Eles conhecem o valor

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da leitura e foram reconhecidos. Eles conhecem o valor Finalistas edição 2012

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Parceria: Apoio: Execução:

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Finalistas edição 2012

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Coordenação do Projeto Maria Antonieta Cunha - MinC

Ataíde Alves - MEC

Misiara Oliveira - MEC

Telma Teixeira - OEI

ComunicaçãoClovis Horta - FBN / MinC

Produção e AtendimentoPNLL e DLLLB/ Proler

Coordenadora da SeleçãoLourdes Atié

Equipe de SeleçãoFilho

PNLL:Lucília Garcez

Ana Cristina

Wilson Pereirao de Loyola Brandão

DLLLB / Proler:Ana Cristina Rodrigues

Ana Fanfa

Angela Montez

Giselda Brasil Aronovich

Ivonne Poli

Leny Wernwck

Rose Amorim

Sandra Bandeira

Sandra Ney

Wagner Costa

Jurados:Marina Colasanti

Ligia Alves Cademartori

Carlos Augusto Novais

Maria das Graças Monteiro Castro

Margarida de Aguiar Patriota

Catálogo

Coordenação e edição de textosLourdes Atié

Preparação e Revisão de textoStevam Vieira Lédo Jr.

Projeto gráfico e DiagramaçãoJoaquim Cruz

Fernando Laruccia

Lisia Lemes

www.premiovivaleitura.org.br

twitter.com/Vivaleitura

facebook.com/premiovivaleitura.participe

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A sétima edição do Prêmio Vivaleitura apresenta grandes novidades, que merecem ser comemoradas com muita alegria!

Em setembro de 2011, foi editado o Decreto nº 7559, que inseriu o Prêmio Vivaleitura no âmbito do Plano Nacional do Livro e Leitura – PNLL. Essa medida reforça a relevância do Prêmio e o consolida como uma iniciativa do Governo Federal e parte de sua política para a área.

Como consequência dessa medida, coube à Fundação Biblioteca Nacional, órgão do Ministério da Cultura responsável pelos Programas de Livro e Leitura, propor os avanços desta edição e responsabilizar-se pela construção das mudanças na organização e execução do Prêmio, consolidadas no edital de 2012, no qual se reafirmam as já consolidadas parcerias com o Ministério da Educação, a Organização dos Estados Ibero- -americanos - OEI, a Fundação Santillana, o CONSED e a UNDIME, e incluindo nesta sétima edição a parceria da Fundação Banco do Brasil. Essas parcerias fundamentais expressam uma das principais convicções do Governo Federal e do PNLL: também na política para a leitura, é essencial a colaboração de todos.

Considerando exatamente a importância do trabalho daqueles que vêm desenvolvendo por esse Brasil afo-ra iniciativas que estimulam e fomentam a leitura, a principal inovação neste ano é a ampliação do Prêmio para dezoito vencedores, ou seja, seis em cada uma de suas três categorias.

Até 2011, apenas três vencedores eram premiados, pelo patrocínio da Fundação Santillana. Nesta edição, o Governo Federal, por intermédio da Fundação Biblioteca Nacional, assume não apenas a premiação do Vivaleitura, mas a divulgação de um número significativo de projetos, numa clara demonstração de que o Brasil está realmente mobilizado para transformar-se num país de leitores, e que cabe ao Estado incenti-var, reconhecer e valorizar iniciativas que criam novos espaços de leitura, promovem a democratização do acesso ao livro e à leitura, fomentam a formação de mediadores da leitura, trabalham com a diversidade cultural e inclusão social, revigoram, renovam e reforçam o uso das bibliotecas como espaços democráti-cos de estímulo à leitura. Enfim, iniciativas que colocam a leitura, o livro, as bibliotecas e a formação de mediadores como instâncias de destaque no desenvolvimento social e da cidadania e nas transformações necessárias da sociedade para a construção de um país mais justo, culto e livre.

Esta sétima edição teve 2021 projetos inscritos, sendo a categoria 2 - Escolas Públicas e Privadas - a que recebeu o maior número de trabalhos. Mais uma vez, parabenizamos a todos os participantes e comemora-mos a criatividade e a diversidade dos trabalhos vindos de todos os estados do país, o que comprova que, em todos os rincões desse nosso imenso Brasil, há pessoas empenhadas em transformar esse país em uma nação mais criativa, mais crítica e comprometida com o bem comum.

Desejamos sucesso na continuidade de suas iniciativas!

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10 • Biblioteca brincante. Belo Horizonte – MG. Maria Silvia de Castro Andrade [email protected]

11 • Biblioteca comunitária veredas da leitura. Senador Pompeu – CE Maria Elcelane de Oliveira Linhares [email protected]

12 • Leitura viva na Vila Rubi. São Paulo – SP Elaine Aparecida Silva - [email protected]

13 • Ler pra valer em todos os cantos. São Gonçalo do Rio Abaixo – MG. Jussimere de Souza - [email protected]

14 • Mãos que embalam histórias. São Luís – MA. Edith Maria Batista Ferreira [email protected]

15 • Pelada literária. Recife – PE. Roberto Belo de Lima - [email protected]

16 • Parnamirim: Um rio que flui para o mar da leitura. Parnamirim - RN. Angélica F. de Oliveira Vitalino [email protected]

17 • Programa ler é legal. Maringá - PR. Flor de Maria Silva Duarte - [email protected]

18 • Projeto formação de mediadores de leitura. Cruzeiro do Sul - AC. Evilásio Silva de Souza Filho [email protected]

19 • Projeto luz & autor em braille. Brasília – DF. Dinorá Couto Cançado - [email protected]

SumárioCategoria 1Bibliotecas públicas, privadas e comunitárias

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22 • A leitura, a pesquisa e o trabalho lúdico em favor da Matemática - Tabira - PE Josefa Isabela Pereira de Freitas [email protected]

23 • Academia de letras Liceu de Maracanaú. Fortaleza – CE. Francisco Rejanio de Sousa Silva [email protected]

24 • Animais em extinção. Florianópolis – SC. Raquel Pacheco - [email protected]

25 • Audiolivro. Campinas – SP. Francislene de Fátima Naves - [email protected]

26 • Contadores de histórias encantadas.Macapá – AP. Gercilene Vale dos Santos [email protected]

27 • Crossover: Cruzando personagens de Machado de Assis e Guy de Maupassant em novas histórias. Cubatão – SP. Laís Silva Tavares - [email protected]

28 • Formação de professor - sensibilizar para a leitura de literatura. Campinas - SP. Maria Alice Coelho - [email protected]

29 • Geografia literária. São Paulo - SP. Marcelo Feitosa - [email protected]

30 • História em quadrinhos: relato de experiência. Altamira – PA. Alice Pinheiro de Andrade da Silva [email protected]

31 • Jornal Ávila Júnior online. Cachoeiro de Itapemirim – ES. Adriana Silva de Oliveira [email protected]

32 • Leitura em família. Bela Cruz – CE. Lucinete Moraes Vasconcelos - [email protected]

33 • Literatura nas ondas do rádio. Contagem – MG. Sheila Rodrigues de Oliveira [email protected]

34 • Oficina de leitura. São Paulo - SP. Célia Regina Cabrino - [email protected]

35 • Projeto literatura em vídeo. Belo Horizonte - MG. Viviana Portilho Bernardes de Lacerda [email protected]

36 • Releitura da obra Iracema, de José de Alencar. Anastácio – MS. Janete Aparecida Marcondes [email protected]

37 • Sala de leitura: um espaço vivo para a formação de leitores. Rio de Janeiro – RJ. Marta Alarcon Chamarelli [email protected]

38 • Viajando no mundo da leitura. Jucurutu - RN. Maria do Socorro Soares Teixeira [email protected]

Categoria 2Escolas públicas e privadas

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Categoria 3Sociedade: ONGs, pessoas físicas, empresas, universidades/faculdades e instituições sociais

Sumário

42 • Além-sertão: O livro infinito de João Guimarães Rosa. São Paulo - SP. Lourdes Regina Porto - [email protected]

43 • Canto, conto e brincadeira. São Bernardo do Campo - SP. Sonia Melchiori Galvão Gatto - [email protected]

44 • Carrinho da leitura. Santa Quitéria - CE. Antonia Araujo de Sousa - [email protected]

45 • Carroça viajando na leitura: A leitura rompendo fronteiras. Coruripe - AL. Juvina Alice Reis da Silva Pessoa - [email protected]

46 • Fazendo minha história. São Paulo - SP. Tatiane Barile - [email protected]

47 • Mediadores de leitura. Palmas - TO. Geovana Dias Lima - [email protected]

48 • Nas asas do bem-te-li favorecendo experiências de leitura cidadã. Campos Sales - CE. Maria Lúcia de Andrade Saraiva- [email protected]

49 • Projeto grupo de Miguilim de Cordisburgo. Belo Horizonte - MG. Maria Elisa Pereira de Almeida [email protected]

50 • Projeto história viva ouvir e contar. Curitiba - PR. Roseli Bassi Pregolini - [email protected]

51 • Projeto jovem leitor. Parintins - AM. Edilson da Costa Albarado [email protected]

52 • Projeto lê melhor quem lê a vida. São Mateus - ES. Maria da Penha Rocha Santos [email protected]

53 • Projeto livros andantes. Recife - PE. Josilene Maria da Conceição - [email protected]

54 • Projeto malas de leitura e cantos de leitura. Luziânia - GO Maurício Corrêa Leite - [email protected]

55 • Projeto nasce uma criança leitora. Caxias - MA. Joseane Maia Santos Silva [email protected]

56 • Projeto SAP apoiando a cultura e a leitura. Natal - RN. Aline Benevides Câmara [email protected]

57 • Projeto sombra da mata. Gama - DF. Clarissa Cassab [email protected]

58 • Sonho de papel. Rio de Janeiro - RJ. Luiz Carlos Pinho Guedes [email protected]

59 • Um poema em cada árvoreGovernador Valadares - MG. Marcelo Pereira Rocha [email protected]

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Menção honrosa José Mindlin

60 • Fundação Volkswagen Entre rodas. São Bernardo do Campo - SP

60 • Prefeitura de Juiz de Fora e Secretaria Municipal de Educação Literatudo. Juiz de Fora - MG.

61 • Câmara Rio-Grandense do livro Programa de leitura adote um escritor. Porto Alegre - RS.

61 • Rádio e Televisão Bandeirantes Projeto primeira página. Rio Grande do Sul - RS.

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Categoria 1Bibliotecas públicas, privadas e comunitárias

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Biblioteca Brincante está instalada no Centro Cultural Maria Lívia de Castro, em Belo Horizonte, desde 2007. Fica no segundo bairro mais populoso da cidade. Sua atuação está voltada para a fruição e criação artística de

crianças e jovens, em especial das camadas populares, tendo o incentivo à leitura como foco principal.

A ideia começou a ser construída em 2006 e contou com múltiplos apoios, desde doação de livros a mobiliários e equipamentos. E, no final do mesmo ano, já tinha um acervo de 4 mil livros e um espaço lúdico e aconchegante.

Desde sua criação, toda semana há programação diferenciada, que é divulgada nos jornais e por meio de panfletos distribuídos por voluntários nas atividades externas.

Hoje, são muitas as ofertas da biblioteca, que conta com uma equipe de monitores e educadores para as diversas frentes de atuação. São 15 mil crianças e jovens atendidos anualmente e diversas parcerias, que envolvem atuações nas escolas, nos espaços culturais da cidade e em eventos artísticos.

BIBLIOTECABRINCANTERESPONSÁVEL: Maria Silvia de Castro Andrade Belo Horizonte – MG

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partir de uma reunião da Associação de Moradores, em 2009, surgiu a Biblioteca Comunitária Veredas da Leitura, na comunidade de Bonfim, distrito de Senador Pompeu, no Ceará. A localidade, cuja atividade principal

vem da agricultura, tem uma população de baixa renda, com muitas pessoas sem trabalho. Nesse contexto, a biblioteca surge como uma possibilidade de transformação da realidade.

A princípio, o funcionamento da biblioteca se deu a partir de pequenas doações. Depois vieram diversas iniciativas, como a Semana da Cultura do Distrito de Bonfim, como um espaço de manifestações culturais locais. Depois, o Cine Veredas que, sempre às sextas-feiras, tem programação que alterna sessões com filmes infantil e adulto. O grupo teatral Arautos do Bonfim foi outra criação importante, que resultou em oficinas teatrais para jovens da comunidade.

Outra iniciativa foi a realização de rodas de contação de histórias e rodas de cantigas tradicionais.

Em 2011, a biblioteca venceu a premiação do Edital Mais Cultura, promovido pelo Governo do Ceará, que contribuiu para que se tornasse um espaço melhor equipado, ampliando suas possibilidades de desenvolver um trabalho em que a comunidade se sinta protagonista de uma cultura que deve ser preservada.

BIBLIOTECA COMUNITÁRIAVEREDAS DA LEITURARESPONSÁVEL: Maria Elcelane de Oliveira Linhares Senador Pompeu – CE

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bairro do Grajaú, onde se localiza a Vila Rubi, fica na zona Sul da cidade de São Paulo. Uma região com grande escassez de equipamentos culturais.

Em 2003, foi inaugurado na localidade o CEU Vila Rubi, escolas municipais com estrutura especializada que permite o desenvolvimento de atividades de cultura, educação e esportes.

A Biblioteca do CEU Vila Rubi começou a funcionar em 2008 com um caráter misto: atende a escola e também a comunidade, oferecendo além de um amplo acervo, atividades culturais diversificadas, entre elas, o Sarau Literário, palestras, feira de troca de livros, mediação de leitura, entre outras.

As atividades da Biblioteca são divulgadas nas mídias sociais, além da divulgação na escola, para que, com o tempo, ela se firme como um espaço de identidade cultural. A participação do público cresce a cada ano.

LEITURA VIVANA VILA RUBIRESPONSÁVEL: Elaine Aparecida Silva São Paulo – SP

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cidade de São Gonçalo do Rio Abaixo está localizada numa região de grande expansão econômica, na microrregião do Médio Piracicaba e faz parte do Colar Metropolitano de Belo Horizonte.

Abriga a maior jazida de minério de ferro do mundo e, por isso, tem recebido um aumento de recursos financeiros nos últimos 10 anos.

Com um espaço físico privilegiado, a Biblioteca Municipal Professor Josef Blonski, que abriga o projeto Ler pra Valer em Todos os Cantos, dispõe de anfiteatro com a capacidade de 275 lugares, que já abrigou importantes espetáculos, além de espaços multimídias com um acervo de quase 14 mil obras.

O trabalho central do projeto é fomentar o hábito da leitura, disponibilizando livros e atividades culturais para a população rural. Sua atuação está centrada na criação de baús de livros que vão para essas comunidades, com 30 dias para empréstimo. Em três anos de trabalho, são 10 comunidades atendidas.

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LER PRA VALER EMTODOS OS CANTOSRESPONSÁVEL: Jussimere de Souza São Gonçalo do Rio Abaixo – MG

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artindo do desafio de fazer com que as famílias se comprometessem com a formação leitora de seus filhos, a Biblioteca Comunitária Ler pra Valer iniciou, em 2007, o projeto Mãos que Embalam

Histórias visando favorecer o envolvimento das famílias na construção de vínculos positivos das crianças e jovens com os livros. Para isso, investiu na ampliação do repertório de leitura de textos literários para formar leitores.

Essa ideia começou com a aplicação da pesquisa que a União dos Moradores de Vila dos Frades aplicou junto à comunidade para levantar as práticas de leitura realizadas nas casas. Foram 235 questionários enviados e, com as respostas, foi possível mapear o cenário de leitura das casas, que apontou para um dado grave: 85% das famílias não realizavam práticas de leitura com seus filhos. Nas casas existiam poucos ou nenhum livro de literatura infantil.

Partindo desses resultados, foram realizadas oficinas para mães, em que o disparador do processo foram suas memórias afetivas com a leitura que possuíam. Foram socializadas também as leituras inesquecíveis de cada uma. Pelas lembranças, se chegou ao acervo da Biblioteca e o desfrute na leitura em família. Foi assim que a Biblioteca Comunitária Ler pra Valer conseguiu trazer as famílias às atividades oferecidas, assim como aumentar o número de empréstimo de livros pelas crianças e seus familiares. Agora, a leitura está nos hábitos familiares.

MÃOS QUE EMBALAMHISTÓRIASRESPONSÁVEL: Edith Maria Batista Ferreira São Luís – MA

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m grande desafio das escolas, em geral, é promover a leitura literária junto aos seus alunos, que represente um estado de encantamento e de aprendizagem. No caso da cidade de Parnamirim, que

se localiza no Estado do Rio Grande do Norte, esta iniciativa é lei. Lá existe a Política Estadual de Promoção da Leitura Literária.

Foi seguindo esta determinação que a Biblioteca Municipal Rômulo Wanderley se organizou para desenvolver um trabalho com 41 escolas municipais de Ensino Fundamental I. São planejadas ações sistemáticas que abrangem: formação mensal aos professores como mediadores de leitura, saraus literários, seminários, fóruns, feiras literárias, intercâmbio com autores e editores, entre outras ações envolvendo a comunidade. Desta forma, espera-se que a leitura literária alcance todos os lugares, escolas e comunidade como um exercício de cidadania.

Na prática, acontecem encontros mensais de formação para professores mediadores com o objetivo de fomentar a leitura literária. Esses encontros são também multiplicadores e socializadores de experiências que acontecem em diversas escolas da cidade, como oficinas, palestras etc. São experiências que potencializam o trabalho literário na comunidade a partir do trabalho da biblioteca com as escolas, no qual os professores, mais que mediadores, se tornaram leitores.

PARNAMIRIM, UM RIO QUE FLUIPARA O MAR DA LEITURARESPONSÁVEL: Angélica Fernandes de Oliveira Vitalino Parnamirim - RN

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omo a Biblioteca Comunitária Poeta Roberto Belo não dispõe de espaço suficiente em termos de estrutura física para recepcionar os leitores, viu a necessidade de sair e estar onde

a população estava, levando a biblioteca até elas. Depois de uma análise sobre os espaços disponíveis que as comunidades de baixa renda possuiam, concluiu-se que qualquer que seja o lugar, sempre tem um campinho de futebol onde seus moradores se reúnem para uma pelada. E foi para lá que a biblioteca se deslocou, priorizando as localidades que não dispunham desse espaço.

O desafio estava em como chegar e o caminho escolhido foi ganhar a confiança das pessoas mais antigas nas localidades, que geralmente funcionam como “treinadores”. A contrapartida para participação nas rodas de leitura seria ajudar os jovens que estudavam a superarem suas dificuldades.

Partindo de uma pesquisa sobre os interesses e gostos literários, foram trazidos livros para serem lidos na roda quinzenalmente, sempre apresentando seu autor e a obra, em linhas gerais. Esses livros acabavam sendo levados para casa por empréstimo. Assim, aumentou a circulação de títulos da biblioteca, vencendo todas as resistências, e a leitura está fazendo diferença na vida desses leitores.

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PELADALITERÁRIARESPONSÁVEL: Roberto Belo de Lima Recife – PE

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aringá dispõe de cinco bibliotecas públicas administradas pelo município. Uma localizada no centro da cidade e as demais, nos bairros. Foi constatado, por meio de um levantamento, que estava

havendo um declínio no volume de empréstimos de livros. Então, a partir de 2006, a Gerência de Promoção da Leitura elaborou o Programa Ler é Legal, com o objetivo de aproximar as bibliotecas municipais da população, por meio da interação com a leitura.

Desta forma, foram planejadas diversas atividades que fomentassem o hábito e o prazer de ler, investindo também na formação de novos leitores de todas as idades. Além das atividades tradicionais, foram desenvolvidas diversas ações voltadas para a revitalização dos espaços físicos e para aproximação com as escolas.

Foram criados clubes de leitura e cursos voltados para a contação de histórias, entre outras atividades. Hoje, é possível verificar o quanto o trabalho avançou. De 44 atividades oferecidas em 2005, nas cinco bibliotecas, foram ampliadas para quase 3 mil atividades de 2006 a 2011, com uma média de 26.787 usuários por ano.

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PROGRAMALER É LEGALRESPONSÁVEL: Flor de Maria Silva Duarte Maringá - PR

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história de Evilásio começa em 2002, quando a Expedição Vaga Lume chegou ao município Cruzeiro do Sul, localizado no Estado do Acre, à margem direita do Rio Juruá. A comunidade de Santa Rosa foi a primeira a ser contemplada com

uma biblioteca comunitária. Isso mudou a história educacional e cultural das comunidades rurais de lá, segundo ele relata.

Com o tempo, ficou claro que apenas doar livros não era suficiente para que todos aprendessem a importância da leitura. Era preciso formar pessoas em mediação de leitura e gestão da biblioteca comunitária.

Desde 2008, o trabalho com formação de mediadores vem acontecendo em Cruzeiro do Sul. O trabalho dos mediadores inclui ainda a confecção de livros artesanais feitos pela população local, que são os registros das histórias das comunidades.

Até o momento, já foram contempladas seis comunidades rurais com a implantação de bibliotecas comunitárias, contando com formação de mais de 100 voluntários formados em mediação de leitura e gestão de bibliotecas. São 5.000 livros distribuídos. Hoje, a Biblioteca Comunitária de Santa Rosa está consolidada como uma referência na formação de leitores.

PROJETO FORMAÇÃO DEMEDIADORES DE LEITURARESPONSÁVEL: Evilásio Silva de Souza Filho Cruzeiro do Sul - AC

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Projeto Luz & Autor em Braille é um marco da inclusão do deficiente visual no Distrito Federal. Surgiu a partir da Biblioteca Braille, em 1995. Antes da sua criação, a leitura para deficientes

visuais era escassa e essas pessoas raramente eram convidadas para eventos, sendo que só as crianças com deficiências visuais tinham atendimento garantido nos centros de educação especial. Mas este cenário mudou desde então.

O projeto consiste em incentivar a leitura de textos literários por deficientes visuais e também levá-los a produzir suas próprias obras literárias. É um trabalho de formação de leitor e autor. O projeto desde o início, foi composto por adultos.

As atividades educativas e culturais oferecidas, com o tempo, foram se diversificando com apresentações artísticas relacionadas à literatura. Isso tem atraído escritores, alunos de escolas vizinhas e universitários.

A Biblioteca Braille trabalha o resgate da autoestima das pessoas com deficiência visual, por meio da promoção da educação inclusiva em que a literatura é o referencial inspirador e amplificador das experiências vividas.

PROJETO LUZ &

AUTOR EM BRAILLERESPONSÁVEL: Dinorá Couto Cançado Brasília – DF

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Categoria 2Escolas Públicas e Privadas

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ara tentar desmistificar que a matemática não tem encantamento e que não é provedora de textos escritos, a professora de matemática Josefa trabalhou uma série de atividades

com seus alunos das duas turmas da 7ª série do ensino fundamental, da E.R.E.M Professora Carlota Breckenfeld, localizada na cidade de Tabira, em Pernambuco.

Seu objetivo era fazer seus alunos gostarem de matemática reconhecendo um encantamento e um lado lúdico que a disciplina possui. O caminho escolhido foi partir da leitura de diversos livros paradidáticos que relatavam diversas histórias envolvendo a geometria.

A leitura dessas histórias significa ainda registrar os termos matemáticos desconhecidos para posteriormente serem pesquisados seus significados e divulgados para a turma. Depois

partiram para atividades lúdicas, utilizando materiais diversos para produção de figuras geométricas. Assim geram até a construção de origamis.

O resultado da produção dos alunos foi apresentado no Festival de Arte e Cultura da Carlota. Com os conteúdos aprendidos, ficou claro que a matemática pode sim ser divertida.

A LEITURA, A PESQUISA E O TRABALHO LÚDICO EM FAVORDA MATEMÁTICARESPONSÁVEL: Josefa Izabela Pereira de Freitas Tabira - PE

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Liceu Professor Francisco Oscar Rodrigues fundou, em 2009, a Academia de Letras Liceu Maracanaú, conhecida como ALMA, para seus alunos do ensino médio como forma

de colocar a literatura para além de uma disciplina curricular. A intenção foi que a ALMA pudesse estabelecer uma atuação mais pragmática da leitura com alunos, professores e comunidade, desenvolvendo o hábito da leitura.

Mas para fazer parte como membro da ALMA é preciso se dedicar. De 100 estudantes inscritos, somente 25 conseguiram vaga depois de prova de seleção e entrevista. Depois, precisam ter comprometimento com os estudos e engajamento nas atividades escolares. A cada ano são abertas inscrições para novos membros da academia e a procura é sempre grande, pois eles são os multiplicadores do incentivo à leitura.

Desde sua criação, o grupo de alunos que compõe a ALMA vem desenvolvendo diversas atividades culturais como: feiras de livros, visitas às escolas, eventos literários, divulgação do acervo literário da biblioteca escolar por meio de sinopses de livros expostas nas salas de aula e nos murais da escola. Enfim, muitas ações pelas mãos desses alunos, que são protagonistas das ações de incentivo à leitura.

ACADEMIA DE LETRASLICEU DE MARACANAÚRESPONSÁVEL: Francisco Rejanio de Sousa Silva Fortaleza – CE

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isando propiciar o contato das crianças, desde pequenas, com a biblioteca, com livre acesso ao universo dos livros, a professora Raquel Pacheco, da Escola Municipal José do Valle Pereira desenvolveu o projeto Animais em

Extinção com 60 alunos de duas turmas do 4o ano do ensino fundamental, durante quatro meses.

A ideia nasceu em função do interesse dos alunos a respeito dos animais. Foi a oportunidade de refletir sobre os animais em extinção e a importância de saber cuidar. Na literatura, as fábulas são a melhor alternativa para potencializar o tema.

Os alunos, além das pesquisas na biblioteca sobre fábulas, visitaram o Centro de Zoonoses da cidade. Trouxeram também animais de estimação para apresentar ao grupo e falar sobre seus cuidados.

Assim, foi possível desenvolver várias ações que propiciaram discutir sobre os animais em extinção, além de valores. Depois realizaram passeios e pesquisas. O trabalho culminou com a produção de dois livros feitos pelos alunos apresentando o que aprenderam.

ANIMAIS EMEXTINÇÃO

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RESPONSÁVEL: Raquel Pacheco Florianópolis – SC

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ara desenvolver a competência leitora de seus alunos do 2o ano do ensino médio, a professora Francislene Naves, da Escola Estadual Professor Milton de Tolosa, buscou um caminho que fosse

compatível com a experiência de seus alunos, considerados nativos digitais.

Optou por trabalhar com audiolivro, que é a gravação dos conteúdos de um livro, ou seja, livro falado. Foi a forma que encontrou para se ouvir histórias, além de disponibilizar um meio de inclusão aos portadores de deficiências.

Foram escolhidos contos para trabalhar com textos curtos de autores nacionais, exercitando a oralidade e a leitura dramática. Tudo foi gravado em um determinado programa computacional indicado pelos próprios alunos.

O trabalho trouxe grande motivação, além de desenvolver habilidades, como saber ler em voz alta de forma expressiva. Futuramente, será feita a distribuição desse material para deficientes visuais.

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AUDIOLIVRORESPONSÁVEL: Francislene de Fátima Naves Campinas – SP

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Região Amazônica é muito rica em histórias da tradição oral. São contos, lendas, adivinhas, causos, provérbios que passam de geração em geração, a partir das narrativas difundidas pelos caboclos. E foi com esse potencial

linguístico que se criou o Projeto Contadores de Histórias Encantadas, voltado para os alunos da 4ª série do ensino fundamental e desenvolvido na Escola Estadual Prof.ª Josefa Jucileide Amoras Colares, situada na periferia da cidade de Macapá, no Amapá.

Muitas crianças crescem ouvindo essas histórias, que são desvalorizadas frente à obrigação de se ler um livro. Isso afasta seu prazer de ler e a leitura se torna uma obrigação desvinculada da sua realidade. A forma de resolver esta questão foi estimular a oralidade e a escrita das histórias da tradição oral, como um caminho para estimular o gosto pela leitura.

A professora Gercilene desenvolveu várias oficinas juntamente com outra professora, baseadas no tripé: contar, ouvir, ler. O resultado foi além das expectativas. Seus alunos não só desenvolveram a habilidade de contar e ler histórias, como também a produção de textos, lançando um livro de contos escrito pelos alunos. Foi assim que descobriram que ler é muito mais que soletrar palavras.

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CONTADORES DE HISTÓRIASENCANTADASRESPONSÁVEL: Gercilene Vale dos Santos Macapá – AP

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ara aprimorar o incentivo à leitura de obras clássicas e também estimular a criatividade na produção textual dos alunos do 2o ano do ensino médio, a professora Laís Tavares

utilizou a técnica do crossover – cruzamento de personagens de histórias diferentes, na elaboração de quadrinhos e uso das redes sociais como plataforma de exibição dessas criações.

Os personagens escolhidos foram da obra Dom Casmurro, de Machado de Assis, e o romance Bel-Ami, de Guy de Maupassant. O resultado do trabalho foi apresentado em forma de HQs, que recebem um tratamento no photoshop para serem colocados nas redes sociais.

Os alunos estavam muito entusiasmados com a produção. As leituras incentivaram a troca de experiências e a colaboração entre os estudantes. Foi possível unir a internet às atividades escolares e os alunos, quando terminaram a experiência, já estavam planejando as próximas.

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CROSSOVER: CRUZANDO PERSONAGENS DE MACHADO DE ASSIS E GUY DE MAUPASSANTEM NOVAS HISTÓRIASRESPONSÁVEL: Laís Silva Tavares Cubatão - SP

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coordenação da área de Língua Portuguesa da Escola Comunitária de Campinas buscou a melhoria da formação de professores do ensino fundamental, primeiro ciclo do referente à leitura da obra literária

infantil. A ideia era mobilizar suas experiências leitoras, ampliando repertório de leitura do docente e do aluno.

Para sensibilizar os professores para a leitura de obras literárias, foram realizados encontros dife-renciados, buscando recuperar suas experiências leitoras, por meio de relatos, situação de leitura e filmes analisados. Além disso, aconteceram visitas à livraria e utilização da biblioteca escolar.

Desta forma, as professoras não só mergulharam no mundo da literatura, por meio de diferentes linguagens, como também puderam elaborar situações didáticas para obras literárias. O resultado foi que a literatura passou a ter lugar de destaque no trabalho pedagógico da escola.

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FORMAÇÃO DE PROFESSOR – SENSIBILIZAR PARA A LEITURA

DE LITERATURARESPONSÁVEL: Maria Alice Coelho Campinas - SP

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isando criar novas possibilidades de leitura, partindo da fruição, o professor Marcelo Feitosa desenvolveu um trabalho interdisciplinar com seus alunos do 3º ano do ensino médio do

Colégio Magister. A base do projeto foi a obra de Graciliano Ramos, “Vidas Secas”. Sua leitura não só inspirou muitas questões sociais como também possibilitou um intercâmbio cultural que foi muito além dos muros da escola.

O projeto foi realizado com a articulação das disciplinas de Geografia e Literatura, que teve como tema de entrada “O sertão e o nosso olhar”. Foi preciso discutir o que é o sertão, sua cultura e importância sócio-histórica, que se aprofundava também com a leitura da obra literária. Isso aproximou os alunos de uma realidade distante de seu cotidiano, o que motivou a turma para um estudo do meio na cidade de Picos, no Piauí.

O resultado dessa experiência foi o estabelecimento de intercâmbio entre os estudantes de São Paulo e do Piauí, encontros de formação de professores feitos pela equipe pedagógica de São Paulo em Picos (PI) e a construção do livro coletivo “O Sertão e o nosso olhar”, escrito pelos alunos das duas cidades a partir da experiência vivida, que ampliou a visão de mundo desses jovens e seus professores.

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GEOGRAFIALITERÁRIARESPONSÁVEL: Marcelo Feitosa São Paulo – SP

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professora Alice tem certeza da importância da leitura, mas sabe também que esta ainda é um grande desafio para os brasileiros e, em especial, os alunos do 9o ano do ensino fundamental, da E.M.E.F José Edson

Burlamaqui de Miranda, em Altamira, no Estado do Pará.

Então, para desenvolver o interesse pela leitura e escrita visando não só melhorar as aprendizagens de seus alunos como também sua vida em sociedade, enquanto cidadãos, a professora de Língua Portuguesa escolheu um trabalho com o gênero quadrinhos (HQs).

Por meio de diversas etapas sequenciais, foram desenvolvidas atividades partindo do que seus alunos gostam e se identificam que são os HQs, para entender a sua estrutura textual e imagética, chegando até à produção.

Na avaliação, foi possível reconhecer que os alunos tiveram a chance de aprender de forma prazerosa e isso levou à maior frequência na biblioteca, onde pode ser constatado o aumento de empréstimos neste tipo de leitura.

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HISTÓRIAS EM QUADRINHOS: RELATODE EXPERIÊNCIARESPONSÁVEL: Alice Pinheiro de Andrade da Silva Altamira – PA

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ara melhorar o ensino da leitura e da escrita na E.E.E.F.M. Prof.º Francisco Coelho Ávila Júnior, a professora de Língua Portuguesa Adriana de Oliveira escolheu usar as TICs (Tecnologias da

Informação e Comunicação) como recurso a ser explorado, por meio da criação de um jornal online para trabalhar os diferentes gêneros textuais e, assim, fugir do “lugar comum” do ensino desses conteúdos, envolvendo toda a comunidade escolar.

A criação e execução do projeto Jornal Ávila Júnior Online teve como ponto-chave a visita a uma emissora de televisão para aproximar os alunos da rotina jornalística, conhecendo como funciona a elaboração de pautas, produção de matérias, edição etc. Depois disso, foi criado o perfil editorial do jornal e definidas as colunas que seriam elaboradas. Em seguida, os alunos se organizaram para produzir o seu jornal, distribuindo tarefas e

prazos. Os professores auxiliaram na produção dos gêneros textuais.

O trabalho com a mídia possibilitou aos alunos do ensino médio uma experiência interdisciplinar, na medida em que os assuntos desenvolvidos nas pautas tratavam dos diversos conteúdos que estão no currículo escolar e também na vida. Houve uma transformação em toda escola, maior comprometimento por parte dos alunos e maior parceria com os professores.

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JORNAL ÁVILAJÚNIOR ONLINERESPONSÁVEL: Adriana Silva de Oliveira Cachoeiro de Itapemirim – ES

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ntendendo que muitas crianças só têm acesso ao mundo da leitura quando ingressam na escola, vivendo muitas vezes uma forma de exclusão, a E.E.I.E.F. José Antônio de Morais desenvolveu o trabalho Leitura em

Família, visando ampliar o universo literário na vida das crianças por meio do desenvolvimento de atividades com as famílias da localidade.

Para encantar as crianças das séries iniciais do ensino fundamental, o trabalho com a literatura foi apresentado para a escola e para a comunidade de forma lúdica, privilegiando o fortalecimento das relações familiares.

Assim, partindo da apresentação do acervo literário da escola para as crianças, familiares e comunidade local, os passos seguintes abrangeram envio de livros para as casas por meio de empréstimos, rodas de leitura, visitas domiciliares para leituras

compartilhadas entre pais e filhos, produção textual e representação artísticas das histórias escolhidas. Foi desta forma que os alunos e seus familiares se tornaram leitores do acervo literário da escola.

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LEITURAEM FAMÍLIARESPONSÁVEL: Lucinete Moraes Vasconcelos Bela Cruz – CE

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professora Sheila de Oliveira criou o projeto Literatura nas Ondas do Rádio para resgatar o prazer de ouvir, por meio do rádio, reconhecendo que, por mais que não seja um veículo

muito valorizado frente às novas tecnologias, para muitos lugares distantes do país, as ondas do rádio prevalecem.

É uma forma de chegar aos ouvintes diversos gêneros literários para alcançar o público leitor e não leitor.

Então, a professora, para conquistar novos leitores, as famílias e o público em geral, fez uma parceria com a Rádio Vitória FM para produzir programas sobre os diversos gêneros literários selecionados, produzidos e contados pelos seus alunos do ensino fundamental I.

Semanalmente, os alunos participam de oficinas de sonoplastia e percussão para a conexão da música com literatura. O programa de contação de histórias tem a duração de 15 minutos. O resultado é que aumentou o interesse dos alunos pela leitura, até mesmo daqueles alunos que não gostavam de ler e também daqueles que não dominavam a leitura.

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LITERATURA NASONDAS DO RÁDIORESPONSÁVEL: Sheila Rodrigues de Oliveira Contagem – MG

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Escola SENAI Orlando Laviero Ferraiuolo tem como foco a área de Construção Civil, para alunos de 15 a 21 anos, com cursos para pedreiro, eletricista, encanador e agente administrativo. Devido às dificuldades que os alunos

apresentam para ler e entender textos complexos ou realizar uma pesquisa nos assuntos estudados, sem sequer conseguir ler poucas páginas de um livro, que nasceu a proposta da Oficina de Leitura.

Com o objetivo de criar oportunidades para que todos os alunos descubram o prazer de ler, transformando a leitura em ferramenta para o desenvolvimento pessoal, social e profissional de seus alunos que a professora Célia Regina Cabrino realizou encontros mensais com os alunos em que para cada encontro havia um tema a ser discutido. O conteúdo básico poderia vir de um conto, poesia, música ou imagens.

Desde 2009 que essas oficinas vêm acontecendo e a quantidade de livros lidos pelos alunos cresce a cada ano. Os alunos descobriram o prazer de ler, desenvolvendo sua formação leitora e com isso, realizaram um exercício de cidadania.

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OFICINADE LEITURARESPONSÁVEL: Célia Regina Cabrino São Paulo - SP

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partir da reflexão sobre os avanços tecnológicos e sua forma de inserção na escola, como um caminho, a professora Viviana de Lacerda teve a ideia de trabalhar a linguagem

cinematográfica para promover a leitura de obras clássicas e formar o hábito de leitura de forma prazerosa nos alunos dos anos finais do Ensino Fundamental II e Ensino Médio do Colégio Salesiano de Belo Horizonte.

A ação é desenvolvida a cada trimestre, sendo que, em cada um, os alunos conhecem as obras indicadas por meio das adaptações que realizam (elaboração de texto dramático). São os alunos que escolhem as obras clássicas que serão adaptadas, de acordo com o acervo da escola. Eles leem os livros escolhidos, e roteirizam e filmam na escola. Editam no laboratório de informática e publicam em blogs.

Com o projeto, os alunos ampliaram seu repertório cultural, contribuindo para a formação do leitor proficiente. Evidenciando-se, assim, que existem caminhos para tornar a leitura uma tarefa prazerosa.

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PROJETO LITERATURAEM VÍDEORESPONSÁVEL: Viviana Portilho Bernardes de Lacerda Belo Horizonte – MG

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professora Janete Marcondes tinha três objetivos a serem atingidos nas suas aulas de Literatura, com seus alunos do 2º ano do Ensino Médio, da Escola Estadual Carlos Drummond de Andrade: incentivá-los a ler obras literárias;

oferecer condições para que eles desenvolvessem habilidades para falar em público; e saber utilizar recursos tecnológicos disponíveis na escola.

Para dar conta de atingir tais objetivos, a professora optou por desafiá-los para a produção de um curta-metragem, em que os alunos fariam todas as etapas de criação e produção do filme sobre a obra Iracema, de José de Alencar. Isso implicou na realização de várias etapas desde a leitura do livro e análise de outras produções sobre a mesma obra, além do trabalho voltado para o roteiro; dramatização; produção; gravação; edição e exibição no pátio da escola.

Hoje o curta-metragem está disponível no Youtube e também no blog da escola. De Iracema e José de Alencar os alunos aprenderam muito e de forma interdisciplinar, articulando conteúdos da Literatura, Língua Portuguesa, Arte e História.

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RELEITURA DA OBRA IRACEMA,DE JOSÉ DE ALENCARRESPONSÁVEL: Janete Aparecida Marcondes Anastácio – MS

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Sala de Leitura do Colégio Pedro II possui um acervo de livros de qualidade enviado pelo FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação). No entanto, a professora

Marta Chamarelli sabe que só um bom acervo não garante a frequência dos alunos ao espaço. É preciso um trabalho para que os alunos se sintam instigados a buscar esses livros. Do contrário, a sala de leitura se transforma em um depósito de livros e perde seu sentido.

Pensando nisso, com o foco na formação leitora dos alunos do Ensino Fundamental I, foi desenvolvido um trabalho de mediação pedagógica na Sala de Leitura, com as 40 turmas da Unidade Escolar, que envolveu as seguintes ações: visitas das turmas à Sala de Leitura, para participação nas rodas de leitura, orientações para empréstimos de livros, rodas de poesia, clube do livro, sessões de cinema, entre outras.

Com isso a Sala de Leitura virou um espaço vivo e de referência dentro da escola, disputado por alunos e professores com o crescimento permanente de empréstimos de títulos.A

RESPONSÁVEL: Marta Alarcon Chamarelli Rio de Janeiro – RJ

SALA DE LEITURA: UM ESPAÇO VIVO PARA A FORMAÇÃO

DE LEITORES

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projeto Viajando no mundo da leitura acontece desde 2008, na Escola Municipal Professora Valdemir Fernandes de Medeiros, localizada próxima ao centro da cidade de Jucurutu - RN. O projeto foi a forma encontrada para incentivar o

gosto e o hábito pela leitura nos alunos do Ensino Fundamental I.

Para cada ano, um tema de trabalho coletivo é escolhido para toda escola, direcionado ao incentivo à leitura, com muitas atividades planejadas. Em 2008, o tema foi poesia da Cecília Meireles. Em 2009, optaram por saúde e educação. Já em 2010, foi a vez de se trabalhar as ferramentas tecnológicas para leitura. Em 2011, o trabalho estava voltado para os contos clássicos da literatura infantil.

Tem sido assim que toda a escola se envolve com a leitura e seus alunos estão aprendendo, por múltiplos caminhos, que a leitura é instrumento chave para se atingir qualidade de vida, e a escola, uma possibilidade de aprendizagem.

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VIAJANDO NO MUNDODA LEITURARESPONSÁVEL: Maria do Socorro Soares Teixeira Jucurutu - RN

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Categoria 3Sociedade: ONGs, pessoas físicas, empresas, universidades/ faculdades e instituições sociais

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projeto Além-Sertão: O livro infinito de João Guimarães Rosa consiste em uma série de 20 programas de rádio, com uma hora de duração, sobre a obra “Grande Sertão: Veredas”, de Guimarães

Rosa, escolhida como um modelo exemplar de complexidade, com várias dimensões que enredam uma cadeia de signos de diversos níveis de percepção e representação da realidade. Cada programa apresenta um foco de aprofundamento sobre a referida obra, com a participação de artistas, pesquisadores e protagonistas culturais, no total de 50 personalidades, alcançando assim uma pluralidade interpretativa da obra.

Com base na simultaneidade das gramáticas presentes no texto, o projeto buscou incidir luzes sobre a obra, por ângulos diferentes e, com isso, abrir janelas de leitura.

A série será difundida na íntegra em 2013 pela Rádio Cultura FM, da cidade de São Paulo e posteriormente será levada a cerca de 40 emissoras da rede pública de radiodifusão do país, totalizando uma audiência média estimada em 600 mil ouvintes por programa.

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ALÉM-SERTÃO: O LIVRO INFINITO DE JOÃOGUIMARÃES ROSARESPONSÁVEL: Lourdes Regina Porto São Paulo - SP

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Canto, conto e brincadeira é um projeto de extensão do curso de Letras, da Faculdade de São Bernardo do Campo, desenvolvido em duas frentes que englobam os docentes e seus alunos:

a formação do docente como leitor, motivador e mediador da leitura; e a formação do leitor, por meio da dinamização das diversas linguagens artísticas. O trabalho acontece em dois ciclos anuais e suas ações vêm sendo desenvolvidas desde 2006.

O projeto inicia-se com a formação do professor das redes pública e particular de São Bernardo do Campo - SP em torno da leitura de obras de literatura infantil e juvenil e culmina com um evento onde acontecem em um único dia mais de 20 atividades literárias concomitantes com diversas manifestações artísticas.

É um trabalho em que o professor se fortalece como leitor e se torna mais competente para trabalhar com a literatura na sala de aula, formando leitores por meio das diversas práticas.

CANTO, CONTOE BRINCADEIRARESPONSÁVEL: Sonia Melchiori Galvão Gatto São Bernardo do Campo - SP

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proposta é desenvolvida no distrito de Lisieux, que se tornou uma espécie de micropolo de uma vasta região rural que abrange diversos municípios, entre eles o de Santa Quitéria - CE.

O trabalho começou em 2007, como uma forma de tirar os livros das prateleiras e fazê-los chegar aos lugares distantes. Então nasceu o projeto Carrinho da Leitura, que consiste em colocar livros em um carrinho de supermercado como meio de transporte para chegar até as comunidades rurais.

Com sua expansão, o Grêmio Recreativo e Cultural fundou uma biblioteca pública e conseguiu a autorização para legalizar uma rádio comunitária que transmite leituras literárias. Hoje é um Ponto de Leitura, Ponto de Cultura e faz parte do “Mais Cultura”, todos iniciativas do MinC (Ministério da Cultura).

O projeto Carrinho da Leitura atende crianças da Educação Infantil ao Ensino Fundamental I, realizando diversas atividades, desde a hora que chega numa cidade. Além de empréstimos e contação de histórias, também são realizadas apresentações culturais de grupos locais. Os resultados são positivos – mais crianças leitoras e que participam de atividades culturais. Uma experiência que está mudando a vida de muitas crianças.

CARRINHO DA LEITURARESPONSÁVEL: Antonia Araujo de Sousa Santa Quitéria - CE

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uvina é professora e bibliotecária na cidade de Coruripe - AL. Sabia que era necessário que todos os seus alunos e familiares tivessem acesso à cultura leitora para que, de fato, pudessem se

apropriar dessa herança cultural. Então começou seu trabalho com o auxílio de seus alunos.

Em um carrinho de mão colocou seus livros e saiu pelas ruas oferecendo-os para empréstimo, acreditando que assim auxiliaria as escolas na promoção da leitura. Envolveu alunos, comunidade em geral e alguns professores no desenvolvimento de diversas atividades culturais na sua casa, além dos empréstimos de livros, que vão desde rodas de leitura, gincanas e leitura dramatizada.

A Carroça da leitura já chegou a 120 atendimentos, mas pretende atingir as 4 mil pessoas de todas as idades do seu município e, assim, formar uma comunidade de leitores.J

CARROÇA VIAJANDO NA LEITURA: A LEITURAROMPENDO FRONTEIRASRESPONSÁVEL: Juvina Alice Reis da Silva Pessoa Coruripe - AL

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implantação de bibliotecas em instituições de acolhimento de crianças e jovens e a realização de mediações de leitura são recursos que contribuem para um trabalho no campo afetivo.

As narrativas funcionam como organizadoras do mundo interno de quem viveu situações traumáticas. A literatura contribui para que possam sonhar, fantasiar, criar, pensar, desenvolvendo uma capacidade para inventar um futuro diferente do seu presente.

Consciente do poder da leitura na vida dessas crianças e jovens, Tatiana Barile criou o Fazendo minha história, para que eles pudessem, depois de viverem momentos de mediação de leitura, registrar suas próprias histórias, por meio da construção de um livro para cada um, personalizado.

A produção de seus livros permite que crianças e jovens tenham uma experiência de autoconhecimento e de formação identitária por meio do resgate da sua história individual passada e da valorização da história vivida nesses espaços.

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FAZENDO MINHA HISTÓRIARESPONSÁVEL: Tatiana Barile São Paulo - SP

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ediadores de leitura é um projeto realizado pelo SESC Tocantins, voltado ao incentivo e difusão da literatura. Além de capacitar pessoas para a mediação de leitura, realiza encontros

regulares com alunos das escolas de Palmas, no Estado do Tocantins.

Entre as múltiplas atividades que realiza, desenvolve formação para mediadores, que trabalham nas rodas de leitura semanalmente junto aos alunos das escolas locais, utilizando diversas linguagens artísticas e gêneros literários como poesia, “causos” e cordel.

Como resultado desse trabalho, as escolas dinamizaram suas bibliotecas. As rodas de leitura contam com cerca de 230 participantes assíduos.

Na biblioteca do SESC, houve um aumento na frequência. É assim que o SESC Tocantins tem participado da disseminação da leitura e da cultura na cidade, visando a uma melhor qualidade de vida para todos os cidadãos.

MEDIADORESDE LEITURARESPONSÁVEL: Geovana Dias Lima Palmas - TO

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Conselho de Pais do município de Campos Sales, no sertão do Cariri - CE, é uma organização filantrópica que atua junto às famílias de baixa renda no combate das desigualdades sociais.

No campo da educação, reconhece que embora com muitos programas destinados ao incentivo à leitura e também à alfabetização, os resultados ainda são fracos, perpetuando as dificuldades de aprendizagem daí decorrentes.

Buscando mudar essa realidade, o Conselho de Pais criou um espaço de leitura, que hoje é Ponto de Leitura do MinC (Ministério da Cultura). Oferece acervo bibliográfico e diversas atividades de leitura, além de formação de mediadores. São 280 crianças e adolescentes de 2 a 14 anos, que vivem em situação de vulnerabilidade social.

As situações de leitura têm aumentado cada vez mais o fluxo de usuários e o volume de empréstimos de livros.

A conquista tem sido redução nos indicadores de reprovação do município e o reconhecimento da instituição como Escola Nota 10, pelo Governo do Estado do Ceará.

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NAS ASAS DO BEM-TE-LI FAVORECENDO EXPERIÊNCIAS

DE LEITURA CIDADÃRESPONSÁVEL: Maria Lúcia de Andrade Saraiva Campos Sales - CE

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PROJETO GRUPO MIGUILIM

DE CORDISBURGO

ra. Calina Guimarães, prima de Guimarães Rosa, criou a Associação dos Amigos do Museu Casa Guimarães Rosa para revitalizar o museu que havia sido criado em 1974 na casa onde o escritor

nasceu e viveu os seus primeiros anos de vida com sua família, e também fazer um trabalho social com os jovens da cidade.

Para ensinar aos jovens que iriam trabalhar no Museu não bastava conhecer os objetos, era preciso conhecer a obra do escritor. Para isso, convidou duas contadoras de histórias de Belo Horizonte para realizarem oficinas voltadas para a formação de jovens contadores de história. Assim nasceu, em 1996, o Grupo Miguilim, formado por alunos do Ensino Fundamental II.

Esses jovens não apenas conheceram quem foi Guimarães Rosa, mas se tornaram leitores

e estudiosos da sua obra literária. Eles recebem os turistas para apresentar o museu, a obra e o escritor. Aprenderam a trazer para a oralidade o texto literário. Já foram formados mais de 150 jovens como guias especializados. O projeto é reconhecido como Patrimônio Imaterial pelo IEPHA (Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico).

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RESPONSÁVEL: Maria Elisa Pereira de Almeida Belo Horizonte - MG

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Instituto História Viva, de Curitiba - PR, desenvolve ações de capacitação para voluntários se tornarem ouvidores e contadores de histórias junto às pessoas que vivem em situação de

fragilidade (abrigados, hospitalizados e asilados). As ações desenvolvidas têm uma perspectiva de estabelecer uma interlocução intergeracional.

Para isso, seguem uma metodologia que parte da escuta de histórias junto aos idosos, escolhidas para se transformarem em contos de fadas que, em seguida, são dramatizados pelos contadores de história e apresentados para as crianças abrigadas. Como retribuição, elas fazem diferentes produções como desenhos, músicas ou poesias sobre cada história representada que são entregues aos autores - os idosos.

É uma forma de ressignificar e valorizar as histórias de vida, pela literatura. O trabalho começou em 2010 e já contou com a participação de 50 idosos e 2.000 crianças espalhados por hospitais e abrigos da cidade de Curitiba e Região Metropolitana.

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PROJETO HISTÓRIA VIVA

OUVIR E CONTARRESPONSÁVEL: Roseli Bassi Pregolini Curitiba - PR

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mbora Parintins - AM seja bem conhe-cida pelo Festival Folclórico dos Bois Garantido e Caprichoso, necessita de mais atividades culturais, como aque-las que promovem o incentivo à leitura.

A cidade tem apenas uma biblioteca e uma livra-ria. Além dessas, as bibliotecas escolares e aca-dêmicas possuem acervos limitados. Para tentar melhorar este cenário, a Livraria Universitária de Parintins – LUPA, desde 2009 realiza saraus literá-rios. Desta iniciativa nasceu o projeto Jovem Leitor, em 2010, que atende crianças e jovens de 9 a 16 anos, desenvolvendo diversas atividades culturais no próprio espaço na livraria.

São oficinas de leitura e produção textual, que contam com a colaboração de acadêmicos da Universidade Federal do Amazonas e da Universidade do Estado do Amazonas, além de estagiários e voluntários, atendendo a 47

estudantes. Outra iniciativa é o Sarau de sabores e saberes, para um público de todas as idades, que acontece no último sábado de cada mês, onde se come e se reflete sobre literatura, sempre com um convidado especial. Participam em torno de 50 pessoas no mesmo espaço da livraria.

É assim que a LUPA tem conseguido melhorar o desempenho dos estudantes na escola e provocado interesse e curiosidade pelos livros. A livraria disponibiliza 400 obras, sendo 25 títulos para empréstimo. Já nos Saraus, o público participa cada vez mais, estimulando o hábito leitor.

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PROJETOJOVEM LEITORRESPONSÁVEL: Edilson da Costa Albarado Parintins – AM

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Centro Cultural Araçá foi idealizado por universitários dos cursos de Pedagogia e Biologia da UFES, em 2000.

Sua trajetória teve início trabalhando na rua, com crianças. Hoje tem sede própria e atende a 25 escolas locais de 35 bairros periféricos.

O projeto tem como objetivo melhorar o desempenho linguístico dos estudantes e seus familiares por meio da construção do hábito de leitura, condição essencial para a construção da cidadania. São desenvolvidas atividades lúdicas nas diferentes expressões: oral, visual, escrita, plástica e dramática.

Durante os 12 anos de atuação, atendeu em torno de 1200 crianças e jovens, de 35 bairros periféricos de São Mateus - ES, proporcionando a inclusão social e tecnológica. Proporcionou ainda a iniciação e qualificação profissional de 150 jovens.

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PROJETO LÊ MELHOR

QUEM LÊ A VIDARESPONSÁVEL: Maria da Penha Rocha Santos São Mateus - ES

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projeto Livros Andantes, desde 2009, leva a literatura para lugares mais distantes, utilizando jumentos com caçuás onde transportam em torno de 200 livros e uma tenda que é montada

nas comunidades rurais. Assim o projeto consegue chegar até o leitor ou futuro leitor, onde ele estiver, porque ler é um direito de todos os cidadãos.

Além dos livros que são lidos coletivamente e dramatizados, são realizados ainda empréstimos e contação de histórias. Para os professores, oferece oficinas de contação de histórias, cujos participantes serão os agentes responsáveis pela ação do projeto em duas comunidades.

Josilene da Conceição conta com o patrocínio do Governo do Estado de Pernambuco e já conseguiu montar 4 bibliotecas em comunidades rurais, atingindo 3600 pessoas.O

PROJETO LIVROSANDANTESRESPONSÁVEL: Josilene Maria da Conceição Recife - PE

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cidade de Luziânia - GO tem história. O município conta com um passado rico, pelas riquezas da extração do ouro, com construções do século XVII, porém com um acervo precário de estímulo à

leitura, sem nenhum livro de literatura infantil e juvenil na Biblioteca Pública. Foi para superar esta problemática que Maurício Leite criou o projeto Malas de Leitura e Cantos de Leitura.

É uma proposta voltada para formação continuada de professores e agentes de leitura, além de fortalecer o trabalho da Biblioteca Municipal na formação de novos leitores. Foram oferecidos cursos, oficinas e palestras para técnicos da Biblioteca Municipal e profissionais da educação, como etapa inicial. Já as Malas de leitura são bibliotecas itinerantes que levam livros diversificados para lugares distantes, beneficiando

aqueles que têm pouca ou nenhuma chance de acesso a este acervo – alunos da periferia e zona rural. O projeto conta ainda com a Kombi da Leitura que é uma sala de leitura estacionada ao lado da biblioteca.

Para completar essas iniciativas, foi criado o Corredor de leitura, na sede da Secretaria Municipal de Educação, para empréstimos de livros aos filhos dos funcionários. Dessa forma, Maurício conseguiu fazer tudo que se propôs, mostrando que é possível formar leitores. Por isso que ele canta: “Vitória, vitória...acabou a história”!

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PROJETO MALAS DE LEITURA E

CANTOS DE LEITURARESPONSÁVEL: Maurício Corrêa Leite Luziânia - GO

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literatura transmitida de geração em geração tem grande poder na formação cultural dos mais jovens, pois divulga valores e expressa a tradição da humanidade. No entanto, embora

se reconheça a importância da leitura, no cenário nacional, ainda é baixo o índice leitor entre as pessoas, tanto como hábito como também pela ausência de livros nos lares brasileiros, da grande maioria da população de baixa renda.

Foi pensando sobre isso que a Joseane criou o Projeto nasce uma criança leitora, em parceria com distribuidores de livros, livreiros, autores e empresários que passaram a presentear com um livro infantil todas as crianças que nasceram na Maternidade Carmosina Coutinho, de julho de 2008 a junho de 2010. Nesse período, as 1017 crianças que nasceram nessa maternidade pública ganharam um livro.

O desdobramento do trabalho foi se transformar em um Ponto de Leitura, do Estado do Maranhão, que possibilitou o crescimento do trabalho com acervo, equipamentos e ações diferenciadas como visitas às mães contempladas com livros, oficinas de literatura e cursos de mediação de leitura. Na sua simplicidade a ideia está fazendo leitores e inspirando outras experiências.

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PROJETO NASCE UMACRIANÇA LEITORARESPONSÁVEL: Joseane Maia Santos Silva Caxias - MA

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Casa de Apoio à Criança com Câncer Durval Paiva desenvolve o Projeto SAP – Apoiando a Cultura e a Leitura junto às crianças e adolescentes que são pacientes em tratamento onco-

hematológico. A proposta é oferecer um ponto de apoio a esses pacientes que, por motivo de saúde, não podem frequentar a escola, porém eles têm o direito de seguir aprendendo. São atendidos 50 alunos/pacientes de 5 a 18 anos.

As atividades desenvolvidas semanalmente têm como foco o estímulo à leitura e produção de textos, e também a ampliação do uso da linguagem oral. Oferece contação de histórias, interpretação de textos, informática, além da participação na elaboração do Jornal Escolar “Nossa Cara”, entre outras atividades.

As ações interdisciplinares são avaliadas de forma contínua e o resultado é que essas oficinas têm um papel transformador na vida desses pacientes, que usam a criatividade e a imaginação enquanto estão em tratamento, ampliando seu repertório cultural e linguístico. Já são 11 mil atendimentos pedagógicos totalizados.

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PROJETO SAP APOIANDO A CULTURAE A LEITURARESPONSÁVEL: Aline Benevides Câmara Natal - RN

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projeto Sombra da Mata vem sendo realizado há 7 anos na escola Comunitária no Sítio Sombra da Mata, uma espécie de casa ecológica. Seu desafio é fomentar a educação

ambiental na comunidade rural por meio da literatura e da arte. É um trabalho desenvolvido pela ONG Instituto Coopera que tem como foco a inclusão socioambiental, visando à mudança de comportamento em relação às práticas sustentáveis no dia a dia.

As eco-atividades desenvolvidas em contato direto com a natureza mobilizam 115 crianças e jovens, com idade entre 3 e 20 anos, da Ponte Alta do Gama, comunidade rural do entorno do Distrito Federal. Essas atividades têm o caráter transdisciplinar, conectando a experiência dos grupos com uma vivência ambiental, trabalhada em diferentes temas geradores.

O trabalho tem incentivado a leitura e também ampliado a conscientização ambiental por meio de mudanças de hábitos verdes em uma escola sustentável. O

PROJETO SOMBRADA MATARESPONSÁVEL: Clarissa Cassab Danna Gama - DF

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uiz Carlos Guedes tinha 16 anos quando participou de uma viagem missionária à Ilha de Marajó - PA com a sua escola. Sensibilizado com a situação dos jovens da região, sem alternativas de acesso à

leitura, teve a ideia de criar bibliotecas itinerantes.

Fundou a ONG Lute sem Fronteiras e, com a ajuda de diversas pessoas, fazendo campanhas de doação de livros em diversas cidades do Brasil, conseguiu implantar duas bibliotecas em comunidades ribeirinhas.

Atualmente tem mais duas bibliotecas em andamento. Conseguiu apoio da Secretaria Municipal de Educação de Portel, onde desenvolve encontros com jovens para se tornarem “agentes literários”.

O projeto Sonho de Papel está conseguindo fazer com que os jovens da região tenham acesso à leitura, estimulando-os a continuarem seus estudos e a buscarem caminhos de melhorias na qualidade de vida da população local.

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SONHODE PAPELRESPONSÁVEL: Luiz Carlos Pinho Guedes Rio de Janeiro – RJ

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arcelo Rocha é um poeta da cidade de Governador Valadares - MG e desde 2010, desenvolve o projeto Um poema em cada árvore, como uma forma de oferecer à sociedade local o acesso

gratuito à leitura poética. A forma que encontrou foi utilizar as árvores da cidade como suportes onde poemas de poetas contemporâneos são pendurados para serem lidos pelos passantes.

Em 2011, essa experiência foi finalista do Prêmio Vivaleitura, o que deu grande visibilidade à iniciativa e, como é um modelo de fácil replicabilidade, se multiplicou para outras cidades brasileiras. Assim, o projeto Um poema em cada árvore já aconteceu em 83 cidades brasileiras, além da cidade em que nasceu.

No Dia Nacional da Árvore, depois de um trabalho de articulação, o projeto aconteceu simultaneamente em 84 cidades por meio de uma rede composta por estudantes, poetas, educadores, bibliotecas, ONGs e agentes culturais. Com as poesias nas árvores, Marcelo amplia o acesso à leitura aos mais diferentes públicos, colocando a poesia na vida cotidiana das pessoas.

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UM POEMA EMCADA ÁRVORERESPONSÁVEL: Marcelo Pereira Rocha Governador Valadares - MG

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Menção Honrosa José Mindlin

ENTRE RODAS

LITERATUDO

RESPONSÁVEL: FundaçãoVolkswagen SãoBernardodoCampo–SP

RESPONSÁVEL: PrefeituradeJuizdeForaeSecretariaMunicipaldeEducação JuizdeFora–MG

esde2003,aFundaçãoVolkswagendesenvolveoEntre rodas,quese

constituinumapropostadeincentivoeorientaçãoàleituraparaformar

leitores.Apoiasecretariasdeeducaçãoedacultura,alémdeorganizações

sociais na formação de educadores, bibliotecários e voluntários como

mediadoresde leitura. Sãodoadosacervosde livrosedesenvolvidas açõesde

formaçãonosdiferentesgêneroseportadorestextuais.Desdesuacriação,são

4.593mediadoresde leitura formadosem244municípiosde trêsestados:São

Paulo,Minas Gerais e Rio de Janeiro. O Entre rodas conta com a coordenação

técnicadoCenpec.

PrefeituradeJuizdeFora,juntamentecomaSecretariaMunicipalde

Educação,desde2010,desenvolveoprojetoLiteratudodeincentivo

àleitura.Pormeiodediversaslinhasdetrabalho,atuamnaformação

continuada,voltadaparaasbibliotecasescolares,quetemaliteratura

como fio condutor. Além das atividades experimentadas no cotidiano das 102

escolasmunicipais,comomaletasde leitura,varaldepoesias,saraus,contação

dehistórias,bate-papocomescritoreseilustradores,entreoutras,promoveram

a visitação entre escolas e garantiram o comprometimento com a leitura por

partedetodososprofissionais,cujaformaçãosistemáticaacontecenosGruposde

estudo.Assim,conseguiramenvolvertodos,numdiálogopermanenteinterescolas

tornandotodasasescolasumnúcleodecriaçãoedifusãocultural.

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PROGRAMA DE LEITURA ADOTE UM ESCRITOR

PROJETO PRIMEIRA PÁGINA

RESPONSÁVEL: CâmaraRio-GrandensedoLivro PortoAlegre–RS

RESPONSÁVEL: RádioeTelevisãoBandeirantes PortoAlegre–RS

CâmaraRio-GrandensedoLivro,emparceriacomaSecretariaMunicipal

dePortoAlegre, desenvolveoProgramaadote um escritor queprevê

a realizaçãodeencontros comautoresdeLiteraturanas96escolasda

rede municipal. Nos onze anos de existência, o programa se tornou

abrangente,envolvendonãoapenasalunos,masmediadoresdeleituradasescolas

que desenvolvem um trabalho de leitura que culmina com a visita do autor de

literaturanaescola.Sãomuitasaçõesgeradasapartirdesseencontro,entreelas,

temaparticipaçãomassivadosalunoseprofessoresdaredemunicipalnaFeirado

LivrodePortoAlegrenaampliaçãodeprojetosdeleituradesenvolvidosnasescolas.

esde2009queaRádioBandNewsFMdePortoAlegre -RSdesenvolve

o projeto Primeira página, uma campanha de incentivo à leitura. São

programetesdecercade1minutodeduração,veiculadosdesegundaa

sábadoemvárioshorários,nosintervaloscomerciais.Nessesprogramas,são

lidostrechosdelivrosdeficçãodeautoresnacionaiseestrangeiros,comoobjetivode

incentivaraleituraentreosouvintesdarádio.Nessesquatroanosdeexistência,se

tornouumareferênciaentreosouvintesetemnãosóestimuladoaleiturapormeio

dadivulgaçãodeobrasdequalidade,comotambémtemestimuladonovosleitores.

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Coordenação do Projeto Maria Antonieta Cunha - MinC

Ataíde Alves - MEC

Misiara Oliveira - MEC

Telma Teixeira - OEI

ComunicaçãoClovis Horta - FBN / MinC

Produção e AtendimentoPNLL e DLLLB/ Proler

Coordenadora da SeleçãoLourdes Atié

Equipe de SeleçãoFilho

PNLL:Lucília Garcez

Ana Cristina

Wilson Pereirao de Loyola Brandão

DLLLB / Proler:Ana Cristina Rodrigues

Ana Fanfa

Angela Montez

Giselda Brasil Aronovich

Ivonne Poli

Leny Wernwck

Rose Amorim

Sandra Bandeira

Sandra Ney

Wagner Costa

Jurados:Marina Colasanti

Ligia Alves Cademartori

Carlos Augusto Novais

Maria das Graças Monteiro Castro

Margarida de Aguiar Patriota

Catálogo

Coordenação e edição de textosLourdes Atié

Preparação e Revisão de textoStevam Vieira Lédo Jr.

Projeto gráfico e DiagramaçãoJoaquim Cruz

Fernando Laruccia

Lisia Lemes

www.premiovivaleitura.org.br

twitter.com/Vivaleitura

facebook.com/premiovivaleitura.participe

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da leitura e foram reconhecidos.Eles conhecem o valor

Execução e patrocínio: Apoio: Realização:Execução e patrocínio: Apoio: Realização:

Execução e patrocínio: Apoio: Realização:Execução e patrocínio: Apoio: Realização:Execução e patrocínio: Apoio: Realização:

Execução e patrocínio: Apoio: Realização:

Parceria: Apoio: Execução:

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Finalistas edição 2012

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