Eliane Souza da Silva
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USO DE GEOTECNOLOGIAS COMO RECURSO DIDÁTICO NO ENSINO DE GEOGRAFIA
Eliane Souza da Silva Mestranda do PPGG pela UFPB,
Antonio Carlos Pinheiro Prof.º Dr.º do PPGG/CCEN pela UFPB
Thyago de Almeida Silveira Prof.º Doutorando do IFPB - Cabedelo
1. INTRODUÇÃO
As tecnologias empregadas nos estudos geográficos vêm se tornando cada vez mais
aliadas dos professores no ensino da Geografia em sala de aula, e vem se mostrando eficazes
no processo de ensino-aprendizagem. Quando elaborados e utilizados a partir de uma
preocupação teórica e metodológica e, enfocando a realidade do aluno, os produtos didáticos
gerados a partir das geotecnologias, despertam e estimulam os alunos dos diferentes níveis de
ensino para a importância do conhecimento geográfico na vida contemporânea.
A sociedade contemporânea tem, portanto, uma demanda por cidadãos mais críticos,
futuros profissionais capazes de lidar com as tecnologias e linguagens do seu tempo, as quais
são necessárias à sua inserção social. Sob esta perspectiva as geotecnologias destacam-se
como ferramenta fundamental, e instrumento de apoio, favorecendo assim, ao ensino de
tecnologias que circundam o aprendizado da Geografia de forma sistemática e dinâmica,
proporcionando novas opções de aplicar o saber no cotidiano vivido pelo estudante.
Diante disso, desenvolvemos uma metodologia de ensino e aprendizagem que recorre
à utilização de técnicas de geoprocessamento nas aulas de Geografia no 6º ano do Ensino
Fundamental II, visando possibilitar o domínio de ferramentas tecnológicas por alunos e
refletir sua importância na aprendizagem. Como para este trabalho temos a análise do livro
didático; a utilização da cartografia, do Sistema de Posicionamento Global (GPS), do
sensoriamento remoto e do google earth, como suporte na prática metodológica.
A escolha do 6º ano para o desenvolvimento deste trabalho se deu em função dos
assuntos abordados tradicionalmente neste ano, uma vez que seu programa - tanto o que é
estabelecido pelos PCN, quanto pelos livros didáticos e pelo currículo real - contempla
questões de cartografia e meio ambiente, que nos interessa diretamente, além de proporcionar
aos alunos a possibilidade de aprendizagem de tecnologias desde a segunda fase do ensino
fundamental, o que torna viável sua utilização ao longo de sua vida escolar.
Nossa pesquisa foi desenvolvida na Escola Municipal Maria Pessoa Cavalcanti, que
possui uma infraestrutura adequada para o desenvolvimento de nossa prática. A mesma se
encontra localizada no município de Cabedelo/PB.
As razões que nos levaram a desenvolver o trabalho ora proposto surge da
necessidade de se inserir metodologias que se tornem adequadas favorecendo a apreensão
gradativa das noções recebidas e vivenciadas pelo aluno. Percebemos a importância de se
promover essas atividades que auxiliam na aprendizagem e autonomia intelectual do aluno
mostrando a importância de se aliar a atividades com novas possibilidades de interação
oferecidas pelas novas tecnologias.
Para desenvolvermos o tema encontramos subsídio nos Parâmetros Curriculares
Nacionais (PCN), que visa à utilização, pelos alunos, de diversas fontes de informação e
recursos tecnológicos.
Neste sentido, o objetivo não é ser um substituto de aulas, mas sim um recurso que se
integra no desenvolvimento curricular das escolas, com uma orientação pedagógica voltada
para a possibilidade dos professores se tornarem mediadores do processo de ensino e
aprendizado e também possibilitar aos alunos uma postura de aprendizes pensadores,
investigadores e solucionadores de problemas, diante dos conteúdos apresentados.
2. O ENSINO DE GEOGRAFIA E AS GEOTECNOLOGIAS
Ao longo de várias décadas vem se discutindo sobre a temática do ensino da
disciplina escolar Geografia, como ela é abordada pelos professores em sala de aula.
Várias são as críticas levantadas sobre as metodologias utilizadas pelos professores
no ensino dessa disciplina, pois, muitas vezes o que se avalia ao final de cada estudo é se o
aluno decorou ou não os conceitos abordados em sala de aula e não aquilo que pôde
identificar e compreender das múltiplas relações de aprendizagem ai existentes.
Nesse contexto Albuquerque (2011) percebe que os problemas metodológicos como;
conteúdos descritivos; método mnemônico; nomenclaturas como conteúdos, etc. se repetem
historicamente, são continuidades que teimam em permanecer nas salas de aulas de
Geografia.
Apesar da importância que a disciplina conquistou, sua forma de abordagem
continuou sendo trabalhada através da memorização. Essa forma de ensino durou todo o
período Imperial e se prolongou pelos primeiros decênios do regime republicano, passando a
ser generalizada, pois, nenhuma outra poderia aliar-se com a forma descritiva.
Diante disso, os PCN afirmam que a Geografia trabalha com imagens, recorre a
diferentes linguagens na busca de informações e como forma de expressar suas interpretações,
hipóteses e conceitos. Pede uma cartografia conceitual, apoiada em fusão de múltiplos tempos
e em linguagem específica, que faça da localização e da espacialização uma referência da
leitura das paisagens e seus movimentos (BRASIL, 1998).
Afirmam ainda os PCN que é papel da Geografia tornar o mundo compreensível para
os alunos. Não faz sentido apresentar uma descrição estática de fatos e acontecimentos. Ao
contrário, é necessário mostrar que o mundo é dinâmico e passível de transformações.
Neste sentido, Almeida e Passini (1989) questionam a formação precária do Ensino
Fundamental, destacando a importância do papel do professor no processo de formação do
conhecimento. Considerando que é na escola que deve ocorrer à aprendizagem espacial.
Dessa forma, diversas geotecnologias podem ser utilizadas em sala de aula pelos
professores de Geografia, visando um melhor aprendizado do aluno. A exemplo dessas
tecnologias, temos o sistema GPS que pode ser utilizado nas aulas de Geografia. Suas
principais características estão no armazenamento de pontos em sua memória, através de
coordenadas tridimensionais X, Y, e Z. Paz e Cugnasca (1997) também afirmam que os
pontos plotados na memória podem ser combinados formando rotas que, quando ativadas,
permitem que o receptor analise os dados e informe, por exemplo: tempo, horário provável de
chegada e distância até o próximo ponto; tempo, horário provável de chegada e distância até o
destino; horário de nascer e do por do sol; rumo que você deve manter para chegar ao
próximo ponto de sua rota.
Temos também o sensoriamento remoto que se destaca das maiorias dos recursos
educacionais, pela possibilidade de se extraírem informações multidisciplinares, uma vez que
os dados contidos em uma única imagem podem ser utilizados para vários fins
(FLORENZANO, 2002).
Já o Google Earth tem sido um aplicativo muito utilizado na atualidade. Ele é um
programa onde se exerce a visualização geográfica e cartográfica, pois nos é permitido uma
visualização de imagens de satélite que podem ser compostas por informações dos limites
políticos, físicos, sociais e ambientais através da simbologia cartográfica (como áreas, pontos
e linhas).
Portando, para qualquer que seja a atividade realizada no âmbito educacional com o
uso da informática, é necessário que o educador possua conhecimentos necessários para
realizar tal atividade, sendo ele um mediador, decodificador das informações.
Portanto, todos estes conhecimentos a cerca das geotecnologias são imprescindíveis
de serem incorporados ao trabalho escolar tendo em vista a capacidade do aluno para
desenvolver relações significativas consigo próprio, com os outros e com o seu mundo. A
escola deve propiciar aos alunos as novidades científico-tecnológicas que possam favorecer a
compreensão deles da realidade em que estão inseridos e, consequentemente, do exercício de
sua cidadania.
3. GEOTECNOLOGIAS APLICADAS NAS AULAS DE GEOGRAFIA
Iremos apresentar o desenvolvimento da proposta metodológica conduzida em
diferentes etapas com orientações e sugestões de aulas e exercícios práticos envolvendo os
conteúdos ministrados na disciplina de Geografia, sendo auxiliado pelas geotecnologias,
mostrando também a importância de se admitir a proposta metodológica sugerida como sendo
enriquecedora e proveitosa na vida do professor e principalmente do aluno, conforme tabela
01.
Tabela 01. Desenvolvimento das aulas teóricas e práticas
Desenvolvimento das aulas
GPS
• Aula 1 – Cartografia e GPS aplicado à Geografia - conceitos e prática
• Aula 2 - GPS roteirização e identificação
Sensoriamento Remoto
• Aula 1 - Debate sobre paisagem • Aula 2 - Definições e aplicações com sensoriamento
remoto
Google Earth • Aula 1 - Lugar, espaço e sociedade – conceitos • Aula 2 - Trabalhando localização com o google earth
3.1 GPS aplicado no ensino de Geografia
A localização espacial é trabalhada como assunto importante no conteúdo que o 6º
ano do Ensino Fundamental. Para se aprofundar nesse assunto, elaboramos duas aulas, uma
teórica e prática e uma aula de campo.
Aula 1 – Cartografia e GPS aplicado à Geografia - conceitos e aula prática: na
primeira parte da aula abordamos os temas sobre orientação, instrumentos de localização
espacial, polos geográficos da Terra, direções de orientação como: os pontos cardeais e
colaterais. Posteriormente, mostramos a importância da bússola e de sua utilização como um
instrumento de localização fundamental desde o seu surgimento até os dias atuais. Além
disso, abordamos também a respeito da nova ferramenta baseada em informações transmitidas
por satélites artificiais, o GPS.
Na segunda parte, foram explicados os conteúdos referentes ao Sistema de
Posicionamento Global (GPS): Funcionalidades do GPS; Localização através do sistema de
coordenadas geográficas; Identificação de latitude, longitude e altitude no GPS e Orientação
por rotas.
A seguir, realizamos uma atividade prática, planejada, utilizando receptores GPS de
navegação. Inicialmente armazenamos nos receptores as coordenadas geográficas de pontos
(latitude e longitude) de diversos locais próximos a escola. Formamos grupos entre os alunos,
em que cada grupo tinha que localizar os pontos armazenados anteriormente até a chegada do
último ponto - Fig. (01).
Figura 01: Aula prática com receptores GPS de navegação – localização de pontos.
Fonte: Eliane S. da Silva (2013). Aula 2 - GPS aplicado à Geografia - aula de campo: posteriormente, organizamos
uma aula de campo, levando os alunos a saírem da escola e irem até a Fortaleza de Santa
Catarina – Patrimônio Histórico Nacional, tombada pelo IPHAN (Instituto do Patrimônio
Histórico e Artístico Nacional). Durante a aula de campo, os alunos puderam medir altitude,
latitude e longitude; e correlacionar estas coordenadas ao clima, relevo e vegetação. O GPS,
também ajudou os alunos a traçar a rota desde o ponto de partida até o ponto da chegada.
Com a utilização do GPS nas aulas de Geografia possibilitou aos alunos conhecer um
novo instrumento de se localizar nos espaço de forma diferenciada, precisa e dinâmica,
permitindo localizar coordenadas armazenas e criar rotas.
A ideia de utilizar o equipamento de localização como ferramenta didática torna-se
necessário, tendo em vista, que os alunos precisam se aprofundar em alguns temas e a
precisão proporcionada pelo uso do GPS facilitaria o aprendizado.
3.2 Utilização do sensoriamento remoto no ensino de Geografia
Baseado no conteúdo encontrado no livro didático do 6º ano do Ensino Fundamental
sugerimos que os alunos explorassem as imagens de satélites e fotos aéreas buscando
identificar e relacionar elementos importantes presentes na paisagem natural e paisagem
geográfica. Para trabalhar com esses assuntos, elaboramos duas aulas teóricas e práticas.
Aula 1 – Debate sobre paisagem: na aula inicial promovemos um debate discutindo o
conceito de paisagem, pedindo que os alunos dessem exemplos e relatassem as paisagens
encontradas no caminho de casa até a escola, como nas demais localidades do município onde
moram. Em seguida solicitamos que eles desenhassem no caderno as paisagens encontradas.
Antes do desenvolvimento da segunda aula organizamos o material que seria
utilizado, como imagens de satélites e fotos aéreas disponibilizados na Prefeitura Municipal
de João Pessoa.
Aula 2 – Definições e aplicações com sensoriamento remoto: na aula seguinte
iniciamos conversando com os alunos sobre sensoriamento remoto, o que representa a
imagem de satélite, a fotografia aérea, se eles já tiveram acesso a esses documentos
cartográficos.
Após a discussão teórica do assunto, a segunda parte da aula aconteceu no
laboratório de informática. Disponibilizamos em cada computador uma figura do satélite
Quickbird , dos bairros de Tambaú e Cabo Branco em João Pessoa – PB, disponibilizado no
site da prefeitura de João Pessoa, através da Secretaria do Planejamento - Geoimagens -
imagens via satélite, no link: http://www.joaopessoa.pb.gov.br/.
Como o conteúdo do 6º ano trabalha também a relação do homem com a natureza,
orientamos os alunos a identificar, na figura, elementos naturais e humanos da paisagem
como: os diferentes tipos de vegetação, a área urbana e as vias de circulação, relacionando os
elementos encontrados com as transformações ocorridas no espaço geográfico, procurando
compreender a ação antrópica.
Para a realização do segundo exercício prático, foram distribuídas entre os alunos
cópias de fotografias aéreas de alguns bairros do município de João Pessoa, disponibilizadas
na prefeitura do referido município e materiais como: cópias reprográficas de fotos aéreas,
papel vegetal, lápis coloridos, réguas, lapiseiras, borrachas brancas e clips.
O aluno destacou no exercício: a escala da foto, a faixa, o número da foto, o ano e
mês do voo e o município fotografado.
Eles utilizaram os lápis coloridos para diferenciar os diversos elementos encontrados
na foto como, por exemplo: vegetação, rios, via de comunicação, quadras, dentre outros (Fig.
02).
Figura 02: Aula prática com cópia de foto aérea. Fonte: Eliane S. da Silva (2013).
O desenvolvimento das aulas preparadas com a utilização de recursos de
sensoriamento remoto na escola não se limitou a uma mera transferência mecânica de
informações, tratando de procedimentos apenas para à divulgação de suas características e
potencialidades, mas acima de tudo proporcionar a reflexão sobre o uso dessas técnicas e suas
relações com a prática pedagógica e com o tratamento dos conteúdos curriculares, visando à
construção do conhecimento por professores e alunos.
Dessa forma, confirmamos que as fotos aéreas e as imagens de satélite são
ferramentas básicas para o professor em sala de aula.
3.3 Google earth como ferramenta de aprendizagem no ensino de Geografia
Além dos assuntos sobre orientação, localização, representação no espaço geográfico
e os diferentes tipos de paisagem, a disciplina Geografia no 6º ano do Ensino Fundamental
contempla conceitos como: lugar, espaço e sociedade, e o estudo sobre universo.
Para abordar esses assuntos ministramos duas aulas, divididas em aulas práticas e
teóricas, utilizando o google earth como ferramenta de aprendizagem.
Aula 1 - Lugar, espaço e sociedade – conceitos: na primeira aula foram discutidos
com os alunos os conteúdos referentes à categoria lugar, a transformação do espaço pela
sociedade e os diferentes tipos de paisagens. Na aula foi valorizado o saber trazido pelo aluno
considerando o processo de ensino-aprendizagem.
Aula 2 – Trabalhando localização com o google earth: na aula seguinte os alunos
foram conduzidos para o laboratório de informática da escola e na oportunidade, enfatizamos
a importância de saber se localizar no espaço. Também foram dadas orientações sobre o uso
do programa google earth.
Os alunos acessaram o programa e exerceram a visualização geográfica e
cartográfica, identificando diversos elementos explicados na aula teórica. Foram explorados
também conteúdos trabalhados em aulas anteriores como: localização, orientação e escala.
Na primeira parte da aula trabalhamos em escala local. Orientamos os alunos a
identificar as paisagens com predomínio dos aspectos naturais e aquelas com predomínio dos
aspectos humanizados, presentes no município em que moram e a observar também
patrimônios culturais, religiosos e históricos.
Orientamos também os alunos a visualizarem em três dimensões (3D), encontrando
casas e edifícios, identificando a urbanização de sua cidade.
Os alunos realizaram ainda “percursos virtuais” de suas casas até a escola onde
estudam; observaram a paisagem de outros ângulos, não somente de forma horizontal, mas
também de forma vertical e oblíqua; atentaram para a observação da vegetação, rios que
cortam o município e identificação de problemas ambientais.
Na segunda parte da aula prática as observações foram feitas em escala global,
permitindo a identificação de lugares distintos.
Virtualmente, os alunos “foram” de um país a outro, de um continente a outro,
cruzaram oceanos, desertos e selvas, identificaram desmatamentos, processos de conurbação,
limites e fronteiras, distinguirão zona rural de urbana, conheceram os nomes de alguns países,
suas capitais, cidades principais, população.
Também visualizaram mares, lagos, rios, vulcões, vegetação, acidentes geográficos
mais importantes.
Os alunos puderam comparar os níveis de altitudes entre diferentes cadeias de
montanhas, relacionando com o clima e a vegetação local.
Além disso, esta ferramenta permitiu aos alunos visualizar meridianos, paralelo,
trópicos, conhecer as coordenadas de alguns pontos da Terra, medir as distâncias de um país a
outro, observar a Terra em três dimensões.
Utilizamos de nossa criatividade para elaborar e explorar com os alunos todas as
ferramentas disponibilizadas no programa google earth (Fig. 03).
Figura 03: Aula prática com o Google earth
Fonte: Eliane S. da Silva (2013)
A utilização do google earth como recurso didático, nas aulas de Geografia, teve o
intuito de estimular o senso crítico dos alunos bem como seu raciocínio, contribuindo desta
forma com os sujeitos da educação no âmbito de inserir novas tecnologias na escola.
Neste sentido, o objetivo é não ser um substituto de aulas, mas sim um recurso que se
integra no desenvolvimento curricular das escolas, com uma orientação pedagógica voltada
para a possibilidade dos professores se tornarem mediadores do processo de ensino e
aprendizado e também possibilitar aos alunos uma postura de aprendizes pensadores,
investigadores e solucionadores de problemas, diante dos conteúdos apresentados.
A partir da utilização desse programa os alunos passaram a conhecer diferentes
lugares do espaço geográfico, observando paisagens como: vegetação, rios, oceanos, mares,
lagos, vulcões, acidentes geográficos, casas, edifícios, escolas, fábricas, patrimônios culturais,
religiosos e históricos.
Os alunos puderam conhecer, observar, explicar e comparar a diversidade das
paisagens em diferentes continentes, possibilitando um aprendizado mais dinâmico para o
educando.
4. CONSIDERAÇÕS FINAIS
A aplicação das ferramentas de geoprocessamento nas aulas de Geografia foi um
desafio, pois as geotecnologias trazem uma maneira diferente de interpretar os dados, criando
um choque cultural no próprio ambiente de ensino.
Contudo, a minoria dos alunos e professores tem o privilégio de aprender de maneira
mais prática e fácil, com escolas de boas estruturas, atualizadas, bastantes recursos o que
ajuda na criação de um cidadão mais crítico; enquanto a maioria dos adolescentes e crianças
do Brasil se quer tem contado com computadores e participam ainda de uma aprendizagem
tradicional e "decoreba".
O uso das geotecnologias em sala de aula é um avanço importante na educação
escolar. À adoção deste recurso contribui com aulas mais diversificadas e atrativas e o aluno
se sentirá motivado em estudar o espaço geográfico da sua própria região, do seu lugar.
Esses procedimentos podem ser adotados em outros anos do Ensino Fundamental II,
no Ensino Médio, como também em outras disciplinas como, ciências, história, artes.
REFERÊNCIAS
ALBUQUERQUE, M. A. Martins .Século de prática de ensino de geografia: permanências e mudanças. In: REGO, Nelson et al. (Org.). Geografia: metodologias para o ensino médio. Porto Alegre: Penso, 2011. p. 13 – 30. ALMEIDA, R. D.; PASSINI, E. Y. . O espaço geográfico: ensino e representação. São Paulo: Contexto, 1989. BRASIL. Secretaria da Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: Geografia (5ª a 8ª séries). Brasília, Brasil: MEC/SEF, 1998.p.1-156. FLORENZANO, T. G. . Imagens de Satélite para Estudos Ambientais. São Paulo: Oficina de Textos, 2002, 97 páginas. PMJP. Prefeitura Municipal de João Pessoa. Figura do satélite Quickbird dos bairros de Tambaú e Cabo Branco (2005). Disponível em: <http://geo.joaopessoa.pb.gov.br/digeoc/ htmls/2005.html>. Acesso em 22 de dezembro de 2012. PMJP. Prefeitura Municipal de João Pessoa. Fotografias aéreas do município de João Pessoa, (1998). Disponível em: <http://geo.joaopessoa.pb.gov.br/digeoc/htmls/foto.html>. Acesso em 22 de dezembro de 2012. PAZ, S. M. ; CUGNASCA, Carlos Eduardo . O Sistema de Posicionamento Global (GPS) e suas aplicações. Boletim Técnico da Escola Politécnica da USP. BT/PCS, 1997.