ELABORAC;AO DE UM PROTOCOLO DE TRATAMENTO...

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TATIANA TORRES VON GOEDERT ELABORAC;AO DE UM PROTOCOLO DE TRATAMENTO PARA PREVENC;Ao DA LER, EM TRABALHADORES DAS INDUSTRIAS DE CONFECC;OES Monografia apresentada como requisito parcial a obtenc;ao do grau de Especialista em Fisioterapia. Curso de Fisioterapia Aplicada a Orto- Traumatologia e desportiva, Setor de Cil~ncias da Saude da Universidade Tuiuti do Parana. Orientadora: Maria de Fatima Sipoli CURITIBA 2000

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TATIANA TORRES VON GOEDERT

ELABORAC;AO DE UM PROTOCOLO DE TRATAMENTO

PARA PREVENC;Ao DA LER, EM TRABALHADORES DAS

INDUSTRIAS DE CONFECC;OES

Monografia apresentada como requisito parcial a

obtenc;ao do grau de Especialista em

Fisioterapia. Curso de Fisioterapia Aplicada a

Orto- Traumatologia e desportiva, Setor de

Cil~ncias da Saude da Universidade Tuiuti do

Parana.

Orientadora: Maria de Fatima Sipoli

CURITIBA

2000

Sumario

INTRODUCAo ...

1. EMBASAMENTO TEORICO ...

1.1 A PATOLOGIA DO TRABALHO NO BRASIL ..

1.2 DEFINICAo ..

1.3 FATORES DE RISCO.

1.4 FISIOPATOLOGIA ..

1.5 QUADRO CLiNICO ..

. 1

. 2

. 3

. 6

. 6

. 9

. 11

1.6 PRINCIPAlS SiNDROMES CLiNICAS 12

1.6.1 TENOSSINOVITES ..

1.6.2 DEDO EM GATILHO .

..........12

. 13

1.6.3 TENOSSINOVITE DOS EXTENSORES DOS DEDOS E DO

CARPO.... . 14

1.6.4 TENOSSINOVITE DE QUERVAIN .. . 14

1.6.5 EPICONDILITE LATERAL 14

1.6.6 EPICONDILITE MEDIAL.. . 14

1.6.7 TENDINITE DO BICIPTAL.. . 15

1.6.8 TENDINITE DO SUPRA-ESPINHOSO.. 15

1.6.9 CISTOS SINOVIAIS.. . 15

1.6.10 SiNDROME DO TUNEL DO CARPO. . 15

1.6.11 SiNDROME DO TUNEL DE GYUON 16

1.6.12SiNDROME DO PRONADOR REDONDO.. ..16

1.6.13 SiNDROME DO DESFILADEIRO TORAclCO 16

1.6.14 SiNDROME DA DOR MIOFASCIAL.. . 16

1.6.15 BURSITE ..

1.6.16CERVICALGIA ...

.. 16

. 17

1.6.17 DISTROFIA SIMPATICO REFLEXA 17

1.6.18 CONTRATURA OU MOLESTIA DE DUPUYTREN 17

1.6.19SiNDROME DA TENSAo NO PESCOC;O.

1.6.20 CERVICOBRAQUIALGIA ..

. 17

.. 18

1.7 PRINCIPAlS FORMAS DE TRATAMENTO 18

1.7.1 TRATAMENTO FARMACOLOGICO. .. 18

1.7.2 TRATAMENTO FISIOTERApICO.. .. 19

1.7.3 TRATAMENTO CIRURGICO . 20

2.

1.8 GINASTICA LABORAL ..

MATERIAL E METODO ..

.. 20

.. 22

2.1 FISIOTERAPIA PREVENTIVA COM A ELABORAC;AO DA GINATICA

LABORAL... .. .23

3.

2.2 GINASTICA LABORAL I EXERCiclOS PROPOSTOS ..

APRESENTAC;Ao DOS DADOS ..

. 23

. 26

.. 34

. 35

4. INTERPRETAC;AO DOS DAD OS .

CONCLUsAo ....

ANEXOS ..

REFERENCIA BIBLIOGRAFICA ..

. 36

.. 117

INTRODUQAO

A terminologia DORT (Disturbios Osteomusculares Relacionados ao

Trabalho)ou LER (Les6espor Esfor~osRepetitivos),como e mais conhecida no

Brasil, e comumente utilizada para definir algumas patologias que acometem

principal mente, as membros superiores, tronce e pescoc;o dos trabalhadores.

Sup6em-se que essas afecc;6es sejam decorrentes do usa automatizado

e/ou forc;:ado de certos grupos museu lares, aliados ou nao a manutentyao de uma

postura incorreta.

Atualmente, acredita-se que toda e qualquer fun,ao, esta sujeita a tal

patologia. Per issa, a preocupa~o com a parte preventiva e ergonomica do

ambiente de trabalho se fundamenta, alem do conforto, tambem com a

produtividade, rendimentos e 0 bem-estar social, ali ados a qualidade de vida.

A Fisioterapia objetiva, com relac;ao a LER, a prevenC;8o atraves de uma

orientac;ao correta, a ergonomia, a reabilitac;ao e a introduyEio da Ginastica Laboral

no ambientede trabalho, visto que a LER e muito dificil de ser diagnosticadano

inicio.

1- EMBASAMENTO TEORICO

Estudos feitos par grandes historiadores da medicina, como Henry Sigerist

e George Rosen detectaram alguma referencia sabre a associa98o entre 0

trabalho e a saude - doeng8 em papiros egfpcios e mais tarde, no mundo greco-

romano.

Na Idade Media pouco S8 sabs da relag80 trabalho - doeng8, mas no

SE3cUloXVI, observou-se os problemas de saude relacionados com a atividade

extrativa mineral, pais a importancia das nagoes era proporcional a quanti dade de

metais preciosos extraidos.

Em 1.700, em Modena - Italia, saiu a primeira edic;ao de "De Morbis

Artificum Diatriba-" As Doengas dos Trabalhadores - escrito pelo medico

Bernardino Ramazzini ( 1633 - 1714), que relatou os efeitos do uso diario das

maDS pelos escribas e notarios como uma "Iassidao de todo 0 bragG e uma

completa paralisia do bra", direito"

A Revolugiio Industrial na Europa - principalmente Inglaterra, Franga e

Alemanha, teve varios impactos, entre eles: a admissao de mulheres e crianc;:as,

devido a seus salarios serem menores. No ana de 1802, comec;:ou a primeira

medida preventiva contra as doenc;:as dos trabalhadores, com a criac;:ao de

jornadas de trabalho, uma idade minima permitida e em algumas fabricas, ate a

admissao de urn medico.

No final da primeira metade do seculo XIX, Tanguerel des Planches (1809

- 1862), publicou "Patologias do trabalho" (que se tornou um classico). Sua

contribuiC;80 correu a mundo e logo chegou a Bahia, tornando-se citaC;80

obrigat6ria dos estudiosos do saturnismo, naquele estado.

Constatou-se que em 1818, Velpeau denominou a infiamagao da bainha

tendinea decorrente de movimentos repetitivos, como tenossinovite traumatica em

carpinteiros, embaladores de fume e cha, e agricultores. Em 1891, Fritz De

Quervain, descreveu uma doenc;a como entorse das lavadeiras, ao detectar lesao

dos tend5es: adutor longo e extensor curto do polegar em mulheres que lavavam

roupas, hoje conhecida como Sindrome de Quervain.

1.1 A PATOLOGIA DO TRABALHO NO BRASIL

Num Pais, onde por tres seculos os servic;os eram realizados por escravos,

apenas a pouco tempo a medicina tern se preocupado com estas patologias.

Algumas mudanc;as comec;aram a ocorrer no perfodo republicano e na

primeira metade do seculo XX, como por exemplo:

A primeira Lei sobre acidentes de Trabalho (decreto legislativo nO3724,

15 de janeiro de 1919), conseguida pelos trabalhadores depois de muita

luta pelos seus direitos.

A nomeaC;80 pelo Ministerio do Trabalho em 1934, dos primeiros

inspetores-medicos do trabalho, para a inspegao da higiene e dos

acidentes e doengas do trabalho.

A agao dos trabalhadores foi fundamental para 0 reconhecimento da LER

pela Previdencia Social, au seja, da tenossinovite como doenc;a de trabalho. A

Associagao dos Profissionais em Empresas de Processamento de Dados do Rio

Grande do Sui (APPD-RS), apas a abordagem feita por um membro da Comissao

Inlerna de Prevenyiio de Acidentes (CIPA), do Centro de Processamento de

Dadas do Banco do Brasil, comec;ou urn movimento nacional para relacionar a

doen9a dos membros superiores dos digitadores ao trabalho.

Todo esle Irabalho, resultou na publica9ao da portaria n.o 4.062, de 06 de

agosto de 1987, assinada pelo Ministro Raphael de Almeida Magalhaes,

considerando a tenossinovite como doen<;a do trabalhador. A porta ria 3.751, de 23

de novembro de 1990, que modifica a anterior Norma Regulamentadora nO 17 (NR

17), introduziu varies itens no sentido de melhorias, tambem fruto do movimento

dos trabalhadores em processamento de dados.

Em 1993, 0 Ministerio da Previdencia Social (M.P.S.), aprovou a

denomina9ao "Les5es por Esfor9Qs Repetitivos" (LER), e recentemente introduziu

o termo D.O.R.T (Disturbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho) como

forma de atualizayiio clinica da doen98.

Varias profissionais podem apresentar sintomas que sao caracterizados

como LER, como segue a lista abaixo:

1. Digitador

2. Esmerilhador

3. Auxiliar de Servi90s Gerais

4. Ajustador Mecimico

5. Classificador de azulejos

6. Auxiliar de ProduC;80

7. Controlador de Qualidade

8. Embalador

9. Enfitadeiro

10. Mantador de chicotes

11. Montador de tubos de imagem

12. Operador de maquinas

13. Operador de terminais de video

14.Auxiliar de Contabilidade

15. Operador de telex

16. Datil6grafo

17. Pedreiro

18. Secreta ria

19. Tecnico administrativo

20. Telefonista

21. Auxiliar de cozinha

22. Copeiro

23. Secretario

24. Eletricista

25. Operador de caixa

26. Recepcionista

27. Faxineiro

28. Auxiliar tEknico de laborat6rio

29. Motoristas

30. Costureiras

31. Arrematadeiras

32. Lavadeiras

33. Passadeiras

34. Professores

35. Pianistas

36. Bancarios

37. Operador de linha de montagem, etc.

1.2 DEFINI<;iiO

Entende-se que "LER (Lesoes por Esfor90s Repetitivos) - como e mais

conhecida no Brasil, ou DORT (Disturbios Osteomusculares Relacionados ao

Trabalho) - termo mais recente, e 0 nome generico dado a um conjunto de

afecyoes heterogemeas que acometem as musculos, ten does, sinovias,

articulayoes, vasos e nervos, que podem aparecer em trabalhadores submetidos a

certas condi96es de trabalho. Estes disturbios podem ocorrer em qualquer regiao

do aparelho locomotor, embora as regioes mais acometidas sejam: as membros

superiores, regiao cervical e lombar". (Ferreira Junior, 2000)

1.3 FATORES DE RISCO

Observa-se que 0 desenvolvimento da LERIDORT e multicausal, por isso, e

importante analisarmos as fatores de risco direta au indiretamente a eles

relacionados. A expressao fator de risco designa de uma maneira geral, as

componentes que tern alguma relay80 cern a manifestay80 clfnica. Na pratica,

existe a interac;ao de multiples fatores presentes nas situayaes de trabalho e em

cada individuo, podendo, de uma maneira especffica, desencadear mecanismos

que levem a uma lesao osteomuscular.

Para a caracterizar;ao dos fatores de risco, 4 elementos de observac;ao sao

importantes:

a- Regiao anatomica exposta ao fator de risco;

b- Intensidade do fator de risco;

c- Organiza980 do tempo da atividade Uornada de trabalho);

d- Tempo de exposic;ao ao fator de risco.

Segundo KUORINKA e FORCIER (1995), os grupos de fatores de risco

relacionados a LER, podem ser agrupados como:

1. Grau de adequac;ao do posto de trabalho a zona de atenc;ao e vi sao: a

diminuir;ao do posto de trabalho ou uma ausencia de m6veis

ergometricos podem forc;ar 0 individuo a adotar uma postura ou metodo

de trabalho que cause ou agrave as lesoes osteomusculares.

2. Frio, vibra90es e pressoes mecanicas localizadas nos tecidos: 0 frio

pode agravar sobrecargas decorrentes do trabalho. Os movimentos

vibrat6rios estao classicamente associ ados a LER. A pressao mecanica

localizada decorrente do contato fisico de cantos retos ou pontiagudos

de um objeto tambem estao diretamente ligados a LER.

3. Posturas inadequadas: A postura pode ser considerada tao mais nociva

quanto mais se afasta da posic;ao de neutralidade funcional ou

anatomica do segmento corporal. A postura adequada considera a

biomecanica de aparelho locomotor e 0 conceito de conforto individual.

Tambem devemos observar 3 agravantes da LER:

3.1.Os limites da amplitude articular;

3.2.A 10r9" gravitacional, que olerece uma carga suplementar sobre as

articulac;oes e museu los;

3.3.As les6es mecanicas sabre as diferentes tecidos.

4. Carga Musculoesqueletica: Pode acarretar tensao (por exemplo: tensao

no biceps), pressao (por exemplo: sobre 0 canal do corpo), Iricl"lo (por

exemplo: Iric9ao de um tendao sobre sua bainha) ou irrita9ao (por

exemplo: irritac;ao de urn nerve). Entre os falores que influenciam a

carga musculoesquelt~ticaencontramos:

a postura

otipo

a amplitude

a intensidade

e a freqO€!'ncia dos movimentos executados.

5. Carga Eslalica: presente quando urn membra e manti do numa posit;ao

que vai contra a gravidade. Nestes casas, a atividade muscular nao

pode S9 reverter a zero (~esforc;o eslatica"). A postura eslatica S9

caracteriza par 3 aspectos:

a fixal"lo postural observada;

as tensaes ligadas ao trabalho;

Sua organizac;ao e conteudo.

6. Invariabilidade da tarela.

7. Exigencias Cognitivas

8. Fatores Organizacionais e psicossociais ligados ao trabalho: Os fatores

psicossociais sao as percepc;6es subjetivas que 0 trabalhador tem dos

latores da organiza9ao do trabalho.

AIt~m destes fatores, nao podemos esquecer os fatores individuais de

predisposiyao, agravamento ou desencadeamento de LER, como: fatores

biol6gicos (sexo, ra98, altura, peso), habitos diarios ligados ao trabalho, presen9a

de antecedentes m6rbidos (por exemplo: doen9as museu lares distr6ficas), habitos

nao ligados ao trabalho (per exemplo: atividades domesticas, recreativas ou

esportivas), disturbios emocionais e comportamentais, patol6gicos decorrentes da

vida de rela96es extraprofissionais.

14 FISIOPATOLOGIA

Uma sequencia de eventos relacionados a inflama~ao induzira

modifica~6es reflexas do sistema motor, sensitivo e neurovegetativo.

As altera90es motoras incluem: espamos musculares, modifica~6es

proprioceptivas, desequilibrio entre as agrupamentos musculares agonistas e

antagonistas, posturas antalgicas, retrac;6es musculares e tendionosas, aderencia

das estruturas miofasciais, fadiga e fraqueza muscular, entre outras.

As altera~6es sensitivas incluem: a diminuiyao do limiar de dor

(hiperalgesia) e, quando ha comprometimento do sistema nervoso periferico, as

parestesias.

As altera~6es neurovegetativas incluem: a edema, calor e hiperemia,

presen9a de desmografismo, piloere9iio, etc.

10

Ahem dos achados habituais em doentes com afecc;5es museu 10-

esqueleticas, representadas pela limita\'iio da amplitude articular, alterac;6es

neurovegetativas e sinais f1ogisticos, as sinais de comprometimento neurol6gico

sao freqOentes. Os deficits sensitivomotores, amiotrofias, fasciculac;oes,

hiporreftexia, alodinea, hiperpatia e alteracoes neurovegetativas (hiperidrose,

anidros8, vasodilatayao ou palidez cutaneos, distrofia cutanea, essea, muscular e

de anexos da pele), tambem podem estar presentes em doentes com LER.

Devemos elucidar que a identificayao precisa das estruturas anatomicas

[esadas, a estabelecimento do perfil psicodinamico e social dos doentes e a

percep\'iio dos latores perpetuantes contribuem para melhorar a estrategia

reabilitacional e 0 prognostico da doenca. A Fisiopatologia da lesao e reparacao

tecidual em LER e demonstrada resumidamente pela figura abaixo:

ResolugaoEspontanea

Liberatyclo de Resposta regeneratPerpetuac;aodos mediadoresneure- Condicionamento

mecanismos de estresse genicos: subst. P, Musculo-.esqueletico.• Neufexeptldeos -+

Real;j:20 inflamat6ria cl;issica ? T ~"Eventos: vascular ~ Libera~ao de mediadores nao

Qufmico .••••..•.neurog~nicos PGE1, PGF2, .•••SobrecargaCelular . bradicinina serotonina, histamina rpetuanteImunofOglco? Acetilcofina, leucotrienos

__ Resposta

Efeito vasomotor: ~ nflamat6riaM.,.6d.os,maf6/agos ~ "'fca

Scnsibi1i1.3~aode nociccplOrcs Danos tcciduais irre\'crsi\'eisPredisposic;ao individual

(AMATUZZI,2000)

II

1.5 QUADRO CLiNICO

A LER pode encontrar-se da seguinte maneira:

Grau 1- Sensa9iio de peso e desconforto no membra afetado.

oor espontanea no local, as vezes com pontadas ocasionais durante a

jornada de trabalho, que naD interferem na produtividade.

A dar e leve e melhora com 0 repouso.

Nao ha sinais clfnicos.

Prognostico: born.

Grau 2 - Dar persistente e mais intensa. Aparece durante a jornada de trabalho

de forma intermitente.

E toleravel, mas camsg8 a afetar 0 rendimento no perfodo de exarcebag8o.

E mais localizada e pode vir acompanhada de formigamento e calor, a1E~m

de leves disturbios de sensibilidade.

De urn modo geral, as sinais clinicos continuam ausentes. As vezes,

durante a palpayao, observa-s8 a presen98 de pequena nodulayao e dar.

Prognostico: FAVoRAvEL.

Grau 3 - A dar torna-S8 mais intensa e persistente, tern irradiac;ao mais definida.

Com a repouso, diminui a intensidade, mas nem sempre desaparece por

completo.

Come9a a aparecer fora da jornada de trabalho, especialmente a noite.

Perde-se urn pouco da fon;:a muscular.

Ha senslvel queda da produtividade, quando se consegue realizar a funr;ao.

Os trabalhos domesticos comet;:am a ser limitados, quando nao eliminados.

I2

Os sinais clinicos estao presentes. 0 edema e frequente, bem como a

transpirayiio e a alterayiio de sensibilidade.

A palpayiio e a mobilidade estao dolorosos.

o retomo ao trabalho e problematico.

Prognostico: RESERVADO.

Grau 4 - Dor forte e contfnua, algumas vezes insuportiivel, levando a urn grande

sofrimento. A dor S8 acentua com as movimentos, estendendo-se a todo membra

afetado.

Ocorre a parda da forc;a e dos movimentos.

Oedema e persistente e pode aparecer deformidades e hipotrofias por

desuso.

A capacidade de trabalho e anulada e a invalidez sa caracteriza pela

incapacidade de urn trabalho produtivo e regular.

As atividades diarias sao multo prejudicadas.

Ocorre quadros de aiterayiio psicol6gica, como depressao, ansiedade,

angustia, irritabilidade, etc.

1.6- PRINCIPAlS SiNDROMES CLiNICAS

1.6.1 TENOSSINOVITES - Sao as formas mais incidentes nos trabalhadores,

principalmente quando a repetitividade dos movimento5 associa-se a exigencia da

for,a.

Os tend6es sao farmadas por fibras colagenas e elasticas, que estao

envolvidos por uma bainha sinovial, extremamente vascularizada, responsave[

13

pela secre(:iio do liquido sinovial que banha 0 tendao e que serve para impedir 0

8trito durante a movimento.

Par ser muito vascularizada, quando a bainha e irritada pelo atrito, passa a

tsr aspecto inflamatorio, provocando acterencias; com iS50 0 tendao perde seu

brilho e adquire aspecto edematoso. Posteriormente, 8st8s aderencias dificultarao

o deslizamento dos tend6es em suas bainhas. Nesta hera, as movimentos

repetitivos provocarao daf, caracterizando a quadro de tenossinovite.

Vale ressaltar que na maiaria dos casas em que ha urna tendinite,

geralmente 0 musculo tambem pade estar comprometido. Pode desenvolver-se

em qualquer localiza~o, enda urn tendaa passe atrav8S de urn conduto

osteoligamentosa.

1.6.2 DEDO EM GATILHO - Eo uma inflama(:iio dos tendoes fiexores profundos

dos dedos e do tendao do flexor longo do polegar, produzindo espessamentos e

nodulos que dificultam 0 desHzamento dos mesmos em suas bainhas. H3

incapacidade de estender 0 dedo ap6s flexao maxima. A bainha fibrosa

espessada encontra-se como urn "nodule".

No inicio ocorre dor no trajeto do tendao e no n6dulo (caso exista),

posteriormente al9m da dor, ocorre diminuiyae do movimento ativo do dedo. A

extensao for9ada podera provocar queda do dedo em flexao, dai 0 nome do

quadro.

Ocorre em atividades com associac;ao de for9B e compressao palmar, per

exemplo: uso de alicates e teseuras.

14

1.6.3 TENOSSINOVITE DOS EXTENSORES DOS DEDOS E DO CARPO - Eo

comum em digitadores e operadores de "mouse" e resulta da sobrecarga muscular

estatica e movimento dos dedas. 0 processo inflamatorio acomete os tend5es na

face dorsal do anlebra90 e punho.

A dor, de inicio incidiosa, passa a ser acompanhada de diminui9iio de for98,

Sens8QBO de peso, desconforto e altera<;2o da caligrafia.

1.6.4 TENOSSINOVITE DE QUERVAIN - Corresponde a inflama9iio da bainha

comum dos tend6es de abdutor Ian go e extensor curto do polegar. Inicialmente, a

paciente refere uma dor ao nivel da ap6fise estil6ide do radio, na re9i2o dorsal do

polegar, de carliter insidioso, podendo apresentar-se de forma aguda.

Normalmente, irradia-se para 0 antebrago, cotovelo e ombro. Com a

evolu9iio do processo, 0 paciente ira apresentar dificuldade para segurar objetos.

Inicialmente foi descrita como a doen98 das lavadeiras.

1.6.5 EPICONDILITE LATERAL - Tambem conhecida como cotovelo de tenista,

corresponde a inflamayao da inseryao dos musculos respons8veis pel a extensao

e supina9iio do punho. 0 nervo radial pode ser comprometido. 0 principal sintoma

e dar na re9i20 do epicondilo lateral, que pode tornar-S8 difusa, irradiando tanto na

dire920 dos ombros quanta das maos.

E comum nas atividades de apertar parafusos.

1.6.6 EPICONDILITE MEDIAL - Corresponde a infiama9ao da inser9iio dos

musculos flexores na borda medial do cotovelo. Pode comprometer a nervo ulnar,

15

mas nao e tao comum. Esta associada a atividade de descascadores de fios

eletricos, sendo relacionada com a flexao do punho.

1.6.7 TENDINITE DO BICIPTAL - E a inflama,ilo da bainha sinovial do tendilo da

porryao longa dos biceps. Aparece em atividades em que 0 bra\X) e mantido

elevado por longos period os. Geralmente, esta associada a outras les6es da

bainha rotatoria do ombro.

1.6.8 TENDINITE DO SUPRA-ESPINHOSO - Tambem conhecida como Sindrome

do Impacto. 0 paciente queixa-se de muita dor e peso, que aumentam com a

movimenta9ao do ombro, irradiando-se por todo 0 membro superior. Pode acorrer

completa impotemcia funcional da articula,ao (ombro congelado).

1.6.9 CISTOS SINOVIAIS - Silo tumefa,6es, habitualmente indolores, comum na

face extensara do carpo, que aparecem em trabalhos manuais que exijam forc;a

eventual mente, podem provocar dor au restri95es ao movimenta.

1.6.10 SiNDROME DO TUNEL DO CARPO - E a compressilo do nervo mediano,

ao nivel do punho, pel os tend5es hipertrofiados ou edemaciados. Ocarre

parestesias, dores ( prindpalmente naturnas) e impotencia fundonal, que atingem

principal mente a face palmar dos 3 primeiros dedos e da regiaa tenar. Ocorre em

tarefas manuais repetitivas, principal mente com uso de fonya e desvios do carpo.

16

1.6.11 SiNDROME DO TUNEL DE GUYON - Eo a mais rara, atinge 0 nervo ulnar

ao passar pelo tunel do osso psiforme. Ocorre altera9ao de sensibilidade no

quarto e quinto dedo e sao acompanhados pela reduc;ao da fon;a de preensao.

1.6.12 SiNDROME DO PRONADOR REDONDO - Eo a compressiio do nervo

mediano, abaixo da prega do cotovelo, entre as dais ramos musculares do

pronador redondo. Ocorre alterayao de sensibilidade na area distal dos dedos e

na regiao tenar. Ocorre em tarefas que exigem prono-supinayao vigorosa do

antebra9Q.

1.6.13 SiNDROME DO DESFILADEIRO ToRAclCO - Eo a compressiio do feixe

vasculonervoso num estreito triangulo formado pelos museu los escalenos anterior

e media e a primeira costala. Ocorre em trabalhadores que mantem as brac;os

elevados par lon905 perfodos, aeirna da altura dos ombros, ou que comprimem 0

ombro contra algum objeto.

1.6.14 SiNDROME DA DOR MIOFASCIAL - Sao quadros de dar em pontos

especfficos e bern localizados das zonas de transic;ao musculotendinea,

geralmente em om bros e membros superiores.

1.6.15 BURSITE- Caracteriza-se pela ocorrencia de processo infiamatorio que

acomete as bursas. FreqCJentemente ocorre nos ombros. A pessoa refere dar nos

ombros, principalmente durante a realiza~o de certos movimentos como a

abduc;ao, rotac;ao externa e elevac;ao do membra superior. A dor pode irradiar-se

17

para a regiao escapular ou bra90s, gerando grave incapacidade funcional,

podendo rasultar no aparecimento do ombro congelado ( capsulite adesiva) au da

Sindrome do ombro-mao (distrofia simpatico-reftexa).

1.6.16 CERVICALGIA - Pode ocorrer devido a degenerayao do disco cervical,

artrose das articulac;6esuncovertebrais cervicais e S8 desenvolve a partir de uma

combinacao de hereditariedade constitucional e causas ambientais. Geralmente, a

dor e desencadeada pelo comprometimento de SOM da musculatura cervical e da

cintura escapular.

1.6.17DISTROFIA SIMPATICO REFLEXA - E a sindrome de dor, hiperestesia,

disturbios vasomotores e alterac;6es distroficas que usual mente melhoram com a

denervados, simpatica (Schwartzman e Mc Lellan, 1987). Nao se sabe

exatamente a que desencadeia 0 quadro e levanta-se a hipotese de que e devido

a les6es no tecido nervoso central au periferico, incluindo as ramos nervosos.

Estudos verificam que, geralmente, as pessoas que apresentam esla sindrome,

sao ansiosas.

1.6.18 CONTRATURA OU MOLESTIA DE DUPUYTREN - Consiste de fasceite

palmar fibrosante que, ao cronificar-se, gera verdadeiros cordoes palmares na

direyao dos dedos, que compromete sua extensao. E frequentemente observada

nos anulares, minimos, medias, indicadores e por ultimo nos polegares. Ocorre

nos trabalhadores bra<;ais, sujeitos a microtraumatismos ou a vibra<;oes

18

constantes. Nao ha, porem, estudos epidemol6gicos que relacionem esta afecc;ao

com as doenyas profissionais.

Com 0 passar do tempo, acorre processo infiamat6rio nos varios tecidos

adjacentes.

1.6.19 SiNDROME DA TENSAo NO PESCO~O (Mialgia Tencional) - E de

etiologia controvers8, porern, saba-s8 que a fadiga muscular localizada, a postura

estatica e urn sistema de contrac;ao levarn a urn 5uprimento ineficiente de oxigenio

favorecendo 0 metabolismo anaer6bico, com conseqOente forma<;8o de acido

latico. Os sintomas sao: dores no pescoc;o enos ombros, rigidez muscular,

cefalE~ia, fraqueza muscular e parestesias, com limitac;ao do movimento, lordose e

ombro caido.

1.6.20 CERVICOBRAQUIALGIA - Alem da dar cervical ocorre irradia~o da dar

para 0 membro superior, devido a compressao do feixe neuromuscular ao

atravessar a musculatura do pesco90 edemasiada.

1.7 PRINCIPAlS FORMAS DE TRATAMENTO

1.7.1 Tratamento Farmacol6gico:

Para combater a dor usa - se medicamentos analgesicos e

antiinflamat6rios, como: analgesicos antiinflamat6rios nao hormonais,

corticoster6ides, analgesicos morfinicos e medicamentos adjuvantes, ex ..

19

antidepressivos, neurolepticos, tranquilizantes menores, anticonvulsionantes e

anfetaminas.

1.7.2 Tratamento Fisioterapico:

Neste tratamento, podemos dispor de varios recursos, dentre eles:

Termoterapia: excelente metoda terapeutico, melhora a circulac;ao local e 0

metabolismo, relaxa a musculatura e causa analgesia, prepara a segmento para a

cinesioterapi8. Ex.: compressas quentes, Forno de Bier, infra-vermelho, parafina,

etc.

Crioterapia: muito utilizada na fase aguda, reduz 0 fluxo sangOineo, a

processo inflamatorio e 0 edema, melhora as espasmos museu lares e eanalgesico. Ex.: compressas, balsas com gelo, aeross6is refrescantes, etc.

Massoterapia: ex.: massagem classica, Shiatsu, Rolfing, etc.

Relaxamento

Cinesioterapia

Hidroterapia: onde se associa as propriedades mecanicas da agua com as

varial'oes de temperatura.

Eletroterapia: atraves das ccrrentes eletricas ccnsegue-se uma analgesia

au contrayao muscular. Ex .. Tens, Fes, Intelierencial, etc.

Reeducal'ao Postural Global

Acupuntura: e bastante efrcaz naqueles pacientes que nao se benefeciaram

com os metodos tradicionais, obtendo-se excelentes resultados.

20

1.7.3 Tratamento Cirurgico: E utilizado quando as Qutros tratamentos nao

proporcionam resultados satisfatorios.

Apesar de todos as recursos de tratamento oferecidos, deve-se lembrar que

quanta mais cede S8 inicia 0 tratamento, seja ele qual for, melhor sera 0 resultado.

1.8 GINASTICA LABORAL

Na ausencia de exerclcios fisicos regulares e a adoyao de posturas

inadequadas, 0 corpo humane torna-se urn alva facil as le56es. Mas e aqui que

entra a Ginastica Laboral ou Ginastica Laboral Compensatoria ou Ginastica de

Pausa, feita par alguns minutos durante a jornada de trabalho.

Estes exercicios sao simples, acessiveis a todos e trazem inumeros

beneficios, entre eles:

Libera9ao da coordena9iio motora;

Aumento da flexibilidade do corpo;

Ativa9iio da circula9iio;

Preven~o de le56es osteomusculares;

Prepara9iio do copo para atividade muscular no trabalho;

Desenvolvimento da consciencia corporal;

Bem-estar fisico e menta!;

Correyao dos vicios posturais;

Diminuiyao do absenteismo e procura ambu!atorial;

Diminui9iio dos acidentes de trabalho, etc.

A Ginastica Labora! deve ser feita de maneira:

21

-1. Preparatoria: 10 a 15 minutos antes da jornada de trabalho, no proprio local

de servic;o, aquecenda os grupos museu lares que serao mais sofisticados no

decorrer da jornada de trabalho.

-2. Compensatoria: 5 a 8 minutos, durante a jornada de trabalho,

interrompendo a monotonia.

-3. Relaxamento: Alongamentos apos 0 expediente, para evitar 0 arumulo de

acido latico e prevenir as lesoes.

Os estudos divulgados pelo Ministerio da Saude sobre a Ginastica Laboral*,

indicam:

Aumento da produtividade pode chegar a 5%.

A redugao dos acidentes de trabalho pode chegar a 25%.

A diminuigiio das faltas chega a 20%.

*Fonte: Revista Ambito Medicina Esportiva - Ana L, nO 10- ag05to de 1995.P

22

2- MATERIAL E METODO

Esta pesquisa fo; realizada em uma industria de confecy6es do Municipio

de Maringa, Estado do Parana, anda foi realizada uma palestra aos funcionarios,

conscientizando-os e educando-as quanta a sua postura durante a sua jornada de

trabalho, para dar-Ihes qualidade a sua produ<;8o, saude e bem estar. Nesta

palestra foi dada enfase aos disturbios provocados pela LER. Em seguida foi

aplicado urn questionario de sintomas musculoesqueletico, baseado no modele de

Ferreira Junior, (FERREIRA JUNIOR,2000,p:316), para detectar quais os sintomas

que as funcionarios de industria de confecyao apresentam.

Esta pesquisa desenvolveu-se no galpao industrial desta fabrica, que

contem 2 equipes de funcionf3rios, ali divididos ern times, para melhorar a

produ<;8oda fabrica. Ambos realizam as mesmas tarefas, ou seja , a fac<;8o de

roupas masculinas, no momento, confeccionam calgas modelo esporte. (anexo A)

Ap6s a analise dos questionarios, foi formulado uma ginastica laboral I para

ser aplicada nesla fabrica , no intuito de prevenir e amenizar as sintomas ja

instal ados, levando-se em conta a estressante jornada de trabalho destes

funcionarios.

A ginastica foi realizada 2 vezes na seman a sob a supervisao da

fisioterapeuta, durante 30 dias , 2 vezes ao dia, no comec;o e no final das

atividades.

23

2.1 Fisioterapia preventiva com a elaborac;aoda Ginastica Laboral

1- Foi realizado uma palestra para as funcionarios, com orientac;oes e

conscientiza~o da boa postura e a importancia dos exercfcios no ambiente de

trabalho.

2- Em seguida foi realizada a avaliac;ao em funr;:ao des questionarios.

3- Ap6s a avaliac;ao, foi realizada a Ginastica Laboral de acordo com a

necessidade da empresa.

2.2 Ginastica Laborall Exercicios Propostos

1-Separe e estique as dedos ate sentir a tensao de urn alongamento. Mantenha

por 10 segundos. Relaxe e dobre os dedos nas articula<;6ese mantenha por 10

segundos. Repita 2 vezes.

2- Junte as palmas das maDS a sua frente. Empurre uma das maDS

suave mente par ao lado ate sentir urn suave alongamento, Mantenha as catavelas

erguidos e paralelos. Conte ate 8 e repita 2 vezes.

24

3- Balance as bra90s e as maes e a

pesco,o. Conte ate 10.

4- Erga as ombros em direvao as orelhas ate sentir urna leve tensao nos

ombros e pesco90. Mantenha par 5 segundos e relaxa. Repita 3 vezes.

~Com as dedos entrela~dos atras da cabe~, mantenha as cotovelos5-

abertos para as lados e a parte superior do corpo reta. Agora, empurre as

escapulas em dire~o urna da outra para criar urna sensac;ao de tensao na parte

superior das costas e escapulas. Mantenha par 5 segundos e relaxe.

rtf6- Sentado au em pe com as bra,os pendendo ao lado do corpo. Suavemente,

incline a cabe~ para frente, alongando a parte de tras do pesco9Q,Mantenha as

ombros relaxados e soltos. Mantenha par 5 segundos. Repita 3 vezes.

25

crSentado au em pe, com as bra~s ao longo do corpo. Vire a cabeya de um7-

lado, depois do outro. Mantenha par 5 segundos de cada lado.

8- Fique em pe e apoie-se em alguma coisa para manter 0 equillbrio. Erga 0

pe esquerdo girando 0 pe e 0 tornozelo. 8 vezes para 0 lado honflrio e 8 vezes

para a lado anti horario. Repita com 0 outro pe.

4- APRESENTACAO DOS DADOS

Grafico 01

26

quadro de funcionarios

11%

Grafico 02

69%

idade: o menor ou igual a20anos

rn21 a 30

031 a 40

omaior au igual a41

• nao respondeu

Grafico 03

tempo na empresa

Grafico 04

tempo na fun~aoatual o menos ou iguai a5 anos

95 a 10 anos21%,

::-~8% .--.' .••....,' 457%

11%

010a 15anos

015a20anos

Grafico 05

• mais de 20 anos

setor on de trabalha

o acabamento

otime 1

otime2

oprodu~ao.nao marcou

27

Grafico 06

28

o auxiliar deprodu.;;ao

o costureira

funyao na empresa

o overloquista

o varias opera~Oes

Grafico 07

• travertista

16%

60%

Jornada de Trabalho de 9 hs

100%

Grafico 08

Ja fez Fisioterapia alguma vez?

5%

95%

I~~

Gnlfico 09

Durante 0 ultimo ano voce faltou notrabalho?

28'~l>

.

72%

Grafico 10

Durante 0 ultimo ano voceapresentou alguma dor ou

desconforto ern alguma parte docorpo?

0%

100%

29

[~I~

G",fico 11

30

AREAS MAIS ACOMETIDA NASCOSTUREIRAS

III«Ill

~i3o a: «Z::JI-

I-WIIllL0«u

G",fico 12

REGIOES DO CORPO

D Sequercia1

AREAS MAIS ACOMETIDAS NASAUXILIARES DE PRODUCAO

'"oii:",.••0200••~~~..z

REGIOES DO CORPO

oSeqilencia1

31

G"jfico 13

ACABAMENTOUloa:«zoUZ::Ju.WC

Z

REG10ES DO CORPO

o SeqGeocia1

G"jfico 14

OUTRAS FUNC;:OESUloa:«zoUZ::Ju.WC

Z

REGIOES DO CORPO

oSeqil~ncia1

Gr<;fico 15

32

SINTOMAS

omuitoforte

o forteo moderado

oteve.muito le-.e

anilO marcou

Grafico 16

OBTEVE TRATAMENTO MEDICOPARA 0 PROBLEMA?

~~J

Grafico 17

Voce fez alguma coisa para melhoraras sintomas?

~I~I

Gr;;fico 18

Referente ao gnifico anterior, os queresponderam sim, fizeram:

:~ 14

!. ~~ot-r-l--~==--~==~~=3~----2'---~ tLJ Cl Cl Cl--.-=~

tratamentO$

o Sequencia1

Grafico 19

Resultados da Ginastica Laboral

26%38%

"36%

om.lhoraram 1[J nao melhoraram

D melhorarm urnpouco

33

34

4. INTERPRETACAO DE DADOS

Atraves da analise destes graficos, verificou-se que a maioria dos

funcionarios sao mulheres, entre 20 a 30 anos, com menes de 05 anos na

empresa e tambem com menes de 5 anos na atual fun~o. Nesta fabrica a maioria

sao costureiras e realizam a jornada de trabalho de 09 horas/dia. A grande maioria

nunca fez Fisioterapia.

Constatou-se porem, urn grande acometimento da regiao dos ombros e

pesco90 em quase todas as funcionarios, mas, cada qual apresentou

caracteristicas pr6prias, por exemplo:

Costureiras: pesco90, ombro, alto das costas, abaixo das costas, punho e

maos.

Auxiliares de produ,ao: om bros e pernas

Acabamento: ombros e dedos.

Outras fun90es: ombro, pesco90 e alto das costas.

A maioria dos sintomas referidos sao moderados ou fortes, mas as

funcionarios em grande parte nao recorrem ao tratamento medico; e sim a outros

tratamentos como: exercicios, massagens ou auto- medicac;ao.

Com rela,ao a Ginastica Laboral, percebemos que apesar do pouco tempo,

conseguimos algum resultado, como por exemplo: alivio ou amenizayao dos

sintomas, melhora da concentrayao, maior disposiyao, etc., 0 que leva a crer que

com a continuidade do trabalho os resultados serao gratificantes.

35

CONCLUSAO

Conclui-se atraves desta pesquisa, a eficacia do tratamento preventiv~,

que neste case, associou a ginastica laboral a realizayao de palestras, para

esclarecimento e conscientizac;ao dos funcionarios e empresarios.

Apesar do poueo tempo para aplicac;ao da mesma , pode-se observar

melhora de alguns sintomas e aumento da produtividade e da aten~ao;a que nos

leva a crer, que, com urn tempo maior os resultados serao gratificantes.

Para a realiz8g8o da preveng8o, deve-s8 levar em Gonta a necessidade

do trabalhador e a realidade do seu meio de trabalho, sem mudan<;:asradicais ou

de grandes custos, pais em principia, as medidas preventivas sao sempre mais

faceis, princlpalmente em termos de custos, que as curativas.

ANEXOS

ANEXOA

PASSO- A- PASSO DA CONFECc;:iio DE UMA CALC;:A MASCULINA MODELO

ESPORTE:

l' GRUPO: Chulear vista aberta e fechada,

pespontar a vista,

overlocar

colocar 0 revel e 0 espelho no farro.

2'. GRUPO: Aplicar a farra no balsa dianteiro,

fazer a pence atras,

pespantar,

overlocar e pespontar 0 gancho,

riscar a pence.

3' GRUPO: Fazer urn pique na frente,

pespantar a boca do balsa da frente,

firmar a espelho e a etiquela,

riscar a balsa traseira e a lapela.

4'.GRUPO: Overlacar a frente,

pregar a ziper na vista,

aplicar a vista com ziper na frente e pespontar,

debluar 0 forro e a vista.

S',GRUPO: Aplicar 0 bolso traseiro e pregar a lapela,

pespontar a lapela,

6',GRUPO: Fazer urn J,

unir a frente,

fazer ganchinhos,

riscar traseiro e frente e casa.

7',GRUPO: Overlocar a lateral,

pespontar a lateral,

feehar entre as pernas,

8',GRUPO: Aplicar 0 c6z,

abrir e aeabar a ponta,

fazer a barra

pregar martingale,

pregar a etiqueta.

Nesta filbrica as pec;as jil vern cortadas, E cada grupo tern 30 minutos para cumprir

sua tarefa: completar urn carrinho e passar para a proximo grupo, para dar

continuidade ao trabalho,

Formulario n .

. ..... hfdia.

Nome:(apenas as iniciais) ..

Sexo: ( ..... ) F (..... ) MData de admissao na empresa: .1 .1..Data de infcio da fun9ao atual: .1 .1... . .... ( incluir outras empresas ).Setor onde trabalha: . Fun9ao:.Horario de trabalho: . Jornada diaria: ...

... .... ... Idade:

1. Ja fez fisioterapia a\guma vez?(.... ) nao (.... ) sim. Por que?.

2. Durante 0 ultimo ano, voce faltou no trabalho?( .... ) nao (..... ) sim. Por que? Quantas vezes?.

3. Ao longo do ultimo ano, voce apresentou alguma dor ou desconfor1o emalguma parte do corpo?(..... ) nao ( .... ) sim. Marque na figura ao Jado. a regiao do corpo onde voce senliu

ou vern sentindo algum problema, coJocando em cada local, ainicial dos(s) sinloma(s) de acordo coma lista abaixo:(atenc;flOvoce pode marcar rnais de urn sinloma no mesmo local I)

pe5~ 0 - dor I· inchaCo~ R· rigidez M· mal·eslarartodos.- Q. queima930 p. pesoC05ta.'I F* formigamenlo C· cansa90

..---•....-Posleriot

Se voce respondeu Sim na pergunta no. 3 responda as perguntas abaixo:4. Voce classificaria seus sintomas como:a) muito forte b) forte c) moderado d)leve e) muito leveSVoce jil recebeu algum tipo de tratamento medico para este tipo de problema?(..... ) nao (..... ) simS'voce fez alguma caisa para melhorar as sintomas?(. .... )nao (..... )sim. 0 que?.

Formulario n. ~

Anterior Posterior

INome:(apenasas iniciais)..~~t.,..O:..{)' ..C..... Idade: ..J.e.o.~Sexo: (.~.) F (.....) MData de admissao na empresa: .1~U9.l,.I~ .Data de inicio da fun9aO atual: .1. 1 ( inc1uir outras empresas ).Setoronde trabalha: ~.tm L. Fun~ao:..G.9~~.~ .Horano de trabalho. ;;,..';;?D~\ LL?D.. Jornada diaria: 'i.M h/dia.

1. Ja fez fisioterapia alguma vez?(.X.) nao (.....) sim. Por que?.

2. Durante 0 ultimo ano, voce taltou no trabalho?( ..)<.) nao (.....) sim. Por que? Quantas vezes? ...

3. Aa longo do ultimo ana, voce apresentou alguma dor au desconforto emalguma parte do corpo?(..... ) nao (..~.) sim. Marque na figura ao lado, a regiao do corpo onde voce sentiu

ou vem sentindo algum problema, colocando em cada local, ainiciat dos(s) sintoma(s) de acordo coma lista abaixo:(alenr;aovoeb pode marear mais de um sintoma no mesmo local !)

1lC'00I;0 0 - dar 1· incha90ombrus R- rigidez M- mal-esteraltodes- Q- queimacao P- pesocostM F- formigamento C- cansaco

- -cob:Jvoelo---Se VOCe respondeu Sim na pergunta no. 3 responda as perguntas abaixo:4. Voce classificaria seus sintomas como:a) muito torte b) torte c) moderado ~eve e) muito leveS.Voceja recebeu algum tipo de tratamento medico para este tipo de problema?(X.) nao (.....) sim6.Voce fez alguma coisa para melhorar as sintomas?(.X)nao (.....)sim. 0 que?.

Formulario n. CQ.Q .

Nome:(apenas as iniciais) ..~,.O...Sexo: (.)C.) F (.....) MData de admissao na empresa: Qf7.1.U.l.P.9 ..Data de inicio da funyao atual: ~.I.!.!.I..'.Qq ... (incluir outr~~ empresas )Setor onde trabalha: . Funyao: ..~ ..~t,.j..~ ..~.t- J) ~

Horario de trabalho: Jornada diaria: h/dia.

.. Idade: ...I'=l..~.~.~

1. Ja fez fisioterapia alguma vez?(1..) nao (.....) sim. Por que? .

2. Durante 0 ultimo ana, voce faltou no trabalho?(.>0 nao (.....) sim. Por que? Quantas vezes?.

3. Ao longo do ultimo ana, voce apresentou alguma dar ou desconfor1o emalguma parte do corpo?( ..... ) nao ( .. )-) sim. Marque na figura ao lado, a regiao do corpo cnde voce senliu

au vern sentindo algum problema, colocando em cada local, ainicial dos(s) sintoma(s) de acordo coma lista abaixo:(alencaovoce pode marcar rna is de urn sinloma no masma local 1)

pcs~ )Q - dar I· inchacoombl'os R- rigidez M- mal-estar8ttoda~ Q- queima1;2Io P- pesocosm, F- formigamento ~cansa1;o._-.........,.

I\Illerior Poslerior

Se voce respondeu Sim na pergunta no. 3 responda as perguntas abaixo:4. Voce classificaria seus sintomas1como:a) muito forte b) forte ~lmoderado d)leve e) muito leveS.voce ja recebeu algum tipo de'tra)amento medico para este tipo de problema?(..io) nao (.....) sim6.Voce fez alguma co;sa para melhorar os sintomas?(.....)nao ()1)sim 0 qUe? .....::'i"O'/'-_A..."j)\.c0.

Depois que a ginastica comer;;Oll, os sellS sintomas:

G>sJ melhoraram

L-) melhoraram urn poueo

L-) nao melhorararn

Questiomlrio no. 2

Fonnulario n° ~

Depois que a gimistica comel'ou, os seus sintomas:

<--J melhoraram

ct..-J melhoraram um pOlleo

<--J nao melhoraram

Questionario no. 2

Formuhirio n°. ~

Depois que a ginastica comeyou, os seus sintomas:

00 melhoraram

~ melhorararn urn pouco

~ nao melhorararn

Questiomirio no. 2

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

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cuida da saUde dos Irabalhadores. Sao Paulo: Roca,2000.

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Reabililaqao Aplicada a Ortopedia e Traumalologia. Sao Paulo: Roca,1999.

4. MENDES, Rene. Palologia do Trabalho. Rio de Janeiro: Atheneu,1995

5. THOMSON, Ann; SKINNER, Alison; PIERCY,Joan. Fisiolerapia de Tidy. Sao

Paulo: Santos, 1994.

6. XHARDEZ, Yves. Manual de Cinesiolerapia. Sao Paulo: Atheneu.