ELABORAÇÃO DE INVENTÁRIO DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS...
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UNIVERSIDADE DO EXTREMO SUL CATARINENSE - UNESC CURSO DE ENGENHARIA AMBIENTAL MANOELA RITA INÁCIO ELABORAÇÃO DE INVENTÁRIO DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS PARA O BLOCO ADMINISTRATIVO DO PAÇO MUNICIPAL DA PREFEITURA DE CRICIÚMA, SC CRICIÚMA, DEZEMBRO DE 2011.
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UNIVERSIDADE DO EXTREMO SUL CATARINENSE - UNESC
CURSO DE ENGENHARIA AMBIENTAL
MANOELA RITA INÁCIO
ELABORAÇÃO DE INVENTÁRIO DE RESÍDUOS SÓLIDOS
URBANOS PARA O BLOCO ADMINISTRATIVO DO PAÇO
MUNICIPAL DA PREFEITURA DE CRICIÚMA, SC
CRICIÚMA, DEZEMBRO DE 2011.
MANOELA RITA INÁCIO
ELABORAÇÃO DE INVENTÁRIO DE RESÍDUOS SÓLIDOS
URBANOS PARA O BLOCO ADMINISTRATIVO DO PAÇO
MUNICIPAL DA PREFEITURA DE CRICIÚMA, SC
Trabalho de Conclusão de Curso, apresentado para obtenção do grau de Engenheira Ambiental, no curso de Engenharia Ambiental da Universidade do Extremo Sul Catarinense, UNESC.
Orientador: Prof. Eng. Sérgio Luciano Galatto
CRICIÚMA, DEZEMBRO DE 2011.
MANOELA RITA INÁCIO
ELABORAÇÃO DE INVENTÁRIO DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS PARA
O BLOCO ADMINISTRATIVO DO PAÇO MUNICIPAL DA PREFEITURA DE
CRICIÚMA, SC
Trabalho de Conclusão de Curso aprovado pela Banca Examinadora para obtenção do Grau de Engenheira Ambiental, no Curso de Engenharia Ambiental da Universidade do Extremo Sul Catarinense, UNESC, com Linha de Pesquisa em Resíduos Sólidos.
Criciúma, 13 de dezembro de 2011.
BANCA EXAMINADORA
_________________________________________________ Profº Eng° Ambiental Sérgio Luciano Galatto - Mestr e - (IPAT/UNESC)
__________________________________________________ Engª Ambiental Morgana Levati Valvassori - (IPAT/UNESC)
_______________________________________________ Prof° Eng° Químico José Alfredo Dalarmi da Costa - Mestre - (IPAT/UNESC)
Dedico esta conquista aos meus irmãos
Mariane, Lucas, Luiz Gustavo e Luciana, ao
meu chefe e grande amigo Nercides, e a
todos que estiveram ao meu lado, me
incentivando e apoiando. Em especial
dedico este trabalho a minha mãe Maria
Rita, por estar sempre ao meu lado.
AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente a Deus que me proporcionou uma vida com
saúde, proteção e coragem para conquistar mais uma etapa na minha vida.
À minha família, especialmente minha mãe, irmãos e cunhadas que
sempre estiveram ao meu lado nesta conquista.
As minhas amigas Kamily, Talita, Marianne, que estiveram o tempo inteiro
me apoiando e torcendo por mim, para que eu realizasse um sonho, em especial a
minha amiga Mariá pelo companheirismo e amizade, que sempre esteve do meu
lado, me ajudando, me incentivando em todos os momentos que precisei.
Ao meu chefe Nercides por me apoiar, incentivar e principalmente pela
paciência e compreensão dos meus estudos no horário de trabalho.
Ao Professor Sérgio Luciano Galatto, que me orientou com competência e
amizade.
Agradeço aos funcionários, estagiários, colaboradores e à direção do
Bloco Administrativo do Paço Municipal da Prefeitura de Criciúma, por terem me
proporcionado o estágio para realização do presente trabalho e pela compreensão.
À banca de defesa composta pela Engenheira Morgana Levati Valvassori
e pelo Engenheiro José Alfredo Dallarmi da Costa,
Enfim, a todos que de alguma forma contribuíram para conclusão deste
trabalho, que me deram alegria e que me ajudaram a crescer.
“Foi pela sabedoria que o Senhor criou a
terra, foi com inteligência que ele formou os
céus”.
Provérbios 3, 19
RESUMO
Os resíduos sólidos ocasionam impactos ambientais e sociais, acarretando sérios riscos à saúde pública. Os setores que compreendem o Bloco Administrativo localizado no Paço Municipal da Prefeitura de Criciúma desempenham importante papel nas atividades administrativas do município, uma vez que visam conhecer e atender as necessidades da população. A rotina diária dos funcionários e público externo que circulam nesta instituição gera uma quantidade significativa de resíduos sólidos, que se não gerenciados de forma correta proporcionam riscos à saúde pública, ao meio ambiente e desperdício de recursos financeiros. O presente estudo buscou levantar informações quanto à origem, classificação e tipo de resíduos sólidos gerados nos setores e departamentos do Bloco Administrativo visando subsidiar a elaboração de um Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos. O método empregado no estudo foi a coleta de informações através de entrevista, vistorias in loco e registro fotográfico referente à origem, classificação e tipo de resíduo, além da existência de gerenciamento, em todos os departamentos e setores, juntamente com a revisão da legislação vigente e pesquisa bibliográfica. Os resultados do estudo indicam a similaridade dos resíduos gerados nos setores e departamentos, podendo variar a qualidade em função da rotina Administrativa e do número de funcionários. A falta de gerenciamento tem promovido inconformidades ao atendimento de requisitos e diretrizes da legislação vigente. Foram indicadas algumas ações para elaboração e implantação de um plano de gerenciamento de resíduos, uma vez que a gestão ambiental de resíduos não visa apenas o controle e a diminuição de riscos associados, mas também alcançar a redução da quantidade de resíduos no ponto de origem e a reciclagem.
Palavras-chave: Resíduos Sólidos, Inventário, Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos, Gestão Ambiental e Classificação
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 - Símbolo padrão de identificação de um produto reciclável. 34
Figura 2 - Ilustração do armazenamento temporário dos resíduos sólidos, no Pátio
Central do Bloco Administrativo. 49
Figura 3 - Diferentes lixeiras utilizadas para acondicionamento dos resíduos sólidos
gerados no Bloco Administrativo: (A: Arrecadação; B: Contabilidade; C: Divida
Ativa; D: Sistema Econômico). 50
Figura 4 - Tipo de coletor existente nos corredores do Bloco Administrativo. 51
Figura 5 - Tipos de coletores sugeridos para os diferentes setores do Bloco
Administrativo. 55
LISTA DE QUADROS
Quadro 1 - Preservação de recursos naturais com a reciclagem. 24
Quadro 2 - Descrição de alguns materiais plásticos recicláveis e não recicláveis. 25
Quadro 3 - Descrição de materiais potencialmente compostáveis e não
compostáveis. 27
Quadro 4 - Síntese do inventário de resíduos sólidos gerados nos setores e
departamentos do Bloco Administrativo. 46
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
ABRELPE - Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos
Especiais
ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas
CONAMA - Conselho Nacional do Meio Ambiente
DPFT - Departamento de Planejamento Físico Territorial
EPI - Equipamento de Proteção Individual
FAMCRI - Fundação do Meio Ambiente de Criciúma
INCRA - Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária
IPTU - Imposto Predial e Territorial Urbano
ITBI - Imposto de Transmissão de Bens Imóveis
LDO - Lei de Diretrizes Orçamentárias
LOA - Lei Orçamentária
NBR - Norma Brasileira Regulamentadora
PEAD - Polietileno de Alta Densidade
PEBD - Polietileno de Baixa Densidade
PET- Polietileno - Tereftalato
PGRS - Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos
PMC - Prefeitura Municipal de Criciúma
PP - Polipropileno
PPA - Plano Plurianual
PS - Poliestireno
PVC - Policloreto de Vinila
SEMA - Secretaria do Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos
SISNAMA - Sistema Nacional do Meio Ambiente
SNVS - Sistema Nacional de Vigilância Sanitária
UNESC - Universidade do Extremo Sul Catarinense
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO 13
2 OBJETIVOS 15
2.1 OBJETIVO GERAL 15
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS 15
3 JUSTIFICATIVA 16
4 REFERENCIAL TEÓRICO 17
4.1 RESÍDUOS SÓLIDOS 17
4.1.1 Definição, Classificação e Origem dos Resíduos Sólidos 18
4.2 ASPECTOS LEGAIS 21
4.2.1 Legislação Federal 21
4.2.2 Legislação Estadual 22
4.2.3 Legislação Municipal 22
4.3 RECICLAGEM 23
4.3.1 Papel 24
4.3.2 Plástico 24
4.3.3 Vidro 25
4.3.4 Metal 26
4.3.5 Material Orgânico 26
4.3.6 Lâmpada Fluorescente 27
4.3.7 Fatores que Interferem nos Programas de Reciclagem 27
4.4 PLANO DE GERENCIAMENTO 28
4.4.1 Etapas do Sistema de Gerenciamento de Resíduos Sólidos 29
4.4.2 Minimização dos Resíduos Sólidos 32
5 METODOLOGIA 35
5.1 ESTRUTURA FÍSICA, ORIGEM, TIPO E A CLASSIFICAÇÃO DOS
RESÍDUOS SÓLIDOS 35
5.2 PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS RELATIVOS AO GERENCIAMENTO
EXISTENTE 35
5.3 AÇÕES PREVENTIVAS E CORRETIVAS AO GERENCIAMENTO DOS
RESÍDUOS SÓLIDOS 36
6 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS 37
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6.1 ESTRUTURA, ORIGEM, TIPO E CLASSIFICAÇÃO DOS RESÍDUOS
SÓLIDOS 37
6.1.1 Estrutura do Bloco Administrativo 37
6.1.2 Origem, Tipo e Classificação dos Resíduos Sólidos 46
6.2 LEVANTAMENTO DOS PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS RELATIVOS
AO GERENCIAMENTO EXISTENTE 48
6.2.1 Papel e Papelão 51
6.2.2 Plástico 52
6.2.3 Metal 52
6.2.4 Resíduo Perigoso 53
6.2.5 Resíduo Orgânico 53
6.2.6 Resíduo Não Reciclável 53
6.3 PROPOSTA DE GERENCIAMENTO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS 54
6.3.1 Manejo 54
6.3.2 Identificação 56
6.3.3 Coleta e Transporte 56
6.3.4 Tratamento 56
6.3.5 Armazenamento 57
6.3.6 Disposição Final 57
6.3.7 Treinamentos 58
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS 59
13
1 INTRODUÇÃO
Com a expansão demográfica e a revolução industrial o consumo de
recursos naturais se tornou cada vez mais intenso, sendo retirados da natureza mais
rapidamente do que a capacidade dela suprir. Observa-se um padrão de consumo
completamente divergente do sustentável, com um aumento grotesco na geração de
resíduos sólidos. A gravidade da geração de resíduos está ligada não apenas à
escassez dos recursos naturais, mas também à maneira como são destinados os
resíduos sólidos, muitas vezes sem tratamento adequado e destino correto,
implicando em vários fatores que comprometem o meio ambiente e a saúde da
população.
“Denomina-se “lixo” os restos das atividades humanas, considerados
pelos geradores como inúteis, indesejáveis ou descartáveis” (VILHENA, 2010, p. 29).�
A crescente geração e a falta de gerenciamento adequado dos resíduos
sólidos urbanos têm contribuído de modo significativo para os problemas que afetam
tanto o meio ambiente como a saúde das populações. Nos últimos anos no Brasil, a
conscientização da sociedade sobre a importância da gestão dos resíduos sólidos
tem evoluído muito. Em função disso, foi aprovada a Política Nacional dos Resíduos
Sólidos Urbanos, através da Lei n° 12.305 de 2010, que estabelece critérios e
responsabilidades sobre a gestão e destinação final dos resíduos.
As atividades prestadas pelos órgãos públicos ainda que promovam
pequeno impacto ambiental são responsáveis pela geração de uma grande
quantidade de resíduos sólidos. A natureza destes está relacionada ao resultado do
consumo de materiais utilizados no desenvolvimento das atividades rotineiras dos
escritórios e ao consumo de alimentos.
Estes resíduos são potencialmente causadores de degradação ambiental
e de riscos à saúde humana. Por essa razão, verifica-se a necessidade da
implantação de sistema de gestão que vise à redução, reaproveitamento e a triagem
dos resíduos gerados nesses ambientes, através da orientação e sensibilização do
público alvo (funcionários e frequentadores dos órgãos públicos) para que
promovam o correto gerenciamento.�
O presente trabalho propõe a elaboração de um Inventário dos resíduos
sólidos gerados no Bloco Administrativo do Paço Municipal da Prefeitura de
Criciúma, SC, como instrumento norteador para definição das diretrizes do Plano de
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Gerenciamento de Resíduos Sólidos (PGRS). Este instrumento contribuirá também
de forma indireta para economia e uso racional dos recursos naturais, a redução,
reutilização, reciclagem e destinação ambientalmente correta dos resíduos sólidos
do referido órgão público.
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2 OBJETIVOS
2.1 OBJETIVO GERAL
Elaborar um inventário de resíduos sólidos no Bloco Administrativo
localizado no Paço Municipal da Prefeitura de Criciúma, SC.
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
• Descrever a estrutura física dos setores, a origem, tipo e classificação
dos resíduos sólidos;
• Descrever os procedimentos operacionais relativos ao gerenciamento
existente;
• Propor ações preventivas e corretivas ao gerenciamento dos resíduos
sólidos.
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3 JUSTIFICATIVA
O crescimento demográfico vem acompanhado do consumo insustentável
de produtos o que tem gerado de forma excessiva os resíduos sólidos, que na
maioria das vezes são depositados irregularmente em “lixões”, e em alguns casos
em aterros sanitários. A disposição irregular destes resíduos traz sérios riscos aos
ecossistemas naturais, principalmente para a saúde da população diretamente
afetada.
Em função dos graves problemas que a disposição inadequada de
resíduos sólidos causa, faz necessária a conscientização da população para adoção
de atitudes que visem o consumo sustentável e o reaproveitamento de materiais
através da reciclagem. A importância em aprimorar o conhecimento quanto ao
gerenciamento de resíduos sólidos justifica-se pelo interesse de estudar esse tema.
Uma ferramenta eficaz para a conscientização da população quanto à
problemática dos resíduos sólidos é a Educação Ambiental através da mudança de
hábitos, tanto de consumo quanto para contribuição à coleta seletiva.
O presente trabalho tem como finalidade a elaboração de um inventário
de resíduos sólidos como instrumento norteador para definição de diretrizes ao plano
de gerenciamento de resíduos sólidos provenientes dos diferentes setores do Bloco
Administrativo do Paço Municipal da Prefeitura de Criciúma, SC. Atualmente não há
coleta seletiva, sendo que resíduos como copos plásticos, papéis e restos de
alimentos são misturados.
A contribuição teórica deste trabalho procura mostrar a importância do
levantamento dos diferentes tipos de resíduos gerados e sua origem. Com relação à
contribuição prática, procura buscar a caracterização e classificação dos resíduos
gerados, como forma de averiguar a destinação dada aos mesmos pela organização
e apontar as possibilidades de redução, reutilização, reciclagem e destinação final.
A relevância social deste trabalho está relacionada diretamente as
questões ambientais, como a não geração, a redução, reciclagem, reutilização e
destinação final dos resíduos sólidos. Além disso, o plano de gerenciamento de
resíduos sólidos vem em atendimento a Lei 12.305/2010 referente à Política
Nacional de Resíduos Sólidos (BRASIL, 2010).
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4 REFERENCIAL TEÓRICO
A geração dos resíduos sólidos depende de fatores culturais, nível e
hábito de consumo, renda e padrões de vida das populações, fatores climáticos e
das características de sexo e idade dos grupos populacionais. Está vinculada
diretamente com a origem dos resíduos e é função das atividades básicas de
manutenção da vida (BIDONE, 2001).
A destinação final é uma das mais críticas, pois está cada vez mais difícil
encontrar áreas para a disposição final dos resíduos sólidos, devido a uma série de
fatores ambientais e sociais. A resistência da população local em aceitar um aterro
sanitário nas proximidades é um dos sintomas dos problemas urbanos causados
pelas atividades do homem moderno (KLIGERMAN, 2000 apud AZAMBUJA, 2002).
A conscientização dos cidadãos sobre a sua responsabilidade na questão
dos resíduos sólidos urbanos é fundamental. Apenas com a participação das
comunidades é possível pensar novas formas de destinação, bem como meios de
reduzir a geração de resíduos. O envolvimento da sociedade no gerenciamento de
resíduos sólidos contribuirá em muito para o sucesso dos programas de reciclagem
e de valorização, além de gerar receita para os municípios, diminuir a quantidade de
resíduos dispostos em aterros sanitários, propiciando dessa forma, melhorias na
qualidade de vida da sociedade como um todo.
4.1 RESÍDUOS SÓLIDOS
Com o crescimento tecnológico, o homem expandiu sua habilidade de
modificar o ambiente, promovendo a escassez dos recursos naturais e a geração de
resíduos em larga escala (GRIPPI, 2001).
De acordo com Eigenheer; Ferreira; Adler (2005), juntamente com a
geração de resíduos sólidos, surge à necessidade da destinação final adequada,
porém, as alternativas existentes são caras e trabalhosas, fazendo com que as
administrações públicas adotem um modo inadequado de disposição de resíduos,
trazendo consequências sociais e ambientais graves.
Para Rodrigues; Carvinatto (2002, p.10) “a Terra comporta
aproximadamente cinco bilhões de habitantes. No decorrer deste século, a
18
população mundial dobrou de tamanho, porém a quantidade de resíduos produzidos
no mesmo período aumentou numa proporção muito maior”.
No Brasil, o número de municípios que optam por soluções adequadas
para seus resíduos não chega a 10%. A maioria dos resíduos sólidos urbanos
coletados é descartada de maneira incorreta seja em lixões ou vazadouros, não
prevendo nenhuma medida de proteção ambiental e de proteção á saúde pública
(RODRIGUES; CAVINATTO, 2002).
A disposição inadequada dos resíduos sólidos pode gerar sérios
problemas ambientais entre os quais, tem-se: i) aspectos estéticos desagradáveis; ii)
desconfiguracão da paisagem; iii) produção de maus odores; iv) proliferação de
insetos e roedores transmissores de doenças; v) presença de catadores, gerando
um problema social e de saúde pública; vi) poluição da água, pelo carregamento de
detritos através do chorume; vii) produção de gases, principalmente o metano, que é
explosivo, como resultado de decomposição anaeróbia dos resíduos; viii) poluição
do ar, se houver a queima do resíduo (MOTA, 1998).
A produção diária de resíduos sólidos urbanos, bem como a sua
composição e quantidade variam de acordo com o nível de desenvolvimento
econômico, hábitos da população e diferentes estratos sociais de uma cidade
(VILHENA, 2010).
A problemática que envolve os resíduos transcende as soluções técnicas
utilizadas normalmente pela municipalidade no gerenciamento. O problema requer o
envolvimento e a participação de vários atores sociais para a sua efetiva resolução
(FERREIRA, 2000).
4.1.1 Definição, Classificação e Origem dos Resíduos Sólidos
A Política Nacional de Resíduos Sólidos por meio da Lei n° 12.305 de
2010 considera os resíduos sólidos como “material, substância, objeto ou bem
descartado” resultante de atividades humanas em sociedade, cuja destinação final
se procede, se propõe proceder ou se está obrigado a proceder, nos estados sólido
ou semissólido, bem como gases contidos em recipientes e líquidos cujas
particularidades tornem inviável o seu lançamento na rede pública de esgotos ou em
corpos d’água, ou exijam para isso soluções técnicas ou economicamente inviáveis
em face da melhor tecnologia disponível (BRASIL, 2010).
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Ainda de acordo com a Lei n° 12.305 de 2010, os res íduos quanto à sua
origem podem ser:
a) Resíduos domiciliares: os originários de atividades domésticas em
residências urbanas;
b) Resíduos de limpeza urbana: os originários da varrição, limpeza de
logradouros e vias públicas e outros serviços de limpeza urbana;
c) Resíduos sólidos urbanos: os englobados nas alíneas “a” e “b”;
d) Resíduos de estabelecimentos comerciais e prestadores de
serviços: os gerados nessas atividades, excetuados os referidos
nas alíneas “b”, “e”, “g”, “h” e “j”;
e) Resíduos dos serviços públicos de saneamento básico: os gerados
nessas atividades, excetuados os referidos na alínea “c”;
f) Resíduos industriais: os gerados nos processos produtivos e
instalações industriais;
g) Resíduos de serviços de saúde: os gerados nos serviços de saúde,
conforme definido em regulamento ou em normas estabelecidas
pelos órgãos do Sisnama e do SNVS;
h) Resíduos da construção civil: os gerados nas construções,
reformas, reparos e demolições de obras de construção civis
incluídas os resultantes da preparação e escavação de terrenos
para obras civis;
i) Resíduos agrossilvopastoris: os gerados nas atividades
agropecuárias e silviculturais, incluídos os relacionados a insumos
utilizados nessas atividades;
j) Resíduos de serviços de transportes: os originários de portos,
aeroportos, terminais alfandegários, rodoviários e ferroviários e
passagens de fronteira;
k) Resíduos de mineração: os gerados na atividade de pesquisa,
extração ou beneficiamento de minérios;
A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) através da NBR
10004 (2004) ABNT, define resíduos sólidos nos “estados sólido e semissólido, que
resultam de atividades de origem industrial, doméstica, hospitalar, comercial,
agrícola, de serviços e de varrição”. Ficam incluídos nesta definição os lodos
20
provenientes de sistemas de tratamento de água, aqueles gerados em
equipamentos e instalações de controle de poluição, bem como determinados
líquidos.
A NBR 10004 (2004) ABNT, que substituiu a NBR 10004 (1987) ABNT,
classifica os resíduos sólidos em classes, observando seus riscos potenciais ao
meio ambiente e à saúde pública da população. Os resíduos são assim
classificados:
• CLASSE I: resíduos que apresentam periculosidade, por
possuírem uma das características de inflamabilidade,
corrosividade, reatividade, toxicidade ou patogenicidade;
• CLASSE II: Não Perigosos;
• Classe II A - Não Inertes: devido a propriedades como
biodegradabilidade, combustibilidade ou solubilidade em água;
• Classe II B - Inertes: resíduos que em contato com a água não
apresentam solubilização em concentrações superiores aos
padrões de potabilidade da água.
De acordo com Brasil; Santos (2004, p. 88) todas as atividades humanas
geram resíduos:
[...] sobras de matéria-prima que sofreu alteração de qualquer agente exterior por processos mecânicos, químicos ou físicos, sobras de processos produtivos, transformação, fabricação ou consumo de produtos e serviços, nos processos de extração de recursos naturais, ou gerados pela própria natureza em aglomerações urbanas, como folhas, galhos de árvores, terra e areia espalhados pelo vento.
Os resíduos gerados por um país são indicadores de desenvolvimento,
sinal de que o país esta crescendo e consequentemente consumindo mais. Quanto
mais potente for a economia, mais resíduos será produzido (ABRELPE, s.d apud
MATOSSINHO; ESTIVAL; SABATIN, 2004).
A população de um país desenvolvido produz muitos resíduos de
embalagens e outros produtos industrializados, enquanto a população de países
mais pobres produz grande quantidade de matéria orgânica, representada por restos
de alimentos (NAIME, 2005).
21
4.2 ASPECTOS LEGAIS
No que diz respeito aos resíduos sólidos são de extrema importância às
ferramentas legais descritas nos itens seguintes.
4.2.1 Legislação Federal
• Resolução CONAMA n° 275 de 25 de Abril de 2001
Estabelece o código de cores de diferentes tipos de resíduos, a serem
adotadas na identificação de coletores e transportadores, bem como nas campanhas
informativas para a coleta seletiva (BRASIL, 2010).
• Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) regulamenta
normas a serem aplicadas no gerenciamento de resíduos, a saber:
o NBR 10004/2004 - Resíduos Sólidos - Classificação;
o NBR 11174/ 1990 - Armazenamento de Resíduos;
o NBR 12235/1992 - Procedimentos para armazenamentos de
resíduos perigosos;
o NBR 13221/2003 - Transporte de Resíduos.
• Lei n˚ 12.305 de julho de 2010
Institui a Política Nacional dos Resíduos Sólidos, dispondo sobre seus
princípios, objetivos e instrumentos, bem como sobre as diretrizes relativas à gestão
integrada e ao gerenciamento de resíduos sólidos, incluído os perigosos, às
responsabilidades dos geradores e do Poder Público e aos instrumentos
econômicos aplicáveis.
De acordo com o Art. 7 da Lei n° 12.305/2010, a Pol ítica Nacional de
Resíduos Sólidos tem entre os seus objetivos:
o A proteção da saúde pública e da qualidade ambiental;
o As ferramentas da não geração, redução, reutilização,
reciclagem e tratamento dos resíduos sólidos, incluindo a
disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos;
22
o Incentivo à indústria da reciclagem, tendo em vista fomentar o
uso de matérias-primas e insumos derivados de materiais
recicláveis e reciclados (BRASIL, 2010).
4.2.2 Legislação Estadual
• Lei nº 11.347, de 17 de janeiro de 2000
Dispõe sobre a coleta, o recolhimento e o destino final de resíduos sólidos
potencialmente perigosos. Define destino também para pilhas e baterias (SANTA
CATARINA, 2000).
• Lei n° 12.863, de 12 de Janeiro de 2004
Obriga o recolhimento de pilhas, baterias de celulares, pequenas baterias
alcalinas e congêneres, quando não mais hábil a uso (SANTA CATARINA, 2004).
• Lei nº 14.675, de 13 de abril de 2009
Institui o Código Estadual do Meio Ambiente. Em seu Art. 266 “parágrafo
2º” determina que o Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos (PGRS) deve
contemplar procedimentos apropriados durante as operações de manuseio, coleta,
acondicionamento, transporte, tratamento e disposição final dos resíduos sólidos,
que apresentem risco à saúde pública ou ao meio ambiente devido à presença de
agentes biológicos e de substâncias químicas perigosas.
O Código Estadual do Meio Ambiente, Lei n° 14.675/2 009 tem como
princípio a compatibilização do desenvolvimento econômico-social com a proteção e
preservação da biodiversidade e melhoria da qualidade ambiental (SANTA
CATARINA, 2004).
4.2.3 Legislação Municipal
• Lei n° 3.729, de 09 de Dezembro de 1998
Institui o sistema seletivo de coleta de lixo, bem como sua implantação
em toda área urbana do Município, com objetivo de proteger o meio ambiente
(CRICIÚMA, 1998).
23
• Lei n° 4.312, de 02 de Maio de 2002
Autoriza a Prefeitura Municipal de Criciúma a realizar a coleta seletiva e o
acondicionamento de lâmpadas fluorescentes com vida útil esgotada, de acordo com
a técnica recomendada quanto ao descarte, acondicionamento, transporte e
destinação final correta de lâmpadas fluorescentes (CRICIÚMA, 2002).
4.3 RECICLAGEM
Diante dos problemas causados pela disposição inadequada nos resíduos
sólidos, Grippi (2001) aponta a reciclagem como meio de destinação correta, bem
como ação de combate a crise ambiental, uma vez que o resíduo é considerado um
dos mais sérios problemas ambientais.
Existem várias definições ao termo reciclagem. Calderoni (2003)
apresenta o termo reciclagem como sendo um bem público, no qual favorece um
meio ambiente mais saudável. Para Eigenheer; Ferreira e Adler (2005), a reciclagem
é a denominação utilizada para designar o reaproveitamento da matéria-prima em
novos subprodutos, que se originou devido à escassez econômica e social, e não
como proteção ambiental. É também considerado como sendo o resultado de uma
série de atividades através das quais materiais que se tornariam lixo, ou estão no
lixo, são desviados, sendo coletados, separados e processados para serem
utilizados como matéria-prima na manufatura de outros bens, feitos anteriormente
apenas com matéria-prima virgem (GRIPPI, 2001).
No entendimento de Rodrigues e Carvinatto (2002), a reciclagem de
resíduos é extremamente importante para a preservação do meio ambiente, pois
minimiza a extração de recursos naturais, devolve para a natureza parte desses
materiais, além de reduzir o acúmulo de resíduos nas áreas urbanas.
Ainda no pensamento de Rodrigues; Carvinatto (2002), nem tudo que se
encontra no lixo pode ser reciclado, há produtos que não são reaproveitáveis, dando
origem aos rejeitos, como por exemplo, os objetos pessoais entre estes, escova de
cabelo, guarda-chuva, caneta, até os resíduos provenientes de limpeza em quintal
ou embalagens na qual sua composição não permite a sua reutilização.
O processo de reciclagem de resíduos inicia-se com a coleta seletiva,
etapa na qual consiste na separação dos materiais recicláveis encontrados nos
resíduos sólidos urbanos (BRINGHENTI, 2004).
24
Para Brasil; Santos (2004), a reciclagem apresenta oportunidades à
população em preservar a natureza, tendo mais responsabilidade com a geração de
resíduos. Os autores ainda relacionam a quantidade de material reciclado com a
preservação dos recursos naturais (Quadro 1).
Quadro 1 - Preservação de recursos naturais com a reciclagem.Material Reciclado Preservação 1.000 kg de papel Corte de 20 árvores
1.000 kg de plástico Extração de milhares de litros de petróleo
1.000 kg de alumínio Extração de 5.000 kg de minério
1.000 kg de vidro Extração de 1.300 kg de areia
Fonte: Brasil e Santos (2007).
4.3.1 Papel
A reciclagem do papel proporciona alguns benefícios ao meio ambiente
como a redução de consumo de energia e água (VILHENA, 2010).
Azambuja (2002) diz que nem todo papel pode ser reciclado, devido a
fatores econômicos e pela contaminação do papel que inviabilizam sua reciclagem.
Vilhena (2010) aponta alguns papeis não recicláveis, a saber: papel
vegetal; papel empregado com substâncias impermeáveis (resina sintética, betume,
etc.); papel carbono; papel sanitário usado (papel higiênico, papel toalha,
guardanapo e lençóis de papel); papel sujo, engordurado ou contaminado com
produtos químicos.
4.3.2 Plástico
Os plásticos são artefatos produzidos a partir de resinas (polímeros),
geralmente sintéticos e derivados do petróleo (BRASIL; SANTOS, 2004). Devido à
problemática ocasionada pela disposição do material de plástico em lixões e aterros,
a remoção, redução ou eliminação do lixo é extremamente importante, uma vez que
a separação de plástico do restante de lixo traz uma série de benefícios à
população, como o aumento da vida útil dos aterros, geração de empregos,
economia de energia, entre outros.
De acordo com Grippi (2001), a disposição final do plástico é um desafio
enfrentado frequentemente devido a sua resistência á biodegradação. O autor
25
ressalta ainda que o material plástico é encontrado em volume significativo no lixo
urbano.
Para Vilhena (2010), os materiais plásticos são classificados em dois
grupos:
• Termofixos: são os plásticos que quando passados por processos
usuais não podem mais sofrer novos ciclos de processamento, uma
vez que não se fundem novamente;
• Termoplásticos, utilizados em grande escala; podem ser
reprocessados diversas vezes devido ao potencial de serem
fundidos e moldados quando submetidos a temperaturas
adequadas.
Um dos exemplos dos termoplásticos é o PEBD - polietileno de baixa
densidade; PEAD - polietileno de alta densidade; PVC - policloreto de vinila; PS -
poliestireno; PP - polipropileno; PET - polietileno - tereftalato, entre outros
(VILHENA, 2010).
No Quadro 2 constam listados alguns exemplos de plásticos recicláveis e
não recicláveis.
Quadro 2 - Descrição de alguns materiais plásticos recicláveis e não recicláveis. Plásticos Recicláveis Plásticos Não Recicláveis
Embalagem de refrigerante Cabo de Caneta
Embalagem de material de limpeza Tomadas
Copinho de café Embalagem de biscoito
Embalagem de margarina Misturas de papel, plásticos e metais.
Canos e tubos
Sacos plásticos em geral
Fonte: Brasil e Santos (2004).
4.3.3 Vidro
Segundo Vilhena (2010), o vidro é totalmente reciclável, não ocorre perda
de material durante o processo de fusão e a introdução de caco de vidro no
processo de produção, reduz os custos com a produção.
Os resíduos sólidos urbanos constituem alguns tipos de vidros que não
são passíveis de reciclagem, tais como: espelhos, vidros de janelas, boxes de
26
banheiros, cristais, ampolas de remédios e alguns utensílios domésticos como
travessas e formas (AZAMBUJA, 2002).
4.3.4 Metal
De acordo com Grippi (2001), os metais são classificados em dois grupos
quanto sua composição: i) ferrosos, são os compostos por ferro e aço; ii) não
ferrosos, constituídos de cobre, chumbo, níquel, e zinco.
Em relação aos metais, Brasil e Santos (2004) afirmam que são matérias
de grande durabilidade, boa resistência mecânica e facilidade de conformação, e
são muito utilizados em equipamentos, estruturas e embalagens.
Existem dois processos de fabricação de metais, os primários, no qual é
obtido através do minério, e o processo secundário pela fusão do metal já utilizado.
O segundo processo é recomendado, pois o consumo de energia é menor
(VILHENA, 2010).
Segundo Grippi (2001) a principal vantagem da reciclagem dos materiais
de metal é evitar as despesas da fase de redução do minério a metal, a qual
necessita de alto consumo de energia e requer transporte de grandes volumes de
minérios, além de custos com instalações (unidades de extração e beneficiamento).
4.3.5 Material Orgânico
De acordo com SEMA (2008) apud Duzzioni (2010), restos de frutas,
legumes, verduras, restos de alimentos, entre outros, são classificados com material
orgânico com grande potencial de utilização como fertilizante orgânico, desde que se
passe por um processo de compostagem. Em estabelecimentos domiciliares e
comerciais, como é o caso das atividades do Bloco Administrativo, é comum a
geração de resíduos de material orgânico.
Ainda de acordo com SEMA (2008) apud Duzzioni (2010), existem
materiais orgânicos compostáveis e não compostáveis (Quadro 3).
27
Quadro 3 - Descrição de materiais potencialmente compostáveis e não compostáveis. Materiais Compostáveis Materiais Não Compostáveis
Sobras de comida cozida, cascas de frutas,
legumes e verduras. Carnes, peixe, ossos.
Borra de café, saquinhos de chá, cascas de
ovos esmagadas, flores murchas, grama
cortada.
Laticínios, gorduras (queijos, manteigas e
molhos)
Folhas seca, palha, serragem, bagaço de cana Excrementos de animais, resíduos de jardins
tratados com pesticidas, bitucas de cigarro.
Fonte: SEMA (2008) apud Duzzioni (2010).
4.3.6 Lâmpada Fluorescente
A reciclagem de lâmpadas fluorescentes se dá pela recuperação e
reaproveitamento de alguns de seus componentes, tais como vidro que constitui
cerca de 93% e pode ser reaproveitado na produção de contêineres não
alimentícios, misturado ao asfalto e manilhas de cerâmica; mercúrio que é
encontrado em proporção pequena, podendo ser reutilizado na confecção de novas
lâmpadas e termômetros; alumínio que pode ser reciclado e utilizado para diversos
fins (SEMA, 2008).
As lâmpadas fluorescentes conforme Sanches (2008) devem ser
acondicionadas de maneira a evitar possíveis choques que venham ocasionar sua
ruptura; deve ser armazenada em suas embalagens originais, acondicionadas em
local ventilado e seco, através de tambores metálicos, caixa de madeira ou similares.
4.3.7 Fatores que Interferem nos Programas de Reciclagem
De acordo com Mattosinho; Estival; Sabadin (2004), o sucesso dos
programas de reciclagem depende de alguns fatores. Considerando esta premissa,
para que a reciclagem seja uma atividade viável, se faz necessário, programas de
educação ambiental e de coleta seletiva.
Os autores ainda afirmam que a coleta seletiva é de fundamental
importância no destino final adequado dos resíduos sólidos, bem como na geração
de emprego e renda de catadores e o desenvolvimento de empresas recicladoras.
Vilhena (2010) apresenta algumas vantagens que a reciclagem pode
proporcionar:
28
• Diminuição da quantidade de lixo a ser aterrada;
• Preservação de recursos naturais;
• Economia de energia;
• Diminuição de impactos ambientais;
• Novos negócios;
• Geração de empregos diretos e indiretos.
4.4 PLANO DE GERENCIAMENTO
O gerenciamento de resíduos sólidos consiste em um conjunto de ações
que envolvem a produção, manejo, coleta, tratamento e disposição final, dando para
cada tipo de resíduo o tratamento e a disposição adequada (BRASIL; SANTOS,
2004).
De acordo com a Lei 12.305/2010, que dispõe sobre a Política Nacional
dos Resíduos Sólidos, no sistema de gerenciamento deve-se ressaltar
preferencialmente a seguinte ordem: não geração, redução, reutilização, reciclagem,
tratamento dos resíduos sólidos e disposição final adequada ambientalmente dos
rejeitos (BRASIL, 2010).
De acordo com o Ministério do Meio Ambiente Brasil (2001) apud
Castilhos (2003), o plano de gerenciamento de resíduos sólidos é um documento
que apresenta a situação atual do sistema de limpeza urbana, com a pré-seleção de
alternativas mais viáveis, o estabelecimento de ações integradas e diretrizes sob os
aspectos ambientais, econômicos, financeiros, administrativos, técnicos, sociais e
legais para todas as fases de gestão de resíduos sólidos, desde a geração até a
destinação final.
O gerenciamento de resíduos sólidos apropriado inicia-se por meio de
análise dos resíduos com definição de aspectos qualitativos e quantitativos,
posteriormente a caracterização e estimativa dos riscos e potencialidades
tecnológicas de reaproveitamento para cada tipo de resíduo (NAIME, 2005 apud
DUZZIONI, 2010).
Para Bringhenti (2004), o município é responsável pelo gerenciamento de
resíduos sólidos urbanos, e a realização de ações que visem orientar a população
quanto à diminuição da geração de resíduos e coleta seletiva é extremamente
importante para o sucesso do gerenciamento.
29
4.4.1 Etapas do Sistema de Gerenciamento de Resíduos Sólidos
� Acondicionamento
O acondicionamento adequado dos resíduos sólidos visa o controle dos
vetores, proteção dos solos e da água, fazendo com que moradias,
estabelecimentos industriais, comerciais, de saúde e vias públicas se mantenham
limpas e livres de contaminação (CARVALHO; OLIVEIRA, 1997).
Conforme a ABNT NBR 12235/1992, os resíduos perigosos devem ser
acondicionados temporariamente para posterior tratamento, recuperação, reciclagem
e/ou disposição final em contêineres, tambores, tanques e/ou a granel, devidamente
identificados.
Conforme Brasil; Santos (2004) o recipiente adotado para o
acondicionamento dos resíduos se faz pela característica, quantidade, tipo de
transporte e a disposição final.
� Armazenamento
O armazenamento de resíduos de acordo com a ABNT 11174/1990 deve
ser realizado de modo que preserve a classificação original, minimizando assim os
riscos de danos ambientais. Os resíduos de Classe IIA e IIB não devem ser
armazenados associados com os da Classe I, evitando que os resíduos perigosos
contaminem os demais.
Segundo ABNT 12235/1992 o local de armazenamento de resíduos
perigosos deve atender alguns critérios, como: i) Isolamento, impedindo o acesso de
pessoas estranhas; ii) Sinalização adequada da instalação apontando os riscos de
acesso ao local.
� Transporte
Conforme Brasil; Santos (2004) devido as suas características, os
resíduos sólidos necessitam ser transportados mecanicamente do gerador até sua
disposição final.
O transporte dos resíduos para sua destinação fora do local de geração,
seja para reciclagem, reutilização, tratamento ou destinação final, deve ser realizado
de tal forma que não comprometa as características físicas ou químicas dos
resíduos sólidos (NAIME, 2005).
30
A ABNT NBR 13221/2003 estabelece que os equipamentos utilizados no
transporte de resíduos devem ser adequados, bem conservados, evitando a
ocorrência de vazamentos ou derramamento dos resíduos. Os resíduos devem estar
devidamente acondicionados para que não se espalhem por vias públicas assim
como estar protegidos de fenômenos atmosféricos.
O transporte dos resíduos sólidos segundo Brasil; Santos (2004) podem
ser realizados em veículos do tipo: i) caminhão poliguindaste; ii) caminhão
basculante; iii) caminhão tanque; iv) caminhão de carroceria aberta. Ainda de acordo
com Brasil; Santos (2004) há a necessidade de realização de treinamento do
motorista e ajudantes, dando ênfase quanto ao tipo de resíduo que estão
transportando, eventuais riscos da carga, rota a ser a ser seguida, telefones de
órgãos públicos, como polícia rodoviária e federal, corpo de bombeiros, defesa civil,
órgão gerador do resíduo, instruções de emergência contida no plano de ação
emergencial para transporte de resíduos, entre outros.
� Tratamento
De acordo com Valle (2002), o tratamento visa alterar as características de
um resíduo, neutralizando seus efeitos nocivos.
Para Brasil; Santos (2004), na maioria das vezes procura-se adotar um
tratamento que permita a redução do volume para minimizar os custos de transporte
e disposição final, muitas vezes conseguido através de secagem e desidratação.
No caso dos resíduos sólidos urbanos, Monteiro (2001) relata que o
tratamento mais eficaz é o prestado pela própria população quando está empenhada
em reduzir a quantidade de resíduo, evitando o desperdício, reaproveitando os
materiais, separando os recicláveis em casa ou na própria fonte e se desfazendo do
resíduo que produz de maneira correta. Por outro lado, além desses procedimentos,
existem processos físicos e biológicos que objetivam estimular a atividade dos
micoorganismos que atacam o resíduo, decompondo a matéria orgânica e causando
poluição. As usinas de incineração ou de reciclagem e compostagem interferem
sobre essa atividade biológica até que ela cesse, tornando o resíduo inerte e não
mais poluidor.
31
� Disposição Final
Em relação aos locais de destino final adequado aos resíduos sólidos,
Brasil (1983) apud Sisinno; Oliveira (2000) relata que geralmente apresentam
elevado custo. Além disso, as áreas de disposição final se localizam distantes dos
centros geradores e possuem disposição limitada para o recebimento dos resíduos,
normalmente com vida útil inferior a 20 anos.
No caso dos resíduos sólidos considerados perigosos, devido as suas
características físicas, químicas ou biológicas, não podem ser reutilizados,
reciclados ou dispostos em aterros sem tratamento adequado (STRAUCH, 2008).
Esta situação encarece os custos de disposição final, obrigando os centros
geradores buscar alternativas, como a redução e reciclagem, quando possível.
Para Carvalho; Oliveira (1997) os “Aterros Sanitários” são locais
adequados para a disposição final do “lixo”. Os resíduos são acondicionados de
maneira que fiquem confinados sem causar grandes danos ao meio ambiente. O
autor ainda ressalta que apesar de apresentar custo mais elevado do que os
“lixões”, a disposição final dos resíduos sólidos em aterros sanitários ainda são a
maneira mais econômica para a destinação final dos resíduos gerados nas cidades.
De acordo com Brasil; Santos (2004, p.132), aterros sanitários são:
[...] métodos de engenharia para a disposição de resíduos sólidos no solo, baseado em técnicas sanitárias (impermeabilização do solo, compactação e cobertura diária das células do lixo; coleta e tratamento de gases; coleta e tratamento do chorume) entre outros procedimentos técnico-operacionais responsáveis por evitar os aspectos negativos da disposição final.
Os aterros para resíduos perigosos (Classe I) são constituídos por dupla
impermeabilização, visando proteger o solo e os lençóis de água subterrânea do
contato com o percolado, que é capturado pelo sistema de drenagem dos líquidos
para posterior tratamento (BRASIL; SANTOS, 2004).
A disposição final correta para os resíduos de Classe II A (Não Inertes),
de acordo com Brasil; Santos (2004) são realizados em aterros impermeabilizados
na base e nas laterais com argilas e manta de Polietileno de Alta Densidade (PEAD),
e ainda conter sistema de drenagem de líquidos percolados e de gases.
Os resíduos de Classe II B (Inertes), não necessitam de aterros com o
solo impermeabilizado, devido suas características, apenas possuem uma vala com
sistema de drenagem de águas pluviais (BRASIL; SANTOS, 2004).
32
4.4.2 Minimização dos Resíduos Sólidos
A minimização de resíduos sólidos envolve qualquer técnica, processo ou
atividade que permite evitar, eliminar ou reduzir o resíduo na sua fonte, reusar ou
reciclar os resíduos para vários usos (THIESEN, 2000). Este autor mostra ainda que
a minimização de resíduos sólidos traz diversos benefícios de ordem econômica e
ambiental.
• Benefícios econômicos: redução de custos com pré-tratamento,
transporte e disposição final dos resíduos; diminuição com despesa
de produção, incluindo a redução de matéria-prima e energia;
• Benefícios Ambientais: minimização de impactos associados à
geração de resíduos; atendimentos as legislações vigentes em
âmbito municipal, estadual ou federal; conservação dos recursos
naturais e melhoria da imagem diante da comunidade e dos
empregados.
� Segregação
A segregação dos resíduos sólidos segundo a ABNT NBR 12235/1992
impede que efeitos indesejáveis ocorram tais como incêndios, liberação de gases
tóxicos, lixiviação de substâncias tóxicas.
A segregação evita ainda a mistura de resíduos incompatíveis, garantindo
a qualidade dos resíduos passíveis de serem reciclados ou recuperados, diminuindo
o volume de resíduos perigosos (BRASIL; SANTOS, 2007).
� Reduzir
A melhor maneira de resolver o problema da geração de resíduos é evitar
o seu aparecimento, este processo pode ser realizado através de simples ações
como prolongar o tempo de vida útil do produto, preferir o uso de materiais duráveis.
A redução de resíduos é a forma mais interessante visando à preservação ambiental
dos recursos naturais (BRASIL; SANTOS, 2007).
A redução de resíduos em residências e estabelecimentos comerciais
implica em reduzir o consumo de tudo o que não é realmente necessário. Isto
significa rejeitar produtos com embalagens plásticas e isopor, preferindo as de
33
papelão que são recicláveis, que não poluem o ambiente e desperdiçam menos
energia (BRASIL; SANTOS, 2007)
De acordo com Moreira (2001) apud Duzzioni (2010) existem várias
vantagens na redução de resíduos, tais como, a diminuição de desperdícios, a
supressão de perdas no processo produtivo, a redução no volume de resíduos, a
redução de perdas de matérias-primas, entre outros.
� Reutilizar
De acordo com Brasil; Santos (2004) para a reutilização de resíduos faz-
se necessário muita imaginação, pouca tecnologia e alteração na forma de
destinação do produto.
De modo geral, a reutilização significa usar um produto de várias
maneiras. Como exemplo tem-se:
o Reutilizar recipientes de plásticos ou vidro para outros fins,
como plantar, fazer brinquedos;
o Reutilizar envelopes, colocando etiquetas adesivas sobre o
endereço do remetente e destinatário;
o Aproveitar folhas de papel rasuradas para anotar telefones,
lembretes, recados;
o Instituir a Feira de Trocas para reciclar, aproveitando ao
máximo os bens de consumo, como: roupas, discos,
calçados, móveis.
� Reciclar
A reciclagem é uma maneira de lidar com o resíduo de forma a reduzir e
reusar. Este processo consiste em dar outros usos aos resíduos.
A reciclagem reduz o volume de resíduo, o que contribui para diminuir a
poluição e a contaminação, bem como na recuperação natural do meio ambiente,
assim como a economia de materiais e energia usada para fabricação de outros
produtos.
Para Brasil; Santos (2004), o significado de reciclar é economizar
energia, poupar recursos naturais e trazer de volta ao ciclo produtivo o que é jogado
fora. A reciclagem pode ocorrer internamente quando os materiais retornam para o
34
processo produtivo original ou externamente, ocorrendo quando os materiais sofrem
alterações.
Existem três setas que compõem o símbolo da reciclagem (Figura 1),
cada uma representa um grupo de pessoas que são indispensáveis para garantir
que a reciclagem ocorra. A primeira seta representa os produtores, as empresas que
fazem o produto. Eles vendem o produto para o consumidor, que representa a
segunda seta. Após o produto ser usado ele pode ser reciclado. A terceira seta
representa as companhias de reciclagem que coletam os produtos recicláveis e
através do mercado, vendem de volta o material usado para o produtor transformá-lo
em novo produto.
Figura 1 - Símbolo padrão de identificação de um produto reciclável.
Fonte: SEMA (2008).
35
5 METODOLOGIA
A metodologia utilizada tem como base o levantamento de informações
através de entrevista, vistoria in loco e registro fotográfico visando caracterizar a
origem, tipo, classificação e gerenciamento existente nos setores e departamentos
que compõem o Bloco Administrativo do Paço Municipal da Prefeitura de Criciúma,
além de consulta em documentos e bibliografias existentes e enquadramento à
legislação vigente.
As etapas desenvolvidas no trabalho foram:
a) Estrutura física, origem, tipo e a classificação dos resíduos sólidos;
b) Procedimentos operacionais relativos ao gerenciamento existente;
c) Ações preventivas e corretivas ao gerenciamento de resíduos
sólidos.
5.1 ESTRUTURA FÍSICA, ORIGEM, TIPO E A CLASSIFICAÇÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS
Foi realizado levantamento das características gerais dos setores e
departamentos do Bloco Administrativo do Paço Municipal de Criciúma informando o
tipo de estrutura, produção de serviços executados, número de funcionários entre
outras informações, com base em dados existentes e registro fotográfico. Também
foi identificado o tipo e classificação dos resíduos sólidos gerados por setor e
departamento.
Para subsidiar o levantamento foi elaborado um roteiro de entrevista,
conforme apresentado no Apêndice A, e aplicado durante a visita técnica para coleta
de informações que subsidiaram o inventário de resíduos.
5.2 PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS RELATIVOS AO GERENCIAMENTO EXISTENTE
Esta etapa consistiu na descrição de procedimentos operacionais
realizado em associação com as vistorias em cada setor e departamento, e apoiado
com registro fotográfico, identificando a procedência atual da gestão de resíduos
sólidos, considerando as eficiências e deficiências.
36
5.3 AÇÕES PREVENTIVAS E CORRETIVAS AO GERENCIAMENTO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS
De posse das informações levantadas relativas ao inventário de resíduos
foram indicadas ações preventivas e corretivas que auxiliaram o detalhamento para
elaboração e implantação do plano de gerenciamento de resíduos sólidos.
No Apêndice B consta o inventário detalhado dos resíduos sólidos
gerados por setor e departamento do Bloco Administrativo do Paço Municipal.
37
6 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS
Os resultados são apresentados considerando num primeiro momento a
descrição dos setores do Bloco Administrativo, serviços, estrutura, entre outras
informações.
Num segundo momento os resultados do inventário considerando o
levantamento da origem, tipo e classificação dos resíduos, acompanhada dos
procedimentos operacionais existentes. Em seguida a proposição de ações para
elaboração do Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos.
6.1 ESTRUTURA, ORIGEM, TIPO E CLASSIFICAÇÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS
6.1.1 Estrutura do Bloco Administrativo
O Bloco Administrativo do Paço Municipal de Criciúma encontra-se
localizado na Rua Domenico Sônego, Bairro Santa Bárbara, em Criciúma, Santa
Catarina.
A estrutura física comporta devidamente todos os atendimentos e
procedimentos realizados na Prefeitura Municipal, visando o gerenciamento
administrativo e bom relacionamento entre funcionários e público externo. É
composto por 38 setores, 10 banheiros, duas copas, um salão e dois bancos. O
horário de funcionamento é das 08 ás 17 horas, de segunda à sexta-feira.
Os recursos humanos do Bloco Administrativo compreendem o gabinete
do prefeito municipal, cinco secretários administrativos, uma recepcionista para
atendimento geral do bloco, além de aproximadamente 279 funcionários (técnicos e
auxiliares) e 73 estagiários, totalizando 352 profissionais (técnicos, auxiliares e
estagiários). Além deste corpo funcional, existem profissionais que prestam serviços,
como os vigilantes que fazem a segurança, profissionais ligados a serviços de
informática e de manutenção.
Adiante consta um esboço resumido com as principais atividades e
serviços prestados pelos diferentes setores e departamentos do Bloco Administrativo
no Paço Municipal.
38
� Alvará
O departamento de Alvará é responsável pelas consultas de viabilidade
de empresas e profissionais autônomos que visem desenvolver suas atividades no
município. Foi observado durante o levantamento que os principais resíduos gerados
neste setor são o papel e copos plásticos.
Atualmente este setor conta com três funcionários e um estagiário.
� Arrecadação
É responsável pela emissão de carnês de IPTU, guia de ITBI, Alvará de
Localização, parcelamento de débitos, bem como processos de restituição de
pagamento em duplicidade e indevidos, certidão de aposentadoria, baixa de
empresa, compensação de pagamentos, notificação ao contribuinte. Neste setor
existe grande geração de resíduos de papel e copo plásticos, devido ao grande fluxo
de emissão de guias de pagamentos de impostos.
Atualmente este setor conta com oito funcionários e quatro estagiários.
� Informática
As atividades desenvolvidas neste setor constituem basicamente a
manutenção de equipamentos, monitoramento de softwares utilizados, controle da
telefonia e telecomunicações, além do desenvolvimento e manutenção do site da
prefeitura.
Atualmente este setor conta com 12 funcionários e dois estagiários.
� Fiscalização de Alvará
Compreende a fiscalização nas ruas, dos estabelecimentos que se
encontre em desconformidade quanto ao seu horário de funcionamento e atividade.
Atualmente este setor conta com um funcionário e três estagiários.
� Departamento de Cadastro
Realiza a atualização de dados cadastrais para fins de lançamento de
impostos e taxas municipais; emite certidões de averbação, demolição de
construção, atualização das confrontações de acordo com o cadastro imobiliário.
Atualmente este setor conta com sete funcionários e quatro estagiários.
39
� Dívida Ativa
O Departamento de Dívida Ativa executa atendimento ao público externo
com débitos em execução judicial. Esclarece aos contribuintes questões de
parcelamento, dívidas e prescrição; parcela os débitos em dívida ativa; atende os
oficiais de justiça; confecciona termo de inscrição em dívida ativa, certidão de dívida
ativa, petição inicial para ajuizamento; emite e envia cartas de comunicação de
débitos aos contribuintes. Atualmente este setor conta com três funcionários.
� Contabilidade
É onde se registram todos os atos e fatos contábeis da administração
pública direta e indireta do município, elaborando o fechamento das contas
orçamentárias, financeiras, patrimoniais e outras. Elabora PPA (Plano Plurianual),
LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias), LOA (Lei Orçamentária Anual), balancetes,
balanços, relatórios exigidos pela Lei de Responsabilidade Fiscal.
Acompanha ainda a execução do orçamento com o intuito de verificar o
equilíbrio nas contas públicas, com a aplicação de índices constitucionais, com
realização de audiências, além de acompanhar as análises e auditorias das contas
públicas, e de sanar dúvidas junto às outras secretarias e órgãos do município.
Atualmente este setor conta com oito funcionários e um estagiário.
� Diretoria de Logística
É responsável por adquirir, armazenar, suprir, controlar e manter os bens
móveis, imóveis e serviços para a Prefeitura Municipal. Atualmente este setor conta
com 20 funcionários e um estagiário.
� Setor de Protocolo
Setor encarregado de receber, registrar, controlar e arquivar documentos
a serem distribuídos nas secretarias da prefeitura, bem como realizar atendimento
interno e externo. Atualmente este setor conta com dois funcionários e dois
estagiários.
� Controle Interno
Desenvolve atividades relacionadas à fiscalização no cumprimento das
40
obrigações contidas na Lei de Responsabilidade Fiscal, com ênfase no que se refere
ao atendimento de metas fiscais estabelecidas na Lei de Diretrizes Orçamentárias,
limites e condições para realização de operações de crédito e inscrição em restos a
pagar.
Realiza também medidas adotadas para retorno da despesa total com
pessoal se não atendidos os limites estabelecidos, providenciando tomadas para
recondução dos montantes das dívidas consolidadas e imobiliárias se não atendidos
os limites estabelecidos. Controla ainda a destinação de recursos obtidos com
alienação de ativos fixos de acordo com exigências legais, além do cumprimento do
limite de gastos totais do Poder Legislativo Municipal.
Atualmente este setor conta com cinco funcionários.
� Coordenação dos Conselhos
Setor responsável pela participação em reuniões de conselhos do
município, confecção de atas, projeto de leis, ofícios, memorandos e organização de
conferencias.
Atualmente este setor conta com dois funcionários e três estagiários.
� Coordenadoria Urbanização Comunitária
São realizadas atividades de atendimento aos bairros, retorno da
ouvidoria da prefeitura, agendamento de festas, mobilização de eventos das
comunidades e autoridades.
Atualmente este setor conta com três funcionários e três estagiários.
� DPFT - Departamento de Planejamento Físico Territorial
É responsável pela consulta de viabilidade para liberação de Alvará de
funcionamento, licenciamento de construção, habite-se, loteamento, condomínio,
desmembramento e remembramento. Atualmente este setor conta com 16
funcionários.
� Secretaria do Sistema Social
Setor responsável por programar e coordenar a política pública de
assistência e habitação no município, promovendo um conjunto integrado de ações
sócio-assistenciais, para atendimento á população e grupos que se encontra em
41
situações de vulnerabilidade e risco social.
Atualmente este setor conta com seis funcionários e um estagiário.
� Secretária do Sistema Econômico
O Sistema Econômico é responsável por fornecer e regular os recursos
financeiros do município, formulando e implementando políticas que garantam a
justiça fiscal, a moderação das contas publicas e o desenvolvimento de ações de
governo, em beneficio da sociedade criciumense. Atualmente este setor conta com
dois funcionários.
� Fiscalização de Tributos
Neste setor são realizadas atividades referentes à emissão de Notas
Fiscais Avulsas para prestadores de serviços autônomos, procedimentos para baixa
de empresas, liberação e autorização para impressão de documentos fiscais.
Atualmente este setor conta com cinco funcionários e um estagiário.
� Fiscalização de Terreno Baldio e Calçada
As atividades realizadas neste setor são notificações de terreno baldio e
calçadas que se encontra em desconformidades com as Leis Municipais n° 2425 e
n° 3070. Exerce ainda o papel de envio de correspon dência a fim de informar o
contribuinte quanto ao descumprimento da referida Lei e retirada de consultas
prévias para localização dos terrenos. Atualmente este setor conta com três
funcionários e 12 estagiários.
� Secretaria Municipal de Infraestrutura, Planejamento, Mobilidade
Urbana
Setor competente por planejar e executar obras e serviços de
infraestrutura, saneamento básico, drenagem, pavimentação de vias públicas,
construção e reforma de escolas, unidades de saúde, entre outros que possam
contribuir para a melhoria da qualidade de vida da população do município.
� Diretoria Executiva de Comunicação
Exerce o papel fundamental de divulgar os propósitos e ações realizadas
pelo município. Atualmente este setor conta com oito funcionários e dois estagiários.
42
� Secretaria Municipal do Sistema de Saúde
Setor responsável por implementar políticas de saúde que garantam o
acesso a população a todos os serviços de saúde. Atualmente este setor conta com
28 funcionários e 10 estagiários.
� Almoxarifado
Responsável pelos pedidos, recebimentos, conferição, armazenamento e
distribuição de materiais utilizados pelo município para execução de atividades e
materiais de limpeza. Atualmente este setor conta com um funcionário.
� Setor de Recursos Humanos
O Departamento de Recursos Humanos executa as atividades relativas à
política de administração de recursos humanos, tais como: recrutar, selecionar,
admitir e treinar o pessoal que pertence ao quadro de funcionários e estagiários da
Prefeitura Municipal, registrando a movimentação de pessoal, controlando a carga
horária, elaborando as folhas de pagamento dos servidores entre outras atividades
delegadas para este setor. Atualmente este setor conta com 13 funcionários e cinco
estagiários.
� Defesa Civil
Setor responsável por socorrer comunidades atingidas por desastres
adversos (alagamento, deslizamentos, tornados, enchente, vendaval,
desmoronamento, etc.). Além disso, orienta a população quanto a procedimentos e
condutas na decorrência desses acontecimentos, esclarecendo a população quanto
a medidas com o propósito de futuramente estas ocorrências não aconteça.
Atualmente este setor conta com três funcionários e um estagiário.
� Tesouraria
O setor de Tesouraria exerce a função de receber, pagar, guardar e
movimentar dinheiro do Município. Atualmente este setor conta com três
funcionários e um estagiário.
� Isenção de IPTU
É responsável pela conferência de pessoa física e jurídica quanto à
43
possibilidade de isenção de impostos. Atualmente este setor conta com dois
funcionários e dois estagiários.
� Desenvolvimento Econômico
Compete a este setor implantar a política de economia relacionada com o
desenvolvimento da indústria, da agroindústria e do comércio no município,
adotando medidas que representem estímulos e incentivos á iniciativa privada.
Atualmente este setor conta com três funcionários e um estagiário.
� Gerência de Sistemas
Setor responsável em gerenciar a operação e manutenção do sistema
operacional utilizado no Bloco Administrativo. Conta com um funcionário.
� Secretaria de Educação
Setor responsável por formular e articular as políticas públicas de
educação, cuidar da melhoria da qualidade do ensino, implantar diretrizes para
educação infantil, ensino fundamental e educação de jovens e adultos do Município;
promover levantamento s e pesquisas de natureza educacional e pedagógica;
coordenar as atividades de organização escolar nos aspectos pedagógicos e
administrativos na esfera da rede municipal de ensino. Atualmente este setor conta
com 36 funcionários e três estagiários.
� Copa
Existem duas copas no Bloco Administrativo, tendo a função de preparar
refeições básicas, como, café, entre outras refeições. Este setor atende todos os
funcionários ligados aos serviços gerais. Atualmente as duas copas contam com 13
funcionários.
� Setor de Cópias
Setor que oferece o serviço da retirada de cópias de documentos
administrativos para todos os funcionários da Prefeitura Municipal e para os
contribuintes que precisarem de cópia de qualquer documento.
Atualmente este setor conta com dois funcionários.
44
� Licitação
O Departamento de Licitação formaliza e executa os processos de
licitações, dispensas ou inexigibilidades, promovendo o cadastro geral de
fornecedores e formalizando todos os contratos administrativos decorrentes de
licitações para obras, serviços, publicidade, compras, alienações e locações,
respeitando a modalidade licitatória cabível em cada caso e situação.
Atualmente este setor conta com dois funcionários.
� Departamento de Patrimônio
A função do Departamento de Patrimônio, abrange as atividades de
recepção, controle, utilização, guarda, conservação e desfazimento dos bens móveis
da Prefeitura. Atualmente este setor conta com seis funcionários e dois estagiários.
� Administração
Setor responsável pelo gerenciamento administrativo dos setores e
departamentos do Bloco Administrativo. Possui sete funcionários e um estagiário.
� Gabinete
Este setor desempenha o atendimento ao público, com o objetivo de ouvir
a população e saber quais são os anseios dos moradores do município. É
responsável por decisões que influenciam a vida da comunidade, promovendo a
interação entre o Prefeito e as secretarias municipais, entidades públicas, privadas e
órgãos estaduais e federais.
O Gabinete também exerce o papel de expedição de correspondências,
organiza agendas e audiências do Prefeito, prepara e encaminha o recurso a ser
despachado pelo chefe do executivo; redige, registra e expede os atos do prefeito
junto a Procuradoria Geral. Atualmente este setor conta com 12 funcionários.
� Procuradoria
A procuradoria é responsável pela representação do município em juízo,
exercendo funções de consultoria e assessoria jurídica. Atua ainda na emissão de
pareceres nos processos administrativos, interpretando leis e atos administrativos,
notificações e intimações em que o município for autor, réu assistente ou oponente.
45
Auxilia também as secretarias do município sempre que solicitada para
dizer da legalidade de assuntos de interesse do município.
Atualmente este setor conta com 18 funcionários e sete estagiários.
� Ouvidoria
A ouvidoria recebe, encaminha e acompanha denúncias, reclamações,
sugestões e elogios dos municípios, no qual serve como elo direto de comunicação
entre a população e a administração municipal.
� Salão Ouro Negro
Espaço reservado para recepção de reuniões, audiências entre outras
apresentações.
Este setor não conta com nenhum funcionário fixo, apenas os
profissionais de serviços gerais realizam a limpeza diária.
� Telefonista
Responsável pelo sistema de telefonia do bloco administrativo do Paco
Municipal, ou seja, recebe, transfere e efetua ligações telefônicas.
Atualmente este setor conta com três funcionários.
� Depósito Protocolo
Neste setor são arquivados os processos administrativos requeridos e
encerrados pelo setor de protocolo. Este setor não conta com nenhum funcionário
fixo. Atualmente este setor conta com três funcionários.
� INCRA
O Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA) é o setor
responsável pela emissão e cobrança de impostos rurais. Atualmente conta com três
funcionários.
� Banco Bradesco/Brasil
Exerce atendimento bancário aos funcionários e estagiários da Prefeitura
Municipal de Criciúma, como cobranças de boletos, viabilização e esclarecimentos a
46
respeito de empréstimos, capitalizações e seguros de automóveis, residências e de
vida.
Atualmente o Banco do Brasil conta com dois funcionários e o Banco
Bradesco com três funcionários.
� Banheiros
Existem 10 banheiros distribuídos no Bloco Administrativo. Não existe
funcionário nos banheiros, apenas os profissionais de serviços gerais realizam a
limpeza diária.
6.1.2 Origem, Tipo e Classificação dos Resíduos Sólidos
A realização do inventário dos resíduos sólidos gerados no Bloco
Administrativo foi desenvolvido com o objetivo de contribuir para a elaboração de um
plano de gerenciamento de resíduos sólidos que possa futuramente ser implantado,
bem como adotar medidas que visam a redução, reutilização e reciclagem dos
resíduos que recebem destino final inadequado.
Diante da realização do inventário foi possível verificar que alguns dos
resíduos passíveis de reciclagem estão sendo encaminhados para o Aterro Sanitário
da SANTEC. Dentre estes, pode-se citar: vidro, metal, material orgânico, pilhas,
entre outros.
Após a realização das vistorias para diagnosticar o inventário de resíduos
sólidos de cada setor e departamento, optou-se por elaborar uma síntese do
inventário (Quadro 4).
Quadro 4 - Síntese do inventário de resíduos sólidos gerados nos setores e departamentos do Bloco Administrativo.
Ordem Resíduos Sólidos Reciclável / Não
Reciclável
Destinação realizada pela
Prefeitura
1 Almofada de Carimbo Não Reciclável Aterro Sanitário
2 Ampola (Garrafa Térmica) Reciclável Aterro Sanitário
3 Baldes Reciclável Aterro Sanitário
4 Bandeja Reciclável Aterro Sanitário
5 Banners Reciclável Aterro Sanitário
6 Bombonas Reciclável Reciclagem
7 Borracha Não Reciclável Aterro Sanitário
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Ordem Resíduos Sólidos Reciclável / Não
Reciclável
Destinação realizada pela
Prefeitura
8 Borra de Café Reciclável Aterro Sanitário
9 Botijão de Gás Reciclável *
10 Bubina de Fax Reciclável Reciclagem
11 Bule Reciclável Aterro Sanitário
12 Cabo de Vassoura Reciclável Aterro Sanitário
13 Caixa de Papelão Reciclável Reciclagem
14 Caneta Não Reciclável Aterro Sanitário
15 Carimbo Reciclável Aterro Sanitário
16 Cartucho de Impressora Não Reciclável *
17 CD Não Reciclável Aterro Sanitário
18 Chicletes Não Reciclável Aterro Sanitário
19 Clips Não Reciclável Aterro Sanitário
20 Copo Descartável Reciclável Reciclagem
21 Durex Não Reciclável Aterro Sanitário
22 Embalagem de Produto de
Limpeza Reciclável Aterro Sanitário
23 Embalagem Tetra Pak Não Reciclável Aterro Sanitário
24 Eletro Eletrônico Reciclável Reciclagem
25 Espelho Não Reciclável Aterro Sanitário
26 Esponja Não Reciclável Aterro Sanitário
27 Extrator Reciclável Aterro Sanitário
28 Filtro de Café Não Reciclável Aterro Sanitário
29 Fita Adesiva Não Reciclável Aterro Sanitário
30 Garrafa Álcool Reciclável Aterro Sanitário
31 Garrafa Térmica Reciclável Aterro Sanitário
32 Garrafa PET Reciclável Reciclagem
33 Grampeador Reciclável Aterro Sanitário
34 Grampo Não Reciclável Aterro Sanitário
35 Lâmpada Fluorescente Reciclável ECOPONTO
36 Lápis Reciclável Aterro Sanitário
37 Luvas Não Reciclável Aterro Sanitário
38 Palha de Vassoura Não Reciclável Aterro Sanitário
39 Panela Reciclável Aterro Sanitário
41 Panos de Limpeza Não Reciclável Aterro Sanitário
42 Panos de Louça Não Reciclável Aterro Sanitário
43 Papel de Bala Não Reciclável Aterro Sanitário
44 Papel (Geral) Reciclável Reciclagem
45 Papel Carbono Não Reciclável Aterro Sanitário
48
Ordem Resíduos Sólidos Reciclável / Não
Reciclável
Destinação realizada pela
Prefeitura
46 Papel de Fax Reciclável Reciclagem
47 Papel Higiênico Não Reciclável Aterro Sanitário
48 Papel Toalha Não Reciclável Aterro Sanitário
49 Peças Alumínio (diversas) Reciclável Aterro Sanitário
50 Peças metal (diversas) Reciclável Aterro Sanitário
51 Peças inox (diversas) Reciclável Aterro Sanitário
52 Pilhas Reciclável Aterro Sanitário
* Não foi possível identificar a destinação final.
6.2 LEVANTAMENTO DOS PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS RELATIVOS AO GERENCIAMENTO EXISTENTE
Os resultados das entrevistas realizadas nos diferentes setores e
departamentos associados à vistoria in loco permitiu além do levantamento dos
principais resíduos gerados (Quadro 4), outras informações relevantes, como
procedimentos de coleta, armazenamento e disposição final atualmente existentes.
Foram observados vários fatores, alguns positivos e outros negativos, tais
como: i) similaridade dos resíduos gerados nos setores e departamentos; ii)
desperdício de materiais utilizados pelos funcionários durante a jornada de trabalho;
iii) inexistência de coleta seletiva em nenhum dos setores e departamentos; iv)
reaproveitamento das folhas de papel utilizadas nas impressoras para rascunho;
entre outros.
Com relação à rotina de coleta, os resíduos são coletados diariamente
pela manhã, por um funcionário da Prefeitura. Este passa pelos setores e
departamentos, com exceção aos banheiros, recolhendo os resíduos dos coletores
em sacos de lixo, encaminhando-os ao armazenamento temporário, localizado no
Pátio Central do Bloco Administrativo (Figura 2). No caso dos resíduos de banheiros,
estes são recolhidos pelos funcionários de Serviços Gerais. Todos os resíduos são
armazenados temporariamente no pátio central.
Com relação aos procedimentos de armazenagem, verifica-se que se
encontra em desconformidade com a NBR 12235/1992 - Armazenamento de
Resíduos Sólidos Perigosos e a NBR 11174/1990 - Armazenamento de Resíduos.
49
Figura 2 - Ilustração do armazenamento temporário dos resíduos sólidos, no Pátio Central do Bloco Administrativo.
Fonte: Inácio (2011).
Cabe destacar que os resíduos dos banheiros são destinados ao Aterro
Sanitário da SANTEC, através da coleta realizada pela empresa JC Lopes,
responsável pelos serviços de coleta de resíduos sólidos urbanos do município.
Os demais resíduos armazenados temporariamente no Pátio Central são
doados a um colaborador que coleta diariamente transportando-os em sua própria
residência onde realiza a segregação dos mesmos. Os papéis e plásticos
(principalmente copos plásticos) são comercializados junto a uma empresa
recicladora localizada no município de Criciúma. De acordo com o colaborador, os
demais resíduos, como metal, vidro, material orgânico, papel carbono, papel de bala,
e até alguns resíduos perigosos, como as pilhas, são armazenados em frente a sua
residência, e coletados pela empresa JC Lopes que os encaminha ao Aterro
Sanitário da SANTEC.
Em relação ao sistema de transporte utilizado pelo colaborador, observou-
se que o mesmo utiliza um veículo próprio e que se encontra em desconformidade
com a legislação vigente, pois não apresenta nenhum mecanismo de segurança.
Além disso, o acondicionamento compromete a garantia de manter os resíduos
dentro do veículo, possibilitando que o material caia pelas vias públicas durante o
50
percurso.
As lâmpadas fluorescentes e eletroeletrônicos, considerados resíduos
perigosos são encaminhados para o ECOPONTO para armazenamento até seu
recolhimento para destinação final adequada. O transporte destes resíduos é
realizado pelos veículos da prefeitura.
Com relação aos coletores existentes na Prefeitura, observou-se que os
mesmos encontram-se espalhados pelos setores e departamentos e possuem
diferentes tipos e tamanhos, não existindo padronização quanto às cores e
identificação dos resíduos, conforme determina a Resolução CONAMA n° 275/2001
(Figura 3).
Figura 3 - Diferentes lixeiras utilizadas para acondicionamento dos resíduos sólidos gerados no Bloco Administrativo: (A: Arrecadação; B: Contabilidade; C: Divida Ativa; D: Sistema Econômico).
Fonte: Inácio (2011).
Ainda durante o levantamento foi identificado que existem alguns
coletores (Figura 4) distribuídos nos corredores do Bloco Administrativo, porém
servem principalmente para os resíduos gerados pelo público externo que frequenta
a Prefeitura.
A B
C D
51
Figura 4 - Tipo de coletor existente nos corredores do Bloco Administrativo.
Fonte: Inácio (2011).
O transporte dos resíduos perigosos tais como eletroeletrônicos e
lâmpadas fluorescentes também são realizados de maneira inadequada, sendo
transportados nos veículos que pertence à prefeitura, sem qualquer
acondicionamento, simplesmente colocados dentro do veiculo e conduzidos até o
ECOPONTO.
De maneira geral, optou-se por descrever o gerenciamento existente aos
diferentes resíduos gerados nos setores e departamentos.
6.2.1 Papel e Papelão
A geração de papel ocorre praticamente em todos os setores e
departamentos do Bloco Administrativo, uma vez que todas as atividades utilizam
este material.
Como exemplo dos tipos de papéis tem-se: folhas (resmas), revistas,
envelopes, blocos de requisições e notas fiscais, pasta de processos, folder,
rascunhos, bobina de fax, embalagens de alimentos, revistas e jornais.
O papelão é basicamente oriundo das embalagens de materiais de capas
52
de processos internos.
Com relação à reutilização, apenas as folhas de papéis são aproveitadas
para reimpressão de arquivos internos. No caso dos demais tipos de papéis, são
armazenados temporariamente no Pátio Central. Todos os dias são recolhidos pelo
colaborar para reciclagem. A destinação final é a comercialização junto a uma
empresa de reciclagem.
6.2.2 Plástico
Os resíduos com plásticos são encontrados em grande quantidade,
principalmente devido aos copos plásticos descartáveis utilizados pelos funcionários
para consumo de água e café, sendo rotineiro este uso.
Outras formas de plásticos foram encontradas, embora em menor
quantidade, sendo estes, as embalagens de produtos de limpeza, baldes,
bombonas, garrafas térmicas, além de materiais de escritório, como canetas, régua,
carimbos, sacos plásticos, entre outros.
Estes são armazenados temporariamente no Pátio Central e recolhidos
diariamente pelo mesmo colaborador. Segundo informações do mesmo, apenas os
copos plásticos são comercializados para uma empresa de reciclagem. Os demais
resíduos são direcionados para a SANTEC, através do serviço de coleta realizado
pela empresa JC Lopes.
6.2.3 Metal
O volume de resíduos de metal registrados no inventário é
consideravelmente insignificante. Como exemplo tem-se: clipes, grampos,
grampeadores e extratores.
Estes resíduos são armazenados temporariamente no Pátio Central e
recolhidos diariamente pelo mesmo colaborador. Segundo informações do mesmo,
não é realizada a reciclagem, ou seja, são recolhidos pela empresa JC Lopes na sua
residência e direcionados para o aterro da SANTEC.
53
6.2.4 Resíduo Perigoso
Existe a geração de resíduos perigosos, como a troca das lâmpadas
fluorescentes, tonners, cartuchos, pilhas e eletroeletrônicos.
A instituição conta também com serviço terceirizado de manutenção de
impressoras e abastecimento de tonners. Os tonners são recarregáveis e tem seu
ciclo de vida longo, podendo ser reutilizados diversas vezes.
No caso dos tonners, após sua vida útil, a empresa Digitusul recolhe-os.
As pilhas são armazenadas junto aos resíduos passíveis de reciclagem
temporariamente no Pátio Central e recolhidos pelo colaborador. A sua destinação
final, é junto ao aterro sanitário da SANTEC.
Os eletros eletrônicos trocados são doados para escolas, e quando
descartados são encaminhados para FAMCRI, para armazenamento no
ECOPONTO, da mesma forma que as lâmpadas fluorescentes.
6.2.5 Resíduo Orgânico
A geração dos resíduos orgânicos ocorre em quase todos os setores e
departamentos, uma vez que o Bloco Administrativo não há refeitório, situação que
obriga os funcionários a fazerem algumas refeições (lanches, café, etc.) no próprio
local de trabalho.
Dentre os tipos de resíduos orgânicos gerados, tem-se: cascas de frutas,
borra de café e restos de alimentos. Os materiais orgânicos são misturados e
descartados junto aos resíduos passíveis de reciclagem.
6.2.6 Resíduo Não Reciclável
Os resíduos não recicláveis são gerados basicamente em todos os
setores e departamentos, sendo descartados nas mesmas lixeiras que acondicionam
os resíduos recicláveis.
Como exemplo, tem-se: papel higiênico, papel toalha, papel de bala,
espelhos, garrafa térmica, caneta, entre outros.
54
6.3 PROPOSTA DE GERENCIAMENTO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS
De acordo com Brasil; Santos (2004), o gerenciamento dos resíduos
sólidos consiste em um conjunto de ações que envolvem a produção, manejo,
coleta, tratamento e disposição final, dando para cada tipo de resíduo o tratamento e
a disposição adequada, com o objetivo de minimizar a produção de resíduos e
proporcionar aos mesmos um encaminhamento seguro, de forma eficiente, visando
à proteção dos trabalhadores, a preservação da saúde pública, dos recursos
naturais e do meio ambiente.
A Lei 12.305/2010, que dispõe sobre a Política Nacional dos Resíduos
Sólidos, relata que o gerenciamento deve preferencialmente obedecer a ordem de
não geração, redução, reutilização, reciclagem, tratamento dos resíduos sólidos e
disposição final adequada. Para o Bloco Administrativo do Paço Municipal, sugere-
se a implantação das ferramentas de gestão ambiental descritas pelos autores
acima.
Por outro lado, faz-se necessário a realização em paralelo à elaboração
do plano de gerenciamento de resíduos sólidos, um levantamento quantitativo
sazonal por tipo de resíduo nos diferentes setores e departamentos, uma vez que
existe grande variedade de resíduos gerados e o baixo aproveitamento dos mesmos
quanto à reciclagem.
6.3.1 Manejo
Dentre as atividades de manejo, inicia-se com a segregação, que consiste
em separação dos resíduos no momento e local de sua geração, de acordo com as
características físicas, químicas, biológicas, o seu estado físico e os riscos
envolvidos. Para que estes resíduos possam ser segregados corretamente, deve-se
ter no Bloco Administrativo, coletores adequados para acondicionamento dos
mesmos, além de uma Central de Resíduos, para segregação (recicláveis e não
recicláveis) e armazenamento temporário para posterior coleta externa.
A Figura 5 ilustra tipos de coletores sugeridos para os setores,
departamentos e demais dependências do Bloco Administrativo do Paço Municipal.
55
Figura 5 - Tipos de coletores sugeridos para os diferentes setores do Bloco Administrativo.
Fonte: PLAFI (2011)
Para os resíduos de papel e plástico sugere-se que os coletores sejam
instalados em maiores quantidades em vista de que estes resíduos são gerados em
quantidades superiores dos demais resíduos. Neste caso, recomendam-se coletores
individuais sem fixação no piso ou suporte.
Como os resíduos de metal, vidro, orgânico, não reciclável, radioativo e
perigoso é gerado em quantidade relativamente pequena em vista aos papéis e
plásticos, sugere-se a instalação de quatro coletores para cada tipo de resíduo,
devendo ser instalados dois no térreo e outros dois no 1° Piso do Bloco
Administrativo para facilitar o acesso aos funcionários, estagiários, colaboradores e
ao público externo. Para os resíduos como pilha e baterias recomenda-se a
instalação de um coletor apropriado para este tipo de resíduo (Figura 5D). No caso
dos resíduos sólidos gerados na parte externa do Bloco Administrativo, sugere-se a
instalação de coletores fixados no piso, próximo ao rall de entrada do Bloco
Administrativo, onde ocorre grande fluxo de pessoas.
A B
C D
56
6.3.2 Identificação
A identificação permite o reconhecimento dos resíduos contidos nos
coletores. Estes coletores devem estar dispostos tanto no interior dos setores e
departamentos como nos corredores para o público externo, além dos coletores para
transporte interno e externo, e nos locais de armazenamento, em local de fácil
visualização, de forma indelével.
6.3.3 Coleta e Transporte
Consiste no traslado dos resíduos dos pontos de geração até o local
destinado ao armazenamento externo (Central de Resíduos) com a finalidade de
apresentação para a coleta, além do transporte externo realizado por terceiros.
Sugere-se que o transporte interno de resíduos para a Central seja
realizado atendendo roteiro previamente definido e em períodos com menor fluxo de
pessoas externas (antes e final do expediente).
Os coletores para transporte interno devem ser constituídos de material
rígido, lavável, impermeável, provido de tampa articulada ao próprio corpo do
equipamento, cantos e bordas arredondados, e serem identificados com o símbolo
correspondente ao risco do resíduo neles contidos.
No caso da coleta e transporte externo, sugere-se que os resíduos
passíveis de serem reciclados sejam transportados em veículo adequado e
devidamente licenciado. Com relação aos resíduos não recicláveis (papel higiênico,
borracha, etc.) realizados pela empresa JC Lopes, faz-se necessário a verificação da
empresa quanto ao cumprimento de normas técnicas (diretrizes estabelecidas na
licença de transporte) e uso pelos funcionários de equipamentos de proteção
individual (EPI).
6.3.4 Tratamento
O tratamento adotado para os diferentes tipos de resíduos gerados no
Bloco Administrativo prevê benefícios à instituição, tais como a redução de gastos
com transporte e disposição final.
Os resíduos inertes e não inertes passíveis de reciclagem devem ser
coletados pelos funcionários responsáveis pela limpeza em coletor adequado e
57
armazenados por tipo para posterior reciclagem.
Os resíduos perigosos devem ser coletados, armazenados e
transportados por pessoal devidamente treinado e encaminhados para empresa
especializada, seja para reciclagem, quando passíveis do mesmo ou para
destinação final em aterros de Classe I.
No caso dos resíduos orgânicos, o ideal é que seja construída uma
composteira para confecção de adubo. Para tanto, sugere-se que a Prefeitura
construa uma unidade de compostagem em local a ser definido e possa juntar com
outros resíduos orgânicos gerados pelos outros setores da Prefeitura, fora do Bloco
Administrativo. Este pode ser aproveitado pelas unidades de serviços da própria
Prefeitura.
6.3.5 Armazenamento
Consiste na guarda dos resíduos até a realização da etapa de coleta
externa, em ambiente exclusivo com acesso facilitado para os veículos coletores.
No Bloco Administrativo, sugere-se a construção de uma Central de
Resíduos, fora da estrutura física, com identificação para realizar o armazenamento
dos resíduos com segurança, uma vez que o local utilizado como armazenamento
temporário é inadequado.
Além disso, o armazenamento dos resíduos perigosos (Classe I) não deve
ser associado aos resíduos de Classe IIA e IIB, tendo em vista a preservação da
classificação original, evitar que os resíduos perigosos contaminem os demais e
minimizar riscos de danos ambientais.
6.3.6 Disposição Final
O presente trabalho possibilitou identificar os resíduos gerados, suas
características e sugerir alternativas de disposição final.
Cabe salientar que a reciclagem não está abrangendo todos os resíduos
passíveis de reciclagem, assim se faz necessário que seja analisado essa
deficiência junto aos colaboradores, e que seja otimizado essa questão.
58
Os resíduos gerados no Bloco Administrativo que não são passíveis de
reciclagem, reaproveitamento ou tratamento devem receber a destinação mais
adequada, ou seja, ser encaminhado para aterro.
6.3.7 Treinamentos
Treinamentos são ações indispensáveis para o sucesso do
gerenciamento dos resíduos sólidos. É importante que essas campanhas sejam
realizadas de maneira que mobilizem todos os funcionários e estagiários que
trabalham no Bloco Administrativo, para que participem efetivamente e ativamente
na implantação da coleta seletiva, separando os resíduos sólidos recicláveis e/ou
reutilizáveis na fonte de geração.
A Educação Ambiental também deve mobilizar sensibilizar e conscientizar
o público alvo da necessidade de considerar mudanças de hábitos e atitudes,
levando-os a tomar medidas abrangentes que visem à minimização da quantidade
de resíduos gerados no Bloco Administrativo. Essas mudanças podem ser
realizadas através de simples ações como:
• Utilizar frente e verso das folhas de papel sempre que possível;
• Utilizar os papéis que seriam jogados fora na confecção de blocos
para anotações;
• Adotar comunicação interna através de meio eletrônico visando
minimizar a geração de papel;
• Não misturar ou amassar os resíduos de papéis com outros
materiais para que não sujem, inviabilizando a sua reciclagem e a
redução de valor;
• Adotar a substituição de copos descartáveis por copos duráveis;
• Implantar e manter constantemente oficinas educativas de
reciclagem de resíduos;
• Oferecer aos funcionários palestra sobre a importância da
manutenção do gerenciamento de resíduos.
59
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS
O estudo realizado apontou que a gestão dos resíduos sólidos no Bloco
Administrativo é deficitária, encontrando-se em desconformidade com a legislação
vigente, além da inexistência um Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos
(PGRS).
Em termos de estrutura física, o Bloco Administrativo apresenta boas
condições para implantar um PGRS. No entanto, necessita de pequenos ajustes,
como a construção de uma Central de Resíduos na parte externa. Além disso,
sugere-se aquisição de coletores padronizados para os diferentes tipos de resíduos
gerados.
De modo geral, não existe um conhecimento dos funcionários na gestão
de resíduos sólidos nem cobrança da administração do Bloco Administrativo para o
manejo dos mesmos. Foram identificados diversos problemas, como a disposição
inadequada de resíduos com mistura de classes, armazenamento em local irregular
(Pátio Central), entre outros.
É importante frisar que para implantação de um plano de gerenciamento
de resíduos sólidos, faz-se necessário o conhecimento da quantidade de resíduos
gerados. Tal situação permitirá uma melhor tomada de decisão quanto às ações a
serem implantadas e aperfeiçoadas na gestão de resíduos. Além disso, observa-se a
necessidade de implantar aos funcionários, estagiários e colaboradores um trabalho
de Educação Ambiental, visando à mudança de posicionamento diante da
problemática existente desde a sua geração até o destino final dos resíduos
gerados.
Portanto, existe a necessidade de implantação das ações propostas,
visando minimizar a geração de resíduos, evitar riscos de contaminação e de
acidentes de trabalho, possibilidade de reciclagem e reaproveitamento de materiais,
impedindo assim, desperdícios de recursos financeiros pelo investimento na coleta,
transporte e disposição terceirizada, gerados pela má gestão do processo.
A construção de uma Central de Resíduos permitirá a segregação dos
resíduos e aqueles passíveis de reciclagem poderão ser comercializados, ao invés
de serem coletados pelo colaborador.
60
Recomendações
Trabalhos futuros podem ser desenvolvidos no sentido de complementar
esta pesquisa, como:
• Quantificar os resíduos gerados através da pesagem por grupo de
resíduos e por setor sazonalmente (estações do ano);
• Desenvolver programas voltados à coleta seletiva de resíduos
sólidos;
• Realizar constante treinamento dos funcionários, estagiários e
colaboradores;
• Elaborar e implantar o Plano de Gerenciamento de Resíduos
Sólidos.
61
REFERÊNCIAS
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS ABNT. Armazenamento de Resíduos Sólidos Perigosos. NBR 12235. Rio de Janeiro. ABNT, 1992. 14 p.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS ABNT. Armazenamento de Resíduos Classes II - Não Inerte e III - Inerte. NBR 11174. Rio de Janeiro. ABNT, 1990. 7 p.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS ABNT. Resíduos Sólidos. Classificação NBR 10004. Rio de Janeiro. ABNT, 2004. 71 p.
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AZAMBUJA, E. A. K. Proposta de Gestão de Resíduos Sólidos Urbanos: Análise do Caso de Palhoça/SC. Dissertação de Mestrado. Universidade Federal de Santa Catarina. Florianópolis. 2002. In: KLINGERMAN, D. C. A Era da Reciclagem X a Era do Desperdício. In: Resíduos Sólidos, Ambiente e Saúde. Rio de Janeiro: Editora Fiocruz, 2000. pag. 99-111.
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64
APÊNDICE A
65
Roteiro de Entrevista aplicada na Visita Técnica realizada nos Setores do Paço
Municipal da Prefeitura Municipal de Criciúma
1) Quais as atividades realizadas neste setor? Qual o tipo de atendimento
realizado?
2) Quantos funcionários e estagiários trabalham no setor?
3) O setor atende público externo?
4) Quantos e como são os coletores existentes no setor?
5) Quais os principais resíduos gerados no setor? (detalhar tudo)
6) Como ocorre a coleta? (dias e procedimentos)
7) Há alguma ação de reaproveitamento e coleta seletiva no setor?
8) Como é realizado o transporte interno destes resíduos?
9) Alguma situação especial que você gostaria de relatar?
10)Alguma ação de educação ambiental e coleta seletiva já foram realizadas no
setor? Se sim, qual ação e quem promoveu.
66
APÊNDICE B
67
Inventário de Resíduos Sólidos Gerados no Bloco Administrativo do Paço
Municipal da Prefeitura de Criciúma
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