Eliseu padilha Ministro Transportes Revista Guinnesss

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Em entrevista concedida à Revista Guinness, o Ministro Eliseu Padilha explicou que a matriz transporte é fundamental em qualquer parte do mundo, e que o Brasil, após o governo Fernando Henrique, vem se modernizando, principalmente nesta área, e que para fechar sua gestão, com chave de ouro, só falta avançar um pouco mais no transporte hidroviário.

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Eliseu Padilha

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UEstamoscaminhando norumo certo. Omundo estácaminhando deforma globalizada?a matriz transporteé fundamental emqualquer parte domundo. Acompettlividade éasseguradaquando se temuma matriztransporte eticterrre,e é nesse sentidoque estamoscaminhando. Nãohá possibilidade deçtooa/iracao, nãohá possibilidade deaplicação de umalogísticacompetitiva se nósnão tivermos amatriz transportesperfeitamentecornoera/vo" Este éo pensamento doministro EliseuPoa//no. que sobsua gestão estácolocando otransporte nacionalem nível deprimeiro mundo.

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"Hidtovi« éagrande esperança"Em entrevista concedida à

Revista Guinness) oMinistroEliseu Padilha explicou

que a matriz transporte éfundamental em

qualquer parte do mundo) equeoBrasi~

após ogoverno PernandoFienrique, vem se

modernizando) principalmentenesta área) e que para fichar

sua gestão) com chave de ouro)sófalta avançar um pouco mais

no transporte hidroviário.

GUINNESS- Que análise o sr fazdos 14 projetos, dentro do Brasilem Ação, a cargo do Ministériodos Transportes?

Ministro - Do início do Gover-no FHC para cá muita coisaaconteceu. O Brasil moderni-zou-se muito e estamos cami-nhando para a plena com-petitividade. Nossos portosestão competitivos, emborarestem alguns nós a seremdesatados, somos competiti-vos, ainda. Operamos con-teineres no Porto do Rio deJaneiro ao mesmo preçoque se opera em qualquer par-te do mundo. Reduzimos o cus-to da infra-estrutura portuáriaem 80%. Somos competitivosporque estamos voltando a uti-lizar as hidrovias. Comparadocom os preços, que erampagos para escoar a safra por

o ministro Padilha com os superintendentes de Hidrovias nacionais

rodovias, o preço do frete dasoja que vai para a Europapela hidrovia do Rio Madeiracaiu 35%, e da que é exporta-da pela hidrovia Tietê-Paranácaiu 50%. Temos visão clara:para nos inserirmos competiti-vamente, na economia globa-lizada precisamos reduzir o"Custo Brasil". Para produzirmos

GUINNESS - Quais os projetosque já foram concluídos?

Ministro - Estamosconcluindo asobras da BR-174, ligando Manausa Venezuela, dos Portos de San-tos e Sepetiba,ambos já sendo le-vados para o setor privado. Deve-mos concluir também, no anoque vem, os Portos de Suape e

Pecém.Estamoscom o proces-so em conclusão da hidroviaTietê-Paraná,em sua primeirafase,e agora vamos para a se-gunda, que é a transposição dabarragem de Itaipu. Estamoscom um processo em fase de

conclusão na hidrovia do rio Ma-deira. Enfim, estamos com váriosprojetos do "Brasil em Ação" emconclusão. A rodovia do Mercosulsó ficaráconcluída em 1999.Gos-taria de ressoltarque, a EclusadoJupiá e a ponte Rodoferroviária jáforam concluídas.

"O Brasil modernizou-se muito eestamos caminhando para a

plena competitividade,embora restem alguns nós a

serem desatados"

competitivamente, temos quetransportar também competitiva-mente. Vale dizer, temos que pro-piciar uma logística competitiva,intermodal, para fazer com queo produto brasileiro chegue emqualquer parte do país ou domundo a preços mais baixos.

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GUINNESS - o usuário já estápodendo sentir algumas me-Ihorias nas rodovias?

Ministro - Já. Quem tem trafega-do nas 60 principais BRsdo paísdeve ter demonstrado maior sa-tisfação . Por que? Porque nes-sas, estamos executando obrasfortes. Promovemos um pro-grama de conservação coma operação Tapa-Buracosque fizemos no ano passa-do, onde tapamos buracosem 28 mil quilômetros dos 51mil da malha. Quem andanas rodovias que foram conce-didas ao setor privado, como aVia Dutra ou Freeway, já notauma diferença muito grande.

GUINNESS - Recentemente o srinaugurou a ponte Rodofer-roviária, na divisa de Mato Gros-so com São Paulo. Qual a impor-

tância econômica dessa obra?

Ministro - A ponte Rodoferroviáriaé talvez, uma das obras maisimportantes, inauguradas nosetor de transportes do país. Elapropicia a integração da malhaferroviária mais importante, a daFepasa, que é a maior esperança

Paraná, no rio Paroná, e em cima,temos a ferrovia e a rodovia. Comesta opção da ." ermo-dalidade,os produ os que vierem do Cen-tro-oeste podem chegar segura-mente 30 ou O dólares mais ba-ratos aqui no Su. o no Centro-Sul, na meci a e e se optepela via ferroviária ou De a via

hid roviá ria,o que nós poceroosfazer a partir desta in e -dade e da integracão essaobra.

"A operação Tapa-Buracosque fizemos no

ano passado, tapamosburacos em 28 mil lcrn dos

51 mil da malha"

do Brasil,a Ferro-norte, que, no pri-meiro momento, vai atravessar oestado do Mato Grosso do Sul, de-pois o Mato Grosso, e, lá adianteCuiabá, faz uma derivação indopara Porto Velho, em Rondônia eSantarém, no Pará. Essa ponteviabiliza a intermodalidade porque,em baixo, temos a hidrovia Tietê-

GUINNESS - Esocial?

Ministros -Rodofe oção deHá u avigias a e glavom os !::_~,:-~..J

da obro, oje, temosconsrrução da Ferronoc ueavança um quilômetro

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em direção de Itaquari, na divi-sa de Mato Grosso do Sul como Mato Grosso, onde deveremoster o primeiro trecho consuma-do, já com cerca de 400 quilô-metros. Daí nos dirigimos rumoa Cuiabá, onde deveremos che-gar lá antes do ano 2005.

GUINNESS- Já foi concluída todaa operação "Tapa-Buracos"?

Ministro-Aoperação tapa-buracosfez uma recomposição da malhaasfáltico. Resta apenas a finaliza-ção da pintura para mostrar quea rodovia é nova, e a reinstalaçãodas placasde sinalização.Issoestásendo feitoprogressivamentee nósqueremos fazer com que issosejaconcluído logo.

GUINNESS- Que análise o sr fazdas "Concessões e Privatizaçõ-es", na área de transportes?

Ministro - Nós tivemos avançosconsideráveis em todos os as-pectos. Começa no setor portu-ário. Os portos nacionais hojesão competitivos, estamos ope-rando um conteiner a U$125dólares no Rio de Janeiro, bai-xamos o custo da infra-estrutu-ra portuária em 80%. Nós tam-bém privatizamos todo sistemada Rede Ferroviária Federal. To-das as malhas estão priva-tizadas, o frete já está mais ba-rato, o número de acidentes foireduzido e já se projeta o cres-cimento na matriz transportesmodal ferroviário em 40% nos

próximos cinco anos. Isso é ga-nho para a sociedade brasilei-ra. Nas rodovias, estamos avan-çando. E eu já referi aqui tam-bém às nossas hidrovias. Namedida em que estamos nave-gando por elas já estamos ob-tendo ganhos, tanto lá na hl-drovia do rio Madeira, 35 dóla-res a menos por tonelada,quanto na hidrovia Tletê-Pc-raná, 62 dólares a menos portonelada, entre São Paulo eBuenos Aires.

GUINNESS - Faltam menos deseis meses para o término desua gestão, frente ao Ministériodos Transportes. Como o sr en-controu esta pasta e como o srvai entregá-Ia?

Construção de 2viadutos sobre a

Rodovia PresidenteCastelo Branco trecho e

ramal de acesso aSorocaba-ltu/273,OOm

ConstruçãoPrédio Sede SocialAlvorada ClubeTatuí/SP Avenda Nisshinbo do Brasil n' 2.631 - Bairro Chapadinha

Caixa Postal 431 Fone: PABX (015) 272-4330 - CEP 18.200ITAPETININGA - Estado de São Paulo

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"Nós temosmuito a avançar;

principalmenteno que dizrespeito ao

transportehidro viário n

Ministro - É muito difícil a gentefazer análise do seu próprio tra-balho, mas recebi do presidenteFernando Henrique a missão deresolver a questão portuária e elaestá quase concluída. O pre-sidente pediu que fizéssemosressurgir o transporte hidrovi-ário e há grande esperança.Estamos construindo deze-nas de empurradores, vamoscomeçar a transposição dabarragem de Itaipú e deTucuruí. Isso prova que o sis-tema hidroviário nacionaltem grandes investimentos. Ahidrovia do rio São Franciscoestá sendo restabelecida, assimcomo a hidrovia Araguaia-Tocantins. Nós estamos estudan-do as demais hidrovias para fa-zer grandes investimentos tam-bém, sem descuidar da questãoambiental. Avançamos nos por-tos, nas rodovias, nas hidrovias,e estamos avançando nos trensde passageiros. Estamosdescen-tralizando os sistemas da CBTUe o sistema TRENSURB,no RioGrande do Sul. Resta o sistemarodoviário onde nós tambémestamos avançando, tanto no

campo das privatizaçõescomo nocampo das obras de restauraçãoe de conservação. Eu,ao final dogoverno Fernando Henrique, saiocom o dever cumprido ou pelo

temos muito a avancar, principal-mente no que diz respeito aotransporte ferroviário, hidroviárioe na construção e pavimenta-ção das rodovias que abriramnovas e grandes fronteiras agrí-colas no Brasil.

GUINNESS- O sr deixou de fa-zer alguma coisa que gostariade ter feito?

Ministro - A gente sempre deixa.Nenhum administrador públicoconsegue fazer tudo que gosta-ria.Não vou aqui especificar,mashá setores que eu gostaria de teravançado muito mais, e se eupudesse eleger eu elegeria o se-tor hidroviário. Nós tínhamos que

fazer algo, para que nossosrios fossem melhor aproveita-dos. Os 42 mil quilõmetros derios não podem permanecercomo estão, com pouca utili-zação. Mas ficou o sinal, namedida em que a gente pos-sa continuar à frente do Mi-nistério. Depois, sei que a filo-sofia do presidente é nesse

senNdo e eu, conNnuando ounão, o presidente FernandoHenrique vai fazer com que o sis-tema hidroviário brasileiro sejamelhor utilizado.

"Saio com o devercumprido ou pelo menos

faço análise do devercumprido na medida emque posso permanecer no

Ministério"

menos faço análise do devercumprido, na medida em queposso permanecer no Ministério.Mas nós temos muito o que fazer,não está tudo resolvido não, nós

"Os 42 milquilômetros de riosnão podempermanecer comoestão, com poucautilização"

Rio Madeira

DO GUINNESS, _

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.ras:Um país em obras

((O Brasil de hoje é assim: rodovias, ferrovias, bidrotias,portos, dutos e aeroportos) que cada vez mais integrados, físicoe operaaonalmente em um ou mais sistemas de transportes",

gaba-se o Ministro dos Transportes Eliseu Padilha.

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