Em assembleia, Sintram apresenta proposta do Executivo às ... · a falar de um acordo para se...

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Filiado à Divinópolis/MG, 18 de agosto de 2017 O Sintram realizou ontem (17) mais uma assembleia com as educadoras de Itapecerica. O objetivo foi apresentar às pro- fessoras a proposta do Executivo, que foi fechada na última segunda-feira (14) e formalizada via ofício no dia seguinte ao sindicato. As professoras solicitam à administração melhores condições de trabalho e o cumprimento do piso nacional. A presidente do Sintram, Luciana Santos, foi acompanhada pelo secretário geral, Marcos Alves, e pelo dirigente sindical, João Madeira, que conduziram a assembleia e entregaram a cada uma das profissionais uma cópia do ofício encaminhado pela administração ao sindicato. Na proposta, o prefeito Wirley Reis se compromete a cumprir o “pagamento do piso nacional da educação, incidindo sobre todas as vantagens da carreira de acordo com a Lei Federal 11.738/2008 a partir de setembro”. O chefe do Executivo se comprometeu ainda a enviar projeto de lei na próxima semana, devendo os reflexos já serem sentidos pelos servidores a partir do mês de setembro. Após alguns debates e exposição de dúvidas das servidoras, ficou decidido por unanimidade pela assembleia que, antes de qualquer votação, o sindicato deverá solicitar à Prefeitura mais esclarecimentos, detalhando como ficará os devidos vencimentos dos profissionais de nível P1 (nível médio), P2 (graduação) e P3 (pós-graduação). A presidente Luciana Santos agradeceu a presença de todos e informou que hoje (18) mesmo já irá entrar em contato com a equipe de governo do prefeito para informar o posicionamento da categoria a respeito da proposta. Assim que houver o retorno da Prefeitura de Itapecerica sobre o impacto nos vencimentos de cada nível, uma nova assembleia será agendada com as educadoras para deliberação sobre a proposta. Continue nos acompanhando. Juntos somos fortes! | Matéria Sintram | Em assembleia, Sintram apresenta proposta do Executivo às educadoras de Itapecerica Fique atento a essa obrigatoriedade que atingirá todos os servidores (efetivos, aposentados e pensionistas) da Prefeitura de Divinópolis. | 1º de agosto a 31 de outubro | Mais informações: 3216-7400

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Sindicato dos Trabalhadores Municipais de Divinópolis e Região Centro-Oeste | Sintram | Avenida Getúlio Vargas, 21, Centro Divinópolis/MG - CEP 35500-024 | (37) 3216-8484 | www.sintramdiv.org | facebook.com/SintramCentroOeste

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Filiado à

Divinópolis/MG, 18 de agosto de 2017

O Sintram realizou ontem (17) mais uma assembleia com as educadoras de Itapecerica. O objetivo foi apresentar às pro-fessoras a proposta do Executivo, que foi fechada na última segunda-feira (14) e formalizada via ofício no dia seguinte ao sindicato. As professoras solicitam à administração melhores condições de trabalho e o cumprimento do piso nacional. A presidente do Sintram, Luciana Santos, foi acompanhada pelo secretário geral, Marcos Alves, e pelo dirigente sindical, João Madeira, que conduziram a assembleia e entregaram a cada uma das profissionais uma cópia do ofício encaminhado pela administração ao sindicato. Na proposta, o prefeito Wirley Reis se compromete a cumprir o “pagamento do piso nacional da educação, incidindo sobre todas as vantagens da carreira de acordo com a Lei Federal 11.738/2008 a partir de setembro”. O chefe do Executivo se comprometeu ainda a enviar projeto de lei na próxima semana,

devendo os reflexos já serem sentidos pelos servidores a partir do mês de setembro. Após alguns debates e exposição de dúvidas das servidoras, ficou decidido por unanimidade pela assembleia que, antes de qualquer votação, o sindicato deverá solicitar à Prefeitura mais esclarecimentos, detalhando como ficará os devidos vencimentos dos profissionais de nível P1 (nível médio), P2 (graduação) e P3 (pós-graduação). A presidente Luciana Santos agradeceu a presença de todos e informou que hoje (18) mesmo já irá entrar em contato com a equipe de governo do prefeito para informar o posicionamento da categoria a respeito da proposta. Assim que houver o retorno da Prefeitura de Itapecerica sobre o impacto nos vencimentos de cada nível, uma nova assembleia será agendada com as educadoras para deliberação sobre a proposta.

Continue nos acompanhando. Juntos somos fortes! | Matéria Sintram |

Em assembleia, Sintram apresenta proposta do Executivo às educadoras de Itapecerica

Fique atento a essa obrigatoriedade que atingirá todos os servidores (efetivos, aposentados e pensionistas) da Prefeitura de Divinópolis.

| 1º de agosto a 31 de outubro |Mais informações: 3216-7400

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Os primeiros versos vieram aos sete anos. A separação dos pais, lá nos finais da década de 1970, não era algo comum. O divórcio, instituído no país em 1977 por força da lei 6.515, ainda era um tabu. Famílias de pais separados eram raras e existia um forte preconceito quando um casal decidia colocar fim à uma relação. Para uma criança de sete anos, o divórcio dos pais era, sim, uma tragédia gigantesca, incompreensível. E foi exatamente a separação dos pais, que fez surgir a primeira poesia da pro-fessora Gilmara Aparecida Ferreira Silva. O texto já não existe mais e nem ela mesma se lembra daquele poema. “Era sobre um cavalo, uma coisa assim”, conta em meio a um sorriso. Lotada na Escola Municipal São José, onde leciona para os anos iniciais, e na Escola Estadual Chico Dias, onde é supervi-sora pedagógica, Gilmara Ferreira revela que a separação dos pais foi muito difícil, mas isso não mudou sua forma de ver a vida. “Apesar disso, tive uma infância feliz”. E é uma mulher feliz até hoje, embora tenha cuidado do pai até o fim de sua vida e o segurado nos braços na hora da morte. Hoje, cuida da filha Bianca, de 25 anos, do marido, com quem é casada há 26 anos, e da mãe Maria das Dores Ferreira, portadora do Mal de Alzhei-mer. “É como uma criança, esquece tudo, já não reconhece as pessoas e nem sabe que sou sua filha”, revela sem tristeza. “Até nisso a gente vê a beleza da vida”. Embora tenha escrito a primeira poesia aos sete anos, sua produção literária só ganhou corpo já na fase adulta. Nunca ha-via pensando nisso como carreira, até que, vendo o gosto das pessoas por aquilo que escreve, pensa agora em lançar o seu primeiro livro. Com mais de 40 poemas já prontos, a professora diz que espera lançar sua primeira obra literária ainda esse ano. “Estou publicando meus poemas nas redes sociais e tenho rece-bido muito incentivo para lançar meu primeiro livro. Meu projeto é para esse ano”, afirma.

FELICIDADE Gilmara Ferreira se transforma em criança no meio delas, com quem trabalha há 17 anos. “Eu amo ser professora”, diz com uma intensidade e convicção indescritíveis. “Do que eu gosto mais? De ser professora ou poeta? Desde criança eu quis ser profes-sora”. Esse amor intenso pela profissão faz dela muito querida pelas crianças e pelos companheiros de trabalho. A poesia ela divide com as crianças e utiliza seus versos não apenas como fonte de inspiração, mas como uma forma de incentivo para que os jovens possam perceber que o mundo tem muito mais do que a tecnologia do celular ou a adrenalina dos videogames. Ídolos? Sim. Adélia Prado e Carlos Drumond Andrade, dois dos maiores expoentes da literatura brasileira. “Eu amo as poesias de Adélia e Carlos Drumond é insuperável. Tenho vontade de mostrar um de meus poemas para Adélia”. E por que não o faz? “Ainda não tive essa oportunidade e tenho um certo receio”, re-vela com um gesto de quem vê o ídolo distante. “Quem sabe um dia tomo coragem e faço isso”. Ironicamente, seus dois poetas

preferidos têm uma história semelhante. Adélia Prado, que tem Drumond como ídolo, um dia criou coragem e enviou um de seus poemas ao poeta e ouviu dele: “Você já é uma poeta pronta”. Só então Adélia acreditou que era mesmo poeta. “Olha, quem sabe pode acontecer a mesma coisa comigo”, exclama Gilmara depois de ouvir a história. “Eu sou uma pessoa muito feliz”, faz questão de dizer e fala com um sorriso que ilumina seu rosto, principalmente quando o assunto envolve suas paixões: escola, família e literatura. Gil-mara faz questão de demonstrar amor à vida e lamenta que as pessoas estejam perdendo a noção de que a felicidade pode es-tar, e quase sempre está, nas coisas mais simples: “As pessoas querem coisas muito extraordinárias e não percebem as coisas simples. Não percebem o que Deus traz para a vida da gente. Eu tenho alegria de viver, de ser eternamente jovem”. E finaliza, revelando seu amor à vida: “O poeta não envelhece”.

LEMBRANÇAS(Poesia escrita esse ano pela professora Gilmara em homenagem às crianças)LembrançasQue lembranças tenho do tempo que éramos crianças? De andar na chuva, na enxurrada.Amarelinha, bonecos de barro.E, agora, estamos sempre calçados,caras fechadas...E aquela praça, do que lembras agora?Das cigarras, das joaninhasPique-esconde, amarelinhaDos sorrisos, das brincadeirasQue deixamos ir emboraLembranças, lembranças, lembrançasViveremos de lembrançasPor não saber amar como as crianças!Sorrindo, brincando, cantando,sonhando e amando

[PERFIL] Gilmara: uma professora que fez da tragédia fonte de inspiração

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A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) entrou com Manda-do de Segurança contra o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), por omissão na análise do pedido de impeachment da Ordem contra o presidente Michel Temer. O pedido da entidade foi protocolado na Câmara no dia 25 de maio deste ano, após divulgação das denúncias contra Temer realizadas no âmbito das delações da J&F. “O Excelentíssimo Presidente da Câmara deve analisar o pe-dido formulado e decidir pelo seu acolhimento ou rejeição, mas jamais engavetar por quase 3 (três) meses uma denúncia que envolve o Chefe do Poder Executivo Nacional”, diz trecho do documento protocolado nesta quinta-feira (17). De acordo com o regimento da Casa, cabe ao presidente da Câmara efetuar juízo preliminar de admissibilidade das denúncias por crime de responsabilidade contra o Presidente da República.

Somente após sua decisão, caso aceite o pedido de impeach-ment, é que o caso segue o trâmite de análise pelo Congresso.No mandado de segurança, o presidente da OAB, Claudio Lama-chia, ressalta que apesar de não ter prazo estipulado para que Maia análise o pedido, o não processamento da denúncia repre-senta ato ilegal e omissivo, além de “grave violação aos preceitos constitucionais”. Além do pedido da OAB, há na Câmara outros 24 pedidos semelhantes e pendentes de encaminhamento. Dos 25 pedidos, 22 fazem referência à delação do empresário Joes-ley Batista, um dos donos da holding J&F.

Pedido da OAB No pedido de impeachment protocolado na Câmara, os con-selheiros da Ordem concluíram que Temer cometeu, de forma “indiscutível”, crime de responsabilidade em dois trechos da con-versa com Joesley. Quando ouviu o relato do empresário de que estava “segurando” dois juízes e havia infiltrado um procurador na força-tarefa que o investigava. Para a entidade, Temer deveria ter informado o crime às autoridades imediatamente. Outro ponto contestado pela OAB é aquele em que Joesley pede ajuda ao presidente para resolver assuntos pendentes no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e o pe-emedebista designa um assessor especial, o deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR), para tratar do assunto com o seu interlocutor. Na avaliação da Ordem, o comportamento de Temer é incompatível com o cargo de presidente.Fonte: Congresso em Foco

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes disse que decidirá até o início da semana que vem sobre os mandados de segurança que querem obrigar o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, a dar um parecer sobre os pedidos de impeachment contra o presidente Michel Temer que estão no Congresso Nacional. Moraes foi escolhido relator do mandado protocolado nesta quinta-feira pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), com pedido de liminar, no qual pede que o STF ordene a apreciação de um pedido de impeachment contra Temer feito pela entidade em maio. O pedido foi encaminhado à Câmara, mas não foi apreciado pela Casa. O ministro recebeu o processo por prevenção, por ser relator de um outro mandado de segurança, impetrado pela Rede, cujos deputados também pediram o impeachment do presidente. O partido de oposição quer que o Supremo obrigue o presi-

dente da Câmara a se posicionar a respeito de todos os 25 pe-didos de impeachment contra Temer que se encontram parados na Casa. Antes da sessão plenária do STF desta quinta-feira, Alexandre de Moraes afirmou que já recebeu as informações ne-cessárias das partes interessadas, estando apto a decidir sobre o assunto já nos próximos dias. Fonte: Agência Brasil

OAB aciona o STF e acusa Maia de “omissão” diante de pedidos de impeachment contra Temer

Decisão do STF sobre os 27 pedidos de impeachment de Temer sai até próxima semana

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O Plenário da Câmara dos Deputados encerrou nesta quarta-feira (16) a discussão da proposta que altera o sistema eleitoral para o Legislativo e cria um fundo para financiar as eleições (PEC 77/03). A votação do texto ficará para a semana que vem. A proposta foi incluída na pauta depois de aprovado um requerimento para eliminar o prazo entre a votação na comis-são especial e no Plenário. O colegiado aprovou a PEC ontem (terça-feira). O líder da Minoria, deputado José Guimarães (PT-CE), chegou a falar de um acordo para se votar o texto ainda nesta quarta-feira, mas os trabalhos foram finalizados após o encerramento da discussão. O fim da fase de discussão também acaba com o prazo para apresentação de emendas de Plenário, que são tentativas de alterar o texto. Guimarães adiantou que haverá um destaque para retirar da proposta o valor a ser destinado ao fundo para as campanhas eleitorais. O texto aprovado pela comissão especial define em 0,5% da receita corrente líquida do governo federal o repasse ao fundo para custear as eleições. A estimativa é que o valor repassado no ano que vem chegue a R$ 3,6 bilhões. Segundo Guimarães, o destaque defendido vai transferir a definição dos repasses para a Comissão Mista de Orçamento, durante a elaboração da Lei Orçamentária Anual (LOA). Além do fundo para o financiamento público das eleições, outro ponto polêmico da proposta são as mudanças na regra de elei-ção de deputados e vereadores. Atualmente eleitos pelo sistema proporcional, em que a definição dos representantes depende da votação obtida pelos candidatos e pelas legendas, esses políticos passariam a ser eleitos pelo sistema majoritário em 2018 e em 2022; e pelo sistema distrital misto a partir de então. O sistema majoritário é o “distritão”: são eleitos os mais votados. Já no distrital misto, metade dos represen-tantes eleitos serão os mais votados no distrito e os demais serão escolhi-dos por uma lista preordenada pelos partidos políticos.

“Distritão” O “distritão” foi o alvo das maiores críticas durante a discussão em Ple-nário. “O ‘distritão’ é desnecessário como transição para o distrital misto, desperdiça votos, impede a represen-tação de minorias. Em nada vai ajudar a melhorar a representação da socie-dade”, afirmou o deputado Alessandro Molon (Rede-RJ).Para o líder do PT, deputado Carlos Zarattini (SP), o sistema proporcional ainda é superior ao modelo proposto.

“O sistema chamado distritão desorganiza os partidos e impede a renovação partidária”, afirmou. A líder do PCdoB, deputada Alice Portugal (BA), defendeu a manutenção do sistema proporcial que temos hoje, com mudan-ças nas regras de coligações. Ela chamou o distritão de “desfile de individualidades”. “O PCdoB não vota em distritão nem em distrital misto. Vamos aprimorar a democracia a partir da proporcionalidade, absorvendo a barreira gradual e garantindo o fim das coligações, avançando para Federações (de partidos). Aprimorando a proporcionalidade, nós garantiremos a opinião média ou a média das opiniões do brasileiro e da brasileira”, disse a deputada. Quem defendeu o modelo majoritário para 2018 e 2022 foi o deputado Julio Lopes (PP-RJ). “O distritão é mais fácil para a sociedade entender e, se é mais fácil para entender, é mais fácil para participar”, avaliou. Já o deputado Danilo Forte (PSB-CE) argumentou que o “distritão” é um modelo para fazer a transição entre o sistema proporcional – que é o atual – e o distrital misto, proposto para ser aplicado após 2022. “É um avanço, delineando um processo para chegar ao distrital misto. Além disso, um novo tipo de finan-ciamento, o público, merece um novo processo eletivo”, afirmou. O deputado Aroldo de Oliveira (PSC-RJ), no entanto, disse que já não há mais tempo para aprovar regras que valham para 2018, como querem os parlamentares. Para vigorar no ano que vem, essas mudanças precisam ser aprovadas na Câmara e no Senado antes de outubro deste ano. “Estamos discutindo uma reforma política em causa própria, em 45 dias, para ser votada. O eleitor não é bobo, ele está vendo isto”, disse.Fonte: Agência Câmara

Votação da reforma política fica para semana que vem

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Sindicalistas presentes em audiência pública realizada pela Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) criticaram, nesta quinta-feira (17), a reforma da Previdência e destacaram que ela não é um ajuste fiscal, mas sim uma mu-dança no modelo de sociedade para deixar sem proteção os mais vulneráveis. Os participantes da audiência divergiram em relação às contas da Previdência apresentadas pelo governo, contestaram o déficit do setor e foram unânimes em afirmar que os servidores públicos não são os responsáveis pelo “suposto” rombo da Previdên-cia. Segundo eles, o grande problema do atual governo é focar somente no sistema financeiro sem se preocupar com políticas públicas. “O que o sindicato entende é que o governo tem outra priorida-de que não é a política pública. A prioridade do governo é pagar outros, por exemplo, a dívida. Só em 2017, 52% do orçamento foi para pagar a dívida pública”, destacou Sirliane de Souza, re-presentante do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior. Floriano Martins, presidente da Associação Nacional dos Au-ditores Fiscais da Receita Federal do Brasil (Anfipe) exibiu vídeo que revela que, atualmente, menos de 1% dos idosos estão em situação de extrema pobreza. Com a reforma proposta pelo go-verno, mais da metade deles podem entrar nesse tipo de pobre-za. Para Floriano Martins, a mudança não tem legitimidade do voto popular e nem legitimidade ética.

Servidores públicos Sirliane ressaltou que, como professora, trabalha muito e leva trabalho para casa e lamentou ser taxa-da como profissional que está onerando os cofres do estado. Segundo ela, a intenção do governo é dizer que servidores pú-blicos são privilegiados, mas ninguém fala do esforço inicial para o in-gresso no serviço público e que ao se aposentar esses profissionais não terão direito a Fundo de Garantis do Tempo de Serviço (FGTS). A coordenadora do Sindicato Nacional dos Servidores Federais da

Educação (Sinasefe), Cátia Cilene Farago, disse que os servi-dores não são responsáveis pelo suposto déficit da Previdência. Segundo ela, se o servidor tem uma aposentadoria mais alta, é justamente porque ele contribuiu mais. Cátia, assim como vários outros participantes, afirmou que, desde 1988, o governo vem re-alizando mudanças prejudiciais na aposentadoria, especialmente na dos servidores públicos.

Cálculos equivocados Diego Cherulli, representante do Instituto Brasileiro de Direito Previdenciário (IBDP), ressaltou que todos os institutos jurídicos que lidam com a Previdência dizem que os cálculos do governo estão equivocados. Ele disse que a CPI da Previdência e o Su-premo Tribunal Federal (STF) têm a tarefa de esclarecer qual é a metodologia de cálculo correta das despesas da seguridade so-cial e se os servidores e militares entram nessa despesa. Diego explicou que o governo coloca as despesas dessas categorias no Orçamento da Seguridade Social, quando na verdade eles fazem parte do Orçamento Fiscal. “O governo coloca despesas que não são da seguridade social como sendo dela. Além disso, temos que saber se tem déficit ou superavit antes de fazer qualquer reforma abrupta. Nós precisamos de uma consolidação das leis previdenciárias para gerar segurança jurídica”, disse. Os convidados acreditam que a reforma não vai passar no Congresso e ressaltaram a importância de todas as entidades continuarem lutando contra a mudança de forma integrada.Fonte: Agência Senado

Sindicalistas contestam déficit da Previdência e apontam ‘equívocos’