ELETRODIAGNÓSTICO E ELETROESTIMULAÇÃO DO MÚSCULO DESNERVADO.

100
ELETRODIAGNÓSTICO ELETRODIAGNÓSTICO E ELETROESTIMULAÇÃO E ELETROESTIMULAÇÃO DO MÚSCULO DESNERVADO DO MÚSCULO DESNERVADO

Transcript of ELETRODIAGNÓSTICO E ELETROESTIMULAÇÃO DO MÚSCULO DESNERVADO.

Page 1: ELETRODIAGNÓSTICO E ELETROESTIMULAÇÃO DO MÚSCULO DESNERVADO.

ELETRODIAGNÓSTICO ELETRODIAGNÓSTICO

E ELETROESTIMULAÇÃO E ELETROESTIMULAÇÃO

DO MÚSCULO DO MÚSCULO

DESNERVADODESNERVADO

Page 2: ELETRODIAGNÓSTICO E ELETROESTIMULAÇÃO DO MÚSCULO DESNERVADO.

LESÕES TRAUMÁTICAS LESÕES TRAUMÁTICAS DOS NERVOS PERIFÉRICOSDOS NERVOS PERIFÉRICOS

Page 3: ELETRODIAGNÓSTICO E ELETROESTIMULAÇÃO DO MÚSCULO DESNERVADO.

Diferenças entre Paralisias Periféricas e Centrais

Tipo / OrigemPeriféricas Centrais

Foco da Enfermidade Célula Motora do Corno Anterior da Medula;Trajeto Nervoso Periférico

CérebroMedula

Causas, p. ex. Lesão Nervosa TraumáticaPoliomielite

AVCContusão, TraumaMedular ou Cerebral

Comportamento do Músculo

Sempre Flácido Predominantemente Espástico

Diagnóstico

Excitabilidade FarádicaCronaxiaReflexo Próprio

Diminuída ou AbolidaAumentadaDiminuídos ou Abolidos

Conservam-seNormalmente ouHiperexcitabilidade

Curvas i/t Alterações Típicas de Trajetória

Normal ouHiperexcitável

Page 4: ELETRODIAGNÓSTICO E ELETROESTIMULAÇÃO DO MÚSCULO DESNERVADO.

Consequências das LesõesConsequências das Lesões

Perda de controle Perda de controle neuralneural

Déficit de força Déficit de força muscular muscular

Alterações de Alterações de sensibilidade esensibilidade e

Alterações do Alterações do controle controle autonômico da autonômico da região desnervada região desnervada

Page 5: ELETRODIAGNÓSTICO E ELETROESTIMULAÇÃO DO MÚSCULO DESNERVADO.

Unidade MotoraUnidade Motora

O conjunto de um O conjunto de um neurônio motor na neurônio motor na medula, seu medula, seu prolongamento prolongamento axonal e as fibras axonal e as fibras musculares por ele musculares por ele inervadas.inervadas.

    O tipo da fibra O tipo da fibra

muscular, 1 ou 2 muscular, 1 ou 2 (lenta ou rápida), é (lenta ou rápida), é determinado pelo determinado pelo neurônio que a neurônio que a inerva. inerva. 

Page 6: ELETRODIAGNÓSTICO E ELETROESTIMULAÇÃO DO MÚSCULO DESNERVADO.

Lesão Nervosa e DegeneraçãoLesão Nervosa e Degeneração

A secção de um axônio motor produz A secção de um axônio motor produz degeneração de toda a unidade motora.degeneração de toda a unidade motora.

Degeneração axonal começa 2-3 semanas Degeneração axonal começa 2-3 semanas após lesão. após lesão.

Degeneração distal (degeneração Walleriana):Degeneração distal (degeneração Walleriana):– do ponto da secção até a placa motora.do ponto da secção até a placa motora.

Degeneração retrógrada (proximal): Degeneração retrógrada (proximal): – alterações no corpo neural (hipertrofia alterações no corpo neural (hipertrofia

citoplasmática).citoplasmática).

Page 7: ELETRODIAGNÓSTICO E ELETROESTIMULAÇÃO DO MÚSCULO DESNERVADO.

ANATOMIA DOS NERVOS ANATOMIA DOS NERVOS PERIFÉRICOSPERIFÉRICOS

EndoneuroEndoneuro: : reveste os axôniosreveste os axônios

PerineuroPerineuro: : reveste o conjunto reveste o conjunto de axônios (feixes )de axônios (feixes )

MesoneuroMesoneuro: : separa os separa os fascículos contidos fascículos contidos pelo epineuropelo epineuro

EpineuroEpineuro: reveste : reveste o tronco nervosoo tronco nervoso

Page 8: ELETRODIAGNÓSTICO E ELETROESTIMULAÇÃO DO MÚSCULO DESNERVADO.

Classificação Funcional das Classificação Funcional das LesõesLesões

Em 1943, Seddon propôs uma Em 1943, Seddon propôs uma classificação funcional classificação funcional descrevendo três graus de descrevendo três graus de severidade para as lesões severidade para as lesões nervosas periféricas:nervosas periféricas:

NeuroapraxiaNeuroapraxia AxonotmeseAxonotmese NeurotmeseNeurotmese

Page 9: ELETRODIAGNÓSTICO E ELETROESTIMULAÇÃO DO MÚSCULO DESNERVADO.

NeuroapraxiaNeuroapraxia

– Afeta a bainha de mielina Afeta a bainha de mielina – Não afeta o axônio. Não afeta o axônio. – Causada por compressão, contusão, Causada por compressão, contusão,

edema. edema. – Afeta mais as fibras mielínicas grossas Afeta mais as fibras mielínicas grossas

(problemas exclusivamente motores).(problemas exclusivamente motores).– Sem degeneração axonal. Sem degeneração axonal. – Tende a uma recuperação completa Tende a uma recuperação completa

quando se regenera a mielina. quando se regenera a mielina. – Pode levar semanas ou meses para se Pode levar semanas ou meses para se

resolver.resolver.

Page 10: ELETRODIAGNÓSTICO E ELETROESTIMULAÇÃO DO MÚSCULO DESNERVADO.

Neuropraxia Neuropraxia Distúrbio Funcional de ConduçãoDistúrbio Funcional de Condução

Page 11: ELETRODIAGNÓSTICO E ELETROESTIMULAÇÃO DO MÚSCULO DESNERVADO.

AxonotmeseAxonotmese Há lesão axonal e da bainha de mielina, mas a Há lesão axonal e da bainha de mielina, mas a

estrutura do nervo se mantém intacta.estrutura do nervo se mantém intacta. Tecido axonal tem resistência e propriedades Tecido axonal tem resistência e propriedades

elásticas inferiores a do tecido conjuntivo elásticas inferiores a do tecido conjuntivo (epineuro, perineuro e endoneuro). (epineuro, perineuro e endoneuro).

Ocorre por tração ou esmagamento. Ocorre por tração ou esmagamento. Todas as funções ficam comprometidas. Todas as funções ficam comprometidas. O tempo para a recuperação funcional é o da O tempo para a recuperação funcional é o da

regeneração do axônio (1mm / día). regeneração do axônio (1mm / día). O prognóstico de reinervação é favorável, embora O prognóstico de reinervação é favorável, embora

possam ocorrer danos irreversiveis no tecido possam ocorrer danos irreversiveis no tecido muscular.muscular.

Page 12: ELETRODIAGNÓSTICO E ELETROESTIMULAÇÃO DO MÚSCULO DESNERVADO.

Músculos

ReceptoresSensoriais

Axonotmese Axonotmese

Page 13: ELETRODIAGNÓSTICO E ELETROESTIMULAÇÃO DO MÚSCULO DESNERVADO.

Músculos

ReceptoresSensoriais

Degeneração Walleriana

AxonotmeseAxonotmese

Page 14: ELETRODIAGNÓSTICO E ELETROESTIMULAÇÃO DO MÚSCULO DESNERVADO.

NeurotmeseNeurotmese

– Secção completa do nervo.Secção completa do nervo.– Lesões por arma de fogo, armas Lesões por arma de fogo, armas

brancas, vidros. brancas, vidros. – A regeneração espontânea é A regeneração espontânea é

impossivel.impossivel.– Grandes chances de formação de Grandes chances de formação de

neuromas. neuromas. – É necessário intervenção cirúrgica.É necessário intervenção cirúrgica.

Page 15: ELETRODIAGNÓSTICO E ELETROESTIMULAÇÃO DO MÚSCULO DESNERVADO.

Músculos

ReceptoresSensoriais

Neurotmese Neurotmese

Page 16: ELETRODIAGNÓSTICO E ELETROESTIMULAÇÃO DO MÚSCULO DESNERVADO.

Músculos

ReceptoresSensoriais

Brotamentos terminais

Degeneração Walleriana

NeurotmeseNeurotmese

Page 17: ELETRODIAGNÓSTICO E ELETROESTIMULAÇÃO DO MÚSCULO DESNERVADO.

Classificação de SuderlandClassificação de Suderland

Page 18: ELETRODIAGNÓSTICO E ELETROESTIMULAÇÃO DO MÚSCULO DESNERVADO.

Degeneração WallerianaDegeneração Walleriana

Page 19: ELETRODIAGNÓSTICO E ELETROESTIMULAÇÃO DO MÚSCULO DESNERVADO.

Degeneração e RegeneraçãoDegeneração e Regeneração

Degeneração:Degeneração: se um axônio for secionado, se um axônio for secionado, a porção distal sofre degeneração devido a a porção distal sofre degeneração devido a alterações químicas na bainha de mielina. alterações químicas na bainha de mielina. Quando seccionado a porção distal Quando seccionado a porção distal degenera, deixando o neurilema vazio. degenera, deixando o neurilema vazio.

RegeneraçãoRegeneração: do segmento proximal o : do segmento proximal o neurônio cresce para o interior desse neurônio cresce para o interior desse neurilema vazio e, posteriormente, neurilema vazio e, posteriormente, regenerar-se-á também a mielina. regenerar-se-á também a mielina.

O processo de regeneração pode durar 20 O processo de regeneração pode durar 20 mesesmeses

Page 20: ELETRODIAGNÓSTICO E ELETROESTIMULAÇÃO DO MÚSCULO DESNERVADO.

A possibilidade de reconstrução de A possibilidade de reconstrução de um nervo lesado depende:um nervo lesado depende:

Da intensidade da lesão (conforme Da intensidade da lesão (conforme classificação de Seddon e classificação de Seddon e Sunderland) Sunderland)

Da integridade do tubo endoneural e Da integridade do tubo endoneural e da coluna de células de Schwann.da coluna de células de Schwann.

Page 21: ELETRODIAGNÓSTICO E ELETROESTIMULAÇÃO DO MÚSCULO DESNERVADO.
Page 22: ELETRODIAGNÓSTICO E ELETROESTIMULAÇÃO DO MÚSCULO DESNERVADO.
Page 23: ELETRODIAGNÓSTICO E ELETROESTIMULAÇÃO DO MÚSCULO DESNERVADO.

Regeneração e Brotamento Colateral

A reinervação se dá por dois A reinervação se dá por dois mecanismos:mecanismos:

– Regeneração dos axônios lesados Regeneração dos axônios lesados (regeneração walleriana)(regeneração walleriana)

– Brotamento colateral de outros axônios Brotamento colateral de outros axônios não lesados. Implica que um motoneurônio não lesados. Implica que um motoneurônio aumente o número de fibras musculares aumente o número de fibras musculares que inerva. Unidades motoras sadias que inerva. Unidades motoras sadias adotam fibras musculares que não tinha adotam fibras musculares que não tinha inervação axonal inervação axonal

Page 24: ELETRODIAGNÓSTICO E ELETROESTIMULAÇÃO DO MÚSCULO DESNERVADO.

Unidades motoras normais

Page 25: ELETRODIAGNÓSTICO E ELETROESTIMULAÇÃO DO MÚSCULO DESNERVADO.

Lesão de um motoneurônio, mas não do outro.

Page 26: ELETRODIAGNÓSTICO E ELETROESTIMULAÇÃO DO MÚSCULO DESNERVADO.

Processo de degeneração dos axônios e desenervação das fibras musculares

Page 27: ELETRODIAGNÓSTICO E ELETROESTIMULAÇÃO DO MÚSCULO DESNERVADO.

Desnervação Parcial

Page 28: ELETRODIAGNÓSTICO E ELETROESTIMULAÇÃO DO MÚSCULO DESNERVADO.

Processo de brotamento axonal para reinervar as fibras musculares que perderam seus suprimentos nervosos motores.

Page 29: ELETRODIAGNÓSTICO E ELETROESTIMULAÇÃO DO MÚSCULO DESNERVADO.

Os neurônios sobreviventes geraram brotamentos axonais às fibras musculares que eram previamente servidas pelo neurônio que se degenerou, e agora essas fibras são

novamente capazes de se contrair

Page 30: ELETRODIAGNÓSTICO E ELETROESTIMULAÇÃO DO MÚSCULO DESNERVADO.

Novos brotamentos: pode haver nova degeneração por esforço excessivo

Page 31: ELETRODIAGNÓSTICO E ELETROESTIMULAÇÃO DO MÚSCULO DESNERVADO.

CARACTERÍSTICAS DE UM CARACTERÍSTICAS DE UM MÚSCULO DENERVADOMÚSCULO DENERVADO

Page 32: ELETRODIAGNÓSTICO E ELETROESTIMULAÇÃO DO MÚSCULO DESNERVADO.

MÚSCULO INERVADO vs DENERVADO

Músculo normal: abastecido com um suprimento contínuo de substancias tróficas dos motoneurônios que mantém a integridade fisiológica das fibras musculares.

Desenervação: interrompe a influencia trófica e as fibras musculares passam por alterações degenerativas progressivas até que suas fibras sejam reinervadas por axônios colaterais vindos de motoneurônios íntegros ou por axônios que se regeneram no sítio da lesão.

Caso não ocorra a regeneração dentro de dois anos, todos os elementos contráteis do músculo serão substituídos por fibras de tecido conjuntivo e a recuperação funcional não será mais possível.

Page 33: ELETRODIAGNÓSTICO E ELETROESTIMULAÇÃO DO MÚSCULO DESNERVADO.

DESENERVAÇÃO E SUAS CONSEQUÊNCIAS PARA O MÚSCULO

Após denervaçãoApós denervação: músculos sofrem : músculos sofrem alterações fisiológicas, bioquímicas, alterações fisiológicas, bioquímicas, mecânicas e elétricas que levam a:mecânicas e elétricas que levam a:

– ATROFIAATROFIA

– DEGENERAÇÃODEGENERAÇÃO

– FIBROSE MUSCULARFIBROSE MUSCULAR

Page 34: ELETRODIAGNÓSTICO E ELETROESTIMULAÇÃO DO MÚSCULO DESNERVADO.

ATROFIA

Processo progressivo, determinado pela inatividade muscular e perda das influências neurotróficas secretadas nas fibras musculares pelos n. motores.

Músculos denervados perdem massa rápida e acentuadamente nos dois primeiros meses de denervação (espécie – dependente):

30% no 1º mês50 a 60% no 2º mês60 a 80% em 120 dias, quando se

estabiliza

Page 35: ELETRODIAGNÓSTICO E ELETROESTIMULAÇÃO DO MÚSCULO DESNERVADO.

DEGENERAÇÃO MUSCULAR

Principais Causas:

. Estase vascular intramuscular prolongada: paralisia vasoconstritora e perda da ação de bomba do músculo. O acúmulo de sangue no músculo e possíveis trombose prejudicam a nutrição das fibras, que se degradam.

. Traumas associados ou sobrepostos: as fibras musculares lesadas não possuem os recursos necessários para reparar danos.

Page 36: ELETRODIAGNÓSTICO E ELETROESTIMULAÇÃO DO MÚSCULO DESNERVADO.

FIBROSE INTRAMUSCULAR

Quando avançada, pode agir como uma barreira física à reinervação das fibras musculares remanescentes, pois ocorre a perda da contratibilidade muscular.

A degeneração e fibrose muscular são os reais inimigos, pois um músculo atrofiado, enquanto se mantiver “músculo”, pode se hipertrofiar quando for reinervado.

Page 37: ELETRODIAGNÓSTICO E ELETROESTIMULAÇÃO DO MÚSCULO DESNERVADO.

A Questão Reinervação - Regeneração

Reinervar ...

... não é somente crescimento dos axônios em direção às fibras musculares:

as fibras musculares devem ser capazes de serem reinervadas.

Se elas se degeneram (substituídas por tecido fibroso), a função já não poderá ocorrer.

Page 38: ELETRODIAGNÓSTICO E ELETROESTIMULAÇÃO DO MÚSCULO DESNERVADO.

OUTRAS ALTERAÇÕES DECORRENTE DA DENERVAÇÃO

. Descaracterização da Placa Motora Terminal: [“perda do ponto motor”]

. Fibrilação: m. denervado não é totalmente inativo; possui contrações espontâneas e descoordenadas das suas fibras [despolarização espontâneas da fibra muscular].

. Alterações elétricas da membrana: diminuição do potencial de repouso do sacolema para 65mV (80mV) e aumento na resistência transmembrana .

• Hipersensibilidade à Ach: receptores de Ach incorporam-se a toda extensão do sarcolema. Entretanto, essa hipersensibilidade a Ach pode não contribuir no processo de reinervação; a placa terminal denervada não se torna hipersensível a Ach. A hipersensibilidade a Ach inicia-se nos primeiros 2 dias após a denervação.

Page 39: ELETRODIAGNÓSTICO E ELETROESTIMULAÇÃO DO MÚSCULO DESNERVADO.
Page 40: ELETRODIAGNÓSTICO E ELETROESTIMULAÇÃO DO MÚSCULO DESNERVADO.

Na presença de degeneração walleriana, Na presença de degeneração walleriana, o processo de transmissão do potencial o processo de transmissão do potencial de ação fica interrompido e a fibra de ação fica interrompido e a fibra muscular sofre alterações em sua muscular sofre alterações em sua excitabilidade e contratibilidade.excitabilidade e contratibilidade.

Como investigar os distúrbios de Como investigar os distúrbios de excitabilidade dos nervos periféricos?excitabilidade dos nervos periféricos?

Page 41: ELETRODIAGNÓSTICO E ELETROESTIMULAÇÃO DO MÚSCULO DESNERVADO.

Exames para a Detecção das Exames para a Detecção das LNPsLNPs

Eletro-diagnóstic

o

(ED)

ED detecção

ED estímulo

RepousoEMG

clássica Contração voluntária

EMG de estímulo - detecção

ED clássico

Curvas i/t

Excitabilidade Galvânica

Excitabilidade Farádica

Reobase

Cronaxia

Acomodação

Page 42: ELETRODIAGNÓSTICO E ELETROESTIMULAÇÃO DO MÚSCULO DESNERVADO.

Profª. Berenice Cataldo Oliveira ValérioProfª. Berenice Cataldo Oliveira Valério

A ELETRONEUROMIOGRAFIA NAS A ELETRONEUROMIOGRAFIA NAS

PARALISIAS FLÁCIDAS PARALISIAS FLÁCIDAS

Page 43: ELETRODIAGNÓSTICO E ELETROESTIMULAÇÃO DO MÚSCULO DESNERVADO.

ELETRONEUROMIOGRAFIAELETRONEUROMIOGRAFIA

“Método de estudo neurofisiológico que se baseia no registro

da atividade elétrica gerada no sistema neuromuscular,

sendo amplamente usado no diagnóstico de

lesão do sistema nervoso periférico”

DIMITRU, 1995DIMITRU, 1995 DIMITRU, 1995DIMITRU, 1995

Page 44: ELETRODIAGNÓSTICO E ELETROESTIMULAÇÃO DO MÚSCULO DESNERVADO.

OBJETIVO DO EXAME:OBJETIVO DO EXAME:

localizar a lesão no sistema nervoso localizar a lesão no sistema nervoso periféricoperiférico

informações sobre a fisiopatologia informações sobre a fisiopatologia avaliar o grau de comprometimentoavaliar o grau de comprometimento curso temporal da doençacurso temporal da doença

ELETRONEUROMIOGRAFIAELETRONEUROMIOGRAFIA

Page 45: ELETRODIAGNÓSTICO E ELETROESTIMULAÇÃO DO MÚSCULO DESNERVADO.

EMG de superfícieEMG de superfície

Page 46: ELETRODIAGNÓSTICO E ELETROESTIMULAÇÃO DO MÚSCULO DESNERVADO.

ENMG estímuloENMG estímulo

Page 47: ELETRODIAGNÓSTICO E ELETROESTIMULAÇÃO DO MÚSCULO DESNERVADO.

Laudo Típico de ENMG

HistóriaHistória: queda de bicicleta com trauma : queda de bicicleta com trauma do ombro E.do ombro E.

ExameExame: Plegia na abd do ombro, flx : Plegia na abd do ombro, flx cotovelo e sup. Antebraço.cotovelo e sup. Antebraço.

AchadosAchados: sem potenciais para n. axilar: sem potenciais para n. axilar EMGEMG de supra e infraespinhoso, deltóide, de supra e infraespinhoso, deltóide,

biceps e braquioradial sem potenciais biceps e braquioradial sem potenciais voluntários e presença de fibrilação voluntários e presença de fibrilação (desnervação ativa)(desnervação ativa)

ConclusãoConclusão: Desnervação grave : Desnervação grave (degeneração axonal) no território do (degeneração axonal) no território do tronco superior do plexo braquial E.tronco superior do plexo braquial E.

Page 48: ELETRODIAGNÓSTICO E ELETROESTIMULAÇÃO DO MÚSCULO DESNERVADO.

Se existe a eletro-neuro-miografia...Se existe a eletro-neuro-miografia...

Page 49: ELETRODIAGNÓSTICO E ELETROESTIMULAÇÃO DO MÚSCULO DESNERVADO.

Modificações na Modificações na Excitabilidade do MúsculoExcitabilidade do Músculo

PROBLEMA CLÍNICOPROBLEMA CLÍNICO

Avaliar a excitabilidad

e

(ED)

Escolha adequada

dos parâmetros

de estimulação

Indução pela EE de

contração da fibra

muscular desnervada

Page 50: ELETRODIAGNÓSTICO E ELETROESTIMULAÇÃO DO MÚSCULO DESNERVADO.

O ED nos dá a caracterização O ED nos dá a caracterização da excitabilidade muscular da excitabilidade muscular para a escolha dos parâmetros para a escolha dos parâmetros da estimulação elétrica;da estimulação elétrica;

Permitir o acompanhamento Permitir o acompanhamento da evolução do caso.da evolução do caso.

Page 51: ELETRODIAGNÓSTICO E ELETROESTIMULAÇÃO DO MÚSCULO DESNERVADO.

Eletrodiagnóstico de Estímulo

Page 52: ELETRODIAGNÓSTICO E ELETROESTIMULAÇÃO DO MÚSCULO DESNERVADO.

O eletrodiagnóstico de estímulo

R ea ção de D egenera çãoR ea ção Verm iform e

C ontra ção Lenta

R ea ção Mia stênicaR ea ção Miotônica

Prova s Q ua lita tiva s

C urva s i / t

intensida de lim ia r (reoba se)tem po lim ia r (crona xia )

possib ilida de de a com oda ção (a com oda ção)

testes de excita bilida dehipo, hiper ou a nexcita bilida de

(com pa ra ção com lado são)

Prova s Q ua ntita tiva s

Eletrodiagnóstico

1)

Page 53: ELETRODIAGNÓSTICO E ELETROESTIMULAÇÃO DO MÚSCULO DESNERVADO.

Técnica de EstimulaçãoTécnica de Estimulação

TÉCNICA MONOPOLAR ELETRODO CANETA

Page 54: ELETRODIAGNÓSTICO E ELETROESTIMULAÇÃO DO MÚSCULO DESNERVADO.

Eletrodiagnóstico Clássico

Prova de Excitabilidade Prova de Excitabilidade GalvânicaGalvânica

Prova de Excitabilidade Prova de Excitabilidade FarádicaFarádica

Page 55: ELETRODIAGNÓSTICO E ELETROESTIMULAÇÃO DO MÚSCULO DESNERVADO.

PROVA DE EXCITABILIDADE GALVÂNICA

Mesmo valor da Reobase Mesmo valor da Reobase Prova qualitativa/quantitativaProva qualitativa/quantitativa

Corrente galvânica interrompida Corrente galvânica interrompida manualmente manualmente (T > 100 ms (T > 100 ms até 1 s = grande).até 1 s = grande).

O que se procura?

A mínima intensidade para desencadear uma contração do músculo desnervado

Alterações qualitativas na resposta do músculo

Page 56: ELETRODIAGNÓSTICO E ELETROESTIMULAÇÃO DO MÚSCULO DESNERVADO.

Alterações Qualitativas

Frente a um estimulo de crescimento rápido:Frente a um estimulo de crescimento rápido:– Músculo com inervação normal - resposta viva, Músculo com inervação normal - resposta viva,

brusca e rápida. brusca e rápida. – Músculo desnervado: resposta lenta (vermicular).Músculo desnervado: resposta lenta (vermicular).

Contração LentaContração Lenta Inversão Polar: contrai + com polo positivo.Inversão Polar: contrai + com polo positivo. ““Deslocamento do Ponto Motor”Deslocamento do Ponto Motor”

Page 57: ELETRODIAGNÓSTICO E ELETROESTIMULAÇÃO DO MÚSCULO DESNERVADO.

Ponto motorPonto motor

DescaracterizaçãDescaracterização do Ponto Motoro do Ponto Motor

Desestruturação da Desestruturação da placa motoraplaca motora

““Deslocamento” para Deslocamento” para a junção miotendíneaa junção miotendínea

Músculo isoexcitávelMúsculo isoexcitável

Para Tratamento: Para Tratamento: técnica bipolar é técnica bipolar é melhor (conforto).melhor (conforto).

Page 58: ELETRODIAGNÓSTICO E ELETROESTIMULAÇÃO DO MÚSCULO DESNERVADO.

PROVA EXCITABILIDADE FARÁDICAPROVA EXCITABILIDADE FARÁDICA Procuramos a mínima amplitude necessária para Procuramos a mínima amplitude necessária para

uma contração muscular. O músculo responde a uma contração muscular. O músculo responde a um trem de pulso de curta duração (1 ms)?um trem de pulso de curta duração (1 ms)?

A A (mA)(mA)

T (ms)T (ms)T = 1 T = 1 msms

R = 20 R = 20 msms

A A (mA)(mA)

T (ms)T (ms)TON= 1 sTON= 1 s

TOFF = 1 sTOFF = 1 s

Músculos desnervados não respondem a pulsos de curta duração

Page 59: ELETRODIAGNÓSTICO E ELETROESTIMULAÇÃO DO MÚSCULO DESNERVADO.

RESPOSTACORRENTE I(t<1ms, f>20Hz)

RESPOSTACORRENTE II(pulso retangular,t>100ms)

INERVAÇÃOÍNTEGRA

Contração lisa,suave e tetânica

Contração bruscade fibrasindividuais

R.D.PARCIAL Reaçãovermiforme,contraçãodiminuída

Contração normal

R.D.TOTAL Sem contração Contração lenta evermiforme

R.D.ABSOLUTA Sem contração Sem contração

2)

Page 60: ELETRODIAGNÓSTICO E ELETROESTIMULAÇÃO DO MÚSCULO DESNERVADO.

Eletrodiagnóstico de Curvas i/t

ReobaseReobase

CronaxiaCronaxia

AcomodaçãoAcomodação

Page 61: ELETRODIAGNÓSTICO E ELETROESTIMULAÇÃO DO MÚSCULO DESNERVADO.

EquipamentosEquipamentos

Geradores Geradores Universais de Universais de Pulsos:Pulsos:

Corrente FarádicaCorrente Farádica Pulsos Quadrados e Pulsos Quadrados e

Pulsos Exponenciais Pulsos Exponenciais de Tempo de de Tempo de Duração Variável Duração Variável

T = 0,05 - 1000 ms.T = 0,05 - 1000 ms.

Page 62: ELETRODIAGNÓSTICO E ELETROESTIMULAÇÃO DO MÚSCULO DESNERVADO.

Geradores para realização do eletrodiagnóstico e

terapia seletiva dos músculos lesados.

No Brasil, alguns dos aparelhos indicados são:

                                

Page 63: ELETRODIAGNÓSTICO E ELETROESTIMULAÇÃO DO MÚSCULO DESNERVADO.

CURVAS DE EXCITABILIDADE (CURVAS CURVAS DE EXCITABILIDADE (CURVAS I/T)I/T)

Porquê e como são feitas?Porquê e como são feitas?Padrão de excitabilidade conhecido frente Padrão de excitabilidade conhecido frente aos estímulos excitantesaos estímulos excitantesUso de pulsos com T variável:Uso de pulsos com T variável:

T = 0,05 – 1000 msT = 0,05 – 1000 ms

Monofásicos retangularesMonofásicos retangulares

Monofásicos exponenciaisMonofásicos exponenciais

Page 64: ELETRODIAGNÓSTICO E ELETROESTIMULAÇÃO DO MÚSCULO DESNERVADO.

XX

•Um pulso a cada dois segundos•Variar T do maior para o menor•Encontrar a contração mínima para cada T

Page 65: ELETRODIAGNÓSTICO E ELETROESTIMULAÇÃO DO MÚSCULO DESNERVADO.

Pontos Indicativos do ED de curvas

ReobaseReobase

CronaxiaCronaxia

AcomodaçãoAcomodação

Page 66: ELETRODIAGNÓSTICO E ELETROESTIMULAÇÃO DO MÚSCULO DESNERVADO.

REOBASEREOBASE

Mínima intensidade de corrente Mínima intensidade de corrente necessária para produzir uma necessária para produzir uma contração muscular mínima (T=1000 contração muscular mínima (T=1000 ms; R=2000 ms; A=?)ms; R=2000 ms; A=?)A (mA)

T (ms)

XREOBASE

T = 1000 T = 1000 msms

T = 1000 T = 1000 msms

R = 2000 R = 2000 msms

Page 67: ELETRODIAGNÓSTICO E ELETROESTIMULAÇÃO DO MÚSCULO DESNERVADO.

ReobaseReobase

Contração frente a um estímulo teoricamente Contração frente a um estímulo teoricamente infinito.infinito.

Substitui a Prova de Excitabilidade Galvânica.Substitui a Prova de Excitabilidade Galvânica. Isoladamente não tem valor diagnóstico.Isoladamente não tem valor diagnóstico. Serve para verificação de alterações Serve para verificação de alterações

qualitativas.qualitativas. Tendência: aumento nas LNP Tendência: aumento nas LNP

(hipoexcitabilidade) (hipoexcitabilidade) Indispensável para se obter a cronaxia.Indispensável para se obter a cronaxia.

Page 68: ELETRODIAGNÓSTICO E ELETROESTIMULAÇÃO DO MÚSCULO DESNERVADO.

CRONAXIACRONAXIA: a mínima duração de : a mínima duração de pulso necessária para uma contração pulso necessária para uma contração muscular, com intensidade = ao muscular, com intensidade = ao dobro da reobasedobro da reobase

(A = 2 x reobase; R = 2000 ms; T (A = 2 x reobase; R = 2000 ms; T = ?)= ?)A (mA)

T (ms)

2x REOBAS

E

X

R = 2000 R = 2000 msms

R = 2000 R = 2000 msms T T

= ?= ? CRONAXIA

T T = ?= ?

T T = ?= ?

Page 69: ELETRODIAGNÓSTICO E ELETROESTIMULAÇÃO DO MÚSCULO DESNERVADO.

Cronaxia- isoladamente é o melhor índice de

lesão -

Em um músculo normalmente inervado a Em um músculo normalmente inervado a cronaxia sempre será inferior a 1 ms (entre cronaxia sempre será inferior a 1 ms (entre 0,10 y 0,70 ms).0,10 y 0,70 ms).

Quanto maior a cronaxia, mais grave a lesão.Quanto maior a cronaxia, mais grave a lesão.– Valores entre 1 e 3 ms indicam denervação Valores entre 1 e 3 ms indicam denervação

parcial com lesão leve.parcial com lesão leve.– Valores entre 3 e 6 ms indicam denervação Valores entre 3 e 6 ms indicam denervação

parcial com lesão moderada.parcial com lesão moderada.– Valores entre 6 e 30 ms indicam denervação Valores entre 6 e 30 ms indicam denervação

parcial com lesão grave.parcial com lesão grave.– Valores superiores a 30 ms indicam denervação Valores superiores a 30 ms indicam denervação

total.total.

Page 70: ELETRODIAGNÓSTICO E ELETROESTIMULAÇÃO DO MÚSCULO DESNERVADO.

Cronaxia

Músculos denervados em fase de Músculos denervados em fase de reinervação:reinervação:– cronaxia diminui a medida que aumenta o cronaxia diminui a medida que aumenta o

número de fibras inervadas (acompanhar número de fibras inervadas (acompanhar evolução)evolução)

Músculo parcialmente denervado: Músculo parcialmente denervado: – duração do impulso terapêutico não deve ser duração do impulso terapêutico não deve ser

menor que 30 ms (pega todas as fibras)menor que 30 ms (pega todas as fibras) Cronaxia em músculos inervados: Cronaxia em músculos inervados:

– permite personalizar a EE. permite personalizar a EE. – Tempos pequenos = sem efeito; Tempos pequenos = sem efeito; – Tempos grandes = desconforto. Tempos grandes = desconforto. – Duração ótima: igual o da cronaxia do músculo. Duração ótima: igual o da cronaxia do músculo.

Page 71: ELETRODIAGNÓSTICO E ELETROESTIMULAÇÃO DO MÚSCULO DESNERVADO.

GRAU DALESÃO

TIPO DA LESÃO DENERVAÇÃO DEGENERAÇÃO CRONAXIA(em ms)

1A -bloqueio

fisiológicoleve

Neuropraxia Ausente Ausente < 1,0

1B - bloqueiofisiológicomoderado

Neuropraxia Leve RDP * > 1,0 e < 10,0

1C -bloqueio

fisiológicograve

Axonocaquexia Moderada RDP * > 10,0 e< 20,0

2A-degeneração

axônicaparcial

Axonotmese Moderada RDP * > 20,0

2B-degeneração

axônicacompleta

axonotmesecompleta

Moderada RDT ** > 20,0 e< 30,0

3 -secção do

tronconervoso

neurotmese grave RDT ** > 30,0 e< 60,0

Legenda: * Reação de degeneração parcial / ** Reação de degeneração total

2)

Page 72: ELETRODIAGNÓSTICO E ELETROESTIMULAÇÃO DO MÚSCULO DESNERVADO.

0,0 0,1 0,2 0,3 5 10 15 20 25 30 35 400

2

4

6

8

10

INDETERMINÁVEIS

Frequência (Lesados)

Lesados

Normais

Fre

quên

cia

(Nor

mai

s)

Cronaxia (ms)

0

10

20

30

40

50

Significância 95%: 0,02<<0,24

ERVILHA & ARAUJO. Revista Brasileira de Fisioterapia, 1997

Page 73: ELETRODIAGNÓSTICO E ELETROESTIMULAÇÃO DO MÚSCULO DESNERVADO.

O valor de cronaxia será relevante O valor de cronaxia será relevante para a eleição do pulso de para a eleição do pulso de

tratamentotratamento

1 1 msms

FES

CR

IFC

FAR

EVA

CCUECD

Pulsos monofásicos exponenciais e quadrados de longa duração

Page 74: ELETRODIAGNÓSTICO E ELETROESTIMULAÇÃO DO MÚSCULO DESNERVADO.

ACOMODAÇÃOACOMODAÇÃO: capacidade inerente : capacidade inerente dos nervos sãos de não responder a dos nervos sãos de não responder a estímulos elétricos de crescimento lento. estímulos elétricos de crescimento lento. Procuramos a mínima amplitude Procuramos a mínima amplitude necessária para uma contração muscular necessária para uma contração muscular (T = 1000 ms; R = 2000 ms; A = ?)(T = 1000 ms; R = 2000 ms; A = ?)

A (mA)

T (ms)

XACOMODAÇÃO

T = 1000 T = 1000 msms

T = 1000 T = 1000 msms

R = 2000 R = 2000 msms

Page 75: ELETRODIAGNÓSTICO E ELETROESTIMULAÇÃO DO MÚSCULO DESNERVADO.

Acomodação Fenômeno Fisiológico:Fenômeno Fisiológico:

– Um tecido excitável se acomoda quando o potencial de Um tecido excitável se acomoda quando o potencial de membrana se eleva lentamente e o potencial de ação membrana se eleva lentamente e o potencial de ação não é gerado.não é gerado.

Propriedade do neurilemaPropriedade do neurilema– Sarcolema não apresenta acomodação.Sarcolema não apresenta acomodação.

EE do nervo:EE do nervo:– impulso deve atingir um limiar de excitação (intensidade impulso deve atingir um limiar de excitação (intensidade

suficiente) e instaurar-se de forma brusca (impulso suficiente) e instaurar-se de forma brusca (impulso retangular).retangular).

Impulso exponencial (subida lenta): Impulso exponencial (subida lenta): – favorece a acomodação, isto é, é necessário maior favorece a acomodação, isto é, é necessário maior

intensidade para estimular (3-5 x reobase).intensidade para estimular (3-5 x reobase). Músculos com LNP: Músculos com LNP:

– perdem a capacidade de acomodaçãoperdem a capacidade de acomodação Estímulos exponenciais de crescimento lento: Estímulos exponenciais de crescimento lento:

– possibilitam uma seletividade de respostas de fibras possibilitam uma seletividade de respostas de fibras musculares desnervadas. musculares desnervadas.

Page 76: ELETRODIAGNÓSTICO E ELETROESTIMULAÇÃO DO MÚSCULO DESNERVADO.

Índice de AcomodaçãoÍndice de Acomodação

2,7 < 2,7 < αα < 6 < 6: : NormalNormal 1 < 1 < αα < 2,7 < 2,7: : Reação de Degeneração ParcialReação de Degeneração Parcial αα = 1 = 1: : Reação de Degeneração TotalReação de Degeneração Total

αα = ACOMODAÇÃO

REOBASE

NEMESIS = problemas com esse índice

Page 77: ELETRODIAGNÓSTICO E ELETROESTIMULAÇÃO DO MÚSCULO DESNERVADO.

Curvas i / t com Curvas i / t com Pulsos QuadradosPulsos Quadrados

Page 78: ELETRODIAGNÓSTICO E ELETROESTIMULAÇÃO DO MÚSCULO DESNERVADO.

X

X

Reobase

CronaxiaCronaxia

Curva obtida com pulsos quadrados

Page 79: ELETRODIAGNÓSTICO E ELETROESTIMULAÇÃO DO MÚSCULO DESNERVADO.

Curvas i / t com Curvas i / t com Pulsos ExponenciaisPulsos Exponenciais

Page 80: ELETRODIAGNÓSTICO E ELETROESTIMULAÇÃO DO MÚSCULO DESNERVADO.

X

X

X

Curva obtida com pulsos exponenciais

Page 81: ELETRODIAGNÓSTICO E ELETROESTIMULAÇÃO DO MÚSCULO DESNERVADO.

X

Acomodação

Page 82: ELETRODIAGNÓSTICO E ELETROESTIMULAÇÃO DO MÚSCULO DESNERVADO.

Mas o que acontece com a Mas o que acontece com a excitabilidade do músculo excitabilidade do músculo

desnervado?desnervado? A contração do músculo, quando A contração do músculo, quando

ocorre, não é instantânea, mas sim ocorre, não é instantânea, mas sim lenta e vermiforme;lenta e vermiforme;

A duração do pulso para a A duração do pulso para a estimulação está aumentada; estimulação está aumentada;

O músculo só se contrai com a O músculo só se contrai com a estimulação direta do mesmo.estimulação direta do mesmo.

Page 83: ELETRODIAGNÓSTICO E ELETROESTIMULAÇÃO DO MÚSCULO DESNERVADO.

Reobase

Cronaxia

Curva obtida com pulsos quadrados

Page 84: ELETRODIAGNÓSTICO E ELETROESTIMULAÇÃO DO MÚSCULO DESNERVADO.

Acomodação

Curva obtida com pulsos exponenciais

Page 85: ELETRODIAGNÓSTICO E ELETROESTIMULAÇÃO DO MÚSCULO DESNERVADO.

Cronaxia, um índice para Cronaxia, um índice para caracterizar LNPscaracterizar LNPs

CRONAXIA > 1 ms = CRONAXIA > 1 ms = LNPLNP

1-10 ms 1-10 ms NEUROPRAXIANEUROPRAXIA

10-30 ms 10-30 ms AXONOTMESEAXONOTMESE

> 30 ms > 30 ms NEUROTMESENEUROTMESE

Page 86: ELETRODIAGNÓSTICO E ELETROESTIMULAÇÃO DO MÚSCULO DESNERVADO.

Por que tratar Por que tratar eletricamente um eletricamente um

músculo desnervado?músculo desnervado?

Page 87: ELETRODIAGNÓSTICO E ELETROESTIMULAÇÃO DO MÚSCULO DESNERVADO.

Indicações da Indicações da Eletroestimulação no Eletroestimulação no tratamento de LNPtratamento de LNP

Amenizar ou impedir a atrofia da fibra Amenizar ou impedir a atrofia da fibra muscular;muscular;

Melhorar suprimento sanguíneo para Melhorar suprimento sanguíneo para este músculo;este músculo;

Estimular ou não atrapalhar o processo Estimular ou não atrapalhar o processo de reinervação;de reinervação;

Poupar a maquinaria gênica e células Poupar a maquinaria gênica e células satélites no músculo;satélites no músculo;

Diminuir a proliferação de tecido Diminuir a proliferação de tecido conjuntivo.conjuntivo.

Page 88: ELETRODIAGNÓSTICO E ELETROESTIMULAÇÃO DO MÚSCULO DESNERVADO.

Como tratar seletivamente Como tratar seletivamente as fibras musculares as fibras musculares

desnervadas?desnervadas?

Page 89: ELETRODIAGNÓSTICO E ELETROESTIMULAÇÃO DO MÚSCULO DESNERVADO.

Reobase

Cronaxia

Page 90: ELETRODIAGNÓSTICO E ELETROESTIMULAÇÃO DO MÚSCULO DESNERVADO.

X

Acomodação

Page 91: ELETRODIAGNÓSTICO E ELETROESTIMULAÇÃO DO MÚSCULO DESNERVADO.

Revisando...

Page 92: ELETRODIAGNÓSTICO E ELETROESTIMULAÇÃO DO MÚSCULO DESNERVADO.

EletrodiagnósticoEletrodiagnósticoReobase:Reobase: A = ?A = ?; T = 1,0 s; R = 2,0 s; ; T = 1,0 s; R = 2,0 s;

pulso monopolar quadrado;pulso monopolar quadrado;

Cronaxia:Cronaxia: T = ?T = ?; A = 2 x reobase; R = ; A = 2 x reobase; R = 2,0 s; pulso monopolar quadrado;2,0 s; pulso monopolar quadrado;

Acomodação:Acomodação: A = ?A = ?; T = 1,0 s; R = ; T = 1,0 s; R = 2,0 s; pulso monopolar exponencial.2,0 s; pulso monopolar exponencial.

Parametrização da EletroestimulaçãoParametrização da Eletroestimulação

Page 93: ELETRODIAGNÓSTICO E ELETROESTIMULAÇÃO DO MÚSCULO DESNERVADO.

ED m. sãosED m. sãos

Page 94: ELETRODIAGNÓSTICO E ELETROESTIMULAÇÃO DO MÚSCULO DESNERVADO.

ED m. lesadosED m. lesados

Page 95: ELETRODIAGNÓSTICO E ELETROESTIMULAÇÃO DO MÚSCULO DESNERVADO.

0

2

4

6

8

10

12

14

16

18

0.1 0.5 1 2 5 10 20 50 100 200 500 1000

Tratamento seletivo das fibras Tratamento seletivo das fibras musculares desnervadasmusculares desnervadas

mA

T

DesnervadoDesnervado

normalnormal

Não FaradizávelNão Faradizável

Page 96: ELETRODIAGNÓSTICO E ELETROESTIMULAÇÃO DO MÚSCULO DESNERVADO.

Tratamento elétrico: curvas Tratamento elétrico: curvas i/ti/t

Pulso monofásico exponencial (FES, se Pulso monofásico exponencial (FES, se permitir modificações em T e R);permitir modificações em T e R);

Duração de pulso suficientemente alta Duração de pulso suficientemente alta para despolarizar fibras musculares para despolarizar fibras musculares desnervadas;desnervadas;

Intervalo de pulso (R) = 2 x T;Intervalo de pulso (R) = 2 x T; Amplitude: nível motor;Amplitude: nível motor; 20 contrações;20 contrações; Atente para sinais de fadiga – caso Atente para sinais de fadiga – caso

ocorra: cesse o tratamento.ocorra: cesse o tratamento. O tratamento deve ser iniciado o mais O tratamento deve ser iniciado o mais

rápido possível: melhores resultados.rápido possível: melhores resultados.

Page 97: ELETRODIAGNÓSTICO E ELETROESTIMULAÇÃO DO MÚSCULO DESNERVADO.

Protocolo de EletroestimulaçãoProtocolo de Eletroestimulação

<1ms<1ms >1ms>1ms

Corrente FarádicaCorrente Farádica

T = 1,0msT = 1,0ms

F = 50HzF = 50Hz

TON = 3,0sTON = 3,0s

TOFF = 6,0sTOFF = 6,0s

Amplitude = motorAmplitude = motor

20 contrações20 contrações

Corrente Exponencial Corrente Exponencial MonopolarMonopolar

T = 2 x cronaxiaT = 2 x cronaxia

F = 20HzF = 20Hz

TON = 3,0sTON = 3,0s

TOFF = 6,0sTOFF = 6,0s

Amplitude = motorAmplitude = motor

20 contrações20 contrações

Page 98: ELETRODIAGNÓSTICO E ELETROESTIMULAÇÃO DO MÚSCULO DESNERVADO.

Passos para avaliação EDPassos para avaliação ED Realizar a Realizar a Prova FarádicaProva Farádica no músculo no músculo Pergunta: o músculo responde a pulsos < Pergunta: o músculo responde a pulsos <

1ms?1ms? SIMSIM: tratamento com : tratamento com NMESNMES ou a própria ou a própria

FarádicaFarádica Freqüências: 20 - 50Hz;Freqüências: 20 - 50Hz; Ciclo ON/OFF: 1:3Ciclo ON/OFF: 1:3 Amplitude: Nível motorAmplitude: Nível motor Duração pulso: NMES (200 - 400Duração pulso: NMES (200 - 400μμs) ou s) ou

Farádica (1ms)Farádica (1ms) NÃO?NÃO? IDENTIFIQUE REOBASE, CRONAXIA E IDENTIFIQUE REOBASE, CRONAXIA E

ACOMODAÇÃO e Trace as curvas i/t.ACOMODAÇÃO e Trace as curvas i/t.

Page 99: ELETRODIAGNÓSTICO E ELETROESTIMULAÇÃO DO MÚSCULO DESNERVADO.

Tratamento Elétrico Músculo

Desnervado

Page 100: ELETRODIAGNÓSTICO E ELETROESTIMULAÇÃO DO MÚSCULO DESNERVADO.

Pulso monofásico exponencial de longa Pulso monofásico exponencial de longa duração (extraído do ED);duração (extraído do ED);

Duração de pulso: >>> valor de cronaxia Duração de pulso: >>> valor de cronaxia (2x, 3x, 4x... >); com certeza, não será (2x, 3x, 4x... >); com certeza, não será inferior!!!!inferior!!!!

Amplitude: motor;Amplitude: motor; Freqüência: 20 – 30Hz com Ciclo ON/OFF Freqüência: 20 – 30Hz com Ciclo ON/OFF

1:3, se possível. 1:3, se possível. Caso T muito grande: usar regra R = 2 x TCaso T muito grande: usar regra R = 2 x T Número de contrações: variável – 20 -200 Número de contrações: variável – 20 -200

dia (Dow dia (Dow et al, et al, 2004).2004). Eletrodos: técnica bipolar Eletrodos: técnica bipolar

preferencialmente.preferencialmente.