoft® Office.

Figura 14 – Interface de trabalho do VBA

Retirado de Arquivo Pessoal

Algumas das principais instruções do VBA:

Call: Palavra-chave quando você chamar um procedimento;

Dim: Declara e aloca espaço de armazenamento para uma ou mais

variáveis;

Event: Declara um evento definido pelo usuário;

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IF...Else: Executa um grupo de instruções condicionalmente,

dependendo do valor de uma expressão.

Select...Case: Executa um dos vários grupos de instruções,

dependendo do valor de uma expressão;

While...End While: Executa uma série de instruções enquanto uma

condição determinada é True.

Sub: Declara o nome, parâmetros e código que definem um

procedimento

Esta última instrução é considerada como básica, visto que toda e qualquer

macro deve ser iniciada com ―Sub‖ e finalizada com ―end sub‖, como podemos ver

na figura 18.

E foi utilizando essa linguagem e suas instruções, que o trabalho de

confecção da ferramenta de cálculo se desenvolveu, distribuído em 8 abas, sendo 3

auxiliares e 5 com entradas e saídas de dados, como foi visto na Parte II –

Desenvolvimento, deste trabalho.

Figura 15 – Iniciando uma macro com ―Sub‖ e ―end sub‖

Retirado de Arquivo Pessoal

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6 Compatibilização de projetos

Mesmo com os avanços tecnológicos apresentados pela construção civil nos

últimos anos, ainda é comum a falta de integração entre os projetos arquitetônico,

estrutural, elétrico e hidráulico, durante o seu desenvolvimento (figura 16). Essa

compatibilização vem sendo feita através da superposição e análise de desenhos

bidimensionais, prática recorrente pela grande maioria dos escritórios de projetos.

Porém, as limitações desse processo são inegáveis, tais como: má qualidade da

edificação, maior índice de retrabalhos, alongamento do prazo de execução,

acréscimo no custo da obra, e insatisfação do cliente, conforme PINHO (2003).

Figura 16 – Exemplo de incompatibilidade entre o projeto elétrico e o hidráulico

Retirado de (ENGENHARIA É, 2014)

Segundo ÁVILA (2011), a compatibilização se inicia a partir do projeto

estrutural sobreposto ao projeto arquitetônico, verificando desde as fundações até o

posicionamento dos pilares e vigas em relação à arquitetura, só então, com esses

projetos compatibilizados, se torna possível a inserção dos projetos elétrico e

hidráulico. Essa etapa de compatibilização de ser feita preferencialmente na etapa

de estudo preliminar, onde ainda há maior flexibilidade e possibilidade de um

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desenvolvimento compatível com os demais projetos e permite a retroalimentação

das etapas, corrigindo e propondo novas soluções.

A compatibilização de projetos funciona como uma ferramenta de suma

importância no desenvolvimento do projeto. Com a possibilidade da sobreposição

das informações com o auxilio do softwares, como o AutoCAD®, as interferências

ficam evidentes, possibilitando propor-se mudanças em tempo hábil, evitando que

soluções inadequadas e apressadas sejam tomadas com o projeto já em fase de

obras.

As maiores interferências dos projetos elétricos nos demais projetos

normalmente são:

Posição e dimensão dos quadros de distribuição;

Prumadas e medidores em edifícios residenciais;

Eletrocalhas e distribuição horizontal de cabos;

Posicionamento de pontos de iluminação e interruptores.

Instalações secundárias, como TV, alarme, etc.

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45

Parte II – Desenvolvimento

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7 Método, Desenvolvimento e Implantação da Ferramenta

Para o desenvolvimento da ferramenta proposta, foi utilizada uma pesquisa

aplicada na área objeto de estudo e também uma pesquisa experimental com a

turma de 2014 da disciplina especial de Instalações Elétricas, do Curso de

Engenharia Elétrica da Universidade Estadual de Londrina, interpretando as normas

citadas na Parte I deste trabalho, tendo objetivo descritivo, levantando dados em

campo de forma qualitativa e quantitativa, como observadas na Parte III, e estas

sendo aplicadas na ferramenta.

A ferramenta para o cálculo de parâmetro de projetos elétricos é disposta de 9

abas do software Microsoft® Office Excel e que serão melhor explicadas no decorrer

do capitulo:

Introdução

Informações básicas;

Informações adicionais;

Condutores e disjuntores;

Ramal e entrada de serviço;

Cálculo de Eletrodutos;

Planilha Auxiliar – Condutores;

Planilha Auxiliar – Disjuntores;

Planilha Auxiliar – Eletrodutos.

A primeira aba Introdução (figura 17) serve como aviso que, para utilizar a

planilha, primeiramente devemos habilitar as macros do software. Habilitando as

macros, as demais abas irão aparecer na tela, com exceção das três ultimas abas,

que como o próprio nome diz, servem como planilhas de apoio, onde se encontram

alguns parâmetro que serão utilizados durante a execução dos cálculos e ficaram

ocultas para o projetista.

Page 47: Elaboração de Roteiro Otimizado para Cálculo e Compatibilização ...

47

Figura 17 – Aba Introdução da ferramenta

Retirado de Arquivo Pessoal

Figura 18 – Para habilitar, clicar no botão Opções

Retirado de Arquivo Pessoal

Clicando no botão Opções (figura 18), abrirá um pop-up, conforme figura 19.

Figura 19 – Para habilitar as macros, selecione Habilitar este conteúdo e clique em OK

Retirado de Arquivo Pessoal

Page 48: Elaboração de Roteiro Otimizado para Cálculo e Compatibilização ...

48

Seguindo esses passos, as demais abas serão abertas e poderemos começar

a utilizar a ferramenta

7.1 Informações básicas

Está aba pode ser considerada a espinha dorsal da ferramenta (figura 20),

onde o projetista entrará com os seguintes dados:

Descrição do circuito;

Tipo de circuito

o TUE – Tomada de Uso Especifico;

o TUG – Tomada de Uso Geral;

o Iluminação.

Potência instalada, em Watts;

Fator de Potência;

Tensão

o 127 V;

o 220 V bifásico;

o 220 V monofásico;

o 380 V.

Page 49: Elaboração de Roteiro Otimizado para Cálculo e Compatibilização ...

49

Figura 20 – Aba Informações Básicas

Retirado de Arquivo Pessoal

As colunas em verde indicam que o projetista deve inserir dados, e as colunas

em cinza indicam que os valores serão dados automaticamente.

Nas colunas ―Tipo de Circuito” e ―Tensão (V”) há uma lista para a escolha,

não havendo necessidade de digitação, somente escolher uma das opções listadas.

Ainda há cálculos ocultos nesta aba, tais como:

Seção mínima de condutor;

Potência demandada calculada.

Para o cálculo da Potência Aparente, coluna Potência (VA), foi utilizada a

seguinte fórmula

|𝑆| =𝑃

𝐹𝑃 (1)

onde |S| é o módulo da Potência Aparente a ser encontrada, P a Potência Instalada

e FP o Fator de Potência.

Page 50: Elaboração de Roteiro Otimizado para Cálculo e Compatibilização ...

50

Tal cálculo foi realizado em macro, como mostrado no apêndice A.1.

A coluna Potência Instalada (W), é selecionada:

o Caso a linha dessa coluna esteja sem valor, a mesma linha da

coluna J, correspondente à coluna Potência (VA), também ficará

vazia;

o Caso a linha não esteja vazia, a linha referente à coluna I, Fator

de potência, será selecionada.

Com a coluna I, Fator de potência, selecionada:

o Caso a linha da coluna I esteja vazia, a linha correspondente da

coluna J também estará vazia;

o Caso não esteja vazia, a fórmula (1) é executada, dando assim o

valor da Potência (VA).

Para o cálculo das Correntes de Projeto (A), utilizaremos a seguinte fórmula:

𝐼𝑝𝑟𝑜𝑗𝑒𝑡𝑜 =𝑃𝑜𝑡ê𝑛𝑐𝑖𝑎 (𝑉𝐴)

𝑇𝑒𝑛𝑠ã𝑜(𝑉) (2)

O código em VBA pode ser visto no apêndice A.2.

A coluna Tensão (V) é selecionada;

o Caso a linha esteja vazia, a linha correspondente da coluna P,

de Correntes de Projeto (A) permanecerá vazia também;

o Caso alguma das opções de tensão esteja selecionada, a

equação (2) é executada.

A seção mínima de condutor para cada circuito pode ser vista na tabela 1 e

conforme ABNT NBR-5410. O apêndice A.3 mostra o código em VBA utilizado para

tal.

Page 51: Elaboração de Roteiro Otimizado para Cálculo e Compatibilização ...

51

Tabela 1– Seção mínima de condutores

Tipo de

Circuito

Seção mínima

do condutor

mm² (cobre)

Iluminação 1,5

TUE 2,5

TUG 2,5

Fonte: (ABNT NBR-5410:2008)

Já o método de cálculo da potência demandada utilizado foi o proposto pela

Prysmian®, em seu Manual de instalações elétricas residenciais, 2006. Tal método

consiste em:

Somar todas as potências ativas (potência instalada) dos circuitos de

iluminação e de tomadas de uso geral (TUG) e multiplicar o valor

encontrado pelo fator de demanda correspondente, conforme Tabela 2;

Multiplicar as potências dos pontos de tomadas de uso específico

(TUE), pelo fator de demanda correspondente, conforme Tabela 3

Somar os valores das potências ativas de iluminação, TUE’s e TUG’s já

corrigidos pelos respectivos fatores de demandas.

Dividir o valor obtido pelo fator de potência médio de 0,95, obtendo-se

assim o valor da potência demandada calculada.

Page 52: Elaboração de Roteiro Otimizado para Cálculo e Compatibilização ...

52

Tabela 2 – Fatores de demanda para iluminação e pontos de tomadas de uso geral (TUG's)

Potência (W) Fator de demanda

0 a 1000 0,86

1001 a 2000 0,75

2001 a 3000 0,66

3001 a 4000 0,59

4001 a 5000 0,52

5001 a 6000 0,45

6001 a 7000 0,4

7001 a 8000 0,35

8001 a 9000 0,31

9001 a 10000 0,27

Acima de 10000 0,24

Fonte: (Manual de instalações elétricas residenciais Prysmian®, 2006)

Tabela 3 – Fatores de demanda para pontos de tomadas de uso especifico (TUE's)

Número de

circuitos TUE's

Fator de

Demanda

Número de

circuitos TUE's

Fator de

Demanda

1 1,00 14 0,45

2 1,00 15 0,44

3 0,84 16 0,43

4 0,76 17 0,40

5 0,70 18 0,40

6 0,65 19 0,40

7 0,60 20 0,40

8 0,57 21 0,39

9 0,54 22 0,39

10 0,52 23 0,39

11 0,49 24 0,38

12 0,48 Acima de 25 0,38

13 0,46

Fonte: (Manual de instalações elétricas residenciais Prysmian®, 2006)

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53

O apêndice A.4 mostra como esse cálculo de demanda foi executado em

linguagem VBA.

Após essas etapas, a aba Informações básicas atingiu os objetivos propostos,

e o projetista poderá seguir para a aba seguinte.

7.2 Informações Adicionais

Nesta aba (figura 21), encontram-se as seguintes informações:

Descrição do circuito;

Tipo de Linha;

Tipo de isolação do condutor;

Temperatura (ºC);

Número de circuitos na mesma bandeja;

Distância Quadro de distribuição e ponto mais distante do circuito (m).

Figura 21 – Aba Informações Adicionais Retirado de Arquivo Pessoal

Page 54: Elaboração de Roteiro Otimizado para Cálculo e Compatibilização ...

54

Assim como a aba anterior, a coluna na coloração cinza é automática, sem

necessidade de intervenção do projetista, e as colunas na coloração verde são

necessárias entradas de dados.

Nessa aba serão executados os cálculos de capacidade de corrente por

fatores de temperatura (FT) e agrupamento (FA) e de seção nominal do condutor de

de fase por queda de tensão, e a partir desses cálculos a ferramenta dará

automaticamente os valores de seção dos condutores e disjuntores, que serão

apresentados na aba Condutores e Disjuntores.

No apêndice B.1 encontra-se o código em VBA para o cálculo do fator de

temperatura (FT), onde precisamos dos parâmetros de Tipo de Linha (seção 4.2.4),

Tipo de isolação do condutor (seção 4.1.1 à 4.1.3) e a Temperatura (ºC) do

ambiente, onde o conjunto dessas três variáveis nos fornece o valor do fator de

temperatura, conforme Tabela 4.

Para o cálculo do fator de agrupamento (FA) de um circuito se faz necessário

saber o tipo de linha e o número de circuitos que passam nessa mesma linha

juntamente com o circuito analisado. O anexo 2 traz esses valores de correção e o

apêndice B.2 o código em VBA para esta análise.

Após conhecer os fatores de agrupamento e de temperatura, podemos

calcular a corrente corrigida por fatores (ICCF), que é dada pela seguinte fórmula:

𝐼𝐶𝐶𝐹 =𝐼𝑝𝑟𝑜𝑗𝑒𝑡𝑜

𝐹𝑇∗𝐹𝐴 (3)

onde Iprojeto é encontrada na equação (2), FT e FA são encontrados pelo cálculos

mencionados acima.

Agora é necessário calcular a seção nominal do condutor de fase por queda

de tensão (AQT), conforme equação 4:

𝐴𝑄𝑇 =0,357142857 ∗𝑙∗𝑃

𝑉2∗𝐹𝑃 (4)

onde 0,357142857 é a resistividade do cobre (1/56) dividido por 0,05 (5% de

queda de tensão), l é a distância do quadro de distribuição ao ponto mais distante do

circuito, dado em metros, P é a Potência instalada, V a tensão utilizada no circuito e

Page 55: Elaboração de Roteiro Otimizado para Cálculo e Compatibilização ...

55

FP o fator de potência. O código para esse cálculo, em VBA, encontra-se no

apêndice B.3.

Com os valores da corrente corrigida por fatores e da seção de fase por

queda de tensão, e sabendo o número de condutores carregados no circuito, como

visto na seção 4.2.4 deste trabalho, podemos verificar qual o condutor de fase

indicado, conforme Anexo 3, anexo esse que também está presente na ferramenta,

de forma oculta, na aba Planilha Auxiliar – Condutores.

Nesse caso teremos três seções de condutores de fase encontradas, por:

Seção mínima (Tabela 1);

ICCF;

AQT.

Nesse caso, utilizaremos somente o maior valor entre eles para execução dos

demais cálculos. A escolha do valor máximo deu-se pela função Máximo do Excel,

função já foi explicada na sessão 5.2.1. Sendo assim, teremos um valor final de

corrente e de condutor, que serviram de bases para os demais cálculos e que

poderão ser visualizados na próxima aba, Condutores e Disjuntores.

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56

Tabela 4 – Fatores de correção para temperaturas ambientes diferentes de 30ºC para linhas não-subterrâneas e de 20ºC (temperatura do solo) para linhas subterrâneas

Temperatura (ºC) Isolação

Ambiente PVC EPR ou XLPE

10 1,22 1,15

15 1,17 1,12

20 1,12 1,08

25 1,06 1,04

35 0,94 0,96

40 0,87 0,91

45 0,79 0,87

50 0,71 0,82

55 0,61 0,76

60 0,50 0,71

65 – 0,65

70 – 0,58

75 – 0,50

80 – 0,41

Do solo

10 1,10 1,07

15 1,05 1,04

25 0,95 0,96

30 0,89 0,93

35 0,84 0,89

40 0,77 0,85

45 0,71 0,80

50 0,63 0,76

55 0,55 0,71

60 0,45 0,65

65 – 0,60

70 – 0,53

75 – 0,46

80 – 0,38

Fonte: (ABNT NBR-5410:2004 Versão Corrigida: 2008 – Instalações elétricas de baixa tensão)

Page 57: Elaboração de Roteiro Otimizado para Cálculo e Compatibilização ...

57

7.3 Condutores e Disjuntores

Nessa aba (figura 22) encontram-se os resultados de todos os esforços e

cálculos obtidos desde então. Aqui serão apresentados os valores das seções dos

condutores de fase, neutro e terra, bem como o valor do disjuntor de proteção, de

cada circuito.

Figura 22 – Aba Condutores e Disjuntores

Retirado de Arquivo Pessoal

Não é necessária a entrada de dados, visto que ela recebe valores advindos

das demais abas, como as colunas de correntes corrigidas, ou executa

automaticamente tais cálculos.

Para o cálculo da seção do condutor de fase, foi utilizada a mesma função

Máximo, já comentada no item anterior. Essa comparação se dá entre três colunas,

que se mantêm ocultas, que contém os mesmos valores dos condutores de fase

encontrados no item anterior.

Page 58: Elaboração de Roteiro Otimizado para Cálculo e Compatibilização ...

58

Conhecido então nosso condutor de fase, podemos calcular os outros três

parâmetros que restam nessa aba, Seção de condutores de Neutro e Terra, e

disjuntor de proteção.

Para o cálculo da seção do condutor Neutro, foi utilizada a tabela 5, disponível

em ABNT NBR-5410:2004. E o código em VBA encontra-se no apêndice C.1, que é

a comparação entre o valor da seção do condutor de fase com o valor tabela da

seção do condutor de neutro.

Tabela 5 — Seção reduzida do condutor neutro

Seção dos

condutores de

fase (mm²)

Seção

reduzida do

condutor

neutro (mm²)

Sf>25 Sf

35 25

50 25

70 35

95 50

120 70

150 70

185 95

240 120

300 150

400 185

Fonte: (ABNT NBR-5410:2004 Versão Corrigida: 2008 – Instalações elétricas de baixa tensão)

Da mesma maneira, é calculada a seção do condutor de terra, conforme

tabela 6 e apêndice C.2.

Page 59: Elaboração de Roteiro Otimizado para Cálculo e Compatibilização ...

59

Para o cálculo da corrente nominal do disjuntor de proteção foi usada a

equação 5, conforme ABNT NBR-5410:2004:

𝐼𝑃𝑅𝑂𝐽𝐸𝑇𝑂 ≤ 𝐼𝐷𝐼𝑆𝐽𝑈𝑁𝑇𝑂𝑅 ≤ 𝐼𝑀Á𝑋𝐼𝑀𝐴 (5)

onde IPROJETO é a corrente calculada na equação 2, IDISJUNTOR é a corrente nominal do

disjuntor e IMÁXIMA é a corrente máxima encontrada. Já para o número de pólos no

disjuntor, usamos a convenção: 127 e 220 V monofásico, 1 pólo; 220 V bifásico, 2

pólos e 380 V, 3 pólos. Sendo assim, procuraremos um valor comercial, conforme

tabela 7, qual encontra-se também na aba Disjuntores entrada de serviço, que

permanece oculta durante a utilização da ferramenta, e que esteja entre a IPROJETO e

a IMÁXIMA.O código utilizado pode ser visto no apêndice C.3.

Tabela 6 — Seção mínima do condutor de terra

Seção dos

condutores de

fase S

mm2

Seção mínima

do condutor de

terra

correspondente

mm2

S≤16 S

16 < S≤35 16

S > 35 S/2

Fonte: (ABNT NBR-5410:2004 Versão Corrigida: 2008 – Instalações elétricas de baixa tensão)

Page 60: Elaboração de Roteiro Otimizado para Cálculo e Compatibilização ...

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Tabela 7 — Valores comerciais, em A, de disjuntores tipo DIN

Poló x Corrente nominal

Monopolar Bipolar Trifásico

1x2 2x2 3x2 3x125

1x4 2x4 3x4 3x160

1x6 2x6 3x6 3x200

1x10 2x10 3x10 3x250

1x16 2x16 3x16 3x320

1x20 2x20 3x20 3x400

1x25 2x25 3x25 3x500

1x32 2x32 3x32 3x630

1x40 2x40 3x40 3x800

1x50 2x50 3x50 3x1000

1x63 2x63 3x63

1x80 2x80 3x80

1x100 2x100 3x100

Fonte: (Siemens)

Com o cálculo dos condutores e disjuntores, falta somente dimensionamento

dos eletrodutos, tema abordado na próxima sessão.

7.4 Cálculo de Eletrodutos

Após encontrarmos as seções dos condutores a serem utilizados no projeto,

resta calcular qual eletroduto comportará tais condutores (figura 23).

Para a elaboração desse cálculo, primeiramente devemos levar em conta

quantos condutores estarão ocupando o eletroduto. Segundo (ABNT NBR-

5410:2004), na sua sessão 6.2.11.1.6, a taxa de ocupação não deve ser superior a:

53% no caso de um condutor;

31% no caso de dois condutores;

40% no caso de três ou mais condutores.

Page 61: Elaboração de Roteiro Otimizado para Cálculo e Compatibilização ...

61

Figura 23 – Aba Cálculo de Eletrodutos

Retirado de Arquivo Pessoal

Consciente dessa especificação, foram elaboradas tabelas de ocupação, que

podem ser visualizadas no apêndice D.1., tendo como parâmetro principal o

diâmetro interno ou dimensões dos condutos elétricos a seguir:

PVC Rígido Roscável e Rígido de Aço Zincado;

PVC flexível;

Perfilado;

Eletrocalha.

A escolha por somente esses condutos deve-se à sua grande utilização em

obras. No caso do Perfilado e da Eletrocalha, há somente tabela para ocupação de

40%.

Page 62: Elaboração de Roteiro Otimizado para Cálculo e Compatibilização ...

62

Nesta aba, o projetista entra com a quantidade de condutores de cada seção,

de 1,5mm à 120 mm, que passam pelo mesmo conduto elétrico e escolhe o tipo de

linha (•) e o tipo de conduto (○), que podem ser:

Aparente;

o Aço Zincado;

o Eletrocalha;

o Perfilado;

o PVC Rígido.

Embutida;

o PVC Flexível;

o PVC Rígido

Subterrânea.

o PVC Flexível;

o PVC Rígido

Após esse preenchimento, a coluna Seção (mm) ou Dimensão (l x h)

apresentará qual a seção ou a dimensão do conduto elétrico que deverá ser utilizado

no trecho específico. O código do VBA encontra-se no apêndice D.2.

7.5 Ramal e Entrada de Serviço

Separada em duas partes, Entrada de Serviço e Ramal de Alimentação

Figura 24), esta aba poder ser considerada um resumo das outras três abas já

apresentadas. A parte Entrada de Serviço foi elaborada em acordo com a NTC-

901100, já citada em 3.2, e Ramal de Alimentação centrada na (ABNT NBR-

5410:2004).

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Figura 24 – Aba Ramal e Entrada de Serviço

Retirado de Arquivo Pessoal

O dado principal a ser considerado nessa aba é a Demanda Máxima (VA),

que pode ser Calculada, já explicada na sessão 7.1 deste, ou inserida na forma de

Porcentagem pelo projetista em função da característica do projeto.

A área Entrada de Serviço, como comentado, é centrada na NTC 90110, mais

especificamente no Anexo 4. Tendo os dados deste anexo em mãos, o código em

VBA do apêndice E.1. foi elaborado para calcular os demais parâmetros.

Já a área Ramal de Alimentação é uma combinação das abas Informações

Adicionais e Cálculo de Eletrodutos, e tem a ABNT NBR-5410:2004 como norma

central.

Um ponto muito importante a ser ressaltado nessa aba é a queda de tensão.

Caso tal queda seja muito elevada, as seções dos condutores do Ramal de

Alimentação, conforme ABNT NBR-5410:2004, poderão ser superiores às seções

dos condutores da Entrada de Serviço, conforme NTC 90110, caso que não pode

ser aceito, por conta da diferença de tamanho de seções que existirá. Para resolver

esse problema dispomos novamente da função Máximo do Excel, que compara qual

das seções é maior, da Entrada de Serviço ou do Ramal de Alimentação, e assim

executa os demais cálculos através do valor selecionado pela função.

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8 Check-List de Compatibilização de projetos

Iremos dividir esse check-list em duas partes: Externa e Interna. Externa para

a compatibilização da entrada de serviço e Interna para o restante das instalações

elétricas.

Os dois check-lists seguem como sugestões de itens que o projetista das

instalações elétricas deve observar antes e durante a realização do projeto.

8.1 Check-list externa

Existem aspectos arquitetônicos de fachada que interferem na escolha

do tipo de entrada de serviço (subterrânea ou aérea)? Caso haja, o tipo

subterrâneo deverá ser escolhido.

Segundo a NTC-901100, o medidor da entrada de serviço deverá ser

frontal à via ou com a existência de um recuo para a leitura. Qual das opções

melhor satisfaz os aspectos arquitetônicos da construção?

8.2 Check-list interna

Com o projeto estrutural em mãos, verificar se nenhum desses itens

está posicionado sobre colunas:

o Quadros de distribuição;

o Pontos de tomada e interruptores.

Com o projeto estrutural em mãos, verificar se nenhum conduto elétrico

está atravessando vigas. Caso não seja possível reposicionar o

conduto, contatar o projetista estrutural para que a viga em questão

tenha uma abertura previamente feita na hora de concreta-lá.

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65

Com o projeto arquitetônico em mãos, analisar os seguintes itens:

o Posicionamento de pontos de iluminação, interruptores e

tomadas, bem como de instalações secundárias, como CFTV e

lógica, para que as mesmas não fiquem posicionadas sobre

janelas, portas e móveis.

Com o projeto hidráulico em mãos analisar pontos de chuveiros.

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66

PARTE III – RESULTADOS

Page 67: Elaboração de Roteiro Otimizado para Cálculo e Compatibilização ...

67

9 Resultados da Ferramenta

Como forma de validar a ferramenta de cálculo, a mesma foi apresentada à

turma de 2014 da disciplina especial de Instalações Elétricas, do Curso de

Engenharia Elétrica da Universidade Estadual de Londrina.

Após a apresentação em sala de aula, a planilha foi disponibilizada aos

alunos para avaliação no período de uma semana. O objetivo era que os alunos

comparecem os resultados obtidos na planilha com os resultados obtidos por eles

calculados previamente sem o uso de nenhuma ferramenta auxiliar. Além da

planilha, foi disponibilizado um formulário com perguntas quantitativas e qualitativas

sobre a ferramenta. Ao todo foram coletadas 7 (sete) respostas e os seguintes

resultados e respostas foram obtidos:

1) De 1 a 5, o quanto a ferramenta cumpre com o seu objetivo ?

Figura 25 – Gráfico sobre a funcionalidade da ferramenta

Retirado de Arquivo Pessoal

2) Deixe aqui seu feedback quanto ao objetivo

“Meu objetivo no uso da planilha era o dimensionamento de neutro,

fase e terra dos circuitos do meu projeto. A planilha ofereceu todos os

resultados de uma maneira bem precisa.”

Page 68: Elaboração de Roteiro Otimizado para Cálculo e Compatibilização ...

68

“É uma ferramenta muito útil e prática para projetar com facilidade

(tendo o conhecimento do projeto "braçal") a instalação elétrica,

cumprindo com o proposto e reduzindo o tempo de cálculos.”

“Foi possível realizar o projeto de instalação residencial com eficiência

e velocidade, portanto objetivo OK.”

“Atendeu com o objetivo de ofertar uma ferramenta que auxilie na

confecção de projetos elétricos.”

“Cálculos e dimensionamento corretos.”

“A planilha cumpriu bem os objetivos. De forma prática, obtive um

projeto de instalação residencial com resultados muito próximos ao já

realizado.”

“Facilita, e muito o dimensionamento de um projeto elétrico residencial.

Basta inserir os valores e o tipo de instalação que está pronto o

dimensionamento dos fios e do disjuntor.”

Conforme a figura 25 e pergunta 2, podemos crer que a ferramenta realmente

cumpriu com seu objetivo: realizar cálculos de parâmetros de instalações elétricas

com rapidez e confiabilidade, visto que obtivemos 100% de satisfação.

3) De 1 a 5, o quanto a ferramenta é de fácil preenchimento?

Figura 26 – Gráfico sobre o preenchimento da ferramenta

Retirado de Arquivo Pessoal

Page 69: Elaboração de Roteiro Otimizado para Cálculo e Compatibilização ...

69

4) Deixe aqui seu feedback quanto ao preenchimento

“Acredito que teria algumas dúvidas na hora de preencher, pela

primeira vez se não houve uma explicação prévia sobre os

procedimentos. Porém, depois que já tinha utilizado algumas vezes a

tabela se torna bem intuitiva e fácil de ser compreendida.”

“Por ter que selecionar várias coisas não marco como "muito fácil",

porém o preenchimento é tranquilo, não achei que tem pontos que

podem causar equívocos no momento do preenchimento.”

“Apresenta menu intuitivo, conta com explicação sobre as linhas e gera

grande parte dos cálculos automaticamente, reduzindo

consideravelmente o tempo de projeto.”

“Na parte de descrição dos circuitos não há quebra de linha, o que

prejudica o visual. Além disso, coloca-se o circuito direto, não havendo

uma aba para dimensionar os cômodos e depois alocar os circuitos.”

“Ao se preencher as colunas com dados repetidos, utilizando a

ferramenta do Excel de 'puxar' o retângulo, mesmo ele copiando as

informações, é necessário clicar na célula e teclar enter para o cálculo

ser realizado. Poderia fazer os cálculos normalmente. Ao se escolher o

tipo de circuito (TUG/TUE), ele deleta toda a informação que estava

nas colunas seguintes, poderia mantê-las.”

“Não encontrei nenhuma dificuldade quanto ao preenchimento. As

informações pedidas estão bastante claras.”

“As vezes me confundi onde escreve e onde sai o resultado. Poderia

ter outra cor para escrever, no caso de descrição.”

Analisando a figura 26 e a pergunta 4, concluímos que a forma de

preenchimento da ferramenta ainda precisa ser aprimorada. Um dos pontos

destacados ―Ao se escolher o tipo de circuito (TUG/TUE), ele deleta toda a

informação que estava nas colunas seguintes, poderia mantê-las” foi modificada

segundo sugestão. Já a sugestão de “puxar o retângulo” para copiar, não foi

possível de ser implementada, visto que as opções estão contidas numa lista pré

determinada.

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70

5) Os dados obtidos nela conferem com os dados obtidos nos seus

cálculos?

“Os dados foram todos praticamente idênticos aos cálculos. As únicas

aproximações obtidas foram referentes aos valores de corrente de

projeto, porém, mesmo esses valores foram muito similares aos

calculados.”

“Foram todos bem próximos. Os disjuntores que não saíram como os

que eu havia determinado, a tabela retornava disjuntores maiores dos

que eu havia escolhido para as tomadas (utilizei disjuntores da

Siemens).”

“A grande maioria dos dados obtidos foi condizente com os cálculos

desenvolvidos em minha planilha. Contudo, em um dos chuveiros, a

seção do condutor divergiu (6 mm² x 10 mm²). Além disso a demanda

máxima obtida foi cerca de 5000 VA inferior à calculada através da

minha planilha.”

“O fator de Potência Demandada da planilha divergiu bastante em

relação ao calculado. Neste caso houve uma diferença em torno de

10kVA.”

“Convergentes.”

“A maior parte dos dados estiveram próximos aos cálculos. A única

divergência ficou no dimensionamento dos disjuntores, no qual boa

parte deles tiveram uma corrente nominal maior em relação disjuntores

que projetei.”

“Sim, bem próximos.”

Sobre as divergências descritas, como nos valores dos disjuntores e da

Potência demandada, as mesmas já foram corrigidas.

No caso dos valores dos disjuntores, o cálculo era anteriormente feito sobre a

máxima corrente encontrada (fora de norma), e não sobre a equação 4 (dentro da

norma). Visto esse erro, foi elaborado um novo código.

Já na questão da Potência Demandada também foi encontrado um erro no

código. Ao invés do código estar dividindo a soma dos valores das potências ativas

de iluminação, TUE’s e TUG’s já corrigidos pelos respectivos fatores de demandas,

Page 71: Elaboração de Roteiro Otimizado para Cálculo e Compatibilização ...

71

pelo fator de potência médio de 0,95, o código estava multiplicando, havendo assim

essa discrepância entre os valores e logo o erro foi corrigido.

6) De 1 a 5, o quanto você usaria a novamente como ferramenta de

cálculo para futuros projetos elétricos?

Figura 27 – Gráfico sobre futuro uso da ferramenta

Retirado de Arquivo Pessoal

7) Explique o porquê da sua resposta à pergunta anterior

“Os dados obtidos são sem dúvida são precisos e a economia de

tempo numa execução de um projeto elétrico é sem dúvida substancial.

Usaria sem pensar meia vez.”

“Pois dispensa vários cálculos que foram necessários para a

determinação de muitos parâmetros, reduzindo o tempo de projeto e a

utilização de várias tabelas.”

“Otimiza o trabalho, é rápido e eficiente.”

“É uma ferramenta que auxilia e facilita na hora da projeção, realizando

cálculos automaticamente, e sendo fundamental para um melhor

gerenciamento de tempo gasto no projeto.”

“Devido ao que foi comentado no preenchimento.”

Page 72: Elaboração de Roteiro Otimizado para Cálculo e Compatibilização ...

72

“Eu usaria esta planilha, pois é uma ferramenta muito prática. Para um

projeto de instalação elétrica, é necessário consultar continuamente

inúmeras tabelas, o que demanda tempo. Com a planilha, é possível

economizar um bom tempo na elaboração de um projeto.”

“Reduz o tempo de dimensionamento do projeto, o que, pra mim, exige

a maior parte do tempo, excluindo lista de materiais.”

As respostas da pergunta 7 e o gráfico da figura 27 refletem o que foi

comentado nos itens de 1 à 4 pelos usuários, que a ferramenta realmente cumpre

com o seu papel de realizar cálculos de forma ágil e confiável, sendo assim, obtendo

uma grande aceitação.

8) Você detectou algum erro na planilha?

“Nas primeiras vezes em que fui utilizar a planilha, os resultados

referentes a dimensionamento de fase e terra não eram fornecidos.

Porém, após relatar o problema ao programador, logo se resolveu e a

tabela funcionou como devia.”

“Não.”

“Ainda não, apenas de que, para o disjuntor DIN, colocamos a corrente

do projeto, não a corrigida ainda.”

Os erros mencionados foram encontrados e resolvidos.

9) Você tem alguma dica para a melhora da planilha?

“Acredito que como projeto a planilha está super bem feita e

satisfatória. Caso um dia queira comercializar aí cabem ajustes de

layout e um breve esclarecimento de como a planilha funciona seria

interessante.”

Page 73: Elaboração de Roteiro Otimizado para Cálculo e Compatibilização ...

73

“Como nas tabelas em aula usamos, na maior parte, potências em VA,

acho poderia haver como trocar (na aba "Informações Básicas") o

formato da "Potência Instalada": em W ou VA.”

“Nada a declarar.”

“Criação de uma aba de cargas de instalação, para que depois

pudessem ser montados os circuitos.”

“O preenchimento.”

“Na hora de se colocar a potência dos circuitos, acredito que se poderia

ter uma opção para escrever a potência diretamente em VA, pois os

circuitos de iluminação e TUG’s são projetados a partir dos critérios da

norma, informando a potência já em VA.”

As perguntas 8 e 9 obtiveram um menor número de respostas pois não eram

obrigatórias.

Sobre as dicas de melhoria citadas, a única feita até o momento foi a de

mudança de layout, pois as demais demandariam muito tempo para serem

elaboradas, visto que envolvem cálculo e por seguinte, escrita de códigos, porém

tais dicas não serão deixadas de lado, e serão feitas em trabalhos futuros.

10 Resultados dos Check-Lists

Inicialmente os check-lists seriam aplicadas junto à Empresa de Engenharia

Elétrica Júnior da UEL – 3E-UEL – em algum projeto que ela recebesse para

elaboração, porém no período, nenhum projeto chegou a ser executado pela

empresa para que houvesse a validação dos check-lists, sendo assim, não foi

possível até o momento, saber se os check-lists propostas realmente ajudam na

compatibilização do projeto elétrico com os demais projetos.

Foram buscadas outras maneiras de validação das mesmas, até junto à

empresas seniores, porém não foi possível.

Page 74: Elaboração de Roteiro Otimizado para Cálculo e Compatibilização ...

74

Parte IV – Conclusão

Page 75: Elaboração de Roteiro Otimizado para Cálculo e Compatibilização ...

75

11 Conclusão

Podemos dizer que os dois pontos aqui apresentados desde o começo desse

trabalho, cálculo de parâmetros de projetos elétricos e compatibilização de projetos,

devem sempre andar junto: projeto elétrico respeitando os demais projetos, quer

seja se adequando aos demais ou solicitando adequações a esses ,ou seja,

compatibilizando com os mesmos.

Os dois pontos destacados no feedback sobre a discordância entre os valores

de Potência Demandada e de Disjuntores devem-se à não padronização para as

mesmas, sendo que o ―projetista A” pode ter um padrão, mas o ―projetista B” pode

ter outra, havendo assim a discordância. Portanto, há a necessidade de que num

futuro próximo haja uma padronização para as mesmas, a fim de evitar

sobredimensionamento ou subdimensionamento desses parâmetros, que podem

encarecer a obra ou até mesmo causar, por exemplo, curtos-circuitos, que gerariam

perigos à construção e a vida humana.

Sobre os check-lists, apesar de não terem sido validadas, vale ressaltar o

quanto uma ferramenta como essa pode diminuir desperdícios, custos e tempo de

execução da obra, já que evitarão retrabalho dentro do canteiro de obras.

Sendo assim, acerca da proposta de ferramenta apresentada para cálculo de

parâmetros de projetos elétricos, a mesma demonstrou que está cumprindo com o

proposto, executando cálculos que resultam em valores de condutores e condutos

elétricos dentro das normas vigentes.

Page 76: Elaboração de Roteiro Otimizado para Cálculo e Compatibilização ...

76

12 Para trabalhos futuros

Através dos feedbacks recebidos, podemos perceber ainda que a ferramenta

esteja funcional, alguns aspectos poderão ser mudados, tais como:

Tutorial de utilização;

Aba para cálculo de dimensionamento mínimo de tomadas e

iluminação;

Mudar tipo de preenchimento, sendo de forma mais direta, ao invés de

listas;

Colocar opção (W ou VA) na coluna ―Potência‖;

Utilizar outra plataforma mais confiável e segura, como Java®.

Page 77: Elaboração de Roteiro Otimizado para Cálculo e Compatibilização ...

77

Referências

Associação Brasileira de Normas Técnicas. ABNT – Histórico 20 anos – Disponível em <http://www.abnt.org.br/imagens/HISTORICO%20ABNT%20-%2065%20ANOS.pdf>. Acesso em 29 set 2014. Citado na página 16; Associação Brasileira de Normas Técnicas. ABNT CATÁLOGO – Disponível em <http://www.abntcatalogo.com.br/>. Citado na página 20; Associação Brasileira de Normas Técnicas. História da normalização brasileira – Disponível em <http://www.abnt.org.br/imprensa/livro_abnt/70anos_ABNT.pdf>. Acesso em 30 set 2014. Citado na página 19; Associação Brasileira de Normas Técnicas. ABNT NBR-5410:2004 Versão Corrigida: 2008 – Instalações elétricas de baixa tensão – Citado nas páginas 5 vezes nas páginas 33, 57, 60, 61 e 62; Associação Brasileira de Normas Técnicas. ABNT NBR 5597:1995 – Eletroduto rígido de aço-carbono e acessórios com revestimento protetor, com rosca ANSI/ASME B1.20.1 – Especificação; Associação Brasileira de Normas Técnicas. ABNT NBR 5598:1993 – Eletroduto rígido de aço-carbono com revestimento protetor, com rosca ABNT NBR 6414 – Especificação; Associação Brasileira de Normas Técnicas. ABNT NBR 5624:1993 – Eletroduto rígido de aço-carbono, com costura, com revestimento protetor e rosca ABNT NBR 8133 – Especificação; Associação Brasileira de Normas Técnicas. ABNT NBR 7285:2001 – Cabos de potência com isolação extrudada de polietileno termofixo (XLPE) para tensão de 0,6 kV/1 kV – Sem cobertura – Especificação; Associação Brasileira de Normas Técnicas. ABNT NBR 7287:1992 – Cabos de potência com isolação sólida extrudada de polietileno reticulado (XLPE) para tensões de isolamento de 1 kV a 35 kV – Especificação; Associação Brasileira de Normas Técnicas. ABNT NBR 7288:1994 – Cabos de potência com isolação sólida extrudada de cloreto de polivinila (PVC) ou polietileno (PE) para tensões de 1 kV a 6 kV – Especificação; Associação Brasileira de Normas Técnicas. ABNT NBR 8661:1997 – Cabos de formato plano com isolação extrudada de cloreto de polivinila (PVC) para tensão até 750 V – Especificação; Associação Brasileira de Normas Técnicas. ABNT NBR 13057 – Eletroduto rígido de aço-carbono, com costura, zincado eletroliticamente e com rosca ABNT NBR 8133;

Page 78: Elaboração de Roteiro Otimizado para Cálculo e Compatibilização ...

78

Associação Brasileira de Normas Técnicas. ABNT NBR NM 60898:2004 – Disjuntores para proteção de sobrecorrentes para instalações domésticas e similares (IEC 60898:1995, MOD); Associação Brasileira de Normas Técnicas. ABNT NBR IEC 60947-2:2013 – Dispositivo de manobra e comando de baixa tensão Parte 2: Disjuntores; Associação Brasileira de Normas Técnicas. ABNT NBR IEC 61084-1:2006 - Sistemas de canaletas e condutos perfilados para instalações elétricas; Associação Brasileira de Normas Técnicas. ABNT NBR IEC 61537:2013 - Encaminhamento de cabos — Sistemas de eletrocalhas para cabos e sistemas de leitos para cabos; AMOEDO, C. Construção Civil no Brasil – Disponível em: <http://www.zun.com.br/construcao-civil-no-brasil/>. Acesso em: 29 set 2014. Citado na página 16; ÁVILA, V. M. Compatibilização de projetos na construção civil. Estudo de caso em um edifício residencial multifamiliar. Página 22 – Citado na página 43; CAVALIN, G. Instalações Elétricas Prediais. 14ª Ed, 2006, Páginas 280-283, 325-329 – Citado na página 3 vezes nas páginas 30, 33 e 35; Companhia Paranaense de Energia. NORMAS COPEL - Disponível em: <http://www.copel.com/hpcopel/root/nivel2.jsp?endereco=%2Fhpcopel%2Fnormas%2Fpagcopel2.nsf%2Fverdocatual%2F0561E454DB1C6DEB03257505004EF73F>. Acesso em 30 set 2014. Citado na página 22 Companhia Paranaense de Energia. NTC-901100 – Fornecimento em Tensão Secundária de Distribuição – Citado na página 22. Companhia Paranaense de Energia. NTC 90060 – Instruções para cálculo da

demanda em edifícios residenciais de uso coletivo – Citado na página 24 GOEKING, W. Fios e cabos: condutores da evolução humana – Disponível em < http://www.osetoreletrico.com.br/web/a-revista/edicoes/223-fios-e-cabos-condutores-da-evolucao-humana.html>. Acesso em 01 out 2014. Citado 5 vezes nas páginas 27, 28 e 29; JIE. Jornal de Itaipu Eletrônico – Disponível em: <http://www.jie.itaipu.gov.br/?q=pt/node/29829>. Acesso em 29 set 2014. Citado na página 17; MINISTÉRIO DE MINAS E ENERGIA. Caracterização do Cenário Macroeconômico para os próximos 10 anos – Citado na página 18;

Page 79: Elaboração de Roteiro Otimizado para Cálculo e Compatibilização ...

79

MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO. PAC – Programa de Aceleração do Crescimento – Disponível em <http://www.pac.gov.br/sobre-o-pac>. Acesso em 29 set 2014. Citado na página 17; MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGA. NR 10 - SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES E SERVIÇOS EM ELETRICIDADE, 2004 – Disponível em <http://www.portal.mte.gov.br/data/files/8A7C816A38CF493C013906EC437E23BF/NR-10%20(atualizada).pdf> Acesso em 30 set 2014. Citado na página 23 PARANHOS, F. O que são Macros no Excel? – Disponível em <http://www.aprenderexcel.com.br/2013/artigos/o-que-sao-macros-no-excel> Citado na página 41; PINHO, A. C. et al. A modelagem digital aplicada ao processo de projeto de edifícios de apartamentos. In: III WORKSHOP BRASILEIRO DE GESTAO DO PROCESSO DE PROJETO NA CONSTRUCAO DE EDIFICIOS, 3., 2003,Belo Horizonte. Citado na página 43; PRYSMIAN. Instalações Elétricas Residenciais, 2006; PRYSMIAN. Manual Prysmian de Instalações Elétricas. Páginas 19-26 – Citado 2 vezes nas páginas 29 e 30

Page 80: Elaboração de Roteiro Otimizado para Cálculo e Compatibilização ...

80

Anexos e Apêndices

Anexo 1 – Tipos de Linhas Elétricas

Retirado de ABNT NBR-5410:2004

Page 81: Elaboração de Roteiro Otimizado para Cálculo e Compatibilização ...

81

Anexo 1 – Continuação

Page 82: Elaboração de Roteiro Otimizado para Cálculo e Compatibilização ...

82

Anexo 1 – Continuação

Page 83: Elaboração de Roteiro Otimizado para Cálculo e Compatibilização ...

83

Anexo 1 – Continuação

Page 84: Elaboração de Roteiro Otimizado para Cálculo e Compatibilização ...

84

Anexo 1 – Continuação

Page 85: Elaboração de Roteiro Otimizado para Cálculo e Compatibilização ...

85

Anexo 1 – Continuação

Anexo 2 – Fatores de correção de agrupamento

Retirado de ABNT NBR-5410:2004

Page 86: Elaboração de Roteiro Otimizado para Cálculo e Compatibilização ...

86

Anexo 3 – Capacidades de condução de corrente dos condutores

Retirado de ABNT NBR-5410:2004

Capacidades de condução de corrente, em ampères, para os métodos de referência A1, A2, B1, B2, C e D. Condutores: cobre e alumínio. Isolação: PVC. Temperatura no condutor: 70°C. Temperaturas

de referência do ambiente: 30°C (ar), 20°C (solo). Corrente em Ampère (A)

Page 87: Elaboração de Roteiro Otimizado para Cálculo e Compatibilização ...

87 Capacidades de condução de corrente, em ampères, para os métodos de referência A1, A2, B1, B2,

C e D. Condutores: cobre e alumínio. Isolação: EPR ou XLPE. Temperatura no condutor: 90°C. Temperaturas de referência do ambiente: 30°C (ar), 20°C (solo). Corrente em Ampère (A)

Page 88: Elaboração de Roteiro Otimizado para Cálculo e Compatibilização ...

88

Capacidades de condução de corrente, em ampères, para os métodos de referência E, F e G. Condutores: cobre e alumínio. Isolação: PVC. Temperatura no condutor: 70°C. Temperatura ambiente

de referência: 30°C. Corrente em Ampère (A)

Page 89: Elaboração de Roteiro Otimizado para Cálculo e Compatibilização ...

89

Capacidades de condução de corrente, em ampères, para os métodos de referência E, F e G. Condutores: cobre e alumínio. Isolação: EPR ou XLPE. Temperatura no condutor: 90°C. Temperatura

ambiente de referência: 30°C. Corrente em Ampère (A)

Page 90: Elaboração de Roteiro Otimizado para Cálculo e Compatibilização ...

90

Anexo 4 – Tabela de dimensionamento de Ramal e Entrada de

Serviço Retirado de NTC-901100

Page 91: Elaboração de Roteiro Otimizado para Cálculo e Compatibilização ...

91

Apêndice A – Códigos em VBA da aba Informações Básicas

A.1 – Potência Aparente

Select Case Plan1.Range("H" & Target.Row).Value

Case ""

Plan1.Range("J" & Target.Row).Value = ""

Case Else

Select Case Plan1.Range("I" & Target.Row).Value

Case ""

Plan1.Range("J" & Target.Row).Value = ""

Case Else

Plan1.Range("J" & Target.Row).Value = Plan1.Range("H" &

Target.Row).Value / Plan1.Range("I" & Target.Row).Value

End Select

End Select

A.2 – Corrente de Projeto

Select Case Plan1.Range("L" & Target.Row).Value

'Tensão " "

Case ""

Plan1.Range("P" & Target.Row).Value = ""

'Tensão 127

Case 127

Plan1.Range("P" & Target.Row).Value = Plan1.Range("J" & Target.Row).Value /

127

'Tensão 380

Case 380

Plan1.Range("P" & Target.Row).Value = Plan1.Range("J" & Target.Row).Value /

380

'Tensão 220 bifásico

Case "220 bifásico"

Plan1.Range("P" & Target.Row).Value = Plan1.Range("J" & Target.Row).Value /

220

'Tensão 220 monofásico

Case "220 monofásico"

Plan1.Range("P" & Target.Row).Value = Plan1.Range("J" & Target.Row).Value /

220

End Select

Page 92: Elaboração de Roteiro Otimizado para Cálculo e Compatibilização ...

92

A.3 – Seção mínima de condutor ABNT NBR-5410

'Tipo de circuito

Select Case Plan1.Range("F" & Target.Row).Value

'Escolhendo tipo de circuito

'Circuito " "

Case ""

Plan1.Range("U" & Target.Row).Value = ""

'Circuito Iluminação

Case "Iluminação"

Plan1.Range("U" & Target.Row).Value = 1.5

'Circuito TUE

Case "TUE"

Plan1.Range("U" & Target.Row).Value = 2.5

'Circuito TUE

Case "TUG"

Plan1.Range("U" & Target.Row).Value = 2.5

End Select

A.4 – Cálculo de Demanda Select Case Plan1.Range("AA6").Value

Case ""

Plan1.Range("AB6").Value = ""

Case Is <= 1000

Plan1.Range("AB6").Value = Plan1.Range("AA6").Value * 0.86

Case Is <= 2000

Plan1.Range("AB6").Value = Plan1.Range("AA6").Value * 0.75

Case Is <= 3000

Plan1.Range("AB6").Value = Plan1.Range("AA6").Value * 0.66

Case Is <= 4000

Plan1.Range("AB6").Value = Plan1.Range("AA6").Value * 0.59

Case Is <= 5000

Plan1.Range("AB6").Value = Plan1.Range("AA6").Value * 0.52

Case Is <= 6000

Plan1.Range("AB6").Value = Plan1.Range("AA6").Value * 0.45

Case Is <= 7000

Plan1.Range("AB6").Value = Plan1.Range("AA6").Value * 0.4

Case Is <= 8000

Plan1.Range("AB6").Value = Plan1.Range("AA6").Value * 0.35

Case Is <= 9000

Plan1.Range("AB6").Value = Plan1.Range("AA6").Value * 0.31

Case Is <= 10000

Plan1.Range("AB6").Value = Plan1.Range("AA6").Value * 0.27

Case Is > 10000

Plan1.Range("AB6").Value = Plan1.Range("AA6").Value * 0.24

End Select

Select Case Plan1.Range("AC6").Value

Page 93: Elaboração de Roteiro Otimizado para Cálculo e Compatibilização ...

93

Case 0

Plan1.Range("AD6").Value = ""

Case 1

Plan1.Range("AD6").Value = Plan1.Range("X7").Value

Case 2

Plan1.Range("AD6").Value = Plan1.Range("X7").Value

Case 3

Plan1.Range("AD6").Value = Plan1.Range("X7").Value * 0.84

Case 4

Plan1.Range("AD6").Value = Plan1.Range("X7").Value * 0.76

Case 5

Plan1.Range("AD6").Value = Plan1.Range("X7").Value * 0.7

Case 6

Plan1.Range("AD6").Value = Plan1.Range("X7").Value * 0.65

Case 7

Plan1.Range("AD6").Value = Plan1.Range("X7").Value * 0.6

Case 8

Plan1.Range("AD6").Value = Plan1.Range("X7").Value * 0.57

Case 9

Plan1.Range("AD6").Value = Plan1.Range("X7").Value * 0.54

Case 10

Plan1.Range("AD6").Value = Plan1.Range("X7").Value * 0.52

Case 11

Plan1.Range("AD6").Value = Plan1.Range("X7").Value * 0.49

Case 12

Plan1.Range("AD6").Value = Plan1.Range("X7").Value * 0.48

Case 13

Plan1.Range("AD6").Value = Plan1.Range("X7").Value * 0.46

Case 14

Plan1.Range("AD6").Value = Plan1.Range("X7").Value * 0.45

Case 15

Plan1.Range("AD6").Value = Plan1.Range("X7").Value * 0.44

Case 16

Plan1.Range("AD6").Value = Plan1.Range("X7").Value * 0.43

Case 17

Plan1.Range("AD6").Value = Plan1.Range("X7").Value * 0.4

Case 18

Plan1.Range("AD6").Value = Plan1.Range("X7").Value * 0.4

Case 19

Plan1.Range("AD6").Value = Plan1.Range("X7").Value * 0.4

Case 20

Plan1.Range("AD6").Value = Plan1.Range("X7").Value * 0.4

Case 21

Plan1.Range("AD6").Value = Plan1.Range("X7").Value * 0.39

Case 22

Plan1.Range("AD6").Value = Plan1.Range("X7").Value * 0.39

Case 23

Plan1.Range("AD6").Value = Plan1.Range("X7").Value * 0.39

Case Is > 23

Plan1.Range("AD6").Value = Plan1.Range("X7").Value * 0.38

End Select

Page 94: Elaboração de Roteiro Otimizado para Cálculo e Compatibilização ...

94

Apêndice B – Códigos em VBA da aba Informações Adicionais

B.1 – Cálculo do fator de temperatura (FT)

Select Case Plan2.Range("F" & Target.Row).Value

Case "D."

Select Case Plan2.Range("G" & Target.Row).Value

Case "PVC"

Select Case Plan2.Range("H" & Target.Row).Value

Case ""

Plan2.Range("M" & Target.Row).Value = ""

Case Is = Plan2.Range("Q39").Value

Plan2.Range("M" & Target.Row).Value = 1.1

Case Is = Plan2.Range("Q40").Value

Plan2.Range("M" & Target.Row).Value = 1.05

Case Is = Plan2.Range("Q41").Value

Plan2.Range("M" & Target.Row).Value = 0.95

Case Is = Plan2.Range("Q42").Value

Plan2.Range("M" & Target.Row).Value = 0.89

Case Is = Plan2.Range("Q43").Value

Plan2.Range("M" & Target.Row).Value = 0.84

Case Is = Plan2.Range("Q44").Value

Plan2.Range("M" & Target.Row).Value = 0.77

Case Is = Plan2.Range("Q45").Value

Plan2.Range("M" & Target.Row).Value = 0.71

Case Is = Plan2.Range("Q46").Value

Plan2.Range("M" & Target.Row).Value = 0.63

Case Is = Plan2.Range("Q47").Value

Plan2.Range("M" & Target.Row).Value = 0.55

Case Is = Plan2.Range("Q48").Value

Plan2.Range("M" & Target.Row).Value = 0.45

End Select

Case "EPR ou XLPE"

Select Case Plan2.Range("H" & Target.Row).Value

Case ""

Plan2.Range("M" & Target.Row).Value = ""

Case Is = Plan2.Range("Q39").Value

Plan2.Range("M" & Target.Row).Value = 1.07

Case Is = Plan2.Range("Q40").Value

Plan2.Range("M" & Target.Row).Value = 1.04

Case Is = Plan2.Range("Q41").Value

Plan2.Range("M" & Target.Row).Value = 0.96

Case Is = Plan2.Range("Q42").Value

Plan2.Range("M" & Target.Row).Value = 0.93

Case Is = Plan2.Range("Q43").Value

Plan2.Range("M" & Target.Row).Value = 0.89

Case Is = Plan2.Range("Q44").Value

Plan2.Range("M" & Target.Row).Value = 0.85

Case Is = Plan2.Range("Q45").Value

Plan2.Range("M" & Target.Row).Value = 0.8

Case Is = Plan2.Range("Q46").Value

Page 95: Elaboração de Roteiro Otimizado para Cálculo e Compatibilização ...

95 Plan2.Range("M" & Target.Row).Value = 0.76

Case Is = Plan2.Range("Q47").Value

Plan2.Range("M" & Target.Row).Value = 0.71

Case Is = Plan2.Range("Q48").Value

Plan2.Range("M" & Target.Row).Value = 0.65

End Select

End Select

Case Else

Select Case Plan2.Range("G" & Target.Row).Value

Case "PVC"

Select Case Plan2.Range("H" & Target.Row).Value

Case ""

Plan2.Range("M" & Target.Row).Value = ""

Case Is = Plan2.Range("P39").Value

Plan2.Range("M" & Target.Row).Value = 1.22

Case Is = Plan2.Range("P40").Value

Plan2.Range("M" & Target.Row).Value = 1.17

Case Is = Plan2.Range("P41").Value

Plan2.Range("M" & Target.Row).Value = 1.12

Case Is = Plan2.Range("P42").Value

Plan2.Range("M" & Target.Row).Value = 1.06

Case Is = Plan2.Range("P43").Value

Plan2.Range("M" & Target.Row).Value = 0.94

Case Is = Plan2.Range("P44").Value

Plan2.Range("M" & Target.Row).Value = 0.87

Case Is = Plan2.Range("P45").Value

Plan2.Range("M" & Target.Row).Value = 0.79

Case Is = Plan2.Range("P46").Value

Plan2.Range("M" & Target.Row).Value = 0.71

Case Is = Plan2.Range("P47").Value

Plan2.Range("M" & Target.Row).Value = 0.61

Case Is = Plan2.Range("P48").Value

Plan2.Range("M" & Target.Row).Value = 0.5

End Select

Case "EPR ou XLPE"

Select Case Plan2.Range("H" & Target.Row).Value

Case ""

Plan2.Range("M" & Target.Row).Value = ""

Case Is = Plan2.Range("P39").Value

Plan2.Range("M" & Target.Row).Value = 1.15

Case Is = Plan2.Range("P40").Value

Plan2.Range("M" & Target.Row).Value = 1.12

Case Is = Plan2.Range("P41").Value

Plan2.Range("M" & Target.Row).Value = 1.08

Case Is = Plan2.Range("P42").Value

Plan2.Range("M" & Target.Row).Value = 1.04

Case Is = Plan2.Range("P43").Value

Plan2.Range("M" & Target.Row).Value = 0.96

Case Is = Plan2.Range("P44").Value

Plan2.Range("M" & Target.Row).Value = 0.91

Case Is = Plan2.Range("P45").Value

Plan2.Range("M" & Target.Row).Value = 0.87

Case Is = Plan2.Range("P46").Value

Plan2.Range("M" & Target.Row).Value = 0.82

Case Is = Plan2.Range("P47").Value

Page 96: Elaboração de Roteiro Otimizado para Cálculo e Compatibilização ...

96 Plan2.Range("M" & Target.Row).Value = 0.76

Case Is = Plan2.Range("P48").Value

Plan2.Range("M" & Target.Row).Value = 0.71

End Select

End Select

End Select

End If

B.2 – Cálculo do fator de agrupamento (FA)

Select Case Plan2.Range("F" & Target.Row).Value

Case "C_Camada.única.no.teto"

Select Case Plan2.Range("J" & Target.Row).Value

Case ""

Plan2.Range("L" & Target.Row).Value = ""

Case Is = Plan2.Range("R7").Value

Plan2.Range("L" & Target.Row).Value = 0.95

Case Is = Plan2.Range("R8").Value

Plan2.Range("L" & Target.Row).Value = 0.81

Case Is = Plan2.Range("R9").Value

Plan2.Range("L" & Target.Row).Value = 0.72

Case Is = Plan2.Range("R10").Value

Plan2.Range("L" & Target.Row).Value = 0.68

Case Is = Plan2.Range("R11").Value

Plan2.Range("L" & Target.Row).Value = 0.66

Case Is = Plan2.Range("R12").Value

Plan2.Range("L" & Target.Row).Value = 0.64

Case Is = Plan2.Range("R13").Value

Plan2.Range("L" & Target.Row).Value = 0.63

Case Is = Plan2.Range("R14").Value

Plan2.Range("L" & Target.Row).Value = 0.62

Case Is = Plan2.Range("R15").Value

Plan2.Range("L" & Target.Row).Value = 0.61

Case Is = Plan2.Range("R16").Value

Plan2.Range("L" & Target.Row).Value = 0.61

Case Is = Plan2.Range("R17").Value

Plan2.Range("L" & Target.Row).Value = 0.61

Case Is = Plan2.Range("R18").Value

Plan2.Range("L" & Target.Row).Value = 0.61

End Select

Case "C_Camada.única.sobre.parade.piso.ou.bandeja.não.perfurada"

Select Case Plan2.Range("J" & Target.Row).Value

Case ""

Plan2.Range("L" & Target.Row).Value = ""

Case Is = Plan2.Range("R7").Value

Plan2.Range("L" & Target.Row).Value = 1

Case Is = Plan2.Range("R8").Value

Plan2.Range("L" & Target.Row).Value = 0.85

Case Is = Plan2.Range("R9").Value

Plan2.Range("L" & Target.Row).Value = 0.79

Case Is = Plan2.Range("R10").Value

Plan2.Range("L" & Target.Row).Value = 0.75

Page 97: Elaboração de Roteiro Otimizado para Cálculo e Compatibilização ...

97

Case Is = Plan2.Range("R11").Value

Plan2.Range("L" & Target.Row).Value = 0.73

Case Is = Plan2.Range("R12").Value

Plan2.Range("L" & Target.Row).Value = 0.72

Case Is = Plan2.Range("R13").Value

Plan2.Range("L" & Target.Row).Value = 0.72

Case Is = Plan2.Range("R14").Value

Plan2.Range("L" & Target.Row).Value = 0.71

Case Is = Plan2.Range("R15").Value

Plan2.Range("L" & Target.Row).Value = 0.7

Case Is = Plan2.Range("R16").Value

Plan2.Range("L" & Target.Row).Value = 0.7

Case Is = Plan2.Range("R17").Value

Plan2.Range("L" & Target.Row).Value = 0.7

Case Is = Plan2.Range("R18").Value

Plan2.Range("L" & Target.Row).Value = 0.7

End Select

Case Else

Select Case Plan2.Range("J" & Target.Row).Value

Case ""

Plan2.Range("L" & Target.Row).Value = ""

Case Is = Plan2.Range("R7").Value

Plan2.Range("L" & Target.Row).Value = 1

Case Is = Plan2.Range("R8").Value

Plan2.Range("L" & Target.Row).Value = 0.8

Case Is = Plan2.Range("R9").Value

Plan2.Range("L" & Target.Row).Value = 0.7

Case Is = Plan2.Range("R10").Value

Plan2.Range("L" & Target.Row).Value = 0.65

Case Is = Plan2.Range("R11").Value

Plan2.Range("L" & Target.Row).Value = 0.6

Case Is = Plan2.Range("R12").Value

Plan2.Range("L" & Target.Row).Value = 0.57

Case Is = Plan2.Range("R13").Value

Plan2.Range("L" & Target.Row).Value = 0.54

Case Is = Plan2.Range("R14").Value

Plan2.Range("L" & Target.Row).Value = 0.52

Case Is = Plan2.Range("R15").Value

Plan2.Range("L" & Target.Row).Value = 0.5

Case Is = Plan2.Range("R16").Value

Plan2.Range("L" & Target.Row).Value = 0.45

Case Is = Plan2.Range("R17").Value

Plan2.Range("L" & Target.Row).Value = 0.41

Case Is = Plan2.Range("R18").Value

Plan2.Range("L" & Target.Row).Value = 0.38

End Select

End Select

Page 98: Elaboração de Roteiro Otimizado para Cálculo e Compatibilização ...

98

B.3 – Cálculo de Queda de Tensão

Select Case Plan1.Range("L" & Target.Row).Value

Case ""

Plan2.Range("U" & Target.Row).Value = ""

Case 127

Plan2.Range("U" & Target.Row).Value = (0.357142857 * Plan2.Range("K" &

Target.Row).Value * Plan1.Range("H" & Target.Row).Value) / (16129 *

Plan1.Range("I" & Target.Row).Value)

Case 380

Plan2.Range("U" & Target.Row).Value = (0.357142857 * Plan2.Range("K" &

Target.Row).Value * Plan1.Range("H" & Target.Row).Value) / (144400 *

Plan1.Range("I" & Target.Row).Value)

Case "220 bifásico"

Plan2.Range("U" & Target.Row).Value = (0.357142857 * Plan2.Range("K" &

Target.Row).Value * Plan1.Range("H" & Target.Row).Value) / (48400 *

Plan1.Range("I" & Target.Row).Value)

Case "220 monofásico"

Plan2.Range("U" & Target.Row).Value = (0.357142857 * Plan2.Range("K" &

Target.Row).Value * Plan1.Range("H" & Target.Row).Value) / (48400 *

Plan1.Range("I" & Target.Row).Value)

End Select

Apêndice C – Códigos em VBA da aba Condutores e Disjuntores

C.1 – Cálculo seção de condutor Neutro

Select Case Plan1.Range("L" & Target.Row).Value

Case ""

Plan7.Range("Q" & Target.Row).Value = ""

Case "127"

Select Case Plan7.Range("P" & Target.Row).Value

Case Is <= 25

Plan7.Range("Q" & Target.Row).Value = Plan7.Range("P" & Target.Row).Value

Case Is <= 50

Plan7.Range("Q" & Target.Row).Value = 25

Case Is <= 70

Plan7.Range("Q" & Target.Row).Value = 35

Case Is <= 95

Plan7.Range("Q" & Target.Row).Value = 50

Case Is <= 150

Plan7.Range("Q" & Target.Row).Value = 70

Case Is <= 185

Plan7.Range("Q" & Target.Row).Value = 95

Page 99: Elaboração de Roteiro Otimizado para Cálculo e Compatibilização ...

99

Case Is <= 240

Plan7.Range("Q" & Target.Row).Value = 120

Case Is <= 300

Plan7.Range("Q" & Target.Row).Value = 150

Case Is <= 400

Plan7.Range("Q" & Target.Row).Value = 185

Case Is <= 500

Plan7.Range("Q" & Target.Row).Value = 240

Case Is <= 630

Plan7.Range("Q" & Target.Row).Value = 300

Case Is <= 800

Plan7.Range("Q" & Target.Row).Value = 400

Case Is <= 1000

Plan7.Range("Q" & Target.Row).Value = 500

End Select

Case "220 monofásico"

Select Case Plan7.Range("P" & Target.Row).Value

Case Is <= 25

Plan7.Range("Q" & Target.Row).Value = Plan7.Range("P" & Target.Row).Value

Case Is <= 50

Plan7.Range("Q" & Target.Row).Value = 25

Case Is <= 70

Plan7.Range("Q" & Target.Row).Value = 35

Case Is <= 95

Plan7.Range("Q" & Target.Row).Value = 50

Case Is <= 150

Plan7.Range("Q" & Target.Row).Value = 70

Case Is <= 185

Plan7.Range("Q" & Target.Row).Value = 95

Case Is <= 240

Plan7.Range("Q" & Target.Row).Value = 120

Case Is <= 300

Plan7.Range("Q" & Target.Row).Value = 150

Case Is <= 400

Plan7.Range("Q" & Target.Row).Value = 185

Case Is <= 500

Plan7.Range("Q" & Target.Row).Value = 240

Case Is <= 630

Plan7.Range("Q" & Target.Row).Value = 300

Case Is <= 800

Plan7.Range("Q" & Target.Row).Value = 400

Case Is <= 1000

Plan7.Range("Q" & Target.Row).Value = 500

End Select

Case Else

Plan7.Range("Q" & Target.Row).Value = "-"

End Select

Page 100: Elaboração de Roteiro Otimizado para Cálculo e Compatibilização ...

100

C.2 – Cálculo seção de condutor Terra

Select Case Plan7.Range("P" & Target.Row).Value

Case ""

Plan7.Range("R" & Target.Row).Value = ""

Case Is <= 16

Plan7.Range("R" & Target.Row).Value = Plan7.Range("P" & Target.Row).Value

Case Is <= 35

Plan7.Range("R" & Target.Row).Value = 16

Case Is <= 50

Plan7.Range("R" & Target.Row).Value = 25

Case Is <= 70

Plan7.Range("R" & Target.Row).Value = 35

Case Is <= 95

Plan7.Range("R" & Target.Row).Value = 50

Case Is <= 150

Plan7.Range("R" & Target.Row).Value = 70

Case Is <= 185

Plan7.Range("R" & Target.Row).Value = 95

Case Is <= 240

Plan7.Range("R" & Target.Row).Value = 120

Case Is <= 300

Plan7.Range("R" & Target.Row).Value = 150

Case Is <= 400

Plan7.Range("R" & Target.Row).Value = 185

Case Is <= 500

Plan7.Range("R" & Target.Row).Value = 240

Case Is <= 630

Plan7.Range("R" & Target.Row).Value = 300

Case Is <= 800

Plan7.Range("R" & Target.Row).Value = 400

Case Is <= 1000

Plan7.Range("R" & Target.Row).Value = 500

End Select

C.3 – Disjuntores

Select Case Plan1.Range("L" & Target.Row).Value

Case ""

Plan7.Range("U" & Target.Row).Value = ""

Case 127

Select Case Plan7.Range("T" & Target.Row).Value

Case ""

Plan7.Range("U" & Target.Row).Value = ""

Case Is <= 2

Plan7.Range("U" & Target.Row).Value = Plan5.Range("B4").Value

Case Is <= 4

Plan7.Range("U" & Target.Row).Value = Plan5.Range("B5").Value

Page 101: Elaboração de Roteiro Otimizado para Cálculo e Compatibilização ...

101

Case Is <= 6

Plan7.Range("U" & Target.Row).Value = Plan5.Range("B6").Value

Case Is <= 10

Plan7.Range("U" & Target.Row).Value = Plan5.Range("B7").Value

Case Is <= 16

Plan7.Range("U" & Target.Row).Value = Plan5.Range("B8").Value

Case Is <= 20

Plan7.Range("U" & Target.Row).Value = Plan5.Range("B9").Value

Case Is <= 25

Plan7.Range("U" & Target.Row).Value = Plan5.Range("B10").Value

Case Is <= 32

Plan7.Range("U" & Target.Row).Value = Plan5.Range("B11").Value

Case Is <= 40

Plan7.Range("U" & Target.Row).Value = Plan5.Range("B12").Value

Case Is <= 50

Plan7.Range("U" & Target.Row).Value = Plan5.Range("B13").Value

Case Is <= 63

Plan7.Range("U" & Target.Row).Value = Plan5.Range("B14").Value

Case Is <= 80

Plan7.Range("U" & Target.Row).Value = Plan5.Range("B15").Value

Case Is <= 100

Plan7.Range("U" & Target.Row).Value = Plan5.Range("B16").Value

Case Else

MsgBox "Não existe disjuntor compatível para tal corrente na tensão de

127V"

End Select

Case 380

Select Case Plan7.Range("T" & Target.Row).Value

Case ""

Plan7.Range("U" & Target.Row).Value = ""

Case Is <= 2

Plan7.Range("U" & Target.Row).Value = Plan5.Range("D4").Value

Case Is <= 4

Plan7.Range("U" & Target.Row).Value = Plan5.Range("D5").Value

Case Is <= 6

Plan7.Range("U" & Target.Row).Value = Plan5.Range("D6").Value

Case Is <= 10

Plan7.Range("U" & Target.Row).Value = Plan5.Range("D7").Value

Case Is <= 16

Plan7.Range("U" & Target.Row).Value = Plan5.Range("D8").Value

Case Is <= 20

Plan7.Range("U" & Target.Row).Value = Plan5.Range("D9").Value

Case Is <= 25

Plan7.Range("U" & Target.Row).Value = Plan5.Range("D10").Value

Case Is <= 32

Plan7.Range("U" & Target.Row).Value = Plan5.Range("D11").Value

Case Is <= 40

Plan7.Range("U" & Target.Row).Value = Plan5.Range("D12").Value

Case Is <= 50

Plan7.Range("U" & Target.Row).Value = Plan5.Range("D13").Value

Case Is <= 63

Plan7.Range("U" & Target.Row).Value = Plan5.Range("D14").Value

Case Is <= 80

Plan7.Range("U" & Target.Row).Value = Plan5.Range("D15").Value

Case Is <= 100

Plan7.Range("U" & Target.Row).Value = Plan5.Range("D16").Value

Case Is <= 125

Plan7.Range("U" & Target.Row).Value = Plan5.Range("D17").Value

Page 102: Elaboração de Roteiro Otimizado para Cálculo e Compatibilização ...

102

Case Is <= 150

Plan7.Range("U" & Target.Row).Value = Plan5.Range("D18").Value

Case Is <= 200

Plan7.Range("U" & Target.Row).Value = Plan5.Range("D19").Value

Case Is <= 250

Plan7.Range("U" & Target.Row).Value = Plan5.Range("D20").Value

Case Is <= 320

Plan7.Range("U" & Target.Row).Value = Plan5.Range("D21").Value

Case Is <= 400

Plan7.Range("U" & Target.Row).Value = Plan5.Range("D22").Value

Case Is <= 500

Plan7.Range("U" & Target.Row).Value = Plan5.Range("D23").Value

Case Is <= 630

Plan7.Range("U" & Target.Row).Value = Plan5.Range("D24").Value

Case Is <= 800

Plan7.Range("U" & Target.Row).Value = Plan5.Range("D25").Value

Case Is <= 1000

Plan7.Range("U" & Target.Row).Value = Plan5.Range("D26").Value

Case Else

MsgBox "Não existe disjuntor compatível para tal corrente na tensão de

380V"

End Select

End Select

Apêndice D – Cálculo de Eletrodutos

D.1 – Tabelas de Ocupação dos condutos

Tabela de ocupação para condutos de PVC Rígido Roscável e Aço Zincado comerciais Diâmetro em polegadas e áreas em mm²

Diâmetro Área Útil Taxa de ocupação

53% 31% 40%

1/2" 314,16 166,50 97,39 125,66

3/4" 490,88 260,16 152,17 196,35

1" 804,25 426,25 249,32 321,70

1.1/4" 1256,64 666,02 389,56 502,66

1.1/2" 1963,50 1040,66 608,69 785,40

2" 2827,44 1498,54 876,51 1130,98

2.1/2" 4417,88 2341,47 1369,54 1767,15

3" 5674,52 3007,49 1759,10 2269,81

4" 9503,34 5036,77 2946,04 3801,34

Page 103: Elaboração de Roteiro Otimizado para Cálculo e Compatibilização ...

103

Tabela de ocupação para condutos Eletrocalha comerciais Dimensões em mm e áreas em mm² e taxa de ocupação de 40%

Tamanho Ocupação Tamanho Ocupação

75/25 750 550/75 16500

100/25 1000 350/125 17500

125/25 1250 300/150 18000

75/50 1500 400/125 20000

100/50 2000 350/150 21000

75/75 2250 550/100 22000

125/50 2500 450/125 22500

150/50 3000 400/150 24000

350/25 3500 500/125 25000

125/75 3750 450/150 27000

200/50 4000 550/125 27500

150/75 4500 350/200 28000

250/50 5000 500/150 30000

550/25 5500 400/200 32000

200/75 6000 550/150 33000

125/125 6250 350/250 35000

350/50 7000 450/200 36000

250/75 7500 500/200 40000

200/100 8000 700/150 42000

300/75 9000 550/200 44000

250/100 10000 450/250 45000

350/75 10500 600/200 48000

550/50 11000 500/250 50000

300/100 12000 550/250 55000

250/125 12500 700/200 56000

450/75 13500 600/250 60000

350/100 14000 800/200 64000

500/75 15000 700/250 70000

300/125 15000 800/250 80000

400/100 16000 - -

Tabela de ocupação para condutos Perfilado comerciais Dimensões me mm e áreas em mm² e taxa de ocupação de 40%

hxl Ocupação

38x38 577,6

Page 104: Elaboração de Roteiro Otimizado para Cálculo e Compatibilização ...

104

Tabela de ocupação para condutos de PVC Flexível comerciais Diâmetro em polegadas e áreas em mm²

Diâmetro Área Útil Taxa de ocupação

53% 31% 40%

1/2" 314,16 166,50 97,39 125,66

3/4" 490,88 260,16 152,17 196,35

1" 804,25 426,25 249,32 321,70

1.1/4" 1256,64 666,02 389,56 502,66

1.1/2" 1963,50 1040,66 608,69 785,40

2" 2827,44 1498,54 876,51 1130,98

3" 4417,88 2341,47 1369,54 1767,15

4" 5674,52 3007,49 1759,10 2269,81

5" 9503,34 5036,77 2946,04 3801,34

6" 19015,60 10078,27 5894,84 7606,24

8" 33329,23 17664,49 10332,06 13331,69

D.2 – Código em VBA da aba Cálculo de Eletrodutos

Select Case Plan3.Range("R" & Target.Row).Value

Case 0

Plan3.Range("V" & Target.Row).Value = " "

Case 1

Select Case Plan3.Range("U" & Target.Row).Value

Case "PVC RÍGIDO"

Select Case Plan3.Range("Q" & Target.Row).Value

Case Is <= Plan4.Range("H4").Value

Plan3.Range("V" & Target.Row).Value = Plan4.Range("F4").Value

Case Is <= Plan4.Range("H5").Value

Plan3.Range("V" & Target.Row).Value = Plan4.Range("F5").Value

Case Is <= Plan4.Range("H6").Value

Plan3.Range("V" & Target.Row).Value = Plan4.Range("F6").Value

Case Is <= Plan4.Range("H7").Value

Plan3.Range("V" & Target.Row).Value = Plan4.Range("F7").Value

Case Is <= Plan4.Range("H8").Value

Plan3.Range("V" & Target.Row).Value = Plan4.Range("F8").Value

Case Is <= Plan4.Range("H9").Value

Plan3.Range("V" & Target.Row).Value = Plan4.Range("F9").Value

Case Is <= Plan4.Range("H10").Value

Plan3.Range("V" & Target.Row).Value = Plan4.Range("F10").Value

Case Is <= Plan4.Range("H11").Value

Plan3.Range("V" & Target.Row).Value = Plan4.Range("F11").Value

Case Is <= Plan4.Range("H12").Value

Plan3.Range("V" & Target.Row).Value = Plan4.Range("F12").Value

Page 105: Elaboração de Roteiro Otimizado para Cálculo e Compatibilização ...

105

Case Else

MsgBox "Não existe eletroduto de secção maior para PVC Rígido,

escolha outro tipo de Eletroduto"

End Select

Case "PVC FLEXÍVEL"

Select Case Plan3.Range("Q" & Target.Row).Value

Case Is <= Plan4.Range("H16").Value

Plan3.Range("V" & Target.Row).Value = Plan4.Range("F16").Value

Case Is <= Plan4.Range("H17").Value

Plan3.Range("V" & Target.Row).Value = Plan4.Range("F17").Value

Case Is <= Plan4.Range("H18").Value

Plan3.Range("V" & Target.Row).Value = Plan4.Range("F18").Value

Case Is <= Plan4.Range("H19").Value

Plan3.Range("V" & Target.Row).Value = Plan4.Range("F19").Value

Case Is <= Plan4.Range("H20").Value

Plan3.Range("V" & Target.Row).Value = Plan4.Range("F20").Value

Case Is <= Plan4.Range("H21").Value

Plan3.Range("V" & Target.Row).Value = Plan4.Range("F21").Value

Case Is <= Plan4.Range("H22").Value

Plan3.Range("V" & Target.Row).Value = Plan4.Range("F22").Value

Case Is <= Plan4.Range("H23").Value

Plan3.Range("V" & Target.Row).Value = Plan4.Range("F23").Value

Case Is <= Plan4.Range("H24").Value

Plan3.Range("V" & Target.Row).Value = Plan4.Range("F24").Value

Case Is <= Plan4.Range("H25").Value

Plan3.Range("V" & Target.Row).Value = Plan4.Range("F25").Value

Case Is <= Plan4.Range("H26").Value

Plan3.Range("V" & Target.Row).Value = Plan4.Range("F26").Value

Case Else

MsgBox "Não existe eletroduto de secção maior para PVC Flexível,

escolha outro tipo de Eletroduto"

End Select

Case "PERFILADO"

Select Case Plan3.Range("Q" & Target.Row).Value

Case Is <= Plan4.Range("G30").Value

Plan3.Range("V" & Target.Row).Value = Plan4.Range("F30").Value

Case Else

MsgBox "Não existe eletroduto de secção maior para Perfilado,

escolha outro tipo de Eletroduto"

End Select

Case 2

Select Case Plan3.Range("U" & Target.Row).Value

Case "PVC RÍGIDO"

Select Case Plan3.Range("Q" & Target.Row).Value

Case Is <= Plan4.Range("I4").Value

Plan3.Range("V" & Target.Row).Value = Plan4.Range("F4").Value

Case Is <= Plan4.Range("I5").Value

Plan3.Range("V" & Target.Row).Value = Plan4.Range("F5").Value

Page 106: Elaboração de Roteiro Otimizado para Cálculo e Compatibilização ...

106

Case Is <= Plan4.Range("I6").Value

Plan3.Range("V" & Target.Row).Value = Plan4.Range("F6").Value

Case Is <= Plan4.Range("I7").Value

Plan3.Range("V" & Target.Row).Value = Plan4.Range("F7").Value

Case Is <= Plan4.Range("I8").Value

Plan3.Range("V" & Target.Row).Value = Plan4.Range("F8").Value

Case Is <= Plan4.Range("I9").Value

Plan3.Range("V" & Target.Row).Value = Plan4.Range("F9").Value

Case Is <= Plan4.Range("I10").Value

Plan3.Range("V" & Target.Row).Value = Plan4.Range("F10").Value

Case Is <= Plan4.Range("I11").Value

Plan3.Range("V" & Target.Row).Value = Plan4.Range("F11").Value

Case Is <= Plan4.Range("I12").Value

Plan3.Range("V" & Target.Row).Value = Plan4.Range("F12").Value

Case Else

MsgBox "Não existe eletroduto de secção maior para PVC Rígido,

escolha outro tipo de Eletroduto"

End Select

Case "PVC FLEXÍVEL"

Select Case Plan3.Range("Q" & Target.Row).Value

Case Is <= Plan4.Range("I16").Value

Plan3.Range("V" & Target.Row).Value = Plan4.Range("F16").Value

Case Is <= Plan4.Range("I17").Value

Plan3.Range("V" & Target.Row).Value = Plan4.Range("F17").Value

Case Is <= Plan4.Range("I18").Value

Plan3.Range("V" & Target.Row).Value = Plan4.Range("F18").Value

Case Is <= Plan4.Range("I19").Value

Plan3.Range("V" & Target.Row).Value = Plan4.Range("F19").Value

Case Is <= Plan4.Range("I20").Value

Plan3.Range("V" & Target.Row).Value = Plan4.Range("F20").Value

Case Is <= Plan4.Range("I21").Value

Plan3.Range("V" & Target.Row).Value = Plan4.Range("F21").Value

Case Is <= Plan4.Range("I22").Value

Plan3.Range("V" & Target.Row).Value = Plan4.Range("F22").Value

Case Is <= Plan4.Range("I23").Value

Plan3.Range("V" & Target.Row).Value = Plan4.Range("F23").Value

Case Is <= Plan4.Range("I24").Value

Plan3.Range("V" & Target.Row).Value = Plan4.Range("F24").Value

Case Is <= Plan4.Range("I25").Value

Plan3.Range("V" & Target.Row).Value = Plan4.Range("F25").Value

Case Is <= Plan4.Range("I26").Value

Plan3.Range("V" & Target.Row).Value = Plan4.Range("F26").Value

Case Else

MsgBox "Não existe eletroduto de secção maior para PVC Flexível,

escolha outro tipo de Eletroduto"

End Select

Case "PERFILADO"

Select Case Plan3.Range("Q" & Target.Row).Value

Case Is <= Plan4.Range("G30").Value

Plan3.Range("V" & Target.Row).Value = Plan4.Range("F30").Value

Case Else

Page 107: Elaboração de Roteiro Otimizado para Cálculo e Compatibilização ...

107 MsgBox "Não existe eletroduto de secção maior para Perfilado,

escolha outro tipo de Eletroduto"

End Select

Case Is >= 3

Select Case Plan3.Range("U" & Target.Row).Value

Case "PVC RÍGIDO"

Select Case Plan3.Range("Q" & Target.Row).Value

Case Is <= Plan4.Range("J4").Value

Plan3.Range("V" & Target.Row).Value = Plan4.Range("F4").Value

Case Is <= Plan4.Range("J5").Value

Plan3.Range("V" & Target.Row).Value = Plan4.Range("F5").Value

Case Is <= Plan4.Range("J6").Value

Plan3.Range("V" & Target.Row).Value = Plan4.Range("F6").Value

Case Is <= Plan4.Range("J7").Value

Plan3.Range("V" & Target.Row).Value = Plan4.Range("F7").Value

Case Is <= Plan4.Range("J8").Value

Plan3.Range("V" & Target.Row).Value = Plan4.Range("F8").Value

Case Is <= Plan4.Range("J9").Value

Plan3.Range("V" & Target.Row).Value = Plan4.Range("F9").Value

Case Is <= Plan4.Range("J10").Value

Plan3.Range("V" & Target.Row).Value = Plan4.Range("F10").Value

Case Is <= Plan4.Range("J11").Value

Plan3.Range("V" & Target.Row).Value = Plan4.Range("F11").Value

Case Is <= Plan4.Range("J12").Value

Plan3.Range("V" & Target.Row).Value = Plan4.Range("F12").Value

Case Else

MsgBox "Não existe eletroduto de secção maior para PVC Rígido,

escolha outro tipo de Eletroduto"

End Select

Case "PVC FLEXÍVEL"

Select Case Plan3.Range("Q" & Target.Row).Value

Case Is <= Plan4.Range("J16").Value

Plan3.Range("V" & Target.Row).Value = Plan4.Range("F16").Value

Case Is <= Plan4.Range("J17").Value

Plan3.Range("V" & Target.Row).Value = Plan4.Range("F17").Value

Case Is <= Plan4.Range("J18").Value

Plan3.Range("V" & Target.Row).Value = Plan4.Range("F18").Value

Case Is <= Plan4.Range("J19").Value

Plan3.Range("V" & Target.Row).Value = Plan4.Range("F19").Value

Case Is <= Plan4.Range("J20").Value

Plan3.Range("V" & Target.Row).Value = Plan4.Range("F20").Value

Case Is <= Plan4.Range("J21").Value

Plan3.Range("V" & Target.Row).Value = Plan4.Range("F21").Value

Case Is <= Plan4.Range("J22").Value

Plan3.Range("V" & Target.Row).Value = Plan4.Range("F22").Value

Case Is <= Plan4.Range("J23").Value

Plan3.Range("V" & Target.Row).Value = Plan4.Range("F23").Value

Case Is <= Plan4.Range("J24").Value

Plan3.Range("V" & Target.Row).Value = Plan4.Range("F24").Value

Case Is <= Plan4.Range("J25").Value

Page 108: Elaboração de Roteiro Otimizado para Cálculo e Compatibilização ...

108 Plan3.Range("V" & Target.Row).Value = Plan4.Range("F25").Value

Case Is <= Plan4.Range("J26").Value

Plan3.Range("V" & Target.Row).Value = Plan4.Range("F26").Value

Case Else

MsgBox "Não existe eletroduto de secção maior para PVC Flexível,

escolha outro tipo de Eletroduto"

End Select

Case "PERFILADO"

Select Case Plan3.Range("Q" & Target.Row).Value

Case Is <= Plan4.Range("G30").Value

Plan3.Range("V" & Target.Row).Value = Plan4.Range("F30").Value

Case Else

MsgBox "Não existe eletroduto de secção maior para Perfilado,

escolha outro tipo de Eletroduto"

End Select

End Select

End Select

Apêndice E – Códigos em VBA da aba Ramal e Entrada de Serviço

E.1 – Entrada de Serviço

Select Case Plan1.Range("X14").Value

Case 380

Select Case Plan10.Range("C7").Value

Case Is <= 19000

Plan10.Range("D7").Value = "3x50"

Case Is <= 24000

Plan10.Range("D7").Value = "3x63"

Case Is <= 30000

Plan10.Range("D7").Value = "3x80"

Case Is <= 38000

Plan10.Range("D7").Value = "3x100"

Case Is <= 48000

Plan10.Range("D7").Value = "3x125"

Case Is <= 57000

Plan10.Range("D7").Value = "3x150"

Case Is <= 67000

Plan10.Range("D7").Value = "3x175"

Case Is <= 76000

Plan10.Range("D7").Value = "3x200"

Case Else

MsgBox "Segundo a NTC-901100/COPEL - para essa Demanda Máxima, não existe

disjuntor compatível"

End Select

Case 220

Select Case Plan10.Range("C7").Value

Page 109: Elaboração de Roteiro Otimizado para Cálculo e Compatibilização ...

109

Case Is <= 11000

Plan10.Range("D7").Value = "2x50"

Case Is <= 14000

Plan10.Range("D7").Value = "2x63"

Case Is <= 19000

Plan10.Range("D7").Value = "3x50"

Case Is <= 24000

Plan10.Range("D7").Value = "3x63"

Case Is <= 30000

Plan10.Range("D7").Value = "3x80"

Case Is <= 38000

Plan10.Range("D7").Value = "3x100"

Case Is <= 48000

Plan10.Range("D7").Value = "3x125"

Case Is <= 57000

Plan10.Range("D7").Value = "3x150"

Case Is <= 67000

Plan10.Range("D7").Value = "3x175"

Case Is <= 76000

Plan10.Range("D7").Value = "3x200"

Case Else

MsgBox "Segundo a NTC-901100 - COPEL - para essa Demanda Máxima, não existe

disjuntor compatível"

End Select

Case 127

Select Case Plan10.Range("C7").Value

Case Is <= 6000

Plan10.Range("D7").Value = "1x50"

Case Is <= 8000

Plan10.Range("D7").Value = "1x63"

Case Is <= 11000

Plan10.Range("D7").Value = "2x50"

Case Is <= 14000

Plan10.Range("D7").Value = "2x63"

Case Is <= 19000

Plan10.Range("D7").Value = "3x50"

Case Is <= 24000

Plan10.Range("D7").Value = "3x63"

Case Is <= 30000

Plan10.Range("D7").Value = "3x80"

Case Is <= 38000

Plan10.Range("D7").Value = "3x100"

Case Is <= 48000

Plan10.Range("D7").Value = "3x125"

Case Is <= 57000

Plan10.Range("D7").Value = "3x150"

Case Is <= 67000

Plan10.Range("D7").Value = "3x175"

Case Is <= 76000

Plan10.Range("D7").Value = "3x200"

Case Else

MsgBox "Segundo a NTC-901100 - COPEL - para essa Demanda Máxima, não existe

disjuntor compatível"

End Select

Case ""

Plan10.Range("D7").Value = ""

End Select