ELETROCARDIOGRAMA PARA IDENTIFICAÇÃO DE RISCO CARDIOVASCULAR EM ESPORTE … · 2018. 9. 5. ·...

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1 UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA-UnB FACULDADE DE CEILÂNDIA-FCE CURSO DE FISIOTERAPIA BRENDA CAROLINE SOUZA SILVA ELETROCARDIOGRAMA PARA IDENTIFICAÇÃO DE RISCO CARDIOVASCULAR EM ESPORTE DE EXPLOSÃO BRASÍLIA 2018

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UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA-UnB FACULDADE DE CEILÂNDIA-FCE

CURSO DE FISIOTERAPIA

BRENDA CAROLINE SOUZA SILVA

ELETROCARDIOGRAMA PARA IDENTIFICAÇÃO DE RISCO

CARDIOVASCULAR EM ESPORTE DE EXPLOSÃO

BRASÍLIA 2018

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BRENDA CAROLINE SOUZA SILVA

ELETROCARDIOGRAMA PARA IDENTIFICAÇÃO DE RISCO

CARDIOVASCULAR EM ESPORTE DE EXPLOSÃO

BRASÍLIA 2018

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Universidade de Brasília – UnB – Faculdade de Ceilândia como requisito parcial para obtenção do título de bacharel em Fisioterapia. Orientador (a): Prof. Dra. Vera Regina Fernandes da Silva Marães

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BRENDA CAROLINE SOUZA SILVA

ELETROCARDIOGRAMA PARA IDENTIFICAÇÃO DE RISCO CARDIOVASCULAR EM ESPORTE DE

EXPLOSÃO

Brasília, 02 de julho de 2018

COMISSÃO EXAMINADORA

____________________________________________ Prof.ª Drª. Vera Regina Fernandes da Silva Marães

Faculdade de Ceilândia-Universidade de Brasília-UnB Orientadora

_____________________________________________ Prof.ªDrª. Juliana Aparecida Elias

Faculdade de Ceilândia - Universidade de Brasília-UnB

_____________________________________________ Maª. Rafaella Carvalho

Faculdade de Ceilândia - Universidade de Brasília-UnB

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Dedicatória

Este trabalho é dedicado a minha mãe e minhas irmãs.

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AGRADECIMENTOS

Agradeço a minha mãe, por todo o apoio e compreensão, ao meu amigo Enrico, por todo o companheirismo durante os anos de Universidade, a minha colega Bruna, por toda a dedicação e assistência para que a realização deste trabalho fosse possível, e a Prof Dra. Vera, por ter sido minha orientadora .

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Epígrafe

“Não tenha medo da grandeza. Alguns nascem

grandes, alguns alcançam a grandeza, e alguns têm a

grandeza imposta a eles (William Shakespeare).”

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RESUMO

SILVA, Brenda Caroline Souza; MARÃES, Vera Regina Fernandes da Silva. Eletrocardiograma para identificação de risco cardiovascular em esportes de explosão. 2018. 20f. Monografia (Graduação) - Universidade de Brasília, Graduação em Fisioterapia, Faculdade de Ceilândia. Brasília, 2018. A atividade física pode induzir alterações cardíacas estruturais e funcionais, que podem ser analisadas por meio do exame de eletrocardiograma, sendo necessário distinguir as alterações fisiológicas das alterações patológicas em atletas. O objetivo deste trabalho foi analisar as principais diferenças eletrocardiográficas de atletas que praticam esportes de explosão em comparação aos indivíduos sedentários. Este estudo foi realizado de maneira transversal, onde uma amostra com 30 sujeitos, sendo 15 atletas de futebol americano e 15 sedentários. Os dados foram coletados por me de um eletrocardiograma 12-derivações (MAC 1800 X®), em repouso. Anormalidades no eletrocardiograma foram encontradas em todos os atletas, entretanto, nenhuma foi considerada patológica ou não-relacionada ao treinamento. 46,7% do grupo sedentários não apresentaram nenhuma alteração e 13,4% apresentaram alterações consideráveis. Pode-se concluir que na nossa amostra, alterações eletrocardiográficas foram mais comuns em atletas do que em sedentários. Entretanto, todas as alterações encontradas foram relacionadas ao treinamento físico. Esses achados possuem importante implicação para a triagem cardiovascular em atletas, prevenindo eventos cardíacos. Palavras-chave: Eletrocardiograma, atletas, sedentários

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ABSTRACT

SILVA, Brenda Caroline Souza. Electrocardiogram for cardiovascular risk identification in sports of explosion. 2018. 20f. Monography (Undergraduate) - University of Brasília, Graduation in Physiotherapy, Faculty of Ceilândia. Brasília, 2018. Physical activity can induce structural and functional cardiac changes, which

can be analyzed through electrocardiogram examination, and it is necessary to

distinguish physiological changes from pathological changes in athletes. The

objective of this study was to analyze the main electrocardiographic differences

of athletes who practice sports of explosion in comparison to the sedentary

individuals. This study was carried out in a transversal way, where a sample

with 30 subjects, being 15 football players and 15 sedentary. Data were

collected through a 12-lead electrocardiogram (MAC 1800 X®), at rest.

Abnormalities on the electrocardiogram were found in all athletes, however,

none were considered pathological or unrelated to training. 46.7 of the

sedentary group did not present any alterations and 13.4% presented

considerable alterations. It can be concluded that in our sample, changes in

electrocardiograms were more common in athletes than in sedentary ones.

However, all the changes found were related to the training. These findings

have important implications for cardiovascular screening in athletes, preventing

sudden events.

Key words: Electrocardiogram, athletes, sedentary

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SUMÁRIO

1-INTRODUÇÃO............................................................................................... 12

3- MÉTODOS....................................................................................................13

4-RESULTADOS.............................................................................................. 15

5-DISCUSSÃO ................................................................................................. 17

6- CONCLUSÃO .............................................................................................. 22

7-REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................. 22

8-ANEXOS ........................................................................................................25

ANEXO A –NORMAS DA REVISTA CIENTÍFICA........................................... 25

ANEXO B- PARECER DO COMITÊ DE ÉTICA EM PESQUISA...................... 35

9-APÊNDICES...................................................................................................39

APÊNDICE A- TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO......39

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LISTA DE ABREVIATURAS

FC – Frequência Cardíaca

PA – Pressão Arterial

ECG – Eletrocardiograma

BAV – Bloqueio atrioventricular

TCLE – Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

HVE – Hipertrofia ventricular esquerda

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LISTA DE TABELAS E FIGURAS

Tabela I – Dados antropométricos.

Tabela II – Dados eletrocardiográficos.

Tabela III – Alterações no eletrocardiograma.

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1-INTRODUÇÃO

A função mecânica do coração de bombear sangue para os tecidos do

corpo é precedida por um estímulo elétrico. As propriedades das células do

miocárdio permitem a ocorrência de uma sequência de eventos responsáveis

pela contração do músculo cardíaco. Durante a atividade cardíaca

desencadeada pelo processo de ativação do coração, fenômenos elétricos são

originados na despolarização e repolarização, podendo ser registrados pelo

eletrocardiógrafo1.

O exame responsável pelo registro da atividade elétrica é o

eletrocardiograma (ECG), um exame simples e de baixo custo, que tem como

função proporcionar dados sobre o aspecto do miocárdio e da função cardíaca,

permitindo identificar alterações e riscos de futuros eventos cardíacos2.

O treinamento físico induz a alterações na estrutura e função cardíaca,

incluindo aumento na espessura da parede ventricular e diminuição da

frequência cardíaca a longo prazo, o conhecido como “coração de atleta”. Um

grande desafio na interpretação do exame de ECG é distinguir as alterações

fisiológicas das alterações patológicas em atletas, tendo em vista que as

características do teste variam de acordo com a idade, sexo, etnia, esporte e

nível de treinamento, exigindo assim uma análise cuidadosa e criteriosa3. Em

atletas competitivos, é importante distinguir características fisiológicas normais

adaptadas ao treinamento de condições patológicas4.

O futebol americano envolve atividades com componentes dinâmicos e

estáticos. Devido à atividade intermitente, é um esporte caracterizado pelo

gasto de energia aeróbico e anaeróbico, com uma sobrecarga no volume e na

pressão do ventrículo esquerdo. Em relação à alterações que ocorrem no

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miocárdio desses atletas, há um aumento tanto nos diâmetros intracavitários

quanto na espessura das paredes. Isso resulta em um modelo de hipertrofia

ventricular intermediária, entre exercício resistido e exercício potente5.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Cardiologia (2016), as

alterações consideradas normais em atletas, devido à alta prevalência, são:

Bradicardia sinusal, arritmia sinusal fásica ou respiratória, aumento do intervalo

PR, aumento da voltagem de ondas R ou S entre 30 a 35 mm, alteração da

repolarização ventricular, atraso de condução pelo ramo direito, e bloqueio

atrioventricular de segundo grau tipo Mobitz I6.

A utilização do eletrocardiograma é preconizado como aditivo na

avaliação previamente a reabilitação, o que permite estratificação de risco e

diagnóstico clínico para prevenção de morte súbita por eventos

cardiovasculares7.

O objetivo deste estudo é analisar as principais diferenças

eletrocardiográficas de atletas que praticam esportes de explosão em

comparação aos sedentários, verificando a importância do exame na

prevenção de eventos cardíacos durante o treinamento físico.

3-MÉTODOS

Trata-se de uma pesquisa quantitativa, do tipo transversal, aprovada em

Comitê de Ética da Universidade de Brasília – Faculdade da Ceilândia

(CAAE:73102017.9.0000.8093). A amostra foi selecionada por conveniência,

sendo composta por 30 sujeitos, onde 15 participantes eram atletas de futebol

americano e 15 participantes não realizavam nenhum tipo de atividade física

regularmente; Os critérios de inclusão foram: apresentar entre 18 a 40 anos,

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ser do sexo masculino, realizar atividade física de característica de explosão, e

no grupo controle indivíduos que não realizavam atividade física regularmente,

os critérios de exclusão foram: já ter realizado cirurgia cardíaca ou

marcapasso, ser cardiopata, fazer uso de algum medicamento para doença

autonômica do coração e ter ficado acamado durante os últimos quatro meses.

O protocolo foi realizado no laboratório de biofísica e Fisiologia do

Exercício da Universidade de Brasília – Faculdade da Ceilândia, com o

ambiente controlado em relação a temperatura e trânsito de pessoas. Os

participantes foram convidados a participar da pesquisa através de divulgação

por comunicação oral ou mídias sociais e, após concordância, assinaram o

Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), onde obtiveram uma

cópia do mesmo.

Os voluntários foram triados e avaliados, e posteriormente, submetidos

ao protocolo experimental constituído de duas etapas, a saber: a) Aplicação de

questionário: Os voluntários responderam um questionário contemplando

dados pessoais, antropométricos e aspectos em saúde; b) Eletrocardiograma:

Foi realizado em decúbito dorsal, com repouso de cinco minutos e gravações

em eletrocardiógrafo (MAC 1800 X®). O eletrocardiógrafo apresenta dados

básicos do eletrocardiograma e detalhamento dos intervalos RR a cada onda

elétrica.

Realizou-se a mensuração das variáveis cardiovasculares tais como

pressão arterial e frequência cardíaca, dados antropométricos como altura,

peso, circunferência abdominal por meio da ficha de avaliação juntamente ao

questionário, e todos os indivíduos tiveram acesso a uma cópia dos exames.

Para a aferição dos sinais vitais Pressão Arterial (PA), foi utilizado um

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esfigmomanômetro manual (Premium®) e para verificar a Frequência Cardíaca

(FC), um estetoscópio (Littmann®). Para medir peso e altura, utilizou-se

balança (Slim®) e fita métrica (WCS®) inextensiva.

A análise estatística foi realizada com o uso do programa SPSS

(StatisticalPackage for Social Sciences, Chicago, IL, USA) versão 22.

Diferenças entre o grupo controle e experimental serão analisados pelo Mann

Whitney test amostras independentes, analisando as variáveis antropométricas

e eletrocardiográficas, tendo o valor de p menor, igual ou ≤ que 0,05 para

serem consideradas significativas.

4- RESULTADOS

Um total de 30 ECG‟s foram registrados através do eletrocardiógrafo

MAC 1800 X®. Nenhum indivíduo teve que ser excluído por doença

cardiovascular conhecida ou por já ter realizado cirurgia cardíaca. Detalhes

sobre as variáveis antropométricas de atletas e sedentários estão dispostas na

tabela 1. Todos os atletas que realizaram o ECG eram do sexo masculino. A

mediana de idade no grupo de atletas foi de 20,93 ± 2,46 anos. A média de

peso foi de ±. A média de altura foi 1,73 ± 0,10. No grupo de sedentários, a

média de idade foi de 21,87 ± 3,64. A média de peso foi 69,18 ± 10,6. A média

de altura foi de 1,70 ± 0,07.

Tabela I – Dados antropométricos

Atletas Sedentários

Variáveis Média DP Média DP p

Idade 20,93 ±2,46 21,87 ±3,64 0,59

Peso 80,19 ±34,56 69,18 ±10,6 0,83

Altura 1,73 ±0,10 1,70 ±0,07 0,43

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As mensurações de informações eletrocardiográficas apresentam-se

dispostas na Tabela 2, sendo observado correlação entre o grupo e a

frequência cardíaca (p:0,04, r:0,37), e o grupo e os intervalos RR (p:0,47, r: -

0,36). Entre os sedentários, a média de frequência cardíaca foi de 67,47 ±

10,27. Entre os atletas, a média da frequência cardíaca foi de 74,0 ± 7,79.

Tabela II - Dados eletrocardiográficos

Atletas Sedentários

Variáveis Média DP Média DP p

FC 67,47 ±10,27 74,0 ±7,79 0,045

QRS 92,40 ±12,98 85,60 ±8,18 0,56

QT 388/407 ±34/20 374/414 ±16/15 0,43

RR 905/897 ±132/141 816/817 ±84/84 0,05

ST 35/21 ±127/140 -1,2/13 ±127/148 0,26

FC – Frequência cardíaca.

Alguns voluntários apresentaram alterações no eletrocardiograma,

estando dispostos na Tabela 3, sendo observado correlação entre os grupos e

as alterações (p:0,01, r:0,81). No grupo de atletas, a alteração mais frequente

foi de desvio do eixo esquerdo (40,0%), seguido por bradicardia sinusal

(20,0%). Arritmia sinusal foi encontrada em 13,3% dos atletas, bloqueio de

ramo direito em 6,7% e infarto inferior em 6,7%. O infarto inferior foi a única

alteração que não estava classificada como normal de acordo com os critérios

da Sociedade Brasileira de Cardiologia. No grupo controle, um atleta (6,7%)

apresentou desvio de eixo esquerdo, 40,0% apresentaram infarto na face

diafragmática e 46,7% não apresentaram nenhum tipo de alteração. Um

indivíduo (6,7%) apresentou isquemia inferior.

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Tabela III - Alterações no eletrocardiograma

Atletas Sedentários

Variáveis Frequência Percentual Variáveis Frequência Percentual

BS 3 20,0 % Desvio do eixo esquerdo ST

1 6,7%

Desvio ST 6 40,0 % Sem alterações 7 46,7%

Desvio do eixo superior direito 2 13,3 % Infarto diafragmático

6 40,0%

AS 2 13,3 % Isquemia inferior

1 6,7%

BRD 1 6,7 %

Infarto inferior 1 6,7 %

BS – Bradicardia sinusal; Desvio ST – Desvio do eixo esquerdo ST; AS – Arritmia sinusal; BRD – Bloqueio de ramo direito.

5-DISCUSSÃO

O custo-efetividade da utilização do ECG para triagem de atletas ainda é

bastante debatido. Além das preocupações financeiras, existem uma série de

alterações que dependem da capacidade de diferenciar o que é patológico e o

que é comum nessa população, caso haja controvérsias, gera um número

maior de falsos-positivos, aumentando mais ainda o custo em exames

adicionais. Entretanto, atualmente existem várias recomendações para

interpretação de eletrocardiograma com alterações relacionadas ao

treinamento, com o objetivo de aumentar a especificidade sem perder a

sensibilidade3. Essas recomendações reduzem a prevalência de ECG‟s

anormais8. Nosso estudou utilizou como recomendação de interpretação as

Diretrizes da Sociedade Brasileira de Cardiologia Sobre Análise e Emissão de

Dados Eletrocardiográficos6.

CROUSE, 2009 demonstrou que anormalidades no ECG são comuns

em atletas colegiais de futebol americano. Os atletas com maior probabilidade

de serem bem-sucedidos neste esporte são homens de massas corporais

comparativamente grandes, que também possuem capacidades altas para a

produção de potência muscular e velocidade9. O treinamento é projetado

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naturalmente para melhorar esses correlatos de desempenho, e consiste

predominantemente em treinamento de resistência de alta intensidade e

atividades que exigem rajadas curtas de movimentos de todo o corpo de alta

intensidade. Como MARON, 2006 destaca em sua revisão completa da

literatura, esse tipo de treinamento físico produz uma sobrecarga de pressão

no coração. Atletas em esportes com demandas físicas semelhantes, por

exemplo, levantamento de peso e luta, mostram remodelação cardíaca

caracterizada por aumento da espessura da parede ventricular esquerda com

apenas pequenos aumentos no tamanho da cavidade10.

Neste estudo, nós documentamos que a frequência de alterações

relacionadas ao treinamento em atletas de futebol americano é relativamente

alta quando comparadas a indivíduos não-treinados. Cada atleta apresentou

pelo menos uma alteração no ECG. Um estudo recente mostrou que 79% da

amostra de 77 atletas colegiais de futebol americano exibiu pelo menos um

achado de ECG considerado anormal em uma população não-atlética9.

Das alterações encontradas neste estudo, 20% apresentaram frequência

cardíaca consideradas abaixo do normal, que varia entre 50 a 100 batimentos

por minuto. A bradicardia sinusal é um achado comum, resultante de

adaptações do sistema nervoso autônomo. Um estudo longitudinal mostrou que

a bradicardia sinusal é maior dependendo do tempo em que o atleta realiza o

treinamento físico11.

Apenas um dos nossos atletas apresentaram bloqueio de ramo direito. O

bloqueio de ramo direito está relacionado ao remodelamento estrutural do

ventrículo direito, é caracterizado por dilatação ventricular e redução da função

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sistólica em repouso11. Em um estudo com jogadores de futebol jovens,

BERGE, 2014 verificou alta prevalência de bloqueio incompleto do ramo direito

e bloqueio atrioventricular em primeiro grau12.

Nossos estudos corroboram com uma pesquisa envolvendo atletas

jovens, onde as principais alterações encontradas foram aumento da amplitude

do QRS em favor da hipertrofia ventricular esquerda (HVE) (42,2%), elevação

do segmento ST (39,8%), bloqueio de ramo direito incompleto (30,5%) e

bradicardia sinusal (25,0%)13. Em outro estudo envolvendo uma população

atlética australiana, os achados também foram parecidos, sendo que as

alterações mais comuns constituíram bradicardia sinusal, repolarização

precoce, bloqueio incompleto de ramo direito, aumento do ventrículo esquerdo

e arritmia sinusal14.

A variedade dos diagnósticos pode ser explicada pela amostra

heterogênea. Neste estudo não foi verificado a influência da raça dos jogadores

nas alterações do ECG. Entretanto, estudos mostram que a raça do jogador

influencia diretamente nas alterações do ECG, mostrando que, atletas negros

possuem mais alterações que outras raças4. Além disso, a modalidade

esportiva parece influenciar o remodelamento cardíaco e, consequentemente, o

grau de hipertrofia do ventrículo esquerdo; esses fatores dependem da

combinação da intensidade (baixa, média ou alta) dos componentes dinâmicos

e estáticos do exercício15.

A nossa amostra foi composta exclusivamente por homens. Existe uma

grande escassez de estudos no que diz a respeito a população feminina nesse

esporte. Em um estudo transversal verificou os principais achados de

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eletrocardiograma de repouso em população ambulatorial, mostrou que ECG

masculinos possuem mais alterações que femininos16.

Sabe-se que as alterações encontradas em atletas de futebol americano

variam de acordo com a idade, sexo, cor e posição. MAGALSKI, 2008

encontrou associações significativas entre a posição do jogador e alterações

eletrocardiográficas, sendo que, alterações foram mais comuns em

widereceivers, defensivebacks e runningbacks, ou seja, posições que exigem

elevações mais abruptas da frequência cardíaca. Alterações em posições de

alta intensidade são mais comuns do que as que exigem níveis mais baixos de

esforço4.

Um dos nossos atletas apresentou infarto inferior. Alterações desse tipo,

em atletas, são escassas na literatura. Entre os sedentários também foi

encontrado um tipo de isquemia inferior. Sugerimos que qualquer tipo de

isquemia seja investigada através da realização de novos exames, pois pode

ocorrer devido ao crescimento irregular do ventrículo (nesse caso a circulação

não acompanharia o aumento de massa muscular) ou pode ocorrer devido uma

alteração patológica.

Uma grande parte da amostra no grupo de sedentários apresentaram

infarto na face diafragmática(40,0%). Isso pode ter ocorrido devido uma má

interpretação do equipamento, essa alteração deve ser verificada

posteriormente com um cardiologista. Os dados do aparelho de

eletrocardiograma são sugestivos, e após a identificação de qualquer patologia

é necessário que sejam realizados novos exames.

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Foram poucos os casos de alterações consideradas atípicas tanto no

grupo de atletas quanto no grupo controle. Isso pode ter acontecido devido ao

pequeno número da amostra. Em uma amostra maior por BERGE, 2014 com

595 jogadores de futebol, um atleta foi diagnosticado através do

eletrocardiograma por síndrome de Wolff–Parkinson-White e ritmo de escape

idioventricular. Dentre as demais alterações anormais estavam: insuficiência

valvar, hipertrofia concêntrica, hipertrofia excêntrica, aneurisma do septo

atrial12. DORES, 2016 em um estudo envolvendo atletas de esportes de alta

intensidade encontrou anormalidades prevalentes como átrio esquerdo, desvio

do eixo esquerdo , inversão da onda T e padrão Wolff-Parkinson-White7.

BROSNAN, 2013 também encontrou alterações não relacionadas ao

treinamento. Entre elas, ritmo de escape juncional, bigeminia atrial firmemente

acoplada e contrações ventriculares prematuras. Essas alterações podem ser

prejudiciais aos atletas se não diagnosticadas precocemente14.

Um estudo italiano conduzido por CORRADO, 2006 mostrou uma

redução relativa de 79% no risco atribuída ao rastreamento. Durante o período

de 1979-2004, ocorreram 55 casos de morte súbita cardiovascular na

população de atletas com idade entre 12 e 35 anos na região de Veneto17. Em

50 casos (91%), a morte súbita ocorreu durante a atividade esportiva (44

casos) ou imediatamente depois (6 casos)18. As alterações cardíacas

envolvidas no ECG podem ajudar a prevenir a morte súbita, principalmente

pelo fato das doenças diagnosticadas pelo ECG serem assintomáticas. Vários

estudos apontam a importância de um rastreamento em atletas, evitando

assim, a morte súbita do mesmo por alguma doença antecipada à atividade

física19. Outra limitação do nosso estudo, é pelo fato de não ter sido abordada a

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posição dos jogadores, além de que, o ECG foi realizado apenas em repouso,

na posição supina, e nenhum durante a atividade física.

4-CONCLUSÃO

As alterações no eletrocardiograma estiveram presentes em 100% dos

atletas de futebol americano. A alteração mais frequente foi desvio do eixo

esquerdo ST (40,0%) e um atleta foi identificado com uma alteração

considerada incomum. Esses dados possuem importância na triagem

cardiovascular, ressaltando que, alterações são comuns em atletas e é de

extrema importância compreender as alterações comuns e patológicas,

diminuindo o número de falso-positivos e prevenindo eventos cardiovasculares.

5-REFERÊNCIAS

1- Feldman J, Goldwasser GP. Eletrocardiograma: recomendações para a

sua interpretação. Rev SOCERJ. 2004;17 (4): 251-256.

2- Cardoso E, Martins IS, Fornari L, Monachini MC, Mansur AP, Caramelli

B. Alteraçöes eletrocardiográficas e sua relaçäo com os fatores de risco para doença isquêmica do coraçäo em populaçäo da área metropolitana de Säo Paulo TT. Rev Assoc Med Bras. 2002; 48 (3): 231–236.

3- Drezner JA, Sharma S, Baggish A, Papadakis M, Wilson MG, Prutkin JM

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4- Magalski A, Maron BJ, Main ML, McCoy M, Florez A, Reid KJ et al. Relation of Race to Electrocardiographic Patterns in Elite American Football Players. J Am Coll Cardiol. 2008; 51(23): 2250–2255.

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5- Francavilla CV, Sessa F, Salerno M, Albano GD, Villano I, Messina G et al. Influence of football on physiological cardiac indexes in professional and young athletes. Front Physiol. 2018; FEB (9): 1–8.

6- Sociedade Brasileira de Cardiologia. III Diretrizes da Sociedade Brasileira de Cardiologia sobre Análise e Emissao de Laudos Eletrocardiográficos. Arq. Bras. Cardiol. 2016; 106 (4): 1–23 (Suppl1).

7- Dores H, Malhotra A, Sheikh N, Millar L, Dhutia H, Narain R, et al.

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8- Perrin T, Trachsel LD, Schneiter S, Menafoglio A, Albrechf S, Pirrello T et al. Prevalence of abnormal electrocardiograms in Swiss elite athletes detected with modern screening criteria. Swiss Med Wkly. 2017; 146 (D).

9- Crouse, SF, Meade T, Hansen BE, Green JS, Martin SE.

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11- Huttin O, Suty CS, Venner C, Vilain JB, Rochecongar P, Aliot E. Electrocardiographic patterns and long-term training-induced time changes in 2484 elite football players. Arch Cardiovascular Dis. 2017; 111 (5): 380–388.

12- Berge HM, Gjesdal K, Anderson TE, Solberg EE, Steine K. Prevalence

of abnormal ECGs in male soccer players decreases with the Seattle criteria, but is still high. Scand J Med and Sci Sports. 2015; 25, (4): 501–508.

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14- Brosnan M, Gerche A, Kalman J, Lo W, Fallon K, MacIsaac A et al. The

Seattle Criteria increase the specificity of preparticipation ECG screening among elite athletes. Br J Sports Med. 2014; 48 (15): 1144–1150.

15- Samesima N, Azevedo LFA, Matos LDNJ, Echenique LS, Negrao CE, Pastore CA. Comparison of Electrocardiographic Criteria for Identifying Left Ventricular Hypertrophy in Athletes from Different Sports Modalities. Clinics. 2017 72 (6): 343–350.

16- Bortoluzzi ECB, Cardoso PH, Duarte RO, Madeira K. Alterações

encontradas em eletrocardiogramas de repouso : prevalência e perfil epidemiológico. Arq Cat Med. 2012; 41, (3):14–19.

17- Corrado D, Basso C, Pavei A, Michieli P, Schiavon M, Thiene G. Trends in Sudden Cardiovascular Death in Young Competitive Athletes. Jama. 2006; 296 (13): 1593-1601.

18- Cho JH, Selen MA, Kocheril AG. Screening of young competitive athletes for the prevention of sudden death with a weireless electrocardiogram transmission device: a pilot study. BMC Res Notes. 2015.

19- MARON, B. J. et al. Does Sports Activity Enhance the Risk of Sudden Death in Adolescents and Young Adults? J Am Coll Cardiol. 2003; 42. (11): 1064–1075.

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6-ANEXOS

ANEXO A – NORMAS DA REVISTA CIENTÍFICA: ARQUIVOS BRASILEIROS

DE CARDIOLOGIA.

1. Os Arquivos Brasileiros de Cardiologia (Arq Bras Cardiol) são uma publicação mensal da Sociedade Brasileira de Cardiologia, indexada no Cumulated Index Medicus da National Library of Medicine e nos bancos de dados do MEDLINE, EMBASE, LILACS, Scopus e da SciELO com citação no PubMed (United States National Library of Medicine) em inglês e português.

2. Ao submeter o manuscrito, os autores assumem a responsabilidade de o trabalho não ter sido previamente publicado e nem estar sendo analisado por outra revista. Todas as contribuições científicas são revisadas pelo Editor-Chefe, pelo Supervisor Editorial, Editores Associados e pelos Membros do Conselho Editorial. Só são encaminhados aos revisores os artigos que estejam rigorosamente de acordo com as normas especificadas. Os trabalhos também são submetidos à revisão estatística, sempre que necessário. A aceitação será na originalidade, significância e contribuição científica para o conhecimento da área.

3. Seções

3.1. Editorial: todos os editoriais dos Arquivos são feitos através de convite. Não serão aceitos editoriais enviados espontaneamente.

3.2. Carta ao Editor: correspondências de conteúdo científico relacionadas a artigos publicados na revista nos dois meses anteriores serão avaliadas para publicação. Os autores do artigo original citado serão convidados a responder.

3.3. Artigo Original: os Arquivos aceitam todos os tipos de pesquisa original na área cardiovascular, incluindo pesquisas em seres humanos e pesquisa experimental.

3.4. Revisões: os editores formulam convites para a maioria das revisões. No entanto, trabalhos de alto nível, realizados por autores ou grupos com histórico de publicações na área serão bem-vindos. Não serão aceitos, nessa seção, trabalhos cujo autor principal não tenha vasto currículo acadêmico ou de publicações, verificado através do sistema Lattes (CNPQ), Pubmed ou SciELO. Eventualmente, revisões submetidas espontaneamente poderão ser reclassificadas como “Atualização Clínica” e publicadas nas páginas eletrônicas, na internet (ver adiante).

3.5. Comunicação Breve: experiências originais, cuja relevância para o conhecimento do tema justifique a apresentação de dados iniciais de pequenas séries, ou dados parciais de ensaios clínicos, serão aceitos para avaliação.

3.6. Correlação Anátomo-Clínica: apresentação de um caso clínico e discussão de aspectos de interesse relacionados aos conteúdos clínico, laboratorial e anátomo-patológico.

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3.7. Correlação Clínico-Radiográfica: apresentação de um caso de cardiopatia congênita, salientando a importância dos elementos radiográficos e/ou clínicos para a consequente correlação com os outros exames, que comprovam o diagnóstico. Ultima-se daí a conduta adotada.

3.8. Atualização Clínica: essa seção busca focar temas de interesse clínico, porém com potencial de impacto mais restrito. Trabalhos de alto nível, realizados por autores ou grupos com histórico de publicações na área serão aceitos para revisão.

3.9. Relato de Caso: casos que incluam descrições originais de observações clínicas, ou que representem originalidade de um diagnóstico ou tratamento, ou que ilustrem situações pouco frequentes na prática clínica e que mereçam uma maior compreensão e atenção por parte dos cardiologistas serão aceitos para avaliação.

3.10. Imagem Cardiovascular: imagens clínicas ou de pesquisa básica, ou de exames complementares que ilustrem aspectos interessantes de métodos de imagem, que esclareçam mecanismos de doenças cardiovasculares, que ressaltem pontos relevantes da fisiopatologia, diagnóstico ou tratamento serão consideradas para publicação.

3.11. Ponto de Vista: apresenta uma posição ou opinião dos autores a respeito de um tema científico específico. Esta posição ou opinião deve estar adequadamente fundamentada na literatura ou em sua experiência pessoal, aspectos que irão ser a base do parecer a ser emitido.

4. Processo de submissão: os manuscritos deverão ser enviados via internet e sistema, disponível no endereço: http://www.arquivosonline.com.br/2013/submissao

5. Todos os artigos devem vir acompanhados por uma carta de submissão ao editor, indicando a seção em que o artigo deva ser incluído (vide lista acima), declaração do autor de que todos os coautores estão de acordo com o conteúdo expresso no trabalho, explicitando ou não conflitos de interesse* e a inexistência de problemas éticos relacionados.

6. Todos os manuscritos são avaliados para publicação no menor prazo possível, porém, trabalhos que mereçam avaliação especial para publicação acelerada (“fast-track”) devem ser indicados na carta de submissão ao editor.

7. Os textos e as tabelas devem ser editados em word e as figuras e ilustrações devem ser anexados em arquivos separados, na área apropriada do sistema. Figuras devem ter extensão JPEG e resolução mínima de 300 DPI. As Normas para Formatação de Tabelas, Figuras e Gráficos encontram-se em http://www.arquivosonline.com.br/publicacao/informacoes_autores.asp / http://publicacoes.cardiol.br/pub_abc/autor/pdf/manual_de_formatacao_abc.pdf

8. Conflito de interesses: quando existe alguma relação entre os autores e qualquer entidade pública ou privada que pode derivar algum conflito de interesse, essa possibilidade deve ser comunicada e será informada no final do artigo. Enviar a Declaração de Potencial Conflito de Interesses para [email protected], colocando no assunto número do artigo. Acesse: http://www.arquivosonline.com.br/pdf/conflito_de_interesse_abc_2013.pdf

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9. Formulário de contribuição do autor: o autor correspondente deverá completar, assinar e enviar por e-mail ([email protected] – colocar no assunto número do artigo) os formulários, explicitando as contribuições de todos os participantes, que serão informadas no final do artigo. Acesse: http://www.arquivosonline.com.br/pdf/formulario_contribuicao_abc_2013.pdf

10. Direitos Autorais: os autores dos artigos aprovados deverão encaminhar para os Arquivos, previamente à publicação, a declaração de transferência de direitos autorais assinada por todos os coautores (preencher o formulário da página http://publicacoes.cardiol.br/pub_abc/autor/pdf/Transferencia_de_Direitos_Autorais.pdf e enviar para [email protected], colocando no assunto número do artigo).

11. Ética

11.1. Os autores devem informar, no texto e/ou na ficha do artigo, se a pesquisa foi aprovada pela Comissão de Ética em Pesquisa de sua instituição em consoante à Declaração de Helsinki.

11.2. Nos trabalhos experimentais envolvendo animais, os autores devem indicar se os procedimentos seguidos seguiram os padrões éticos do comitê responsável por experimentação humana (institucional e nacional) e da Declaração de Helsinki de 1975, revisada em 2008. Se houver dúvida quanto à realização da pesquisa em conformidade com a Declaração de Helsinki, os autores devem explicar as razões para sua abordagem e demonstrar que o corpo de revisão institucional explicitamente aprovou os aspectos duvidosos do estudo. Ao relatar experimentos com animais, os autores devem indicar se as diretrizes institucionais e nacionais para o cuidado e uso de animais de laboratório foram seguidas.

11.3. Nos trabalhos experimentais envolvendo seres humanos, os autores devem indicar se os procedimentos seguidos seguiram os padrões éticos do comitê responsável por experimentação humana (institucional e nacional) e da Declaração de Helsinki de 1975, revisada em 2008. Se houver dúvida quanto à realização da pesquisa em conformidade com a Declaração de Helsinki, os autores devem explicar as razões para sua abordagem e demonstrar que o corpo de revisão institucional explicitamente aprovou os aspectos duvidosos do estudo. Estudos realizados em humanos devem estar de acordo com os padrões éticos e com o devido consentimento livre e esclarecido dos participantes conforme Resolução 196/96 do Conselho Nacional de Saúde do Ministério da Saúde (Brasil), que trata do Código de Ética para Pesquisa em Seres Humanos e, para autores fora do Brasil, devem estar de acordo com Comittee on Publication Ethics (COPE).

12. Ensaios clínicos

12.1. O International Committee of Medical Journal Editors (ICMJE) e a Organização Mundial da Saúde (OMS) acredita que é importante promover uma base de dados de estudos clínicos abrangente e disponível publicamente. O ICMJE define um estudo clínico como qualquer projeto de pesquisa que

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prospectivamente designa seres humanos para intervenção ou comparação simultânea ou grupos de controle para estudar a relação de causa e efeito entre uma intervenção médica e um desfecho relacionado à saúde. As intervenções médicas incluem medicamentos, procedimentos cirúrgicos, dispositivos, tratamentos comportamentais, mudanças no processo de atendimento, e outros.

12.2. O número de registo do estudo deve ser publicado ao final do resumo. Serão aceitos qualquer registro que satisfaça o ICMJE, ex. http://clinicaltrials.gov/. A lista completa de todos os registros de ensaios clínicos pode ser encontrada no seguinte endereço: http://www.who.int/ictrp/network/primary/en/index.html.

12.3. Os ensaios clínicos devem seguir em sua apresentação as regras do CONSORT STATEMENT. Acesse http://www.consort-statement.org/consort-statement/

13. Citações bibliográficas: os Arquivos adotam as Normas de Vancouver – Uniform Requirements for Manuscripts Submitted to Biomedical Journal (www.icmje.org).

14. Idioma: os artigos devem ser redigidos em língua portuguesa (com a ortografia vigente) e/ou inglês.

14.1. Para os trabalhos que não possuírem versão em inglês ou que essa seja julgada inadequada pelo Conselho Editorial, a revista providenciará a tradução sem ônus para o(s) autor(es).

14.2. Caso já exista a versão em inglês, tal versão deve ser enviada para agilizar a publicação.

14.3. As versões inglês e português serão disponibilizadas na íntegra no endereço eletrônico da SBC (http://www.arquivosonline.com.br) e da SciELO (www.scielo.br), permanecendo à disposição da comunidade internacional.

15. Avaliação pelos Pares (peer review): todos os trabalhos enviados aos ABC serão submetidos à avaliação inicial dos editores, que decidirão, ou não, pelo envio a revisão por pares (peer review), todos eles pesquisadores com publicação regular em revistas indexadas e cardiologistas com alta qualificação (Corpo de Revisores dos ABC http://www.arquivosonline.com.br/conselhoderevisores/).

15.1. Os autores podem indicar até cinco membros do Conselho de Revisores para análise do manuscrito submetido, assim como podem indicar até cinco revisores para não participar do processo.

15.2. Os revisores tecerão comentários gerais sobre o manuscrito e decidirão se esse trabalho deve ser publicado, corrigido segundo as recomendações, ou rejeitado.

15.3. Os editores, de posse dos comentários dos revisores, tomarão a decisão final. Em caso de discrepâncias entre os revisores, poderá ser solicitada uma nova opinião para melhor julgamento.

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15.4. As sugestões de modificação dos revisores serão encaminhadas ao autor principal. O manuscrito adaptado às novas exigências será reencaminhado aos revisores para verificação.

15.5. Em casos excepcionais, quando o assunto do manuscrito assim o exigir, o Editor poderá solicitar a colaboração de um profissional que não conste do Corpo de Revisores.

15.6. Os autores têm o prazo de trinta dias para proceder às modificações solicitadas pelos revisores e submeter novamente o artigo. A inobservância desse prazo implicará na retirada do artigo do processo de revisão.

15.7. Sendo aceitos para revisão, os pareceres dos revisores deverão ser produzidos no prazo de 30 dias.

15.8. As decisões serão comunicadas por mensagem do Sistema de Envio de Artigos e e-mail.

15.9. As decisões dos editores não serão discutidas pessoalmente, nem por telefone. As réplicas deverão ser submetidas por escrito à revista.

15.10. Limites de texto: a contagem eletrônica de palavras deve incluir a página inicial, resumo, texto, referências e legenda de figuras/tabelas.

Quadro 1: Limites permitidos (nº) e estrutura dos artigos submetidos à publicação no Int J Cardiovasc Sci.

Artig

o

Origi

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Artigo

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Revisão

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Clínica

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Resumo

(nº

máx.

de

palavras)

250 --- 250 --- 250 --- --- --- ---

Nº máx.

de

palavra

s

(incluin

do

referências)

5000 1500 6500 1500 1500 5500 500 250 800

Nº máx.

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ias

40 15 80 10 10 20 5 --- 10

Nº máx.

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+ figs +

vídeo

8 2 8 2 2 2 1 1 1

AO=Artigo Original; AR=Artigo de Revisão; AA= Artigo de Atualização; CP=Comunicação Preliminar; RC=Relato de Caso; PV=Ponto de Vista; IC=Imagem Cardiovascular Resumo¹ - resumo organizado de forma estruturada, em cabeçalhos: Fundamentos – Objetivos – Métodos – Resultados – Conclusões Resumo ² - organizado de forma cursiva

15.11. Orientações Estatísticas

15.11.1. O uso adequado dos métodos estatísticos bem como sua correta descrição é de suma importância para a publicação nos Arquivos Brasileiros de Cardiologia. Desta forma, a seguir, são apresentadas orientações gerais aos autores sobre as informações que devem ser fornecidas no artigo referente à análise estatística (para maiores detalhes, sugerimos a leitura das orientações estatísticas do European Heart Journal).

1) Sobre a amostra: • Detalhamento tanto da população de interesse quanto dos procedimentos utilizados para definição da amostra do estudo.

2) Dentro do tópico Métodos, criação de um subtópico direcionado exclusivamente à descrição da análise estatística efetuada no estudo, contendo: • Forma de apresentação das variáveis contínuas e/ou categóricas: para variáveis contínuas com distribuição normal, apresentação da média e desvio-padrão e, para as com distribuição não normal, apresentar através de mediana e intervalos interquartis. Já para as variáveis categóricas, as mesmas devem ser apresentadas através de números absolutos e percentagens, com os respectivos intervalos de confiança; • Descrição dos métodos estatísticos utilizados. Na utilização de métodos estatísticos mais complexos, deve ser fornecida uma literatura de referência para os mesmos; • Como regra, os testes estatísticos devem sempre ser bilaterais ao invés de unilaterais; • Nível de

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significância estatística adotado; e • Especificação do software empregado nas análises estatísticas e sua respectiva versão.

3) Em relação à apresentação dos resultados obtidos após as análises estatísticas:

• Os principais resultados devem sempre ser descritos com seus respectivos intervalos de confiança; • Não repetir no texto do artigo dados já existentes em tabelas e figuras; • Ao invés de apresentar tabelas muito extensas, utilizar gráficos como alternativa de modo a facilitar a leitura e entendimento do conteúdo; • Nas tabelas, mesmo que o p-valor não seja significativo, apresentar o respectivo valor em vez de "NS" (por exemplo, p = 0,29 em vez de NS).

16. Os artigos deverão seguir a seguinte ordem: 16.1. Página de título 16.2. Texto 16.3. Agradecimentos 16.4. Legendas de figuras 16.5. Tabelas (com legendas para as siglas) 16.6. Referências

16.7. Primeira Página:

16.7.1. Deve conter o título completo do trabalho de maneira concisa e descritiva, em português e inglês, assim como um título resumido (com até 50 caracteres, incluindo espaços) para ser utilizado no cabeçalho das demais páginas do artigo;

16.7.2. Devem ser incluídos de três a cinco descritores (palavras-chave), assim como a respectiva tradução para as keywords (descriptors). Os descritores devem ser consultados nos sites: http://decs.bvs.br/, que contém termos em português, espanhol e inglês ou www.nlm.nih.gov/mesh, para termos somente em inglês;

16.8. Segunda Página:

16.8.1. Resumo (até 250 palavras): o resumo deve ser estruturado em cinco seções quando se tratar Artigo Original, evitando abreviações e observando o número máximo de palavras. No caso de Artigo de Revisão e Comunicação Breve, o resumo não é estruturado, respeitando o limite máximo de palavras. Não cite referências no resumo:

• Fundamento (racional para o estudo); • Objetivos; • Métodos (breve descrição da metodologia empregada); • Resultados (apenas os principais e mais significativos); • Conclusões (frase(s) sucinta(s) com a interpretação dos dados). Obs.: Os Relatos de Caso não devem apresentar resumo.

16.9. Texto para Artigo Original: deve ser dividido em introdução, métodos, resultados, discussão e conclusões.

16.9.1. Introdução:

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16.9.1.1. Não ultrapasse 350 palavras.

16.9.1.2. Faça uma descrição dos fundamentos e do racional do estudo, justificando com base na literatura.

16.9.2. Métodos: descreva detalhadamente como foram selecionados os sujeitos da pesquisa observacional ou experimental (pacientes ou animais de experimentação, incluindo o grupo controle, quando houver), incluindo idade e sexo.

16.9.2.1. A definição de raças deve ser utilizada quando for possível e deve ser feita com clareza e quando for relevante para o tema explorado.

16.9.2.2. Identifique os equipamentos e reagentes utilizados (incluindo nome do fabricante, modelo e país de fabricação, quando apropriado) e dê detalhes dos procedimentos e técnicas utilizadas de modo a permitir que outros investigadores possam reproduzir os seus dados.

16.9.2.3. Justifique os métodos empregados e avalie possíveis limitações.

16.9.2.4. Descreva todas as drogas e fármacos utilizados, doses e vias de administração.

16.9.2.5. Descreva o protocolo utilizado (intervenções, desfechos, métodos de alocação, mascaramento e análise estatística).

16.9.2.6. Em caso de estudos em seres humanos, indique se o trabalho foi aprovado por um Comitê de Ética em Pesquisa e se os pacientes assinaram termo de consentimento livre e esclarecido.

16.9.3. Resultados: exibidos com clareza, subdivididos em itens, quando possível, e apoiados em número moderado de gráficos, tabelas, quadros e figuras. Evitar a redundância ao apresentar os dados, como no corpo do texto e em tabelas.

16.9.4. Discussão: relaciona-se diretamente ao tema proposto quando analisado à luz da literatura, salientando aspectos novos e importantes do estudo, suas implicações e limitações. O último período deve expressar conclusões ou, se pertinentes, recomendações e implicações clínicas.

16.9.5. Conclusões

16.9.5.1. Ao final da sessão “Conclusões”, indique as fontes de financiamento do estudo.

17. Agradecimentos: devem vir após o texto. Nesta seção, é possível agradecer a todas as fontes de apoio ao projeto de pesquisa, assim como contribuições individuais.

17.1. Cada pessoa citada na seção de agradecimentos deve enviar uma carta autorizando a inclusão do seu nome, uma vez que pode implicar em endosso dos dados e conclusões.

17.2. Não é necessário consentimento por escrito de membros da equipe de trabalho, ou colaboradores externos, desde que o papel de cada um esteja

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descrito nos agradecimentos. 18. Referências: os Arquivos seguem as Normas de Vancouver.

18.1. As referências devem ser citadas numericamente, por ordem de aparecimento no texto e apresentadas em sobrescrito.

18.2. Se forem citadas mais de duas referências em sequência, apenas a primeira e a última devem ser digitadas, separadas por um traço (Exemplo: 5-8).

18.3. Em caso de citação alternada, todas as referências devem ser digitadas, separadas por vírgula (Exemplo: 12, 19, 23). As abreviações devem ser definidas na primeira aparição no texto.

18.4. As referências devem ser alinhadadas à esquerda.

18.5. Comunicações pessoais e dados não publicados não devem ser incluídos na lista de referências, mas apenas mencionados no texto e em nota de rodapé na página em que é mencionado.

18.6. Citar todos os autores da obra se houver seis autores ou menos, ou apenas os seis primeiros seguidos de et al, se houver mais de seis autores.

18.7. As abreviações da revista devem estar em conformidade com o Index Medicus/Medline – na publicação List of Journals Indexed in Index Medicus ou por meio do site http://locatorplus.gov/.

18.8. Só serão aceitas citações de revistas indexadas. Os livros citados deverão possuir registro ISBN (International Standard Book Number).

18.9. Resumos apresentados em congressos (abstracts) só serão aceitos até dois anos após a apresentação e devem conter na referência o termo “resumo de congresso” ou “abstract”.

19. Política de valorização: os editores estimulam a citação de artigos publicados nos Arquivos.

20. Tabelas: numeradas por ordem de aparecimento e adotadas quando necessário à compreensão do trabalho. As tabelas não deverão conter dados previamente informados no texto. Indique os marcadores de rodapé na seguinte ordem: *, †, ‡, §, //,¶, #, **, ††, etc. O Manual de Formatação de Tabelas, Figuras e Gráficos para Envio de Artigos à Revista ABC está no endereço: http://publicacoes.cardiol.br/pub_abc/autor/pdf/manual_de_formatacao_abc.pdf

21. Figuras: as figuras submetidas devem apresentar boa resolução para serem avaliadas pelos revisores. As legendas das figuras devem ser formatadas em espaço duplo e estar numeradas e ordenadas antes das Referências. As abreviações usadas nas ilustrações devem ser explicitadas nas legendas. O Manual de Formatação de Tabelas, Figuras e Gráficos para Envio de Artigos à Revista ABC está no endereço: http://publicacoes.cardiol.br/pub_abc/autor/pdf/manual_de_formatacao_abc.pdf

22. Imagens e vídeos: os artigos aprovados que contenham exames (exemplo: ecocardiograma e filmes de cinecoronariografia) devem ser enviados através do sistema de submissão de artigos como imagens em movimento no formato MP4 com codec h:264, com peso de até 20 megas, para serem

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disponibilizados no site http://www.arquivosonline.com.br e nas revistas eletrônicas para versão tablet.

23. Os autores não são submetidos à taxa de submissão de artigos e de avaliação.

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ANEXO B – PARECER DO COMITÊ DE ÉTICA EM PESQUISA

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7- APÊNDICES

APÊNDICE A – TERMO DE CONSCENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Termo de Consentimento Livre e Esclarecido – TCLE

O (a) Senhor (a) está sendo convidado (a) a participar do projeto: Interpretações de

eletrocardiogramas de cardiopatas do Distrito Federal e suas implicações na

reabilitação cardíaca. O objetivo desta pesquisa é: interpretar os eletrocardiogramas e verificar suas

implicações na reabilitação cardíaca

O (a) senhor (a) receberá todos os esclarecimentos necessários antes e no decorrer da

pesquisa e lhe asseguramos que seu nome não aparecerá sendo mantido o mais rigoroso

sigilo através da omissão total de quaisquer informações que permitam identifica-lo (a).

A sua participação será através de uma avaliação, a ser realizada no dia e hora que o

senhor (a) puder. Informamos que o (a) senhor (a) pode se recusar a responder qualquer

questão que lhe traga constrangimento, podendo desistir de participar da pesquisa em

qualquer momento sem nenhum prejuízo para o (a) senhor (a).

As etapas que o senhor (a) se submeterá são:

1. Questionário sobre sua condição de saúde de aproximadamente 10 minutos);

2. Aferição da Pressão Arterial, Frequência Cardíaca e Saturação de Oxigênio

Eletrocardiograma;

Essa pesquisa apresenta riscos mínimos aos seus participantes, pois não serão realizados

procedimentos invasivos ou nocivos a sua saúde, de forma que os riscos são: do

participante ficar nervoso ou estressado durante a execução da pesquisa, evocando

memorias que lhe causam estresse. Sendo que para minimizar esses riscos os

pesquisadores estarão treinados para acalmar o entrevistado e levaram água mineral

para o mesmo, estando próximos a unidade de saúde pública. Se você aceitar participar,

estará contribuindo para alterações na qualidade de vida de profissionais e graduandos

na área da saúde, recebendo orientações e encaminhamento médico se necessário. Sua

participação é voluntária, isto é, não há pagamento por sua colaboração.

Todas as despesas que você tiver relacionadas diretamente ao projeto de pesquisa (tais

como, passagem para o local da pesquisa, alimentação no local da pesquisa ou exames

para realização da pesquisa) serão cobertas pelo pesquisador responsável.

Caso haja algum dano direto ou indireto decorrente de sua participação na pesquisa,

você poderá ser indenizado, obedecendo-se as disposições legais vigentes no Brasil. Os

resultados da pesquisa serão divulgados na Instituição Universidade de Brasília – UnB

podendo ser publicados posteriormente. Os dados e materiais utilizados na pesquisa

ficarão sobre guarda do pesquisador.

Se o (a) senhor (a) tiver qualquer duvida em relação a pesquisa, por favor telefone para:

Dra Vera Regina, na instituição Faculdade da Ceilândia, 3377 – 0615, no período da

tarde, ou através do e-mail [email protected], podendo ligar a cobrar no

telefone celular 8245-5298. Este projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa

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da Faculdade de Ceilândia (CEP/FCE) da Universidade de Brasília. O CEP é composto

por profissionais de diferentes áreas cuja função é defender os interesses dos

participantes da pesquisa em sua integridade e dignidade e contribuir no

desenvolvimento da pesquisa dentro de padrões éticos. As dúvidas com relação à

assinatura do TCLE ou os direitos do participante da pesquisa podem ser esclarecidos

pelo telefone (61) 3376-0437 ou do e-mail [email protected], horário de atendimento

das 14h:00 às 18h:00, de segunda a sexta-feira. O CEP/FCE se localiza na Faculdade de

Ceilândia, Sala AT07/66 – Prédio da Unidade de Ensino e Docência (UED) –

Universidade de Brasília - Centro Metropolitano, conjunto A, lote 01, Brasília - DF.

CEP: 72220-900. Este documento foi elaborado em duas vias, uma ficará com o

pesquisador responsável e a outra com o sujeito da pesquisa.

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Nome e Assinatura

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Pesquisador Responsável