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1 UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS CURSO DE ADMINISTRAÇÃO SHAIANE HELLMANN TRABALHO DE CONCLUSÃO DE ESTÁGIO ELABORAÇÃO DE UM PLANO DE REESTRUTURAÇÃO NO LAYOUT E DO FLUXO INTERNO DE PRODUTOS ACABADOS DA SEÇÃO DE EXPEDIÇÃO DA EMPRESA RIOMAR CORDAS Administração de Produção Itajaí (SC) 2007 SHAIANE HELLMANN

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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ

CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS

CURSO DE ADMINISTRAÇÃO

SHAIANE HELLMANN

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE ESTÁGIO

ELABORAÇÃO DE UM PLANO DE REESTRUTURAÇÃO NO LAYOUT E DO FLUXO INTERNO DE PRODUTOS

ACABADOS DA SEÇÃO DE EXPEDIÇÃO DA EMPRESA RIOMAR CORDAS

Administração de Produção

Itajaí (SC) 2007

SHAIANE HELLMANN

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TRABALHO DE CONCLUSÃO DE ESTÁGIO

ELABORAÇÃO DE UM PLANO DE REESTRUTURAÇÃO NO LAYOUT E DO FLUXO INTERNO DE PRODUTOS

ACABADOS DA SEÇÃO DE EXPEDIÇÃO DA EMPRESA RIOMAR CORDAS

Trabalho desenvolvido para o Estágio Supervisionado do Curso de Administração do Centro de Ciências Sociais Aplicadas - Gestão da Universidade do Vale do Itajaí.

Orientador: Prof. Pedro Francisco Bettoni

Itajaí (SC) 2007

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“Plante um pensamento, colha

uma ação; plante uma ação, colha

um hábito; plante um hábito, colha

um caráter; plante um caráter,

colha um destino. Somos o que

repetidamente fazemos. A

excelência, portanto, não é um

feito, mas um hábito”.

(ARISTÓTELES)

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Para a realização deste trabalho, tenho muito a agradecer as pessoas que conviveram comigo este tempo

todo, mas em primeiro lugar agradeço a:

Deus

...por ter me iluminado nesta caminhada tão difícil, que muitas vezes pensei em desistir, mas ele me ajudou para que

isto não acontecesse, pelas vitórias que conquistei, por chegar até aqui, para

realização do meu sonho.

Aos meus pais Sueli e Paulino ...agradeço por serem meus pais e que

desde o início me deram forças, me incentivaram, por todo o carinho, amor e respeito e pelos exemplos a serem

seguidos.

Aos meus irmãos e amigos ...pelas contribuições, amizade, carinho,

por sempre estarem ao meu lado me dando apoio...

Ao meu namorado

...agradeço pelo amor, carinho e compreensão, pela paciência que teve

comigo este tempo todo, e pelo incentivo nas horas de desanimo.

Ao meu supervisor de campo

...agradeço pela vontade e disposição nas horas que precisei, pelo carinho e

pela amizade...

Ao meu orientador Prof° Pedro ...agradeço por me proporcionar

aprendizado e conhecimento neste período e pelo crescimento profissional

e pessoal.

A todos, muito obrigado por tudo!!!

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EQUIPE TÉCNICA

a) Nome do estagiário

Shaiane Hellmann

b) Área de estágio

Produção

c) Supervisor de campo

Max Anderson Tapanotti

d) Orientador de estágio

Prof. Pedro Francisco Bettoni

e) Responsável pelo Estágio Supervisionado em Administração

Prof. Eduardo Krieger da Silva

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DADOS DE IDENTIFICAÇÃO DA EMPRESA

a) Razão social

M. Reis & Cia Ltda

b) Endereço

Rodovia BR 101 km 118 nº6601

Itajaí, SC - CEP: 88.311-601.

c) Setor de desenvolvimento do estágio

Expedição

d) Duração do estágio

300 horas

e) Nome e cargo do orientador de campo

Max Anderson Tapanotti / Gerente de Expedição

f) Carimbo e visto da empresa

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AUTORIZAÇÃO DA EMPRESA

ITAJAÍ (SC), 19 DE DEZEMBRO DE 2007

A empresa M. REIS & CIA LTDA – RIOMAR CORDAS pelo presente

instrumento, autoriza a Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI, a publicar, em sua

biblioteca, o Trabalho de Conclusão de Estágio executado durante o Estágio

Supervisionado, pela acadêmica SHAIANE HELLMANN.

____________________________________

Sabrina Corrêa Reis

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RESUMO

O trabalho foi desenvolvido na empresa M. REIS & CIA. LTDA, em Itajaí (SC). A empresa atua no mercado de cordas há 47 anos, buscando sempre atingir seu principal objetivo, a satisfação dos clientes. O objetivo geral do trabalho foi à elaboração de plano de reestruturação no layout e do fluxo interno de produtos acabados da seção de expedição da empresa. A pesquisa buscou agregar novos conceitos e métodos para melhorar a estrutura existente dentro da empresa, tendo sido utilizado o método qualitativo, mediante coleta de dados entre participantes da própria empresa. A coleta dos dados foi feita através de um questionário, por meio de um roteiro com perguntas, fechadas e apenas uma aberta, e os dados foram apresentados de forma descritiva, depois de uma analise de conteúdo. Espera-se que os resultados possam proporcionar a empresa uma visão melhor sobre esses fatores que precisam de uma atenção maior e assim tornar um ambiente de trabalho com mais qualidade. Palavras-chave: reestruturação, layout, fluxo, qualidade.

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Ciclo de PDCA para melhorias............................................................. 45

Figura 2 – Logomarca da empresa........................................................................ 52

Figura 3 – Selo de aniversário............................................................................... 52

Figura 4 – Organograma Riomar Cordas............................................................... 53

Figura 5 – Linha de polipropileno trançada em metros.......................................... 54

Figura 6 – Linha de polipropileno torcida em quilograma...................................... 54

Figura 7 – Linha de polipropileno trançada em quilograma................................... 54

Figura 8 – Linha de poliéster trançada................................................................... 55

Figura 9 – Linha de polietileno terrestre................................................................. 55

Figura 10 – Linha de polietileno terrestre............................................................... 56

Figura 11 – Linha de polietileno pesca................................................................... 56

Figura 12 – Linha de polietileno pesca................................................................... 57

Figura 13 – Linha tropical....................................................................................... 57

Figura 14 – Amostra de cores da linha tropical...................................................... 58

Figura 15 – Modelo de corda torcida...................................................................... 59

Figura 16 – Modelo de corda trançada.................................................................. 59

Figura 17 – Fornecedores de matéria prima......................................................... 61

Figura 18 – Layout atual........................................................................................ 75

Figura 19 – Layout proposto.................................................................................. 79

Figura 20 – Modelo de estante proposto............................................................... 80

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LISTA DE QUADROS

Quadro 1 – Atividades chave............................................................................ 30

Quadro 2 – Atividades de suporte.................................................................... 31

Quadro 3 – Elaborado pela estagiária.............................................................. 35

Quadro 4 – Checklist 5W e 1H para o conhecimento do processo.................. 46

Quadro 5 – Principais concorrentes................................................................. 63

Quadro 6 – Transportadoras terceirizadas....................................................... 64

Quadro 7 – Grau de instrução.......................................................................... 65

Quadro 8 – Tempo de trabalho......................................................................... 66

Quadro 9 – Nível de satisfação........................................................................ 67

Quadro 10 – Integração no ambiente de trabalho............................................ 68

Quadro 11 – Treinamentos internos................................................................. 69

Quadro 12 – Liberdade interna......................................................................... 69

Quadro 13 – Qualidade física........................................................................... 70

Quadro 14 – Conhecimento interno.................................................................. 71

Quadro 15 – Ambiente limpo............................................................................ 72

Quadro 16 – Movimentação de estoque........................................................... 73

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LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1 – Grau de instrução................................................................................ 66

Gráfico 2 – Tempo de trabalho.............................................................................. 67

Gráfico 3 – Nível de satisfação.............................................................................. 68

Gráfico 4 – Ambiente Limpo................................................................................... 72

Gráfico 5 – Movimentação de estoque.................................................................. 73

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LISTA DE FOTOS

Foto 1 – Foto aérea da empresa........................................................................... 49

Foto 2 – Galpão PP e Galpão PET....................................................................... 95

Foto 3 – Empacotadora......................................................................................... 95

Foto 4 – Balança................................................................................................... 96

Foto 5 – Estoque................................................................................................... 96

Foto 6 – Scanner................................................................................................... 97

Foto 7 – Produto Embalado................................................................................... 97

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO............................................................................................................. 15 1.1 Problema de Pesquisa.............................................................................................. 16 1.2 Objetivo Geral e Específico....................................................................................... 16 1.3 Aspectos Metodológicos........................................................................................... 17 1.3.1 Caracterização da Pesquisa.................................................................................. 17 1.3.2 Contexto e Participantes da Pesquisa................................................................... 18 1.3.3 Procedimentos e Instrumentos de Coleta de Dados.............................................. 18 1.3.4 Tratamento e Análise de Dados............................................................................. 19 2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA........................................................................................ 20 2.1 Aspectos Conceituais da Administração................................................................... 20 2.2 Recursos Humanos................................................................................................... 21 2.3 Marketing................................................................................................................... 22 2.4 Finanças.................................................................................................................... 23 2.5 Administração da Produção e Operações................................................................. 23 2.6 Layout........................................................................................................................ 25 2.7 Fluxograma................................................................................................................ 27 2.8 Logística empresarial...........….................................................................................. 29 2.9 Estoques………………………................................................................................... 32 2.10 Qualidade................................................................................................................ 34 2.11 Ferramentas de Qualidade...................................................................................... 39 2.11.1 Programa 5S........................................................................................................ 39 2.11.1.1 Seiri .................................................................................................................. 40 2.11.1.2 Seilton............................................................................................................... 41 2.11.1.3 Seiso................................................................................................................. 41 2.11.1.4 Seiketsu............................................................................................................. 42 2.11.1.5 Shitsuke............................................................................................................. 42 2.11.1.6 Idéias Principais do Programa 5S..................................................................... 43 2.11.2 PDCA................................................................................................................... 43 2.11.3 5W e 1H............................................................................................................... 45 3 CARACTERIZAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO................................................................ 47 3.1 Histórico da empresa................................................................................................ 47 3.1.1 Missão da empresa................................................................................................ 50 3.1.2 Visão da empresa.................................................................................................. 51 3.1.3 Valores da empresa............................................................................................... 51 3.1.4 A Marca da empresa............................................................................................. 51 3.1.5 Selo de 45 anos da empresa................................................................................. 52 3.2 Estrutura Organizacional........................................................................................... 52 3.2.1 Produtos Desenvolvidos pela empresa.................................................................. 53 3.2.2 Processo Produtivo................................................................................................ 58 3.2.3 Matéria Prima......................................................................................................... 59 3.2.4 Fornecedores................ ........................................................................................ 60

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3.3 Mercado.................................................................................................................... 62 3.3.1 Concorrência.......................................................................................................... 63 3.4 Distribuição dos Produtos......................................................................................... 64 4 RESULTADO E ANÁLISE DA PESQUISA................................................................ 65 4.1 Análise dos Dados Coletados................................................................................... 65 5 ESTRUTURA ATUAL E PROPOSTA DA SEÇÃO DE EXPEDIÇÃO......................... 74 5.1 Layout Atual............................................................................................................... 74 5.2 Fluxograma Atual de Movimentação de Produtos..................................................... 76 5.3 Layout Proposto para a Nova Reestruturação da Seção de Expedição................... 77 5.4 Fluxograma Proposto de Movimentação de Produtos.............................................. 81 6 CONSIDERAÇÕES FINAIS......................................................................................... 82 7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS............................................................................ 83 GLOSSÁRIO.................................................................................................................... 87 APÊNDICE...................................................................................................................... 89 ANEXOS........................................................................................................................... 94 DECLARAÇÃO................................................................................................................ 99 ASSINATURA DOS RESPONSÁVEIS............................................................................ 100

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1 INTRODUÇÃO

Com a abertura das fronteiras entre os países desenvolvidos e

subdesenvolvidos, formando uma economia mundial globalizada e em decorrência do

surgimento dos novos blocos econômicos, como: União Européia; Mercosul; Nafta;

Pacto Andino e APEC foi implantado no mercado mundial uma nova filosofia e

exigência dos produtos consumidos.

Diante de tal exigência, as empresas buscam se adaptarem para poder

competir entre si, altos investimentos, como: em tecnologias de pontas, tornando o

processo de produção eficaz; em Certificações de Qualidade como ISO, 5S, QS 9000,

TQC e implantando novas filiais de produção em países politicamente estratégicos.

De acordo com DEMING (1990, pg. 36), “a Qualidade está relacionada com a

percepção do cliente e só pode ser definida em termos de quem a avalia. Assim pode

ser entendida como tudo aquilo que melhora o produto do ponto de vista do cliente, é

sentir orgulho pelo trabalho feito. O aprimoramento da qualidade eleva a produtividade.”

O sistema de produção de uma organização quando bem diagnosticado pode

servir em total harmonia com os demais setores. Buscar constantemente soluções

técnicas/gerenciais para estes sistemas produtivos é totalmente viável na busca do

aumento da qualidade, gerando com isso uma lucratividade futura. Pesquisar, analisar

e implantar metodologias que façam os sistemas produtivos se organizarem são o foco

de concentração da área de sistemas de produção.

Tendo em vista toda essa relação entre organizações e suas formas de produzir

é que o trabalho a seguir discutirá a melhor forma existente em qualidade de expedição,

focando a movimentação interna dos produtos acabados e do layout do seção de

expedição.

A qualidade quem estabelece é o cliente e não os engenheiros, nem o pessoal

de marketing ou a alta administração, ninguém pode pensar em qualidade sem antes

fixar no que o consumidor quer ou deseja, a partir daí, procurar desenvolver um produto

ou serviço que o atenda.

Diante da preocupação de estar atendendo com qualidade, no que se refere

aos produtos, prazo e embalagem de acordo com as necessidades dos seus clientes, é

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que buscaremos através deste trabalho propor melhoraria no layout e no fluxo interno

dando maior agilidade e transparência e controle na entrada e saída dos produtos na

seção de expedição.

O trabalho se realizará na empresa M. REIS E CIA LTDA, sendo que neste

trabalho será usado o nome fantasia RIOMAR CORDAS, situada na BR 101 km 118 Nº.

6601, Bairro Salseiros, Itajaí – SC.

1.1 Problema da Pesquisa

As mudanças constantes fizeram com que as organizações buscassem através

do sistema de controle da qualidade aprimoramento dos seus produtos. Assim

apresenta-se o problema de pesquisa: Quais os fatores que influenciam na mudança do

layout e no fluxo interno de uma empresa?

A elaboração deste trabalho tem o objetivo, apresentar para a empresa

RIOMAR CORDAS, um estudo das condições que o mercado impõe para atender as

necessidades dos clientes, à primeira vista, alguns colaboradores estranharão os

procedimentos do trabalho, pois além de ser feito pela primeira vez, as pessoas não

estão acostumadas às mudanças.

Através deste trabalho a empresa espera que haja uma melhoria da qualidade

no ambiente de trabalho e maior agilidade na movimentação interna dos produtos

acabados.

Conseqüentemente os benefícios deste trabalho irão trazer maior confiança dos

clientes, que estarão cientes da preocupação da empresa em inovar seus

conhecimentos para melhor atendê-los.

1.2 Objetivo geral e específico

O objetivo geral deste trabalho consiste em propor um plano de melhorias no

layout da seção de expedição e do fluxo interno dos produtos acabados da empresa

RIOMAR CORDAS.

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Através dos Objetivos Específicos buscaremos:

���� Identificar através de questionário os problemas relacionados com a área da seção de expedição;

���� Analisar os problemas existentes; ���� Identificar o layout atual da seção de expedição; ���� Identificar fluxo interno de produtos acabados na empresa; ���� Propor melhoria no layout e no fluxo interno de produtos da seção de

expedição.

1.3 Aspectos metodológicos

Neste item, é apresentados a forma com que o trabalho foi executado, quais os

métodos e técnicas utilizados e a forma que foram coletados e apresentados os dados

da pesquisa.

1.3.1 Caracterização da pesquisa

Este item apresenta a pesquisa realizada na RIOMAR CORDAS, identificando

as vantagens de um processo produtivo adequado. O trabalho será do tipo proposição

de planos, pois a estagiária apresentará sugestões para a implantação de um sistema

para solucionar um problema. A proposição de planos tem como objetivo proporcionar

respostas aos problemas encontrados, e contribuindo com o conhecimento cientifico.

De acordo com Roesch (1999, p. 75), são considerados estudos constantes nesta

categoria as propostas, sistemas, manuais e programas.

A pesquisa foi conduzida através de um trabalho que visa conectar os dados

empíricos às questões iniciais de estudo, através de uma seqüência lógica que

permitirá chegar às conclusões.

A pesquisa qualitativa busca interpretar valores, opiniões, atitudes e é utilizada

para a compreensão de fenômenos que vão além de quantificar, e é desta forma que foi

realizado esta pesquisa e sugerindo modificações.

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A abordagem qualitativa difere da quantitativa à medida que não pretende empregar um instrumental estatístico como base do processo de análise de um dado problema. Justifica-se por ser uma forma adequada de entender um fenômeno social, envolvendo a obtenção de dados descritivos sobre pessoas, lugares e processos interativos pelo contato direto do pesquisador com a situação estudada (Richardson, 1999, p. 79).

Outro fator preponderante nas pesquisas qualitativas é que esta análise tem

como objeto situações complexas ou estritamente particulares, principalmente quando

se trata de informações sobre fatos passados ou se dispõe de pouca informação e

dirigidas à análise de estruturas sociais, atitudes, motivações, expectativas, valores e

assim por diante.

1.3.2 Contexto e participantes da pesquisa

Este trabalho tem como foco a seção de expedição da empresa, onde as

pessoas chaves envolvidas são Gerente de Expedição e Gerente Geral. Dias et al

(2003, p. 386) definem como população “todos os membros de um grupo definido de

pessoas ou itens” e como amostra uma “porção de uma população predefinida”. A

forma dos participantes serem escolhidos, conforme o previsto neste trabalho se

configura como uma amostra de julgamento. Para McDaniel e Gates (2003, p. 385)

trata-se de uma “amostra não probabilística na quais os critérios de seleção são

baseados no julgamento pessoal de que os elementos sejam representativos da

população em estudo”.

1.3.3 Procedimentos e instrumentos de coletas de dados

A coleta de dados foi feita de forma direta, pela acadêmica, através de um

questionário semi-estruturado. Embora os colaboradores a serem pesquisados tenham

informações comuns a todos, alguns outros pontos adicionais contribuirão

positivamente para a coleta de dados necessária. O uso de um roteiro semi-estruturado

favorece a coleta de dados, garantindo ao pesquisador maior flexibilidade e permitindo

que aproveite melhor a resposta dos entrevistados, já que conforme Richardson (1999,

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p. 68) a coleta de dados tem como objetivo a obtenção da realidade que se deseja

pesquisar.

Tendo em vista o delineamento do projeto, ficou caracterizada a coleta de

dados através de duas fontes: as primárias e as secundárias, pois com o questionário

serão recolhidos os dados ainda não conhecidos, enquanto os já existentes na empresa

foram disponibilizados para o estudo. Mattar (2000, p. 48) considera que os dados

primários são aqueles coletados pela primeira vez junto aos pesquisados, enquanto os

secundários já serviram a outros objetivos e serão utilizados para melhorar o

entendimento da pesquisa, ou dar-lhe o apoio necessário.

1.3.4 Tratamento e análise dos dados

O objetivo do tratamento e análise dos dados é classificar, organizar e

interpretar os dados coletados, de maneira a facilitar a obtenção das respostas

requeridas pela pesquisa. A estrutura criada para o roteiro de questionário propicia

identificar a necessidade de melhoria no layout e no fluxo interno da empresa,

considerando o nível de satisfação definido pelos participantes pesquisados. Para

Roesch (1999, p. 169) “a análise de textos em pesquisa científica tem sido conduzida

principalmente mediante um método denominado de Análise do Conteúdo”. A estagiária

demonstra os seus achados na forma de questionários, podendo expor os dados

levantados através de gráficos e quadros, considerando a melhor maneira que atenda

aos objetivos da pesquisa.

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2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Neste capítulo serão abordados conteúdos teóricos para sustentação aos

objetivos propostos, desenvolvimento e resultados esperados, considerando os temas,

conceitos da administração, conceitos da produção, e outras áreas que envolvem este

trabalho.

2.1 Aspectos conceituais da administração

A partir do século XVIII, como conseqüência do advento da Revolução

Industrial, que se passou a ter maior preocupação com o tema administração, surgindo,

então estudos sistematizados sobre o assunto. Na verdade foi somente no final do

século XIX e início do século XXX que as empresas se aprofundaram e sistematizaram

os estudos relativos à administração

Como processo significa planejar, dirigir, organizar, coordenar, e controlar

organizações e tarefas, tendo como objetivo maior à produtividade e a lucratividade.

Para se chegar a isto, o administrador avalia os objetivos organizacionais e desenvolve

as estratégias necessárias para alcançá-los.

Segundo Maximiniano (2005, p.74), “de acordo com Fayol, a administração é

uma atividade comum a todos os empreendimentos humanos (família, negócios,

governo), que sempre exigem algum grau de planejamento, organização, comando,

coordenação e controle”.

Como sistema ou atividade dinâmica, consiste em tomar decisões sobre

objetivos e recursos. A estrutura administrativa é inerente a qualquer situação em que

haja pessoas utilizando recursos para atingir algum tipo de objetivo. A visão

estruturalista, que alcança noções de ambiente e equilíbrio do sistema administrativo ou

organizacional, passou a dar à Administração uma conotação diferente da do vocábulo

Gestão, que até a pouco tempo no Brasil se considerava como termos sinônimos.

Segundo Sanvicente (1997, p. 9) descreve que “a organização de seres

humanos para consecução de objetivos comuns seja uma coisa muito antiga, somente

agora é que está se desenvolvendo uma ciência da administração”.

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Administração é o processo de tomar decisões sobre os objetivos e utilização

de recursos. A administração é importante em qualquer escala de utilização de recursos

para realizar objetivo tanto individual, familiar, grupal, organização ou social. Para

melhor aproveitar o estudo da administração, precisamos pensar em situações práticas

em que haja pessoas utilizando recursos para produzir bens e serviços.

Já Silva (1996, p.15) afirma que “empresa é um organismo econômico

destinado à produção de mercadorias e/ou serviços, com o objetivo de lucro para o

empresário”.

A administração não é, portanto, um fim em si mesmo, mas um meio para que

as atividades sejam realizadas da melhor forma possível, ao menor custo e com a maior

eficiência e eficácia. Estudar a administração é compreender as relações entre as

pessoas, pois o desempenho delas não depende apenas do conhecimento necessário

para executar as tarefas, mas outras, como mantê-las motivada para conseguir os

objetivos comuns.

2.2 Recursos Humanos

Na gestão organizacional, é chamado de recursos humanos ao conjunto dos

colaboradores dessa organização. Mas o mais freqüente deve chamar-se assim à

função que ocupa para adquirir, desenvolver, usar e reter os colaboradores da

organização.

O objetivo básico que persegue a função de Recursos Humanos com estas

tarefas é alinhar as políticas de RH com a estratégia da organização, que reservará

para implantar a estratégia através dos povos. Assim como acontece com as demais

áreas funcionais, a área de recursos humanos define sua estratégia para possibilitar a

realização das estratégias corporativas. Segundo Maximiano (2005, p. 371), por

exemplo, se a empresa tem um objetivo de internacionalização, a área de recursos

humanos precisa preparar pessoas para atuar em outros países.

Segundo Rocha (1997, p.79), a administração de recursos humanos é um

conjunto de atividades, tem como principais elementos o recrutamento, a seleção, a

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avaliação de funções, e a compensação, que representam a gestão de pessoal nas

organizações.

De acordo com Milkovich (2000, p.19) “por administração de recursos humanos

entende-se uma série de decisões integradas que formam as relações de trabalho; sua

qualidade influência diretamente a capacidade da organização e de seus empregados

em atingir seus objetivos”.

2.3 Marketing

O marketing possui papel fundamental dentro das empresas, possibilitando obter

vantagem no mercado. Para aplicar melhor o marketing o administrador deve organizar

suas funções eficientemente. O papel do marketing é levar ao consumidor a ter uma

boa imagem da empresa, colocando seu produto ou serviço em uma posição elevada,

quase insubstituível em relação à concorrência. Toda empresa, de uma forma ou de

outra, tem, precisa e é levada inconscientemente a fazer o Marketing de seu produto ou

serviço para garantir sua estabilidade no mercado.

O marketing trabalha com as necessidades e os desejos humanos, pois as

pessoas precisam primariamente sobreviver e, a partir de seu poder aquisitivo e suas

perspectivas individuais, têm fortes anseios por recreação, educação e outros aspectos.

Kotler (1998, p. 27) considera que o marketing “é um processo social e gerencial pelo

qual indivíduos e grupos obtêm o que necessitam e desejam através da criação, oferta

e troca de produtos de valor com outros”.

Segundo Silva (1987, p.115) “a administração de marketing é a especialização

administrativa que trata do planejamento, organização, direção e controle do setor de

comercialização de uma empresa”.

De acordo com Kotler (1998, p.6) “a satisfação do cliente depende do

desempenho do produto percebido com relação ao valor relativo às expectativas do

comprador. Se o desempenho faz jus às expectativas, o comprador fica satisfeito; mas

se excede às expectativas, ele fica encantado”.

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2.4 Finanças

O departamento de finanças, Segundo Stoner e Freemann (1999, p.151), estão

ligados integralmente “a aquisição e alocação de capital e à administração do capital de

giro e dividendos”, gerando proventos de médio e a longo prazo. A administração

financeira desempenha uma das funções mais importantes dentro de uma organização,

visto que grandes partes das decisões tomadas partem através de termos financeiros.

De acordo com Ross (1998, p.23), “o papel do administrador financeiro é o de

estabelecer, que investimentos de longo prazo devem ser feitos, onde será obtido o

financiamento de longo prazo, como gerar as atividades do dia a dia; por exemplo,

como cobrar de seus clientes e pagar os seus fornecedores”.

Segundo Gitman (1987, p.9) “a extensão e a importância da função financeira

dependem, em grande parte, do tamanho da empresa. Em empresas pequenas, a

função financeira é geralmente realizada pelo departamento de contabilidade. À medida

que a empresa cresce a importância da função financeira normalmente leva à criação

de um departamento financeiro separado – uma unidade organizacional autônoma”.

De acordo com Gitman (1987, p.11) “o objetivo da administração financeira é o

de atingir os objetivos dos proprietários da empresa”.

Ainda Gitman (1987, p.7), afirma que o administrador financeiro está mais

preocupado em manter a solvência da empresa, proporcionando os fluxos de caixa

necessários para honrar suas obrigações e adquirir e financiar os ativos circulantes e

fixos, necessários para atingir as metas da empresa.

2.5 Administração da Produção e Operações

De uma forma geral, a Administração da Produção e Operações diz respeito

àquelas atividades orientadas para a produção de um bem físico ou à prestação de um

serviço. Neste sentido a palavra produção liga-se mais perto às atividades industriais,

enquanto que a palavra operações refere-se às atividades em empresas de serviços.

Segundo Slack; Chambers e Johnston (2002, p.59), os gerentes de produção

possuem algumas responsabilidades por todas as atividades da organização que

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contribuem para a produção efetiva de bens e serviços: responsabilidade direta;

responsabilidade indireta e responsabilidade ampla. Estas responsabilidades podem

ser exemplificadas como:

� Eles traduzem a direção estratégica de uma empresa em ação operacional;

� Projetam a operação, não só os produtos e serviços, mas que os produzem;

� Planejam e controlam as atividades das operações ao decidir quando e onde

as atividades ocorrerão e ao detectar e reagir e quaisquer desvios dos planos.

� Melhoram o desempenho da operação com referencia a seus objetivos

estratégicos, por meio da combinação de atividades maiores ou menores de

melhoria.

� As responsabilidades indiretas incluem trabalho conjunto com outras áreas

funcionais do negócio.

� As responsabilidades amplas incluem compreensão do impacto sobre a

operação, da globalização, da responsabilidade ambiental, da responsabilidade

social, de novas tecnologias e da gestão do conhecimento.

Segundo Moreira (apud AZEVEDO, 2004, p.16) “o sistema de produção pode ser

entendido como um conjunto de atividades e operações inter-relacionadas envolvidas

na produção de bens e serviços”.

Mesmo quando uma operação produtiva é projetada e suas atividades planejadas

e controladas, a tarefa do gerente de produção não está acabada. Todas as operações,

não importam quão bem gerenciadas sejam, podem ser melhoradas. De fato, em anos

recentes, a ênfase mudou muito no sentido de que fazer melhoramentos é uma das

principais responsabilidades do gerente de produção.

A administração de produção envolve o mesmo conjunto de atividades para

qualquer tamanho de organização. Nas organizações onde o lucro não é a finalidade, o

importante é direcionar a administração de produção com o objetivo de atingir os

objetivos estratégicos de longo prazo da organização (que garantam a sua

continuidade).

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2.6 Layout (Arranjo Físico)

Segundo STEVENSON (2001, p. 200), termo layout (arranjo físico) refere-se à

configuração de departamentos, de centros de trabalho, e de instalações e

equipamentos, com ênfase especial na movimentação otimizada, através do sistema,

dos elementos aos quais se aplica o trabalho (por exemplo, estes elementos seriam os

clientes, no caso de um hospital, ou os materiais, no caso de uma fábrica).

Layout corresponde ao arranjo dos diversos postos de trabalho nos espaços existentes na organização, envolvendo, alem da preocupação de melhor adaptar as pessoas ao ambiente de trabalho, segundo a natureza da atividade desempenhada, a arrumação dos moveis, máquinas, equipamentos e matérias-primas. (CURY, 1994, p. 373).

Conforme MARTINS e LAUGENI (2006, p. 138), podemos considerar quatro

tipos de layout::

- Layout por processo ou funcional;

- Layout em linha;

- Layout celular ou célula de manufatura;

- Layout por posição fixa;

Layout por processo ou funcional, segundo Moreira (2004, p. 262), como

características desse sistema destacam-se:

a) A adaptação à produção de uma linha variada de produtos ou à prestação

de diversos serviços;

b) Cada produto passa pelos centros de trabalho necessários, formando uma

rede de fluxos. No caso de atividade de serviços a movimentação é a do

próprio cliente, como a que ocorre com os pacientes em um hospital ou

clínica;

c) As taxas de produção são relativamente baixas, se comparadas àquelas

obtidas como o arranjo físico por produto. Desta forma, existe entre os dois

tipos de arranjo uma troca entre flexibilidade e volume de produção;

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d) Os equipamentos são principalmente do tipo “propósito geral”, ou seja,

comercialmente disponíveis sem necessidade de projeto específico. Esses

equipamentos são mais flexíveis, que aqueles projetados para arranjo físico

por produto;

e) Em relação ao arranjo físico pro produto, os custos fixos são relativamente

menores, mas os custos unitários de matérias-prima e mão-de-obra são

relativamente maiores.

Como podemos observar o arranjo físico por processo proporciona ao sistema

uma flexibilidade para adaptar-se a variados produtos. Além disso, esse tipo de

organização do setor produtivo requer máquinas de custos menores do que num

arranjo físico por produto.

Moreira (2004, p. 262), quanto às desvantagens, destacam-se:

a) Os estoques de materiais em processo tendem a ser elevados e bloquear a

eficiência do sistema;

b) A programação e controle da produção tornam-se complexas ao ter que

trabalhar com variados produtos e suas exigências operacionais

particulares;

c) O manuseio de materiais tende a ser ineficiente;

d) A contrapartida da flexibilidade é a obtenção de volumes relativamente

modestos de produção, a custos unitários maiores que no caso do arranjo

físico por produto.

Layout em linha, conforme MARTINS e LAUGENI (2006, p. 138) as máquinas

ou as estações de trabalho são colocadas de acordo com a seqüência das operações e

são executadas de acordo com a seqüência estabelecida sem caminhos alternativos. O

material percorre um caminho previamente determinado no processo.

Moreira (2004, p. 260), dentre as características fundamentais dos arranjos

físicos por produtos, conta-se as seguintes:

a) É bastante adequado a produtos com alto grau de padronização com pouca

ou nenhuma diversificação, produzidos em grandes quantidades e de forma

contínua;

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b) O fluxo de materiais através do sistema é totalmente previsível, abrindo

possibilidades para o manuseio e transporte automáticos de material, o que

ocorre com freqüência;

c) O sistema pode se ajustar a diversas taxas de produção, embora trabalhar

com produções baixas não seja conveniente, pois;

d) Os investimentos em capital são altos, devido à presença de equipamentos

altamente especializados e especialmente projetados para altos volumes,

acarretando;

e) Altos custos fixos e comparativamente baixos custos unitários de mão-de-

obra e materiais.

Layout celular ou célula de manufatura conforme MARTINS e LAUGENI

(2006, p. 139) “consiste em arranjar em um só local (a célula) máquinas diferentes que

possam fabricar o produto inteiro”.

O material se desloca dentro da célula buscando os processos necessários.

Sua principal característica é a relativa flexibilidade quanto ao tamanho de lotes por

produto.

Layout por posição fixa, conforme MARTINS e LAUGENI (2006, p. 140) o

material permanece fixo em uma determinada posição e as máquinas se deslocam até

o local executando as operações.

É recomendado para um único produto, em quantidade pequena ou unitária,

em geral não repetitivo. È os casos da fabricação de navios, grandes transformadores

elétricos, turbinas, pontes rolantes, grandes prensas, produção de navios, aviões e

outros produtos de grandes dimensões físicas.

2.7 FLUXOGRAMA

É um resumo ilustrativo do fluxo das várias operações de um processo. Este

documenta um processo, mostrando todas as suas etapas. (GITLOW, 1993).

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É uma ferramenta fundamental, tanto para o planejamento como para o

aperfeiçoamento do processo. O fluxograma facilita a visualização das diversas etapas

que compõem um determinado processo, permitindo identificar aqueles pontos que

merecem atenção especial por parte da equipe de melhoria.

Basicamente formado por três módulos:

� Início (entrada) - assunto a ser considerada no planejamento;

� Processo - consiste na determinação e interligação dos módulos que englobam o

assunto;

� Fim (saída) - fim do processo, onde não existe mais ação a ser considerada.

O fluxograma é usado:

� Para identificar o fluxo atual ou o fluxo ideal do acompanhamento de qualquer

produto ou serviço, no sentido de identificar desvios;

� Para verificar os vários passos do processo e se estão relacionados entre si;

� Na definição de projeto, para identificar as oportunidades de mudanças, na

definição dos limites e no desenvolvimento de um melhor conhecimento de todos

os membros da equipe;

� Nas avaliações das soluções, ou seja, para identificar as áreas que serão

afetadas nas mudanças propostas, etc.

O fluxograma é construído para:

� Conhecimento do processo;

� Identificação das fronteiras do processo, usando simbologia adequada;

� Documentação de cada etapa do processo, registrando as atividades, as

decisões e os documentos relativos ao mesmo;

� Verificação do descumprimento ou elaboração incorreta de alguma etapa do

processo;

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� Discussão com a equipe, da forma como o fluxograma foi completado,

certificando-se da coexistência do mesmo e como o processo se apresenta.

2.8 Logística Empresarial

A logística empresarial é um campo de estudos relativamente novo da gestão

integrada, em comparação com os campos tradicionais de finanças, marketing e

produção.

Ballou, (2001, p. 21), Logística é o processo de planejamento, implementação e

controle do fluxo eficiente e economicamente eficaz de matérias-primas, estoque em

processo, produtos acabados e informações relativas desde o ponto de origem até o

ponto de consumo, com o propósito de atender às exigências dos clientes.

Segundo Ballou (2001, p. 23), a logística empresarial está desdobrada em

atividades-chave e atividade de suporte, com algumas das decisões associadas a cada

atividade, podendo ser vista nos quadros 01 e 02:

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Atividades-Chave

Padrões de serviços ao

cliente

. Determinar as necessidades e os desejos de clientes

para serviços logísticos;

. Determinar a reação dos clientes aos serviços;

. Estabelecer o nível de sérvios a clientes.

Transportes

. Seleção do modal e do serviço de transportes;

. Consolidação de fretes;

. Roteiro do transportes;

. Programação de veículos;

. Seleção de equipamentos;

. Processamento de reclamações;

. Auditoria de tarifas

Administração de esto-

ques

. Políticas de estocagem de matérias-primas e produtos

acabados;

. Previsão de vendas e curto prazo;

. Combinação de produtos em pontos de estocagem;

. Número, tamanho e local dos pontos de estocagem;

. Estratégias de just-in-time, de empurrar e de puxar.

Fluxo de informações e

processamento de pedi-

dos

. Procedimentos de interface dos estoques com pedidos

de venda;

. Métodos de transmissão de informações de pedido;

. Regras de pedidos

Quadro 01: Atividades - Chave Fonte: Adaptado Ballou (2001, p. 23)

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Atividades de suporte

Armazenagem

. Determinação do espaço;

. Disposição do estoque e desenho das docas;

. Configuração do armazém;

. Localização do estoque.

Manuseio

. Seleção de equipamentos;

. Políticas de reposição de equipamentos;

. Procedimentos de coleta de pedidos;

. Alocação e recuperação de materiais.

Compras . Seleção de fontes de suprimento;

. O momento da compra;

. Quantidade de compra.

Embalagem protetora

. Projeto para:

. Manuseio

. Estocagem

. Proteção contra perdas e danos

Cooperar com a pro-

dução/operações para

. Especificar quantidades agregadas;

. Seqüência e tempo do volume de produção.

Manutenção de informa-

ção

. Coleta, arquivamento e manipulação de informação;

. Análise de dados;

. Procedimentos de controle.

Quadro 02: Atividades de Suporte Fonte: Adaptado Ballou (2001, p. 24)

De acordo com Moura (1998, p. 40), pode-se agrupar como logística as

atividades de:

1. Administração de Materiais: responsável por todas as atividades de

suprimento do material.

2. Movimentação de Materiais: tradicionalmente orientada para o setor da

manufatura, ou seja, para movimentação e armazenagem da produção.

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3. Distribuição Física: orientada para produtos acabados, armazéns e

transportes.

Assim, resumidamente, podem ser incluídas as atividades logísticas como:

• Compras.

• Programação de entregas para a fábrica.

• Transporte externo.

• Controle de estoque de matérias-primas.

• Controle de estoque de componentes.

• Planejamento, programação e controle da produção.

• Previsão de necessidades.

• Controle de estoque nos centros de distribuição.

• Processamento de pedidos de clientes.

• Administração dos centros de distribuição.

• Planejamento dos centros de distribuição.

• Transporte para os centros de distribuição.

• Transporte dos centros de distribuição para os clientes.

• Planejamento de atendimento aos clientes.

• Tráfego.

2.9 Estoques

As empresas determinam sua política de estoques conforme suas necessidades

de vendas ou de espaços físicos. A empresa Riomar Cordas tem seu processo de

produção baseado em vendas anteriores, isto é, sazonalidade de vendas, usando como

estratégia o planejamento agregado.

Segundo Ballou (2001, p. 249), os estoques são pilhas de matérias-primas,

insumos, componentes, produtos em processo e produtos acabados que aparecem em

numerosos pontos por todos os canais logísticos e de produção da empresa.

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Muitas empresas tendem a não manter produtos em estoques por gerar custos

para a mesma, a política utilizada por muitas empresas é de trabalhar no processo de

just-in-time, isto é, produzir o suficiente para não estocar, ou produzir sob encomenda.

Vários são os tipos de estoques, segundo Ballou (2001, p. 251), os estoques

podem ser categorizados de cinco formas distintas, como:

Primeira, os estoques podem estar no canal. São os estoques que estão em

trânsito entre os pontos de estocagem ou de produção porque o movimento não é

instantâneo. Quando o deslocamento é lento, as distâncias são longas e há vários

estágios, a quantidade de estoques no canal pode exceder o que deve ser mantido nos

pontos de estocagem.

Segunda, alguns estoques podem ser mantidos para especulação, mas ainda

fazem parte da base total do estoque que deve ser gerenciado. Entretanto, quando os

estoques são gerados em antecipação às vendas sazonais ou ocorrem devido às

atividades das compras em antecipação, são provavelmente de responsabilidade do

profissional de logística.

Terceira, os estoques de natureza regular ou cíclica são os necessários para

satisfazer a demanda média durante o tempo entre reabastecimentos sucessivos. A

quantidade de estoques do ciclo é altamente dependente dos tamanhos do lote da

produção, das quantidades econômicas do embarque, das limitações do espaço de

estocagem, dos tempos de reabastecimento, das programações de desconto da

relação preço-quantidade e dos custos de manter estoques.

Quarta, os estoques podem ser gerados como uma proteção da variabilidade na

demanda para o estoque e no tempo de reabastecimento. Estas medidas extras do

estoque, ou estoque de segurança, são adicionais ao estoque regular que é necessário

para satisfazer a demanda média e as condições de prazo de entrega.

Quinta, uma parte do estoque deteriora-se, tem a sua validade vencida ou é

roubada ou perdida quando mantido por um período de tempo. Tal estoque é chamado

de obsoleto, morto ou reduzido. Quando os produtos são de valor elevado, perecíveis

ou de fácil roubo, precauções especiais devem ser tomadas para minimizar a sua

quantidade.

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2.10 Qualidade

A qualidade é considerada universalmente como algo que afeta a vida das

organizações e a vida de cada um de nós de uma forma positiva.

Hoje no mundo dos negócios, a expressão qualidade flui naturalmente, por ser

tratar um uma política de sobrevivência das empresas. A política de se adotarem a

qualidade como meio de destaque dos produtos, tem na década de cinqüenta como o

período onde mais se buscou essa referência dos produtos produzidos até então.

De acordo com STEVENSON (2001, p. 319), as práticas modernas na qualidade

foram moldadas por alguns especialistas nessa área. Entre os mais famosos estão

Deming, Juran, Feigenbaum, Ishikawa, Taguchi e Crosby. Juntos esses grandes

pensadores tiveram uma grande contribuição sobre a gestão e o controle da qualidade.

O Quadro 03 mostra a contribuição de cada um dos especialistas:

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ESPECIALISTA CONTRIBUIÇÃO

W. EDWARDS DEMING

- Considerado o guru-mestre. Professor de estatística da New York University na década de 1940. Após a II Guerra Mundial foi para o Japão para dar assistência aos japoneses no aperfeiçoamento da qualidade e da produtividade. - Elaborou os 14 pontos, considerado por ele como sendo a prescrição necessária para se alcançar a qualidade em uma organização. Os elementos-chaves dos 14 pontos são a constância de propósito, o aperfeiçoamento contínuo e o conhecimento profundo. Os 14 pontos são:

01. Criar constância de propósito a fim de melhorar produtos e serviços para tornar-se e manter-se competitivo.

02. Adotar a nova filosofia em direção a materiais defeituosos, métodos inadequados, máquinas ruins e mão de obra inadequada.

03. Cessar dependência da inspeção. 04. Acabar com a prática de trabalhar baseando-se nos preços. 05. Descobrir problemas – isto é trabalho de gerenciamento contínuo no

sistema. 06. Instruir métodos modernos de treinamento no trabalho. 07. Instituir métodos modernos de supervisão dos operários da produção. 08. Dirigir sem receio; só assim todos trabalharão efetivamente para a

compnhania. 09. Derrubar barreiras entre departamentos–desenvolver um time integrado. 10. Eliminar metas, posteres, slogan destinados à força de trabalho,

solicitando novos níveis de produtividade sem fornecer os métodos. 11. Eliminar os padrões de trabalho que prescrevem quotas numéricas. 12. Remover as barreiras entre o trabalhador horista e seu direito ao

orgulho por seu trabalho. 13. Instituir um vigoroso programa de educação e retreinamento. 14. Criar na alta administração uma estrutura que enfatiza diariamente os

treze pontos acima.

JOSEPH M. JURAN

- Assim como Deming, Juran ensinou os fabricantes japoneses a melhorar a qualidade de seus produtos. - Descreveu a gestão da qualidade em termos de uma trilogia, consistindo em planejamento, controle e melhoria da qualidade. - Propôs 10 passos para a melhoria da qualidade, sendo:

01. Desenvolva a percepção (conscientizar) para a necessidade e a oportunidade das melhorias.

02. Estabelecer metas em relação a melhoria. 03. Organize as pessoas para alcançarem as metas. 04. Forneça treinamento para toda a organização. 05. Desenvolva projetos para solucionar problemas. 06. Informe/divulgue a respeito do progresso alcançado. 07. Reconheça o trabalho bem feito e os resultados abtidos. 08. Comunique os resultados. 09. Mantenha registros do desempenho. 10. Mantenha o impulso, tornando as melhorias anuais parte integrante dos

sistemas e processos regulares da empresa.

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PHILIP CROSBY

- Desenvolveu o conceito de defeito zero e popularizou a frase “Faça a coisa certa da primeira vez”. - Enfatizou o aspecto da prevenção. - Acreditava que qualquer nível de defeitos é alto demais, e que a administração deve implantar programa que ajudem a organização a mover-se em direção a esse objetivo. - Alguns pontos-chaves são:

01. A alta administração precisa demonstrar seu comprometimento com a qualidade e sua disposição para dar o suporte necessário para alcançar a boa qualidade.

02. A administração precisa ser persistente em seus esforços para alcançar a boa qualidade.

03. A administração precisa traduzir claramente aquilo que pretende em termos da qualidade e aquilo que os trabalhadores devem fazer para alcançar os objetivos estabelecidos.

04. Fazer a coisa certa da primeira vez.

ARMAND FEIGENBAUM

- Teve influências na promoção da abordagem relativa ao “custo da não-conformidade”, como justificativa para o comprometimento da administração em direção à qualidade. - Dizia, quem define a qualidade é o cliente. - Em seu livro, Total Quality Control (Controle da Qualidade Total) em 1961, apresenta os princípios da qualidade em 40 passos. - Elementos-chave da sua filosofia para o controle da qualidade, são:

01. O controle da qualidade total é um sistema que visa a integra os esforços de desenvolvimento, manutenção e melhoria da qualidade em uma organização e que permitem que as áreas de engenharia, marketing, produção e atendimento ao cliente operem em níveis econômicos ótimos, ao mesmo tempo em que proporcionam a satisfação do cliente.

02. Em controle da qualidade, o aspecto “controle” deve abranger o estabelecimento de padrões da qualidade, a avaliação do desempenho em relação a esses padrões, a tomada de ações corretivas quando os padrões não são alcançados e o planejamento da elevação no nível dos padrões.

03. Os fatores que afetam a qualidade podem ser divididos em duas categorias principais: os tecnológicos e os humanos. O fator humano é o mais importante.

04. Os custos operacionais da qualidade podem ser divididos em quatro categoria: custos de prevenção, custos de avaliação, custos de falhas internas e custos de falhas externas.

05. É importante controlar a qualidade na fonte.

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KAORU ISHIKAWA

- Entre suas contribuições-chave estão o desenvolvimento do diagrama de causa e efeito (também conhecida como espinha de peixe), para a resolução de problemas e a implementação dos círculos da qualidade. - Foi o primeiro perito em qualidade a chamar a atenção para o cliente interno – a pessoa seguinte no processo. - Defendeu fortemente a necessidade de uma companhia ter uma visão que seja compartilhada internamente, a fim de unir todos na organização para um objetivo comum.

GENICHI TAGUCHI

- É conhecido pela função de perdas - Há quatro conceitos de qualidade atribuídos a Taguchi:

01. A qualidade deve ser incorporada no produto desde o início e não através das

inspecções. Os melhoramentos devem ocorrer na fase de desenho dum produto

ou processo e continuar durante a fase de produção. A falta de qualidade não

pode ser melhorada através da tradicional inspecção

02. Atinge-se melhor a qualidade minimizando os desvios em relação às metas. O

produto deve ser desenhado de forma robusta e imune aos factores ambientais

não controláveis. Devem ser especificados os valores para os parâmetros críticos

e assegurado que a produção satisfaz essas metas com o mínimo desvio.

03. A qualidade não deve ser baseada no desempenho ou características do produto.

Isso faz variar o seu preço e/ou mercado mas não a qualidade. O desempenho e

as características do produto podem estar relacionados com a qualidade mas não

são a base da qualidade. Pelo contrário o desempenho é uma medida das

capacidades do produto.

04. Os custos da qualidade devem ser medidos em função dos desvios do

desempenho do produto. Isto inclui custos do "tornar a fazer", inspecção,

garantias, devoluções e substituições.

Quadro 03: Elaborado pela estagiária Fonte: STEVENSON, (2001, p.319)

A qualidade é uma estratégia utilizada pelas empresas para obterem vantagens

competitivas, pois com a melhoria da qualidade cresce a satisfação dos clientes

elevando os lucros e a participação no mercado.

Qualidade está relacionada com a percepção do cliente e só pode ser definida em

termos de quem a avalia. Assim pode ser entendida como tudo aquilo que melhora o

produto do ponto de vista do cliente, é sentir orgulho pelo trabalho feito. O

aprimoramento da qualidade eleva a produtividade.

A qualidade ainda é colocada como a correção dos problemas e de suas causas

ao longo de toda a série de fatores relacionados com marketing, projetos, engenharia,

produção e manutenção, que exercem influência sobre a satisfação do usuário. A

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qualidade é, portanto, uma maneira de se gerenciar os negócios da empresa e só pode

ser alcançada com a participação de todos.

Qualidade é um importante aspecto da produção de alimentos e normalmente é

considerada como grau de excelência.

O objetivo da qualidade é a satisfação das necessidades do cliente, porém essas

necessidades mudam continuamente. Diante disto, para que as empresas possam

sobreviver é necessário que desenvolvam novos produtos (melhores, mais baratos,

mais seguros), e para produzir estes produtos são necessários novos processos (mais

fáceis, mais rápidos, mais baratos). Este processo de inovação contínua constitui-se na

garantia da sobrevivência da empresa no mercado.

A garantia da qualidade emprega processos de controle para assegurar a

confiança adequada de que os produtos finais atendem totalmente os requisitos. É um

sistema que utiliza informação do processamento para prevenir a ocorrência de uma

não-conformidade.

Já o controle de qualidade é orientado para proteção do cliente, onde um controle

efetivo identifica produtos não-conformes.

É um processo que protege tanto o produtor quanto o consumidor, pois seu

principal objetivo é o de assegurar, ao industrial, a fabricação de alimentos de excelente

padrão e de propiciar, ao consumidor, produto em condições de cumprir sua finalidade

de alimentar e nutrir.

Os processos de qualidade, dentro das organizações, mudam o comportamento

dos funcionários e dos empresários. Além da busca da qualidade total, a globalização

da economia força a competitividade e provoca a busca da eficiência. Com isso, muda

radicalmente a forma de produzir e atender o cliente, mas a verdadeira revolução

dentro das organizações só pode ocorrer se houver uma perfeita harmonia entre a alta

tecnologia e a valorização das pessoas.

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2. 11 Ferramentas de qualidade

Ferramentas de qualidade são técnicas que utilizamos com a finalidade de

definir, analisar e propor soluções para os problemas que interferem no bom

desempenho dos processos de trabalho.

“As ferramentas da qualidade devem ser usadas para controlar a variabilidade,

que é a quantidade de diferença em relação a um padrão, sendo que a finalidade das

ferramentas é eliminar ou reduzir a variação em produto e serviço”. Williams,(1995, p.

85).

Os objetivos das ferramentas da qualidade são: Oliveira, (1994, p. 113).

a- Facilitar a visualização e entendimento dos problemas;

b- Sintetizar o conhecimento e as conclusões;

c- Desenvolver a criatividade;

d- Permitir o conhecimento do processo;

e- Fornecer elementos para o monitoramento dos processos.

Com isto, todos os envolvidos no setor em questão devem estar preparados para

utilizar uma ferramenta de qualidade, para chegar a um único objetivo, fazer com que a

organização alcance o sucesso.

2.11.1 Programa 5S

O Programa 5S surgiu no Japão na década de 1950 e foi aplicado após a 2a

Grande Guerra, com a finalidade de reorganizar o país quando vivia a chamada crise

da competitividade. A adoção do Programa 5S foi um dos fatores da recuperação das

empresas japonesas e da implantação da Qualidade Total no país. Demonstrou ser tão

eficaz que até hoje é considerado o principal instrumento de gestão da qualidade e da

produtividade utilizado no Japão.

O objetivo de um programa de qualidade é desenvolver conhecimentos,

habilidades e atitudes que oportunizem uma postura ativa e diferenciada frente ao

cliente, ampliando as chances de sucesso na condução dos contatos. Para Kalkmann

(2002, p. 17), “qualidade é tudo que alguém faz ao longo de um processo para garantir

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que um cliente, fora ou dentro da organização, obtenha exatamente aquilo que deseja

em termos de características, custo, atendimento e prazo de entrega”.

Para Maximiano (2005, p.165) qualidade, dentro do moderno enfoque da

qualidade, é definida a partir das necessidades e do interesse do cliente, que deseja

dispor de produtos ou serviços livres de deficiência.

O programa 5S objetiva a preparação do ambiente para satisfação plena de

nossos clientes, baseado nos conceitos de qualidade, garantindo a sobrevivência da

empresa e de todos os envolvidos.

2.11.1.1 SEIRI (Senso de organização/utilização)

Saber onde e qual o lugar de cada peça. Analise locais de trabalho e classifique

todos os itens - objetos, materiais, relatórios - de acordo com critérios de utilidade ou

freqüência de uso. Feito isso, retire do ambiente tudo o que não precisa estar ali.

Você elimina excessos e desperdícios, libera espaço físico, descarta informações

e controles desnecessários ou ultrapassados. Criam-se facilidades de trânsito interno,

maior senso de organização e economia, e aumento de produtividade.

Silva (1996, p. 36) descreve os benefícios deste senso sendo:

• Liberação de espaços para diversos fins;

• Reciclagem de recursos escassos;

• Re-alocação de pessoas que não estejam sendo bem utilizadas;

• Combate ao excesso de burocracia;

• Diminuição de custos etc.

Segundo Campos (1992, p. 171), na produção o senso de utilização é a

“identificação dos equipamentos, ferramentas e materiais necessários e desnecessários

na área produtiva ou posto de trabalho”.

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2.11.1.2 SEITON (Senso de ordenação)

Organize objetos, materiais e informações úteis da maneira mais funcional,

possibilitando acesso rápido e fácil.

Praticando o Senso de Ordenação fica muito mais fácil encontrar o que foi

guardado, além de haver utilização racional do espaço. Ocorre redução do cansaço

físico e mental, e melhoria na comunicação.

Silva (1996, p. 43) descreve os benefícios deste senso sendo:

• Economia de tempo;

• Diminuição de cansaço físico por movimentação desnecessária;

• Melhoria do fluxo de pessoas e materiais;

• Rapidez na movimentação e resgate de pessoas em caso de emergência;

• Diminuição do estresse por buscas mal sucedidas etc.

Segundo Campos (1992, p. 171), na produção o senso de organização é a

“determinação do local especifico ou layout para os e equipamentos serem localizados

e utilizados a qualquer momento”.

2.11.1.3 SEISO (Senso se limpeza)

Praticar a limpeza significa ter compromisso em manter limpo o seu local de

trabalho, antes, durante e após a jornada diária. Assim como, mostrar-se limpo.

Cuidados no dia-a-dia tornam o ambiente mais agradável e sadio, previnem

acidentes, contribuem para a preservação de equipamentos, reduzem o desperdício e

evitam a poluição. Detalhes da limpeza melhoram a imagem interna e externa da

empresa ou órgão.

Silva (1996, p. 47) descreve os benefícios deste senso sendo:

• Sentimento de bem – estar nos empregados;

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• Sentimento de excelência transmitido aos clientes;

• Prevenção de acidentes;

• Manutenção dos equipamentos etc.

Segundo Campos (1992, p. 171), na produção o senso da limpeza é a

“eliminação do pó, sujeira e manutenção da limpeza nos postos de trabalho”,

2.11.1.4 SEIKETSU (Senso de saúde)

É preciso ter preocupação com a saúde em todos os níveis: físico, mental e

emocional. Não é só no ambiente físico que as melhorias são necessárias. Você

precisa ter plena consciência dos aspectos que afetam sua saúde e agir sobre eles.

A saúde do ambiente traz satisfação e motivação pessoal, previne e controla o

stress, danos e acidentes, e melhora a qualidade de vida.

Silva (1996, p. 51) descreve os benefícios deste senso sendo “evidentes por si

mesmos, já que o objetivo é preservar a vida pelo seu valor intrínseco e, obviamente,

para que o empregado possa transformar a sua energia física e mental em bens e

serviços.”.

Segundo Campos (1992, p. 171), na produção o senso da saúde é “ações

consistentes e repetitivas visando arrumação, ordenação e limpeza e ainda

manutenção de boas condições sanitárias e sem qualquer poluição”.

2.11.1.5 SHITSUKE (Senso de auto-disciplina)

Pratique os "S" anteriores, sem descuidar do constante aperfeiçoamento. É à

busca do autodesenvolvimento.

O Senso de Autodisciplina traz a conscientização da responsabilidade em todas

as tarefas, por mais simples que sejam. Os serviços são realizados dentro dos

requisitos de qualidade. Há a consolidação do trabalho em equipe e o desenvolvimento

pessoal.

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Segundo Campos (1992, p. 171), na produção o senso de autodisciplina é o

“hábito para cumprimento de regras e procedimentos especificados pelo cliente”.

2.11.1.6 IDÉIAS PRINCIPAIS DO PROGRAMA 5S:

� “Se você sabe e não faz, é como se você não soubesse”.

� “Os três primeiros Ss, ou seja, as 3 primeiras fases são a base para o sucesso

da implantação do programa.”

� “Ordenar é identificar.”

� “O ambiente mais limpo não é o que mais se limpa, e sim o que menos se suja.”

� “Organização do pessoal reflete organização do ambiente.”

� “Todo o trabalho tem de ser feito em equipe.”

� “A tolerância também é uma ferramenta de trabalho, desde que usada na medida

certa.”

2.11.2 PDCA

Dentro das ferramentas utilizadas para o aprimoramento da qualidade podemos

citar o ciclo PDCA, este é utilizado como uma ferramenta para controle e melhoria dos

processos.

Castro (2005, p.1) destaca que: “o ciclo PDCA é um método que visa controlar e conseguir resultados eficazes e confiáveis nas atividades de uma organização. É um eficiente modo de apresentar uma melhoria no processo. Padroniza as informações do controle da qualidade, evita erros lógicos nas análises, e torna as informações mais fáceis de entender. Pode também ser usado para facilitar a transição para o estilo de administração direcionada para melhoria continua”.

O método PDCA é utilizado pelas organizações para gerenciar os seus

processos internos de forma a garantir o alcance de metas estabelecidas, tomando as

informações como fator de direcionamento das decisões.

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O ciclo PDCA, de acordo com Silva (2002, p. 24) é constituído de 4 etapas:

• PLAN (Planejamento): no planejamento é definida a meta de interesse e

estabelecidos os meios (planos de ação) necessários para se atingir à

meta proposta.

• DO (Execução): para a execução dos planos de ação, as pessoas são

treinadas nesses planos. A seguir, os planos são implementados e são

coletados dados que possam fornecer informações sobre a obtenção da

meta.

• CHECK (Verificação): com o uso dos dados coletados na etapa de

Execução, é feita uma avaliação dos resultados obtidos em relação ao

alcance da meta.

• ACTION (Ação): Nesta etapa, a ação a ser realizada depende dos

resultados obtidos, avaliados na etapa de Verificação.

Em Aguiar (2002, p. 23) “o método PDCA de controle de processos ou sistemas

é apresentado na figura 01 a seguir e é utilizado as metas necessárias à sobrevivência

das empresas”.

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Figura 01: Ciclo de PDCA para melhorias. Fonte: adaptada Aguiar (2002, p. 23).

2.11.3 5W e 1H

Segundo Honda, Viveiro (1999, p. 60) “a construção de um fluxograma do

processo nos fornece uma visão da seqüência de ações e atividades envolvidas na sua

execução”. Essa representação da construção de um fluxograma do processo se dá

através de um quadro do 5W e 1H.

A seguir é dado um exemplo do tipo de perguntas ligadas à ferramenta dos 5W e

1H:

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Quadro 04. Checklist 5W 1H para o conhecimento do processo. Fonte: Adaptada Galvão, Mendonça (1996, p. 35).

PERGUNTA QUESTÕES

Who (Quem) Quem é o cliente / usuário / beneficiário do processo? Quem executa? Quem gerencia? Quem fornece? Quem participa das decisões?

What (Que/Qual) Quais são as entradas dos processos? Quais são as saídas? Quais são os indicadores? Quais são as metas? Quais são os recursos? Quais são os problemas? Quais são os Métodos / Tecnologias empregadas?

When (Quando) Quando é planejado o processo? Quando é executado? Quando é avaliado?

Where (Onde) Onde é planejado o processo? Onde é executado? Onde é avaliado?

Why (Por que) Por que / Para que esse processo existe?

How (Como) Como é planejado o processo? Como é executado? Como é avaliado? Como as informações são registradas e disseminadas? Como é avaliada a satisfação do cliente? Como está o desempenho do processo.

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3 CARACTERIZAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO

O presente capítulo abordará uma visão geral da empresa, sua história, seu

crescimento e desenvolvimento ao longo dos anos até sua situação atual. A Riomar

Cordas esta localizada da cidade de Itajaí, na Rodovia BR 101 – KM 118, nº 6601,

Bairro Salseiros, sendo o seu ramo de atividade a fabricação de artefatos e cordoaria.

3.1 Histórico da Empresa

Em 1950, o seleiro Mario Reis saiu da cidade de Blumenau, com a família, para

trabalhar na Fábrica de Cimento do Grupo Votorantin em Itajaí. Fixaram residência no

bairro Cordeiros, junto à Rodovia Jorge Lacerda.

O Sr. Mário Reis estava decidido em investir em um negócio próprio, foi

quando ele encontrou um amigo, em uma conversa ele descobriu que no mercado

nacional só existia fabrica de corda de Sisal, e ficou conhecendo que na região existem

muitos pescadores, onde viu uma oportunidade de abrir um negócio no segmento de

corda. O casal começou a pesquisar tudo sobre corda e qual seria as possibilidades

para esse empreendimento. Até 1830, o sisal, uma fibra que se obtêm de uma planta

tropical, o agave (Agave sisilana), veio a substituir o cânhamo nas aplicações náuticas:

ambas possuíam uma alta tenacidade e uma elasticidade entre 1,5% e 4 %, mas o sisal

reagia melhor à água salgada. O algodão, de sua parte, fornecia cordas melhores para

serem manuseadas, enquanto o sisal, mais econômico. Mas a verdadeira revolução se

deu nos anos 1900, com a introdução dos materiais sintéticos, derivados do petróleo ou

do carvão (polietileno, polipropileno, poliéster e náilon). Visto isso, em 1957 eles

decidiram vender suas duas vacas leiteiras e seus seis porcos para adquirir a primeira

máquina trançadeira de fazer cordas. A partir daí, e sem nenhuma experiência na

produção de cordas, nas horas de folga, ele, sua mulher e seus seis filhos, passaram a

produzir na própria residência, cordas de algodão, que eram comercializadas junto a

pescadores da região.

Em fevereiro de 1967, a empresa individual de Mario Reis, passa a denominar-

se “Mario Reis Ltda”, integrando novos sócios juntamente com o fundador, os sócios

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eram sua esposa Dona Francisca, seus filhos Mario Reis Filho e Mauricio Reis,

juntamente com Osvaldo Luiz de Souza e José Cidral Filho. Com um capital social de

R$ 70.000,00 (Setenta Mil Cruzeiros Novos) o Sr. Mario Reis tinha 65% do capital e o

restante das cotas de participação foi dividido para cada sócio. Ficava localizada à rua

Reinaldo Schimithausen, n° 209, onde permaneceu por algum tempo, em uma

construção com 1.000 metros quadrados. No ano de 1972, a Mario Reis Ltda, alterou

seu contrato social com a saída e entrada de novos sócios, já com 18 funcionários,

ampliou as suas instalações para 3.000 metros quadros, dando início à fabricação de

redes de pescas e esportivas. Essas redes eram fabricadas manualmente pelas

chamadas rendeiras, em sua maioria mulheres que muita das vezes trabalhavam nas

suas próprias casas. A empresa produzia os fios e os levava na casa de cada uma

delas e depois que as redes estavam trançadas, era feito, dentro da empresa, o

acabamento final, como corte, fitas, embalagens, etc. Eram fabricadas redes de

basquete, vôlei, proteção, futebol e afins. Em meados do ano de 1995, esse serviço foi

terceirizado para o Sr. Cláudio Martins. Atualmente a Riomar não oferece mais esse

produto ao mercado.

Em 1972, houve algumas alterações de sócios, onde seu filho mais velho,

Mario Reis Filho, descontente com sua participação na empresa, desfez a sociedade

com seu pai, caracterizando a entrada de novos sócios, Márcia Reis, Deodato J.

Camargo, Vicente Censi, Gentil Censi. A empresa Mario Reis Ltda se tornou um dos

mais importantes empreendimentos de Itajaí, despontando, a nível nacional, na

fabricação de cordas e redes esportivas.

No ano de 1978, o senhor Mário Reis, se desliga da empresa e passa a

gerencia para seu filho, Mauricio Reis. No ano seguinte em 01/07/1979 o Sr. Mario Reis

veio falecer, ocorrendo à transferência das quotas para seus filhos como herança. O Sr.

Mauricio Reis começou a comprar as cotas de seus irmãos e sócios. Então Sr. Mauricio

Reis, que já estava na gerência, assumiu o controle da empresa e investiu na tendência

de mercado, começou a investir em uma linha de produtos diversificados.

Em 1980 alterou a razão social para “M. Reis & Cia. Ltda”, tendo como nome fantasia e

marca registrada “RIOMAR CORDAS”. Em 1987 a organização se mudou para o atual

endereço: Br 101, km 118, bairro Salseiros, em uma área construída de 12.000 metros

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quadrados, com recursos próprios. Na Foto 1, é possível visualizar todo o parque fabril

da empresa atualmente.

Foto 1: Foto área da empresa. Fonte: Arquivo da empresa

Com o falecimento do Sr. Mauricio Reis em 07/07/1991, sua meeira, Sueli

Corrêa Reis, sub-roga os direitos e obrigações da parte da sociedade que lhe é cabível;

com 70% do capital social. Para ela foi uma grande transformação que teve em sua

vida, com muita coragem e garra, uma esposa dedicada de seu lar e seus filhos, teve

que assumir a empresa sem nenhum conhecimento e experiência em administração, o

pouco que sabia era o que seu marido contava em casa. Mais com vontade própria ela

começou buscar aprender e participar do funcionamento dos processos na empresa

adquiriu o conhecimento com os funcionários, sócios e o convívio com o meio dos

negócios. Quando em 1994 mais duas sócias vendem suas quotas para os sócios

remanescentes, Sueli Corrêa Reis e Deodato J. Camargo, ficando então só os dois

como sócios da empresa. Após este período Sra. Sueli Corrêa Reis, na gerência

começou a controlar e liderar toda a empresa, e o seu sócio não tendo mais nenhum

controle sobre a gerência, somente de cota social que era de 10%. Como atestado de

uma profunda mudança ocorrida, em maio de 1996, a Sra Sueli Correa Reis recebeu o

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título de a primeira mulher empresária do ano oferecida pela Associação Comercial

Industrial de Itajaí, uma premiação, e por suas atividades empresariais, em 1996, o

Prêmio Grandes Empresas de Santa Catarina, oferecido pelo Conselho Editorial do

Diário da Indústria & Comércio, referendado pela Federação das Indústrias de Santa

Catarina e pela Associação Comercial e Industrial de Itajaí. Em 1998, a Sra. Sueli

Corrêa Reis resolve contratar um consultor, este período se caracterizou por uma

profunda reestruturação na organização da empresa, a empresa que até então era

familiar, passou a se profissionalizar, onde ficou assessorada por quatro anos. Após

alguns conflitos administrativos com seu sócio, o mesmo se desligou da sociedade no

ano de 2002, vendendo sua cota de participação a Sra. Sueli Corrêa Reis, que

ingressou seus filhos como seus sócios, Sabrina Corrêa Reis, Rafaela Corrêa Reis e

Mauricio Reis Filho, estando até hoje na empresa como sócia majoritária.

Com o sucesso dessa mudança, transformou em uma indústria de cordas com

a mais completa e diversificada linha de produtos e fez a sua marca ficar ainda mais

forte no mercado nacional. A empresa opera atualmente com mais de mil máquinas

trançadeiras, uma equipe superior a 350 colaboradores, além de 40 representantes

espalhados pelo Brasil, cobrindo todos os estados do país. Entre os cuidados em seu

processamento, a Riomar fabrica o fio utilizado na confecção do seu produto cuidando

do meio ambiente da cidade, recupera o material expurgado ou aquele produto que não

passou pelo seu rigoroso controle de qualidade. Como filosofia de trabalho, busca a

excelência em tudo que faz, para continuar sempre atingindo o seu principal objetivo,

que é a satisfação de seus clientes em todo o território nacional.

3.1.1 Missão

A empresa tem como missão:

“Nosso compromisso é agregar valor aos nossos clientes, fornecendo produtos

e serviços da alta qualidade, com preços competitivos, visando desenvolver e fortalecer

toda a cadeia produtiva em que estamos inseridos”.

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3.1.2 Visão

A empresa tem como visão:

“Ser vista como uma empresa que busca a evolução contínua,

desenvolvimento de produtos modernos e inovadores, com excelência em todos os

processos produtivos e aprimoramento permanente nas relações com seus clientes”.

3.1.3 Valores da empresa

A empresa tem como valores:

� Demonstrar respeito pelos clientes, fornecedores, representantes e

colaboradores;

� O cliente deve estar sempre em primeiro lugar;

� Acreditar no trabalho em equipe para bem atender seus clientes;

� Valorizar a excelência individual e o trabalho em equipe para benefício da

Riomar;

� Dedicar-se a fornecer produtos e serviços de superior qualidade;

� Adotar padrões altamente éticos de conduta em seus negócios;

� Ser persistentes e determinados frente aos desafios.

3.1.4 A Marca da Empresa

A empresa definiu a sua marca como Riomar Cordas, demonstrada na Figura 2.

Como se pode verificar, a marca representa a união das palavras rio e mar,

considerando que a sua fundação se deu inicio às margens do Rio Itajaí Açu e

praticamente ao lado direito do Oceano Atlântico, além dos seus próprios objetivos, pois

um dos seus principais produtos estaria ligado à pesca.

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Figura 2: Logomarca da empresa Fonte: Arquivo da empresa

3.1.5 Selo de 45 anos da Empresa

A empresa Riomar Cordas completou em 2005, o quadragésimo quinto

aniversário, como homenagem foi criado um selo, ver figura 3, a partir desta data todas

notas fiscais, etiquetas das embalagens dos produtos expedidos pela empresa e as

correspondências possuem o selo em destaque.

Figura 3: Selo de aniversário Fonte: Arquivo da empresa

3.2 Estrutura Organizacional

Nesta seção se apresenta o organograma funcional da empresa, apresentado

na figura abaixo, demonstrando as distribuições operacionais e administrativas da

empresa.

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Gerente Geral

Gerente Controladoria

Gerente Comercial

Gerente de Produção

Encarregado

Extrusão

Encarregado Trançadeiras

Encarregado Manutenção

Encarregado Qualidade

PPCP

Coordenador Comercial

Coordenador RH

Técnico

Segurança

Coordenador Financeiro

Coordenador Expedição

Almoxarifado

Figura 4: Organograma Riomar Cordas Fonte: Arquivos da empresa

3.2.1 Produtos Desenvolvidos pela empresa

A empresa oferece a linha de polipropileno, material 100% virgem, com

tratamento para proteção de sol e chuva, pode ser encontrada nas versões torcida e

trançada, com uma variedade de bitolas, nas cores branca ou branca com detalhes em

vermelho, ver figuras 5; 6 e 7.

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Figura 5: Linha de Polipropileno Trançada em Metros. Fonte: Site www.riomarcordas.com.br

Figura 6: Linha de Polipropileno Torcida em quilogramas Fonte: Site www.riomarcordas.com.br

Figura 7: Linha de Polipropileno Trançada em quilogramas Fonte: Site www.riomarcordas.com.br

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A empresa produz a linha de poliéster, material 100% reciclado, pode ser

encontrada na versão trançada, nas cores branca, verde e preta, ver figura 8.

Figura 8: Linha de Poliéster Trançada Fonte: Site www.riomarcordas.com.br. A linha de polietileno terrestre é de material 50% virgem e 50% reciclada,

encontrada nas versões trançada e torcida, com variedade de bitolas conforme figura 9

e nas cores azul ou azul com branco, conforme figura 10.

Figura 9: Linha de Polietileno Terrestre Fonte: Site www.riomarcordas.com.br

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Figura 10: Linha de Polietileno Terrestre Fonte: Site www.riomarcordas.com.br

A linha de polietileno pesca é muito semelhante à linha terrestre a única

diferença é o material utilizado na produção, sendo 80% virgem e 20% reciclada,

também encontrada nas versões trançadas e torcidas com variedade de bitolas

conforme figura 11 e nas cores azul ou azul com branco, conforme figura 12.

Figura 11: Linha de Polietileno Pesca Fonte: Site www.riomarcordas.com.br

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Figura 12: Linha de Polietileno Pesca Fonte: Site www.riomarcordas.com.br

Hoje o carro chefe da empresa Riomar Cordas é a linha Tropical, o material é

polipropileno 100% virgem, também com tratamento para proteção de sol e chuva,

produzida na versão trançada conforme figura 13, com variedade de cores, conforme

figura 14.

Figura 13: Linha Tropical Fonte: Site www.riomarcordas.com.br

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Figura 14: Amostras de Cores Linha Tropical Fonte: Site www.riomarcordas.com.br

3.2.2 Processo Produtivo

As principais fontes de matérias-primas utilizadas pela empresa são materiais

sintéticos, derivados do petróleo (polietileno, polipropileno, poliéster reciclado).

Atualmente, a Riomar Cordas tem capacidade para produzir 400.000 toneladas / mês

de Cordas no geral.

A empresa tem uma diversificada linha de produtos, sendo que as cordas

Tropicais de Polipropileno, sendo vendidas para o atacado, varejo e posteriormente,

destinadas ao consumidor final, dos principais produtos da Riomar Cordas.

A empresa trabalha com dois tipos de encordoamento (cordas torcidas e cordas

trançadas), sendo:

Exemplos

Cordas torcidas, que é a construção clássica, é constituída de centenas de

filamentos, retorcidos entre si, que dão origem às 3 pernas que envolvem a

corda. As pernas, por sua vez, são torcidas umas as outras, em sentido

oposto ao da primeira operação, dando origem à corda propriamente dita, ver

figura 15:

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Figura 15: Modelo de Corda Torcida Fonte: Arquivo da empresa

• Cordas trançadas, por sua vez, os filamentos em vez de serem torcidos

entre si, vêm trançados uns aos outros e depois recobertos por uma capa,

geralmente em fibra sintética. A resistência da corda, neste caso, é devida

somente à sua parte interna (chamada alma), enquanto o revestimento

possui uma função de proteção, ou estética, ver figura 16.

Figura 16: Modelo de corda Trançada Fonte: Arquivo da empresa

A diferença entre os dois processos é que a corda torcida, apta à amarração e

ancoragem, é geralmente mais rígida, se desgasta menos, mantém os nós e pode ser

emendada a cabos de aço. A trançada, do seu lado, é mais macia e de melhor

manuseio, escorre e se amolda mais facilmente, mas pode esconder defeitos em sua

parte interna e, sobretudo, render ineficazes determinados nós, em vista de sua

superfície lisa.

Uma das maiores vantagens que a Riomar Cordas tem na produção e

comercialização de Cordas é o fato de a empresa ser flexível na linha de produção,

podendo atender seus clientes em diversos segmentos de cordas.

3.2.3 Matéria-Prima

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A Riomar Cordas tem a corda ideal para cada segmento de mercado, como:

pesca, agropecuária e transportes de cargas, que são 4 famílias de produtos, como

mostra abaixo:

� Corda PP: polipropileno � Corda PE: polietileno � Corda PER: polietileno recuperado � Corda PET: poliéster virgem ou reciclado

POLIPROPILENO (PP): derivado do petróleo, obtido através do propeno.

Possui excepcional resistência a ruptura por flexão ou fadiga, boa estabilidade e

resistência ao impacto.

POLIETILENO (PE): derivado do petróleo, obtido através do etileno. Possui

como características: maciez, flexibilidade, baixa permeabilidade a água e resistência à

tração.

POLIETILENO RECUPERADO (PER): obtido através do etileno recuperado,

bem como as cordas de PE com falhas de fabricação ou que não foram aprovadas pelo

gestor de qualidade. Possui como características: flexibilidade, pouca resistência.

POLIÉSTER (PET): derivado do petróleo, produzido a partir da reação de

diversos ácidos, tendo como base o ácido tereftálico. Tem como características:

resistência a fadiga, aos raios ultravioletas e ao atrito. Por sua grande resistência e

excelente compatibilidade com outras fibras, é um material importantíssimo na

composição de cordas estáticas e na capa de cordas dinâmicas. Nas cordas estáticas a

alma é também de poliéster trançado. Cordas compostas unicamente de poliéster não

exigem cuidados especiais e são bem agradáveis de trabalhar.

3.2.4 Fornecedores

O empresário precisa prestar atenção aos componentes de mercado, os

chamados 4 P’s, definido por Kotler (1998, p. 97) como o “conjunto de ferramentas que

a empresa usa para atingir seus objetivos de marketing no mercado-alvo”, que são

fundamentais para manter a empresa sempre em sintonia e atenta às mudanças mais

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significativas que possam ocorrer no mercado fornecedor. Por isso, se faz necessário

zelar e manter uma boa imagem perante seus fornecedores, promovendo um bom

relacionamento entre cliente e fornecedor.

É no mercado fornecedor que estão as empresas que oferecem equipamento, matérias-primas, matérias, embalagens etc. de que você necessita para produzir ou vender mercadorias ou prestar os serviços pretendidos. Mercado fornecedor é o conjunto de pessoas ou organizações que suprem a sua empresa de insumos e serviços necessários ao seu funcionamento (CHIAVENATO, 1995, p. 16)

Os fornecedores da empresa Riomar Cordas estão localizados na região sul,

ver figura 17, o que facilita o suprimento necessário para abastecer a capacidade

produtiva, optando sempre pela qualidade e eficiência, pelo gerente de produção

selecionado com critérios rigorosos.

Figura 17: Fornecedores de Matéria Prima Fonte: Elaborado pela estagiária

SPS - PR

CENSI - SC

BC TUBOS - SC

KYPEL - SC

PKM - SC

GRÁFICA W3 - SC

BRASKEM - RS

IPIRANGA - RS

FERKATA -RS

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A empresa BRASKEM situada na cidade de Triunfo, estado do Rio Grande do

Sul, fornece a matéria-prima Polipropileno e Polietileno, comprada em kilograma e em

forma granulada.

A empresa IPIRANGA situada na cidade de Canoas, estado do Rio Grande do

Sul, fornece a matéria-prima Polipropileno e Polietileno, comprada em kilograma e em

forma granulada.

A empresa FERKATA situada na cidade de Terra de Areia, estado do Rio

Grande do Sul, fornece a matéria-prima Poliéster, comprada em quilograma e em forma

de palhinha.

A empresa CENSI situada na cidade de Penha, estado de Santa Catarina,

fornece a matéria-prima Poliéster, comprada em quilograma e em forma palhinha.

A empresa BC TUBOS situada na cidade de Brusque, estado de Santa

Catarina, fornece o tubete de papelão, comprada em unidade.

A empresa KYPEL situada na cidade de Blumenau, estado de Santa Catarina,

fornece embalagem plástica, comprada em unidade.

A empresa PKM situada na cidade de Itajaí, estado de Santa Catarina, fornece

embalagem plástica, comprada em unidade.

A empresa GRÁFICA W3 situada na cidade de Itajaí, estado de Santa

Catarina, fornece etiqueta de papel, comprada em unidade.

3.3 Mercado

A empresa Riomar Cordas atende todo mercado nacional, e já vem trabalhando

a nível interno planos de expansão para o mercado Internacional. A linha de produtos

ofertada pela empresa é bastante diversificada e atingem todos consumidores das mais

diversas classes sociais.

A Riomar Cordas conhece como ninguém os hábitos de compra e de consumo

de seus clientes, que variam muito de região para região. Os consumidores em

potencial da Riomar Cordas estão localizados em todo o mercado Nacional, gerando

negócios com seriedades e competência.

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Segundo Kotler (1996, p. 88), “a segmentação do mercado é o reconhecimento

básico de que cada mercado é composto de segmentos distintos, consistindo em

compradores com diferentes necessidades, estilos de compra e respostas a variações

na oferta”.

3.3.1 Concorrência

A concorrência pode ser responsável pelo sucesso ou fracasso de qualquer

indústria. Por esta razão, é imprescindível ter conhecimento de seus concorrentes e

utilizar esse conhecimento como avaliação para empresa.

Segundo Kotler (1998, p. 212), “os concorrentes mais diretos de uma empresa

são aqueles que perseguem os mesmos mercados alvos e adotam estratégias

semelhantes”.

A Riomar Corda pode destacar como principais concorrentes às empresas

relacionadas no quadro 05:

Empresa Localização

Arteplas Itajaí/SC

Mazzaferro São Paulo/SP

Multicordas Salvador/BA

Firmesa São Paulo/SP

Roma Fios São Paulo/SP

Quadro 05: Principais Concorrentes Fonte: Arquivo da empresa

Após analisá-las, podemos observar que a empresa Riomar Cordas tem como

diferencial das suas concorrentes a qualidade e preço. Os concorrentes são de origem

nacional e tem boa reputação no mercado, com marcas conhecidas e produtos de

qualidade. Devido a grande concorrência existente, se faz necessário o aprimoramento

contínuo nos processos produtivos explorando ao máximo os pontos fracos de nossos

concorrentes.

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Para Kotler (2000, p. 215), é essencial para as empresas ter claramente quem

são seus concorrentes, quais são seus objetivos e estratégias, seus pontos fortes e

fracos, o tamanho de cada um e suas participações de mercado, que tendências

afetarão no futuro, a concorrência e a substituição de produtos.

3.4 Distribuição dos Produtos

A distribuição utilizada pela empresa é mista com transportes terceirizados e ou

próprios dos clientes.

Druker (apud ACKERMAN 2004, p. 189) explica que “terceirização significa que os grandes negócios, as agências governamentais, os grandes hospitais, as grandes universidades, não necessariamente são aqueles que empregam um grande número de pessoas. São aqueles que têm resultados substanciais... alcançados em grande parte porque eles mesmos só trabalham naquilo que estiver focado em sua missão; trabalham naquilo que está diretamente relacionado aos seus resultados; trabalham naquilo que eles reconhecem, valorizam e recompensam. O resto eles contratam de fora”.

Os transportes terceirizados estão distribuídos entre transportadoras que atende

uma determinada região geográfica, conforme quadro 6. A coleta é feita em horários

determinados para cada transportadora, como exemplo a Transportadora CDC Cargas

retira as mercadorias às 14 h para evitar congestionamento no parque da fábrica.

Transportadora Sede Área de Cobertura

CDC Cargas Itajaí/SC SC, SP.

Mann Transportes Blumenau/SC AL, AP, BA, CE, MA, PA, PB, PE, PI, RN, SE.

MTR Transportes Itajaí/SC RJ, RS, SC,

Rápido Transpaulo Blumenau/SC AC, DF, ES, GO, MG, MS, MT, RO, RR, TO.

Translovato Itajaí/SC PR, SP.

Transportadora Bertoline São Bento do Sul/SC AM,

Quadro 06: Transportadoras Terceirizadas. Fonte: Riomar Cordas

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4 RESULTADO E ANÁLISE DA PESQUISA

Nesta etapa do trabalho serão demonstrados de maneira descritiva e mais

coerente possível, os resultados e apontamentos apurados na pesquisa de campo,

depois de analisados de acordo com a metodologia aplicada.

4.1 Análise dos dados coletados

Para o levantamento dos dados foi utilizados um roteiro com 20 perguntas,

abertas e fechadas, aplicado através de um questionário.

As perguntas foram elaboradas para identificar as condições atuais da seção

de expedição da empresa.

Entrevistados – Foram entrevistados 15 colaboradores da seção.

Conceitos – O questionário é fechado, apenas uma pergunta aberta. Através

dos gráficos e quadros a seguir, encontram-se os resultados obtidos com a aplicação

do questionário:

1.0 Grau de Instrução

Situação Nível

Completo Incompleto

Ensino Fundamental - 1 Ensino Médio 10 1 Graduação - 3

Quadro 07: Grau de Instrução Fonte: Pesquisa de Campo

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66

Grau de Instrução Completo

0%

100%

0%

Ensino Fundamental

Ensino Médio

Graduação

Gráfico 1: Grau de Instrução Fonte: Pesquisa de Campo

Analisando o gráfico 1, percebe-se que a empresa incentiva à busca

permanente da qualificação profissional de seus colaboradores. Cada vez mais, a

empresa está buscando pessoas qualificadas, possibilitando assim um nível de

qualidade do trabalho.

1.1Tempo de Trabalho

Funcionários Anos

Nº de funcionários.

0 a 3 10 3 a 6 2 6 a 9 1 9 a 12 1 12 a 15 - 15 a 18 1

Quadro 08: Tempo de trabalho Fonte: Pesquisa de Campo

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67

Tempo de Trabalho

66%13%

7%7%0% 7%

0 a 3 anos

3 a 6 anos

6 a 9 anos

9 a 12 anos

12 a 15 anos

15 a 18 anos

Gráfico 2: Tempo de Trabalho Fonte: Pesquisa de Campo

O gráfico 2 mostra que a empresa deposita em seus funcionários uma

confiança que faz com que eles se sintam à vontade no trabalho, pois grande parte dos

seus colaboradores possui mais de 3 anos de casa e os que estão entrando já

possuem uma segurança em relação a isso.

2.1 Nível de satisfação

Itens Situação

ótim

a

boa

Satis

fató

rio

regula

r

Ruim

Quanto a Satisfação 2 8 3 2 -

Quadro 09: Nível de satisfação Fonte: Pesquisa de Campo

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Satisfação em relação a RIOMAR CORDAS

14%

58%

14%

14% 0% ótima

boa

Satisf.

regular

Ruim

Gráfico 03: Nível de satisfação

Fonte: Pesquisa de Campo

O gráfico 3 demonstra que os colaboradores estão satisfeitos com que a

empresa tem oferecido, apesar de alguns acharem que ela possa oferecer ainda mais.

A satisfação do colaborador é essencial para o bom desempenho de suas funções.

2.2/2.3/2.4 Integração no ambiente de trabalho

Questões Sempre Muitas vezes

Algumas vezes

Raras Vezes

Nunca Em Branco

Suas opiniões são aceitas

2 2 8 3 - -

Comunicação interna 3 1 4 4 2 1 Colaboração ocorre espontaneamente

11 2 2 - - -

Quadro 10: Integração no ambiente de trabalho Fonte: Pesquisa de Campo

Através da questão 2.2 que trata da aceitação das opiniões dos colaboradores

pelas chefias imediatas, demonstra certo descontentamento, sendo que a maioria

respondeu que somente algumas vezes suas opiniões são aceitas, na questão 2.3 que

trata da comunicação utilizada pela chefia ao passar as atividades aos colaboradores,

percebemos que a maioria respondeu que a comunicação utilizada gera certa

insatisfação ou tensão, já na questão 2.4 percebe-se que existe colaboração entre os

colaboradores da seção, fator fundamental para o desempenho das funções.

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2.5 Treinamentos Internos

Questões Quantidade

Não promove 3 Promove somente cursos obrigatórios (CIPA) 4 Promove treinamento na admissão 4 Promove cursos e treinamentos mediante necessidade

3

Em branco 1 Quadro 11: Treinamentos internos Fonte: Pesquisa de Campo

Verifica-se com os resultados apurados no quadro 11, que os colaboradores

estão descontentes com o requisito treinamento, pois são promovidos cursos no

momento da admissão e os obrigatórios como CIPA, o resultado deixa clara a

insatisfação pela falta de cursos técnicos na área.

2.6 No seu trabalho você tem liberdade para:

Questões Quantidade

Decidir quando e como realizar as tarefas

2

Tem que cumprir o padrão 10 Pode fazer modificações 1 Pode sugerir mudanças 2

Quadro 12: Liberdade Interna Fonte: Pesquisa de Campo

A empresa segue arrisca seus procedimentos internos, abrindo pouco espaço

para o colaborador expor suas idéias e opiniões, pode-se perceber através o resultado

demonstrado no quadro acima.

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2.7/2.9/2.16/2.17 Qualidade física do ambiente

Questões

ótim

a

boa

Sat

isfa

tório

regul

ar

Rui

m

Quanto à localização dos produtos - 4 7 4 - O espaço físico é adequado - 1 4 7 3 A iluminação é adequada 3 2 4 6 - A ventilação é adequada - - 1 5 9

Quadro 13: Qualidade física Fonte: Pesquisa de Campo

Uma das preocupações ao levantar os dados para elaboração do trabalho, foi

conhecer o ambiente onde está sendo desenvolvido o estágio, para tanto, uma das

opções para obter essas informações era buscar através dos colaboradores locados

naquele ambiente algumas opiniões. O questionário foi uma ferramenta importante,

como podemos ver: através das questões 2.7, que tratou da Localização dos Produtos,

a maioria responderam que é satisfatória, os demais ficaram divididos entre boa e ruim,

quanto ao Espaço Físico, a maioria respondeu que o espaço físico é regular, já na

questão sobre a iluminação responderam que é regular e ruim sobre a ventilação do

ambiente.

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2.8/2.10/2.11/2.12/2.13/2.14 Conhecimento Interno

Questões

Sim Quase Todos

Todos Pouco nenhum Em Branco

Você conhece todos os produtos

8 7 - - - -

A equipe é identificada (crachá/uniforme)

4 2 1 4 3 1

Os produtos recebidos da fábrica são conferidos

11 1 2 1 - -

Existem pequenos itens ocupando espaço

5 - - 9 1 -

Existem itens grandes ocupando espaço

4 - - 8 3 -

Existe algum procedimento para armazenamento (ordem alfabética, etc)

12 1 - - 2 -

Quadro 14: Conhecimento interno Fonte: Pesquisa de Campo

Pelo quadro 14, em relação à questão 2.8 que busca saber qual o nível de

conhecimento dos produtos, os colaboradores demonstram conhecimento dos mesmos,

na questão 2.10 as respostas foram dividas em relação à identificação interna dos

colaboradores, a questão 2.11 identifica que os produtos recebidos da fábrica são

devidamente conferidos antes de entrar no setor, tanto na questão 2.12 e 2.13 que

buscam verificar a existência de itens de pequeno e grande porte ocupando espaço na

seção, as respostas foram unânimes, poucos estão em espaços que poderiam ser

utilizados para outros fins, já na 2.14 os colaboradores responderam que existe dentro

da seção algum procedimento de armazenagem dos produtos.

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2.15 O ambiente de expedição é mantido limpo

Questões

Nº de funcionários.

Sim 9 Quase Sempre 6 Raramente 0 Sempre 0 não 0

Quadro 15: Ambiente limpo Fonte: Pesquisa de Campo

O ambiente é mantido limpo

60%

40%

0%0%0% Sim

Quase Sempre

Raramente

Sempre

não

Gráfico 4: Ambiente limpo Fonte: Pesquisa de Campo

De acordo com o gráfico 5, os colaboradores da Riomar Cordas estão

conscientizados de que a organização e a limpeza são pontos fundamentais para o

bom andamento de seus trabalhos. A conscientização diária faz parte do dia a dia dos

mesmos.

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2.18 A movimentação de estoque entrada/saída é fechada diariamente

Questões

Nº de funcionários

Sempre 13 Quase sempre 2 Às vezes 0 Nunca 0

Quadro 16: Movimentação do estoque Fonte: Pesquisa de Campo

Movimentação de estoque

87%

13% 0%0%Sempre

Quase sempre

As vezes

Nunca

Gráfico 5: Movimentação do estoque Fonte: Pesquisa de Campo

Na questão 2.18 verifica-se que o serviço aos quais os funcionários estão

envolvidos é finalizado diariamente, conforme os padrões exigidos pela empresa. O

benefício dessa conscientização do trabalho feito é a atualização constante do estoque.

2.19. Caso você fosse o responsável pela Seção de Expedição da Riomar

Cordas, e fosse designado a tarefa de propor mudanças na Seção, o que você iria

propor.

Na questão 2.19, foi aberta a discussão para propor idéias caso o colaborador

fosse o responsável pela sessão de expedição e assim os participantes levantaram os

seguintes pontos: aumento de espaço, organização e uma melhor distribuição na

armazenagem dos produtos, ventiladores, banheiro no local, uma melhora na

comunicação interna, uniforme e principalmente que as sugestões saiam do papel.

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5 Estrutura Atual e Proposta da Seção de Expedição

Nesta etapa do trabalho constará o layout e o fluxograma atual como layout e o

fluxograma proposto da empresa.

5.1 Layout atual

A seguir serão demonstradas através de comentários e de fotos, as etapas de

como são realizadas as atividades ligadas diretas ou indiretamente na seção; (as fotos

deverão ser vistas no Anexo B).

01. Galpão PP: movimentação dos produtos ocorre através de carros de quatro

rodas, puxado a mão, que se movimenta a uma distância de 10 metros até o

elevador que fica ao lado do Galpão PET, impossibilitando a movimentação

desses produtos em dias de chuvas. Foto 2.

02. O produto em seguida é encaminhado para o empacotamento, onde o rolo de

corda é transportado através de esteira e ao final do processo é embalado a

vácuo. Foto 3.

03. O produto é pesado e etiquetado é transportado para estoque. Foto 4.

04. Os estoques desses produtos ocorrem dentro da expedição, onde são

armazenados em ordem não seqüencial. Foto 5.

05. A maneira de que é feito o armazenamento desses produtos na expedição,

ocasiona diminuição do espaço físico.

06. Através do recebimento do espelho do pedido pela seção, é feita a separação

dos produtos por cliente, conforme Anexo B.

07. Após a separação dos produtos, é feita a baixa no estoque pelo scaner, através

do código de barra individualmente por produto. Foto 6.

08. Em seguida é feita a embalagem em saco de ráfia ou caixa de papelão. Foto 7.

09. A nota fiscal é emitida no momento do embarque dos produtos nos caminhões.

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Figura 18: Layout Atual Fonte: Elaborado pela estagiária

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5.2 Fluxograma Atual de movimentação de produtos:

Fluxo Atividade

A corda pronta sai do Galpão PP, sobe pela rampa ou elevador e segue para o Galpão PET, onde é passado pela esteira que vai empacotar o produto, é pesado e coloca-se a etiqueta no mesmo. O produto segue para estoque. A separação do produto se dá através do pedido do cliente, sendo scanneado cada etiqueta para dar baixa no estoque. O Pedido é embalado e fica no aguardo para faturamento. A transportadora faz a coleta do material e este segue ao destinatário.

Galpão PP

Elevador/Rampa

Galpão PET

Empacotadora

Balança

Etiqueta

Estoque

Scaner/Baixa Estoque

Embalagem

Faturamento

Coleta

Saída

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5.3 Layout proposto para a nova reestruturação da seção de

expedição

Considerando os objetivos específicos propostos por este trabalho, a seguir a

estagiária apresenta o plano proposto para a reestruturação do layout da seção de

expedição da Riomar Cordas:

01. Entre os Galpões PP e PET, sugerir a colocação de cobertura para

possibilitar a movimentação do transporte dos produtos;

02. Reestruturar o ambiente de armazenagem de cordas PE, que estão na

entrada do galpão PET para o porão.

03. O espaço das cordas PE acima será instalado as células de empacotamento,

balança e etiqueta.

04. As entradas dos produtos no Galpão PET deverão acontecer numa

seqüência lógica de procedimentos:

04.1. Empacotamento

04.2. Balança

04.3. Etiqueta

05. Na entrada da seção de expedição, os produtos seriam armazenados em

ordem, especificando a identificação do produto, dentro de cada identificação

seguiria uma ordem crescente por bitola, sendo armazenados em paletes.

06. Os produtos armazenados serão identificados através de visores

especificando o código do mesmo.

07. Com o processo de armazenamento em paletes, a seção de expedição

ganharia mais espaço físico, podendo armazenar um maior número de

produtos.

08. A separação dos produtos para a seção de expedição será feita conforme

liberação pelo financeiro.

09. Os produtos seriam embalados e colocados próximos à porta de embarque.

10. A baixa no estoque de produtos se dará após o faturamento do mesmo,

através do sistema e após emissão da nota fiscal.

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11. Excluir o controle do scanner.

12. Ventilação, colocação de ventiladores de teto.

13. Iluminação, conforme questão nº 2.16 do questionário observa-se a

necessidade de melhoria.

14. Pinturas nas paredes laterais, tornando um ambiente mais claro.

15. Melhorar a comunicação interna.

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Figura 19: Layout Proposto Fonte: Elaborado pela estagiária

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Figura 20: Modelo de estante proposto Fonte: Elaborado pela estagiária

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5.4 Fluxograma Proposto de movimentação de produtos:

Fluxo Atividade

A corda pronta sai do Galpão PP, sobe pela rampa ou elevador e segue para o Galpão PET, onde é passado pela esteira que vai empacotar o produto, é pesado e coloca-se a etiqueta no mesmo, no modelo de layout proposto. O produto segue para estoque. A separação do produto se dá através do pedido do cliente. O Pedido é embalado e fica no aguardo para faturamento. Após o faturamento, através da nota fiscal se dará a baixa do estoque. A transportadora faz a coleta do material e este segue ao destinatário.

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Galpão PP

Elevador/Rampa

Galpão PET

Empacotadora

Balança

Etiqueta

Estoque

Embalagem

Faturamento

Coleta

Saída

Baixa do estoque

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Para a estagiária foi possível perceber como os membros da empresa que

participaram da pesquisa tinham interesse em demonstrar os seus conhecimentos e as

práticas executadas dentro da seção de expedição, permitindo que os elementos

colhidos nas entrevistas realmente contribuíssem para os objetivos da pesquisa. As

atividades do trabalho se dividiram em três grandes momentos: a pesquisa bibliográfica

e documental, a coleta de dados feita dentro do próprio departamento da Riomar

Cordas. Outro aspecto apoiador do trabalho foi o interesse demonstrado pelo gerente

da seção de expedição em ajudar na coleta dos dados.

O resultado da pesquisa demonstrou que entre os maiores pontos que os

colaboradores destacaram para a melhoria contínua do setor foi: o cuidado com o

ambiente físico específico de operação; a organização interna dos produtos. Ficando

assim claro que o setor precisa ser reestruturado.

Se puder ser escolhida uma palavra chave para este momento da empresa

esta seria adequação, a partir dos conhecimentos adquiridos através da realização

deste trabalho, pois os benefícios do bem montado os resultados serão muitos.

Quanto ao estágio, não há o que discutir sobre a importância que ele tem para

o acadêmico de administração. Os 4 anos em sala de aula com constante

aprendizagem entre professores e alunos, trocando informações sobre teorias e

situações de empresas e, depois disso, poder realizar um estudo técnico, que lhe dá

oportunidades de utilizar na prática, os conhecimentos que adquiriu durante o curso,

constitui algo significativo.

De uma forma geral, foi muito gratificante aprender e desenvolver este

trabalho, visto que o Trabalho de Conclusão de Estagio (TCE) é uma excelente

oportunidade para o acadêmico se envolver em um projeto com reais perspectivas de

se tornar consistente e, ainda, uma oportunidade para os colaboradores e para a

empresa, terem conhecimento de um método de trabalho que pode trazer grandes

benefícios. A estagiária nutre sinceras esperanças de que o seu estudo seja

implementado e que as suas sugestões sejam acatadas.

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REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

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GLOSSÁRIO

Agave: Família de plantas da ordem Asparagales que inclui 637 espécies distribuídas

em 24 gêneros.

APEC: Asia-Pacific Economic Cooperation, bloco que engloba economias asiáticas,

americanas e da Oceania.

Bitola: Medida reguladora, grossura de um cabo.

CIPA: Comissão Interna de Prevenção de Acidentes.

Encordoamento: Disposição dos fios ou de grupos de fios que formam um cabo.

Filamento: Fio de diâmetro muito pequeno

Fluxograma: Representação esquemática de um processo, muitas vezes feita através

de gráficos.

ISO: Entidade que aglomera os grémios de padronização/normalização de 158 países,

a ISO aprova normas internacionais em todos os campos técnicos, exceto na

eletricidade e eletrônica, cuja responsabilidade é da International Electrotechnical

Commission (IEC).

Just – In – Time: Sistema de Administração da produção que determina que nada deva

ser produzido, transportado ou comprado antes da hora exata. Pode ser aplicado em

qualquer organização, para reduzir estoques e os custos decorrentes.

Layout: Esboço mostrando a distribuição física, tamanhos e pesos de elementos como

texto, gráficos ou figuras num determinado espaço.

NAFTA: North American Free Trade Agreement ou NAFTA é um tratado envolvendo

Canadá, México e Estados Unidos da América numa atmosfera de livre comércio, com

custo reduzido para troca de mercadorias entre os três países.

Náilon: Fibra têxtil sintética.

Pacto Andino: Bloco econômico sul-americano formado pela Bolívia, Colômbia,

Equador e Peru.

PDCA: Ciclo de gerenciamento com quatro etapas: planejar (Plan), executar (Do),

verificar (Check), atuar (Act), concebido por Shewhart e Deming, popularizou-se com a

gestão de qualidade total.

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Poliéster: Tipo de plástico com diversas aplicações industriais.

Polietileno: Termoplástico derivado do eteno, cuja maior aplicação encontra-se nas

embalagens.

Polipropileno: Polímero ou plástico derivado do propeno ou propileno, cujas aplicações

encontram-se nos brinquedos, copos plásticos, cordas, etc.

QS 9000: Tem como objetivo garantir a qualidade mais alta possível com o menor

aumento de custos que não agregam valor do produto. A norma QS 9000 é uma

interpretação da ISSO 9000 para o setor automotivo, a certificação QS 9000 é

concedida aos fornecedores das montadoras.

Sisal: Planta utilizada para fins comerciais, utilizado na produção de estofados; pasta

para indústria de celulose; produção de tequila; tapetes decorativos; remédios.

TQS: TQM pelas siglas em inglês, estratégia de administração orientada a criar

consciência de qualidade em todos os processos organizacionais.

5 S: Metodologia utilizada para melhorar a organização dos ambientes de trabalho.

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APÊNDICE

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APÊNDICE A – Questionário

1. Dados Pessoais:

Sexo: ( ) masculino ( ) feminino

Grau de instrução:

( ) Ensino Fundamental completo ( ) Ensino Fundamental incompleto

( ) Ensino Médio completo ( ) Ensino Médio incompleto

( ) Graduação completo ( ) Graduação incompleto

Tempo de Trabalho na empresa Riomar Cordas:___________________

2. Dados Laborais:

2.1. Qual a sua satisfação em trabalhar na RIOMAR CORDAS?

( ) ruim

( ) regular

( ) satisfatória

( ) boa

( ) ótima

2.2. Seu chefe imediato se interessa em conhecer suas opiniões e suas idéias?

( ) sempre

( ) muitas vezes

( ) algumas vezes

( ) raras vezes

( ) nunca

2.3. O modo como o chefe comunica o serviço a ser feito gera tensão e insatisfação?

( ) sempre

( ) muitas vezes

( ) algumas vezes

( ) raras vezes

( ) nunca

2.4. Você colabora espontaneamente com seus colegas de trabalho?

( ) sempre

( ) muitas vezes

( ) algumas vezes

( ) raras vezes

( ) nunca

2.5. A Empresa promove cursos e treinamentos aos empregados?

( ) não promove

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( ) promove somente cursos obrigatórios de Saúde e Segurança no Trabalho

( ) promove treinamentos rápidos quando da admissão

( ) promove cursos e treinamentos a partir das necessidades dos empregados

2.6. No seu trabalho você tem liberdade para:

( ) decidir quando e como realizar as tarefas

( ) tem que cumprir exatamente um padrão já estabelecido

( ) pode fazer pequenas modificações, sem autorização do superior

( ) pode sugerir mudanças no trabalho, mas tem que passar pela aprovação do

superior.

2.7. Quanto à localização dos produtos para sua visualização na hora da escolha:

( ) ruim

( ) regular

( ) normal

( ) bom

( ) ótimo

2.8. Você conhece todos os produtos expedidos pela empresa Riomar Cordas?

( ) sim

( ) quase todos

( ) todos

( ) pouco

( ) nenhum

2.9. O espaço físico destinado à área de expedição é adequado?

( ) ruim

( ) regular

( ) normal

( ) bom

( ) ótimo

2.10. A equipe de trabalho da área de expedição está devidamente identificada

(crachá/uniforme)?

( ) sim

( ) quase todos

( ) todos

( ) pouco

( ) nenhum

2.11. Os produtos recebidos da fábrica são devidamente conferidos?

( ) sim

( ) quase todos

( ) todos

( ) pouco

( ) nenhum

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2.12. Existe pequenos itens ocupando espaço na área de expedição?

( ) sim

( ) quase todos

( ) todos

( ) pouco

( ) nenhum

2.13. Existem itens de grande porte, armazenado na expedição ocupando espaço?

( ) sim

( ) quase todos

( ) todos

( ) pouco

( ) nenhum

2.14. Existe algum procedimento para o armazenamento (ordem alfabética, código de produto ou

endereçamento)?

( ) sim

( ) quase todos

( ) todos

( ) pouco

( ) nenhum

2.15. O ambiente de expedição é mantido limpo?

( ) sim

( ) quase sempre

( ) raramente

( ) sempre

( ) não

2.16. A iluminação existente está em quantidade suficiente ao bom desempenho de suas funções?

( ) ruim

( ) regular

( ) satisfatório

( ) bom

( ) ótimo

2.17. A ventilação no local está adequada?

( ) ruim

( ) regular

( ) satisfatório

( ) bom

( ) ótimo

2.18. A movimentação de estoque (entrada/saída) é fechada diariamente?

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( ) sempre

( ) quase sempre

( ) às vezes

( ) nunca

2.19. Caso você fosse o responsável pela Seção de Expedição da Riomar Cordas, e fosse

designado a tarefa de propor mudanças na Seção, o que você iria propor:

______________________________________________________________________________

______________________________________________________________________________

______________________________________________________________________________

______________________________________________________________________________

______________________________________________________________________________

______________________________________________________________________________

______________________________________________________________________________

______________________________________________________________________________

______________________________________________________________________________

_________.

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ANEXOS

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Anexo B: Fotos da Seção de Expedição

Foto 2: Galpão PP e Galpão PET Fonte: Arquivo da empresa

Foto 3: Empacotadora Fonte: Arquivo da empresa

Galpão PP Galpão

PET

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Foto 4: Balança Fonte: Arquivo da empresa

Foto 5: Estoque Fonte: Arquivo da empresa

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Foto 6: Scanner Fonte: Arquivo da empresa

Foto 7: Produto embalado Fonte: Arquivo da empresa

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Anexo B – Espelho do Pedido

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DECLARAÇÃO

A empresa M. REIS & CIA LTDA – RIOMAR CORDAS, declara, para os devidos

fins, que a estagiária SHAIANE HELLMANN, aluna do curso de Administração do

Centro de Educação Superior de Ciências Sociais Aplicadas – CESCIESA/Gestão da

Universidade do Vale do Itajaí - UNIVALI, cumpriu com a carga horária prevista para o

período de 01/04/07 a 30/10/07, seguiu o cronograma de trabalho estipulado no projeto

de Estágio e respeitou nossas normas internas.

Itajaí, 19 de Dezembro de 2007.

_______________________________________ Sabrina Corrêa Reis

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ASSINATURA DOS RESPONSÁVEIS

Shaiane Hellmann

Estagiária

Max Anderson Tapanotti

Supervisor de campo

Prof. Pedro Francisco Bettoni

Supervisor de estágio

Prof. Eduardo Krieger da Silva

Responsável pelo estágio Administração